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UTILIZAÇÃO DO MINI EXAME DO ESTADO MENTAL EM PESSOAS IDOSAS: Uma Revisão da Literatura RESUMO Introdução: O Mini Exame do Estado Mental (MEEM) é um teste utilizado como rastreamento do estado mental, utilizado de forma isolada ou simultaneamente a outros instrumentos mais amplos, possibilitando a avaliação cognitiva e rastreamento de quadros demenciais. Objetivo: Identificar a utilização do MEEM em idosos no Brasil. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem On-line (MEDLINE) e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (SCIELO), sendo utilizados para a presente busca, os descritores científicos: “Teste de Estado Mental e Demência” AND “idosos” AND “cognição”, intercalados pelo termo booleano AND. Realizou-se os cruzamentos destes descritores em todas as bases de dados”. Os critérios de inclusão pré-estabelecidos para a seleção dos artigos foram: artigos publicados em português, inglês e espanhol, que utilizassem o MEEM, tivessem acesso ao texto completo na íntegra, que fossem publicados nos últimos 3 anos (2019-2021) e que retratassem a temática da presente revisão. Já os critérios de exclusão foram artigos que apresentaram estudos em idosos com comorbidades que não estivessem relacionados com os aspectos cognitivos, estudos que não foram realizados no Brasil, e estudos realizados com outros participantes que não eram idosos. Resultados: Com a aplicação dos critérios de exclusão, foram elegíveis 11 artigos para compor esta revisão. Considerações finais: Foi possível verificar os diferentes momentos e contextos que o MEEM foi utilizado, possibilitando a avaliação de diferentes aspectos relacionados à cognição, sendo um teste rápido e de fácil aplicação Palavras-chaves: Cognição. Idosos. Qualidade de vida. Teste do Estado Mental e Demência. INTRODUÇÃO O crescimento demográfico de idosos no Brasil representa um marco importante na nossa sociedade (MIRANDA; MENDES; SILVA, 2016). De uma população majoritariamente jovem em um passado não muito distante, observa-se no Brasil um aumento expressivo de pessoas com mais de 60 anos (VASCONCELOS; GOMES, 2012). O processo de envelhecimento é inerente a todos os seres vivos, sendo um processo inevitável e involuntário o que desencadeia uma perda funcional e estrutural progressiva em diversos sistemas do organismo. É possível observar o declínio da capacidade funcional, diminuição da força e da massa muscular principalmente decorrente da sarcopenia, lentidão nos reflexos corporais, aumento na síntese de osteoclastos e principalmente comprometimento em todo o sistema cognitivo (HONG et al., 2015). O comprometimento cognitivo atrelado ao processo do envelhecimento é ocasionado pelas atrofias que ocorrem nos lobos frontais e a declínios no desempenho das funções cognitivas que são ligadas à atenção, à memória de trabalho e à velocidade de processamento. Esse declínio pode ser acentuado pelo estilo de vida dos idosos como alimentação não saudável, nível social, escolaridade, genética, vícios e sedentarismo (CONFORT; OLIVEIRA; SILVA, 2018). Seima e Lenardt (2011) ressaltam que o envelhecimento é um processo natural, que pode vir acompanhado de prejuízos na saúde física e/ou psíquica, desencadeados pelos fatores pessoais e contextuais favorecendo o surgimento de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT). Nesse contexto, inserem-se as demências, em especial, a doença de Alzheimer (DA), sendo caracterizada como uma doença neurodegenerativa e irreversível, desencadeando declínio das funções cognitivas, motoras entre outros aspectos. De acordo com a American Psychiatric Association (APA, 2014) o comprometimento cognitivo possui como critérios de diagnóstico o relato de algum profissional de saúde, do familiar ou até mesmo do próprio indivíduo; declínio cognitivo observado a longo prazo; e a realização de avaliação específica demonstrando resultados inferiores do nível esperado. Um teste para rastreio cognitivo de fácil aplicabilidade