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128Cargo: Agente e Escrivão QUESTÕES INÉDITAS PARA A PCDF – 2019 A suspensão preventiva não excederá 90 dias, salvo nas faltas em que a pena aplicável seja de demissão, hipótese em que poderá ser afastado do exercício de seu cargo em qualquer fase do processo disciplinar até a decisão final (parágrafo único do art. 393 do Decreto n. 59.310/1966). 562 Juvenal da Silva, bacharel em Direito, foi aprova- do em concurso público de provas e títulos para o cargo de Delegado de Polícia da PCDF. De acordo com a legislação de regência do cargo, Juvenal precisará comprovar, ainda, no mínimo, três anos de atividade jurídica ou policial no ato de sua posse. Certo. Conforme Lei n. 9.264/96, art. 5º, § 1º: “O ingresso na Carreira de Delegado de Polícia do Distrito Federal dar-se-á mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil, exigindo-se diploma de Bacharel em Direito e, no mínimo, 3 (três) anos de atividade jurídica ou policial, comprovados no ato da posse.” 563 É obrigatório o ressarcimento ao órgão cedente do valor correspondente à remuneração do servidor cedido, salvo quando a cessão ocorrer para órgão da União, Governadoria e Vice-Governadoria do Distrito Federal ou Secretaria de Estado da Segu- rança Pública e da Paz Social do Distrito Federal. Certo. Transcrição literal do disposto na Lei n. 9.264/1996, art. 12-B, § 2º (Incluído pela Lei n. 13.690, de 2018). 564 O ingresso no cargo de Perito Criminal da Polícia Civil do Distrito Federal exige diploma de nível superior em qualquer área do conhecimento. Errado. Os candidatos ao cargo de Perito Criminal da PCDF precisam comprovar formação de nível superior em áreas específicas, relacionadas na Lei n. 9.264/1996, art. 5º, § 2º: “Será exigido para o ingresso na Carreira de Perito Criminal da Polícia Civil do Distrito Federal o diploma de Física, Química, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Ciência da Computação, Informática, Geologia, Odontologia, Farmácia, Bioquímica, Mineralogia e Engenharia.” 565 De acordo com o que estabelece o Decreto n. 59.310/1966, é requisito para matrícula na Aca- demia Nacional de Polícia, dentre outros, possuir temperamento adequado ao exercício da função policial, apurado em exame psicotécnico realiza- do pela ANP. Certo. Conforme art. 9º, VII, do Decreto n. 59.310/1966: “Art 9º São requisitos para matrícula na Academia Nacional de Polícia: (...) VII - possuir temperamento adequado ao exercício da função policial, apurado em exame psicotécnico realizado pela Academia Nacional de Polícia.” 566 Trimestralmente, o responsável pela repartição ou serviço em que esteja lotado funcionário sujei- to a estágio probatório encaminhará ao órgão de pessoal relatório sucinto sobre o comportamento do estagiário. Errado. O parágrafo único do art. 28 do Decreto n. 59.310/1966 estabelece que os relatórios sucintos serão entregues pelo responsável pela repartição ou servido ao órgão de pessoal MENSALMENTE: “Art. 28 (...) Parágrafo único. Mensalmente, o responsável pela repartição ou serviço, em que esteja lotado funcionário sujeito a estágio probatório, encaminhará ao órgão de pessoal relatório sucinto sobre o comportamento do estagiário.” 567 A remoção “ex ofício” do servidor deve sempre respeitar o interregno de dois anos, no mínimo, de exercício em cada localidade. Errado. O art. 145 do Decreto n. 59.310/1966 estabelece que: “A remoção ‘ex offício’ de funcionário do Departamento Federal de Segurança Pública, salvo imperiosa necessidade do serviço devidamente justificada, só poderá efetivar-se após dois anos, no mínimo de exercício em cada localidade.” 568 A substituição automática, no impedimento de ocupante de cargo de provimento em comissão ou função gratificada, será sempre remunerada por todo o período de substituição. Errado. “§ 1º A substituição automática será gratuita; quando, porém, exceder de trinta dias, será remunerada e por todo o período.” 569 Remoção é a elevação do funcionário à classe imediatamente superior àquela a que pertence, na respectiva série de classes. Errado. O item misturou os conceitos de “remoção” e “promoção”, estabelecidos no texto do Decreto n. 59.310/1966: 129Cargo: Agente e Escrivão QUESTÕES INÉDITAS PARA A PCDF – 2019 “Art 137. Remoção é o ato mediante o qual o funcionário passa a ter exercício em outro serviço, preenchendo claro de lotação, sem que se modifique sua situação funcional.” “Art 30. Promoção é a elevação do funcionário à classe imediatamente superior àquela a que pertence, na respectiva série de classes.” No que se refere ao regime jurídico peculiar dos fun- cionários policiais civis da União e do Distrito Federal (DF) e ao desmembramento e reorganização da car- reira policial civil do DF, julgue os itens subsequentes. 