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8/11/2021
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Aspectos Fisiológicos e 
Nutricionais na Gestação
Profa Maria Fernanda Castioni
Agradecimentos especiais a Profª Caroline Romeiro
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https://youtu.be/mhmcTP_rz2M
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Introdução
• A gestação é acompanhada por alterações
ANATÔMICAS, FISIOLÓGICAS e PSICOLÓGICAS
que afetam quase todas as funções orgânicas
da gestante.
– Regular o metabolismo materno;
– Promover o crescimento fetal;
– Preparar a mãe para o trabalho de parto e
lactação.
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Confirmação da gravidez
• Baseado na história, 
no exame físico e 
nos testes 
laboratoriais.
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Confirmação da gravidez
• Avaliação clínica
– Amenorreia, N/V e anorexia, congestão mamária, aumento
do volume uterino e abdominal, auscuta dos batimentos
cardíacos do feto (sonar-doppler: 12ª semana).
• Hormonal
– Parâmetro mais precoce e exato, investiga a produção do
hormônio HCG (Gonadotrofina Coriônica Humana) pelo
ovo.
• Ultrassonográfica
– A partir da 4ª semana de amenorreia (saco gestacional).
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• Deve incluir ações de promoção e prevenção da saúde, além 
de diagnóstico e tratamento adequado dos problemas que 
possam vir a ocorrer nesse período;
• Deve ter como características essenciais a qualidade e a 
humanização (valorização dos diferentes sujeitos implicados 
no processo de produção de saúde).
• Principal objetivo:
– Acolher a mulher desde o início da gravidez, assegurando, no fim da 
gestação, o nascimento de uma criança saudável e a garantia do bem-
estar materno e neonatal.
Atenção pré-natal e puerperal
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Taxa Metabólica Basal
• Aumento do metabolismo basal entre 15 e 
20%, a partir do 3º mês
• Pra suprir o aumento das funções renais e 
cardíaca e as necessidades fetais
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Metabolismo energético 
• O feto requer glicose e aminoácidos para seu
crescimento, mesmo em situação de jejum
materno;
• A glicose é rapidamente transferida para o
feto , por difusão facilitada, já que a glicemia
deste é sempre inferior a da mãe;
• Por isso a glicemia da mulher é sempre
inferior quando comparado ao período não
gestacional**
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Metabolismo energético
• Para atender às exigências fetais da glicose e
aminoácidos  ajustes metabólicos:
• Menor utilização periférica de glicose: 40 –
50% no 3º trimestre.
• Ineficácia da insulina pela redução na
sensibilidade tecidual materna à insulina.
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Metabolismo lipídico
• Visando conservar a glicose para o consumo
fetal e para o próprio sistema nervoso
materno, ocorrem ajustes no metabolismo
lipídico da gestante:
• mobilização da gordura corporal para
produção de energia para o metabolismo
materno – ocorre elevação dos níveis
plasmáticos de ácidos graxos, triglicerídios,
colesterol, lipoproteínas.
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Características Gerais
• Período gestacional – 40 semanas
• Aspectos fisiológicos, metabólicos e nutricionais:
– 1º trimestre
• Grandes modificações biológicas - Intensa divisão celular
• Saúde do embrião depende da condição nutricional pré-
gestacional da mãe
• Nova fase hormonal - N/V, privação alimentar
– 2º e 3º trimestres
• Meio externo exerce influência direta na condição
nutricional do feto
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Alterações corporais
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Diferenciação celular x Período gestacional
Idade gestacional Tipo de crescimento Velocidade Peso médio do feto
1º trimestre
(12 semanas)
Hiperplasia Lenta 12ª semana ≅≅≅≅ 300g
2º trimestre
(13 a 27 semanas)
Hiperplasia e hipertrofia Acelerada 27ª semana ≅≅≅≅ 1.000g
3º trimestre
(acima de 28 semanas)
Hipertrofia Máxima 38ª semana ≅≅≅≅ 3.000g
*Curva de ganho de peso do feto de acordo com a semana gestacional
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Idade Gestacional
• OBJETIVO: estimar o tempo de gravidez/a
idade do feto.
• Os métodos para essa estimativa dependem
da data da última menstruação (DUM), que
corresponde ao primeiro dia de sangramento
do último período menstrual referido pela
mulher.
