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L ic en se d t o G R A Z IE L A R O C H A M A C H A D O - g ra zi .m ac h ad o 14 @ g m ai l.c o m - H P 10 41 68 35 02 87 00 Teoria Geral do Direito Empresarial ------------------------------------- 01 Direito Societário ---------------------------------------------------------- 04 Títulos de Crédito ---------------------------------------------------------- 09 Falência e Recuperação de Empresas ------------------------------------- 11 Sumário: @resumebiaoab L ic en se d t o G R A Z IE L A R O C H A M A C H A D O - g ra zi .m ac h ad o 14 @ g m ai l.c o m - H P 10 41 68 35 02 87 00 @resumebiaoab 01 Teoria Geral do DireitoTeoria Geral do Direito EmpresarialEmpresarial Empresa e Empresário Artigo 966 do Código Civil: Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Recapitulando: Empresário: É a pessoa (física ou jurídica) que exerce a empresa. Empresa: É a atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. JÁ C A IU N A P RO V A ! Atenção! Atividades econômicas consideradas NÃO empresariais: 1. Profissionais liberais: Quem exerce profissão intelectual, de natureza científica (médico, advogado), literária (escritor) ou artística (pintor, músico, fotógrafo) não se considera empresário, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, exceto se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 2. Produtor rural sem registro de empresário: O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão só será equiparado ao empresário sujeito à registro após inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede. 3. Sociedades simples: São consideradas personificadas não empresariais. 4. Cooperativas: Não são consideradas sociedades empresárias, mas sim, sociedades simples. Registro Artigo 967 do Código Civil: É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. Recapitulando: - O registro consiste no ato solene, por meio do qual, se passa a conferir regularidade e formalidade à empresa. - A inscrição do empresário é obrigatória antes do início da atividade. Diante disso, o fato de não haver inscrição caracteriza a condição de empresário irregular, não podendo usufruir dos benefícios conferidos ao empresário regular. No entanto, o conceito de empresário não depende de registro. Isto é, mesmo sem registro ele será considerado empresário, porém, como condição de regularidade é necessário a inscrição antes do início da atividade. - A inscrição será facultativa apenas para o produtor rural. Porém, neste caso, ele só será considerado empresário após a inscrição - ao contrário do empresário urbano. Atenção! Local para efetivação do registro: 1. Sociedade empresária e sociedade não empresária: Junta Comercial. 2. Produtor rural: Junta Comercial ou Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas. 3. Associações, Fundações e Cooperativas: Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas. 4. Sociedade de Advogados: Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). JÁ C A IU N A P RO V A ! Averbação Consiste no ato solene, por meio do qual, se faz constar no registro alguma informação importante ou alteração. Artigo 979 do Código Civil: Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro Público de Empresas Mercantis, os pactos e declarações antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade. JÁ C A IU N A P RO V A ! L ic en se d t o G R A Z IE L A R O C H A M A C H A D O - g ra zi .m ac h ad o 14 @ g m ai l.c o m - H P 10 41 68 35 02 87 00 Atenção! O estabelecimento não se confunde com o local onde se exerce a atividade empresarial, que poderá ser físico ou virtual. Alienação do estabelecimento empresarial: Artigo 1.144 do Código Civil: O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial. Artigo 1.145 do Código Civil: Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação. Artigo 1.146 do Código Civil: O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento. Artigo 1.147 do Código Civil: Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência. Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato. @resumebiaoab 02 Estabelecimento Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. JÁ C A IU N A P RO V A ! Artigo 1.148 do Código Civil: Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a responsabilidade do alienante. JÁ C A IU N A P RO V A ! JÁ C A IU N A P RO V A ! Nome empresarial Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada para o exercício de empresa. 1. Firma individual: Consiste no nome empresarial utilizado pelo indivíduo que exerce a empresa. Pode ser completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade. 2. Firma social ou razão social: Consiste no nome empresarial utilizado pelos indivíduos que compõe sociedades. Será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas físicas, de modo indicativo da relação social. 3. Denominação empresarial: Consiste no nome empresarial utilizado por sociedades empresarias. Pode utilizar-se de palavra ou expressão. Deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios. Atenção! Atividades e tipos de nomes empresariais admitidos: 1. Empresário individual: Firma Individual. 2. Sociedade Limitada e Sociedade em Comandita por Ações: Firma Social ou Denominação. 