570 Atualmente, a PCDF é composta por duas carrei- ras: a Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal (composta dos cargos de Escrivão de Polícia, Papiloscopista Policial, Agente de Polícia e Agen- te Policial de Custódia) e a Carreira de Autorida- des Superiores da PCDF (composta dos cargos de Delegado de Polícia, Perito Criminal e Perito Médico-Legista). Errado. Atualmente, a PCDF é composta pelas seguintes carreiras: Carreira de Delegado de Polícia do Distrito Federal e Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal (art. 1º da Lei n. 9.264/1996). Não existe a “Carreira de Autoridades Superiores da PCDF”. 571 Poderá ser autorizada a cessão do servidor da PCDF à Presidência da República para exercício de cargo em comissão ou função de confiança, ainda que o servidor não tenha cumprido estágio probatório. Errado. É vedada a cessão de servidor que não tenha cumprido o estágio probatório (art. 12-B, § 1º, da Lei n. 9.264/1996). 572 O Decreto n. 59.310/66, que dispõe sobre o re- gime jurídico dos Funcionários Policiais Civis do Departamento Federal de Segurança Pública e da Polícia do Distrito Federal, estabelece hipó- teses em que será permitido que a posse seja realizada mediante procuração. Certo. A posse poderá ser realizada mediante procuração em duas circunstâncias (art. 16 do D. 5.9310/1966): a) Funcionário ausente do país em comissão do Governo; b) Casos especiais, a juízo da autoridade competente. Chamo a atenção aos casos elencados acima nos quais é possível a posse por procuração. A Lei n. 8.112/1990 exige apenas uma procuração específica para autorizar a posse, não elencando hipóteses de cabimento. Esses detalhes podem ser explorados pelo seu examinador, na intenção de confundir o candidato. Fique atento, então, ao comando da questão para saber como responder. 573 É dever do servidor submetido ao Regime Jurí- dico Peculiar frequentar com assiduidade, para fins de aperfeiçoamento e atualização de conhe- cimentos profissionais, cursos instituídos periodi- camente pela Academia Nacional de Polícia, em que seja compulsoriamente matriculado. Certo. Art. 363, XIII, do Decreto n. 59.310/66. O servidor matriculado compulsoriamente em curso na ANP possui o dever de frequentá-lo. Ainda, caso falte ao curso, essa falta equivalerá a ausência ao serviço, salvo se devida a motivo justo, comunicado e inequivocamente evidenciado nas 24 horas imediatamente seguintes, através de prova idônea. 574 É direito subjetivo do servidor permutar o serviço, o que poderá se dar mesmo sem expressa per- missão da autoridade competente. Errado. Decreto n. 59.310/66, Art 364. São transgressões disciplinares: (...) XXXI – permutar o serviço sem expressa permissão da autoridade competente; 575 A transgressão disciplinar também prevista em lei como ilícito penal prescreverá sempre em cinco anos. Errado. Art. 391, Parágrafo único, do Decreto n. 59.310/1966: A transgressão também prevista em lei como ilícito penal prescreverá juntamente com este. De acordo com a Lei n. 9.264/1996, que dispõe sobre o desmembramento e a reorganização da Carreira Policial Civil do Distrito Federal, fixa remuneração deseus car- gos e dá outras providências, julgue os itens seguintes. 576 Os servidores ocupantes dos cargos de Agente Policial de Custódia passam a ter lotação e exer- cício nas unidades que compõem a estrutura orgânica da Polícia Civil do Distrito Federal, me- diante designação de seu Diretor-Geral. Certo. O cargo nasceu sob a denominação de Agente Penitenciário da PCDF, e as suas atribuições eram exercidas nas dependências do sistema penitenciário do DF. Com a publicação da Lei n. 13.064/2013, houve uma alteração no texto da Lei n. 9.264/1996, e os Agentes Penitenciários da PCDF 130Cargo: Agente e Escrivão QUESTÕES INÉDITAS PARA A PCDF – 2019 tiveram sua nomenclatura alterada para Agente Policial de Custódia, bem como seu exercício e sua lotação passaram a ser nas unidades que compõem a estrutura orgânica da PCDF, mediante designação do Diretor-Geral (Art. 3º-A). 