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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO 
GRANDE DO NORTE 
PRÓ-REITORIA DE ENSINO 
CAMPUS AVANÇADO NATAL ZONA LESTE 
LICENCIATURA EM FORMAÇÃO PEDAGÓGICA PARA GRADUADOS NÃO 
LICENCIADOS 
 
 
 
 
ANDIARA MARIA FERREIRA 
 
 
 
 
 
TECNOLOGIA FUNCIONAL NA EDUCAÇÃO PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo, SP 
2023 
ANDIARA MARIA FERREIRA 
 
 
 
 
 
TECNOLOGIA FUNCIONAL NA EDUCAÇÃO PÚBLICA 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Curso Formação Pedagógica para 
Graduados não Licenciados do Instituto Federal 
de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio 
Grande do Norte, em cumprimento às 
exigências legais como requisito parcial à 
obtenção do grau de Licenciado na Educação 
Profissional e Tecnológica, com habilitação para 
docência no eixo tecnológico na Ciência da 
Computação. 
 
Orientador/a: Abigail Noadia Barbalho da Silva, 
Ma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo, SP 
2023 
 
 
ANDIARA MARIA FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
TECNOLOGIA FUNCIONAL NA EDUCAÇÃO PÚBLICA 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Curso Formação Pedagógica 
para Graduados não Licenciados do Instituto 
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia 
do Rio Grande do Norte, em cumprimento às 
exigências legais como requisito parcial à 
obtenção do grau de Licenciado na Educação 
Profissional e Tecnológica, com habilitação 
para docência no eixo tecnológico na Ciência 
da Computação. 
. 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado e aprovado em ___/___/_____, 
pela seguinte Banca Examinadora. 
 
BANCA EXAMINADORA 
_________________________________ 
Abigail Noádia Barbalho da Silva, M.a – Presidente 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte 
 
 
____________________________________ 
, M.a – Examinadora 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte 
 
______________________________________ 
.(a) Examinador(a) 
 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte 
 
 
 DEDICATÓRIA 
 
Dedico primeiramente a Deus, pela minha vida, pela oportunidade de poder estar 
estudando, pois isso é a realização de um grande sonho. 
Dedico a Deus por todas as conquistas de minha vida, pelos momentos bons e ruins 
da minha espetacular trajetória nesta terra. Pelos momentos de dores e frustrações 
que tive, mas também pelos momentos em que superei e conquistei o prêmio e pude 
subir no pódio como vencedora. 
À minha mãe Maria, pelo seu apoio, por tudo que tem me proporcionado, pelo carinho, 
dedicação, apoio e incentivo. Por ter me acompanhado em todos os momentos de 
minha vida, dedicado o seu tempo, por ter me repreendido e ao mesmo tempo me 
amado de maneira tão especial. 
Ao meu pai, Augenciano, pelo seu amor, por ter cuidado de maneira tão especial de 
cada uma de nós, suas filhas, pelos dias de cansaço e fadigas no trabalho para poder 
trazer alimento para casa, por ter me ensinado a ser honesta, por ter me ensinado que 
a mulher vale pelo que ela é e não pelo que ele tem, meu muito obrigada! 
À Marineide, por ter me ensinado a trabalhar, a lutar pelos meus objetivos, pelo seu 
incentivo em ter me ensinado a ser sempre competente, a ser sempre a melhor. 
Marineide Rocha Ferreira, minha irmã, mais do que isso é a minha segunda mãe, ela 
sempre me motivou e ensinou a ser o que sou hoje, obrigada por ter contribuído 
bastante com a minha formação. 
Dedico também a minha querida mãe Maria Santíssima, aquela que amo e que cuida 
de mim. Obrigado a todos que faz parte de minha história, minha existência e torna a 
minha vida cada dia mais feliz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EPÍGRAFE 
 
Ser feliz não é ter uma vida isenta de perdas e frustrações. É ser alegre, mesmo se 
vier a chorar. É viver intensamente, mesmo no leito de um hospital. 
É nunca deixar de sonhar, mesmo se tiver pesadelos. É dialogar consigo mesmo, 
ainda que a solidão o cerque. 
Quem conquista uma vida feliz? 
Será que são as pessoas mais ricas do mundo, os políticos mais poderosos e os 
intelectuais mais brilhantes? 
Não! 
São os que alcançam qualidade de vida no palco de sua alma. Os que se libertam do 
cárcere do medo. 
Os que superam a ansiedade vencem o mau humor, transcendem os seus traumas. 
São os que aprendem a velejar nas águas da emoção. 
Você sabe velejar nessas águas ou vive afundando? 
Augusto Cury 
Dez Leis para Ser Feliz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho tem por objetivo discutir a importância dos recursos de tecnologia 
funcional para atendimento dos alunos com deficiência, considerando o contexto das 
escolas brasileiras e as especificidades da educação de jovens e adultos. O 
referencial teórico se ancora nos conceitos de tecnologia funcional e sua relação com 
o conceito de tecnologia assistiva (Bersch, 2017), bem como nos aspectos de 
mediação pedagógica com tecnologias da informação e comunicação (Moran, 
Masetto e Behrens, 2000). Metodologicamente, trata-se de um artigo monográfico, 
que traz uma análise qualitativa do tema, fundamentada em revisão bibliográfica sobre 
o tema e sobre os dados do Censo Educacional 2020 (2021). Dentre os resultados 
verificados, apontamos a necessidade de formação para os profissionais que atuam 
nos espaços escolares, de investimentos voltados para a aquisição de recursos 
tecnológicos na área de infraestrutura escolar, e de planejamentos adequados para o 
processo de ensino e aprendizagem que orientem os usos e funções das tecnologias 
funcionais. 
Palavras-chave: Aprendizagem de Tecnologia; Funcionalidade Tecnológica; 
Educação de Jovens e Adultos 
 