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Idade Gestacional
• DUM é conhecida
– Somar o número de dias do intervalo entre a DUM e a data da 
consulta, dividindo o total por 7 (resultado em semanas) ou 
gestograma.
• DUM é desconhecida, mas a gestante conhece o período do mês 
em que ela ocorreu
– Para o início, meio ou fim do mês, considerar como DUM os dias 5, 15 
e 25, respectivamente.
• Data e período são desconhecidos
– Determinação aproximada pelo obstetra, considerando a medida da 
altura do fundo do útero, toque vaginal e informação sobre a data do 
início dos movimentos fetais (16-20ª semana).
– Ultrassonografia obstétrica.
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Data Provável do Parto
• OBJETIVO: estimar o período provável para o 
nascimento.
• Considerar a duração média da gestação 
normal (280 dias ou 40 semanas a partir da 
DUM) com utilização de calendário ou 
gestograma.
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• Calculadora gestacional pela data da concepção
• Outro método para chegar à possível data de 
parto é através do cálculo usando o dia da 
concepção. Neste caso, é preciso pegar o dia da 
concepção, somar 280 e dividir por 7. O resultado 
chega à quantidade de semanas que o bebê 
provavelmente terá na época de seu nascimento. 
Então, a gestante deve considerar a data de 
concepção como a primeira semana e somar a 
quantidade de semanas obtida na conta para 
chegar à provável data.
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O resultado gerado pela calculadora é apenas 
uma estimativa do período mais favorável para 
o nascimento do bebê. Apesar da base de 
cálculo usada levar em consideração uma 
gravidez que durou exatamente 40 semanas, 
não é incomum que um bebê já esteja pronto 
para nascer entre a 37ª e a 39ª semanas, 
assim como de forma mais tardia do previsto, 
entre a 40ª e 42ª semanas.
O resultado gerado pela calculadora é apenas 
uma estimativa do período mais favorável para 
o nascimento do bebê. Apesar da base de 
cálculo usada levar em consideração uma 
gravidez que durou exatamente 40 semanas, 
não é incomum que um bebê já esteja pronto 
para nascer entre a 37ª e a 39ª semanas, 
assim como de forma mais tardia do previsto, 
entre a 40ª e 42ª semanas.
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PLACENTA
• Órgão de alta complexidade metabólica.
• Estrutura esponjosa, oval, com diâmetro de 15 a 17 cm
e peso aproximado de 450-650 g na gestação a termo.
• Função:
– Transporte de oxigênio e nutrientes da mãe para o feto;
– Eliminação dos produtos originários do metabolismo fetal;
– Produção de substâncias (glicogênio, colesterol e ácidos
graxos) e hormônios (estrogênio e progesterona)
necessários ao crescimento e desenvolvimento fetal;
– IgG única imunoglobulina que passa pela placenta 
confere imunidade contra as mesmas doenças para as quais
a mãe está protegida!
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Hormônios e ações na gestação 
• Gonadotrofina Coriônica Humana (HCG)
– Detectada no sangue 8 dias após a fecundação e em 
15 dias se pesquisada na urina. Indispensável para a 
manutenção inicial da gestação.
• Progesterona
– Principal ação: relaxar a musculatura lisa do útero.
• Estrogênio
– Principal ação: aumentar a elasticidade da parede 
uterina e do canal cervical.
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Hormônios e ações na gestação 
• Lactogênio Placentário Humano (hPL)
– Antagoniza a ação da insulina; inicia a lactogênese
(ação mamotrófica).
• Insulina (pâncreas)
– Gestação é considerada um estado hiperinsulinêmico.
• Tiroxina (tireoide)
– Regula as reações oxidativas envolvidas na produção 
de energia (TMB).
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Adaptações fisiológicas
• Modificações gastrintestinais:
Volume uterino aumentado deslocamento
cefálico do estômago;
Reduz a função da cárdia, aumento de secreção
gástrica favorece refluxo GE, pirose e esofagite;
Alterações hormonais levam a aumento do
tempo de trânsito intestinal, relaxamento e
dilatação das fibras musculares lisas 
constipação.
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Adaptações fisiológicas
• Modificações renais:
 1º trimestre: rápida elevação do fluxo plasmático renale da filtração glomerular;
 No 4º mês: aumento em até 50% comparado às não
grávidas;
 No último trimestre os valores reduzem lentamente
em direção à normalidade;
 Progesterona (no final da gestação): dilatação de
cálices renais, pelve e ureteres + crescimento uterino
comprime estruturas da pelve estase urinária (risco
de infecção do TU).
