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Sprint Rumo à Aprovação CNU Bloco 4 : Trabalho e Saúde do Servidor EIXO TEMÁTICO 1 Gestão Governamental e Governança Pública Planejar • Planejar é definir objetivos e os meios para alcançá-los • Processo: • Aquisição de dados de entrada • Processamento dos dados (interpretação das informações, geração de alternativas, escolhas) • Preparação de planos (objetivos, meios e mecanismos de controle) • Relação com o processo de planejamento: • Produto • Elementos essenciais: • Objetivos e Metas • Meios de Realização • Meios de Controle Planos • Permanentes: • Missão, objetivos perenes, políticas, procedimentos • Temporários: • Cronogramas, calendários, orçamentos, projetos Planos • Lidando com a Imprevisibilidade • Método Delfos • Construção de cenários prospectivos Relação com o FUTURO... Abordagem Projetiva • Na abordagem PROJETIVA, trabalha-se com a hipótese de que os fatores irão se comportar de maneira semelhante ao que ocorreu no passado. • Assim, ao se conhecer seu comportamento até o momento presente, seria possível predizer seu estado futuro. • Em outras palavras, seria possível, a partir de modelos racionais, mecanicistas e determinísticos, prever o cenário futuro. Abordagem Prospectiva • Na abordagem PROSPECTIVA, parte-se do princípio de que tal determinismo não existe, sendo o mundo real caracterizado por variáveis cujo comportamento é probabilístico. • Deve-se considerar uma multiplicidade de cenários futuros, a partir da análise de um conjunto de fatores que se afetam mutuamente, empregando ferramentas que não se limitam ao cálculo lógico sem riscos, mas que considera as probabilidades relacionadas a eventos futuros e suas possíveis consequências. • O planejamento estratégico define a missão e os objetivos da organização, considerando fatores externos e internos • Estabelecem os grandes objetivos • Estipulam as estratégias, as linhas de ação • São de responsabilidade da alta administração Planos Estratégicos • Possibilitam a realização dos planos estratégicos • Referem-se às diversas áreas funcionais da empresa • São de responsabilidade dos gerentes das áreas • São conhecidos como planos funcionais, departamentais ou administrativos Planos Táticos • Definem as atividades e os recursos necessários para a realização dos objetivos e metas • São característicos da base operacional da organização Planos Operacionais Processo de definir e estruturar objetivos e os caminhos para atingi-los Planejamento Estratégico Análise da Situação Estraté- gica Análise do Ambiente Externo Análise de Pontos Fortes e Fracos Definição de Objetivos e Estratégias Estratégias Funcionais e Opera- cionais Execução e Avaliação Planejamento Estratégico • VISÃO DE FUTURO • MISSÃO • O papel da organização no mundo • NEGÓCIO • VALORES • OBJETIVOS ESTRATÉGICOS • Alvos concretos, que podem ser precisos, ou representar intenções • ESTRATÉGIAS • Cursos de ação a serem seguidos Plano Estratégico •Análise interna •Forças •Fraquezas •Análise externa •Oportunidades •Ameaças Análise SWOT MACRO AMBIENTE MICRO AMBIENTE Ambiente INTERNOForças Fraquezas Oportunidades Ameaças Análise Ambiental MACRO-AMBIENTE: ➢ AMBIENTE GERAL • Aspecto Político / Governamental • Aspecto Legal • Aspecto Social • Aspecto Econômico • Aspecto Tecnológico • Aspecto Ambiental Análise Ambiental MICRO-AMBIENTE: ➢ AMBIENTE SETORIAL ou OPERACIONAL • Concorrência Atual • Concorrência Potencial • Relações com Fornecedores • Relações com Consumidores • Produtos Substitutos Análise Ambiental AMBIENTE INTERNO: ➢ ORGANIZAÇÃO •Fatores que geram as vantagens competitivas •Fatores que reduzem as vantagens competitivas Análise Ambiental Manutenção Sobrevivência Desenvolviment o Crescimento Ameaças Oportunidade s F ra q u e za s F o rç a s SWOT x Estratégias Administração Estratégica Análise do Ambiente Diretrizes Organiza- cionais Formulação da Estratégia Implemen- tação da Estratégia Controle estratégico PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 01. Acerca dos conceitos de gestão estratégica e planejamento estratégico, é correto afirmar que: a) o conceito de gestão estratégica é mais amplo que o de planejamento estratégico. b) problemas rotineiros e previsíveis constituem objeto principal do planejamento estratégico. c) o conceito de planejamento estratégico é mais amplo que o de gestão estratégica. d) problemas rotineiros e previsíveis constituem objeto principal da gestão estratégica. e) ambos os conceitos se equivalem, podendo ser tidos como sinônimos. A • O conceito do Balanced Scorecard pode ser traduzido livremente como “Indicadores Balanceados de Desempenho”, ou “Placar Balanceado de Indicadores”, por exemplo. Mais conhecido pela sigla BSC, foi desenvolvido na década de 1990 por dois professores da Harvard Business School, David Norton e Robert Kaplan. • Inicialmente, este modelo de gestão surgiu como ferramenta de avaliação de organizações, concebido a partir da percepção de que apenas o uso de indicadores financeiros ou econômicos seria incapaz de predizer o êxito futuro de uma empresa. • Os autores partiram de dois pontos para defender a ideia de que o uso de indicadores financeiros ou econômicos seria incapaz de predizer o êxito futuro de uma empresa: ▪O cenário econômico emergente à época, cada vez mais dinâmico; ▪A observação de que os indicadores financeiros representavam dados passados da empresa, e não o futuro. • A partir dessa perspectiva, Kaplan e Norton desenvolveram um modelo que continua a valorizar os dados financeiros, porém, juntamente com os demais dados que a representam. • Ou seja: o futuro de uma organização não depende somente do seu patrimônio, fluxo de caixa ou outras variáveis de natureza financeira ou econômica. Importam, também, aspectos como a visão dos clientes, os relacionamentos com fornecedores, a qualificação e o envolvimento dos funcionários, os tipos de tecnologia empregados, o grau de inovação promovida pela empresa. • Os autores defendem que fatores integrados alinhados aos objetivos podem aumentar o desempenho e trazer resultados financeiros. • Por isso mesmo, desde a década de 1990 o modelo do BSC tem sido aperfeiçoado, tornando-se um referencial para a mensuração do desempenho e da gestão da estratégia das organizações. • Atenção: o BSC evoluiu como um sistema de gestão, e não somente um sistema de medidas, com vistas a habilitar as organizações a delinear sua estratégia e traduzi-la em ações. • Em uma descrição sintética e objetiva, podemos dizer que o BSC é: ▪Um instrumento gerencial para suportar a gestão estratégica... ▪Que alcança seu alvo por meio do apoio contínuo da liderança da organização e pela visão integradora... ▪Que considera os objetivos estratégicos da empresa em 4 perspectivas: financeira, mercadológica (cliente), processos internos e aprendizado e crescimento. • Encadeamento entre as perspectivas: • O APRENDIZADO E O CRESCIMENTO poderão assegurar as condições para que, de forma contínua, sejam melhorados os processos internos; • A melhoria dos PROCESSOS INTERNOS pode propiciar o crescimento da organização em termos de qualidade percebida pelos clientes, criando um melhor posicionamento de mercado; • As melhores vantagens competitivas, percebidas pelos CLIENTES, deverão se traduzir em lucratividade, rentabilidade, maior participação no mercado - enfim, devem gerar melhores resultados... FINANCEIROS! • Financeira • Clientes (mercadológica) • Processos Internos • Aprendizado e Crescimento 02. O BSC (balanced score card) — uma ferramenta de apoio à gestão estratégica organizacional pública ou privada — permite acompanhar e medir o desempenho mediante quatro perspectivas gerais: financeira, processos internos, mercadológica e aprendizagem e crescimento. C • Considerando a utilização do modelo como um sistema de gestão estratégica, podemos ressaltar cinco linhasde ação que devem permitir a uma organização tornar-se “orientada à estratégia”: 1. A estratégia deve ser traduzida em termos operacionais, de forma que toda a organização possa compreendê-la. 2. A organização deve estar alinhada à estratégia, por meio do comprometimento de todos. 3. A estratégia deve ser tratada como dever de todos, de forma que as contribuições pessoais permitam a implantação da estratégia. 4. A estratégia deve ser tratada como um processo contínuo, sobretudo por meio do aprendizado permanente e das correspondentes revisões sistemáticas dos planos, objetivos e cursos de ação. 5. A adoção do modelo, que implica mudança de gestão, deve envolver a mobilização da organização, por meio da orientação da liderança executiva. Mapa Estratégico • Kaplan e Norton propuseram a utilização do mapa estratégico do BSC para explicitar a estratégia, demonstrando como os diferentes indicadores se alinham em cadeias lógicas de causa e efeito, conectando-se aos resultados projetados. • Podemos compreender o mapa estratégico como uma forma gráfica de expressar o processo de transformação de ativos intangíveis (que se iniciam na perspectiva de aprendizado e crescimento) em resultados tangíveis para clientes e proprietários. • O mapa estratégico deve ser um instrumento central da gestão da estratégia organizacional, acompanhado pela alta administração e compartilhado com todos os níveis hierárquicos. • Ele deve alinhar o cotidiano operacional com as diretrizes que devem conduzir a resultados planejados e à realização de uma visão de futuro, com a definição de objetivos, indicadores, metas e iniciativas. Mapa Estratégico DEFINIÇÃO DE INDICADORES E METAS: Após a definição dos indicadores, a eles serão associadas metas, que permitirão quantificar os índices desejáveis. As metas enunciadas devem preencher um conjunto de requisitos, como serem realistas e desafiadoras, diretas, negociáveis e baseadas em informações (como séries históricas, tendências analisadas ou benchmark). Mapa Estratégico DEFINIÇÃO DE INDICADORES E METAS: No contexto do BSC, há 2 tipos básicos: Indicadores Lag (Resultados): medem resultados já realizados, enfatizando o desempenho final de atividades e processos. Indicadores Lead (Tendências): servem ao monitoramento das atividades e dos processos, acompanhando as tendências de desempenho. Mapa Estratégico 03. As relações de causa e efeito, presentes nas medições do BSC, possibilitam o entendimento de como os indicadores não financeiros direcionam os indicadores financeiros na organização. C ABORDAGEM ÊNFASE CONTRIBUIÇÃO Abordagem Clássica Administração Científica Tarefa Proposição de um sistema de regras e métodos administrativos Teoria Clássica Estrutura Abordagem de Relações Humanas Pessoas Compreensão do homem como ser social e da importância dos grupos informais ABORDAGEM ÊNFASE CONTRIBUIÇÃO Abordagem Comportamental Pessoas Percepção da importância dos fatores de motivação sobre o desempenho dos indivíduos Conflito de Objetivos • Conflito natural entre indivíduo e organização • Possibilidade de integração das necessidades individuais com os objetivos da organização • Necessidade de estimular o desenvolvimento do indivíduo • Integração entre objetivos individuais e da organização aumenta a produtividade Liderança • Fenômeno social que ocorre exclusivamente em grupos, com a influência de uma pessoa sobre outras. Realizada por meio da comunicação, visa a realização de objetivos. Liderança • Evolução das Teorias: 1. Teorias dos Traços 2. Estilos de Liderança 3. Liderança Situacional 01. As teorias sobre liderança apresentadas por autores humanistas podem ser classificadas em três grupos: a) inteligência geral, interesses e atitudinais. b) contingenciais, reforço e motivacionais. c) traços, estilos de liderança e situacionais. d) traços de caráter, contingenciais e aprendizagem. e) estilos de poder, sistêmicas e comportamentais. C Liderança • Evolução das Teorias: 1. Teorias dos Traços 2. Estilos de Liderança 3. Liderança Situacional Teorias dos Traços • Afirmam que as características de uma pessoa - personalidade, habilidades intelectuais, aspectos físicos - são responsáveis por torná-la um líder ou não. Liderança • Evolução das Teorias: 1. Teorias dos Traços 2. Estilos de Liderança 3. Liderança Situacional Estilos de liderança (1) • Tirania • Autocracia • Democracia • Demagogia • Autocrático • Democrático • Liberal Estilos de liderança (2) • Liderança centrada na tarefa • Preocupa-se com a execução das tarefas e com os seus resultados. • Associada ao modelo clássico. • Liderança centrada nas pessoas • Preocupa-se com os aspectos humanos, desempenho das equipes e com a participação das pessoas. Estilos de liderança (3) Managerial Grid Modelo de Blake e Mouton 9,9 Equipe 1,9 Clube de Campo 9,1 Autoridade 1,1 Negligente 5,5 Meio-termo Managerial Grid Modelo de Blake e Mouton • (1,1): a preocupação mínima com a produção e com as pessoas caracteriza o líder que desempenha uma gerência empobrecida. Em geral, adota postura passiva em relação ao trabalho, fazendo o mínimo possível. • (9,1): a preocupação máxima com a produção e mínima com as pessoas caracteriza o líder que utiliza a autoridade para alcançar resultados. Em geral, age de maneira centralizadora e controladora. • (1,9): a preocupação máxima com as pessoas e mínima com a produção caracteriza o líder que faz do ambiente do trabalho um clube campestre. Este líder busca sempre a harmonia de relacionamentos, mesmo que tenha que sacrificar a eficiência e a eficácia. Managerial Grid Modelo de Blake e Mouton • (5,5): o meio-termo, com preocupação média com a produção e com as pessoas, define o líder que vê as pessoas no trabalho dentro do pressuposto do homem organizacional. Este tipo de líder busca o equilíbrio entre os resultados obtidos e a disposição no trabalho. • (9,9): a máxima preocupação com a produção e com as pessoas caracteriza o líder que vê no trabalho em equipe a única forma de alcançar resultados, estimulando assim, a máxima participação e interação entre seus subordinados na busca de objetivos comuns. Liderança • Evolução das Teorias: 1. Teorias dos Traços 2. Estilos de Liderança 3. Liderança Situacional Liderança Situacional Modelo de Tannenbaum Schimdt • O estilo de liderança deve considerar três fatores: 1. Líder 2. Liderados 3. Organização Liderança Situacional Modelo de Hersey-Blanchard 1. Comando: Adequado a pessoas com baixo nível de maturidade (subordinados não são aptos e não querem de assumir responsabilidades) 2. Persuasão/Venda: Alto nível de comportamento orientado para a tarefa e para o relacionamento (subordinados mostram vontade mas não se sentem preparados para responsabilidades) Liderança Situacional Modelo de Hersey-Blanchard 3. Participação: Orienta-se fortemente para o relacionamento mas com pouca ênfase na tarefa (subordinados são capazes, mas não estão dispostos a assumir responsabilidades) 4. Delegação: Pouca atenção tanto à tarefa quanto ao relacionamento (subordinados capazes e querem responsabilidades) 02. O modelo de liderança em que, à medida que aumenta a maturidade do seguidor, um líder deve adotar mais o comportamento orientado ao relacionamento e menos o orientado à tarefa, é denominado de Liderança a) de Resultados. b) Participativa. c) Diretiva. d) de Apoio. e) Situacional. E Desempenho • Fenômeno complexo dependente de um conjunto de fatores dinâmicos: 1. Motivação 2. Domínio de habilidades adequadas 3. Condições ambientais 4. Percepção dos resultados Motivos Internos Motivos Externos Motivaçã o Motivos Internos • Impulsos interiores, de caráter psicológico ou fisiológico, afetados por fatores sociológicos. • Exemplos: • Necessidades • Aptidões • Interesses • Valores • Habilidades Motivos Externos • Estímulos que o ambiente oferece ou objetivosque atraem as pessoas. • Exemplos: • Recompensas • Punições • Padrões do grupo • Valores do meio social Modelo de Maslow Hierarquia de Necessidades Auto Realização Estima Sociais Segurança Fisiológicas Herzberg Teoria dos Dois Fatores • Fatores Higiênicos (Extrínsecos): • Condições mínimas de trabalho, necessários mas não suficientes para a boa produtividade. • Ex.: salários de mercado, ambiente saudável • Fatores Motivacionais (Intrínsecos): • Relacionados à busca de realização pessoal e auto-estima no trabalho. • Variam de acordo com o indivíduo e com o grupo. Ausência de Fatores Higiênicos Presença de Fatores Higiênicos Satisfação e Insatisfação Insatisfaçã o Não Insatisfação Presença de Fatores Motivacionais Ausência de Fatores Motivacionais Satisfação Não Satisfação 01. A teoria de motivação no trabalho de Herzberg é dividida em duas categorias: fatores motivadores e fatores de higiene. É correto afirmar: (A) Dinheiro, status e segurança são fatores motivadores. (B) Fatores motivadores têm relação com o trabalho em si e fatores de higiene têm relação com o ambiente (C) Trabalho desafiante, crescimento e desenvolvimento são fatores de higiene. (D) Fatores motivadores têm relação com o ambiente e fatores de higiene têm relação com o trabalho em si. (E) Reconhecimento do desempenho é um fator de higiene. B Teoria do Reforço • Abordagem comportamentalista: defende que o reforço condiciona o comportamento do indivíduo. São as consequências que o ambiente propicia para um comportamento que podem aumentar a probabilidade de que ele venha a ser repetido. • Uma gratificação específica por um trabalho realizado, em uma organização, pode reforçar o comportamento considerado adequado e que pode levar o indivíduo a receber, novamente, a recompensa. Modelo Contingencial de Vroom Teoria da Expectativa • A motivação é um processo que define as escolhas por determinados comportamentos que podem conduzir o indivíduo à realização dos seus objetivos. • Em seu caminho, o indivíduo realiza objetivos intermediários, que servem ao alcance dos seus objetivos finais. Teoria da Expectativa • Afirma que “a força da tendência para agir de certa maneira” depende da “força da expectativa de que esta ação atingirá os resultados” esperados e da atração que estes resultados exercem sobre o indivíduo. • As pessoas devem acreditar que: 1. O RESULTADO tem valor para elas. 2. O DESEMPENHO adequado levará ao resultado. 3. O ESFORÇO garantirá o desempenho adequado. Relação Esforço - Desempenho: refere-se à percepção do indivíduo de que seus esforços o levarão a determinado nível de desempenho. É denominada "Expectância". Relação Desempenho - Recompensa: relacionada à percepção do indivíduo de que o desempenho adequado leva aos resultados almejados. É denominada "Instrumentalidade". Relação Recompensa - Metas Pessoais: Relativa ao grau de atratividade que as recompensas exercem sobre o indivíduo, devido ao seu nível de congruência com as necessidades e interesses pessoais. É denominada "Valência". MOTIVAÇÃO = EXPECTÂNCIA x INSTRUMENTALIDADE x VALÊNCIA 02. A abordagem segundo a qual as pessoas são motivadas para a realização de atividades esperando que certas ações auxiliarão a alcançar resultados desejados, refere-se à teoria (A) da hierarquia de necessidades. (B) X e Y. (C) da expectância. (D) comportamental. (E) da administração por objetivos. C Teoria da Equidade • A percepção de equidade no ambiente de trabalho tem grande efeito sobre a motivação do indivíduo. Os trabalhadores realizam comparações entre os seus próprios trabalhos e os trabalhos dos outros, para avaliar as relações entre os "resultados" (remuneração, promoções, reconhecimento) e as "entradas" oferecidas (conhecimento, competências, desempenho). • O indivíduo é guiado por um senso de justiça. Ele ficará satisfeito se houver uma relação equilibrada entre “resultados” e “entradas”. • Caso não verifique equilíbrio, haverá “tensão de equidade” : se o indivíduo se sentir desfavorecido, ele provavelmente sentirá raiva; se for beneficiado de maneira injusta, ele tenderá a sentir culpa. Referências para avaliação da equidade: • Próprio-Interno: a referência são as experiências do próprio indivíduo em outras posições na mesma organização. • Próprio-Externo: a referência são as experiências do indivíduo em posições em outras organizações. • Outro-Interno: a referência são outras pessoas e grupos na mesa organização. • Outro-Externo: a referência são outras pessoas e grupos em outras organizações. Teoria da Equidade Conceito “A cultura organizacional ou cultura corporativa, é o conjunto de hábitos e crenças, estabelecidos por normas, valores, atitudes e expectativas, compartilhado por todos os membrosdaorganização”. (Chiavenato) Acultura comovariável • Segundo a teoria dos sistemas, a organização pode ser entendida como um conjunto formado pelo subsistematécnicoepelosubsistemasocial. • SubsistemaSocial: • ElementoFormal:culturaoficial daempresa • Elemento Informal: conjunto de pessoas e suas respectivassubculturas ElementosdaCultura • Práticaderitoscoletivos • Perpetuaçãodemitosehistórias • Existênciadeassuntosproibidos • Normasdecomportamento • Valoresemergentesnogrupo • Linguagem • Atossimbólicos • Formasdiversasdeexpressão ConceituaçãodeSchein • Para solucionar seus problemas e assegurar sua adaptação ao ambiente e o equilíbrio interno, o grupo organizacional define padrões de comportamento que funcionam e padrões que não funcionam. processo heurístico, o grupo• Por meio desse seleciona e mantém certas formas de comportamento, valores e regras, definindo padrõespremissas básicas que caracterizam culturais. ConceituaçãodeSchein Artefatos Valores Compartilhados Pressupostos Básicos ElementosdeSchein (1) ARTEFATOS: • Estruturas e processos organizacionais visíveis, mais fáceis dedecifrar edemudar. • Elementos que definem uma cultura e revelam como a culturadáatençãoaelas. • São o primeiro nível da cultura, mais superficial, visível e perceptível. • Exemplos: padrões de comportamento dos membros de umaorganização. VALORESCOMPARTILHADOS: • Tambémchamadosdevalorescasados. • São as filosofias, estratégias e objetivos aceitas por todos osmembros. • Valores relevantes que se tornam importantes para as pessoas e definem as razões pelas quais elas fazem o que fazem. ElementosdeSchein (2) PRESSUPOSTOSBÁSICOS: • Sãotambémchamadasdecertezastácitascompartilhadas. • São as crenças inconscientes, percepções, pensamentos e sentimentos. • Constituemonível omaisprofundo eoculto. • A cultura prescreve a maneira certa de fazer as coisas na organização, inclusivepor meiodepadrõesnãoexplicitados. ElementosdeSchein (3) Ritos (Beyer eHarrison)-1 • Ritos de passagem: Auxiliam na transição de indivíduos para novos papéis na organização. Normalmente, são utilizados em processos como de admissão e ascensão na carreira profissional. • Ritos de degradação: Dissolvem identidades sociais e seu poder, geralmente em casos como de demissões, afastamento de altos dirigentes e sinalização de falhas e incompetências. • Ritos de confirmação (reforço): Fortalecem identidades sociais e seu poder, sendo empregados geralmente para reconhecer publicamente conquistas profissionais, superaçãodemetas,etc. • Ritos de reprodução (renovação): Servem para renovar as estruturas sociais da organização e aprimorar o seu funcionamento, como os programas de treinamento organizacional. • Ritos para redução de conflitos: Utilizados para minimizar conflitos e agressões, de forma a restabelecer o equilíbrio dasrelações internas. • Ritos de integração: Fortalecem os sentimentos comuns que agregam os indivíduos e os mantêm em um sistema social coeso e harmônico. Ocorrem usualmente nas festas de confraternização daorganizaçãoeemdatascomemorativas. Ritos (Beyer eHarrison)-2 AForçadaIdentidadeSocial • As organizações são complexas:são formadas pela interação de grupos que possuem subculturas próprias. • Pessoas que ocupam posições semelhantes em organizações similares, executando as mesmas tarefas e tendo as mesmas experiências, tendem a desenvolver valores e padrões de comportamento semelhantes. RelaçõesdePoder • Os grupos que têm o poder determinam os padrões e valores oficiais, e estipulam formas de controle para asseguraraobediência. • Os subgrupos têm algum grau de impermeabilidade à culturaoficialeapossibilidadede influenciarosfatos. • A organização evolui ao longo desse confronto político. 01. Pode-se concluir da definição de cultura organizacional como produto do aprendizado pela experiência comum de umgrupoque: (A)o importante é identificar as regularidades observadas nocomportamentodosindivíduos. (B)sempre existem valores dominantes numa organização quecaracterizamsuaculturaorganizacional. (C)a cultura de uma organização deriva da filosofia que guiaaspolíticasdaorganização. (D)as normasque envolvem os grupos de trabalho são determinantesdasuacultura. (E) pode haver ‘culturas’ diferentes em uma organização, distinguindo cada grupo dentro de uma cultura mais ampla. E 02. São funções da cultura organizacional: assegurar aos membros da organização uma individual, facilitar o compromisso identidad e individual,promover a estabilidade organizacional e moldar o comportamento deseusmembrosdiantedavida. E 03. A respeito da noção de “cultura organizacional” é INCORRETOafirmar: a)É um modelo de pressupostos básicos assimilados por um grupo, a partir do enfrentamento de seus problemas de adaptação interna e externa, que é considerado válido por suaeficácia resolutiva. b)Écompostadevalores, ritos, mitosetabus. c) Sendo o resultado de um processo lento de construção de modos de pensar eagir, e de sedimentação de valores, não pode sermodificada. d)Abarca normas informais que orientam o comportamento dos membrosdeumaorganizaçãoequedirecionam suasações. e)Seu entendimento pode ajudar a explicar e prever o comportamento doscolaboradoresdentro deuma organização. C • Indicadores são instrumentos que permitem identificar e medir aspectos relacionados a um determinado conceito, fenômeno, problema ou resultadodeprocessoouprograma. • A principal finalidade é traduzir, de forma mensurável, aspectos da realidade, a fim de tornar operacional a sua observação e avaliação. Indicadores Definição Fonte:Guia Metodológico MPOG 01. Adefinição de indicadores de desempenho para fins de monitoramento poderá ser suprimida na implementação deummodelo degestãoderesultados. E • Validade: capacidade de representar, com a maior proximidade possível, a realidade que se deseja medir e modificar. Um indicador deve ser significante ao que está sendo medido e manter essasignificância ao longo dotempo. Fonte:Guia Metodológico MPOG Indicadores Propriedades • Confiabilidade: indicadores devem ter origem em fontes confiáveis, que utilizem metodologias reconhecidas e transparentes de coleta, processamentoedivulgação. Fonte:Guia Metodológico MPOG Indicadores Propriedades • Mensurabilidade: é a capacidade de alcance (periodicidade) e mensuração (mensurabilidade) quandonecessário, nasuaversãomaisatual, com maior precisão possível esemambiguidade. Fonte:Guia Metodológico MPOG Indicadores Propriedades • Sensibilidade: é a capacidade que um indicador possui de refletir tempestivamente as mudanças decorrentesdas intervençõesrealizadas. Fonte:Guia Metodológico MPOG Indicadores Propriedades • Desagregabilidade: capacidade de representação Fonte:Guia Metodológico MPOG regionalizad a considerando de grupos sociodemográficos, que a dimensão territorial se apresenta como um componente essencial na implementação depolíticas públicas. Indicadores Propriedades • Economicidade: capacidade do indicador de ser obtido a custos módicos; a relação entre os custos de obtenção e os benefícios advindos deve ser bastante favorável. Fonte:Guia Metodológico MPOG Indicadores Propriedades • Estabilidade: capacidade de estabelecimento de séries históricas, que permitam monitoramentos e comparações (comparabilidade). Fonte:Guia Metodológico MPOG Indicadores Propriedades • Simplicidade: indicadores devem ser de fácil obtenção, construção, manutenção, comunicação, entendimento e reconhecimento pelopúblico emgeral, interno ouexterno. Fonte:Guia Metodológico MPOG Indicadores Propriedades • Auditabilidade: ou transparência, qualquer pessoa deve sentir-se apta a verificar a boa aplicação das regras de uso dos indicadores (obtenção, tratamento, formatação, difusão, interpretação). Fonte:Guia Metodológico MPOG Indicadores Propriedades Na prática, raramente um indicador apresenta todas as características descritas, por isso a seleção deve basear-se numa avaliação crítica das propriedades (particularmente Validade, Confiabilidade e Mensurabilidade). Paulo Jannuzzi Fonte:Guia Metodológico MPOG Indicadores Propriedades Utilidade Validade Confiabilidade Disponibilidade Outra formaparaPropriedadesEssenciais 02. Selecione a opção que melhor representa o conjunto das afirmações, considerando C para afirmativa correta e E para afirmativa errada. I.Validade, confiabilidade e complexidade são consideradas propriedadesessenciais deumindicadordedesempenho. II.A sensibilidade é a capacidade que um indicador possui de nunca refletir asmudançasdecorrentesdas intervenções. III.Os indicadores são usados distintamente nos níveis estratégicos organizacionais e os indicadores de processos, em geral, ocupam os níveis operacionais a)E-E-C b)C-E-E c)C-C-E d)C-E-C e)E-C–E A • ECONÔMICOS: foram os primeiros a seremproduzidos e por isso possuem uma teoria geral mais consolidada, não se restringem apenas à área pública e refletem o comportamento da economia de um país. No setor governamental são muito utilizados na gestão das políticas fiscal, monetária, cambial, comércio exterior, desenvolvimentoeoutras. Fonte:Guia Metodológico MPOG Indicadores Classificações -Natureza • SOCIAIS:são aqueles que apontam o nível de bem-estar Fonte:Guia Metodológico MPOG geral e de qualidade de vida da principalmente em relação à saúde, trabalho, renda, segurança, habitação, população, educação, transporte, aspectosdemográficoseoutros. Indicadores Classificações -Natureza • AMBIENTAIS: demonstram o progresso alcançado na direção do desenvolvimento sustentável, que Fonte:Guia Metodológico MPOG segundo as Nações Unidas, quatro ambiental, social, econômica e compreende, dimensões: institucional. Indicadores Classificações -Natureza • ANALÍTICOS: são aqueles que retratam dimensões sociais específicas. Pode-se citar como exemplos a taxa deevasãoescolareataxadedesemprego. Fonte:Guia Metodológico MPOG Indicadores Classificações -Complexidade • SINTÉTICOS: também chamados de índices, sintetizam diferentes conceitos da realidade empírica, ou seja, derivam de operações realizadas com indicadores analíticos e tendem a retratar o comportamento médio das dimensões consideradas. Diversas instituições nacionais e internacionais divulgam indicadores sintéticos,sendoexemplosoPIB,oIDEBeoIDH. Fonte:Guia Metodológico MPOG Indicadores Classificações -Complexidade Indicadores Fonte:Guia Metodológico MPOG Classificações -Dimensões doDesempenho • ECONOMICIDADE • EFICIÊNCIA • EFICÁCIA • EFETIVIDADE Indicadores EFETIVIDADE ECONOMICIDADE EFICIÊNCIA EFICÁCIA OBJETIVOS INSUMOS ATIVIDADES PRODUTOS RESULTADOS IMPACTOS 03. Um dos procedimentos básicos na gestão de resultados é a aplicação de indicadores comoo queavalia, ainda quedeforma subjetiva, o juízo ou a percepção que a sociedade tem do benefício gerado pela ação implementada. O fragmento acima serefereao (A)indicadordeeconomicidade. (B)indicador deeficiência. (C)indicadordeeficácia. (D)indicadordeefetividade. (E)indicadordetransparência D Accountability Anoção de accountabilityé bidimensional, abrangendo capacidade derespostaecapacidadedepunição: A capacidade de resposta dos governos (answerability), ou seja, a obrigação dosoficiais públicos informarem eexplicarem seusatos; A capacidade (enforcement) das agências de accountability (accounting agencies) de impor sanções e perda de poder para aquelesqueviolaram osdeverespúblicos. Andréas Schedler Accountability • Prestação deContas • Responsabilização • Responsividade Accountability • Informação • Justificação • Sanção VERTICAL: Pressupõe uma ação entre desiguais, seja sob a forma do mecanismo do voto (controle de baixo para cima) ou sob a formadocontrole burocrático(decimaparabaixo). O’Donnell Accountability HORIZONTAL: Pressupõe uma relação entre iguais, através do mecanismo de checksandbalances, da mútuavigilância entre ostrês poderes, autônomos,doestado. O’Donnell Accountability Accountability HORIZONTAL VERTICAL SOCIETAL: “Umaconcepção alternativa de accountability é fornecida a partir de outros recortes e configura o âmbito da accountability societal. Tais perspectivas partem de uma matriz teórica que privilegia a dicotomia estado e sociedade civil, partilhando da idéia de que o controle da sociedade sobre a ação governamental constitui uma especificidade e merece uma distinção à parte das perspectivas de accountability vertical ou horizontal, abrindo vertentes para a discussãodaaccountability societal.” Carla Bronzo Ladeira Carneiro Accountability SOCIETAL: Mecanismo de controle não eleitoral, que emprega ferramentas institucionais e não institucionais (ações legais, participação em instâncias demonitoramento, denúncias). Baseia-se na ação de associações de cidadãos, movimentos sociais e imprensa, objetivando expor falhas do governo, incluir novas questões na agenda pública e influenciar decisões políticas a serem implementadas pelosórgãospúblicos. PeruzzottieSmulovitz Accountability Accountability HORIZONTAL VERTICAL HORIZONTAL VERTICAL SOCIETAL 01. No debate sobre a accountability, diversos autores reconhecem a existência, nas poliarquias contemporâneas, de mecanismos de controle externos aos poderes Executivo, Legislativo ou Judiciário. Examine os enunciados a seguir sobre a accountability societal e depoismarquearespostacorreta. 1- A accountability societal é um mecanismo de controle não eleitoral que emprega ferramentas institucionais e nãoinstitucionais 2A accountability societal se baseia na ação de múltiplas associaçõesdecidadãos,movimentossociaisoumídia 3O objetivo da accountability societal é expor erros e falhas dos governos, trazer novas questões para a agenda pública e influenciar decisões políticas a serem implementadasporórgãospúblicos 4Os agentes da accountability societal têm o direito e o poder legal, além da capacidade institucional para aplicar sanções legais contra as transgressões dos agentes públicos. A.Todososenunciadosestãocorretos. B. Todososenunciadosestãoincorretos. C. Somenteoenunciadodenúmero1está incorreto. D.Somenteoenunciadodenúmero4está incorreto. E. Somenteosenunciados2e3estão incorretos. D CONTROLE SOCIAL CONCEITO • Refere-se ao controle da Administração Pública realizado com a participação da Sociedade Civil, ou seja, pessoas e instituições que não estão vinculadas à estruturagovernamental. • Pode ser realizado tanto pelas instituições da sociedade civil organizada quanto por cidadãos comuns, ao exercerem uma cidadania ativa e reivindicarem seus direitos. CONTROLE SOCIAL PRESSUPOSTOS Estado: Instituição que assegure aos cidadãos o exercício do poderdecontrolaraAdministração Pública. SociedadeCivil: Cidadãos interessados em exercer uma cidadania ativa, avaliando a ação governamental, manifestando suas opiniõesedefendendoseusdireitos. CONTROLE SOCIAL VANTAGENS • Legitimidadedocontrole • Altacapilaridade • Menorcusto • MaioreficiênciadaAdministraçãoPública dos conceito s preocupação de publicização, com resultados, • Aplicação crescente contratualização, accountability. CONTROLE SOCIAL HISTÓRICO • Poucarelevâncianasreformas implementadas desde1936. • Previsão de mecanismos na Constituição de 1988, mas baixa efetividade. • RelevâncianaReformadoAparelhodoEstadode1995. • OrçamentoParticipativo • AudiênciaseConsultasPúblicas • ColegiadosPúblicos(ex.:Conselhos) • Ouvidorias • Denúncias(ex:órgãosdecontrole, imprensa) Participação e Controle Social • Conferências • ColaboraçãoExecutiva (ex:OS,Oscip, ONGs) • AçõesJudiciais (ex.: açãopopular) • Fiscalizaçãoviaentidadesrepresentativas • AssessoramentoExterno Participação e Controle Social 02.Considerado umelementofundamental para o graude governança democrática, a accountability refere-se à capacidade financeira e gerencial do Estado de implementarpolíticaspúblicas. E Conceito Processos são atividades logicamente relacionadas que, usando recursos do negócio, produzem resultadosreais, adicionando valor acadaetapa. Obs.: Processos cruzam fronteiras funcionais e organizacionais E fronteirasnacadeiadesuprimentos. Cadeia de Valor • Cadaatividadedeveagregar valor ao processo. A B C FO R N EC ED O R IN SU M O S P R O D U TO S C LI EN TE S Processos e Organizações • Toda Organização é uma coleção de processos que são executados: não existe um produto ou um serviço oferecido por umaempresasemumprocesso. • ProcessosPrimários:Agregamvalor aosclientes. • Processos de Apoio: Fornecem condições para a realização dos processosprimários. • Processos de Gestão: Gerenciamento global dos processos na organização. Gestão de Processos (1) • Aorganização precisa identificar seusprocessos críticos apartir da formulação estratégica, e deve gerenciá-los com base em um enfoquesistêmico eintegrado. • Os esforços de mapeamento devem ser concentrados nos processos críticos, partindo dos macro-processos e descendo ate osníveis desub-processos. • Mapeamento de processo deve ser entendido como um meio e não umfim emsi mesmo. O que realmente importa para a organização éocumprimento dosobjetivosemetas estabelecidos Gestão de Processos (2) • Os processos críticos devem ser gerenciados por um proprietário, aquemseráatribuída aresponsabilidadepelosseusresultados. • Indicadores de desempenho devem ser utilizados para avaliar e monitorar aperformance dosprocessos. • Melhorias em processos devem ser atingidas a partir de abordagens estruturadas, que possibilitem a implementação de mudançasqueproduzambenefícios sustentáveis aodesempenho. PLANEJAMENTO • Definição das atividades que contribuirão para alcançar as metas e objetivos organizacionais. • Identificação de pontos críticos nos processos, visando evitar falhas e prejuízos à organização. • Criação de planos de ação para sua implantação e definição de prioridades. Ciclo do Gerenciamento dos Processos MODELAGEM E OTIMIZAÇÃO DOS PROCESSOS • Documentação do processo atual (As is - Como é). • Projeção de processo futuro (To be - Como será). • Identificação de melhores práticas para referência, metodologias para melhorias, controles e especificações. Ciclo do Gerenciamento dos Processos EXECUÇÃO DOS PROCESSOS • Etapa operacional, que envolve os recursos alocados, tecnologia, equipamentos, conhecimento, aquisição de experiência e acompanhamento do processo. Ciclo do Gerenciamento dos Processos CONTROLE • Geração de informação e feedback ao processo através de recursos estratégicos, por meio de métodos que forneçam indicadores e estatísticas. • Destinado a otimizar continuamente o processo, subsidiando o planejamento e a criação de outros processos. Ciclo do Gerenciamento dos Processos Inovação na Gestão Pública • De acordo com Schumpeter, a inovação inclui a introdução de novos produtos, novos métodos de produção, novas fontes de matéria-prima, a abertura de novos mercados, novas formas de organização industrial oucomercial enovos mercadosdeexportação • Ele definia a Destruição Criativa como um processo de renovaçãotecnológica constante e própria do capitalismo: novas inovações levam ao declínio ou obsolescência de tecnologias, produtos e serviços existentes Inovação na Gestão Pública Nosetorpúblico,podehaverdificultadores,como: • Ausênciadecompetição • Naturezademúltiplastarefas • Culturaburocráticadepadronizaçãoeformalização • Variedadedestakeholders • Complexidadedeproblemassociais(wickedproblems) INOVAÇÃO NA GESTÃO PÚBLICA FEDERAL: 20 anos do Prêmio Inovação (Marizaura Camões, Willber Severo e Pedro Cavalcante) Inovação na Gestão Pública Énecessário: • Aberturaparaoexperimentalismo • Aceitaçãodoerro • Aprimoraraculturadosórgãosdegestãoecontrole Desenho de Serviços Públicos “Entre as diversas dimensões de avaliação do desempenho de serviços, umadelas é central e funciona comorepresentantedetodasasoutras: a satisfação dos usuários do serviço, ou seja, se o usuário está satisfeito é sinal que a melhoria foi efetiva.” Avaliação da qualidade de serviços como base para gestão e melhoria de serviços públicos – Mód.4 – Melhoria dos Serviços Públicos - ENAP Desenho de Serviços Públicos CiclodeVidadosServiços: 1. EstratégiadeServiço 2. Desenho 3. Transição 4. Operação 5. Melhoria Contínua Avaliação da qualidade de serviços como base para gestão e melhoria de serviços públicos – Mód.4 – Melhoria dos Serviços Públicos - ENAP Características de um Bom Serviço Público • Jornada Completa para o Usuário: um bom serviço permite que o usuáriorealize completamenteoqueprecisa,desdeo início atéofim • Minimização da Atuação do Usuário: serviços eficientes reduzem ao mínimoonúmerodepassosqueumusuário precisa dar • Não há Becos sem Saída: todos os usuários devem ser encaminhados a umresultadoclaro, mesmoquenãosejamelegíveispara oserviço • Facilidade para Obter Assistência Humana: proporciona uma maneira fácil deobter assistênciahumanaquandonecessário • Estruturas Internas não são Mostradas aos Usuários: um bom serviço mantémsuasestruturas internas ocultas dosusuários DESIGNING GOOD GOVERNMENT SERVICES (gov.uk) Características de um Bom Serviço Público • OServiço éFácil de Encontrar: o serviço deve ser facilmente localizável pelosusuários, com umnomeapropriadoeclaro • Clareza sobre o Serviço e o que ele Envolve: o propósito do serviço e suasdemandasdevemserclaros para osusuáriosantesdeusá-lo • Clareza na Tomada de Decisões: é importante que os usuários entendamcomoasdecisõessãotomadasdentrodoserviço • Consistência do Serviço: o serviço deve ser consistente em sua apresentaçãoefuncionamento,parafacilitar ouso pelosusuários • Usabilidade e Compreensão do Serviço por Todos: o serviço deve ser acessívele fácil deusarpor todos, respeitando diferentes necessidades DESIGNING GOOD GOVERNMENT SERVICES (gov.uk) Questão de Prova 01. SobreInovaçãoemServiçosPúblicos, écorreto afirmar que A)consiste na introdução de tecnologia de informação no atendimento enaprestaçãodeserviços. B)pode ser traduzida como o processo de criar, desenvolver e fornecer produtosnovosaoscontribuintes. C)há diferentes tipos, como a inovação em produtos, em comunicação, organizacional e em processos, e elas são induzidas porvetores internoseexternosàsorganizações. Questão de Prova D)há vários tipos de inovação em serviços públicos, sendo a inovação na forma de comunicação com os usuários a mais relevanteeincidente. E)há diferentes tipos de processos de inovação, sendo a inovação incremental aqueocorrenosserviços públicos. C Fragmentação • A divisão da Administração Pública em Direta e Indireta, formando órgãos e entidades, e, posteriormente, a subdivisão em unidades administrativas internas, serve ao propósito de estruturar aatividade governamental. • No entanto, ao mesmo tempo em que se desenha uma “organização” apropriada para a divisão de competências na Administração Pública, são criados centros administrativos com interesses próprios e sujeitos a interferências diversas, de origens internase/ouexternas. • Assim, cada ministério é um órgão do governo, mas em certa medida dispõe de autonomia administrativa e concentra certo nível de poder de decisão ou controle de recursos, que permitem a proteção dos seus interesses e visões próprias, provenientes dos seus quadros técnicos e gerenciais, ou de forças externas da sociedadequeatuamsobre oórgão. • Várias políticas públicas, todavia, necessitam da atuação de diferentes órgãos e entidades, razão pela qual é preciso criar mecanismos que assegurem a atuação harmônica e coordenada detodososentesgovernamentais. Fragmentação Integração SegundoMartinseMarini: • “Integração horizontal busca assegurar que os objetivos individuais e as políticas desenvolvidas por várias entidades se reforcem mutuamente.” • “Integração vertical busca assegurar que as práticas das agências, autoridades e órgãos autônomos, bem como o comportamento dos níveis subnacionais do governo se reforcem mutuamente com oscompromissospolíticos mais amplos.” • “Integração temporal busca assegurar que as políticas continuem sendo efetivas ao longo do tempo e que as decisões de curto prazo nãoseoponhamaoscompromissosde longo prazo.” 