 
RESUMEN 
 
 
Este trabajo tiene como objetivo discutir la importancia de los recursos tecnológicos 
funcionales para atender a estudiantes con discapacidad, considerando el contexto 
de las escuelas brasileñas y las especificidades de la educación de jóvenes y adultos. 
El marco teórico está anclado en los conceptos de tecnología funcional y su relación 
con el concepto de tecnología asistiva (Bersch, 2017), así como en aspectos de 
mediación pedagógica con las tecnologías de la información y la comunicación 
(Moran, Masetto y Behrens, 2000). Metodológicamente, este es un artículo 
monográfico, que brinda un análisis cualitativo del tema, a partir de una revisión 
bibliográfica sobre el tema y de datos del Censo Educativo 2020 (2021). Entre los 
resultados verificados destacamos la necesidad de capacitación de los profesionales 
que actúan en los espacios escolares, de inversiones orientadas a la adquisición de 
recursos tecnológicos en el área de infraestructura escolar y de una adecuada 
planificación del proceso de enseñanza y aprendizaje que oriente los usos. y funciones 
de las tecnologías funcionales. 
Palabras clave: Aprendizaje Tecnológico; Funcionalidad Tecnológica; Educación de 
jóvenes y adultos 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Imagem 01 – – Fotografia de Turma do CEEJA (Centro Estadual De Educação De 
Jovens E Adultos) em setembro de 2023 Diretoria de ensino Sul2. 
 
Imagem 02 – Foto tirada em outubro de 2023, entrada da escola CEEJA Sinhá 
Pantoja com uma escadaria de pelo menos 80 degraus. Não acessível a todos. 
 
Imagem 03 - Sala de Aula da Escola CEEJA Sinhá Pantoja Diretoria Sul 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1 – Matrículas de PCD em Escolas Regulares da Educação Básica 
Gráfico 2 – Computador Portátil e Acesso à Internet pelas Escolas 
Gráfico 3 - Infraestrutura por Região 
 
 
 
LISTA DE TABELAS E QUADROS 
 
Quadro 01 - Componentes do PEI- plano educacional individualizado 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação 
BNCC - Base Nacional Comum Curricular 
PEI - Plano Educacional Individual 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1.INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 12 
2. TECNOLOGIA FUNCIONAL NO CONTEXTO DA ESCOLA PÚBLICA 
BRASILEIRA ......................................................................................................................... 15 
2.1. TECNOLOGIA FUNCIONAL E TECNOLOGIA ASSISTIVA: CONCEITOS E 
RELAÇÕES........................................................................................................................ 15 
2.2. ALGUNS DADOS SOBRE A TECNOLOGIA FUNCIONAL NAS ESCOLAS 
PÚBLICAS BRASILEIRAS .............................................................................................. 18 
2.3. O ENSINO E A APRENDIZAGEM DA TECNOLOGIA FUNCIONAL NA 
ESCOLA PÚBLICA BRASILEIRA .................................................................................. 21 
2.3.1 o ensino e a aprendizagem de adultos............................................................ 22 
2.3.2 de que forma se planeja o ensino e a aprendizagem da tecnologia 
funcional ......................................................................................................................... 24 
2.3.3 A importância do PEI – plano educacional individualizado.......................... 25 
2.3.4. Experiência de ensino de tecnologia funcional com alunos PCD.............. 28 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 30 
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 32 
 
12 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Durante meu período de estágio na Escola Estadual Margarida Maria Alves sob 
o código INEP 35902263 de modalidades de Ensino Regular e EJA no ano de 2020 
na Pandemia de COVID 19, eu tive a comprovação real do que eu já falava em sala 
de aula para os meus alunos do curso de informática do projeto Escola da Família que 
eu participava como bolsista universitária do curso de Ciência da Computação da 
Universidade Nove de Julho, na Pandemia de COVID 19 foi nítido o impacto na 
aprendizagem dos alunos e a falta de familiaridade com a tecnologia expôs as 
desigualdades que já sabíamos que existiam, mas que não era expostas dessa 
maneira. 
Durante todo o período mais crítico de necessidade de isolamento social nos 
últimos anos, as tecnologias digitais assumiram papel-chave na educação básica, 
apoiando a continuidade das atividades de ensino em todo o país. Já o acesso à 
internet, quando o assunto é acesso gratuito ou subsidiado à internet em domicílio , 
não foi feito por motivos óbvios: aqueles que não tinham aparelho de smartphone, 
tablets, desktops ou notebooks, simplesmente não tinha acesso à internet ou ao 
menos não sabiam se conectar. Foram momentos de desespero para alguns e 
relaxamento para outros por não ter como estudar. Mas não para por aí não, a mesma 
dificuldade foi apresentada no núcleo dos docentes e administrativos das escolas. 
Se tivéssemos na rede estadual, para as aulas de tecnologia funcional e 
formação adequada dos docentes da rede pública, que estavam vivendo o pesadelo 
que foi o período de Pandemia da COVID-19, teria sido menos desigual, pois tiveram 
que aprender a duras penas, como se conectar para terem aulas online, enviar 
atividades remotas ou híbridas e entre outros. Algo que poderia fazer parte do 
cotidiano dos estudantes nacionalmente. 
A educação digital e a tecnologia funcional para os nossos jovens estudantes se torna 
cada vez mais imprescindível nos novos tempos, afinal estamos na era dos dados, 
fechar os olhos para esse mundo tecnológico acaba atraindo atenção e torna o 
ambiente digital um terreno fértil para ataques cibernéticos. E, além disso, hoje, a 
política de proteção de dados é muito mais rígida, principalmente depois da criação 
da Lei de Proteção de Dados (LGPD), que possui, inclusive, uma seção específica 
para o tratamento de dados pessoais de crianças e de adolescentes. 
 