3. Cooperativa e Sociedade Anônima: Denominação. 4. Sociedade em Comandita Simples: Firma Social. 5. Sociedade em Conta de Participação: Não pode ter firma ou denominação. Artigo 1.166 do Código Civil: A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas M U IT O C O BR A D O ! L ic en se d t o G R A Z IE L A R O C H A M A C H A D O - g ra zi .m ac h ad o 14 @ g m ai l.c o m - H P 10 41 68 35 02 87 00 Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil (que ocorre aos 18 anos de idade) e não forem legalmente impedidos. Hipótese excepcional em que o incapaz pode exercer a empresa: Artigo 974 do Código Civil: Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. § 1º Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência emcontinuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros. § 2º Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização. § 3º O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos: I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; @resumebiaoab 03 averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado. Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a todo o território nacional, se registrado na forma da lei especial.JÁ C A IU N A P RO V A ! Preposto Artigo 1.169 do Código Civil: O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas. Artigo 1.170 do Código Civil: O preposto, salvo autorização expressa, não pode negociar por conta própria ou de terceiro, nem participar, embora indiretamente, de operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, sob pena de responder por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da operação. Artigo 1.172 do Código Civil: Considera-se gerente o preposto permanente no exercício da empresa, na sede desta, ou em sucursal, filial ou agência. Artigo 1.173 do Código Civil: Quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o gerente autorizado a praticar todos os atos necessários ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados. Parágrafo único. Na falta de estipulação diversa, consideram-se solidários os poderes conferidos a dois ou mais gerentes. Artigo 1.174 do Código Civil: As limitações contidas na outorga de poderes, para serem opostas a terceiros, dependem do arquivamento e averbação do instrumento no Registro Público de Empresas Mercantis, salvo se provado serem conhecidas da pessoa que tratou com o gerente. Parágrafo único. Para o mesmo efeito e com idêntica ressalva, deve a modificação ou revogação do mandato ser arquivada e averbada no Registro Público de Empresas Mercantis. Artigo 1.175 do Código Civil: O preponente responde com o gerente pelos atos que este pratique em seu próprio nome, mas à conta daquele. Artigo 1.176 do Código Civil: O gerente pode estar em juízo em nome do preponente, pelas obrigações resultantes do exercício da sua função. JÁ C A IU N A P RO V A ! JÁ C A IU N A P RO V A ! JÁ C A IU N A P RO V A ! JÁ C A IU N A P RO V A ! Capacidade do empresário M U IT O C O BR A D O ! L ic en se d t o G R A Z IE L A R O C H A M A C H A D O - g ra zi .m ac h ad o 14 @ g m ai l.c o m - H P 10 41 68 35 02 87 00 @resumebiaoab 04 II – o capital social deve ser totalmente integralizado; III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais. Artigo 975 do Código Civil: Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposição de lei, não puder exercer atividade de empresário, nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes. § 1º Do mesmo modo será nomeado gerente em todos os casos em que o juiz entender ser conveniente. § 2º A aprovação do juiz não exime o representante ou assistente do menor ou do interdito da responsabilidade pelos atos dos gerentes nomeados. Pessoas legalmente impedidas de serem empresárias: 1. Agentes políticos; 2. Servidores públicos; 3. Falidos e condenados por crime falimentar; 4. Penalmente proibidos; 5. Estrangeiros. JÁ C A IU N A P RO V A ! Direito SocietárioDireito Societário Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte Consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte: a) a sociedade empresária (exceto a por ações); b) a sociedade simples; c) a empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI); e d) o empresário a que se refere o art. 966 do Código Civil (empresário individual), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00; e II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 4.800.000, 00. Não podem assim se caracterizar a pessoa jurídica: a) de cujo capital participe outra pessoa jurídica; b) que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior; c) de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 4.800.000, 00; d) cujo titular ou sócio participe com mais de 10% do capital de outra empresa não beneficiada pela Lei Complementar 123/2006, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 4.800.000, 00; e) cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 4.800.000, 00; f) constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; g) que participe do capital de outra pessoa jurídica; h) que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de JÁ C A IU N A P RO V A ! JÁ C A IU N A P RO V A ! L ic en se d t o G R A Z IE L A R O C H A M A C H A D O - g ra zi .m ac h ad o 14 @ g m ai l.c o m - H P 10 41 68 35 02 87 00 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art966 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art966 @resumebiaoab 05 arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar; i) resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 anos calendário anteriores; j) constituída sob a forma de sociedade por ações. k) cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade. Classificação das sociedades Sociedade simples; Cooperativa (por expressa disposição legal). Sociedade em nome coletivo; Sociedade em comandita simples; Sociedade anônima; Sociedade limitada; Sociedade em comum; Sociedade em conta de participação; Sociedade em comandita por ações. 