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• Fenecimento energético adequado: todos os sistemas necessitam de energia • Demanda metabólica • Via aeróbia (via principal) • Distribuição adequada da energia para atender a demanda • Sistema respiratório e cardiovascular alinhados Transporte de oxigênio • Captada pela via respiratória • Livres no plasma 3% • Ligados a hemoglobina (oxihemoglobina) 97% → 4 moléculas de oxigênio se ligam a uma molécula de hemoglobina • Quebra de oxihemoglobina: demanda de oxigênio em tecido, tecido produzindo muito CO2, aumento de temperatura • Processo que facilita a captação do oxigênio: difusão (diferença de concentração, alta concentração de oxigênio no alvéolo para dentro do capilar, e alta concentração de CO2 em capilar) • Edema pulmonar dificulta o processo de difusão • Asma diminui a área do alvéolo levando a um processo de difusão mais lento Hematose tecidual/celular/transporte de CO2 • Chegada da hemoglobina com oxigênio na célula, processo de respiração celular (interior celular rico em CO2), CO2 passa por difusão • para o interior do capilar se unindo a hemoglobina (conjugado com a água pela anidrase carbônica no interior da célula se transformando em ácido carbônico (fácil dissolução) quebrado em molécula de hidrogênio e bicarbonato) Bicarbonato é eliminado na corrente pela bomba em troca de um íon cloreto (bicarbonato intravascular) • Gás é transportado preso a algum carreador Metabolismo cerebral • Somente aeróbio (grande necessidade do fornecimento de oxigênio) • Reserva para apenas 90 minutos de hipoglicemia severa • Consome cerca de 14% do oxigênio • Os neurônios possuem apenas pequenos reservatórios de energia; portanto dependem de um fluxo de sangue normal para fornecer oxigênio e nutrientes, principalmente glicose • GLUT 1 – glicose no sangue – barreira hemato encefálica • GLUT 3 – glicose no astrocito – neurônio • Astrocito que capita a energia e distribui para o neurônio • Baixa demanda energética em tecido nervoso: aumenta GLUT 1 e 3, gliconeogênese, aumenta resposta simpática • Liberação de cortisol (aumenta produção de energia), epinefrina, hormônios de crescimento • Diminui insulina e aumenta glucagon (processo de quebra do estoque de glicose, glicólise, glicogênese, glicogenólise) Abordagem ao paciente crítico Características do metabolismo • Aparecimento de manifestações clínicas: taquicardia, hipertensão, tremor • Utilização de energia pelo tecido nervoso: potencial de membrana, atividade elétrica Ion de sódio (extracelular), potássio (intracelular) → Abertura de canal de sódio: despolarização → Canal de potássio: repolarização → A energia não é usada para abertura e fechamento desses canais → A energia é usada na bomba de sódio potássio atepease (não funciona sem ATP) coloca sódio para fora e potássio para dentro Baixa do fluxo sanguíneo cerebral • Queda de oxigênio e glicose • Queda de ATP • Sódio no espaço intracelular: atrai água para o interior da célula, efeito citotóxico • Baixa demanda de ATP: glicose anaeróbica (produção de glicose sem ATP, feita de forma ruim), aumenta ácido lático que contribui para aumento do edema citotóxico • Aumento da liberação de glutamato (neuroreceptor excitatório): aumenta entrada de cálcio em neurônio, aumenta cascata do ácido araquidônico (inflamatória), formação de ROS (radicais livres) • Esses fatores podem levar a morte neuronal Lactato • Forma de produzir o piruvato sem glicose • Consequência de um fornecimento energético ruim, demanda maior • Triagem: necessidade de atendimento imediato ou não • emergência: risco de morte, tratamento imediato • urgência: pode ou não correr risco de vida, necessidade de atendimento, porém tem período que pode ser estabilizado Área de triagem • área próxima à recepção e de fácil acesso • admissão: breve histórico médico/queixa principal • breve inspeção visual • avaliação física inicial de quatro sistemas → respiratório → cardiovascular → nervoso → urinário classificação de risco • paciente não apresenta risco consulta dermatológica, vacina • paciente com risco leve → proprietário percebe que algo não está bem, mas não define exatamente a queixa (vomito, diarreia, anorexia) → não subestimar, ele pode apresentar piora clínica • paciente com urgência no atendimento → possível estabilidade respiratória, mas com comprometimento hemodinâmico → possível presença de choque mecânico ou oculto Área de atendimento lesões mais aparentes (por trauma principalmente) • paciente com maior urgência no atendimento → possível estabilidade cardiovascular → possibilidade de obstrução das vias aéreas → dispneia (inspiratória, expiratória ou mista) • paciente em emergência/crítico → inconsciente/ausência de pulso ou não detectável → apneia ou padrão respiratório agônico → hipotermia/midríase → ausência de choque cardíaco ou não detectável Estabilização imediata • obter acesso venoso • avaliação objetiva de parâmetros (hemogasometria, lactato, saturação de oxigênio) • A- fast / T-fast (avaliação rápida abdominal, observar efusões (exsudato ou hemorrágico) /(avaliação rápida torácica, pneumotórax), uso de ultrassom • Suplementação de oxigênio • Administração de fluidoterapia • De acordo com