https://safetec.com.br/cloud-computing/como-evitar-ataques-ciberneticos/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm
13 
 
Portanto, falar de Ensino da tecnologia mediado por tecnologias de informação e 
comunicação (TIC) é dar voz ao que eu luto e acredito. Enfatizar aqui que a utilização 
das tecnologias de informação e comunicação como recurso didático-pedagógico no 
processo de ensino-aprendizagem na perspectiva da educação dos alunos de escolas 
públicas em rede nacional é o que eu quero para minimizar a desigualdade e o déficit 
de aprendizagem que tanto se agravou na Pandemia de COVID 19. 
Trabalho para a inclusão das TIC em sala de aula que contribuirá de forma 
significativa no desempenho do conhecimento do aluno para que possamos 
transformar a compreensão quanto aos questionamentos e inovações no processo de 
aprender em conjunto. É preciso deixar claro, entretanto, que as tecnologias 
funcionais não podem se tornar uma ferramenta principal para o processo de ensino-
aprendizagem, mas sim, um mecanismo que proporcione a mediação entre aluno, 
professor e saberes escolares. Com isso, são imprescindíveis que possa ser superado 
a didática da pedagogia tradicional e integrando novos recursos (a educação moderna 
com a transformação digital) aos antigos (o livro impresso, giz, lousa ou quadro, etc). 
Dessa forma, entenderemos que, a introdução das TIC no espaço escolar, vai 
depender da formação do professor, que deve agregar um entendimento que 
venha trazer um avanço na maneira de pensar e rever os conceitos para transformar 
o ensino em aulas dinâmicas e desafiadoras com o auxílio das tecnologias. 
Tenho em mente que o professor deve ser porta de entrada para tal mudança para 
estabelecer todo o potencial necessário que essa tecnologia funcional mediada por 
tecnologias de informação e comunicação (TIC) oferece. Decorrente dessa 
preocupação, o nosso principal problema de pesquisa pode ser assim delineado: 
Como os recursos da informática que estão na sala multifuncional contribuem para o 
atendimento de alunos com deficiência e que se inserem na modalidade Educação de 
Jovens e Adultos? 
Diante disso, poderíamos ainda, seguir perguntando: o mundo da 
informatização está sendo eficiente para a aprendizagem do aluno? Será que com a 
utilização da Informática como ferramenta auxiliadora do processo de aprendizagem 
eles aprendem mais, se interessam mais? Que ideias existem de aprendizagem nos 
planejamentos educacionais? Devemos pensar e repensar nesses questionamentos, 
pois ainda falta muito para que sejam concluídas muitas questões. 
Por essa razão, o trabalho aqui apresentado tem por objetivo principal analisar 
a relação entre os recursos de tecnologia funcional que estão disponíveis nas salas 
14 
 
de recursos multifuncionais e o atendimento dos alunos com deficiência, considerando 
o contexto das escolas brasileiras e as especificidades da educação de jovens e 
adultos - EJA. 
Metodologicamente, trata-se de um trabalho reflexivo sobre dados 
apresentados pelo Censo de Educação 2020 (Brasil, 2021), que fez o levantamento 
estatístico da situação das escolas durante a Pandemia da Covid-19, que serão 
discutidos à luz do referente conceitual sobre tecnologia funcional, mediação 
pedagógica e prática docente. Reconhecemos que a situação durante os anos 2020-
2021 se manifestou por ser um fenômeno atípico, porém tal fato histórico impulsionou 
o uso das tecnologias pelos professores da educação básica, de forma expressiva. 
 
15 
 
2. TECNOLOGIA FUNCIONAL NO CONTEXTO DA ESCOLA PÚBLICA 
BRASILEIRA 
 
O referencial aqui apresentado está estruturado em três assuntos, relacionados 
entre si: o primeiro, concentra-se na abordagem conceitual do tema, fazendo uma 
ampla relação com a área de tecnologia assistiva e com os processos inclusivos no 
âmbito da escola. O segundo tópico apresenta dados sobre a tecnologiafuncional no 
Brasil e a infraestrutura das escolas públicas brasileiras, segundo os dados do Censo 
Escolar 2020 (SAEB, 2021). E, por fim, o último tópico discutirá a inserção da 
tecnologia funcional nas escolas brasileiras. 
 