577 Caso o Governador do Distrito Federal pretenda nomear no cargo de Diretor-Geral da Polícia Ci- vil do Distrito Federal um Delegado de Polícia do DF, ocupante da 1ª Classe, tal nomeação estaria de acordo com as exigências legais. Errado. O artigo 12-A da Lei n. 9.264/1996 estabelece que o cargo de Diretor-Geral, nomeado pelo Governador do Distrito Federal, é privativo de delegado de polícia do Distrito Federal integrante da classe especial. 578 É vedada a cessão de servidor que não tenha cumprido o estágio probatório. Certo. Disposição de acordo com o artigo 12-B, § 1º, da Lei n. 9.264/1996. 579 A cessão de um delegado de Polícia da PCDF ao Ministério da Defesa, para exercício de cargo co- missionado, é considerada de interesse policial civil, resguardados todos os direitos e as vanta- gens da carreira policial. Errado. O § 3º, Art. 12-B, da Lei n. 9.264/1996, considera de interesse policial civil, resguardados todos os direitos e as vantagens da carreira policial, a cessão do servidor policial civil do DF à Presidência e Vice-Presidência da República, ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, ao Ministério da Justiça, ao Ministério da Segurança Pública, à Presidência do Supremo Tribunal Federal, à Presidência do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, à Governadoria e Vice-Governadoria do Distrito Federal, à Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal e às unidades de inteligência da Administração Pública federal e distrital e dos Tribunais de Contas da União e do Distrito Federal. Acerca do regime jurídico peculiar dos funcionários policiais civis da União e do Distrito Federal, dado pela Lei n. 4.878/1965, regulamentada pelo Decreto n. 59.310/1966, julgue os itens que se seguem. 580 A precedência entre os integrantes das séries de classes se estabelece, básica e primordialmente, pela antiguidade. Errado. Precedência é tratamento protocolar dispensado aos integrantes dos cargos, relacionando-se com sua hierarquia. No âmbito das instituições militares, a precedência se dá, basicamente, pela graduação ou pela antiguidade do servidor. Já nas instituições submetidas à Lei n. 4.878/1965, que são de natureza civil, a precedência entre os integrantes das séries de classes se estabelece, básica e primordialmente, pela subordinação funcional, conforme estabelecido pelo Art. 5º da Lei n. 4.878/1965. 581 Após a publicação no Diário Oficial do ato da no- meação em cargo efetivo, pode-se dizer que hou- ve a investidura do nomeado no cargo público. Errado. A investidura em cargo público ou função gratificada se dá com a POSSE, e, não, com a nomeação, conforme depreende-se da leitura do artigo 12 do Decreto n. 59.310/1966. 582 Dar-se-á a demissão do servidor quando não sa- tisfeitas as condições do estágio probatório. Errado. A inabilitação em estágio probatório tem como consequência ao servidor reprovado a sua exoneração “ex officio” (art. 189, II, “b”, do Decreto n. 59.310/1966). Demissão é pena a ser aplicada, após procedimento administrativo, contra servidor condenado por transgressão disciplinar. 583 O funcionário perderá metade do vencimento diá- rio quando comparecer ao serviço dentro da hora seguinte à marcada para o início dos trabalhos, ou quando se retirar antes de findo o período de trabalho. Errado. O art. 247, II, do Decreto n. 59.310/1966, afirma que a perda, no caso apresentado, será de 1/3 do vencimento diário. Considere que a equipe de plantão de determinada delegacia de Polícia Civil no Distrito Federal é com- posta pelos seguintes servidores: o delegado de polí- cia Mévio, o escrivão de polícia Tício e os agentes de polícia Caio, Lúcio e Antônio. Mévio, Tício e Caio já fo- ram promovidos à classe especial de seus respectivos cargos, enquanto Lúcio e Antônio ocupam a terceira classe do cargo de agente de polícia. Com base na situação hipotética apresentada e de acordo com a Lei n. 9.264/1996, que dispõe sobre o desmembramento e a reorganização da carreira da PCDF, julgue os itens seguintes. 