01. A coordenação de políticas públicas executada pelo governo federal visando àintegraçãovertical A)envolve questões transversais ou intersetoriais, dificilmente tratadas de forma coerente devido ao tratamento especializado nalegislação eemdiferentes áreasdogoverno. B)busca assegurar que as práticas das agências, autoridades e órgãos autônomos, bem como o comportamento dos níveis subnacionais do governo, se reforcem mutuamente com os compromissospolíticos mais amplos. C) busca assegurar que os objetivos individuais e as políticas desenvolvidas porvárias entidades sereforcem mutuamente. D)está associada ao grau de consistência lógica e operacional entre ações de diversos atores envolvidos em uma arena de políticas públicas. E)busca assegurar que as políticas continuem sendo efetivas ao longo do tempo e que as decisões de curto prazo não se oponham aoscompromissosdelongo prazo. B NecessidadedeCoordenação Segundo GraçasRua: “Entende-se por coordenação técnico-política um conjunto de mecanismos e procedimentos destinados a compor ou articular as decisões e ações do conjunto de entes governamentais–políticoseburocratas–demaneira aobter resultados concertados, intercomplementares e consistentes; ou seja: não-erráticos, não-superpostos e não- contraditórios, que expressem e façam sentido em um projetode longoprazo.” 1. Intragovernamental 2. Intergovernamental 3. Extragovernamental TiposdeCoordenação 02. O mecanismo mais efetivo para a implementação de políticas públicas denaturezaintersetorial por um governoé A)acoordenação intragovernamental. B)acooperaçãointergovernamental. C)oplanejamento indutivo. D)aparceria público-privada. E)aconcessãoonerosa. A • Otermogovernançaenvolve umprocessocomplexode tomadadedecisãoque“antecipa eultrapassa ogoverno” FATORESENVOLVIDOS: • Legitimidade do espaçopúblico emconstituição • Repartiçãodopoder entre governantesegovernados • Processosdenegociaçãoearticulaçãoentre osatores sociais • Descentralizaçãodaautoridadeedasatividades ligadasao atodegovernar Matias-Pereira GOVERNANÇAPÚBLICA • O sentido de governança passou a abarcar com frequência crescente a ideia de coordenação entre agentes e órgãos estataiseentesnãogovernamentaisemgeral. • Leonardo Secchi fala em um padrão horizontal de relacionamento entre atores públicos eprivados, atuando de forma articulada para a formulação e a gestão de políticas públicas. • Oconceito abreespaçopara aaçãocoordenada entresetores estatais e não estatais desde a definição das prioridades públicas atéaexecuçãoeavaliaçãodaspolíticas. GOVERNANÇAPÚBLICA • Assim, parte-se do reconhecimento de que tanto a LEGITIMIDADE quanto a EFETIVIDADE da atuação pública dependem dessa integração de esferas estatais e particulares... • ... o que pode ser realizado de diversas maneiras, incluindo REDES DE POLÍTICAS PÚBLICAS e PARCERIASPÚBLICO- PRIVADAS. GOVERNANÇAPÚBLICA Estrutura em Rede: organizações com• Formada por um conjunto de atividades coordenadas, por meio de contratos, acordos ou relações interpessoais. • Surgem como alternativa às estruturas hierárquicas rígidas e formais. Governo em Rede Estrutura em Rede: • Uma estrutura em rede, alternativa à estrutura piramidal, tem seus integrantes ligados “horizontalmente” a todos os demais, diretamente ou através dos que os cercam. • O conjunto resultante é uma malha de linhas múltiplas, que pode se espalhar indefinidamente para todos os lados, sem que nenhum dos seus nós seja considerado principal. • Prevalece a vontade coletiva de realizar determinado objetivo. Governo em Rede Redes de Políticas Públicas: • As redes de políticas representam uma nova forma de governança pública, permitindo a coordenação de atores estatais e sociais. • Seu surgimento está associado às transformações recentes no papel do Estado e nas suas relações com a sociedade, que têm demandado modelos descentralizados de gestão. Governo em Rede • Horizontalidade • Compartilhamento de autoridade e responsabilidade • Interdependência entre os múltiplos participantes • Flexibilidade e capacidade de adaptação • Envolvimento de atores de natureza diversa • Equilíbrio entre coordenação e autonomia Redes de Políticas Públicas Riscos Risco é o efeito que as incertezas tem sobre osobjetivos dasorganizações. (ABNTNBRISSO31.000:2009) ✓Asincertezassãogeradaspor influênciasefatores internoseexternos Componentes: 1. EVENTO: O que pode acontecer e afetar o alcance dos objetivos. 2. PROBABILIDADE: A probabilidadede que o evento ocorra. 3. IMPACTO: A extensãoda perda ou ganho que pode resultardoevento. Riscos Probabilidade x Impacto Risco: possibilidade de ocorrência de um evento que venha a ter impacto no cumprimento dos objetivos, medido em termos deimpacto edeprobabilidade Risco Inerente: risco a que uma organização está exposta sem considerar quaisquer ações gerenciais que possam reduzir a probabilidadedesuaocorrênciaouseuimpacto Risco Residual: risco a que uma organização está exposta após a implementação de ações gerenciais para o tratamento dorisco Risco Inerente x Risco Residual Gestão de Riscos Processo que envolve atividades e ações para controlar os riscosdeumaorganização,neutralizandoo seuimpacto. Processo sistemáticodesenvolvido para: • Identificar • Analisar • Avaliar • Tratar ... osriscosdequalquernatureza. Benefícios: • Minimizaraocorrênciadesurpresaseproblemas • Minimizar o gerenciamento por crise, estando preparado para lidar comasincertezas • Ganhar vantagem competitiva pelo reconhecimento de oportunidades antesdos competidores • Aumentar as chances de sucesso dos projetos e ações organizacionais Gestão de Riscos Respostas a Riscos (-) PREVENIR: Alguns eventos podem ser evitados mudando-se os planos, para eliminar a condição que pode originar a ocorrênciaouprotegerosobjetivos dos impactos. É recomendado quando há riscos com alta probabilidade eimpacto. Ex.: Evitar ousodetecnologianãotestadaevalidada. TRANSFERIR: Transferir não elimina o risco. Porém, as consequências são transferidas para uma terceira parte, que assume a responsabilidade gerencial sobre o risco transferido. Ex.:Fazerseguro. Respostas a Riscos (-) MITIGAR: Em muitos casos, é possível atuar sobre as condições que cercam o evento de risco para reduzir a probabilidade ou o impacto de sua ocorrência, reduzindo-as para níveis aceitáveis. Ex.: Disponibilidade deestepedepneunocarro. Respostas a Riscos (-) ACEITAR: Admitir riscos de baixo efeito potencial, respeitados os níveis de aceitação da organização. Nesse caso, não se adota nenhuma ação antecipada e se dispõe a arcar com aspossíveis consequênciasdo risco. Observação: A aceitação pode ser ativa, o que implica preparaçãoantecipadadeumplanodecontingência. Respostas a Riscos (-) OKR: Objectives and Key-Results • OKR (Objectives and Key Results) é uma sistemática de definição demetasparaguiaraaçãoorganizacional • É uma abordagem simples, para gerar alinhamento e engajamento emtorno demetasmensuráveis • Funciona em ciclos simples e ágeis: os OKRs são definidos, medidos e reavaliados com frequência alta – geralmente trimestralmente • Visa garantir que todos andem na mesma direção, com prioridades claras • Nasceuemempresasdetecnologia, masnãoselimitam aelas OKR: Objectives and Key-Results Euvou:[objetivo]O KR Medido por: [conjunto de resultados-chave] OKR: Objectives and Key-Results Objetivos são descrições qualitativas do que se pretende alcançar. Devem ser enxutos, memoráveis e inspiradoresO KR Resultados-Chave são um conjunto de 2 a 5 métricas que permitem mensurar o progresso em direção ao alcance do Objetivo OKR: Objectives and Key-Results Liderar o mercado brasileiro em desenvolvimento de soluções de IA paraO KR identificação de pessoas • Aumentar nossa fatia de mercado de 20% para 35% • Assegurar satisfação plena de 95% dos nossos clientes • Ampliar nossa presença de 15 para 20 estados OKR: Objectives and Key-Results Características eDiferenciais • Estabelecimento de Metas a Curto Prazo: as metas são definidas para períodos curtos, tornando-as mais factíveis e permitindo correções rápidas deerros • Clareza e Simplicidade: A base da metodologia é a definição clara e simples de objetivos e resultados-chave, elevando o engajamentodaequipe • Acompanhamento Semanal: os resultados-chave são verificados semanalmente, permitindo ajustes antes do fim do trimestre, favorecendo oaprendizadoeacorreçãoderotas OKR: Objectives and Key-Results Características eDiferenciais: • Transparência e Alinhamento: promove a transparência, permitindo que todos na empresa visualizem os objetivos e saibamasprioridades, facilitando o alinhamento entre asequipes • Cultura Data-Driven: os OKRs incentivam uma cultura orientada por dados, com decisões baseadas em análises, que podem se transformar emobjetivosprioritários nopróximo trimestre • Foco em Resultados, Não em Esforço: foco no alcance de resultados significativos, não apenas no esforço despendido, destacando que a dedicação é necessária, mas não suficiente para atingirobjetivos OKR: Objectives and Key-Results Características eDiferenciais: • Metas Ambiciosas: as equipes são estimuladas a definir metas desafiadoras, que representemgrandesavanços • Desconexão entre Metas e Recompensas: não associar recompensas (remuneração, promoções) ao alcance das metas, para mantê-las ambiciosas Questão de Prova 01. Os objectives and key results (OKR) são uma ferramenta para executar a estratégia de uma organização. Analise as afirmações abaixo sobre essaferramenta. IDeveser definida deformatop down,semoscolaboradores. II.Éexecutada emciclos longos de12meses oumais. III.Épública etransparente por padrão. IV. Seu principal objetivo é motivar os colaboradores na execução dasmetas. Questão de Prova Dasafirmações, estão corretas A) IIeIII. B) IIIeIV. C) IeII. D) IeIV. B EIXO TEMÁTICO 2 Políticas Públicas OUTPUTS WITHINPUTS inputs inputs Processamento pelo sistema político Incentivos / Estímulos Externos Incentivos / Estímulos Internos Apoios e Demandas DECISÕES POLÍTICAS POLÍTICAS PÚBLICAS POLÍTICAS PÚBLICAS: OUTPUTS DO SISTEMA POLÍTICO O acesso universal previsto em muitas das políticas sociais no Brasil não correspondeu, de fato, à cobertura instituída na rede de serviços sociais, sobretudo àquela implementada a partir dos programas sociais dirigidos aos grupos sociais mais vulneráveis e/ou em situação de extrema pobreza. O neoliberalismo contribuiu significativamente com essa redução, elegendo grupos prioritários a serem atendidos, imprimindo, assim, a seguinte tendência às políticas sociais: A) gentrificação B) normalização C) privatização D) focalização E) descentralização Questão de Prova Arenas de Políticas Públicas • “As reações e expectativasdas pessoas afetadas por medidas políticas têm um efeito antecipativo para o processo político de decisão e de implementação” • “O modelo da ‘policy arena’ refere-se portanto aos processos de conflito e de consenso dentro das diversas áreas de política, as quais podem ser distinguidas de acordo com seu caráter distributivo, redistributivo, regulatório ou constitutivo” (Klaus Frey) POLÍTICAS DISTRIBUTIVAS: Caracterizadas por um baixo grau de conflito dos processos políticos, pois parecem somente distribuir vantagens e não acarretar custos para outros grupos (Klaus Frey) Arenas POLÍTICAS REDISTRIBUTIVAS: Caracterizadas pelo conflito, pois busca-se, de forma deliberada, o deslocamento de recursos entre camadas sociais ou entre diferentes grupos da sociedade (Klaus Frey) Arenas POLÍTICAS REGULATÓRIAS: Utilizam instrumentos normativos diversos para regular a atuação dos diferentes grupos na sociedade. Os efeitos relacionados aos custos e benefícios não são determináveis previamente, dependendo da configuração concreta das políticas. (Klaus Frey) Arenas POLÍTICAS CONSTITUTIVAS (ESTRUTURADORAS): Políticas que determinam as regras do jogo e, assim, definem a estrutura dos processos e conflitos políticos. Estabelecem as condições gerais conforme as quais serão desenvolvidas as demais políticas públicas (distributivas, redistributivas e regulatórias). Trata da própria esfera da política e suas instituições (Klaus Frey) Arenas PROBLEMAS AGENDA FORMULAÇÃOIMPLEMENTAÇÃO AVALIAÇÃO Ciclo de Políticas Públicas ACOMPANHAMENTO Múltiplos Fluxos Geral Governamental Decisória 3 Agendas: • A convergência de três processos ou fluxos relativamente independentes explica os motivos pelos quais certos problemas vão para a agenda de decisão, enquanto outros, apesar de reconhecidos, não provocam, necessariamente, uma ação efetiva do governo: • o de reconhecimento do problema; • o da formulação de soluções (policy); • o da política (politics). Gomide Múltiplos Fluxos PROBLEMAS SOLUÇÕES POLÍTICA Janela de Oportunidade Empreendedor de Políticas POLÍTICA PÚBLICA Múltiplos Fluxos Processo Decisório Identificação do problema ou oportunidade Diagnóstico Concepção de alternativas Decisão Avaliação Racionalidade Limitada • A perfeita racionalidade está além das reais capacidades dos atores decisórios. Na maioria dos casos, não existe clareza sobre os valores que orientam a decisão • Nem sempre é possível distinguir perfeitamente as alternativas, os valores e os fatos, os meios e os fins • As informações sobre os impactos das alternativas são imperfeitas e falhas • Não existem recursos técnicos nem tempo para uma escolha perfeitamente racional Racionalidade Limitada • Os critérios do indivíduo são múltiplos e possivelmente ambíguos • Os critérios de decisão dependem do contexto • As decisões são afetadas por fatores inconscientes • A racionalidade é LIMITADA Incrementalismo (1) • Busca solucionar problemas de maneira gradual, sem introduzir grandes modificações nas situações existentes e sem rupturas; • Em vez de especificar objetivos, os tomadores de decisão escolhem mediante a comparação de alternativas específicas; • A melhor decisão não é a que maximiza os valores, mas a que assegura o melhor acordo entre os interesses envolvidos. Incrementalismo (2) • Tipicamente, são decisões que dizem respeito a ajustes ou a medidas experimentais de curto alcance no atendimento das demandas; • Pode ser importante estratégia para a adoção de políticas com alto potencial de conflito, ou que implicam limitação de recursos ou de conhecimentos. • Indicadores são instrumentos que permitem identificar e medir aspectos relacionados a um determinado conceito, fenômeno, problema ou resultado de processo ou programa. • A principal finalidade é traduzir, de forma mensurável, aspectos da realidade, a fim de tornar operacional a sua observação e avaliação. Indicadores Definição Fonte: Guia Metodológico MPOG Utilidade Validade Confiabilidade Disponibilidade Propriedades Essenciais • ECONÔMICOS: foram os primeiros a serem produzidos e por isso possuem uma teoria geral mais consolidada, não se restringem apenas à área pública e refletem o comportamento da economia de um país. No setor governamental são muito utilizados na gestão das políticas fiscal, monetária, cambial, comércio exterior, desenvolvimento e outras. Indicadores Classificações - Natureza Fonte: Guia Metodológico MPOG • SOCIAIS: são aqueles que apontam o nível de bem-estar geral e de qualidade de vida da população, principalmente em relação à saúde, educação, trabalho, renda, segurança, habitação, transporte, aspectos demográficos e outros. Indicadores Classificações - Natureza Fonte: Guia Metodológico MPOG • AMBIENTAIS: demonstram o progresso alcançado na direção do desenvolvimento sustentável, que compreende, segundo as Nações Unidas, quatro dimensões: ambiental, social, econômica e institucional. Indicadores Classificações - Natureza Fonte: Guia Metodológico MPOG • ANALÍTICOS: são aqueles que retratam dimensões sociais específicas. Pode-se citar como exemplos a taxa de evasão escolar e a taxa de desemprego. Indicadores Classificações - Complexidade Fonte: Guia Metodológico MPOG • SINTÉTICOS: também chamados de índices, sintetizam diferentes conceitos da realidade empírica, ou seja, derivam de operações realizadas com indicadores analíticos e tendem a retratar o comportamento médio das dimensões consideradas. Diversas instituições nacionais e internacionais divulgam indicadores sintéticos, sendo exemplos o PIB, o IDEB e o IDH. Indicadores Classificações - Complexidade Fonte: Guia Metodológico MPOG OBJETIVOS INSUMOS ATIVIDADES PRODUTOS RESULTADOS IMPACTOS Indicadores EFETIVIDADE ECONOMICIDADE EFICIÊNCIA EFICÁCIA OBJETIVOS INSUMOS ATIVIDADES PRODUTOS RESULTADOS IMPACTOS Um dos objetivos de um programa social consiste na melhoria da gestão de programas preexistentes, otimizando a prestação de serviços aos usuários sem aumentar os custos. Considerando-se essa tendência de racionalização dos gastos, no processo de avaliação, deve haver uma preocupação com a A) adaptabilidade B) autonomia C) eficiência D) participação E) flexibilidade • Está relacionada à formação do programa. • É adotada para a análise e produção de informação sobre as etapas de implementação. • Gera informações para os que estão diretamente envolvidos com o programa, com o objetivo de fornecer elementos para a realização de correções de procedimentos e melhorias no programa. Classificação quanto à natureza AVALIAÇÃO FORMATIVA • Está relacionada à análise e produção de informações sobre etapas posteriores. • É realizada quando o programa está sendo implementado ou após a sua implementação, para verificar a sua efetividade e apurar seus resultados e valor geral. Classificação quanto à natureza AVALIAÇÃO SOMATIVA • É realizada durante a implementação do programa, e diz respeito à dimensão de gestão. • É uma avaliação periódica que procura detectar as dificuldades que ocorrem durante o processo para efetuar correções ou adequações. • Serve de suporte para melhorar a eficiência operativa. Classificação quanto ao enfoque AVALIAÇÃO DE PROCESSOS • É o tipo mais tradicional de avaliação. Tem como objetivo aferir o grau de êxito que um programa obtém com relação ao alcance das metas previamente estabelecidas. • Entende-se como “metas do programa” os produtos imediatos que dele decorrem. • Exemplos de metas: quantidade de pessoas atendidas em centros de saúde e número de leitos hospitalares disponíveis. Classificação quanto ao enfoque AVALIAÇÃO DE METAS • É realizada para responder em que grau o programa funcionou. • Procura verificar em que medida o programa alcança seus objetivos e quais são os seus efeitos (indaga se houve modificações na situação-problema que originou a formulação do programa). • Serve de suporte paradecisão sobre política, como continuação do programa e formulação de novas alternativas. Classificação quanto ao enfoque AVALIAÇÃO DE IMPACTO Análise Custo x Benefício Análise Custo x Efetividade Diferenciando: OBJETIVOS INSUMOS ATIVIDADES PRODUTOS EFEITOS IMPACTOS Formulação: MODELO LÓGICO “O modelo lógico é um passo a passo estruturado justamente de forma a demonstrar como recursos e atividades geram produtos, resultados e seus respectivos impactos. Ele deverá ser composto pelos fluxos explicitados na figura, exibindo a racionalidade de conexão entre as atividades propostas através da política e os objetivos que se pretende atingir.” Fonte: AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS: GUIA PRÁTICO DE ANÁLISE EX ANTE (IPEA) Implementação “Pode ser compreendida como o conjunto de ações realizadas por grupos ou indivíduos de natureza pública ou privada, as quais são direcionadas para a consecução de objetivos estabelecidos mediante decisões anteriores quanto a políticas. Em outra palavras, trata-se das ações para fazer uma política sair do papel e funcionar efetivamente.” Fonte: Graças Rua Implementação “A fase de implementação da política pública é caracterizada por processos estruturados que articulam diversos atores e tipos de recursos (materiais, humanos, financeiros, informacionais e institucionais) para o alcance de seus objetivos e a execução das metas físicas das ações propostas.” “É nessa fase que são produzidos os resultados concretos da política pública.” Fonte: Guia de Avaliação Ex Ante de Políticas Públicas Implementação “A estratégia de implementação descreve quais os instrumentos disponíveis ou a serem constituídos, e a forma de execução (direta, descentralizada para estados, Distrito Federal e municípios e transferências) para atingir os resultados pretendidos.” Fonte: Guia de Avaliação Ex Ante de Políticas Públicas 01. Implementação de políticas públicas é definido como: A) inatividade que ocorre após a definição de políticas públicas e que as faz fracassar B) atividades relacionadas com a implantação de um projeto político pelo gestor público C) fase que se coloca entre a elaboração da política pública e sua implantação D) eventos e atividades que ocorrem depois da emissão de autorizações e de diretrizes de políticas públicas E) o mesmo que elaboração, execução e controle de políticas públicas D Formulação ImplementaçãoAvaliação ELO PERDIDO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS Enganos comuns sobre a Implementação ✓ “Se política foi decidida, isso automaticamente garante que ela será implementada” ✓ “Basta se concentrar na decisão e no grupo decisório, enquanto a implementação pode ser relegada a segundo plano” ✓ “A implementação se resume a levar a cabo o que foi decidido: basta os executores fazerem o que deve ser feito” Fonte: Graças Rua Complexidades da Implementação ✓ Influências da arena política ✓ Imperfeições da formulação ✓ Conflitos diversos na execução ✓ Limitações de recursos (dinheiro, pessoas...) ✓ Desafios de coordenação Fonte: Graças Rua • Conceito introduzido por Lipsky para identificar os agentes públicos que entram em contato direto com os cidadãos • A burocracia do nível de rua (street level bureaucracy) considera que os escalões mais baixos são centrais e decisivos para o funcionamento efetivo das políticas, e têm grande poder sobre o que de fato é feito • Considera que os burocratas do nível de rua fazem parte da construção efetiva das políticas, por sua responsabilidade final na implementação • Argumenta que a aproximação com o cidadão aprimoraria a relação entre Estado e sociedade, mas que, em regra, a participação dos servidores não é bem estruturada Burocracia do Nível de Rua ▪ “Diversidade se refere à variedade de pessoas dentro de uma organização, de forma a refletir as características demográficas da sociedade em que está inserida...” ▪ “Inclusão se relaciona com valorização e acolhimento das características singulares de cada indivíduo, o que gera um senso de pertencimento organizacional.” Diversidade e Inclusão ESTRATÉGIAS DE DIVERSIDADE, INCLUSÃO E EQUIDADE DE GÊNERO E RAÇA EM ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL (Marcela Timóteo) ▪ “Equidade está ligada à promoção de justiça por meio do fornecimento de condições diferenciadas a certos grupos a partir do reconhecimento de barreiras que historicamente têm dificultado a sua participação nos ambientes organizacionais” ▪ “(...) frequentemente as estratégias de diversidade, inclusão e equidade são tratadas no âmbito organizacional sob o guarda-chuva da Gestão de Diversidade” Diversidade e Inclusão ESTRATÉGIAS DE DIVERSIDADE, INCLUSÃO E EQUIDADE DE GÊNERO E RAÇA EM ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL (Marcela Timóteo) 02. A respeito da diversidade, equidade e inclusão na escola, numerar a 2ª coluna de acordo com a 1ª e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA sobre o conceito de cada prática: (1) Diversidade. (2) Equidade. (3) Inclusão. (_) É a pluralidade de culturas, identidades, formas de pensar, experiências e trajetórias que podem ser encontradas em um grupo de pessoas. (_) Envolve um conjunto de ações que proporcionam acesso igual de participação, direitos e oportunidades a todas as pessoas. (_) É a garantia de tratamento diferenciado em igualdade de condições e oportunidades. Ou seja, os direitos e deveres são os mesmos, mas as necessidades de cada um para exercer seu papel na sociedade são diferentes e precisam ser atendidas de forma justa. A) 1 - 2 - 3. B) 3 - 1 - 2. C) 2 - 3 - 1. D) 1 - 3 - 2. D ▪ As ações afirmativas podem “se referir a diversas políticas públicas e privadas que têm por objetivo promover benefícios, recursos, oportunidades e direitos a grupos sociais que são, ou foram, discriminados na sociedade ou encontram-se em situação de desigualdade” ▪ Podem se destinar a grupos sociais distintos em razão de cor, etnia, gênero, região de origem, deficiência, condição socioeconômica e outros aspectos Ações Afirmativas Grupo de Trabalho Interministerial para a elaboração do Programa Federal de AÇÕES AFIRMATIVAS ▪ “As ações afirmativas têm por objetivo oferecer direitos e oportunidades a grupos historicamente discriminados ou em situação de desigualdade em diversos setores” ▪ “No Brasil, essas medidas são consideradas constitucionais e algumas são regulamentadas por leis federais e estaduais, enquanto outras dependem de decisões autônomas das diferentes instituições” Ações Afirmativas Grupo de Trabalho Interministerial para a elaboração do Programa Federal de AÇÕES AFIRMATIVAS ▪ Transversalidade: envolve a incorporação de diferentes perspectivas e dimensões em todas as fases das políticas, considerando não apenas os aspectos específicos, mas também suas interconexões com outras áreas. ▪ Intersetorialidade: implica a cooperação e coordenação entre diferentes setores do governo e atores da sociedade civil para atingir objetivos comuns. Ações Afirmativas Grupo de Trabalho Interministerial para a elaboração do Programa Federal de AÇÕES AFIRMATIVAS Exemplos: ▪ Estatuto da Igualdade Racial ▪ Leis de Cotas (universidades, concursos públicos) ▪ Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência ▪ Lei da Igualdade Salarial entre Mulheres e Homens Ações Afirmativas Grupo de Trabalho Interministerial para a elaboração do Programa Federal de AÇÕES AFIRMATIVAS ▪ Institui o Programa Federal de Ações Afirmativas - PFAA, no âmbito da administração pública federal direta, com a finalidade de promover direitos e a equiparação de oportunidades por meio de ações afirmativas destinadas às populações negra, quilombola e indígena, às pessoas com deficiência e às mulheres, consideradas as suas especificidades e diversidades Decreto 11.785/2023 Modalidades: ▪ Cotas ou reservas de vagas ▪ Critérios diferenciados de pontuação em processos seletivos ▪ Metas para ampliar a participação e a inclusão de grupos ▪ Critérios de desempate emprocessos competitivos Decreto 11.785/2023 Modalidades: ▪ Cursos preparatórios para processos seletivos ▪ Assistência financeira, como bolsas para permanência em instituições de ensino ou qualificação profissional ▪ Políticas de acessibilidade ▪ Destinação de recursos para ações afirmativas Decreto 11.785/2023 03. As ações afirmativas são políticas de correção de desigualdades e de efetivação de direitos. É uma tentativa de garantir a todos os segmentos excluídos uma participação e o usufruto dos bens, riquezas e oportunidades, o direito à cidadania, à cultura, à educação, ao trabalho digno e à participação das políticas públicas de caráter social. (Disponível em: <http://www.infoescola.com/sociologia/acoes- afirmativas>. Acesso em: 19 abr. 2014.) Com base nos conhecimentos sobre o debate teórico e político a respeito das ações afirmativas, assinale a alternativa correta. A) As ações afirmativas atuam especificamente no campo cultural, promovendo políticas de valorização das diversidades culturais e de reconhecimento das singularidades dos grupos identitários. B) As ações afirmativas dizem respeito especificamente às ações estatais, como, por exemplo, a prioridade a determinados grupos sociais no atendimento prestado pelos serviços públicos. C) As ações afirmativas se diferenciam das políticas puramente antidiscriminatórias, sendo uma ferramenta tanto de prevenção à discriminação quanto de reparação de seus efeitos. D) Entende-se por ações afirmativas as políticas universalistas, com o objetivo de promover a uniformidade social entre os diferentes grupos etnorraciais, de gênero e religiosos, entre outros. E) O Programa Bolsa Família, sendo uma política de combate à pobreza e de promoção da inclusão social, é um exemplo paradigmático de ação afirmativa para a efetivação de direitos dos segmentos excluídos. C “Com a CF88, as políticas públicas foram descentralizadas sem haver a preocupação de melhorar a articulação intergovernamental, nem considerando a heterogeneidade da Federação brasileira, gerando três resultados negativos: a) a adoção de um modelo compartimentalizado de relações intergovernamentais, nas quais cada nível de governo atuava mais de forma autárquica do que compartilhada.” ABRUCIO “b) o aumento da competição entre os governos subnacionais, em processos como a guerra fiscal ou o “jogo de empurra” das políticas públicas. c) a perda de uma visão mais sistêmica das políticas públicas, num país bastante desigual e que, por conta desta natureza, precisa de padrões básicos e de ações contra a assimetria dos entes federativos.” ABRUCIO “Mudanças após a estabilização (meados dos anos 1990): O Governo Federal recuperou poder e centralidade no jogo federativo, especialmente por meio da recentralização tributária e da redução de instrumentos financeiros predatórios usados pelos estados.” ABRUCIO “Mudanças após a estabilização (meados dos anos 1990): Coordenação federativa: criação de padrões nacionais (baseados em metas, avaliação e premiações / punições), com redistribuição de recursos segundo critérios de desempenho; e indução para que os governos subnacionais assumissem certos programas.” Desafios atuais: • Conciliar a descentralização das políticas públicas com a garantia dos direitos sociais. • Equilibrar a autonomia dos entes federados com sua interdependência. • Qualificação da burocracia estatal e suas relações com a política. ABRUCIO • Refere-se ao controle da Administração Pública realizado com a participação da Sociedade Civil, ou seja, pessoas e instituições que não estão vinculadas à estrutura governamental. • Pode ser realizado tanto pelas instituições da sociedade civil organizada quanto por cidadãos comuns, ao exercerem uma cidadania ativa e reivindicarem seus direitos. CONTROLE SOCIAL CONCEITO Estado: Instituição que assegure aos cidadãos o exercício do poder de controlar a Administração Pública. Sociedade Civil: Cidadãos interessados em exercer uma cidadania ativa, avaliando a ação governamental, manifestando suas opiniões e defendendo seus direitos. CONTROLE SOCIAL PRESSUPOSTOS ▪ A Constituição impulsiona democracia e direitos sociais no Brasil ▪ Integra democracia representativa e participativa, enfatizando a participação social em políticas públicas ▪ Valoriza a participação social no controle estatal e na gestão de políticas sociais ▪ Estabelece a participação social como essencial para a proteção e direitos sociais, representando inovação relevante pós-1988 A Participação Cidadã e a Constituição POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL: PARTICIPAÇÃO SOCIAL, CONSELHOS E PARCERIAS (Silva, Jaccoud, Beghin) • Orçamento Participativo • Audiências e Consultas Públicas • Colegiados Públicos (ex.: Conselhos) • Ouvidorias • Denúncias (ex: órgãos de controle, imprensa) Participação e Controle Social • Conferências • Colaboração Executiva (ex: OS, Oscip, ONGs) • Ações Judiciais (ex.: ação popular) • Fiscalização via entidades representativas • Assessoramento Externo Participação e Controle Social ▪ A participação social nas decisões políticas sociais foi estabelecida na Constituição e institucionalizada com conselhos ▪ Formados na década de 1990, incluem representantes do Estado e da sociedade, abrangendo diversas funções, desde apresentação de demandas até tomada de decisões ▪ Foram criados para permitir que a população influencie as políticas sociais, transformando os conselhos em canais de participação Conselhos de Políticas Públicas POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL: PARTICIPAÇÃO SOCIAL, CONSELHOS E PARCERIAS (Silva, Jaccoud, Beghin) ▪ Além de movimentos sociais, os conselhos acolhem diversos grupos e interesses, ampliando a representatividade e diversificando a participação ▪ Tornam-se arenas para múltiplos atores e interesses, refletindo a complexidade e variedade das políticas sociais ▪ Atenção: riscos de práticas clientelistas Conselhos de Políticas Públicas POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL: PARTICIPAÇÃO SOCIAL, CONSELHOS E PARCERIAS (Silva, Jaccoud, Beghin) ▪ “Os conselhos são instâncias públicas, localizadas junto à administração, com competências definidas e podendo influenciar ou deliberar sobre a agenda setorial, sendo também capazes, em muitos casos, de estabelecer a normatividade pública e a alocação de recursos dos seus programas e ações.” ▪ “Podem ainda mobilizar atores, defender direitos, ou estabelecer concertações e consensos sobre as políticas públicas.” Conselhos de Políticas Públicas POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL: PARTICIPAÇÃO SOCIAL, CONSELHOS E PARCERIAS (Silva, Jaccoud, Beghin) Problemas a considerar: ▪ Necessidade de aprimorar a mobilização dos setores representados, ampliando a organicidade da representação exercida ▪ Captura dos espaços participativos por interesses privados ou corporativos ▪ Predominância do Executivo nos processos decisórios Conselhos de Políticas Públicas POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL: PARTICIPAÇÃO SOCIAL, CONSELHOS E PARCERIAS (Silva, Jaccoud, Beghin) 01. Um conselho de gestão é uma forma de organização administrativa que possibilita a participação da população na gestão das políticas públicas - como saúde, educação e assistência social -, possuindo funções distintas. Quando um conselho realiza controle e acompanhamento das ações de gestão dos governantes, entende-se que está desenvolvendo a função: (A) fiscalizadora; (B) mobilizadora; (C) deliberativa; (D) consultiva; (E) estabilizadora. A ▪ “Conferência é uma instância de participação social convocada pelo poder público federal, que tem por objetivo institucionalizar a participação da sociedade nas atividades de planejamento, controle e gestão de uma determinada política ou de um conjunto de políticas públicas.” Conferências Presidência da República (gov.br) ▪ (...) instância de debate, de formulação e de avaliação sobre temas específicos e de interesse público, com a participação de representantes do governo e da sociedade civil; ▪ (...) espaços amplose democráticos de reflexão, discussão e articulação coletivas em torno de propostas e estratégias que apontam diretrizes para as várias políticas setoriais. Conferências Presidência da República (gov.br) ▪ “Pode-se caracterizar as conferências nacionais como processos institucionalizados de participação social e de deliberação coletiva, que ocorrem com alguma periodicidade e permitem o envolvimento direto da sociedade civil em decisões programáticas sobre setores específicos de atuação governamental” ▪ Participativas e Deliberativas! Conferências MOBILIZAÇÃO SOCIAL E DELIBERAÇÃO PARTICIPATIVA NA FORMAÇÃO DA AGENDA GOVERNAMENTAL: UMA ANÁLISE PROCESSUAL DAS CONFERÊNCIAS NACIONAIS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA (Silva, Cunha e Silva) ▪ “As conferências nacionais de políticas públicas se inserem no conjunto das instituições de deliberação participativa (IDP), que ganharam nas últimas duas décadas maior destaque e visibilidade na composição do processo de decisão e de controle da agenda governamental, nos distintos níveis federativos.” ▪ “Elas proporcionam ao Poder Executivo um contato direto com a base social sobre a qual incidem as principais ações e normatizações que são produzidas no âmbito de uma determinada área de política.” Conferências MOBILIZAÇÃO SOCIAL E DELIBERAÇÃO PARTICIPATIVA NA FORMAÇÃO DA AGENDA GOVERNAMENTAL: UMA ANÁLISE PROCESSUAL DAS CONFERÊNCIAS NACIONAIS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA (Silva, Cunha e Silva) Mas... ▪ “as decisões das conferências não são de adoção automática por parte do governo, ou seja, seus resultados são de natureza consultiva e não vinculante” ▪ “são convocadas por período determinado e não têm existência contínua”, de forma que podem não conseguir ser tempestivas em todas as etapas de decisão e gestão de políticas públicas ▪ as conferências não estão isentas de conflitos e disputas de interesse Conferências MOBILIZAÇÃO SOCIAL E DELIBERAÇÃO PARTICIPATIVA NA FORMAÇÃO DA AGENDA GOVERNAMENTAL: UMA ANÁLISE PROCESSUAL DAS CONFERÊNCIAS NACIONAIS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA (Silva, Cunha e Silva) Profa. Natale Souza Projeto 80/20Sprint Final CNU–Bloco4–Eixo2 Lei nº8.080/1990e suas alterações e atualizações Principais artigos: 2º- responsabilização do Estado 5º- objetivos do SUS 6º- campo de atuação do SUS 7º- princípios do SUS 23–participação do capital estrangeiro ✓ A Lei 8.080 é considerada a primeira lei orgânica da Saúde, ela veio para regulamentar os artigos constitucionais inerentes à saúde. ✓ ALei regula em todo território nacional e traz todo o contexto de organização do SUS. ✓ A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. ✓ o Artigo 1º da Lei 8.080, traz que ela regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados, isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado. Vamosconheceros itensfundamentaisparaasuaprova? CONJUNTAMENTE Art. 1ºEsta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados Como um organismo sistêmico, a lei orgânica prevê que o SUS deverá ser regido através dos seus princípios e diretrizes, de forma uniforme em todo o território nacional. DIREITOFUNDAMENTALDOSERHUMANO §1ºOdever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem Àredução de riscos de doenças e de outros agravos e Art.2ºAsaúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. No estabelecimento de condições que asseguremacesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua PROMOÇÃO RECUPERAÇÃO. Das pessoas Das empresas § 2ºOdever do Estado NÃOEXCLUIO Art. 5ºSão objetivos do Sistema Único de Saúde SUS: dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; destinada a promover, nos campos econômico e social, a observância do disposto no § 1ºdo art. 2ºdesta lei; por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. No artigo 6º vale a pena destacar os primeiros incisos, além dos conceitos de vigilância em saúde Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS): VIGILÂNCIA SANITÁRIA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA INTEGRAL, INCLUSIVE FARMACÊUTICA I. A execução de ações de: SAÚDE BUCAL II - a participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico; III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde; IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar; V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho; VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção; VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde; VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano; IX - a participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico; XI - a formulação e execução da política de sangue e seus derivados. XII – a formulação e a execução da política de informação e assistência toxicológica e de logística de antídotos e medicamentos utilizados em intoxicações. (Incluído pela Lei nº 14.715, de 2023) § 1º VIGILÂNCIA SANITÁRIA Do meio ambiente Da produção e circulação de bens Da prestação de serviços de interesse da saúde Conjunto de ações capaz de Diminuir ou Riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes A Vigilância Sanitária abrange: I - O controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e A detecção ou Prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva Tendo por FINALIDADE: Prevenção Controle das doenças ou Agravos § 2º Entende-se por vigilância epidemiológica CONJUNTO DE AÇÕES QUE PROPORCIONAM RECOMENDAR E ADOTAR AS MEDIDAS DE § 3º ENTENDE-SE POR SAÚDE DO TRABALHADOR Conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa À recuperação e Reabilitação Da saúde dos trabalhadores I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho; II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho; III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador; IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde; V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional; VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas; VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboraçãodas entidades sindicais; e VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores. § 4º Entende-se por saúde bucal o conjunto articulado de ações, em todos os níveis de complexidade, que visem a garantir promoção, prevenção, recuperação e reabilitação odontológica, individual e coletiva, inseridas no contexto da integralidade da atenção à saúde. (Incluído pela Lei nº 14.572, de 2023) § 5º Entende-se por assistência toxicológica, a que se refere o inciso XII do caput deste artigo, o conjunto de ações e serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento das intoxicações agudas e crônicas decorrentes da exposição a substâncias químicas, medicamentos e toxinas de animais peçonhentos e de plantas tóxicas. (Incluído pela Lei nº 14.715, de 2023) Art. 6º-A. As diferentes instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS) ficam obrigadas a disponibilizar nas respectivas páginas eletrônicas na internet os estoques de medicamentos das farmácias públicas que estiverem sob sua gestão, com atualização quinzenal, de forma acessível ao cidadão comum. PRINCÍPIOS DO SUS (art. 7°) As diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios: com direção única em cada esfera de governo DESCENTRALIZAÇÃO Com prioridade para as atividades preventivas; Sem prejuízo dos serviços assistenciais; Tema discutido na Lei 8.142/90 Obedecendo ainda aos seguintes princípios: ATENDIMENTO INTEGRAL PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE De acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; I - UNIVERSALIDADE Entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços II - INTEGRALIDADE DE ASSISTÊNCIA PREVENTIVO e CURATIVO INDIVIDUAIS e COLETIVOS Exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; Das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; III - PRESERVAÇÃO DA AUTONOMIA Sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; IV - IGUALDADE DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE Às pessoas assistidas, sobre sua saúde; V - DIREITO À INFORMAÇÃO Quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário; VI - DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES Para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática; VII - UTILIZAÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA Tema discutido na Lei 8.142/90 VIII - PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE Com direção única em cada esfera de governo com: Regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde; IX - DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICO- ADMINISTRATIVA Em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico; X - INTEGRAÇÃO Financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da união, dos estados, do distrito federal e dos municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população; XI - CONJUGAÇÃO DOS RECURSOS Dos serviços em todos os níveis de assistência; XII - CAPACIDADE DE RESOLUÇÃO De modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos. XIII - ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS Para mulheres e vítimas de violência doméstica em geral, que garanta, entre outros, atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas reparadoras. XIV – ORGANIZAÇÃO DE ATENDIMENTO PÚBLICO ESPECÍFICO E ESPECIALIZADO XV – proteção integral dos direitos humanos ❑ de todos os usuários e especial atenção à identificação de o Maus-tratos o Negligência e de o Violência Sexual praticados contra crianças e adolescentes.” (NR). Art. 23. É permitida a participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde nos seguintes casos: (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015) I - doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos; (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142 II - pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar: (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, policlínica, clínica geral e clínica especializada; e (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) b) ações e pesquisas de planejamento familiar; (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) III - serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade social; e (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) IV - demais casos previstos em legislação específica. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art142 Lei Orgânica da Saúde 8.142/90 Conhecida como a segunda Lei orgânica da Saúde, vem regulamentar, de forma mais precisa, a diretriz constitucional da Participação da Comunidade no SUS. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde - SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. O artigo 1º da Lei 8.142/90 é um dos mais cobrados em provas pelas mais diversas bancas. Ele trata de forma mais específica sobre as duas instâncias colegiadas do Controle Social na Saúde, as Conferências e os Conselhos de Saúde. Art. 1º - § 1° A Conferência de Saúde reunir- se-á Convocada: A CADA QUATRO ANOS Com a representação dos vários segmentos sociais Para avaliar A situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes Pelo poder executivo ou Extraordinariamente, por esta ou pelo conselho de saúde. Representantes do governo Profissionais de saúde e § 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por: Art. 1º - Atua: Cujas decisões serão: ❑Homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. Na formulação de estratégias e No controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive Nos aspectos ECONÔMICOS E FINANCEIROS § 3° O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e O conselho nacional de secretários municipais de saúde (conasems) § 4° A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos 50% 50% § 5° As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde Terão representação no Conselho Nacional de Saúde. Terão sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho. Art. 2° Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como: I - despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da administração direta e indireta; II - investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional; III - investimentos previstos no Plano Quinquenal do Ministério da Saúde; IV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios, Estados e Distrito Federal. Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com: I - Fundo de saúde; II - Conselho de saúde, com composição paritária III - Plano de saúde; IV - Relatórios de gestão V - Contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento; VI - Comissão de elaboração do plano de carreira, cargos e salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua implantação. DECRETONº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011 Após 21 anos da publicação da Lei 8.080/90, o SUS continuou avançando em sua proposta de fortalecer o sistema de saúde, com mais um significativo feito, a publicação do Decreto nº 7.508/2011. A Lei Orgânica da Saúde 8.080/90 regulamenta os artigos constitucionais da Saúde, de certa forma, amplia e ratifica o SUS. Nesse mesmo sentido, em 2011 foi publicado o Decreto 7.508, para regulamentar a Lei 8.080/90. Principais artigos: 2º - conceitos importantes 5º - requisitos para as regiões de saúde 9º - portas de entrada do SUS 15 – planejamento no SUS 21 – RENASES 25 - RENAME O artigo 2º merece 100% de atenção! Art. 2º Para efeito deste Decreto, considera-se: Espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de municípios limítrofes, delimitado a partir de econômicas e sociais e A organização O planejamento e a Execução de ações e serviços de saúde; I - Região de Saúde Com a finalidade de integrar ✓ Acordo de colaboração firmado entre entes federativos Com a finalidade de: II - Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde Organizar e integrar as ações e serviços de saúde na rede regionalizada e hierarquizada, com definição de Responsabilidades Indicadores e metas de saúde Critérios de avaliação de desempenho Recursos financeiros Que serão disponibilizados, forma de controle e fiscalização de sua execução e demais elementos necessários à implementação integrada das ações e serviços de saúde; III - Portas de Entrada IV - Comissões Intergestores V - Mapa da Saúde Descrição geográfica Da distribuição de recursos humanos e De ações e serviços de saúde Ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada Considerando-se: A capacidade instalada existente Os investimentos e o desempenho aferido A partir dos indicadores de saúde do sistema Com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde; Conjunto de ações e serviços de saúde articulados em VI - Rede de Atenção à Saúde Serviços de saúde específicos para o atendimento da pessoa que, em razão de agravo ou de situação laboral, necessita de atendimento especial; VII - Serviços Especiais de Acesso Aberto Documento que estabelece: VIII - Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica Critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; O tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando couber; As posologias recomendadas; Os mecanismos de controle clínico; e O acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS. Art. 5º Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no mínimo, ações e serviços de: I - atenção primária; II - urgência e emergência; III - atenção psicossocial; IV - atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e V - vigilância em saúde. Parágrafo único. A instituição das Regiões de Saúde observará cronograma pactuado nas Comissões Intergestores. Art. 9º São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde nas Redes de Atenção à Saúde os serviços: I - de atenção primária; II - de atenção de urgência e emergência; III - de atenção psicossocial; e IV - especiais de acesso aberto. Art. 15. O processo de planejamento da saúde Será ascendente e integrado § 1º O planejamento da saúde é obrigatório para os entes públicos e será indutor de políticas para a iniciativa privada. § 2º A compatibilização de que trata o caput será efetuada no âmbito dos planos de saúde, os quais serão resultado do planejamento integrado dos entes federativos, e deverão conter metas. § 3º O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá As diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos de saúde De acordo com as características epidemiológicas e da organização de serviços nos entes federativos e nas regiões de saúde. Art. 16. No planejamento devem ser considerados: Prestados pela iniciativa privada De forma complementar ou não ao SUS Regional Estadual e Nacional. Os serviços e as ações Art. 17. O Mapa da Saúde será utilizado: ❑Na identificação das necessidades de saúde Orientará: O planejamento integrado dos entes federativos Art. 18. O planejamento da saúde em âmbito estadual deve ser realizado de maneira regionalizada, a partir das necessidades dos Municípios, considerando o estabelecimento de metas de saúde. Art. 19. Compete à Comissão Intergestores Bipartite - CIB de que trata o inciso II do art. 30 PACTUAR ❖ As etapas do processo e ❖ Os prazos do planejamento municipal Em consonância com os planejamentos estadual e nacional. Art. 21 A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde RENASES Compreende todas as ações e serviços que o SUS oferece ao usuário para atendimento da integralidade da assistência à saúde. Art. 22. O Ministério da Saúde disporá sobre: A RENASES em âmbito nacional Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da Saúde consolidará e publicará as atualizações da RENASES. Art. 23. A União Os Estados O Distrito Federal e Os Municípios Pactuarão nas respectivas comissões intergestores as suas responsabilidades em relação ao rol de ações e serviços constantes da RENASES. Art. 24. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão: ✓ Adotar relações específicas e complementares de ações e serviços de saúde, em consonância com a RENASES. Art. 25 Art. 25 A relação nacional de medicamentos essenciais - RENAME compreende Parágrafo único. A RENAME será acompanhada PRESCRIÇÃO A DISPENSAÇÃO e O USO DOS SEUS MEDICAMENTOS. A seleção e a padronização de medicamentos indicados para atendimento de doenças ou de agravos no âmbito do SUS. Art. 26. O Ministério da Saúde é: ✓O órgão competente para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas ✓ Em âmbito nacional, observadas as diretrizes pactuadas pela CIT. Parágrafo único. O Ministério da Saúde consolidará e publicará as atualizações: ✓ I - da RENAME, a cada dois anos, e disponibilizará, nesse prazo, a lista de tecnologias incorporadas, excluídas e alteradas pela CONITEC e com a responsabilidade de financiamento pactuada de forma tripartite, até que haja a consolidação da referida lista; ✓ II - do FTN, à medida que sejam identificadas novas evidências sobre as tecnologias constantes na RENAME vigente; e ✓ III - de protocolos clínicos ou de diretrizes terapêuticas, quando da incorporação, alteração ou exclusão de tecnologias em saúde no SUS e da existência de novos estudos e evidências científicas identificados a partir de revisões periódicas da literatura relacionada aos seus objetos.” (NR) As alterações acima foram incluídas através do: • Altera o Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, e o Decreto nº 7.646, de 21 de dezembro de 2011, para dispor sobre a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde e sobre o processo administrativo para incorporação, exclusão e alteração de tecnologias em saúde pelo Sistema Único de Saúde. DECRETO Nº 11.161, DE 4 DE AGOSTO DE 2022 OBRIGADA! EIXO TEMÁTICO 3 Sociologia e Psicologia Aplicadas ao Trabalho Tópicos 1. Sociologia do trabalho e seu objeto de estudo: – 1.1 O trabalho como uma categoria do pensamento sociológico. – 1.2 O Conceito de Trabalho. – 1.3 Trabalho: ação, necessidade e coerção. – 1.4 Exploração e alienação. – 1.5 Trabalho e progresso técnico. – 1.6 Divisão do trabalho e distribuição de tarefas. – 1.7 Processo de trabalho e organização de trabalho. – 1.8 O trabalho humano e sua evolução histórica: trabalho escravizado, trabalho feudal em servidão, trabalho livre desprotegido. Bibliografia ALBORNOZ, Suzana. O que é Trabalho? São Paulo: Brasiliense, 2004 (Coleção Primeiros Passos). FRIEDMANN, Georges & NAVILLE, Pierre. Tratado de Sociologia do Trabalho volume I. Trad. de Octávio Mendes Cajado. São Paulo: Cultrix; Editora da Universidade de São Paulo, 1973 [1962]. GIDDENS, Anthony.Sociologia. Trad. Alexandra Figueiredo et all. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008 [2001]. Trabalho x Emprego Trabalho “Podemos definir o trabalho, remunerado ou não, como a realização de tarefas que envolvem o dispêndio de esforço mental e físico, com o objetivo de produzir bens e serviços para satisfazer necessidades humanas. Uma ocupação ou emprego é um trabalho efectuado em troca de um pagamento ou salário regular. O trabalho é, em todas as culturas, a base da economia. O sistema económico consiste em instituições que tratam da produção e distribuição de bens e serviços.” (GIDDENS, 2008, p. 378). “O conjunto das ações que o homem, com uma finalidade prática, com a ajuda do cérebro, das mãos, de instrumentos ou de máquinas, exerce sobre a matéria, açõe que, por sua vez, reagindo sobre o homem, modificam-no” (FRIEDMANN, 1973, p. 20-21); Tr ab al ho Especificamente humano Ambivalente Intenção, liberdade e complexidade Ação/realização ou alienação ALBORNOZ, 2004; FRIEDMANN, 1973 Transformação da natureza e de si Mutável Variável histórica e socialmente Criação de valor mediante esforço Adaptação ou domínio Tr ab al ho (A sp ec to s) Fisiológico Social Fadiga (moradia, transpore, lazer etc.) FRIEDMANN, 1973 Psicológico Técnico Econômico Equipamento, posto de trabalho etc. Apitdão, motivação, satisfação etc. Relações Salário, gestão etc. Trabalho, Necessidade e Liberdade 1. Descompasso entre desejo de consumo e poder aquisitivo; 2. Círculo vicioso: é preciso ter vantagens materiais para querer produzir mais; 3. A pressão por consumo pode levar o trabalhador a empregar seu tempo livre para outras atividades remuneradas; 4. Humanização do trabalho: reconhecimento das condições que permitem interesse e satisfação; 5. Assegurar expressão e desenvolvimento da personalidade durante o tempo livre; Trabalho e Coerção 1. Coação interna: vocação, ideal ou necessidade de criação artística ou científica; 2. Coação externa: física, social ou econômica; 3. Coação é experimentada de diversas maneiras por diferentes pessoas e pode coexistir com estados de satisfação; Sociologia do Trabalho “O estudo, nos diversos aspectos, de todas as coletividades humanas que se constituem graças ao trabalho” (FRIEDMANN, 1973, p. 37). Dito de outro modo, “toda e qualquer coletividade de trabalho que apresente traços mínimos de estabilidade (dos quais trataremos a propósito dos conceitos de estrutura e organização) pode ser objeto para a Sociologia do Trabalho [...].” (FRIEDMANN, 1973, p. 37). Esses temas devem ser considerados pelo ângulo estrutural, isto é, pela consideração dos aspectos das atividades de trabalho de forma interconectada, não formando campos separados ou variáveis independentes. Objetos da Sociologia do Trabalho 1. Problemas de mão-de-obra, migração, imigração, distribuição na coletividade de trabalho, de acordo com as raças, os sexos, as idades etc.; 2. A natureza e a distribuição das categorias profissionais em sua relação com a revolução do progresso técnico; 3. Absenteísmo, o rodízio do pessoal (turnover), o desemprego, a aposentadoria; 4. Os diversos grupos formais e informais, internos ou secantes em relação à coletividade global do trabalho e particularmente à empresa industrial (FRIEDMAN, 1973, p. 39). Sociologia das Organizações 1. Uma rede de indivíduos que exercem funções; 2. O apego responsável deles às atividades funcionais, bem definidas e delimitadas num conjunto; 3. Uma finalidade para qual todos trabalham; 4. Uma estrutura, isto é, um sistema estável e coordenado de relações entre as funções; 5. Torganização envolve coação. 6. Aspectos psicológicos são necessários para o bom funcionamento da organização; Divisão do Trabalho O termo “divisão do trabalho” pode significar tanto a distribuição das funções produtivas em uma sociedade como um todo quanto a distribuição de tarefas dentro de uma determinada empresa. Ela expressa, ao mesmo tempo, relações de antagonismo e cooperação. Na empresa a questão da distribuição de tarefas corresponde ao exame das condições em que indivíduos e grupos são levados a coordenar suas ações (FRIEDMANN, 1973). Di vi sã o do Tr ab al ho FRIEDMANN, 1973 Vertical Horizontal Divisão Técnica (cooperação) Divisão Hierárquica (antagonismo) Distribuição de Tarefas Tipos de Trabalho 1. Trabalho extrativo; 2. Agricultura; 3. Artesanato; 4. Revolução industrial: a. Século XVIII: máquina a vapor; b. Século XIX: eletricidade; c. Século XX: automação; Alienação no Trabalho Industrial 1. Separação do produtor e produto (menos reconhecimento e controle); 2. Separação entre produtor e consumidor (produção para um mercado anônimo); 3. Trabalho é uma mercadoria alienável; 4. Produção para acumulação e não para consumo (mais-valia); 5. Separação entre lugar de trabalho e lugar de moradia; 6. Separação das partes do processo de produção (trabalhador não domina o produto final); 7. Submissão do trabalhador ao tempo da máquina e da disciplina; Escravidão Servidão Trabalho livre 1. Escravo é propriedade do senhor; 2. Trabalho compulsório; 3. Poder ilimitado do senhor; 4. Condição inferior dos escravos; 1. Produção para consumo e troca do excedente; 2. Trabalho não é uma mercadoria; 3. Terras comuns; 4. Corporações de ofício; 1. Produção para venda; 2. Trabalho é mercadoria; 3. Meios de produção privados Tópicos 2 Fases históricas iniciais da industrialização: 2.1 Artesanato, manufatura, maquinofatura e mecanização da produção. 2.2 A Revolução Industrial e o capitalismo industrial. 2.3 Modelos de gestão e organização do trabalho: taylorismo, fordismo, toyotismo, plataformas digitais e seus impactos no trabalhador e na sociedade. 2.4 A organização dos trabalhadores e trabalhadoras: • 2.4.1 O movimento operário. • 2.4.2 Sindicalização e militantismo. • 2.4.3 A ação sindical e sua tipologia. • 2.4.4 A evolução do sindicalismo diante das transformações do mundo do trabalho. • 2.4.5 Greves e conflitos trabalhistas. Tópicos 2 Fases históricas iniciais da industrialização 2.5 A crise atual da sociedade do trabalho: • 2.5.1 O processo de globalização, seus efeitos sociais e as novas cadeias produtivas. • 2.5.2 O proletariado de serviços, as plataformas digitais, a inteligência artificial e o ciberproletariado. • 2.5.3 A necessidade de novas competências, qualificações e as funções em extinção. • 2.5.4 Flexibilização, informalidade, terceirização e precarização das condições de trabalho. Capitalismo x Mercado Taylorismo (1910) 1. Frederick Taylor (1856-1915); 2. Administração científica; 3. Separação entre gerência e execução; 4. Especialização do trabalho; 5. Padronização da produção; 6. Remuneração por desempenho; 7. Administração rigorosa do tempo; Taylorismo (1910) 1. Substituição de métodos improvisados por métodos testados; 2. Selecionar e treinar trabalhadores segundo suas aptidões; 3. Salários maiores e jornadas menores; 4. Aumentar lucros e produtividade; Fordismo (1913) Padronização Divisão rígida das tarefas Toyotismo (1970) Ju st -in -ti m e Produção por demanda Toyotismo (1970) 1. Taiichi Ohno (1912-1990). 2. Descentralização da produção; 3. Articulação entre as ilhas de produção; 4. Número reduzido de trabalhadores; 5. Multitarefas e alta especialização; 6. Controle horizontal; Mudanças no trabalho 1. Advento da economia do conhecimento (Redução da ocupação manual e aumento do trabalho em serviços); 2. Uberização; Globalização “Os sociólogos usam o termo globalização quando se referem a estes processos que intensificam cada vez mais a interdependência e as relações sociais a nível mundial.” (GIDDENS, 2008, p. 51). Im pa ct os Mudança da cultura popular GIDDENS, 2008, p. 61-69 Individualização Flexibilização do trabalho Aumento dos Riscos manufaturados Homogeneização? Fragmentação? Saúde Meio ambiente Pensamento a nível global Responsabilidade internacionalAumento da desigualdadeAlcance e imprevisibilidade Global Economia do conhecimento “É difícil formular uma definição precisa para economia do conhecimento; porém, em termos gerais, entende-se por tal uma economia na qual as ideias, a informação e as formas de conhecimento sustentam a inovação e o crescimento económico. Uma economia do conhecimento é aquela em que grande parte da força de trabalho está envolvida não na produção material ou distribuição de bens materiais, mas na sua concepção, desenvolvimento, tecnologia, marketing, vendas e serviços. Estes empregados podem ser denominados como trabalhadores do conhecimento. ” (GIDDENS, 2008, p. 380). Impactos das mudanças do trabalho 1. Perda da força dos sindicatos; 2. Precarização do trabalho (perda de direitos e previdência social); 3. Aumento da sensação de insegurança; 4. Aumento da ansiedade e cobrança; Neoliberalismo EMPREGO Instabilidade e adaptação TRABALHO Estabilidade e direitos Competências Uberização 1. a intermediação da prestação de serviços pelas plataformas; 2. Terceirização dos prestadores de serviços; 3. Terceirização dos estoques; 4. Exigência de poucos requisitos para a contratação de prestadores de serviços; 5. Contratação por demanda; 6. Alta flexibilização; Sindicatos Forma de organização da classe trabalhadora, que surgiu na Inglaterra durante a Revolução Industrial (Trade Unions, 1824). In st itu iç õe s Op er ár ia s Movimento Socialista Movimento de revolta Sindicalismo Si nd ic at os Sindicalismo de Oposição Sindicalismo Associado ao Poder Sindicalismo de Controle Rejeição da Política, em favor da Revolução Gestão da empresa Organização da produção (URSS) Sindicatos Profissionais Patronais Federações Confederações Centrais Nacional Várias cat. M es m a c at eg or ia 1. 1889-1930: Anarcosindicalismo (livre); 2. 1930-1945: Sindicalismo Pelego; 3. 1945-1964: Busca de uma central; 4. 1964-1977: Repressão aos sindicatos; 5. 1978-1988: Novo Sindicalismo; Sindicatos Tópicos 1. O trabalho como categoria estruturante na sociedade capitalista: – 3.1 O trabalho no pensamento clássico. – 3.2 A teoria do valor-trabalho. – 3.3 Divisão social do trabalho. – 3.4 Divisão sociossexual e racial do trabalho. O trabalho no pensamento clássico Trabalho segundo Durkheim 1. O trabalho é um fato social presente em todas as sociedades; 2. A divisão social do trabalho é um fator de coesão social; SOLIDARIEDADE MECÂNICA SOLIDARIEDADE ORGÂNICA Sociedades “primitivas” Sociedades modernas Semelhança de ocupações e crenças Disparidade de ocupações e crenças Consenso e coerções sociais severas Interdependência e reciprocidade econômica Coletivista Individualista Divisão social do trabalho Trabalho segundo Weber 1. Diferença do sentido do trabalho para católicos (trabalho como penitência e condenação do lucro) e protestantes; 2. “Afinidades eletivas” entre a ética protestante e o “espírito” do capitalismo; AFINIDADES ELETIVAS (ANALOGIA ESTRUTURAL) ÉTICA PROTESTANTE ESPÍRITO DO CAPITALISMO Ascetismo puritano Economia do capital A ética protestante do trabalho Disciplina burguesa Valorização calvinista do ofício virtuoso Ethos do empreendimento burguês racional, Concepção ascética do uso utilitário das riquezas Acumulação produtiva do capital Exigência puritana da vida metódica e sistemática Busca racional do lucro capitalista OLIVEIRA, 2022, p. 3 Trabalho segundo Marx 1. Dois sentidos de trabalho: a. Trabalho como produção do mundo e realização humana; b. Trabalho estranhado (trabalho assalariado alienado; teoria do valor trabalho); Especialização Menos interrupções Mais habilidadeAumenta produção Permite o uso de máquinas Divisão Social do Trabalho Interesse próprio Tendência natural para trocar Necessidade dos semelhantes Vantagem mútua Divisão Social do Trabalho Teoria do Valor-Trabalho Teoria do Valor-Trabalho Divisão sociosexual e racial do trab. Tópicos 4 Conceitos básicos e definições sobre Economia do Trabalho e mercado de trabalho: • 4.1 População ocupada. • 4.2 Trabalho profissional e trabalho doméstico. • 4.3 Orientação, formação e qualificação profissional. • 4.4 Atores no mercado de trabalho. • 4.5 Mercado de trabalho formal e informal. • 4.6 Agentes econômicos. • 4.7 Trabalho e empresa. Economia do Trabalho “A economia do trabalho estuda como os mercados de trabalho funcionam.” (BORJAS, 2015, p. 1). Vocabulário 1. População ocupada: pessoas que trabalharam com ou sem remuneração no tempo de referência; 2. População não ocupada: pessoas dispostas a trabalhar, que não conseguiram trabalho; 3. População fora da força de trabalho: pessoas que não estavam ocupadas nem desocupadas nessa semana. 4. Trabalho profissional: trabalho remunerado fora do domicílio 5. Trabalho doméstico: trabalho não remunerado dentro do domicílio. Fonte: IBGE Vocabulário 6. Trabalho formal: trabalho registrado e com direitos; 7. Trabalho informal: trabalho sem registro e sem direitos. 8. Agentes econômicos: entes que atuam no sistema econômico (famílias, empresas e governo) Fonte: IBGE Atores (maximização do bem-estar) 1. Interesses conflitantes (salário x nº de empregos) e equilíbrio (oferta = demanda) 2. Empresas (coadjuvante): procuram comprar a mão de obra pelo menor preço; a. A demanda por trabalho da empresa é uma demanda derivada, ou seja, advinda dos desejos dos consumidores. b. curva de demanda por trabalho que se inclina negativamente 3. Trabalhadores (principal): procuram vender sua mão de obra por um preço mais alto (oferta de trabalho); a. a curva de oferta de trabalho é, em geral, positivamente inclinada b. Salário aumenta a oferta de trabalho; BORJAS, 2015, p. 3-5 Atores (maximização do bem-estar) 4. Governo: impõe para regulamentar as transações no mercado de trabalho; 5. Sindicatos; BORJAS, 2015, p. 3-5 Atores (maximização do bem-estar) BORJAS, 2015, p. 3-5 1. População Brasileira: 203.062.512; 2. Pessoas autodeclaradas pretas: 9,1%; 3. Pessoas autodeclaradas pardas: 47%; Fonte: Agência IBGE Notícias População Brasileira Emprego 1. Em 2021, a taxa de desocupação foi de 11,3% para a população branca, 16,5% para a preta e 16,2% para a parda. Já as taxas de subutilização destas populações foram, respectivamente, 22,5%, 32,0% e 33,4%. 2. Em 2021, a taxa de informalidade da população ocupada era 40,1%, sendo 32,7% para os brancos, 43,4% para os pretos e 47,0% para os pardos. Fonte: Agência IBGE Notícias Emprego 3. O rendimento médio dos trabalhadores brancos (R$3.099) superava muito o de pretos (R$1.764) e pardos (R$1.814) em 2021. 4. Mais da metade (53,8%) dos trabalhadores do país em 2021 eram pretos ou pardos, mas esses grupos, somados, ocupavam apenas 29,5% dos cargos gerenciais, enquanto os brancos ocupavam 69,0% deles. Fonte: Agência IBGE Notícias Fo n te : P n a d C o n tí n u a - IB G E . E la b o ra çã o : D IE E S E .Mulheres na força de trabalho Fo n te : P n a d C o n tí n u a - IB G E . E la b o ra çã o : D IE E S E . Remuneração Fo n te : P n a d C o n tí n u a - IB G E . E la b o ra çã o : D IE E S E . Proteção Social e Direitos Trabalhistas Fo n te : P n a d C o n tí n u a - IB G E . E la b o ra çã o : D IE E S E . Proteção Social e Direitos Trabalhistas Fo n te : P n a d C o n tí n u a - IB G E . E la b o ra çã o : D IE E S E . Até um salário mínimo Trabalho Doméstico 1. Em 2019, as mulheres dedicavam 10,6 horas a mais do que os homens aos afazeres domésticos e/ou cuidados de pessoas. Em 2022, essa diferença era de 9,6 horas. 2. A divisão das tarefas domésticas permanece desigual mesmo entre os trabalhadores: em média, as mulheres ocupadas dedicaram 6,8 horas a mais do que os homens ocupados aos afazeres domésticos e/ou cuidado de pessoas em 2022. 3. As mulheres que se declararam pretas tinham amaior taxa de realização de afazeres domésticos (92,7%). Fonte: IBGE. Pnad Contínua. Outras Formas de Trabalho, 2022 Tópicos 1. Estruturas de mercado: concorrência perfeita, monopólio, oligopólio e monopsônio. 2. Salário. 3. Capital Humano e investimento na qualificação; 4. Salário Mínimo. Estruturas de Mercado Estruturas de Mercado - Monopólio; - Oligopólio; - Concorrência monopolística; - Concorrência perfeita; - Monopsônio; - Oligopsônio; Estruturas de Mercado - Monopólio: 1 empresa e produto único; - Oligopólio: poucas empresas e produto homogêneo; - Concorrência monopolística: muitas empresas e produtos diferenciados. - Concorrência perfeita: muitas empresas e produtos homogêneos; - Monopsônio: 1 consumidor - Oligopsônio: poucos consumidores MANKIW, 2013, p. 347 Salário Salário: valor pago em troca do trabalho exercido no emprego. Salário real: poder de compra; Salário nominal: quantidade de dinheiro; Salário Mínimo Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; CF/88 Salário Mínimo Art. 76 - Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de satisfazer, em determinada época e região do País, as suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte. Decreto-Lei nº 5.452/43 Impactos do Salário Mínimo BORJAS, 2012, p. 131 Resultados do Salário-Mínimo O salário mínimo (SM) gera o desemprego (demissão + desejo de entrar no mercado de trabalho). O SM beneficia sobretudo os trabalhadores não qualificados que não foram demitidos. BORJAS, 2012, p. 134 Resultados do Salário-Mínimo A entrada e a livre saída de trabalhadores para dentro e para fora do mercado de trabalho pode equilibrar os salários reais em uma economia. Evidências dos Impactos do SM 1. Análise de séries de tempo (time-series): correlacionam o emprego de um grupo em um ano específico com alguma medida do salário mínimo real; 2. Análise de casos específicos: Salário mínimo e pobreza Os principais beneficiários do salário mínimo são trabalhadores em lares com uma situação melhor, e não os mais pobres. Capital Humano Conjunto singular de qualificações e habilidades adquiridas Nível de Escolaridade da Pop. É determinado pelo trade-off entre ganhos mais baixos hoje e ganhos mais altos no futuro, assim como as restrições financeiras e institucionais que limitam o acesso à educação. Nível de Escolaridade da Pop. Como resultado do capital humano adquirido por meio de treinamento e programas vocacionais, aquelas pessoas com grau universitário, na faixa de 50 anos de idade, ganham duas vezes mais do que aqueles que acabaram de se formar e estão na faixa de 20. A educação tem um papel importante em melhorar os resultados do mercado de trabalho, para os homens, para as mulheres e para os trabalhadores de todos os grupos raciais e étnicos Lócus salário-escolaridade Indica o salário que os empregadores estão dispostos a pagar a um trabalhador específico para cada nível de escolarização. Lócus salário-escolaridade - 1) É positivamente inclinado: trabalhadores mais educados ganham mais; - 2) Diz por quanto os ganhos de um trabalhador devem aumentar se ele obtiver mais um ano de escolarização. - 3) É côncavo: ganhos monetários de cada ano adicional de escolarização declinam à medida que mais educação é adquirida (a lei dos retornos decrescentes). Bibliografia BORJAS, George J. Economia do Trabalho. Trad. Brian Taylor. Porto Alegre: AMGH, 2012. MANKIW, Gregory N. Introdução à Economia. Trad. Alan Vidigal Hastings, Elisete Paes e Lima, Ez2 Translate; rev. técnica Manuel José Nunes Pinto. São Paulo: Cengage Learning, 2013, 6 ed. Projeto 80/20 Sprint Final 3 Bloco 4Eixo 3 Bloco 4–Trabalho e Saúde do Servidor Eixo 3–Sociologia e Psicologia Aplicadas ao Trabalho • 8Psicologia social e aplicação no trabalho: • 8.1 Relação entre indivíduo e sociedade. • 8.2 Intervenções psicossociais em comunidades e organizações. • 8.3 Psicologia social na saúde, educação, justiça e políticas públicas. • 8.4 Promoção da mudança social e enfrentamento de problemas sociais. • 8.5 Identidade pessoal, social, pertencimento e processos de categorização social. • 8.6 Identidade de gênero, etnia, nacionalidade, entre outras. • 8.7 Grupos e Dinâmicas de Grupo: • 8.7.1 Formação e desenvolvimento de grupos. • 8.7.2 Liderança, poder e influência dentro de grupos. • 8.7.3 Processos de coesão e conflito em grupos. • 9.2 Trabalho, motivação, satisfação e alienação. Projeto 80/20 Sprint Final Bloco 4Eixo 3 2 Considerando a temática do Bloco 4e a escolha no Eixo 3pela Psicologia Social como referência, vamos concentrar nossa atenção aos aspectos que envolvem: • PercepçãodeRealidade; • Socialização; • Identidade; • Grupos; • LiderançaePoder; • Motivação; • Satisfaçãoe; • AlienaçãodoTrabalho. PercepçãodeRealidade 3 Para a Psicologia Social, construímos a nossa realidade baseados nas referências que chegam até nós a partir dos nossos sentidos (sensações), das nossas emoções (afetos) e da cultura (conhecimentos). Ao longo de toda a nossa vida somos apresentados a novas experiência e vamos alterando o nosso entendimento sobre as “coisasdomundo”. Chamamos este processo individual de construção e compreensão da realidade deAtitude. PercepçãodeRealidade 4 A atitude é composta por 3 elementos: cognição, afeto e tendênciacomportamental. Trata-se de uma pré-disposição que o indivíduo tem para agir (comportar-se) diante de um objeto social (pessoa, situação ou conceito). Não temos acesso direto as atitudes do indivíduo, apenas a sua manifestação comportamental. PercepçãodeRealidade 5 Apesar da atitude ser um evento privado, ela é diretamente influenciada por fatores externo (ambientais, culturais, sociais e circunstanciais). Paramudar atitudes é necessário atuar sobre o comportamento manifesto, sobre os valores, crenças e ideias e sobre os afetos que compõe a atitude. Cultura e afeto são mais difíceis de mudar (maior resistência à mudança) de forma que o comportamento é o elemento mais acessível (“fácil”)de modificar. Entretanto, a mudança comportamental NÃONECESSARIAMENTE vai provocar mudança de atitude. Socialização 6 A socialização se dá a partir da introdução do indivíduo em um universo de regrasenormaspré-estabelecidas. As instituições sociais (família, escola, igreja, trabalho) fazem a mediação entre o mundo individual (privado) e o mundo social (coletivo). As instituições sociais atuam na homogenização da massa, buscando que todos pensem e ajam da mesma maneira. A este padrão social compartilhado de comportamento chamamosConformidade. Socialização 7 Aconformidade pode ser expressa como: • Aceitação –concordância completa com o que está socialmente estabelecido. Atitude e comportamento estão em sincronia. • Aquiescência – concordância pública com o que está estabelecido, mas discordância pessoal (privada). Atitude e comportamento estão em dissonância cognitiva. • Obediência – concordância mediante uma ordem, baseada em poder e/ou hierarquia. Atitude e comportamento podem ou não estar em sincronia. Socialização 8 Como animais sociais, dependemos e apreciamos a companhia e a presença de outros. Desejamos ser aceitos e acolhidos. Estar fora do grupo ou da estrutura social (discriminado, marginalizado, excluído) leva a um prejuízo à saúde física e mental do indivíduo. Concordamos com o grupo (e suas regras) porque temos necessidadedePertencimento. Pertencer implica em ter uma posição reconhecida e legitimada dentro de uma estrutura social (grupos ou instituições sociais), e assim poder exercer uma Identidadesocial. Identidade 9 • Identidade – construto social fluido e dinâmico, que representa como cada indivíduo se percebe na sua relação com a realidade, como ele é percebido pelas outras pessoas e que lugar ele ocupa dentro da estrutura social daquele grupo. Podemos destacar algumas identidades significativas: • Racial–relacionada a traços fenotípicos e ancestralidade. • Étnico-cultural–relacionada a origem cultural/geográfica. • Gênero - relacionada ao binômio masculino/feminino. • Orientaçãosexual–relacionada ao objeto de desejo/afeto. • Religiosa–relacionada a crenças e valores. • Etária–relacionada a idade (cronológica ou percebida). • Profissional–relacionada ao trabalho/profissão. Identidade 10 A identidade representa, portanto, tanto aquilo que somos quanto aquilo que fazemos (papéis sociais). Anegaçãoda identidade ou ter uma identidadediscriminada gera no sujeito uma sério de prejuízos, tanto no campo político-social quanto da saúde (física e psicológica). Identidade CUIDADO!!! É comum encontrarmos identidade como sinônimo de personalidade, mas isso pode gerar confusão. A identidade é construída constantemente; podemos ter identidades mais estáveis e outras temporárias. O conceito de personalidade nos remete a estrutura, algo permanente (essência). Este termo (personalidade) é melhor empregado em Psicologia Clínica, na Psicopatologia e na Psiquiatria. 11 Grupos • Grupo – dois ou mais indivíduos, interdependentes e interativos, que se reúnem visando à obtenção de determinado objetivo. • Grupo primário – caracterizado por relações sociais íntimas e pessoais, baseadas em laços emocionais fortes (família). • Grupo(s) secundário(s) – caracterizados por relações sociais mais formais e impessoais, focadas em objetivos específicos ou interesses compartilhados (trabalho). Os grupos podem ser formais ou informais. Grupos formais – são formados e definidos pela organização, com atribuições específicas que estabelecem tarefas necessárias para a realização de um trabalho. Nestes grupos, o comportamento das pessoas é estipulado e dirigido em função das metas organizacionais. • Grupos informais – não são estruturados formalmente nem determinados por uma organização. Formam-se naturalmente no ambiente de trabalho, de acordo com as necessidades de interação social das pessoas. 15 Grupos Tipos de grupo em uma organização: comando, tarefa, interesse ou amizade. • Grupo de comando – formado por pessoas que se reportam diretamente a um superior hierárquico. • Grupos de tarefa – formado por pessoas que se reúnem para executar determinada tarefa. • Grupo de interesse – formado por pessoas que trabalham em conjunto para atingir um objetivo comum. • Grupos de amizade – formado por pessoas que se unem por compartilharem uma ou mais características em comum. • Coalização – grupo informal formado a partir da união, da ajuda e do apoio de outras pessoas para persuadir o alvo em busca de um único objetivo. Os grupos de comando e tarefa são grupos formais e os grupos de interesse, amizade e coalizão são grupos informais. 16 Grupos Cinco estágios de formação e desenvolvimento do grupo 1. Formação – caracterizado por uma grande dose de incerteza sobre os propósitos do grupo, sua estrutura e liderança. Conclui-se quando os membros reconhecem-se como parte do grupo. 2. Tormenta – é caracterizado por conflitos dentro do grupo. Conclui-se com o estabelecimento de uma hierarquia de liderança suficientemente clara. 3. Normatização – é caracterizado pelo desenvolvimento dos relacionamentos e coesão grupal. Conclui-se quando a estrutura do grupo se solidifica. 4. Desempenho – é caracterizado pelo direcionamento das ações do grupo para o desempenho da tarefa que deve ser realizada. Neste ponto o grupo encontra-se totalmente funcional. 5. Interrupção – é caracterizado pela conclusão das atividades/tarefas. Foco nos feedbacks e na dissolução do grupo. 17 Grupos • Grupos menores – são mais rápidos na realização de tarefas, mais fáceis de gerenciar e tem menos custos. • Grupos maiores – apresentam resultados mais consistentes quando precisam lidar com coleta de informações, planejamento e em situações de maior complexidade. • Coesão – grau em que os membros são atraídos entre si e motivados a permanecer unidos como grupo, cooperando internamente e competindo externamente. • Coesão e status – quanto mais seletivo for o grupo, quanto maior a percepção de “exclusividade”, mais coeso é o grupo. 18 Conflitos • Conflitos – discordâncias dentro da equipe acerca do que e/ou como as ações devem ser realizadas, ou entre pessoas dentro do grupo. • Conflitos de relacionamento – quando existe algum grau de incompatibilidades interpessoais, tensões e animosidade entre as pessoas. QUASE SEMPRE são disfuncionais. • Conflito substantivo – quando existe algum desentendimento sobre algo concreto, como recursos escassos e objetivos do trabalho. Podem ser funcionais tanto para a organização quanto para o indivíduo. 19 Conflitos • Visão tradicional – entende que todo conflito é ruim e deve ser evitado. O conflito é visto como uma disfunção resultante de falhas de comunicação, falta de abertura e de confiança entre as pessoas e um fracasso dos líderes em atender às necessidades e às aspirações de suas equipes. • Visão das relações humanas – defende que o conflito é uma consequência natural e inevitável em qualquer organização, o que nem sempre se refere a algo ruim, e pode ter o potencial de ser uma força positiva na determinação do desempenho do grupo. • Visão interacionista: sugere não somente que o conflito pode ser uma força assertiva, como também defende abertamente a tese de que algum conflito é absolutamente necessário para o desempenho eficaz de uma equipe. Portanto, esta visão encoraja os líderes dos grupos a manter um nível mínimo constante de conflito, suficiente para manter o grupo viável, autocrítico e criativo. 20 Conflitos • Conflito latente – não está declarado e não há uma clara consciência de sua existência por parte dos envolvidos. Eventualmente não precisam ser trabalhados. • Conflito percebido – as partes percebem e compreendem, racionalmente, a existência do conflito e a divergência de objetivos ou visões. • Conflito sentido – as partes desenvolvem como raiva, hostilidade, medo e descrédito, de forma consciente, mas ainda não manifesto externamente com clareza. • Conflito manifesto (aberto) – o conflito é expresso através de comportamento de interferência (ativa ou passiva), é percebido por terceiros e pode interferir na dinâmica da organização. 21 Liderança e Poder A liderança é exercida por meio de relações de poder, que é a capacidade de uma pessoa ou grupo de garantir conformidade de outra pessoa ou grupo. Liderança pode ser exercida de modo formal ou informal. • Poder coercitivo – capacidade de punir ou recomendar sanções àqueles que não obedecem as ordens. É baseado no medo, fazendo que as pessoas modifiquem seu comportamento por receio de serem castigadas. • Poder de recompensa – O oposto do poder coercitivo é o poder de recompensar, de modo que a submissão ao líder traz algum benefício. • Poder de competência – é a influência que se exerce como resultado da perícia, da habilidade específica ou do conhecimento. • Poder de referência – refere-se à admiração e a identificação com um indivíduo que possua recursos ou traços pessoais desejáveis (carisma). O poder coercitivo e o poder de recompensa são exercidos a partir da liderança formal. 23 Liderança e Poder Estilos Básicos de Liderança e Poder. • Autocrática: centralizadora e controladora. • Liberal (Laissez faire): baixo grau de interferência, incentiva a autonomia e a tomada de decisão por parte dos trabalhadores. • Democrática: participativa, orientadorae descentralizadora. • Equipes autogerenciadas – assumem muitas das responsabilidades normalmente atribuídas a líderes formais, são mais proativas do que reativas. Podem não administrar bem conflitos de poder. 24 Liderança e Poder Teorias de Liderança. • Teoria dos Traços – busca identificar qualidades e características pessoais que possam descrever os líderes e diferenciá-los das outras pessoas (inato). • Teorias Comportamentais – propõem que comportamentos específicos diferenciam os líderes dos não-líderes (adquiridas). • Teorias Contingenciais – a eficácia da liderança depende da situação. • Teoria de Troca entre Líderes e Liderados – os líderes favorecem as pessoas do grupo “de dentro” e são mais rigorosos com os “de fora”. • Liderança Carismática – os líderes são vistos como indivíduos que inspiram seus seguidores por meio de palavras, ideias e/ou comportamentos. 25 Liderança e Poder • Liderança transacional – conduz seus seguidores em direção às metas estabelecidas por meio do esclarecimento das funções e das exigências das tarefas, oferecendo recompensas aos seguidores, conforme a performance nas tarefas. Gerencia por exceção, interferindo apenas quando os objetivos não são atingidos. • Liderança transformacional - líder inspira seus liderados a transcender os seus próprios interesses pelo bem da organização ou do grupo, sendo capazes de causar um profundo impacto em seus liderados, estimulando-os. 26 Liderança e Poder • Liderança Servidora – concentra-se nas necessidades e na capacitação dos seus liderados, tornando-os mais qualificados, motivados, engajados e produtivos. • Liderança Autêntica – concentra-se na ética e a confiança como fundamentos, encorajam o compartilhamento de informações, geram comprometimento nos seus liderados, que se sentem encorajados a assumir riscos. • Liderança Visionária - Cria e articula uma visão realista, crível e atraente para o futuro de uma organização. 27 Motivação A motivação consiste em um processo dinâmico que surge de uma necessidade, que pode ser de origem interna ou externa. Envolve um conjunto de processos psicológicos, fisiológicos e ambientais que levam um indivíduo à ação (vontade para agir), com algum propósito. As teorias de motivação buscam entender o que motiva as pessoas e como motivar as pessoas. 