2.1. TECNOLOGIA FUNCIONAL E TECNOLOGIA ASSISTIVA: CONCEITOS 
E RELAÇÕES 
 
Chamo de tecnologia funcional, a tecnologia que leva o aluno ao conhecimento 
além do papel e caneta. Aprender sobre tecnologia é fazer as coisas acontecerem, 
não apenas para brincar com aplicativos em seu smartphone. Entretanto, a forma de 
usá-las é a mesma por décadas para computadores pessoais. Nesse sentido, Bersch 
(2017) insere a tecnologia funcional no amplo espectro da tecnologia assistiva. Para 
a autora: 
Sem nos apercebermos utilizamos constantemente ferramentas que foram 
especialmente desenvolvidas para favorecer e simplificar as atividades do 
cotidiano, como os talheres, canetas, computadores, controle remoto, 
automóveis, telefones celulares, relógio, enfim, uma interminável lista de 
recursos, que já estão assimilados à nossa rotina e, num senso geral, “são 
instrumentos que facilitam nosso desempenho em funções pretendidas. 
(Bersch, 2017, p. 2). 
Na educação inclusiva, a tecnologia funcional se preocupa com a 
aprendizagem de todos os alunos, e procura compreender e solucionar problemas 
para aqueles estudantes que enfrentam barreiras para participar efetivamente da vida 
escolar. Nessa perspectiva, o aluno que apresenta alguma deficiência deve ser 
atendido preferencialmente no ensino comum e, no que concerne às suas 
necessidades específicas, a educação especial oferece o atendimento especializado, 
de modo a servir de complemento à sua formação. 
A Tecnologia Funcional na vida de jovens, adultos e idosos tem sido utilizada 
como forma de incrementar capacidade funcional, autonomia e qualidade de vida 
16 
 
desse grupo de pessoas, na perspectiva da educação de Jovens e Adultos como EJA 
e CEEJA (Queiroz, 2015). E com o avanço tecnológico em todos os espaços sociais, 
a escola não pode ser excluída do sistema de difusão e democratização da tecnologia, 
então, as escolas devem ser inseridas no processo de interação e utilização das 
tecnologias da informação e comunicação na sala de aula, para trazer uma 
expectativa não só de mobilidade social, mas também de uma formação que promove 
a emancipação e a autonomia dos alunos. 
Para Freire (1996, p.19), uma das tarefas mais importantes da prática 
educativo-crítica é propiciar condições para que os educandos em suas relações 
sejam levados à experiência de assumir-se como ser social e histórico, ser pensante, 
transformador, criador. Hoje com o uso da informática como ferramenta pedagógica 
oferecemos um aumento na eficácia e na qualidade do ensino, assim temos que 
pensar na busca de uma superação dos supostos problemas de ensino e dessa 
maneira buscarmos identificar formas que ajude a superar esses problemas diante de 
um ensino renovado dentro das escolas. 
Por isso, podemos dizer que cada dia o uso de computadores está crescendo 
nas escolas e rompendo barreiras no ensino, facilitando e preparando para um 
desempenho escolar aceitável para todos que fazem parte da instituição escolar, pois 
a chegada dessas mídias traz um crescimento significativo tanto dentro como fora das 
instituições que possa levar diferentes formas de como trabalhar seus conteúdos 
escolares (Almeida, 2003, p. 79). 
Vale lembrar que uma escola informatizada tem um papel representativo na 
educação, um meio, um canal de comunicação. A presença do computador na sala 
de aula torna-se um ato de aprendizagem, que tende a ser mais ativo e participativo, 
estimula ao aprendizado e o seu interesse e motivação para descobrir as informações 
que desejam. Isso acontece quando as tecnologias são usadas pelo aluno de forma 
responsável. 
Assim sendo, as tecnologias digitais e funcionais são recursos tecnológicos que 
se incorporam ao processo de ensino e aprendizagem, proporcionando uma 
comunicação diversificada modificando o sistema de ensino. E vem cooperando com 
um diferencial muito produtivo, que melhora a interação entre professor e aluno, 
melhorando o modo de transmitir e aprender. 
Assim, uma tecnologia funcional é utilizada para agregar, contribuir e 
compartilhar informações, auxiliando no desenvolvimento quando usada em prol da 
17 
 
