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BANNER Os resultados da pesquisa sobre os impactos das mudanças climáticas nas secas do bioma amazônico destacam a crescente frequência e intensidade desses eventos na região. Evidências apontam para uma maior vulnerabilidade da floresta amazônica a períodos prolongados de seca, resultando em danos significativos à biodiversidade e à saúde do ecossistema. Além disso, as secas exacerbam o risco de incêndios florestais, ampliando os impactos negativos sobre a vegetação e aumentando as emissões de carbono para a atmosfera. As comunidades locais também são afetadas, enfrentando desafios relacionados à disponibilidade de água, segurança alimentar e meios de subsistência. Medidas de adaptação e mitigação são urgentemente necessárias para proteger a Amazônia e suas populações, incluindo estratégias de manejo florestal sustentável, conservação de áreas protegidas e fortalecimento da resiliência das comunidades locais. Esses resultados destacam a importância crítica de abordar as mudanças climáticas e suas consequências para a Amazônia, não apenas para a região, mas também para o equilíbrio climático global e a sustentabilidade do planeta. Além disso, os tratados, convenções e leis revelam que as ações tomadas até o momento não foram suficientes para conter os riscos das mudanças climáticas. Esta pesquisa considerou os conceitos de 'perigo', 'risco' e 'crise', focando em três crises - ambiental, sanitária e social - relacionadas às mudanças climáticas. Explorando as vulnerabilidades dos grupos, destacou desigualdades acentuadas pelas vulnerabilidades climáticas. Também abordou a justiça ambiental e princípios ambientais, propondo a antecipação, adaptação e mitigação dos riscos ambientais. Além disso, o estudo apresentou uma linha do tempo de eventos relacionados às mudanças climáticas, citando leis, tratados e convenções relevantes. Finalmente, discutiu a emergência de um direito da natureza a ser protegida, ilustrando com músicas de protesto ambiental entre 1963 e 1972, destacando o movimento ecológico e sua filosofia ambiental. PESQUISA Em mundo onde a atividade humana não tivesse aquecido o planeta em cerca de 1,2ºC, não houvesse uma atividade agrícola tão intensa e no qual a falta de chuvas e a elevada evaporação não contribuíssem para deixar o solo menos úmido, uma seca assim pode ter acontecido apenas uma vez a cada 1.500 anos, indica o estudo. As mudanças climáticas tornaram uma seca desta gravidade cerca de 30 vezes mais provável, segundo os cientistas, e espera-se agora que ocorra uma a cada 50 anos nas condições atuais. As projeções feitas no estudo indicam consequências diretas na região amazônica. Os impactos futuros do clima apontam uma possível diminuição da biodiversidade, em virtude das alterações no ciclo reprodutivo de plantas e animais. Outro efeito importante seria o processo de savanização da floresta amazônica, devido ao aumento da temperatura. As mudanças do clima também podem provocar transformações em fenômenos naturais recorrentes na floresta amazônica, como o período das cheias dos rios. Por causa das alterações no volume de chuvas e elevação da temperatura, podem ocorrer eventos extremos, como secas e inundações. Estes fenômenos climáticos poderiam impactar a irrigação, a perda do potencial de pesca e a redução da produção agrícola, afetando diretamente a segurança alimentar das populações que vivem nessa região.