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Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) Autor: Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante 05 de Fevereiro de 2024 46674609897 - Victor Barcellos 1 Sumário MOTIVAÇÃO DA AULA ........................................................................................................................................................... 2 1. CONTEXTUALIZAÇÃO......................................................................................................................................................... 3 2. EVIDÊNCIA DE AUDITORIA ................................................................................................................................................. 6 Auditoria das Demonstrações Contábeis ................................................................................................................... 6 Auditoria Governamental ............................................................................................................................................ 18 3. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA .................................................................................................................................. 22 Auditoria das Demonstrações Contábeis ................................................................................................................ 22 Auditoria Governamental ............................................................................................................................................ 36 Técnicas de Auditoria segundo o Manual do PROAUDI .................................................................................... 39 4. TESTES DE OBSERVÂNCIA E TESTES SUBSTANTIVOS .................................................................................................. 51 5. CONFIRMAÇÕES EXTERNAS (CIRCULARIZAÇÃO) ....................................................................................................... 57 6. LISTA DE QUESTÕES ....................................................................................................................................................... 65 7. GABARITO ........................................................................................................................................................................ 99 8. QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS................................................................................................................. 100 9. RESPOSTAS DAS QUESTÕES SUBJETIVAS .................................................................................................................. 184 10. RESUMO EM MAPAS E ESQUEMAS .......................................................................................................................... 190 11. BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................................................................. 197 Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 2 Vamos pensar um pouco no tema da aula de hoje? Tente responder as perguntas a seguir. LISTA DE PERGUNTAS 1. O que é evidência de auditoria? 2. Quais as principais características da evidência de auditoria? 3. Como a suficiência e a adequação da evidência de auditoria se relacionam? 4. Que fatores afetam a qualidade de toda evidência de auditoria? 5. Como a evidência de auditoria é obtida? 6. Que ações o auditor deve adotar se houver inconsistência ou dúvidas quanto à confiabilidade da evidência de auditoria? 7. Em regra, obtém-se mais segurança com evidência de auditoria obtida a partir de fontes internas ou externas? 8. Qual a relação entre evidências e procedimentos de auditoria? 9. De acordo com as normas do TCU, quais os principais atributos da evidência? 10. No escopo da auditoria governamental, quais os tipos de evidência? 11. Quais as “categorias” (e “subcategorias”) de procedimentos de auditoria? 12. O que são testes de controles? 13. O que são procedimentos substantivos? 14. Defina testes de observância. 15. Defina testes substantivos. 16. Quais os tipos específicos de procedimentos elencados nas normas de auditoria independente? 17. No contexto das normas de auditoria independente, existe correlação direta entre os tipos específicos de procedimentos e as suas categorias? 18. Quais as principais técnicas aplicáveis à auditoria governamental? Se você não tem certeza de uma ou algumas das respostas a esses questionamentos, não se preocupe. Fique atento que esses temas serão abordados ao longo da aula de hoje! Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 3 Podemos dividir o trabalho da auditoria em 3 (três) grandes fases: o planejamento; a execução; e a emissão do relatório (opinião) do auditor. Essa divisão é utilizada em grande parte pela doutrina, até por servir a fins didáticos. As normas de auditoria independente não fazem essa separação (ou categorização) de forma expressa. As normas de auditoria governamental, por sua vez, versam sobre esse fluxo de trabalho (planejamento; execução; relatório). Na aula de hoje, iremos abordar a fase da Execução. Nessa etapa são coletadas as evidências que servem de suporte à conclusão do Auditor – o que é feito, principalmente, pela aplicação dos Testes e Procedimentos de Auditoria. Cada uma das etapas da auditoria é integrada por atividades, iniciando-se com o planejamento, seguindo com a fase de execução, e terminando com a emissão do relatório. Além dessas 03 (três) etapas, considera-se que alguns aspectos são transversais e perpassam por todas as fases do processo de auditoria, como é o caso do(a): controle de qualidade, documentação e comunicação. Estes aspectos contribuem para garantir a eficácia e a credibilidade do trabalho da auditoria. Vejamos o esquema a seguir, que ilustra bem as etapas do fluxo do trabalho da auditoria: Fonte: Programa de aprimoramento profissional em Auditoria do TCU – Auditoria governamental (2011) A execução do programa ou projeto de auditoria é a fase da auditoria na qual a equipe utiliza as fontes de informação e aplica os procedimentos previstos na fase de planejamento em busca de evidências para fundamentar as conclusões. O auditor realiza testes, coleta evidências, desenvolve Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 4 os achados1 ou constatações e documenta o trabalho realizado, observando as normas, o método ou os padrões de auditoria. É nesse momento, também conhecido como “trabalho de campo”, que o auditor vai à procura de evidências apropriadas e suficientes para fundamentar a sua opinião. Essa fase é predominantemente executada nas dependências da entidade auditada mediante a aplicação dos procedimentos e técnicas estabelecidos na fase de planejamento. A maior parte do trabalho do auditor para formar sua opinião consiste na obtenção e avaliação da evidência de auditoria, o que é conseguido – primordialmente – por meio da aplicação dos procedimentos. Esses testes consistem em um conjunto de verificaçõese averiguações previstas num programa de auditoria, que permitem obter evidências ou provas suficientes e adequadas para analisar as informações necessárias à formulação e fundamentação da opinião por parte da atividade de auditoria. Também chamado de comando, os procedimentos representam a essência do ato de auditar, definindo o ponto de controle sobre o qual se deve atuar. Na atual estrutura das normas de Auditoria Independente, os temas da aula de hoje são tratados primordialmente no mesmo normativo: a NBC TA 500 – Evidência de Auditoria. Dizemos primordialmente, pois diferente do assunto Evidências – que ganhou uma norma “própria” – o tópico Procedimentos de Auditoria é tratado em diversos outros normativos, dentre os quais destacamos a NBC TA 330 – Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados, a NBC TA 505 – Confirmações Externas, a NBC TA 520 – Procedimentos Analíticos, dentre outros. Em realidade, somente separamos os 02 assuntos para seguir a tendência das principais obras (e editais) da nossa disciplina, e também por questões didáticas. Vejamos um “aperitivo” de como as normas correlacionam os temas a serem analisados. “O objetivo do auditor é definir e executar procedimentos de auditoria que permitam ao auditor conseguir evidência de auditoria apropriada e suficiente que lhe possibilitem obter conclusões razoáveis para fundamentar a sua opinião”. (Item 4 da NBC TA 500- R1). De acordo com a NBC TA 500, os procedimentos de auditoria para obter evidência podem incluir a inspeção, observação, confirmação externa, recálculo, reexecução e procedimentos analíticos, muitas vezes em combinação, além da indagação. Esses são os procedimentos específicos (ou técnicas) de auditoria. 1 Achado é a eventual discrepância entre a situação efetivamente encontrada e o critério (referencial) de auditoria adotado. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 5 Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 6 Auditoria das Demonstrações Contábeis A NBC TA 500(R1) define o que constitui evidência na auditoria de demonstrações contábeis e trata da responsabilidade do auditor na definição e execução de procedimentos de auditoria para a obtenção de evidência apropriada e suficiente que permita a obtenção de conclusões razoáveis para fundamentar sua opinião. Segundo a norma supracitada: Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às conclusões em que se fundamentam a sua opinião. Ela inclui as informações contidas nos registros contábeis que suportam as demonstrações contábeis e outras informações. De acordo com a norma supramencionada, o objetivo do auditor é definir e executar procedimentos de auditoria que o permitam conseguir evidência apropriada e suficiente, que possibilitem a obtenção de conclusões razoáveis para fundamentar a sua opinião. Nesse contexto, o auditor deve definir e executar procedimentos de auditoria que sejam apropriados às circunstâncias com o objetivo de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. As normas exigem que o auditor conclua se foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente. Nesse sentido, é questão de julgamento profissional do auditor determinar se foi obtida evidência apropriada e suficiente para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo. Um dos trechos “quentes” (em termos de cobrança) da NBC TA 500(R1), diz que a evidência de auditoria é necessária para fundamentar a opinião e o relatório do auditor. Ela tem natureza cumulativa e é obtida principalmente a partir dos procedimentos de auditoria realizados durante o curso do trabalho. Contudo, ela também pode incluir informações obtidas de outras fontes, como auditorias anteriores (...) ou procedimentos de controle de qualidade da firma de auditoria para aceitação e continuidade de clientes. Além de outras fontes, dentro e fora da entidade, os seus registros contábeis são importantes fontes de evidência de auditoria. Além disso, informações que podem ser utilizadas como evidência de auditoria podem ter sido elaboradas com a utilização do trabalho de especialista da administração. A evidência de auditoria abrange informações que Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 7 suportam e corroboram as afirmações2 da administração e qualquer informação que contradiga tais afirmações. Em alguns casos, a ausência de informações (por exemplo, a recusa da administração em fornecer uma representação solicitada) é utilizada pelo auditor e, portanto, também constitui evidência de auditoria. Gravem, portanto, que a evidência tem natureza cumulativa e, em alguns casos, a ausência de informações também constitui evidência de auditoria. Duas definições muito cobradas em provas estão relacionadas aos conceito de adequação e suficiência. As bancas costumam fazer a inversão de suas definições. Portanto, fiquem atentos a essas e outras definições trazidas pela norma: 5. Para os fins das de auditoria, os termos a seguir têm os significados atribuídos abaixo: (a) Registros contábeis compreendem os registros de lançamentos contábeis e sua documentação- suporte (...); os livros diário, razões geral e auxiliares, (...) que suportem as alocações de custos, cálculos, conciliações e divulgações. (b) Adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, a sua relevância e confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor. (c) Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às conclusões em que se fundamentam a sua opinião. A evidência de auditoria inclui as informações contidas nos registros contábeis que suportam as demonstrações contábeis e informações obtidas de outras fontes. (Alterado pela NBC TA 500 (R1)) (d) Especialista da administração é uma pessoa ou organização com especialização em uma área, que não contabilidade ou auditoria, cujo trabalho naquela área de especialização é utilizado pela entidade para ajudá-la na elaboração das demonstrações contábeis. (e) Suficiência da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. A quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade da evidência de auditoria. [Grifos não constantes no original]. Observação: reparem que a quantidade necessária da evidência é afetada, além da avaliação dos riscos, pela qualidade da evidência (quanto maior a qualidade, menos evidência pode ser exigida). Esse é um dos motivos pelos quais, conforme veremos adiante, a suficiência (quantidade) e a adequação (qualidade) estão interrelacionadas. 2 Afirmações são declarações da administração, explícitas ou não, que estão incorporadas às demonstrações contábeis, utilizadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de distorções potenciais que possam ocorrer. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br46674609897 - Victor Barcellos 8 Ressalte-se que a única alteração promovida pela primeira revisão da NBC TA 500 (que a levou a ser denominada NBC TA 500 R1) diz respeito ao conceito de Evidência. Especificamente, alterou-se a parte final de “outras informações” para “informações obtidas de outras fontes”. Veja, mais uma vez, o conceito de evidência, em forma de mapa mental, para ajudá-los na memorização: A suficiência e a adequação da evidência de auditoria estão interrelacionadas (afinal, a quantidade de evidência depende, dentre outros fatores, de sua própria qualidade). A suficiência é a medida da quantidade de evidência de auditoria. Essa quantidade necessária é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção (quanto mais elevados os riscos avaliados, maior a probabilidade de que seja exigida mais evidência de auditoria) e também pela qualidade de tal evidência de auditoria (quanto maior a qualidade, menos evidência pode ser exigida). No entanto, o contrário não é verdade, ou seja, a obtenção de mais evidência de auditoria não compensa a sua má qualidade. A adequação é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, sua relevância e sua confiabilidade para fornecer suporte às conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor. Ao estabelecer e executar procedimentos de auditoria, o auditor deve considerar a relevância e confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência. Se essas informações a serem utilizadas forem elaboradas com a utilização de um especialista da administração, deve o auditor – na medida necessária – e levando em conta a importância do trabalho desse especialista para seus propósitos: (a) avaliar a competência, habilidades e objetividade do especialista; (b) obter entendimento do trabalho do especialista; e (c) avaliar a adequação do trabalho desse especialista como evidência de auditoria para a afirmação relevante. Abriremos um parêntese para explicar o que vem a ser relevância e confiabilidade da informação, segundo a NBC TA 500(R1). Veja: Relevância e Confiabilidade Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 9 A.26 Embora a evidência de auditoria seja principalmente obtida a partir de procedimentos de auditoria realizados durante o curso do trabalho, ela também pode incluir informações obtidas de outras fontes, por exemplo, auditorias anteriores, em certas circunstâncias, e procedimentos de controle de qualidade da firma de auditoria para aceitação e continuidade de clientes. A qualidade de toda evidência de auditoria é afetada pela relevância e confiabilidade das informações em que ela se baseia. A27. A relevância trata da ligação lógica ou influência sobre a finalidade do procedimento de auditoria e, quando apropriado, a afirmação em consideração. Ela pode ser afetada pela direção do teste (...). A31. A confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria e, portanto, da própria auditoria, é influenciada pela sua fonte e sua natureza, e as circunstâncias nas quais são obtidas, incluindo os controles sobre sua elaboração e manutenção, quando relevante. Portanto, generalizações sobre a confiabilidade de vários tipos de evidência de auditoria estão sujeitas a importantes exceções. Mesmo quando as informações a serem utilizadas como evidência de auditoria são obtidas de fontes externas à entidade, podem existir circunstâncias que podem afetar a sua confiabilidade. [Grifos não constantes no original]. Outro item que aparece com frequência em provas diz respeito às generalizações da confiabilidade da evidência. Informações obtidas de uma fonte externa, por exemplo, são mais seguras do que as obtidas internamente na entidade auditada. Com visto acima, essas generalizações não são uma regra absoluta, uma vez que comportam exceções. Veja: A8. Geralmente obtém-se mais segurança com evidência de auditoria consistente obtida a partir de fontes diferentes ou de natureza diferente do que a partir de itens de evidência de auditoria considerados individualmente. Por exemplo, informações corroborativas obtidas de uma fonte independente da entidade podem aumentar a segurança que o auditor obtém da evidência de auditoria gerada internamente, tais como a evidência existente em registros contábeis, minutas de reuniões ou representação da administração. A9. Entre as informações de fontes independentes da entidade que o auditor pode usar como evidência de auditoria podem estar confirmações de terceiros, relatórios de analistas e dados comparáveis sobre concorrentes (dados referenciais para benchmarking). A31. (...) Embora reconhecendo que podem existir exceções, as seguintes generalizações sobre a confiabilidade da evidência de auditoria podem ser úteis: • a confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de fontes independentes fora da entidade; Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 10 • a confiabilidade da evidência de auditoria gerada internamente é maior quando os controles relacionados, incluindo os controles sobre sua elaboração e manutenção, impostos pela entidade, são efetivos; • a evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor (por exemplo, a observação da aplicação de um controle) é mais confiável do que a evidência de auditoria obtida indiretamente ou por inferência (por exemplo, indagação a respeito da aplicação de controle); • a evidência de auditoria em forma de documentos, em papel, mídia eletrônica ou de outro tipo, é mais confiável do que a evidência obtida verbalmente (por exemplo, uma ata de reunião elaborada tempestivamente é mais confiável do que uma representação verbal subsequente dos assuntos discutidos); • a evidência de auditoria fornecida por documentos originais é mais confiável do que a evidência de auditoria fornecida por fotocópias ou fac-símiles ou por documentos que foram filmados, digitalizados ou transpostos de outra maneira para forma eletrônica, cuja confiabilidade pode depender dos controles sobre sua elaboração e manutenção. (FGV / SEFAZ RJ – 2011) Tendo em vista o que determina o Conselho Federal de Contabilidade, e considerando a doutrina, assinale a alternativa correta. a) A evidência de auditoria é mais confiável quando é obtida de fontes independentes externas à entidade. Nesse sentido, as normas de auditoria requerem que o auditor obtenha evidência de auditoria mais persuasiva quanto menor o risco avaliado. (...) Comentários: Como vimos acima, a confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de fontes independentes de fora da entidade (primeira parte da assertiva, portanto, correta). O erro encontra-se na parte final, uma vez que as normas de auditoria requerem que seja obtida evidência MAIS persuasiva quanto MAIOR (ao invés de “menor”) o risco avaliado. Isso é, de certa forma, óbvio (afinal, quanto mais arriscado o ambiente em que o auditor se encontra, mais ele deve se pautar em evidências robustas, ou persuasivas). Gabarito: Errada (FGV / SEFAZ RJ – 2011) Em consonância com o Conselho Federal de Contabilidade, assinale a alternativa correta. d) A suficiência e adequação das evidências de auditoria estão interrelacionadas. A adequação é a medida da quantidade de evidência de auditoria. A quantidade necessária de evidência de Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Annae Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 11 auditoria é afetada pela avaliação pelo auditor dos riscos de distorção (quanto mais elevados os riscos avaliados, maior a probabilidade de que seja necessária mais evidência de auditoria) e também pela qualidade de tais evidências de auditoria (quanto melhor a qualidade, menos evidência pode ser necessária). A obtenção de mais evidência de auditoria, porém, pode não compensar a sua má qualidade. A confiabilidade da evidência é influenciada pela sua fonte e sua natureza e depende das circunstâncias individuais em que são obtidas. Comentários: A suficiência (e não a adequação, como diz a assertiva) é a medida de quantidade da evidência. Assertiva, portanto errada. O restante está correto. De fato a adequação e a suficiência da evidência estão interrelacionadas. Gabarito: Errada (FCC / Analista Judiciário (TST) – 2017) Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões em que se baseia sua opinião, devendo ser suficiente, que é a medida da quantidade dessas evidências. Nos termos da NBC TA 200, essa quantidade pode ser afetada a) pela avaliação do auditor dos riscos de distorção. b) pela complexidade dos riscos de auditoria. c) pelo percentual dos riscos de detecção. d) pela estrutura das demonstrações contábeis. e) pelo histórico da informação contábil. Comentário: A quantidade necessária de evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção, ou seja, quanto mais elevados os riscos avaliados, maior a probabilidade de que seja necessária mais evidência de auditoria. Percebe-se que há uma relação direta entre a avaliação de riscos e a quantidade de evidências. Gabarito: A (FCC / SEFAZ MA – 2016) Os auditores independentes, nas auditorias das demonstrações contábeis, utilizam informações para fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião, obtidas através de evidência de auditoria. Acerca da evidência de auditoria é correto afirmar que a) não é de natureza cumulativa e somente é válida se obtida a partir de procedimentos de auditoria executados. b) a adequação da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. c) é afetada pela elaboração tempestiva da documentação de auditoria. d) a suficiência das evidências de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 12 e) é obtida a partir do planejamento realizado para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo. Comentário: A letra B associa erroneamente a adequação com a quantidade de evidência. Por outro lado, a quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade da evidência de auditoria – o que invalida a letra “C”. Por fim, a evidência tem natureza cumulativa e é obtida principal (mas não exclusivamente) a partir dos procedimentos de auditoria realizados durante o curso do trabalho, o que torna erradas as letras “A” e “E”. Nos restou a letra “D” (nosso gabarito), que associa corretamente a suficiência com a medida de quantidade da evidência de auditoria. Gabarito: D (CESPE / SEFAZ RS – 2019) A evidência de auditoria é uma das preocupações que o auditor independente deve ter na realização dos trabalhos e na formação da sua opinião. De acordo com as normas de auditoria vigentes, é correto afirmar que a qualidade de toda evidência de auditoria é afetada pelas características de a) comparabilidade e materialidade. b) integridade e objetividade. c) relevância e confiabilidade. d) integralidade e neutralidade. e) segurança e compreensibilidade. Comentários: A adequação da evidência de auditoria é sua medida da qualidade, isto é, a sua relevância e confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor. Segundo NBC TA 500 (R1): Relevância e confiabilidade A26. (..) Embora a evidência de auditoria seja principalmente obtida a partir de procedimentos de auditoria realizados durante o curso do trabalho, ela também pode incluir informações obtidas de outras fontes, por exemplo, auditorias anteriores, em certas circunstâncias, e procedimentos de controle de qualidade da firma de auditoria para aceitação e continuidade de clientes. A qualidade de toda evidência de auditoria é afetada pela relevância e confiabilidade das informações em que ela se baseia. Gabarito: C. De acordo com a NBC TI 01 (norma que trata da Auditoria Interna), as informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna são denominadas de “evidências”, que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis (mnemônico S.U.R.F), de modo a fornecer base sólida para as conclusões e recomendações à administração da entidade. Ainda de acordo com o normativo: Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 13 a) a informação suficiente é aquela que é factual e convincente, de tal forma que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor interno; b) a informação adequada é aquela que, sendo confiável, propicia a melhor evidência alcançável, por meio do uso apropriado das técnicas de Auditoria Interna; c) a informação relevante é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria Interna; d) a informação útil é a que auxilia a entidade a atingir suas metas. A doutrina (entendimento também previsto nas normas de auditoria governamental) apresenta os seguintes tipos de evidência: - Analítica: comparações com expectativas desenvolvidas com base em experiência anterior, orçamento, dados e conhecimento; - Documentárias: diversos tipos de documentos em poder do auditado que podem ser inspecionados durante a auditoria; - Eletrônicas: informações produzidas e mantidas em meio eletrônico; - Confirmação: tipo especial de evidência documentária que envolve, por escrito, respostas diretas e solicitações escritas; - Matemática: recálculo, do auditor, de valores utilizados na preparação das demonstrações contábeis; - Física: evidência obtida em exame físico ou inspeções de ativos tangíveis; - Representação por escrito: declarações que abordam afirmações da administração, assinadas por pessoas responsáveis e competentes. - Verbal: o auditor, muitas vezes, recebe evidência verbal em resposta às perguntas dirigidas a executivos e funcionários. Ainda segundo a doutrina, as evidências classificam-se em: 1) Evidências quanto à finalidade: em razão da finalidade para a qual a evidência é escolhida, esta pode ser de 3 (três) diferentes categorias: evidências sobre continuidade, evidências sobre o sistema de controles internos e evidências básicas. 2) Evidências quanto à natureza: o esforço do auditor se concentra na busca de evidências que possam satisfazê-lo quanto à veracidade das informações que formam o conjunto das demonstrações contábeis que serão objeto de seu parecer (relatório). No decorrer do processo de obtenção de evidências, o auditor poderá encontrar os seguintes tipos de provas, que servem para validar os registros contábeis: • Constatação da existência física de bens, pessoalmente, pelo auditor; • Declaração de fontes consultadas, verbal ou formalmente escrita; • Repetição, pelo auditor,dos cálculos que produziram situações ou resultados; • Documentos que comprovem a legitimidade das transações, elaboradas internamente, ou preparados por fonte externa à empresa; • Correlação dos dados examinados; Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 14 • Procedimentos de controle interno; • Acontecimentos posteriores à data das demonstrações contábeis. (FGV / DPE RJ – 2019) Uma das finalidades do trabalho do auditor interno é obter informações sobre os assuntos relacionados aos objetivos e ao alcance da Auditoria Interna. Entre outras qualidades, as informações obtidas precisam ser relevantes, o que ocorre quando a informação: a) auxilia a entidade a atingir suas metas; b) dá suporte às conclusões e às recomendações da auditoria interna; c) é confiável e propicia a melhor evidência alcançável, por meio do uso apropriado das técnicas de auditoria interna; d) é factual e convincente, de modo que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la assim como um auditor interno; e) é obtida mediante a aplicação de procedimentos da auditoria interna, incluindo testes substantivos. Comentários: As informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna são denominadas de “evidências”, que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de modo a fornecer base sólida para as conclusões e recomendações à administração da entidade. Informação relevante é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria Interna. Assertiva correta, portanto, é a letra B. A letra A trata da informação útil, a letra C da informação adequada, a letra D da informação suficiente. Gabarito: B (FGV / ALERJ – 2017) Um dos esforços do trabalho do auditor consiste em buscar evidências que possam fundamentar suas conclusões sobre as demonstrações contábeis. As evidências podem ser relacionadas à finalidade para a qual são colhidas ou à sua natureza. As evidências relacionadas à natureza correspondem a provas que servem para validar os registros contábeis. Dos exemplos a seguir, o que NÃO constitui evidência quanto à natureza é: a) constatação de existência física de bens; b) declaração de fontes verbalmente consultadas; Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 15 c) incapacidade financeira de pagar credores no vencimento; d) eventos subsequentes à data das demonstrações contábeis; e) documentos comprobatórios da legitimidade de transações. Comentários: A doutrina estabelece que, para melhor conhecer os diferentes tipos de evidências, os auditores classificam-nas inicialmente em dois grupos: evidências quanto à finalidade e evidências quanto à natureza. A questão aborda exemplos de evidências de auditoria relacionadas à natureza. Crepaldi, em sua obra, na versão digital, “Auditoria Contábil: teoria e prática. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 2016,p. 16/195” explicita que: 1.2.1 Evidência quanto à natureza: [...] No decorrer do processo de obtenção de evidências, o auditor poderá encontrar os seguintes tipos de provas, que servem para validar os registros contábeis: - Constatação da existência física de bens, pessoalmente, pelo auditor; [Alternativa “a”] - Declaração de fontes consultadas, verbal ou formalmente escrita; [Alternativa “b”] - Repetição, pelo auditor, dos cálculos que produziram situações ou resultados; - Documentos que comprovem a legitimidade das transações, elaboradas internamente, ou preparados por fonte externa à empresa; [Alternativa “e”] - Correlacionamento dos dados examinados; - Procedimentos de controle interno; - Acontecimentos posteriores à data das demonstrações contábeis. [Alternativa “d”] Dessa forma, o único exemplo que não consta no rol acima é a incapacidade financeira de pagar credores no vencimento (letra C). Esse é um exemplo de evidência quanto à finalidade, especificamente sobre a continuidade. Gabarito: C A NBC TA 500 diz ainda que, ao definir os testes de controles e os testes de detalhes (esclarecimentos sobre essas espécies de procedimento mais a frente), o auditor deve determinar meios para selecionar itens a serem testados que sejam capazes de cumprir os procedimentos de auditoria. Nesse caso, se essa evidência obtida em uma fonte é inconsistente com a obtida em outra, ou o auditor tem dúvidas quanto à confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria, ele deve determinar quais modificações ou acréscimos aos procedimentos de auditoria são necessários para solucionar o assunto e deve considerar o efeito desse assunto, se houver, sobre outros aspectos da auditoria. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 16 No caso de inconsistência ou dúvidas quanto à confiabilidade da evidência de auditoria, a obtenção de evidência de auditoria de fontes diferentes ou de natureza diferente pode indicar que um item individual da evidência de auditoria não é confiável, como quando a evidência obtida em uma fonte é incompatível com a evidência obtida em outra. Pode ser esse o caso, por exemplo, quando respostas a indagações junto à administração, auditoria interna e outros são inconsistentes ou quando respostas a indagações feitas aos responsáveis pela governança para corroborar as respostas às indagações feitas à administração forem inconsistentes com a resposta da administração. A seguir, esquematizamos as informações mais relevantes sobre as evidências, usualmente cobradas em provas, extraídas da NBC TA 500: Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 17 Como dissemos anteriormente, os procedimentos de auditoria são os instrumentos que permitem ao auditor obter evidência apropriada e suficiente que servirá de base para suas conclusões e opinião (expressa por meio do Relatório). A NBC TA 500 ressalta que a evidência para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do auditor é conseguida pela execução de: (a) procedimentos de avaliação de riscos; e (b) procedimentos adicionais de auditoria, que abrangem: testes de controles, quando exigidos pelas normas de auditoria ou quando o auditor assim escolheu; e procedimentos substantivos, inclusive testes de detalhes e procedimentos analíticos substantivos. Nas próximas seções, detalharemos os procedimentos de auditoria e suas “espécies”. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 18 Auditoria Governamental Neste momento, estudaremos alguns conceitos “peculiares” à auditoria no setor público, a maioria dos quais não difere do que estudamos até o momento em nossa aula. Para apresentarmos o conceito de Evidência na perspectiva da auditoria governamental, é importante relembrar o conceito de auditoria previsto nas normas doTCU. Vejamos: Auditoria é o processo sistemático, documentado e independente de se avaliar objetivamente uma situação ou condição para determinar a extensão na qual critérios são atendidos, obter evidências quanto a esse atendimento e relatar os resultados dessa avaliação a um destinatário predeterminado. A partir do conceito acima, podemos compreender uma série de conceitos importantes para nosso estudo. Eventuais discrepâncias entre a situação encontrada (ou condição) e o critério de auditoria compõem os chamados achados em auditoria. As evidências, por sua vez, são os elementos de comprovação da discrepância (ou não) entre a situação encontrada (ou condição) e o critério de auditoria (situação ideal). Em suma, achado – decorre da comparação de “o que é”, com “o que deveria ser”, e é comprovado por evidências. Exemplo: Achado: contratação irregular de empresa para prestação de serviço, uma vez que a licitação estabeleceu condição que violou o inc. I do § 1º do art. 3º da Lei nº 8.666/93 (distinção injustificada das licitantes em função de sua localização geográfica). Evidências: edital da licitação e contrato celebrado. Os auditores devem ter bom conhecimento das técnicas e dos procedimentos de auditoria a fim de que possam obter evidências suficientes, adequadas, relevantes e em bases razoáveis para comprovar os achados e sustentar suas opiniões e conclusões. As evidências, elementos essenciais e comprobatórios do achado, devem ser suficientes e completas de modo a permitir que terceiros, que não participaram do trabalho de auditoria, cheguem às mesmas conclusões da equipe; adequadas e fidedignas, gozando de autenticidade, confiabilidade e exatidão da fonte; pertinentes ao tema e diretamente relacionadas com o achado. Somente deverão ser reunidas evidências que sejam úteis e essenciais ao cumprimento dos objetivos da auditoria. Materiais que, porventura, não tenha utilidade ou conexão clara e direta com o trabalho realizado não deverá ser considerados. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 19 De acordo com as Normas de Auditoria do TCU, são atributos das evidências: I. VALIDADE: a evidência deve ser legítima, ou seja, baseada em informações precisas e confiáveis; II. CONFIABILIDADE: garantia de que serão obtidos os mesmos resultados se a auditoria for repetida. Para obter evidências confiáveis, é importante considerar que: é conveniente usar diferentes fontes; é interessante usar diferentes abordagens; fontes externas, em geral, são mais confiáveis que internas; evidências documentais são mais confiáveis que orais; evidências obtidas por observação direta ou análise são mais confiáveis que aquelas obtidas indiretamente; III. RELEVÂNCIA: a evidência é relevante se for relacionada, de forma clara e lógica, aos critérios e objetivos da auditoria; IV. SUFICIÊNCIA: a quantidade e qualidade das evidências obtidas devem persuadir o leitor de que os achados, conclusões, recomendações e determinações da auditoria estão bem fundamentados. A quantidade de evidências não substitui a falta dos outros atributos (validade, confiabilidade, relevância). Quanto maior a materialidade do objeto, o risco e o grau de sensibilidade do auditado a determinado assunto, maior será a necessidade de evidências mais robustas. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 20 Na seção anterior, baseada nas normas de auditoria independente, pudemos fazer uma associação direta entre suficiência e quantidade (bem como entre adequação e qualidade). De acordo com o que vimos acima, nos termos das normas de auditoria do TCU, o atributo da suficiência significa que tanto a quantidade quanto a qualidade da evidência devem convencer o leitor de que o trabalho está bem fundamentado. Essa é uma diferença sutil, mas que merece nossa atenção! As evidências podem, ainda, ser classificadas em quatro tipos (ISSAI/Apêndice 3, 2004): a) física - observação de pessoas, locais ou eventos. Pode ser obtida por meio de fotografias, vídeos, mapas. Evidências físicas costumam causar grande impacto. A fotografia de uma situação insalubre ou insegura, por exemplo, pode ser mais convincente que uma longa descrição; b) documental - é o tipo mais comum de evidência. Pode estar disponível em meio físico ou eletrônico. É obtida de informações já existentes, tais como ofícios, memorandos, correspondências, contratos, extratos, relatórios. É necessário avaliar a confiabilidade e a relevância dessas informações com relação aos objetivos da auditoria; c) testemunhal - obtida por meio de entrevistas, grupos focais, questionários. Para que a informação testemunhal possa ser considerada evidência, e não apenas contextualização, é preciso corroborá-la, por meio de confirmação por escrito do entrevistado ou existência de múltiplas fontes que confirmem os fatos; d) analítica - obtida por meio de análises, comparações e interpretações de dados e informações já existentes. Este trabalho pode envolver análise de taxas, padrões e tendências, normalmente por meio de processamento computacional. É o tipo de evidência mais difícil de obter. Tipos de evidências de auditoria Física Documental Testemunhal Analítica Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 21 (CESPE / TCE RO – 2019) O atributo de auditoria em que a quantidade e a qualidade das evidências obtidas devam convencer o gestor público de que os achados, as conclusões, as recomendações e as determinações da auditoria estão bem fundamentados denomina-se A) confiabilidade. B) suficiência. C( relevância. D( exatidão. E) validade. Comentários: A suficiência é o atributo da evidência segundo o qual a quantidade e qualidade das evidências obtidas devem persuadir o leitor de que os achados, conclusões, recomendações e determinações da auditoria estão bem fundamentados. Ainda de acordo com a suficiência, a quantidade de evidências não substitui a falta dos outros atributos (validade, confiabilidade, relevância). Quanto maior a materialidade do objeto, o risco e o grau de sensibilidade do auditado a determinado assunto, maior será a necessidade de evidências mais robustas. Gabarito: B Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 22 Auditoria das Demonstrações Contábeis Procedimentos de auditoria são o conjunto de procedimentos técnicos com base nos quais o auditor obtém evidências ou provas que sejam suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis auditadas à estrutura de relatório financeiro aplicável, permitindo que eventuais distorções relevantes sejam identificadas. Como vimos anteriormente, a NBC TA 500 apresenta as “categorias” (nomenclatura por nós utilizada para fins didáticos) dos procedimentos de auditoria. Veja: A evidência para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do auditor é conseguida pela execução de: (a) procedimentos deavaliação de riscos; e (b) procedimentos adicionais de auditoria, que abrangem: testes de controles, quando exigidos pelas normas de auditoria ou quando o auditor assim escolheu; e procedimentos substantivos, inclusive testes de detalhes e procedimentos analíticos substantivos. A NBC TA 315 define procedimentos de avaliação de risco como procedimentos de auditoria aplicados para a obtenção do entendimento da entidade e do seu ambiente, incluindo o controle interno da entidade, para a identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante. “Procedimentos adicionais” não contam com uma definição específica, podendo ser compreendidos como procedimentos “extra”, aplicados pelo auditor no contexto dos trabalhos. A NBC TA 330 define o que vem a ser Procedimento Substantivo e Teste de Controle (chamemos, para fins didáticos, de “subcategorias” dos procedimentos de auditoria). Trata-se de mais um item recorrente em provas. No caso dos testes de detalhes, nem há uma definição propriamente. Saibam que as questões de concurso cobram (quase) sempre a literalidade de tais conceitos. Sabendo as palavras-chave associadas a de cada “categoria” ou “subcategoria”, é possível resolver a imensa maioria das questões. Veja: Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 23 Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados: Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem: (a) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e (b) procedimentos analíticos substantivos. Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações. Reparem que os Procedimentos Substantivos estão relacionados à detecção de distorções relevantes no nível de afirmações (informações presentes nas demonstrações contábeis, por exemplo). Já os Testes de Controle relacionam-se com a avaliação da efetividade operacional dos controles. Fazem parte dos procedimentos substantivos os testes de detalhes (seriam um detalhamento maior dessa categoria) e os procedimentos analíticos substantivos (que são os procedimentos analíticos – definição apresentada mais à frente na aula – aplicados no contexto de um procedimento substantivo). Como veremos na próxima seção, as Normas de Auditoria Interna utilizam nomenclatura própria ao elencar os procedimentos de auditoria interna. Nesse ponto específico da nossa disciplina, as bancas – muitas vezes – cobram de forma indistinta conceitos e institutos da Auditoria Independente e da Auditoria Interna. Podemos adiantar que é possível fazer uma associação entre as “subcategorias” acima apresentadas e os tipos de procedimentos previstos na NBC TI 01. Vejamos: NBC TA 330 NBC TI 01 Testes de controle Testes de observância Procedimentos Substantivos Testes Substantivos Veremos mais à frente em nossa aula as definições dos tipos de procedimentos de auditoria interna. Adiantamos que, assim como os testes de controle, os chamados testes de observância relacionam- se com a obtenção de segurança quanto ao efetivo funcionamento dos controles estabelecidos. Os testes substantivos, por sua vez, visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade (ou seja, afirmações, que representam as informações presentes nas demonstrações contábeis). Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 24 A NBC TA 500 elenca ainda uma série de procedimentos específicos (ou técnicas), que podem ser utilizados tanto como procedimentos de avaliação de riscos, quanto como teste de controle ou procedimento substantivo, dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo auditor. Entendam, portanto, que não há uma correlação direta entre os procedimentos específicos abaixo apresentados e uma ou outra categoria de procedimentos – o contexto é que vai definir, por exemplo, se um procedimento analítico será efetuado no contexto de um procedimento de avaliação de risco ou de um procedimento substantivo (nesse último caso, temos um procedimento analítico substantivo). Apresentaremos, “na veia”, as definições que precisam ser internalizadas. Em seguida, traremos mapas mentais com as informações-chave de cada espécie de procedimento. É raro uma prova de auditoria não vir cobrando, ao menos, uma assertiva (ou item) relacionada e este assunto. Veja: Inspeção A14. A inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. A inspeção de registros e documentos fornece evidência de auditoria com graus variáveis de confiabilidade, dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia dos controles sobre a sua produção. Um exemplo de inspeção utilizada como teste é a inspeção de registros em busca de evidência de autorização. A15. Alguns documentos representam evidência de auditoria direta da existência de um ativo, por exemplo, um documento que constitui um instrumento financeiro, como uma ação ou título. A inspeção de tais documentos pode não fornecer necessariamente evidência de auditoria sobre propriedade ou valor. Além disso, a inspeção de um contrato executado pode fornecer evidência de auditoria relevante para a aplicação de políticas contábeis da entidade, tais como reconhecimento de receita. A16. A inspeção de ativos tangíveis pode fornecer evidência de auditoria confiável quanto à sua existência, mas não necessariamente quanto aos direitos e obrigações da entidade ou à avaliação dos ativos. A inspeção de itens individuais do estoque pode acompanhar a observação da contagem do estoque. Esclarecendo: a inspeção vai além do exame físico de ativos tangíveis, incluindo também o exame de registros e documentos (isso, por si só, resolve inúmeras questões de prova). Observação A17. A observação consiste no exame do processo ou procedimento executado por outros, por exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da execução de atividades de controle. A observação fornece evidência de auditoria a respeito da execução de processo ou procedimento, mas é limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo fato de que o ato de ser observado pode afetar a maneira como o processo ou procedimento é executado. Cuidado: se o auditor faz um exame físico de um ativo tangível, estamos diante do procedimento de Inspeção. Caso o auditor acompanhe a contagem física de estoque (inventário) feita, por exemplo, por um funcionário da entidade, estaremos diante da Observação! Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 25 Confirmação externa (Confirmação com terceiros ou circularização) A18. Uma confirmação externa representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra mídia. Os procedimentosde confirmação externa frequentemente são relevantes no tratamento de afirmações associadas a certos saldos contábeis e seus elementos. Contudo, as confirmações externas não precisam se restringir apenas a saldos contábeis. Por exemplo, o auditor pode solicitar confirmação de termos de contratos ou transações da entidade com terceiros; a solicitação de confirmação pode ser planejada para perguntar se foram efetuadas quaisquer modificações no contrato e, em caso afirmativo, quais são os detalhes relevantes. Os procedimentos de confirmação externa também são utilizados para a obtenção de evidência de auditoria a respeito da ausência de certas condições, por exemplo, a ausência de acordo paralelo (side agreement) que possa influenciar o reconhecimento da receita. Observação: diante da importância dessa espécie de procedimento, teremos à frente uma seção toda dedicada a ele. Por ora, fiquem atentos ao fato de que a confirmação externa busca “resposta escrita” (seja em forma escrita propriamente, eletrônica ou em outra mídia). Recálculo A19. O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros. O recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente. Observação: é comum as bancas utilizarem o nome “cálculo”, previsto nas normas revogadas. Podemos perfeitamente tê-los como sinônimos. Reexecução A20. A reexecução envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade. Procedimentos analíticos A21. Os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos. Indo mais a fundo: o procedimento hoje denominado “procedimento analítico” era chamado pela extinta NBC T 11 de “revisão analítica”. Podemos adotá-los como sinônimos. A NBC TA 520 – Procedimentos Analíticos, traz mais detalhes acerca desse procedimento. Ela menciona que os procedimentos analíticos incluem, por exemplo, levar em consideração comparações de informações contábeis e financeiras da entidade (informações comparáveis de períodos anteriores; resultados previstos pela entidade ou expectativas do auditor; e informações de entidades do mesmo setor de atividade, como a comparação entre índices de vendas e contas a receber com as médias do setor ou com outras entidades de porte comparável). Indagação Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 26 A22. A indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade. A indagação é utilizada extensamente em toda a auditoria, além de outros procedimentos de auditoria. As indagações podem incluir desde indagações escritas formais até indagações orais informais. A avaliação das respostas às indagações é parte integral do processo de indagação. A23. As respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações não obtidas anteriormente ou evidência de auditoria comprobatória. Alternativamente, as respostas podem fornecer informações significativamente divergentes das informações que o auditor obteve, por exemplo, informações referentes à possibilidade da administração burlar os controles. Em alguns casos, as respostas às indagações fornecem uma base para que o auditor modifique ou realize procedimentos de auditoria adicionais. [Grifos não constantes no original]. Observação: reparem que, diferentemente da confirmação externa, a indagação inclui questionamentos escritos formais e também questionamentos orais informais. Diz ainda a NBC TA 500 que, embora a indagação possa fornecer importante evidência de auditoria e possa produzir evidência de distorção, ela – sozinha – geralmente não fornece evidência de auditoria suficiente da ausência de distorção relevante no nível da afirmação nem da eficácia operacional dos controles. Em outros termos, a indagação produz evidência quanto à existência de distorção, porém (geralmente) não é capaz de produzir evidência da ausência de distorção e nem tampouco da eficácia dos controles. Segue mapa mental para ajudá-los na memorização. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 27 Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 28 (FGV / DPE RJ – 2019) Durante o planejamento do trabalho de auditoria, um auditor verificou a necessidade de analisar a forma pela qual os funcionários da entidade auditada realizam a contagem anual de estoques, e de examinar, por amostragem, certos itens do estoque para avaliar a condição em que eles se encontram. Os procedimentos de auditoria indicados nesse caso são, respectivamente: a) entrevista e conferência; b) indagação e inspeção; c) indagação e rastreamento; d) observação e inspeção; e) observação e conferência. Comentários: Quando o auditor acompanha a contagem física de estoque (inventário) feita por funcionários da entidade (outros que não o próprio auditor), estamos diante da Observação. Já quando o auditor faz (ele próprio) um exame físico de um ativo tangível, estamos diante do procedimento de Inspeção. Gabarito: D (FCC / ISS Teresina) – 2016) A evidência de auditoria para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do auditor é conseguida pela execução de procedimentos de auditoria. O exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo é efetuado mediante o procedimento de auditoria denominado a) observação. b) circularização. c) investigação. d) confirmação. e) inspeção. Comentários: Enunciado traz a literalidade da NBC TA 500 ao definir a Inspeção. Devemos ficar atentos às palavras-chave “exame de registros e documentos ou exame físico de um ativo”. Gabarito: E Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 29 (FCC / SEFAZ MA – 2016) Os resultados obtidos nos procedimentos de auditoria executados pelo auditor independente contribuem para fundamentar as conclusões apresentadas em seu relatório. O auditor pode utilizar como procedimentos de avaliação de riscos, testes de controles ou procedimentos substantivos, dependendo do contexto em que sejam aplicados, entre outros, os procedimentos de auditoria: a) inspeção, observação, confirmação externa. b) inspeção, amostragem, vistoria. c) inspeção, amostragem, pericia. d) inspeção, monitoramento, vistoria. e) inspeção, indagação, perícia. Comentários: O esquema a seguir apresenta os procedimentos específicos elencados pela NBC TA 500, que podem ser utilizados tanto como procedimentos de avaliação de riscos, quanto como teste de controle ou procedimento substantivo,dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo auditor. Portanto, alternativa correta é A (CESPE / SEFAZ RS – 2019) A realização de comparações entre informações e entre indicadores contábeis e a análise de relações entre contas e de relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros são procedimentos característicos A) da inspeção física. B) da observação. C) da revisão analítica. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 30 D) do recálculo. E) da segregação de função Comentários: Questão aborda um dos procedimentos de auditoria utilizados pelo auditor durante a execução da auditoria. Aqui, você deve ficar atento ao trechos “relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros”. Estamos diante, portanto, dos Procedimentos Analíticos (que são sinônimos de Revisão Analítica – nomenclatura utilizada pela extinta NBC T 11). Gabarito: C. (FUNDEP / CODEMIG – Auditor – 2018) A maior parte do trabalho do auditor para formar sua opinião consiste na obtenção e avaliação da evidência de auditoria, que é obtida por meio de procedimentos de auditoria. A esse respeito, numere a COLUNA II de acordo com a COLUNA I, fazendo a relação entre os procedimentos de auditoria e seus objetivos, conforme prescrito pela NBC TA 500. COLUNA I 1. Inspeção 2. Indagação 3. Confirmação externa COLUNA II ( ) Fornecer evidências de auditoria que podem conter informações significativamente divergentes daquelas já obtidas, por exemplo, informações referentes à possibilidade de a administração burlar os controles. ( ) Fornecer evidências de auditoria a respeito da ausência de certas condições, por exemplo, a ausência de acordo paralelo (side agreement) que possa influenciar o reconhecimento da receita. ( ) Fornecer evidências de auditoria com graus variáveis de confiabilidade, dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia dos controles sobre a sua produção. Assinale a sequência CORRETA. a)1 2 3 b)3 2 1 c) 2 3 1 d) 2 1 3 Comentário: Questão difícil, que foi além da definição pura e simples de cada espécie de procedimento. Segundo a NBC TA 500(R1): Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 31 Indagação A23. As respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações não obtidas anteriormente ou evidência de auditoria comprobatória. Alternativamente, as respostas podem fornecer informações significativamente divergentes das informações que o auditor obteve, por exemplo, informações referentes à possibilidade da administração burlar os controles. Em alguns casos, as respostas às indagações fornecem uma base para que o auditor modifique ou realize procedimentos de auditoria adicionais. Confirmação externa A18. Uma confirmação externa representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra mídia. [...] Os procedimentos de confirmação externa também são utilizados para a obtenção de evidência de auditoria a respeito da ausência de certas condições, por exemplo, a ausência de acordo paralelo (side agreement) que possa influenciar o reconhecimento da receita. [...] Inspeção A14. A inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. A inspeção de registros e documentos fornece evidência de auditoria com graus variáveis de confiabilidade, dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia dos controles sobre a sua produção. Um exemplo de inspeção utilizada como teste é a inspeção de registros em busca de evidência de autorização. [Grifos nossos] Gabarito: C. (IBFC / CM Araraquara – 2016) Considerando "V" para verdadeiro e "F" para falso, analise as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta. O exame físico é a verificação in loco: deverá proporcionar ao auditor a formação de opinião quanto à existência física realizado do objeto ou item examinado. O exame físico realizado pelo auditor deve conter as seguintes características: ( ) Identificação: comprovação através do exame visual do item especificado a ser examinado. ( ) Existência física: comprovação, através da constatação visual, de que o objeto ou item examinado existe realmente. ( ) Autenticidade: poder de discernimento de que o item ou objeto examinado é fidedigno. ( ) Quantidade: a apuração das quantidades reais existentes fisicamente, somente se dando por satisfeito após apuração adequada. ( ) Qualidade: exame visual de que o objeto examinado permanece em uso. Não está deteriorado e merece fé. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 32 a) V-F-V-F-V. b) F-V-F-V-F. c) V-V-V-V-V d) F-F-F-F-F-F. Comentário: Questão se baseia em norma desatualizada, cujo teor foi replicado pela doutrina. Independentemente da desatualização, devemos ficar atentos a esses conceitos (cobrados em 2016, e passíveis de cobrança nos dias de hoje). Vejamos os ensinamentos de Almeida, Marcelo Cavalcanti – Auditoria Contábil Teoria e Prática: Técnicas de auditoria são o conjunto de investigações empregadas pelo auditor para reunir as evidências que lhe proporcionem atestas a fidedignidade das demonstrações contábeis. As técnicas não são provas em si, elas proporcionam a obtenção de provas necessárias para o auditor emitir um parecer bem fundamentado. As técnicas de auditoria mais usuais são as seguintes: - Exame e contagem física; - Circularização; - Conferência de cálculos; - Inspeção de Documentos; - Averiguação; - Correlação. Exame e contagem física: procedimento utilizado para contas do ativo; consiste em identificar fisicamente o bem declarado nas demonstrações financeiras. São exemplos de ativos normalmente submetidos à contagem física: dinheiro em caixa, estoques, títulos (ações, etc.), imobilizado. O exame físico é a verificação in loco do objeto ou item examinado. O exame físico realizado pelo auditor deve conter as seguintes características: • Quantidade: apuração das quantidades reais existentes fisicamente; • Existência física: comprovação, por meio da constatação visual, de que o objeto ou item examinado existe realmente; • Identificação: comprovação, por meio da constatação visual, do item específico a ser examinado; • Autenticidade: poder de discernimento de que o item ou objeto examinado é fidedigno; Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 33 • Qualidade: exame visual de que o objeto permanece em uso, não está deteriorado e merece fé. Percebe-se, portanto, que todos os itens estão corretos. Vejamos características das demais técnicas de auditoria ainda não estudadas: Circularização: equivale à confirmação externa (já apresentada); Conferência de cálculos: equivale ao recálculo (também já apresentado); Inspeçãode documentos: procedimento voltado para comprovação das transações que, por questões legais, comerciais ou de controle são evidenciadas por documentos comprobatórios de efetividade. Averiguação: consiste em fazer perguntas e obter respostas favoráveis à elucidação de certas questões que podem conduzir a um incremento na profundidade dos exames ou, em sentido oposto, à não realização de determinado teste de auditoria. Correlação: deriva do método das partidas dobradas; a técnica nada mais é que o relacionamento harmônico do sistema contábil das partidas dobradas. Gabarito: C. Abordaremos agora a seção da NBC TA 500 que trata da seleção de itens para testes, objetivando a obtenção de evidência de auditoria. Grosso modo, veremos que – ao selecionar itens a serem testados – o auditor pode, dependendo das circunstâncias específicas, selecionar todos os itens (exame de 100%), selecionar itens específicos ou aplicar amostragem em auditoria. Veja: A52. Um teste eficaz fornece evidência de auditoria apropriada na medida em que, considerada com outra evidência de auditoria obtida ou a ser obtida, será suficiente para as finalidades do auditor. Ao selecionar itens a serem testados, o item 7 exige que o auditor determine a relevância e confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria; outro aspecto da eficácia (suficiência) é uma consideração importante na seleção de itens a serem testados. Os meios à disposição do auditor para a seleção de itens a serem testados são: (a) seleção de todos os itens (exame de 100%); (b) seleção de itens específicos; e (c) amostragem de auditoria. A aplicação de qualquer um desses meios ou de uma combinação deles pode ser apropriada dependendo das circunstâncias específicas, por exemplo, os riscos de distorção relevante relacionados à afirmação que está sendo testada, e a praticidade e eficiência dos diferentes meios. Seleção de todos os itens A53. O auditor pode decidir que será mais apropriado examinar toda a população de itens que constituem uma classe de transações ou saldo contábil (ou um estrato dentro dessa população). É improvável um exame de 100% no caso de testes de controles; contudo, é mais comum para testes de detalhes. Um exame de 100% pode ser apropriado quando, por exemplo: Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 34 • a população constitui um número pequeno de itens de grande valor; • há um risco significativo e outros meios não fornecem evidência de auditoria apropriada e suficiente; ou • a natureza repetitiva de um cálculo ou outro processo executado automaticamente por sistema de informação torna um exame de 100% eficiente quanto aos custos. Seleção de itens específicos A54. O auditor pode decidir selecionar itens específicos de uma população. Ao tomar essa decisão, fatores que podem ser relevantes incluem o entendimento da entidade pelo auditor, os riscos avaliados de distorção relevante e as características da população que está sendo testada. A seleção com base em julgamento de itens específicos está sujeita ao risco de não amostragem. Itens específicos selecionados podem incluir: • valor alto ou itens-chave. O auditor pode decidir selecionar itens específicos dentro de uma população porque eles têm valor elevado ou exibem alguma característica, por exemplo, itens suspeitos, não usuais, particularmente propensos a risco ou que tenham histórico de erro; • todos os itens acima de certo valor. O auditor pode decidir examinar itens cujos valores registrados excedam certo valor, de modo a verificar uma grande proporção do valor total de uma classe de transações ou saldo contábil; • itens para obtenção de informação. O auditor pode examinar itens para obter informações sobre assuntos como a natureza da entidade ou a natureza de transações. A55. Embora o exame seletivo de itens específicos de uma classe de transações ou saldo contábil frequentemente seja um meio eficiente de obter evidência de auditoria, não constitui amostragem em auditoria. Os resultados de procedimentos de auditoria aplicados a itens selecionados dessa maneira não podem ser projetados para a população inteira; portanto, o exame seletivo de itens específicos não fornece evidência de auditoria referente ao restante da população. Amostragem em auditoria A56. A amostragem em auditoria destina-se a possibilitar conclusões a serem tiradas de uma população inteira com base no teste de amostragem extraída dela. A amostragem em auditoria é discutida na NBC TA 530. [Grifos não constantes no original] Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 35 Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 36 Auditoria Governamental Novamente, estudaremos alguns conceitos “peculiares” à auditoria no setor público, a maioria dos quais não difere do que estudamos até o momento em nossa aula. As técnicas de auditoria são as formas ou maneiras utilizadas na aplicação dos procedimentos com vistas à obtenção de diferentes tipos de evidências ou ao tratamento de informações (BRASIL, 2010b). Apesar das normas do TCU afirmarem que técnica de auditoria não é sinônimo de procedimento de auditoria, muitas vezes as bancas de concurso tratam tais conceitos de forma indistinta. Segundo o preconizado pelo TCU, procedimentos são itens de verificação, a serem executados durante a fiscalização para consecução do seu objetivo. Devem, na medida do possível, ser detalhados em tarefas descritas de forma clara, de modo a não gerar dúvidas ao executor e esclarecendo os aspectos a serem abordados, bem como expressando as técnicas a serem utilizadas. Já as técnicas são formas ou maneiras utilizadas na aplicação dos procedimentos com vistas à obtenção de diferentes tipos de evidências ou ao tratamento de informações. Um exemplo dessa diferenciação seria o seguinte: Procedimento: identificar a existência de indicadores de fraude nos documentos fiscais comprobatórios de despesas no tocante aos seus aspectos intrínsecos, verificando se há os dados da gráfica, faixa de numeração, etc.; Técnica: exame documental. As técnicas mais usualmente utilizadas são: Exame documental – uma das técnicas mais utilizadas no âmbito do setor público, sendo muitas vezes, por falta de conhecimento daqueles que executam o trabalho, confundida com o próprio trabalho; no exame documental, a equipe deverá observar se as transações realizadas estão devidamente documentadas, se a documentação que suporta a operação contém indícios de inidoneidade, se a transação e a documentação suporte foram conduzidas e preparadas por pessoas responsáveis e se a operação realizada é adequada em função das atividades do órgão/entidade; Inspeção física – constatação “in loco”, que deverá fornecer à equipe a certeza da existência, ou não, do objeto ou item verificado; Conferência de cálculos – objetiva a conferência das operações que envolvam cálculos; na aplicação da técnica, a equipe não deve se limitar a conferir os cálculos realizados por terceiros, fazendo-se necessária a efetivação de cálculos próprios, que serão comparados, ao final, com aqueles apresentados pelo fiscalizado; Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira,Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 37 Observação – consiste em olhar como um determinado processo ou procedimento está sendo executado por outros; Entrevista – consiste na elaboração de perguntas objetivando a obtenção de respostas para quesitos previamente definidos; Circularização – consiste na confirmação, junto a terceiros, de fatos alegados pela entidade; no planejamento dos trabalhos, a equipe deve considerar as partes externas que podem ser circularizadas e os objetivos de fiscalização que poderão ser satisfeitos pela circularização; Conciliações – objetiva verificar a compatibilidade entre o saldo das contas sintéticas com aqueles das contas analíticas, ou ainda o confronto dos registros mantidos pela entidade com elementos recebidos de fontes externas; Análise de contas contábeis – objetiva examinar as transações que geraram lançamentos em determinada conta contábil; essa técnica parte dos lançamentos contábeis para a identificação dos fatos e documentos que o suportam; as contas são selecionadas em função do objetivo geral e da sensibilidade da equipe; Revisão analítica – objetiva verificar o comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situações ou tendências atípicas. Na aplicação dos procedimentos de revisão analítica, o auditor deve considerar: a) o objetivo dos procedimentos e o grau de confiabilidade dos resultados alcançáveis; b) a natureza do órgão/entidade e o conhecimento adquirido em fiscalizações anteriores; c) a disponibilidade de informações, sua relevância, confiabilidade e comparabilidade. (CESPE / TCE RO – 2019) Nas auditorias, os seguintes procedimentos devem ser realizados pelos auditores governamentais: I observar se as transações realizadas estão devidamente documentadas, se a documentação que suporta as operações contém indícios de inidoneidade e se profissionais competentes realizaram as transações e produziram a documentação-suporte; II conferir a apuração realizada por terceiros e, fazendo-se necessária a efetivação de apurações próprias, compará-las, ao final, com aquelas apresentadas pelo fiscalizado; III realizar a confirmação com terceiros de fatos alegados pela entidade fiscalizada; IV verificar a compatibilidade entre o saldo das contas sintéticas com aqueles das contas analíticas da entidade fiscalizada; Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 38 V averiguar o comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes e quantidades absolutas, com vistas à identificação de situações ou tendências atípicas. Assinale a opção que apresenta, respectivamente, a denominação correta de cada um desses procedimentos. A) observação; conferência de cálculos; conciliação; circularização; análise de contas contábeis B) observação; conferência de cálculos; circularização; conciliação; análise de contas contábeis C) averiguação in loco; conferência de cálculos; circularização; conciliação; análise de contas contábeis D) exame documental; conferência de cálculos; conciliação; circularização; revisão analítica E) exame documental; conferência de cálculos; circularização; conciliação; revisão analítica Comentários: Questão exige conhecimento das principais técnicas de auditoria governamental. Vejam que o enunciado utilizada, de forma indistinta, a expressão “procedimentos” (isso costuma acontecer, conforme comentado na aula). No exame documental, a equipe deverá observar se as transações realizadas estão devidamente documentadas, se a documentação que suporta a operação contém indícios de inidoneidade, se a transação e a documentação suporte foram conduzidas e preparadas por pessoas responsáveis e se a operação realizada é adequada em função das atividades do órgão/entidade (Item I – Exame Documental); A conferência de cálculos objetiva a conferência das operações que envolvam cálculos; na aplicação da técnica, a equipe não deve se limitar a conferir os cálculos realizados por terceiros, fazendo-se necessária a efetivação de cálculos próprios, que serão comparados, ao final, com aqueles apresentados pelo fiscalizado (Item II – Conferência de cálculos). A circularização consiste na confirmação, junto a terceiros, de fatos alegados pela entidade; no planejamento dos trabalhos, a equipe deve considerar as partes externas que podem ser circularizadas e os objetivos de fiscalização que poderão ser satisfeitos pela circularização (item III – circularização). A conciliação objetiva verificar a compatibilidade entre o saldo das contas sintéticas com aqueles das contas analíticas, ou ainda o confronto dos registros mantidos pela entidade com elementos recebidos de fontes externas (item IV – Conciliação). Finalmente, a revisão analítica objetiva verificar o comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situações ou tendências atípicas (item V – revisão analítica). Gabarito: E Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 39 Técnicas de Auditoria segundo o Manual do PROAUDI Segundo o Programa de aprimoramento profissional em Auditoria – PROAUDI – Auditoria Governamental – do TCU, o conceito lato sensu de auditoria é: O exame independente e objetivo de uma situação ou condição, em confronto com um critério ou padrão preestabelecido, para que se possa opinar ou comentar a respeito para um destinatário predeterminado. O conceito acima conta com uma série de elementos e significados importantes a serem observados e compreendidos. Apresentamos, a seguir, tais definições: Partes do conceito de auditoria Explicação Exame independente e objetivo A auditoria deve ser realizada por pessoas com independência em relação ao seu objeto, de modo a assegurar imparcialidade no julgamento. O exame objetivo significa que os fatos devem ser avaliados com a mente livre de vieses, de modo a conduzir a julgamentos imparciais, precisos e a preservar a confiança no trabalho do auditor. Situação ou condição É a condição ou o estado do objeto de auditoria encontrado pelo auditor. Comumente denominada situação encontrada, representa o que está ocorrendo, é o fato concreto. Critério ou padrão preestabelecido Configura a situação ideal, o grau ou nível de excelência, de desempenho, qualidade e demais expectativas preestabelecidas em relação ao objeto da auditoria; é o que deveria ser ou o que deveria estar ocorrendo. Opinião ou comentário Refere-se à comunicação dos resultados da auditoria, seu produto final. Expressa a Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 40 extensão na qual o critério ou padrão preestabelecido foi ou está sendo atendido. Destinatário predeterminado É o cliente da auditoria. É aquele que, na grande maioria das vezes, estabelece o objetivo da auditoria e determina os seus critérios ou padrões. Eventuais discrepâncias entrea situação encontrada (ou condição) e o critério de auditoria compõem os chamados achados em auditoria. As evidências, por sua vez, são os elementos de comprovação da discrepância (ou não) entre a situação encontrada (ou condição) e o critério de auditoria (situação ideal). Em suma, achado – decorre da comparação de “o que é”, com “o que deveria ser”, e é comprovado por evidências. Exemplo: Achado: contratação irregular de empresa para prestação de serviço, uma vez que a licitação estabeleceu condição que violou o inc. I do § 1º do art. 3º da Lei nº 8.666/93 (distinção injustificada das licitantes em função de sua localização geográfica). Evidências: edital da licitação e contrato celebrado. Neste momento, vamos conhecer as seguintes técnicas, previstas no PROAUDI, aplicadas com mais frequência em auditorias governamentais: a. Técnicas de obtenção de evidência física: inspeção física e observação direta; b. Técnicas de obtenção de evidência documental: exame documental, circularização e mapa de processo; c. Técnicas de obtenção de evidência testemunhal: entrevista e indagação escrita; d. Técnicas de obtenção de evidência analítica: conferência de cálculos, conciliação, análise de contas, revisão analítica, extração eletrônica de dados e cruzamento eletrônico de dados. Vejamos, na sequência, os detalhes de cada das técnicas: a) Técnicas de obtenção de evidência física Técnica Explicação Inspeção física Esta técnica consiste na constatação in loco da existência física de um objeto, bem como de seus atributos. Em uma auditoria, muitas vezes é necessário confirmar se um bem cuja compra está documentada existe de fato ou se empresas que receberam recursos públicos existem ou são “de fachada”. A inspeção física é uma técnica adequada à verificação de entes Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 41 com existência física, tais como bens, estoques, obras, instalações de empresas, funcionários. A inspeção física se presta não apenas a confirmar a se algo existe ou está onde deveria estar. A técnica serve também para a verificação de atributos de objetos, como, por exemplo, o estado de conservação de um bem, o prazo de validade de produtos e os tipos de materiais utilizados em uma obra. A comprovação é essencialmente visual, sendo recomendável sua documentação por intermédio de fotografias. Se o exame requerer uma análise mais aprofundada do objeto analisado, outras técnicas deverão ser utilizadas, tais como perícias ou exames laboratoriais. Observação direta A observação direta é uma técnica de coleta de dados ou informações que utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou fenômenos que se deseja estudar (BRASIL, 2010e). Nas auditorias, observação direta é um método de coleta de informação contextualizada sobre a forma de funcionamento do objeto auditado (BRASIL, 2010e). A técnica de observação direta permite realizar essa tarefa de forma sistemática e estruturada, valendo-se de roteiros para registro das observações. As formas mais utilizadas de observação direta nas auditorias são (BRASIL, 2010e): a. Identificada: o pesquisador observa de maneira espontânea os fatos que ocorrem no ambiente em estudo e procura registrar o máximo de ocorrências que interessam ao seu trabalho, devendo-se evitar o mínimo de alteração no ambiente; b. Não-identificada: o pesquisador observa de maneira espontânea os fatos que ocorrem no ambiente em estudo e procura registrar o máximo de ocorrências que interessam ao seu trabalho, porém a comunicação e a informação ao auditado sobre o trabalho em andamento são feitas somente ao término da visita; c. Sistemática: o pesquisador elabora plano de observação baseado no conhecimento dos aspectos que são significativos para alcance dos objetivos da observação. Essa forma requer algum conhecimento do problema em estudo para permitir estabelecer as categorias que guiarão a análise da situação; d. Assistemática: o pesquisador está mais livre, sem fichas ou listas de registro. Geralmente, em visitas exploratórias, utiliza-se essa forma de observação para formar juízo de valor e aumentar o entendimento sobre o Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 42 objeto auditado. As informações obtidas podem ou não ser registradas formalmente. b) Técnicas de obtenção de evidência documental Técnica Explicação Exame documental O exame documental consiste na análise de documentos relacionados ao objeto da auditoria em busca de dados ou informações que poderão servir de subsídio ao planejamento da auditoria ou como evidências dos achados. São exemplos de documentos que podem ser analisados: processos de licitação, prestações de contas, documentos avulsos (notas fiscais, cheques), relatórios etc. Preliminarmente, é necessário restringir a amostra de documentos a serem analisados de acordo com o tempo disponível da auditoria, utilizando-se como critério o grau de pertinência e relevância frente aos objetivos do trabalho. Duas verificações devem ser obrigatoriamente realizadas nos documentos analisados: • a sua autenticidade, para assegurar que as informações contidas nos documentos podem ser utilizadas na auditoria; e • as bases e a metodologia de sua elaboração, para poder estimar a confiabilidade das informações apresentadas. O tipo de informação que pode ser obtida nos documentos varia de acordo com o objetivo da auditoria. Enquanto, na fase de planejamento, as informações são coletadas sem um plano previamente especificado, na fase de execução, as informações são geralmente obtidas conforme especificado nos procedimentos de auditoria. Circularização Esta técnica consiste na confirmação, por parte de fontes externas à unidade auditada, de informações obtidas junto ao auditado. A resposta, que deve ser formalizada, pode vir no formato de uma declaração escrita ou de uma ou mais cópias de documentos. A técnica se baseia na suposição da independência das fontes externas, pessoas ou entidades, que não estariam ligadas à fonte original das informações. A conferência dos valores informados pelo auditado em confronto com os fornecidos pelas fontes externas pode revelar discrepâncias que podem constituir achados diversos, tais como desvios de recursos, sobrepreço, apropriações indébitas etc. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 43 É importante observar que, como a resposta à circularização não é obrigatória, faz-se necessário que o auditor tente convencer a fonte externa da importância de sua contribuição. Entre outras possibilidades, a circularização geralmente é utilizada para confirmar: • a existência de bens em poder de terceiros; • direitos a receber; • obrigações assumidas pelo auditado junto a terceiros; • pagamento a fornecedores; • a ocorrência de serviços fornecidos pelo auditado; • se os alegados licitantes participaram efetivamente do processo; • a veracidade de notas fiscais junto ao Fisco. Mapa de processos Consiste na decomposição de um processo de trabalho pela sequência de atividades que o compõem na forma deum diagrama (fluxograma). Fornece uma representação gráfica das operações sob análise, podendo evidenciar a sequência das atividades, os agentes envolvidos, os prazos e o fluxo de documentos (BRASIL, 2003). Os mapas de processo podem representar diversas situações (BRASIL, 2003): • como o processo deve ser realizado, de acordo com as normas e procedimentos internos, caso estes estejam documentados; • como o processo está sendo efetivamente realizado; • qual a forma recomendada de realizar o processo. A técnica pode ser utilizada de diferentes formas: • como auxílio para obtenção de conhecimento sobre o funcionamento da área auditada; • como ferramenta básica para a identificação de riscos e controles em processos; • na identificação de oportunidades de racionalização e aperfeiçoamento dos processos de trabalho. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 44 c) Técnicas de obtenção de evidência testemunhal Técnica Explicação Entrevista A entrevista consiste na elaboração de perguntas objetivando a obtenção de respostas para quesitos previamente definidos. Mais especificamente, segundo o documento de Técnica de Entrevistas do TCU (BRASIL, 2010d): Entrevista é um método de coleta de informações que consiste em uma conversação, individual ou em grupo, com pessoas selecionadas cuidadosamente, e cujo grau de pertinência, validade e confiabilidade é analisado na perspectiva dos objetivos da coleta de informações (KETELE, 1999). Em resumo, uma entrevista é uma sessão de perguntas e respostas para obter uma informação específica (ISSAI/ Apêndice 1, 2004). Sobre a sua utilização, o mesmo documento explica que: A entrevista serve para ampliar o conhecimento sobre o objeto auditado e obter a percepção de gestores, especialistas e beneficiários de programas governamentais sobre o aspecto examinado e, ainda, investigar indícios de irregularidades e fraudes. Além disso, é útil para coletar informações preliminares, na fase de diagnóstico do problema, que serão usadas no desenho do projeto de auditoria. Serve ainda como ferramenta para auxiliar na interpretação de dados obtidos por meio do uso de outros métodos de coleta e para explorar possíveis recomendações (INTOSAI, 2004). A entrevista deve ser sempre utilizada como suporte ou em conjunto com outras técnicas, uma vez que as respostas obtidas não constituem evidências sólidas para, isoladamente, fundamentar os achados. Indagação escrita Consiste na formulação e apresentação de questões, geralmente por intermédio de um ofício, com o objetivo de obter a manifestação do respondente por escrito. Essa manifestação tem por objetivo: a) obter a confirmação de lacunas constatadas por intermédio de outras técnicas de auditoria. Por exemplo, se constatada a falta de critérios para repasse de recursos, é necessário que o responsável se manifeste por escrito, para que essa ausência de critérios seja mais consistentemente evidenciada; b) obter explicações e justificativas sobre os fatos apontados, para decidir sobre a pertinência e aumentar a consistência do achado. Os questionamentos devem ser elaborados com o máximo cuidado, evitando-se redações que possam dar margem a entendimentos diversos, ambiguidades, evasivas ou respostas dicotômicas. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 45 d) Técnicas de obtenção de evidência analítica Técnica Explicação Conferência de Cálculo Esta técnica consiste na revisão das memórias de cálculos relacionados ao objeto da auditoria com o fim de verificar a correção das operações matemáticas e dos insumos utilizados nas operações. Trata-se de um procedimento básico, mas indispensável nos trabalhos. Está relacionado à postura de ceticismo profissional do auditor. A extensão da aplicação do procedimento se dá de acordo com o julgamento profissional da equipe, utilizando como critério básico a relevância da operação para o objetivo da auditoria. Informações de cálculo produzidas a partir de sistemas eletrônicos de processamento de dados devem ser objeto de verificação, uma vez que não estão livres de erros ou omissões. Um exemplo de aplicação dessa técnica é a análise que o TCU fez dos cálculos do preço mínimo do edital de privatização do BANESPA, abaixo reproduzido. Conciliação Consiste no cotejo do registro da movimentação de contas bancárias ou contábeis entre si, ou com elementos, fatos ou ocorrências que devam guardar correspondência com a movimentação. Segundo os Padrões de Auditoria de Conformidade vigentes no TCU, essa técnica objetiva verificar a compatibilidade entre o saldo das contas sintéticas com aqueles das contas analíticas, ou ainda o confronto dos registros mantidos pela entidade com elementos recebidos de fontes externas (BRASIL, 2010c). Observa-se aí que a conciliação pode complementar a circularização. Análise de contas A técnica consiste no exame das transações que geraram lançamentos em determinada conta contábil. O auditor, após escolher os lançamentos contábeis, passa a identificar e investigar a existência, legalidade e pertinência dos fatos correspondentes. Dessa forma, utiliza-se a contabilidade para detecção de achados. Revisão analítica Consiste na utilização de inferências lógicas ou na estruturação de raciocínio que permita chegar a determinada conclusão sobre o objeto auditado. Objetiva, ainda, verificar o comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situações ou tendências atípicas (BRASIL, 2010c). O exemplo mais clássico de aplicação da técnica de revisão analítica é a demonstração da ocorrência de “jogo de planilha” em um contrato de obras. Jogo de planilha é a ocorrência de alterações quantitativas na Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 46 planilha contratual, por meio de acréscimos, decréscimos, supressões ou inclusões de serviços e materiais, que modifiquem o equilíbrio econômico- financeiro inicial, causando dano ao erário sem justificativa adequada. Extração eletrônica de dados Consiste na solicitação ao auditado de dados sistematizados, que posteriormente serão analisados. O auditor, após verificar o universo de dados disponíveis, seleciona apenas os dados que estão relacionados com o objetivo da auditoria. Quando do recebimento do banco de dados (em formato txt, Access, Excel etc.), o auditor faz uma pré-análise dos dados verificando a sua consistência e completude. Após a pré-análise, o auditor faz a limpeza dos dados, eliminando inconsistências e omissões que podem induzir a erros na análise dos dados, tais como casos sobre os quais não se dispõem de dados suficientes para as análises pretendidas e dados fora da faixa admissível de valores. Por último, o auditor faz uma verificação da veracidade dos dados, comparando os registros com uma amostra dos casos reais. Após feitas todas as verificações, os dados estão prontos para serem analisados. Cruzamento eletrônico de dados Consiste na comparação automática dos dados extraídos a partir de um campo comum parametrizado especificado pelo auditor. Geralmente o cruzamento é feito utilizandoum software específico. Existem no mercado alguns softwares específicos para cruzamento de dados em auditorias tais como o ACL e o Idea, entre outros. A análise dos dados pode utilizar diferentes cruzamentos de acordo com os objetivos do trabalho. Os resultados dos cruzamentos constituem indícios a serem confirmados com outras técnicas. Os resultados dependem do nível de confiabilidade do(s) sistema(s) do quais foram extraídos os dados. Cabe ressaltar que as técnicas básicas não são estanques. Outras técnicas também podem ser úteis no trabalho do auditor. Existem, por exemplo, técnicas próprias da auditoria operacional, tais como matriz SWOT, pesquisa, mapa de produto, benchmarking marco lógico, árvore de problemas e análise RECI. Esquematizamos, a seguir, algumas informações importantes apresentadas no quadro acima. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 47 Formas mais utilizadas de observação direta: Identificada: o pesquisador observa de maneira espontânea os fatos que ocorrem no ambiente em estudo e procura registrar o máximo de ocorrências que interessam ao seu trabalho, devendo-se evitar o mínimo de alteração no ambiente. Não-identificada: o pesquisador observa de maneira espontânea os fatos que ocorrem no ambiente em estudo e procura registrar o máximo de ocorrências que interessam ao seu trabalho, porém a comunicação e a informação ao auditado sobre o trabalho em andamento são feitas somente ao término da visita; Sistemática: o pesquisador elabora plano de observação baseado no conhecimento dos aspectos que são significativos para alcance dos objetivos da observação. Essa forma requer algum conhecimento do problema em estudo para permitir estabelecer as categorias que guiarão a análise da situação; Assistemática: o pesquisador está mais livre, sem fichas ou listas de registro. Geralmente, em visitas exploratórias, utiliza-se essa forma de observação para formar juízo de valor e aumentar o entendimento sobre o objeto auditado. As informações obtidas podem ou não ser registradas formalmente. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 48 Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 49 (FGV/ MPE AL – 2018) A técnica de auditoria onde o pesquisador observa de maneira espontânea os fatos que ocorrem no ambiente em estudo e procura registrar o máximo de ocorrências que interessam ao seu trabalho, evitando alterar o ambiente é conhecida como: a) Observação identificada b) Observação não-identificada c) Observação indireta d) Observação sistemática e) Observação assistemática Comentários: Questão aborda uma das formas da técnica de observação direta utilizadas nas auditorias – a identificada. A observação direta é uma técnica de coleta de dados que utiliza os sentidos para compreender determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou fenômenos que se desejam estudar. Ajuda a identificar e obter provas a respeito de situações sobre as quais os indivíduos não têm consciência, mas que orientam seu comportamento (MARCONI; LAKATOS, 1990). Segundo a Portaria TCU SEGECEX nº 19 (2010, p.7), as formas mais utilizadas de observação direta nas auditorias: TIPOS DE OBSERVAÇÃO DIRETA 13. As formas mais utilizadas de observação direta nas auditorias são: 13.1 identificada: o pesquisador observa de maneira espontânea os fatos que ocorrem no ambiente em estudo e procura registrar o máximo de ocorrências que interessa ao seu trabalho, sendo necessário construir um relacionamento de confiança para evitar o mínimo de alteração no ambiente. 13.2 não-identificada: o pesquisador observa de maneira espontânea os fatos que ocorrem no ambiente em estudo e procura registrar o máximo de ocorrências que interessa ao seu trabalho, porém a comunicação e a informação sobre o trabalho em andamento são feitas somente ao término da visita. 13.3 sistemática: o pesquisador elabora plano de observação baseado no conhecimento dos aspectos que são significativos para alcance dos objetivos da observação. Esta forma requer algum conhecimento do problema em estudo para permitir estabelecer as categorias que guiarão a análise da situação. 13.4 assistemática: o pesquisador está mais livre, sem fichas ou listas de registro. Geralmente, em visitas exploratórias, utiliza-se essa forma de observação para formar juízo Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 50 de valor e aumentar o entendimento sobre o objeto auditado. As informações obtidas podem ou não ser registradas formalmente. [grifo nosso] Gabarito: A. (CESPE - Auditor Estadual (TCM-BA)/Infraestrutura - 2018) O pesquisador que, em auditoria, elabora plano de observação com base no conhecimento dos aspectos significativos para o alcance dos objetivos dessa atividade realiza a observação a) identificada. b) não identificada. c) sistemática. d) assistemática. e) estática. Comentários: Questão aborda outra das formas da técnica de observação direta – a sistemática. Como vimos: 13. As formas mais utilizadas de observação direta nas auditorias são: (...) 13.3 sistemática: o pesquisador elabora plano de observação baseado no conhecimento dos aspectos que são significativos para alcance dos objetivos da observação. Esta forma requer algum conhecimento do problema em estudo para permitir estabelecer as categorias que guiarão a análise da situação (...). Gabarito: C. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 51 A NBC TI 01 (Auditoria Interna) assim define testes de observância e testes substantivos: 12.2.3 – Procedimentos da Auditoria Interna 12.2.3.1 – Os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e investigações, incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem ao auditor interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade. 12.2.3.2 – Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos: a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis; b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade. 12.2.3.3 – Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validadedos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. [Grifos não constantes no original] Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 52 As definições acima constantemente aparecem em provas. Assim, guarde na sua memória esses mapas mentais! Como dissemos, nesse ponto específico da nossa disciplina, as bancas – muitas vezes – cobram de forma indistinta conceitos e institutos da Auditoria Independente e da Auditoria Interna (e Auditoria Governamental). É possível fazer uma associação entre os tipos de procedimentos previstos na NBC TI 01 e as “subcategorias” de procedimento previstas nas normas de auditoria independente. Vejamos mais uma vez: NBC TA 330 NBC TI 01 Testes de controle Testes de observância Procedimentos Substantivos Testes Substantivos Segundo A NBC TA 330 (R1): 4. Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados: (a) Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem: (i) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e (ii) procedimentos analíticos substantivos. (b) Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações. [Grifos não constantes no original] Resumidamente: Testes de observância (ou, segundo as normas de auditoria independente, Testes de controle) faz a verificação dos controles internos. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 53 Testes substantivos (ou, segundo as normas de auditoria independente, Procedimentos Substantivos) faz a verificação da informação propriamente dita, tais como: classes de transações, de saldos de contas e de divulgações. Reparem ainda, com relação aos tipos específicos de procedimentos listados pela NBC TI 01, que os conceitos de Inspeção e Observação quase não diferem daqueles constantes na NBC TA 500. A chamada “Investigação e Confirmação” difere um pouco do que prevê a norma de auditoria independente (poderíamos associá-la, tranquilamente, com a Indagação). Diferentemente das normas de auditoria independente, que não apresentam correlação direta entre os tipos específicos de procedimentos e suas categorias, as normas de auditoria interna “amarram” (ou associam diretamente) a inspeção , a observação e a chamada investigação e confirmação com os testes de observância. (CLDF – 2018) Considere: I. Verificação de registros, documentos e ativos tangíveis. II. Acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução. III. Obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. IV. Obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade. Consoante dispõe a NBC TI 01, são procedimentos relacionados aos testes de observância o que consta em a) I, II e III, apenas. b) I, II, III e IV. c) III e IV, apenas. d) II, III e IV, apenas. e) I, II e IV, apenas. Comentários: Questão trata dos procedimentos de auditoria interna, conforme a NBC TI 01. Vejamos: 12.2.3.2 – Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos: Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 54 a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis; b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade[...]. Pelo exposto, apenas os itens I, II e IV (referentes, respectivamente, à Inspeção, Observação e Investigação e Confirmação) são relacionados aos testes de observância. O item III traz a definição de testes substantivos. Gabarito: E. (SEFAZ SC – 2018) I. Trata-se de procedimentos de auditoria que têm por finalidade obter evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados gerados pelo sistema de contabilidade da entidade. Têm como um dos principais objetivos a conclusão sobre a adequada mensuração, apresentação e divulgação das transações econômico-financeiras, em consonância com os Princípios Fundamentais de Contabilidade. II. Além da sua importância para fins de auditoria contábil, também podem ser empregados em auditorias tributárias, tendo também como objetivo certificar-se da correção: da existência do item contábil (se o componente patrimonial existe em certa data), da existência de direitos e obrigações (se efetivamente existem em certa data), da ocorrência (se uma determinada transação realmente ocorreu). Os textos acima referem-se (A) aos Riscos de amostragem. (B) aos Testes substantivos. (C) aos Testes de observância. (D) às Técnicas de Auditoria de exame e contagem física. (E) às Técnicas de Circularização de bens e direitos. Comentários: Se a questão falou em “obter evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados gerados pelo sistema de contabilidade da entidade”, é possível “cravar” que estamos diante dos Testes Substantivos (previstos na NBC TI 01). Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. No escopo da Auditoria Independente, temos os chamados Procedimentos Substantivos (equivalentes aos Testes Substantivos, previstos na norma da auditoria interna). Veja: Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados: Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 55 (a) Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem: (i) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e (ii) procedimentos analíticos substantivos. Gabarito: B (SEFAZ RS – 2019) No início de suas atividades de auditoria em uma empresa, um auditor independente, após a leitura dos manuais de utilização dos sistemas de compras da entidade, realizou questionamentos sobre o regime de alçadas e acompanhou o uso desses sistemas na prática, para verificar a eficácia e o desenho da operacionalização dos sistemas. Ele solicitou a um funcionário da empresa auditada que realizasse pedidos de compras fora de sua alçada estipulada nos manuais, para verificar se o sistema exibia algum erro. Nesse caso, o auditor realizou um testea) de apresentação e divulgação. b) de controle. c) de detalhes de saldos. d) de detalhes de transações. e) substantivo. Comentários: Enunciado apresenta testes de auditoria utilizados pelo auditor durante a execução dos trabalhos. Ao analisar as assertivas, percebe-se que não é preciso identificar tipos específicos de procedimentos (observação, inspeção, confirmação externa, etc.), sendo necessário – apenas – apontar qual a “categoria” ou “subcategoria” de procedimento foi aplicado. Aqui, você deve ficar atento à expressão “para verificar a eficácia e o desenho da operacionalização dos sistemas”, bem como “solicitou a um funcionário que realizasse pedidos de compras fora de sua alçada estipulada nos manuais, para verificar se o sistema exibia algum erro”. Ora, o auditor quis que o funcionário colocasse a prova, ou testasse, um controle da entidade (qual seja: a adequação do sistema de compras aos limites e alçadas previstos nos manuais da empresa). Como estamos diante de procedimento destinado a avaliar a efetividade operacional dos controles, estamos diante de um Teste de Controle. Gabarito: B (SUDENE – 2013) Sobre os testes de observância, assinale a afirmativa correta. a) Avaliam, com razoável segurança, se os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração pública estão em efetivo funcionamento e cumprimento. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 56 b) Analisam as evidências quanto à suficiência e à validação dos dados produzidos pelos sistemas administrativos da entidade. c) Aplicam testes substantivos para os ativos físicos das entidades públicas das administrações direta e indireta. d) Medem com exatidão a execução do sistema contábil em relação aos procedimentos de revisão analítica nos ativos e passivos da entidade. e) Avaliam o sistema de controle interno quanto à verificação das execuções orçamentárias de receitas e despesas do órgão da administração pública. Comentários: os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos: inspeção; observação; e investigação e confirmação. Gabarito: A (TCE RO – 2019 – Adaptada) Com relação ao plano de auditoria baseado no risco, assinale a opção correta. D) Os testes de observância objetivam a obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão e validação dos dados produzidos pela instituição auditada. Comentários: os testes que buscam obtenção quanto ao S.E.V. (suficiência, exatidão e validade) dos dados produzidos pela entidade fiscalizada são os testes substantivos. Testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 57 A NBC TA 505 – Confirmações Externas trata, de forma detalhada, o procedimento de confirmação externa. Detalharemos, a seguir, seus principais tópicos. A confiabilidade da evidência de auditoria é influenciada pela fonte e por sua natureza e depende das circunstâncias individuais em que é obtida. Nesse contexto, devemos ficar atentos às comparações (ou generalizações) aplicáveis à evidência de auditoria. Veja: 1. A evidência de auditoria é mais confiável quando é obtida de fontes independentes externas à entidade; 2. A evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor é mais confiável que a evidência de auditoria obtida indiretamente ou por inferência; 3. A evidência de auditoria é mais confiável quando está na forma de documento, seja em papel, no formato eletrônico ou outro meio. Consequentemente, dependendo das circunstâncias da auditoria, a evidência de auditoria na forma de confirmações externas recebidas diretamente pelo auditor das partes que confirmam pode ser mais confiável que a evidência gerada internamente pela entidade. [...] [Grifos não constantes no original] Vejamos a seguir as definições trazidas pela NBC TA 505, muitas delas já cobradas em provas: 6. Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir possuem os significados a eles atribuídos: Confirmação externa é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato eletrônico ou outro meio. Solicitação de confirmação positiva é a solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação, ou forneça as informações solicitadas. Esclarecendo: nesse caso, o auditor sempre espera uma resposta. Solicitações de confirmação positiva que não determinam valor na solicitação de confirmação, e pedem à parte que confirma preencher o valor, são denominadas solicitação de confirmação “em branco”. Solicitação de confirmação negativa é a solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor somente se discorda das informações fornecidas na solicitação. Esclarecendo: espera-se uma resposta apenas em caso de discordância. Ainda de acordo com a norma, confirmações negativas fornecem evidência de auditoria menos persuasiva que as confirmações positivas. Resposta não recebida é quando a parte que confirma não responde ou não responde de maneira completa, a uma solicitação de confirmação positiva, ou a devolução de uma solicitação de confirmação não entregue (devolução pelo correio, por exemplo, para um destinatário não localizado). Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 58 Exceção é a resposta que indica uma diferença entre as informações para as quais se solicitou confirmação ou diferença entre os registros da entidade e as informações fornecidas pela parte que confirma. [Grifos não constantes no original] Ao usar procedimentos de confirmação externa, o auditor deve manter o controle sobre as solicitações de confirmação externa, o que inclui: (a) determinar as informações a serem confirmadas ou solicitadas; (b) selecionar a parte que confirma, apropriada no contexto da confirmação; (c) definir as solicitações de confirmação, assegurando-se de que as solicitações estão devidamente endereçadas e contêm as informações para retorno das respostas diretamente ao auditor; e Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 59 (d) enviar as solicitações, incluindo 2º pedido, quando aplicável, para a parte que confirma. Outro ponto importante diz respeito à eventual recusa da administração em permitir que o auditor envie solicitações de confirmação. Por menos intuitivo que pareça, a administração pode, sim, manter tal posição. Caberá ao auditor, nesse caso tomar medidas apropriadas, tais como: (a) indagar sobre as razões da recusa da administração e procurar evidência deauditoria sobre sua validade e razoabilidade; (b) avaliar as implicações da recusa da administração na avaliação do auditor dos riscos significativos de distorção relevante, incluindo o risco de fraude, e sobre a natureza, época e extensão de outros procedimentos de auditoria; e (c) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de auditoria relevante e confiável. Iremos expor agora, de forma resumida, algumas particularidades das respostas às solicitações do auditor. As respostas às solicitações de confirmação fornecem evidência de auditoria mais relevante e confiável quando são enviadas a um terceiro (parte que confirma), que no entendimento do auditor tem conhecimento sobre as informações a serem confirmadas. A solicitação de confirmação externa positiva pede que a parte confirme, em todos os casos, responda ao auditor seja pela indicação de sua concordância com as informações enviadas ou pelo fornecimento de informações. Normalmente se espera que a resposta a uma solicitação de confirmação positiva forneça evidência de auditoria confiável. Já as confirmações negativas fornecem evidência de auditoria menos persuasiva que as confirmações positivas. Consequentemente, o auditor não deve usar solicitações de confirmação negativa como o único procedimento substantivo de auditoria para tratar o risco de distorção relevante avaliado no nível de afirmações, a menos que estejam presentes todos os itens a seguir: (a) o auditor avaliou o risco de distorção relevante como baixo e obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente em relação à efetividade operacional dos controles relevantes para a afirmação; (b) a população de itens sujeitos a procedimentos de confirmação negativa compreende um grande número de saldos contábeis, transações ou condições, homogêneas de pequena magnitude; (c) espera-se uma taxa de exceção muito pequena; e (d) o auditor não tem conhecimento das circunstâncias ou condições que fariam com que as pessoas que recebem solicitações de confirmação negativa ignorassem essas solicitações. Por fim, para cada resposta não recebida, o auditor deve executar procedimentos alternativos de auditoria para obter evidência de auditoria relevante e confiável. Ele pode enviar uma solicitação Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 60 de confirmação adicional quando não receber uma resposta a uma solicitação anterior dentro de prazo razoável. Por exemplo, o auditor pode, depois de verificar novamente a precisão do endereço original, enviar uma solicitação adicional ou 2º pedido. Não podemos esquecer de que o auditor deve avaliar se os resultados dos procedimentos dessa confirmação fornecem evidência de auditoria relevante e confiável, ou se são necessárias outras evidências de auditoria. Cabe ressaltar, ainda, que a recusa da administração em permitir que o auditor envie solicitações de confirmação constitui uma limitação sobre a evidência de auditoria que o auditor deseja obter. Ele deve, portanto, indagar sobre as razões para a limitação. Uma razão comum apresentada é a existência de uma disputa legal ou negociação em andamento com a pretensa parte que confirma, cuja solução pode ser afetada por uma solicitação de confirmação inoportuna. Nesse caso, o auditor deve procurar evidência de auditoria sobre a validade e razoabilidade das razões em decorrência do risco de que a administração pode estar tentando negar ao auditor o acesso a evidência de auditoria que pode revelar fraude ou erro. Ao avaliar os resultados de confirmações externas individuais, o auditor pode os classificar conforme esquema a seguir: Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 61 (CESPE / SEFAZ RS – 2019) Com o objetivo de confirmar os saldos bancários apresentados, o auditor, por meio de cartas registradas, solicita as informações pertinentes às instituições bancárias das quais a empresa auditada seja cliente. Nesse caso, o auditor realiza uma A) inspeção. B) repetição. C) circularização. D) revisão analítica. E) conciliação bancária. Comentários: Questão aborda um dos procedimentos de auditoria utilizados pelo auditor durante a execução da auditoria. Aqui, você deve ficar atento às palavras “confirmar os saldos bancários apresentados, o auditor, por meio de cartas registradas, solicita as informações pertinentes às instituições...”. Ora, fica claro que o auditor deseja obter evidência por meio de resposta por escrito de um terceiro (em formato eletrônico, nesse caso). Portanto, alternativa correta é C (confirmação externa ou circularização). (CESPE / EMAP – 2018) Durante a execução de seus trabalhos, tendo verificado não conformidades nos registros contábeis de entidade estatal, o auditor realizou entrevistas com os responsáveis da área, circularização, conciliação e revisão analítica. Considerando essa situação hipotética e os múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o item seguinte. A circularização é a técnica utilizada para a obtenção de declaração formal e independente de partes internas da área auditada. Comentário: Segundo a NBC TA 505, “confirmação externa é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato eletrônico ou outro meio”. Dessa forma, há um erro sutil – em regra, as informações são obtidas de partes externas da área auditada, ao invés de internas. Portanto, item errado. (FGV / SUDENE – 2013) Quanto à circularização, ao terminar o envio das confirmações externas individuais, o auditor deve avaliar o resultado obtido. Ele pode adotar a seguinte classificação: Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos ==20a6d9== 62 I. considerada não confiável. II. não recebida. III. indicando exceção. Assinale: a) se somente o item I estiver correto. b) se somente os itens I e II estiverem corretos. c) se somente os itens I e III estiverem corretos. d) se somente os itens II e III estiverem corretos. e) se todos os itens estiverem corretos. Comentários: como vimos, ao avaliar os resultados de confirmações externas individuais, o auditor pode os classificar da seguinte maneira: - Respostas apropriadas da parte que confirma; - Respostas consideradas como não confiável – item I; - Resposta não recebida – item II; - Resposta indicando exceção – item III. Gabarito: E (VUNESP / ARSESP – 2018) Assinale a alternativa que corresponde à afirmação correta relacionada à Norma de Auditoria de “Confirmações Externas”. a) Se o auditor identificar fatores que dão origem a dúvidas quanto à correta apresentação de um documento de resposta, tais como os extratos bancários, o auditor pode discutir com a administração do cliente a fim de resolver essas dúvidas. b) Se o auditor não receber uma resposta à solicitação de confirmação, este deverá simplesmente incluir tal afirmação na carta de representação, uma vez que será assinada pelos responsáveis pela governança da empresa auditada. c) O objetivo do auditor, ao usar procedimentos de confirmação externa, é planejar e executar tais procedimentos para obter evidência de auditoria relevante e confiável.d) Os programas de trabalho preparados pelo auditor devem incluir a determinação das informações a serem confirmadas ou solicitadas pelo auditor à administração da empresa auditada. e) Confirmação externa é a evidência de auditoria obtida mediante leitura de documentos comprobatórios emitidos por entidades independentes da empresa, tais como extrato bancário, conta de energia elétrica, ou mesmo as notas fiscais de fornecedores. Comentário: Segundo a NBC TA 505: Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 63 Confiabilidade das respostas às solicitações de confirmação 10. Se o auditor identificar fatores que dão origem a dúvidas sobre a confiabilidade da resposta a uma solicitação de confirmação, o auditor deve obter evidência adicional de auditoria para resolver essas dúvidas. 11. Se o auditor determinar que uma resposta a uma solicitação de confirmação não é confiável, o auditor deve avaliar as implicações na avaliação dos riscos significativos de distorção relevante, incluindo o risco de fraude, e sobre a natureza, época e extensão relacionada a outros procedimentos de auditoria. Resposta não recebida 12. Para cada resposta não recebida, o auditor deve executar procedimentos alternativos de auditoria para obter evidência de auditoria relevante e confiável. [Grifos nossos] Em linhas gerais, quando o auditor tiver dúvida quanto à confiabilidade das respostas às solicitações de confirmação, então ele deve aplicar procedimentos adicionais para obter evidências adicionais. [Grifos nossos] Analisando cada alternativa: Letra A) ERRADA por total carência de previsão normativa. Letra B) ERRADA. Nesse caso, o auditor deve executar procedimentos alternativos de auditoria para obter evidência de auditoria relevante e confiável. Letra C) CORRETA. Ela está alinhada à NBC TA 505: Objetivo 5. O objetivo do auditor, ao usar procedimentos de confirmação externa, é planejar e executar tais procedimentos para obter evidência de auditoria relevante e confiável. Letra D) ERRADA. A necessidade de realizar procedimentos de confirmações externas durante a execução dos trabalhos do auditor é uma questão de julgamento profissional e, nesse caso, ele só incluirá nos seus programas de trabalho as informações a serem confirmadas ou solicitadas à administração da empresa auditada, dependendo de sua relevância no contexto da auditoria. Letra E) ERRADA. Vimos acima o conceito da confirmação externa. Gabarito: C. (CESGRANRIO / LIQUIGÁS – 2018) Ao examinar o razão de uma empresa, durante um trabalho de auditoria, um auditor se deparou com valores significativos na conta adiantamento a fornecedores, com diferentes datas de registro, para os quais não houve registro de baixa durante os últimos seis meses. Com o objetivo de confirmar esses valores junto aos fornecedores, sem evidenciar os valores registrados, o auditor deve enviar carta de confirmação a) neutra Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 64 b) negativa branca c) negativa preta d) positiva branca e) positiva preta Comentário: Questão aborda o procedimento de circularização (confirmações externas). Segundo a NBC TA 505, “confirmação externa é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato eletrônico ou outro meio”. Esse tipo de técnica permite reunir evidências sobre a fidedignidade dos saldos das contas a receber e a pagar, saldos bancários, contas de empréstimos, estoques em poder de terceiros, passivos contingentes, coberturas de seguros e credores em geral. A Resolução CNJ nº 171/2013 define circularização como sendo “a técnica que se obtém informações com a finalidade de confrontar declarações de terceiros com os documentos constantes do escopo da auditoria, de natureza formal”, classificando-a em três tipos: a) positivo em branco – solicitação de informações a terceiros sem registro de quantitativos ou valores no texto da requisição e com prazo para resposta; b) positivo em preto – solicitação de informações a terceiros com a indicação de quantitativos ou valores no texto da requisição e com prazo para resposta; e c) negativo – comunicação de informações a terceiros com ou sem indicação de quantitativos e valores no texto da comunicação e com referência a dispensa de resposta no caso de concordância dos termos informados. Portanto, alternativa correta é D. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 65 1. (FGV / SEF MG – 2023) O auditor deve definir e executar procedimentos de auditoria que sejam apropriados às circunstâncias com o objetivo de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. De acordo com a NBC TA 500 (R1) - Evidência de Auditoria, assinale a opção que indica o procedimento que busca informações junto a pessoas com conhecimento financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade. a) Indagação. b) Recálculo. c) Inspeção. d) Observação. e) Confirmação. 2. (FGV / SEFAZ AM – 2022) De acordo com a NBC TA 500 (R1) – Evidência de Auditoria, o auditor deve definir e executar procedimentos que sejam apropriados às circunstâncias, com o objetivo de obter evidência de auditoria a) inédita e relevante. b) tempestiva e relevante. c) neutra e livre de erros. d) apropriada e suficiente. e) completa e verificável. 3. (FGV / SEFAZ AM – 2022) De acordo com a NBC TA 500 (R1) – Evidência de Auditoria, a maior parte do trabalho do auditor para formar a sua opinião consiste na obtenção e avaliação da evidência de auditoria. Nesse sentido, em relação à indagação e suas respostas, assinale a afirmativa correta. a) Devem ser formais e por escrito. b) São utilizadas somente em pontos específicos da auditoria. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 66 c) A avaliação das respostas às indagações é parte integral do processo de indagação. d) As respostas às indagações devem fornecer informações convergentes com as obtidas pelo auditor. e) Costumam fornecer, sozinhas, evidências de auditoria suficientes sobre a ausência de distorção relevante no nível da afirmação. 4. (FGV / SEFAZ AM – 2022) As evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões. A medida da qualidade da evidência de auditoria é a adequação da evidência, de modo que o fornecimento de suporte às conclusões em que se baseia a opinião do auditor seja a) relevante e neutra. b) verificável e neutra. c) relevante e confiável. d) tempestivo e verificável. e) confiável e tempestivo. 5. (FGV / SEFAZ AM – 2022) De acordo com a NBC TA 520 – Procedimentos Analíticos, se os procedimentos analíticos executados identificam flutuações ou relações que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que diferem dos valores esperados de maneira significativa, o auditor deve examinar essas diferenças por meio de a) indagação àadministração e da obtenção de evidência de auditoria apropriada e relevante para as respostas da administração. b) avaliação das informações obtidas por meio de estudos das relações plausíveis entre os dados obtidos e os valores esperados. c) verificação de procedimentos e controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade. d) revisão do trabalho executado, reaplicação dos procedimentos efetuados anteriormente e investigação das flutuações identificadas que se desviem significativamente dos valores previstos. e) obtenção de confirmação externa, representada por evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro ao auditor, em forma escrita ou eletrônica. 6. (FGV / CGU – 2022) Uma entidade que constrói e opera ferrovias contratou a empresa X para avaliar seus bens imóveis. Já a empresa Y é especializada na publicação de informações sobre riscos do setor de infraestrutura e suas publicações foram consideradas pela entidade na elaboração das divulgações de risco. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 67 O auditor considerou de grande importância os trabalhos dessas empresas para os propósitos da auditoria e, portanto, deve: (A) considerar que as empresas X e Y são fontes de informações externas à entidade; (B) considerar que a habilidade da empresa X pode ser ameaçada em decorrência de possível familiaridade com a entidade; (C) considerar que a localização geográfica e a disponibilidade de tempo da empresa X para execução do contrato podem reduzir sua competência; (D) obter entendimento do trabalho da empresa X e avaliar se as premissas e os métodos usados pela empresa são geralmente aceitos na área; (E) avaliar a relevância e a confiabilidade das informações obtidas da empresa X, além da competência, habilidade e objetividade da empresa Y. 7. (FGV / TCE PI – 2021) Durante um trabalho de auditoria, o responsável pela equipe, após analisar as competências de cada um, atribuiu a um dos componentes da equipe o procedimento técnico de inspeção que deve ser aplicado para: a) acompanhar a execução de processos; b) conferir a exatidão de cálculos; c) examinar o conteúdo de documentos; d) obter informações com terceiros; e) verificar o comportamento de valores extremos. 8. (FGV / TCE PI – 2021) Durante um trabalho de auditoria, um auditor executou um procedimento para avaliar se a atividade de recepção e conferência de itens adquiridos para estoque era realizada por um funcionário adequado. O procedimento executado pelo auditor foi um teste: a) de abrangência; b) de inspeção; c) de observância; d) de revisão analítica; e) documental. 9. (FGV / TCE PI – 2021) Em um trabalho de auditoria, um auditor precisou solicitar informações a um fornecedor da entidade auditada. A solicitação indicava a necessidade de uma resposta, em concordância ou não com o conteúdo informado. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 68 Esse procedimento corresponde a uma: a) confirmação externa; b) circularização aberta; c) circularização fechada; d) solicitação de confirmação positiva; e) solicitação de confirmação negativa. 10. (FGV / TCE AM – 2021) A revisão analítica constitui uma forma essencial de teste substantivo nos trabalhos de auditoria, e uma das suas características é que: a) é limitada pela complexidade da estrutura das demonstrações contábeis; b) não é aplicável para fins comparativos com os trabalhos de anos anteriores; c) pode ser aplicada no planejamento, execução e revisão do trabalho de auditoria; d) se aplica à avaliação da qualidade dos controles internos; e) utiliza as técnicas de aplicação de questionários e entrevistas. 11. (FGV / MPE AL – 2018) O exame documental é a análise de documentos relacionados ao objeto da auditoria, em busca de dados ou informações que poderão servir de subsídio ao planejamento da auditoria ou como evidências dos achados. Assinale a opção que apresenta o critério utilizado para restringir a amostra de documentos a serem analisados. a) A autenticidade e a metodologia de sua elaboração. b) A relevância dos objetivos e o grau de pertinência. c) A autoria dos documentos e os valores da amostra. d) A confiabilidade e a comparabilidade. e) A materialidade e a oportunidade. 12. (FGV / MPE AL – 2018) Em relação às técnicas e aos procedimentos de auditoria, assinale a afirmativa correta. a) A entrevista confirma, por parte de fontes externas à unidade auditada, as informações obtidas junto ao auditado, por meio de declaração escrita ou de uma ou mais cópias de documentos. b) A análise de contas elabora perguntas sobre quesitos previamente definidos, amplia o conhecimento sobre o objeto auditado e obtém a percepção de gestores e beneficiários sobre o aspecto examinado. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 69 c) A circularização compara o registro da movimentação de contas bancárias ou contábeis entre si, ou com elementos, fatos ou ocorrências que devam guardar correspondência com a movimentação. d) A conciliação examina as transações que geraram lançamentos em uma conta contábil, na qual o auditor, após escolher os lançamentos contábeis, passa a investigar a existência, a legalidade e a pertinência dos fatos. e) A revisão analítica utiliza inferências lógicas que permitam chegar a determinada conclusão sobre o objeto auditado, com o objetivo de verificar o comportamento de valores significativos. 