educação, unindo-se aos demais recursos que são mais utilizados como giz, quadro, 
livros e jogos lúdicos e pedagógicos mobilizando ainda mais a aprendizagem. Além 
do mais, concordamos com Souza Vieira (2011) quando afirma: 
Sabe-se que o professor não será substituído pela tecnologia, mas ambos 
juntos podem adentrar na sala de aula levando aprendizado e conhecimento 
para os alunos, pois basta que ele comece a pensar como introduzir no 
cotidiano escolar de forma decisiva para que após essa etapa passe a 
construir conteúdos didáticos renovados e dinâmicos, que estabeleça todo o 
potencial necessário que essa tecnologia oferece. (Vieira, 2011, p. 134). 
Assim, as chances para o uso das tecnologias funcionais são de que o 
professor deve utilizá-las para instruir os alunos e criar condições para que eles 
consigam descrever seus pensamentos, reconstrua e materialize através de novas 
linguagens, nesse meio o aluno é instigado a transformar as informações em 
conhecimento prático para lidar com as situações de vida diária (Vieira, 2011). 
Sendo assim, o que se percebe é que a integração das tecnologias funcionais, 
para ser bem-sucedida, deve estar no escopo de uma ação de mediação pedagógica 
bem planejada com a integração dos recursos tecnológicos. Entende-se aqui, por 
mediação, a ação do professor ao intervir em um processo, por meio do diálogo, 
incentivando o aluno e auxiliando quanto ao uso dos artefatos, à realização de 
atividades, à socialização dos conhecimentos (Masetto, 2000). 
Outro aspecto a ser considerado está relacionado com a função das 
tecnologias no processo de mediação. Valente (1999) observou que: 
A implantação da informática como auxiliar do processo de construção do 
conhecimento implica mudanças na escola que vão além da formação do 
professor. É necessário que todos os segmentos da escola alunos, 
professores, administradores e comunidades de pais estejam preparados e 
suportem as mudanças educacionais necessárias para a formação de um 
novo profissional. Nesse sentido, a informática é um dos elementos que 
deverão fazer parte da mudança, porém essa mudança é mais profunda do 
que simplesmente montar laboratórios de computadores na escola e formar 
professores para utilização dos mesmos. (Valente, 1999, p. 4). 
De acordo com a citação acima, as tecnologias quando integram o espaço 
escolar promovem uma mudança na estrutura do conhecimento, tendo em vista que 
todos os profissionais que atuam na escola precisam compreender a importância, o 
valor social, e a necessidade desses recursos fazerem parte do cotidiano de todos os 
indivíduos que se integram à vida escolar. Portanto, não é só os estudantes que 
transformam seus conhecimentos nesse processo. 
 
18 
 
 
2.2. ALGUNS DADOS SOBRE A TECNOLOGIA FUNCIONAL NAS ESCOLAS 
PÚBLICAS BRASILEIRAS 
 
É impossível, hoje em dia, imaginar atividades que não sejam realizadas com 
o auxílio de tecnologias, sejam elas digitais ou não. A educação é uma área 
que aproveita de muitos recursos tecnológicos e que ainda pode avançar 
bastante na utilização deles, tendo em vista os enormes benefícios advindos do uso 
das tecnologias funcional. Vale ressaltar que esses recursos, na educação, servem 
para auxiliar os professores e os alunos na promoção de um ensino mais dinâmico e 
voltado para a resolução de problemas práticos. Se nos espaços sociais do entorno 
escolar estamos utilizando a tecnologia a todo tempo, por que não a utilizar na sala 
de aula? 
A tecnologia funcional nas escolas públicas de todos o país pode ser umagrande aliada na melhoria da acessibilidade das pessoas com deficiência à educação. 
Para isso, todos precisam ter acesso, incluindo as pessoas com deficiência. Tal 
pressuposto nos é dado pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência (2020), estabelece 
no Artigo 8º: “É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade 
assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de 
toda forma de violência, negligência e discriminação” (Brasil, 2020, p. 13). 
Tratando-se de crianças com deficiência nas escolas brasileiras, são mais de 
um milhão e duzentas mil crianças que possuem alguma deficiência. O gráfico a seguir 
nos informa o número de crianças matriculadas em escolas regulares da educação 
básica e que se encontram nessa situação. 
 
https://blog.saraivaeducacao.com.br/metodologias-ativas-no-ensino-superior/
19 
 
 
Gráfico 1 – Matrículas de PCD em Escolas Regulares da Educação Básica 
 
A partir dos dados do Censo Escolar de 2020 (Brasil, 2021), é possível afirmar 
que o acesso médio à tecnologia funcional no ensino público ainda é baixo no Brasil. 
Do total de escolas do país, 46% dispunham de desktops para uso dos alunos, 
enquanto apenas 34% contavam com laboratório de informática. Quanto ao uso 
móvel, a situação é ainda pior: 27% das escolas contavam com computador portátil 
para uso dos alunos e apenas 10% tinham tablets para esse fim. 
 
Gráfico 2 – Computador Portátil e Acesso à Internet pelas Escolas 
 
 
 
https://www.gov.br/inep/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos/microdados/censo-escolar
20 
 
Quanto à localização, observa-se maior acesso à infraestrutura de tecnologia e 
conectividade, considerando as três variáveis analisadas, entre as escolas situadas 
nas regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste do que naquelas localizadas nas regiões 
Norte e Nordeste. Essas desigualdades são compatíveis com as já tão conhecidas 
discrepâncias econômicas e sociais entre as regiões brasileiras. 
 
