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Lista de Exercícios 03 (TEORIA) UNIDADE 2 – RECALQUE NAS FUNDAÇÕES
1. Defina Bulbo de Pressões.
R: É a região do subsolo limitada pela isóbara correspondente a 10% da carga aplicada. Os pontos que estão fora do bulbo praticamente não sofrem influência da pressão exercida.
2. Classifique os recalques quanto à grandeza.
R: Absoluto: É o recalque de uma peça de fundação ou de um ponto numa fundação monolítica
Diferencial: É a diferença entre dois recalques absolutos. Dá ideia de desnível entre dois pontos.
Distorcional (Distorção Angular ou Recalque Diferencial Específico): É a relação entre o recalque diferencial correspondente a dois pontos e a distância entre eles. Dá ideia de danos estruturais
3. O que você entende por Recalque Admissível?
É o recalque (absoluto, diferencial ou distorcional) que a estrutura pode tolerar sem sofrer danos estruturais, funcionais ou estéticos.
4. Cite algumas causas de recalques em fundações diretas.
Variação da espessura da camada compressível; Variação das cargas entre os diferentes pilares; Heterogeneidade da camada compressível; Cargas dinâmicas (vibrações, tremores de terra); Operações vizinhas (escavações e novas estruturas); Erosão do subsolo (ruptura de tubulação subterrânea); Alteração química do solo; Rebaixamento do nível d’água.
5. Qual a diferença entre Recalque Imediato e Recalque por Adensamento?
O recalque imediato acontece logo após a colocação da carga, ou seja, quando a obra acaba, o recalque cessa. Ocorrem nos solos arenosos e também nas argilas não saturadas ou quando carregadas bruscamente. No recalque por adensamento mesmo após o término da colocação da carga, o recalque continua. Ocorrem nos solos coesivos, provenientes da expulsão da água dos vazios dos solos.
6. Disserte sobre como o engenheiro pode realizar o controle e medições de recalques de fundações.
O engenheiro pode e deve: Acompanhar o funcionamento da fundação durante a execução da obra, para permitir tomar em tempo, as providências eventualmente necessárias; Esclarecer anormalidades em obras já concluídas; Ganhar experiência local quanto ao comportamento do solo sob determinados tipos de fundação e carregamento; Permitir a comparação dos valores obtidos com valores calculados, visando o aperfeiçoamento dos métodos de previsão de recalques e de fixação das cargas admissíveis.
Numa instrumentação podemos ter 3 tipos de acompanhamento:
• deslocamentos (horizontais ou verticais);
• cargas;
• registro de anormalidades
Lista de Exercícios 04 (TEORIA) UNIDADE 4 – FUNDAÇÕES PROFUNDAS
1. Descrever resumidamente o processo executivo das estacas a seguir:
Estacas de madeira
i. Metodologia executiva; São executadas através de um processo de cravação com bate-estaca.
Construir este tipo de fundação exige alguns cuidados importantes que não podem ser deixados de lado.
O primeiro deles é quanto ao diâmetro das estacas. Os troncos de madeira devem ter diâmetro mínimo de 15 cm na base e de 25 cm no topo, isso é fundamental para preservar a estaca durante a cravação.
Durante a cravação da estaca em solos mais resistentes é necessário que a ponta da estaca seja protegida com ponteira de aço para evitar que a mesma seja danificada.
Também é desejável utilizar uma proteção no topo da estaca durante a cravação, evitando assim que o topo da estaca seja comprometido durante a execução. Esta proteção é chamada de anel de cravação.
Outro cuidado importante é com a escolha do processo de cravação. Este tipo de estaca pode ser cravada por meio da percussão, prensagem ou vibração. Esta escolha deve levar em consideração a disponibilidade de equipamentos, boas condições e segurança das edificações do entorno e disponibilidade financeira da obra.
ii. Vantagens e desvantagens (limitações) da estaca estudada; Este tipo de estaca destaca-se pelo baixo custo de aquisição, relativa agilidade no transporte e manuseio, assim como a facilidade para corte e emenda e ótima durabilidade sob o nível d’água.