1. Quanto à natureza da atividade desenvolvida: a) Sociedade simples (ou não empresária): É aquela que exerce atividade intelectual de natureza científica, artística e literária, desde que não presentes os elementos de empresa. São elas: b) Sociedade empresária: É aquela que exerce atividade própria do empresário, isto é, atividade econômica organizada profissional voltada à produção de bens ou serviços. São elas: 2. Quanto à importância dos sócios ou do capital: a) Sociedade de pessoas: É aquela em que as qualidades dos sócios são mais importantes do que a contribuição de cada um. São elas: Sociedade simples; Sociedade em nome coletivo; Sociedade em comandita simples; Sociedade limitada; Sociedade em comum; Sociedade em conta de participação. Sociedade anônima; Sociedade em comandita por ações. Sociedade em nome coletivo; Sociedade em comum; Sociedade em conta de participação. Sociedade anônima; Sociedade limitada; Sociedade simples.Sociedade em comandita simples; Sociedade em comandita por ações; Sociedade em conta de participação. Sociedade em comum; b) Sociedade de capitais: É aquela em que a contribuição dos sócios é mais importante do que as qualidades de cada um. São elas: 3. Quanto à responsabilidade dos sócios: a) Sociedade de responsabilidade ilimitada: Aqui, os bens pessoais dos sócios se responsabilizam pelas dívidas da sociedade, desde que o patrimônio da sociedade seja insuficiente para satisfazer as obrigações contraídas. A responsabilidade dos sócios será ilimitada e solidária, porém, subsidiária quanto à sociedade. São elas: b) Sociedade de responsabilidade limitada: Aqui, os sócios respondem até a importância do capital social que entraram na sociedade ou até o valor de suas cotas. São elas: c) Sociedade de responsabilidade mista: Aqui, há sócios com responsabilidade ilimitada e sócios com responsabilidade limitada. São elas: 4. Quanto à personificação das sociedades: a) Sociedade personificada: É aquela que tem os seus atos constitutivos levados ao órgão competente de registro. Todas as sociedades são personificadas, exceto a sociedade em comum e a sociedade em conta de participação. b) Sociedade não personificada: É aquela que não procedeu ao registro. São elas: M U IT O C O BR A D O ! L ic en se d t o G R A Z IE L A R O C H A M A C H A D O - g ra zi .m ac h ad o 14 @ g m ai l.c o m - H P 10 41 68 35 02 87 00 @resumebiaoab 06 Sociedade em conta de participação. Resolução da sociedade em relação a um sócio 1. Morte de sócio: Artigo 1.028 do Código Civil: No caso de morte de sócio, liquidar-se-á sua quota, salvo: I - se o contrato dispuser diferentemente; II - se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade; III - se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituição do sócio falecido. 2. Retirada de sócio: Artigo 1.029 do Código Civil: Além dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer sócio pode retirar-se da sociedade; se de prazo indeterminado, mediante notificação aos demais sócios, com antecedência mínima de 60 dias; se de prazo determinado, provando judicialmente justa causa. Parágrafo único. Nos 30 dias subsequentes à notificação, podem os demais sócios optar pela dissolução da sociedade. Artigo 10-A da CLT: O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até 2 anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: I - a empresa devedora; II - os sócios atuais; e III - os sócios retirantes. Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato. 3. Exclusão de sócio: Artigo 1.030 do Código Civil: Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, pode o sócio ser excluído judicialmente, mediante iniciativa da maioria dos demais sócios, por falta grave no cumprimento de suas obrigações, ou, ainda, por incapacidade superveniente. Parágrafo único. Será de pleno direito excluído da sociedade o sócio declarado falido, ou aquele cuja quota tenha sido liquidada nos termos do parágrafo único do art. 1.026. Artigo 1.032 do Código Civil: A retirada, exclusão ou morte do sócio, não o exime, ou a seus herdeiros, da responsabilidade pelas obrigações sociais anteriores, até dois anos após averbada a resolução da sociedade; nem nos dois primeiros casos, pelas posteriores e em igual prazo, enquanto não se requerer a averbação. JÁ C A IU N A P RO V A ! M U IT O C O BR A D O ! M U IT O C O BR A D O ! Tipos de sociedade (Principais) Sociedade Limitada 1. Responsabilidade dos sócios: Artigo 1.052 do Código Civil: Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. § 1º A sociedade limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas. § 2º Se for unipessoal, aplicar-se-ão ao documento de constituição do sócio único, no que couber, as disposições sobre o contrato social. 