 
 
 
 
 
Gráfico 3 - Infraestrutura por Região 
 
 
 
 
Esses dados representam as escolas públicas no Brasil. Exemplificando, a 
escola na qual atuo como professora de matemática, a CEEJA Sinhá Pantoja, tem 
apenas um notebook para cada sala de aula, para uso dos alunos que frequentam a 
escola, e isso traz um retrocesso para a aprendizagem, quando falamos em ensino 
da tecnologia funcional mediado por tecnologias de informação e comunicação – TIC. 
21 
 
A tecnologia funcional mediada por tecnologias de informação e comunicação 
– TIC na educação de Jovens e Adultos, quando usada da forma correta, torna-se 
uma ferramenta indispensável para o desenvolvimento desses estudantes. Por meio 
dela, os alunos podem acessar conteúdos relevantes, mergulhar em um universo de 
novos conhecimentos e manter uma proximidade muito maior com os educadores. 
A tecnologia também tem muito o que oferecer. É o caso de facilitar a 
comunicação entre as famílias e os professores, auxiliar na organização da rotina de 
estudos dos filhos, e assim por diante. Além disso, a tecnologia, hoje, faz parte da 
nossa sociedade. Logo, letrar os nossos alunos, auxiliando-os na compreensão das 
mais diversas ferramentas tecnológicas, também contribui para que eles se preparem 
melhor para o futuro. Isso porque, assim, a tecnologia escapa da ideia meramente 
recreativa, e passa a ser vista como fonte de conhecimento, aprendizagem e 
informação. Por isso, incentivar o consumo tecnológico na escola é imprescindível. 
 
 
2.3. O ENSINO E A APRENDIZAGEM DA TECNOLOGIA FUNCIONAL NA 
ESCOLA PÚBLICA BRASILEIRA 
 
Como podemos verificar, os avanços da evolução tecnológica provocam o 
entusiasmo das pessoas que passam a vivenciar uma educação aberta, sem 
fronteiras. Contudo, a educação também desfruta dos recursos tecnológicos (Santos 
& Radtke, 2005). A utilização da tecnologia na educação amplia o campo de 
conhecimento. Nesse ínterim, a praticidade de acesso se torna disponível a qualquer 
hora e lugar, ampliando a forma de estudar e de aprender. 
Nas escolas, as TICs estão presentes nas mais variadas formas, com usos e 
objetivos diversos, produzidos para professores e alunos e disponíveis até mesmo em 
sites da internet. A literatura de pesquisa ao longo da última década mostrou que a 
tecnologia pode melhorar o desenvolvimento da educação, impactar a aquisição da 
linguagem, proporcionar maior acesso à informação, apoiar a aprendizagem, motivar 
os alunos e aumentar a autoestima. O que reforça ainda mais a importância do ensino 
voltado para esse tema. 
A tecnologia está cada vez mais presente no cotidiano, como por exemplo, 
permitir que o aluno faça matrícula, consulte boletim, emita uma declaração dentre 
outros serviços, tudo isso virtualmente. Quando os alunos estão usando a tecnologia 
22 
 
como uma ferramenta ou um suporte para se comunicar com os outros, eles possuem 
papel ativo, contrariamente ao tradicional papel passivo do destinatário da informação 
transmitida por um professor ou livro didático. 
De acordo com Moran, Masetto e Behrens (2000): 
Ensinar é um processo social de cada cultura com suas normas, tradições e 
leis, mas não deixa de ser pessoal, pois cada um desenvolve seu estilo, 20 
aprendem e ensinam. O aluno precisa querer aprender e para isso, precisa 
de maturidade, motivação e de competência adquirida (Moran; Masetto e 
Behrens, 2000. p.7). 
 
Por outro lado, o aluno está fazendo escolhas sobre como gerar, obter, 
manipular ou exibir informações. Além disso, quando a tecnologia é usada como uma 
ferramenta para apoiar os alunos na realização de tarefas autênticas, os alunos estão 
em posição de definir seus objetivos, tomar decisões e avaliar seu progresso. 
 
2.3.1 o ensino e a aprendizagem de adultos 
 
Iniciamos a reflexão desse subtópico com uma citação de Gimeno Sacristán 
(1999), sobre o saber e suas consequências para a aprendizagem: 
O saber sobre o fazer não capacita para saber fazer com segurança, 
obviamente, mas quando o fazer de que se trata se refere a ações complexas, 
com opções possíveis, o saber sobre o fazer dá perspectiva, clareza, 
discriminação e bom julgamento (Sacristán, 1999, p. ) 
 
 
 
23 
 
Imagem 01 – Fotografia de Turma do CEEJA (Centro Estadual De Educação De 
Jovens E Adultos) em setembro de 2023 Diretoria de ensino Sul2. 
 
 
 Fonte: Arquivo pessoal da pesquisadora. 
Entre os brasileiros com 15 ou mais anos de idade, 14,4 milhões são 
analfabetos. Destes, a maioria é de homens jovens e de mulheres idosas, em geral, 
negros e de baixa renda. Na faixa de 25 anos ou mais, os 20% mais ricos têm 6,3 
anos de estudos a mais que os 20% mais pobres (BRASIL, 2009). Conforme dados 
da pesquisa suplementar à PNAD 2007, referentes à EJA, é evidente que as pessoas 
ingressam ou evadem dessa modalidade por motivos de incompatibilidade do horário 
e calendário das aulas com o horário e calendário do trabalho dos jovens e adultos ou 
porque faltam escolas próximas às suas moradias. 
Assim, no campo educacional, para atender a uma proposta de letramento do 
público de jovens e adultos, temos como principais desafios da EJA: 
 Utilizar uma metodologia adequada de ensino, considerando as especificidades 
dos alunos jovens e adultos; 
 Considerar a população da eja com suas crenças e valores formados; 
 Respeitar a heterogeneidade de traços, origens, ritmos de aprendizagem e 
estruturas de pensamento. 
 