Em contrapartida, como se trata de um bem de consumo primário pode, eventualmente, dependendo do local de realização do empreendimento, ser difícil obtê-la, não sendo viável sua utilização, pois o alto custo de frete até o canteiro seria uma barreira financeira considerável. Não pode ser executada em locais nos quais o nível d’água não for permanente ou caso não for possível sua completa submersão, porque caso essas situações vigorem, por ser suscetível aos ataques por micro-organismos, sua capacidade estrutural e sua durabilidade seriam comprometidos e como correção para tal situação verificar-se-ia a necessidade de tratamento da madeira, o que acarreta em maiores custos. Outro fator que resulta na diminuição do seu uso é a capacidade de carga relativamente menor do que outros tipos de estacas.
iii. Características técnicas das estacas (informações sobre diâmetros utilizados/fornecidos, carga estrutural admissível, comprimento nominal, etc.);
Cargas admissíveis em estacas de madeira: como ordem de grandeza de cargas admissíveis, para orientação na elaboração de estudos e projetos, recomendam-se os valores da Tab. 11.2, válidos para estacas com um comprimento cravado mínimo de 5 m e desde que a camada resistente na qual esteja implantada a estaca seja areia compacta ou argila rija ao longo de urna espessura suficiente. 
A norma NBR 6122 recomenda, para a definição da carga estrutural admissível, que seja considerada sempre a seção transversal mínima e adotada uma tensão admissível compatível com o tipo e a qualidade da madeira, conforme a NBR 7190.
iv. Aplicações; As estacas de madeira são leves, de fácil transporte e, em alguns países, baratas. Podem ser agrupadas e reforçadas com pontas de cravação. As estacas de madeira estão sujeitas às decomposições e ao ataque por microorganismos marinho e geralmente são usadas somente abaixo do nível freático, mas podem ser impregnadas sob pressão, para protegê-las quando acima do lençol freático. Usualmente, são utilizadas como estacas funcionando por atrito lateral, mas, às vezes, trabalham por resistência de ponta. 
No Brasil, as estacas de madeira são utilizadas, quase que exclusivamente, em obras provisórias. No passado, eram utilizadas em obras permanentes (o Teatro Municipal do Rio de Janeiro é um exemplo clássico). Na Europa e nos Estados Unidos elas são largamente empregadas em obras.
v. Caso de obra (apenas citar); Teatro Municipal do Rio de Janeiro
Estacas metálicas
i. Metodologia executiva; Primeiramente, será feita a locação, sobre o terreno, dos pontos de cravação das estacas. Através de gabarito de madeira serão marcados os eixos das estacas. Nos cruzamentos destes eixos estarão os pontos de locação. Na cravação, serão utilizados bate-estacas devidamente dimensionados para as seções das estacas e as profundidades a serem atingidas.
Deverão ser obedecidas, rigorosamente, as definições de projeto quanto a: Seções e quantidades de estacas por bloco; Inclinações das estacas; Condições de nega; Profundidades de cravação.
ii. Vantagens e desvantagens (limitações) da estaca estudada; Assim como as estacas de madeira, as estacas metálicas têm como um de seus aspectos positivos a facilidade no transporte e manuseio, tanto na emenda quanto no corte. Este tipo de estaca demonstra excelente desempenho estrutural, seu comportamento em esforços de compressão, tração e absorção de cargas horizontais é muito bom. Durante o seu processo de execução, através de cravação, os elementos estruturais apresentam boa resistência aos impactos enérgicos do martelo de bate-estacas, por isso sua penetração ao solo ocorre de maneira relativamente fácil e causam poucas vibrações, o que ajuda a viabilizar o projeto, pois quando há edificações vizinhas antigas, residenciais ou muito próximas ao empreendimento e a execução da estaca resulte em magnitudes altas de vibrações o projeto pode-se tornar inviável.