e de baixo custo é o Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Esse instrumento é adaptado e validado possuindo como finalidade a avaliação da memória, da orientação, das respostas vocais, da atenção e da linguagem. O MEEM possui uma pontuação máxima de 30 pontos, sendo que cada escore é inerente a uma determinada interpretação. Escores de 23 ou menos referem-se a algum déficit cognitivo; de 24 a 25 pontos é indicativo de alterações leves de cognição; e pontuações de 26 a 30 pontos é sugestivo de uma função cognitiva normal/preservada (FOLSTEIN; FOLSTEIN; MCHUGH, 1975; BRUCKI et al., 2003). De acordo com Melo e Barbosa (2015), o MEEM é considerado um dos instrumentos de rastreio cognitivo, direcionado para pessoas adultas e idosas mais utilizado no mundo. Face ao exposto, o presente estudo visou identificar a contribuição que a utilização do MEEM, auxiliou no diagnóstico de alterações cognitivas em idosos, no Brasil, evidenciando os principais desafios encontrados nos últimos três anos por meio de uma revisão integrativa da literatura. OBJETIVO Identificar a utilização do MEEM em idosos no Brasil. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Verificar em quais momentos o MEEM é utilizado em idosos; Avaliar quais as contribuições da utilização do MEEM em idosos; Compreender se existem limitações quanto ao uso do MEEM em idosos; Verificar a forma que o MEEM avalia os aspectos relacionados à cognição em idosos. MÉTODO Design do estudo Trata-se de uma revisão integrativa de literatura a qual possibilita analisar os estudos sobre um mesmo assunto com diferentes abordagens teóricas e metodológicas, de forma estruturada e sistematizada que possibilita encontrar resultados significativos a atuações e práticas, redução de custos, bem como a identificação de necessidades de realização de futuras pesquisas (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2015). Conforme Souza, Silva e Carvalho (2010), uma revisão integrativa é estruturada e constituída por seis etapas: elaboração da pergunta norteadora, revisão bibliográfica, coleta de dados, análise crítica dos estudos incluídos, discussão dos resultados e apresentação da revisão. Bases de dados e busca bibliográfica A questão norteadora da busca bibliográfica foi: “Como foi a utilização do Mini Exame do Estado Mental em idosos no Brasil nos últimos três anos?” Essa pergunta foi elaborada de acordo com a estratégia PVO (Population/População, Variables/Variáveis and Outcomes/Resultados) (FRAM; MARIN; BARBOSA, 2014). Para o levantamento de dados foi realizada uma revisão integrativa da literatura nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem On- line (MEDLINE) e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (SCIELO). Sendo utilizados para a presente busca, os descritores científicos: “Teste de Estado Mental e Demência” AND “idosos” AND “cognição”, intercalados pelo termo booleano AND. Realizou-se os cruzamentos destes descritores em todas as bases de dados. Critérios de inclusão e exclusão dos artigos Os critérios de inclusão estabelecidos para a seleção dos artigos foram: artigos publicados em português, inglês e espanhol, que utilizassem o MEEM (isolado ou simultâneo a outro instrumento), tivessem com acesso na íntegra, que fossem publicados nos últimos três anos (2019-2021) e que retratam a temática da presente revisão. Já os critérios de exclusão foram artigos que apresentaram estudos em idosos com comorbidades que não estivessem relacionados com os aspectos cognitivos, estudos que não foram realizados no Brasil, e estudos realizados com outros participantesque não eram idosos. A busca dos estudos ocorreu em Março e Abril de 2021 por quatro revisores independentes. Após finalizada a seleção nas bases de dados, procedeu-se à leitura dos títulos e resumos dos estudos, bem como a escolha e a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão estabelecidos. Na sequência, os revisores analisaram os artigos selecionados na íntegra. Foram elegíveis 295 artigos pela busca