2. Capital social: Artigo 1.055 do Código Civil: O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio. § 1º Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente todos os sócios, até o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade. § 2º É vedada contribuição que consista em prestação de serviços. M U IT O C O BR A D O ! L ic en se d t o G R A Z IE L A R O C H A M A C H A D O - g ra zi .m ac h ad o 14 @ g m ai l.c o m - H P 10 41 68 35 02 87 00 nacionalidade, estado civil, residência, com exibição de documento de identidade, o ato e a data da nomeação e o prazo de gestão. - O exercício do cargo de administrador cessa pela destituição, em qualquer tempo, do titular, ou pelo término do prazo se, fixado no contrato ou em ato separado, não houver recondução. - Tratando-se de sócio nomeado administrador no contrato, sua destituição somente se opera pela aprovação de titulares de quotas correspondentes a mais da metade do capital social, salvo disposição contratual diversa. - A cessação do exercício do cargo de administrador deve ser averbada no registro competente, mediante requerimento apresentado nos 10 dias seguintes ao da ocorrência. - A renúncia de administrador torna-se eficaz, em relação à sociedade, desde o momento em que esta toma conhecimento da comunicação escrita do renunciante; e, em relação a terceiros, após a averbação e publicação. - O uso da firma ou denominação social é privativo dos administradores que tenham os necessários poderes. - Ao término de cada exercício social, proceder-se-á à elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do balanço de resultado econômico. 5. Deliberações: - Os sócios têm o direito de participar das deliberações sociais. - As deliberações poderão ser tomadas por reunião ou assembleia, conforme previsto no contrato, sendo obrigatória a realização por assembleia quando o número de sócios for superior a 10. @resumebiaoab 07 Artigo 1.056 do Código Civil: A quota é indivisível em relação à sociedade, salvo para efeito de transferência, caso em que se observará o disposto no artigo seguinte. § 1º No caso de condomínio de quota, os direitos a ela inerentes somente podem ser exercidos pelo condômino representante, ou pelo inventariante do espólio de sócio falecido. § 2º Sem prejuízo do disposto no art. 1.052, os condôminos de quota indivisa respondem solidariamente pelas prestações necessárias à sua integralização. 3. Nome empresarial: Artigo 1.158 do Código Civil: Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura. Atenção! Os administradores que empregarem a firma ou denominação sem o vocábulo 'limitada', respondem solidária e ilimitadamente perante terceiros. 4. Administração: - A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato separado. - A administração atribuída no contrato a todos os sócios não se estende de pleno direito aos que posteriormente adquiram essa qualidade. - A designação de administradores não sócios dependerá da aprovação de, no mínimo, 2/3 dos sócios, enquanto o capital não estiver integralizado, e da aprovação de titulares de quotas correspondentes a mais da metade do capital social, após a integralização. - O administrador designado em ato separado investir-se-á no cargo mediante termo de posse no livro de atas da administração. - Se o termo não for assinado nos 30 dias seguintes à designação, esta se tornará sem efeito. - Nos 10 dias seguintes ao da investidura, deve o administrador requerer seja averbada sua nomeação no registro competente, mencionando o seu nome, M U IT OC O BR A D O ! JÁ C A IU N A P RO V A ! JÁ C A IU N A P RO V A ! JÁ C A IU N A P RO V A ! L ic en se d t o G R A Z IE L A R O C H A M A C H A D O - g ra zi .m ac h ad o 14 @ g m ai l.c o m - H P 10 41 68 35 02 87 00 Matéria Pelos votos correspondentes a no mínimo 3/4 do capital social Incorporação, fusão e dissolução da sociedade, ou cessação do estado de liquidação @resumebiaoab 08 - O sócio poderá participar e votar a distância em reunião ou em assembleia, nos termos do regulamento do órgão competente do Poder Executivo federal. - A reunião ou a assembleia poderá ser realizada de forma digital, respeitados os direitos legalmente previstos de participação e de manifestação dos sócios e os demais requisitos regulamentares. - As decisões que dependem de deliberação dos sócios deverão observar o quórum, de acordo com as respectivas matérias: JÁ C A IU N A P RO V A ! Quórum Aprovação das contas da administração Maioria dos votos presentes Designação dos administradores, quando feita em ato separado + da 1/2 do capital social (maioria absoluta) Destituição dos administradores + da 1/2 do capital social (maioria absoluta) Modo de sua remuneração, quando não estabelecido no contrato + da 1/2 do capital social (maioria absoluta) Modificação do contrato social Pelos votos correspondentes a no mínimo 3/4 do capital social Nomeação e destituição dos liquidantes e julgamento das suas contas Pela maioria dos votos presentes (maioria simples) JÁ C A IU N A P RO V A ! Sociedade em Comum Como já estudado aqui no material, consiste na sociedade que não possui personalidade jurídica. Deste modo, permanece nessa condição até que efetue o seu registro no órgão competente. 