24 
 
2.3.2 de que forma se planeja o ensino e a aprendizagem da tecnologia 
funcional 
 
A tecnologia funcional ajuda a trazer novas possibilidades para a sala de aula. 
Além de aproximar estudantes de outras fontes de informação, permite que 
professores explorem diferentes recursos para transmitir conhecimento. Quem 
também ganha com isso são as instituições, que passam a oferecer educação de 
maior qualidade. 
A evasão nas escolas públicas é um dos principais problemas enfrentadosna 
educação brasileira. Diversos fatores contribuem para que isso ocorra, mas 
especialistas indicam recursos tecnológicos educativos como uma das possíveis 
soluções. 
Aulas que fazem uso da tecnologia ficam mais interessantes aos olhos dos 
alunos e facilitam o acesso de estudantes que possuem tempo escasso, por 
trabalharem ou terem que cuidar dos filhos, por exemplo. 
A tecnologia educacional pode tornar o aprendizado mais interativo e 
colaborativo – e isso pode ajudar os alunos a se envolverem melhor com o conteúdo 
e o material das disciplinas e cursos. 
Em vez de aulas meramente expositivas e de memorizar fatos, eles aprendem 
fazendo. Para alguns alunos, a interatividade fornece uma melhor experiência de 
aprendizado. 
Planejar bem as aulas é importante para a aprendizagem do aluno. Por meio 
desse documento, o professor traça suas ações para alcançar os objetivos 
estabelecidos ao ministrar determinado conteúdo para a turma. 
E se engana quem pensa que tecnologias escolares são uma novidade: a Base 
Nacional Comum Curricular –BNCC (2018) estabelece que ela deve estar presente 
na sala de aula, em todas as fases educacionais. Entre as orientações mais 
importantes, o documento diz que o aluno deve: 
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e 
comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas 
práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e 
disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e 
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. (BRASIL, 2018, p. 
10). 
 
https://blog.conexia.com.br/aluno-protagonista/
25 
 
2.3.3 A importância do PEI – plano educacional individualizado 
 
Para falar da importância do PEI, antes é necessário explicá-lo, Plano 
Educacional Individual (PEI) é definido como uma estratégia que estabelece um 
planejamento escolar individualizado, que contém as necessidades específicas do 
aluno, cuja avaliação e revisão são realizadas periodicamente. Todos têm o potencial 
de aprender, mas cada um tem o seu tempo, seu ritmo e as suas necessidades. Por 
causa disso, nem todas as propostas pedagógicas alcançam todos da mesma forma 
e isso precisa ser olhado com carinho e empatia pelo professor. O PEI é um 
instrumento para o planejamento colaborativo. 
Resumindo, o PEI é um documento onde planeja e acompanha o processo de 
aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos com necessidades educativas, como 
TEA, TDAH, entre outros, levando em consideração as especificidades de cada um. 
Este instrumento deve conter as habilidades que o aluno possui e as que devem ser 
estimuladas (acadêmicas, de vida diária, motoras e sociais), os conteúdos que serão 
trabalhados com o aluno, os objetivos que queremos alcançar em cada um deles, a 
metodologia (como fazer?), os recursos utilizados e o prazo para colocar em prática o 
que foi planejado. E importante frisar também que o PEI é usado tanto pela escola 
quanto pelo profissional da clínica que acompanha esse aluno. 
 
 
26 
 
Quadro 01 - Componentes do PEI- plano educacional individualizado 
Identificação do Estudante 
 
Relatório Consubstanciado 
 
Necessidades Educacionais Especiais 
 
Habilidades, Afinidades, Interesses, Dificuldades 
 
Objetivos e Metas 
 
 
 
27 
 
Metodologias e Materiais de Apoio (Tecnologias Assistivas, etc] 
 
Critérios e Métodos de Avaliação 
 
Revisão e Reformulação do PEI 
 
Fonte: Extraído de Barbosa e Carvalho (2019, p. 19-21). Disponível em: 
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/570204/2/Produto%20Educacional.pdf.. 
Acesso em: 10 ago. 2023. 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/570204/2/Produto%20Educacional.pdf
28 
 
2.3.4. Experiência de ensino de tecnologia funcional com alunos PCD 
 
Para melhor falar de ensino de tecnologia funcional com alunos PCD e 
experiências vividas na escola CEEJA Sinhá Pantoja localização na periferia do 
extremo sul do estado de São Paulo é importante citar Machado (1969): 
A expressão educação especial, difundida principalmente nos Estados 
Unidos, França, Inglaterra e Brasil, é também conhecida como Educação 
Emendativa, Pedagogia Corretiva, Terapêutica Pedagógica ou 
Psicopedagógica, Reabilitação ou Habilitação. (Machado 1969, p. 9) 
No CEEJA Sinhá Pantoja, de certa forma, todos os alunos têm uma 
necessidade específica e muita história para contar, afinal, sinto que o projeto dá uma 
segunda chance para aqueles que de uma forma ou de outra não tiveram a chance 
de dar continuidade aos seus estudos. 
É preocupante falar que minha experiência com alunos PCD no CEEJA é 
pouco, pois, para começar a infraestrutura não é adequada para entrada e saída e 
não temos espaço destinado a tecnologia, dispomos apenas de um computador por 
área para os alunos utilizarem para Itinerários Formativos. A escola possui apenas 5 
salas, divididas por área uma dessas 5 salas é divindade entre secretaria, sala da 
diretoria, sala de coordenação e atendimento ao público. As demais são para a área 
de códigos, área de extas, humanas e restando mais uma sala que dividimos entre os 
professores para aplicarmos as aulas expositivas. 
Quando falo de ensino de tecnologia funcional com alunos PCD os CEEJAS do 
Estado de São Paulo é um exemplo a não ser seguido. Pois é insuficiente com uma 
infraestrutura ruim. 
 