bibliográfica nas bases de dados por meio da utilização dos descritores e critérios de inclusão. Destes artigos, 91 foram excluídos por não estarem disponíveis na íntegra. Após a análise de títulos e resumos, 182 artigos foram excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão estabelecidos. Dentre os artigos lidos na íntegra, um foi descartado, resultando 11 artigos que compuseram a síntese quantitativa. Os artigos elegíveis para compor este estudo de revisão foram lidos na íntegra, estando os processos de inclusão e de exclusão descritos no fluxograma apresentado na Figura 1. Figura 1: Fluxograma PRISMA do processo de busca e seleção dos artigos. Fonte: dados da pesquisa (2020) Scielo (n = 9) Lilacs (n = 13) Medline (n = 273) Publicações excluídas (n = 174 ) Publicações pagas excluídas (n = 91) Publicações excluídas (n = 1) Motivo: Nao relacionado diretamente a temática E li g ib il id a d e Id e n ti fi c a ç ã o T ri a g e m Publicações identificadas por meio de pesquisas nas bases de dados (n = 295) Publicações analisadas por título e resumo (n = 182 ) Artigos incluídos na síntese qualitativa (n = 11) Artigos completos para avaliar (n = 12) In c lu s ã o Resultados Foram elegíveis pela busca bibliográfica 295 artigos. Dentre eles 91 não se encontravam disponíveis na íntegra e após análise da leitura dos resumos 182 foram excluídos pois não se enquadraram nos critérios de inclusão. Dentre os artigos lidos um foi descartado, resultando em 11 artigos que compuseram a síntese quantitativa. O processo de busca e seleção está apresentado na Figura 1 e as características dos estudos selecionados na Tabela 1. Tabela 1. Características das publicações utilizadas para a revisão integrativa da literatura Autoria (ano) País Bases de dados Método BINOTTO et al., (2021) Brasil Medline Ensaio transversal observacional SILVA et al.,(2020) Brasil Medline Estudo transversal RADANOVIC et al., (2019) Brasil Medline Entudo transversal OLIVEIRA et al., (2019) Brasil Medline Estudo transversal observacional MARTINS et al., (2019) Brasil Medline Revisão integrativa ARAÚJO et al., (2019) Brasil Medline Estudo exploratório ALMEIDA et al., (2019) Brasil Medline Estudo transversal SCARABELOT et al., (2019) Brasil Medline Ensaio transversal observacional BECATTINI-OLIVEIRA et al., (2019) Brasil Scielo Estudo transversal TINOCO et al.,(2019) Brasil Scielo Estudo piloto MARQUES et al., (2019) Brasil Lilacs Revisão sistemática Fonte: dados da pesquisa (2020) Conforme demonstrado na Tabela 1, o período de busca da revisão foi realizado nos últimos 3 anos (2019 a 2021), e dos 11 artigos incluídos para a presente síntese, nove foram realizados no ano de 2019, um no ano de 2020, e um artigo no ano de 2021. O método prevalente foi o estudo transversal (n = 4), estudo transversal observacional (n = 3), estudo exploratório (n = 1), estudo piloto (n = 1), revisão integrativa (n = 1) e revisão sistemática (n = 1) para cada item citado. Os artigos foram publicados tanto a nível nacionais quanto internacionais, sendo oito revistas nacionais (Acta Paulista de enfermagem; Arquivos Neuro- Psiquiatria; Revista Brasileira de Psiquiatria; Ciência & Saúde Coletiva (2); Jornal Brasileiro de Psiquiatria; Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia e Revista Fisioterapia e Pesquisa; e 3 internacionais (Dementia & Neuropsychologia; Bioscience Journal e Journal of GERIATRIC Physical Therapy). Os 11 artigos elegíveis para compor este estudo (E1, E2, E3, E4, E5, E6, E7, E8, E9, E10, E11) são apresentados no quadro 1, em ordem cronológica decrescente (2021-2019). Os dados referentes aos autores, ano de publicação, objetivo dos estudos e apresentação dos resultados. Quadro 1. Caracterização, em ordem cronológica decrescente (2021-2019), dos artigos selecionados para análise, segundo autores (ano), objetivos e resultados. Objetivo Resultados E1 BINOTTO et al., (2021) Investigar a associação entre cognição, velocidade da marcha e resultado final da habilitação veicular de idosos