Contudo, o seu alto custo de aquisição restringe o seu uso e diminui a frequência de utilização deste tipo de estaca. Outro indicador desfavorável à sua utilização é o fato de perderqualidade de desempenho e durabilidade quando expostas à águas agressivas e solos corrosivos, como por exemplo pântanos e solos contaminados. Em argilas moles, durante sua execução através da cravação das estacas, se existirem pedregulhos graúdos ou seixos, a manutenção da verticalidade torna-se difícil, por isso para este tipo de solo as estacas metálicas não são a melhor opção.
iii. Características técnicas das estacas (informações sobre diâmetros utilizados/fornecidos, carga estrutural admissível, comprimento nominal, etc.);
Seu comprimento pode chegar até 20 metros.
iv. Aplicações; A utilização no Brasil dos perfis metálicos como elementos de fundações profundas tem ganhado grandes avanços. Até pouco tempo, as estacas metálicas eram tidas apenas como soluções alternativas para casos especiais, como exemplo: nos pilares de divisa, em estruturas de contenções, para atravessar lentes de pedregulhos ou concreções ou quando se queriam reduzir as vibrações decorrentes da cravação de estacas de deslocamento. Por este motivo, durante muito tempo houve falta de perfis adequados no mercado para a utilização em fundações (como alternativo utilizado: trilhos soldados, tubos metálicos, perfis laminados, perfis soldados).
Este cenário tem mudado, e hoje já há disponíveis perfis de um mesmo grupo, com mesma altura interna e dimensões externas praticamente iguais; o que permite a criação de estacas metálicas de seção transversal decrescente com a profundidade. Isso é possível devido à redução, devido a atrito lateral, da carga resultante na estaca. Os perfis laminados fabricados no Brasil seguem as especificações da norma ASTM A6/6M e são produzidos em aço ASTM A 572, grau 50, com tensão de escoamento de ƒ = 3.500,00 kg/cm² (38% maior em comparação com o aço ASTM A 36).
v. Caso de obra (apenas citar); Ampliação do berço 108 do Porto de Itaqui
Estacas pré-moldadas em concreto armado (centrifugado e protendido)
i. Metodologia executiva; O projeto de fundações com estacas pré-moldadas deve considerar os carregamentos da estrutura, a resistência das camadas do solo e a viabilidade de acesso e de movimentação de bate-estacas no canteiro. Também deve determinar qual equipamento será utilizado para cravação das estacas. 
O maquinário pode ser de queda-livre, hidráulico ou pneumático (diesel), sobre rolo ou sobre esteira, e é definido em função das cargas, dimensões das estacas, acessos, capacidade de suporte do solo na cota de cravação etc. Em geral, equipamentos dotados de martelos do tipo queda-livre proporcionam eficiência (relação entre a energia disponível e aquela efetivamente transferida às estacas) situada entre 40% e 60% e eficácia (número de golpes por minuto desferido sobre as estacas) entre 30 e 40.
Já os equipamentos dotados de martelos hidráulicos proporcionam eficiência de 75% a 90% e eficácia entre 60 e 100, além de possibilitarem maior velocidade de manobras e, por consequência, redução de tempo nas operações de cravação. Antes de iniciar a cravação, a fiscalização deverá aprovar o equipamento a ser utilizado pela construtora. Para tanto, deverá checar: a altura da torre, incluindo-se aí a altura máxima de queda do martelo; tipo e peso do martelo; além de equipamentos auxiliares.
ii. Vantagens e desvantagens (limitações) da estaca estudada; As estacas pré-moldadas de concreto armado, por serem produtos industrializados, produzidos em fábricas, ou mesmo pré-moldados in loco, têm como aspectos positivos a garantia de qualidade da estaca e precisão geométrica. Além disso, pode ser fabricada modularmente, pois há a possibilidade de emenda e a capacidade de carga é boa. Favorece a capacidade de carga de solos não coesivos, porque seu processo de execução, cravação, ajuda na compactação do solo e reduz recalques. Pode-se dizer que este tipo de estaca seja um tipo de estaca paradoxal, pelo motivo de que alguns fatores que favorecem a sua utilização serem os mesmos que torne onerosa e dificultem sua execução; Como sua produção não ocorre no local onde será implantada é necessário que seja prevista em cálculo armaduras para transporte e suspensão. Suas dimensões, seção transversal e comprimento, têm limitações devido à relação que seu peso próprio tem com o transporte e implantação das estacas, isso porque estacas muito pesadas inviabilizariam o transporte, que representa alto custo operacional, e no Brasil, em geral, os guindastes disponíveis não suportariam estacas com peso muito elevado. Outro fator paradoxal é a compactação de solos não coesivos através da cravação, pois com o aumento da compacidade do solo a dificuldade de cravação de estacas sucessoras também aumenta, gerando vibrações de alta magnitude.