29 Motivação • Teoria das Hierarquias de Necessidades de Maslow – todas as pessoas possuem estes 5 (cinco) níveis hierárquicos de necessidades, e são divididos em: Necessidades básicas (primárias) Fisiológicas, Segurança Necessidades psicológicas (secundárias) Sociais, Estima e Autorrealização. • Teoria dos Dois Fatores de Herzberg – Fatores Motivacionais (intrínsecos) relacionados aos conteúdo do trabalho e a percepção da tarefa desempenhada. Fatores Higiênicos (extrínsecos) são próprios da organização, relacionado as condições nas quais o trabalho é realizado. • Teoria X e Y de McGregor – Teoria X afirma que as pessoas não gostam de trabalhar, enquanto a Teoria Y afirma que, sob as circunstâncias corretas, as pessoas podem gostar de trabalhar. • Teoria ERC (ou ERG) de Aldefer – Propõe 3 (três) categorias/níveis: Existência, Relação e Crescimento. • Teoria das necessidades adquiridas de McClelland – Estabelece 3 (três) tipos de necessidade humana: Realização, Poder e Afiliação (Pertencimento). 30 Motivação • Teoria da expectativa de Vroom – A tendência para agir depende da força da expectativa (crença) de que esta ação trará certo resultado, e do quanto as recompensas irão satisfazer as metas pessoais do trabalhador. • Teoria do Reforço – recompensas e punições condicionam o comportamento. • Teoria da Autoeficácia de Bandura – a crença do trabalhador na sua capacidade de execução da tarefa influencia na sua percepção de desempenho, motivação e satisfação. • Teoria da Equidade de Adams – teoria acerca da percepção de justiça no trabalho. 31 Motivação • Teoria da Avaliação Cognitiva – mudança do foco da motivação interna por motivação externa. • Teoria da Fixação de Objetivos – tornar um objetivo a ser atingido em um estímulo interno, a partir do desafio e do comprometimento do trabalhador. • Teoria do Planejamento do Trabalho – Todo tipo de trabalho ou função pode ser descrito em termos de 5 (cinco) dimensões essenciais: Variedade de atividades, Identidade com a tarefa, Significância da tarefa, Autonomia e Feedback. • Modelo de Processamento de Informação Social – A motivação e a satisfação do trabalhador pode ser influenciada pelas informações, comentários, opiniões das pessoas com quem o trabalhador convive. 32 Satisfação no Trabalho A satisfação no trabalho está diretamente relacionado à percepção e avaliação que o trabalhador faz sobre o seu trabalho. Satisfação é uma atitude que a pessoa tem em relação o trabalho. Valores pessoais e organizacionais, quando são compatíveis, tendem a gerar maior sensação de satisfação. O envolvimento do trabalhador com a tarefa, com a construção das metas e objetivos, ter um trabalho desafiador, relacionamentos interpessoais positivos, reconhecimento, crescimento profissional, salário adequado, justiça, trabalho com autonomia, liberdade e criatividade são alguns dos principais elementos que contribuem para uma percepção de satisfação com o trabalho. 33 Alienação no Trabalho Para Karl Marx, o ser humano constrói sua identidade por meio do trabalho, ao superar obstáculos do dia a dia, através de sua imaginação e da sua capacidade de produzir coisas para suprir suas necessidades. É através do trabalho que o indivíduo se humaniza, domina e transforma a natureza a favor de suas necessidades. No caso do trabalho como forma de humanização, o resultado obtido é o bem-estar. 34 Alienação no Trabalho O trabalho quando não está dedicado ao interesse da humanidade, mas sim de um grupo específico, torna-se trabalho alienado. A alienação do trabalho é um produto do capitalismo, uma vez que o trabalhador deixa de ter acesso aos bens que ele mesmo produz. O indivíduo perde sua liberdade e humanidade, torna-se apenas força de trabalho e é transformado em coisa. Esse pensamento, é responsável pela desumanização do trabalhador e a origem do trabalho alienado. 35 Alienação no Trabalho Para Marx, a alienação é a ação ou estado no qual um indivíduo (grupo, instituição ou sociedade) se torna e permanece alheio, estranho aos resultados ou produtos de sua própria atividade, à atividade em si, a outros seres humanos, e também à natureza na qual vive e a si mesmos. A alienação gera a perda de consciência de si mesmo como humano, acarretando em um vazio existencial. 36 Alienação no Trabalho Para Marx, a superação da alienação no trabalho se dá por meio da abolição da propriedade privada dos meios de produção (fim do capitalismo). Outras formas de enfrentamento da alienação são a melhoria das condições de trabalho, maior participação e envolvimento do trabalhador no processo produtivo, autonomia e liberdade criativa, além de foco na vida fora do ambiente de trabalho. 37 EIXO TEMÁTICO 4 Segurança e Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora Projeto 80/20 Segurança e Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora Lei nº 8213 de 1991 - Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social: Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. 2 Acidente do Trabalho: 2.1 Definição e legislação previdenciária. 2.2 Equiparação dos acidentes de trabalho às doenças relacionadas ao trabalho. Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeadapelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. (Revogado pela Medida Provisória nº 905, de 2019 (Revogada pela Medida Provisória nº 955, de 2020) (Vigência encerrada) d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art51 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art51 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Mpv/mpv955.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Congresso/adc-127-mpv905.htm § 1º NÃO são consideradas como doença do trabalho: a) a doença degenerativa; b) a inerente a grupo etário; c) a que não produza incapacidade laborativa; d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. 2.3 Emissão de Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT). Serviço para comunicar um acidente de trabalho ou de trajeto, bem como uma doença ocupacional. O documento pode ser usado em outros órgãos além do INSS. Atenção! A empresa onde a pessoa acidentada trabalha é obrigada a informar o acidente até o dia útil seguinte. Caso o acidente resulte em morte, a comunicação deve ser imediata. Caso a empresa não cumpra com esta obrigação, podem registrar a CAT: A própria pessoa acidentada; Dependentes da pessoa acidentada; Entidades sindicais; Médicos(a); Autoridades Públicas. Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social. § 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria. § 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo. Art. 23. Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro. EVENTO ADVERSO: qualquer ocorrência de natureza indesejável relacionada direta ou indiretamente ao trabalho, incluindo: ACIDENTE DE TRABALHO: ocorrência que resulta em dano à saúde ou integridade física de trabalhadores ou de indivíduos do público. Exemplo: andaime cai sobre a perna de um trabalhador que sofre fratura da tíbia. 2.5 Estudo de fatores causais em eventos ocupacionais adversos. 1. Ergonomia; 2. Assédio moral organizacional; 3. Conceitos de insalubridade e periculosidade, sua caracterização e controle; 4. Acidente de Trabalho. • Projeto 80/20 (Sprint Final) para o CNU (Bloco 4: Trabalho e Saúde do Servidor). • Disciplina: Eixo 4 • Tema: Ergonomia e Análise Ergonômica do Trabalho NR 17 17.1 Objetivo 17.2 Campo de Aplicação 17.3 Avaliação das situações de trabalho 17.4 Organização do trabalho 17.5 Levantamento, transporte e descarga individual de cargas 17.6 Mobiliário dos postos de trabalho 17.7 Trabalho com máquinas, equipamentos e ferramentas manuais 17.8 Condições de conforto no ambiente de trabalho Anexo I - Trabalho dos Operadores de Checkout Anexo II - Trabalho em Teleatendimento/Telemarketing 17.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR visa estabelecer as diretrizes e os requisitos que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar conforto, segurança, saúde e desempenho eficiente no trabalho. 17.1.1.1 As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário dos postos de trabalho, ao trabalho com máquinas, equipamentos e ferramentas manuais, às condições de conforto no ambiente de trabalho e à própria organização do trabalho. → LEVANTAMENTO; → TRANSPORTE E DESCARGA DE MATERIAIS; → MOBILIÁRIO; → EQUIPAMENTOS; → CONDIÇÕES AMBIENTAIS DO POSTO DE TRABALHO; → ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO. OBJETIVO: estabelecer parâmetros que permitam a adaptação do ambiente de trabalho às condições psicofisiológicas do trabalhador. ADAPTAR O TRABALHO AO TRABALHADOR E NÃO O TRABALHADOR AO TRABALHO! →Anexo I – operadores de check out; → Anexo II – trabalho em teleatendimento/telemarketing). ERGONOMIA é o conjunto dos conhecimentos científicos relacionados ao homem e necessários à concepção de instrumentos, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência. LEVANTAMENTO, TRANSPORTE E DESCARGA INDIVIDUAL DE MATERIAIS CLT Art. . 198 - É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um empregado pode remover individualmente, ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher. Parágrafo único - Não está compreendida na proibição deste artigo a remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou quaisquer outros aparelhos mecânicos, podendo o Ministério do Trabalho, em tais casos, fixar limites diversos, que evitem sejam exigidos do empregado serviços superiores às suas forças. Art. 390 - Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o emprego de força muscular superior a 20 (vinte) quilos para o trabalho continuo, ou 25 (vinte e cinco) quilos para o trabalho ocasional. Parágrafo único - Não está compreendida na determinação deste artigoa remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer aparelhos mecânicos. Art. 405 - Ao menor não será permitido o trabalho: § 5º Aplica-se ao menor o disposto no art. 390 e seu parágrafo único. Levantamento, transporte, descarga individual Trabalho contínuo Homem 60Kg Mulher e Menor 20 Kg Trabalho eventual Homem 60Kg Mulher e Menor 25Kg 17.3.1.1 A avaliação ergonômica preliminar das situações de trabalho pode ser realizada por meio de abordagens qualitativas, semiquantitativas, quantitativas ou combinação dessas, dependendo do risco e dos requisitos legais, a fim de identificar os perigos e produzir informações para o planejamento das medidas de prevenção necessárias. MOBILIÁRIO DOS POSTOS DE TRABALHO Art.199 - Será obrigatória a colocação de assentos que assegurem postura correta ao trabalhador, capazes de evitar posições incômodas ou forçadas, sempre que a execução da tarefa exija que trabalhe sentado. Parágrafo único - Quando o trabalho deva ser executado de pé, os empregados terão à sua disposição assentos para serem utilizados nas pausas que o serviço permitir. 17.3.2 A organização deve realizar Análise Ergonômica do Trabalho - AET da situação de trabalho quando: a) observada a necessidade de uma avaliação mais aprofundada da situação; b) identificadas inadequações ou insuficiência das ações adotadas; c) sugerida pelo acompanhamento de saúde dos trabalhadores, nos termos do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO e da alínea “c” do subitem 1.5.5.1.1 da NR 01; ou d) indicada causa relacionada às condições de trabalho na análise de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, nos termos do Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR. 17.3.4 As Microempresas – ME e Empresas de Pequeno Porte – EPP enquadradas como graus de risco 1 e 2 e o Microempreendedor Individual – MEI não são obrigados a elaborar a AET, mas devem atender todos os demais requisitos estabelecidos nesta NR, quando aplicáveis. 17.3.4.1 As ME ou EPP enquadradas como graus de risco 1 e 2 devem realizar a AET quando observadas as situações previstas nas alíneas “c” e “d” do item 17.3.2. 17.4.1 A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração: a) as normas de produção; b) o modo operatório, quando aplicável; c) a exigência de tempo; d) o ritmo de trabalho; e) o conteúdo das tarefas e os instrumentos e meios técnicos disponíveis; e f) os aspectos cognitivos que possam comprometer a segurança e a saúde do trabalhador INCIDENTE: ocorrência que sem ter resultado em danos à saúde ou integridade física de pessoas tinha potencial para causar tais agravos. Exemplo: andaime cai próximo a um trabalhador que consegue sair a tempo e não sofre lesão. CIRCUNSTÂNCIA INDESEJADA: condição, ou um conjunto de condições, com potencial de gerar acidentes ou incidentes. PERIGO: fonte ou situação com potencial para provocar danos. RISCO: exposição de pessoas a perigos. O risco pode ser dimensionado em função da probabilidade e da gravidade do dano possível. CONSEQUÊNCIAS DOS EVENTOS ADVERSOS Fatal: morte ocorrida em virtude de eventos adversos relacionados ao trabalho. Grave: amputações ou esmagamentos, perda de visão, lesão ou doença que leve a perda permanente de funções orgânicas (por exemplo: pneumoconioses fibrogênicas, perdas auditivas), fraturas que necessitem de intervenção cirúrgica, queimaduras que atinjam mais de 30% da superfície corporal ou outros agravos que resultem em incapacidade para as atividades habituais por mais de 30 dias. Moderado: agravos à saúde que não se enquadrem nas classificações anteriores e que a pessoa afetada fique incapaz de executar seu trabalho normal durante três a trinta dias. Leve: todas as outras lesões ou doenças nas quais a pessoa acidentada fique incapaz de executar seu trabalho por menos de três dias. Prejuízos: dano a uma propriedade, instalação, máquina, equipamento, meio-ambiente ou perdas na produção. BENEFÍCIOS RESULTANTES DE UM SISTEMA DE ANÁLISE DE EVENTOS ADVERSOS • Prevenção de outros eventos adversos, similares ou não, que possam ter os mesmos fatores geradores. • Prevenção de danos ambientais e de impactos negativos na imagem da empresa. • Evitar perdas econômicas geradas pela redução da capacidade produtiva decorrentes de eventos adversos repetidos e por indenizações. • Ampliação das habilidades de solução de problemas. Os fatores relacionados com a ocorrência de eventos adversos podem ser: IMEDIATOS: razões mais óbvias da ocorrência de um evento adverso, evidenciadas na proximidade das consequências. Podem ser identificados diversos fatores imediatos para um evento adverso. SUBJACENTES: razões sistêmicas ou organizacionais menos evidentes, porém necessárias para que ocorra um evento adverso. LATENTES: são condições iniciadoras que possibilitam o surgimento de todos os outros fatores relacionados ao evento adverso. Frequentemente remotas no tempo e no que se refere a hierarquia dos envolvidos, quando consideradas em relação ao evento. Geralmente envolvem concepção, gestão, planejamento ou organização. 2.6 Acidentes ampliados, planificação de emergências e catástrofes Os desastres de origem tecnológica são definidos internacionalmente como acidentes maiores e, no Brasil, como acidentes industriais ampliados. Eles surgem com o próprio processo de industrialização e desenvolvimento de novas tecnologias de produção, que ocorreram nas sociedades contemporâneas a partir da Revolução Industrial. Os eventos ocorridos na extração, produção, transporte e armazenamento de produtos perigosos, como substâncias químicas e materiais radioativos, vêm ao longo dos anos recebendo diversas conceituações, expressando focos e objetivos distintos, ainda que complementares. CONVENÇÃO Nº 174 - OIT Convenção sobre a Prevenção de Acidentes Industriais Maiores Considerando a necessidade de assegurar a adoção de medidas apropriadas para: a) prevenir acidentes maiores, b) reduzir ao mínimo os perigo de acidentes maiores, c) reduzir ao mínimo as conseqüências desses acidentes maiores; 1. A presente Convenção tem por objeto a prevenção de acidentes industriais maiores que envolvam substâncias perigosas e a limitação das conseqüências desses acidentes. 2. A Convenção aplica-se a instalações sujeitas a riscos de acidentes maiores. 3. A convenção não se aplica: a) a instalações nucleares e usinas que processem substâncias radioativas, à exceção dos setores dessas instalações nos quais se manipulam substâncias não radioativas; b) a instalações militares; c) a transporte fora da instalação distinto do transporte por tubulações. A expressão “acidente maior” designa todo evento subitâneo, como emissão incêndio ou explosão de grande magnitude, no curso de uma atividade em instalação sujeita a riscos de acidentes maiores, envolvendo uma ou mais substâncias perigosas e que implica grave perigo, imediato ou retardado, para os trabalhadores, a população ou o meio ambiente. Texto da Convenção 174 https://www.ilo.org/brasilia/convencoes/WCMS_236693/lang--pt/index.htm a) a expressão “substância perigosa” designa toda substância ou mistura de substâncias que, em razão de suas propriedades químicas, físicas ou toxicológicas, isoladas ou combinadas, constitui um perigo; b) a expressão “quantidade limite” significa, com referência a cura substância ou a categoria de substâncias perigosas, a quantidade fixada por leis ou regulamentos nacionais para condições específicas que, se excedida, identifica uma instalação como sujeita a riscos de acidentes maiores; c) a expressão “instalação sujeita a riscos de acidentes maiores” designa a instalação que produz, transforma, manipula, utiliza, descarta ou armazena, de uma maneira permanente ou transitória, uma ou várias substâncias ou categorias de substâncias perigosas, em quantidades que excedam a quantidade limite; d) a expressão “acidente maior”designa todo evento subitâneo, como emissão incêndio ou explosão de grande magnitude, no curso de uma atividade em instalação sujeita a riscos de acidentes maiores, envolvendo uma ou mais substâncias perigosas e que implica grave perigo, imediato ou retardado, para os trabalhadores, a população ou o meio ambiente; e) a expressão “relatório de segurança” designa documento contendo informações técnicas, administrativas e operacionais relativas a perigos e riscos de instalação sujeita a acidentes maiores e a seu controle, e que justifiquem medidas adotadas para a segurança da instalação; f) o termo “quase-acidente” designa todo evento subitâneo envolvendo uma ou mais substâncias perigosas que, não fossem os efeitos, ações ou sistemas atenuantes, poderia ter resultado num acidente de maiores proporções. 17.4.2 Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do tronco, do pescoço, da cabeça, dos membros superiores e dos membros inferiores, devem ser adotadas medidas técnicas de engenharia, organizacionais e/ou administrativas, com o objetivo de eliminar ou reduzir essas sobrecargas, a partir da avaliação ergonômica preliminar ou da AET. 17.4.3.1 As medidas de prevenção devem incluir duas ou mais das seguintes alternativas: a) pausas para propiciar a recuperação psicofisiológica dos trabalhadores, que devem ser computadas como tempo de trabalho efetivo; b) alternância de atividades com outras tarefas que permitam variar as posturas, os grupos musculares utilizados ou o ritmo de trabalho; c) alteração da forma de execução ou organização da tarefa; e d) outras medidas técnicas aplicáveis, recomendadas na avaliação ergonômica preliminar ou na AET. 17.4.3.1.1 Quando não for possível adotar as alternativas previstas nas alíneas “c” e “d” do subitem 17.4.3.1, devem obrigatoriamente ser adotadas pausas e alternância de atividades previstas, respectivamente, nas alíneas “a” e “b” do subitem 17.4.3.1. 17.4.3.2 Para que as pausas possam propiciar descanso e recuperação psicofisiológica dos trabalhadores, devem ser observados os requisitos mínimos: a) a introdução das pausas não pode ser acompanhada de aumento da cadência individual; e b) as pausas devem ser usufruídas fora dos postos de trabalho. 17.4.3.3 Deve ser assegurada a saída dos postos de trabalho para satisfação das necessidades fisiológicas dos trabalhadores nos termos do item 24.9.8 da Norma Regulamentadora nº 24 (NR 24) - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho, independentemente da fruição das pausas. 17.4.4 Todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores. 17.4.5 A concepção dos postos de trabalho deve levar em consideração os fatores organizacionais e ambientais, a natureza da tarefa e das atividades e facilitar a alternância de posturas. 17.6.1 O conjunto do mobiliário do posto de trabalho deve apresentar regulagens em um ou mais de seus elementos que permitam adaptá-lo às características antropométricas que atendam ao conjunto dos trabalhadores envolvidos e à natureza do trabalho a ser desenvolvido. 17.6.2 Sempre que o trabalho puder ser executado alternando a posição de pé com a posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para favorecer a alternância das posições. 17.6.7 Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados em pé, devem ser colocados assentos com encosto para descanso em locais em que possam ser utilizados pelos trabalhadores durante as pausas. Iluminação artificial Geral: para se obter o aclaramento de todo o recinto Suplementar: para se obter o aclaramento de determinada superfície CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE TRABALHO → ruído, umidade, velocidade do ar, temperatura efetiva. Art. 175 - Em todos os locais de trabalho deverá haver iluminação adequada, natural ou artificial, apropriada à natureza da atividade. § 1º - A iluminação deverá ser uniformemente distribuída, geral e difusa, a fim de evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. § 2º - O Ministério do Trabalho estabelecerá os níveis mínimos de iluminamento a serem observados. Art. 176 - Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural, compatível com o serviço realizado. Parágrafo único - A ventilação artificial será obrigatória sempre que a natural não preencha as condições de conforto térmico. Art. 177 - Se as condições de ambiente se tornarem desconfortáveis, em virtude de instalações geradoras de frio ou de calor, será obrigatório o uso de vestimenta adequada para o trabalho em tais condições ou de capelas, anteparos, paredes duplas, isolamento térmico e recursos similares, de forma que os empregados fiquem protegidos contra as radiações térmicas. Art. 178 - As condições de conforto térmico dos locais de trabalho devem ser mantidas dentro dos limites fixados pelo Ministério do Trabalho. 17.8.2 A iluminação deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. 17.8.3 Em todos os locais e situações de trabalho internos, deve haver iluminação em conformidade com os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho estabelecidos na Norma de Higiene Ocupacional nº 11 (NHO 11) da Fundacentro - Avaliação dos Níveis de Iluminamento em Ambientes Internos de Trabalho, versão 2018. 17.8.4.1.2 Para os demais casos, o nível de ruído de fundo aceitável para efeito de conforto acústico será de até 65 dB(A), nível de pressão sonora contínuo equivalente ponderado em A e no circuito de resposta Slow (S). 17.8.4.2 A organização deve adotar medidas de controle da temperatura, da velocidade do ar e da umidade com a finalidade de proporcionar conforto térmico nas situações de trabalho, observando-se o parâmetro de faixa de temperatura do ar entre 18 e 25 °C para ambientes climatizados. 17.8.4.2.1 Devem ser adotadas medidas de controle da ventilação ambiental para minimizar a ocorrência de correntes de ar aplicadas diretamente sobre os trabalhadores. • 65 dB • NBR 1052 RUÍDO • 18°C a 25°CTEMPERATURA Velocidade do ar Umidade relativa do ar • NBR 5413Nível de Iluminamento Art. 72 - Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da duração normal de trabalho. SUM-346 DIGITADOR. INTERVALOS INTRAJORNADA. APLICA-ÇÃO ANALÓGICA DO ART. 72 DA CLT (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Os digitadores, por aplicação analógica do art. 72 da CLT, equiparamse aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90 (noventa) de trabalho consecutivo. Planos e procedimentos de emergência: ● preparação de planos e procedimentos eficazes de emergência local, inclusive atendimento médico emergencial, a ser aplicados no caso de acidentes maiores ou de ameaça de acidente, com testes e avaliação periódicos de sua eficácia e revisão quando necessário; ● fornecimento de informações sobre possíveis acidentes e planos internos de emergência a autoridades e órgãos responsáveis pela preparação de planos e procedimentos de emergência para proteção do público e do meio ambiente fora do local ela instalação; ● toda consulta necessária com essas autoridades e esses órgãos; 2.9 Primeiros socorros: Suporte básico de vida para adultos: Suporte básico de vida para adultos: Sinais de PCR: RCP de qualidade: Avaliação primária Trauma: ABCDE • X - Hemorragia Exsanguinante • Abrir vias aéreas • Boa respiração: ventilar? verificar o débito urinário. • Circulação: pulso central presente? (Se ausente = RCR precoce), pulso periférico, perfusão capilar, cor do paciente, medida da pressão arterial, • Disfunção:responsivo? Avaliação neurológica • Exposição: temperatura? Lesões? (cuidado com a hipotermia) NR 17 ERGONOMIA Anexo I Trabalho dos operadores de checkout Sumário 1. Objetivo 2. Campo de Aplicação 3. Posto de trabalho 4. Manipulação de mercadorias 5. Organização do trabalho 6. Aspectos psicossociais do trabalho 7. Informação e capacitação dos trabalhadores 1. Objetivo 1.1 Estabelecer as diretrizes e os requisitos para adequação das condições de trabalho dos operadores de checkout, visando à prevenção dos problemas de saúde e segurança relacionados ao trabalho. 2. Campo de Aplicação 2.1 Este Anexo aplica-se às organizações que desenvolvam atividade comercial utilizando sistema de autosserviço e checkout, como supermercados, hipermercados e comércio atacadista. 1 – Adequação do ambiente de trabalho às características psicofisiológicas do trabalhador; 2 – Posto de Trabalho: a. Mobiliário; b. Equipamentos; c. Condições ambientais. 3 –Materiais: a. Esforço físico; b. Ensacamento; c. Pesagem. 4 – Organização do Trabalho: a. Norma de produção; b. Modo operatório; c. Exigência de tempo; d. Conteúdo de tempo; e. Ritmo de trabalho; f. Conteúdo das tarefas. 3. Posto de trabalho 3.1 Em relação ao mobiliário do checkout e às suas dimensões, incluindo distâncias e alturas, no posto de trabalho deve-se: a) atender às características antropométricas de 90% (noventa por cento) dos trabalhadores, respeitando os alcances dos membros e da visão, ou seja, compatibilizando as áreas de visão com a manipulação; b) assegurar a postura para o trabalho na posição sentada e em pé, e as posições confortáveis dos membros superiores e inferiores nessas duas situações; c) respeitar os ângulos limites e trajetórias naturais dos movimentos, durante a execução das tarefas, evitando a flexão e a torção do tronco; d) garantir um espaço adequado para livre movimentação do operador e colocação da cadeira, a fim de permitir a alternância do trabalho na posição em pé com o trabalho na posição sentada; e) manter uma cadeira de trabalho com assento e encosto para apoio lombar, com estofamento de densidade adequada, ajustáveis à estatura do trabalhador e à natureza da tarefa; f) colocar apoio para os pés, independente da cadeira; g) adotar, em cada posto de trabalho, sistema com esteira eletromecânica para facilitar a movimentação de mercadorias nos checkouts com comprimento de 2,70 m (dois metros e setenta centímetros) ou mais; h) disponibilizar sistema de comunicação com pessoal de apoio e supervisão; e i) manter mobiliário sem quinas vivas ou rebarbas, devendo os elementos de fixação (pregos, rebites, parafusos) ser mantidos de forma a não causar acidentes. http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STP_241_399_32499.pdf Gráfico - Parte do corpo com presença de dor musculoesquelética, formigamento e dormência, em operadoras de checkout de um supermercado do município de Betim, nos últimos 12 meses. http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STP_241_399_32499.pdf 3.2 Em relação ao equipamento e às ferramentas utilizadas pelos operadores de checkout para o cumprimento de seu trabalho, deve-se: a) escolhê-los de modo a favorecer os movimentos e ações próprias da função, sem exigência acentuada de força, pressão, preensão, flexão, extensão ou torção dos segmentos corporais; b) posicioná-los no posto de trabalho dentro dos limites de alcance manual e visual do operador, permitindo a movimentação dos membros superiores e inferiores e respeitando a natureza da tarefa; c) garantir proteção contra acidentes de natureza mecânica ou elétrica nos checkouts, com base no que está previsto nas normas regulamentadoras ou em outras normas técnicas oficiais; e d) mantê-los em condições adequadas de funcionamento. 3.3 Em relação ao ambiente físico de trabalho e ao conjunto do posto de trabalho, deve-se: a) manter as condições de iluminamento, ruído e conforto térmico de acordo com o previsto na Norma Regulamentadora nº 17 (NR 17), bem como as medidas de prevenção previstas no Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR quanto aos agentes físicos e químicos; b) proteger os operadores de checkout contra correntes de ar, vento ou grandes variações climáticas, quando necessário; e c) utilizar superfícies que evitem reflexos incômodos no campo visual do trabalhador. 3.4 Na concepção do posto de trabalho do operador de checkout, deve-se prever a possibilidade de fazer adequações ou ajustes localizados, exceto nos equipamentos fixos, considerando o conforto dos operadores. 4. Manipulação de mercadorias 4.1 A organização deve envidar esforços a fim de que a manipulação de mercadorias não acarrete o uso de força muscular excessiva por parte dos operadores de checkout, por meio da adoção de um ou mais dos seguintes itens, cuja escolha fica a critério da organização: a) negociação do tamanho e volume das embalagens de mercadorias com fornecedores; b) uso de equipamentos e instrumentos de tecnologia adequada; c) formas alternativas de apresentação do código de barras da mercadoria ao leitor ótico, quando existente; d) disponibilidade de pessoal auxiliar, quando necessário; e e) outras medidas que ajudem a reduzir a sobrecarga do operador na manipulação de mercadorias. 4.2 A organização deve adotar mecanismos auxiliares sempre que, em função do grande volume ou excesso de peso das mercadorias, houver limitação para a execução manual das tarefas por parte dos operadores de checkout. 4.3 A organização deve adotar medidas para evitar que a atividade de ensacamento de mercadorias se incorpore ao ciclo de trabalho ordinário e habitual dos operadores de checkout, tais como: a) manter, no mínimo, um ensacador a cada três checkouts em funcionamento; b) proporcionar condições que facilitem o ensacamento pelo cliente; e c) outras medidas que se destinem ao mesmo fim. 4.3.1 A escolha dentre as medidas relacionadas no item 4.3 é prerrogativa da organização. 4.4 A pesagem de mercadorias pelo operador de checkout só poderá ocorrer quando os seguintes requisitos forem atendidos simultaneamente: a) balança localizada frontalmente e próxima ao operador; b) balança nivelada com a superfície do checkout; c) continuidade entre as superfícies do checkout e da balança, admitindo-se até 2 cm (dois centímetros) de descontinuidade em cada lado da balança; d) teclado para digitação localizado a uma distância máxima de 45 cm (quarenta e cinco centímetros) da borda interna do checkout; e e) número máximo de oito dígitos para os códigos de mercadorias que sejam pesadas. 4.5 Para o atendimento no checkout de pessoas idosas, gestantes, portadoras de deficiências ou que apresentem algum tipo de incapacidade momentânea, a organização deve disponibilizar pessoal auxiliar, sempre que o operador de caixa solicitar. 5. Organização do trabalho 5.1 A disposição física e o número de checkouts em atividade (abertos) e de operadores devem ser compatíveis com o fluxo de clientes, de modo a adequar o ritmo de trabalho às características psicofisiológicas de cada operador, por meio da adoção de pelo menos um dos seguintes itens, cuja escolha fica a critério da organização: a) pessoas para apoio ou substituição, quando necessário; b) filas únicas por grupos de checkouts; c) checkouts especiais (idosos, gestantes, deficientes, clientes com pequenas quantidades de mercadorias); d) pausas durante a jornada de trabalho; e) rodízio entre os operadores de checkouts com características diferentes; e f) outras medidas que ajudem a manter o movimento adequado de atendimento sem a sobrecarga do operador de checkout. 5.2 São garantidas saídas do posto de trabalho, mediante comunicação, a qualquer momento da jornada, para que os operadores atendam às suas necessidades fisiológicas, ressalvado o intervalo para refeição previsto na CLT. 5.3 É vedado promover, para efeitos de remuneração ou premiação de qualquer espécie, sistema de avaliação do desempenho com base no número de mercadorias ou compras por operador.5.4 É atribuição do operador de checkout a verificação das mercadorias apresentadas, sendo-lhe vedada qualquer tarefa de segurança patrimonial. 6. Aspectos psicossociais do trabalho 6.1 Todo trabalhador envolvido com o trabalho em checkout deve portar um dispositivo de identificação visível, com nome e/ou sobrenome, escolhido(s) pelo próprio trabalhador. 6.2 É vedado obrigar o trabalhador ao uso, permanente ou temporário, de vestimentas ou propagandas ou maquilagem temática que causem constrangimento ou firam sua dignidade pessoal. 7. Treinamento e capacitação dos trabalhadores 7.1 Todos os trabalhadores envolvidos com o trabalho de operador de checkout devem receber treinamento, cujo objetivo é aumentar o conhecimento da relação entre o seu trabalho e a promoção à saúde. 7.2 O treinamento deve conter noções sobre as medidas de prevenção e os fatores de risco para a saúde, decorrentes da modalidade de trabalho de operador de checkout, levando em consideração os aspectos relacionados a: a) posto de trabalho; b) manipulação de mercadorias; c) organização do trabalho; d) aspectos psicossociais do trabalho; e e) lesões ou agravos à saúde mais encontrados entre operadores de checkout. 7.2.1 Cada trabalhador deve receber treinamento inicial com duração mínima de duas horas, até o trigésimo dia da data da sua admissão, e treinamento periódico anual com duração mínima de duas horas, ministrados durante sua jornada de trabalho. 7.3 Os trabalhadores devem ser informados com antecedência sobre mudanças que venham a ocorrer no processo de trabalho. 7.4 O treinamento deve incluir a disponibilização de material didático com os tópicos mencionados no item 7.2 e alíneas. 7.5 A forma do treinamento (contínuo ou intermitente, presencial ou a distância, por palestras, cursos ou audiovisual) fica a critério de cada organização. 7.6 A elaboração do conteúdo técnico e avaliação dos resultados do treinamento devem contar com a participação de integrantes do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, quando houver, do médico responsável pelo Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO e dos responsáveis pela elaboração e implementação do Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR. NR 17 ERGONOMIA Anexo II TRABALHO EM TELEATENDIMENTO/TELEMARKETING → Segundo dados da previdência social é um dos setores econômicos que mais provocam afastamentos do trabalho. → Motivos dos afastamentos intimamente ligados a aspectos psicossociais do trabalho. 1 – Teleatendimento: é a modalidade de serviço em que os clientes e usuários da empresa entram em contato espontaneamente, via telefone, com a equipe de teleatendimento da empresa, apara atender a determinada demanda. Normalmente ocorre na modalidade receptivo, ou seja, a empresa recebe o contato do cliente ou usuário. 2 – Telemarketing: é uma ferramenta de interatividade utilizada, via fone, por algumas empresas para manter contato com seus clientes e buscar atrair novos clientes. Normalmente o telemarketing é utilizado na modalidade ativo, ou seja, a empresa entra em contato com seus clientes e com seus supostos novos clientes. Sumário 1. Objetivo 2. Campo de Aplicação 3. Mobiliário dos Postos de Trabalho 4. Equipamentos dos Postos de Trabalho 5. Condições Ambientais de Trabalho 6. Organização do Trabalho 7. Capacitação dos Trabalhadores 8. Condições Sanitárias de Conforto 9. Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional e Análise Ergonômica do Trabalho 10. Pessoas com Deficiência 11. Disposições Transitórias 1. Objetivo 1.1 Estabelecer os requisitos para o trabalho em atividades de teleatendimento/telemarketing nas diversas modalidades desse serviço, de modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança, saúde e desempenho eficiente. 2. Campo de Aplicação 2.1 As disposições deste Anexo aplicam-se a todas as organizações que mantêm serviço de teleatendimento/telemarketing, nas modalidades ativo ou receptivo, em centrais de atendimento telefônico e/ou centrais de relacionamento com clientes (call centers), para prestação de serviços, informações e comercialização de produtos. 2.1.1 Entende-se como call center o ambiente de trabalho no qual a principal atividade é conduzida via telefone e/ou rádio com utilização simultânea de terminais de computador. 2.1.1.1 Este Anexo aplica-se, inclusive, a setores de organizações e postos de trabalho dedicados a esta atividade, além daquelas organizações especificamente voltadas para essa atividade-fim. 2.1.2 Entende-se como trabalho de teleatendimento/telemarketing aquele cuja comunicação com interlocutores clientes e usuários é realizada a distância, por intermédio da voz e/ou mensagens eletrônicas, com a utilização simultânea de equipamentos de audição/escuta e fala telefônica e sistemas informatizados ou manuais de processamento de dados. NR17 teleatendimento/telemarketing realizada a distância, por intermédio da voz e/ou mensagens eletrônicas, com a utilização simultânea de equipamentos de audição/escuta e fala telefônica e sistemas informatizados ou manuais de processamento de dados. call center via telefone e/ou rádio com utilização simultânea de terminais de computador. 3. Mobiliário dos Postos de Trabalho 3.1 Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, deve ser proporcionado ao trabalhador mobiliário que atenda ao capítulo 17.6 Mobiliário dos postos de trabalho da Norma Regulamentadora nº 17 (NR 17) e que permita variações posturais, com ajustes de fácil acionamento, de modo a prover espaço suficiente para seu conforto, atendendo aos seguintes requisitos: a) o monitor de vídeo e o teclado devem estar apoiados em superfícies com mecanismos de regulagem independentes; b) será aceita superfície regulável única para teclado e monitor quando este for dotado de regulagem independente de, no mínimo, 26 cm (vinte e seis centímetros) no plano vertical; c) a bancada sem material de consulta deve ter, no mínimo, profundidade de 75 cm (setenta e cinco centímetros), medidos a partir de sua borda frontal, e largura de 90 cm (noventa centímetros) que proporcionem zonas de alcance manual de, no máximo, 65 cm (sessenta e cinco centímetros) de raio em cada lado, medidas centradas nos ombros do operador em posição de trabalho; d) a bancada com material de consulta deve ter, no mínimo, profundidade de 90 cm (noventa centímetros) a partir de sua borda frontal e largura de 100 cm (cem centímetros) que proporcionem zonas de alcance manual de, no máximo, 65 cm (sessenta e cinco centímetros) de raio em cada lado, medidas centradas nos ombros do operador em posição de trabalho, para livre utilização e acesso de documentos; e) o plano de trabalho deve ter bordas arredondadas; f) as superfícies de trabalho devem ser reguláveis em altura em um intervalo mínimo de 13 cm (treze centímetros), medidos de sua face superior, permitindo o apoio das plantas dos pés no piso; g) o dispositivo de apontamento na tela (mouse) deve estar apoiado na mesma superfície do teclado, colocado em área de fácil alcance e com espaço suficiente para sua livre utilização; h) o espaço sob a superfície de trabalho deve ter profundidade livre mínima de 45 cm (quarenta e cinco centímetros) ao nível dos joelhos e de 70 cm (setenta centímetros) ao nível dos pés, medidos de sua borda frontal; i) nos casos em que os pés do operador não alcancem o piso, mesmo após a regulagem do assento, deve ser fornecido apoio para os pés que se adapte ao comprimento das pernas do trabalhador, permitindo o apoio das plantas dos pés, com inclinação ajustável e superfície revestida de material antiderrapante; e j) os assentos devem ser dotados de: I - apoio em 05 (cinco) pés, com rodízios cuja resistência evite deslocamentos involuntários e que não comprometam a estabilidade do assento; II - superfícies onde ocorre contato corporal estofadas e revestidas de material que permita a perspiração; III - baseestofada com material de densidade entre 40 (quarenta) a 50 (cinquenta) kg/m3 ; IV - altura da superfície superior ajustável, em relação ao piso, entre 37 cm (trinta e sete centímetros) e 50 cm (cinquenta centímetros), podendo ser adotados até três tipos de cadeiras com alturas diferentes, de forma a atender as necessidades de todos os operadores; V - profundidade útil de 38 cm (trinta e oito centímetros) a 46 cm (quarenta e seis centímetros); VI - borda frontal arredondada; VII - características de pouca ou nenhuma conformação na base; VIII - encosto ajustável em altura e em sentido anteroposterior, com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar; IX - largura de, no mínimo, 40 cm (quarenta centímetros) e, com relação aos encostos, de no mínimo, 30,5 cm (trinta vírgula cinquenta centímetros); e X - apoio de braços regulável em altura de 20 cm (vinte centímetros) a 25 cm (vinte e cinco centímetros) a partir do assento, sendo que seu comprimento não deve interferir no movimento de aproximação da cadeira em relação à mesa, nem nos movimentos inerentes à execução da tarefa. 4. Equipamentos dos Postos de Trabalho 4.1 Devem ser fornecidos gratuitamente conjuntos de microfone e fone de ouvido (headsets) individuais que permitam ao operador a alternância do uso das orelhas ao longo da jornada de trabalho e que sejam substituídos sempre que apresentarem defeitos ou desgaste devido ao uso. 4.1.1 Alternativamente, poderá ser fornecido um headset para cada posto de atendimento, desde que as partes que permitam qualquer espécie de contágio ou risco à saúde sejam de uso individual. 4.1.2 Os headsets devem: a) ter garantidas pelo empregador a correta higienização e as condições operacionais recomendadas pelos fabricantes; b) ser substituídos prontamente quando situações irregulares de funcionamento forem detectadas pelo operador; c) ter seus dispositivos de operação e controles de fácil uso e alcance; e d) permitir ajuste individual da intensidade do nível sonoro e ser providos de sistema de proteção contra choques acústicos e ruídos indesejáveis de alta intensidade, garantindo o entendimento das mensagens. 4.2 A organização deve garantir o correto funcionamento e a manutenção contínua dos equipamentos de comunicação, incluindo os conjuntos de headsets, utilizando pessoal técnico familiarizado com as recomendações dos fabricantes. 4.3 Os monitores de vídeo devem proporcionar corretos ângulos de visão e ser posicionados frontalmente ao operador, devendo ser dotados de regulagem que permita o correto ajuste da tela à iluminação do ambiente, protegendo o trabalhador contra reflexos indesejáveis. 4.4 Toda introdução de novos métodos ou dispositivos tecnológicos que traga alterações sobre os modos operatórios dos trabalhadores deve ser precedida de avaliação ergonômica preliminar ou Análise Ergonômica do Trabalho - AET, prevendo-se períodos e procedimentos adequados de capacitação e adaptação. 5. Condições Ambientais de Trabalho 5.1 Os locais de trabalho devem ser dotados de condições acústicas adequadas à comunicação Este texto não substitui o publicado no DOU telefônica, adotando-se medidas de prevenção com o fim de atender ao nível de ruído previsto no item 17.8.4.1 e subitens da NR 17. 5.2 Os ambientes de trabalho devem atender ao disposto no item 17.8.4.2 da NR 17 em relação à temperatura, velocidade do ar e umidade com a finalidade de proporcionar conforto térmico nas situações de trabalho. 5.2.1 Devem ser implementados projetos adequados de climatização dos ambientes de trabalho que permitam distribuição homogênea das temperaturas e fluxos de ar, utilizando, se necessário, controles locais e/ou setorizados da temperatura, velocidade e direção dos fluxos. 