candidatos à Carteira Nacional de Habilitação. Observou-se que, ao aumentar o escore no MEEM em uma unidade a chance do idoso ser considerado inapto temporariamente para dirigir diminui em 54,96% (95%; IC 28,47% - 92,69%; p<0,0001), e ao aumentar uma unidade no escore do MEEM houve um aumento na velocidade da marcha (VM) de 0,0091 (95%; IC 0,0005 - 0,0174; p=0,0366). E2 SILVA et al., (2020) Analisar as estratégias cognitivas utilizadas no teste de fluência verbal por idosos saudáveis sem risco atual de demência. O bom desempenho cognitivo geral e de linguagem parece estar relacionado com as estratégias cognitivas utilizadas no Teste de Fluência Verbal, evidenciando a importância da utilização deste teste no rastreio cognitivo, mesmo em se tratando de idosos ativos. E3 RADANOVIC et al., (2019) Verificar se os biomarcadores do líquido cefalorraquidiano se correlacionam com o desempenho cognitivo em indivíduos saudáveis e com deficiência cognitiva, a partir de diagnósticos clínicos. O MEEM correlacionou-se fracamente com todos os biomarcadores do líquido cefalorraquidiano na amostra geral (r = 0,242, p < 0,0006). Aβ1-42 e MEEM se correlacionaram fracamente em comprometimento cognitivo leve (MCI) (r = 0,247, p = 0,030), e moderadamente em Outras Demências (OD) (r = 0,440, p = 0,027). t-Tau mostrou uma fraca correlação inversa com MEEM em controles (r = -0,284, p = 0,043) e MCI (r = -0. 241, p = 0,036), e uma correlação moderada/forte em outras demências (r = 0,665), p = 0,0003). p-Tau correlacionou fracamente com MEEM em Doença de Alzheimer(r = -0,343, p = 0,026) e moderadamente em outras demências (r = -0,540, p = 0,0005). A relação Aβ1-42/p-Tau tinha uma correlação moderada/sólida com MEEM em outras demências (r = 0,597, p = 0,001). E4 OLIVEIRA et al,. (2019) Avaliar o nível de atividade física e cognitivo de idosos de Unidades Básicas de Saúde do município de Maringá, no Paraná Os idosos que encontram-se fisicamente ativos apresentaram maior score e melhora no desenvolvimento cognitivo. E5 MARTINS et al., (2019) Revisão integrativa da literatura para analisar os instrumentos de avaliação cognitiva em idosos brasileiros A revisão integrativa pesquisou diversos instrumentos para avaliar a cognição dos idosos brasileiros, sendo concluído que o MEEM é o mais utilizado, juntamente com teste de fluência verbal (animais). E6 ARAÚJO et al., (2019) Avaliar o efeito de 20 sessões em terapia assistida por equinos para avaliar o balanço, capacidade funcional e cognição em idosos com ALzheimer A terapia por equinos em idosos foi realizada com dupla tarefa através de exercício físico e de cognição, onde os idosos apresentaram melhora na capacidade funcional e equilíbrio E7 ALMEIDA et al., (2020) Comparar 3 grupos (1: idosos saudáveis, 2: idosos institucionalizados e 3: idosos com Alzheimer No Teste de labirinto de piso, o tempo de labirinto imediato (IMT) e o tempo de labirinto de atraso (DMT) foram significativamente menores no grupo saudável do que os grupos institucionalizados e Doença de Alzheimer ( X 2 = 31,23; p < 0,01) e ( X 2 = 41,21; p < 0,01), enquanto não houve diferenças significativas entre os grupos Doençade Alzheimer e institucionalizados em termos dos resultados do DMT e MEEM. Entretanto, o grupo institucionalizado apresentou resultados piores em termos de IMT (p < 0,01) e 8UG (p < 0,01) do que os do grupo demência. E8 SCARABELOT et al., (2019) Comparar o MEEM e o Breve Bateria de triagem cognitiva como testes de triagem O bom desempenho cognitivo geral e de linguagem parece estar relacionado com as estratégias cognitivas utilizadas no Teste de Fluência Verbal, evidenciando a importância da utilização deste teste no rastreio cognitivo, mesmo em se tratando de idosos ativos. E9 BECATTINI- OLIVIEIRA et al., (2019) O objetivo foi determinar a capacidade funcional de idosos da comunidade utilizando o UCSD Performance-based Skills Assessment (UPSA) e avaliar sua correlação com testes de rastreio cognitivo. A pontuação média do UPSA e Avaliação de