29 
 
 
Imagem 2 - Foto tirada em outubro de 2023, entrada da escola CEEJA Sinhá 
Pantoja com uma escadaria de pelo menos 80 degraus. Não acessível a todos. 
 
 
 Fonte: arquivo pessoal da pesquisadora. 
 
Imagem 3 – Sala de Aula da Escola CEEJA Sinhá Pantoja Diretoria Sul 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: arquivo pessoal da pesquisadora. 
 
30 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
De fato, a tecnologia é uma realidade que faz parte de diversas áreas, tanto na 
vida profissional quanto no pessoal. É inegável o quanto nossa realidade é 
continuamente modificada por novas mídias e plataformas diariamente, em um mundo 
que vive uma intensa transformação digital. A sala de aula e as escolas não pode ficar 
fora desse movimento. A tecnologia funcional na educação é fundamental para 
trazer melhorias de dinamismo às atividades dentro e fora da sala de aula. No entanto, 
nem tudo são flores, e o uso de sistemas digitais impõe alguns desafios aos alunos e 
profissionais da educação. 
Nesse sentido, constatou-se quais são os principais benefícios que a tecnologia 
na educação proporciona às escolas e a seus atores e também quais são os desafios 
que merecem atenção, mostrando que a tecnologia desempenha um papel cada vez 
mais importante na educação, proporcionando oportunidades de aprendizagem 
inovadoras e acessíveis. Assim, ela permite que os educadores criem ambientes de 
ensino mais dinâmicos, interativos e personalizados. 
Assim, podemos considerar que a tecnologia funcional na educação é 
importante porque pode ajudar os alunos a aprenderem de forma mais eficaz, eficiente 
e significativa. Ao incorporar a tecnologia na educação amplia-se o potencial 
de transformar o processo de aprendizagem, tornando-o mais envolvente, acessível 
e adaptado às necessidades individuais dos alunos. E o uso de tecnologias aliadas às 
práticas pedagógicas se enquadra dentro da “Cultura Digital”, que é uma das dez 
competências definidas como essenciais para a transformação da educação 
na BNCC. 
Além disso, a tecnologia facilita o acesso a recursos educacionais, conecta 
alunos e professores além das fronteiras físicas e promove a colaboração e a 
comunicação efetiva, estimulando, ainda, o desenvolvimento de habilidades digitais 
essenciais para o mundo atual. 
Evidentemente que quando se fala de tecnologia na educação, esses recursos 
não se limitam às práticas de ensino e aprendizagem. Pelo contrário, além do papel 
pedagógico que a tecnologia pode desempenhar, o uso de ferramentas e outros 
recursos tecnológicostambém auxiliam na gestão de uma escola. Dessa maneira, os 
exemplos de tecnologia na educação incluem: 
https://www.proesc.com/blog/transformacao-digital-nas-escolas-o-que-voce-precisa-saber/
https://www.proesc.com/blog/bncc-e-suas-10-competencias-gerais/
https://www.proesc.com/blog/bncc-e-suas-10-competencias-gerais/
http://www.proesc.com/blog/entenda-a-base-nacional-comum-curricular-bncc/
31 
 
a) Sistemas de gestão educacional que auxiliam no gerenciamento de 
informações dos alunos, como histórico escolar, presença e 
desempenho acadêmico; 
b) Softwares de automatização de processos administrativos, que ajudam 
a agilizar atividades como matrículas, controle de frequência, gestão 
financeira e elaboração de relatórios; 
c) Ferramentas de comunicação e colaboração, como e-mails, chats, 
videoconferências e plataformas online; 
d) Dispositivos móveis, como tablets e smartphones, integrados às 
atividades pedagógicas; e) plataformas de aprendizagem online que 
oferecem acesso a recursos educacionais; 
e) Equipamentos de realidade virtual e aumentada que proporcionam 
experiências imersivas e envolventes; 
f) Ferramentas de inteligência artificial e análise de dados para 
personalizar a aprendizagem e facilitar o acesso a informações sobre o 
desempenho de alunos. 
Portanto, o uso inteligente e equilibrado da tecnologia, aliado a uma abordagem 
pedagógica adequada, pode proporcionar uma experiência educacional 
enriquecedora e preparar os alunos para um mundo cada vez mais digital. 
Então, após dar narrativa a essa pesquisa fica ainda mais evidente que 
a tecnologia na educação pode ser incorporada de várias formas na dinâmica escolar. 
Ela propicia benefícios tanto para a gestão quanto para tornar as atividades 
pedagógicas mais enriquecedoras e interessantes para os alunos. 
Além disso, é preciso pensar em se adequar às necessidades do mundo real e 
das demandas do futuro. Cada vez mais, escolas precisam se preocupar em preparar 
alunos para os desafios do século XXI, o que inclui lidar com a tecnologia e as 
mudanças que ela traz 
 
 
 
 
 
 
32 
 
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