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IEBR CURSOS CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 1 URUUGE Enfª Profª Cintia Vannely URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ENFº RODRIGO PÓS-GRADUANDO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA E UTI ENFERMEIRO DA FAMILIA E COMUNIDADE SBV - Basic Life Support (BLS) O QUE É SBV? O Suporte Básico de Vida (SBV) Um conjunto de providências em sequência realizados por pessoa leiga no local, um leigo treinado. (que fez um curso de resgate), profissionais de saúde e/ou resgate, que visam dar o primeiro atendimento com suporte básico de vida à vítima até a chegada do suporte avançado de vida. PRIMEIROS SOCORROS 3 Os procedimentos de primeiros socorros são extremamente úteis para casos de emergências nos quais aguardar um socorro profissional pode significar a perda da vítima, agravo da situação ou mesmo continuidade da dor por um período inviável. Inicialmente, é fundamental destacar que antes de executar qualquer procedimento, você deve ter certeza da natureza do problema, pois a confusão nesse momento pode agravar o quadro. PRIMEIROS SOCORROS A primeira regra do socorrista deve ser avaliar a situação, reconhecendo tanto o quadro da vítima e a técnica necessária no momento, como verificar se o ambiente é seguro para ambos, podendo dar início ao socorro. 7 procedimentos de primeiros socorros que você precisa saber: Fazer massagem cardíaca (COMPRESSÃO TORÁCICA) Desengasgar (MANOBRA DE DESENGASGO) Estancar sangramentos (CESSAR HEMORRAGIA) Amenizar queimaduras. Desafogar Fazer transporte de vítimas Cuidar de fraturas ósseas. 4 APH – Atendimento Pré-Hospitalar 5 Atendimento realizado fora do ambiente hospitalar, em geral em regime de urgência. APH – ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR Este atendimento pode ser o diferencial entre a vida e a morte em caso de pacientes graves Para garantir um serviço de urgência capaz de se deslocar até o local do evento, seja acidental ou clínico, foram desenvolvidos serviços de atendimento pré-hospitalar (APH) que no Brasil, são chamados de Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) SAMU 7 Há um sistema fixo de triagem e controle onde é feita a análise inicial do caso e indicado o tipo de equipe que será deslocada para o atendimento (básica ou avançada). EQUIPE BÁSICA: Técnico de enfermagem + Condutor Socorrista EQUIPE AVANÇADA: Médico + Enfermeiro + Condutor Socorrista SAMU 8 As técnicas empregadas em APH têm por objetivo promover a estabilidade do paciente e transportá-lo para o ambiente hospitalar. Esta etapa a assistência não está diretamente voltada à causa primária do problema, mas as consequências imediatas que põem em risco a vida do paciente. Todos os esforços devem ser realizados no sentido de entregar levar o paciente até o hospital o mais breve possível e, em caso de trauma, dentro da primeira hora a contar do momento em que se deu o evento. SAMU 9 “ APH é trabalho de equipe, e trabalho de equipe exige: treinamento exaustivo, treinamento diário e treinamento coletivo, não basta ter apego à vida do paciente. ” 10 MINUTOS DE PLATINA – HORA DE OURO A SOBREVIDA DO ACIDENTADO QUE APRESENTA LESÕES GRAVES COM POSSIBILIDADE DE MORTE IMINENTE, ESTÁ DIRETAMENTE LIGADA ÁS CONDUTAS ADOTADAS NO AMBIENTE PRÉ-HOSPITALAR NOS PRIMEIROS 10 MINUTOS (MINUTOS DE PLATINA). A CONTAR DO MOMENTO DO ACIDENTE. IGUALMENTE, MAIOR CHANCE DE SOBREVIVÊNCIA TERÁ O ACIDENTADO QUE RECEBER O ATENDIMENTO HOSPITALAR NOS PRIMEIROS 60 MINUTOS (HORA DE OURO) DANOS CEREBRAIS OCORRIDOS PELA FALTA DE OXIGENAÇÃO 0 A 4 MIN: IMPROVÁVEIS DANOS SE INICIADO RCP 4 A 6 MIN: POSSÍVEIS DANOS 6 A 10 MIN – PROVÁVEIS DANOS MAIS DE 10 MIN – SEVEROS DANOS OU MORTE ENCEFÁLICA GOLDEN HOUR – HORÁRIO DOURADO OU HORA DE OURO 11 É necessário compreender o que é uma emergência médica. Emergências são quadros de doenças agudas ou agudizadas caracterizados pela existência de risco de morte imediato. As emergências geralmente têm início súbito e podem vir acompanhadas de severo comprometimento de um ou mais órgãos vitais. EMERGÊNCIAS 12 