habilidades com base no desempenho (UPSA) foram 78,5 e 70, respectivamente. Uma correlação foi observada entre o UPSA e Escala instrumental de atividade de vida diária (AIVD), MEEM e Teste de fluência verbsal. Conclusão: O UPSA é um teste de rastreamento da capacidade funcional de idosos da comunidade apresentando correlação positiva com testes de rastreio cognitivo. E10 TINOCO et al., (2019) Estudar a confiabilidade/estabilidade do “The Cognitive Telephone Screening Instrument” (COGTEL) na avaliação das funções cognitivas e investigar a validade concorrente (ou seja, a relação entre os escores do COGTEL com variáveis externas, tais como a educação e o resultado do MEEM), num estudo piloto em adultos idosos residentes na comunidade de Apuí, Fonte Boa e Manaus (Amazonas, Brasil). O coeficiente de correlação intraclasse no teste-reteste no escore total do COGTEL (e respectivos 6 subtestes) MEEM e nível educacional variou entre aceitável-a-elevado (0,708 < R < 0,946). Verificou-se uma correlação positiva entre o escore total do COGTEL com o MEEM (r=0,682; p<0,001), bem como, com o nível educacional (r=0,604; p<0,001). E11 MARQUES et al., (2019) Avaliar a eficácia da fisioterapia cognitiva e funcional em Alzheimer (revisão sistemática) As pontuações do MEEM (p < 0,0001) e do teste do desenho do relógio (p < 0,0001) foram influenciadas pelo nível de escolaridade, porém o teste de memória tardia não sofreu influência do nível de escolaridade (p = 0,0804). O teste de fluência verbal (p = 0,00035) foi influenciado apenas pelos níveis educacionais mais altos. A aplicação do MEEM levou 3 minutos a menos que a da Avaliação cognitiva de Montreal (p < 0,0001). Os achados desse estudo sugerem que o teste de memória tardia e o teste de fluência verbal da Avaliação cognitiva de Montreal são mais adequados que o MEEM e o teste do desenho do relógio como ferramentas para avaliação cognitiva em populações com menor nível educacional. Fonte: dados da pesquisa (2021) Em relação às médias de idade dos idosos participantes dos estudos, verificou-se uma variação média entre 60 e 80 anos, sendo avaliados idosos de ambos os sexos. Quanto aos objetivos, constatou-se que o E1 propôs analisar a associação entre cognição, velocidade da marcha e resultado final da habilitação veicular de idosos candidatos à Carteira Nacional de Habilitação. O E2 propôs analisar as estratégias cognitivas utilizadas no teste de fluência verbal por idosos saudáveis sem risco atual de demência. O E3 teve por objetivo verificar se os biomarcadores do LCR se correlacionam com o desempenho cognitivo em indivíduos saudáveis e com deficiência cognitiva, a partir de diagnósticos clínicos. O E4 teve o intuito de avaliar o nível de atividade física e cognitivo de idosos de Unidades Básicas de Saúde do município de Maringá, no Paraná. O E5 propôs analisar os instrumentos de avaliação cognitiva em idosos brasileiros por meio da revisão integrativa da literatura. Por sua vez, o E6 teve por finalidade avaliar o efeito de 20 sessões em terapia assistida por equinos para avaliar o balanço, capacidade funcional e cognição em idosos com Alzheimer. O E7 teve por finalidade comparar três grupos compostos por idosos saudáveis, idosos institucionalizados e idosos com Alzheimer. O E8 comparou o MEEM e o Breve Bateria de triagem cognitiva (BCSB) como testes de triagem. O E9 teve por objetivo determinar a capacidade funcional de idosos da comunidade utilizando o UCSD Performance-based Skills Assessment (UPSA) avaliando sua correlação com testes de rastreio cognitivo. O E10 teve o intuito de estudar a confiabilidade/estabilidade do The Cognitive Telephone Screening Instrument (COGTEL) na avaliação das funções cognitivas, investigando a validade concorrente (ou seja, a relação entre os escores do COGTEL com variáveis externas, tais como a educação e o resultado do MEEM). Por fim, o E11 propôs avaliar a eficácia da fisioterapia cognitiva e funcional em Alzheimer por meio de uma revisão sistemática. DISCUSSÃO Por ser um