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Auditoria - Procedimentos e Evidências

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Aula 05
SEFAZ-PA (Auditor Fiscal) Auditoria -
2022 - (Pós-Edital)
Autor:
Guilherme Sant Anna, Tonyvan de
Carvalho Oliveira
17 de Janeiro de 2022
39124916900 - rafaela fias badblda
 
 
 
 
 1 
 
Sumário 
MOTIVAÇÃO DA AULA ................................................................................................... 2 
1. CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................................................. 3 
2. EVIDÊNCIA DE AUDITORIA .......................................................................................... 6 
3. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA ............................................................................... 18 
4. TESTES DE OBSERVÂNCIA E TESTES SUBSTANTIVOS ...................................................... 32 
5. CONFIRMAÇÕES EXTERNAS (CIRCULARIZAÇÃO) ........................................................... 38 
6. LISTA DE QUESTÕES ................................................................................................ 46 
7. GABARITO ............................................................................................................. 76 
8. QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS .................................................................... 77 
9. RESPOSTAS DAS QUESTÕES SUBJETIVAS ................................................................... 153 
10. RESUMO EM MAPAS E ESQUEMAS .......................................................................... 157 
11. BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 163 
 
 
Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira
Aula 05
SEFAZ-PA (Auditor Fiscal) Auditoria - 2022 - (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.br
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MOTIVAÇÃO DA AULA 
Vamos pensar um pouco no tema da aula de hoje? Tente responder as perguntas a seguir. 
LISTA DE PERGUNTAS 
1. O que é evidência de auditoria? 
2. Quais as principais características da evidência de auditoria? 
3. Como a suficiência e a adequação da evidência de auditoria se relacionam? 
4. Que fatores afetam a qualidade de toda evidência de auditoria? 
5. Como a evidência de auditoria é obtida? 
6. Que ações o auditor deve adotar se houver inconsistência ou dúvidas quanto à 
confiabilidade da evidência de auditoria? 
7. Em regra, obtém-se mais segurança com evidência de auditoria obtida a partir de fontes 
internas ou externas? 
8. Qual a relação entre evidências e procedimentos de auditoria? 
9. Quais as “categorias” (e “subcategorias”) de procedimentos de auditoria? 
10. O que são testes de controles? 
11. O que são procedimentos substantivos? 
12. Defina testes de observância. 
13. Defina testes substantivos. 
14. Quais os tipos específicos de procedimentos elencados nas normas? 
15. No contexto das normas de auditoria independente, existe correlação direta entre os tipos 
específicos de procedimentos e as suas categorias? 
Se você não tem certeza de uma ou algumas das respostas a esses questionamentos, não se 
preocupe. Fique atento que esses temas serão abordados ao longo da aula de hoje! 
 
Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira
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 3 
 
1. CONTEXTUALIZAÇÃO 
Podemos dividir o trabalho da auditoria em 3 (três) grandes fases: o planejamento; a execução; e 
a emissão do relatório (opinião) do auditor. 
Essa divisão é utilizada em grande parte pela doutrina, até por servir a fins didáticos. As normas de 
auditoria independente não fazem essa separação (ou categorização) de forma expressa. As 
normas de auditoria governamental, por sua vez, versam sobre esse fluxo de trabalho 
(planejamento; execução; relatório). 
Na aula de hoje, iremos abordar a fase da Execução. Nessa etapa são coletadas as evidências que 
servem de suporte à conclusão do Auditor – o que é feito, principalmente, pela aplicação dos 
Testes e Procedimentos de Auditoria. 
Cada uma das etapas da auditoria é integrada por atividades, iniciando-se com o planejamento, 
seguindo com a fase de execução, e terminando com a emissão do relatório. Além dessas 03 (três) 
etapas, considera-se que alguns aspectos são transversais e perpassam por todas as fases do 
processo de auditoria, como é o caso do(a): controle de qualidade, documentação e comunicação. 
Estes aspectos contribuem para garantir a eficácia e a credibilidade do trabalho da auditoria. 
Vejamos o esquema a seguir, que ilustra bem as etapas do fluxo do trabalho da auditoria: 
 
Fonte: Programa de aprimoramento profissional em Auditoria do TCU – Auditoria governamental (2011) 
A execução do programa ou projeto de auditoria é a fase da auditoria na qual a equipe utiliza as 
fontes de informação e aplica os procedimentos previstos na fase de planejamento em busca de 
evidências para fundamentar as conclusões. O auditor realiza testes, coleta evidências, desenvolve 
Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira
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os achados1 ou constatações e documenta o trabalho realizado, observando as normas, o método 
ou os padrões de auditoria. 
É nesse momento, também conhecido como “trabalho de campo”, que o auditor vai à procura de 
evidências apropriadas e suficientes para fundamentar a sua opinião. Essa fase é 
predominantemente executada nas dependências da entidade auditada mediante a aplicação dos 
procedimentos e técnicas estabelecidos na fase de planejamento. 
A maior parte do trabalho do auditor para formar sua opinião consiste na obtenção e avaliação da 
evidência de auditoria, o que é conseguido – primordialmente – por meio da aplicação dos 
procedimentos. Esses testes consistem em um conjunto de verificações e averiguações previstas 
num programa de auditoria, que permitem obter evidências ou provas suficientes e adequadas 
para analisar as informações necessárias à formulação e fundamentação da opinião por parte da 
atividade de auditoria. 
Também chamado de comando, os procedimentos representam a essência do ato de auditar, 
definindo o ponto de controle sobre o qual se deve atuar. 
Na atual estrutura das normas de Auditoria Independente, os temas da aula de hoje são tratados 
primordialmente no mesmo normativo: a NBC TA 500 – Evidência de Auditoria. Dizemos 
primordialmente, pois diferente do assunto Evidências – que ganhou uma norma “própria” – o 
tópico Procedimentos de Auditoria é tratado em diversos outros normativos, dentre os quais 
destacamos a NBC TA 330 – Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados, a NBC TA 505 – 
Confirmações Externas, a NBC TA 520 – Procedimentos Analíticos, dentre outros. 
Em realidade, somente separamos os 02 assuntos para seguir a tendência das principais obras (e 
editais) da nossa disciplina, e também por questões didáticas. Vejamos um “aperitivo” de como as 
normas correlacionam os temas a serem analisados. 
“O objetivo do auditor é definir e executar procedimentos de auditoria que permitam 
ao auditor conseguir evidência de auditoria apropriada e suficiente que lhe 
possibilitem obter conclusões razoáveis para fundamentar a sua opinião”. (Item 4 da 
NBC TA 500-R1). 
De acordo com a NBC TA 500, os procedimentos de auditoria para obter evidência podem incluir a 
inspeção, observação, confirmação externa, recálculo, reexecução e procedimentos analíticos, 
muitas vezes em combinação, além da indagação. Esses são os procedimentos específicos (ou 
técnicas) de auditoria. 
 
 
 
1 Achado é a eventual discrepância entre a situação efetivamente encontrada e o critério (referencial) 
de auditoria adotado. 
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2. EVIDÊNCIA DE AUDITORIA 
A NBC TA 500(R1) define o que constitui evidência na auditoria de demonstrações contábeis e 
trata da responsabilidade do auditor na definição e execução de procedimentos de auditoria para a 
obtenção de evidência apropriada e suficiente que permita a obtenção de conclusões razoáveis 
para fundamentar sua opinião. Segundo a norma supracitada: 
 
Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às 
conclusões em que se fundamentam a sua opinião. Ela inclui as informações contidas nos 
registros contábeis que suportam as demonstrações contábeis e outras informações. 
De acordo com a norma supramencionada, o objetivo do auditor é definir e executar 
procedimentos de auditoria que o permitam conseguir evidência apropriada e suficiente, que 
possibilitem a obtenção de conclusões razoáveis para fundamentar a sua opinião. 
Nesse contexto, o auditor deve definir e executar procedimentos de auditoria que sejam 
apropriados às circunstâncias com o objetivo de obter evidência de auditoria apropriada e 
suficiente. As normas exigem que o auditor conclua se foi obtida evidência de auditoria apropriada 
e suficiente. Nesse sentido, é questão de julgamento profissional do auditor determinar se foi 
obtida evidência apropriada e suficiente para reduzir o risco de auditoria a um nível 
aceitavelmente baixo. 
Um dos trechos “quentes” (em termos de cobrança) da NBC TA 500(R1), diz que a evidência de 
auditoria é necessária para fundamentar a opinião e o relatório do auditor. Ela tem natureza 
cumulativa e é obtida principalmente a partir dos procedimentos de auditoria realizados durante o 
curso do trabalho. Contudo, ela também pode incluir informações obtidas de outras fontes, como 
auditorias anteriores (...) ou procedimentos de controle de qualidade da firma de auditoria para 
aceitação e continuidade de clientes. Além de outras fontes, dentro e fora da entidade, os seus 
registros contábeis são importantes fontes de evidência de auditoria. Além disso, informações que 
podem ser utilizadas como evidência de auditoria podem ter sido elaboradas com a utilização do 
trabalho de especialista da administração. A evidência de auditoria abrange informações que 
suportam e corroboram as afirmações2 da administração e qualquer informação que contradiga 
tais afirmações. Em alguns casos, a ausência de informações (por exemplo, a recusa da 
 
2 Afirmações são declarações da administração, explícitas ou não, que estão incorporadas às 
demonstrações contábeis, utilizadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de distorções 
potenciais que possam ocorrer. 
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administração em fornecer uma representação solicitada) é utilizada pelo auditor e, portanto, 
também constitui evidência de auditoria. 
Gravem, portanto, que a evidência tem natureza cumulativa e, em alguns casos, a ausência de 
informações também constitui evidência de auditoria. 
Duas definições muito cobradas em provas estão relacionadas aos conceito de adequação e 
suficiência. As bancas costumam fazer a inversão de suas definições. Portanto, fiquem atentos a 
essas e outras definições trazidas pela norma: 
5. Para os fins das de auditoria, os termos a seguir têm os significados atribuídos abaixo: 
(a) Registros contábeis compreendem os registros de lançamentos contábeis e sua documentação-
suporte (...); os livros diário, razões geral e auxiliares, (...) que suportem as alocações de custos, 
cálculos, conciliações e divulgações. 
(b) Adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, 
a sua relevância e confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta a opinião do 
auditor. 
(c) Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às 
conclusões em que se fundamentam a sua opinião. A evidência de auditoria inclui as informações 
contidas nos registros contábeis que suportam as demonstrações contábeis e informações obtidas de 
outras fontes. (Alterado pela NBC TA 500 (R1)) 
(d) Especialista da administração é uma pessoa ou organização com especialização em uma área, 
que não contabilidade ou auditoria, cujo trabalho naquela área de especialização é utilizado pela 
entidade para ajudá-la na elaboração das demonstrações contábeis. 
 (e) Suficiência da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. A 
quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de 
distorção relevante e também pela qualidade da evidência de auditoria. [Grifos não constantes no 
original]. 
Observação: reparem que a quantidade necessária da evidência é afetada, além da avaliação dos 
riscos, pela qualidade da evidência (quanto maior a qualidade, menos evidência pode ser exigida). 
Esse é um dos motivos pelos quais, conforme veremos adiante, a suficiência (quantidade) e a 
adequação (qualidade) estão interrelacionadas. 
Ressalte-se que a única alteração promovida pela primeira revisão da NBC TA 500 (que a levou a 
ser denominada NBC TA 500 R1) diz respeito ao conceito de Evidência. Especificamente, alterou-se 
a parte final de “outras informações” para “informações obtidas de outras fontes”. 
Veja, mais uma vez, o conceito de evidência, em forma de mapa mental, para ajudá-los na 
memorização: 
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A suficiência e a adequação da evidência de auditoria estão interrelacionadas (afinal, a quantidade 
de evidência depende, dentre outros fatores, de sua própria qualidade). 
A suficiência é a medida da quantidade de evidência de auditoria. Essa quantidade necessária é 
afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção (quanto mais elevados os riscos 
avaliados, maior a probabilidade de que seja exigida mais evidência de auditoria) e também pela 
qualidade de tal evidência de auditoria (quanto maior a qualidade, menos evidência pode ser 
exigida). No entanto, o contrário não é verdade, ou seja, a obtenção de mais evidência de 
auditoria não compensa a sua má qualidade. 
A adequação é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, sua relevância e sua 
confiabilidade para fornecer suporte às conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor. 
Ao estabelecer e executar procedimentos de auditoria, o auditor deve considerar a relevância e 
confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência. Se essas informações a serem 
utilizadas forem elaboradas com a utilização de um especialista da administração, deve o auditor – 
na medida necessária – e levando em conta a importância do trabalho desse especialista para seus 
propósitos: 
(a) avaliar a competência, habilidades e objetividade do especialista; 
(b) obter entendimento do trabalho do especialista; e 
(c) avaliar a adequação do trabalho desse especialista como evidência de auditoria para a 
afirmação relevante. 
Abriremos um parêntese para explicar o que vem a ser relevância e confiabilidade da informação, 
segundo a NBC TA 500(R1). Veja: 
Relevância e Confiabilidade 
A.26 Embora a evidência de auditoria seja principalmente obtida a partir de procedimentos de 
auditoria realizados durante o curso do trabalho, ela também pode incluir informações obtidas de 
outras fontes, por exemplo, auditorias anteriores, em certas circunstâncias, e procedimentosde 
controle de qualidade da firma de auditoria para aceitação e continuidade de clientes. A qualidade de 
toda evidência de auditoria é afetada pela relevância e confiabilidade das informações em que ela 
se baseia. 
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A27. A relevância trata da ligação lógica ou influência sobre a finalidade do procedimento de 
auditoria e, quando apropriado, a afirmação em consideração. Ela pode ser afetada pela direção do 
teste (...). 
 
A31. A confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria e, portanto, da 
própria auditoria, é influenciada pela sua fonte e sua natureza, e as circunstâncias nas quais são 
obtidas, incluindo os controles sobre sua elaboração e manutenção, quando relevante. Portanto, 
generalizações sobre a confiabilidade de vários tipos de evidência de auditoria estão sujeitas a 
importantes exceções. Mesmo quando as informações a serem utilizadas como evidência de auditoria 
são obtidas de fontes externas à entidade, podem existir circunstâncias que podem afetar a sua 
confiabilidade. [Grifos não constantes no original]. 
 
Outro item que aparece com frequência em provas diz respeito às generalizações da confiabilidade 
da evidência. Informações obtidas de uma fonte externa, por exemplo, são mais seguras do que as 
obtidas internamente na entidade auditada. Com visto acima, essas generalizações não são uma 
regra absoluta, uma vez que comportam exceções. Veja: 
 
 
A8. Geralmente obtém-se mais segurança com evidência de auditoria consistente obtida a partir 
de fontes diferentes ou de natureza diferente do que a partir de itens de evidência de auditoria 
considerados individualmente. Por exemplo, informações corroborativas obtidas de uma fonte 
independente da entidade podem aumentar a segurança que o auditor obtém da evidência de 
auditoria gerada internamente, tais como a evidência existente em registros contábeis, minutas de 
reuniões ou representação da administração. 
A9. Entre as informações de fontes independentes da entidade que o auditor pode usar como 
evidência de auditoria podem estar confirmações de terceiros, relatórios de analistas e dados 
comparáveis sobre concorrentes (dados referenciais para benchmarking). 
A31. (...) Embora reconhecendo que podem existir exceções, as seguintes generalizações sobre a 
confiabilidade da evidência de auditoria podem ser úteis: 
• a confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de fontes independentes 
fora da entidade; 
• a confiabilidade da evidência de auditoria gerada internamente é maior quando os controles 
relacionados, incluindo os controles sobre sua elaboração e manutenção, impostos pela entidade, 
são efetivos; 
• a evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor (por exemplo, a observação da 
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aplicação de um controle) é mais confiável do que a evidência de auditoria obtida indiretamente 
ou por inferência (por exemplo, indagação a respeito da aplicação de controle); 
• a evidência de auditoria em forma de documentos, em papel, mídia eletrônica ou de outro tipo, 
é mais confiável do que a evidência obtida verbalmente (por exemplo, uma ata de reunião 
elaborada tempestivamente é mais confiável do que uma representação verbal subsequente dos 
assuntos discutidos); 
• a evidência de auditoria fornecida por documentos originais é mais confiável do que a 
evidência de auditoria fornecida por fotocópias ou fac-símiles ou por documentos que foram 
filmados, digitalizados ou transpostos de outra maneira para forma eletrônica, cuja confiabilidade 
pode depender dos controles sobre sua elaboração e manutenção. 
 