as manifestações clínicas • Apneia • Estritor/estertor • Dificuldade respiratória • Cianose: hemoglobina desoxigenada • Sons respiratórios anormais Dispneias • Inspiratória → Associados a processos extratorácicos → Obstrução da laringe ou colapso de traqueia • Expiratória → Intratoráxicas • Mistas → Intratorácicas Dispneia expiratória • Restritiva → Dificuldade de expansão do tórax (pneumonia, efusão pleural e pneumotórax, edema pulmonar) • Obstrutivas → Obstrução a passagem de ar nas vias aéreas (bronquite crônica/asma felina) • Alterações de mucosa • Taquicardia, bradicardia • Alteração de pulso • Extremidades frias • Alteração de estado mental • Estupor, coma • Anisocoria (pupila de diâmetro diferente) • Crise epilética • Paresia, paralisia Sistema respiratório Sistema cardiovascular Sistema nervoso • Distensão, rigidez de bexiga • Prolapso genital , • Distúrbios de coagulação • Agentes neurotóxicos • Febre: fisiológico, mudança da temperatura decorrente de algum processo • Hipertermia: impede componentes compensatórios do organismo • Hipotermia: distúrbios de coagulação, acidose metabólica, arritmias • Hipocalemia • Hipercalemia • Distúrbios no metabolismo do cálcio, magnésio, cloreto, sódio Sistema urogenital Intoxicação Hiper/hipotermia Distúrbio eletrolítico/glicemia a ● reposição de volume ● Estabilidade da pressão ● Fluidos corpóreos: intra (40%) ou extra celular (20%, dividido em 5% no plasma e 15% intersticial) ● Muito fluido, aumenta líquido em região intersticial, levando a edema ● A fluido deve primeiro preencher o espaço intracelular ● Fluido subcutânea preenche primeiro o espaço intersticial, depois o plasma e depois o meio intracelular ● Aumentar pressão: usar via intravenosa Força de Starling ● pressão hidrostática (pressão nos vasos): forca a saída de água para o espaço extravascular ● Alguns órgãos dependem da pressão para funcionar (rim, manter o débito cardíaco do coração) ● Pressão oncótica (proteínas) ● Força a entrada de água para o espaço intravascular ● TPC ● Elasticidade cutânea ● Exames laboratoriais: PT (proteína total alta) x VCM (volume corpuscularmédio, avaliação do hematócrito), urinálise (densidade urinaria maior que 1,035, azotemia pré renal, baixa perfusão para o rim) Percentuais de desidratação ● menos de 5%: assintomático, sem alterações físicas; histórico/observação de perdas ou não ingestão de líquidos ● 5 a 6%: leve, perda discreta da elasticidade da pele (para a espécie canina) ● 7 a 9%: moderada, perda de elasticidade da pele, TPC discretamente elevado, discreta enoftalmia e xerostomia ● 10 a 12%: severa, perda acentuada da elasticidade de pele (pregueamento prolongado), TPC elevado, enoftalmia e xerostomia óbvias, taquicardia e elevação de pulso podem estar presentes ● 13 a 15%: critica ou muito severa, sintomas definidos de choque (hipotermia, taquicardia, pulso filiforme), óbito eminente ● Intravenosa (principal): punção cefálica (principal), safena e jugular ● Intra-óssea (em filhotes, pouco utilizada) ● Subcutânea ● Oral Fluidoterapia e distúrbios eletrolíticos Avaliação da desidratação Vias de administração ● reanimação (terapia de perfusão): reposição intravascular ● Fase de reidratação ou reposição: reposição intersticial e intracelular ● Manutenção: pacientes com hidratação normal, mas incapazes de ingerir água o suficiente para manter o equilíbrio de fluidos Cristalóides ● soro fisiológico de cloreto de sódio a 0,9% → 0,45% (hipotônico): manutenção apenas de água, hipernatremia branda (indicada para diluições) → 0,9% (isotônica): usada com mais frequência, reposição de água e eletrólitos → 7,5% (hipertônico): choque agudo, não pode ser administrada em animais desidratados (deixa o animal mais desidratado, retira água da região intersticial) ● Ringer lactato (sódio e cálcio, kcal) → Metabolizado no fígado em bicarbonato, sendo indicado em acidose metabólica → Ringer lactato é conceitualmente contraindicado em doenças hepáticas → Deve ser evitado em pacientes com neoplasias devido a produção aumentada de lactato pela glicólise anaeróbica dos tumores ● Ringer simples (não tem Kcal) ● Glicose 5% → Solução hipotônico → Não contém eletrólitos → A glicose é metabolizada e a reposição de apenas água, indicada para pacientes cardiopatas, hipoglicêmicos e hipercalemicos (glicose e insulina - a insulina coloca a glicose e potássio dentro da célula) ● solução glicofisiologico → Solução de NaCl a 0,9% e glicose 3% → Indicada em pacientes: com doença hepática (exceto gatos com lipidose, não usa glicose como forma de energia, o animal está em catabolismo), hipoglicemicos, hipercalemicos ● Sempre realizar procedimentos para a correção de eletrólitos, os que estão presentes na fluido não são suficientes Coloides ● Base de amido ● hipoalbuminemia (menor que 1,5) (não ingere, não produz no fígado (insuficiência hepática) ou perde (urinaria, diarreia) ● Se o coloide não for uma opção: albumina canina, albumina humana ● O plasma não é uma opção (60 ml/kg de plasma aumenta a albumina em 1g/dl) Fases da fluidoterapia Tipos de fluidos ● Manutenção de volume, auxilia endotélio vascular a manter pressão ● Regula a membrana (volume) mas não tem eletrólito nenhum Qual fluido