13. (FGV / MPE AL – 2018) A técnica de auditoria onde o pesquisador observa de maneira espontânea os fatos que ocorrem no ambiente em estudo e procura registrar o máximo de ocorrências que interessam ao seu trabalho, evitando alterar o ambiente é conhecida como: a) Observação identificada b) Observação não-identificada c) Observação indireta d) Observação sistemática e) Observação assistemática 14. (FGV / CGM Niterói – 2018) A observação direta é uma técnica de coleta de dados ou informações que utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Entre as formas mais utilizadas de observação direta está a observação identificada. Nessa forma de observação, o pesquisador a) observa os fatos que ocorrem no ambiente e procura registrar as ocorrências que interessam ao seu trabalho, evitando o mínimo de alterações no ambiente. b) observa os fatos que ocorrem no ambiente, registra as ocorrências que interessam ao seu trabalho e comunica ao auditado, ao término da visita, o trabalho em andamento. c) elabora um plano de observação baseado no conhecimento dos aspectos que são significativos para alcançar os objetivos da observação. d) precisa ter conhecimento prévio do problema em estudo para permitir estabelecer as categorias que correspondem à inspeção física dos fatos ocorridos. e) tem liberdade e não utiliza fichas ou listas de registro, não havendo necessidade de registros formais. 15. (FGV / PGE RO – 2015) A realização do trabalho de auditoria considera procedimentos e técnicas previamente definidos na fase de planejamento. A Resolução CNJ nº 171/2013 apresenta algumas técnicas comumente utilizadas a partir do Programa de Auditoria.A técnica em que o auditor requer Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 70 informações de terceiros com a indicação de quantitativos ou valores no texto da requisição, com prazo para resposta, é: a) correlação entre informações obtidas; b) circularização positiva em preto; c) circularização positiva em branco; d) circularização negativa em branco; e) revisão analítica. 16. (FGV / TJ RO – 2015) As técnicas de auditoria constituem um conjunto de processos e ferramentas operacionais destinadas à obtenção de evidências, as quais devem ser suficientes, adequadas, relevantes e úteis para conclusão dos trabalhos. Quando um auditor necessita verificar se determinadas atividades e operações estão sendo executadas conforme os padrões preestabelecidos, uma técnica recomendada é o (a): a) corte das operações; b) indagação oral; c) rastreamento; d) revisão analítica; e) teste flagrante. 17. (FGV / SEFAZ RJ – 2011) A tarefa de traduzir conceitos abstratos em variáveis mensuráveis, definindo indicadores apropriados, é indispensável para que se possa medir o alcance dos objetivos perseguidos pela administração. As informações coletadas e usadas para dar suporte aos achados de auditoria de desempenho operacional ou de avaliação de programa são consideradas evidências e podem assumir as diferentes formas. Nesse sentido, é INCORRETO afirmar que a evidência a) física diz respeito a dados coletados a partir da observação direta, podendo ser representados por fotografias, mapas, gráficos ou outras representações pictográficas. b) oral compreende declarações geralmente obtidas em entrevistas ou pesquisas com usuários ou beneficiários da iniciativa governamental, bem como com especialistas, gestores ou membros da equipe técnica encarregada. c) documental refere-se a dados registrados em papel ou meio magnético (em geral, os mais empregados em trabalhos de auditoria). d) analítica contempla informações geradas a partir de outras evidências, geralmente envolvendo cálculos, comparações ou sínteses. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 71 e) especial é aquela a partir de apuração de fraudes em entidades da mesma natureza, com foco nos testes substantivos para mapeamento do sistema de controle interno. 18. (FGV / DPE RJ – 2019) Uma das finalidades do trabalho do auditor interno é obter informações sobre os assuntos relacionados aos objetivos e ao alcance da Auditoria Interna. Entre outras qualidades, as informações obtidas precisam ser relevantes, o que ocorre quando a informação: a) auxilia a entidade a atingir suas metas; b) dá suporte às conclusões e às recomendações da auditoria interna; c) é confiável e propicia a melhor evidência alcançável, por meio do uso apropriado das técnicas de auditoria interna; d) é factual e convincente, de modo que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la assim como um auditor interno; e) é obtida mediante a aplicação de procedimentos da auditoria interna, incluindo testes substantivos. 19. (FGV / DPE RJ – 2019) Durante o planejamento do trabalho de auditoria, um auditor verificou a necessidade de analisar a forma pela qual os funcionários da entidade auditada realizam a contagem anual de estoques, e de examinar, por amostragem, certos itens do estoque para avaliar a condição em que eles se encontram. Os procedimentos de auditoria indicados nesse caso são, respectivamente: a) entrevista e conferência; b) indagação e inspeção; c) indagação e rastreamento; d) observação e inspeção; e) observação e conferência. 20. (FGV / MPE AL – 2018) Os testes de auditoria analisam um elemento selecionado para determinar se um objetivo específico de auditoria foi ou não alcançado. Nesse sentido, o teste substantivo a) verifica e comprova a regularidade na aplicação das normas. b) deve certificar a confiabilidade e a adequação dos procedimentos do sistema de controles internos. c) obtém provas suficientes sobre as transações e saldos, se são reais e se pertencem ao ente público. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 72 d) procura avaliar se as estimativas foram realizadas de modo correto. e) busca comprovar a validade e a propriedade material do tratamento de eventos e transações pelo ente público. 21. (FGV / ALERJ – 2017) Um dos esforços do trabalho do auditor consiste em buscar evidências que possam fundamentar suas conclusões sobre as demonstrações contábeis. As evidências podem ser relacionadas à finalidade para a qual são colhidas ou à sua natureza. As evidências relacionadas à natureza correspondem a provas que servem para validar os registros contábeis. Dos exemplos a seguir, o que NÃO constitui evidência quanto à natureza é: a) constatação de existência física de bens; b) declaração de fontes verbalmente consultadas; c) incapacidade financeira de pagar credores no vencimento; d) eventos subsequentes à data das demonstrações contábeis; e) documentos comprobatórios da legitimidade de transações. 22. (FGV / TJ PI – 2015) Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às conclusões em que se fundamentam a sua opinião. A evidência de auditoria apropriada e suficiente: a) decorre apenas dos registros contábeis da entidade; b) não deve se basear em auditorias anteriores; c) pode decorrer de ausência de informações; d) pode ser obtida a partir da indagação; e) tem natureza não cumulativa. 23. (FGV / CGE MA – 2014) A respeito da evidência de auditoria, assinale a afirmativa incorreta. a) A confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de fontes internas dentro da entidade. b) A confiabilidade da evidência de auditoria gerada internamente é maior quando os controles relacionados são efetivos, incluindo os controles, impostos pela entidade, sobre sua elaboração e manutenção. c) A evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor é mais confiável do que a evidência de auditoria obtida indiretamente ou por inferência. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 73 d) A evidência de auditoria em forma de documentos, em papel, mídia eletrônica ou de outro tipo, é mais confiável do que a evidência obtida verbalmente. e) A evidência de auditoria fornecida por documentos originais é mais confiável do que a evidência de auditoria fornecida por fotocópias ou fac-símiles ou por documentos que foram filmados, digitalizados ou transpostos de outra maneira para forma eletrônica. 24. (CESPE / SEFAZ AL – 2020) A fim de estabelecer o escopo da auditoria durante sua fase de planejamento, o auditor pode utilizar procedimentos de revisão analítica, que fazem parte dos testes substantivos. 25. (CESPE / SEFAZ AL – 2020) As informações que fundamentam os resultados de auditoria, denominadas evidências, podem ser utilizadas mesmo no caso de conterem erro. 26. (CESPE / SEFAZ AL – 2020) Situação hipotética:Um auditor realizou a análise de pedidos de fornecimento de matéria- prima, constatando se eles haviam sido assinados pelo gerente de compras, como estabelecido na política de determinada empresa. Assertiva: Nesse caso, esse procedimento revela que o auditor realizou um teste substantivo. 27. (CESPE / SEFAZ DF – 2020) Ao utilizar informações comparáveis de períodos anteriores para estabelecer relações plausíveis entre dados financeiros e dados não financeiros da entidade auditada, o auditor está aplicando um procedimento analítico de auditoria. 28. (CESPE / SEFAZ DF – 2020) Testes de observância em auditoria estão intimamente ligados á verificação do cumprimento dos procedimentos de controles internos da auditoria. 29. (CESPE / SEFAZ DF – 2020) A constatação da existência real e da integridade das transações evidenciadas nos relatórios contábeis é o principal objetivo dos testes de observância. 30. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019) A evidência de auditoria é uma das preocupações que o auditor independente deve ter na realização dos trabalhos e na formação da sua opinião. De acordo com as normas de auditoria vigentes, é correto afirmar que a qualidade de toda evidência de auditoria é afetada pelas características de a) comparabilidade e materialidade. b) integridade e objetividade. c) relevância e confiabilidade. d) integralidade e neutralidade. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 74 e) segurança e compreensibilidade. 31. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019) A realização de comparações entre informações e entre indicadores contábeis e a análise de relações entre contas e de relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros são procedimentos característicos A) da inspeção física. B) da observação. C) da revisão analítica. D) do recálculo. E) da segregação de função. 32. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019) No início de suas atividades de auditoria em uma empresa, um auditor independente, após a leitura dos manuais de utilização dos sistemas de compras da entidade, realizou questionamentos sobre o regime de alçadas e acompanhou o uso desses sistemas na prática, para verificar a eficácia e o desenho da operacionalização dos sistemas. Ele solicitou a um funcionário da empresa auditada que realizasse pedidos de compras fora de sua alçada estipulada nos manuais, para verificar se o sistema exibia algum erro. Nesse caso, o auditor realizou um teste a) de apresentação e divulgação. b) de controle. c) de detalhes de saldos. d) de detalhes de transações. e) substantivo. 33. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019) No que se refere à qualidade de uma evidência de auditoria, assinale a opção correta. a) Um contrato de compra e venda digitalizado e recebido por email é mais confiável que o mesmo documento recebido na via original em papel. b) No caso de dúvida quanto à confiabilidade de determinada evidência de auditoria, o auditor deve ampliar a amostra, excluir da seleção o item questionado e refazer os testes. c) O conhecimento e a experiência do auditor sobre a área de atuação de um especialista da administração não afetam a confiabilidade da informação prestada à auditoria. d) O auditor deve avaliar a competência, habilidade e objetividade do especialista para garantir a confiabilidade da evidência no caso de utilização de trabalho de especialista da administração. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 75 e) Uma resposta em reunião presencial a uma indagação feita por representação verbal de membro da administração e o envio de uma resposta por email têm o mesmo nível de confiabilidade. 34. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019) A empresa Ferragens S.A. mantém parte dos seus estoques guardada na empresa Armazéns S.A. Ao auditar os estoques da Ferragens S.A., o auditor independente constatou a necessidade de confirmação externa, porém a administração não permitiu o envio da solicitação de confirmação. Considerando-se essa situação hipotética e as normas vigentes de auditoria, é correto afirmar que o auditor deverá a) finalizar a realização do trabalho no momento da recusa da administração e emitir um relatório de auditoria com ressalvas. b) realizar procedimento de inspeção física na empresa Armazéns S.A., independentemente de autorização da empresa auditada. c) registrar os fatos nos papéis de trabalhos e emitir relatório de auditoria com abstenção de opinião em relação aos estoques. d) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de auditoria relevante e confiável. e) comunicar ao controle interno da empresa auditada que a ausência de informações será utilizada como evidência para encerrar o trabalho. 35. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019) Com o objetivo de confirmar os saldos bancários apresentados, o auditor, por meio de cartas registradas, solicita as informações pertinentes às instituições bancárias das quais a empresa auditada seja cliente. Nesse caso, o auditor realiza uma A) inspeção. B) repetição. C) circularização. D) revisão analítica. E) conciliação bancária. 36. (CESPE / PGE PE– 2019) Acerca de auditoria em órgãos públicos, julgue o item subsequente. Havendo inconsistência entre evidências de auditoria obtidas em fontes distintas, o auditor deverá providenciar modificações ou acréscimos aos procedimentos de auditoria necessários para solucionar o assunto. 37. (CESPE / CGE CE– 2019) Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 76 Segundo a NBC TA 330, para detectar distorções relevantes no nível de afirmações, são utilizados, entre outros, os procedimentos e testes que avaliam informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros e são examinadas relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou difiram significativamente dos valores esperados. Tais procedimentos ou testes são denominados a) testes de controle. b) testes de detalhes. c) testes de observância. d) procedimentos analíticos substantivos. e) procedimentos de avaliação de riscos. 38. CESPE - Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna - 2018) Determinado auditor defrontou-se com evidências circunstanciais acerca de uma não conformidade na área auditada. Ele, então, elaborou matriz de seus achados de auditoria. Com relação a essa situação hipotética e aos múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o item a seguir. A adequação da evidência da auditoria está relacionada à medida da quantidade da evidência, enquanto a suficiência da auditoria está associada à qualidade da evidência. 39. (CESPE – Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna - 2018) A evidência circunstancial demonstra um fato que pode levar a outro fato e não é suficiente para sustentar um achado. 40. (CESPE - Analista Judiciário (STM) / Contabilidade / Apoio Especializado - 2018) À luz das Normas Brasileiras de Contabilidade do Conselho Federal de Contabilidade que tratam do auditor independente e da auditoria independente de informação contábil histórica, julgue o itemsubsequente. A documentação de auditoria e a evidência de auditoria remetem ao mesmo conceito, ou seja, ambas são constituídas por registros, documentos e outras informações que permitem a obtenção de conclusões pelo auditor. 41. (CESPE - Auditor Estadual (TCM-BA)/Controle Externo - 2018) A categoria de relevância de determinada evidência encontrada pela auditoria depende da a) objetividade do auditor na obtenção da evidência. b) efetividade do sistema de controle interno. c) obtenção da evidência por meio de documentos originais. d) atuação direta do auditor na obtenção da evidência. e) natureza dos procedimentos adotados para obter a evidência. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 77 42. (CESPE – (Auditor do Estado (CAGE RS) – 2018) Cadeia de evidências composta por códigos, referências cruzadas e registros que conectam saldos de contas e outros resultados a dados originais de transações é denominada a) evidência relevante. b) evidência apropriada. c) trilha de auditoria. d) papel de trabalho. e) afirmação de auditoria. 43. (CESPE – CGM João Pessoa / Auditor Municipal de Controle Interno – 2018) A respeito dos objetivos e dos procedimentos do auditor na realização do seu trabalho, julgue o item a seguir. O auditor, para tirar conclusões sobre a aplicação dos seus procedimentos, deverá considerar o conjunto de evidências observando se tal conjunto é suficiente e adequado; entretanto, em caso de análise quantitativa para conclusões em um relatório sem problemas a mencionar, sendo suficiente esse conjunto, a suficiência será dispensável. 44. (CESPE – Auditor do Estado (CAGE RS) - 2018) As evidências de auditoria possuem diferentes níveis de persuasão quanto à validação das informações. Nesse sentido, no que se refere à fonte, o documento que fornece maior segurança e confiabilidade é a) a planilha de recálculo efetuado pelo auditor. b) o relatório de observação física do auditor. c) o relatório de controle interno. d) a nota fiscal eletrônica de fornecedor. e) o extrato bancário fornecido pela empresa auditada. 45. (CESPE - Analista de Controle (TCE-PR) / Contábil - 2016) Uma evidência de auditoria que tenha sido obtida comprovando-se a existência real de recursos humanos, instalações, imóveis ou equipamentos é denominada evidência a) analítica. b) física. c) testemunhal. d) por confirmação de terceiros. e) documental 46. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA) / Administração - 2016) Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 78 Com relação ao que dispõem as Normas Técnicas de Auditoria (NBC–TA), julgue o próximo item. A qualidade da evidência de auditoria é medida pela sua suficiência, que é composta por aspectos como a relevância e a confiabilidade da informação que dará suporte às conclusões do auditor. 47. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018) Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente. Situação hipotética: Na execução de procedimentos de controle interno, um auditor acompanhou os procedimentos adotados por um agente público municipal durante a execução de uma operação. Em seu relatório, o auditor descreveu os referidos procedimentos bem como analisou os riscos da ação executada pelo agente público. Assertiva: Nessa situação, conclui-se que o auditor realizou uma revisão analítica. 48. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018) Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente. Inspeção consiste em verificar os registros das transações contábeis por meio da análise de documentos e ativos tangíveis. 49. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018) Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente. Situação hipotética: Um auditor refez os cálculos de uma planilha para a correção monetária de certa dívida municipal e, com o objetivo de averiguar as distorções encontradas, releu alguns documentos a fim de confirmar os termos que poderiam ter afetado os cálculos testados. Assertiva: Nessa situação, conclui-se que foi realizada uma revisão analítica para complementar as conclusões do auditor sobre a conferência do cálculo. 50. (CESPE Analista Judiciário (TRE BA) / Contabilidade/ Administrativa - 2017) Ao examinar as demonstrações financeiras de uma entidade, o auditor verifica as relações entre dados que envolvem cálculos e o emprego de índices financeiros simples, faz a análise vertical das demonstrações, coteja quantias reais com dados históricos e quantias orçadas etc. Nesse caso, ao utilizar modelos matemáticos e estatísticos, como a análise de regressão, o auditor adota o procedimento denominado a) inspeção. b) confirmação. c) recálculo. d) contagem. e) revisão analítica. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 79 51. (CESPE - Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna - 2018) Durante a execução de seus trabalhos, tendo verificado não conformidades nos registros contábeis de entidade estatal, o auditor realizou entrevistas com os responsáveis da área, circularização, conciliação e revisão analítica. Considerando essa situação hipotética e os múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o item seguinte. Na revisão analítica, o auditor deve considerar a disponibilidade de informações, sua relevância, confiabilidade e comparabilidade. 52. (CESPE - Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna - 2018) Durante a execução de seus trabalhos, tendo verificado não conformidades nos registros contábeis de entidade estatal, o auditor realizou entrevistas com os responsáveis da área, circularização, conciliação e revisão analítica. Considerando essa situação hipotética e os múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o item seguinte. A circularização é a técnica utilizada para a obtenção de declaração formal e independente de partes internas da área auditada. 53. (CESPE – Auditor do Estado (CAGE RS) – 2018) O contador de determinada empresa considerou, equivocadamente, o valor bruto das vendas de longo prazo, em vez do lucro dessas vendas, na apuração do valor da reserva de lucros a realizar a ser registrado no patrimônio líquido da entidade. Uma auditoria independente nas demonstrações contábeis identificou, além da referida distorção de registro, uma falsificação de notas fiscais de saída, com a respectiva subtração indevida de estoques, o que gerou distorção no valor do ativo. Essas foram as únicas distorções encontradas nas demonstrações contábeis. Relativamente aos estoques, um procedimento correto a ser adotado pelo auditor na situação apresentada no texto consistiria em a) registrá-los pelo preço de compra somado aos impostos, a outros tributos (exceto os recuperáveis) e aos custos de transporte. b) verificar a existência de banco de dados de credores e de segregação de função entre os setores de compra e orçamento. c) proceder à contagem física ou à checagem do inventário físico. d) permitir a continuidade das operações no estoque mesmo durante o inventário e a contagem física. e) registrá-los pelo custo deaquisição ou de fabricação, deduzido da provisão, para ajustá-lo ao valor de mercado. 54. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) / 2018) Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 80 Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente. É vedado ao auditor utilizar a indagação oral, mesmo com o uso de questionários e a realização de entrevistas com os funcionários da entidade auditada, para obter dados e informações. 55. (CESPE – Analista de Controle (TCE-PR) / Contábil – 2016) Assinale a opção correta, relativamente aos procedimentos analíticos em trabalhos de auditoria. a) Os procedimentos analíticos, em função do seu caráter detalhista, só devem ser aplicados a pequenos volumes de transações. b) Com o fim de evitar a ocorrência de algum viés em seu trabalho, nos procedimentos analíticos o auditor deve desconsiderar o desempenho de entidades do mesmo setor de atividade da entidade auditada. c) A fim de manter a consistência do relatório, em cada auditoria realizada o auditor deve selecionar um procedimento analítico único e específico para ser executado. d) Os procedimentos analíticos que forem realizados por administradores da própria entidade auditada deverão ser desprezados ou realizados novamente pelo auditor. e) Nos procedimentos analíticos, podem-se incluir informações que se mostrem contraditórias ou inconsistentes com outras informações relevantes ou que produzam valores inesperados. 56. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA) / Administração / Fiscalização / 2016) Com relação aos instrumentos de fiscalização da auditoria bem como ao seu planejamento e à sua execução, julgue o item seguinte. A circularização de contas a receber é um dos procedimentos mais adotados pelo auditor. O pedido de confirmação positivo consiste em solicitar que o credor responda somente quando a informação estiver correta. 57. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA) / Administração - 2016) No tocante às evidências de auditoria, julgue o próximo item. Consideram-se ineptas como evidências para sustentar a opinião e o relatório do auditor informações obtidas por profissionais especialmente contratados pela entidade, bem como aquelas elaboradas especificamente para corroborar as afirmações de sua administração. 58. (CESPE - Contador (DPU) - 2016) A respeito do planejamento dos trabalhos de auditoria governamental, da fraude e do erro, dos testes, das técnicas e da amostragem estatística em auditoria, julgue o próximo item. Nem sempre é necessário que o auditado responda aos pedidos de confirmação solicitados pelo auditor. 59. (CESPE – Auditor Estadual (TCM-BA)/Infraestrutura - 2018) Os testes de auditoria que visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informações da entidade são denominados Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 81 a) aprovações. b) observância. c) salvaguarda. d) segregações. e) substantivos. 60. (CESPE – Auditor Estadual (TCM-BA) / Controle Externo - 2018) Na aplicação dos testes de observância, o auditor deve verificar a a) existência dos componentes patrimoniais em determinada data. b) existência e a efetividade dos controles internos. c) ocorrência efetiva das transações contabilmente registradas. d) conformidade entre os mecanismos de avaliação patrimonial e as normas. e) existência de eventos ou itens patrimoniais não registrados. 61. (CESPE- Auditor (FUB) - 2013) No que concerne aos testes e procedimentos de auditoria e à revisão analítica, julgue o item que se segue. O auditor, ao examinar as rotinas adotadas pelos servidores de um órgão e as comparar com os manuais da organização e as suas normas de funcionamento, estará efetuando um teste de observância. 62. (CESPE – Analista Judiciário (TRE TO)/Contabilidade / Administrativa – 2017) Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à auditoria interna, os procedimentos de auditoria interna consistem em exames e investigações que a) incluem testes de observância e testes substantivos, possibilitando ao auditor a obtenção de subsídios para fundamentar as conclusões. b) abrangem testes e processos desconhecidos de uso dos auditores externos, tal como a confirmação. c) abarcam testes substantivos distintos dos da auditoria independente, tais como inspeções e investigações. d) possuem finalidade e conceitos distintos dos da auditoria externa; consequentemente, com resultados adversos. e) utilizam testes com nomenclaturas conhecidas de uso dos auditores externos, como, por exemplo, as inspeções, porém com conceitos e finalidades distintas. 63. (CESPE / TCU – 2015) Com relação aos procedimentos necessários para a realização e a correta conclusão da auditoria, julgue o item. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 82 Caso considere que a avaliação da realização de determinado processo ou que a avaliação da prestação de determinado serviço pela entidade auditada é essencial para a formação de sua opinião, o auditor deve realizar uma inspeção física apropriada. 64. (CESPE - Auditor (FUB) - 2013) No que concerne aos testes e procedimentos de auditoria e à revisão analítica, julgue o item que se segue. Uma das características da revisão analítica consiste na fixação de uma diferença máxima aceitável entre os valores observados e os esperados, que pode ser expressa em valor monetário, percentual, uma combinação de ambos ou, mais raramente, mediante o resultado de modelos estatísticos mais sofisticados. 65. (CESPE - Analista Judiciário (TRE BA) / Contabilidade/ Administrativa - 2010) Com relação às normas de auditoria interna, julgue o item a seguir. A obtenção de informações acerca dos assuntos relacionados aos objetivos e ao alcance da auditoria interna exclui os testes substantivos nas avaliações das informações obtidas. 66. (FCC / ALAP – 2020) As evidências de auditoria não devem suscitar dúvidas quanto à sua confiabilidade. Desse modo, a) se as respostas obtidas da administração, do controle interno ou de outras fontes forem inconsistentes entre si, torna-se possível a conclusão de que um item individual da evidência de auditoria não é confiável. b) o trabalho de auditoria deve se pautar por uma única fonte para cada fato, pois a pluralidade de fontes redunda inevitavelmente em inconsistências. c) se o trabalho de auditoria basear-se em apenas uma fonte de informações, então a existência de distorção relevante deve ser presumida. d) se as respostas obtidas da administração, do controle interno ou de outras fontes forem consistentes entre si, torna-se possível a conclusão de que as evidências não são confiáveis. e) o trabalho de auditoria deve se pautar apenas por fontes documentais, pois a confiabilidade delas é inquestionável. 67. (FCC / ALAP – 2020) A NBC TA 505 define confirmação externa como sendo a a) solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor, indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação. b) evidência de auditoria obtida como resposta de um terceiro, por escrito, direta parao auditor. c) solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor, somente se discorda das informações fornecidas na solicitação. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 83 d) evidência de que a parte que confirma não responde, ou não responde de maneira completa, a uma solicitação de confirmação positiva. e) resposta que indica uma diferença entre as informações para as quais se solicitou confirmação ou diferença entre os registros da entidade e as informações fornecidas pela parte que confirma. 68. (FCC / ISS Manaus – 2019) A suficiência da evidência de auditoria a) ou é afetada pela qualidade da evidência de auditoria, ou pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante, nunca ambos. b) é afetada pela qualidade da evidência de auditoria, mas não pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante. c) não é afetada nem pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante, nem pela qualidade da evidência de auditoria. d) é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade da evidência de auditoria. e) é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante, mas não pela qualidade da evidência de auditoria. 69. (FCC / SEFAZ BA – 2019) De acordo com a NBC TA 200 R1, as evidências de auditoria a) constituem um grupo de informações, dados e fatos, de cunho público e notório, cujo conhecimento, em princípio, é compartilhado pela comunidade que interage com a entidade auditada e que, por isso mesmo, dispensa referência e juntada de suporte documental próprio. b) são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar as conclusões em que se baseia a sua opinião, sendo que as informações contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis estão incluídas nas evidências de auditoria. c) representam um grupo de informações, dados e fatos de conhecimento público e obrigatório por todas as pessoas, naturais ou jurídicas, que interagem com a entidade auditada e que, por isso mesmo, dispensa a juntada de suporte documental próprio, mas não a devida referência, quando for o caso. d) são todos os elementos, materiais e imateriais, que não precisam ser juntados ao relatório de auditoria, em razão de sua existência, veracidade de conteúdo e confiabilidade terem ficado evidenciadas nos papéis de trabalho apresentados e compilados. e) são todas as informações, dados e fatos evidentes, isto é, elementos que falam por si mesmos, e que não suscitam qualquer tipo de controvérsia. 70. (FCC / SANASA – 2019) Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 84 As evidências de auditoria devem ser apropriadas e suficientes. Dessa forma é de responsabilidade do Auditor a execução de procedimentos de auditoria apropriados a cada circunstância em seu cotidiano profissional, tendo como objetivo a obtenção de evidências adequadas e suficientes. NÃO é um procedimento para obtenção de evidências de auditoria: a) Procedimento de Avaliação de riscos. b) Testes de Controle. c) Procedimentos Substantivos. d) Testes de detalhe. e) Procedimentos de Avaliação de retorno. 71. (FCC / SANASA – 2019) Em relação aos Procedimentos Analíticos de Auditoria, considere: I. Os métodos de procedimento analíticos são variáveis, podendo ser comparações simples e análises complexas que utilizem métodos estatísticos. II. Procedimentos analíticos são aplicáveis apenas em demonstrações contábeis de uma empresa e não de todo o seu grupo. III. Os procedimentos analíticos devem levar em consideração as informações de períodos anteriores que sejam comparáveis. Está correto o que consta APENAS de a) II e III. b) I e II. c) I e III. d) I. e) III. 72. (FCC / ISS S. José Rio Preto – 2019) Os procedimentos analíticos substantivos constituem-se em a) parecer com ressalva e sem ressalva. b) testes de detalhes, apenas. c) procedimentos analíticos substantivos, apenas. d) testes de detalhes, procedimentos analíticos substantivos ou uma combinação dos dois. e) parecer sem ressalva, apenas. 73. (FCC – ISS São Luís – Auditor Fiscal – Geral – 2018) A Controladoria-Geral do Município, considerando a relevância e materialidade da matriz de riscos de auditoria, planeja uma operação na seção encarregada pelo arbitramento da receita Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 85 tributável dos serviços da construção civil. Na atividade preparatória, levantou-se que há uma normatização interna que prevê: I. Claramente os casos que serão objeto de arbitramento. II. Segregação de funções. III. Emprego de sistema informatizado que registra dados de segurança e alterações realizadas. IV. Revisão independente por sorteio aleatório de autos de infração. V. Manutenção de registros por 20 anos. Visitando o órgão, o auditor acompanhou o procedimento durante sua execução, atestando que, de fato, as normas vêm sendo seguidas, embora tenha deixado de calcular a exatidão de casos específicos. O procedimento adotado refere-se a um teste a) substantivo que adotou procedimento de vistoria, restando inconclusivo, pois pende de exame que ainda será realizado. b) substantivo que adotou procedimento de confirmação, restando conclusivo, tendo em vista o cumprimento da norma. c) de observância que adotou procedimento de investigação, restando inconclusivo, pois pende de exame que ainda será realizado. d) de observância que adotou procedimento de observação, restando conclusivo, tendo em vista o cumprimento da norma. e) de observância que adotou procedimento de confirmação, restando conclusivo, tendo em vista o cumprimento da norma. 74. (FCC – Auditor Público Externo / TCE RS – 2018) A evidência de auditoria ganha confiabilidade quando corroborada por fonte externa à entidade auditada. Sobre tal procedimento de auditoria, conhecido como confirmação externa, é correto afirmar: (A) O auditor deve manter o controle sobre as solicitações, registrando tanto o envio delas quanto dos segundos pedidos, quando aplicável. (B) Obtida a confirmação, faz-se necessário buscar outras evidências de auditoria, ainda que o resultado do procedimento de confirmação seja relevante e confiável. (C) A Administração não pode negar permissão para que o auditor envie solicitações de confirmação. (D) Uma vez decidindo-se pela confirmação externa, em regra essa não pode ser suprida por procedimentos alternativos. (E) O auditor deve tratar com o mesmo peso tanto confirmações negativas quanto positivas. 75. (FCC – Auditor Público Externo / TCE RS – 2018) Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 86 Acerca da disciplina dos testes de auditoria, assevera-se: (A) Pode ser cogitado o procedimento de inspeção, que consiste na obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade. (B) Pode ser cogitadoo procedimento de investigação e confirmação, que consiste na verificação de registros, documentos e ativos tangíveis. (C) Os testes de observância visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. (D) Os procedimentos constituem exames e investigações, incluindo testes de observância e testes substantivos. (E) Os testes substantivos visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela Administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento. 76. (FCC/ Analista em Gestão (DPE AM) – Ciências Contábeis – 2018) A obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade é o objetivo a) dos testes de políticas públicas. b) da auditoria operacional. c) dos testes substantivos. d) dos testes de observância. e) dos testes de investigação e confirmação. 77. (FCC – SEFAZ SC – Auditor Fiscal – Auditoria e Fiscalização – 2018) I. Trata-se de procedimentos de auditoria que têm por finalidade obter evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados gerados pelo sistema de contabilidade da entidade. Têm como um dos principais objetivos a conclusão sobre a adequada mensuração, apresentação e divulgação das transações econômico-financeiras, em consonância com os Princípios Fundamentais de Contabilidade. II. Além da sua importância para fins de auditoria contábil, também podem ser empregados em auditorias tributárias, tendo também como objetivo certificar-se da correção: da existência do item contábil (se o componente patrimonial existe em certa data), da existência de direitos e obrigações (se efetivamente existem em certa data), da ocorrência (se uma determinada transação realmente ocorreu). Os textos acima referem-se (A) aos Riscos de amostragem. (B) aos Testes substantivos. (C) aos Testes de observância. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 87 (D) às Técnicas de Auditoria de exame e contagem física. (E) às Técnicas de Circularização de bens e direitos. 78. (FCC/ TRT 11ª Região – An. Judiciário – Contabilidade – 2017) Na execução dos testes de observância, o auditor interno deve adotar os seguintes procedimentos, conforme a Resolução CFC nº 986/03: a) leitura, compreensão, avaliação e conclusão. b) definição, interpretação, descrição e explanação. c) inspeção, observação e investigação e confirmação. d) visitação, contagem, comprovação e relatoria. e) conversação, descrição, avaliação e análise. 79. (FCC/ TRT 11ª Região – An. Judiciário – Contabilidade – 2017) Obter confirmação dos saldos e transações de contas em análise, por pessoa alheia e independente é um procedimento de auditoria conhecido por a) Inspeção. b) Participação. c) Avaliação. d) Circularização. e) Conferência. 80. (FCC/ TRF 3ª Região – An. Judiciário – Contadoria – 2016) Um auditor interno, em um primeiro momento, verificou a necessidade de fazer testes para verificação de registros, documentos e ativos tangíveis. Depois, também constatou a necessidade de acompanhar a execução de procedimentos específicos. Nos termos regulados pela Resolução CFC nº 986/2003 (NBC TI 01), para a consecução desses dois objetivos deverá realizar, respectivamente, a) testes de observância, na modalidade inspeção e testes substantivos, na modalidade inspeção. b) testes substantivos, na modalidade confirmação e testes de observância, na modalidade investigação. c) testes substantivos, na modalidade confirmação e testes de observância, na modalidade inspeção. d) testes de observância, na modalidade investigação e testes de observância, na modalidade inspeção. e) testes de observância, na modalidade inspeção e testes de observância, na modalidade observação. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 88 81. (FCC/ COPERGAS – Analista – Contador – 2016) A Companhia de Transportes Urbanos e Interurbanos do Estado visando à renovação da frota, no exercício de 2015, comprou 20 ônibus novos. Na auditoria das demonstrações contábeis da empresa, o Auditor ao examinar a transação de compra dos ônibus, segundo as Normas Brasileiras de Auditorias – NBC TAs, aplicou o procedimento de auditoria denominado a) observação. b) revisão. c) materialidade. d) avaliação. e) inspeção. 82. (FCC – Auditor Fiscal da Receita Municipal (Teresina) – 2016) A evidência de auditoria para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do auditor é conseguida pela execução de procedimentos de auditoria. O exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo é efetuado mediante o procedimento de auditoria denominado a) observação. b) circularização. c) investigação. d) confirmação. e) inspeção. 83. (FCC – Auditor Fiscal – SEFAZ MA – 2016) Os resultados obtidos nos procedimentos de auditoria executados pelo auditor independente contribuem para fundamentar as conclusões apresentadas em seu relatório. O auditor pode utilizar como procedimentos de avaliação de riscos, testes de controles ou procedimentos substantivos, dependendo do contexto em que sejam aplicados, entre outros, os procedimentos de auditoria: a) inspeção, observação, confirmação externa. b) inspeção, amostragem, vistoria. c) inspeção, amostragem, pericia. d) inspeção, monitoramento, vistoria. e) inspeção, indagação, perícia. 84. (FCC/ SEFAZ PI – AFFE – 2015) Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 89 Os procedimentos de auditoria que incluem testes para certificar-se da existência patrimonial, de direitos e obrigações em determinada data, ocorrência das transações, da abrangência dos registros, da mensuração, apresentação e divulgação em conformidade com as normas pertinentes, são testes de (A) avaliação de riscos. (B) revisão analítica. (C) controle. (D) observância. (E) detalhes. 