Perda de consciência Quadros convulsivos Alteração súbita do nível de consciência, associada a dificuldade em falar ou movimentar algum membro Perda súbita de sangue em grande quantidade (Hemorragias) Tremores ou abalos por todo corpo ou em parte dele, com desvios dos olhos e repuxo na boca Fraturas com hemorragias Acidentes graves, traumas, amputações Afogamento, aspiração de corpo estranho 13 POLITRAUMA Ocorrência de múltiplas lesões graves em diferentes partes do corpo de um paciente após um acidente ou trauma. O POLITRAUMATIZADO Considerar sempre toda vítima de acidente como uma vitima de trauma paciente que apresente pelo menos uma lesão das cavidades do corpo e pelo menos uma fratura Considerar para efeito de atendimento, a vítima de trauma como paciente grave 14 ATENDIMENTO INICIAL DA VÍTIMA Atendimento sistematizado, coordenado e disciplinado representa condição essencial para a sobrevida destes pacientes O atendimento destes pacientes deve ser iniciado no local onde ocorreu o trauma, prosseguir durante o transporte e completar-se no hospital. PROVIDENCIAR A SEGURANÇA NO LOCAL DO ATENDIMENTO A VÍTIMA 15 ATENDIMENTO INICIAL DA VÍTIMA Avaliação Primária e reestabelecimento dos Sinais Vitais: Identificação e tratamento imediato dos problemas que coloquem o paciente em risco eminente de vida, seguindo uma ordem de prioridades. Avaliação Secundária: Exame do corpo no sentido cefalo-caudal, que objetiva a detecção de lesões. Reavaliação: revalidando continuamente até que se estabeleça o tratamento definitivo TRATAMENTO DEFINITIVO 16 AVALIAÇÃO DE EMERGÊNCIA EXAME GERAL Nível de consciência, estado mental e comportamento; Deformidades óbvias decorrentes de traumatismo; Existência de dor e ansiedade; Cor, temperatura, umidade e turgor da pele; Hálito alcoólico, cetônico; Grau de motilidade SINAIS VITAIS Velocidade, profundidade e simetria das respirações; Palpação do pulso radial (velocidade e ritmo); Ausculta ou palpação da pressão arterial; Temperatura 17 19 MÍNIMO: 3 PONTOS MÁXIMO: 15 PONTOS 20 21 PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA A parada cardiorespiratória (PCR) é a interrupção da circulação sanguínea devido à pausa inesperada do batimento cardíaco, ou seja, a parada súbita das funções cerebrais e respiratórias, comprovada pela ausência de pulsação. 22 PCR PCR – RCP 23 Para reverter esse quadro, foi desenvolvido o método de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), uma tentativa de restaurar a circulação espontânea. Esse método deve ser iniciado imediatamente após a constatação da parada cardiorrespiratória. Atenção! Não confunda as siglas. Elas são similares, mas se referem a termos distintos. PCR: Parada Cardiorrespiratória; RCP: Ressuscitação Cardiopulmonar. CAUSAS DA PCR 24 O CORAÇÃO PODE PARAR POR DUAS CIRCUNSTÂNCIAS FUNDAMENTALMENTE: Por ausência de oxigênio: No caso de parada respiratória, se a respiração artificial não for iniciada rapidamente, ou se não for eficaz, após alguns minutos pode ocorrer uma parada cardíaca. Por lesão cardíaca. O coração pode parar primariamente, isto é, não secundário a uma parada respiratória. Por exemplo, um infarto. A PCR pode ser de origem cardíaca, respiratória, metabólica ou traumática. Portanto, pode ser causada por muitos fatores, como: asfixia; intoxicação; traumatismo; afogamento; estado de choque; sufocamento; eletrocussão; diversas doenças, principalmente cardíacas e pulmonares. CAUSAS DA PCR 25 SINAIS DE PCR 26 A parada cardiorrespiratória deve ser diagnosticada de forma rápida e eficaz, de forma a garantir a sobrevida e evitar lesões neurológicas no paciente. AUSÊNCIA DE PULSO AUSÊNCIA DE MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS INCONSCIÊNCIA CIANOSE PCR 27 Assim que constatado um caso de parada cardiorrespiratória, é essencial que solicite assistência médica e sejam iniciadas as manobras de reanimação ou ressuscitação cardiovascular (RCP), o mais rápido possível. Essa manobra tem comoobjetivo restabelecer o funcionamento do coração e pulmão, de forma a garantir a oxigenação do organismo e, assim, evitar lesões em tecidos