Outros fatores negativos que estas estacas apresentam são a suscetibilidade a deterioração se a água do lençol freático contiver sulfatos ou ácida, dificuldade de manuseio relevante e, em consequência da cravação de estacas de seção cheia, há um grande deslocamento de solo.
iii. Características técnicas das estacas (informações sobre diâmetros utilizados/fornecidos, carga estrutural admissível, comprimento nominal, etc.);
As peças são fornecidas em elementos com comprimentos variáveis entre 4 m e 12 m. Quando há necessidade de comprimentos maiores, as estacas podem ser emendadas pela união soldada de dois anéis previamente fundidos nas extremidades, ou pela utilização de luvas de aço, criando uma "rótula" no local da emenda.
iv. Aplicações; As estacas pré-moldadas de concreto são excelentes opções para execução de fundação em solos com lençol freático próximo ao nível do solo.
Em obras de infraestrutura, as estacas pré-moldadas de concreto encontram aplicação na construção de pontes, aeroportos e arenas esportivas, entre outros.
v. Caso de obra (apenas citar); Estádio Mané Garrincha
Estacas moldadas “in situ” com revestimento recuperado (ex.: Strauss, Simplex, Franki Standard, etc.)
i. Metodologia executiva; 
Há dois tipos de estacas de concreto armado, um deles, estacas pré-moldadas, foi citado acima, o outro tipo são as estacas moldadas in loco e para este tipo de estaca existem diversos tipos, diferenciando-se entre eles o processo de execução.
ESTACAS FRANKI
A estaca Franki é um desses tipos e são executadas com o lançamento de concreto em perfurações previamente executadas no terreno, através de cravação de tubo de ponta fechada, que é retirado posteriormente à concretagem. O fechamento pode ser feito no inicio da cravação do tubo ou em etapa intermediária, por meio de material granular ou peça pré-fabricada de aço ou de concreto.
ESTACAS STRAUSS
As estacas tipo Strauss foram projetadas, inicialmente, como alternativa às estacas pré-moldadas cravadas por percussão devido ao desconforto causado pelo processo de cravação, quer quanto à vibração ou quanto ao ruído. Trata-se de uma variante das estacas tipo Franki, sendo diferenciadas pelo processo de execução. O processo de execução das estacas Strauss consiste na retirada de terra com sonda ou piteira e, simultaneamente, introduzir tubos metálicos rosqueáveis entre si, até atingir a profundidade desejada e posterior lançamento de concreto com apiloamento e retirada da tubulação. 
ii. Vantagens e desvantagens (limitações) da estaca estudada;
ESTACAS FRANKI
Este tipo de estaca apresenta boa qualidade de execução e permite o controle desta execução. Por ser uma estaca de concreto armado possui alta capacidade de carga e o processo de cravação compacta solos coesivos. O fechamento do tubo, citado anteriormente, exclui a influência do nível d’água do lençol freático e o seu comprimento pode ser ajustado de acordo com a variação do nível da camada resistente.
Por outro lado, mesmo que seu comprimento possa ser ajustado, há limitações por seu processo de execução ser feito através de cravação, há vibração resultante no solo e, ainda, durante a cravação do revestimento é necessário que se tenha cuidados para que as estacas adjacentes não sejam danificadas, existe a possibilidade da cravação de uma estaca provocar o levantamento de estacas adjacentes,sendo que o recomendado é que as estacas sucessoras só devem ser executadas quando o concreto das antecessoras adjacentes endurecer. Pode ocorrer estrangulamento, quando o lançamento do concreto enrosca no tubo e há diminuição da seção transversal, o que é agravado em razão desse tipo de estaca não admitir grandes diâmetros.