escolher ● presença de síndrome choque que requer ressuscitação volêmica imediata: cloreto de sódio ● Taquicardia ou bradicardia grave, extremidades frias, pulso fraco, mucosas pálidas, TPC prolongado, estado mental alterado, hipotensão (indivíduo com trombo): qualquer um que não seja lactato ● Aumento de lactato: qualquer um que não seja lactato ● Alterações torácicas observadas pelo T-Fast (presença de edema, sobe pressão): hipotônico (promove diurese) ● Distúrbios eletrolíticos conhecido: hipercalemico - cloreto de sódio ● reanimação ● Fase de reidratação ou reposição ● Manutenção Reposição de hipotensão/reanimação ● solução fisiológica: 10-20 ml/kg, 15 a 30 min ● Prova de carga: mandar o máximo de volume em curto espaço de tempo para tentar reestabelecer pressão ● Se prova de carga não teve sucesso pode ser repetida, mas pode não dar certo, uso de drogas ● Reavaliar parâmetros, pensar no histórico, comorbidades ● Segundo bolus ● Vasopressores (dobutamina) ● Drogas isotrópicas (noradrenalina) ● Monitore seu paciente de perto Canino, 4 anos, macho, 40kg Desidratacao 7% 40 x 7% x 10 = 2800 ml (peso x desidratação x 10) 2800/24 = 116 ml/h (volume por hora) 166/60 = 1,9 ml/mn (volume por minuto) Macro: 1 ml tem 20 gotas Micro: 1 ml tem 60 gotas Pode ser usado no intervalo de 30 a 150 gotas pacientes que não estão comendo: 60 ml/kg/dia cães, 45 ml/kg/dia gatos ● solução isotônica cristaloide; substituir eletrólitos se necessário Monitoramento da fluidoterapia ● pressão arterial (pulso, TPC) ● Auscultação pulmonar (crepitações) ● Diurese → Oligúria: menos que 0,7 ml/kg/hora → Normal: 1 a 2 ml/kg/hora → Poliuria: mais que 2 ml/kg/hora ● um cão toma normalmente 60ml/kg de água em 27 horas Como calcular o volume a ser administrado Potássio Hipercalemia Etiologia ● Distúrbios relacionados a hipercalemia: hemólise, obstrução de trato urinário (o excesso de potássio sai pelo túbulo renal), doença endócrina (hipoadrenocorticismo) ● diminuição da secreção tubular/excreção renal: doença anúrica ou oligúrica ● Obstrução de uretra ● Hipoadrenocorticismo ● Uroperitonio ● Fármacos: espirolactona, beta bloqueadores não seletivos ● Pseudo-hipercalemia: trombocitose, leucocitose ● Manifestações clínicas: arritmia (distúrbio de repolarização, muito potássio fora da célula, sai por gradiente de concentração, potássio saí da célula de forma mais lenta) e como consequência bradicardia ● Fraqueza muscular ● Arritmias: hipercalemia reduz permeabilidade da membrana celular ao potássio ● Pode ter parada cardíaca (nível de potássio sérico maior que o intracelular) ● Inativa canais de Na/K responsável pela saída de K da célula (prolonga repolarização: arritmias) Tratamento ● glutamato de cálcio ● Dose: solução 10% 0,5-1,5 ml/kg, IV, sob monitoração ECG ● Infusão lenta: 20 min, início da ação 3 - 5 minutos ● ● dextrose 25% ● Insulina ● Princípio insulina + glicose Hipocalcemia ● mais comum em gatos ● Flexão de pescoço ● Reposição de potássio ● Depende do nível sérico ● Empírica (sem saber o valor): não passar de 0,5 mEg/Kg/hora de taxa de infusão → KCl 19,1%: 2,56 → KCl 10%: 1,34 → KCl 20%: 2,68 Distúrbios eletrolíticos ● regulação de pH ● Sistema respiratório: alteração dos níveis de CO2 ● Sistema urinário: alteração dos níveis de hidrogênio e bicarbonato ● PH extremamente ácido leva a desnaturação proteica ● PH normal: 7,4 ● Acima de 7,6 alcalose ● Abaixo de 7,2 acidose ● Avaliação do equilíbrio ácido base: melhor sangue arterial, podendo ser utilizado sangue venoso ● Avaliação da função respiratória/ pulmonar: somente sangue arterial ● na análise de gases as alterações são muito rápidas ● Coleta arterial: melhor, porém mais difícil, dolorida ● Sangue total com vedação imediata/seringa especial (evitar contato com o ambiente, oscilação de gases) ● Seringa heparinizada (evita coagulação) ● Processamento da amostra de forma imediata ● Refrigeração com estabilidade por até 2 horas ● Via de coleta: arterial/venoso/venoso central ● A coleta venosa não é confiável quando há uma lesão da pata de coleta (por exemplo abcesso) ● Pode ser usada a coleta de cateter venoso central (valores precisos, coleta próxima ao coração, porém esse cateter só é colocado em pacientes críticos) ● Aferiçãoda temperatura corpórea ● Fração inspirada de oxigênio (FiO2) (21% sem suplementação) (ar que o indivíduo está recebendo de forma fisiológica) ● Toda vez que aumenta um componente da equação os componentes proporcionais são aumentados e quem reage com esse aumento do mesmo lado sofre uma queda (equilíbrio da equação) ● Hidrogênio + bicarbonato = CO 2 + água ● Toda vez que se meche em CO2 e bicarbonato os níveis de hidrogênio são alterados ● Toda vez que o CO2 aumenta o hidrogênio aumenta também e como consequência o bicarbonato diminui ● PH = potência de hidrogênio = quanto mais hidrogênio o pH cai (fica ácido) ● Quantidades de hidrogênio, bicarbonato e CO2 Variações do metabolismo ● mudanças de pH estão associadas a mudanças metabólicas ● Mudanças de CO2: alterações respiratórias Hemogasometria C Coleta de amostras Sistemas de regulação ácido básico ● Acidose metabólica: níveis de hidrogênio e bicarbonato ● Alcalose metabólica: níveis de hidrogênio e bicarbonato ● Acidose e alcalose respiratória: níveis de CO2 ● acidemia: pH baixo, ácido respiratória (PCO2 alto) ou acidose metabólica (HCO3 baixo) ● Alcalemia: pH alto, alcalose respiratória (PCO2 baixo) e alcalose metabólica (HCO3 alto) Paciente 1 canino, spitz, femea, 7 anos com histórico de atropelamento há 24 horas ● PH: 7,49 ○ Valores de referência: 7,35 - 7,46 ■ Paciente com alcalemia (ou seja, pH aumentado) ● CO2: 26 mmHg ○ Valores de referência: 30,8 - 42,8 mmHg ■ Paciente em alcalose respiratória ● HCO3: 19mEq/L ○ Valores de referência: 18,8 - 25,6 ■ Normal = paciente com alcalemia devido alcalose respiratória Paciente 2 canino, labrador, macho, 9 anos ● PH: 7,2 ○ Valores de referência: 7,35 - 7,46 ■ Paciente com acidemia (pH baixo) ● CO2: 50 mmHg ○ Valores de referência: 30,8 - 42,8 mmHg ■ Paciente em acidose respiratória ● HCO3: 25 mEq/L ○ Valores de referência: 18,8 - 25,6 ■ Normal a mudança de pH leva a mudanças respiratórias do organismo Para analisar se a resposta corpórea está adequada para o controle do pH deve-se analisar os valores de bicarbonato (resposta adequada?) problema na parte respiratória ● Usar valor mediano dos valores de referência: 37 mmHg → Valor da hemogasometria - valor de referência → 50 - 37 = 13 de problema respiratório ● Qual o valor de bicarbonato para corrigir a deficiência, usar a média dos valores de referência (22) → Valores de referência + problema X fator (número fixo) → 22 + 13 X 0,15 = 23,95 (estipular uma margem aceitável 21,95 - 25,95, usar dois pontos para mais e para menos) → O valor do animal obtido no exame foi 25, ou seja, sua compensação é suficiente para normalizar sua acidemia → Quando o paciente não está compensando pode ter outra doença associada → Condição simples: valor suficiente para correção e dentro dos valores de referência do exame (apenas um distúrbio) → Laudo: quadro de acidemia por acidose respiratória simples Paciente 3 ● PH: 7,1 ○ Valores de referência: 7,35 - 7,46 ■ Paciente com acidemia ● PaCO2: 24 mmHg ○ Valores de referência: 30,8 - 42,8 mmHg ■ Paciente em alcalose respiratória ● HCO3: 5 mEq/L ○ Valores de referência: 18,8 - 25,6 ■ Paciente em acidose metabólica = paciente com acidemia devido acidose metabólica o componente compensatório é o respiratorio ● Acidose metabólica: ○ valor obtido no exame - media ○ 5 - 22 = -17 de problema metabólico ● CO2 esperado ○ Média + problema X fator constante ○ 37 - 17 X 0,7 ○ CO2 esperado = 25,1 (margem de 3 para cima e 3 para baixo, 22,1 - 28,1) ○ O valor de CO2 obtido no exame está fora dos valores de referência porem dentro do valor esperado de correção (está havendo uma compensação) ● Descrição: acidemia devido acidose metabólica com alcalose compensatória Tipos de resposta compensatória ● simples: dentro do esperado de normalidade (tanto referência como compensação) ● Compensatória: dentro do esperado, porém fora da normalidade de referencia ● Sem compensação: fora do esperado (doença mista, exemplo, trauma + pneumonia) Paciente 4 ● PH: 7,5 ○ Valores de referência: 7,35 - 7,46 ■ Paciente com alcalemia ● PaCO2: 36 mmHg ○ Valores de referência: 30,8 - 42,8 mmHg ■ CO2 normal ● HCO3: 28 mEq/L ○ Valores de referência: 18,8 - 25,6 ■ Paciente em alcalose metabólica = paciente com alcalemia devido alcalose metabolica Compensação respiratória ● Erro do bicarbonato ● Acidose metabólica ○ Valor do exame - media ○ 28 - 22 = 6 de problema metabólico ● Compensação respiratória ○ Média + problema X fator ○ 37 + 6 + 0,7 ○ CO2 esperado = 41,2 (margem 38,2 - 44,2) ○ Não está compensando ● Quadro metabólico e respiratório ● Descrição= alcalemia por alcalose metabólica e alcalose respiratória ● Padrão misto: doença levando a alcalose e doença respiratória também levando também a alcalose Dica: acidose respiratória e metabólica = não está compensando / Alcalose respiratória e metabolica = não está compensando Fator: valor padronizado para determinadas condições Caso 1 ● canino, SRD, femea, 13 anos, traumatizado há 3 dias ● PH: 7,49 ○ Valores de referência: 7,35 - 7,46 ■ Paciente com alcalemia ● PaCO2: 27 mmHg ○ Valores de referência: 30,8 - 42,8 mmHg (media 37) ■ Acalose respiratória ● HCO3: 19 mEq/L ○ Valores de referência: 18,8 - 25,6 (media 22) ■ Bicarbonato normal = paciente em alcalemia devido alcalose respiratória Problema respiratório ○ 27 - 37 = - 10 ● Compensação metabólica ○ Valor de referência + problema X fator ○ 22 - 10 X 0,25 ○ 19,5 (17,5 - 21,5) ● O valor de bicarbonato está dentro do esperado ● Descrição= alcalemia por alcalose respiratória simples Caso 2 ● canino, SRD, macho, 10 anos ● PH: 7,1 ○ Valores de referência: 7,35 - 7,46 ■ Paciente com acidemia ● PaCO2: 27 mmHg ○ Valores de referência: 30,8 - 42,8 mmHg ■ Alcalose respiratória ● HCO3: 8 mEq/L ○ Valores de referência: 18,8 - 25,6 ■ Paciente em acidose metabólica = paciente com acidemia devido acidose metabólica problema metabólico ○ 8 - 22 = -14 ● Compensação respiratória ○ 37 -14 X 0,7 = 27,2 (24,2 - 30,2) ○ Está ocorrendo compensação respiratória, porém com valor de referência diferente ● Descrição = acidemia por acidose metabólica por alcalose respiratória compensatória Acidose: problemas que levaram a queda de bicarbonato ou aumento dos