(FGV / SEFAZ RJ – 2011) Tendo em vista o que determina o Conselho Federal de 
Contabilidade, e considerando a doutrina, assinale a alternativa correta. 
a) A evidência de auditoria é mais confiável quando é obtida de fontes independentes 
externas à entidade. Nesse sentido, as normas de auditoria requerem que o auditor obtenha 
evidência de auditoria mais persuasiva quanto menor o risco avaliado. 
(...) 
Comentários: 
Como vimos acima, a confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de 
fontes independentes de fora da entidade (primeira parte da assertiva, portanto, correta). O 
erro encontra-se na parte final, uma vez que as normas de auditoria requerem que seja 
obtida evidência MAIS persuasiva quanto MAIOR (ao invés de “menor”) o risco avaliado. Isso 
é, de certa forma, óbvio (afinal, quanto mais arriscado o ambiente em que o auditor se 
encontra, mais ele deve se pautar em evidências robustas, ou persuasivas). 
Gabarito: Errada 
(FGV / SEFAZ RJ – 2011) Em consonância com o Conselho Federal de Contabilidade, assinale a 
alternativa correta. 
d) A suficiência e adequação das evidências de auditoria estão interrelacionadas. A 
adequação é a medida da quantidade de evidência de auditoria. A quantidade necessária de 
evidência de auditoria é afetada pela avaliação pelo auditor dos riscos de distorção (quanto 
mais elevados os riscos avaliados, maior a probabilidade de que seja necessária mais 
evidência de auditoria) e também pela qualidade de tais evidências de auditoria (quanto 
melhor a qualidade, menos evidência pode ser necessária). A obtenção de mais evidência de 
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auditoria, porém, pode não compensar a sua má qualidade. A confiabilidade da evidência é 
influenciada pela sua fonte e sua natureza e depende das circunstâncias individuais em que 
são obtidas. 
Comentários: 
A suficiência (e não a adequação, como diz a assertiva) é a medida de quantidade da 
evidência. Assertiva, portanto errada. O restante está correto. De fato a adequação e a 
suficiência da evidência estão interrelacionadas. 
Gabarito: Errada 
(FCC / Analista Judiciário (TST) – 2017) Evidências de auditoria são as informações utilizadas 
pelo auditor para fundamentar suas conclusões em que se baseia sua opinião, devendo ser 
suficiente, que é a medida da quantidade dessas evidências. Nos termos da NBC TA 200, essa 
quantidade pode ser afetada 
a) pela avaliação do auditor dos riscos de distorção. 
b) pela complexidade dos riscos de auditoria. 
c) pelo percentual dos riscos de detecção. 
d) pela estrutura das demonstrações contábeis. 
e) pelo histórico da informação contábil. 
Comentário: 
A quantidade necessária de evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos 
riscos de distorção, ou seja, quanto mais elevados os riscos avaliados, maior a probabilidade 
de que seja necessária mais evidência de auditoria. Percebe-se que há uma relação direta 
entre a avaliação de riscos e a quantidade de evidências. 
Gabarito: A 
(FCC / SEFAZ MA – 2016) Os auditores independentes, nas auditorias das demonstrações 
contábeis, utilizam informações para fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua 
opinião, obtidas através de evidência de auditoria. Acerca da evidência de auditoria é correto 
afirmar que 
a) não é de natureza cumulativa e somente é válida se obtida a partir de procedimentos de 
auditoria executados. 
b) a adequação da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de 
auditoria. 
c) é afetada pela elaboração tempestiva da documentação de auditoria. 
d) a suficiência das evidências de auditoria é a medida da quantidade da evidência de 
auditoria. 
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e) é obtida a partir do planejamento realizado para reduzir o risco de auditoria a um nível 
aceitavelmente baixo. 
Comentário: 
A letra B associa erroneamente a adequação com a quantidade de evidência. Por outro lado, 
a quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos 
riscos de distorção relevante e também pela qualidade da evidência de auditoria – o que 
invalida a letra “C”. Por fim, a evidência tem natureza cumulativa e é obtida principal (mas 
não exclusivamente) a partir dos procedimentos de auditoria realizados durante o curso do 
trabalho, o que torna erradas as letras “A” e “E”. Nos restou a letra “D” (nosso gabarito), que 
associa corretamente a suficiência com a medida de quantidade da evidência de auditoria. 
Gabarito: D 
(CESPE / SEFAZ RS – 2019) A evidência de auditoria é uma das preocupações que o auditor 
independente deve ter na realização dos trabalhos e na formação da sua opinião. De acordo 
com as normas de auditoria vigentes, é correto afirmar que a qualidade de toda evidência de 
auditoria é afetada pelas características de 
a) comparabilidade e materialidade. 
b) integridade e objetividade. 
c) relevância e confiabilidade. 
d) integralidade e neutralidade. 
e) segurança e compreensibilidade. 
Comentários: 
A adequação da evidência de auditoria é sua medida da qualidade, isto é, a sua relevância e 
confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor. 
Segundo NBC TA 500 (R1): 
Relevância e confiabilidade 
A26. (..) Embora a evidência de auditoria seja principalmente obtida a partir de 
procedimentos de auditoria realizados durante o curso do trabalho, ela também pode incluir 
informações obtidas de outras fontes, por exemplo, auditorias anteriores, em certas 
circunstâncias, e procedimentos de controle de qualidade da firma de auditoria para 
aceitação e continuidade de clientes. A qualidade de toda evidência de auditoria é afetada 
pela relevância e confiabilidade das informações em que ela se baseia. 
Gabarito: C. 
De acordo com a NBC TI 01 (norma que trata da Auditoria Interna), as informações que 
fundamentam os resultados da Auditoria Interna são denominadas de “evidências”, que devem ser 
suficientes, fidedignas, relevantes e úteis (mnemônico S.U.R.F), de modo a fornecer base sólida 
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para as conclusões e recomendações à administração da entidade. Ainda de acordo com o 
normativo: 
a) a informação suficiente é aquela que é factual e convincente, de tal forma que uma pessoa 
prudente e informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor interno; 
b) a informação adequada é aquela que, sendo confiável, propicia a melhor evidência alcançável, 
por meio do uso apropriado das técnicas de Auditoria Interna; 
c) a informação relevante é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria 
Interna; 
d) a informação útil é a que auxilia a entidade a atingir suas metas. 
A doutrina (entendimento também previsto nas normas de auditoria governamental) apresenta os 
seguintes tipos de evidência: 
- Analítica: comparações com expectativas desenvolvidas com base em experiência 
anterior, orçamento, dados e conhecimento; 
- Documentárias: diversos tipos de documentos em poder do auditado que podem ser 
inspecionados durante a auditoria; 
- Eletrônicas: informações produzidas e mantidas em meio eletrônico; 
- Confirmação: tipo especial de evidência documentária que envolve, por escrito, 
respostas diretas e solicitações escritas; 
- Matemática: recálculo, do auditor, de valores utilizados na preparação das 
demonstrações contábeis; 
- Física: evidência obtida em exame físico ou inspeções de ativos tangíveis; 
- Representação por escrito: declarações que abordam afirmações da administração, 
assinadas por pessoas responsáveis e competentes. 
- Verbal: o auditor, muitas vezes, recebe evidência verbal em resposta às perguntas 
dirigidas a executivos e funcionários. 
Ainda segundo a doutrina, as evidências classificam-se em: 
1) Evidências quanto à finalidade: em razão da finalidade para a qual a evidência é escolhida, esta 
pode ser de 3 (três) diferentes categorias: evidências sobre continuidade, evidências sobre o 
sistema de controles internos e evidências básicas. 
2) Evidências quanto à natureza: o esforço do auditor se concentra na busca de evidências que 
possam satisfazê-lo quanto à veracidade das informações que formam o conjunto das 
demonstrações contábeis que serão objeto de seu parecer (relatório). No decorrer do processo de 
obtenção de evidências, o auditor poderá encontrar os seguintes tipos de provas, que servem para 
validar os registros contábeis: 
• Constatação da existência física de bens, pessoalmente, pelo auditor; 
• Declaração de fontes consultadas, verbal ou formalmente escrita; 
• Repetição, pelo auditor, dos cálculos que produziram situações ou resultados; 
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• Documentos que comprovem a legitimidade das transações, elaboradas internamente, ou 
preparados por fonte externa à empresa; 
• Correlação dos dados examinados; 
• Procedimentos de controle interno; 
• Acontecimentos posteriores à data das demonstrações contábeis. 
 