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Adaptações fisiológicas
• Modificações hematológicas:
Aumento da vascularização maior perfusão
sanguíneo devido à hipertrofia e dilatação
uterina;
Volume total de sangue aumenta em torno de 40
a 50%;
Velocidade de expansão: 24ª semana.
Até a 20ª semana hemodiluição (anemia
fisiológica) quantidade de hemácia x volume
plasmático  período de adaptação.
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Adaptações fisiológicas
• Modificações no sistema circulatório:
Carga adicional de trabalho cardíaco  devido ao
volume plasmático aumentado;
Amenta volume de sangue, débito cardíaco e
frequência cardíaca;
Aumento da volemia estimulado pelo
estrogênio e mediado pelo sistema renina-
angiotensina-aldosterona retenção de sódio e
água.
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Alterações Fisiológicas
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Avaliação Nutricional da 
Gestante
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Avaliação Nutricional de Gestantes
• A avaliação do estado nutricional da gestante é 
um cuidado indispensável e essencial durante o 
pré-natal!!!
• Esta avaliação consiste em :
• Calcular a idade gestacional (todas as consultas);
• Medir a altura (1º consulta pré-natal); 
• Peso (todas as consultas);
• Dosagem bioquímicas 
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• Anamnese geral (alimentar, sócio-econômica, 
cultural, religiosa, antecedentes clínicos, 
gineco-obstétricos, estilo de vida, uso de 
medicamentos ou drogas) 
• Avaliação antropométrica 
• Avaliação dietética 
• Avaliação bioquímica 
• Avaliação clínica (sinais e sintomas)
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• Intensa divisão celular
• Peso do feto na 12ª sem = 300g
• Saúde do embrião depende da condição 
nutricional pré-gestacional da mãe
• Não há necessidade de aumento do 
consumo energético nesta fase.
Gestação – 1º trimestre
Do início da concepção até 13ª semana
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Gestação – 2º Trimestre
da 14ª semana até a 27ª semana
– Hiperplasia e hipertrofia aceleradas
• Peso do feto na 27ª semana = 1000g
Gestação – 3º trimestre
Da 28ª semana até 40ª semana
– Hipertrofia máxima
• Peso do feto na 38ª semana = 3000g
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Componentes do ganho de pesoComponentes do ganho de peso
Componentes Ganho de peso (kg)
Criança ao nascimento 3,5 kg
Placenta 0,5 kg
Fluido amniótico 1,0 kg
Aumento do útero 1,0 kg
Aumento da mama 1,4 kg
Aumento do volume sangüíneo (1,5 ml) 1,8 kg
Aumento dos fluidos maternos 1,8 kg
Reservas de gordura materna 1,8-3,6 kg
TOTAL 12,8-14,6 kg
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– Peso (todas as consultas)
– Cálculo da idade gestacional (todas as 
consultas)
– Altura (1º consulta pré-natal)
• EN: permite subsidiar previsão de ganho de peso 
até o final da gestação.
Toda gestante deve ter seu estado nutricional avaliado 
durante a gestação, como rotina do pré-natal;
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL:
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Diagnóstico Nutricional inicial:
– IMC Pré-gestacional referido (até 2 meses antes) ou
– IMC com medição até 13º semana ou
– IMC com dados da 1º consulta pré-natal
IMC - Como avaliar?
IMC = Peso (kg) / Altura2 (m)
Cálculo da Semana Gestacional
Fonte:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_basicas_sisvan.pdf
EXERCÍCIO
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Índice de 
massa 
corporal 
segundo 
semana de 
gestação –
recomendado 
pela OMS 
desde 1990
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Índice de Massa Corporal na gestação 
• Ponto de corte mínimo = 19,8 Kg/m2
* A partir do 2º trimestre. Ganho de peso no 1º trimestre entre 0,5 a 2 Kg.
**Gravidez Gemelar – 16 a 20,5 Kg (750 g/semana a partir do 2º trimestre).
IMC pré-gestacional
(Kg/m2) 
Ganho de peso total
(Kg)
Ganho de peso semana*
(g/sem)
< 19,8 (baixo peso) 12,5 a 18 500 (440 a 580)
19,8 a 26 (eutrofia) 11,5 a 16 400 (350 a 500)
26 a 29 (sobrepeso) 7 a 11,5 300 (230 a 330)
> 29 (obesidade) 5 a 9 200 (170 a 270)
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Ganho de Peso
• ATENÇÃO!!!