íons de hidrogênio (mesmo com bicarbonato normal, ou seja, quadros de acidose nem sempre estão associados a queda de bicarbonaoto) Ânion Gap • Em acidose metabólica se preocupar em calcular ânion gap • Aumentado: produção de ácido maior (bicarbonato normal) → Causas: intoxicação por ácido salicílico, cetoacidose diabética, acidose láctica/urêmica, neoplasias, parada cardíaca → não suplementa → Suplementação fracionada abaixo de 7,2 (suplementação com dose mínima possível) • Normal: perda de bicarbonato → Causas: diarreia com perda de bicarbonato, hipoadrenocorticismo, acidose tubular renal, inibidores de anidrase carbônica → Suplementação de bicarbonato • Baixo: apenas duas situações → Baixa de proteína → Fosforo elevado • Cálculo → (Na + K) - (Cl + HCO3) • Referência → Canina = 12 - 24 → Felino = 13 - 27 • (Na) - (Cl + HCO3) → Aparelhos mais novos não leem potássio → Nova referencia → Canina = 8 - 16 → Felina = 9 - 22 • EUA menos de 6% sobrevivem a uma reanimação • No brasil 0,02% das reanimações dão certo • Causas: pouca estrutura pararealizar a reanimação, locais com internação e hospitais tem mais chance de realizar a reanimação • 15% de chances a mais de recuperação quando a parada acontece na anestesia (animal já está com acesso e entubado) • importância do tempo, localização da sala (local específico com área de reanimação próxima a área de entrada) 1- Local específico: estrutura adequada, sondas, monitor, oxímetro, equipamentos de acesso venoso 2- Estrutura física 3- Equipamentos e fármacos 4- Equipe treinada Ideal 3 pessoas Massageador Ventilação Líder Administração de fármacos Anotador (registra) • é provável que o paciente não retorne com parâmetros normais após a reanimação • FC: abaixo de 60, acima de 150 • FR: abaixo de 30, acima de 15 • Pressão: abaixo de 90, acima de 150 • Saturação: abaixo de 92% • Temperatura: abaixo de 37,5 e acima de 39,6 • Mucosas pálidas, pulso fraco • primeiros procedimentos realizados com o paciente • Atendimento imediato • Massagem, retomada cardiovascular e respiratória • Reconhecimento: nível de consciência correlacionada a sistema respiratório e cardiovascular → Avaliação de novel de consciência: irrespondível a qualquer estímulo → Inconsciência → Apneia → Respiração agônica → Ausência de pulso palpável → Ausência de batimentos cardíacos → Na dúvida realizar reanimação Massagem cardíaca • Massageador acima ao paciente, deslocar o peso do corpo acima da região torácica • Velocidade de compressões: dentro da frequência cardíaca, 100 a 120 compressões por minuto → Ciclo: duração de 2 minutos, cada uma com 200 a 240 e de 20 a 30 movimentos respiratórios (Ambu) → Trocar massageador a cada ciclo Reanimação cardiorrespiratória Pilares Parâmetros Suporte básico a vida • Tórax comprido de um terço a metade da profundidade • Pode ocorrer fratura de costela • Mudar a compressão de acordo com o tórax do paciente • Monitoramento cardíaco → Doppler → Pressão média 65 mmHg → Pressão sistólica 90 mmHg Restabelecimento das vias respiratórias • Mais eficaz é a intubação • Ambu: oxigênio 100% (facilita captação de oxigênio) • Pouco eficaz: boca focinho, boca sonda, máscara • De preferência não parar massagem cardíaca • Suporte ventilatório → Ambu: 10 a 15 movimentos/minuto, oxigênio 100% → 30 massagens para duas ventilações (quando só tem um único reanimador) • Monitoramento respiratório → Pode ser avaliado com oxímetro → Capnografia: mensuração de CO2 (muito baixo esta hiperventilando, elevado indica quadro de hipoxia) ▪ CO2 menor que 35 mmHg: hiperventilação ▪ CO2 maior que 45 mmHg: hipoventilação ▪ PaCO2 maior que 60 mmHg: severa hipoventilação: • correção de ritmo cardíaco, perfusão • 4 etapas Assistolia: sem atividade elétrica AESP: atividade elétrica sem pulso Taquicardia ventricular sem pulso: contratilidade tão rápida que não há preenchimento da câmara ventricular de forma adequada Fibrilação ventricular: pequena área de atividade elétrica sem contração muscular • adrenalina: 0,01 mg/kg, baixa dose (3 a 5 min se necessário) → Paciente com acesso venoso: recomendado nunca realizar em regiões distais, ou safena ou jugular → Ciclo sim, ciclo não (geralmente a cada 4 minutos) Suporte avançado • Vasopressina: 0,8 UI/kg → Muito caro por isso muito pouco usado → Em substituição a adrenalina • Atropina: 0,044 mg/kg → Elevação de frequência cardíaca → Efetividade menor que adrenalina → Não deve ser usada em atividade elétrica exacerbada → Contraindicação: taquicardia ventricular sem pulso, fibrilação ventricular → Indicações: assistolia, AESP (baixa efetividade) • Amiodarona X lidocaína → Indicações: taquicardia ventricular sem pulso, fibrilação ventricular → Pode promover hipotensão • Corticoide: contraindicado (em paradas respiratórias há a liberação de cortisol) • Naloxona (antagonista de opioides): em caso de overdose com opioides • Terapia com bicarbonato (parada prolongada, acima de 4 minutos tem tendencia a entrar em quadro de acidemia importante, aumenta metabolismo anaeróbico que produz mais ácido, aumento de CO2 circulante, ideal realizar hemogasometria) • Gluconato de cálcio → Hipercalemia → Hipocalcemia conhecida • Desfibrilação → Nem todo caso necessita → E como se desse