1. Responsabilidade dos sócios: Artigo 990 do Código Civil: Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade. JÁ C A IU N A P RO V A ! Cooperativa 1. Responsabilidade dos sócios: Artigo. 1.095 do Código Civil: Na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos sócios pode ser limitada ou ilimitada. § 1º É limitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde somente pelo valor de suas quotas e pelo prejuízo verificado nas operações sociais, guardada a proporção de sua participação nas mesmas operações. § 2º É ilimitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais. 2. Características: a) Variabilidade, ou dispensa do capital social; b) Concurso de sócios em número mínimo necessário a compor a administração da sociedade, sem limitação de número máximo; c) Limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada sócio poderá tomar; d) Intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à sociedade, ainda que por herança; e) Quórum, para a assembleia geral funcionar e deliberar, fundado no número de sócios presentes à reunião, e não no capital social representado; f) Direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não capital a sociedade, e qualquer que seja o valor de sua participação; M U IT O C O BR A D O ! L ic en se d t o G R A Z IE L A R O C H A M A C H A D O - g ra zi .m ac h ad o 14 @ g m ai l.c o m - H P 10 41 68 35 02 87 00 g) Distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das operações efetuadas pelo sócio com a sociedade, podendo ser atribuído juro fixo ao capital realizado; h) Indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em caso de dissolução da sociedade. @resumebiaoab 09 Títulos de CréditoTítulos de Crédito Artigo 887 do Código Civil: O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. Títulos executivos extrajudiciais: 1. Cheque; 2. Debênture; 3. Duplicata; (Muito cobrado) 4. Letra de câmbio; 5. Nota promissória. (Muito cobrado) Características: a) Cartularidade: Todo título de crédito precisa estar materializado em um documento. Não existem títulos de crédito verbais. b) Literalidade: O título de crédito vale exatamente por aquilo que nele está escrito. c) Autonomia: A obrigação representada por um título de crédito é autônoma, totalmente desvinculada do negócio que o gerou. Atos cambiários: (Principais) a) Endosso: Consiste na transferência da propriedade do título de crédito. Ocorre através da assinatura do proprietário do titulo no dorso ou verso do documento. - Modalidades: 1. Endosso em preto: Indica novo titular. Títulos executivos extrajudiciais: Características: Atos cambiários: 2. Endosso em branco: Não indica o novo titular. 3. Endosso-mandato: Confere ao possuidor apenas o direito de receber o crédito. Não transfere a propriedade. Nesta hipótese, o endossatário (quem recebe o título tornando-se credor) só responde por danos decorrentes de protesto indevido se extrapolar os poderes de mandatário. Artigo 917 do Código Civil: A cláusula constitutiva de mandato, lançada no endosso, confere ao endossatário o exercício dos direitos inerentes ao título, salvo restrição expressamente estatuída. §1º O endossatário de endosso-mandato só pode endossar novamente o título na qualidade de procurador, com os mesmos poderes que recebeu. §2º Com a morte ou a superveniente incapacidade do endossante, não perde eficácia o endosso-mandato. §3º Pode o devedor opor ao endossatário de endosso-mandato somente as exceções que tiver contra o endossante. 4. Endosso “sem garantia”: O endossante (credor que transfere o título de crédito através do endosso) não fica vinculado ao pagamento do título em relação aos futuros endossos, se houver. 5. Endosso com cláusula “não à ordem”: Gera o efeito de cessão de crédito ao endosso. 6. Endosso póstumo: Artigo 20 do Decreto nº 57.663/1966: O endosso posterior ao vencimento tem os mesmos efeitos que o endosso anterior. Todavia, o endosso posterior ao protesto por falta de pagamento, ou feito depois de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto, produz apenas os efeitos de uma cessão ordinária de créditos. 7. Endosso-caução: Ocorre quando o título é dado como garantia e não transfere a titularidade até o pagamento. - Efeitos do Endosso: Artigo 14 do Decreto nº 57.663/1966: O endosso transmite todos os direitos emergentes da letra. Se o endosso for em branco, o portador pode: JÁ C A IU N A P RO V A ! L ic en se d t o G R A Z IE L A R O C H A M A C H A D O - g ra zi .m ac h ad o 14 @ g m ai l.c o m - H P 10 41 68 35 02 87 00 @resumebiaoab 10 A nota promissória consiste em uma promessa de pagamento em que o subscritor se compromete a efetuar o pagamento a um determinado credor. O subscritor de uma nota promissória é responsável da mesma forma que o aceitante de uma letra. 