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APOSTILA PROGRAMA EDUCACIONAL BOMBEIRO MIRIM – PROEBOM Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás Cel QOC WASHINGTON Luiz Vaz Júnior Comandante da Academia e Ensino Bombeiro Militar Cel QOC Carlos ALBERTO Cardoso Faleiro Chefe da BM/8 TC QOC Cristian WENING Santana Subchefe da BM/8 Cap QOC RENATA Vilela Chaveiro Ramos Comissão de Coordenação e Elaboração 1º Ten QOC DOUGLAS Decarlo Di Faria Soares 1º Ten QOC Pyterson KAZAER Morais Aires 1º Sgt QPC NEVITON Jesus da Costa 2º Sgt QPC WENDEL da Silva Matos Sd QPC Ériko RAMIRES Vieira Martins Revisão Ortográfica 1º Ten QOC DOUGLAS Decarlo Di Faria Soares 1º Ten QOC Pyterson KAZAER Morais Aires Capa, Fotografia e Formatação 1º Ten QOC Pyterson KAZAER Morais Aires SUMÁRIO INTRODUÇÃO AO PROEBOM ORIENTAÇÕES SOBRE O CURSO ORIENTAÇÕES SOBRE EDUCAÇÃO FÍSICA PARTE 1 ATIVIDADES BOMBEIRO MILITAR CAPÍTULO 1 – Estudo e prática Bombeiro Militar – Ordem Unida CAPÍTULO 2 – Noções de teoria de incêndio e prática de combate a incêndio CAPÍTULO 3 – Noções de salvamento CAPÍTULO 4 – Noções de primeiros socorros PARTE 2 CONHECIMENTOS GERAIS CAPÍTULO 5 – Higiene Pessoal CAPÍTULO 6 – Noções de Informática CAPÍTULO 7 – Ética e Cidadania CAPÍTULO 8 – Noções de Educação Ambiental e Gestão Hídrica CAPÍTULO 9 – ECA e Direitos Humanos CAPÍTULO 10 – Noções de Educação de Trânsito CAPÍTULO 11 – Prevenção ao uso de drogas INTRODUÇÃO Bem-vindo ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás! Você sabia que para ingressar no Programa Educacional Bombeiro Mirim, PROEBOM, você foi selecionado em um processo seletivo bastante concorrido e almejado? E que existem diversas outras crianças que gostariam de estar aqui e dariam o máximo de si caso tivessem a oportunidade que você está tendo? Legal, né? Sinta-se privilegiado. E agora que você está vivenciando essa grande Instituição, existem três coisas que você precisa saber: 1. Somos uma instituição militar; 2. Prezamos pela hierarquia e pela disciplina; 3. Nossa missão maior é salvar vidas e bens. Dentro desses pilares, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás/CBMGO, consciente de sua responsabilidade social e em consonância com a legislação de proteção à criança e adolescente, desenvolve o Programa Bombeiro Mirim/PROEBOM em todo Estado de Goiás visando proporcionar integração institucional com a família e a sociedade. Nesse sentido, o CBMGO disponibiliza um processo de formação cidadã, cívica e humanística de crianças e/ou adolescentes nas Unidades Operacionais do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás/CBMGO, além de contribuir com a prevenção da violência contra crianças e/ou adolescentes em situação de risco, ameaça e vulnerabilidade social. O Programa é destinado a crianças e adolescentes englobando os mais variados temas e disciplinas em sua grade curricular, desde atividades estritamente ligadas à vida e rotina Bombeiro militar como: ordem unida, atendimento pré-hospitalar, salvamento aquático, salvamento em altura e terrestre, educação física, e também contribuindo para o desenvolvimento de conhecimentos importantes da vida cotidiana como: noções de primeiros socorros, saúde e higiene pessoal, acidentes domésticos, educação no trânsito, ética e cidadania, meio ambiente, iniciação musical além de temas transversais. Ao promover o Programa Educacional Bombeiro Mirim junto à comunidade, a Instituição contribui efetivamente na vida de crianças e adolescentes através dos objetivos norteadores desse trabalho, sendo alguns deles: • Gerar oportunidades e apoiar crianças e adolescentes que vivem em situação de vulnerabilidade e em trabalho informal; • Contribuir para prevenção ao trabalho infantil e ao uso de drogas; • Ensinar as crianças e adolescentes a base da organização militar: a hierarquia e a disciplina, bem como sua prática no cotidiano das atividades; • Despertar e desenvolver na criança/adolescente o espírito crítico, analítico e reflexivo, inserindo-o no mundo globalizado; e • Desenvolver habilidades de trabalhar em equipe, respeito aos limites alheios e prevenção aos maus hábitos. Por fim, ressaltamos que o Estado de Goiás, através do CBMGO e do Programa Educacional Bombeiro Mirim/PROEBOM, em conjunto a convênios e parcerias formais, viabiliza um projeto que possui como escopo a valorização dos ideais de cidadania e civismo na formação de crianças e adolescentes, de forma a contribuir com a sociedade goiana no sentido de auxiliar na formação básica do cidadão. Coleguinha, sabia que você está prestes a embarcar em uma grande aventura que vai marcar sua vida? Quer saber um pouco do que lhe aguarda? Acesse o QR-Code e curta um vídeo bem legal do projeto Bombeiro Mirim. ORIENTAÇÕES SOBRE O CURSO O Programa Educacional Bombeiro Mirim (PROEBOM) é um projeto de responsabilidade social do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, que possui como foco contribuir na formação das crianças e adolescentes, utilizando como referência valores de cidadania e civismo, como: ética e respeito à pluralidade cultural. Visa também desenvolver habilidades de trabalhar em equipe e, apresentar a elas as bases da organização militar; a hierarquia e a disciplina. O programa tem como base legal a Lei federal n. 