uma pausa na atividade elétrica por segundos (reset) → Somente em fibrilação ventricular / taquicardia ventricular sem pulso → Não usar: assistolia e AESP → Ideal: menos de 4 min → Monofásico: 4 a 6 J/Kg → Bifásico: 2 a 4 J/Kg • Massagem cardíaca interna → Menos usada na rotina → Mais efetiva → Necessita maior estrutura pós reanimação • Administração intra-traqueal → Utilizar altas doses de fármacos (adrenalina 0,1 mg/kg) → Diluir em água destilada → Dar preferência a acesso venoso → Administração intra cardíaca não é recomendado Manter suporte básico a vida: 1 ciclo/2 minutos Parar a reanimação no 4 a 5 ciclo (poucas chances de reanima) • sistema nervoso: metabolismo aeróbico (glicose e oxigênio para formação de ATP) o O tecido nervoso não depende da insulina, possui receptores direto GLUT 1 e GLUT 3 o Oxigênio: fluxo sanguíneo cerebral, 15 a 20% do débito cardíaco o Mecanismo de autorregulação: o próprio tecido cerebral consegue regular o fluxo sanguíneo, diâmetro do vaso, regulado pela pressão de CO2 ▪ Saturando pouco - aumenta pressão de CO2 - promove vasodilatação ▪ Hiperventilando - diminui pressão de CO2 - promove vasoconstrição • doutrina Monroe-Kellie • Volume intracraniana • Equilíbrio: circulação (arterial e venosa), tecido cerebral e produção do liquor o Esses itens formam a complacência o São ajustados de acordo com a demanda o Pressão deve permanecer constante Fluxo sanguíneo cerebral • fluxo sanguíneo para manter a demanda de energia • Não tem estoque para produção de energia Metabolismo cerebral • somente aeróbico • Reserva para apenas 90 minutos de hipoglicemia severa Hipercapnia/hipocapnia X vascularização • PCO2 maior que 40mmH: acidose respiratória e vasodilatação (autorregulação química) • PCO2 maior que 30 mmH: Vasoconstrição e isquemia cerebral Glicose • GLUT 1: glicose do sangue - bainha de mielina • GLUT 3: glicose do astrócito - neurônio Quanto ao tipo de lesão • concussão • Contusão • Laceração Quanto as alterações clínico patológicas • focal • Difusa Lesões primarias • lesões decorrentes do trauma propriamente dito Emergências neurológicas Características Complacência intracraniana Trauma crânio encefálico Lesões secundarias Edema citotóxico • 2 horas • Morte celular • Queda de oxigênio e glicose = não forma ATP o que leva a dois eventos: → Produção de muita glicose anaeróbica = produção de ácido lático em excesso, lesão da membrana celular ▪ Bomba de sódio e potássio não funciona = sódio intracelular, atrai água, edema da célula → Liberação de neurotransmissor excitatório: tentativa de melhor fluxo, cálcio no interior da célula que desencadeia cascata inflamatória levando a formação de ROS (radicais livres) • Edema vasogênico (6 - 8 horas) → Contribui muito para o aumento da pressão intracraniana → Baixa de O2 e aumento de PCO2: vasodilatação, lavando a aumento de vascularização em uma área que já tem edema, aumenta pressão hidrostática que favorece extravasamento de líquido que leva a formação de edema cerebral → Liberação de citocinas: devido a inflamação, facilita a permeabilidade do vaso Avaliação primariaMonitoramento sistêmico • exame físico geral • ABCs do paciente emergencial • Pressão arterial • Glicemia → Prognóstico pior associado a hiperglicemia = falha de transporte • Eletrólitos • PO2 / PCO2 Avaliação direcionada • evitar manipulação excessiva • Nível de consciência • Atividade motora • Reflexos do tronco cerebral (reflexo pupilar) Escala de Glasgow modificada • Avalia os três pontos de avaliação • São classificados de acordo com uma pontuação: quando maior, melhor a condição do paciente • Níveis de 1 a 6 • Importante também para avaliar evolução clínica do paciente • Simplificada níveis de 1 a 3: forma mais fácil → Nível de consciência 1- Estupor/ coma 2- Depressão/ delírio/ demência 3- Alerta e responsivo ao ambiente → Atividade motora 1- Decúbito e rigidez extensora constante e opistótono 2- Hemiparesia / tetraparesia o Alteração cerebral: déficit contra lateral, alteração de estado mental (andar compulsivo, Head pressing) o Alteração de tronco encefálico: déficit do mesmo lado, lesão em nervos cranianos 3- Marcha e reflexo espinhais normais → Reflexos do tronco cerebral ▪ Parassimpático: sai do tronco encefálico ▪ Diâmetro da lesão intracraniana ▪ Lesões altas: não funciona simpático, apenas parassimpático e a única resposta e miose ▪ Se a lesão é tão extensa acomete simpático e parassimpático o animal fica em midríase 1- Midríase bilateral 2- Miose bilateral não responsiva / anisocoria 3- Reflexos pupilar normais → Avaliações da escala de completa ▪ 15 a 18: prognostico bom ▪ 9 a 14: prognóstico reservado ▪ 3 a 8: prognóstico ruim • Rigidez descerebrada → Extensão de todos os membros e opistotomo, cabeça elevada para trás → Indicativo: compressão do tronco cerebral secundaria a hipertensão intracraniana grave ou herniação • Rigidez descerebelar → Extensão dos membros torácicos com flexão dos pélvicos → Indicativo: lesão cerebelar, como herniação cerebelar • síndrome Schiff sherrington → Extensão de torácico e flacidez em pélvicos, opistotomo ou não → Lesão em toraco lombar Avaliação da pressão intracraniana • clínica / escala de Glasgow o Alteração de