ESTACAS STRAUSS
Por utilizar equipamento leve esse processo não apresenta vibrações e trepidações em prédios vizinhos, o que facilita a sua utilização. As possibilidades desse processo abrangem a execução da estaca com o comprimento de projeto, a verificação durante a perfuração da presença de corpos estranhos no solo, por exemplo, matacões, permitindo a mudança de locação da estaca antes da concretagem e evitando custos adicionais gerados pela produção e execução de uma nova estaca. Permite, ainda, a fiscalização, através de uma comparação dos dados obtidos pela sondagem do solo com o que está sendo retirado do maciço. A alta mobilidade do equipamento permite a execução desse tipo de estaca em terrenos pequenos, situação muito encontrada em grandes cidades onde o solo é muito valorizado.
Contudo, este tipo de estaca demonstra baixo desempenho quando o esgotamento da água no furo feito por uma sonda for insuficiente, por isso sua utilização em níveis profundos de lençol freático não é recomendado. Em argilas muito moles saturadas e em areias submersas há o risco de seccionamento do fuste pela probabilidade alta de entrada de solo. Um controle metódico e rigoroso durante a retirada do tubo deve ser aplicado, porque a maior ocorrência de falhas com esta estaca ocorre neste momento.
iii. Características técnicas das estacas (informações sobre diâmetros utilizados/fornecidos, carga estrutural admissível, comprimento nominal, etc.);
O comprimento de estacas moldadas no local ultrapassa 40 metros.
iv. Aplicações; 
ESTACAS FRANKI
As estacas Franki podem ser construídas em qualquer tipo de terreno, inclusive com a presença de lençol freático. Em solos moles é importante ter um cuidado especial, neste caso é possível adotar técnicas para estabilização das paredes da escavação ou utilizar um tubo metálico perdido para auxílio na concretagem.
ESTACAS STRAUSS
As situações e os tipos de solos adequados para execução de estaca Strauss são: Terrenos planos; Solos colapsivos; Solos de baixa resistência; Locais confinados; Terrenos acidentados.
Os tipos de solos não adequados para execução de estaca tipo Strauss são: Solos com lençol freático alto; Areia saturada e argila muito mole; Solos de alta resistência; Matacão; Rochas; Argilas Rijas; Entre outros solos com alta resistência.
v. Caso de obra (apenas citar);
ESTACAS FRANKI
Shopping na Av. Andradas 3000 – Belo Horizonte - MG
ESTACAS STRAUSS
Edifício Victor Bouissou Mota, Bairro Gutierrez – Belo Horizonte – MG
Estacas escavadas com utilização de lama bentonítica
i. Metodologia executiva; Geralmente, a concretagem é realizada com um tubo tremonha. A técnica é suficientemente desenvolvida e pode produzir excelentes resultados. O deslocamento de sedimentos de fundo é facilitado pela capacidade da bentonita conservar areia e outras partículas em suspensão. A concretagem é relativamente simples na ausência de revestimento. 
Em argilas muito moles, pode ser necessário um revestimento permanente, a fim de assegurar uma seção de estaca satisfatória e uniforme.
As perfuratrizes podem ser desviadas da posição correta por matacões e outros obstáculos. A tolerância para verticalidade aceita é da ordem de 1:75.
Estacas executadas sob bentonita podem ter outras seções transversais que a circular. Ferramentas adequadas para escavação permitem obter seções retangulares ou cruciformes, vantajosas no caso de solicitações laterais. 
ii. Vantagens e desvantagens (limitações) da estaca estudada;
Apresentam como vantagens: Possibilidade de execução em zonas urbanas, pois nao produzem perturbações na vizinhança em decorrência de levantamento do solo ou vibrações durante a instalação; Cargas admissíveis elevadas (acima de 10.000 kN); Adaptação fácil às variações de terreno; Conhecimento do terreno atravessado; etc.
Como desvantagens mencionam-se: Vulto dos equipamentos necessários (perfuratriz, guindaste auxiliar, central de lama etc.); Canteiro de obras mais difícil de manter; Mobilização de grandes volumes de concreto para utilização em curto intervalo de tempo.