85. (FCC/ TCE CE – Analista de Controle Externo – Controle Externo – Auditoria de TI – 2015) Um auditor independente está acompanhando pessoalmente os trabalhos da equipe de informática de uma empresa na execução da configuração do acesso aos sistemas de informação financeiros e contábeis. Esse procedimento básico é de a) inspeção. b) cálculo e recálculo. c) indagação, investigação e confirmação. d) observação. e) revisão analítica. 86. (FCC/ SEFAZ PE – AFTE – 2014) Na realização de auditoria das Contas a Receber da Indústria de Tecidos Duradouros S.A., a administração não permitiu que o auditor enviasse solicitações de confirmação externa de saldos, para obtenção de evidência de auditoria. Nestas condições, entre outras medidas previstas nas normas de auditoria, deve o auditor a) desacatar a decisão da administração da empresa e solicitar a confirmação dos saldos das duplicatas a receber junto aos devedores. b) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de auditoria relevante e confiável. c) registrar no programa de auditoria que o procedimento referente à solicitação de confirmaçãoexterna não foi realizado. d) comunicar o fato ao conselho fiscal da empresa, solicitando providências para obtenção das informações desejadas. e) registrar no relatório de auditoria que o procedimento de solicitações de confirmações externas não foi executado. 87. (FCC/ TCE SP – Auditor – 2013) Considere as afirmações a seguir, que tratam dos procedimentos e métodos de auditoria: Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 90 I. O rastreamento é uma investigação minuciosa, com exame de documentos, de unidades e órgãos que tenham procedimentos interligados, cujo objetivo é dar segurança à opinião do auditor. II. Os procedimentos de revisão analítica compreendem a análise documental, a confirmação externa e a conferência dos cálculos dos dados produzidos pelo sistema de escrituração contábil da entidade. III. Os testes de observância visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validação dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade auditada, com o objetivo de reduzir o risco inerente da auditoria. IV. Os testes substantivos têm por objetivo a obtenção de uma segurança razoável de que os sistemas de controles internos implantados pela entidade estão alcançando seus objetivos, o que servirá de base para determinar a extensão dos procedimentos de auditoria. Está correto o que se afirma APENAS em a) I. b) III. c) I e II. d) II e IV. e) II, III e IV. 88. (FCC/ TRT 12ª Região – An. Judiciário – Contabilidade – 2013) Para confirmar se os valores reconhecidos, no período, como despesa de juros referentes a um empréstimo de longo prazo foram calculados adequadamente, o auditor deve utilizar a técnica de a) conciliação. b) entrevista. c) correlação de informações. d) circularização. e) conferência de cálculo. 89. (FCC - Analista Judiciário (TST)/Contabilidade / Apoio Especializado - 2017) Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões em que se baseia sua opinião, devendo ser suficiente, que é a medida da quantidade dessas evidências. Nos termos da NBC TA 200, essa quantidade pode ser afetada a) pela avaliação do auditor dos riscos de distorção. b) pela complexidade dos riscos de auditoria. c) pelo percentual dos riscos de detecção. d) pela estrutura das demonstrações contábeis. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 91 e) pelo histórico da informação contábil. 90. (FCC – SEFAZ – Auditor Fiscal – Administração Tributária – 2016) Os auditores independentes, nas auditorias das demonstrações contábeis, utilizam informações para fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião, obtidas através de evidência de auditoria. Acerca da evidência de auditoria é correto afirmar que a) não é de natureza cumulativa e somente é válida se obtida a partir de procedimentos de auditoria executados. b) a adequação da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. c) é afetada pela elaboração tempestiva da documentação de auditoria. d) a suficiência das evidências de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. e) é obtida a partir do planejamento realizado para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo. 91. (FCC/ ARSETE – Técnico Contábil – 2016) Em uma auditoria, o Auditor corre o risco de expressar uma opinião inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. Para reduzir o risco a um nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar obter conclusões razoáveis e nelas basear a sua opinião, o Auditor deve a) aplicar os procedimentos de auditoria previamente estabelecidos. b) obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. c) elaborar adequadamente os papéis de trabalho. d) obter todas as informações e documentos necessários à realização da auditoria. e) avaliar o controle interno da entidade, quanto a eficiência na prevenção de erros e fraudes nos registros contábeis. 92. (FCC/ PGE MT – Analista – Contador – 2016) Considere: I. A maior parte do trabalho do auditor na formação de sua opinião consiste na obtenção e avaliação das evidências de auditoria. II. As evidências de auditoria abrangem informações que sustentam e corroboram as afirmações da administração e informações que contradizem tais afirmações. III. Em alguns casos, a ausência de informações, por exemplo, a recusa da administração de fornecer uma representação solicitada, é usada pelo auditor e, portanto, também constitui evidência de auditoria. Segundo a Norma Brasileira de Contabilidade do Trabalho de Auditoria 200 (NBC TA 200) (R1), caracteriza evidência de auditoria o que consta em a) I, II e III. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 92 b) I, apenas. c) III, apenas. d) II e III, apenas. e) I e II, apenas. 93. (FCC/ MANAUSPREV – An. Previdenciário – Contabilidade – 2015) De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade − NBC TAs, a evidência de auditoria para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do auditor é conseguida, entre outros, pela a) execução de procedimentos de avaliação de riscos. b) elaboração do planejamento de auditoria das demonstrações contábeis. c) seleção das impropriedades e/ou irregularidades encontradas pelo auditor, para registro nos papeis de trabalho da auditoria das demonstrações contábeis. d) confirmação do cumprimento, pela entidade, das determinações realizadas em relatórios de auditorias das demonstrações contábeis de exercícios anteriores. e) seleção das impropriedades e/ou irregularidades encontradas pelo auditor, para constar no relatório de auditoria das demonstrações contábeis. 94. (FCC/ TRT 19ª Região – An. Judiciário – Contabilidade – 2014) Um auditor, ao final dos seus trabalhos, reviu as informações consignadas nos papéis de trabalho e concluiu que as informações coletadas eram confiáveis e proporcionaram a melhor evidência alcançável por meio das técnicas que utilizou. Essas informações são classificadas como a) suficientes. b) adequadas. c) relevantes. d) úteis. e) concretas. 95. (FCC/ TCE PI – Auditor de Controle Externo – Comum – 2014) Em relação às evidências de auditoria é correto afirmar que a) a suficiência da evidência é a medida da sua qualidade. b) a adequação da evidência é a medida da sua quantidade. c) a adequação da evidência é a medida da sua qualidade. d) evidências obtidas de fontes externas e internas são igualmente confiáveis. e) evidências documentais e orais são igualmente confiáveis. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 93 96. (FCC/ SEFAZ PE – AFTE – 2014) Ao estabelecer e executar procedimentos de auditoria, o auditor deve considerar a relevância e confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria. Em havendo dúvida a respeito da confiabilidade das informações ou indicações de possível fraude, nostermos das normas de auditoria − NBC TA, exige-se que o auditor (A) faça investigações adicionais e determine que modificações ou adições aos procedimentos de auditoria são necessários para solucionar o assunto. (B) comunique o fato à administração da empresa e suspenda os trabalhos de auditoria até que o assunto seja solucionado. (C) comunique o fato ao seu superior e aplique novos procedimentos de auditoria para esclarecer o assunto. (D) solicite informações aos envolvidos com as possíveis fraudes ou falsificação de documentos e aplique novos procedimentos de auditoria para esclarecer o assunto. (E) amplie o escopo da auditoria e determine que modificações são necessárias no controle interno para solucionar o assunto. 97. (VUNESP/ Pref. São Bernardo do Campo – Contador – 2018) Na hipótese de o auditor possuir dúvidas a respeito da confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria ou na hipótese de a evidência de auditoria obtida em uma fonte ser inconsistente com a obtida em outra, de acordo com a NBC TA 500, deverá o auditor a) sempre considerar adequadas e suficientes as informações contidas nos registros contábeis que suportam as demonstrações contábeis, desprezando informações obtidas de outras fontes. b) consultar especialista em contabilidade da administração com atribuição, no âmbito da entidade, para auxiliá-la na elaboração das demonstrações contábeis. c) classificar as informações conforme sua relevância e suficiência para os propósitos da auditoria, com base em avaliação de riscos de distorção conforme a exatidão, a integridade, a precisão e o detalhamento das informações, desprezando as menos consistentes. d) deixar de documentar a inconsistência no livro de ocorrências de achados, a fim de não interferir tampouco influenciar a conclusão final. e) determinar quais modificações ou acréscimos aos procedimentos de auditoria são necessários para solucionar o assunto e deve considerar, se houver, o efeito desse assunto sobre outros aspectos da auditoria. 98. (VUNESP/ Pref. São José dos Campos – Auditor de Tributos – Gestão Tributária – 2018) Quanto aos procedimentos de auditoria, a) a inspeção consiste no exame de processos ou procedimento executados por outros. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 94 b) a observação consiste no exame de registros e documentos, ou o exame físico de um ativo. c) a reexecução envolve a execução, pelo auditor, independentemente de procedimentos e controles. d) a indagação é um procedimento que permite ao auditor obter informações com terceiros, não pertencentes à entidade auditada. e) a confirmação consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento, dentro ou fora da entidade. 99. (VUNESP/ PAULIPREV – Agente Previdenciário – 2018) Propiciar a verificação periódica da exatidão dos registros contábeis e transferir para o resultado as diferenças apuradas é objetivo do a) levantamento físico. b) tempo de reposição. c) estoque mínimo. d) giro de estoque. e) controle de estoque. 100. (VUNESP/ ARSESP – Especialista em Regulação – Econômico Financeira – 2018) Para fins das normas de auditoria, o termo _____________ significa avaliações de informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto. a) teste substantivo b) análise sintética c) revisão d) análise de risco e) procedimento analítico 101. (VUNESP/ Pref. Registro – Contador – 2018) Em consonância com as Normas Brasileiras de Contabilidade, especificamente ao se tratar de procedimentos de auditoria independente (NBC TA 200), o auditor pode aceitar registros e documentos como genuínos. Todavia, exige-se que o auditor considere a confiabilidade das informações a serem usadas como evidências de auditoria. Em casos de dúvida a respeito da confiabilidade das informações ou indicações de possível fraude, as normas de auditoria exigem que o auditor faça investigações adicionais e determine que modificações ou adições aos procedimentos de auditoria são necessários para solucionar o assunto. Dentre os procedimentos adicionais para confirmação de saldo, é correto citar: a) revisão analítica. b) expedição da carta de representação da administração. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 95 c) expedição de cartas de confirmações com terceiros – circularização. d) obtenção de relatórios gerenciais. e) amostragem aleatória. 102. (VUNESP/ Pref. São José dos Campos – Auditor de Tributos – Gestão Tributária – 2015) O auditor independente dos relatórios financeiros da Cia. Flor de Lis constatou em seus trabalhos, por meio de carta endereçada a um cliente, que este já havia quitado uma duplicata a pagar, ainda não baixada na escrituração contábil da entidade, e que um investimento avaliado pela equivalência patrimonial estava registrado por um valor menor que o correto por ter sido utilizada uma percentagem menor do que a participação da companhia na investida. Os procedimentos adotados por esse auditor foram, respectivamente: a) inspeção e confirmação. b) revisão analítica e observação. c) inspeção e revisão analítica. d) observação e cálculo. e) confirmação e cálculo. 103. (VUNESP/ DESENVOLVE – Auditor – 2014) Para detectar e analisar situações anormais e significativas constatadas nas demonstrações contábeis, mais precisamente nas contas do balanço patrimonial e da demonstração do resultado, bem como identificar áreas prioritárias ou áreas com problemas, onde, portanto, deverá concentrar mais atenção, o auditor deverá a) solicitar confirmação de saldos com terceiros e com a administração. b) desenvolver exclusivamente programa de trabalho de testes alternativos. c) aplicar procedimentos de revisão analítica. d) aplicar testes documentais. e) emitir circularização de saldos. 104. (VUNESP/ DESENVOLVE – Auditor – 2014) De acordo com a NBC TA 200, evidências de auditoria são: a) as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões, em que se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações. b) as informações explícitas ou implícitas que, para conseguir a apresentação adequada das demonstrações contábeis, pode ser necessário que a administração forneça divulgações além das especificamente exigidas pela estrutura. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 96 c) as suficiências das evidências de auditoria na medida da quantidade da evidência de auditoria. A quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade de tal evidência. d) as informações utilizadas pelo auditor para adequar suas fundamentações em que se baseia o seu relatório. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos pontos de auditoria em decorrência da metodologia utilizada. e) exigências da estrutura para conseguir a apresentação adequada das demonstrações contábeis. Espera-se que tais exigênciasmitiguem desvios em circunstâncias gerais de auditoria. 105. (VUNESP/ Pref. São José do Rio Preto – Auditor Fiscal – 2014) Testes de controle são procedimentos de auditoria que têm por objetivo a) detectar distorções relevantes no nível de afirmações (declarações da administração da entidade que estão incorporadas nas demonstrações contábeis). b) produzir evidências de auditoria que sirvam para suportar ou fundamentar a opinião do auditor em relação à adequação das demonstrações contábeis. c) avaliar a existência de erros ou fraudes nos registros contábeis da entidade. d) produzir evidências de que os ativos e passivos da entidade estão mensurados pelos seus valores justos e se estes foram adequadamente estimados pela entidade auditada. e) avaliar a efetividade operacional dos controles internos da entidade na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações. 106. (VUNESP/ TJ SP – Contador Judiciário – 2013) Na Auditoria Interna, os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. A respeito da aplicação de procedimentos de auditoria, o de obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade, refere-se aos procedimentos de a) investigação e confirmação. b) indagação e investigação. c) inspeção e observação. d) indagação e confirmação. e) confirmação e observação. 107. (VUNESP/ SEFAZ SP – APOFP – 2013) O acompanhamento, pelos auditores externos, do inventário físico de estoques de matéria- prima, produtos em processo, produtos acabados e material auxiliar de uma indústria Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 97 metalúrgica em uma determinada data-base, para efeito da auditoria das demonstrações contábeis, é um teste a) de agregação. b) substantivo. c) analítico. d) de observância. e) de movimentação. 108. (VUNESP/ SEFAZ SP – APOFP – 2013) O auditor, ao selecionar uma amostra de documentos relacionados às rubricas de despesas, a fim de verificar ou atestar a existência e veracidade das despesas, valores corretos, bem com sua contabilização, está cumprindo com um teste a) substantivo. b) de observância. c) subjetivo. d) de atestação. e) analítico. 109. (VUNESP/ TJ SP – Contador Judiciário – 2011) Os Testes que visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade, denominam-se a) Subjetivos. b) Analíticos. c) de Observância. d) Substantivos. e) de Inspeção. 110. (VUNESP/ TJM SP – Contador Judiciário – 2011) Um dos importantes procedimentos de auditoria das demonstrações financeiras é a confirmação de informações junto a terceiros, como é o caso da confirmação externa, ou circularização. Ao usar procedimentos de confirmação externa, o auditor deve manter o controle sobre as solicitações de confirmação externa, incluindo I. determinação das informações a serem confirmadas ou solicitadas; II. seleção da parte que confirma apropriada para confirmação; III. asseguração de que foi utilizado um critério estatístico justo de amostragem quando a seleção for realizada pelo cliente; Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 98 IV. definição das solicitações de confirmação, assegurando-se que as solicitações estão devidamente endereçadas e que contenham as informações para retorno das respostas diretamente ao auditor; V. asseguração de que o envio da resposta de confirmação, quando a carta for recebida pelo próprio cliente, foi realizado por intermédio dos correios; VI. o envio das solicitações, incluindo o 2° pedido, quando aplicável, para a parte que confirma. Estão corretos apenas os itens a) I, II, IV e VI. b) I, III, IV e V. c) II, IV, V e VI. d) II, III, V e VI. e) I, IV, V e VI. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 99 1. A 2. D 3. C 4. C 5. A 6. D 7. C 8. C 9. D 10. C 11. B 12. E 13. A 14. A 15. B 16. E 17. E 18. B 19. D 20. E 21. C 22. C 23. A 24. CERTO 25. CERTO 26. ERRADO 27. CERTO 28. CERTO 29. ERRADO 30. C 31. C 32. B 33. D 34. D 35. C 36. CERTO 37. D 38. ERRADO 39. CERTO 40. ERRADO 41. E 42. C 43. ERRADO 44. D 45. B 46. ERRADO 47. ERRADO 48. CERTO 49. ERRADO 50. E 51. CERTO 52. ERRADO 53. C 54. ERRADO 55. E 56. ERRADO 57. ERRADO 58. CERTO 59. E 60. B 61. CERTO 62. A 63. ERRADO 64. CERTO 65. ERRADO 66. A 67. B 68. D 69. B 70. E 71. C 72. ANULADA 73. D 74. A 75. D 76. C 77. B 78. C 79. D 80. E 81. E 82. E 83. A 84. E 85. D 86. B 87. A 88. E 89. A 90. D 91. B 92. A 93. A 94. B 95. C 96. A 97. E 98. ANULADA 99. A 100. E 101. C 102. E 103. C 104. A 105. E 106. A 107. D 108. A 109. C 110. A Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 100 1. (FGV / SEF MG – 2023) O auditor deve definir e executar procedimentos de auditoria que sejam apropriados às circunstâncias com o objetivo de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. De acordo com a NBC TA 500 (R1) - Evidência de Auditoria, assinale a opção que indica o procedimento que busca informações junto a pessoas com conhecimento financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade. a) Indagação. b) Recálculo. c) Inspeção. d) Observação. e) Confirmação. Comentários O procedimento que busca informações junto a pessoas com conhecimento financeiro e não financeiro, dentro ou fora de entidade, é a indagação. A indagação pode ser realizada de forma escrita formal ou oral informal. Gabarito: “A” 2. (FGV / SEFAZ AM – 2022) De acordo com a NBC TA 500 (R1) – Evidência de Auditoria, o auditor deve definir e executar procedimentos que sejam apropriados às circunstâncias, com o objetivo de obter evidência de auditoria a) inédita e relevante. b) tempestiva e relevante. c) neutra e livre de erros. d) apropriada e suficiente. e) completa e verificável. Comentários Como vimos, o auditor deve definir e executar procedimentos de auditoria que sejam apropriados às circunstâncias com o objetivo de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. As normas exigem que o auditor conclua se foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente. Nesse sentido, é questão de julgamento profissional do auditor Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 101 determinarse foi obtida evidência apropriada e suficiente para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo. Gabarito: “D” 3. (FGV / SEFAZ AM – 2022) De acordo com a NBC TA 500 (R1) – Evidência de Auditoria, a maior parte do trabalho do auditor para formar a sua opinião consiste na obtenção e avaliação da evidência de auditoria. Nesse sentido, em relação à indagação e suas respostas, assinale a afirmativa correta. a) Devem ser formais e por escrito. b) São utilizadas somente em pontos específicos da auditoria. c) A avaliação das respostas às indagações é parte integral do processo de indagação. d) As respostas às indagações devem fornecer informações convergentes com as obtidas pelo auditor. e) Costumam fornecer, sozinhas, evidências de auditoria suficientes sobre a ausência de distorção relevante no nível da afirmação. Comentários Vejamos os comentários de cada assertiva: Letra A: ERRADA. As indagações podem incluir desde indagações escritas formais até indagações orais informais. Letra B: ERRADA. A indagação é utilizada extensamente em toda a auditoria, além de outros procedimentos de auditoria. Letra C: CERTA. É exatamente essa a previsão da NBC TA 500. Letra D: ERRADA. As respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações não obtidas anteriormente ou evidência de auditoria comprobatória. Alternativamente, as respostas podem fornecer informações significativamente divergentes das informações que o auditor obteve, por exemplo, informações referentes à possibilidade da administração burlar os controles. Em alguns casos, as respostas às indagações fornecem uma base para que o auditor modifique ou realize procedimentos de auditoria adicionais. Letra E: ERRADA. Os procedimentos de auditoria para obter evidência de auditoria podem incluir a inspeção, observação, confirmação, recálculo, reexecução e procedimentos analíticos, muitas vezes em combinação, além da indagação. Embora a indagação possa fornecer importante evidência de auditoria e possa produzir evidência de distorção, a indagação, sozinha, geralmente não fornece evidência de auditoria suficiente da ausência de distorção relevante no nível da afirmação nem da eficácia operacional dos controles. Em outros termos, a indagação produz evidência quanto à existência de distorção, porém (geralmente) sozinha não é capaz de produzir evidência da ausência de distorção e nem tampouco da eficácia dos controles. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 102 Gabarito: “C” 4. (FGV / SEFAZ AM – 2022) As evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões. A medida da qualidade da evidência de auditoria é a adequação da evidência, de modo que o fornecimento de suporte às conclusões em que se baseia a opinião do auditor seja a) relevante e neutra. b) verificável e neutra. c) relevante e confiável. d) tempestivo e verificável. e) confiável e tempestivo. Comentários Adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, a sua relevância e confiabilidade para fornecer suporte às conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor. Gabarito: “C” 5. (FGV / SEFAZ AM – 2022) De acordo com a NBC TA 520 – Procedimentos Analíticos, se os procedimentos analíticos executados identificam flutuações ou relações que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que diferem dos valores esperados de maneira significativa, o auditor deve examinar essas diferenças por meio de a) indagação à administração e da obtenção de evidência de auditoria apropriada e relevante para as respostas da administração. b) avaliação das informações obtidas por meio de estudos das relações plausíveis entre os dados obtidos e os valores esperados. c) verificação de procedimentos e controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade. d) revisão do trabalho executado, reaplicação dos procedimentos efetuados anteriormente e investigação das flutuações identificadas que se desviem significativamente dos valores previstos. e) obtenção de confirmação externa, representada por evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro ao auditor, em forma escrita ou eletrônica. Comentários Conforme a NBC TA 520, se os procedimentos analíticos executados identificam flutuações ou relações que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que diferem dos valores esperados de maneira significativa, o auditor deve examinar essas diferenças por meio de: Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 103 (a) indagação à administração e obtenção de evidência de auditoria apropriada e relevante para as respostas da administração; e (b) aplicação de outros procedimentos de auditoria conforme necessário nas circunstâncias. Gabarito, portanto, letra A. A letra B diz respeito ao procedimento analítico, porém trata de sua definição – e não do que o enunciado pergunta. A letra C versa sobre a reexecução. A letra E está relacionada à confirmação externa. A letra D também se refere ao procedimento analítico, porém está fora de contexto (não responde ao que se pergunta no enunciado). Segundo a NBC TA 500, os procedimentos analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos. Gabarito: “A” 6. (FGV / CGU – 2022) Uma entidade que constrói e opera ferrovias contratou a empresa X para avaliar seus bens imóveis. Já a empresa Y é especializada na publicação de informações sobre riscos do setor de infraestrutura e suas publicações foram consideradas pela entidade na elaboração das divulgações de risco. O auditor considerou de grande importância os trabalhos dessas empresas para os propósitos da auditoria e, portanto, deve: (A) considerar que as empresas X e Y são fontes de informações externas à entidade; (B) considerar que a habilidade da empresa X pode ser ameaçada em decorrência de possível familiaridade com a entidade; (C) considerar que a localização geográfica e a disponibilidade de tempo da empresa X para execução do contrato podem reduzir sua competência; (D) obter entendimento do trabalho da empresa X e avaliar se as premissas e os métodos usados pela empresa são geralmente aceitos na área; (E) avaliar a relevância e a confiabilidade das informações obtidas da empresa X, além da competência, habilidade e objetividade da empresa Y. Comentários Apesar de não deixar claro, parece-nos que apenas a empresa X pode ser considerada especialista da administração. A empresa Y é considerada, nesse caso, fonte de informações externa. Veja que X foi contrata, especificamente, pela entidade, enquanto Y produz informações, de forma ampla, para todo setor de infraestrutura. Especialista da administração é uma pessoa ou organização com especialização em uma área, que não Contabilidade ou Auditoria, cujo trabalho naquela área de especialização é utilizado Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 104 pela entidade para ajudá-la na elaboração das demonstrações contábeis(no caso em tela, na avaliação de bens imóveis) Segundo a NBC TA 500, se as informações a serem utilizadas como evidência de auditoria forem elaboradas com a utilização de um especialista da administração, o auditor deve – dentre outros – obter entendimento do trabalho do especialista. Aspectos da área de atuação do especialista da administração relevantes para o entendimento do auditor podem incluir – dentre outros – quais premissas e métodos são utilizados pelo especialista da administração e se eles são geralmente aceitos na área do especialista e apropriados para fins de demonstrações contábeis. Nesse sentido, o melhor gabarito é a letra D. Vejamos as demais: A: ERRADA. A empresa X foi contratada pela entidade como especialista. Segundo a NBC TA 500, uma organização externa não pode, com relação a qualquer conjunto de informações específico, ser fonte de informações externa e especialista da administração ao mesmo tempo. B: ERRADA. É a objetividade (e não a habilidade) do especialista que pode ser ameaçada em decorrência de familiaridade com a entidade. As habilidades relacionam-se com a capacidade do especialista da administração para exercer essa competência nas circunstâncias. A objetividade relaciona-se com os possíveis efeitos que tendenciosidades, conflitos de interesse ou influência que outros possam ter sobre o julgamento profissional ou de negócios do especialista da administração. C: ERRADA. A localização geográfica e a disponibilidade de tempo e de recursos podem afetar a habilidade do especialista (e não a competência). As habilidades relacionam-se com a capacidade do especialista da administração para exercer essa competência nas circunstâncias. Fatores que influenciam as habilidades podem incluir, por exemplo, a localização geográfica e a disponibilidade de tempo e recursos. E: ERRADA. O auditor deve considerar a relevância e a confiabilidade das informações obtidas de fonte de informações externa (empresa Y) e a competência, habilidade e objetividade de um especialista da administração (empresa X). Gabarito: “D” 7. (FGV / TCE PI – 2021) Durante um trabalho de auditoria, o responsável pela equipe, após analisar as competências de cada um, atribuiu a um dos componentes da equipe o procedimento técnico de inspeção que deve ser aplicado para: a) acompanhar a execução de processos; b) conferir a exatidão de cálculos; c) examinar o conteúdo de documentos; d) obter informações com terceiros; e) verificar o comportamento de valores extremos. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 105 Comentários Inspeção é o exame de registros e documentos, bem como o exame físico de um ativo. Pelo exposto, nosso gabarito só pode ser a letra C. As demais assertivas dizem respeito a outras técnicas de auditoria. Letra A (observação), letra B (recálculo ou conferência de cálculo), letra D(circularização) e letra E (revisão analítica). Gabarito: “C” 8. (FGV / TCE PI – 2021) Durante um trabalho de auditoria, um auditor executou um procedimento para avaliar se a atividade de recepção e conferência de itens adquiridos para estoque era realizada por um funcionário adequado. O procedimento executado pelo auditor foi um teste: a) de abrangência; b) de inspeção; c) de observância; d) de revisão analítica; e) documental. Comentários Em questões como essa, podemos ser exigidos quanto ao conhecimento das categorias em que se dividem os testes e procedimentos (testes de observância, testes substantivos etc.) ou quanto ao conhecimento das técnicas específicas (inspeção, observação, circularização etc.). Quando o enunciado diz: “auditor executou um procedimento para avaliar se a atividade de recepção e conferência de itens adquiridos para estoque era realizada por um funcionário adequado”, podemos estar diante da técnica da observação (exame de processo ou procedimento executado por outros), bem como do teste de observância (o funcionário da entidade, encarregado da recepção e conferência do estoque, é um caso clássico de controle interno). Como não temos “observação” nas assertivas, resta-nos a letra C como gabarito. Reforçando nosso entendimento inicial, no caso em tela, o auditor deseja obter evidência quanto ao efetivo funcionamento de um controle interno da entidade (o funcionário desempenhando a função de recepção e conferência). Esse é o escopo do teste de observância (ou teste de controle). Gabarito: “C” 9. (FGV / TCE PI – 2021) Em um trabalho de auditoria, um auditor precisou solicitar informações a um fornecedor da entidade auditada. A solicitação indicava a necessidade de uma resposta, em concordância ou não com o conteúdo informado. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 106 Esse procedimento corresponde a uma: a) confirmação externa; b) circularização aberta; c) circularização fechada; d) solicitação de confirmação positiva; e) solicitação de confirmação negativa. Comentários Palavras chave do enunciado: “auditor solicita informações a um fornecedor”, ou seja, a um terceiro de fora da entidade – trecho nos remete à confirmação externa ou circularização; “solicitação indicava necessidade de resposta, em concordância ou não” – trecho nos remete à confirmação externa do tipo positiva (que é aquela em que uma resposta sempre é exigida, independente de concordância ou discordância da parte que confirma). A letra A poderia ser o gabarito se não tivéssemos uma mais apropriada (letra D). Confirmação aberta ou fechada, nesse caso, pode estar remetendo – respectivamente – aos conceitos de confirmação positiva em branco ou em preto. Confirmação em branco é aquela que não fornece os valores ou informações a confirmar. Confirmação em preto é a que fornece, a priori, os valores e informações a serem confirmados. Gabarito: “D” 10. (FGV / TCE AM – 2021) A revisão analítica constitui uma forma essencial de teste substantivo nos trabalhos de auditoria, e uma das suas características é que: a) é limitada pela complexidade da estrutura das demonstrações contábeis; b) não é aplicável para fins comparativos com os trabalhos de anos anteriores; c) pode ser aplicada no planejamento, execução e revisão do trabalho de auditoria; d) se aplica à avaliação da qualidade dos controles internos; e) utiliza as técnicas de aplicação de questionários e entrevistas. Comentários A revisão analítica, também conhecida como procedimento analítico ou procedimento analítico substantivo, consiste – basicamente – em fazer comparações de informações contábeis e financeiras da entidade com períodos anteriores, com resultados previstos, tais como orçamentos ou previsões e expectativas do auditor, ou ainda com informações de entidades do mesmo setor de atividade. (ISSAI 1520; ISA/NBC TA 520). A técnica pode incluir informações financeiras ou não financeiras, tais como: a relação entre o valor orçado e o executado ou a relação entre o nível de execução física e financeira do orçamento; a receita tributária e o crescimento econômico; a despesa previdenciária e o Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 107 número de beneficiários; a despesa com inativos e o número de inativos, dentre outros.Os procedimentos analíticos mais básicos são as análises verticais e horizontais das contas contábeis que compõem as demonstrações financeiras, bem como de contas selecionadas para averiguação da evolução ou desdobradas para avaliação da composição. Procedimentos analíticos realizados na fase de planejamento como procedimentos de avaliação de risco podem identificar aspectos da entidade que o auditor não tinha conhecimento, auxiliando-o na avaliação de risco de erros relevantes ao identificar a existência de transações ou eventos, valores, índices e tendências não usuais que possam indicar assuntos com implicação para a auditoria. As relações não usuais ou inesperadas identificadas podem auxiliar o auditor na identificação de riscos de distorção relevante, especialmente riscos de distorção relevante por fraude (ISSAI 1315; ISA/NBC TA 315). Pelo exposto, percebe-se que a revisão analítica (ou os procedimentos analíticos) pode ser usada tanto no planejamento (conforme visto acima), quanto na execução (em regra os testes e procedimentos de auditoria são aplicados nesta fase), bem como na revisão do trabalho. Trata-se de procedimento de escopo muito amplo, conforme vimos acima, que pode ser utilizado em qualquer fase dos trabalhos. Logo, nosso gabarito é a letra C. Vejamos os comentários das demais assertivas: A: ERRADA. Não há essa limitação. As análises verticais e horizontais das demonstrações financeiras são formas básicas de aplicação do procedimento. B: ERRADA. A análise de flutuações, como por exemplo a comparação do ano corrente com anteriores, está na essência da aplicação da revisão analítica. D: ERRADA. Essa, em minha opinião, é mais difícil. Entendo que o examinador quis associar essa assertiva com os testes de observância (ou de controle). Lembre-se que os procedimentos analíticos substantivos (ou a revisão analítica) fazem parte dos testes substantivos. E: ERRADA. Quem usa questionários e entrevistas é a indagação, também conhecida como entrevista ou inquérito. Gabarito: “C” 11. (FGV / MPE AL – 2018) O exame documental é a análise de documentos relacionados ao objeto da auditoria, em busca de dados ou informações que poderão servir de subsídio ao planejamento da auditoria ou como evidências dos achados. Assinale a opção que apresenta o critério utilizado para restringir a amostra de documentos a serem analisados. a) A autenticidade e a metodologia de sua elaboração. b) A relevância dos objetivos e o grau de pertinência. c) A autoria dos documentos e os valores da amostra. d) A confiabilidade e a comparabilidade. e) A materialidade e a oportunidade. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 108 Comentários Questão exige conhecimento aprofundado do exame documental, conforme previsão do Manual do Proaudi do TCU. Vejamos o que diz o normativo. O exame documental consiste na análise de documentos relacionados ao objeto da auditoria em busca de dados ou informações que poderão servir de subsídio ao planejamento da auditoria ou como evidências dos achados. São exemplos de documentos que podem ser analisados: processos de licitação, prestações de contas, documentos avulsos (notas fiscais, cheques), relatórios etc. Preliminarmente, é necessário restringir a amostra de documentos a serem analisados de acordo com o tempo disponível da auditoria, utilizando-se como critério o grau de pertinência e relevância frente aos objetivos do trabalho. Duas verificações devem ser obrigatoriamente realizadas nos documentos analisados: • a sua autenticidade, para assegurar que as informações contidas nos documentos podem ser utilizadas na auditoria; e • as bases e a metodologia de sua elaboração, para poder estimar a confiabilidade das informações apresentadas. Gabarito: “B” 12. (FGV / MPE AL – 2018) Em relação às técnicas e aos procedimentos de auditoria, assinale a afirmativa correta. a) A entrevista confirma, por parte de fontes externas à unidade auditada, as informações obtidas junto ao auditado, por meio de declaração escrita ou de uma ou mais cópias de documentos. b) A análise de contas elabora perguntas sobre quesitos previamente definidos, amplia o conhecimento sobre o objeto auditado e obtém a percepção de gestores e beneficiários sobre o aspecto examinado. c) A circularização compara o registro da movimentação de contas bancárias ou contábeis entre si, ou com elementos, fatos ou ocorrências que devam guardar correspondência com a movimentação. d) A conciliação examina as transações que geraram lançamentos em uma conta contábil, na qual o auditor, após escolher os lançamentos contábeis, passa a investigar a existência, a legalidade e a pertinência dos fatos. e) A revisão analítica utiliza inferências lógicas que permitam chegar a determinada conclusão sobre o objeto auditado, com o objetivo de verificar o comportamento de valores significativos. Comentários Vejamos os comentários de cada assertiva: Letra A: ERRADA. Traz o conceito da circularização previsto no Manual do Proaudi. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 109 Letra B: ERRADA. Traz o conceito de entrevista previsto no Manual do Proaudi. Letra C: ERRADA. Traz o conceito de conciliação previsto no Manual do Proaudi. Letra D: ERRADA. Traz o conceito de análise de contas previsto no Manual do Proaudi. Letra E: CORRETA, conforme conceito previsto no Proaudi. Vamos relembrar o que diz o normativo: Revisão analítica consiste na utilização de inferências lógicas ou na estruturação de raciocínio que permita chegar a determinada conclusão sobre o objeto auditado. Objetiva, ainda, verificar o comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situações ou tendências atípicas (BRASIL, 2010c). O exemplo mais clássico de aplicação da técnica de revisão analítica é a demonstração da ocorrência de “jogo de planilha” em um contrato de obras. Jogo de planilha é a ocorrência de alterações quantitativas na planilha contratual, por meio de acréscimos, decréscimos, supressões ou inclusões de serviços e materiais, que modifiquem o equilíbrio econômico- financeiro inicial, causando dano ao erário sem justificativa adequada. Gabarito: “E” 13. (FGV / MPE AL – 2018) A técnica de auditoria onde o pesquisador observa de maneira espontânea os fatos que ocorrem no ambiente em estudo e procura registrar o máximo de ocorrências que interessam ao seu trabalho, evitando alterar o ambiente é conhecida como: a) Observação identificada b) Observação não-identificada c) Observação indireta d) Observação sistemática e) Observação assistemática Comentários Como vimos, as formas mais utilizadas de observação direta nas auditorias são: Identificada: o pesquisador observa de maneira espontânea os fatos que ocorrem no ambiente em estudo e procura registrar o máximo de ocorrências que interessa ao seu trabalho, sendo necessário construir um relacionamento de confiança para evitar o mínimo de alteração no ambiente. Não-identificada: o pesquisador observa de maneira espontânea os fatos que ocorrem no ambiente em estudo e procura registrar o máximo de ocorrências que interessa ao seu trabalho, porém a comunicação e a informação sobre o trabalho em andamento são feitas somente ao término da visita. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. GuilhermeSant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 110 Sistemática: o pesquisador elabora plano de observação baseado no conhecimento dos aspectos que são significativos para alcance dos objetivos da observação. Esta forma requer algum conhecimento do problema em estudo para permitir estabelecer as categorias que guiarão a análise da situação. Assistemática: o pesquisador está mais livre, sem fichas ou listas de registro. Geralmente, em visitas exploratórias, utiliza-se essa forma de observação para formar juízo de valor e aumentar o entendimento sobre o objeto auditado. As informações obtidas podem ou não ser registradas formalmente. Pelo exposto, especialmente trechos acima destacados, estamos diante da observação direta identificada. Gabarito: “A” 14. (FGV / CGM Niterói – 2018) A observação direta é uma técnica de coleta de dados ou informações que utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Entre as formas mais utilizadas de observação direta está a observação identificada. Nessa forma de observação, o pesquisador a) observa os fatos que ocorrem no ambiente e procura registrar as ocorrências que interessam ao seu trabalho, evitando o mínimo de alterações no ambiente. b) observa os fatos que ocorrem no ambiente, registra as ocorrências que interessam ao seu trabalho e comunica ao auditado, ao término da visita, o trabalho em andamento. c) elabora um plano de observação baseado no conhecimento dos aspectos que são significativos para alcançar os objetivos da observação. d) precisa ter conhecimento prévio do problema em estudo para permitir estabelecer as categorias que correspondem à inspeção física dos fatos ocorridos. e) tem liberdade e não utiliza fichas ou listas de registro, não havendo necessidade de registros formais. Comentários Na observação direta do tipo “identificada”, o auditor observa os fatos que ocorrem de maneira espontânea, evitando o mínimo de alterações no ambiente. Logo, nosso gabarito é a letra A. Letra B trata da observação direta não identificada. Letra C trata da observação direta sistemática. Letra D também trata da observação direta sistemática. Letra E trata da observação direta assistemática. Gabarito: “A” Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 111 15. (FGV / PGE RO – 2015) A realização do trabalho de auditoria considera procedimentos e técnicas previamente definidos na fase de planejamento. A Resolução CNJ nº 171/2013 apresenta algumas técnicas comumente utilizadas a partir do Programa de Auditoria. A técnica em que o auditor requer informações de terceiros com a indicação de quantitativos ou valores no texto da requisição, com prazo para resposta, é: a) correlação entre informações obtidas; b) circularização positiva em preto; c) circularização positiva em branco; d) circularização negativa em branco; e) revisão analítica. Comentários A Resolução CNJ nº 171/2013 define circularização como sendo “a técnica que se obtém informações com a finalidade de confrontar declarações de terceiros com os documentos constantes do escopo da auditoria, de natureza formal”, classificando-a em três tipos: a) positiva em branco – solicitação de informações a terceiros sem registro de quantitativos ou valores no texto da requisição e com prazo para resposta; b) positiva em preto – solicitação de informações a terceiros com a indicação de quantitativos ou valores no texto da requisição e com prazo para resposta; e c) negativa – comunicação de informações a terceiros com ou sem indicação de quantitativos e valores no texto da comunicação e com referência a dispensa de resposta no caso de concordância dos termos informados. Pelo exposto, nosso gabarito é a letra B. Gabarito: “B” 16. (FGV / TJ RO – 2015) As técnicas de auditoria constituem um conjunto de processos e ferramentas operacionais destinadas à obtenção de evidências, as quais devem ser suficientes, adequadas, relevantes e úteis para conclusão dos trabalhos. Quando um auditor necessita verificar se determinadas atividades e operações estão sendo executadas conforme os padrões preestabelecidos, uma técnica recomendada é o (a): a) corte das operações; b) indagação oral; c) rastreamento; d) revisão analítica; e) teste flagrante. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 112 Comentários O enunciado afirma que o auditor quer verificar se determinadas atividades e operações estão sendo executadas conforme os padrões preestabelecidos. A primeira técnica que vem a mente, portanto, é a observação. Ocorre que não há essa opção dentre as assertivas. Precisamos saber que, segundo a IN nº01/SFCI/2001, a observação das atividades e condições consiste na verificação das atividades que exigem a aplicação de testes flagrantes, com a finalidade de revelar erros, problemas ou deficiências que de outra forma seriam de difícil constatação. O normativo supracitado nos ensina, ainda, que os elementos da observação são: a) a identificação da atividade específica a ser observada; b) observação da sua execução; c) comparação do comportamento observado com os padrões; e d) avaliação e conclusão. Portanto, testes flagrantes têm correlação com técnica de observação. Vejamos o significado das demais técnicas mencionadas: a) corte das operações ou “cut-off” - corte interruptivo das operações ou transações para apurar, de forma seccionada, a dinâmica de um procedimento. Representa a “fotografia” do momento-chave de um processo. b) indagação oral: uso de entrevistas e questionários junto ao pessoal da unidade/entidade auditada, para a obtenção de dados e informações. c) rastreamento: investigação minuciosa, com exame de documentos, setores, unidades, órgãos e procedimentos interligados, visando dar segurança à opinião do responsável pela execução do trabalho sobre o fato observado. d) revisão analítica é a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos. Em outros termos, analisa atipicidades. Gabarito: “E” 17. (FGV / SEFAZ RJ – 2011) A tarefa de traduzir conceitos abstratos em variáveis mensuráveis, definindo indicadores apropriados, é indispensável para que se possa medir o alcance dos objetivos perseguidos pela administração. As informações coletadas e usadas para dar suporte aos achados de auditoria de desempenho operacional ou de avaliação de programa são consideradas evidências e podem assumir as diferentes formas. Nesse sentido, é INCORRETO afirmar que a evidência a) física diz respeito a dados coletados a partir da observação direta, podendo ser representados por fotografias, mapas, gráficos ou outras representações pictográficas. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 113 b) oral compreende declarações geralmente obtidas em entrevistas ou pesquisas com usuários ou beneficiários da iniciativa governamental, bem como com especialistas, gestores ou membros da equipe técnica encarregada.c) documental refere-se a dados registrados em papel ou meio magnético (em geral, os mais empregados em trabalhos de auditoria). d) analítica contempla informações geradas a partir de outras evidências, geralmente envolvendo cálculos, comparações ou sínteses. e) especial é aquela a partir de apuração de fraudes em entidades da mesma natureza, com foco nos testes substantivos para mapeamento do sistema de controle interno. Comentários As evidências podem ser classificadas em quatro tipos (ISSAI/Apêndice 3, 2004): a) física - observação de pessoas, locais ou eventos. Pode ser obtida por meio de fotografias, vídeos, mapas. Evidências físicas costumam causar grande impacto. A fotografia de uma situação insalubre ou insegura, por exemplo, pode ser mais convincente que uma longa descrição; b) documental - é o tipo mais comum de evidência. Pode estar disponível em meio físico ou eletrônico/magnético. É obtida de informações já existentes, tais como ofícios, memorandos, correspondências, contratos, extratos, relatórios. É necessário avaliar a confiabilidade e a relevância dessas informações com relação aos objetivos da auditoria; c) testemunhal (ou oral) - obtida por meio de entrevistas, grupos focais, questionários. Para que a informação testemunhal possa ser considerada evidência, e não apenas contextualização, é preciso corroborá-la, por meio de confirmação por escrito do entrevistado ou existência de múltiplas fontes que confirmem os fatos; d) analítica - obtida por meio de análises, comparações e interpretações de dados e informações já existentes. Este trabalho pode envolver análise de taxas, padrões e tendências, normalmente por meio de processamento computacional. É o tipo de evidência mais difícil de obter. Pelo exposto, percebe-se que não existe a classificação da evidência “especial”, de maneira que nosso gabarito é a letra E. As demais assertivas estão alinhadas aos conceitos expostos acima. Gabarito: “E” 18. (FGV / DPE RJ – 2019) Uma das finalidades do trabalho do auditor interno é obter informações sobre os assuntos relacionados aos objetivos e ao alcance da Auditoria Interna. Entre outras qualidades, as informações obtidas precisam ser relevantes, o que ocorre quando a informação: Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 114 a) auxilia a entidade a atingir suas metas; b) dá suporte às conclusões e às recomendações da auditoria interna; c) é confiável e propicia a melhor evidência alcançável, por meio do uso apropriado das técnicas de auditoria interna; d) é factual e convincente, de modo que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la assim como um auditor interno; e) é obtida mediante a aplicação de procedimentos da auditoria interna, incluindo testes substantivos. Comentários As informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna são denominadas de “evidências”, que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de modo a fornecer base sólida para as conclusões e recomendações à administração da entidade. Informação relevante é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria Interna. Assertiva correta, portanto, é a letra B. A letra A trata da informação útil, a letra C da informação adequada, a letra D da informação suficiente. Gabarito: “B” 19. (FGV / DPE RJ – 2019) Durante o planejamento do trabalho de auditoria, um auditor verificou a necessidade de analisar a forma pela qual os funcionários da entidade auditada realizam a contagem anual de estoques, e de examinar, por amostragem, certos itens do estoque para avaliar a condição em que eles se encontram. Os procedimentos de auditoria indicados nesse caso são, respectivamente: a) entrevista e conferência; b) indagação e inspeção; c) indagação e rastreamento; d) observação e inspeção; e) observação e conferência. Comentários Quando o auditor acompanha a contagem física de estoque (inventário) feita por funcionários da entidade (outros que não o próprio auditor), estamos diante do procedimento da Observação. Já quando o auditor faz (ele próprio) um exame físico de um ativo tangível, estamos diante do procedimento de Inspeção. Gabarito: “D” 20. (FGV / MPE AL – 2018) Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 115 Os testes de auditoria analisam um elemento selecionado para determinar se um objetivo específico de auditoria foi ou não alcançado. Nesse sentido, o teste substantivo a) verifica e comprova a regularidade na aplicação das normas. b) deve certificar a confiabilidade e a adequação dos procedimentos do sistema de controles internos. c) obtém provas suficientes sobre as transações e saldos, se são reais e se pertencem ao ente público. d) procura avaliar se as estimativas foram realizadas de modo correto. e) busca comprovar a validade e a propriedade material do tratamento de eventos e transações pelo ente público. Comentários Questão difícil! Os testes substantivos são aqueles que visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e VALIDADE dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade (ou ainda, seus eventos e transações). Pelo exposto, a assertiva que mais tem relação com o conceito dos testes substantivos é a letra E (nosso gabarito). As demais assertivas estão associadas aos Testes de Observância, uma vez que estão correlacionadas a algum princípio de CONTROLE interno. Senão vejamos: a) verifica e comprova a regularidade na aplicação das normas. Está sendo atendido o princípio de controle interno “aderência a diretrizes e normas legais” – o controle interno administrativo deve assegurar observância às diretrizes, planos, normas, leis, regulamentos e procedimentos administrativos, e que os atos e fatos de gestão sejam efetuados mediante atos legítimos, relacionados com a finalidade da unidade/entidade. b) deve certificar a confiabilidade e a adequação dos procedimentos do sistema de controles internos. Exemplo clássico da aplicação dos testes de observância. c) obtém provas suficientes sobre as transações e saldos, se são reais e se pertencem ao ente público. Veja que não estão sendo analisadas as transações e saldos em si, mas provas sobre elas. Nesse caso, está sendo verificado o princípio de controle interno “controles sobre as transações” - é imprescindível estabelecer o acompanhamento dos fatos contábeis, financeiros e operacionais, objetivando que sejam efetuados mediante atos legítimos, relacionados com a finalidade da unidade/entidade e autorizados por quem de direito. d) procura avaliar se as estimativas foram realizadas de modo correto. Nesse caso, também está sendo atendido o princípio de controle interno “controles sobre as transações”. Gabarito: “E” 21. (FGV / ALERJ – 2017) Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 116 Um dos esforços do trabalho do auditor consiste em buscar evidências que possam fundamentar suas conclusões sobre as demonstrações contábeis. As evidências podem ser relacionadas à finalidade para a qual são colhidas ou à sua natureza. As evidências relacionadas à natureza correspondem a provas que servem para validar os registros contábeis. Dos exemplos a seguir, o que NÃO constituievidência quanto à natureza é: a) constatação de existência física de bens; b) declaração de fontes verbalmente consultadas; c) incapacidade financeira de pagar credores no vencimento; d) eventos subsequentes à data das demonstrações contábeis; e) documentos comprobatórios da legitimidade de transações. Comentários A doutrina estabelece que, para melhor conhecer os diferentes tipos de evidências, os auditores classificam-nas inicialmente em dois grupos: evidências quanto à finalidade e evidências quanto à natureza. A questão aborda exemplos de evidências de auditoria relacionadas à natureza. Crepaldi, em sua obra, na versão digital, “Auditoria Contábil: teoria e prática. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 2016,p. 16/195” explicita que: 1.2.1 Evidência quanto à natureza: [...] No decorrer do processo de obtenção de evidências, o auditor poderá encontrar os seguintes tipos de provas, que servem para validar os registros contábeis: - Constatação da existência física de bens, pessoalmente, pelo auditor; [Alternativa “a”] - Declaração de fontes consultadas, verbal ou formalmente escrita; [Alternativa “b”] - Repetição, pelo auditor, dos cálculos que produziram situações ou resultados; - Documentos que comprovem a legitimidade das transações, elaboradas internamente, ou preparados por fonte externa à empresa; [Alternativa “e”] - Correlacionamento dos dados examinados; - Procedimentos de controle interno; - Acontecimentos posteriores à data das demonstrações contábeis. [Alternativa “d”] Dessa forma, o único exemplo que não consta no rol acima é a incapacidade financeira de pagar credores no vencimento (letra C). Esse é um exemplo de evidência quanto à finalidade, especificamente sobre a continuidade. Gabarito: “C” Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 117 22. (FGV / TJ PI – 2015) Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às conclusões em que se fundamentam a sua opinião. A evidência de auditoria apropriada e suficiente: a) decorre apenas dos registros contábeis da entidade; b) não deve se basear em auditorias anteriores; c) pode decorrer de ausência de informações; d) pode ser obtida a partir da indagação; e) tem natureza não cumulativa. Comentários A ausência de informações, em alguns casos, é utilizada pelo auditor e, portanto, também constitui evidência de auditoria (gabarito letra C). Exemplo disso é quando a administração se recusa a fornecer uma representação solicitada. Ora, nesse caso, o auditor já pode “desconfiar” de alguma irregularidade. A evidência de auditoria, que inclui informações contidas nos registros contábeis além de outras informações (letra A errada), é necessária para fundamentar a opinião e o relatório do auditor. Ela tem natureza cumulativa (letra E errada) e é obtida principalmente a partir dos procedimentos de auditoria realizados durante o curso do trabalho. Contudo, ela também pode incluir informações obtidas de outras fontes, como auditorias anteriores (letra B errada) (ou procedimentos de controle de qualidade da firma de auditoria para aceitação e continuidade de clientes. A letra D, considerada errada pela banca, em nosso entendimento está mal formulada. É que a indagação pode fornecer importante evidência de auditoria, podendo produzir especificamente evidência de distorção (considerando apenas esse entendimento, a assertiva estaria correta). No entanto, a indagação, sozinha, não produz evidência da AUSÊNCIA de distorção relevante no nível da afirmação e nem tampouco da eficácia operacional dos controles. Percebe-se então que a indagação, aplicada isoladamente, não é suficiente para a conclusão do auditor, uma vez que não pode assegurar ausência de distorções relevantes e nem a eficácia operacional dos controles. Gabarito: “C” 23. (FGV / CGE MA – 2014) A respeito da evidência de auditoria, assinale a afirmativa incorreta. a) A confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de fontes internas dentro da entidade. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 118 b) A confiabilidade da evidência de auditoria gerada internamente é maior quando os controles relacionados são efetivos, incluindo os controles, impostos pela entidade, sobre sua elaboração e manutenção. c) A evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor é mais confiável do que a evidência de auditoria obtida indiretamente ou por inferência. d) A evidência de auditoria em forma de documentos, em papel, mídia eletrônica ou de outro tipo, é mais confiável do que a evidência obtida verbalmente. e) A evidência de auditoria fornecida por documentos originais é mais confiável do que a evidência de auditoria fornecida por fotocópias ou fac-símiles ou por documentos que foram filmados, digitalizados ou transpostos de outra maneira para forma eletrônica. Comentários Há uma série de generalizações que podem ser feitas a respeito da confiabilidade da evidência de auditoria. Uma delas nos diz que a confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de fontes independentes fora da entidade (e não fontes internas). Letra A, portanto, está errada (nosso gabarito). As demais assertivas apresentam de forma correta algumas das generalizações a respeito da confiabilidade da evidência de auditoria. Gabarito: “A” 24. (CESPE / SEFAZ AL – 2020) A fim de estabelecer o escopo da auditoria durante sua fase de planejamento, o auditor pode utilizar procedimentos de revisão analítica, que fazem parte dos testes substantivos. Comentários Inicialmente, podemos entender que – em regra – os procedimentos de auditoria são aplicados, efetivamente, na fase de execução (e não no planejamento). Não obstante, durante o planejamento, podem ser aplicados testes para delimitação de escopo (profundidade, nível de detalhamento) da auditoria. A parte inicial do item, portanto, está correta. Em relação à segunda parte, que diz que a revisão analítica (nome utilizado pelas normas já revogadas para procedimento analítico) faz parte dos procedimentos substantivos, temos que fazer uma análise mais profunda. Como vimos ao longo da aula, os procedimentos específicos listados na NBC TA 500, dentre os quais se incluem os procedimentos analíticos (ou revisão analítica), podem ser utilizados tanto como procedimentos de avaliação de riscos, quanto como teste de controle ou procedimento substantivo, dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo auditor. Sob essa ótica, seria mais correto dizer que os procedimentos analíticos (revisão analítica) podem fazer parte dos testes substantivos. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 119 Ocorre que as normas de auditoria também incluem como espécie do gênero procedimentos substantivos os chamados procedimentos analíticos substantivos (antes da atualização das normas de auditoria, dizia-se que a revisão analítica era espécie do gênero testes substantivos). Dessa maneira, estaria correto dizer que os procedimentos analíticos substantivos (ou a revisão analítica – nos termos da norma revogada), fazem parte dos procedimentos (ou testes) substantivos. O item, portanto, está CORRETO. Gabarito:“CERTO”. 25. (CESPE / SEFAZ AL – 2020) As informações que fundamentam os resultados de auditoria, denominadas evidências, podem ser utilizadas mesmo no caso de conterem erro. Comentários Questão difícil e que permite, em nosso entendimento, dupla interpretação (ambas levando ao mesmo gabarito). A primeira seria de que a evidência pudesse estar errada (ou conter erro, como diz o enunciado). Nesse cenário, o auditor poderia utilizar esse tipo de evidência, afinal é comum a obtenção de evidências que contradigam outras evidências, ou seja, inconsistentes entre si. A segunda seria de que a evidência apontasse uma distorção relevante ocasionada por erro. Isso também é possível. Afinal, as distorções nas demonstrações contábeis podem ser causadas tanto por fraude (ato intencional) quanto por erro (ato não intencional). E são justamente as evidências fundamentam a conclusão do auditor quanto à existência (ou não) de distorções relevantes. Portanto, nas duas interpretações feitas por nós o item estaria correto. Gabarito: “CERTO”. 26. (CESPE / SEFAZ AL – 2020) Situação hipotética: Um auditor realizou a análise de pedidos de fornecimento de matéria- prima, constatando se eles haviam sido assinados pelo gerente de compras, como estabelecido na política de determinada empresa. Assertiva: Nesse caso, esse procedimento revela que o auditor realizou um teste substantivo. Comentários A política da empresa que prevê um gerente de compras assinando determinado pedido de matéria-prima é, sem dúvida, um controle interno da entidade. Controles internos são políticas, rotinas, métodos e procedimentos estabelecidos pela administração da entidade para que se tenha uma segurança razoável de que os objetivos da entidade serão atingidos. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 120 Portanto, ao observar se um controle interno estabelecido estão, efetivamente, em funcionamento, o auditor está aplicando um teste de observância (ou de controle), e não um teste (ou procedimento) substantivo. Gabarito: “ERRADO”. 27. (CESPE / SEFAZ DF – 2020) Ao utilizar informações comparáveis de períodos anteriores para estabelecer relações plausíveis entre dados financeiros e dados não financeiros da entidade auditada, o auditor está aplicando um procedimento analítico de auditoria. Comentários Questão traz a definição quase literal do chamado procedimento analítico (ou revisão analítica). Veja o que diz a NBC TA 500: Procedimentos analíticos A21. Os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos. Gabarito: “CERTO”. 28. (CESPE / SEFAZ DF – 2020) Testes de observância em auditoria estão intimamente ligados á verificação do cumprimento dos procedimentos de controles internos da auditoria. Comentários Questão aborda uma das classificações mais cobradas em auditoria, a que divide os testes e procedimentos nos testes de observância e nos testes substantivos. Tal classificação encontra- se na NBC TI 01 (Auditoria Interna), além de diversos normativos de Auditoria Governamental. Testes de observância sempre estão ligados à verificação da efetividade operacional (ou funcionamento, ou ainda cumprimento) dos Controles Internos da entidade. Gabarito: “CERTO”. 29. (CESPE / SEFAZ DF – 2020) A constatação da existência real e da integridade das transações evidenciadas nos relatórios contábeis é o principal objetivo dos testes de observância. Comentários Enquanto os testes de observância cuidam da verificação da efetividade operacional (ou funcionamento, ou ainda cumprimento) dos Controles Internos da entidade, os testes substantivos buscam evidência acerca da informação propriamente dita. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 121 Em outras palavras, busca-se obter evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. O item, portanto, diz respeito aos testes substantivos (e não de observância). Gabarito: “ERRADO”. 30. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019) A evidência de auditoria é uma das preocupações que o auditor independente deve ter na realização dos trabalhos e na formação da sua opinião. De acordo com as normas de auditoria vigentes, é correto afirmar que a qualidade de toda evidência de auditoria é afetada pelas características de a) comparabilidade e materialidade. b) integridade e objetividade. c) relevância e confiabilidade. d) integralidade e neutralidade. e) segurança e compreensibilidade. Comentários Questão aborda aspecto relativo à qualidade da evidência. A adequação da evidência de auditoria é sua medida da qualidade, isto é, a sua relevância e confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor. Segundo NBC TA 500(R1): Relevância e confiabilidade A26. (..) Embora a evidência de auditoria seja principalmente obtida a partir de procedimentos de auditoria realizados durante o curso do trabalho, ela também pode incluir informações obtidas de outras fontes, por exemplo, auditorias anteriores, em certas circunstâncias, e procedimentos de controle de qualidade da firma de auditoria para aceitação e continuidade de clientes. A qualidade de toda evidência de auditoria é afetada pela relevância e confiabilidade das informações em que ela se baseia. [Grifos não constantes no original] Gabarito: “C”. 31. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019) A realização de comparações entre informações e entre indicadores contábeis e a análise de relações entre contas e de relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros são procedimentos característicos A) da inspeção física. B) da observação. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 122 C) da revisão analítica. D) do recálculo. E) da segregação de função. Comentários Questão aborda um dos procedimentos de auditoria utilizados pelo auditor durante a execução da auditoria. Aqui, você deve ficar atento ao trechos “relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros”. Estamos diante, portanto, dos Procedimentos Analíticos (que são sinônimos de Revisão Analítica – nomenclatura utilizada pela extinta NBC T 11). A21. Os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos. Gabarito: “C”. 32. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019) No início de suas atividades de auditoria em uma empresa, um auditor independente, após a leitura dos manuais de utilização dos sistemas de compras da entidade, realizou questionamentos sobre o regime de alçadas e acompanhou o uso desses sistemasna prática, para verificar a eficácia e o desenho da operacionalização dos sistemas. Ele solicitou a um funcionário da empresa auditada que realizasse pedidos de compras fora de sua alçada estipulada nos manuais, para verificar se o sistema exibia algum erro. Nesse caso, o auditor realizou um teste a) de apresentação e divulgação. b) de controle. c) de detalhes de saldos. d) de detalhes de transações. e) substantivo. Comentários Enunciado apresenta testes de auditoria utilizados pelo auditor durante a execução dos trabalhos. Ao analisar as assertivas, percebe-se que não é preciso identificar tipos específicos de procedimentos (observação, inspeção, etc.), mas sim é necessário apontar qual a “categoria” ou “subcategoria” de procedimento foi aplicado. Aqui, você deve ficar atento à expressão “para verificar a eficácia e o desenho da operacionalização dos sistemas”, bem como “solicitou que a funcionário que realizasse pedidos de compras fora de sua alçada estipulada nos manuais, para verificar se o sistema exibia algum erro”. Ora, o auditor quis que o Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 123 funcionário colocasse a prova um controle da entidade, qual seja à adequação do sistema de compras aos limites e alçadas previstos nos manuais da empresa. Como estamos diante de procedimento com vistas a avaliar a efetividade operacional dos controles, estamos diante de um Teste de Controle. Gabarito: “B”. 33. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019) No que se refere à qualidade de uma evidência de auditoria, assinale a opção correta. a) Um contrato de compra e venda digitalizado e recebido por email é mais confiável que o mesmo documento recebido na via original em papel. b) No caso de dúvida quanto à confiabilidade de determinada evidência de auditoria, o auditor deve ampliar a amostra, excluir da seleção o item questionado e refazer os testes. c) O conhecimento e a experiência do auditor sobre a área de atuação de um especialista da administração não afetam a confiabilidade da informação prestada à auditoria. d) O auditor deve avaliar a competência, habilidade e objetividade do especialista para garantir a confiabilidade da evidência no caso de utilização de trabalho de especialista da administração. e) Uma resposta em reunião presencial a uma indagação feita por representação verbal de membro da administração e o envio de uma resposta por email têm o mesmo nível de confiabilidade. Comentários Ao estabelecer e executar procedimentos de auditoria, o auditor deve considerar a relevância e confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência. Se essas informações a serem utilizadas forem elaboradas com a utilização de um especialista da administração, deve o auditor – na medida necessária – e levando em conta a importância do trabalho desse especialista para seus propósitos: (a) avaliar a competência, habilidades e objetividade do especialista; (b) obter entendimento do trabalho do especialista; e (c) avaliar a adequação do trabalho desse especialista como evidência de auditoria para a afirmação relevante. Gabarito, portanto, é a letra D. Letra A: ERRADA. A evidência de auditoria fornecida por documentos originais é mais confiável do que a evidência de auditoria fornecida por cópias ou por documentos que foram filmados, digitalizados ou transpostos de outra maneira para forma eletrônica. Letra B: ERRADA. Se houver dúvida quanto à confiabilidade de alguma evidência, o auditor deve determinar quais modificações ou acréscimos aos procedimentos de auditoria são necessários para solucionar o assunto, devendo ainda considerar o efeito desse assunto, se Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 124 houver, sobre outros aspectos da auditoria. Não há previsão para ampliação da amostra e muito menos para exclusão do item selecionado. Letra C: ERRADA. De acordo com o item A36 da NBC TA 500, os procedimentos a serem aplicados com a utilização de especialistas podem ser afetados por fatores como: • a natureza e complexidade do assunto relacionado ao especialista da administração; • os riscos de distorção relevante no assunto; • a disponibilidade de fontes alternativas de evidência de auditoria; • a natureza, alcance e objetivos do trabalho do especialista da administração; • se o especialista da administração é empregado pela entidade ou é parte contratada por ela para fornecer serviços relevantes; • a extensão em que a administração pode exercer controle ou influência sobre o trabalho do especialista da administração; • se o especialista da administração está sujeito a padrões de desempenho técnico ou outras exigências profissionais ou da indústria; • a natureza e extensão de quaisquer controles dentro da entidade sobre o trabalho do especialista da administração; • o conhecimento e experiência do auditor sobre a área de atuação do especialista da administração; • a experiência prévia do auditor com o trabalho desse especialista. Letra E: ERRADA. A evidência de auditoria em forma de documentos, em papel, mídia eletrônica ou de outro tipo, é mais confiável do que a evidência obtida verbalmente. Gabarito: “D”. 34. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019) A empresa Ferragens S.A. mantém parte dos seus estoques guardada na empresa Armazéns S.A. Ao auditar os estoques da Ferragens S.A., o auditor independente constatou a necessidade de confirmação externa, porém a administração não permitiu o envio da solicitação de confirmação. Considerando-se essa situação hipotética e as normas vigentes de auditoria, é correto afirmar que o auditor deverá a) finalizar a realização do trabalho no momento da recusa da administração e emitir um relatório de auditoria com ressalvas. b) realizar procedimento de inspeção física na empresa Armazéns S.A., independentemente de autorização da empresa auditada. c) registrar os fatos nos papéis de trabalhos e emitir relatório de auditoria com abstenção de opinião em relação aos estoques. d) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de auditoria relevante e confiável. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 125 e) comunicar ao controle interno da empresa auditada que a ausência de informações será utilizada como evidência para encerrar o trabalho. Comentários No caso de uma eventual recusa da administração em permitir que o auditor envie solicitações de confirmação, caberá ao auditor tomar medidas apropriadas, tais como: indagar sobre as razões da recusa da administração e procurar evidência de auditoria sobre sua validade e razoabilidade; avaliar as implicações da recusa da administração na avaliação do dos riscos significativos de distorção relevante, incluindo o risco de fraude; e executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de auditoria relevante e confiável. Por decorrência normativa expressa, o gabarito é a letra D. Gabarito: “D”. 35. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019) Com o objetivo de confirmar os saldos bancários apresentados, o auditor, por meio de cartas registradas, solicita as informações pertinentes às instituições bancárias das quaisa empresa auditada seja cliente. Nesse caso, o auditor realiza uma A) inspeção. B) repetição. C) circularização. D) revisão analítica. E) conciliação bancária. Comentários Questão aborda um dos procedimentos de auditoria utilizados pelo auditor durante a execução da auditoria. Aqui, você deve ficar atento às palavras “confirmar os saldos bancários apresentados, o auditor, por meio de cartas registradas, solicita as informações pertinentes às instituições...”. A confirmação externa, ou circularização, é o procedimento que serve especial, mas não exclusivamente, para confirmação de saldos contábeis e seus elementos. Ainda, é o procedimento em que o auditor envia uma solicitação de confirmação para um terceiro de fora da entidade, obtendo a resposta por meio da carta de confirmação. Ora, fica claro que esse é o caso do enunciado (confirmação externa ou circularização). Gabarito: “C”. 36. (CESPE / PGE PE– 2019) Acerca de auditoria em órgãos públicos, julgue o item subsequente. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 126 Havendo inconsistência entre evidências de auditoria obtidas em fontes distintas, o auditor deverá providenciar modificações ou acréscimos aos procedimentos de auditoria necessários para solucionar o assunto. Comentários De acordo com a NBC TA 500, se a evidência obtida em uma fonte é inconsistente com a obtida em outra, ou o auditor tem dúvidas quanto à confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria, ele deve determinar quais modificações ou acréscimos aos procedimentos de auditoria são necessários para solucionar o assunto e deve considerar o efeito desse assunto, se houver, sobre outros aspectos da auditoria. Questão, portanto, certa. Gabarito: “CERTO”. 37. (CESPE / CGE CE– 2019) Segundo a NBC TA 330, para detectar distorções relevantes no nível de afirmações, são utilizados, entre outros, os procedimentos e testes que avaliam informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros e são examinadas relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou difiram significativamente dos valores esperados. Tais procedimentos ou testes são denominados a) testes de controle. b) testes de detalhes. c) testes de observância. d) procedimentos analíticos substantivos. e) procedimentos de avaliação de riscos. Comentários Como vimos, a NBC TA 330 determina que os procedimentos substantivos (que são aqueles planejados para detecção de distorções no nível de afirmações) incluem os procedimentos analíticos substantivos. Já a NBC TA 500 define procedimentos analíticos como aqueles que consistem na avaliação das informações feita por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros, o que inclui a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos. Procedimentos analíticos substantivos nada mais são do que procedimentos analíticos utilizados como procedimentos substantivos (vale lembrar que os procedimentos, ou técnicas, específicos previstos na NBC TA 500 podem ser utilizados tanto como procedimentos de Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 127 avaliação de riscos, quanto como teste de controle ou procedimento substantivo, dependendo do contexto em que são aplicados). Gabarito: “D”. 38. CESPE - Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna - 2018) Determinado auditor defrontou-se com evidências circunstanciais acerca de uma não conformidade na área auditada. Ele, então, elaborou matriz de seus achados de auditoria. Com relação a essa situação hipotética e aos múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o item a seguir. A adequação da evidência da auditoria está relacionada à medida da quantidade da evidência, enquanto a suficiência da auditoria está associada à qualidade da evidência. Comentários Como vimos, a adequação da evidência é sua medida de QUALIDADE, enquanto que a suficiência é medida de QUANTIDADE. O item inverteu os conceitos. Gabarito: “ERRADO”. 39. (CESPE – Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna - 2018) A evidência circunstancial demonstra um fato que pode levar a outro fato e não é suficiente para sustentar um achado. Comentários Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às conclusões em que se fundamentam a sua opinião. O Manual de orientações técnicas de atividade de auditoria governamental do poder executivo federal (2017, p.97) ratifica a informação sobre a evidência circunstancial, disposta no item da questão: 5.3.2 NATUREZA DAS EVIDÊNCIAS Quanto à natureza, as evidências de auditoria podem ser classificadas em legais e de auditoria. São considerados itens de evidência legal: a) evidência direta: comprova diretamente um fato, sem que seja necessário elaborar suposições; b) evidência circunstancial: também conhecida como indício, demonstra um fato que pode levar a um outro fato. Não é suficiente para sustentar um achado; Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 128 c) evidência conclusiva: constitui sozinha prova absoluta dos fatos e das circunstâncias que informa. É mais difícil de ser obtida, porque envolve altos custos e longos períodos de tempo; d) evidência corroborativa: serve de suporte para outras evidências, de forma a torná-las mais confiáveis, relevantes e úteis. Deve ser obtida a partir de fontes diferentes das evidências originais, podendo ser internas ou externas ao órgão ou entidade auditada. A evidência que é corroborada é mais adequada do que a evidência não confirmada. Caracteriza-se como uma atitude de ceticismo profissional a ação do auditor interno governamental de obter informações de outras fontes com o objetivo de corroborar as informações obtidas da Unidade Auditada; Gabarito: “CERTO”. 40. (CESPE - Analista Judiciário (STM) / Contabilidade / Apoio Especializado - 2018) À luz das Normas Brasileiras de Contabilidade do Conselho Federal de Contabilidade que tratam do auditor independente e da auditoria independente de informação contábil histórica, julgue o item subsequente. A documentação de auditoria e a evidência de auditoria remetem ao mesmo conceito, ou seja, ambas são constituídas por registros, documentos e outras informações que permitem a obtenção de conclusões pelo auditor. Comentários Evidência de auditoria é parte integrante da documentação de auditoria, ou seja, a documentação é mais ampla que a evidência. Nesse sentido, veja mais uma vez como as normas de auditoria as definem: Documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria executados, da evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor (usualmente também é utilizada a expressão “papéis de trabalho”). [NBC TA 230(R1)] [grifo nosso] Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos registroscontábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações. [NBC TA 200(R1)] [Grifo nosso] Gabarito: “ERRADO”. 41. (CESPE - Auditor Estadual (TCM-BA)/Controle Externo - 2018) A categoria de relevância de determinada evidência encontrada pela auditoria depende da a) objetividade do auditor na obtenção da evidência. b) efetividade do sistema de controle interno. c) obtenção da evidência por meio de documentos originais. d) atuação direta do auditor na obtenção da evidência. e) natureza dos procedimentos adotados para obter a evidência. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 129 Comentários A evidência de auditoria é necessária para sustentar a opinião e o relatório do auditor. Ela é de natureza cumulativa e primariamente obtida a partir de procedimentos de auditoria executados durante o curso da auditoria. A questão aborda requisito de relevância de determinada evidência encontrada pela auditoria. Segundo a NBC TA 500(R1): Relevância A27. A relevância trata da ligação lógica ou influência sobre a finalidade do procedimento de auditoria e, quando apropriado, a afirmação em consideração. A relevância das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria pode ser afetada pela direção do teste. Por exemplo, se a finalidade de um procedimento de auditoria é testar para verificar se há superavaliação na existência ou valorização das contas a pagar, testar as contas a pagar registradas pode ser um procedimento de auditoria relevante. Por outro lado, para testar se há subavaliação na existência ou valorização das contas a pagar, testar as contas a pagar registradas não seria relevante, mas testar informações como desembolsos subsequentes, faturas não pagas, faturas de fornecedores e exceções apontadas nos relatórios de recebimento de mercadorias podem ser relevantes. A28. Um dado conjunto de procedimentos de auditoria pode fornecer evidência relevante para certas afirmações, mas não para outras. [...] [Grifo nosso] Pelo exposto, podemos dizer que a relevância da evidência de auditoria depende da natureza dos procedimentos aplicados. Gabarito: “E”. 42. (CESPE – (Auditor do Estado (CAGE RS) – 2018) Cadeia de evidências composta por códigos, referências cruzadas e registros que conectam saldos de contas e outros resultados a dados originais de transações é denominada a) evidência relevante. b) evidência apropriada. c) trilha de auditoria. d) papel de trabalho. e) afirmação de auditoria. Comentários Questão doutrinária (e atípica), acerca da definição de trilha de auditoria. William C. Boynton e Outros (Auditoria, Atlas, 2002) enfatiza que o sistema contábil de uma entidade deve fornecer uma trilha de auditoria (trilha de transação) completa, para cada transação. “Uma trilha de auditoria é uma cadeia de evidências composta por códigos, referência cruzadas e documentação que conectam saldos de contas e outros resultados aos dados originais de Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 130 transações”. Assim, é feito um mapeamento, mostrando as relações existentes entre as transações, para possibilitar a aferição do cálculo do saldo das contas. Em outros termos, trilha de auditoria é uma técnica que permite o acompanhamento de todas as atividades que afetam um determinado conjunto de informações, como um registro de dados, desde o momento em que ele entra em um sistema até o instante em que é removido. Gabarito: “C”. 43. (CESPE – CGM João Pessoa / Auditor Municipal de Controle Interno – 2018) A respeito dos objetivos e dos procedimentos do auditor na realização do seu trabalho, julgue o item a seguir. O auditor, para tirar conclusões sobre a aplicação dos seus procedimentos, deverá considerar o conjunto de evidências observando se tal conjunto é suficiente e adequado; entretanto, em caso de análise quantitativa para conclusões em um relatório sem problemas a mencionar, sendo suficiente esse conjunto, a suficiência será dispensável. Comentários A primeira parte da questão está certa. Obtém-se segurança razoável quando o auditor coleta evidência de auditoria apropriada e suficiente para a reduzir o risco de auditoria. Nesse contexto, a suficiência e adequação da evidência de auditoria estão inter-relacionadas. A suficiência é a medida da quantidade de evidência de auditoria. Já a adequação é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, sua relevância e sua confiabilidade para fornecer suporte às conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor. A segunda parte da questão está errada. Além de confusa e mal escrita, podemos entender que tanto a suficiência quanto a adequação são características inerentes a qualquer evidência. Além disso, a obtenção de mais evidência de auditoria não compensa a sua má qualidade. Dessa forma, suficiência e adequação são indispensáveis tanto em análises quantitativas quanto qualitativas. Gabarito: “ERRADO”. 44. (CESPE – Auditor do Estado (CAGE RS) - 2018) As evidências de auditoria possuem diferentes níveis de persuasão quanto à validação das informações. Nesse sentido, no que se refere à fonte, o documento que fornece maior segurança e confiabilidade é a) a planilha de recálculo efetuado pelo auditor. b) o relatório de observação física do auditor. c) o relatório de controle interno. d) a nota fiscal eletrônica de fornecedor. e) o extrato bancário fornecido pela empresa auditada. Comentários Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 131 Quando o auditor executa procedimentos de auditoria, deve-se considerar a relevância e a confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria. Sobre o tema confiabilidade da evidência, a NBC TA 500(R1) estabelece as seguintes diretrizes: Confiabilidade Item A31. A confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria e, portanto, da própria auditoria, é influenciada pela sua fonte e sua natureza, e as circunstâncias nas quais são obtidas, incluindo os controles sobre sua elaboração e manutenção, quando relevante. Portanto, generalizações sobre a confiabilidade de vários tipos de evidência de auditoria estão sujeitas a importantes exceções. Mesmo quando as informações a serem utilizadas como evidência de auditoria são obtidas de fontes externas à entidade, podem existir circunstâncias que podem afetar a sua confiabilidade. Por exemplo, informações obtidas de fonte externa independente podem não ser confiáveis se a fonte não tiver conhecimento ou se for possível que especialista da administração não tenha objetividade. Embora reconhecendo que podem existir exceções, as seguintes generalizações sobre a confiabilidade da evidência de auditoria podem ser úteis: • a confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de fontes independentes fora da entidade; • a confiabilidade da evidência de auditoria gerada internamente é maior quando os controles relacionados, incluindo os controles sobre sua elaboração e manutenção, impostos pela entidade, são efetivos; • a evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor (por exemplo, a observação da aplicação de um controle) é mais confiável do quea evidência de auditoria obtida indiretamente ou por inferência (por exemplo, indagação a respeito da aplicação de controle); • a evidência de auditoria em forma de documentos, em papel, mídia eletrônica ou de outro tipo, é mais confiável do que a evidência obtida verbalmente (por exemplo, uma ata de reunião elaborada tempestivamente é mais confiável do que uma representação verbal subsequente dos assuntos discutidos); • a evidência de auditoria fornecida por documentos originais é mais confiável do que a evidência de auditoria fornecida por fotocópias ou fac-símiles ou por documentos que foram filmados, digitalizados ou transpostos de outra maneira para forma eletrônica, cuja confiabilidade pode depender dos controles sobre sua elaboração e manutenção [grifo nosso]. A questão quer saber qual das evidências enumeradas nas alternativas é a mais confiável. Para fundamentar a sua resposta, ACREDITAMOS que a banca tomou por base uma das generalizações sobre a confiabilidade da evidência de auditoria acima, qual seja, “a confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de fontes independentes fora da entidade”. Nesse caso, a única que poderia ser obtida externamente à entidade auditada seria a nota fiscal eletrônica de fornecedor. Além disso, essa nota fiscal é um documento formal, fazendo com ela cumpra mais outra generalização quanto a sua confiabilidade – “a evidência de auditoria em forma de documentos, em papel, mídia eletrônica Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 132 ou de outro tipo, é mais confiável do que a evidência obtida verbalmente”. Já as evidências enumeradas nas demais alternativas, todas são obtidas por fontes internas. Por outro lado, se tomarmos por base outra generalização possível no caso em tela, qual seja, “a evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor é mais confiável do que a evidência de auditoria obtida indiretamente ou por inferência”, haveria duas outras alternativas corretas - o relatório de observação física do auditor e a planilha de recálculo efetuado pelo auditor. Isso levaria a anulação da questão. Ressaltamos que nem sempre as questões estão bem redigidas e explicadas. Temos que ficar atentos e escolher a melhor alternativa. Gabarito: “D”. 45. (CESPE - Analista de Controle (TCE-PR) / Contábil - 2016) Uma evidência de auditoria que tenha sido obtida comprovando-se a existência real de recursos humanos, instalações, imóveis ou equipamentos é denominada evidência a) analítica. b) física. c) testemunhal. d) por confirmação de terceiros. e) documental Comentários Questão aborda aspecto doutrinário acerca da classificação da evidência de auditoria. Crepaldi explicita que: “As informações que fundamentam os resultados de auditoria são chamadas de evidências, que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de modo a fornecer base sólida para as conclusões e recomendações à administração da entidade. Portanto, temos os tipos de evidência mencionados a seguir: - Analítica: comparações com expectativas desenvolvidas com base em experiência anterior, orçamento, dados e conhecimento; - Documentárias: diversos tipos de documentos em poder do auditado que podem ser inspecionados durante a auditoria; - Eletrônicas: informações produzidas e mantidas em meio eletrônico; - Confirmação: tipo especial de evidência documentária que envolve, por escrito, respostas diretas e solicitações escritas; - Matemática: recálculo, do auditor, de valores utilizados na preparação das demonstrações contábeis; - Física: evidência obtida em exame físico ou inspeções de ativos tangíveis; Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 133 - Representação por escrito: declarações que abordam afirmações da administração, assinadas por pessoas responsáveis e competentes. - Verbal: o auditor, muitas vezes, recebe evidência verbal em resposta às perguntas dirigidas a executivos e funcionários.” [Auditoria Contábil: teoria e prática. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 2016, p.194] [Grifo nosso] Analisando a situação descrita no enunciado, o que prevalece é o aspecto material, ou seja, a existência real de algo tangível (evidência física). Gabarito: “B”. 46. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA) / Administração - 2016) Com relação ao que dispõem as Normas Técnicas de Auditoria (NBC–TA), julgue o próximo item. A qualidade da evidência de auditoria é medida pela sua suficiência, que é composta por aspectos como a relevância e a confiabilidade da informação que dará suporte às conclusões do auditor. Comentários Item errado. A questão inverteu as características de suficiência e adequação, segundo a NBC TA 200 (R1). Veja: A30. A adequação é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, a sua relevância e confiabilidade no suporte das conclusões em que se baseia a opinião do auditor. A confiabilidade da evidência é influenciada pela sua fonte e sua natureza e depende das circunstâncias individuais em que são obtidas. [Grifo nosso] Gabarito: “ERRADO”. 47. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018) Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente. Situação hipotética: Na execução de procedimentos de controle interno, um auditor acompanhou os procedimentos adotados por um agente público municipal durante a execução de uma operação. Em seu relatório, o auditor descreveu os referidos procedimentos bem como analisou os riscos da ação executada pelo agente público. Assertiva: Nessa situação, conclui-se que o auditor realizou uma revisão analítica. Comentários Item errado. No caso em tela, o procedimento adotado é a observação ao invés da revisão analítica. A chave para a questão é “o auditor acompanhou procedimentos adotados por um agente público...”. Segundo a NBC TA 500(R1): Observação Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 134 A17. A observação consiste no exame de processo ou procedimento executado por outros, por exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da execução de atividades de controle. A observação fornece evidência de auditoria a respeito da execução de processo ou procedimento, mas é limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo fato de que o ato de ser observado pode afetar a maneira como o processo ou procedimento é executado. [Grifo nosso] Já a revisão analítica (atualmente designada por procedimento analítico) consiste na avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos, ou seja, eles são utilizados quando há atipicidades ou anormalidades. Isso é realizado por meio da “verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas”. Desse modo, temos que a observação é um exame de auditoriavoltado para verificar como certas atividades estão sendo executadas, enquanto a revisão analítica é um exame voltado para constatações das “atipicidades”. Gabarito: “ERRADO”. 48. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018) Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente. Inspeção consiste em verificar os registros das transações contábeis por meio da análise de documentos e ativos tangíveis. Comentários Item certo. Durante a fase de execução dos trabalhos, o auditor aplica diversos procedimentos em busca de evidências. Segundo a NBC TA 500(R1): Inspeção A14. A inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. A inspeção de registros e documentos fornece evidência de auditoria com graus variáveis de confiabilidade, dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia dos controles sobre a sua produção. Um exemplo de inspeção utilizada como teste é a inspeção de registros em busca de evidência de autorização. [Grifo nosso] Palavras chave a serem analisadas: exame (análise) de registros ou documentos, e exame físico de ativos (tangíveis). Gabarito: “CERTO”. 49. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018) Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 135 Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente. Situação hipotética: Um auditor refez os cálculos de uma planilha para a correção monetária de certa dívida municipal e, com o objetivo de averiguar as distorções encontradas, releu alguns documentos a fim de confirmar os termos que poderiam ter afetado os cálculos testados. Assertiva: Nessa situação, conclui-se que foi realizada uma revisão analítica para complementar as conclusões do auditor sobre a conferência do cálculo. Comentários Item errado. No caso em tela, o procedimento realizado foi o recálculo ao invés de revisão analítica. Segundo a NBC TA 500(R1): Recálculo A19. O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros. O recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente. [Grifo nosso] Como vimos, a revisão analítica (atualmente designada procedimento analítico) consiste na avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos, ou seja, eles são utilizados quando há atipicidades ou anormalidades. Desse modo, temos que o recálculo é um exame de auditoria voltado para constatações da veracidade das demonstrações contábeis quanto à exatidão matemática, enquanto a revisão analítica é um exame voltado para constatações das “atipicidades”. Gabarito: “ERRADO”. 50. (CESPE Analista Judiciário (TRE BA) / Contabilidade/ Administrativa - 2017) Ao examinar as demonstrações financeiras de uma entidade, o auditor verifica as relações entre dados que envolvem cálculos e o emprego de índices financeiros simples, faz a análise vertical das demonstrações, coteja quantias reais com dados históricos e quantias orçadas etc. Nesse caso, ao utilizar modelos matemáticos e estatísticos, como a análise de regressão, o auditor adota o procedimento denominado a) inspeção. b) confirmação. c) recálculo. d) contagem. e) revisão analítica. Comentários Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 136 Questão aborda a aplicação de um procedimento de auditoria com o objetivo de verificar as relações entre dados que envolvem cálculos e o emprego de índices financeiros por meio do procedimento de revisão analítica. A revisão analítica (atualmente designada por procedimentos analíticos) consiste na avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros (trecho chave do enunciado: “o auditor verifica as relações entre dados...”). Os procedimentos analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos, ou seja, eles são utilizados quando há atipicidades ou anormalidades (outro trecho chave: “coteja quantias reais com dados históricos e quantias orçadas...”). Isso é realizado por meio da verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas. A tolerância, fixada antes de ser realizado o teste, é a máxima diferença aceitável entre os valores esperados (projetados pelo modelo) e os valores reais que forem observados. Ultrapassado esse limiar, considera-se não explicada a variação, o que demanda explicações e testes adicionais. Essa tolerância pode ser especificada como um determinado valor monetário, um percentual predeterminado, uma combinação de ambos ou, mais raramente, através do resultado de modelos estatísticos mais sofisticados. Se o auditor desejar entrar em maior profundidade estatística, poderá aplicar procedimentos adicionais que permitem ao modelo captar variações nos dados que não se encaixem na hipótese de dependência linear estrita de uma variável em relação a outra. Demais alternativas: A) inspeção física: exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. [NBC TA 500] Letra B) confirmação externa: é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato eletrônico ou outro meio. [NBC TA 505] Letra C) recálculo (conferência de cálculos) que consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros. [NBC TA 500] Letra D) contagem: as duas implicações mais usuais de contagem são (1) a contagem física de recursos tangíveis, tais como caixa em tesouraria ou o estoque em mãos, e (2) localização de todos os documentos pré-numerados. A primeira constitui uma forma de avaliação da evidência física, enquanto a segunda pode ser vista como uma forma de avaliação dos controles internos da companhia, mediante evidência objetiva da integridade dos registros contábeis. Contagem proporciona evidência ascendente, cujo contexto econômico deve inicialmente ser buscado, via evidência descendente. [William C. Boynton e outros (Auditoria, Atlas, 2002)] Gabarito: “E”. 51. (CESPE - Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna - 2018) Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 137 Durante a execução de seus trabalhos, tendo verificado não conformidades nos registros contábeis de entidade estatal, o auditor realizou entrevistas com os responsáveis da área, circularização, conciliação e revisão analítica. Considerando essa situação hipotética e os múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o item seguinte.Na revisão analítica, o auditor deve considerar a disponibilidade de informações, sua relevância, confiabilidade e comparabilidade. Comentários Item certo. Questão aborda um dos procedimentos de auditoria utilizado pelo auditor – Procedimento Analítico (antigamente denominado “revisão analítica”). Segundo a NBC TA 520, “procedimento analítico significa avaliações de informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Procedimentos analíticos compreendem, também, o exame necessário de flutuações ou relações identificadas que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que diferem significativamente dos valores esperados.”, ou seja, eles são utilizados quando há atipicidades ou anormalidades. Isso é realizado por meio da “verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas”. A NBC TA 520 ratifica as informações dispostas no item da questão. Veja: Procedimentos analíticos substantivos 5. Quando planejar e executar procedimentos analíticos substantivos, isoladamente ou em combinação com testes de detalhes, tais como procedimentos substantivos de acordo com a NBC TA 330, item 18, o auditor deve: (a) determinar a adequação de procedimentos analíticos substantivos específicos para determinadas afirmações, levando em consideração os riscos avaliados de distorção relevante e testes de detalhes, se houver, para essas afirmações; (b) avaliar a confiabilidade dos dados em que se baseia a expectativa do auditor em relação a valores registrados ou índices, levando em consideração a fonte, comparabilidade, natureza e relevância das informações disponíveis, e os controles sobre a elaboração dos dados; (c) desenvolver uma expectativa de valores registrados ou índices, e avaliar se a expectativa é suficientemente precisa para identificar uma distorção que, individualmente ou em conjunto com outras distorções, pode fazer com que as demonstrações contábeis apresentem distorções relevantes; e (d) determinar o valor de qualquer diferença entre valores registrados e valores esperados que seja aceitável sem exame adicional conforme requerido pelo item 7. [Grifos nossos] Gabarito: “CERTO”. 52. (CESPE - Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna - 2018) Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 138 Durante a execução de seus trabalhos, tendo verificado não conformidades nos registros contábeis de entidade estatal, o auditor realizou entrevistas com os responsáveis da área, circularização, conciliação e revisão analítica. Considerando essa situação hipotética e os múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o item seguinte. A circularização é a técnica utilizada para a obtenção de declaração formal e independente de partes internas da área auditada. Comentários Segundo a NBC TA 505, “confirmação externa é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato eletrônico ou outro meio”. Dessa forma, há um erro sutil – em regra, as informações são obtidas de partes externas da área auditada, ao invés de internas. Veja mais uma vez o esquema que resume as principais informações sobre as Confirmações Externas: Gabarito: “ERRADO”. 53. (CESPE – Auditor do Estado (CAGE RS) – 2018) O contador de determinada empresa considerou, equivocadamente, o valor bruto das vendas de longo prazo, em vez do lucro dessas vendas, na apuração do valor da reserva de lucros a realizar a ser registrado no patrimônio líquido da entidade. Uma auditoria independente nas demonstrações contábeis identificou, além da referida distorção de registro, uma falsificação de notas fiscais de saída, com a respectiva subtração indevida de estoques, o que gerou Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 139 distorção no valor do ativo. Essas foram as únicas distorções encontradas nas demonstrações contábeis. Relativamente aos estoques, um procedimento correto a ser adotado pelo auditor na situação apresentada no texto consistiria em a) registrá-los pelo preço de compra somado aos impostos, a outros tributos (exceto os recuperáveis) e aos custos de transporte. b) verificar a existência de banco de dados de credores e de segregação de função entre os setores de compra e orçamento. c) proceder à contagem física ou à checagem do inventário físico. d) permitir a continuidade das operações no estoque mesmo durante o inventário e a contagem física. e) registrá-los pelo custo de aquisição ou de fabricação, deduzido da provisão, para ajustá-lo ao valor de mercado. Comentários Questão aborda o procedimento a ser adotado pelo auditor diante de uma das distorções detectadas por ele, qual seja: falsificação de notas fiscais de saída, com a respectiva subtração indevida de estoques. A NBC TA 501 - Evidência de Auditoria – Considerações Específicas para Itens Selecionados versa sobre aspectos da conta Estoque do ativo, assim como litígios e reclamações, envolvendo a entidade, e informações por segmentos na auditoria das demonstrações contábeis. A respeito de considerações específicas sobre o Estoque, diz o normativo: 4. Se o estoque for relevante para as demonstrações contábeis, o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação a existência e as condições do estoque mediante: (a) acompanhamento da contagem física dos estoques, a não ser que seja impraticável, para: (i) avaliar as instruções e os procedimentos da administração para registrar e controlar os resultados da contagem física dos estoques da entidade; (ii) observar a realização dos procedimentos de contagem pela administração; (iii) inspecionar o estoque; e (iv) executar testes de contagem; e (b) execução de procedimentos de auditoria nos registros finais de estoque da entidade para determinar se refletem com precisão os resultados reais da contagem de estoque. [Grifos nossos] Gabarito: “C”. 54. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) / 2018) Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 140 Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente. É vedado ao auditor utilizar a indagação oral, mesmo com o uso de questionários e a realização de entrevistas com os funcionários da entidade auditada, para obter dados e informações. Comentários Nos termos da NBC TA 500 (item A22), a “indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade (...) As indagações podem incluir desde indagações escritas formais até indagações orais informais”. Portanto, o item está ERRADO. Diz ainda a NBC TA 500 que, embora a indagação possa fornecer importante evidência de auditoria e possa produzir evidência de distorção, ela – sozinha – geralmente não fornece evidência de auditoria suficiente da ausência de distorção relevante no nível da afirmação nem da eficácia operacional dos controles. Em outros termos, a indagação produz evidência quanto à existênciade distorção, porém (geralmente) não é capaz de produzir evidência da ausência de distorção e nem tampouco da eficácia dos controles. Gabarito: “ERRADO”. 55. (CESPE – Analista de Controle (TCE-PR) / Contábil – 2016) Assinale a opção correta, relativamente aos procedimentos analíticos em trabalhos de auditoria. a) Os procedimentos analíticos, em função do seu caráter detalhista, só devem ser aplicados a pequenos volumes de transações. b) Com o fim de evitar a ocorrência de algum viés em seu trabalho, nos procedimentos analíticos o auditor deve desconsiderar o desempenho de entidades do mesmo setor de atividade da entidade auditada. c) A fim de manter a consistência do relatório, em cada auditoria realizada o auditor deve selecionar um procedimento analítico único e específico para ser executado. d) Os procedimentos analíticos que forem realizados por administradores da própria entidade auditada deverão ser desprezados ou realizados novamente pelo auditor. e) Nos procedimentos analíticos, podem-se incluir informações que se mostrem contraditórias ou inconsistentes com outras informações relevantes ou que produzam valores inesperados. Comentários Questão aborda aspectos gerais dos procedimentos analíticos. Vamos avaliar cada assertiva, especialmente considerando a NBC TA 520 – Procedimentos Analíticos. A) ERRADA. A NBC TA 520 diz o contrário. Veja: A6. Os procedimentos analíticos substantivos são geralmente mais aplicáveis a grandes volumes de transações que tendem a ser previsíveis ao longo do tempo. A aplicação de procedimentos analíticos planejados baseia-se na expectativa de que existem relações entre os Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 141 dados e que as relações continuam na ausência de condições conhecidas que indiquem o contrário. Entretanto, a adequação de procedimento analítico específico depende da avaliação do auditor sobre o quão efetivo ele é para detectar uma distorção que, individualmente ou em conjunto com outras distorções, pode fazer com que as demonstrações contábeis apresentem distorções relevantes. [Grifo nosso] Letra B) ERRADA. Também está em desconformidade com a NBC TA 520. Veja: A1. Os procedimentos analíticos incluem, por exemplo, levar em consideração comparações de informações contábeis e financeiras da entidade: • informações comparáveis de períodos anteriores; • resultados previstos pela entidade, tais como orçamentos ou previsões, ou expectativas do auditor, como uma estimativa de depreciação; • informações de entidades do mesmo setor de atividade, como a comparação entre índices de vendas e contas a receber com as médias do setor ou com outras entidades de porte comparável do mesmo setor. [Grifo nosso] Letra C) ERRADA. Ela está em desconformidade com a NBC TA 520. Veja: A3. Podem ser usados diversos métodos para executar procedimentos analíticos. Esses métodos variam desde a realização de comparações simples até análises complexas usando técnicas estatísticas avançadas. Os procedimentos analíticos podem ser aplicados para demonstrações contábeis consolidadas, componentes e elementos individuais de informação. [Grifo nosso] Letra D) ERRADA. Também não está de acordo com a NBC TA 520. Veja: A5. O auditor pode indagar a administração sobre a disponibilidade e confiabilidade das informações necessárias para aplicar procedimentos analíticos substantivos, e sobre os resultados de quaisquer procedimentos analíticos realizados pela entidade. Pode ser eficaz usar dados analíticos elaborados pela administração, desde que o auditor esteja satisfeito de que esses dados foram adequadamente elaborados. [Grifo nosso] Letra E) CORRETA. Essa sim está em conformidade com a NBC TA 520. Veja: 7. Se os procedimentos analíticos executados de acordo com esta Norma identificam flutuações ou relações que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que diferem dos valores esperados de maneira significativa, o auditor deve examinar essas diferenças por meio de: (a) indagação à administração e obtenção de evidência de auditoria apropriada e relevante para as respostas da administração; e (b) aplicação de outros procedimentos de auditoria conforme necessário nas circunstâncias Gabarito: “E”. 56. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA) / Administração / Fiscalização / 2016) Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 142 Com relação aos instrumentos de fiscalização da auditoria bem como ao seu planejamento e à sua execução, julgue o item seguinte. A circularização de contas a receber é um dos procedimentos mais adotados pelo auditor. O pedido de confirmação positivo consiste em solicitar que o credor responda somente quando a informação estiver correta. Comentários Item errado. A questão aborda o procedimento de circularização (confirmações externas). Segundo a NBC TA 505, “confirmação externa é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato eletrônico ou outro meio”. Houve, na questão, confusão com relação à confirmação positiva (espera-se uma resposta em qualquer caso – concordância ou discordância da parte que confirma) e à confirmação negativa (espera-se uma resposta somente em caso de discordância da parte que confirma). Gabarito: “ERRADO”. 57. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA) / Administração - 2016) No tocante às evidências de auditoria, julgue o próximo item. Consideram-se ineptas como evidências para sustentar a opinião e o relatório do auditor informações obtidas por profissionais especialmente contratados pela entidade, bem como aquelas elaboradas especificamente para corroborar as afirmações de sua administração. Comentários Item errado. Ao contrário do que afirma o item, as evidências advindas de outros profissionais ou especialistas não são ineptas, mas servem perfeitamente para sustentar a opinião do auditor. Inclusive quando a entidade deixa de utilizar conhecimento especializado, o risco de distorção relevante aumenta, segundo a NBC TA 500. Além disso, o auditor deve tomar alguns cuidados quando utilizar dessas evidências, tais como: avaliar a competência e as habilidades desse especialista. Veja: 8. Se as informações a serem utilizadas como evidência de auditoria forem elaboradas com a utilização de um especialista da administração, o auditor deve, na medida necessária, levando em conta a importância do trabalho desse especialista para os propósitos do auditor: (a) avaliar a competência, habilidades e objetividade do especialista; (b) obter entendimento do trabalho do especialista; e (c) avaliar a adequação do trabalho desse especialista como evidência de auditoria para a afirmação relevante. [...] A34. A elaboração das demonstrações contábeis da entidade pode exigir conhecimento especializado em outro campo que não a contabilidade ou a auditoria, como cálculos Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 143 atuariais, avaliações ou dados de engenharia. A entidade pode empregar ou contratar especialistas desses campos para obter o conhecimento especializado necessário para a elaboração das demonstraçõescontábeis. Deixar de fazê-lo quando tal conhecimento especializado é necessário aumenta os riscos de distorção relevante. [Grifo nosso] Gabarito: “ERRADO”. 58. (CESPE - Contador (DPU) - 2016) A respeito do planejamento dos trabalhos de auditoria governamental, da fraude e do erro, dos testes, das técnicas e da amostragem estatística em auditoria, julgue o próximo item. Nem sempre é necessário que o auditado responda aos pedidos de confirmação solicitados pelo auditor. Comentários Como vimos, no caso da confirmação negativa o auditado só responde diretamente ao auditor caso discorde das informações solicitadas. Isso confirma o entendimento de que nem sempre é necessário que o auditado responda aos pedidos de confirmação solicitados pelo auditor. Gabarito: “CERTO”. 59. (CESPE – Auditor Estadual (TCM-BA)/Infraestrutura - 2018) Os testes de auditoria que visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informações da entidade são denominados a) aprovações. b) observância. c) salvaguarda. d) segregações. e) substantivos. Comentários Questão aborda um dos procedimentos de auditoria utilizados pelo auditor durante a realização de seus trabalhos – os testes substantivos. Vejam que, nesse caso, o enunciado não define o escopo (se auditoria independente ou interna), mas exige conhecimento da NBC TI 01 – Auditoria Interna. O normativo mencionado define os testes de observância e os testes substantivos: 12.2.3 – Procedimentos da Auditoria Interna 12.2.3.1 – Os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e investigações, incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem ao auditor interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 144 12.2.3.2 – Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos: a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis; b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade. 12.2.3.3 – Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. [Grifo nosso] Gabarito: “E”. 60. (CESPE – Auditor Estadual (TCM-BA) / Controle Externo - 2018) Na aplicação dos testes de observância, o auditor deve verificar a a) existência dos componentes patrimoniais em determinada data. b) existência e a efetividade dos controles internos. c) ocorrência efetiva das transações contabilmente registradas. d) conformidade entre os mecanismos de avaliação patrimonial e as normas. e) existência de eventos ou itens patrimoniais não registrados. Comentários Mais uma que exige conhecimento dos procedimentos de auditoria trazidos no escopo da NBC TI 01 – Auditoria Interna. Veja mais uma vez: 12.2.3.2 – Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 145 inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos: a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis; b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade. Chave para matar questão é associar os testes de observância (ou os testes de controle, no escopo da NBC TA 500) aos controles internos. A única assertiva que menciona os controles internos é a letra B. Gabarito: “B”. 61. (CESPE- Auditor (FUB) - 2013) No que concerne aos testes e procedimentos de auditoria e à revisão analítica, julgue o item que se segue. O auditor, ao examinar as rotinas adotadas pelos servidores de um órgão e as comparar com os manuais da organização e as suas normas de funcionamento, estará efetuando um teste de observância. Comentários Item certo. A situação apresentada coincide com um dos procedimentos que devem ser adotados na aplicação dos testes de observância – a observação. Veja: Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos: a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis; b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade. [Item 12.2.3.2, NBC TI 01] [Grifo nosso] Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 146 Gabarito: “CERTO”. 62. (CESPE – Analista Judiciário (TRE TO)/Contabilidade / Administrativa – 2017) Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à auditoria interna, os procedimentos de auditoria interna consistem em exames e investigações que a) incluem testes de observância e testes substantivos, possibilitando ao auditor a obtenção de subsídios para fundamentar as conclusões. b) abrangem testes e processos desconhecidos de uso dos auditores externos, tal como a confirmação. c) abarcam testes substantivos distintos dos da auditoria independente, tais como inspeções e investigações. d) possuem finalidade e conceitos distintos dos da auditoria externa; consequentemente, com resultados adversos. e) utilizam testes com nomenclaturas conhecidas de uso dos auditores externos, como, por exemplo, as inspeções, porém com conceitos e finalidades distintas. Comentários Questão de aplicação direta dos conceitos previstos na NBC TI 01 – Auditoria Interna. Veja: 12.2.3 – Procedimentos da Auditoria Interna 12.2.3.1 – Os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e investigações, incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem ao auditor interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade. Os testes e procedimentos de auditoria utilizados pelo auditor interno e externo são, em sua essência, os mesmos (tanto as suas definições e os conceitos, bem como as suas finalidades). Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan CarvalhoCVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 147 Vimos, por exemplo, que o conceito de Inspeção previsto nas normas de auditoria independente é praticamente o mesmo daquele previsto na norma de auditoria interna. O mesmo acontece com a Observação. Gabarito: “A”. 63. (CESPE / TCU – 2015) Com relação aos procedimentos necessários para a realização e a correta conclusão da auditoria, julgue o item. Caso considere que a avaliação da realização de determinado processo ou que a avaliação da prestação de determinado serviço pela entidade auditada é essencial para a formação de sua opinião, o auditor deve realizar uma inspeção física apropriada. Comentários Trecho chave do enunciado a ser levado em consideração: “avaliação da realização de determinado processo ... pela entidade auditada...”. Segundo a NBC TA 500, especificamente item A17, “a observação consiste no exame do processo ou procedimento executado por outros, por exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da execução de atividades de controle”. A observação fornece evidência de auditoria a respeito da execução de processo ou procedimento, mas é limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo fato de que o ato de ser observado pode afetar a maneira como o processo ou procedimento é executado. Já a inspeção (física) envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. Portanto o item erra ao dizer que o procedimento em análise é a Inspeção Física. Estamos diante da Observação. Gabarito: “ERRADO”. 64. (CESPE - Auditor (FUB) - 2013) No que concerne aos testes e procedimentos de auditoria e à revisão analítica, julgue o item que se segue. Uma das características da revisão analítica consiste na fixação de uma diferença máxima aceitável entre os valores observados e os esperados, que pode ser expressa em valor monetário, percentual, uma combinação de ambos ou, mais raramente, mediante o resultado de modelos estatísticos mais sofisticados. Comentários Item certo. Vimos que a revisão analítica (atualmente denominada procedimentos analíticos) consiste na avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 148 dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos, ou seja, eles são utilizados quando há atipicidades ou anormalidades. Isso é realizado por meio da verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas. A tolerância, fixada antes de ser realizado o teste, é a máxima diferença aceitável entre os valores esperados (projetados pelo modelo) e os valores reais que forem observados. Ultrapassado esse limiar, considera-se não explicada a variação, demandando explicações e testes adicionais. Essa tolerância pode ser especificada como um determinado valor monetário, um percentual predeterminado, uma combinação de ambos ou, mais raramente, através do resultado de modelos estatísticos mais sofisticados. Se o auditor desejar entrar em maior profundidade estatística, poderá aplicar procedimentos adicionais que permitem ao modelo captar variações nos dados que não se encaixem na hipótese de dependência linear estrita de uma variável em relação a outra. Gabarito: “CERTO”. 