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Infecção das células do sangue e do sistema nervoso; Supressão do sistema imune. Retrovírus Infecção Sexualmente Transmissível (IST) Período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença; Ter HIV é diferente que ter AIDS. O que é HIV? Doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Ataca o sistema imunológico Alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. Então, o que é AIDS? Contato com fluídos contaminados Relações sexuais de qualquer natureza desprotegidas Compartilhamento de seringas Transfusão de sangue contaminado. Transmissão vertical (mãe/bebê durante gravidez, parto e amamentação)* Instrumentos perfurantes ou cortantes não esterilizados A transmissão do HIV e, por consequência da AIDS, acontece das seguintes formas: Transmissão do HIV/AIDS O diagnóstico Feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. Exames laboratoriais e os testes rápidos, realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Os exames podem ser feitos de forma anônima As mães que vivem com HIV têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré- natal, parto e pós-parto. Como é o tratamento? Drogas anti-retrovirais em uso combinado, chamado de “coquetel”, Diminui a progressão da doença e leva a uma redução da incidência das complicações oportunistas, da mortalidade. Uma maior sobrevida, bem como a uma significativa melhora na qualidade de vida dos indivíduos. A adaptação é lenta. Inicialmente, é permeada por crenças distorcidas. EX: "Ninguém pode entender o que eu estou sentindo, meus amigos não aceitarão, vai ser uma vergonha para a família". "Vou ficar sozinho, me abandonarão, não posso mais ter relacionamentos sexuais ou amorosos". "Quando eu fizer a revisão médica no trabalho me descobrirão, me despedirão quando souberem e meus colegas não entenderão". Como é a adaptação e convivência com o HIV+ e AIDS? Dificuldade em aceitar o diagnóstico Movimento de isolamento social Medo do julgamento social Comportamentos de esquiva Comportamento autopunitivo Reações psicológicas às diferentes fases de evolução da doença Momento de tensão, permeado por sentimentos de angústia, raiva, ansiedade. Momento de alívio e descarga emocional Estigma e falta de conhecimento! A busca pelo diagnóstico Psíquiatra Kunbler-Ross: Relações entre reações ao diagnóstico de câncer terminal x HIV. Alimentação Ter uma alimentação equilibrada e balanceada é importante para aumentar a resistência de quem é soropositivo, além de dar disposição e fortalecer o sistema de defesa do corpo, melhorando os resultados do tratamento. Como ter uma melhor Qualidade de Vida? Atividade física A prática de exercícios físicos estimula o sistema imunológico, aumenta a disposição, alivia o estresse, e traz muitos outros benefícios, principalmente aos soropositivos, já que o exercício também é recomendado para amenizar os efeitos colaterais provocados pelos remédios. Relacionamento pessoal e social Está comprovado que a continuidade da vida social e a adesão adequada ao tratamento resultam na melhora da qualidade de vida e na resposta ao tratamento. A pessoa portadora do vírus HIV tem total direito de viver normalmente se relacionando com pessoas, trabalhando, praticando esportes, entre outras atividades cotidianas. A falta de informação sobre a doença gera preconceito e medo desnecessários. Sexualidade A sexualidade é natural do ser humano e, por isso, não pode ser deixada de lado por quem se descobre soropositivo. A diferença é que o sexo seguro – com uso de preservativo – é mandatório. Inclusive quando o casal é portador do vírus, uma vez que uma nova infecção pelo vírus ou outras infecções sexualmente transmissíveis pode provocar o aumento da carga viral e risco de mutações, comprometendo o tratamento. Por isso, é preciso usar camisinha sempre. Saúde mental O impacto para quem se descobre soropositivo é grande e pode levar à depressão e ao isolamento por conta do medo da morte. O momento do diagnóstico é delicado e merece atenção especial, pois o impacto emocional afeta o sistema imunológico causando a piora do quadro do paciente. O acompanhamento psicológico é aconselhável para compreensão do momento, aceitação e força de vontade para enxergar que