– Ganho de peso excessivo acompanhado de edema 
súbito pode indicar quadro patológico, como 
distúrbio hipertensivo da gravidez (pré-eclâmpsia).
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Como determinar o valor 
calórico da dieta?
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Como planejar a dieta da gestante?
Avaliação 
nutricional
Diagnóstico 
nutricional
Conduta dietética
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RECOMENDAÇÕES DO INSTITUDO 
DE MEDICINA – DRI (2002)
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EER grávidas = EER não grávidas + adicional de 
energia gasto na gestação + energia de deposição
Idade de 14 a 18 anos (adolescentes)
1º Trimestre : EER de adolescentes
2º Trimestre: EER de adolescentes + (8 kcal por semana de gestação) +180 kcal
3º Trimestre: EER de adolescentes + (8 kcal por semana de gestação) +180 kcal
Idade de 19 a 50 anos (adultos)
1º Trimestre : EER de adultos
2º Trimestre: EER de adultos + (8 kcal por semana de gestação) +180 kcal
3º Trimestre: EER de adultos + (8 kcal por semana de gestação) +180 kcal
ATENÇÃO: Na referência da Vitolo ela considera 2º trimestre na 20ª semana e 3º trimestre 
na 34ª semana. Única referência que considera dessa forma!
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MÉTODO SIMPLIFICADOMÉTODO SIMPLIFICADO
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Cálculo simplificado VERCálculo simplificado VER
(IOM,2000)(IOM,2000)
1. Com peso ideal GESTACIONAL, por meio do IMC adaptado
para gestante
Gestantes baixo peso/eutróficas
VER= P.I. gestacional x 36 Kcal
Gestantes obesas
considerar 30kcal/kg de peso
Gestantes adolescentes
considerar entre 38 e 50kcal/kg de peso
1. Com peso ideal GESTACIONAL, por meio do IMC adaptado
para gestante
Gestantes baixo peso/eutróficas
VER= P.I. gestacional x 36 Kcal
Gestantes obesas
considerar 30kcal/kg de peso
Gestantes adolescentes
considerar entre 38 e 50kcal/kg de peso
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As RDAs italianas recomendam adicional de :
69 kcal/dia 1o trimestre
266 kcal/dia 2o trimestre
496 kcal/dia 3o trimestre
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DISTRIBUIÇÃO DE 
MACRONUTRIENTES
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45454545----65% do VET 65% do VET 65% do VET 65% do VET 
proveniente de proveniente de proveniente de proveniente de 
CHOCHOCHOCHO
175g/dia175g/dia175g/dia175g/dia
Gestantes Gestantes Gestantes Gestantes 
saudáveissaudáveissaudáveissaudáveis
acréscimo de acréscimo de acréscimo de acréscimo de 
45g/dia45g/dia45g/dia45g/dia
CARBOIDRATOS
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Lipídeos
Recomendação = 25 a 30% Recomendação = 25 a 30% Recomendação = 25 a 30% Recomendação = 25 a 30%  suficiente!suficiente!suficiente!suficiente!
Ácidos graxos Ácidos graxos Ácidos graxos Ácidos graxos 
essenciaisessenciaisessenciaisessenciais
VitaminasVitaminasVitaminasVitaminas
AAAA
DDDD
EEEE
KKKK
ColesterolColesterolColesterolColesterol
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Ômega 3Ômega 3
Essencial para desenvolvimento do sistema 
nervoso e visual
Nutrição inadequada,
consumo de gordura e óleos com alta proporção de
ω6 e muito baixo aporte de ω3, gestações frequentes e 
múltiplas podem diminuir consideravelmente as 
reservas de ácidos graxos de cadeia longa no feto
(Silva, 2007)
200mg DHA 200mg DHA 200mg DHA 200mg DHA + 100 a 150 mg EPA200mg DHA 200mg DHA 200mg DHA 200mg DHA + 100 a 150 mg EPA
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DHA na gestação até 2 anos de vida
Peixe ou algas (Schizochytrium sp.)