1º) preencher o espaço em branco, quer com o seu nome, quer com o nome de outra pessoa; 2º) endossar de novo a letra em branco ou a favor de outra pessoa; 3º) remeter a letra a um terceiro, sem preencher o espaço em branco e sem a endossar. Artigo 15 do Decreto nº 57.663/1966: O endossante, salvo cláusula em contrário, é garante tanto da aceitação como do pagamento da letra. O endossante pode proibir um novo endosso, e, neste caso, não garante o pagamento às pessoas a quem a letra for posteriormente endossada. b) Aval: Consiste em uma garantia de pagamento do título, firmada por avalista ou dador do aval, nas mesmas condições do devedor. - Modalidades: 1. Aval em preto: Indica o avalizado. 2. Aval em branco: Não indica o avalizado. 3. Aval total: Garante toda a dívida. 4. Aval parcial: Garante parte da dívida. 5. Aval póstumo: É aquele posterior ao vencimento e produz os mesmos efeitos do anteriormente dado. 6. Aval antecipado: É aquele em que o avalista avaliza a obrigação antes do aceite no título. 7. Aval simultâneo: Aqui, duas ou mais pessoasavalizam o título conjuntamente, garantido, de forma simultânea, a mesma obrigação cambial. A responsabilidade entre os avalistas é solidária, porém, poderá o avalista cobrar do seu avalizado a quantia integral. M U IT O C O BR A D O ! JÁ C A IU N A P RO V A ! Nota promissória Duplicata M U IT O C O BR A D O ! A duplicata consiste em uma ordem de pagamento, só podendo ser emitida nas hipóteses de compra e venda mercantil ou prestação de serviço. - Pagamento da duplicata: O pagamento da duplicata poderá ser assegurado por aval, sendo o avalista equiparado àquele cujo nome indicar; na falta da indicação, àquele abaixo de cuja firma lançar a sua; fora desses casos, ao comprador. - Hipóteses em que a duplicata pode ser protestada: 1. Falta de devolução; 2. Falta de pagamento; 3. Falta de aceite. Artigo 13, § 1º, da Lei 5.474/1968: Por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, o protesto será tirado, conforme o caso, mediante apresentação da duplicata, da triplicata, ou, ainda, por simples indicações do portador, na falta de devolução do título. Artigo 13, § 2º, da Lei 5.474/1968: O fato de não ter sido exercida a faculdade de protestar o título, por falta de aceite ou de devolução, não elide a possibilidade de protesto por falta de pagamento. Artigo 13, § 3º, da Lei 5.474/1968: O protesto será tirado na praça de pagamento constante do título. Artigo 13, § 4º, da Lei 5.474/1968: O portador que não tirar o protesto da duplicata, em forma regular e dentro do prazo da 30 (trinta) dias, contado da data de seu vencimento, perderá o direito de regresso contra os endossantes e respectivos avalistas. JÁ C A IU N A P RO V A ! JÁ C A IU N A P RO V A ! JÁ C A IU N A P RO V A ! JÁ C A IU N A P RO V A ! L ic en se d t o G R A Z IE L A R O C H A M A C H A D O - g ra zi .m ac h ad o 14 @ g m ai l.c o m - H P 10 41 68 35 02 87 00 @resumebiaoab 11 Falência e Recuperação deFalência e Recuperação de EmpresasEmpresas Falência A falência, ao promover o afastamento do devedor de suas atividades, visa: a) preservar e a otimizar a utilização produtiva dos bens, dos ativos e dos recursos produtivos, inclusive os intangíveis, da empresa; b) permitir a liquidação célere das empresas inviáveis, com vistas à realocação eficiente de recursos na economia; e c) fomentar o empreendedorismo, inclusive por meio da viabilização do retorno célere do empreendedor falido à atividade econômica. Observações: 1. O processo de falência atenderá aos princípios da celeridade e da economia processual, sem prejuízo do contraditório, da ampla defesa. 2. A falência é mecanismo de preservação de benefícios econômicos e sociais decorrentes da atividade empresarial, por meio da liquidação imediata do devedor e da rápida realocação útil de ativos na economia. Pedido de falência e resposta do réu Juízo Universal da Falência O juízo competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência é aquele do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil. Atenção! A distribuição do pedido de falência ou de recuperação judicial ou a homologação de recuperação extrajudicial previne a jurisdição para qualquer outro pedido de falência, de recuperação judicial ou de homologação de recuperação extrajudicial relativo ao mesmo devedor. Atenção! O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas as ações sobre bens, interesses e negócios do falido, ressalvadas as causas trabalhistas, fiscais e aquelas não reguladas nesta Lei em que o falido figurar como autor ou litisconsorte ativo. Legitimados para requerer a falência do devedor: a) o próprio devedor; b) o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante; c) o cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da sociedade; d) qualquer credor. Prazo para o devedor apresentar contestação: 10 dias após citado. Dentro deste prazo, o devedor poderá pleitear sua recuperação judicial. Atenção! Nos pedidos que se baseiam em impontualidade ou execução frustrada, o devedor poderá, no prazo da contestação, depositar o valor correspondente ao total do crédito, mais correção monetária, juros e honorários advocatícios - ocasião em que a falência não será decretada. JÁ C A IU N A P RO V A ! M U IT O C O BR A D O ! Sentença declaratória de falência A sentença que decretar a falência do devedor, dentre outras determinações: a) conterá a síntese do pedido, a identificação do falido e os nomes dos que forem a esse tempo seus