e órgãos e, principalmente, evitar que ocorra qualquer lesão cerebral. Passo a Passo PCR 28 Peça ajuda sanitária de emergência. (Ligue pro SAMU) Coloque a vítima na posição de R.C.P., isto é, deitada de costas e sobre um plano rígido. Abra a via aérea. Revise e limpe a boca. Dê duas insuflações de ar profundas na boca da vítima. Comece a massagem cardíaca. Abra as roupas da vítima na altura do peito, apalpe o esterno e proteja o apêndice xifóide com dois dedos. Suporte Básico de Vida (SBV) 29 ELOS DA CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA DA PCR NO AMBIENTE PRÉ-HOSPITALAR RCP DE ALTA DE QUALIDADE 30 C- Circulation (circulação) A- Airway (vias aéreas) B- Breathing (respiração) D- Defibrillation (desfibrilação) RCP DE ALTA DE QUALIDADE 31 A abordagem inicial deve avaliar: SEGURANÇA DO LOCAL RESPONSIVIDADE DA VÍTIMA SAMU 192 Certificar se o local é seguro para o socorrista e para a vítima. Se o local estiver seguro, o profissional devidamente preparado deve prosseguir o atendimento. Avaliar a vítima chamando-a e tocando-a pelos ombros. Se ela responder, apresente-se e converse com ela perguntando se precisa de ajuda. Caso não responda, chame ajuda imediatamente. Ligar para o número local de emergência e, se um desfibrilador externo automático (DEA) estiver disponível no local, ir buscá-lo. Se não estiver sozinho, pedir para uma pessoa ligar e conseguir um DEA, enquanto continua o atendimento à vítima. PULSO E FR 32 Checar o pulso carotídeo e o movimento respiratório simultaneamente, observando se há elevação do tórax da vítima e se há pulso, em até 10 segundos (no mínimo 5 e no máximo 10 segundos). Se a vítima não respirar e o pulso estiver ausente, iniciar RCP. COMPRESSÕES E RESPIRAÇÃO Adultos e adolescentes: 1 ou 2 socorristas (30/2) Crianças e bebês: 1 socorrista (30/2); 2 ou mais socorristas (15/2) FREQUÊNCIA DAS COMPRESSÕES De 100 a 120 por minuto; PROFUNDIDADE DAS COMPRESSÕES Adultos e adolescentes: entre 5 e 6 cm; Crianças e bebês: no mínimo, 1/3 do diâmetro anteroposterior do tórax. (a interrupção nas compressões deve ser mínima. Quando necessária deve ser de 10 seg. RCP DE ALTA DE QUALIDADE RCP 33 RCP 34 Os socorristas devem: -Realizar compressões torácicas a uma frequência de 100 a 120/min; -Comprimir a uma profundidade de pelo menos duas polegadas (5cm); -Permitir o retorno total do tórax após cada compressão; -Minimizar as interrupções nas compressões; -Ventilar adequadamente (2 respirações após 30 compressões, cada respiração administrada em 1 segundo, provocando uma sensível elevação do tórax.) 35 RITMOS DA PCR 36 Fibrilação ventricular(FV): atividade elétrica desorganizada. Esse quadro provoca contração incoordenada do miocárdio, que resulta na ineficiência total do coração para proporcionar a sístole adequada. O eletrocardiograma ECG apresenta ondas absolutamente irregulares de amplitude e duração variáveis. Taquicardia Ventricular(TV): É a aceleração dos batimentos cardíacos originada nas câmaras inferiores do coração (ventrículos). A taquicardia ventricular pode, em algumas situações, prejudicar o funcionamento do coração, resultando em sensação de batedeira, tontura e até desmaios, requerendo atendimento imediato. Em casos extremos pode levar à parada cardíaca e morte súbita. RITMOS DA PCR 37 Assistolia: caracterizada pela ausência total de atividade elétrica ventricular. Não há nenhum ritmo ou frequência ventricular, pulso ou débito cardíaco. Pode haver uma atividade atrial identificável. É a modalidade mais presente na PCR intra-hospitalar. Esse ritmo, geralmente, está relacionado ao pior prognóstico. Atividade elétrica sem pulso(AESP): é caracterizada pela ausência de pulso na atividade elétrica organizada. Nesse cenário, o ECG pode apresentar desde ritmo normal até o ritmo idioventricular com frequência baixa. MEDICAMENTOS 38 A utilização de medicamentos tem como objetivo aumentar a taxa de sucesso da RCP. Principais medicações administradas durante a RCP -EPINEFRINA (Adrenalina)- Primeira droga de escolha a ser utilizada em qualquer modalidade de RCP. Adulto: 1mg IV em bolus seguindo de 20 ml de solução salina 0,9% e elevação do membro. (repetir a cada 3 a 5 minutos/indicado para todos os ritmos de PCR). Criança: 0,01 mg/kg, máximo de 1 mg/dose; repetir a cada 3 a 5 minutos IV. (indicado para todos os ritmos de PCR) MEDICAMENTOS 39 -Amiodarona - Antiarrítmico da classe III que tem efeito prolongado e ação efetiva. Adulto: administrar IV a 1ª dose de 300 mg em bolus seguido de soro fisiológico de 20 ml e elevação de membro. 