584 Todos os servidores que compõem a referida equipe de plantão são integrantes da Carreira de 131Cargo: Agente e Escrivão QUESTÕES INÉDITAS PARA A PCDF – 2019 Polícia Civil do Distrito Federal. Errado. O cargo de Delegado de Polícia, ocupado por Mévio, não integra a carreira de Polícia Civil do Distrito Federal. Com a publicação da Lei n. 9.264/1996, a carreira de Policial Civil do DF foi desmembrada em duas outras: a de Delegado de Polícia do Distrito Federal e a de Polícia Civil do Distrito Federal (art. 1º, da Lei n. 9.264/1996), nas quais passaram a estar distribuídos os respectivos cargos. A carreira de Delegado de Polícia do Distrito Federal é composta por um único cargo, que é o cargo de Delegado de Polícia (art. 2º da Lei n. 9.264/1996). Já a Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal é composta dos cargos de Perito Criminal, Perito Médico-Legista, Agente de Polícia, Escrivão de Polícia, Papiloscopista Policial e Agente Policial de Custódia (Art. 3º da Lei n. 9.264/1996). 585 O ingresso na carreira a qual Mévio pertence dar- -se-á mediante concurso público de provas e títu- los, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil, exigindo-se diploma de Bacharel em Di- reito e, no mínimo, dois anos de atividade jurídica ou policial, comprovados no ato da posse. Errado. Além do diploma de Bacharel em Direito, o ingresso na Carreira de Delegado de Polícia do Distrito Federal exige a comprovação mínima de TRÊS (e não dois) anos de atividade jurídica ou policial no ato da posse (art. 5º, § 1º, da Lei n. 9.264/1996). 586 Somente Mévio, Tício e Caio estão aptos a se- rem nomeados pelo Governador do Distrito Fe- deral para ocuparem o cargo de Diretor-Geral da Polícia Civil do DF. Errado. O cargo de Diretor-Geral, nomeado pelo Governador do Distrito Federal, é privativo de Delegado de Polícia do Distrito Federal integrante da classe especial (art. 12-A da Lei n. 9.264/1996). Portanto, somente Mévio poderá ocupar o cargo de Diretor-Geral. Sobre o regime jurídico peculiar dos funcionários po- liciais civis da União e do Distrito Federal, dado pela Lei n. 4.878/1965 e regulamentado pelo Decreto n. 59.310/1966, julgue os itens que se seguem. 587 Preso preventivamente, o funcionário policial, en- quanto não perder a condição de funcionário, per- manecerá em prisão especial, durante o curso da ação penal e até que a sentença transite em julga- do, hipótese em que será encaminhado a estabe- lecimento penal, onde cumprirá a pena em depen- dência isolada dos demais presos não abrangidos pela prisão especial, mas sujeito, como eles, ao mesmo sistema disciplinar e penitenciário. Certo. É plenamente compreensível que o policial civil do DF não possa permanecer recolhido junto aos presos comuns, pois seria o mesmo que sentenciá- lo à morte. Para evitar uma tragédia, a legislação específica previu que o policial submetido ao seu regime cumprirá prisão especial. Preso provisoriamente, o funcionário policial permanecerá em prisãoespecial até que ocorra uma das seguintes possibilidades: a) perda da condição de funcionário (demissão); ou b) trânsito em julgado da sentença (Lei n. 4.878/1965, art. 40). Assim que publicada a demissão do servidor no Diário Oficial ou transitada em julgado a sentença condenatória, ele será transferido da sala especial da repartição para o estabelecimento penal, onde permanecerá isolado dos presos “comuns” (Lei n. 4.878/1965, art. 40, §§ 2º e 3º). É importante frisar que, mesmo após a demissão do servidor policial civil, ele jamais deverá ser recolhido junto aos presos “comuns”. 588 Constitui motivo para elogio o cumprimento dos de- veres funcionais impostos ao funcionário policial. Errado. Entende-se por elogio a menção nominal ou coletiva que deve constar dos assentamentos funcionais do policial por atos dignificantes que haja praticado. O mero cumprimento dos deveres impostos ao funcionário pelo artigo 363 do Decreto n. 59.310/1966 NÃO constitui motivo para elogio (art. 442 do Decreto n. 59.310/1966). As hipóteses de aplicação dos elogios estão elencadas no artigo 441 do Decreto. 589 É dever funcional do funcionário policial levar ao co- nhecimento da autoridade superior, reservadamen- te quando necessário, mas sempre por escrito, irre- gularidade de que tiver ciência em razão do cargo. Certo. Um dos deveres funcionais impostos ao policial pelo artigo 363 do Decreto n. 59.310/1966 é o dever de levar ao conhecimento da autoridade superior, reservadamente quando necessário, mas sempre por escrito, irregularidade de que tiver ciência em razão do cargo (art. 363, IX, do Decreto n. 59.310/1966). Ressalta-se que essa comunicação deve se dar sempre por escrito, jamais de forma oral. 590 É causa agravante da falta disciplinar o haver sido prati- cada em concurso com dois ou mais funcionários. 