(FGV / DPE RJ – 2019) Uma das finalidades do trabalho do auditor interno é obter 
informações sobre os assuntos relacionados aos objetivos e ao alcance da Auditoria Interna. 
Entre outras qualidades, as informações obtidas precisam ser relevantes, o que ocorre 
quando a informação: 
a) auxilia a entidade a atingir suas metas; 
b) dá suporte às conclusões e às recomendações da auditoria interna; 
c) é confiável e propicia a melhor evidência alcançável, por meio do uso apropriado das 
técnicas de auditoria interna; 
d) é factual e convincente, de modo que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la 
assim como um auditor interno; 
e) é obtida mediante a aplicação de procedimentos da auditoria interna, incluindo testes 
substantivos. 
Comentários: 
As informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna são denominadas de 
“evidências”, que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de modo a fornecer 
base sólida para as conclusões e recomendações à administração da entidade. 
Informação relevante é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria 
Interna. Assertiva correta, portanto, é a letra B. A letra A trata da informação útil, a letra C da 
informação adequada, a letra D da informação suficiente. 
Gabarito: B 
(FGV / ALERJ – 2017) Um dos esforços do trabalho do auditor consiste em buscar evidências 
que possam fundamentar suas conclusões sobre as demonstrações contábeis. As evidências 
podem ser relacionadas à finalidade para a qual são colhidas ou à sua natureza. 
As evidências relacionadas à natureza correspondem a provas que servem para validar os 
registros contábeis. 
Dos exemplos a seguir, o que NÃO constitui evidência quanto à natureza é: 
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a) constatação de existência física de bens; 
b) declaração de fontes verbalmente consultadas; 
c) incapacidade financeira de pagar credores no vencimento; 
d) eventos subsequentes à data das demonstrações contábeis; 
e) documentos comprobatórios da legitimidade de transações. 
Comentários: 
A doutrina estabelece que, para melhor conhecer os diferentes tipos de evidências,os 
auditores classificam-nas inicialmente em dois grupos: evidências quanto à finalidade e 
evidências quanto à natureza. A questão aborda exemplos de evidências de auditoria 
relacionadas à natureza. 
Crepaldi, em sua obra, na versão digital, “Auditoria Contábil: teoria e prática. 10ª ed. São 
Paulo: Atlas, 2016,p. 16/195” explicita que: 
1.2.1 Evidência quanto à natureza: 
[...] 
No decorrer do processo de obtenção de evidências, o auditor poderá encontrar os seguintes 
tipos de provas, que servem para validar os registros contábeis: 
- Constatação da existência física de bens, pessoalmente, pelo auditor; [Alternativa “a”] 
- Declaração de fontes consultadas, verbal ou formalmente escrita; [Alternativa “b”] 
- Repetição, pelo auditor, dos cálculos que produziram situações ou resultados; 
- Documentos que comprovem a legitimidade das transações, elaboradas internamente, ou 
preparados por fonte externa à empresa; [Alternativa “e”] 
- Correlacionamento dos dados examinados; 
- Procedimentos de controle interno; 
- Acontecimentos posteriores à data das demonstrações contábeis. [Alternativa “d”] 
Dessa forma, o único exemplo que não consta no rol acima é a incapacidade financeira de 
pagar credores no vencimento (letra C). Esse é um exemplo de evidência quanto à finalidade, 
especificamente sobre a continuidade. 
Gabarito: C 
A NBC TA 500 diz ainda que, ao definir os testes de controles e os testes de detalhes 
(esclarecimentos sobre essas espécies de procedimento mais a frente), o auditor deve determinar 
meios para selecionar itens a serem testados que sejam capazes de cumprir os procedimentos de 
auditoria. Nesse caso, se essa evidência obtida em uma fonte é inconsistente com a obtida em 
outra, ou o auditor tem dúvidas quanto à confiabilidade das informações a serem utilizadas como 
evidência de auditoria, ele deve determinar quais modificações ou acréscimos aos procedimentos 
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de auditoria são necessários para solucionar o assunto e deve considerar o efeito desse assunto, se 
houver, sobre outros aspectos da auditoria. 
No caso de inconsistência ou dúvidas quanto à confiabilidade da evidência de auditoria, a 
obtenção de evidência de auditoria de fontes diferentes ou de natureza diferente pode indicar 
que um item individual da evidência de auditoria não é confiável, como quando a evidência 
obtida em uma fonte é incompatível com a evidência obtida em outra. Pode ser esse o caso, por 
exemplo, quando respostas a indagações junto à administração, auditoria interna e outros são 
inconsistentes ou quando respostas a indagações feitas aos responsáveis pela governança para 
corroborar as respostas às indagações feitas à administração forem inconsistentes com a resposta 
da administração. 
A seguir, esquematizamos as informações mais relevantes sobre as evidências, usualmente 
cobradas em provas, extraídas da NBC TA 500: 
 
 
 
 
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Como dissemos anteriormente, os procedimentos de auditoria são os instrumentos que permitem 
ao auditor obter evidência apropriada e suficiente que servirá de base para suas conclusões e 
opinião (expressa por meio do Relatório). A NBC TA 500 ressalta que a evidência para a obtenção 
de conclusões para fundamentar a opinião do auditor é conseguida pela execução de: 
(a) procedimentos de avaliação de riscos; e 
(b) procedimentos adicionais de auditoria, que abrangem: testes de controles, quando exigidos 
pelas normas de auditoria ou quando o auditor assim escolheu; e procedimentos substantivos, 
inclusive testes de detalhes e procedimentos analíticos substantivos. 
Nas próximas seções, detalharemos os procedimentos de auditoria e suas “espécies”. 
 
 
 
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3. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA 
Procedimentos de auditoria são o conjunto de procedimentos técnicos com base nos quais o 
auditor obtém evidências ou provas que sejam suficientes e adequadas para fundamentar sua 
opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis auditadas à estrutura de relatório 
financeiro aplicável, permitindo que eventuais distorções relevantes sejam identificadas. 
Como vimos na seção anterior, a NBC TA 500 apresenta as “categorias” (nomenclatura por nós 
utilizada para fins didáticos) dos procedimentos de auditoria. Veja: 
 
A evidência para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do auditor é 
conseguida pela execução de: 
(a) procedimentos de avaliação de riscos; e 
(b) procedimentos adicionais de auditoria, que abrangem: testes de controles, quando 
exigidos pelas normas de auditoria ou quando o auditor assim escolheu; e 
procedimentos substantivos, inclusive testes de detalhes e procedimentos analíticos 
substantivos. 
A NBC TA 315 define procedimentos de avaliação de risco como procedimentos de auditoria 
aplicados para a obtenção do entendimento da entidade e do seu ambiente, incluindo o controle 
interno da entidade, para a identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante. 
“Procedimentos adicionais” não contam com uma definição específica, podendo ser 
compreendidos como procedimentos “extra”, aplicados pelo auditor no contexto dos trabalhos. 
A NBC TA 330 define o que vem a ser Procedimento Substantivo e Teste de Controle (chamemos, 
para fins didáticos, de “subcategorias” dos procedimentos de auditoria). Trata-se de mais um item 
recorrente em provas. No caso dos testes de detalhes, nem há uma definição propriamente. 
Saibam que as questões de concurso cobram (quase) sempre a literalidade de tais conceitos. 
Sabendo as palavras-chave associadas a de cada “categoria” ou “subcategoria”, é possível resolver 
a imensa maioria das questões. Veja: 
 