2ª dose será de 150 mg em bolus seguido de 20 ml de soro fisiológico e elevação de membro. Criança: 5 mg/kg (máximo de 300 mg/dose) em bolus; repetida até duas vezes dependendo do resultado do ECG. Lidocaína: a dose recomendada é de 1 a 1,5 mg/kg IV em bolus, podendo ser repetida metade dessa dose a cada 5 ou 10min, num total de até 3mg/kg. Uma dose de manutenção (2 a 4 mg/min) é sempre necessária após a reversão de uma FV/TV. Os efeitos colaterais, principalmente em idosos, são: Vertigem, bradicardia, assistolia. MEDICAMENTOS DISPOSITIVO MECÂNICO 41 As evidências não demonstram nenhum benefício no uso de dispositivos mecânicos para compressões torácicas em comparação com as compressões torácicas manuais, em pacientes com PCR. • Essa tecnologia pode ser Útil: -disponibilidade limitada de socorristas; -RCP prolongada; -RCP em ambulância em movimento; GASPING 42 43 RCE 44 Sinais de retorno da circulação espontânea Pulso e pressão arterial Respiração -Movimentos musculares Via aérea avançada - Quando houver uma via aérea avançada, deve-se administrar 1 ventilação a cada 6 segundos (10 ventilações/min) com compressões torácicas contínuas. CUIDADOS PÓS PCR 45 Controle direcionado da temperatura (manter temp. entre 32º e 36º por 24h). Avaliar via área avançada, ofertar 100% de O2 por um período curto. Depois, manter SatO2 > 94%). ECG 12 derivações. Exames complementares: USG, RX de tórax, TC de tórax, laboratoriais como gasometria eletrólitos e hemograma. 46 47 48 49 50 51 IERN CURSOS OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS 52 Enfª Profª Cintia Vannely A obstrução das vias aéreas por corpo estranho é desencadeada por causas extrínsecas (alimento ou objeto) ou intrínsecas, ou seja do próprio organismo (queda de língua ou edema de glote). À desobstrução de vias aéreas devem considerar a situação clínica do paciente/ da vítima: Obstrução leve em paciente responsivo- acalmar o paciente; estimular tosse; Obstrução grave em paciente responsivo- fazer manobra de Heimlich; Obstrução grave em paciente não responsivo- realizar RCP de alta qualidade e remover corpo estranho, se possível. 53 A manobra de Heimlich é indicada quando ocorre obstrução grave em paciente responsivo, conforme as figuras abaixo: 54 55 MANOBRAS MANUAIS 56 A causa mais comum de obstrução das vias aéreas no paciente inconsciente é a perda de tônus muscular, que faz com que a língua relaxe para a hipofaringe e bloquei o fluxo de ar. Várias manobras manuais das vias são realizadas para levantar a língua para fora da parte posterior da garganta e tornar permeável a via aérea. Então se a obstrução for causada pela língua, o reposicionamento da cabeça e da mandíbula do paciente pode ser a única manobra necessária para abrir a via aérea. A tosse pode ser o primeiro sintoma e é frequentemente tão grave que a pessoa não consegue pedir ajuda. É possível que a pessoa aperte a garganta com ambas as mãos. A respiração e a fala podem ficar fracas ou impossibilitadas. A pessoa pode emitir sons agudos ou arfar e ficar roxa, ter uma convulsão ou desmaiar. OBSTRUÇÃO DE VIA AÉREA Manobra de INCLINAÇÃO DA CABEÇA E ELEVAÇÃO DO MENTO (headtilt e chin lift); indicada para vítima sem suspeita de lesão cervical; deve-se posicionar uma das mãos sobre a testa e o dedo indicador e médio da outra mão na região submentoniana do paciente; em seguida realizar o movimento de elevação do mento do paciente e, simultaneamente, efetuar uma leve extensão do pescoço. 57 IERN CURSOS 58 CHOQUE Enfª Profª Cintia Vannely CHOQUE 59 Choque é a expressão clínica da falência circulatória aguda que resulta na oferta insuficiente de oxigênio para os tecidos. É uma condição de alta mortalidade que deve ser identificada e tratada imediatamente. 