132Cargo: Agente e Escrivão QUESTÕES INÉDITAS PARA A PCDF – 2019 Certo. O parágrafo único do artigo 371, do Decreto n. 59.310/1966, traz uma única circunstância agravante na aplicação da pena por falta disciplinar, que é justamente o concurso com dois ou mais funcionários. Ou seja, os servidores que, unidos por liame subjetivo, cometam a transgressão disciplinar juntamente com outros policiais, terão as suas penas individuais agravadas por essa circunstância. 591 A remoção ex officio do funcionário policial, salvo imperiosa necessidade do serviço devidamente justificada, só poderá efetivar-se após dois anos, no mínimo, de exercício em cada localidade. Certo. A fim de evitar remoções sucessivas que atrapalhem a vida particular do servidor, a legislação específica prevê que, salvo imperiosa necessidade do serviço devidamente justificada, nova remoção ex officio do servidor removido somente poderá ocorrer após 2 anos de exercício naquela localidade (Art. 67, § 2º, da Lei n. 4.878/1965 e art. 145 do Decreto n. 59.310/1966). No que se refere ao regime jurídico peculiar dos fun- cionários Policiais Civis da União e do Distrito Federal (DF) e ao desmembramento e reorganização da car- reira Policial Civil do DF, julgue os itens subsequentes. 592 Por se tratar de órgão organizado e mantido pela União, compete ao Presidente da República nome- ar o Diretor-Geral da Polícia Civil do Distrito Federal. Errado. O cargo de Diretor-Geral da PCDF, nomeado pelo Governador do Distrito Federal, é privativo de Delegado de Polícia do Distrito Federal integrante da classe especial. (art. 12-A da Lei n. 9.264/1996). 593 Poderá ser autorizada a cessão de servidor da carreira de Polícia Civil do Distrito Federal, que não esteja ainda cumprindo estágio probatório, ao Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região para exercício de cargo em comissão cuja remu- neração seja igual ou superior à de cargo DAS 101.4 ou equivalente, independentemente da unidade da federação de destino. Errado. O TRT-10 tem jurisdição no Distrito Federal e no Estado do Tocantins, todavia, conforme recente alteração nas regras de cessão dos Policiais Civis do DF, esses servidores só podem ser cedidos para as unidades do TRT-10 situadas no DF (art. 12-B, III, da Lei n. 9.264/1996). 594 Durante a apuração dos requisitos para aprova- ção em estágio probatório, o responsável pela repartição ou serviço em que esteja lotado fun- cionário sujeito à avaliação encaminhará, men- salmente, ao órgão de pessoal, relatório sucinto sobre o comportamento do estagiário. Certo. Estágio probatório é o período pelo qual um servidor público ocupante de cargo de provimento efetivo passa por um processo de avaliação no cargo. O artigo 28 do Decreto n. 59.310/1966 relaciona os seguintes requisitos a serem apurados durante o período: idoneidade moral, assiduidade, disciplina e eficiência. Acerca do procedimento para a avaliação, dispõe o parágrafo único do artigo 28: “mensalmente, o responsável pela repartição ou serviço, em que esteja lotado funcionário sujeito a estágio probatório, encaminhará ao órgão de pessoal relatório sucinto sobre o comportamento do estagiário”. 595 Readmissão é o reingresso, no serviço público, do funcionário em disponibilidade. Errado. Readmissão é o reingresso no serviço público do funcionário demitido ou exonerado, sem ressarcimento de prejuízos (art. 154 do Decreto n. 59.310/1966). Aproveitamento é o reingresso, no serviço público, do funcionário em disponibilidade (art. 156 do Decreto n. 59.310/1966). 596 Poderá ser negada a licença para trato de inte- resses particulares quando inconveniente ao in- teresse do serviço. Certo. A concessão de licença para trato de interesses particulares, que se dará sem vencimento, é um ato discricionário, ou seja, será submetida a uma análise de conveniência e oportunidade, podendo ser negada quando inconveniente ao interesse do servidor (art. 227, § 2º, do Decreto n. 59.310/1966). 597 A ajuda de custo não excederá a importância cor- respondente a três meses do vencimento, inclu- sive quando se tratar de viagem ao estrangeiro. Errado. A ajuda de custo não excederá a importância correspondente a três meses do vencimento, salvo quando se tratar de viagem ao estrangeiro (art. 253 do Decreto n. 59.310/1966). 