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proteínas São macromoléculas formadas por um conjunto de aminoácidos unidos entre si através de ligações peptídicas . Definição: Funções: Catálise enzimática: as proteínas atuam como enzimas, acelerando as reações químicas no corpo ; Transporte: proteínas como a hemoglobina transportam substâncias essenciais; Suporte estrutural: suporte e estrutura aos tecidos do corpo; Defesa imunológica: anticorpos são proteínas do sistema imunológico que reconhecem e neutralizam invasores, como bactérias, vírus e toxinas; Movimento Celular: Proteínas motoras, como a dineína e a cinesina, movem vesículas e organelas dentro das células ao longo de filamentos de microtúbulos; Regulação genética: as histonas são proteínas que ajudam a compactar o DNA nas células e regulam a expressão dos genes, controlando qual parte do DNA é acessível para a síntese de proteínas; Funções hormonais: as proteínas hormonais atuam como mensageiros químicos que regulam funções vitais no organismo, como metabolismo, crescimento, reprodução e resposta ao estresse. AMINOÁCIDOS Estrutura: Definição: São compostos que apresentam as funções ácido carboxílico (carboxila = - COOH) e amina (amino = - NH2). São os 20 tipos de aminoácidos. Um carbono alfa (α) central ligado a um radical amina, um radical carboxila, um hidrogênio e um quarto radical, chamado R, que é diferente para cada um dos 20 aminoácidos. Grupo R (ou cadeia lateral): é uma parte variável da molécula de aminoácido e difere entre os diferentes tipos de aminoácidos. O grupo R pode ser uma estrutura simples ou complexa, e é responsável pelas propriedades químicas e físicas únicas de cada aminoácido. Estereoisomerismo: O estereoisomerismo dos aminoácidos refere-se ao fato de que eles existem em duas formas espelhadas não sobreponíveis, chamadas enantiômeros. Essas formas têm a mesma fórmula química e conectividade de átomos, mas diferem na orientação espacial. Os aminoácidos com carbono α assimétrico apresentam dois isômeros opticamente ativos, os isômeros D e L, que são Imagens especulares um do outro. Todas as proteínas encontradas nos seres vivos são formadas por L- aminoácidos. Classificação dos aminoacídos: Os aminoácidos apolares têm grupos R com caráter de hidrocarboneto, que não interagem com a água; por isso, frequentemente localizam se no interior da molécula proteica. Os aminoácidos polares têm, nas cadeias laterais, grupos com carga elétrica líquida ou grupos com cargas residuais, que os capacitam a interagir com a água. São geralmente encontrados na superfície da molécula proteica. Estes aminoácidos são subdivididos em três categorias, segundo a carga apresentada pelo grupo R em pH 7: aminoácidos básicos, se a carga for positiva; aminoácidos ácidos, se a carga for negativa; e aminoácidos polares sem carga (neutros), se a cadeia lateral não apresentar carga líquida, ou seja, não carregados. Aminoácidos são classificados de acordo com a polaridade do radical R. Ionização dos aminoacídos: pH Ácido (Menor que 7): Em um ambiente ácido, o grupo amino (NH2) tende a ganhar prótons (H+) e se tornar NH3+. O grupo carboxila (COOH) permanece COOH, pois é menos propenso a perder prótons - carga positiva (a). pH Neutro (Igual a 7): Em um ambiente neutro, os grupos amino e carboxila estão parcialmente ionizados, resultando na forma zwitteriônica, onde o grupo amino está NH3+ e o grupo carboxila está COO- - carga positiva e uma negativa ao mesmo tempo (b). pH Básico (Maior que 7): Em um ambiente básico, o grupo carboxila (COOH) tende a perder prótons (H+) e se tornar COO-. O grupo amino (NH2) permanece como NH3+ - carga negativa (c). A ionização dos aminoácidos é como eles podem ficar carregados eletricamente em diferentes ambientes. Isso depende do pH, que mede a acidez ou a basicidade de uma solução Aminoácidos como ácido ou base: Aminoácidos como