estado mental, nível de consciência reduzida, alterações respiratórias, alteração no posicionamento da cabeça o Anormalidade pupilares o Estrabismo ventrolateral o Êmese o Alterações respiratórias o Pleurotótonos • Tríade de Cushing o Bradicardia o Hipertensão arterial o Distúrbios ventilatórios Objetivos da terapia inicial • controle da PIC • Melhorar a perfusão tecidual • Minimizar as injurias secundarias 1- Controle de hipoxia/ hipotensão • restabelecer a pressão • Fluidoterapia: prova de carga, fármacos valorativos (noradrenalina), hipertônicos → Salina hipertônico 3,5 a 7,5% ▪ Muito sódio ▪ Atrai água da região intersticial para o interior do vaso ▪ Não usar em paciente desidratado ▪ Indicado em pacientes hipovolêmico com aumento da PIC ▪ Uma maneira de retirar a água formada no edema ▪ Melhora fluxo sanguíneo cerebral ▪ Promove receptação de neurotransmissores excitatórios • Correção postural: elevação da cabeça → Elevar a cabeça entre 15 a 30 graus → Melhora retorno venoso → Acima de 30 graus diminui fluxo arterial → Evitar ocluir drenagem venosa ▪ Manter o pescoço reto ▪ Coleta de sangue jugular • Manter PO2/ PCO2 → Oxigenioterapia ▪ Controle • PaO2 = maior que 80 mmHg • PaCO2 = menor que 40 mmHg • Cuidado com a PCO2 abaixo de 30 (risco de isquemia) • Saturação = maior que 95% ▪ Vias não recomendadas: sonda nasal (pode induzir espirro o que aumenta pressão intracraniana) ▪ Ou máscara, gaiola, direta 2- Controle do nível 1 com progressão das alterações neurológicas (aumento da PIC) • manitol → Diurético osmótico → A partir do momento que o paciente não teve resposta ou apresentou resposta após o tratamento do nível 1 → Problema: aumenta muita a diurese e pode levar a hipotensão → Diminui a viscosidade sanguínea → Não usar em pacientes hipotensos → Inibe a produção de ROS → Ação em 4 a 6 horas → Furosemida não e indica, pois, desidrata muito • Sedação e controle de dor → Analgésicos opioides → Não há o uso de anticonvulsivantes de forma preventiva (crise epilética não é comum) → AINES → O uso de corticoide não é recomendado (paciente pode ter hiperglicemia, imunossupressão, efeito mineralocorticoide mais aceitável como a hidrocortisona somente em pacientes sem controle de pressão, permanecem hipotensos independente do que foi feito para regular) • Hipotermia → Reduzir o metabolismo cerebral e o aumento da PIC → Reduzir a temperatura, não tem muitos resultados → Utilizada em humanos para controle da PIC ▪ Não há estudos conclusivos na veterinária ▪ Medicina humana resultados variáveis ▪ Temperatura de 30 a 33 3- Progressão sem resposta ao nível 2, trauma crânio encefálico refratário • tratamento cirúrgico → Hematomas → Fraturas → Aumento de pressão intracraniana → Traumas medulares, calota craniana → Pouco realizada na veterinária • tanto hipoglicemia quanto hiperglicemia são deletérios • hipoglicemia: baixa energia • Hiperglicemia associada com hipoxia: causa glicólise anaeróbica e aumento do ácido lático resultante em edema vasogênico • Causas de hipoglicemia menos de 40 mg/dl: → Excesso na secreção de insulina: insulinoma (hipoglicemia severa, perda de regulação) → Diminuição da produção: hipoglicemia dos neonatos e raças toys, hipoadrenocorticismo, doença hepática → Aumento do consumo de glicose: exercícios extremos, sepse • Sintomas: crise epilética, fraqueza generalizada, tremores musculares, ataxia, intolerância ao exercício Diagnostico • glicemia abaixo de 40 mg/dl → Glicosimetros subestimam a glicemia • Histórico e exames complementares → Hemogramas Tratamento • solução de glicose a 50% → Lento → Diluir em solução fisiológica → No caso de suspeita de insulinoma: dexametasona em doses menores, mas com frequência maior Hipoglicemia • isolada • Agrupadas (cluster) → Duas ou mais crises dentro de um período de 24 horas com recuperação • Estado epilético → Crise que dure 5 minutos → Uma ou mais crises sem recuperação completa em um intervalo de 20 minutos Etiologia • Idiopática → Sem causa de base • Estrutural → Epilepsia com etiologia cerebral → Inflamatório, hidrocefalia, neoplasia, lesão vascular → Qualquer lesão em tecido vascular • Reativa → Metabólica ou tóxica Abordagem terapêutica • sem acesso venoso → Diazepan ou midazolan → Via intraretal ou intranasal • Providenciar acesso venoso, mensurar glicemia (hipoglicemia) • Hipoglicêmico: reposição da glicose e verificar a causa • Normoglicêmico: administração de fenobarbital (duração mais prolongada) Não controlada • aumentar concentração de anticonvulsivante • Infusão contínua de fenobarbital (regula velocidade, diazepan não tem muito efeito depois da 4ª aplicação) • Loading dose de fenobarbital: 3 a 4 aplicações em intervalo de 30 minutos em pequenas doses • Último passo: propofol (pode ser feito em infusão continua, intubação) Manitol • não deve ser realizado na maioria dos casos • Só se usa quando conhece a causa de base • Diurético: excreta os fármacos anticonvulsivantes Salina hipertônica • pacientes hipovolêmico e com aumento da PIC • Melhora fluxo sanguíneo cerebral • Modula resposta inflamatória Monitoramento do paciente • monitorização mínima de 24 horas com ausênciade novos episódios • Avaliação neurológica: nível de consciência, resposta