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Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados: 
Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar 
distorções relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem: 
(a) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); 
e 
(b) procedimentos analíticos substantivos. 
Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade 
operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções 
relevantes no nível de afirmações. 
Reparem que os Procedimentos Substantivos estão relacionados à detecção de distorções 
relevantes no nível de afirmações (informações presentes nas demonstrações contábeis, por 
exemplo). Já os Testes de Controle relacionam-se com a avaliação da efetividade operacional dos 
controles. 
Fazem parte dos procedimentos substantivos os testes de detalhes (seriam um detalhamento 
maior dessa categoria) e os procedimentos analíticos substantivos (que são os procedimentos 
analíticos – definição apresentada mais à frente na aula – aplicados no contexto de um 
procedimento substantivo). 
Como veremos na próxima seção, as Normas de Auditoria Interna utilizam nomenclatura própria 
ao elencar os procedimentos de auditoria interna. Nesse ponto específico da nossa disciplina, as 
bancas – muitas vezes – cobram de forma indistinta conceitos e institutos da Auditoria 
Independente e da Auditoria Interna. Podemos adiantar que é possível fazer uma associaçãoentre 
as “subcategorias” acima apresentadas e os tipos de procedimentos previstos na NBC TI 01. 
Vejamos: 
NBC TA 330 NBC TI 01 
Testes de controle Testes de observância 
Procedimentos Substantivos Testes Substantivos 
Veremos mais à frente em nossa aula as definições dos tipos de procedimentos de auditoria 
interna. Adiantamos que, assim como os testes de controle, os chamados testes de observância 
relacionam-se com a obtenção de segurança quanto ao efetivo funcionamento dos controles 
estabelecidos. Os testes substantivos, por sua vez, visam à obtenção de evidência quanto à 
suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade 
(ou seja, afirmações, que representam as informações presentes nas demonstrações contábeis). 
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A NBC TA 500 elenca ainda uma série de procedimentos específicos (ou técnicas), que podem ser 
utilizados tanto como procedimentos de avaliação de riscos, quanto como teste de controle ou 
procedimento substantivo, dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo auditor. 
Entendam, portanto, que não há uma correlação direta entre os procedimentos específicos abaixo 
apresentados e uma ou outra categoria de procedimentos – o contexto é que vai definir, por 
exemplo, se um procedimento analítico será efetuado no contexto de um procedimento de 
avaliação de risco ou de um procedimento substantivo (nesse último caso, temos um 
procedimento analítico substantivo). 
Apresentaremos, “na veia”, as definições que precisam ser internalizadas. Em seguida, traremos 
mapas mentais com as informações-chave de cada espécie de procedimento. É raro uma prova de 
auditoria não vir cobrando, ao menos, uma assertiva (ou item) relacionada e este assunto. Veja: 
Inspeção 
A14. A inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de 
papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. A inspeção de 
registros e documentos fornece evidência de auditoria com graus variáveis de confiabilidade, 
dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia dos 
controles sobre a sua produção. Um exemplo de inspeção utilizada como teste é a inspeção de 
registros em busca de evidência de autorização. 
A15. Alguns documentos representam evidência de auditoria direta da existência de um ativo, por 
exemplo, um documento que constitui um instrumento financeiro, como uma ação ou título. A 
inspeção de tais documentos pode não fornecer necessariamente evidência de auditoria sobre 
propriedade ou valor. Além disso, a inspeção de um contrato executado pode fornecer evidência de 
auditoria relevante para a aplicação de políticas contábeis da entidade, tais como reconhecimento de 
receita. 
A16. A inspeção de ativos tangíveis pode fornecer evidência de auditoria confiável quanto à sua 
existência, mas não necessariamente quanto aos direitos e obrigações da entidade ou à avaliação dos 
ativos. A inspeção de itens individuais do estoque pode acompanhar a observação da contagem do 
estoque. 
Esclarecendo: a inspeção vai além do exame físico de ativos tangíveis, incluindo também o exame de 
registros e documentos (isso, por si só, resolve inúmeras questões de prova). 
 
Observação 
A17. A observação consiste no exame do processo ou procedimento executado por outros, por 
exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da 
execução de atividades de controle. A observação fornece evidência de auditoria a respeito da 
execução de processo ou procedimento, mas é limitada ao ponto no tempo em que a observação 
ocorre e pelo fato de que o ato de ser observado pode afetar a maneira como o processo ou 
procedimento é executado. 
Cuidado: se o auditor faz um exame físico de um ativo tangível, estamos diante do procedimento de 
Inspeção. Caso o auditor acompanhe a contagem física de estoque (inventário) feita, por exemplo, 
por um funcionário da entidade, estaremos diante da Observação! 
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Confirmação externa (Confirmação com terceiros ou circularização) 
A18. Uma confirmação externa representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como 
resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em 
outra mídia. Os procedimentos de confirmação externa frequentemente são relevantes no 
tratamento de afirmações associadas a certos saldos contábeis e seus elementos. Contudo, as 
confirmações externas não precisam se restringir apenas a saldos contábeis. Por exemplo, o auditor 
pode solicitar confirmação de termos de contratos ou transações da entidade com terceiros; a 
solicitação de confirmação pode ser planejada para perguntar se foram efetuadas quaisquer 
modificações no contrato e, em caso afirmativo, quais são os detalhes relevantes. Os procedimentos 
de confirmação externa também são utilizados para a obtenção de evidência de auditoria a respeito 
da ausência de certas condições, por exemplo, a ausência de acordo paralelo (side agreement) que 
possa influenciar o reconhecimento da receita. 
Observação: diante da importância dessa espécie de procedimento, teremos à frente uma seção toda 
dedicada a ele. Por ora, fiquem atentos ao fato de que a confirmação externa busca “resposta 
escrita” (seja em forma escrita propriamente, eletrônica ou em outra mídia). 
 
Recálculo 
A19. O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros. O 
recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente. 
Observação: é comum as bancas utilizarem o nome “cálculo”, previsto nas normas revogadas. 
Podemos perfeitamente tê-los como sinônimos. 
 
Reexecução 
A20. A reexecução envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles 
que foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade. 
 
Procedimentos analíticos 
A21. Os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio de 
estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos 
analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam 
inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores 
previstos. 
Indo mais a fundo: o procedimento hoje denominado “procedimento analítico” era chamado pela 
extinta NBC T 11 de “revisão analítica”. Podemos adotá-los como sinônimos. A NBC TA 520 – 
Procedimentos Analíticos, traz mais detalhes acerca desse procedimento. Ela menciona que os 
procedimentos analíticos incluem, por exemplo, levar em consideração comparações de informações 
contábeis e financeiras da entidade (informações comparáveis de períodos anteriores; resultados 
previstos pela entidade ou expectativas do auditor; e informações de entidades do mesmo setor de 
atividade, como a comparação entre índices de vendas e contas a receber com as médias do setor ou 
com outras entidades de porte comparável). 
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Indagação 
A22. A indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento, financeiro e 
não financeiro, dentro ou fora da entidade. A indagação é utilizada extensamente em toda a 
auditoria, além de outros procedimentos de auditoria. As indagações podem incluir desde indagações 
escritas formais até indagações orais informais. A avaliação das respostas às indagaçõesé parte 
integral do processo de indagação. 
A23. As respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações não obtidas anteriormente 
ou evidência de auditoria comprobatória. Alternativamente, as respostas podem fornecer 
informações significativamente divergentes das informações que o auditor obteve, por exemplo, 
informações referentes à possibilidade da administração burlar os controles. Em alguns casos, as 
respostas às indagações fornecem uma base para que o auditor modifique ou realize procedimentos 
de auditoria adicionais. [Grifos não constantes no original]. 
Observação: reparem que, diferentemente da confirmação externa, a indagação inclui 
questionamentos escritos formais e também questionamentos orais informais. Diz ainda a NBC TA 
500 que, embora a indagação possa fornecer importante evidência de auditoria e possa produzir 
evidência de distorção, ela – sozinha – geralmente não fornece evidência de auditoria suficiente da 
ausência de distorção relevante no nível da afirmação nem da eficácia operacional dos controles. Em 
outros termos, a indagação produz evidência quanto à existência de distorção, porém (geralmente) 
não é capaz de produzir evidência da ausência de distorção e nem tampouco da eficácia dos 
controles. 
Segue mapa mental para ajudá-los na memorização. 
 