ácidos: em certas condições, os aminoácidos podem doar prótons (partículas carregadas positivamente) de seus grupos carboxila (COOH), tornando-se negativamente carregados (COO-). Isso acontece em ambientes ácidos ou com baixo pH. Ponto isoelétrico: É o valor de pH no qual a molécula desse aminoácido não tem carga líquida, ou seja, tem carga elétrica igual a zero. Em outras palavras, é o pH no qual as cargas positivas (dos grupos amino) e as cargas negativas (dos grupos carboxila) se equilibram, resultando em uma molécula neutra. O pI de um aminoácido varia dependendo de sua estrutura específica, especialmente da natureza da cadeia lateral (grupo R) e de quantos grupos amino (NH2) e grupos carboxila (COOH) estão presentes. Generalizando, o pH em que a forma eletricamente neutra do aminoácido é mais abundante, o ponto isoelétrico (pI) é a média aritmética de dois valores de pKa: Os valores de pKa1 e pKa2 a serem considerados no cálculo do pI dependem do aminoácido. Para os que não contêm agrupamentos ionizáveis na cadeia lateral, utilizam-se os valores de pKa dos grupos amino e carboxila; para aminoácidos com três grupamentos ionizáveis, usam se os valores de pKa dos grupos com mesmo sinal de carga. Estrutura das proteínas: Primária: corresponde a uma sequência linear de aminoácidos. Secundária: além das ligações peptídicas entre os aminoácidos, estabelecem-se pontes de hidrogênio entre os radicais, de forma que a proteína pode adquirir forma de α- hélice. Terciária: corresponde à distribuição espacial e tridimensional de todos os átomos da proteína. Quaternária: é a associação de várias cadeias polípepditicas. Aminoácidos como bases: em diferentes condições, os aminoácidos podem aceitar prótons em seus grupos amino (NH2), tornando-se positivamente carregados (NH3+). Isso ocorre em ambientes básicos ou com alto pH. Classificação: Fibrosas: São longas e têm uma estrutura fibrosa, muitas vezes usadas em tecidos estruturais, como o colágeno em tendões, geralmemnte insolúveis. Globulares: Têm uma forma globular compacta, frequentemente associada a funções enzimáticas ou de transporte, geralmente solúveis. Fibrosa Globulares Alterações estruturais: A desnaturação é um processo em que uma proteína perde sua estrutura tridimensional nativa e, consequentemente, sua função biológica. Isso ocorre devido a mudanças nas condições ambientais, como temperatura, pH, concentração de sais ou a presença de produtos químicos que quebram as interações que mantêm a estrutura proteica intacta. Mudança na estrutura: As proteínas têm uma estrutura tridimensional específica e complexa, fundamental para sua função biológica. Essa estrutura é mantida por ligações fracas, como pontes de hidrogênio e interações hidrofóbicas, entre os aminoácidos na cadeia polipeptídica. Causas da Desnaturação: A desnaturação pode ser causada por vários fatores, incluindo: Temperatura Elevada: O calor excessivo quebra as ligações fracas e faz com que a proteína perca sua estrutura. 1. Mudanças Extremas de pH: Um pH muito ácido ou alcalino pode alterar as cargas nas cadeias laterais dos aminoácidos, afetando as interações na proteína. 2. Produtos Químicos: Alguns produtos químicos, como ácidos fortes, bases ou agentes desnaturantes, podem interagir com a proteína e perturbar sua estrutura. 3. Reversibilidade: A desnaturação pode ser reversível ou irreversível, dependendo da severidade das condições. Em algumas situações, como o resfriamento após o aquecimento, a proteína pode recuperar sua estrutura nativa (renaturação) se as condições voltarem ao normal. No entanto, em casos de desnaturação severa, a proteína pode perder permanentemente sua função. Impacto na Função: Quando uma proteína é desnaturada, ela perde sua capacidade de realizar suas funções biológicas normais. Isso pode ser prejudicial para os processos celulares e pode afetar negativamente a saúde.