5.2.2 A organização pode instalar equipamentos que permitam ao trabalhador acompanhar a temperatura, a velocidade e a umidade do ar do ambiente de trabalho. 5.3 Para a prevenção da chamada “síndrome do edifício doente”, deve ser atendida a Lei nº 13.589, de 4 de janeiro de 2018, e o disposto no subitem 1.5.5.1.1 da Norma Regulamentadora nº 1 (NR 01) – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, bem como o disposto no regulamento dos Padrões Referenciais de Qualidade do Ar Interior em ambientes climatizados artificialmente de uso público e coletivo, com redação dada pela Resolução RE nº 9, de 16 de janeiro de 2003, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, ou outra que a venha substituir. 5.3.1 As instalações das centrais de ar-condicionado, especialmente o plenum de mistura da casa de máquinas, não devem ser utilizadas para armazenamento de quaisquer materiais. 5.3.2 A descarga de água de condensado não pode manter qualquer ligação com a rede de esgoto cloacal → Um edifício é considerado doente quando cerca de 20% de seus ocupantes apresentam problemas de saúde associados à permanência em seu interior. 6. Organização do Trabalho 6.1 A organização do trabalho deve ser feita de forma a não haver atividades aos domingos e feriados, seja total ou parcial, com exceção das organizações autorizadas previamente pela autoridade competente em matéria de trabalho, conforme o previsto no artigo 68 da Consolidação das do Trabalho – CLT, e das atividades previstas em lei. 6.1.1 Aos trabalhadores é assegurado, nos casos previamente autorizados, pelo menos um dia de repouso semanal remunerado coincidente com o domingo a cada mês, independentemente de metas, faltas e/ou produtividade. 6.1.2 As escalas de fins de semana e de feriados devem ser especificadas e informadas aos trabalhadores com a antecedência necessária, de conformidade com os artigos 67, parágrafo único, e 386 da CLT, ou por intermédio de acordos ou convenções coletivas. 6.1.2.1 A organização deve levar em consideração as necessidades dos operadores na elaboração das escalas laborais que acomodem necessidades especiais da vida familiar dos trabalhadores com dependentes sob seus cuidados, especialmente nutrizes, incluindo flexibilidade especial para trocas de horários e utilização das pausas. 6.1.3 A duração das jornadas de trabalho somente poderá prolongar-se além do limite previsto nos termos da lei em casos excepcionais, por motivo de força maior, necessidade imperiosa ou para a realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto, conforme dispõe o artigo 61 da CLT. 6.2 O contingente de operadores deve ser dimensionado às demandas da produção no sentido de não gerar sobrecarga habitual ao trabalhador. 6.2.1 O contingente de operadores em cada estabelecimento deve ser suficiente para garantir que todos possam usufruir as pausas e intervalos previstos neste Anexo. 6.3 O tempo de trabalho em efetiva atividade de teleatendimento/telemarketing é de, no máximo, 6 (seis) horas diárias, nele incluídas as pausas, sem prejuízo da remuneração. 6.3.1 A prorrogação do tempo previsto no presente item só será admissível nos termos da legislação, sem prejuízo das pausas previstas neste Anexo, respeitado o limite de 36 (trinta e seis) horas semanais de tempo efetivo em atividade de teleatendimento/telemarketing. 6.3.2 Para o cálculo do tempo efetivo em atividade de teleatendimento/telemarketing, devem ser computados os períodos em que o operador se encontra no posto de trabalho, os intervalos entre os ciclos laborais e os deslocamentos para solução de questões relacionadas ao trabalho. 6.4 Para prevenir sobrecarga psíquica e muscular estática de pescoço, ombros, dorso e membros superiores, a organização deve permitir a fruição de pausas de descanso e intervalos para repouso e alimentação aos trabalhadores. 6.4.1 As pausas devem ser concedidas: a) fora do posto de trabalho; b) em 02 (dois) períodos de 10 (dez) minutos contínuos; e c) após os primeiros e antes dos últimos 60 (sessenta) minutos de trabalho em atividade de teleatendimento/telemarketing. 6.4.1.1 A instituição de pausas não prejudica o direito ao intervalo obrigatório para repouso e alimentação previstono §1° do art. 71 da CLT. 6.4.2 O intervalo para repouso e alimentação para a atividade de teleatendimento/telemarketing deve ser de 20 (vinte) minutos. 6.4.3 Para tempos de trabalho efetivo de teleatendimento/telemarketing de até 4 (quatro) horas diárias, deve ser observada a concessão de 1 (uma) pausa de descanso contínua de 10 (dez) minutos. 6.4.4 As pausas para descanso devem ser consignadas em registro impresso ou eletrônico. 6.4.5 Devem ser garantidas pausas no trabalho imediatamente após operação em que tenham ocorrido ameaças, abuso verbal ou agressões, ou que tenha sido especialmente desgastante, que permitam ao operador recuperar-se e socializar conflitos e dificuldades com colegas, supervisores ou profissionais de saúde ocupacional especialmente capacitados para tal acolhimento. 6.5 O tempo necessário para a atualização do conhecimento do operador e para o ajuste do posto de trabalho é considerado como parte da jornada normal. 6.6 A participação em quaisquer modalidades de atividade física, quando adotadas pela organização, não é obrigatória, e a recusa do trabalhador em praticá-la não poderá ser utilizada para efeito de qualquer punição. 6.7 Com o fim de permitir a satisfação das necessidades fisiológicas, a organização deve permitir que os operadores saiam de seus postos de trabalho a qualquer momento da jornada, sem repercussões sobre suas avaliações e remunerações. 1. Ergonomia; 2. Assédio moral organizacional; 3. Conceitos de insalubridade e periculosidade, sua caracterização e controle; 4. Acidente de Trabalho. • Projeto 80/20 (Sprint Final) para o CNU (Bloco 4: Trabalho e Saúde do Servidor). • Disciplina: Eixo 4 • Tema: Ergonomia e Análise Ergonômica do Trabalho • Assédio moral organizacional. “Toda e qualquer conduta abusiva manifestando-se sobretudo por comportamentos, palavras gestos, escritos que possam trazer dano à personalidade, à dignidade ou à integridade de uma pessoa, pôr em perigo seu emprego ou degradar o ambiente de trabalho” (Marie-France Hirigoyen). Convenção 190 da OIT DEFINIÇÕES Artigo 1º 1. Para efeitos da presente Convenção: ( (a) o termo "violência e assédio" no mundo do trabalho refere-se a um conjunto de comportamentos e práticas inaceitáveis, ou de suas ameaças, de ocorrência única ou repetida, que visem, causem, ou sejam susceptíveis de causar dano físico, psicológico, sexual ou económico, e inclui a violência e o assédio com base no género; (b) o termo "violência e assédio com base no género" significa violência e assédio dirigido às pessoas em virtude do seu sexo ou género, ou afectam de forma desproporcionada as pessoas de um determinado sexo ou género, e inclui o assédio sexual. Artigo 3º A presente Convenção aplica-se à violência e ao assédio no mundo do trabalho que ocorrem durante o trabalho, relacionados com o trabalho ou decorrentes do trabalho: no local de trabalho, incluindo nos espaços públicos e privados onde são um local de trabalho; nos locais onde o trabalhador é remunerado, descansa ou toma uma refeição, ou usa as instalações sanitárias, de lavagem e vestiário; durante deslocações, viagens, treinamentos, eventos ou atividades sociais relacionadas com o trabalho; através de comunicações relacionadas com o trabalho, incluindo as facilitadas pelas tecnologias da informação e comunicação; no alojamento fornecido pelo empregador; e (a) durante o trajeto entre o domicílio e o local de trabalho. Artigo 4º 2. Cada Membro deverá adoptar, de acordo com a legislação e as circunstâncias nacionais e em consulta com as organizações representativas de empregadores e de trabalhadores, uma abordagem inclusiva, integrada e sensível ao género para a prevenção e eliminação da violência e do assédio no mundo do trabalho. Tal abordagem deverá ter em conta a violência e o assédio envolvendo terceiros, quando aplicável, e incluir: proibir por lei a violência e o assédio; garantir que políticas relevantes abordem a questão da violência e do assédio; adotar uma estratégia abrangente a fim de implementar medidas para prevenir e combater a violência e o assédio; estabelecer ou reforçar os mecanismos de aplicação e acompanhamento; garantir acesso às vias de reparação e apoio às vítimas; prever sanções; desenvolver ferramentas, orientação, educação e formação, e sensibilizar em formatos acessíveis e apropriadados; e garantir meios eficazes de inspecção e investigação de casos de violência e assédio, incluindo por meio de inspecções do trabalho ou por outros organismos competentes. Artigo 9o Cada Membro deverá adoptar leis e regulamentos que exijam que os empregadores tomem medidas adequadas proporcionais ao seu grau de controlo para prevenir a violência e o assédio no mundo do trabalho, incluindo a violência e o assédio com base no género, e em particular, desde que seja razoavelmente exequível, para: (a) adotar e implementar, em consulta com os trabalhadores e os seus representantes, uma política do local de trabalho sobre a violência e o assédio; (b) ter em conta a violência e o assédio e os riscos psicossociais associados na gestão da saúde e da segurança no trabalho; (c) identificar os perigos e avaliar os riscos de violência e assédio, com a participação dos trabalhadores e seus representantes, e tomar medidas para prevenir e controlar os mencionados perigos e riscos; e (d) proporcionar aos trabalhadores e a outras pessoas interessadas informação e formação, em formatos acessíveis e apropriados, sobre os perigos e riscos de violência e assédio identificados e as medidas de prevenção e protecção associadas, incluindo os direitos e responsabilidades dos trabalhadores e de outras pessoas envolvidas relativamente à política referida na alínea a) do presente artigo. CLT Art. 163. Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (Cipa), em conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho e Previdência, nos estabelecimentos ou nos locais de obra nelas especificadas. CLT. “Art. 483. O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: a)forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, ou contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato de trabalho; b)for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; (...) d) não cumprir o empregador com as suas obrigações do contrato; e) praticar o empregador, ou seus prepostos, contra ele u pessoas da sua família ato lesivo da honra e boa fama” NR1 1.4.1.1 As organizações obrigadas a constituir CIPA nos termos da NR-05 devem adotar as seguintes medidas, além de outras que entenderem necessárias, com vistas à prevenção e ao combate ao assédio sexual e às demais formas de violência no âmbito do trabalho: (Portaria MTP nº 4.219, de 20 de dezembro de 2022 - Item e alíneas entram em vigor no dia 20 de março de 2023) inclusão de regras de conduta a respeito do assédio sexual e de outras formas de violência nas normas internas da empresa, com ampla divulgação do seu conteúdo aos empregados e às empregadas; fixação de procedimentos para recebimento e acompanhamento de denúncias, para apuração dos fatos e, quando for o caso, para aplicação de sanções administrativas aos responsáveis diretos e indiretos pelos atos de assédio sexual e de violência, garantido o anonimato da pessoa denunciante, sem prejuízo dos procedimentos jurídicos cabíveis; e realização, no mínimo a cada 12 (doze) meses, de ações de capacitação, de orientação e de sensibilização dos empregados e das empregadas de todos os níveis hierárquicos da empresa sobre temas relacionados à violência, ao assédio, à igualdade e à diversidade no âmbito do trabalho, em formatos acessíveis, apropriados e que apresentem máxima efetividade de tais ações. Assédio sexual CP. “Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercíciode emprego, cargo ou função. Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.” • Conduta abusiva; • Atentado à integridade psíquica do indivíduo; • Reiteração da conduta?* • Finalidade de exclusão/segregação/desconstrução. Condutas típicas: Recusa de comunicação direta; Isolamento; Desqualificar e desacreditar; Atacar a reputação da vítima; Degradar a reputação da vítima; Ataques diretos. • O fenômeno se instala de modo quase imperceptível. Inicialmente a vítima descuida, encarando o fato como uma simples brincadeira; todavia, é na repetição dos vexames, das humilhações, que a violência vai se mostrando demolidora e, se ninguém de fora intervier energicamente, evolui uma escala destrutiva. Quando a vítima reage e tenta libertar-se, as hostilidades transformam-se em violência declarada, dando início à fase de aniquilamento moral, denominada de psicoterror. (GUEDES, Márcia Novaes. Terror Psicológico no Trabalho. São Paulo: LTr: 2003, p. 35.) • Espécies: a) Vertical; b) Misto; c) Horizontal; ASSÉDIO MORAL ORGANIZACIONAL Higidez ambiental do trabalho Expectativa de resultados • Sequestro da subjetividade dos trabalhadores • Anuência a regras e/ou condutas implícitas ou explícitas da organização • Cumprimento de metas • Controle do tempo de uso do banheiro • Obrigatoriedade da prática de atos ou condutas ilícitas • Sonegação de direitos • (ARAÚJO, Adriane Reis. Assédio Moral Organizacional. Revista do TST, vol.73, n.2, Brasília, 2007) [...] "DANO MORAL - ASSÉDIO ORGANIZACIONAL - "QUANTUM" INDENIZATÓRIO(ANÁLISE CONJUNTA COM O RECURSO ORDINÁRIO DO AUTOR) [...] A modalidade de assédio organizacional caracteriza-se pela conduta abusiva e reiterada do agressor como método de gestão, não sendo requisito a intenção de prejudicar ou inferiorizar determinada pessoa. Tem por essência a utilização de práticas abusivas para aumentar a produtividade e/ou reduzir custos, como cobranças excessivas de metas, rigor disciplinar excessivo, métodos de gestão por estresse. [...] Ocorre que as relações de trabalho devem se pautar pela respeitabilidade mútua, em face do caráter sinalagmático da contratação, impondo-se aos contratantes, reciprocidade de direitos e obrigações. O terror psicológico dentro da empresa, que caracteriza o assédio moral, manifesta-se através de comunicações verbais e não-verbais, como gestos, insinuações, zombarias, visando desestabilizar a vítima. [...] A atitude patronal afrontou valores éticos que são esperados em uma execução contratual pautada pela boa-fé, causando constrangimentos e dissabores plenamente evitáveis. [...] Todavia, nem a mais radical concepção de mundo capitalista, autoriza a adoção de comportamento empresarial excessivo, rigoroso e aterrorizador, degradando o ambiente de trabalho. Verifica-se que a reclamada adota um perverso sistema de gestão por pressão, para que todos os empregados de suas equipes atinjam as metas a qualquer custo, em evidente abuso do poder diretivo da empregadora e em detrimento da dignidade do trabalhador, que se vê obrigado a trabalhar incessantemente em busca de maior produtividade. [...]. O assédio moral se caracteriza por repetidas perseguições a alguém, devendo haver por parte do empregador o ânimo de depreciar a imagem e o conceito do empregado perante si próprio e seus pares, fazendo diminuir sua autoestima. Trata-se, inicialmente, de uma conduta do empregador direcionada a um indivíduo. Hodiernamente, além do assédio moral individual, tem-se reconhecido a figura do assédio moral denominado organizacional, que compreende um conjunto sistemático de práticas reiteradas, provindas dos métodos de gestão empresarial, que tem por finalidade atingir determinados objetivos empresariais relativos ao aumento de produtividade e à diminuição do custo do trabalho, por meio de pressões, humilhações e constrangimentos aos trabalhadores na empresa. (Grifos nossos) • (TST - AIRR: 15120820175090661, relator ministro Claudio Mascarenhas Brandao, 7ªClaudioturma, data de publicação: 24/5/2021) “O assédio organizacional, portanto, reveste-se de modo de gestão da empresa, de política de gestão ofensiva aos empregados”. (...) O assédio organizacional é fundado em práticas gerenciais voltadas ao aumento da produtividade e da lucratividade das empresas que por suas características e por sua reiteração potencialmente causam danos à saúde física ou mental dos empregados. https://www.migalhas.com.br/depeso/354024/entenda-o-que-e-assedio- organizacional Tópicos 4 Conceitos básicos e definições sobre Economia do Trabalho e mercado de trabalho: • 4.1 População ocupada. • 4.2 Trabalho profissional e trabalho doméstico. • 4.3 Orientação, formação e qualificação profissional. • 4.4 Atores no mercado de trabalho. • 4.5 Mercado de trabalho formal e informal. • 4.6 Agentes econômicos. • 4.7 Trabalho e empresa. Economia do Trabalho “A economia do trabalho estuda como os mercados de trabalho funcionam.” (BORJAS, 2015, p. 1). Vocabulário 1. População ocupada: pessoas que trabalharam com ou sem remuneração no tempo de referência; 2. População não ocupada: pessoas dispostas a trabalhar, que não conseguiram trabalho; 3. População fora da força de trabalho: pessoas que não estavam ocupadas nem desocupadas nessa semana. 4. Trabalho profissional: trabalho remunerado fora do domicílio 5. Trabalho doméstico: trabalho não remunerado dentro do domicílio. Fonte: IBGE Vocabulário 6. Trabalho formal: trabalho registrado e com direitos; 7. Trabalho informal: trabalho sem registro e sem direitos. 8. Agentes econômicos: entes que atuam no sistema econômico (famílias, empresas e governo) Fonte: IBGE Atores (maximização do bem-estar) 1. Interesses conflitantes (salário x nº de empregos) e equilíbrio (oferta = demanda) 2. Empresas (coadjuvante): procuram comprar a mão de obra pelo menor preço; a. A demanda por trabalho da empresa é uma demanda derivada, ou seja, advinda dos desejos dos consumidores. b. curva de demanda por trabalho que se inclina negativamente 3. Trabalhadores (principal): procuram vender sua mão de obra por um preço mais alto (oferta de trabalho); a. a curva de oferta de trabalho é, em geral, positivamente inclinada b. Salário aumenta a oferta de trabalho; BORJAS, 2015, p. 3-5 Atores (maximização do bem-estar) 4. Governo: impõe para regulamentar as transações no mercado de trabalho; 5. Sindicatos; BORJAS, 2015, p. 3-5 Atores (maximização do bem-estar) BORJAS, 2015, p. 3-5 1. População Brasileira: 203.062.512; 2. Pessoas autodeclaradas pretas: 9,1%; 3. Pessoas autodeclaradas pardas: 47%; Fonte: Agência IBGE Notícias População Brasileira Emprego 1. Em 2021, a taxa de desocupação foi de 11,3% para a população branca, 16,5% para a preta e 16,2% para a parda. Já as taxas de subutilização destas populações foram, respectivamente, 22,5%, 32,0% e 33,4%. 2. Em 2021, a taxa de informalidade da população ocupada era 40,1%, sendo 32,7% para os brancos, 43,4% para os pretos e 47,0% para os pardos. Fonte: Agência IBGE Notícias Emprego 3. O rendimento médio dos trabalhadores brancos (R$3.099) superava muito o de pretos (R$1.764) e pardos (R$1.814) em 2021. 4. Mais da metade (53,8%) dos trabalhadores do país em 2021 eram pretos ou pardos, mas esses grupos, somados, ocupavam apenas 29,5% dos cargos gerenciais, enquanto os brancos ocupavam 69,0% deles. Fonte: Agência IBGE Notícias Fo n te : P n a d C o n tí n u a - IB G E . E la b o ra çã o : D IE E S E .Mulheres na força de trabalho Fo n te : P n a d C o n tí n u a - IB G E . E la b o ra çã o : D IE E S E . Remuneração Fo n te : P n a d C o n tí n u a - IB G E . E la b o ra çã o : D IE E S E . Proteção Social e Direitos Trabalhistas Fo n te : P n a d C o n tí n u a - IB G E . E la b o ra çã o : D IE E S E . Proteção Social e Direitos Trabalhistas Fo n te : P n a d C o n tí n u a - IB G E . E la b o ra çã o : D IE E S E . Até um saláriomínimo Trabalho Doméstico 1. Em 2019, as mulheres dedicavam 10,6 horas a mais do que os homens aos afazeres domésticos e/ou cuidados de pessoas. Em 2022, essa diferença era de 9,6 horas. 2. A divisão das tarefas domésticas permanece desigual mesmo entre os trabalhadores: em média, as mulheres ocupadas dedicaram 6,8 horas a mais do que os homens ocupados aos afazeres domésticos e/ou cuidado de pessoas em 2022. 3. As mulheres que se declararam pretas tinham a maior taxa de realização de afazeres domésticos (92,7%). Fonte: IBGE. Pnad Contínua. Outras Formas de Trabalho, 2022 • ACIDENTE DO TRABALHO Lei n. 8.213/91 Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. § 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador. § 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho. § 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular. § 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. § 1º Não são consideradas como doença do trabalho: a) a doença degenerativa; b) a inerente a grupo etário; c) a que não produza incapacidade laborativa; d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. Art. 11, inciso VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de: a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: 1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; 2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de vida; b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; e c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo. A ADI 3931 confirmou a constitucionalidade do NTEP, havendo, pois, uma presunção relativa (juris tantum) – Inversão do ônus da prova em favor do empregado – de que a doença que acometeu o trabalhador é equiparada à acidente de trabalho. EMENTA : AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 21-A DA LEI N. 8.213/1991 E §§ 3º E 5º A 13 DO ART. 337 DO REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. ACIDENTE DE TRABALHO. ESTABELECIMENTO DE NEXO ENTRE O TRABALHO E O AGRAVO PELA CONSTATAÇÃO DE RELEVÂNCIA ESTATÍSTICA ENTRE A ATIVIDADE DA EMPRESA E A DOENÇA. PRESUNÇÃO DA NATUREZA ACIDENTÁRIA DA INCAPACIDADE. AUSÊNCIA DE OFENSA AO INC. XIII DO ART. 5º, AO INC. XXVIII DO ART. 7º, AO INC. I E AO § 1º DO ART. 201 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE JULGADA IMPROCEDENTE. 1. É constitucional a previsão legal de presunção de vínculo entre a incapacidade do segurado e suas atividades profissionais quando constatada pela Previdência Social a presença do nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, podendo ser elidida pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro. Lei n. 8.213/91 Art. 21-A. A perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa ou do empregado doméstico e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças (CID), em conformidade com o que dispuser o regulamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015) § 1o A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo quando demonstrada a inexistência do nexo de que trata o caput deste artigo (PRESUNÇÃO RELATIVA). (Incluído pela Lei nº 11.430, de 2006) § 2o A empresa ou o empregador doméstico poderão requerer a não aplicação do nexo técnico epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso, com efeito suspensivo, da empresa, do empregador doméstico ou do segurado ao Conselho de Recursos da Previdência Social. Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015) § 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria. § 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo. § 3º A comunicação a que se refere o § 2º não exime a empresa de responsabilidade pela falta do cumprimento do disposto neste artigo. § 4º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela Previdência Social, das multas previstas neste artigo. § 5o A multa de que trata este artigo não se aplica na hipótese do caput do art. 21-A. Art. 23. Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro. Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão;e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. § 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho. § 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às conseqüências do anterior. • Projeto 80/20 (Sprint Final) para o CNU (Bloco 4: Trabalho e Saúde do Servidor). • Disciplina: Eixo 4 • Tema: Insalubridade e Periculosidade Conceitos de insalubridade e periculosidade, sua caracterização e controle. Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; Penosidade: Art. 71 da Lei n. 8.112/91 O adicional de atividade penosa será devido aos servidores em exercício em zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida o justifiquem, nos termos, condições e limites fixados em regulamento. • Perícia; • Necessidade de previsão nas NR´s; • Vedada a cumulação. Súmula 460 do STF Para efeito do adicional de insalubridade, a perícia judicial, em reclamação trabalhista, não dispensa o enquadramento da atividade entre as insalubres, que é ato da competência do Ministro do Trabalho e Previdência Social. Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Medidas gerais de proteção Proteção coletiva Medidas Administrativas/ Organização Proteção Individual O ADCIONAL DE INSALUBRIDADE É RESIDUAL. Art. 190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes. Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do organismo do trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos, irritantes, alérgicos ou incômodos. Art. 191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo. R is co s am b ie n ta is Físicos Químicos Biológicos NATUREZA DO AGENTE - FÍSICO; - QUÍMICO; ou - BIOLÓGICO. INTENSIDADE OU CONCENTRAÇÃO - Físico (intensidade); - Químico (concentração). TEMPO DE EXPOSIÇÃO A N Á LI SE QUALITATIVA QUANTITATIVA Art.194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho. AVALIAÇÃO QUANTITATIVA - Medição da intensidade ou da concentração dos agentes; a) Exposição ao ruído contínuo ou intermitente (anexo 1); b) Exposição ao ruído de impacto (anexo 2); c) Exposição ao calor (anexo 3); d) Exposição de vibrações (anexo 8); e) Exposição a agentes químicos cuja insalubridade dependerá de avaliação quantitativa (anexo 11); f) Exposição a poeiras minerais (anexo 12). 15.1.5 Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral. AVALIAÇÃO QUALITATIVA • 1 – Agentes ambientais sem limites de tolerância: a) Exposição à radiação ionizante (anexo 7); b) Exposição ao frio (anexo 9) – será necessária também uma avaliação ambiental; c) Exposição à umidade (anexo 10). • 2 – Exposição inerente à atividade: a) Exposição a condições hiperbáricas (anexo 6); b) Exposição a agentes químicos (arsênico, carvão, chumbo, cromo, fósforo, hidrocabornetos, mercúrio, silicatos, substâncias cancerígenas) – haverá limites de tolerância para alguns agentes químicos – (anexo 13). c) Exposição a agentes biológicos. CLT Art. 191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo. BASE DE CÁLCULO Súmula nº 448 do TSTATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO Nº 3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 4 da SBDI-1 com nova redação do item II ) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014. I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano. • 193 • III – colisões, atropelamentos ou outras espécies de acidentes ou violências nas atividades profissionais dos agentes das autoridades de trânsito. (Incluído pela Lei nº 14.684, de 2023) • Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: • I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; • II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. • § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. • § 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. • § 3º Serão descontados ou compensadosdo adicional outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo. • SUM-364 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO • EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE (inserido o • item II) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016 • I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-Ojs da SBDI-I nºs 05 - inserida em 14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003). • II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fixando o adicional de periculosidade em percentual inferior ao estabelecido em lei e proporcional ao tempo de exposição ao risco, pois tal parcela constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantida por norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e 193, §1º, da CLT). • OJ-SDI1-345 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. RADIAÇÃO IONIZANTE OU SUBSTÂNCIA RADIOATIVA. DEVIDO (DJ 22.06.2005) • A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a percepção do adicional de periculosidade, pois a regulamentação ministerial (Portarias do Ministério do Trabalho nºs 3.393, de 17.12.1987, e 518, de 07.04.2003), ao reputar perigosa a atividade, reveste-se de plena eficácia, porquanto expedida por força de delegação legislativa contida no art. 200, “caput”, e inciso VI, da CLT. No período de 12.12.2002 a 06.04.2003, enquanto vigeu a Portaria nº 496 do Ministério do Trabalho, o empregado faz jus ao adicional de insalubridade. • OJ-SDI1-385 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. DEVIDO. ARMAZENAMENTO DE LÍQUIDO INFLAMÁVEL NO PRÉDIO. CONSTRUÇÃO VERTICAL. (DEJT divulgado em 09, 10 e 11.06.2010) • É devido o pagamento do adicional de periculosidade ao empregado que desenvolve suas atividades em edifício (construção vertical), seja em pavimento igual ou distinto daquele onde estão instalados tanques para armazenamento de líquido inflamável, em quantidade acima do limite legal, considerando-se como área de risco toda a área interna da construção vertical. Projeto 80/20 Segurança e Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora 1 Noções conceituais de higiene do trabalho e suas relações com o ambiente de trabalho: 1.1 Agentes nocivos e os agravos à saúde do trabalhador. 1.2 Antecipação, reconhecimento, avaliação e controle da exposição ocupacional. 3.4 Limite de tolerância. 1.3 Doenças relacionadas ao trabalho, conceitos, espécies, etiologias, fisiopatologias. 1.4 Fatores de risco. 1.5 Reconhecimento oficial de doenças relacionadas ao trabalho. Agentes nocivos e os agravos à saúde do trabalhador • RISCOS FÍSICOS - VERDE: ruídos, vibrações, radiações ionizantes, radiações Não ionizantes, frio, calor, pressões anormais, umidade. • RISCOS QUÍMICOS - VERMELHO: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores, substâncias / compostos ou produtos químicos em geral. • RISCOS BIOLÓGICOS - MARROM: vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas, bacilos. • RISCOS ERGONÔMICOS - AMARELO: esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade, outras situações causadoras de estresse físico e/ou psíquico. • RISCOS DE ACIDENTES - AZUL: arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais peçonhentos, outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes. Físico Químico Biológico Ergonômi cos Acidentes SIMBOLOGIA: Antecipação, reconhecimento, avaliação e controle da exposição ocupacional. NR-09 - AVALIAÇÃO E CONTROLE DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS A AGENTES FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS 9.3 Identificação das Exposições Ocupacionais aos Agentes Físicos, Químicos e Biológicos 9.4 Avaliação das Exposições Ocupacionais aos Agentes Físicos, Químicos e Biológicos 9.5 Medidas de Prevenção e Controle das Exposições Ocupacionais aos Agentes Físicos, Químicos e Biológicos 9.3 Identificação das Exposições Ocupacionais aos Agentes Físicos, Químicos e Biológicos 9.3.1 A identificação das exposições ocupacionais aos agentes físicos, químicos e biológicos deverá considerar: a) descrição das atividades; b) identificação do agente e formas de exposição; c) possíveis lesões ou agravos à saúde relacionados às exposições identificadas; d) fatores determinantes da exposição; e) medidas de prevenção já existentes; e f) identificação dos grupos de trabalhadores expostos. 9.4 Avaliação das Exposições Ocupacionais aos Agentes Físicos, Químicos e Biológicos 9.4.1 Deve ser realizada análise preliminar das atividades de trabalho e dos dados já disponíveis relativos aos agentes físicos, químicos e biológicos, a fim de determinar a necessidade de adoção direta de medidas de prevenção ou de realização de avaliações qualitativas ou, quando aplicáveis, de avaliações quantitativas. 9.4.2 A avaliação quantitativa das exposições ocupacionais aos agentes físicos, químicos e biológicos, quando necessária, deverá ser realizada para: a) comprovar o controle da exposição ocupacional aos agentes identificados; b) dimensionar a exposição ocupacional dos grupos de trabalhadores; c) subsidiar o equacionamento das medidas de prevenção. 9.4.2.1 A avaliação quantitativa deve ser representativa da exposição ocupacional, abrangendo aspectos organizacionais e condições ambientais que envolvam o trabalhador no exercício das suas atividades. 9.4.3 Os resultados das avaliações das exposições ocupacionais aos agentes físicos, químicos e biológicos devem ser incorporados ao inventário de riscos do PGR. 9.5 Medidas de Prevenção e Controle das Exposições Ocupacionais aos Agentes Físicos, Químicos e Biológicos 9.5.1 As medidas de prevenção e controle das exposições ocupacionais referentes a cada agente físico, químico e biológico estão estabelecidas nos Anexos desta NR (Vibração e Calor). 9.5.3 As medidas de prevenção e controle das exposições ocupacionais integram os controles dos riscos do PGR e devem ser incorporados ao Plano de Ação. 9.6.1.2 Considera-se nível de ação, o valor acima do qual devem ser implementadas ações de controle sistemático de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições ocupacionais ultrapassem os limites de exposição. 1.5.3.1. A organização deve implementar, por estabelecimento, o gerenciamento de riscos ocupacionais em suas atividades. 1.5.3.1.1 O gerenciamento de riscos ocupacionais deve constituir um Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR. 1.5.7.1 O PGR deve conter, no mínimo, os seguintes documentos: a) inventário de riscos; e b) plano de ação. 1.5.7.3 Inventário de riscos ocupacionais 1.5.7.3.1 Os dados da identificação dos perigos e das avaliações dos riscos ocupacionais devem ser consolidados em um inventário de riscos ocupacionais. 1.5.7.3.2 O Inventário de Riscos Ocupacionais deve contemplar, no mínimo, as seguintes informações: a) caracterização dos processos e ambientes de trabalho; b) caracterização das atividades; c) descrição de perigos e de possíveis lesões ou agravos à saúde dos trabalhadores, com a identificação das fontes ou circunstâncias, descrição de riscos gerados pelos perigos, com a indicação dos grupos de trabalhadores sujeitos a esses riscos, e descrição de medidas de prevenção implementadas; d) dados da análise preliminar ou do monitoramento das exposições a agentes físicos, químicos e biológicos e os resultados da avaliação de ergonomia nos termos da NR-17. e) avaliação dos riscos, incluindo a classificação para fins de elaboração do plano de ação;e f) critérios adotados para avaliação dos riscos e tomada de decisão. 1.5.4.4.5 Após a avaliação, os riscos ocupacionais devem ser classificados, observado o subitem 1.5.4.4.2, para fins de identificar a necessidade de adoção de medidas de prevenção e elaboração do plano de ação. 1.5.5.2. Planos de ação 1.5.5.2.1 A organização deve elaborar plano de ação, indicando as medidas de prevenção a serem introduzidas, aprimoradas ou mantidas, conforme o subitem 1.5.4.4.5. 1.5.5.2.2 Para as medidas de prevenção deve ser definido cronograma, formas de acompanhamento e aferição de resultados. Limite de tolerância NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES 15.1.5 Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral. Doenças relacionadas ao trabalho, conceitos, espécies, etiologias, fisiopatologias. Lei nº 8213 de 1991 - Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social: Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. (Revogado pela Medida Provisória nº 905, de 2019 (Revogada pela Medida Provisória nº 955, de 2020) (Vigência encerrada) d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. § 1º NÃO são consideradas como doença do trabalho: a) a doença degenerativa; b) a inerente a grupo etário; c) a que não produza incapacidade laborativa; d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. Investigação de Doenças Relacionadas ao Trabalho Investigação de Doenças Relacionadas ao Trabalho DOENÇAS E AGRAVOS OCUPACIONAIS DOENÇAS OSTEOMUSCULARES RELACIONADAS COM O TRABALHO – LER/DORT DERMATOSE OCUPACIONAL OU RELACIONADA AO TRABALHO PNEUMOCONIOSES - ASBESTOSE E SILICOSE TRANSTORNOS MENTAIS RELACIONADOS AO TRABALHO - SÍNDROME DE BURNOUT PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO – PAIR DERMATOSES OCUPACIONAIS As dermatoses ocupacionais são quaisquer alterações da pele, da mucosa e dos anexos (glândulas, unhas, cabelos, pelos e receptores sensoriais) causadas, agravadas, condicionadas ou mantidas, direta ou indiretamente, por agentes biológicos, físicos, químicos ou psíquicos presentes nos ambientes ou nos processos de trabalho, em decorrência da atividade ocupacional desenvolvida pelo trabalhador. FATORES DE RISCO - De etiologia multifatorial, as dermatoses ocupacionais podem ser determinadas pela interação de fatores, primariamente associados ao local de trabalho, que podem ser divididos em dois grupos de causas: diretas e indiretas ou predisponentes. As causas diretas, por ordem de frequência, são constituídas pelos agentes químicos, mecânicos, físicos ou biológicos (BELTRANI, 1999) presentes no trabalho, que podem atuar diretamente sobre o tecido tegumentar, produzindo dermatoses ou agravando uma dermatose preexistente (ALI, 2009). CAUSAS INDIRETAS OU FATORES PREDISPONENTES São aquelas causas ou fatores predisponentes que contribuem para a ocorrência de dermatoses ocupacionais, como: antecedentes de saúde e doenças concomitantes (como as dermatoses preexistentes, por exemplo, a dermatite atópica), condições de trabalho, fatores ambientais (como clima, temperatura e umidade nos locais das atividades laborais), hábitos e/ou possibilidade de adoção de medidas de higiene. Além disso, é importante avaliar idade, etnia, sexo para compreender melhor os fatores de exposição MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS As dermatoses decorrentes dos ambientes e dos processos de trabalho podem produzir desconforto, dor, prurido, inflamação, escoriações, queimação, reações psicossomáticas, entre outras (BRASIL, 2006). De forma geral, as lesões são formadas inicialmente por eritema, edema, vesiculação na pele e, posteriormente, pela exsudação e descamação nas áreas de contato. O prurido pode estar presente em algumas afecções com diferentes intensidades (ALI, 2009). As manifestações clínicas podem variar de acordo com os agentes etiológicos, a duração e a intensidade da exposição. DIAGNÓSTICO CLÍNICO O diagnóstico clínico é realizado a partir da anamnese e da história de exposição ocupacional, do exame físico e da avaliação dos fatores de risco para dermatoses ocupacionais. Para o diagnóstico, deve-se levar em consideração: a morfologia e a localização das lesões em áreas de contato com os agentes, a ocorrência de melhora dos sintomas com o afastamento do trabalho e a piora com o retorno às atividades laborais (BRASIL, 2006). DIAGNÓSTICO LABORATORIAL O principal exame utilizado é o teste de contato ou o teste epicutâneo (patch test), realizado no dorso do paciente com os contatantes de uma bateria de alérgenos. A realização do teste de contato permite diferenciar a dermatite irritativa de contato da dermatite alérgica de contato (BRASIL, 2006). TRATAMENTO O tratamento das dermatoses ocupacionais é realizado de acordo com o tipo, a intensidade e a extensão da lesão (ALI, 2009; ALCHORNE, A.; ALCHORNE, M., 2010). PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO – PAIR Perda auditiva induzida por ruído (Pair) caracteriza-se pela perda da audição por exposição prolongada a ruídos, que pode estar associada ou não a substâncias químicas, no ambientede trabalho, sendo do tipo neurossensorial, geralmente bilateral, irreversível e progressiva conforme o tempo de exposição. FATORES DE RISCO Destacam-se como fatores que influenciam o risco de Pair as características físicas do ruído, como tipo, espectro e nível de pressão sonora; o tempo de exposição; e a suscetibilidade individual (HARGER; BARBOSA-BRANCO, 2004). O risco aumenta consideravelmente quando a média da exposição ao ruído está acima de 85 dB (A) por oito horas diárias (BRASIL, 2006). MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Em geral, o trabalhador com perda auditiva apresenta sintomas auditivos frequentes, tais como zumbido, intolerância a sons intensos e dificuldades de comunicação com colegas e familiares. Há também queixas relativas à ocorrência de cefaleia, tontura, irritabilidade, problemas digestivos, dificuldade de atenção e concentração durante realização de tarefas, alteração do sono, ansiedade e isolamento (BRASIL, 2006). O diagnóstico clínico da Pair é realizado a partir de anamnese ocupacional, histórico de exposição ocupacional aos fatores de risco, exame físico e exames complementares. As principais características diagnósticas da Pair são: • Perda auditiva sensório-neural com comprometimento das células ciliadas da orelha interna, quase sempre bilateral. • Rebaixamento no limiar audiométrico de 3 kHz, 4 kHz ou 6 kHz, como primeiro sinal. No início da perda, a média dos limiares de 500 kHz, 1 kHz e 2 kHz é melhor do que a média de 3 kHz, 4 kHz e 6 kHz. O limiar de 8 kHz tem de ser melhor que o pior limiar. • A progressão da perda auditiva decorrente da exposição crônica é maior nos primeiros 10 a 15 anos, e tende a diminuir com a piora dos limiares. TRATAMENTO A Pair é irreversível, porém, uma vez cessada a exposição, não há progressão da perda auditiva. Não há tratamento para recuperação dos limiares auditivos, no entanto algumas medidas terapêuticas coletivas e individuais podem ser adotadas. A reabilitação auditiva com o uso de aparelhos de amplificação sonora e a adoção de estratégias para melhoria da comunicação, realizadas por fonoaudiólogos, podem auxiliar na melhoria da qualidade de vida do trabalhador (BRASIL, 2006). LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS E DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO – LER/DORT São síndromes clínicas que afetam o sistema musculoesquelético e neural, as quais podem ser causadas, mantidas ou agravadas pelo trabalho e atingir diversas categorias profissionais. Em geral, esses agravos se manifestam por meio de vários sintomas (concomitantes ou não), como dor, edema, parestesia, sensação de peso, perda de força e sensibilidade, entre outros (BRASIL, 2012). O diagnóstico clínico de LER/Dort é realizado a partir de anamnese ocupacional, histórico de exposição ocupacional aos fatores de risco, exame físico e exames complementares. TRATAMENTO Deve ser realizado por uma equipe interdisciplinar. PNEUMOCONIOSES Pneumoconioses (do grego, conion = poeira) são doenças pulmonares parenquimatosas relacionadas à inalação de poeiras minerais em ambientes de trabalho, independentemente do processo fisiopatogênico envolvido. FATORES DE RISCO Os principais fatores de risco para a ocorrência de pneumoconioses são relativos às circunstâncias e às condições presentes nos ambientes e nos processos de trabalho, tendo em vista as ocupações que expõem os trabalhadores ao risco de inalação de poeiras minerais, principalmente em certos ramos de atividades econômicas, como mineração e transformação de minerais em geral, indústria de fibrocimento, metalurgia, cerâmica, vidros, construção civil (fabricação de materiais construtivos e operações de construção), agricultura e indústria da madeira (poeiras orgânicas), carvoaria, entre outros (BRASIL, 2006). PATOGENIA E FISIOPATOLOGIA A pneumoconiose ocorre quando o material particulado inalado atinge as vias respiratórias inferiores em quantidade superior à capacidade de depuração do organismo, realizada por meio do transporte mucociliar, do transporte linfático (clearence) e da fagocitose realizada pelos macrófagos alveolares (BRASIL, 2006). Os principais sintomas das pneumoconioses são os respiratórios, como dispneia ao esforço e tosse seca (podendo evoluir para dispneia ao repouso ou a pequenos esforços), hipoxemia, cor pulmonale e constrição torácica. Também podem ocorrer sintomas constitucionais, tais como dor torácica, fadiga, perda de peso e artralgias, podendo ainda cursar com adenopatias, lesões de pele, hepatoesplenomegalia e baqueteamento digital (BRASIL, 2006). O diagnóstico das pneumoconioses pode se iniciar com base na história ocupacional de exposição a poeiras fibrogênicas e não fibrogênicas, e na história clínica com ou sem sintomas, que, em geral, são precedidos de alterações radiológicas. TRATAMENTO Em todas as pneumoconioses, é imprescindível o afastamento do trabalhador da exposição que a causou. O tratamento medicamentoso das pneumoconioses está indicado somente nos casos com patogenia relacionada com resposta de hipersensibilidade, como a pneumopatia por cobalto e pelo berílio e as pneumonites por hipersensibilidade. Nesses casos, além do afastamento obrigatório e definitivo da exposição, a corticoterapia prolongada está indicada. Nos casos de pneumoconioses não fibrogênicas, o afastamento pode, eventualmente, reduzir a intensidade das opacidades radiográficas (BRASIL, 2006). TRANSTORNOS MENTAIS RELACIONADOS AO TRABALHO O sofrimento emocional e os transtornos mentais/comportamentais relacionados ao trabalho são eventos multifatoriais desencadeados por condições e situações presentes nos ambientes e nos processos de trabalho. Reconhecimento oficial de doenças relacionadas ao trabalho. § 3º A LDRT destina-se, no âmbito da saúde, às seguintes finalidades, entre outras: I - orientar o uso clínico-epidemiológico, de forma a permitir a qualificação da atenção integral à Saúde do Trabalhador; II - facilitar o estudo da relação entre o adoecimento e o trabalho; III - adotar procedimentos de diagnóstico; IV - elaborar projetos terapêuticos mais acurados; e V - orientar as ações de vigilância e promoção da saúde em nível individual e coletivo. § 4º A LDRT consta no Anexo LXXX desta Portaria, sendo organizada nas seguintes estruturas: I - Lista A: agentes e/ou fatores de risco com respectivas doenças relacionadas ao trabalho; e II - Lista B: doenças relacionadas ao trabalho com respectivos agentes e/ou fatores de risco." (NR) https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-gm/ms-n-1.999-de-27-de-novembro-de-2023-526629116 Novidades: - Ampliação da Lista de Transtornos Mentais relacionados ao trabalho; - Destaque à Síndrome de Burnout: - Uso de sedativos, canabinóides, cocaína e abuso de cafeína como transtornos decorrentes de jornadas exaustivas, violência ou assédio moral no trabalho, jornada, risco de morte, etc. Novidades: - COVID-19: A lista: LISTA A - Agentes e/ou Fatores de Risco com respectivas Doenças Relacionadas ao Trabalho LISTA B - Doenças Relacionadas ao Trabalho com respectivos Agentes e/ou Fatores de Risco “Todo esforço será recompensado” Bons estudos! @anaprudenteenf Acidente de Trabalho – 2 Acidente do Trabalho: 2.1 Definição e legislação previdenciária. 