65. (CESPE - Analista Judiciário (TRE BA) / Contabilidade/ Administrativa - 2010) Com relação às normas de auditoria interna, julgue o item a seguir. A obtenção de informações acerca dos assuntos relacionados aos objetivos e ao alcance da auditoria interna exclui os testes substantivos nas avaliações das informações obtidas. Comentários Item errado. O auditor interno utiliza tanto os testes substantivos quantos os de observância para obtenção de evidências para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade, segundo a NBC TI 01. Dessa forma, o erro está em “excluir” os testes substantivos nas avaliações das informações obtidas. Gabarito: “ERRADO”. 66. (FCC / ALAP – 2020) As evidências de auditoria não devem suscitar dúvidas quanto à sua confiabilidade. Desse modo, a) se as respostas obtidas da administração, do controle interno ou de outras fontes forem inconsistentes entre si, torna-se possível a conclusão de que um item individual da evidência de auditoria não é confiável. b) o trabalho de auditoria deve se pautar por uma única fonte para cada fato, pois a pluralidade de fontes redunda inevitavelmente em inconsistências. c) se o trabalho de auditoria basear-se em apenas uma fonte de informações, então a existência de distorção relevante deve ser presumida. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 149 d) se as respostas obtidas da administração, do controle interno ou de outras fontes forem consistentes entre si, torna-se possível a conclusão de que as evidências não são confiáveis. e) o trabalho de auditoria deve se pautar apenas por fontes documentais, pois a confiabilidade delas é inquestionável. Comentários A NBC TA 500 nos ensina que, se a evidência de auditoria obtida em uma fonte é inconsistente com a obtida em outra; ou se o auditor tem dúvidas quanto à confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência, ele deve determinar quais modificações ou acréscimos aos procedimentos de auditoria são necessários para solucionar o assunto e deve considerar o efeito desse assunto, se houver, sobre outros aspectos da auditoria. Nesse contexto, a norma complementa – no item A57 – o seguinte: a obtenção de evidência de auditoria de fontes diferentes ou de natureza diferente pode indicar que um item individual da evidência de auditoria não é confiável, como quando a evidência de auditoria obtida em uma fonte é incompatível com a evidência obtida em outra. Pode ser esse o caso, por exemplo, quando respostas a indagações junto à administração, auditoria interna e outros são inconsistentes ou quando respostas a indagações feitas aos responsáveis pela governança para corroborar as respostas às indagações feitas à administração forem inconsistentes com a resposta da administração. Pelo exposto, percebe-se que a letra A está correta. O raciocíonio é o seguinte: se há evidências inconsistentes entre si, isso é um indicativo de que uma dessas evidências – tomada individualmente – não é confiável! Vejamos os comentários das demais assertivas: Letra B – ERRADA. Anteriormente, dissemos que a obtenção de evidência de diferentes fontes pode indicar que um item individual não é confiável. Isso significa – tão somente – que, havendo confronto de mais de uma evidência, é natural que um dos itens da evidência não seja confiável. Esse entendimento não significa que a auditoria não deva buscar a pluralidade de fontes (ou natureza) de evidências. É justamente o contrário. A NBC TA 500 nos ensina que, geralmente, obtém-se mais segurança com evidência de auditoria consistente obtida a partir de fontes diferentes ou de naturezadiferente do que a partir de itens de evidência de auditoria considerados individualmente. Por exemplo: informações corroborativas obtidas de uma fonte independente da entidade podem aumentar a segurança que o auditor obtém da evidência de auditoria gerada internamente, tais como a evidência existente em registros contábeis, minutas de reuniões ou representação da administração. Letra C – ERRADA. Não há previsão normativa, nem tampouco doutrinária, para esse tipo de presunção. É verdade que, geralmente, obtém-se mais segurança com evidência de auditoria consistente obtida a partir de fontes diferentes ou de natureza diferente do que a partir de itens de evidência de auditoria considerados individualmente. Isso não elimina o fato de que pode haver situações em que o auditor dispõe de apenas uma fonte para obtenção de evidências. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 150 Letra D – ERRADA. Quando as respostas a indagações junto à administração, auditoria interna e outros são inconsistentes (e não consistentes, como diz a assertiva), isso pode indicar que um item individual da evidência de auditoria (e não as evidências como um todo, como diz a assertiva) não é confiável. Quando as evidências de diferentes fontes são consistentes entre si, isso indicaria que são mais seguras, ou confiáveis. Letra E – ERRADA. Não se pode afirmar, em sentido amplo, que a confiabilidade de evidências documentais é inquestionável. O que podemos afirmar, ou generalizar, é que evidências obtidas em forma de documentos são mais confiáveis do que as obtidas verbalmente. Gabarito: “A” 67. (FCC / ALAP – 2020) A NBC TA 505 define confirmação externa como sendo a a) solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor, indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação. b) evidência de auditoria obtida como resposta de um terceiro, por escrito, direta para o auditor. c) solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor, somente se discorda das informações fornecidas na solicitação. d) evidência de que a parte que confirma não responde, ou não responde de maneira completa, a uma solicitação de confirmação positiva. e) resposta que indica uma diferença entre as informações para as quais se solicitou confirmação ou diferença entre os registros da entidade e as informações fornecidas pela parte que confirma. Comentários Confirmação externa, nos termos da NBC TA 505, é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato eletrônico ou outro meio. Percebe-se, portanto, que o gabarito é a letra B. Analisando as demais assertivas: A: ERRADA. Essa é a confirmação externa do tipo positiva ou, simplesmente, solicitação de confirmação positiva. C: ERRADA. Essa é a confirmação externa do tipo negativa ou, simplesmente, solicitação de confirmação negativa. D: ERRADA. Esse é o conceito de resposta não recebida. E: ERRADA. Esse é o conceito de exceção. Gabarito: “B” Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 151 68. (FCC / ISS Manaus – 2019) A suficiência da evidência de auditoria a) ou é afetada pela qualidade da evidência de auditoria, ou pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante, nunca ambos. b) é afetada pela qualidade da evidência de auditoria, mas não pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante. c) não é afetada nem pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante, nem pela qualidade da evidência de auditoria. d) é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade da evidência de auditoria. e) é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante, mas não pela qualidade da evidência de auditoria. Comentários Nos termos da NBC TA 200(R1), a suficiência (medida de quantidade da evidência) é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade da evidência de auditoria. Quanto mais “arriscada” uma situação, mais evidência o auditor deve obter para se precaver. Ao mesmo tempo, quanto melhor a qualidade, menos evidência pode ser necessária. A recíproca, no entanto, nem sempre é verdadeira, ou seja, a obtenção de mais evidência de auditoria pode não compensar a sua má qualidade. Gabarito: “D” 69. (FCC / SEFAZ BA – 2019) De acordo com a NBC TA 200 R1, as evidências de auditoria a) constituem um grupo de informações, dados e fatos, de cunho público e notório, cujo conhecimento, em princípio, é compartilhado pela comunidade que interage com a entidade auditada e que, por isso mesmo, dispensa referência e juntada de suporte documental próprio. b) são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar as conclusões em que se baseia a sua opinião, sendo que as informações contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis estão incluídas nas evidências de auditoria. c) representam um grupo de informações, dados e fatos de conhecimento público e obrigatório por todas as pessoas, naturais ou jurídicas, que interagem com a entidade auditada e que, por isso mesmo, dispensa a juntada de suporte documental próprio, mas não a devida referência, quando for o caso. d) são todos os elementos, materiais e imateriais, que não precisam ser juntados ao relatório de auditoria, em razão de sua existência, veracidade de conteúdo e confiabilidade terem ficado evidenciadas nos papéis de trabalho apresentados e compilados. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 152 e) são todas as informações, dados e fatos evidentes, isto é, elementos que falam por si mesmos, e que não suscitam qualquer tipo de controvérsia. Comentários Questão mais que tranquila. Evidências são o conjunto probatório que fundamentam a opinião do auditor, ou seja, as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar as conclusões em que se baseia a sua opinião. As evidências incluem as informações contidas nos registros contábeis que suportam as demonstrações contábeis, além de outras informações. Gabarito: “B” 70. (FCC / SANASA – 2019) As evidências de auditoria devem ser apropriadas e suficientes. Dessa forma é de responsabilidade do Auditor a execução de procedimentos de auditoria apropriados a cada circunstância em seu cotidiano profissional, tendo como objetivo a obtenção de evidências adequadas e suficientes. NÃO é um procedimento para obtenção de evidências de auditoria: a) Procedimento de Avaliação de riscos. b) Testes de Controle. c) Procedimentos Substantivos. d) Testes de detalhe. e) Procedimentos de Avaliação de retorno. Comentários Vamos recordar os ensinamentos da NBC TA 500, segundo a qual a evidência de auditoria para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do auditor é conseguida pela execução de: (a) procedimentos de avaliação de riscos; e (b) procedimentos adicionais de auditoria, que abrangem: (i) testes de controles, quando exigidos pelas normas de auditoria ou quando o auditor assim escolheu; e (ii) procedimentos substantivos, inclusive testes de detalhes e procedimentos analíticos substantivos. Essassão, na ótica da auditoria independente, as “categorias” e “subcategorias” nas quais se dividem os procedimentos de auditoria. A única assertiva não presente no rol acima apresentado é a letra E (não há previsão normativa, nem tampouco doutrinária, para “procedimento de avaliação de retorno”). Gabarito: “E” 71. (FCC / SANASA – 2019) Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 153 Em relação aos Procedimentos Analíticos de Auditoria, considere: I. Os métodos de procedimento analíticos são variáveis, podendo ser comparações simples e análises complexas que utilizem métodos estatísticos. II. Procedimentos analíticos são aplicáveis apenas em demonstrações contábeis de uma empresa e não de todo o seu grupo. III. Os procedimentos analíticos devem levar em consideração as informações de períodos anteriores que sejam comparáveis. Está correto o que consta APENAS de a) II e III. b) I e II. c) I e III. d) I. e) III. Comentários Questão aborda um dos procedimentos de auditoria utilizado pelo auditor – Procedimento Analítico (antigamente denominado “revisão analítica”). O Procedimento Analítico tem um normativo próprio, que trata apenas dele, a NBC TA 520. Segundo a norma, “procedimento analítico significa avaliações de informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Procedimentos analíticos compreendem, também, o exame necessário de flutuações ou relações identificadas que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que diferem significativamente dos valores esperados.”, ou seja, eles são utilizados quando há atipicidades ou anormalidades. Isso é realizado por meio da “verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas”. Há mais de um método para realização do procedimento analítico, que variam desde simples comparações até análises complexas que envolvem técnicas estatísticas avançadas (item I – CORRETO). Os procedimentos analíticos não estão limitados a demonstrações contábeis individuais, podendo ser utilizados, por exemplo, para demonstrações contábeis consolidadas (de grupo) (item II – ERRADO). Certamente, os procedimentos analíticos comparam informações de natureza diversa. Essa é a essência do procedimento: busca de informações (valores, saldos, etc.) que fujam a um padrão esperado de comportamento. Ocorre que essa comparação pode se dar de várias maneiras, por exemplo: informações comparáveis de períodos anteriores; resultados previstos pela entidade (tais como orçamentos ou previsões, ou expectativas do auditor, como uma estimativa de depreciação); e informações de entidades do mesmo setor de atividade, como a Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 154 comparação entre índices de vendas e contas a receber com as médias do setor ou com outras entidades de porte comparável do mesmo setor. Vejam, portanto, que a comparação que toma por base períodos anteriores é uma das possibilidades. A assertiva sob análise diz que se DEVE utilizar informações comparáveis de períodos anteriores – o que, tecnicamente, estaria errado. O mais correto seria afirmar que se PODE utilizar esse tipo de comparação. Não obstante, a banca considerou o item III como CORRETO. Vejamos, abaixo, os trechos da NBC TA 520 utilizados como base para o gabarito. 4. Para fins das normas de auditoria, o termo procedimento analítico significa avaliações de informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Procedimentos analíticos compreendem, também, o exame necessário de flutuações ou relações identificadas que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que diferem significativamente dos valores esperados. A1. Os procedimentos analíticos incluem, por exemplo, levar em consideração comparações de informações contábeis e financeiras da entidade: • informações comparáveis de períodos anteriores; • resultados previstos pela entidade, tais como orçamentos ou previsões, ou expectativas do auditor, como uma estimativa de depreciação; • informações de entidades do mesmo setor de atividade, como a comparação entre índices de vendas e contas a receber com as médias do setor ou com outras entidades de porte comparável do mesmo setor. A3. Podem ser usados diversos métodos para executar procedimentos analíticos. Esses métodos variam desde a realização de comparações simples até análises complexas usando técnicas estatísticas avançadas. Os procedimentos analíticos podem ser aplicados para demonstrações contábeis consolidadas, componentes e elementos individuais de informação. Gabarito: “C” 72. (FCC / ISS S. José Rio Preto – 2019) Os procedimentos analíticos substantivos constituem-se em a) parecer com ressalva e sem ressalva. b) testes de detalhes, apenas. c) procedimentos analíticos substantivos, apenas. d) testes de detalhes, procedimentos analíticos substantivos ou uma combinação dos dois. e) parecer sem ressalva, apenas. Comentários De acordo com a NBC TA 330, os procedimentos substantivos incluem os testes de detalhes e os procedimentos analíticos substantivos. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 155 Vejam, portanto, que procedimento substantivo é gênero dos quais os procedimentos analíticos substantivos são espécie. Adicionalmente, a NBC TA 520 nos ensina que, no nível das afirmações, os procedimentos substantivos podem ser testes de detalhes, procedimentos analíticos substantivos, ou ambos. O enunciado apresenta uma impropriedade que levou à anulação da questão. São os procedimentos substantivos (e não os procedimentos analíticos substantivos) que se constituem em testes de detalhes, procedimentos analíticos substantivos ou uma combinação de ambos. Gabarito: “ANULADA” 73. (FCC – ISS São Luís – Auditor Fiscal – Geral – 2018) A Controladoria-Geral do Município, considerando a relevância e materialidade da matriz de riscos de auditoria, planeja uma operação na seção encarregada pelo arbitramento da receita tributável dos serviços da construção civil. Na atividade preparatória, levantou-se que há uma normatização interna que prevê: I. Claramente os casos que serão objeto de arbitramento. II. Segregação de funções. III. Emprego de sistema informatizado que registra dados de segurança e alterações realizadas. IV. Revisão independente por sorteio aleatório de autos de infração. V. Manutenção de registros por 20 anos. Visitando o órgão, o auditor acompanhou o procedimento durante sua execução, atestando que, de fato, as normas vêm sendo seguidas, embora tenha deixado de calcular a exatidão de casos específicos. O procedimento adotado refere-se a um teste a) substantivo que adotou procedimento de vistoria, restando inconclusivo, pois pende de exame que ainda será realizado. b) substantivo que adotou procedimento de confirmação, restando conclusivo, tendo em vista o cumprimento da norma. c) de observância que adotou procedimento de investigação, restando inconclusivo, pois pende de exame que ainda será realizado. d)de observância que adotou procedimento de observação, restando conclusivo, tendo em vista o cumprimento da norma. e) de observância que adotou procedimento de confirmação, restando conclusivo, tendo em vista o cumprimento da norma. Comentários Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 156 A parte inicial da questão deixa bem claro que se deseja atestar uma normatização interna de órgão responsável pelo arbitramento da receita de serviços da construção civil. Dessa forma estamos trabalhando no contexto da auditoria interna. Ora, tal normatização estabelece controles internos para execução das atividades (segregação de funções, emprego de sistema informatizado, manutenção de registros, dentre outros). Se a preocupação é com os controles internos, estamos diante de testes de observância (definição abaixo – item 12.2.3.2 da NBC TI 01): 12.2.3.2 – Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos: a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis; b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade. Adicionalmente, reparem que – no caso em tela – o auditor ACOMPANHOU (eis a chave para a questão) um procedimento durante sua execução. Tomando por base o trecho da norma destacado acima, estamos diante do teste de observância chamado OBSERVAÇÃO (“acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução”). Logo, meus amigos, o gabarito é a letra D! Gabarito: “D”. 74. (FCC – Auditor Público Externo / TCE RS – 2018) A evidência de auditoria ganha confiabilidade quando corroborada por fonte externa à entidade auditada. Sobre tal procedimento de auditoria, conhecido como confirmação externa, é correto afirmar: (A) O auditor deve manter o controle sobre as solicitações, registrando tanto o envio delas quanto dos segundos pedidos, quando aplicável. (B) Obtida a confirmação, faz-se necessário buscar outras evidências de auditoria, ainda que o resultado do procedimento de confirmação seja relevante e confiável. (C) A Administração não pode negar permissão para que o auditor envie solicitações de confirmação. (D) Uma vez decidindo-se pela confirmação externa, em regra essa não pode ser suprida por procedimentos alternativos. (E) O auditor deve tratar com o mesmo peso tanto confirmações negativas quanto positivas. Comentários Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 157 Questão trata de aspectos específicos da Confirmação Externa (ou Circularização). Analisando cada assertiva: A: CORRETA (nosso gabarito). O item 7 da NBC TA 505 – Confirmações Externas apresenta os elementos sobre os quais o auditor deve manter controle ao usar a confirmação externa. Veja: 7. Ao usar procedimentos de confirmação externa, o auditor deve manter o controle sobre as solicitações de confirmação externa, incluindo: (a) determinação das informações a serem confirmadas ou solicitadas; (b) seleção da parte que confirma apropriada para confirmação; (c) definição das solicitações de confirmação, assegurando-se que as solicitações estão devidamente endereçadas e que contenham as informações para retorno das respostas diretamente ao auditor; e (d) envio das solicitações, incluindo 2º pedido, quando aplicável, para a parte que confirma. B: ERRADA. A necessidade de executar procedimentos adicionais ou alternativos se dá para cada resposta não recebida ou quando NÃO é obtida evidência relevante e confiável através das solicitações de confirmação. C: ERRADA. Por menos intuitivo que isso possa nos parecer, a Administração tem essa faculdade. Cabe ao auditor, nesse caso, tomar medidas cabíveis (tais como indagar a razão da recusa, avaliar risco de fraude e executar procedimentos alternativos). D: ERRADA. Caso haja respostas não recebidas por meio do procedimento de confirmação externa, o auditor deve executar procedimentos alternativos de auditoria para obter evidência de auditoria relevante e confiável. E: ERRADA. De acordo com as normas, confirmações negativas fornecem evidência de auditoria menos persuasiva que as confirmações positivas. Gabarito: “A”. 75. (FCC – Auditor Público Externo / TCE RS – 2018) Acerca da disciplina dos testes de auditoria, assevera-se: (A) Pode ser cogitado o procedimento de inspeção, que consiste na obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade. (B) Pode ser cogitado o procedimento de investigação e confirmação, que consiste na verificação de registros, documentos e ativos tangíveis. (C) Os testes de observância visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. (D) Os procedimentos constituem exames e investigações, incluindo testes de observância e testes substantivos. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 158 (E) Os testes substantivos visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela Administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento. Comentários Questão trata dos procedimentos de auditoria interna. Vamos avaliar cada assertiva: Letra A: ERRADA. Assertiva trouxe a definição do procedimento de Investigação e Confirmação, e não da Inspeção. Letra B: ERRADA. Assertiva trouxe a definição do procedimento de Inspeção, e não da Investigação e Confirmação. Letra C: ERRADA. Assertiva define os Testes Substantivos (e não de Observância). Veja: 12.2.3.2 – Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos: a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis; b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade. 12.2.3.3 – Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. Letra D: CORRETA (gabarito). É exatamente isso o que diz a norma. Veja: 12.2.3.1 – Os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e investigações, incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem ao auditor interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade. Letra E: ERRADA. Esse é o conceito dos Testes de Observância (e não TestesSubstantivos). Gabarito: “D”. 76. (FCC/ Analista em Gestão (DPE AM) – Ciências Contábeis – 2018) A obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade é o objetivo a) dos testes de políticas públicas. b) da auditoria operacional. c) dos testes substantivos. d) dos testes de observância. e) dos testes de investigação e confirmação. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 159 Comentários Chave para o gabarito: “suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pela entidade”. Estamos, portanto, diante dos testes substantivos (previstos na NBC TI 01). 12.2.3.3 – Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. Gabarito: “C”. 77. (FCC – SEFAZ SC – Auditor Fiscal – Auditoria e Fiscalização – 2018) I. Trata-se de procedimentos de auditoria que têm por finalidade obter evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados gerados pelo sistema de contabilidade da entidade. Têm como um dos principais objetivos a conclusão sobre a adequada mensuração, apresentação e divulgação das transações econômico-financeiras, em consonância com os Princípios Fundamentais de Contabilidade. II. Além da sua importância para fins de auditoria contábil, também podem ser empregados em auditorias tributárias, tendo também como objetivo certificar-se da correção: da existência do item contábil (se o componente patrimonial existe em certa data), da existência de direitos e obrigações (se efetivamente existem em certa data), da ocorrência (se uma determinada transação realmente ocorreu). Os textos acima referem-se (A) aos Riscos de amostragem. (B) aos Testes substantivos. (C) aos Testes de observância. (D) às Técnicas de Auditoria de exame e contagem física. (E) às Técnicas de Circularização de bens e direitos. Comentários Se a questão falou em “obter evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados gerados pelo sistema de contabilidade da entidade”, é possível “cravar” que estamos diante dos Testes Substantivos (previstos na NBC TI 01). A NBC TI 01 define testes substantivos da seguinte forma: 12.2.3.3 – Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. [Grifo nosso] No escopo da Auditoria Independente, temos os chamados Procedimentos Substantivos (equivalentes aos Testes Substantivos, previstos na norma da auditoria interna). Veja: Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados: Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 160 (a) Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem: (i) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e (ii) procedimentos analíticos substantivos. Gabarito: “B”. 78. (FCC/ TRT 11ª Região – An. Judiciário – Contabilidade – 2017) Na execução dos testes de observância, o auditor interno deve adotar os seguintes procedimentos, conforme a Resolução CFC nº 986/03: a) leitura, compreensão, avaliação e conclusão. b) definição, interpretação, descrição e explanação. c) inspeção, observação e investigação e confirmação. d) visitação, contagem, comprovação e relatoria. e) conversação, descrição, avaliação e análise. Comentários Nos termos da NBC TI 01: 12.2.3.2 – Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos: a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis; b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade. Gabarito: “C”. 79. (FCC/ TRT 11ª Região – An. Judiciário – Contabilidade – 2017) Obter confirmação dos saldos e transações de contas em análise, por pessoa alheia e independente é um procedimento de auditoria conhecido por a) Inspeção. b) Participação. c) Avaliação. d) Circularização. e) Conferência. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 161 Comentários Chave para o gabarito: “confirmação dos saldos ... por pessoa alheia e independente”. Uma confirmação externa (ou circularização) representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra mídia. Os procedimentos de confirmação externa frequentemente são relevantes no tratamento de afirmações associadas a certos saldos contábeis e seus elementos. Gabarito: “D”. 80. (FCC/ TRF 3ª Região – An. Judiciário – Contadoria – 2016) Um auditor interno, em um primeiro momento, verificou a necessidade de fazer testes para verificação de registros, documentos e ativos tangíveis. Depois, também constatou a necessidade de acompanhar a execução de procedimentos específicos. Nos termos regulados pela Resolução CFC nº 986/2003 (NBC TI 01), para a consecução desses dois objetivos deverá realizar, respectivamente, a) testes de observância, na modalidade inspeção e testes substantivos, na modalidade inspeção. b) testes substantivos, na modalidade confirmação e testes de observância, na modalidade investigação. c) testes substantivos, na modalidade confirmação e testes de observância, na modalidade inspeção. d) testes de observância, na modalidade investigação e testes de observância, na modalidade inspeção. e) testes de observância, na modalidade inspeção e testes de observância, na modalidade observação. Comentários Olho nas seguintes expressões do enunciado: “Verificação de registros, documentos e ativos tangíveis” -> Inspeção; “Acompanhar a execução de procedimentos específicos” -> Observação. Como vimos, ambos são espécies do gênero Testes de Observância. Gabarito: “E”. 81. (FCC/ COPERGAS – Analista – Contador – 2016) A Companhia de Transportes Urbanos e Interurbanos do Estado visando à renovação da frota, no exercício de 2015, comprou 20 ônibus novos. Na auditoria das demonstrações contábeis da empresa, o Auditor ao examinar a transação de compra dos ônibus, segundo as Normas Brasileiras de Auditorias – NBC TAs, aplicou o procedimento de auditoria denominado a) observação. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 162 b) revisão. c) materialidade. d) avaliação. e) inspeção. Comentários Questão diz que o auditor“examinou a transação de compra”. Logo estamos diante da Inspeção, cujo objetivo é proceder ao exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. Cumpre ressaltar que a única assertiva que mereceria nossa análise é a letra A (Observação). Vejam que o enunciado não diz que o auditor acompanhou processo executado por terceiros. As demais assertivas não trazem testes e procedimentos de auditoria. Gabarito: “E”. 82. (FCC – Auditor Fiscal da Receita Municipal (Teresina) – 2016) A evidência de auditoria para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do auditor é conseguida pela execução de procedimentos de auditoria. O exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo é efetuado mediante o procedimento de auditoria denominado a) observação. b) circularização. c) investigação. d) confirmação. e) inspeção. Comentários Analisando o enunciado, de forma bem direta, percebe-se que estamos diante da inspeção (exame de registros e documentos ou exame físico de um ativo). Gabarito: “E”. 83. (FCC – Auditor Fiscal – SEFAZ MA – 2016) Os resultados obtidos nos procedimentos de auditoria executados pelo auditor independente contribuem para fundamentar as conclusões apresentadas em seu relatório. O auditor pode utilizar como procedimentos de avaliação de riscos, testes de controles ou procedimentos substantivos, dependendo do contexto em que sejam aplicados, entre outros, os procedimentos de auditoria: Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 163 a) inspeção, observação, confirmação externa. b) inspeção, amostragem, vistoria. c) inspeção, amostragem, pericia. d) inspeção, monitoramento, vistoria. e) inspeção, indagação, perícia. Comentários O esquema a seguir apresenta os procedimentos específicos elencados pela NBC TA 500, que podem ser utilizados tanto como procedimentos de avaliação de riscos, quanto como teste de controle ou procedimento substantivo, dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo auditor. Gabarito: “A”. 84. (FCC/ SEFAZ PI – AFFE – 2015) Os procedimentos de auditoria que incluem testes para certificar-se da existência patrimonial, de direitos e obrigações em determinada data, ocorrência das transações, da abrangência dos registros, da mensuração, apresentação e divulgação em conformidade com as normas pertinentes, são testes de (A) avaliação de riscos. (B) revisão analítica. (C) controle. (D) observância. (E) detalhes. Comentários Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 164 Questão difícil, na qual não há como fazermos uma associação bem precisa entre o enunciado e o gabarito oficial, levando-se em consideração o texto das normas de auditoria. Vejam que o enunciado fala de testes utilizados para certificar-se da: • Existência de patrimonial (física) de direitos e obrigações – podemos associar ao procedimento de inspeção, que abarca o exame físico de ativos; • Ocorrência de transações – podemos associar aos testes de detalhes, que são espécie do procedimento substantivo e, nos termos das normas, aplicam-se a classes de transações, de saldos de contas e de divulgações. • Abrangência de registros – podemos também associar à “inspeção”, que trata do exame de registros ou documentos; • Mensuração, apresentação e divulgação em conformidade com as normas – podemos associar ao procedimento substantivo, que trata da detecção de distorções relevantes no nível de afirmações; e mais especificamente aos testes de detalhes, que aplicam-se a classes de transações, de saldos e de divulgações. Ora, olhando as assertivas podemos encontrar na letra E os testes de detalhes. Porém, a meu ver, ainda não há tanta certeza para marcar o “x”. Vamos avaliar então as demais assertivas. Podemos eliminar de pronto as assertivas C e D, em primeiro lugar por serem praticamente sinônimos (nomenclatura atual e antiga, respectivamente), em segundo por não haver nada no enunciado relacionado à efetividade/funcionamento dos controles internos da entidade. Também podemos eliminar a letra B (revisão analítica – nomenclatura antiga para o que é chamado atualmente de procedimento analítico). Nos termos do item A21 da NBC TA 500, os “procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos”. Tal conceito também não guarda nenhuma relação com o enunciado. Ficamos assim entre as assertivas A (avaliação de riscos) e E (testes de detalhes). Como não há nenhuma menção à avaliação de riscos, podemos afirmar “com razoável segurança” (afinal somos como os auditores independentes ☺) que o gabarito é a letra E (testes de detalhes) Vamos relembrar abaixo os conceitos trazidos pela NBC TA 330. Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem: (a) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e (b) procedimentos analíticos substantivos. Gabarito: “E”. 85. (FCC/ TCE CE – Analista de Controle Externo – Controle Externo – Auditoria de TI – 2015) Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 165 Um auditor independente está acompanhando pessoalmente os trabalhos da equipe de informática de uma empresa na execução da configuração do acesso aos sistemas de informação financeiros e contábeis. Esse procedimento básico é de a) inspeção. b) cálculo e recálculo. c) indagação, investigação e confirmação. d) observação. e) revisão analítica. Comentários Questão diz que o auditor está ACOMPANHANDO (chave para o gabarito) pessoalmente os trabalhos da equipe de informática na execução de um procedimento. Logo, meus amigos, estamos diante da Observação. Gabarito: “D”. 86. (FCC/ SEFAZ PE – AFTE – 2014) Na realização de auditoria das Contas a Receber da Indústria de Tecidos Duradouros S.A., a administração não permitiu que o auditor enviasse solicitações de confirmação externa de saldos, para obtenção de evidência de auditoria. Nestas condições, entre outras medidas previstas nas normas de auditoria, deve o auditor a) desacatar a decisão da administração da empresa e solicitar a confirmação dos saldos das duplicatas a receber junto aos devedores. b) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de auditoria relevante e confiável. c) registrar no programa de auditoria que o procedimento referente à solicitação de confirmação externa não foi realizado. d) comunicar o fato ao conselho fiscal da empresa, solicitando providências para obtenção das informações desejadas. e) registrar no relatório de auditoria que o procedimento de solicitações de confirmações externas não foi executado.Comentários O item 8 da NBC TA 505 – Confirmações Externas (abaixo transcrito) fala justamente sobre o que o auditor deve fazer no caso de “Recusa da administração em permitir que o auditor envie solicitações de confirmação”. Inicialmente, tenha em mente que – por mais estranho que pareça – a administração pode sim impedir que o auditor envie solicitações de confirmação. Caberá ao auditor, nesse caso, tomar as medidas cabíveis. Veja: Item 8. No caso da administração se recusar a permitir que o auditor envie solicitações de confirmação, o auditor deve: Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 166 (a) indagar sobre as razões da recusa da administração e procurar evidência de auditoria sobre sua validade e razoabilidade; (b) avaliar as implicações da recusa da administração na avaliação do auditor dos riscos significativos de distorção relevante, incluindo o risco de fraude, e sobre a natureza, época e extensão de outros procedimentos de auditoria; e (c) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de auditoria relevante e confiável. Pelo exposto, o gabarito é a letra B (literalidade do item 8 “c” da NBC TA 505). Gabarito: “B”. 87. (FCC/ TCE SP – Auditor – 2013) Considere as afirmações a seguir, que tratam dos procedimentos e métodos de auditoria: I. O rastreamento é uma investigação minuciosa, com exame de documentos, de unidades e órgãos que tenham procedimentos interligados, cujo objetivo é dar segurança à opinião do auditor. II. Os procedimentos de revisão analítica compreendem a análise documental, a confirmação externa e a conferência dos cálculos dos dados produzidos pelo sistema de escrituração contábil da entidade. III. Os testes de observância visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validação dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade auditada, com o objetivo de reduzir o risco inerente da auditoria. IV. Os testes substantivos têm por objetivo a obtenção de uma segurança razoável de que os sistemas de controles internos implantados pela entidade estão alcançando seus objetivos, o que servirá de base para determinar a extensão dos procedimentos de auditoria. Está correto o que se afirma APENAS em a) I. b) III. c) I e II. d) II e IV. e) II, III e IV. Comentários Questão tranquila, a não ser pelo item I, que trouxe um procedimento previsto na IN SFC nº 01/2001 – o rastreamento. De acordo com esse normativo, rastreamento é a investigação minuciosa, com exame de documentos, setores, unidades, órgãos e procedimentos interligados, visando dar segurança à opinião do responsável pela execução do trabalho sobre o fato observado. Item I, portanto, correto. Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 167 II – ERRADO. Nada a ver com o procedimento de revisão analítica (atualmente denominado Procedimento Analítico). III e IV – ERRADOS. Foram invertidos os conceitos de testes de observância e testes substantivos. Gabarito: “A”. 88. (FCC/ TRT 12ª Região – An. Judiciário – Contabilidade – 2013) Para confirmar se os valores reconhecidos, no período, como despesa de juros referentes a um empréstimo de longo prazo foram calculados adequadamente, o auditor deve utilizar a técnica de a) conciliação. b) entrevista. c) correlação de informações. d) circularização. e) conferência de cálculo. Comentários O procedimento de Recálculo (ou cálculo, ou conferência de cálculo) consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros. O recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente. Foi exatamente que o auditor fez no caso do enunciado. Gabarito: “E”. 89. (FCC - Analista Judiciário (TST)/Contabilidade / Apoio Especializado - 2017) Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões em que se baseia sua opinião, devendo ser suficiente, que é a medida da quantidade dessas evidências. Nos termos da NBC TA 200, essa quantidade pode ser afetada a) pela avaliação do auditor dos riscos de distorção. b) pela complexidade dos riscos de auditoria. c) pelo percentual dos riscos de detecção. d) pela estrutura das demonstrações contábeis. e) pelo histórico da informação contábil. Comentários Questão aborda detalhes de uma das características da evidência de auditoria – a suficiência (medida de quantidade da evidência). Segundo a NBC TA 200(R1): 13. [...] Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 168 (b) Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações. Para fins das NBCs TA: (i) a suficiência das evidências de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. A quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade de tal evidência; (ii) a adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência de auditoria; isto é, sua relevância e confiabilidade no fornecimento de suporte às conclusões em que se baseia a opinião do auditor. [grifo nosso] Dessa forma, a quantidade necessária de evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção, ou seja, quanto mais elevados os riscos avaliados, maior a probabilidade de que seja necessária mais evidência de auditoria. Gabarito: “A”. 90. (FCC – SEFAZ – Auditor Fiscal – Administração Tributária – 2016) Os auditores independentes, nas auditorias das demonstrações contábeis, utilizam informações para fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião, obtidas através de evidência de auditoria. Acerca da evidência de auditoria é correto afirmar que a) não é de natureza cumulativa e somente é válida se obtida a partir de procedimentos de auditoria executados. b) a adequação da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. c) é afetada pela elaboração tempestiva da documentação de auditoria. d) a suficiência das evidências de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. e) é obtida a partir do planejamento realizado para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo. Comentários Questão aborda aspectos gerais de evidência de auditoria, segundo a NBC TA 500(R1). Segue mapa mental com as informações mais relevante sobre o tema: Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira, Nick Simonek Maluf Cavalcante Aula 04 - Prof. Guilherme Sant Anna e Tonyvan Carvalho CVM (Inspetor e Analista - Mercado de Capitais 1, 2 e 4) Auditoria - 2024 (Pós-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 46674609897 - Victor Barcellos 169 A letra “B” associa erroneamente a adequação com a quantidade de evidência. Por outro lado, segundo item 5 da NBC TA 500, a quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade da evidência de auditoria – o que invalida a letra “C”. Por