As limitações práticas a execução de escavações sob suspensão de bentonita são: Camadas muito permeáveis que permite, uma perda apreciável de suspensão de bentonita e, consequentemente, impedem a manutenção de um nível de suspensão correto (solos com permeabilidade de até 10 m/s podem ser estabilizados com suspensões de bentonita de concentração de até 6% em peso); Cavidades que podem conduzir a perdas repentinas ou excessivas de suspensão; Camadas muito fracas, tais como argilas muito moles, com coesão menor que 10 kPa (argilas muito moles podem apresentar problema na contenção do concreto fresco e um revestimento pode ser necessário, ainda que as condições de escavação tenham sido satisfatórias); Agua artesiana.
iii. Características técnicas das estacas (informações sobre diâmetros utilizados/fornecidos, carga estrutural admissível, comprimento nominal, etc.);
iv. Aplicações; Essa técnica surgiu em torno de 1952 (Fleming e Sliwinski, 1977) e as estacas são executadas nas mais diversas condições de terreno, com comprimentos que ultrapassam os 50 m e seção transversal circular (de até 2,50 m de diâmetro) ou retangular (estacas-diafragma ou barrettes).
v. Caso de obra (apenas citar); Obra do tipo residencial localizada na Rua Augusta de número 852, São Paulo.
Estacas escavadas com injeção (ex.: raíz, micro-estaca)
i. Metodologia executiva; 
ESTACAS-RAIZ 
Segundo a NBR 6122, a estaca-raiz caracteriza-se pela execução por perfuração rotativa ou rotopercussiva e por uso de revestimento (conjunto de tubos metálicos recuperáveis) integral no trecho em solo, e que é completada por colocação de armação em todo comprimento e preenchimento com argamassa cimento-areia. A argamassa é adensada com o auxílio de pressão, em geral dada por ar comprimido.
MICRO-ESTACAS
Perfuração - usa-se o processo rotativo, com circulação de água ou lama bentônica. Quando necessário - caso de areias fofas e argilas moles - coloca-se um tubo de revestimento provisório. 
Armadura - pode ser constituída por uma gaiola de vergalhões ou por um tubo de aço munido de válvulas expansíveis de borracha ("manchetes"), através das quais será injetada calda de cimento sob pressão. Caso seja usada uma gaiola, um tubo com válvulas manchetes é colocado no interior dela.
Injeção - numa primeira etapa, preenche-se o espaço anelar entre as paredes do furo e o tubo de injeção com calda de cimento. Forma-se assim uma bainha, que impedirá o fluxo a superfície da calda de cimento que será injetada sob pressão. A segunda etapa consiste na injeção de calda de cimento sob pressão (com até 20kgf/cm²) através das válvulas manchetes, uma a uma, a fim de se ter o controle da quantidade de calda consumida e da pressão de injeção. A injeção pode se processar em uma ou quantas fases forem necessárias para que se atinjam as pressões desejadas. Após a série de injeções, procede-se ao enchimento do tubo de injeção com argamassa ou calda de cimento. Dessa forma, obtém-se um fuste irregular - e expandido em relação a perfuração - semelhante a um bulbo de tirante.
ii. Vantagens e desvantagens (limitações) da estaca estudada;
ESTACAS-RAIZ
Essas estacas têm particularidades que permitem sua utilização em casos em que os demais tipos de estacas não podem ser empregados, pois: Não produzem choques nem vibrações; Há ferramentas que permitem executá-las através de obstáculos tais como blocos de rocha ou peças de concreto; Os equipamentos são, em geral, de pequeno porte, o que possibilita o trabalho em ambientes restritos; Podem ser executadas na vertical ou em qualquer inclinação. 