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b
 
 
 
 
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(FGV / DPE RJ – 2019) Durante o planejamento do trabalho de auditoria, um auditor verificou a 
necessidade de analisar a forma pela qual os funcionários da entidade auditada realizam a 
contagem anual de estoques, e de examinar, por amostragem, certos itens do estoque para avaliar 
a condição em que eles se encontram. 
Os procedimentos de auditoria indicados nesse caso são, respectivamente: 
a) entrevista e conferência; 
b) indagação e inspeção; 
c) indagação e rastreamento; 
d) observação e inspeção; 
e) observação e conferência. 
Comentários: 
Quando o auditor acompanha a contagem física de estoque (inventário) feita por funcionários da 
entidade (outros que não o próprio auditor), estamos diante da Observação. Já quando o auditor 
faz (ele próprio) um exame físico de um ativo tangível, estamos diante do procedimento de 
Inspeção. 
Gabarito: D 
(FCC / ISS Teresina) – 2016) A evidência de auditoria para a obtenção de conclusões para 
fundamentar a opinião do auditor é conseguida pela execução de procedimentos de auditoria. 
O exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma 
eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo é efetuado mediante o 
procedimento de auditoria denominado 
a) observação. 
b) circularização. 
c) investigação. 
d) confirmação. 
e) inspeção. 
Comentários: 
Enunciado traz a literalidade da NBC TA 500 ao definir a Inspeção. Devemos ficar atentos às 
palavras-chave “exame de registros e documentos ou exame físico de um ativo”. 
Gabarito: E 
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b
 
 
 
 
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(FCC / SEFAZ MA – 2016) Os resultados obtidos nos procedimentos de auditoria executados pelo 
auditor independente contribuem para fundamentar as conclusões apresentadas em seu relatório. 
O auditor pode utilizar como procedimentos de avaliação de riscos, testes de controles ou 
procedimentos substantivos, dependendo do contexto em que sejam aplicados, entre outros, os 
procedimentos de auditoria: 
a) inspeção, observação, confirmação externa. 
b) inspeção, amostragem, vistoria. 
c) inspeção, amostragem, pericia. 
d) inspeção, monitoramento, vistoria. 
e) inspeção, indagação, perícia. 
Comentários: 
O esquema a seguir apresenta os procedimentos específicos elencados pela NBC TA 500, que 
podem ser utilizados tanto como procedimentos de avaliação de riscos, quanto como teste de 
controle ou procedimento substantivo, dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo 
auditor. 
 
Portanto, alternativa correta é A 
(CESPE / SEFAZ RS – 2019) A realização de comparações entre informações e entre indicadores 
contábeis e a análise de relações entre contas e de relações plausíveis entre dados financeiros e 
não financeiros são procedimentos característicos 
A) da inspeção física. 
B) da observação. 
C) da revisão analítica. 
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D) do recálculo. 
E) da segregação de função 
Comentários: 
Questão aborda um dos procedimentos de auditoria utilizados pelo auditor durante a execução da 
auditoria. Aqui, você deve ficar atento ao trechos “relações plausíveis entre dados financeiros e 
não financeiros”. Estamos diante, portanto, dos Procedimentos Analíticos (que são sinônimos de 
Revisão Analítica – nomenclatura utilizada pela extinta NBC T 11). 
Gabarito: C. 
(FUNDEP / CODEMIG – Auditor – 2018) A maior parte do trabalho do auditor para formar sua 
opinião consiste na obtenção e avaliação da evidência de auditoria, que é obtida por meio de 
procedimentos de auditoria. A esse respeito, numere a COLUNA II de acordo com a COLUNA I, 
fazendo a relação entre os procedimentos de auditoria e seus objetivos, conforme prescrito pela 
NBC TA 500. 
COLUNA I 
1. Inspeção 
2. Indagação 
3. Confirmação externa 
COLUNA II 
( ) Fornecer evidências de auditoria que podem conter informações significativamente divergentes 
daquelas já obtidas, por exemplo, informações referentes à possibilidade de a administração burlar 
os controles. 
( ) Fornecer evidências de auditoria a respeito da ausência de certas condições, por exemplo, a 
ausência de acordo paralelo (side agreement) que possa influenciar o reconhecimento da receita. 
( ) Fornecer evidências de auditoria com graus variáveis de confiabilidade, dependendo de sua 
natureza e fonte e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia dos controles sobre a 
sua produção. 
Assinale a sequência CORRETA. 
a)1 2 3 
b)3 2 1 
c) 2 3 1 
d) 2 1 3 
Comentário: 
Questão difícil, que foi além da definição pura e simples de cada espécie de procedimento. 
Segundo a NBC TA 500(R1): 
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Indagação 
A23. As respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações não obtidas 
anteriormente ou evidência de auditoria comprobatória. Alternativamente, as respostas podem 
fornecer informações significativamente divergentes das informações que o auditor obteve, por 
exemplo, informações referentes à possibilidade da administração burlar os controles. Em alguns 
casos, as respostas às indagações fornecem uma base para que o auditor modifique ou realize 
procedimentos de auditoria adicionais. 
Confirmação externa 
A18. Uma confirmação externa representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como 
resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em 
outra mídia. [...] Os procedimentos de confirmação externa também são utilizados para a 
obtenção de evidência de auditoria a respeito da ausência de certas condições, por exemplo, a 
ausência de acordo paralelo (side agreement) que possa influenciar o reconhecimento da receita. 
[...] 
Inspeção 
A14. A inspeção envolve o exame de registrosou documentos, internos ou externos, em forma de 
papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. A inspeção de 
registros e documentos fornece evidência de auditoria com graus variáveis de confiabilidade, 
dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia 
dos controles sobre a sua produção. Um exemplo de inspeção utilizada como teste é a inspeção de 
registros em busca de evidência de autorização. [Grifos nossos] 
Gabarito: C. 
(IBFC / CM Araraquara – 2016) Considerando "V" para verdadeiro e "F" para falso, analise as 
afirmações abaixo e assinale a alternativa correta. 
O exame físico é a verificação in loco: deverá proporcionar ao auditor a formação de opinião 
quanto à existência física realizado do objeto ou item examinado. O exame físico realizado pelo 
auditor deve conter as seguintes características: 
( ) Identificação: comprovação através do exame visual do item especificado a ser examinado. 
( ) Existência física: comprovação, através da constatação visual, de que o objeto ou item 
examinado existe realmente. 
( ) Autenticidade: poder de discernimento de que o item ou objeto examinado é fidedigno. 
( ) Quantidade: a apuração das quantidades reais existentes fisicamente, somente se dando por 
satisfeito após apuração adequada. 
( ) Qualidade: exame visual de que o objeto examinado permanece em uso. Não está deteriorado e 
merece fé. 
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a) V-F-V-F-V. 
b) F-V-F-V-F. 
c) V-V-V-V-V 
d) F-F-F-F-F-F. 
Comentário: 
Questão se baseia em norma desatualizada, cujo teor foi replicado pela doutrina. 
Independentemente da desatualização, devemos ficar atentos a esses conceitos (cobrados em 
2016, e passíveis de cobrança nos dias de hoje). Vejamos os ensinamentos de Almeida, Marcelo 
Cavalcanti – Auditoria Contábil Teoria e Prática: 
Técnicas de auditoria são o conjunto de investigações empregadas pelo auditor para reunir as 
evidências que lhe proporcionem atestas a fidedignidade das demonstrações contábeis. As 
técnicas não são provas em si, elas proporcionam a obtenção de provas necessárias para o auditor 
emitir um parecer bem fundamentado. 
As técnicas de auditoria mais usuais são as seguintes: 
- Exame e contagem física; 
- Circularização; 
- Conferência de cálculos; 
- Inspeção de Documentos; 
- Averiguação; 
- Correlação. 
Exame e contagem física: procedimento utilizado para contas do ativo; consiste em identificar 
fisicamente o bem declarado nas demonstrações financeiras. São exemplos de ativos normalmente 
submetidos à contagem física: dinheiro em caixa, estoques, títulos (ações, etc.), imobilizado. 
O exame físico é a verificação in loco do objeto ou item examinado. 
O exame físico realizado pelo auditor deve conter as seguintes características: 
• Quantidade: apuração das quantidades reais existentes fisicamente; 
• Existência física: comprovação, por meio da constatação visual, de que o objeto ou item 
examinado existe realmente; 
• Identificação: comprovação, por meio da constatação visual, do item específico a ser 
examinado; 
• Autenticidade: poder de discernimento de que o item ou objeto examinado é fidedigno; 
• Qualidade: exame visual de que o objeto permanece em uso, não está deteriorado e merece 
fé. 
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Percebe-se, portanto, que todos os itens estão corretos. 
Vejamos características das demais técnicas de auditoria ainda não estudadas: 
Circularização: equivale à confirmação externa (já apresentada); 
Conferência de cálculos: equivale ao recálculo (também já apresentado); 
Inspeção de documentos: procedimento voltado para comprovação das transações que, por 
questões legais, comerciais ou de controle são evidenciadas por documentos comprobatórios de 
efetividade. 
Averiguação: consiste em fazer perguntas e obter respostas favoráveis à elucidação de certas 
questões que podem conduzir a um incremento na profundidade dos exames ou, em sentido 
oposto, à não realização de determinado teste de auditoria. 
Correlação: deriva do método das partidas dobradas; a técnica nada mais é que o relacionamento 
harmônico do sistema contábil das partidas dobradas. 
Gabarito: C. 
 
Abordaremos agora a seção da NBC TA 500 que trata da seleção de itens para testes, objetivando 
a obtenção de evidência de auditoria. Grosso modo, veremos que – ao selecionar itens a serem 
testados – o auditor pode, dependendo das circunstâncias específicas, selecionar todos os itens 
(exame de 100%), selecionar itens específicos ou aplicar amostragem em auditoria. Veja: 
 
A52. Um teste eficaz fornece evidência de auditoria apropriada na medida em que, considerada com 
outra evidência de auditoria obtida ou a ser obtida, será suficiente para as finalidades do auditor. Ao 
selecionar itens a serem testados, o item 7 exige que o auditor determine a relevância e 
confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria; outro aspecto da 
eficácia (suficiência) é uma consideração importante na seleção de itens a serem testados. Os meios à 
disposição do auditor para a seleção de itens a serem testados são: 
(a) seleção de todos os itens (exame de 100%); 
(b) seleção de itens específicos; e 
(c) amostragem de auditoria. 
A aplicação de qualquer um desses meios ou de uma combinação deles pode ser apropriada 
dependendo das circunstâncias específicas, por exemplo, os riscos de distorção relevante relacionados 
à afirmação que está sendo testada, e a praticidade e eficiência dos diferentes meios. 
Seleção de todos os itens 
A53. O auditor pode decidir que será mais apropriado examinar toda a população de itens que 
constituem uma classe de transações ou saldo contábil (ou um estrato dentro dessa população). É 
improvável um exame de 100% no caso de testes de controles; contudo, é mais comum para testes de 
detalhes. Um exame de 100% pode ser apropriado quando, por exemplo: 
• a população constitui um número pequeno de itens de grande valor; 
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• há um risco significativo e outros meios não fornecem evidência de auditoria apropriada e 
suficiente; ou 
• a natureza repetitiva de um cálculo ou outro processo executado automaticamente por sistema 
de informação torna um exame de 100% eficiente quanto aos custos. 
Seleção de itens específicos 
A54. O auditor pode decidir selecionar itens específicos de uma população. Ao tomar essa decisão, 
fatores que podem ser relevantes incluem o entendimento da entidade pelo auditor, os riscos 
avaliados de distorção relevante e as características da população que está sendo testada. A seleção 
com base em julgamento de itens específicos está sujeita ao risco de não amostragem. Itens 
específicos selecionados podem incluir: 
• valor alto ou itens-chave. O auditor pode decidir selecionar itens específicos dentro de uma 
população porque eles têm valor elevado ou exibem alguma característica, por exemplo, itens 
suspeitos, não usuais, particularmente propensos a risco ou que tenham histórico de erro; 
• todos os itens acima de certo valor. O auditor pode decidir examinar itens cujos valores registrados 
excedam certo valor, de modo a verificar uma grande proporção do valor total de uma classe de 
transações ou saldo contábil; 
• itens para obtenção de informação. O auditor pode examinar itens para obter informações sobre 
assuntos como a natureza da entidade ou a natureza de transações. 
A55. Emborao exame seletivo de itens específicos de uma classe de transações ou saldo contábil 
frequentemente seja um meio eficiente de obter evidência de auditoria, não constitui amostragem 
em auditoria. Os resultados de procedimentos de auditoria aplicados a itens selecionados dessa 
maneira não podem ser projetados para a população inteira; portanto, o exame seletivo de itens 
específicos não fornece evidência de auditoria referente ao restante da população. 
Amostragem em auditoria 
A56. A amostragem em auditoria destina-se a possibilitar conclusões a serem tiradas de uma 
população inteira com base no teste de amostragem extraída dela. A amostragem em auditoria é 
discutida na NBC TA 530. [Grifos não constantes no original] 
 
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4. TESTES DE OBSERVÂNCIA E TESTES SUBSTANTIVOS 
A NBC TI 01 (Auditoria Interna) assim define testes de observância e testes substantivos: 
12.2.3 – Procedimentos da Auditoria Interna 
12.2.3.1 – Os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e investigações, incluindo testes 
de observância e testes substantivos, que permitem ao auditor interno obter subsídios suficientes 
para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade. 
12.2.3.2 – Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os controles 
internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu 
cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na sua aplicação, devem ser 
considerados os seguintes procedimentos: 
a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis; 
b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e 
c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas 
conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade. 
12.2.3.3 – Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e 
validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. [Grifos não constantes no 
original] 
 
 
 
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As definições acima constantemente aparecem em provas. Assim, guarde na sua memória esses 
mapas mentais! Como dissemos, nesse ponto específico da nossa disciplina, as bancas – muitas 
vezes – cobram de forma indistinta conceitos e institutos da Auditoria Independente e da Auditoria 
Interna. 
É possível fazer uma associação entre os tipos de procedimentos previstos na NBC TI 01 e as 
“subcategorias” de procedimento previstas nas normas de auditoria independente. Vejamos mais 
uma vez: 
NBC TA 330 NBC TI 01 
Testes de controle Testes de observância 
Procedimentos Substantivos Testes Substantivos 
Segundo A NBC TA 330 (R1): 
4. Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados: 
(a) Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções 
relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem: 
 (i) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e 
 (ii) procedimentos analíticos substantivos. 
(b) Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade 
operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de 
afirmações. [Grifos não constantes no original] 
 
 
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Resumidamente: 
Testes de observância (ou, segundo as normas de auditoria independente, Testes de controle) faz 
a verificação dos controles internos. 
Testes substantivos (ou, segundo as normas de auditoria independente, Procedimentos 
Substantivos) faz a verificação da informação propriamente dita, tais como: classes de transações, 
de saldos de contas e de divulgações. 
Reparem ainda, com relação aos tipos específicos de procedimentos listados pela NBC TI 01, que 
os conceitos de Inspeção e Observação quase não diferem daqueles constantes na NBC TA 500. A 
chamada “Investigação e Confirmação” difere um pouco do que prevê a norma de auditoria 
independente (poderíamos associá-la, tranquilamente, com a Indagação). 
Diferentemente das normas de auditoria independente, que não apresentam correlação direta 
entre os tipos específicos de procedimentos e suas categorias, as normas de auditoria interna 
“amarram” (ou associam diretamente) a inspeção , a observação e a chamada investigação e 
confirmação com os testes de observância. 
 