2.2 Equiparação dos acidentes de trabalho às doenças relacionadas ao trabalho. 2.3 Emissão de Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT). 2.4 Modelos, metodologias, etapas da análise de acidentes de trabalho e tecnologias de prevenção e combate a sinistros. Prof. MSc. Raylton Carvalho Mestre em Geociências Aplicadas - UNB Engenheiro Civil, Ambiental e de Segurança do Trabalho Pós Graduado em Higiene do Trabalho, Gestão Integrada eSocial, NTEP e FAP e Vants e Drones: Legislação, Planejamento e Aplicações Especialista em Prevenção e Combate a Incêndio pelo CBM/DF Perito de Incêndio pelo CBM/DF @prof.rayltoncarvalho Acidente de Trabalho “É o que ocorre pelo exercício do trabalhoa serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.”. (Art. 19 – Lei 8.213/1991) Tipos de Acidente de Trabalho Acidente Típico: Que ocorre a serviço da empresa. Tipos de Acidente de Trabalho Acidente por equiparação: Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. Tipos de Acidente de Trabalho Doenças profissionais ou do trabalho: Listadas pelo Ministério da Previdência. Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso Incidente no trabalho “Ocorrência que, sem tem resultados danosos à saúde ou integridade física do trabalhador, tinha potencial para causar tais agravos”. Exemplo: Andaime cai próximo a um trabalhador que consegue sair a tempo e não sofre lesão. (MTE, 2010) Circunstância Indesejada “Condição, ou um conjunto de condições, com potencial de gerar acidentes ou incidentes”. Exemplo: Trabalhar em andaime fixado inadequadamente (instável). (MTE, 2010) Causas dos acidentes do trabalho Principais fatores causadores de acidentes de trabalho Projeto 80/20 Segurança e Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora Toxicologia é o estudo dos efeitos nocivos decorrentes da interação das substâncias químicas com os organismos vivos. A pesquisa nessa área trabalha para desvelar os mecanismos de ação químicos, bioquímicos e celulares, bem como suas consequências funcionais nos diferentes órgãos e sistemas do organismo, como rins, pulmões, cérebro, medula óssea, fígado etc. 3 Toxicologia Ocupacional: 3.1 Noções conceituais de toxicologia ocupacional relacionadas a perigo, risco, efeitos tóxicos e agente tóxico. Conceitua-se agente tóxico ou toxicante como a entidade química capaz de causar dano a um organismo afetando seriamente uma função ou causando a morte. Este conceito está ligado às características qualitativas e quantitativas da substância química. Xenobiótico é o termo usado para designar substâncias químicas estranhas ao organismo humano. Há dois tipos de substâncias: as que não têm absorção, exercendo efeitos no local de contato, como pele e mucosas de olhos, nasal, vias aéreas; e as que são absorvidas e distribuídas pelo organismo após este contato, podendo afetar a fisiologia do organismo. Efeitos locais - São os efeitos provocados no primeiro local de contato da substância com o organismo afetado. Gases e vapores irritantes são um exemplo típico. Exemplo: concentrações elevadas de vapor de ácido clorídrico (HCl). Efeitos sistêmicos - Estes efeitos são causados pela ação da substância internamente nos organismos. Dependendo do toxicante, poderá ou não haver concomitantes efeitos locais. Para tanto, deve haver absorção por alguma via. Efeitos sistêmicos nocivos: a) exposição: fase em que se estuda o contato do xenobiótico com o organismo. b) toxicocinética: fase em que se estuda a absorção, a distribuição, o armazenamento, a biotransformação e a eliminação das substâncias absorvidas. c) toxicodinâmica: fase em que há interação entre a substância biodisponível e os sítios de ação, específicos ou não, dos órgãos-alvo, e alterações fisiopatológicas consequentes; d) clínica: fase do aparecimento dos efeitos nocivos do toxicante por meio de sinais e sintomas clínicos e/ou laboratoriais. Duração e frequência da exposição: a) aguda: é exposição por menos de 24 horas. Para exposição pela via inalatória, usualmente se refere a um período de 4 horas contínuas; b) subaguda: é a exposição repetida por, no máximo, um mês por qualquer via; c) subcrônica: é a exposição repetida no período de um a três meses; d) crônica: é a exposição repetida de, no mínimo, três meses, mas usualmente se refere a, pelo menos, um ano. Toxicidade aguda A toxicidade aguda entre as diferentes substâncias químicas é determinada pelo parâmetro Dose Letal 50 (DL50 – dose letal para 50% da população exposta), quando a substância é administrada por via oral ou injetada. Para gases ou vapores inalados, é usada a Concentração Letal 50 (CL50 – concentração letal para 50% da população exposta). Os dois parâmetros são obtidos experimentalmente em animais de laboratório, em geral em ratos, camundongos, cobaias, coelhos entre outros Dose letal 50 (DL50): é a dose que levou à morte metade (50%) da população de animais de laboratório submetida à administração daquela dose. A administração pode ser por diferentes vias: oral, intravenosa ou outras (intraperitoneal, subcutânea, dérmica). Os resultados são apresentados em miligramas ou gramas por quilogramas de peso (mg/Kg ou g/Kg) e variam de acordo com a espécie, a idade, o sexo do animal e a via de introdução. Concentração Letal 50 (CL50): Tem o mesmo conceito de DL50, mas é definido para a concentração média da substância no ar ambiente inaladas por animais de laboratórios, variando Os resultados são apresentados em massa por volume de ar: miligramas por litro de ar (mg/L ou mg.L-1), ou miligramas por metro cúbico (mg/m3 ou mg.m-3), ou ainda em partes por milhão (ppm). Esta última forma de expressão é mais utilizada para contaminantes em forma de vapor ou gás, e a forma mg/m3, para material particulado (sólido ou líquido). Resumindo DL 50 ou CL50: a) valores são específicos para cada espécie animal e via de administração; b) parâmetros para avaliação da toxicidade aguda. Avaliam potencial letal imediato da substância; c) podem ser extrapolados com reservas para seres humanos; d) não avaliam efeitos de longo prazo. Causas dos acidentes do trabalho ✓Ato Inseguro: ▪ É violação consciente de procedimento sagrado como correto; ▪ Não utilização de EPIs; ▪ Uso inadequado de ferramentas; ▪ Permanência debaixo de cargas suspensas; ▪ Operação de máquinas e equipamentos sem a devida habilidade ou autorização. Causas dos acidentes do trabalho ✓ Condição Insegura: ▪ É o risco relativo à falta de planejamento e deficiências materiaisno meio ambiente; ▪ Iluminação deficiente; ▪ Layout do prédio inadequado; ▪ Proteção insuficiente; ▪ Equipamento de proteção com defeito; ▪ Matéria prima com defeito. Causas dos acidentes do trabalho ✓Fator Pessoal de Insegurança: ▪ São fatores ligados ao indivíduo que, agindo sobre o trabalhador, podem provocar acidentes; ▪ Problemas de saúde não tratados; ▪ Conflitos familiares; ▪ Alcoolismo e uso de drogas; ▪ Falta de conhecimento; ▪ Falta de experiência; ▪ Falta de interesse. Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social. Acidente de Trabalho Comunicação à Empresa CAT Emissão em 4 vias: INSS; Segurado ou dependente; Sindicato dos trabalhadores; À empresa. Investigação e Análise do Acidente Investigação e Análise do Acidente Dias a debitar São dias não realmente perdidos que devem ser debitados por morte ou incapacidade permanente, total ou parcial. ERGONOMIA - ÉRGON = FORÇA / TRABALHO NOMOS = regras / LEIS É a ciência que estuda a relação entre o homem e o seu trabalho, equipamentos e meio ambiente. 5 Noções conceituais em ergonomia relacionadas a ergonomia física, cognitiva e organizacional. Ergonomia física A ergonomia física é entendida como a relação entre as atividades desempenhadas pelos profissionais no ambiente de trabalho e as características anatômicas da pessoa: sua fisiologia, antropometria e biomecânica. Ergonomia cognitiva A ergonomia cognitiva está ligada a todos os processos mentais usados pelas pessoas na realização das suas atividades e como eles afetam suas relações com outros elementos de um sistema. Ergonomia organizacional A ergonomia organizacional tem como missão promover alterações na estrutura organizacional de uma empresa. Estamos falando sobre a otimização dos aspectos sociotécnicos de uma organização – que incluem pessoas como partes inerentes do sistema -, incluindo também processos e políticas. NR 17 - ERGONOMIA Esta Norma Regulamentadora - NR visa estabelecer as diretrizes e os requisitos que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar conforto, segurança, saúde e desempenho eficiente no trabalho. NR 17 - ERGONOMIA 17.1.1.1 As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário dos postos de trabalho, ao trabalho com máquinas, equipamentos e ferramentas manuais, às condições de conforto no ambiente de trabalho e à própria organização do trabalho. NR 17 - ERGONOMIA 17.3.1 A organização deve realizar a avaliação ergonômica preliminar das situações de trabalho que, em decorrência da natureza e conteúdo das atividades requeridas, demandam adaptação às características psicofisiológicas dos trabalhadores, a fim de subsidiar a implementação das medidas de prevenção e adequações necessárias previstas nesta NR. NR 17 - ERGONOMIA 17.3.1.1 A avaliação ergonômica preliminar das situações de trabalho pode ser realizada por meio de abordagens qualitativas, semiquantitativas, quantitativas ou combinação dessas, dependendo do risco e dos requisitos legais, a fim de identificar os perigos e produzir informações para o planejamento das medidas de prevenção necessárias. NR 17 - ERGONOMIA 17.3.1.2 A avaliação ergonômica preliminar pode ser contemplada nas etapas do processo de identificação de perigos e de avaliação dos riscos descrito no item 1.5.4 da Norma Regulamentadora nº 01 (NR 01) – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais. NR 17 - ERGONOMIA 17.3.2 A organização deve realizar Análise Ergonômica do Trabalho - AET da situação de trabalho quando: a) observada a necessidade de uma avaliação mais aprofundada da situação; b) identificadas inadequações ou insuficiência das ações adotadas; c) sugerida pelo acompanhamento de saúde dos trabalhadores, nos termos do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO e da alínea “c” do subitem 1.5.5.1.1 da NR 01; ou d) indicada causa relacionada às condições de trabalho na análise de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, nos termos do Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR. 17.3.3 A AET deve abordar as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta NR, incluindo as seguintes etapas: a) análise da demanda e, quando aplicável, reformulação do problema; b) análise do funcionamento da organização, dos processos, das situações de trabalho e da atividade; c) descrição e justificativa para definição de métodos, técnicas e ferramentas adequados para a análise e sua aplicação, não estando adstrita à utilização de métodos, técnicas e ferramentas específicos; d) estabelecimento de diagnóstico; e) recomendações para as situações de trabalho analisadas; e f) restituição dos resultados, validação e revisão das intervenções efetuadas, quando necessária, com a participação dos trabalhadores. 17.3.5 Devem integrar o inventário de riscos do PGR: a) os resultados da avaliação ergonômica preliminar; e b) a revisão, quando for o caso, da identificação dos perigos e da avaliação dos riscos, conforme indicado pela AET. 17.4.1 A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração: a) as normas de produção; b) o modo operatório, quando aplicável; c) a exigência de tempo; d) o ritmo de trabalho; e) o conteúdo das tarefas e os instrumentos e meios técnicos disponíveis; e f) os aspectos cognitivos que possam comprometer a segurança e a saúde do trabalhador. 17.6.6 Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos: a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida; b) sistemas de ajustes e manuseio acessíveis; c) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento; d) borda frontal arredondada; e e) encosto com forma adaptada ao corpo para proteção da região lombar. 17.8 Condições de conforto no ambiente de trabalho 17.8.1 Em todos os locais e situações de trabalho deve haver iluminação, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade. 17.8.2 A iluminação deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. TAXA DE FREQUÊNCIA DE ACIDENTES Deve ser expressa com aproximação de centésimos e calculada pela seguinte expressão: FA = N x 1.000.000 H Onde: FA → taxa de frequência de acidentes N → número de acidentes H → horas-homem de exposição ao risco **Taxa de frequência de acidentados com lesão com afastamento TAXA DE GRAVIDADE É o número que exprime a quantidade de dias computados nos acidentes com afastamentos por milhão de horas-homem de exposição ao risco. Essa taxa é expressa e calculada pela seguinte fórmula: G = T x 1.000.000 H Onde: G = Taxa de Gravidade T= Tempo computado H= Horas-Homem de exposição ao risco NBR 14280 – Cadastro de Acidente do Trabalho – Procedimento e Classificação NBR 14280 – Cadastro de Acidente do Trabalho – Procedimento e Classificação Acidente do trabalho: Ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal. Acidente sem lesão: Acidente que não causa lesão pessoal. Acidente de trajeto: Acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado, desde que não haja interrupção ou alteração de percurso por motivo alheio ao trabalho. Acidente impessoal: Acidente cuja caracterização independe de existiracidentado, não podendo ser considerado como causador direto da lesão pessoal. Acidente pessoal: Acidente cuja caracterização depende de existir acidentado. Acidente do trabalho: Ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal. Acidente sem lesão: Acidente que não causa lesão pessoal. Acidente de trajeto: Acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado, desde que não haja interrupção ou alteração de percurso por motivo alheio ao trabalho. Acidente impessoal: Acidente cuja caracterização independe de existir acidentado, não podendo ser considerado como causador direto da lesão pessoal. Acidente pessoal: Acidente cuja caracterização depende de existir acidentado. Agente do acidente (agente): Coisa, substância ou ambiente que, sendo inerente à condição ambiente de insegurança, tenha provocado o acidente. Fonte da lesão: Coisa, substância, energia ou movimento do corpo que diretamente provocou a lesão. Custos do Acidente de Trabalho SAT (Seguro Acidente do Trabalho) É calculado em função de: ✓ FPS – Folha de pagamentos de salários da empresa. ✓ RAT – Riscos Ambientais no Trabalho; ✓ FAP – Fator Acidentário de Prevenção; SAT = FPS × RAT × FAP RAT (Riscos Ambientais no Trabalho) É um percentual usado no cálculo do SAT, variando em função da classificação de risco da empresa, dada conforme o seu CNAE. Pode variar da seguinte forma: ✓ 1% - Risco Mínimo; ✓ 2% - Risco Médio; ✓ 3% - Risco Alto. Custos do Acidente de Trabalho FAP (Fator Acidentário de Prevenção) É um mecanismo que permite a Receita Federal de aumentar ou diminuir a contribuição de uma empresa para o RAT. A alíquota varia entre 0,5 e 2,0... Ou seja, a empresa pode ter reduzida à metade ou dobrada a sua contribuição ao SAT. Método de Avaliação dos cursos de um acidente (Método de Heinrich) ✓ Foi pioneiro ao tratar dos custos relacionados aos acidentes de trabalho; ✓ Pesquisa com 5000 empresas, realizadas no ano de 1931; ✓ Originou o conceito dos custos “diretos” e “indiretos” dos acidentes de trabalho. ✓ Confecção do “Iceberg de Heinrich”. ✓ Custos Diretos: ➢ Indenizações pagas pelas empresas e seguradoras; ✓ Custos Indiretos: ➢ Tempo perdido do trabalhador acidentado; ➢ Tempo perdido de outros trabalhadores; ➢ Seleção e treinamento de um substituto; ➢ Manutenção de Máquinas e Equipamentos danificados; ➢ Redução na produção; Assim, o custo total de um acidente (CT) seria igual a soma dos custos diretos (CD) e indiretos (CI). CT = CD + CI Método de Avaliação dos cursos de um acidente (Método de Heinrich) Depois de plotar em um gráfico os custos diretos e indiretos, Heinrich chegou a uma relação entre eles: CI = 4×CD Entretanto, a relação é genérica, dependendo de diversos fatores relacionados aos acidentes. Por isso, é considerada apenas uma estimativa, que pode ser “otimizada” em casos mais específicos. A partir dos estudos de Heinrich e a sua continuidade por Bird e Germain em 1985, chegou-se aos “icebergs” dos custos de acidentes de trabalho. Em seu estudo, Heinrich também procurou avaliar a proporção e a relação existente entre acidentes fatais com acidentes sem lesões. Bird, em 1986, com uma pesquisa menos apurdada, apresenta uma nova relação Tecnologias de prevenção e combate a sinistros Elaboração do Projeto de Prevenção e Combata e Incêndio - PPCI; Elaboração do Plano de Atendimento a Emergência – PAE; Avaliação de Riscos – AR; Projetos de Proteção Coletiva e Individual; Treinamentos... Analise Preliminar de Risco - APR 17.8 Condições de conforto no ambiente de trabalho 17.8.1 Em todos os locais e situações de trabalho deve haver iluminação, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade. 17.8.2 A iluminação deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. 17.8.4.1 A organização deve adotar medidas de controle do ruído nos ambientes internos com a finalidade de proporcionar conforto acústico nas situações de trabalho. 17.8.4.1.1 O nível de ruído de fundo para o conforto deve respeitar os valores de referência para ambientes internos de acordo com sua finalidade de uso estabelecidos em normas técnicas oficiais. 17.8.4.1.2 Para os demais casos, o nível de ruído de fundo aceitável para efeito de conforto acústico será de até 65 dB(A), nível de pressão sonora contínuo equivalente ponderado em A e no circuito de resposta Slow (S). 17.8.4.2 A organização deve adotar medidas de controle da temperatura, da velocidade do ar e da umidade com a finalidade de proporcionar conforto térmico nas situações de trabalho, observando-se o parâmetro de faixa de temperatura do ar entre 18 e 25 °C para ambientes climatizados. 17.8.4.2.1 Devem ser adotadas medidas de controle da ventilação ambiental para minimizar a ocorrência de correntes de ar aplicadas diretamente sobre os trabalhadores. É o processo reiterado de condutas abusivas amparadas por estratégias organizacionais ou por métodos gerenciais que objetivam o cumprimento de metas ou a adesão a políticas institucionais a qualquer custo. A gestão por estresse é uma das formas de assédio moral organizacional, em que são extrapoladas as condições normais de trabalho devido à pressão para o atingimento de metas irreais, ou até mesmo de um desempenho exagerado, o que acaba comprometendo a saúde física e emocional dos envolvidos, gerando esgotamento físico, mental, sentimento de incapacidade, depressão, ansiedade, insônia, dentre outras descompensações. Assédio Moral Organizacional Síndrome de Burnout Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho. Esta síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, dentre outros. Síndrome de Burnout A Síndrome de Burnout também pode acontecer quando o profissional planeja ou é pautado para objetivos de trabalho muito difíceis, situações em que a pessoa possa achar, por algum motivo, não ter capacidades suficientes para os cumprir. Essa síndrome pode resultar em estado de depressão profunda e por isso é essencial procurar apoio profissional no surgimento dos primeiros sintomas. Os principais sinais e sintomas que podem indicar a Síndrome de Burnout são: Cansaço excessivo, físico e mental; Dor de cabeça frequente; Alterações no apetite; Insônia; Dificuldades de concentração; Sentimentos de fracasso e insegurança; Negatividade constante; Sentimentos de derrota e desesperança; Sentimentos de incompetência; Alterações repentinas de humor; Isolamento; Fadiga. Pressão alta. Dores musculares. Problemas gastrointestinais. Alteração nos batimentos cardíacos. Bons estudos! Questões SST - Últimos 3 anos https://questoes.grancursosonline.com.br/aluno/filtro/concursos?resolucao=NAORESOLVI&tipo=multipla+escolha&anos=2024%2C2023%2C2022&assunto=402930%2C400745%2C402940%2C402946%2C402947%2C399867%2C397918%2C397919%2C397921%2C397923%2C397924%2C397926%2C397929%2C397920%2C397932%2C397933%2C397934%2C397941%2C397943%2C397945%2C417167%2C398775%2C417184%2C433481%2C402931%2C402932%2C417161%2C417162%2C417163%2C402933%2C417181%2C402934%2C417182%2C417183%2C402939%2C402938%2C417159%2C417165%2C402941%2C402942%2C402943%2C402944%2C402945%2C417209%2C417210%2C417211%2C417191%2C417192%2C417193%2C417194%2C417195%2C417196%2C417198%2C417199%2C417200%2C417169%2C417170%2C417171%2C417172%2C417173%2C417174%2C417176%2C398767%2C397971%2C398776%2C397979%2C399719%2C398227%2C397970%2C398226&desatualizada=0&anulada=0Q738931 A intoxicação por qualquer agente é constituída pelas seguintes fases: toxicocinética, toxicodinâmica, clínica e de exposição. A toxicodinâmica representa a fase de A) absorção e distribuição do tóxico B) absorção, biotransformação e excreção do tóxico C) aumento da biodisponibilidade do tóxico D) biotransformação do tóxico E) interação das moléculas do tóxico com os sítios de ação Q738931 A intoxicação por qualquer agente é constituída pelas seguintes fases: toxicocinética, toxicodinâmica, clínica e de exposição. A toxicodinâmica representa a fase de A) absorção e distribuição do tóxico B) absorção, biotransformação e excreção do tóxico C) aumento da biodisponibilidade do tóxico D) biotransformação do tóxico E) interação das moléculas do tóxico com os sítios de ação • IBE: compreende toda substância cuja determinação nos fluidos biológicos (sangue, urina), tecidos ou ar exalado, avalie a intensidade da exposição e o risco à saúde. • Estabelecidos a partir de estudos de dose-efeito • Não visa fixação de limites entre o que se considera são e doente • Não são utilizáveis para quantificação de efeitos nocivos ou para o diagnóstico Indicador Biológico de Exposição (IBE) • IBE: compreende toda substância cuja determinação nos fluidos biológicos (sangue, urina), tecidos ou ar exalado, avalie a intensidade da exposição e o risco à saúde. • Estabelecidos a partir de estudos de dose-efeito • Não visa fixação de limites entre o que se considera são e doente • Não são utilizáveis para quantificação de efeitos nocivos ou para o diagnóstico Indicador Biológico de Exposição (IBE) NR - 7 Q2390871 A exposição prolongada a aerodispersoides presentes nos ambientes de trabalho pode provocar diversos tipos de doenças ocupacionais já consagradas nas literaturas de segurança e saúde ocupacional. A doença provocada pelo óxido de ferro é denominada A) antracnose B) asbestose C) bissinose D) silicose E) siderose Q2390871 A exposição prolongada a aerodispersoides presentes nos ambientes de trabalho pode provocar diversos tipos de doenças ocupacionais já consagradas nas literaturas de segurança e saúde ocupacional. A doença provocada pelo óxido de ferro é denominada A) antracnose B) asbestose C) bissinose D) silicose E) siderose Q2390871 A exposição prolongada a aerodispersoides presentes nos ambientes de trabalho pode provocar diversos tipos de doenças ocupacionais já consagradas nas literaturas de segurança e saúde ocupacional. A doença provocada pelo óxido de ferro é denominada A) antracnose B) asbestose C) bissinose D) silicose E) siderose Q2391461 A radiação ionizante apresenta diversos efeitos sobre a saúde humana. Os efeitos A) determinísticos são independentes da dose total absorvida. B) determinísticos podem se tornar hereditários. C) estocásticos se devem apenas à exposição aguda à radiação ionizante. D) estocásticos têm o câncer como uma das consequências mais comuns. E) estocásticos levam à morte celular imediata. Q2391461 A radiação ionizante apresenta diversos efeitos sobre a saúde humana. Os efeitos A) determinísticos são independentes da dose total absorvida. B) determinísticos podem se tornar hereditários. C) estocásticos se devem apenas à exposição aguda à radiação ionizante. D) estocásticos têm o câncer como uma das consequências mais comuns. E) estocásticos levam à morte celular imediata. A principal diferença entre eles é que os efeitos estocásticos causam a transformação celular enquanto que os determinísticos causam a morte celular. Os efeitos estocásticos causam uma alteração aleatória no DNA de uma única célula que no entanto, continua a reproduzir-se. Levam à transformação celular. Q3159208 Sobre toxicologia, é incorreto afirmar: A) A toxicologia ocupacional é exclusivamente preventiva, sendo-lhe fundamental a correta avaliação do risco a que o trabalhador está exposto. B) A toxicologia ocupacional estuda os efeitos danosos de substâncias químicas nos organismos vivos com vistas à prevenção e, em caso de falha, ao tratamento dos afetados. C) A toxicologia ocupacional identifica as substâncias químicas presentes no ambiente de trabalho e os riscos que oferecem, com o objetivo de preservar a saúde do trabalhador. D) O grande desafio da toxicologia é estabelecer o uso seguro das substâncias químicas. E) A toxicologia forense envolve a aplicação da toxicologia com finalidade legal. Q3159208 Sobre toxicologia, é incorreto afirmar: A) A toxicologia ocupacional é exclusivamente preventiva, sendo-lhe fundamental a correta avaliação do risco a que o trabalhador está exposto. B) A toxicologia ocupacional estuda os efeitos danosos de substâncias químicas nos organismos vivos com vistas à prevenção e, em caso de falha, ao tratamento dos afetados. C) A toxicologia ocupacional identifica as substâncias químicas presentes no ambiente de trabalho e os riscos que oferecem, com o objetivo de preservar a saúde do trabalhador. D) O grande desafio da toxicologia é estabelecer o uso seguro das substâncias químicas. E) A toxicologia forense envolve a aplicação da toxicologia com finalidade legal. Q469063 Nas intoxicações por substâncias químicas, a fase representadapela absorção e posterior transformação, distribuição,armazenamento ou eliminação dessas substâncias,não ocorrendo nenhuma interação do poluente com as estruturasdo organismo humano, é denominada fase da A) exposição. B) toxicocinética. C) toxicodinâmica. D) clínica. E) cura. Q469063 Nas intoxicações por substâncias químicas, a fase representadapela absorção e posterior transformação, distribuição,armazenamento ou eliminação dessas substâncias,não ocorrendo nenhuma interação do poluente com as estruturasdo organismo humano, é denominada fase da A) exposição. B) toxicocinética. C) toxicodinâmica. D) clínica. E) cura. Q991088 A prevenção da intoxicação, em toxicologia ocupacional, é feita em três etapas fundamentais que são: A) auditoria, pontuação e inspeção B) reconhecimento, avaliação e controle C) monitorização, marcação e supervisão D) inspeção, manutenção e retroalimentação E) limite de tolerância, exposição extralaboral e limites de tolerância biológica Q991088 A prevenção da intoxicação, em toxicologia ocupacional, é feita em três etapas fundamentais que são: A) auditoria, pontuação e inspeção B) reconhecimento, avaliação e controle C) monitorização, marcação e supervisão D) inspeção, manutenção e retroalimentação E) limite de tolerância, exposição extralaboral e limites de tolerância biológica Q734236 No exame periódico de saúde, o enfermeiro, ao avaliar o trabalhador que atua numa fábrica de vernizes, identificou, na avaliação, hepatite tóxica. Esse quadro clínico sugere intoxicação por A) crómio B) níquel C) cloronaftaleno D) aldeído fórmico E) alcatrão da hulha Q734236 No exame periódico de saúde, o enfermeiro, ao avaliar o trabalhador que atua numa fábrica de vernizes, identificou, na avaliação, hepatite tóxica. Esse quadro clínico sugere intoxicação por A) crómio B) níquel C) cloronaftaleno D) aldeído fórmico E) alcatrão da hulha Q2945978 (AVANÇA-SP-2023) Em várias atividades dos setores industriais os trabalhadores podem ser expostos a substâncias químicas prejudiciais à saúde. O controle toxicológico é comumente realizado em amostras de sangue ou urina do indivíduo, onde se avaliam biomarcadores denominados Indicador Biológico de Exposição (IBE). Sobre os IBE, assinale a alternativa correta. A) O ácido L(-) málico é o biomarcador para exposição ocupacional ao benzeno. B) O ácido pirúvico é o biomarcador para exposição ocupacional ao monóxido de carbono. C) O ácido δ -aminolevolínico urinário é o biomarcador para exposição ocupacional ao chumbo. D) O p-aminofenol é o IBE relativo ao Cadmio. E) A zincoprotoporfirina na urina é o IBE para dimetilformamida. Q2945978 (AVANÇA-SP-2023) Em várias atividades dos setores industriais os trabalhadores podem ser expostos a substâncias químicas prejudiciais àsaúde. O controle toxicológico é comumente realizado em amostras de sangue ou urina do indivíduo, onde se avaliam biomarcadores denominados Indicador Biológico de Exposição (IBE). Sobre os IBE, assinale a alternativa correta. A) O ácido L(-) málico é o biomarcador para exposição ocupacional ao benzeno. B) O ácido pirúvico é o biomarcador para exposição ocupacional ao monóxido de carbono. C) O ácido δ -aminolevolínico urinário é o biomarcador para exposição ocupacional ao chumbo. D) O p-aminofenol é o IBE relativo ao Cadmio. E) A zincoprotoporfirina na urina é o IBE para dimetilformamida. Q3144845 ( FUNDEP-2024) A toxicidade de uma substância para um organismo vivo pode ser considerada como a capacidade de lhe causar dano grave ou morte. Para avaliar tal risco, existem diferentes testes toxicológicos, entre eles os estudos de toxicidade aguda, subcrônica e crônica. Sobre esses conceitos, numere a COLUNA I de acordo com a COLUNA II, associando os estudos às suas características. COLUNA I 1. Estudos de toxicidade aguda 2. Estudos de toxicidade subcrônica 3. Estudos de toxicidade crônica COLUNA II ( ) Esses estudos devem ter a duração de, pelo menos, 21 dias, mas o tempo mais comum do teste é de 90 dias. ( ) Têm por objetivo caracterizar a relação dose-resposta que conduz ao cálculo da DL50 (dose letal para 50% dos animais). ( ) Permitem observar o potencial carcinogênico da substância. ( ) São realizados para obtenção de informações após exposições repetidas e têm como objetivos: estabelecer os níveis nos quais não se observam os efeitos tóxicos, identificar e caracterizar os órgãos afetados e a severidade após exposições repetidas. ( ) São realizados para se determinar o efeito tóxico após exposição prolongada a doses cumulativas da substância em teste. ( ) São aqueles utilizados para avaliar a toxicidade produzida por uma substância-teste quando esta é administrada em uma ou mais doses durante um período não superior a 24 horas, seguido de observação dos animais por 14 dias após a administração. Assinale a sequência correta. A) 1 2 1 3 2 3 B) 2 1 3 2 3 1 C) 3 3 2 1 1 2 D) 1 2 3 3 2 1 https://questoes.grancursosonline.com.br/concursos/fundep Q3144845 ( FUNDEP-2024) A toxicidade de uma substância para um organismo vivo pode ser considerada como a capacidade de lhe causar dano grave ou morte. Para avaliar tal risco, existem diferentes testes toxicológicos, entre eles os estudos de toxicidade aguda, subcrônica e crônica. Sobre esses conceitos, numere a COLUNA I de acordo com a COLUNA II, associando os estudos às suas características. COLUNA I 1. Estudos de toxicidade aguda 2. Estudos de toxicidade subcrônica 3. Estudos de toxicidade crônica COLUNA II ( ) Esses estudos devem ter a duração de, pelo menos, 21 dias, mas o tempo mais comum do teste é de 90 dias. ( ) Têm por objetivo caracterizar a relação dose-resposta que conduz ao cálculo da DL50 (dose letal para 50% dos animais). ( ) Permitem observar o potencial carcinogênico da substância. ( ) São realizados para obtenção de informações após exposições repetidas e têm como objetivos: estabelecer os níveis nos quais não se observam os efeitos tóxicos, identificar e caracterizar os órgãos afetados e a severidade após exposições repetidas. ( ) São realizados para se determinar o efeito tóxico após exposição prolongada a doses cumulativas da substância em teste. ( ) São aqueles utilizados para avaliar a toxicidade produzida por uma substância-teste quando esta é administrada em uma ou mais doses durante um período não superior a 24 horas, seguido de observação dos animais por 14 dias após a administração. Assinale a sequência correta. A) 1 2 1 3 2 3 B) 2 1 3 2 3 1 C) 3 3 2 1 1 2 D) 1 2 3 3 2 1 https://questoes.grancursosonline.com.br/concursos/fundep Q3144845 ( FUNDEP-2024) A toxicidade de uma substância para um organismo vivo pode ser considerada como a capacidade de lhe causar dano grave ou morte. Para avaliar tal risco, existem diferentes testes toxicológicos, entre eles os estudos de toxicidade aguda, subcrônica e crônica. Sobre esses conceitos, numere a COLUNA I de acordo com a COLUNA II, associando os estudos às suas características. COLUNA I 1. Estudos de toxicidade aguda 2. Estudos de toxicidade subcrônica 3. Estudos de toxicidade crônica COLUNA II ( ) Esses estudos devem ter a duração de, pelo menos, 21 dias, mas o tempo mais comum do teste é de 90 dias. ( ) Têm por objetivo caracterizar a relação dose-resposta que conduz ao cálculo da DL50 (dose letal para 50% dos animais). ( ) Permitem observar o potencial carcinogênico da substância. ( ) São realizados para obtenção de informações após exposições repetidas e têm como objetivos: estabelecer os níveis nos quais não se observam os efeitos tóxicos, identificar e caracterizar os órgãos afetados e a severidade após exposições repetidas. ( ) São realizados para se determinar o efeito tóxico após exposição prolongada a doses cumulativas da substância em teste. ( ) São aqueles utilizados para avaliar a toxicidade produzida por uma substância-teste quando esta é administrada em uma ou mais doses durante um período não superior a 24 horas, seguido de observação dos animais por 14 dias após a administração. Assinale a sequência correta. A) 1 2 1 3 2 3 B) 2 1 3 2 3 1 C) 3 3 2 1 1 2 D) 1 2 3 3 2 1 https://questoes.grancursosonline.com.br/concursos/fundep Q2834612 Sobre toxicologia, analise as afirmativas abaixo. I. A fase de absorção consiste na passagem do agente tóxico, através das membranas biológicas, alcançando a corrente sanguínea. II. Na fase de absorção, o transporte de substâncias químicas ocorre somente por difusão simples ou passiva. III. Conforme o tipo de agente tóxico absorvido, ele pode ser eliminado, inalterado ou considerado como produtos de biotransformação. É correto o que se afirma A) apenas na afirmativa II. B) apenas na afirmativa I. C) apenas na afirmativa III. D) apenas nas afirmativas I e III. E) apenas nas afirmativas I e II. Q2834612 (IDECAN -2023) Sobre toxicologia, analise as afirmativas abaixo. I. A fase de absorção consiste na passagem do agente tóxico, através das membranas biológicas, alcançando a corrente sanguínea. II. Na fase de absorção, o transporte de substâncias químicas ocorre somente por difusão simples ou passiva. III. Conforme o tipo de agente tóxico absorvido, ele pode ser eliminado, inalterado ou considerado como produtos de biotransformação. É correto o que se afirma A) apenas na afirmativa II. B) apenas na afirmativa I. C) apenas na afirmativa III. D) apenas nas afirmativas I e III. E) apenas nas afirmativas I e II. Q2801834 Em relação à Toxicologia Ocupacional, analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas. ( ) A Toxicologia Ocupacional é a ciência e arte que tem por objeto o envenenamento de origem ocupacional, visando a sua prevenção. ( ) A Toxicologia Ocupacional faz parte de conjunto de disciplinas que compõem a Saúde do Trabalhador que, por sua vez, é parte integrante da Saúde Pública, sendo que todas estas têm como principal objetivo a prevenção das doenças. ( ) Do ponto de vista da Toxicologia Ocupacional, as principais vias de penetração de um agente químico no organismo são a oral, a cutânea e a respiratória. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: A) V – F – V. B) V – V – V. C) F – F – V. D) F – V – F. E) V – F – F. Q2801834 Em relação à Toxicologia Ocupacional, analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas. ( ) A Toxicologia Ocupacional é a ciência e arte que tem por objeto o envenenamento de origem ocupacional, visando a sua prevenção. ( ) A Toxicologia Ocupacional faz parte de conjunto de disciplinas que compõem a Saúde do Trabalhador que, por sua vez, é parte integrante da Saúde Pública, sendo que todas estas têm como principal objetivo a prevenção das doenças. ( ) Do ponto de vista da Toxicologia Ocupacional, as principais vias de penetração de um agente químico no organismosão a oral, a cutânea e a respiratória. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: A) V – F – V. B) V – V – V. C) F – F – V. D) F – V – F. E) V – F – F. Q2675778 A toxicologia é uma subdivisão da farmacologia. Acerca desse assunto, assinale a alternativa que indica preocupação(ões) da toxicologia. A) Estudo dos mecanismos de eliminação dos fármacos e seus metabólitos por parte do organismo. B) Estudo dos efeitos fisiológicos e bioquímicos que os fármacos produzem no organismo. C) Estudo do movimento de fármacos e drogas pelo organismo, evidenciando os mecanismos de absorção. D) Estudo dos efeitos colaterais e adversos de fármacos e drogas, e avaliação do risco de exposição a determinadas substâncias presentes no ambiente. E) Estudo das interações entre o fármaco e os seus metabólitos com outras moléculas ou, até mesmo, sítios receptores do organismo. Q2675778 (IADES-2023) A toxicologia é uma subdivisão da farmacologia. Acerca desse assunto, assinale a alternativa que indica preocupação(ões) da toxicologia. A) Estudo dos mecanismos de eliminação dos fármacos e seus metabólitos por parte do organismo. B) Estudo dos efeitos fisiológicos e bioquímicos que os fármacos produzem no organismo. C) Estudo do movimento de fármacos e drogas pelo organismo, evidenciando os mecanismos de absorção. D) Estudo dos efeitos colaterais e adversos de fármacos e drogas, e avaliação do risco de exposição a determinadas substâncias presentes no ambiente. E) Estudo das interações entre o fármaco e os seus metabólitos com outras moléculas ou, até mesmo, sítios receptores do organismo. Q2970176 (AMEOSC-2023) A exposição crônica e a consequente intoxicação humana por chumbo podem causar efeitos cardiovasculares, hematológicos, neuropsiquiátricos, reprodutivos e renais, bem como efeitos sobre o crescimento e desenvolvimento. Em relação aos efeitos hematológicos, há diminuição nos níveis de hematócrito, hemoglobina e anemia normocítica e normocrônica, que, mesmo não associada à deficiência de ferro, pode ser leve a moderada em adultos e possivelmente grave em crianças. Em casos graves, como forma de reduzir as concentrações sanguíneas de chumbo e aumentar a sua excreção urinária, qual deve ser a opção utilizada como tratamento para intoxicação por chumbo? A) Terapia de quelação. B) Remoção da fonte. C) Tratamento de suporte. D) Interrupção da exposição. Q2970176 (AMEOSC-2023) A exposição crônica e a consequente intoxicação humana por chumbo podem causar efeitos cardiovasculares, hematológicos, neuropsiquiátricos, reprodutivos e renais, bem como efeitos sobre o crescimento e desenvolvimento. Em relação aos efeitos hematológicos, há diminuição nos níveis de hematócrito, hemoglobina e anemia normocítica e normocrônica, que, mesmo não associada à deficiência de ferro, pode ser leve a moderada em adultos e possivelmente grave em crianças. Em casos graves, como forma de reduzir as concentrações sanguíneas de chumbo e aumentar a sua excreção urinária, qual deve ser a opção utilizada como tratamento para intoxicação por chumbo? A) Terapia de quelação. B) Remoção da fonte. C) Tratamento de suporte. D) Interrupção da exposição. Q2989470 (FURB-2023) Associe a segunda coluna de acordo com a primeira, que relaciona alguns termos básicos usados em toxicologia com sua definição: Primeira coluna: termos 1.Toxicidade. 2.Risco. 3.Intoxicação. 4.Biotransformação. Segunda coluna: definição (_)É a probabilidade de aparecer um efeito nocivo devido à exposição a uma substância química perigosa. (_)São alteração que ocorrem na estrutura química da substância no organismo. (_)É a capacidade inerente de a substância química produzir efeito nocivo após interação com organismo. (_)Conjunto de sinais e sintomas que evidenciam o efeito nocivo produzido pela interação entre agente químico e organismo. Assinale a alternativa que apresenta a correta associação entre as colunas: A) 2, 1, 3, 4. B) 2, 1, 4, 3. C) 2, 4, 1, 3. D) 3, 4, 2, 1. E) 3, 4, 1, 2. Q2989470 (FURB-2023) Associe a segunda coluna de acordo com a primeira, que relaciona alguns termos básicos usados em toxicologia com sua definição: Primeira coluna: termos 1.Toxicidade. 2.Risco. 3.Intoxicação. 