60 61 CHOQUE HIPOVOLÊMICO 62 É o tipo mais frequente de choque e é causado por débito cardíaco inadequado devido à redução do volume sanguíneo. Dividido em: Hemorrágico: pode ser relacionado ao trauma, em que há hipovolemia devido a perda de sangue e destruição tecidual. Ou não relacionado ao trauma, como ocorre no sangramento espontâneo por coagulopatia ou iatrogênico, hemoptise maciça e hemorragia digestiva. Não hemorrágico: perda de volume pelo trato gastrointestinal (diarreia, vômitos) rins (excesso de diurético, estado hiperosmolar hiperglicêmico), perda para o terceiro espaço (pancreatite aguda, obstrução intestinal), queimaduras, hiperter- mia. CHOQUE HIPOVOLÊMICO 63 64 CHOQUE CARDIOGÊNICO 65 O choque cardiogênico é uma condição médica grave que ocorre quando o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender as necessida- des do corpo. Principais causas de choque cardiogênico: IAM Valvulopatias ICC Cardiomiopatias Arritmias Miocardite CHOQUE OBSTRUTIVO 66 O choque obstrutivo é uma emergência médica que ocorre quando o fluxo sanguíneo é bloqueado por um obstáculo mecânico, impedindo o correto funcionamento do coração e dos órgãos. As causas mais comuns de choque obstrutivo incluem: Tamponamento cardíaco: trauma, uremia, câncer, doenças autoimunes, tuberculose. Obstrução do débito de VD: embolia pulmonar, hipertensão pulmonar aguda. Aumento da pressão intratorácica: pneumotórax Hipertensivo, ventilação mecânica com altos valores de PEEP. Obstrução extrínseca ou de estruturas adjacentes ao coração: síndrome da veia cava superior, tumores mediastinais. 67 CHOQUE SÉPTICO 68 O choque séptico é uma condição grave que ocorre em decorrência de uma infecção generalizada, conhecida como sepse. Ela ocorre quando um agente infeccioso, como bactérias, vírus ou fungo, entra na corrente sanguínea e afeta todo o sistema imunológico — desencadeando uma reação em cadeia que pode provocar uma inflamação descontrolada no organismo. - Qualquer tipo de bactéria pode causar choque séptico. Fungos e vírus também podem causar essa condição, embora infecções virais sejam menos frequentes. - O diagnóstico de choque séptico é feito a partir de alguns exames, como: Exames de sangue; Radiografia do tórax; Exame de urina CHOQUE ANAFILÁTICO 69 É a forma mais grave de reação de hipersensibilidade (alergia), desencadeada por diversos agentes como drogas, alimentos e contrastes radiológicos. Os sinais e sintomas podem ter início após segundos à exposição ao agente ou até uma hora depois. A avaliação e o tratamento imediatos são fundamentais para evitar a morte. Principais causas: venenos: abelhas, marimbondos, vespas, etc; medicamentos: alguns antibióticos, como a penicilina, alguns antiinflamatórios, anestésicos, contrastes contendo iodo, insulina, entre outros; alimentos: camarão, mariscos, frutos do mar, amendoim, dentre outros; latex: derivados da borracha, como luvas. CHOQUE ANAFILÁTICO 70 Sintomas: sensação de desmaio; pulso rápido; dificuldade de respiração, incluindo chiados no peito, tosse; náusea e vômito; dor no estômago; inchaço nos lábios, língua ou garganta; placas altas e com coceira na pele (urticária); pele pálida, fria e úmida; tontura, confusão mental, perda da consciência; parada cardíaca. 71 image2.png image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.jpeg image9.png image10.png image11.png image12.jpg image13.png image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png image19.png image20.png image21.png image22.png image23.jpg image24.jpg image25.jpg image26.png image27.png image28.png image29.jpg image30.jpg image31.png image32.png image33.png image34.png image35.png image36.jpg image37.jpg image38.png image39.jpg image40.png image41.png image42.jpg image43.jpg image44.jpg image45.jpg image46.jpg image47.jpg image48.png image49.jpg image50.jpg image51.jpg image52.jpg image53.jpg image54.jpg image55.jpg image56.png image57.jpg image58.jpg image59.jpg image60.jpg image61.png image62.jpg image63.jpg image64.jpg image65.jpg image66.png