(FCC / CLDF – 2018) Considere: 
I. Verificação de registros, documentos e ativos tangíveis. 
II. Acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução. 
III. Obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos 
sistemas de informação da entidade. 
IV. Obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e 
das operações, dentro ou fora da entidade. 
Consoante dispõe a NBC TI 01, são procedimentos relacionados aos testes de observância o que 
consta em 
a) I, II e III, apenas. 
b) I, II, III e IV. 
c) III e IV, apenas. 
d) II, III e IV, apenas. 
e) I, II e IV, apenas. 
Comentários: 
Questão trata dos procedimentos de auditoria interna, conforme a NBC TI 01. 
Vejamos: 
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12.2.3.2 – Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os controles 
internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao 
seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na sua aplicação, devem ser 
considerados os seguintes procedimentos: 
a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis; 
b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e 
c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas 
conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade[...]. 
Pelo exposto, apenas os itens I, II e IV (referentes, respectivamente, à Inspeção, Observação e 
Investigação e Confirmação) são relacionados aos testes de observância. O item III traz a 
definição de testes substantivos. 
Gabarito: E. 
(FCC / SEFAZ SC – 2018) 
I. Trata-se de procedimentos de auditoria que têm por finalidade obter evidências quanto à 
suficiência, exatidão e validade dos dados gerados pelo sistema de contabilidade da entidade. 
Têm como um dos principais objetivos a conclusão sobre a adequada mensuração, apresentação 
e divulgação das transações econômico-financeiras, em consonância com os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade. 
II. Além da sua importância para fins de auditoria contábil, também podem ser empregados em 
auditorias tributárias, tendo também como objetivo certificar-se da correção: da existência do 
item contábil (se o componente patrimonial existe em certa data), da existência de direitos e 
obrigações (se efetivamente existem em certa data), da ocorrência (se uma determinada 
transação realmente ocorreu). 
Os textosacima referem-se 
(A) aos Riscos de amostragem. 
(B) aos Testes substantivos. 
(C) aos Testes de observância. 
(D) às Técnicas de Auditoria de exame e contagem física. 
(E) às Técnicas de Circularização de bens e direitos. 
Comentários: 
Se a questão falou em “obter evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados 
gerados pelo sistema de contabilidade da entidade”, é possível “cravar” que estamos diante dos 
Testes Substantivos (previstos na NBC TI 01). 
Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade 
dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. 
No escopo da Auditoria Independente, temos os chamados Procedimentos Substantivos 
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(equivalentes aos Testes Substantivos, previstos na norma da auditoria interna). Veja: 
Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados: 
 (a) Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar 
 distorções relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem: 
 (i) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de 
 divulgações); e 
 (ii) procedimentos analíticos substantivos. 
Gabarito: B 
(CESPE / SEFAZ RS – 2019) No início de suas atividades de auditoria em uma empresa, um 
auditor independente, após a leitura dos manuais de utilização dos sistemas de compras da 
entidade, realizou questionamentos sobre o regime de alçadas e acompanhou o uso desses 
sistemas na prática, para verificar a eficácia e o desenho da operacionalização dos sistemas. Ele 
solicitou a um funcionário da empresa auditada que realizasse pedidos de compras fora de sua 
alçada estipulada nos manuais, para verificar se o sistema exibia algum erro. 
Nesse caso, o auditor realizou um teste 
a) de apresentação e divulgação. 
b) de controle. 
c) de detalhes de saldos. 
d) de detalhes de transações. 
e) substantivo. 
Comentários: 
Enunciado apresenta testes de auditoria utilizados pelo auditor durante a execução dos 
trabalhos. Ao analisar as assertivas, percebe-se que não é preciso identificar tipos específicos de 
procedimentos (observação, inspeção, confirmação externa, etc.), sendo necessário – apenas – 
apontar qual a “categoria” ou “subcategoria” de procedimento foi aplicado. Aqui, você deve ficar 
atento à expressão “para verificar a eficácia e o desenho da operacionalização dos sistemas”, 
bem como “solicitou a um funcionário que realizasse pedidos de compras fora de sua alçada 
estipulada nos manuais, para verificar se o sistema exibia algum erro”. Ora, o auditor quis que o 
funcionário colocasse a prova, ou testasse, um controle da entidade (qual seja: a adequação do 
sistema de compras aos limites e alçadas previstos nos manuais da empresa). 
Como estamos diante de procedimento destinado a avaliar a efetividade operacional dos 
controles, estamos diante de um Teste de Controle. 
Gabarito: B 
 
 
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(FGV / SUDENE – 2013) Sobre os testes de observância, assinale a afirmativa correta. 
a) Avaliam, com razoável segurança, se os procedimentos de controle interno estabelecidos pela 
administração pública estão em efetivo funcionamento e cumprimento. 
b) Analisam as evidências quanto à suficiência e à validação dos dados produzidos pelos sistemas 
administrativos da entidade. 
c) Aplicam testes substantivos para os ativos físicos das entidades públicas das administrações 
direta e indireta. 
d) Medem com exatidão a execução do sistema contábil em relação aos procedimentos de 
revisão analítica nos ativos e passivos da entidade. 
e) Avaliam o sistema de controle interno quanto à verificação das execuções orçamentárias de 
receitas e despesas do órgão da administração pública. 
Comentários: os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os 
controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive 
quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na sua aplicação, 
devem ser considerados os seguintes procedimentos: inspeção; observação; e investigação e 
confirmação. 
Gabarito: A 
 
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5. CONFIRMAÇÕES EXTERNAS (CIRCULARIZAÇÃO) 
A NBC TA 505 – Confirmações Externas trata, de forma detalhada, o procedimento de confirmação 
externa. Detalharemos, a seguir, seus principais tópicos. 
A confiabilidade da evidência de auditoria é influenciada pela fonte e por sua natureza e 
depende das circunstâncias individuais em que é obtida. Nesse contexto, devemos ficar atentos 
às comparações (ou generalizações) aplicáveis à evidência de auditoria. Veja: 
1. A evidência de auditoria é mais confiável quando é obtida de fontes independentes externas à 
entidade; 
2. A evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor é mais confiável que a evidência de 
auditoria obtida indiretamente ou por inferência; 
3. A evidência de auditoria é mais confiável quando está na forma de documento, seja em papel, no 
formato eletrônico ou outro meio. 
Consequentemente, dependendo das circunstâncias da auditoria, a evidência de auditoria na forma 
de confirmações externas recebidas diretamente pelo auditor das partes que confirmam pode ser 
mais confiável que a evidência gerada internamente pela entidade. [...] [Grifos não constantes no 
original] 
Vejamos a seguir as definições trazidas pela NBC TA 505, muitas delas já cobradas em provas: 
6. Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir possuem os significados a eles atribuídos: 
Confirmação externa é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito direta para o 
auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato eletrônico ou outro meio. 
Solicitação de confirmação positiva é a solicitação de que a parte que confirma responda 
diretamente ao auditor indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação, ou 
forneça as informações solicitadas. 
Esclarecendo: nesse caso, o auditor sempre espera uma resposta. Solicitações de confirmação 
positiva que não determinam valor na solicitação de confirmação, e pedem à parte que confirma 
preencher o valor, são denominadas solicitação de confirmação “em branco”. 
Solicitação de confirmação negativa é a solicitação de que a parte que confirma responda 
diretamente ao auditor somente se discorda das informações fornecidas na solicitação. 
Esclarecendo: espera-se uma resposta apenas em caso de discordância. Ainda de acordo com a 
norma, confirmações negativas fornecem evidência de auditoria menos persuasiva que as 
confirmações positivas. 
Resposta não recebida é quando a parte que confirma não responde ou não responde de maneira 
completa, a uma solicitação de confirmação positiva, ou a devolução de uma solicitação de 
confirmação não entregue (devolução pelo correio, por exemplo, para um destinatário não 
localizado). 
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Exceção é a resposta que indica uma diferença entre as informações para as quais se solicitou 
confirmação ou diferença entre os registros da entidade e as informações fornecidas pela parte que 
confirma. [Grifos não constantes no original] 
 
 
 
 
 
Ao usar procedimentos de confirmação externa, o

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