4.Biotransformação. Segunda coluna: definição (_)É a probabilidade de aparecer um efeito nocivo devido à exposição a uma substância química perigosa. (_)São alteração que ocorrem na estrutura química da substância no organismo. (_)É a capacidade inerente de a substância química produzir efeito nocivo após interação com organismo. (_)Conjunto de sinais e sintomas que evidenciam o efeito nocivo produzido pela interação entre agente químico e organismo. Assinale a alternativa que apresenta a correta associação entre as colunas: A) 2, 1, 3, 4. B) 2, 1, 4, 3. C) 2, 4, 1, 3. D) 3, 4, 2, 1. E) 3, 4, 1, 2. Q2834435 (UFMG-2023) Os medicamentos são utilizados para as mais variadas finalidades terapêuticas. Entretanto, eles também podem ser a causa de muitos episódios de intoxicações propositais ou não, sendo, em muitos desses casos, necessárias medidas de emergência de controle. Assinale a alternativa em que se indica CORRETAMENTE uma importante medida emergencial em caso de intoxicações. A) Acidificação da urina, para acelerar a eliminação de fármacos bases fracas. B) Ingestão de grande quantidade de água, para diluir o medicamento no trato gastrintestinal. C) Administração de alimentos, como o leite, para minimizar a absorção de medicamentos de carácter lipofílico. D) Administração de antieméticos, para ocasionar episódios de vômitos e reduzir a absorção de fármacos pelo trato gastrintestinal. Q2834435 (UFMG-2023) Os medicamentos são utilizados para as mais variadas finalidades terapêuticas. Entretanto, eles também podem ser a causa de muitos episódios de intoxicações propositais ou não, sendo, em muitos desses casos, necessárias medidas de emergência de controle. Assinale a alternativa em que se indica CORRETAMENTE uma importante medida emergencial em caso de intoxicações. A) Acidificação da urina, para acelerar a eliminação de fármacos bases fracas. B) Ingestão de grande quantidade de água, para diluir o medicamento no trato gastrintestinal. C) Administração de alimentos, como o leite, para minimizar a absorção de medicamentos de carácter lipofílico. D) Administração de antieméticos, para ocasionar episódios de vômitos e reduzir a absorção de fármacos pelo trato gastrintestinal. Q2904064 (CPCOM UEPB – 2023) Qual o tipo de estudo de toxicidade que é realizado para determinar o efeito tóxico após exposição prolongada a doses cumulativas da substância teste? Este estudo permite também observar o potencial carcinogênico da substância, desde que a dose escolhida seja correta. A) Estudo de toxicidade crônica. B) Estudo de toxicidade subcrônica. C) Estudo de toxicidade aguda. D) Estudo de toxicocinética. E) Estudo de teratogenicidade. 9 Gestão epidemiológica no trabalho: 9.1 Conceitos e objetivos de epidemiologia. 9.2 Aplicação da epidemiologia para a higiene ocupacional. 9.3 Estudo de acidentes de trabalho à luz da epidemiologia. 9.4 Notificação compulsória de agravos relacionados ao trabalho e seus instrumentos. Análise epidemiológica dos acidentes de trabalho Taxas de incidência Análise temporal e espacial Estudos de associação entre variáveis Causa-efeito Estudo de associação entre variáveis ➢ Estudar a relação entre duas variáveis quantitativas. Exemplos: • Quantidade de vapor e temperatura num processo industrial • Preço de ação da Telebrás e Índice da Bolsa de Valores de São Paulo • Tempo de estudo e nota na prova • Taxa de transportadores rodoviários de carga geral e Distância • Processamento anual de armazéns e nível médio de estoque ➢ Investigar a presença ou ausência de relação linear quantificando a força dessa relação: correlação . Causa-efeito/causalidade FORÇA DA ASSOCIAÇÃO • Uma associação será tão mais forte quanto mais distantedo valor de nulidade estiver a medida de efeito de interesse calculada. • Uma associação forte tem mais chance de ser causal do que uma associação fraca. CONSISTÊNCIA • A consistência se refere à repetição dos achados para diferentes populações; • Resultados similares reforçam a hipótese de causalidade. ESPECIFICIDADE • Uma causa é específica para um determinado efeito se a introdução de um suposto fator causal é seguido da ocorrência do efeito e sua remoção implica que tal efeito não ocorra. TEMPORALIDADE • A causa deve necessariamente preceder o efeito. Os estudos transversais e retrospectivos muitas vezes carecem dessa evidência, dificultando uma atribuição de causalidade. GRADIENTE BIOLÓGICO Presença de uma curva dose-resposta. Observar uma freqüência crescente de ocorrência de doença à medida que se aumenta a dose ou o nível da exposição reforça a hipótese de causalidade. PLAUSIBILIDADE Se o efeito hipotetizado é plausível diante do conhecimento biológico vigente, a interpretação causal é fortalecida. No entanto, plausibilidade biológica não pode ser exigida, uma vez que depende do conhecimento disponível à época da investigação. Em geral, quanto menos se conhece a respeito da etiologia da doença e doenças similares, menos segurança se tem para rejeitar uma interpretação causal com base neste critério. COERÊNCIA O critério de coerência é satisfeito quando a associação encontrada não entra em conflito com o que é conhecido sobre a história natural e a biologia da doença. Nota-se que este critério combina aspectos dos critérios de consistência e plausibilidade biológica. EVIDÊNCIA EXPERIMENTAL É conhecido o poder da experimentação na avaliação de causalidade. Entretanto, a obtenção de tal evidência é raramente disponível em estudos envolvendo populações humanas devido, principalmente, a questões éticas. ANALOGIA Uma analogia simples pode aumentar a credibilidade para uma atribuição de causalidade. Por exemplo, se é conhecido que certa droga causa má-formação congênita, talvez uma outra similar que se está estudando também poderia, por analogia, apresentar o mesmo efeito. • Incidência: É a frequência com que uma doença ou fato ocorre num período de tempo definido e com relação à população (casos novos, apenas). Exemplo: a incidência de piolho (Pediculus humanus) no Grupo Escolar X, em Belo Horizonte, no mês de dezembro, foi de 10%. (Dos 100 alunos com piolho, 10 adquiriram o parasito no mês de dezembro.) • Prevalência: Termo geral utilizado para caracterizar o número total de casos de uma doença ou qualquer outra ocorrência numa população e tempo definidos (casos antigos somados aos casos novos). Ex.: no Brasil (população definida), a prevalência da esquistossomose foi de 8 milhões de pessoas em 1992. Fonte: Neves, David de Pereira. Parasitologia humana. Atheneu: Rio de Janeiro, 2018. • Surto: ocorrência de dois ou mais casos epidemiologicamente relacionados – Alguns autores denominam surto epidêmico, ou surto, a ocorrência de uma doença ou fenômeno restrita a um espaço extremamente delimitado: colégio, quartel, creches, grupos reunidos em uma festa, um quarteirão, uma favela, um bairro etc. • Endemia: É a prevalência usual de determinada doença com relação a área. Normalmente, considera-se como endêmica a doença cuja incidência permanece constante por vários anos, dando uma idéia de equilíbrio entre a doença e a população, ou seja, é o número esperado de casos de um evento em determinada época. Exemplo: no início do inverno espera-se que, de cada 100 habitantes, 25 estejam gripados. • Epidemia ou Surto Epidêmico: É a ocorrência, numa coletividade ou região, de casos que ultrapassam nitidamente a incidência normalmente esperada de uma doença e derivada de uma fonte comum de infecção ou propagação. Quando do aparecimento de um único caso em área indene de uma doença transmissível (p. ex.: esquistossomose em Curitiba), podemos considerar como uma epidemia em potencial, da mesma forma que o aparecimento de um único caso onde havia muito tempo determinada doença não se registrava (p. ex.: varíola, em Belo Horizonte). • Pandemia: epidemia com larga distribuição geográfica, atingindo mais de um país ou de um continente. Ex.: COVID. Mortalidade: número geral de óbitos em determinado período de tempo e com relação a população. Exemplo: em Belo Horizonte morreram 1 .O32 pessoas no mês de outubro de 2004 (acidentes, doenças etc.). Fórmula: m = número de mortes x 100 número total de pessoas Letalidade: número de óbitos com relação a determinada doença ou fato e com relação a população. Por ex.: 100% das pessoas não-vacinadas, quando atingidas pelo vírus rábico, morrem. A letalidade na gripe é muito baixa. Fórmula: m = número total de pessoas que morreram por uma doença x 100 número de pessoas doentes pela mesma doença 9 Gestão epidemiológica no trabalho: 9.1 Conceitos e objetivos de epidemiologia. 9.2 Aplicação da epidemiologia para a higiene ocupacional. 9.3 Estudo de acidentes de trabalho à luz da epidemiologia. 9.4 Notificação compulsória de agravos relacionados ao trabalho e seus instrumentos. Análise epidemiológica dos acidentes de trabalho Taxas de incidência Análise temporal e espacial Estudos de associação entre variáveis Causa-efeito Estudo de associação entre variáveis ➢ Estudar a relação entre duas variáveis quantitativas. Exemplos: • Quantidade de vapor e temperatura num processo industrial • Preço de ação da Telebrás e Índice da Bolsa de Valores de São Paulo • Tempo de estudo e nota na prova • Taxa de transportadores rodoviários de carga geral e Distância • Processamento anual de armazéns e nível médio de estoque ➢ Investigar a presença ou ausência de relação linear quantificando a força dessa relação: correlação . Causa-efeito/causalidade FORÇA DA ASSOCIAÇÃO • Uma associação será tão mais forte quanto mais distante do valor de nulidade estiver a medida de efeito de interesse calculada. • Uma associação forte tem mais chance de ser causal do que uma associação fraca. CONSISTÊNCIA • A consistência se refere à repetição dos achados para diferentes populações; • Resultados similares reforçam a hipótese de causalidade. ESPECIFICIDADE • Uma causa é específica para um determinado efeito se a introdução de um suposto fator causal é seguido da ocorrência do efeito e sua remoção implica que tal efeito não ocorra. TEMPORALIDADE • A causa deve necessariamente preceder o efeito. Os estudos transversais e retrospectivos muitas vezes carecem dessa evidência, dificultando uma atribuição de causalidade. GRADIENTE BIOLÓGICO Presença de uma curva dose-resposta. Observar uma freqüência crescente de ocorrência de doença à medida que se aumenta a dose ou o nível da exposição reforça a hipótese de causalidade. PLAUSIBILIDADE Se o efeito hipotetizado é plausível diante do conhecimento biológico vigente, a interpretação causal é fortalecida. No entanto, plausibilidade biológica não pode ser exigida, uma vez que depende do conhecimento disponível à época da investigação. Em geral, quanto menos se conhece a respeito da etiologia da doença e doenças similares, menos segurança se tem para rejeitar uma interpretação causal com base neste critério. COERÊNCIA O critério de coerência é satisfeito quando a associação encontrada não entra em conflito com o que é conhecido sobre a história natural e a biologia da doença. Nota-se que este critério combina aspectos dos critérios de consistência e plausibilidade biológica. EVIDÊNCIA EXPERIMENTAL É conhecido o poder da experimentação na avaliação de causalidade. Entretanto, a obtenção de tal evidência é raramente disponível em estudos envolvendo populações humanas devido, principalmente, a questões éticas. ANALOGIA Uma analogia simples pode aumentar a credibilidade para uma atribuição de causalidade. Por exemplo, se é conhecido que certa droga causa má-formação congênita, talvez uma outra similar que se estáestudando também poderia, por analogia, apresentar o mesmo efeito. • Incidência: É a frequência com que uma doença ou fato ocorre num período de tempo definido e com relação à população (casos novos, apenas). Exemplo: a incidência de piolho (Pediculus humanus) no Grupo Escolar X, em Belo Horizonte, no mês de dezembro, foi de 10%. (Dos 100 alunos com piolho, 10 adquiriram o parasito no mês de dezembro.) • Prevalência: Termo geral utilizado para caracterizar o número total de casos de uma doença ou qualquer outra ocorrência numa população e tempo definidos (casos antigos somados aos casos novos). Ex.: no Brasil (população definida), a prevalência da esquistossomose foi de 8 milhões de pessoas em 1992. Fonte: Neves, David de Pereira. Parasitologia humana. Atheneu: Rio de Janeiro, 2018. • Surto: ocorrência de dois ou mais casos epidemiologicamente relacionados – Alguns autores denominam surto epidêmico, ou surto, a ocorrência de uma doença ou fenômeno restrita a um espaço extremamente delimitado: colégio, quartel, creches, grupos reunidos em uma festa, um quarteirão, uma favela, um bairro etc. • Endemia: É a prevalência usual de determinada doença com relação a área. Normalmente, considera-se como endêmica a doença cuja incidência permanece constante por vários anos, dando uma idéia de equilíbrio entre a doença e a população, ou seja, é o número esperado de casos de um evento em determinada época. Exemplo: no início do inverno espera-se que, de cada 100 habitantes, 25 estejam gripados. • Epidemia ou Surto Epidêmico: É a ocorrência, numa coletividade ou região, de casos que ultrapassam nitidamente a incidência normalmente esperada de uma doença e derivada de uma fonte comum de infecção ou propagação. Quando do aparecimento de um único caso em área indene de uma doença transmissível (p. ex.: esquistossomose em Curitiba), podemos considerar como uma epidemia em potencial, da mesma forma que o aparecimento de um único caso onde havia muito tempo determinada doença não se registrava (p. ex.: varíola, em Belo Horizonte). • Pandemia: epidemia com larga distribuição geográfica, atingindo mais de um país ou de um continente. Ex.: COVID. Mortalidade: número geral de óbitos em determinado período de tempo e com relação a população. Exemplo: em Belo Horizonte morreram 1 .O32 pessoas no mês de outubro de 2004 (acidentes, doenças etc.). Fórmula: m = número de mortes x 100 número total de pessoas Letalidade: número de óbitos com relação a determinada doença ou fato e com relação a população. Por ex.: 100% das pessoas não-vacinadas, quando atingidas pelo vírus rábico, morrem. A letalidade na gripe é muito baixa. Fórmula: m = número total de pessoas que morreram por uma doença x 100 número de pessoas doentes pela mesma doença • Os casos de Dart – acidentes de trabalho (AT); acidentes com exposição a material biológico (ATMB); perda auditiva induzida por ruído (Pair); dermatoses relacionadas ao trabalho; câncer relacionado ao trabalho (CRT); pneumoconioses; transtornos mentais relacionados ao trabalho (TMRT); e lesão por esforço repetitivo/doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho (LER/ Dort) – devem ser notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) somente após a confirmação da relação com o trabalho, por meio da investigação epidemiológica. • As intoxicações exógenas (IE) suspeitas e confirmadas relacionadas ao trabalho também devem ser notificadas em ficha do Sinan. Lei nº 8213 de 1991 - Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social: Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Doenças relacionadas ao trabalho, conceitos, espécies, etiologias, fisiopatologias. Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. § 1º NÃO são consideradas como doença do trabalho: a) a doença degenerativa; b) a inerente a grupo etário; c) a que não produza incapacidade laborativa; d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. Ato inseguro Ambiente inseguro Fator pessoal de insegurança Causas dos acidentes de trabalho Ato inseguro Capacete pra que? Nunca aconteceu nada comigo. Ambiente inseguro Fator pessoal de insegurança Análise epidemiológica dos acidentes de trabalho Taxas de incidência Análise temporal e espacial Estudos de associação entre variáveis Causa-efeito Taxa de Incidência de Acidentes do Trabalho • É um indicador da intensidade com que acontecem os acidentes do trabalho; • Expressa a relação entre as condições de trabalho e o quantitativo médio de trabalhadores expostos àquelas condições; • Esta relação constitui a expressão mais geral e simplificada do risco; • Seu coeficiente é definido como a razão entre o número de novos acidentes do trabalho a cada ano e a população exposta ao risco de sofrer algum tipo de acidente. (Dentre os expostos, nesse período de tempo e nesse mesmo ambiente de trabalho, quantos se acidentaram?); • A dificuldade desta medida reside na escolha de seu denominador. A população exposta ao risco deve representar o número médio de trabalhadores dentro do grupo de referência e para o mesmo período de tempo que a cobertura das estatísticas de acidentes do trabalho. Desta forma, são considerados no denominador apenas os trabalhadores com cobertura contra os riscos decorrentes de acidentes do trabalho. Não estão cobertos os contribuintesindividuais (trabalhadores autônomos e empregados domésticos, entre outros), os militares e os servidores públicos estatutários. 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝐴𝑇 = 𝑛º 𝑑𝑒 𝐴𝑇 𝑛º 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑒𝑥𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 x 1.000 Taxa de incidência específica para doenças do trabalho O numerador desta taxa de incidência específica considera somente os acidentes do trabalho cujo motivo seja doença profissional ou do trabalho, ou seja, aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho, peculiar a determinada atividade e constante de relação existente no Regulamento de Benefícios da Previdência Social. Taxa de incidência específica para acidentes do trabalho típicos A taxa de incidência específica para acidentes do trabalho típicos considera em seu numerador somente os acidentes típicos, ou seja, aqueles decorrentes das características da atividade profissional desempenhada pelo acidentado. Dada a sua natureza é calculada tendo em vista somente os acidentes com CAT registrada, para os quais é possível identificar o motivo do acidente. Taxa de incidência específica para incapacidade temporária São considerados no numerador desta taxa os acidentes do trabalho nos quais os segurados ficaram temporariamente incapacitados para o exercício de sua capacidade laboral. Taxa de Mortalidade A taxa de mortalidade mede a relação entre o número total de óbitos decorrentes dos acidentes do trabalho verificados no ano e a população exposta ao risco de se acidentar. Taxa de Letalidade Entende-se por letalidade o maior ou menor poder que tem o acidente de ter como consequência a morte do trabalhador acidentado. É um bom indicador para medir a gravidade do acidente. Taxa de Acidentalidade Proporcional Específica para a Faixa Etária de 16 a 34 Anos A avaliação da ocorrência de acidentes do trabalho pode ser aprimorada com a elaboração de indicadores por grupos etários. Este indicador tem por objetivo revelar o risco específico de se acidentar para o subgrupo populacional de trabalhadores na faixa etária de 16 a 34 anos e pode ser expresso como a proporção de acidentes que ocorreram nesta faixa etária em relação ao total de acidentes. • Os casos de Dart – acidentes de trabalho (AT); acidentes com exposição a material biológico (ATMB); perda auditiva induzida por ruído (Pair); dermatoses relacionadas ao trabalho; câncer relacionado ao trabalho (CRT); pneumoconioses; transtornos mentais relacionados ao trabalho (TMRT); e lesão por esforço repetitivo/doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho (LER/ Dort) – devem ser notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) somente após a confirmação da relação com o trabalho, por meio da investigação epidemiológica. • As intoxicações exógenas (IE) suspeitas e confirmadas relacionadas ao trabalho também devem ser notificadas em ficha do Sinan. Lei nº 8213 de 1991 - Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social: Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Doenças relacionadas ao trabalho, conceitos, espécies, etiologias, fisiopatologias. Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. § 1º NÃO são consideradas como doença do trabalho: a) a doença degenerativa; b) a inerente a grupo etário; c) a que não produza incapacidade laborativa; d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. Ato inseguro Ambiente inseguro Fator pessoal de insegurança Causas dos acidentes de trabalho Ato inseguro Capacete pra que? Nunca aconteceu nada comigo. Ambiente inseguro Fator pessoal de insegurança Análise epidemiológica dos acidentes de trabalho Taxas de incidência Análise temporal e espacial Estudos de associação entre variáveis Causa-efeito Taxa de Incidência de Acidentes do Trabalho • É um indicador da intensidade com que acontecem os acidentes do trabalho; • Expressa a relação entre as condições de trabalho e o quantitativo médio de trabalhadores expostos àquelas condições; • Esta relação constitui a expressão mais geral e simplificada do risco; • Seu coeficiente é definido como a razão entre o número de novos acidentes do trabalho a cada ano e a população exposta ao risco de sofrer algum tipo de acidente. (Dentre os expostos, nesse período de tempo e nesse mesmo ambiente de trabalho, quantos se acidentaram?); • A dificuldade desta medida reside na escolha de seu denominador. A população exposta ao risco deve representar o número médio de trabalhadores dentro do grupo de referência e para o mesmo período de tempo que a cobertura das estatísticas de acidentes do trabalho. Desta forma, são considerados no denominador apenas os trabalhadores com cobertura contra os riscos decorrentes de acidentes do trabalho. Não estão cobertos os contribuintes individuais (trabalhadores autônomos e empregados domésticos, entre outros), os militares e os servidores públicos estatutários. 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑐𝑖𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝐴𝑇 = 𝑛º 𝑑𝑒 𝐴𝑇 𝑛º 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑒𝑥𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 x 1.000 Taxa de incidência específica para doenças do trabalho O numerador desta taxa de incidência específica considera somente os acidentes do trabalho cujo motivo seja doença profissional ou do trabalho, ou seja, aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho, peculiar a determinada atividade e constante de relaçãoexistente no Regulamento de Benefícios da Previdência Social. Taxa de incidência específica para acidentes do trabalho típicos A taxa de incidência específica para acidentes do trabalho típicos considera em seu numerador somente os acidentes típicos, ou seja, aqueles decorrentes das características da atividade profissional desempenhada pelo acidentado. Dada a sua natureza é calculada tendo em vista somente os acidentes com CAT registrada, para os quais é possível identificar o motivo do acidente. Taxa de incidência específica para incapacidade temporária São considerados no numerador desta taxa os acidentes do trabalho nos quais os segurados ficaram temporariamente incapacitados para o exercício de sua capacidade laboral. Taxa de Mortalidade A taxa de mortalidade mede a relação entre o número total de óbitos decorrentes dos acidentes do trabalho verificados no ano e a população exposta ao risco de se acidentar. Taxa de Letalidade Entende-se por letalidade o maior ou menor poder que tem o acidente de ter como consequência a morte do trabalhador acidentado. É um bom indicador para medir a gravidade do acidente. Taxa de Acidentalidade Proporcional Específica para a Faixa Etária de 16 a 34 Anos A avaliação da ocorrência de acidentes do trabalho pode ser aprimorada com a elaboração de indicadores por grupos etários. Este indicador tem por objetivo revelar o risco específico de se acidentar para o subgrupo populacional de trabalhadores na faixa etária de 16 a 34 anos e pode ser expresso como a proporção de acidentes que ocorreram nesta faixa etária em relação ao total de acidentes. EIXO TEMÁTICO 5 DIREITO DO TRABALHO RELAÇÕES DE TRABALHO Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio RELAÇÃO DE EMPREGO Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 1- Estrutura da relação de emprego. Elementos componentes. 1.1- trabalho por pessoa física; 1.2- pessoalidade; 1.3- onerosidade; 1.4- não-eventualidade; 1.5- subordinação. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio Obs: o que importa são os elementos e não o tipo do trabalho e tampouco o local CLT Art. 3º (...) Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Art. 6º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 1.1- Trabalho por pessoa física CLT Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. (...) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 1.2- Pessoalidade a) a relação personalíssima, não podendo a prestação de serviços ser transferida, sem anuência do empregador, a outrem. b) infungibilidade na prestação de serviços do empregado Obs1: cuidado com o princípio da despersonalização da figura do empregador Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 1.3- Onerosidade - duas dimensões: objetiva e subjetiva. a) objetiva b) subjetiva Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio (...) RECONHECIMENTO DO VÍNCULO DE EMPREGO. REQUISITOS. CÔNJUGE. ONEROSIDADE. O Tribunal Regional, soberano na análise do conjunto fático-probatório dos autos, registrou estarem presentes os requisitos para a configuração do vínculo de emprego. Consignou que "a onerosidade também restou demonstrada, sobretudo porque a Reclamante, como alegado pela própria Recorrente, era sustentada por seu ex-marido. Tal fato não tira seu direito de receber os salários, mesmo não tendo sido pagos na época oportuna". Quanto à onerosidade, objeto de insurgência do recurso, cumpre esclarecer que estará caracterizada quando comprovado nos autos o pagamento de parcelas como forma de contraprestação ao trabalho realizado (recebimento de valores em um contexto laboral) ou, ainda, nos casos em que fique demonstrada a simples intenção econômica atribuída pelas partes ao fato da prestação de serviços. Trata-se das dimensões objetiva e subjetiva, respectivamente, do requisito ora analisado. Logo, a presença dos demais pressupostos da relação empregatícia, inclusive, com as devidas anotações em CTPS - que geram presunção relativa de veracidade -, indica a existência do animus contrahendi das partes e, em especial, a intenção onerosa da autora pela prestação dos seus serviços. Com isso, pelo registro fático contido nos autos, extrai-se a presença do requisito onerosidade, mesmo que em seu plano subjetivo, o que evidencia o acerto da decisão regional ao reconhecer o vínculo de emprego entre as partes. Agravo de instrumento a que se nega provimento. (...) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio ( AIRR - 1520-29.2013.5.03.0099 , Relator Ministro: Cláudio Mascarenhas Brandão, Data de Julgamento: 28/10/2015, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 06/11/2015) (...) PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DURANTE 15 ANOS SEM RECEBIMENTO DE SALÁRIOS. CARÁTER NÃO ONEROSO DA RELAÇÃO HAVIDA ENTRE AS PARTES. 1. A onerosidade, requisito fático-jurídico da relação empregatícia, caracteriza-se pela presença de dois elementos: objetivo e subjetivo. O primeiro consiste simplesmente no pagamento, pelo empregador, de parcelas destinadas a remunerar o serviço prestado; o segundo, a seu turno, na intenção do empregado de se vincular ao empregador, com o especial fim de retirar desse vínculo os meios necessário à subsistência própria e/ou de sua família. 2. Na hipótese dos autos, a circunstância do reclamante se relacionar com a reclamada durante quase 16 anos, sem auferir dessa relação qualquer remuneração pelos serviços prestados, demonstra a ausência do "animus contrahendi", isto é, da intenção do autor retirar desse vínculo os meios materiais à sua mantença. 3. Dessa forma, o Tribunal Regional deu o correto alcance ao preceito contido no art. 3° da CLT. Recurso de Revista de que não se conhece. ( RR - 23400-63.2004.5.09.0669 , Relator Ministro: João Batista Brito Pereira, Data de Julgamento: 18/11/2009, 5ª Turma, Data de Publicação: 27/11/2009) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 1.4- Não-eventualidade a) Habitualidade b) Continuidade Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio Obs: empregado doméstico LC 150/15 Art. 1o Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. (...) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 1.5- Subordinação jurídica (...) 1. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. ATUAÇÃO NAS ATIVIDADES-FIM DA TOMADORA DE SERVIÇOS. ATIVIDADES FINANCIÁRIAS. FORMAÇÃO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO DIRETO COM A TOMADORA DE SERVIÇOS. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. ENQUADRAMENTO COMO FINANCIÁRIO. SÚMULAS 331, I, E 126/TST. 2. DURAÇÃO DO TRABALHO. HORAS EXTRAS. FINANCIÁRIO. (...) Destaca-se, por pertinente, que a subordinação jurídica, elemento cardeal da relação de emprego, pode se manifestar em qualquer das seguintes dimensões: a tradicional, de natureza subjetiva, por meio da intensidade de ordens do tomador de serviços sobre a pessoa física que os presta; a objetiva, pela correspondência dos serviços deste aos objetivos perseguidos pelo tomador (harmonização do trabalho do obreiro aos fins do empreendimento); a estrutural, mediante a integração do trabalhador à dinâmica organizativa e operacional do tomador de serviços, incorporando e se submetendo à sua cultura corporativa dominante. (...) (AIRR - 175-91.2016.5.06.0017 , Relator Ministro: Mauricio Godinho Delgado, Data de Julgamento: 15/08/2018, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 17/08/2018) Instagram: @profgervasioFacebook: @professorgervasio Obs: a subordinação pode existir também na prestação de serviços à distância: CLT Art. 6º (...) Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio TRABALHO EVENTUAL Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 1- Teorias a) Descontinuidade b) Evento c) Fins do empreendimento d) Fixação jurídica Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio TRABALHO AUTÔNOMO Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 1- Elemento estrutural CLT Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3o desta Consolidação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 2- características a) flexibilidade de horário b) ausência de fiscalização direta pelo destinatário da prestação de serviços c) possibilidade de o trabalhador contar com ajudantes livremente escolhidos por ele Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio d) liberdade de recusa ao serviço ofertada, sem possibilidade de que o fato gere punições contratuais e) como organizador de sua atividade, o trabalhador autônomo assume os riscos da sua atividade econômica f) trabalhador autônomo, como regra, pode se fazer substituir na prestação de serviços. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio TRABALHO AVULSO Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 1- Conceito 2- Espécies a) avulso portuário – regido pelas Leis 12.815/13 e 9.719/98 b) avulso não-portuário – regido pela Lei 12.023/09 Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 3- Igualdade de direitos CF Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio (...) B) RECURSO DE REVISTA. TRABALHADOR AVULSO. HORAS EXTRAS E INTERVALO INTRAJORNADA. DOBRA DE TURNOS. É cediço que o art. 7º, XXXIV, da CF assegura igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Assim, não há cogitar que as condições peculiares pertinentes ao trabalhador avulso são incompatíveis com as garantias constitucionais mínimas asseguradas aos trabalhadores, tais como a jornada especial do turno ininterrupto de revezamento, as horas extras e o intervalo intrajornada (CF, art. 7º, XIV e XVI), especialmente ante o caráter cogente de tais direitos, constituindo medidas de proteção, higiene e segurança do trabalho. Recurso de revistaconhecido e parcialmente provido" (RR-1001143-95.2016.5.02.0444, 8ª Turma, Relatora Ministra Dora Maria da Costa, DEJT 04/10/2019). Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio (...) RECURSO DE REVISTA DO OGMO. VALE TRANSPORTE. TRABALHADOR AVULSO. ÔNUS DA PROVA. O entendimento pacífico deste c. Corte Superior, consubstanciado na Súmula nº 460 do c. TST, é no sentido de que incumbe ao empregador o ônus de comprovar que o empregado não satisfaz os requisitos indispensáveis à concessão do vale-transporte. Ademais, este c. Tribunal Superior também já pacificou seu entendimento no sentido de que o trabalhador avulso faz jus ao vale-transporte, tendo em vista que o artigo 7º, XXXIV, da Constituição Federal assegura a igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Precedentes. Recurso de revista de que não se conhece. (ARR - 713- 44.2014.5.09.0022 , Relatora Desembargadora Convocada: Cilene Ferreira Amaro Santos, Data de Julgamento: 22/08/2018, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 24/08/2018) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 4- Trabalhador Avulso Não-Portuário Lei 12.023/09 Art. 1o As atividades de movimentação de mercadorias em geral exercidas por trabalhadores avulsos, para os fins desta Lei, são aquelas desenvolvidas em áreas urbanas ou rurais sem vínculo empregatício, mediante intermediação obrigatória do sindicato da categoria, por meio de Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho para execução das atividades. Parágrafo único. A remuneração, a definição das funções, a composição de equipes e as demais condições de trabalho serão objeto de negociação entre as entidades representativas dos trabalhadores avulsos e dos tomadores de serviços. Art. 3o As atividades de que trata esta Lei serão exercidas por trabalhadores com vínculo empregatício ou em regime de trabalho avulso nas empresas tomadoras do serviço. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio Obs: quais são as atividades de movimentação de mercadorias? Lei 12.023/09 Art. 2o São atividades da movimentação de mercadorias em geral: I – cargas e descargas de mercadorias a granel e ensacados, costura, pesagem, embalagem, enlonamento, ensaque, arrasto, posicionamento, acomodação, reordenamento, reparação da carga, amostragem, arrumação, remoção, classificação, empilhamento, transporte com empilhadeiras, paletização, ova e desova de vagões, carga e descarga em feiras livres e abastecimento de lenha em secadores e caldeiras; II – operações de equipamentos de carga e descarga; III – pré-limpeza e limpeza em locais necessários à viabilidade das operações ou à sua continuidade. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio Obs2: responsabilidades das empresas tomadoras de serviços Art. 8o As empresas tomadoras do trabalho avulso respondem solidariamente pela efetiva remuneração do trabalho contratado e são responsáveis pelo recolhimento dos encargos fiscais e sociais, bem como das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social, no limite do uso que fizerem do trabalho avulso intermediado pelo sindicato. Art. 9o As empresas tomadoras do trabalho avulso são responsáveis pelo fornecimento dos Equipamentos de Proteção Individual e por zelar pelo cumprimento das normas de segurança no trabalho. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 5- Trabalhador portuário avulso Obs: Qual trabalho pode ser realizado pelo trabalhador avulso portuário? Lei 12.815/13 Art. 40. O trabalho portuário de capatazia, estiva, conferência de carga, conserto de carga, bloco e vigilância de embarcações, nos portos organizados, será realizado por trabalhadores portuários com vínculo empregatício por prazo indeterminado e por trabalhadores portuários avulsos. § 1o Para os fins desta Lei, consideram-se: Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio I - capatazia: atividade de movimentação de mercadorias nas instalações dentro do porto, compreendendo o recebimento, conferência, transporte interno, abertura de volumes para a conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, bem como o carregamento e descarga de embarcações, quando efetuados por aparelhamento portuário; II - estiva: atividade de movimentação de mercadorias nos conveses ou nos porões das embarcações principais ou auxiliares, incluindo o transbordo, arrumação, peação e despeação, bem como o carregamento e a descarga, quando realizados com equipamentos de bordo; III - conferência de carga: contagem de volumes, anotação de suas características, procedência ou destino, verificação do estado das mercadorias, assistência à pesagem, conferência do manifesto e demais serviços correlatos, nas operações de carregamento e descarga de embarcações; IV - conserto de carga: reparo e restauração das embalagens de mercadorias, nas operações de carregamento e descarga de embarcações, reembalagem, marcação, remarcação,carimbagem, etiquetagem, abertura de volumes para vistoria e posterior recomposição; Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio V - vigilância de embarcações: atividade de fiscalização da entrada e saída de pessoas a bordo das embarcações atracadas ou fundeadas ao largo, bem como da movimentação de mercadorias nos portalós, rampas, porões, conveses, plataformas e em outros locais da embarcação; e VI - bloco: atividade de limpeza e conservação de embarcações mercantes e de seus tanques, incluindo batimento de ferrugem, pintura, reparos de pequena monta e serviços correlatos. § 2o A contratação de trabalhadores portuários de capatazia, bloco, estiva, conferência de carga, conserto de carga e vigilância de embarcações com vínculo empregatício por prazo indeterminado será feita exclusivamente dentre trabalhadores portuários avulsos registrados. (...) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio Obs2: quem é o operador portuário? Lei 12.815/13 Art. 2o Para os fins desta Lei, consideram-se: XIII - operador portuário: pessoa jurídica pré-qualificada para exercer as atividades de movimentação de passageiros ou movimentação e armazenagem de mercadorias, destinadas ou provenientes de transporte aquaviário, dentro da área do porto organizado. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio Obs3: quem é o OGMO? Lei 12.815/13 Art. 39. O órgão de gestão de mão de obra é reputado de utilidade pública, sendo-lhe vedado ter fins lucrativos, prestar serviços a terceiros ou exercer qualquer atividade não vinculada à gestão de mão de obra. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio Obs4: não há vínculo empregatício entre o avulso e o OGMO Lei 12.815/13 Art. 34. O exercício das atribuições previstas nos arts. 32 e 33 pelo órgão de gestão de mão de obra do trabalho portuário avulso não implica vínculo empregatício com trabalhador portuário avulso. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio Obs5: responsabilidade do OGMO e do operador portuário Lei 12.815/13 Art. 33 (...) § 2o O órgão responde, solidariamente com os operadores portuários, pela remuneração devida ao trabalhador portuário avulso e pelas indenizações decorrentes de acidente de trabalho. Lei 9.719/98 Art. 2º (...) § 4o O operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra são solidariamente responsáveis pelo pagamento dos encargos trabalhistas, das contribuições previdenciárias e demais obrigações, inclusive acessórias, devidas à Seguridade Social, arrecadadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, vedada a invocação do benefício de ordem. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio TRABALHO VOLUNTÁRIO Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio Lei 9.608/98 Art. 1o Considera-se serviço voluntário, para os fins desta Lei, a atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a instituição privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência à pessoa. (...) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio Obs: o rol de finalidades é exemplificativo ou exaustivo? (...) II) TRABALHO RELIGIOSO - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PARA IGREJA - RELAÇÃO DE EMPREGO NÃO CARACTERIZADA - REEXAME DE FATOS E PROVAS VEDADO PELA SÚMULA 126 DO TST. 1. A Lei 9.608/98 contemplou o denominado -trabalho voluntário-, entre os quais pode ser enquadrado o trabalho religioso, que é prestado sem a busca de remuneração, em função de uma dedicação abnegada em prol de uma comunidade, que muitas vezes nem sequer teria condições de retribuir economicamente esse serviço, precisamente pelas finalidades não lucrativas que possui. (...) (AIRR - 148200-76.2009.5.04.0751 , Relator Ministro: Ives Gandra Martins Filho, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 10/09/2012) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio Obs2: presunção de inexistência de vínculo de emprego Lei 9.608/98 Art. 1º (...) Parágrafo único. O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista previdenciária ou afim. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio Obs3: necessidade de termo de adesão? Lei 9.608/98 Art. 2º O serviço voluntário será exercido mediante a celebração de termo de adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço voluntário, dele devendo constar o objeto e as condições de seu exercício. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA - VÍNCULO EMPREGATÍCIO - ÔNUS DA PROVA. No caso, a reclamante alegou a existência de vínculo com a primeira-reclamada como fato constitutivo do seu direito. Os reclamados, por sua vez, suscitaram fato impeditivo do acolhimento da pretensão autoral, qual seja, que o contrato de trabalho foi voluntário, ligado ao Programa Social de Capacitação e Geração de Renda para Inclusão no Mercado de Trabalho. A prova dessa alegação foi feita por meio do -Termo de Adesão para Trabalho Voluntário-. Desincumbiram-se, portanto, do encargo probatório previsto nos arts. 818 da CLT e 333, do CPC. Na forma como posta, portanto, a decisão regional, ao estabelecer que era ônus da reclamante Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio comprovar relação jurídica diversa da voluntária, não afrontou os dispositivos indicados. Desincumbindo-se se os reclamados do encargo probatório quanto a fato impeditivo do direito da autora, o ônus de comprovar o desvirtuamento da relação havida permaneceu com a reclamante. Contudo, a prova produzida foi insuficiente ao convencimento do julgador. Agravo de instrumento desprovido. ( AIRR - 10740-35.2010.5.04.0000 , Relator Ministro: Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, Data de Julgamento: 29/06/2011, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 05/08/2011) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio Obs4: Possibilidade de ressarcimento de despesas Lei 9.608/98 Art. 3º O prestador do serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas despesas que comprovadamente realizar no desempenho das atividades voluntárias. Parágrafo único. As despesas a serem ressarcidas deverão estar expressamente autorizadas pela entidade a que for prestado o serviço voluntário. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio ESTÁGIO Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 1- Generalidades Lei 11.788/08 Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. § 1o O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando. § 2o O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio Art. 2o O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso. § 1o Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma. § 2o Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. Art. 3o O estágio, tanto na hipótese do § 1o do art. 2o desta Lei quanto na prevista no § 2o do mesmo dispositivo, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, observados os seguintes requisitos: I – matrícula e freqüência regular do educando em curso de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental,na modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino; Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio II – celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino; III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso. (...) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 2- Sujeitos envolvidos no estágio 2.1- Estagiário Lei 11.788/08 Art. 3o O estágio, tanto na hipótese do § 1o do art. 2o desta Lei quanto na prevista no § 2o do mesmo dispositivo, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, observados os seguintes requisitos: I – matrícula e freqüência regular do educando em curso de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino; Art. 4º A realização de estágios, nos termos desta Lei, aplica-se aos estudantes estrangeiros regularmente matriculados em cursos superiores no País, autorizados ou reconhecidos, observado o prazo do visto temporário de estudante, na forma da legislação aplicável. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 2.2- Parte concedente Lei 11.788/08 Art. 9o As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração pública direta, autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como profissionais liberais de nível superior devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional, podem oferecer estágio, observadas as seguintes obrigações: I – celebrar termo de compromisso com a instituição de ensino e o educando, zelando por seu cumprimento; II – ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao educando atividades de aprendizagem social, profissional e cultural; III – indicar funcionário de seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários simultaneamente; Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio IV – contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais, cuja apólice seja compatível com valores de mercado, conforme fique estabelecido no termo de compromisso; V – por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de realização do estágio com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho; VI – manter à disposição da fiscalização documentos que comprovem a relação de estágio; VII – enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 (seis) meses, relatório de atividades, com vista obrigatória ao estagiário. Parágrafo único. No caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação do seguro de que trata o inciso IV do caput deste artigo poderá, alternativamente, ser assumida pela instituição de ensino. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 2.3- Instituição de ensino Lei 11.788/08 Art. 7o São obrigações das instituições de ensino, em relação aos estágios de seus educandos: I – celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu representante ou assistente legal, quando ele for absoluta ou relativamente incapaz, e com a parte concedente, indicando as condições de adequação do estágio à proposta pedagógica do curso, à etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e calendário escolar; II – avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua adequação à formação cultural e profissional do educando; III – indicar professor orientador, da área a ser desenvolvida no estágio, como responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do estagiário; IV – exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior a 6 (seis) meses, de relatório das atividades; Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio V – zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o estagiário para outro local em caso de descumprimento de suas normas; VI – elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de seus educandos; VII – comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as datas de realização de avaliações escolares ou acadêmicas. Parágrafo único. O plano de atividades do estagiário, elaborado em acordo das 3 (três) partes a que se refere o inciso II do caput do art. 3o desta Lei, será incorporado ao termo de compromisso por meio de aditivos à medida que for avaliado, progressivamente, o desempenho do estudante. Art. 8o É facultado às instituições de ensino celebrar com entes públicos e privados convênio de concessão de estágio, nos quais se explicitem o processo educativo compreendido nas atividades programadas para seus educandos e as condições de que tratam os arts. 6o a 14 desta Lei. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 2.4- Agentes de integração Lei 11.788/08 Art. 5o As instituições de ensino e as partes cedentes de estágio podem, a seu critério, recorrer a serviços de agentes de integração públicos e privados, mediante condições acordadas em instrumento jurídico apropriado, devendo ser observada, no caso de contratação com recursos públicos, a legislação que estabelece as normas gerais de licitação. § 1o Cabe aos agentes de integração, como auxiliares no processo de aperfeiçoamento do instituto do estágio: I – identificar oportunidades de estágio; II – ajustar suas condições de realização; III – fazer o acompanhamento administrativo; IV – encaminhar negociação de seguros contra acidentes pessoais; V – cadastrar os estudantes. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio § 2o É vedada a cobrança de qualquer valor dos estudantes, a título de remuneração pelos serviços referidos nos incisos deste artigo. § 3o Os agentes de integração serão responsabilizados civilmente se indicarem estagiários para a realização de atividades não compatíveis com a programação curricular estabelecida para cada curso, assim como estagiários matriculados em cursos ou instituições para as quais não há previsão de estágio curricular. Obs: agente de integração não assina o termo de compromisso por qualquer das partes Art. 16. O termo de compromisso deverá ser firmado pelo estagiário ou com seu representante ou assistente legal e pelos representantes legais da parte concedente e da instituição de ensino, vedada a atuação dos agentes de integração a que se refere o art. 5o desta Lei como representante de qualquer das partes. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 3- Regras basilares durante o estágio a) duração máxima Lei 11.788/08 Art. 11. A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 4- Descumprimento de requisitos do estágio Lei 11.788/08 Art. 3º (...) § 2o O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de qualquer obrigação contida no termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária. Art. 15. A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária. § 1o A instituição privada ou pública que reincidir na irregularidade de que trata este artigo ficará impedida de receber estagiários por 2 (dois) anos, contados da data da decisão definitiva do processo administrativo correspondente. § 2o A penalidade de que trata o § 1o deste artigo limita-se à filial ou agência em que for cometida a irregularidade. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasioRECURSO DE REVISTA DA RECLAMANTE. CONTRATO DE ESTÁGIO. PERÍODO DE 6/04/2008 A 5/04/2009. DESCARACTERIZAÇÃO. O art. 3º, § 1º, da Lei 11.788/2007, que regulamente o estágio dos estudantes, estabelece como requisito de validade do contrato de estágio que haja acompanhamento tanto pela instituição de ensino quanto pelo supervisor da parte concedente, "comprovado por vistos nos relatórios referidos no inciso IV do caput do art. 7o desta Lei". O descumprimento de quaisquer desses requisitos descaracteriza o contrato de estágio e implica o reconhecimento do vínculo de emprego com a parte concedente do estágio (art. 3º, § 2º). No caso, o eg. Tribunal Regional entendeu que a "falta de documento comprovando o acompanhamento do estágio pela instituição de ensino, por si só, não é capaz de descaracterizar a relação de estágio firmada". Referido fundamento não encontra amparo no texto expresso da lei. Descaracterizado o contrato de estágio impõe-se o reconhecimento do vínculo de emprego com a reclamada no período. Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento. (...) (ARR-338-57.2013.5.04.0009, 6ª Turma, Relatora Desembargadora Convocada Cilene Ferreira Amaro Santos, DEJT 04/04/2019). Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio CONTRATO DE TRABALHO Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 1- Conceito CLT Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. Art. 456. A prova do contrato individual do trabalho será feita pelas anotações constantes da carteira profissional ou por instrumento escrito e suprida por todos os meios permitidos em direito. (...) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 2- Anotação da CTPS CLT Art. 29. O empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar na CTPS, em relação aos trabalhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério da Economia. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019) § 1º As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que seja sua forma de pagamento, seja êle em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) § 2º - As anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social serão feitas: a) na data-base; (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) b) a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador; c) no caso de rescisão contratual; ou Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art15 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0229.htm#art29 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7855.htm#art29 d) necessidade de comprovação perante a Previdência Social. § 3º - A falta de cumprimento pelo empregador do disposto neste artigo acarretará a lavratura do auto de infração, pelo Fiscal do Trabalho, que deverá, de ofício, comunicar a falta de anotação ao órgão competente, para o fim de instaurar o processo de anotação. (…) § 6º A comunicação pelo trabalhador do número de inscrição no CPF ao empregador equivale à apresentação da CTPS em meio digital, dispensado o empregador da emissão de recibo. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) § 7º Os registros eletrônicos gerados pelo empregador nos sistemas informatizados da CTPS em meio digital equivalem às anotações a que se refere esta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) § 8º O trabalhador deverá ter acesso às informações da sua CTPS no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a partir de sua anotação. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art15 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art15 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art15 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art15 Art. 14. A CTPS será emitida pelo Ministério da Economia preferencialmente em meio eletrônico. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019) Parágrafo único. Excepcionalmente, a CTPS poderá ser emitida em meio físico, desde que: (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019) I - nas unidades descentralizadas do Ministério da Economia que forem habilitadas para a emissão; (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) II - mediante convênio, por órgãos federais, estaduais e municipais da administração direta ou indireta; (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) III - mediante convênio com serviços notariais e de registro, sem custos para a administração, garantidas as condições de segurança das informações. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art15 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art15 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art15 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art15 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art15 Art. 15. Os procedimentos para emissão da CTPS ao interessado serão estabelecidos pelo Ministério da Economia em regulamento próprio, privilegiada a emissão em formato eletrônico. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019) Art. 16. A CTPS terá como identificação única do empregado o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art15 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art15 Obs: vedação à anotação de informações desabonadoras CLT Art. 29 (...) § 4o É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social. § 5o O descumprimento do disposto no § 4o deste artigo submeterá o empregador ao pagamento de multa prevista no art. 52 deste Capítulo. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio - anotação de referência a reclamação trabalhista na CTPS (...) ANOTAÇÕES NA CTPS DOS EMPREGADOS A RESPEITO DO AJUIZAMENTO DE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA. READMISSÃO DOS EMPREGADOS POR FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL. CARÁTER DISCRIMINATÓRIO. RETIFICAÇÃO. A jurisprudência reiterada e predominante desta Corte superior, com vistas a desmotivar conduta do empregador que possa acarretar ao empregado dificuldade na tentativa de obtenção de novo emprego, adota a tese de que o ex-empregador, ao proceder a anotação da carteira de trabalho do trabalhador, fazendo constar que o registro decorreu de determinação judicial, atenta contra o direito de personalidade desse. Não se pode negar que a realidade brasileira apresenta um mercado de trabalho altamente competitivo, com o desemprego crônico e a precarização dos direitos trabalhistas, sendo notório que algumas empresas, na seleção dos candidatos à vaga de emprego, utilizam-se de critérios arbitrários e ilegais, discriminando os trabalhadores em razão da formação, idade, raça, aparência, pretensão salarial ou qualquer ponto que considerem negativo, como o anterior ajuizamento de reclamação trabalhista contra seu ex-empregador. Portanto, na hipótese, ainda que a reclamada, ao fazer anotação desnecessária e injustificável na CTPS dos reclamantes de Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio ajuizamento de reclamação trabalhista, não tenha comprovadamente agido de forma dolosa para causar dano aos trabalhadores, assumiu deliberadamente o risco de fazê-lo, ao registrar naquele documento, sem nenhuma necessidade real, que o fazia no cumprimento de determinação judicial, não podendo razoavelmente ignorar que, ao assimproceder, fatalmente, sujeitou os reclamantes a uma possível discriminação no mercado de trabalho, com graves consequências de ordem social e econômica. Por tudo isso, a reclamada teve conduta contrária ao disposto no artigo 29, caput e seu § 4º, da CLT (precedentes). Recurso de revista conhecido e provido " (RR-940-45.2015.5.20.0005, 2ª Turma, Relator Ministro José Roberto Freire Pimenta, DEJT 23/08/2019). Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 3- Morfologia do contrato 3.1- Requisitos extrínsecos Código Civil Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 3.1.1- Capacidade CF Art. 7º (...) XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) CLT Art. 403. É proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos. (...) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art7xxxiii Convenção 138 da OIT (Decreto 10.088/19) Art. 2º 1. Todo Membro que ratificar esta Convenção especificará, em declaração anexa à ratificação, uma idade mínima para admissão a emprego ou trabalho em seu território e nos meios de transporte registrados em seu território; ressalvado o disposto nos Artigos 4º e 8º desta Convenção, nenhuma pessoa com idade inferior a essa idade será admitida a emprego ou trabalho em qualquer ocupação. 2. Todo País-membro que ratificar esta Convenção poderá notificar ao Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho, por declarações subseqüentes, que estabelece uma idade mínima superior à anteriormente definida. 3. A idade mínima fixada nos termos do parágrafo 1º deste Artigo não será inferior à idade de conclusão da escolaridade obrigatória ou, em qualquer hipótese, não inferior a quinze anos. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 4. Não obstante o disposto no Parágrafo 3º deste Artigo, o País-membro, cuja economia e condições do ensino não estiverem suficientemente desenvolvidas, poderá, após consulta às organizações de empregadores e de trabalhadores concernentes, se as houver, definir, inicialmente, uma idade mínima de quatorze anos. 5. Todo País-membro que definir uma idade mínima de quatorze anos, de conformidade com o disposto no parágrafo anterior, incluirá em seus relatórios a serem apresentados sobre a aplicação desta Convenção, nos termos do Artigo 22 da Constituição da Organização Internacional do Trabalho, declaração: a) de que subsistem os motivos dessa providência ou b) de que renuncia ao direito de se valer da disposição em questão a partir de uma determinada data. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio Obs1: trabalho artístico Convenção 138 da OIT Artigo 8º 1. A autoridade competente, após consulta às organizações de empregadores e de trabalhadores concernentes, se as houver, poderá, mediante licenças concedidas em casos individuais, permitir exceções para a proibição de emprego ou trabalho provida no Artigo 2º desta Convenção, para finalidades como a participação em representações artísticas. 2. Licenças dessa natureza limitarão o número de horas de duração do emprego ou trabalho e estabelecerão as condições em que é permitido. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 3.1.2- Licitude do objeto a) Teoria trabalhista das nulidades Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio b) Trabalho irregular Súmula 386 do TST POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM EMPRESA PRIVADA (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 167 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005. Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio c) Trabalho ilícito OJ 199 da SDI-I do TST JOGO DO BICHO. CONTRATO DE TRABALHO. NULIDADE. OBJETO ILÍCITO (título alterado e inserido dispositivo) - DEJT divulgado em 16, 17 e 18.11.2010 É nulo o contrato de trabalho celebrado para o desempenho de atividade inerente à prática do jogo do bicho, ante a ilicitude de seu objeto, o que subtrai o requisito de validade para a formação do ato jurídico. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. OPERADOR DE MÁQUINA CAÇA-NÍQUEIS. ILICITUDE DO OBJETO. APLICAÇÃO DA ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 199/SBDI-1/TST POR ANALOGIA. DECISÃO DENEGATÓRIA. MANUTENÇÃO. A teoria trabalhista especial de nulidades, regra geral, determina basicamente três aspectos fundamentais: 1) a circunstância de que se torna inviável, faticamente, após concretizada a prestação efetiva do trabalho, o reposicionamento pleno das partes à situação anterior ao contrato nulo; 2) o fato de que a transferência e apropriação do trabalho em benefício do tomador cria uma situação econômica consumada de franco desequilíbrio entre as partes, que apenas pode ser corrigida - mesmo que parcialmente - com o reconhecimento dos direitos trabalhistas; 3) a convicção de existir uma prevalência incontestável conferida pela ordem jurídica, em seu conjunto, ao valor-trabalho e aos direitos trabalhistas, o que resulta na repercussão de efeitos justrabalhistas ao labor efetivamente cumprido. A referida teoria justrabalhista nem sempre é passível de plena aplicação, porquanto, como qualquer negócio jurídico, também pressupõe a licitude do objeto. Sob essa perspectiva, a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de reconhecer que, em se tratando de trabalho ilícito, não se deve conferir qualquer efeito trabalhista - como se Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio depreende da Orientação Jurisprudencial 199 da SDI-1, acerca da prestação de serviços relacionados à exploração do jogo do bicho. Na hipótese em exame, embora não se trate especificamente de jogo do bicho, infere-se que a atividade afeta às operações com máquinas caça-níqueis pode vir a configurar o enquadramento na contravenção penal de exploração de jogos de azar - prevista no art. 50 do Decreto-Lei 3688/41, que pune a conduta de "Estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar público ou acessível ao público, mediante o pagamento de entrada ou sem ele". Nesse contexto, tratando-se de prestação laboral - operação com máquinas caça-níqueis - envolta a atividades repudiadas pelo ordenamento jurídico, devem incidir os mesmos efeitos previstos na OJ 199 da SBDI-1 do TST. Por todo o exposto, evidencia-se que não há como conferir efeitos justrabalhistas à relação mantida entre o Reclamante e a Reclamada. Agravo de instrumento desprovido. ( AIRR - 361-91.2013.5.05.0003 , Relator Ministro: Mauricio Godinho Delgado, Data de Julgamento: 07/10/2015, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 09/10/2015) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio d) contratos nulos em decorrência de ausência de submissão a concurso público CF Art. 37 (...) II- a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. § 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio Súmula 363 do TST CONTRATO NULO. EFEITOS (nova redação)- Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS. Lei 8036/90 Art. 19-A. É devido o depósito do FGTS na conta vinculada do trabalhador cujo contrato de trabalho seja declarado nulo nas hipóteses previstas no art. 37, § 2o, da Constituição Federal, quando mantido o direito ao salário. (...) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio Tema 191 da Lista de Repercussão Geral É constitucional o art. 19-A da Lei 8.036/1990, que dispõe ser devido o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS na conta de trabalhador cujo contrato com a Administração Pública seja declarado nulo por ausência de prévia aprovação em concurso público, desde que mantido o direito ao salário. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio Tese do Tema 308 da Lista de Repercussão Geral A Constituição de 1988 comina de nulidade as contratações de pessoal pela Administração Pública sem a observância das normas referentes à indispensabilidade da prévia aprovação em concurso público (CF, art. 37, § 2º), não gerando, essas contratações, quaisquer efeitos jurídicos válidos em relação aos empregados contratados, a não ser o direito à percepção dos salários referentes ao período trabalhado e, nos termos do art. 19-A da Lei 8.036/90, ao levantamento dos depósitos efetuados no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio Obs: privatização de empresas estatais Súmula 430 do TST ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. CONTRATAÇÃO. AUSÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO. NULIDADE. ULTERIOR PRIVATIZAÇÃO. CONVALIDAÇÃO. INSUBSISTÊNCIA DO VÍCIO. Convalidam-se os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausência de concurso público, quando celebrado originalmente com ente da Administração Pública Indireta, continua a existir após a sua privatização. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 5.1.3- Forma prescrita ou não-defesa em lei Regra: não se exige forma explícita para o contrato de trabalho, o qual pode ser formado inclusive tacitamente (art. 442 da CLT) Existem exceções. Exemplos: Lei 9.615/98 Art. 28. A atividade do atleta profissional é caracterizada por remuneração pactuada em contrato especial de trabalho desportivo, firmado com entidade de prática desportiva, no qual deverá constar, obrigatoriamente: (...) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio Lei 6.533/78 Art . 10 - O contrato de trabalho conterá, obrigatoriamente: I - qualificação das partes contratantes; II - prazo de vigência; (...) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 4- Experiência anterior – exigência CLT Art. 442-A. Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 5- Alguns contratos por prazo determinado 5.1- regra geral CLT Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) § 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. § 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) de atividades empresariais de caráter transitório; c) de contrato de experiência. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 a) prazo de validade do contrato por prazo determinado CLT Art. 445 - O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451. Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio b) possibilidade de prorrogação única CLT Art. 451 - O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio c) renovação de contrato por prazo determinado CLT Art. 452 - Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 5.2- Contrato autorizado por norma coletiva da Lei 9.601/98 Lei 9.601/98 Art. 1º As convenções e os acordos coletivos de trabalho poderão instituir contrato de trabalho por prazo determinado, de que trata o art. 443 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, independentemente das condições estabelecidas em seu § 2º, em qualquer atividade desenvolvida pela empresa ou estabelecimento, para admissões que representem acréscimo no número de empregados. (...) • possibilidade de prorrogação sem limite Art. 1º (…) § 2º Não se aplica ao contrato de trabalho previsto neste artigo o disposto no art. 451 da CLT. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art451 5.3- Contrato de aprendizagem CLT Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação. § 3o O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência. § 4o A formação técnico-profissional a que se refere o caput deste artigo caracteriza-se por atividades teóricas e práticas, metodicamente organizadas em tarefas de complexidade progressiva desenvolvidas no ambiente de trabalho. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio Obs: Requisitos de validade CLT Art. 428 (...) § 1º A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e freqüência do aprendiz na escola, caso não haja concluído o ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica. § 6º Para os fins do contrato de aprendizagem, a comprovação da escolaridade de aprendiz com deficiência deve considerar, sobretudo, as habilidades e competências relacionadas com a profissionalização. § 7º Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio para o cumprimento do disposto no § 1º deste artigo, a contratação do aprendiz poderá ocorrer sem a freqüência à escola, desde que ele já tenha concluído o ensino fundamental. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio § 8º Para o aprendiz com deficiência com 18 (dezoito) anos ou mais, a validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na CTPS e matrícula e frequência em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico- profissional metódica. Instagram: @profgervasio Facebook:@professorgervasio Obs2: Existe limite máximo de tempo de contrato? E de idade? CLT Art. 428 (...) § 3º O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência. § 5º A idade máxima prevista no caput deste artigo não se aplica a aprendizes portadores de deficiência. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 6- Contrato de trabalho intermitente CLT Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) § 3o Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 CLT Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) § 1o O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) § 2o Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) § 3o A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 § 4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo. § 5o O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes. § 6o Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) I - remuneração; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) II - férias proporcionais com acréscimo de um terço; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) III - décimo terceiro salário proporcional; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) IV - repouso semanal remunerado; e (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) V - adicionais legais. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 § 7o O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma das parcelas referidas no § 6o deste artigo. § 8o O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações. § 9o A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador. Instagram: @profgervasio Facebook: @professorgervasio 1. Ergonomia; 2. Assédio moral organizacional; 3. Conceitos de insalubridade e periculosidade, sua caracterização e controle; 4. Acidente de Trabalho. • Projeto 80/20 (Sprint Final) para o CNU (Bloco 4: Trabalho e Saúde do Servidor). • Disciplina: Eixo 4 • Tema: Ergonomia e Análise Ergonômica do Trabalho • Assédio moral organizacional. “Toda e qualquer conduta abusiva manifestando-se sobretudo por comportamentos, palavras gestos, escritos que possam trazer dano à personalidade, à dignidade ou à integridade de uma pessoa, pôr em perigo seu emprego ou degradar o ambiente de trabalho” (Marie-France Hirigoyen). Convenção 190 da OIT DEFINIÇÕES Artigo 1º 1. Para efeitos da presente Convenção: ( (a) o termo "violência e assédio" no mundo do trabalho refere-se a um conjunto de comportamentos e práticas inaceitáveis, ou de suas ameaças, de ocorrência única ou repetida, que visem, causem, ou sejam susceptíveis de causar dano físico, psicológico, sexual ou económico, e inclui a violência e o assédio com base no género; (b) o termo "violência e assédio com base no género" significa violência e assédio dirigido às pessoas em virtude do seu sexo ou género, ou afectam de forma desproporcionada as pessoas de um determinado sexo ou género, e inclui o assédio sexual. Artigo 3º A presente Convenção aplica-se à violência e ao assédio no mundo do trabalho que ocorrem durante o trabalho, relacionados com o trabalho ou decorrentes do trabalho: no local de trabalho, incluindo nos espaços públicos e privados onde são um local de trabalho; nos locais onde o trabalhador é remunerado, descansa ou toma uma refeição, ou usa as instalações sanitárias, de lavagem e vestiário; durante deslocações, viagens, treinamentos, eventos ou atividades sociais relacionadas com o trabalho; através de comunicações relacionadas com o trabalho, incluindo as facilitadas pelas tecnologias da informação e comunicação; no alojamento fornecido pelo empregador; e (a) durante o trajeto entre o domicílio e o local de trabalho. Artigo 4º 2. Cada Membro deverá adoptar, de acordo com a legislação e as circunstâncias nacionais e em consulta com as organizações representativas de empregadores e de trabalhadores, uma abordagem inclusiva, integrada e sensível ao género para a prevenção e eliminação da violência e do assédio no mundo do trabalho. Tal abordagem deverá ter em conta a violência e o assédio envolvendo terceiros, quando aplicável, e incluir: proibir por lei a violência e o assédio; garantir que políticas relevantes abordem a questão da violência e do assédio; adotar uma estratégia abrangente a fim de implementar medidas para prevenir e combater a violência e o assédio; estabelecer ou reforçar os mecanismos de aplicação e acompanhamento; garantir acesso às vias de reparação e apoio às vítimas; prever sanções; desenvolver ferramentas, orientação, educação e formação, e sensibilizar em formatos acessíveis e apropriadados; e garantir meios eficazes de inspecção e investigação de casos de violência e assédio, incluindo por meio de inspecções do trabalho ou por outros organismos competentes. Artigo 9o Cada Membro deverá adoptar leis e regulamentos que exijam que os empregadores tomem medidas adequadas proporcionais ao seu grau de controlo para prevenir a violência e o assédiono mundo do trabalho, incluindo a violência e o assédio com base no género, e em particular, desde que seja razoavelmente exequível, para: (a) adotar e implementar, em consulta com os trabalhadores e os seus representantes, uma política do local de trabalho sobre a violência e o assédio; (b) ter em conta a violência e o assédio e os riscos psicossociais associados na gestão da saúde e da segurança no trabalho; (c) identificar os perigos e avaliar os riscos de violência e assédio, com a participação dos trabalhadores e seus representantes, e tomar medidas para prevenir e controlar os mencionados perigos e riscos; e (d) proporcionar aos trabalhadores e a outras pessoas interessadas informação e formação, em formatos acessíveis e apropriados, sobre os perigos e riscos de violência e assédio identificados e as medidas de prevenção e protecção associadas, incluindo os direitos e responsabilidades dos trabalhadores e de outras pessoas envolvidas relativamente à política referida na alínea a) do presente artigo. CLT Art. 163. Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (Cipa), em conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho e Previdência, nos estabelecimentos ou nos locais de obra nelas especificadas. CLT. “Art. 483. O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: a)forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, ou contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato de trabalho; b)for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; (...) d) não cumprir o empregador com as suas obrigações do contrato; e) praticar o empregador, ou seus prepostos, contra ele u pessoas da sua família ato lesivo da honra e boa fama” NR1 1.4.1.1 As organizações obrigadas a constituir CIPA nos termos da NR-05 devem adotar as seguintes medidas, além de outras que entenderem necessárias, com vistas à prevenção e ao combate ao assédio sexual e às demais formas de violência no âmbito do trabalho: (Portaria MTP nº 4.219, de 20 de dezembro de 2022 - Item e alíneas entram em vigor no dia 20 de março de 2023) inclusão de regras de conduta a respeito do assédio sexual e de outras formas de violência nas normas internas da empresa, com ampla divulgação do seu conteúdo aos empregados e às empregadas; fixação de procedimentos para recebimento e acompanhamento de denúncias, para apuração dos fatos e, quando for o caso, para aplicação de sanções administrativas aos responsáveis diretos e indiretos pelos atos de assédio sexual e de violência, garantido o anonimato da pessoa denunciante, sem prejuízo dos procedimentos jurídicos cabíveis; e realização, no mínimo a cada 12 (doze) meses, de ações de capacitação, de orientação e de sensibilização dos empregados e das empregadas de todos os níveis hierárquicos da empresa sobre temas relacionados à violência, ao assédio, à igualdade e à diversidade no âmbito do trabalho, em formatos acessíveis, apropriados e que apresentem máxima efetividade de tais ações. Assédio sexual CP. “Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.” • Conduta abusiva; • Atentado à integridade psíquica do indivíduo; • Reiteração da conduta?* • Finalidade de exclusão/segregação/desconstrução. Condutas típicas: Recusa de comunicação direta; Isolamento; Desqualificar e desacreditar; Atacar a reputação da vítima; Degradar a reputação da vítima; Ataques diretos. • O fenômeno se instala de modo quase imperceptível. Inicialmente a vítima descuida, encarando o fato como uma simples brincadeira; todavia, é na repetição dos vexames, das humilhações, que a violência vai se mostrando demolidora e, se ninguém de fora intervier energicamente, evolui uma escala destrutiva. Quando a vítima reage e tenta libertar-se, as hostilidades transformam-se em violência declarada, dando início à fase de aniquilamento moral, denominada de psicoterror. (GUEDES, Márcia Novaes. Terror Psicológico no Trabalho. São Paulo: LTr: 2003, p. 35.) • Espécies: a) Vertical; b) Misto; c) Horizontal; ASSÉDIO MORAL ORGANIZACIONAL Higidez ambiental do trabalho Expectativa de resultados • Sequestro da subjetividade dos trabalhadores • Anuência a regras e/ou condutas implícitas ou explícitas da organização • Cumprimento de metas • Controle do tempo de uso do banheiro • Obrigatoriedade da prática de atos ou condutas ilícitas • Sonegação de direitos • (ARAÚJO, Adriane Reis. Assédio Moral Organizacional. Revista do TST, vol.73, n.2, Brasília, 2007) [...] "DANO MORAL - ASSÉDIO ORGANIZACIONAL - "QUANTUM" INDENIZATÓRIO(ANÁLISE CONJUNTA COM O RECURSO ORDINÁRIO DO AUTOR) [...] A modalidade de assédio organizacional caracteriza-se pela conduta abusiva e reiterada do agressor como método de gestão, não sendo requisito a intenção de prejudicar ou inferiorizar determinada pessoa. Tem por essência a utilização de práticas abusivas para aumentar a produtividade e/ou reduzir custos, como cobranças excessivas de metas, rigor disciplinar excessivo, métodos de gestão por estresse. [...] Ocorre que as relações de trabalho devem se pautar pela respeitabilidade mútua, em face do caráter sinalagmático da contratação, impondo-se aos contratantes, reciprocidade de direitos e obrigações. O terror psicológico dentro da empresa, que caracteriza o assédio moral, manifesta-se através de comunicações verbais e não-verbais, como gestos, insinuações, zombarias, visando desestabilizar a vítima. [...] A atitude patronal afrontou valores éticos que são esperados em uma execução contratual pautada pela boa-fé, causando constrangimentos e dissabores plenamente evitáveis. [...] Todavia, nem a mais radical concepção de mundo capitalista, autoriza a adoção de comportamento empresarial excessivo, rigoroso e aterrorizador, degradando o ambiente de trabalho. Verifica-se que a reclamada adota um perverso sistema de gestão por pressão, para que todos os empregados de suas equipes atinjam as metas a qualquer custo, em evidente abuso do poder diretivo da empregadora e em detrimento da dignidade do trabalhador, que se vê obrigado a trabalhar incessantemente em busca de maior produtividade. [...]. O assédio moral se caracteriza por repetidas perseguições a alguém, devendo haver por parte do empregador o ânimo de depreciar a imagem e o conceito do empregado perante si próprio e seus pares, fazendo diminuir sua autoestima. Trata-se, inicialmente, de uma conduta do empregador direcionada a um indivíduo. Hodiernamente, além do assédio moral individual, tem-se reconhecido a figura do assédio moral denominado organizacional, que compreende um conjunto sistemático de práticas reiteradas, provindas dos métodos de gestão empresarial, que tem por finalidade atingir determinados objetivos empresariais relativos ao aumento de produtividade e à diminuição do custo do trabalho, por meio de pressões, humilhações e constrangimentos aos trabalhadores na empresa. (Grifos nossos) • (TST - AIRR: 15120820175090661, relator ministro Claudio Mascarenhas Brandao, 7ªClaudioturma, data de publicação: 24/5/2021) “O assédio organizacional, portanto, reveste-se de modo de gestão da empresa, de política de gestão ofensiva aos empregados”. (...) O assédio organizacional é fundado em práticas gerenciais voltadas ao aumento da produtividade e da lucratividade das empresas que por suas características e por sua reiteração potencialmente causam danos à saúde física ou mental dos empregados. https://www.migalhas.com.br/depeso/354024/entenda-o-que-e-assedio- organizacional ALTERAÇÕES DO CONTRATO DE TRABALHO 1- Liberdade de pactuação CLT Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposiçõesde proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. 2- Regra CLT Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. (...) 3- Exceções a) alterações nitidamente benéficas ao empregado (ex. aumento salarial, redução de jornada sem prejuízo do salário, concessão cesta básica voluntariamente etc); AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA - ALTERAÇÃO DO HORÁRIO DE TRABALHO - PERDA DO ADICIONAL NOTURNO - POSSIBILIDADE. As modificações de cláusula contratual de trabalho de modo permanente, para fazer frente à dinâmica empresarial, não representa tensão com o princípio da inalterabilidade contratual lesiva, tendo em vista que a mudança das atividades laborais do turno noturno para o diurno configura alteração benéfica de preservação da saúde do trabalhador, pois é cediço que o labor noturno é mais prejudicial ao empregado, seja sob a ótica familiar, seja sob a biológica. Verifica-se que o acórdão recorrido está em perfeita consonância com a Súmula nº 265 do TST, verbis: -A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno-. Óbice da Súmula nº 333 do TST. Agravo de instrumento desprovido. (AIRR - 2344-40.2012.5.02.0005 , Relator Ministro: Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, Data de Julgamento: 22/10/2014, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 24/10/2014) b) alterações decorrentes de imposição legal ou decorrentes de norma coletiva, desde que a norma seja constitucional e não haja invalidade da norma coletiva. CLT Art. 392 (...) § 4o É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais direitos: I - transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho; Art. 407 - Verificado pela autoridade competente que o trabalho executado pelo menor é prejudicial à sua saúde, ao seu desenvolvimento físico ou a sua moralidade, poderá ela obrigá-lo a abandonar o serviço, devendo a respectiva empresa, quando for o caso, proporcionar ao menor todas as facilidades para mudar de funções. c) exercício do jus variandi; Conceito c.1) modificações na estrutura funcional da empresa c.2) modificações em aspectos da remuneração, c.3) modificações do local da prestação de serviços Obs: o jus variandi comporta limitações a) o próprio contrato de trabalho, incluindo eventual regulamento; b) os direitos fundamentais do trabalhador; c) os princípios gerais do Direito, os constitucionais e os específicos do Direito do Trabalho; d) a moral e os bons costumes; e) as normas coletivas; f) as regras heterônomas estatais. 4- Alteração de local de trabalho: as transferências a) regra CLT Art. 469. Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio. (...) b) exceções CLT Art. 469. (...) § 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço. § 2º - É licita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado. § 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação. RESCISÃO INDIRETA. ALTERAÇÃO DO LOCAL DE TRABALHO (MUNICÍPO DE ITAJAÍ/SC PARA O MUNICÍPIO DE JOINVILLE/SC). TRANSFERÊNCIA ILÍCITA. SÚMULA 126/TST. As alterações do local de trabalho, além de englobarem as remoções não relevantes, abrangem as remoções relevantes (implicam efetiva alteração da própria residência do trabalhador, mas com aquiescência e comprovado interesse do empregado) e as remoções relevantes excepcionalmente situadas dentro do jus variandi empresarial. Especificamente em relação às remoções lícitas relevantes excepcionalmente situadas dentro do jus variandi empresarial, registra-se que esta envolve quatro situações-tipo enumeradas pela CLT, quais sejam: (a) quando ocorrer extinção do estabelecimento a que se vincula o empregado (§ 2º do art. 469 da CLT); (b) quando se tratar de empregado exercente de cargo de confiança (§ 1º do art. 469 da CLT); (c) quando se tratar de empregado que tenha cláusula explícita ou implícita de transferibilidade (§ 1º do art. 469 da CLT); (d) transferência unilateral, desde que provisória e existindo real necessidade de serviço (§ 3º do art. 469 da CLT). (...) (AIRR - 287- 65.2015.5.12.0005 , Relator Ministro: Mauricio Godinho Delgado, Data de Julgamento: 17/08/2016, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 19/08/2016) Súmula 43 do TST TRANSFERÊNCIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Presume-se abusiva a transferência de que trata o § 1º do art. 469 da CLT, sem comprovação da necessidade do serviço. Obs2: adicional de transferência OJ 113 da SDI-I ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. CARGO DE CONFIANÇA OU PREVISÃO CONTRATUAL DE TRANSFERÊNCIA. DEVIDO. DESDE QUE A TRANSFERÊNCIA SEJA PROVISÓRIA. Inserida em 20.11.97 O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória. 5- Alteração de função: rebaixamento, promoção e substituição a) Substituição Súmula 159 do TST SUBSTITUIÇÃO DE CARÁTER NÃO EVENTUAL E VACÂNCIA DO CARGO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 112 da SBDI-I) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, inclusive nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído. II - Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocupá-lo não tem direito a salário igual ao do antecessor. b) Promoção c) Reversão e Rebaixamento CLT Art. 468 (...) § 1o Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) § 2o A alteração de que trata o § 1o deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 6- Alteração de horário a) Poder diretivo patronal, desde que não haja comprovado prejuízo para o trabalhador AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. ALTERAÇÃO CONTRATUAL LESIVA NÃO CONFIGURADA. MUDANÇA DA JORNADA DE TRABALHO NOTURNA PARA DIURNA. TRABALHADOR READAPTADO. AUSÊNCIA DE PREJUÍZOS. Trata-se de pedido de