é possível viver tranquilamente seguindo os cuidados indicados para o tratamento. Visa o acolhimento e o aconselhamento deste indivíduo no momento de sua descoberta, pois este momento desperta sentimentos como revolta, culpa, medo de discriminação, rejeição entre outros. Por isso, torna-se necessário a atuação deste profissional, não só nas questões pertinentes a doença, como também na promoção da saúde da população, por meio do fornecimento de informações e suprimentos necessários para não adquirir o vírus. Atuação do Psicólogo O psicólogo trabalha junto com a equipe de saúde, como parte do tratamento para a HIV, o psicólogo tem uma participação desde do primeiro contato com o paciente, a fim de favorecer a adesão o atendimento psicológico. Prevenção e Promoção de Saúde Acolhimento Psicoeducação com a família Trabalho Multidisciplinar Investigar redes de apoio e intervir nas vulnerabilidades Trabalhar na adesão ao tratamento Ajudar o paciente a desenvolver repertório para enfretamento para cada estágio da doença Vídeo ilustrativo https://youtu.be/vN6LFBs_UfM Contexto Histórico no Brasil e no mundo 1977/1978: Estados Unidos, Haiti e África Central apresentam os primeiros casos da infecção. Primeiro caso no Brasil é em São paulo no ano de 1982. 1982: Identificação da transmissão por transfusão sanguínea. Adoção temporária do termo Doença dos 5 H - Homossexuais, Hemofílicos, Haitianos, Heroinômanos (usuários de heroína injetável), Hookers (profissionais do sexo em inglês). no Brasil foram adotados termos como “peste-gay” e “câncer gay” 1983: Primeira notificação mundial de infecção por HIV em criança. Brasil identifica primeiro caso de Aids entre mulheres. Primeiros relatos de transmissão heterossexual do vírus e de contaminação de profissionais de saúde. O HIV-1 é isolado e caracterizado no Instituto Pasteur, na França. 1984: O vírus da Aids é isolado nos Estados Unidos. Início da disputa entre pesquisadores franceses e norte- americanos pela autoria da descoberta. Estruturação do Programa da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, primeiro programa brasileiro para o controle da Aids. 1985: O agente etiológico causador da Aids é denominado Human Immunodeficiency Virus (HIV). - Surge o primeiro teste diagnóstico para a doença, baseado na detecção de anticorpos contra o vírus 1986: Criação do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde. 1987: Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz isolam o HIV-1 pela primeira vez na América Latina. Início da administração do AZT, medicamento utilizado em pacientes com câncer, Assembléia Mundial de Saúde e ONU estabelecem 1° de dezembro como Dia Mundial de Luta Contra a Aids. 1988: Primeiro caso diagnosticado na população indígena brasileira. O país já acumula 4.535 casos da doença 1991/1992: O Ministério da Saúde dá início à distribuição gratuita de antirretrovirais. A OMS anuncia que 10 milhões de pessoas estão infectadas pelo HIV no mundo. No Brasil, 11.805 casos são notificados. O antirretroviral Videx (ddl) é aprovado nos Estados Unidos A fita vermelha torna-se o símbolo mundial de luta contra a Aids. A Fiocruz foi convidada pelo Programa Mundial de Aids das Nações Unidas e Organização Mundial da Saúde (Unaids/OMS) para participar da Rede Internacional de Laboratórios para Isolamento e Caracterização do HIV-1. 1995: Estados Unidos aprovam nova classe de medicamentos antirretrovirais, os inibidores de protease. Novos medicamentos são lançados, aumentando as opções de tratamento. Criaçãodo Simpósio Brasileiro de Pesquisa em HIV/AIDS (Simpaids). 1996: Primeiro consenso em terapia antirretroviral regulamenta a prescrição de medicamentos anti-HIV no Brasil. O tríplice esquema de antirretrovirais, que combina dois inibidores de transcriptase reversa e um de protease, começa a ser utilizado. A Lei 9.313 estabelece a distribuição gratuita de medicamentos aos portadores de HIV. 1999: O Governo Federal divulga redução em 50% de mortes e em 80% de infecções oportunistas, em função do uso do coquetel anti-aids. O Ministério da Saúde tem disponível 15 medicamentos antirretrovirais. Políticas Públicas e o HIVPolíticas Públicas e o HIV Políticas públicas são um conjunto de decisões tomadas pelas instituições de Estado em busca da solução de um problema ou uma promoção de um objetivo comum desejado pela sociedade O que são Políticas Públicas? No cuidado e prevenção ao HIV, ela se baseia em fundamentos do SUS como integralidade, universalidade, equidade e descentralização e traz três grandes objetivos que norteiam essas ações. Quais são esses objetivos? Reduzir a incidência de infecção pelo vírus HIV/aids e por outras IST Conhecendo grupos populacionais de risco; Criando ações de prevenção e controle das IST/HIV/aids na comunidade e rede básica de saúde Aumentando a participação social para garantir os direitos das pessoas que vivem direta ou indiretamente com aids Ampliar o acesso ao diagnóstico, ao tratamento e à assistência – melhorando sua qualidade - no que se refere ao HIV/aids; Oferecendo diagnóstico e Tratamento das IST Acesso a diagnóstico, tratamento, assistência e melhoria de qualidade referente a HIV/aids Promovendo o diagnóstico laboratorial e monitoramento da infecção pelo HIV Garantindo acesso a medicamentos para tratamento da infecção pelo HIV e complicações oportunistas Fortalecer as instituições públicas e privadas responsáveis pelo controle das IST e da aids. Com formação de Recursos Humanos e capacitação dos profissionais dos setores públicos e privado que atuam nos programas de HIV/aids; Produzir dados e disseminar as informações para avaliação de políticas públicas de prevenção e controle de IST/aids; Aprimorar o processo de gestão para aumentar a autonomia gerencial, melhorando o processo de tomada de decisão; Desenvolvendo sistemas e suporte informático. Famosos x AIDS Henfil O cartunista mineiro Henrique de Souza Filho foi um dos primeiros brasileiros famosos a ter a morte em decorrência da Aids, em 1988. Henrique contraiu a Aids durante uma transfusão de sangue Cazuza Em 1986, foi internado com pneumonia e os exames mostraram que estava infectado com o HIV. Depois de dois meses nos Estados Unidos para se tratar com AZT, o primeiro antiretroviral conhecido no mercado, ele voltou ao Brasil para se dedicar ao disco mais importante de sua carreira: Ideologia. No início de 1989, no auge do sucesso, assumiu publicamente ser portador do HIV. Morreu um ano seguinte, aos 32 anos de idade, vítima de um choque séptico causado pela aids. Renato RussoFaleceu no dia 11 de outubro de 1996, de doença pulmonar obstrutiva crônica, septicemia e infecção urinária — consequências da AIDS Ele era soro positivo desde 1989, mas nunca assumiu publicamente a doença Magic Johnson Em 1991 afirmou ao público ser soropositivo. Tornou-se uma das principais vozes mundiais em defesa de mais conscientização sobre a doença. “O HIV mudou minha vida. Em 1991, as pessoas consideravam a doença uma sentença de morte. A minha esposa e minha família foram o meu maior suporte, sem eles eu não estaria aqui hoje. Eu estava devastado. Mas depois de um tempo, fui ao médico e perguntei como poderia ter uma vida longa. Ele me disse três coisas: me conformar com a doença, tomar a medicação corretamente e cuidar do meu corpo. Eu fiz tudo isso e deu certo” Referências BACCHINI, Alessandro Melo et al . Reflexões sobre o inquietante de ser portador de HIV/Aids. Tempo psicanal., Rio de Janeiro , v. 44, n. 2, p. 271-284, dez. 2012 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0101-48382012000200002&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 26 outubro 2022. BRITO, Ana Maria de, Castilho, Euclides Ayres de e Szwarcwald, Célia LandmannAIDS e infecção pelo HIV no Brasil: uma epidemia multifacetada. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical [online]. 2001, v. 34, n. 2, pp. 207-217. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0037-86822001000200010>. Acesso em 23 outubro 2022 VILLARINHO, Mariana Vieira et al. Políticas públicas de saúde face à epidemia da AIDS e a assistência às pessoas com a doença. Revista Brasileira de Enfermagem [online]. 2013, v. 66, n. 2 , pp. 271-277. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0034-71672013000200018>. Acesso em 25 outubro 2022 8 brasileiros que marcaram as 4 décadas de epidemia da Aids. Vida e Ação. 2021. Disponível em: <https://www.vidaeacao.com.br/8-brasileiros-que-marcaram-a-historia-e-foram-vitimas-da-aids/>. Acesso em 28 outubro 2022.