instrumento que permite a avaliação da função cognitiva e rastreamento de quadros demenciais, por meio da análise dos artigos elegíveis, foi possível identificar diferentes momentos e contextos em que o MEEM foi utilizado em idosos, possibilitando o rastreamento inicial do estado mental, sendo utilizado de forma isolada ou incorporado a outros instrumentos mais amplos, viabilizando a avaliação cognitiva e rastreamento de quadros demenciais e demais aspectos. Nesse sentido, no que se refere às abordagens metodológicas dos estudos, observou-se a utilização da aplicação do MEEM como forma de avaliação de diferentes aspectos, simultaneamente a diferentes instrumentos. O E1 utilizou o MEEM em conjunto com o teste de velocidade da marcha e consultas ao formulário Registro Nacional de Condutores Habilitados para investigar a associação entre cognição, velocidade da marcha e resultado final da habilitação veicular de idosos candidatos à Carteira Nacional de Habilitação. Segundo Chihuri et al., (2016), o processo de dirigir está diretamente relacionado à autonomia e ao controle sobre a própria vida. Por meio da condução de veículos automotores muitos idosos conseguem realizar seus papéis sociais, entretanto, trata-se de uma atividade complexa que exige habilidades cognitivas, físicas, entre outras. De acordo com Peel, Kuys e Klein (2012), a avaliação da marcha tem sido considerada como o sexto sinal vital por contribuir de forma significativa com a reflexão sobre o funcionamento de múltiplos sistemas orgânicos, auxiliando também no prognóstico de patologias que podem comprometer o processo do envelhecimento. Argimon et al.,(2012) ressaltam que os instrumentos de rastreio cognitivo são ferramentas importantes que permitem a avaliação dos processos relacionados à cognição. Nesse sentido, é possível observar a importância de ambos instrumentos utilizados de forma simultânea, possibilitando a avaliação das funções físicas e cognitivas dos idosos frente ao processo de habilitação. O E2 aponta a influência da escolaridade nos resultados de exames de triagem cognitiva e aponta a necessidade de outros testes além do MEEM para preencher as lacunas por ele deixadas (Silva et al, 2020); o que corrobora com o estudo de Coelho (2010), que afirma que a diferença de desenvoltura entre homens e mulheres idosos em testes neuropsicológicos estavam relacionados ao grau de escolaridade e não ao gênero. A conjectura de que o resultado do MEEM de um indivíduo pode ser influenciado pelo grau de escolaridade, confirma a importância da definição de pontos de corte que contemplem a escolaridade, o que refina os resultados de déficit cognitivo (CHAVES, 2008). O estudo E8 de Scarabelot et al., (2019) também citam sobre a escolaridade e que os pontos de cortes devem ser utilizados para não interferir em resultados de indivíduos analfabetos. Seguindo o mesmoraciocínio, o estudo apresentado em 2019 por Tinoco et al, (E10) demonstra teste de avaliação de cognição nos idosos, fazendo comparação de confiabilidade com MEEM e a escolaridade, apontando forte correlação positiva entre eles. Para a avaliação do MEEM, Moraes et al., (2010) e Soares et al., (2012) citam que são utilizados pontos de cortes, pois o nível de escolaridade e cultural podem interferir nos resultados, assim estes pontos são aplicados como forma de reduzir os riscos de viés. Nesse sentido, Lourenço e Veras (2006) sugerem a interpretação do MEEM em idosos de unidades ambulatoriais de saúde, considerando pontos de corte de acordo com presença ou não de instrução escolar prévia. O E3 realizou a correlação entre os biomarcadores do Líquor Céfalo Raquidiano (LCR) e o MEEM em 208 indivíduos corroborando com estudo de Diniz e Forlenza (2007) que descreve a importâncias das pesquisas dos biomarcadores do LCR que contribuem de forma significativa com o diagnóstico precoce de patologias, sobretudo de Alzheimer. No E4 os autores Oliveira et al., (2019) analisaram o nível de atividade e o estado cognitivo de idosos moradores do município