MICRO-ESTACAS
Vantagens: Diâmetro reduzido (10 a 20 cm); Grande comprimento; Qualquer direçãoespacial (entre 0 e 90 º); Aplicação válida em qualquer tipo de terreno; Capacidade de carga relativamente elevada mesmo em solos de características fracas ou impermeáveis funcionamento à tração ou compressão; Excelente controle de assentamentos; Versáteis; Equipamento de furação de baixa potência, rotativo, ligeiro, pouco volumoso e barato; Execução em espaços exíguos; Reduzidas vibrações e ruído; Perturbação mínima no terreno; Dispensa a realização de escavação; Rapidez e facilidade de execução; Economia de tempo e mão-de-obra; Possibilidade de adequada verificação/controle de execução
Desvantagens: Necessidade de recorrer a firmas especializadas com equipamento e mão de-obra adequados; Limitação da capacidade de carga (até 1000 a 1300 kN) em virtude dos pequenos diâmetros; Apenas mobilizam atrito lateral em terrenos com NSPT > 40 pancadas; Reduzida capacidade para transmitir cargas por ponta; Limitação à encurvadura (elevada esbelteza), em solos com zonas ocas ou vazios
iii. Características técnicas das estacas (informações sobre diâmetros utilizados/fornecidos, carga estrutural admissível, comprimento nominal, etc.);
ESTACAS-RAIZ
MICRO-ESTACAS
Estaca de pequeno diâmetro (8 cm a 40 cm, sendo mais utilizadas entre os 10 e 20 cm), executada in situ, com elevada capacidade resistente (300 a 1300 kN).
iv. Aplicações; 
ESTACAS-RAIZ
As estacas-raiz (na Itália, pali-radice) foram desenvolvidas, em sua origem, para a contenção de encostas, quando eram cravadas formando reticulados. Posteriormente, foram utilizadas em reforços de fundações e, em seguida, como fundações normais.
MICRO-ESTACAS 
As primeiras microestacas eram tirantes injetados que poderiam trabalhar a compressão. Em nosso país elas foram introduzidas pelo Prof. A. J. da Costa Nunes, o pioneiro na execução de tirantes injetados em solo.
v. Caso de obra (apenas citar); 
ESTACAS-RAIZ
Pier de atracação da obra Belo Monte no Sítio Pimental
MICRO-ESTACAS 
Reabilitação do Theatro Circo em Braga, Portugal
Estaca tipo hélice-contínua
i. Metodologia executiva; A norma NBR 6122 descreve esse tipo de estaca como de concreto moldada in loco, executada mediante a introdução no terreno, por rotação, de um trado helicoidal continuo e de injeção de concreto pela própria haste central do trado, simultaneamente a sua retirada. A armação sempre é colocada após a concretagem da estaca.
ii. Vantagens e desvantagens (limitações) da estaca estudada; 
Vantagens: Alta produtividade comparada a outros tipos de estacas de fundação; Alta capacidade de carga das estacas; Não gera vibrações no terreno. Mesmo assim, recomenda-se a realização de um laudo técnico nas edificações vizinhas para evitar futuros problemas; Conta com monitoramento eletrônico em toda a sua execução, controlando a profundidade, a inclinação e verticalização do trado helicoidal, velocidade de rotação e avanço do trado, dentro outros; Podem ser executadas estacas de grande profundidade, até 38 metros aproximadamente; Podem ser executadas acima ou abaixo do lençol freático; Penetra camadas resistentes do solo.
Desvantagens: É um equipamento grande e por isso necessita-se de uma área ampla na obra e de terreno plano ou pouco inclinado para a sua instalação; Não podem ser executadas em terrenos com presença de rochas e matacões; Custo relativamente alto se comparado a outros métodos de execução de fundações devido a mobilização dos equipamentos.
iii. Características técnicas das estacas (informações sobre diâmetros utilizados/fornecidos, carga estrutural admissível, comprimento nominal, etc.);
iv. Aplicações; A escolha por esse sistema de fundação depende não só das características do terreno ou dos custos envolvidos, mas também de aspectos da vizinhança do canteiro. Essas estacas são, por exemplo, mais indicadas do que estacas cravadas quando há restrições relacionadas à vibração ou a impactos sonoros. A opção por estacas hélice contínua pode ser determinada também pela disponibilidade de equipamentos.
v. Caso de obra (apenas citar); Torre de estrutura metálica que abriga equipamentos de apoio ao tratamento de minérios, localizada dentro de um site de mineração, na região central do Estado de MG.
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