200 a 600mg DHA diário (na gestação e 
aleitamento)+ 150mg EPA
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DHA→ incorporado na
composição cerebral e 
retiniana
DHA no leite humano
depende da dieta
materna (0,1 a 1% total 
de lipídeos; no Brasil: 
0,09% **baixo)
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FAO,1985:
0,75 a 1g/kg de peso, mais o adicional de 6g;
 para adolescentes: 15 anos:1,7g/kg de peso ou>15 anos –
1,5g/kg. (ADA,1989)
NRC, 1989:
Adicional de 10g diárias = 60g/dia.
50% do total de proteínas deve ser de alto valor biológico
IOM,2000:
< 15 anos – 1,7g/ kg de peso
> 15 anos – 1,5g/ kg de peso
ADA,1989:
Para adolescentes, a American Dietetic Association (ADA, 1989)
recomenda: 15 anos – 1,7 g/Kg ou > 15 anos – 1,5 g/Kg.
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PROTEÍNAS
MÍNIMO 71G/ DIA (21G/ 
DIA SE DEPOSITAM NA 
PLACENTA) - IOM
1,2 G/KG (ATE 16 SEMANAS)
1,5G/KG (ATE 36 SEMANAS)
ELANGO AND BALL (2016)
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PROTEÍNASPROTEÍNAS
• Considerar perfil de aminoácidos da dieta e 
ingestão calórica.
Recomendação mínima (tradicional):
• DRIs – 0,8-1,1 g/Kg
• FAO/OMS (1985) – 0,75 a 1,0 g/Kg ++++ adicional de 
6g/dia
• Adolescentes (ADA, 1989)
– ≤ 15 anos – 1,7 g/Kg
– > 15 anos – 1,5 g/Kg
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Hidratação
AI (gestantes de 14 a 50 anos) para água 
total*
= 3 litros/dia
*Água pura, água das bebidas e água 
presente nos alimentos.
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RECOMENDAÇÕES 
MICRONUTRIENTES
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MICRONUTRIENTES
• Cálcio
– Modificações hormonais promovem ajustes no 
metabolismo de cálcio;
– Na gestação a absorção de Ca  aumentada em 
40%;
– Gestantes com ingestão adequada não se 
recomenda suplementação;
– Suplementação está indicada em gestantes com 
ingestão <600mg/dia (1,5 a 2g/dia, fracionado 
em 3x dia – OMS).
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MICRONUTRIENTES
• Ácido fólico
• Interfere na síntese de ácidos nucleicos, eritropoiese,
metilação de lipídeos, mielina, proteínas.
– Deficiência prejudica a divisão celular e a síntese proteica,
podendo ocorrer, ainda, anemia megaloblástica;
• Suplementação recomendada a fim de reduzir o risco de defeito do
tubo neural, sobretudo nos 28 primeiros dias de gestação.
– Outras complicações: sangramento no 3º trimestre, aborto,
descolamento de placenta, prematuridade, baixo peso ao
nascer, DHEG.
– Recomendação 600μg/dia – limite 1.000 μg/dia
– Começar pelo menos 1 mês antes da concepção e durante as
primeiras 12 semanas de gravidez, e prolongá-lo durante toda
a gravidez situações de gêmeos, doenças crônicas, vômitos de
repetição ou má absorção.
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MICRONUTRIENTES
• Iodo
Indispensável para a síntese de hormônios
tireoidianos, desenvolvimento cerebral,
maturação óssea, pulmonar e cardíaca;
Etapa crítica: 10-12 semanas (feto necessita
mais do hormônio tireoidiano materno);
Deficiência: abortos espontâneos, anomalias
congênitas, estrabismo, alterações do
desenvolvimento cerebral.
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MICRONUTRIENTES
• Ferro
– Eritropoiese fetal é assegurada pelas reservas 
maternas;
– Suplementação no último trimestre como medida 
profilática (OMS).
• Zinco
– Deficiência associada à má-formação congênita;
– Doses maiores que 60 mg Fe diárias (anemia) devem 
ser acompanhadas de suplementação de Zn.
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FERRO
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SUPLEMENTAÇÃO MEDICAMENTOSA 
DE FERRO
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MICRONUTRIENTES
• Vitamina A
– Função oxidante ao nascimento → recém-nascido produz
grande quantidade de radicais livres em resposta à exposição a
elevadas concentrações de oxigênio;
– Consumo excessivo pode ser tóxico e parece ser teratogênico
nos primeiros meses de gestação.