598 Valer-se do cargo com o fim, ostensivo ou velado, de obter proveito de natureza político-partidária, 133Cargo: Agente e Escrivão QUESTÕES INÉDITAS PARA A PCDF – 2019 para si ou terceiros, é transgressão disciplinar de natureza grave, sujeitando o servidor infrator à pena de suspensão, que não excederá noventa dias. Errado. O artigo 43 da Lei n. 4.878/1965 elenca as transgressões disciplinares, entre elas está aquela prevista no inciso XII (valer-se do cargo com o fim, ostensivo ou velado, de obter proveito de natureza político-partidária, para si ou terceiros). Contudo, o inciso II do art. 48 da mesma lei relaciona tal transgressão como hipótese de aplicação da pena de demissão, e não de suspensão. A fim de facilitar o estudo das transgressões disciplinares, elaborei uma aplicação gratuita, a qual você poderá acessar no seguinte link: “https://quizlet.com/_65mvgh”. 599 Compete à Comissão Permanente de Disciplina a instauração do processo disciplinar. Errado. Ressalvada a iniciativa das autoridades que lhe são hierarquicamente superiores, compete ao Diretor- Geral do Departamento Federal de Segurança Pública, ao Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e aos Delegados Regionais nos Estados a instauração do processo disciplinar (art. 396 do Decreto n. 59.310/1966). LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE (Diego Henrique/Paulo Sérgio/Nilton Coutinho/ Deusdedy Solano) 600 Conforme expresso na lei que define os crimes resultante de preconceito de raça ou de cor (Lei n 7.716/1989), ficará sujeito às penas de multa e de prestação de serviços à comunidade, incluin- do atividades de promoção da igualdade racial, quem, em anúncios ou qualquer outra forma de recrutamento de trabalhadores, exigir aspectos de aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas atividades não justifiquem essasexigências. Certo. Lei n. 7.716/1989, art. 4º § 2º – Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de serviços à comunidade, incluindo atividades de promoção da igualdade racial, quem, em anúncios ou qualquer outra forma de recrutamento de trabalhadores, exigir aspectos de aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas atividades não justifiquem essas exigências. 601 Se o crime de preconceito de raça ou de cor previsto em nossa legislação – Lei n. 7.716/1989 – for prati- cado por servidor público, constitui efeito da conde- nação a perda do cargo ou da função pública, sendo tais efeitos automáticos, não necessitando que se- jam motivadamente declarados na sentença. Errado. Os efeitos não são automáticos: Lei n. 7.716/1989: Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor público, e a suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por prazo não superior a três meses. Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei não são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença. 602 Segundo orientação jurisprudencial do STJ: “De- monstrada por laudo pericial a inaptidão da arma de fogo para o disparo, é atípica a conduta de portar ou de possuir arma de fogo, diante da au- sência de afetação do bem jurídico incolumidade pública, tratando-se de crime impossível pela im- propriedade absoluta do objeto.” Errado. O crime é impossível pela ineficácia absoluta do meio e não pela impropriedade do objeto. Segundo a Tese n. 3 da Jurisprudência em Teses n. 108 do STJ – Demonstrada por laudo pericial a inaptidão da arma de fogo para o disparo, é atípica a conduta de portar ou de possuir arma de fogo, diante da ausência de afetação do bem jurídico incolumidade pública, tratando-se de crime impossível pela ineficácia absoluta do meio.” 603 O Estatuto do Idoso, destinado a regular os direi- tos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, estabelece que é crime: “Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a con- dições desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho ex- cessivo ou inadequado, sendo que, se o crime resultar lesão corporal de natureza leve, grave ou gravíssima ou, ainda, se se seguir de morte, será de maior potencial ofensivo, com pena em qualquer desses casos até 12 anos de reclusão. Errado. Se a lesão for leve, a pena será até um ano (que se encaixa em menor potencial ofensivo), sendo que só terá pena até 12 anos se os maus-tratos se seguirem de morte. “Lei n. 10.741/2003 – Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho excessivo ou inadequado: Pena – detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa.