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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE PRÓ-REITORIA DE ENSINO CAMPUS AVANÇADO NATAL ZONA LESTE LICENCIATURA EM FORMAÇÃO PEDAGÓGICA PARA GRADUADOS NÃO LICENCIADOS ANDIARA MARIA FERREIRA TECNOLOGIA FUNCIONAL NA EDUCAÇÃO PÚBLICA São Paulo, SP 2023 ANDIARA MARIA FERREIRA TECNOLOGIA FUNCIONAL NA EDUCAÇÃO PÚBLICA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Formação Pedagógica para Graduados não Licenciados do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, em cumprimento às exigências legais como requisito parcial à obtenção do grau de Licenciado na Educação Profissional e Tecnológica, com habilitação para docência no eixo tecnológico na Ciência da Computação. Orientador/a: Abigail Noadia Barbalho da Silva, Ma. São Paulo, SP 2023 ANDIARA MARIA FERREIRA TECNOLOGIA FUNCIONAL NA EDUCAÇÃO PÚBLICA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Formação Pedagógica para Graduados não Licenciados do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, em cumprimento às exigências legais como requisito parcial à obtenção do grau de Licenciado na Educação Profissional e Tecnológica, com habilitação para docência no eixo tecnológico na Ciência da Computação. . Trabalho de Conclusão de Curso apresentado e aprovado em ___/___/_____, pela seguinte Banca Examinadora. BANCA EXAMINADORA _________________________________ Abigail Noádia Barbalho da Silva, M.a – Presidente Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte ____________________________________ , M.a – Examinadora Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte ______________________________________ .(a) Examinador(a) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte DEDICATÓRIA Dedico primeiramente a Deus, pela minha vida, pela oportunidade de poder estar estudando, pois isso é a realização de um grande sonho. Dedico a Deus por todas as conquistas de minha vida, pelos momentos bons e ruins da minha espetacular trajetória nesta terra. Pelos momentos de dores e frustrações que tive, mas também pelos momentos em que superei e conquistei o prêmio e pude subir no pódio como vencedora. À minha mãe Maria, pelo seu apoio, por tudo que tem me proporcionado, pelo carinho, dedicação, apoio e incentivo. Por ter me acompanhado em todos os momentos de minha vida, dedicado o seu tempo, por ter me repreendido e ao mesmo tempo me amado de maneira tão especial. Ao meu pai, Augenciano, pelo seu amor, por ter cuidado de maneira tão especial de cada uma de nós, suas filhas, pelos dias de cansaço e fadigas no trabalho para poder trazer alimento para casa, por ter me ensinado a ser honesta, por ter me ensinado que a mulher vale pelo que ela é e não pelo que ele tem, meu muito obrigada! À Marineide, por ter me ensinado a trabalhar, a lutar pelos meus objetivos, pelo seu incentivo em ter me ensinado a ser sempre competente, a ser sempre a melhor. Marineide Rocha Ferreira, minha irmã, mais do que isso é a minha segunda mãe, ela sempre me motivou e ensinou a ser o que sou hoje, obrigada por ter contribuído bastante com a minha formação. Dedico também a minha querida mãe Maria Santíssima, aquela que amo e que cuida de mim. Obrigado a todos que faz parte de minha história, minha existência e torna a minha vida cada dia mais feliz. EPÍGRAFE Ser feliz não é ter uma vida isenta de perdas e frustrações. É ser alegre, mesmo se vier a chorar. É viver intensamente, mesmo no leito de um hospital. É nunca deixar de sonhar, mesmo se tiver pesadelos. É dialogar consigo mesmo, ainda que a solidão o cerque. Quem conquista uma vida feliz? Será que são as pessoas mais ricas do mundo, os políticos mais poderosos e os intelectuais mais brilhantes? Não! São os que alcançam qualidade de vida no palco de sua alma. Os que se libertam do cárcere do medo. Os que superam a ansiedade vencem o mau humor, transcendem os seus traumas. São os que aprendem a velejar nas águas da emoção. Você sabe velejar nessas águas ou vive afundando? Augusto Cury Dez Leis para Ser Feliz RESUMO Este trabalho tem por objetivo discutir a importância dos recursos de tecnologia funcional para atendimento dos alunos com deficiência, considerando o contexto das escolas brasileiras e as especificidades da educação de jovens e adultos. O referencial teórico se ancora nos conceitos de tecnologia funcional e sua relação com o conceito de tecnologia assistiva (Bersch, 2017), bem como nos aspectos de mediação pedagógica com tecnologias da informação e comunicação (Moran, Masetto e Behrens, 2000). Metodologicamente, trata-se de um artigo monográfico, que traz uma análise qualitativa do tema, fundamentada em revisão bibliográfica sobre o tema e sobre os dados do Censo Educacional 2020 (2021). Dentre os resultados verificados, apontamos a necessidade de formação para os profissionais que atuam nos espaços escolares, de investimentos voltados para a aquisição de recursos tecnológicos na área de infraestrutura escolar, e de planejamentos adequados para o processo de ensino e aprendizagem que orientem os usos e funções das tecnologias funcionais. Palavras-chave: Aprendizagem de Tecnologia; Funcionalidade Tecnológica; Educação de Jovens e Adultos RESUMEN Este trabajo tiene como objetivo discutir la importancia de los recursos tecnológicos funcionales para atender a estudiantes con discapacidad, considerando el contexto de las escuelas brasileñas y las especificidades de la educación de jóvenes y adultos. El marco teórico está anclado en los conceptos de tecnología funcional y su relación con el concepto de tecnología asistiva (Bersch, 2017), así como en aspectos de mediación pedagógica con las tecnologías de la información y la comunicación (Moran, Masetto y Behrens, 2000). Metodológicamente, este es un artículo monográfico, que brinda un análisis cualitativo del tema, a partir de una revisión bibliográfica sobre el tema y de datos del Censo Educativo 2020 (2021). Entre los resultados verificados destacamos la necesidad de capacitación de los profesionales que actúan en los espacios escolares, de inversiones orientadas a la adquisición de recursos tecnológicos en el área de infraestructura escolar y de una adecuada planificación del proceso de enseñanza y aprendizaje que oriente los usos. y funciones de las tecnologías funcionales. Palabras clave: Aprendizaje Tecnológico; Funcionalidad Tecnológica; Educación de jóvenes y adultos LISTA DE ILUSTRAÇÕES Imagem 01 – – Fotografia de Turma do CEEJA (Centro Estadual De Educação De Jovens E Adultos) em setembro de 2023 Diretoria de ensino Sul2. Imagem 02 – Foto tirada em outubro de 2023, entrada da escola CEEJA Sinhá Pantoja com uma escadaria de pelo menos 80 degraus. Não acessível a todos. Imagem 03 - Sala de Aula da Escola CEEJA Sinhá Pantoja Diretoria Sul LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Matrículas de PCD em Escolas Regulares da Educação Básica Gráfico 2 – Computador Portátil e Acesso à Internet pelas Escolas Gráfico 3 - Infraestrutura por Região LISTA DE TABELAS E QUADROS Quadro 01 - Componentes do PEI- plano educacional individualizado LISTA DE ABREVIATURAS TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação BNCC - Base Nacional Comum Curricular PEI - Plano Educacional Individual SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 12 2. TECNOLOGIA FUNCIONAL NO CONTEXTO DA ESCOLA PÚBLICA BRASILEIRA ......................................................................................................................... 15 2.1. TECNOLOGIA FUNCIONAL E TECNOLOGIA ASSISTIVA: CONCEITOS E RELAÇÕES........................................................................................................................ 15 2.2. ALGUNS DADOS SOBRE A TECNOLOGIA FUNCIONAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS BRASILEIRAS .............................................................................................. 18 2.3. O ENSINO E A APRENDIZAGEM DA TECNOLOGIA FUNCIONAL NA ESCOLA PÚBLICA BRASILEIRA .................................................................................. 21 2.3.1 o ensino e a aprendizagem de adultos............................................................ 22 2.3.2 de que forma se planeja o ensino e a aprendizagem da tecnologia funcional ......................................................................................................................... 24 2.3.3 A importância do PEI – plano educacional individualizado.......................... 25 2.3.4. Experiência de ensino de tecnologia funcional com alunos PCD.............. 28 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 30 REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 32 12 1. INTRODUÇÃO Durante meu período de estágio na Escola Estadual Margarida Maria Alves sob o código INEP 35902263 de modalidades de Ensino Regular e EJA no ano de 2020 na Pandemia de COVID 19, eu tive a comprovação real do que eu já falava em sala de aula para os meus alunos do curso de informática do projeto Escola da Família que eu participava como bolsista universitária do curso de Ciência da Computação da Universidade Nove de Julho, na Pandemia de COVID 19 foi nítido o impacto na aprendizagem dos alunos e a falta de familiaridade com a tecnologia expôs as desigualdades que já sabíamos que existiam, mas que não era expostas dessa maneira. Durante todo o período mais crítico de necessidade de isolamento social nos últimos anos, as tecnologias digitais assumiram papel-chave na educação básica, apoiando a continuidade das atividades de ensino em todo o país. Já o acesso à internet, quando o assunto é acesso gratuito ou subsidiado à internet em domicílio , não foi feito por motivos óbvios: aqueles que não tinham aparelho de smartphone, tablets, desktops ou notebooks, simplesmente não tinha acesso à internet ou ao menos não sabiam se conectar. Foram momentos de desespero para alguns e relaxamento para outros por não ter como estudar. Mas não para por aí não, a mesma dificuldade foi apresentada no núcleo dos docentes e administrativos das escolas. Se tivéssemos na rede estadual, para as aulas de tecnologia funcional e formação adequada dos docentes da rede pública, que estavam vivendo o pesadelo que foi o período de Pandemia da COVID-19, teria sido menos desigual, pois tiveram que aprender a duras penas, como se conectar para terem aulas online, enviar atividades remotas ou híbridas e entre outros. Algo que poderia fazer parte do cotidiano dos estudantes nacionalmente. A educação digital e a tecnologia funcional para os nossos jovens estudantes se torna cada vez mais imprescindível nos novos tempos, afinal estamos na era dos dados, fechar os olhos para esse mundo tecnológico acaba atraindo atenção e torna o ambiente digital um terreno fértil para ataques cibernéticos. E, além disso, hoje, a política de proteção de dados é muito mais rígida, principalmente depois da criação da Lei de Proteção de Dados (LGPD), que possui, inclusive, uma seção específica para o tratamento de dados pessoais de crianças e de adolescentes. https://safetec.com.br/cloud-computing/como-evitar-ataques-ciberneticos/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm 13 Portanto, falar de Ensino da tecnologia mediado por tecnologias de informação e comunicação (TIC) é dar voz ao que eu luto e acredito. Enfatizar aqui que a utilização das tecnologias de informação e comunicação como recurso didático-pedagógico no processo de ensino-aprendizagem na perspectiva da educação dos alunos de escolas públicas em rede nacional é o que eu quero para minimizar a desigualdade e o déficit de aprendizagem que tanto se agravou na Pandemia de COVID 19. Trabalho para a inclusão das TIC em sala de aula que contribuirá de forma significativa no desempenho do conhecimento do aluno para que possamos transformar a compreensão quanto aos questionamentos e inovações no processo de aprender em conjunto. É preciso deixar claro, entretanto, que as tecnologias funcionais não podem se tornar uma ferramenta principal para o processo de ensino- aprendizagem, mas sim, um mecanismo que proporcione a mediação entre aluno, professor e saberes escolares. Com isso, são imprescindíveis que possa ser superado a didática da pedagogia tradicional e integrando novos recursos (a educação moderna com a transformação digital) aos antigos (o livro impresso, giz, lousa ou quadro, etc). Dessa forma, entenderemos que, a introdução das TIC no espaço escolar, vai depender da formação do professor, que deve agregar um entendimento que venha trazer um avanço na maneira de pensar e rever os conceitos para transformar o ensino em aulas dinâmicas e desafiadoras com o auxílio das tecnologias. Tenho em mente que o professor deve ser porta de entrada para tal mudança para estabelecer todo o potencial necessário que essa tecnologia funcional mediada por tecnologias de informação e comunicação (TIC) oferece. Decorrente dessa preocupação, o nosso principal problema de pesquisa pode ser assim delineado: Como os recursos da informática que estão na sala multifuncional contribuem para o atendimento de alunos com deficiência e que se inserem na modalidade Educação de Jovens e Adultos? Diante disso, poderíamos ainda, seguir perguntando: o mundo da informatização está sendo eficiente para a aprendizagem do aluno? Será que com a utilização da Informática como ferramenta auxiliadora do processo de aprendizagem eles aprendem mais, se interessam mais? Que ideias existem de aprendizagem nos planejamentos educacionais? Devemos pensar e repensar nesses questionamentos, pois ainda falta muito para que sejam concluídas muitas questões. Por essa razão, o trabalho aqui apresentado tem por objetivo principal analisar a relação entre os recursos de tecnologia funcional que estão disponíveis nas salas 14 de recursos multifuncionais e o atendimento dos alunos com deficiência, considerando o contexto das escolas brasileiras e as especificidades da educação de jovens e adultos - EJA. Metodologicamente, trata-se de um trabalho reflexivo sobre dados apresentados pelo Censo de Educação 2020 (Brasil, 2021), que fez o levantamento estatístico da situação das escolas durante a Pandemia da Covid-19, que serão discutidos à luz do referente conceitual sobre tecnologia funcional, mediação pedagógica e prática docente. Reconhecemos que a situação durante os anos 2020- 2021 se manifestou por ser um fenômeno atípico, porém tal fato histórico impulsionou o uso das tecnologias pelos professores da educação básica, de forma expressiva. 15 2. TECNOLOGIA FUNCIONAL NO CONTEXTO DA ESCOLA PÚBLICA BRASILEIRA O referencial aqui apresentado está estruturado em três assuntos, relacionados entre si: o primeiro, concentra-se na abordagem conceitual do tema, fazendo uma ampla relação com a área de tecnologia assistiva e com os processos inclusivos no âmbito da escola. O segundo tópico apresenta dados sobre a tecnologiafuncional no Brasil e a infraestrutura das escolas públicas brasileiras, segundo os dados do Censo Escolar 2020 (SAEB, 2021). E, por fim, o último tópico discutirá a inserção da tecnologia funcional nas escolas brasileiras. 2.1. TECNOLOGIA FUNCIONAL E TECNOLOGIA ASSISTIVA: CONCEITOS E RELAÇÕES Chamo de tecnologia funcional, a tecnologia que leva o aluno ao conhecimento além do papel e caneta. Aprender sobre tecnologia é fazer as coisas acontecerem, não apenas para brincar com aplicativos em seu smartphone. Entretanto, a forma de usá-las é a mesma por décadas para computadores pessoais. Nesse sentido, Bersch (2017) insere a tecnologia funcional no amplo espectro da tecnologia assistiva. Para a autora: Sem nos apercebermos utilizamos constantemente ferramentas que foram especialmente desenvolvidas para favorecer e simplificar as atividades do cotidiano, como os talheres, canetas, computadores, controle remoto, automóveis, telefones celulares, relógio, enfim, uma interminável lista de recursos, que já estão assimilados à nossa rotina e, num senso geral, “são instrumentos que facilitam nosso desempenho em funções pretendidas. (Bersch, 2017, p. 2). Na educação inclusiva, a tecnologia funcional se preocupa com a aprendizagem de todos os alunos, e procura compreender e solucionar problemas para aqueles estudantes que enfrentam barreiras para participar efetivamente da vida escolar. Nessa perspectiva, o aluno que apresenta alguma deficiência deve ser atendido preferencialmente no ensino comum e, no que concerne às suas necessidades específicas, a educação especial oferece o atendimento especializado, de modo a servir de complemento à sua formação. A Tecnologia Funcional na vida de jovens, adultos e idosos tem sido utilizada como forma de incrementar capacidade funcional, autonomia e qualidade de vida 16 desse grupo de pessoas, na perspectiva da educação de Jovens e Adultos como EJA e CEEJA (Queiroz, 2015). E com o avanço tecnológico em todos os espaços sociais, a escola não pode ser excluída do sistema de difusão e democratização da tecnologia, então, as escolas devem ser inseridas no processo de interação e utilização das tecnologias da informação e comunicação na sala de aula, para trazer uma expectativa não só de mobilidade social, mas também de uma formação que promove a emancipação e a autonomia dos alunos. Para Freire (1996, p.19), uma das tarefas mais importantes da prática educativo-crítica é propiciar condições para que os educandos em suas relações sejam levados à experiência de assumir-se como ser social e histórico, ser pensante, transformador, criador. Hoje com o uso da informática como ferramenta pedagógica oferecemos um aumento na eficácia e na qualidade do ensino, assim temos que pensar na busca de uma superação dos supostos problemas de ensino e dessa maneira buscarmos identificar formas que ajude a superar esses problemas diante de um ensino renovado dentro das escolas. Por isso, podemos dizer que cada dia o uso de computadores está crescendo nas escolas e rompendo barreiras no ensino, facilitando e preparando para um desempenho escolar aceitável para todos que fazem parte da instituição escolar, pois a chegada dessas mídias traz um crescimento significativo tanto dentro como fora das instituições que possa levar diferentes formas de como trabalhar seus conteúdos escolares (Almeida, 2003, p. 79). Vale lembrar que uma escola informatizada tem um papel representativo na educação, um meio, um canal de comunicação. A presença do computador na sala de aula torna-se um ato de aprendizagem, que tende a ser mais ativo e participativo, estimula ao aprendizado e o seu interesse e motivação para descobrir as informações que desejam. Isso acontece quando as tecnologias são usadas pelo aluno de forma responsável. Assim sendo, as tecnologias digitais e funcionais são recursos tecnológicos que se incorporam ao processo de ensino e aprendizagem, proporcionando uma comunicação diversificada modificando o sistema de ensino. E vem cooperando com um diferencial muito produtivo, que melhora a interação entre professor e aluno, melhorando o modo de transmitir e aprender. Assim, uma tecnologia funcional é utilizada para agregar, contribuir e compartilhar informações, auxiliando no desenvolvimento quando usada em prol da 17 educação, unindo-se aos demais recursos que são mais utilizados como giz, quadro, livros e jogos lúdicos e pedagógicos mobilizando ainda mais a aprendizagem. Além do mais, concordamos com Souza Vieira (2011) quando afirma: Sabe-se que o professor não será substituído pela tecnologia, mas ambos juntos podem adentrar na sala de aula levando aprendizado e conhecimento para os alunos, pois basta que ele comece a pensar como introduzir no cotidiano escolar de forma decisiva para que após essa etapa passe a construir conteúdos didáticos renovados e dinâmicos, que estabeleça todo o potencial necessário que essa tecnologia oferece. (Vieira, 2011, p. 134). Assim, as chances para o uso das tecnologias funcionais são de que o professor deve utilizá-las para instruir os alunos e criar condições para que eles consigam descrever seus pensamentos, reconstrua e materialize através de novas linguagens, nesse meio o aluno é instigado a transformar as informações em conhecimento prático para lidar com as situações de vida diária (Vieira, 2011). Sendo assim, o que se percebe é que a integração das tecnologias funcionais, para ser bem-sucedida, deve estar no escopo de uma ação de mediação pedagógica bem planejada com a integração dos recursos tecnológicos. Entende-se aqui, por mediação, a ação do professor ao intervir em um processo, por meio do diálogo, incentivando o aluno e auxiliando quanto ao uso dos artefatos, à realização de atividades, à socialização dos conhecimentos (Masetto, 2000). Outro aspecto a ser considerado está relacionado com a função das tecnologias no processo de mediação. Valente (1999) observou que: A implantação da informática como auxiliar do processo de construção do conhecimento implica mudanças na escola que vão além da formação do professor. É necessário que todos os segmentos da escola alunos, professores, administradores e comunidades de pais estejam preparados e suportem as mudanças educacionais necessárias para a formação de um novo profissional. Nesse sentido, a informática é um dos elementos que deverão fazer parte da mudança, porém essa mudança é mais profunda do que simplesmente montar laboratórios de computadores na escola e formar professores para utilização dos mesmos. (Valente, 1999, p. 4). De acordo com a citação acima, as tecnologias quando integram o espaço escolar promovem uma mudança na estrutura do conhecimento, tendo em vista que todos os profissionais que atuam na escola precisam compreender a importância, o valor social, e a necessidade desses recursos fazerem parte do cotidiano de todos os indivíduos que se integram à vida escolar. Portanto, não é só os estudantes que transformam seus conhecimentos nesse processo. 18 2.2. ALGUNS DADOS SOBRE A TECNOLOGIA FUNCIONAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS BRASILEIRAS É impossível, hoje em dia, imaginar atividades que não sejam realizadas com o auxílio de tecnologias, sejam elas digitais ou não. A educação é uma área que aproveita de muitos recursos tecnológicos e que ainda pode avançar bastante na utilização deles, tendo em vista os enormes benefícios advindos do uso das tecnologias funcional. Vale ressaltar que esses recursos, na educação, servem para auxiliar os professores e os alunos na promoção de um ensino mais dinâmico e voltado para a resolução de problemas práticos. Se nos espaços sociais do entorno escolar estamos utilizando a tecnologia a todo tempo, por que não a utilizar na sala de aula? A tecnologia funcional nas escolas públicas de todos o país pode ser umagrande aliada na melhoria da acessibilidade das pessoas com deficiência à educação. Para isso, todos precisam ter acesso, incluindo as pessoas com deficiência. Tal pressuposto nos é dado pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência (2020), estabelece no Artigo 8º: “É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação” (Brasil, 2020, p. 13). Tratando-se de crianças com deficiência nas escolas brasileiras, são mais de um milhão e duzentas mil crianças que possuem alguma deficiência. O gráfico a seguir nos informa o número de crianças matriculadas em escolas regulares da educação básica e que se encontram nessa situação. https://blog.saraivaeducacao.com.br/metodologias-ativas-no-ensino-superior/ 19 Gráfico 1 – Matrículas de PCD em Escolas Regulares da Educação Básica A partir dos dados do Censo Escolar de 2020 (Brasil, 2021), é possível afirmar que o acesso médio à tecnologia funcional no ensino público ainda é baixo no Brasil. Do total de escolas do país, 46% dispunham de desktops para uso dos alunos, enquanto apenas 34% contavam com laboratório de informática. Quanto ao uso móvel, a situação é ainda pior: 27% das escolas contavam com computador portátil para uso dos alunos e apenas 10% tinham tablets para esse fim. Gráfico 2 – Computador Portátil e Acesso à Internet pelas Escolas https://www.gov.br/inep/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos/microdados/censo-escolar 20 Quanto à localização, observa-se maior acesso à infraestrutura de tecnologia e conectividade, considerando as três variáveis analisadas, entre as escolas situadas nas regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste do que naquelas localizadas nas regiões Norte e Nordeste. Essas desigualdades são compatíveis com as já tão conhecidas discrepâncias econômicas e sociais entre as regiões brasileiras. Gráfico 3 - Infraestrutura por Região Esses dados representam as escolas públicas no Brasil. Exemplificando, a escola na qual atuo como professora de matemática, a CEEJA Sinhá Pantoja, tem apenas um notebook para cada sala de aula, para uso dos alunos que frequentam a escola, e isso traz um retrocesso para a aprendizagem, quando falamos em ensino da tecnologia funcional mediado por tecnologias de informação e comunicação – TIC. 21 A tecnologia funcional mediada por tecnologias de informação e comunicação – TIC na educação de Jovens e Adultos, quando usada da forma correta, torna-se uma ferramenta indispensável para o desenvolvimento desses estudantes. Por meio dela, os alunos podem acessar conteúdos relevantes, mergulhar em um universo de novos conhecimentos e manter uma proximidade muito maior com os educadores. A tecnologia também tem muito o que oferecer. É o caso de facilitar a comunicação entre as famílias e os professores, auxiliar na organização da rotina de estudos dos filhos, e assim por diante. Além disso, a tecnologia, hoje, faz parte da nossa sociedade. Logo, letrar os nossos alunos, auxiliando-os na compreensão das mais diversas ferramentas tecnológicas, também contribui para que eles se preparem melhor para o futuro. Isso porque, assim, a tecnologia escapa da ideia meramente recreativa, e passa a ser vista como fonte de conhecimento, aprendizagem e informação. Por isso, incentivar o consumo tecnológico na escola é imprescindível. 2.3. O ENSINO E A APRENDIZAGEM DA TECNOLOGIA FUNCIONAL NA ESCOLA PÚBLICA BRASILEIRA Como podemos verificar, os avanços da evolução tecnológica provocam o entusiasmo das pessoas que passam a vivenciar uma educação aberta, sem fronteiras. Contudo, a educação também desfruta dos recursos tecnológicos (Santos & Radtke, 2005). A utilização da tecnologia na educação amplia o campo de conhecimento. Nesse ínterim, a praticidade de acesso se torna disponível a qualquer hora e lugar, ampliando a forma de estudar e de aprender. Nas escolas, as TICs estão presentes nas mais variadas formas, com usos e objetivos diversos, produzidos para professores e alunos e disponíveis até mesmo em sites da internet. A literatura de pesquisa ao longo da última década mostrou que a tecnologia pode melhorar o desenvolvimento da educação, impactar a aquisição da linguagem, proporcionar maior acesso à informação, apoiar a aprendizagem, motivar os alunos e aumentar a autoestima. O que reforça ainda mais a importância do ensino voltado para esse tema. A tecnologia está cada vez mais presente no cotidiano, como por exemplo, permitir que o aluno faça matrícula, consulte boletim, emita uma declaração dentre outros serviços, tudo isso virtualmente. Quando os alunos estão usando a tecnologia 22 como uma ferramenta ou um suporte para se comunicar com os outros, eles possuem papel ativo, contrariamente ao tradicional papel passivo do destinatário da informação transmitida por um professor ou livro didático. De acordo com Moran, Masetto e Behrens (2000): Ensinar é um processo social de cada cultura com suas normas, tradições e leis, mas não deixa de ser pessoal, pois cada um desenvolve seu estilo, 20 aprendem e ensinam. O aluno precisa querer aprender e para isso, precisa de maturidade, motivação e de competência adquirida (Moran; Masetto e Behrens, 2000. p.7). Por outro lado, o aluno está fazendo escolhas sobre como gerar, obter, manipular ou exibir informações. Além disso, quando a tecnologia é usada como uma ferramenta para apoiar os alunos na realização de tarefas autênticas, os alunos estão em posição de definir seus objetivos, tomar decisões e avaliar seu progresso. 2.3.1 o ensino e a aprendizagem de adultos Iniciamos a reflexão desse subtópico com uma citação de Gimeno Sacristán (1999), sobre o saber e suas consequências para a aprendizagem: O saber sobre o fazer não capacita para saber fazer com segurança, obviamente, mas quando o fazer de que se trata se refere a ações complexas, com opções possíveis, o saber sobre o fazer dá perspectiva, clareza, discriminação e bom julgamento (Sacristán, 1999, p. ) 23 Imagem 01 – Fotografia de Turma do CEEJA (Centro Estadual De Educação De Jovens E Adultos) em setembro de 2023 Diretoria de ensino Sul2. Fonte: Arquivo pessoal da pesquisadora. Entre os brasileiros com 15 ou mais anos de idade, 14,4 milhões são analfabetos. Destes, a maioria é de homens jovens e de mulheres idosas, em geral, negros e de baixa renda. Na faixa de 25 anos ou mais, os 20% mais ricos têm 6,3 anos de estudos a mais que os 20% mais pobres (BRASIL, 2009). Conforme dados da pesquisa suplementar à PNAD 2007, referentes à EJA, é evidente que as pessoas ingressam ou evadem dessa modalidade por motivos de incompatibilidade do horário e calendário das aulas com o horário e calendário do trabalho dos jovens e adultos ou porque faltam escolas próximas às suas moradias. Assim, no campo educacional, para atender a uma proposta de letramento do público de jovens e adultos, temos como principais desafios da EJA: Utilizar uma metodologia adequada de ensino, considerando as especificidades dos alunos jovens e adultos; Considerar a população da eja com suas crenças e valores formados; Respeitar a heterogeneidade de traços, origens, ritmos de aprendizagem e estruturas de pensamento. 24 2.3.2 de que forma se planeja o ensino e a aprendizagem da tecnologia funcional A tecnologia funcional ajuda a trazer novas possibilidades para a sala de aula. Além de aproximar estudantes de outras fontes de informação, permite que professores explorem diferentes recursos para transmitir conhecimento. Quem também ganha com isso são as instituições, que passam a oferecer educação de maior qualidade. A evasão nas escolas públicas é um dos principais problemas enfrentadosna educação brasileira. Diversos fatores contribuem para que isso ocorra, mas especialistas indicam recursos tecnológicos educativos como uma das possíveis soluções. Aulas que fazem uso da tecnologia ficam mais interessantes aos olhos dos alunos e facilitam o acesso de estudantes que possuem tempo escasso, por trabalharem ou terem que cuidar dos filhos, por exemplo. A tecnologia educacional pode tornar o aprendizado mais interativo e colaborativo – e isso pode ajudar os alunos a se envolverem melhor com o conteúdo e o material das disciplinas e cursos. Em vez de aulas meramente expositivas e de memorizar fatos, eles aprendem fazendo. Para alguns alunos, a interatividade fornece uma melhor experiência de aprendizado. Planejar bem as aulas é importante para a aprendizagem do aluno. Por meio desse documento, o professor traça suas ações para alcançar os objetivos estabelecidos ao ministrar determinado conteúdo para a turma. E se engana quem pensa que tecnologias escolares são uma novidade: a Base Nacional Comum Curricular –BNCC (2018) estabelece que ela deve estar presente na sala de aula, em todas as fases educacionais. Entre as orientações mais importantes, o documento diz que o aluno deve: Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. (BRASIL, 2018, p. 10). https://blog.conexia.com.br/aluno-protagonista/ 25 2.3.3 A importância do PEI – plano educacional individualizado Para falar da importância do PEI, antes é necessário explicá-lo, Plano Educacional Individual (PEI) é definido como uma estratégia que estabelece um planejamento escolar individualizado, que contém as necessidades específicas do aluno, cuja avaliação e revisão são realizadas periodicamente. Todos têm o potencial de aprender, mas cada um tem o seu tempo, seu ritmo e as suas necessidades. Por causa disso, nem todas as propostas pedagógicas alcançam todos da mesma forma e isso precisa ser olhado com carinho e empatia pelo professor. O PEI é um instrumento para o planejamento colaborativo. Resumindo, o PEI é um documento onde planeja e acompanha o processo de aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos com necessidades educativas, como TEA, TDAH, entre outros, levando em consideração as especificidades de cada um. Este instrumento deve conter as habilidades que o aluno possui e as que devem ser estimuladas (acadêmicas, de vida diária, motoras e sociais), os conteúdos que serão trabalhados com o aluno, os objetivos que queremos alcançar em cada um deles, a metodologia (como fazer?), os recursos utilizados e o prazo para colocar em prática o que foi planejado. E importante frisar também que o PEI é usado tanto pela escola quanto pelo profissional da clínica que acompanha esse aluno. 26 Quadro 01 - Componentes do PEI- plano educacional individualizado Identificação do Estudante Relatório Consubstanciado Necessidades Educacionais Especiais Habilidades, Afinidades, Interesses, Dificuldades Objetivos e Metas 27 Metodologias e Materiais de Apoio (Tecnologias Assistivas, etc] Critérios e Métodos de Avaliação Revisão e Reformulação do PEI Fonte: Extraído de Barbosa e Carvalho (2019, p. 19-21). Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/570204/2/Produto%20Educacional.pdf.. Acesso em: 10 ago. 2023. https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/570204/2/Produto%20Educacional.pdf 28 2.3.4. Experiência de ensino de tecnologia funcional com alunos PCD Para melhor falar de ensino de tecnologia funcional com alunos PCD e experiências vividas na escola CEEJA Sinhá Pantoja localização na periferia do extremo sul do estado de São Paulo é importante citar Machado (1969): A expressão educação especial, difundida principalmente nos Estados Unidos, França, Inglaterra e Brasil, é também conhecida como Educação Emendativa, Pedagogia Corretiva, Terapêutica Pedagógica ou Psicopedagógica, Reabilitação ou Habilitação. (Machado 1969, p. 9) No CEEJA Sinhá Pantoja, de certa forma, todos os alunos têm uma necessidade específica e muita história para contar, afinal, sinto que o projeto dá uma segunda chance para aqueles que de uma forma ou de outra não tiveram a chance de dar continuidade aos seus estudos. É preocupante falar que minha experiência com alunos PCD no CEEJA é pouco, pois, para começar a infraestrutura não é adequada para entrada e saída e não temos espaço destinado a tecnologia, dispomos apenas de um computador por área para os alunos utilizarem para Itinerários Formativos. A escola possui apenas 5 salas, divididas por área uma dessas 5 salas é divindade entre secretaria, sala da diretoria, sala de coordenação e atendimento ao público. As demais são para a área de códigos, área de extas, humanas e restando mais uma sala que dividimos entre os professores para aplicarmos as aulas expositivas. Quando falo de ensino de tecnologia funcional com alunos PCD os CEEJAS do Estado de São Paulo é um exemplo a não ser seguido. Pois é insuficiente com uma infraestrutura ruim. 29 Imagem 2 - Foto tirada em outubro de 2023, entrada da escola CEEJA Sinhá Pantoja com uma escadaria de pelo menos 80 degraus. Não acessível a todos. Fonte: arquivo pessoal da pesquisadora. Imagem 3 – Sala de Aula da Escola CEEJA Sinhá Pantoja Diretoria Sul Fonte: arquivo pessoal da pesquisadora. 30 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS De fato, a tecnologia é uma realidade que faz parte de diversas áreas, tanto na vida profissional quanto no pessoal. É inegável o quanto nossa realidade é continuamente modificada por novas mídias e plataformas diariamente, em um mundo que vive uma intensa transformação digital. A sala de aula e as escolas não pode ficar fora desse movimento. A tecnologia funcional na educação é fundamental para trazer melhorias de dinamismo às atividades dentro e fora da sala de aula. No entanto, nem tudo são flores, e o uso de sistemas digitais impõe alguns desafios aos alunos e profissionais da educação. Nesse sentido, constatou-se quais são os principais benefícios que a tecnologia na educação proporciona às escolas e a seus atores e também quais são os desafios que merecem atenção, mostrando que a tecnologia desempenha um papel cada vez mais importante na educação, proporcionando oportunidades de aprendizagem inovadoras e acessíveis. Assim, ela permite que os educadores criem ambientes de ensino mais dinâmicos, interativos e personalizados. Assim, podemos considerar que a tecnologia funcional na educação é importante porque pode ajudar os alunos a aprenderem de forma mais eficaz, eficiente e significativa. Ao incorporar a tecnologia na educação amplia-se o potencial de transformar o processo de aprendizagem, tornando-o mais envolvente, acessível e adaptado às necessidades individuais dos alunos. E o uso de tecnologias aliadas às práticas pedagógicas se enquadra dentro da “Cultura Digital”, que é uma das dez competências definidas como essenciais para a transformação da educação na BNCC. Além disso, a tecnologia facilita o acesso a recursos educacionais, conecta alunos e professores além das fronteiras físicas e promove a colaboração e a comunicação efetiva, estimulando, ainda, o desenvolvimento de habilidades digitais essenciais para o mundo atual. Evidentemente que quando se fala de tecnologia na educação, esses recursos não se limitam às práticas de ensino e aprendizagem. Pelo contrário, além do papel pedagógico que a tecnologia pode desempenhar, o uso de ferramentas e outros recursos tecnológicostambém auxiliam na gestão de uma escola. Dessa maneira, os exemplos de tecnologia na educação incluem: https://www.proesc.com/blog/transformacao-digital-nas-escolas-o-que-voce-precisa-saber/ https://www.proesc.com/blog/bncc-e-suas-10-competencias-gerais/ https://www.proesc.com/blog/bncc-e-suas-10-competencias-gerais/ http://www.proesc.com/blog/entenda-a-base-nacional-comum-curricular-bncc/ 31 a) Sistemas de gestão educacional que auxiliam no gerenciamento de informações dos alunos, como histórico escolar, presença e desempenho acadêmico; b) Softwares de automatização de processos administrativos, que ajudam a agilizar atividades como matrículas, controle de frequência, gestão financeira e elaboração de relatórios; c) Ferramentas de comunicação e colaboração, como e-mails, chats, videoconferências e plataformas online; d) Dispositivos móveis, como tablets e smartphones, integrados às atividades pedagógicas; e) plataformas de aprendizagem online que oferecem acesso a recursos educacionais; e) Equipamentos de realidade virtual e aumentada que proporcionam experiências imersivas e envolventes; f) Ferramentas de inteligência artificial e análise de dados para personalizar a aprendizagem e facilitar o acesso a informações sobre o desempenho de alunos. Portanto, o uso inteligente e equilibrado da tecnologia, aliado a uma abordagem pedagógica adequada, pode proporcionar uma experiência educacional enriquecedora e preparar os alunos para um mundo cada vez mais digital. Então, após dar narrativa a essa pesquisa fica ainda mais evidente que a tecnologia na educação pode ser incorporada de várias formas na dinâmica escolar. Ela propicia benefícios tanto para a gestão quanto para tornar as atividades pedagógicas mais enriquecedoras e interessantes para os alunos. Além disso, é preciso pensar em se adequar às necessidades do mundo real e das demandas do futuro. Cada vez mais, escolas precisam se preocupar em preparar alunos para os desafios do século XXI, o que inclui lidar com a tecnologia e as mudanças que ela traz 32 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Maria Elizabeth B. Educação a distância na internet: abordagens e contribuições dos ambientes digitais de aprendizagem. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.29, n.2, p. 327-340, jul./dez. 2003. 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