• Vitamina C
– Deficiência associada a aumento de risco de infecções, ruptura
prematura de membranas, parto prematuro e pré-eclâmpsia.
• Vitamina D
– Deficiência reflete ganho de peso insuficiente e distúrbio da
homeostase óssea na criança;
– Estímulo à exposição regular aos raios solares (30 minutos
diários).
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Vitamina D
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Recomendações dietéticas diárias para gestantes
<18 anos 19 a 30 anos 31 a 50 anos
Niacina (mg/d) 18 18 18
Folato (µg/d) 600 600 600
Vit.A (µg/d) 750 750 750
Vit.C (mg/d) 80 85 85
Vit.E (mg/d) 15 15 15
Vit.D (µg/d) 5 5 5
Vit.K (µg/d) 75 90 90
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Recomendações dietéticas diárias para gestantes
<18 anos 19 a 30 anos 31 a 50 anos
Niacina (mg/d) 18 18 18
Folato (µg/d) 600 600 600
Vit.A (µg/d) 750 750 750
Vit.C (mg/d) 80 85 85
Vit.E (mg/d) 15 15 15
Vit.D (µg/d) 5 5 5
Vit.K (µg/d) 75 90 90
Recomendações dietéticas diárias para gestantesRecomendações dietéticas diárias para gestantes
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Situações comuns e práticas alimentares 
durante a Gestação 
- Estratégias de Intervenção Nutricional -
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Náuseas e Vômitos
• Frequentes no 1º trimestre de gestação (6-20ª 
sem*).
• Condição nutricional prévia com maior impacto 
na formação e desenvolvimento do feto.
• Orientações:
– Refeições pequenas e mais frequentes;
– Dieta branda e com baixo teor de gordura;
– Consumo de alimentos secos pela manhã (horário 
mais comum das náuseas);
– Gengibre – gingerol.
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Pica
• Refere-se à ingestão de substâncias não 
alimentares, tais como terra, tijolo, sabão, cal de 
parede...
• Etiologia desconhecida
– Alívio náuseas e vômitos?
– Deficiência de ferro e cálcio?
• Riscos de contaminação por substâncias tóxicas, 
infecção por parasitas intestinais e diminuição do 
aporte de nutrientes saudáveis.
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Pirose
• Mais comum após as refeições devido à pressão 
do útero sobre o estômago.
• Orientações:
– Refeições pequenas e mais frequentes em 
ambiente tranquilo, evitando estresse durante a 
alimentação;
– Comer devagar, mastigando bem os alimentos.
• Cuidado: Restrição de alimentos ácidos (frutas 
cítricas) pode comprometer a ingestão de 
vitaminas.
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Constipação Intestinal
• Mudanças hormonais (aumento da 
progesterona) com relaxamento da 
musculatura lisa → diminuição do 
peristaltismo.
• Orientações:
– Aumentar a ingestão hídrica e o teor de fibras 
das refeições;
– Fazer caminhadas regulares.
• Não é recomendado o uso de laxantes.
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Cafeína e uso de Chás na gestação
• Sugere-se consumo inferior a 300 mg de cafeína/dia (FDA,
2002).
– 180 mL de café = 103 mg de cafeína
– Chás, refrigerantes a base de cola, chocolate também contem
cafeína!!!
• Chás – Incluir no inquérito dietético frequência e quantidade
utilizada e avaliar o consumo no contexto do período
gestacional de risco e dos antecedentes clínicos da gestante.
• Erva-doce, camomila, erva-cidreira  mostraram efeito
emenagoco em modelo animal!
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Edulcorantes
• Evitar consumo indiscriminado e excessivo.
– Controle glicêmico (Diabetes Gestacional)
• Considerações (ADA, 1998):
– Sacarina: restringir o uso devido à menor capacidade do 
feto em excretá-la.
– Aspartame: apesar da presença de fenilalanina, o uso 
não é considerado nocivo devido à impossibilidade de 
se ultrapassar a cota diária permitida.!!!!****
– Acessulfame-K, Sucralose e Esteviosídeo: uso seguro?
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Material SISVAN
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Curva de Atalah
(1997)
IM
C
 (
K
g
/m
2
)
IMC/ idade
gestacional
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