de Maringá. Em seu estudo utilizaram o MEEM como método de não inclusão de idosos que apresentavam algum déficit cognitivo importante. Concluíram que níveis adequados de atividade física podem ter uma relação com melhores índices e performances de funções cognitivas. Uma vez que Chodzko-Zajko (1991) e Laurin et al., (2001) dizem que a prática da atividade física apresenta melhora na cognição e o exercício é capaz de aumentar a resistência do cérebro a lesões e atenuar a plasticidade cerebral. Já no artigo E6, Araújo et al., (2019) realizaram um estudo com nove participantes que possuíam Doença de Alzheimer, utilizando o MEEM como instrumento de coleta de dados referentes a informações advindas da cognição. Esses autores constataram que não houve declínio cognitivo nesses idosos que receberam intervenções com dupla tarefa, ou seja, realização de atividades primárias (motoras) associadas com atividades secundárias (cognitivas). De acordo com o estudo E7 realizado pelos autores Almeida et al., (2020) os escores do MEEM não tiveram diferenças significativas nos grupos de idosos institucionalizados quando comparados ao grupo de idosos portadores de Doença de Alzheimer. Os resultados desses autores demonstraram que escores do MEEM podem ser semelhantes tanto em idosos institucionalizados saudáveis quanto em idosos institucionalizados com Alzheimer, sendo possível observar que a utilização do MEEM neste estudo teve o objetivo de realizar um teste das funções cognitivas comparando dois grupos distintos. No estudo E9 os autores Becattini-Oliveira (2019) utilizaram o MEEM para avaliação cognitiva. Observaram que a aplicação deste teste pode corroborar na detecção de estágios iniciais do declínio cognitivo, para que assim seja possível realizar intervenções e adaptações de atividades específicas na vida diária dos idosos. Marques et al., (2019) no E11 realizou uma revisão sistemática para verificar a relevância da fisioterapia ao aplicar o MEEM para o tratamento da função cognitiva. O estudo apresentou um declínio da eficácia da fisioterapia em relação à cognição. Já Martins et al., (2019) (E5) levantou em sua revisão bibliográfica o MEEM como o instrumento mais utilizado para avaliação cognitiva, seguido do Teste de Fluência verbal para categorizar animais. Em relação aos resultados do MEEM e o teste de fluência verbal, os fatores relacionados à escolaridade vêm sendo destacados. (DOMICIANO et al., 2014; BRUCKI et al., 1997; BERTOLUCCI et al., 1994). CONSIDERAÇÕES FINAIS Por meio dos artigos eleitos para o estudo foi possível verificar os diferentes momentos e contextos que o MEEM foi utilizado, propiciando o rastreamento do estado mental, utilizado de forma simultânea a outros instrumentos mais amplos, possibilitando a avaliação de diferentes aspectos relacionados à cognição Além de ser um método de rastreio das alterações cognitivas, o MEEM também pode ser utilizado com êxito para avaliar a manutenção do estado mental e como uma forma de prevenção da deterioração cognitiva em idosos. Verificou-se que o MEEM é o teste de avaliação cognitiva amplamente utilizado no Brasil, por ser um teste rápido, de fácil aplicabilidade. Entretanto, apesar de suas contribuições, o uso do instrumento isolado não, não substitui uma avaliação clínica detalhada. REFERÊNCIAS ALMEIDA, C. A. B. D.; FIGUEIREDO, L. F. D. S.; PLÁCIDO, J.; SILVA, F. D. O.; MACIEL-PINHEIRO, P. D. T.; MONTEIRO-JUNIOR, R. S.; LAKS, J. Floor Maze Test as a predictor of cognitive decline in older adults living in nursing homes. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v. 69, n. 2, p. 88-92, 2020. APA. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-5). 5ºedição. Porto Alegre: Artmed, 2014. Disponível em: http://www.niip.com.br/wp- content/uploads/2018/06/Manual-Diagnosico-e-Estatistico-de-Transtornos-Mentais- DSM-5-1-pdf.pdf. Acesso em: 21 mar. 2021. ARAUJO, T. B.; MARTINS, W. R.; FREITAS, M. P.; CAMARGOS, E.; MOTA, J.; SAFONS, M. P. 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