administradores; b) fixará o termo legal da falência, sem poder retrotraí-lo por mais de 90 dias contados do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do 1º protesto por falta de pagamento, excluindo-se, para esta finalidade, os protestos que tenham sido cancelados; c) ordenará ao falido que apresente, no prazo máximo de 5 dias, relação nominal dos credores, indicando endereço, L ic en se d t o G R A Z IE L A R O C H A M A C H A D O - g ra zi .m ac h ad o 14 @ g m ai l.c o m - H P 10 41 68 35 02 87 00 @resumebiaoab 12 Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a ação que demandar quantia ilíquida. É permitido pleitear, perante o administrador judicial, habilitação, exclusão ou modificação de créditos derivados da relação de trabalho, mas as ações de natureza trabalhista, inclusive as impugnações contra a relação de credores, serão processadas perante a justiça especializada até a apuração do respectivo crédito, que será inscrito no quadro geral de credores pelo valor determinado em sentença. importância, natureza e classificação dos respectivos créditos, se esta já não se encontrar nos autos, sob pena de desobediência; d) explicitará o prazo para as habilitações de crédito; e) ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o falido, ressalvadas as seguintes hipóteses: f) proibirá a prática de qualquer ato de disposição ou oneração de bens do falido, submetendo-os preliminarmente à autorização judicial e do Comitê, se houver, ressalvados os bens cuja venda faça parte das atividades normais do devedor se autorizada a continuação provisória; g) determinará as diligências necessárias para salvaguardar os interesses das partes envolvidas, podendo ordenar a prisão preventiva do falido ou de seus administradores; h) ordenará ao Registro Público de Empresas e à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil que procedam à anotação da falência no registro do devedor, para que dele constem a expressão “falido”, a data da decretação da falência e a inabilitação para exercer qualquer atividade empresarial até a sentença que extingue suas obrigações; i) nomeará o administrador judicial; j) determinará a expedição de ofícios aos órgãos e repartições públicas e outras entidades para que informem a existência de bens e direitos do falido; k) pronunciar-se-á a respeito da continuação provisória das atividades do falido com o administrador judicial ou da lacração dos estabelecimentos, se houver risco à execução da arrecadação ou preservação dos bens da massa ou interesse dos credores; l) determinará, quando entender conveniente, a convocação da assembleia geral de credores para a constituição de Comitê de Credores, podendo ainda autorizar a manutenção do Comitê eventualmente em funcionamento na recuperação judicial quando da decretação da falência; m) ordenará a intimação eletrônica, nos termos da legislação vigente e respeitadas as prerrogativas funcionais, respectivamente, do Ministério Público e das Fazendas Públicas federal e de todos os Estados, Distrito Federal e Municípios em que o devedor tiver estabelecimento, para que tomem conhecimento da falência. M U IT O C O BR A D O ! Efeitos da Decretação da Falência sobre as Obrigaçõesdo Devedor Artigo 115 da Lei 11.101/2005: A decretação da falência sujeita todos os credores, que somente poderão exercer os seus direitos sobre os bens do falido e do sócio ilimitadamente responsável na forma que esta Lei prescrever. Artigo 116 da Lei 11.101/2005: A decretação da falência suspende: I – o exercício do direito de retenção sobre os bens sujeitos à arrecadação, os quais deverão ser entregues ao administrador judicial; II – o exercício do direito de retirada ou de recebimento do valor de suas quotas ou ações, por parte dos sócios da sociedade falida. JÁ C A IU N A P RO V A ! L ic en se d t o G R A Z IE L A R O C H A M A C H A D O - g ra zi .m ac h ad o 14 @ g m ai l.c o m - H P 10 41 68 35 02 87 00 @resumebiaoab 13 Artigo 117 da Lei 11.101/2005: Os contratos bilaterais não se resolvem pela falência e podem ser cumpridos pelo administrador judicial se o cumprimento reduzir ou evitar o aumento do passivo da massa falida ou for necessário à manutenção e preservação de seus ativos, mediante autorização do Comitê. § 1º O contratante pode interpelar o administrador judicial, no prazo de até 90 (noventa) dias, contado da assinatura do termo de sua nomeação, para que, dentro de 10 (dez) dias, declare se cumpre ou não o contrato. § 2º A declaração negativa ou o silêncio do administrador judicial confere ao contraente o direito à indenização, cujo valor, apurado em processo ordinário, constituirá crédito quirografário. JÁ C A IU N A P RO V A ! Recuperação judicial Artigo 47 da Lei 11.101/2005: A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico- financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica. Condições para requerer a recuperação judicial: Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: a) não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes; b) não ter, há menos de 5 anos, obtido concessão de recuperação judicial; c) não ter, há menos de 5 anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial destinado às Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP); d) não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos na Lei 11.101/2005. Atenção! A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente. Atenção! Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos. No entanto, consideram-se excluídos dos efeitos da recuperação judicial, os créditos não existentes à época do pedido ou constituídos depois de o devedor ter ingressado em juízo com o pedido de recuperação judicial, assim como o fiduciário, o arrendador mercantil, o negociante de imóvel, se houver cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade no contrato. JÁ C A IU N A P RO V A ! Plano de recuperação judicial para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte O plano especial de recuperação judicial será apresentado no prazo 60 dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, e limitar-se á às seguintes condições: a) abrangerá todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos, excetuados os decorrentes de repasse de recursos oficiais, os fiscais e os previstos nos §§ 3º e 4º do art. 49 da Lei 11.101/2005; b) preverá parcelamento em até 36 parcelas mensais, iguais e sucessivas, acrescidas de juros equivalentes à taxa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC, podendo conter ainda a proposta de abatimento do valor das dívidas; c) preverá o pagamento da 1ª parcela no prazo máximo de 180 dias, contado da distribuição do pedido de recuperação judicial; d) estabelecerá a necessidade de autorização do juiz, após ouvido o administrador judicial e o Comitê de Credores, para o devedor aumentar JÁ C A IU N A P RO V A ! L ic en se d t o G R A Z IE L A R O C H A M A C H A D O - g ra zi .m ac h ad o 14 @ g m ai l.c o m - H P 10 41 68 35 02 87 00 @resumebiaoab 14 Convolação na recuperação judicial Consiste na mudança de estado jurídico. Deste modo, na recuperação judicial, a convolação consiste na rejeição desta para o estado de falência, pelos seguintes motivos: a) por deliberação da assembleia geral de credores; b) pela não apresentação, pelo devedor, do plano de recuperação; c) quando houver sido rejeitado o plano de recuperação; d) por descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano de recuperação; e) por descumprimento dos parcelamentos referidos no art. 68 da Lei 11.101/2005 ou da transação prevista no art. 10-C da Lei 10.522/2002; f) quando identificado o esvaziamento patrimonial da devedora que implique liquidação substancial da empresa, em prejuízo de credores não sujeitos à recuperação judicial, inclusive as Fazendas Públicas. Atenção! Na convolação da recuperação em falência, os atos de administração, endividamento, oneração ou alienação praticados durante a recuperação judicial presumem-se válidos, desde que realizados na forma da lei. JÁ C A IU N A P RO V A ! despesas ou contratar empregados. Atenção! Caso o plano não seja apresentado no prazo, o juiz convolará o pedido de recuperação judicial em falência. Atenção! O pedido de recuperação judicial com base em plano especial não acarreta a suspensão do curso da prescrição nem das ações e execuções por créditos não abrangidos pelo plano. Recuperação extrajudicial Requisitos: Poderá requerer recuperação extrajudicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: a) não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes; b) não ter, há menos de 5 anos, obtido concessão de recuperação judicial; c) não ter, há menos de 5 anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial destinado às Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP); d) não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos na Lei 11.101/2005. Observações: 1. O plano não poderá contemplar o pagamento antecipado de dívidas nem tratamento desfavorável aos credores que a ele não estejam sujeitos. 2. O devedor não poderá requerer a homologação de plano extrajudicial, se estiver pendente pedido de recuperação judicial ou se houver obtido recuperação judicial ou homologação de outro plano de recuperação extrajudicial há menos de 2 anos. 3. O pedido de homologação do plano de recuperação extrajudicial não acarretará suspensão de direitos, ações ou execuções, nem a impossibilidade do pedido de decretação de falência pelos credores não sujeitos ao plano de recuperação extrajudicial. 4. Após a distribuição do pedido de homologação, os credores não poderão desistir da adesão ao plano, salvo com a anuência expressa dos demais signatários. 5. O devedor poderá requerer a homologação em juízo do plano de recuperação extrajudicial, juntando sua justificativa e o documento que contenha seus termos e condições, com as assinaturas dos credores que a ele aderiram. 6. O devedor poderá também requerer a homologação de plano de recuperação extrajudicial que obriga todos os credores por ele abrangidos, desde que assinado por JÁ C A IU N A P RO V A ! L ic en se d t o G R A Z IE L A R O C H A M A C H A D O - g ra zi .m ac h ad o 14 @ g m ai l.c o m -H P 10 41 68 35 02 87 00 @resumebiaoab 15 credores que representem mais da metade dos créditos de cada espécie abrangidos pelo plano de recuperação extrajudicial. L ic en se d t o G R A Z IE L A R O C H A M A C H A D O - g ra zi .m ac h ad o 14 @ g m ai l.c o m - H P 10 41 68 35 02 87 00