a estímulos, reflexo de nervoso cranianos, reflexos espinhais e postura • Monitoramento geral: pressão, hidratação, oxigenação, FC, temperatura, glicemia Crise epiléptica • choque: distúrbio hemodinâmico • Choque séptico: infecção sistema levando a uma alteração de perfusão, hipotensão associada • Órgãos como rim e coração dependem do volume sanguíneo Hipertensão arterial • pressão sistólica (120 mmHg) → Pressão máxima na aorta no momento da sístole ventricular • Pressão diastólica (80 mmHg) → Mais difícil na veterinária → Pressão mínima na aorta entre duas sístoles (diástole) • PAM (98 mmHg) → Condução de sangue para o organismo → Abaixo 60mmHg a perfusão renal está comprometida Etiologias • Doenças: → hiperadrenocorticismo: secreção excessiva e neoplasias → Hipertireoidismo em felinos → Diabetes → Obesidade → Doença renal crônica → Feocromocitoma • Hipertensão idiopática • Hipertensão secundaria • Síndrome do jaleco branco Tratamento • quem regula a pressão é o rim: regula volume, interfere na reabsorção de sódio e absorção de água, ciclo angiotensina aldosterona • O rim depende de um fluxo sanguíneo para manter a pressão • Síndrome cardiorrenal: o sangue chega em uma concentração menor (devido problema cardíaco), o rim aumenta ainda mais a pressão dos vasos devido à baixa de volume, um problema renal também pode levar a sobrecarga cardíaca • Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) → Enalapril, benazepril → Indicado como fármacos de primeira escolha para hipertensões leves a moderadas → Efeito menor de vasodilatação → Efeito a curto prazo • Bloqueadores de canais de cálcio → Besilato de anlodipino → Fármacos de primeira escolha para hipertensões severas e em associação aos IECA Pressão arterial, SIRS, sepse e choque Pressão arterial Emergencial • apresentação de forma injetável • Hidralazina • Nitroprussiato • Vasodilatações importantes Hipotensão • Qual a etiologia: baixa de volume, alteração dos vasos ou alteração de débito cardíaco • Objetivo: vasoconstrição • Fármacos que agem sobre receptores de alfa 1, vasoconstrição periférica → Dopamina ▪ Indicação: choque, insuficiência renal aguda ▪ Precursor endógeno de norepinefrina → Dobutamina ▪ Efeito inotrópico positivo importante (aumenta força de contração) ▪ Indicação: cardiopata → Vasopressina → Noaradrenalina • diminuição do fluxo sanguíneo e distribuição de oxigênio aos tecidos • Manifestações clínicas → Palidez de mucosas: indicativo de má perfusão e vasoconstrição periférica → Fraqueza muscular → Aumento do TPC → Pulso fraco → Membros frios → Aumento de lactato sérico → Acidose metabólica → Azotemia → Oligúria → Hipotermia → Redução do nível de consciência Tipos • cardiogênico → Cardiopatia, falha de contratilidade • Séptico → Quadro infeccioso • Hipovolêmico → Baixa de volume → Mais comum → Hemorragia ativa ou desidratação importante → Etiologias ▪ Perda de sangue: lesões traumáticas, cirurgias, sangramento oculto e digestivo, ferimentos ▪ Perda de plasma: queimaduras, dermatite exsudativa, peritonite, pancreatite, gastroenterite hemorrágica ▪ Sequestro de fluidos: ascite ▪ Perda de fluidos e eletrólitos: vomito, diarreia e desidratação ▪ Diurese aumentada: diabetes Choque Tratamento • aumento de volume • Prova de carga → Não indicada em pacientes com hemorragia → Solução fisiológica (15 ml por kg em 15 minutos) • Hipertônica → Não usar em paciente desidratado • Fármacos vasoconstritores • Transfusão de sangue em choque hemorrágico • Tratar a causa • Estabilização do paciente (interromper sangramento, PÁS 80/90 mmHg, evitar fluidoterapia agressiva até estabilização do sangramento, em caso de hipotensão priorizar fármacos vasoativos) • em caso de hipotensão priorizar fármacos vasoativos • fluido com fármacos vasoativos (inotrópico, vasoconstritor até a normalização da pressão arterial) • Transfusão • Monitorar o paciente • Coloide: o uso não é indicado, poucas emacias • infecção: bactéria, vírus, fungo e protozoário • Inflamação (SIRS): gastrointestinal, respiratória, renal, cardiovascular, endócrino e nervoso • Infecção + inflamação = sepse Sistema cardiovascular • fatores depressores do miocárdio • Redução da fibrinólise • Ativação plaquetária • Cid → Trombo → Hemorragia Sistema respiratório • lesão do endotélio pulmonar • Hemorragia e trombose pulmonar • Edema pulmonar • Redução da complacência pulmonar • Redução da ventilação e perfusão • Redução de surfactante • Síndrome da angústia respiratória aguda Sistema digestório • Intestinal → Hipoperfusão intestinal/ isquemia e necrose → Translocação bacteriana • Hepático → Coagulopatias → Hipoglicemias → Icterícia → Encefalopatia hepática Choque hemorrágico SIRS/sepse Sistema endócrino • aumento de cortisol • Resistência insulínica Sistema urinário • hipoperfusão • IRA Sistema nervoso • Hipoperfusão (hipotensão/ hipovolemia, microtrombos) • Encefalopatia (urêmica/hepática) • Hipoglicemia Considerar sepse Sepse grave Tratamento • antibioticoterapia → Imediato: sepse → Em até 3 horas: suspeitas e aguardando exames → Único ou associação • Controle de pressão arterial • Fluidoterapia → Ringer lactato → Prova de carga = ausência de resposta (choque séptico) • mineralocorticoide é melhor