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) e a lei estadual n. 14.805, de 09 de junho de 2004, (Criação do Programa Bombeiro Mirim). E conforme o disposto na lei n. 14.805, o programa é destinado a atender crianças e adolescentes, de 07 a 16 anos. Sempre no contraturno da escola. O curso tem uma grade curricular com treze disciplinas: noções de primeiros socorros, noções de salvamento, noções de educação ambiental/gestão hídrica, noções de informática, estudo e prática bombeiro militar - ordem unida, educação física, noções de educação de trânsito, Temas transversais (à disposição), ECA e Direitos Humanos, ética e cidadania, noções de combate a incêndio, direitos humanos e higiene pessoal. Além de algumas visitas técnicas. Regime de funcionamento do curso O curso pode ser oferecido em regime anual, semestral e de temporadas, nas dependências das Unidades Operacionais do Corpo de Bombeiros Militar, sendo sua Coordenação efetuada pelas Unidades de Bombeiros Militar, subordinado à Coordenação Estadual. a. Horário de Funcionamento: Matutino: entre 08h e 11h15min Vespertino: entre 14h e 17h15min b. Dias da Semana: preferencialmente às Segundas, Terças e Quintas Feiras. c. Regime de Funcionamento: Hora/aula de 45 minutos, sendo contabilizado para cada dia letivo 4 horas/aula, com intervalos de lanche de 15 minutos. Matriz Curricular do Programa Matrícula Para se matricular, o aluno deverá ter passado pelo processo seletivo feito por equipe técnica, conforme os critérios estabelecidos pelo Edital, e deferido pelo Comandante da OBM executora do PROEBOM. Não é permitido o trancamento da matrícula. Aproveitamento e rendimento A verificação do rendimento é feita através de instrumentos que comprovem assiduidade e aproveitamento nos estudos, que deverá ser feita em cada disciplina por meio das verificações de aprendizagem, conforme critérios da Coordenação Estadual/Geral e Coordenação local, não tendo caráter de reprovação. Monitoria O bombeiro mirim que se destacou ao longo do programa em função de critérios, aspectos e parâmetros que abrangem o espírito de liderança, assiduidade, disciplina, empenho, comprometimento e elevado aproveitamento nas disciplinas ministradas, poderá participar do programa subsequente na condição de monitor, desde que devidamente autorizado e formalizado pelo responsável legal. FrequênciaA frequência às aulas, trabalhos e demais atividades acadêmicas correlatas deverão ser devidamente acompanhadas, monitoradas e formalizadas por sistema de registro (livro de presença) por parte da Coordenação Local, sendo considerado desistente o aluno com frequência inferior a 75% das disciplinas previstas em grade curricular. Desligamento Será desligado do Programa, a qualquer tempo, o candidato cujo responsável fizer, em qualquer documento, declaração falsa. Após três advertências escritas e/ou suspensões previstas e tipificadas no Regulamento Disciplinar do Programa, o aluno poderá ser desligado do PROEBOM por comprometer o desenvolvimento dos demais alunos, bem como do Programa como um todo. Caso uma criança ou adolescente do Programa cometa atitude que o Chefe de Pelotão juntamente com o Coordenador Setorial, Local e o Coordenador Estadual julguem GRAVÍSSIMOS, poderá ser desligado sumariamente, sendo desnecessário receber advertências verbais ou escritas. Atividades Complementares Conforme planejamento e organização da Coordenação Local, atividades complementares poderão ocorrer (palestras, visitas, reforço escolar, entre outros). Metodologia Todas as estratégias e atividades elaboradas pelos instrutores devem ser descritas nos Planos de Disciplina, os quais devem passar pela avaliação prévia do Coordenador Local do PROEBOM. Os instrutores receberão apostila com todo o material didático e Plano de Curso, previamente aprovado pelo Coordenador Estadual. As estratégias metodológicas serão elaboradas pelo Corpo Docente do Programa, as quais devem adequar os temas propostos no conteúdo programático a realidade socioespacial e a faixa etária dos alunos. Atividades internas As atividades teóricas e/ou práticas serão realizadas, preferencialmente, na sede local do programa que será uma Unidade Bombeiro Militar. Atividades externas As visitas técnicas, passeios e atividades práticas devem ser planejadas com a autorização do Coordenador Local do PROEBOM. Após autorização do Coordenador Local e autorizada a atividade externa, os pais ou responsáveis pelos alunos serão comunicados previamente sobre o objetivo das atividades e as características dos locais que serão visitados. Os alunos só poderão participar destas atividades com a autorização escrita de seus pais ou responsáveis. Resultados esperados ➢ Auxiliar na formação de cidadãos pensantes e com consciência cívica; ➢ Preparar os alunos para atendimentos básicos de primeiros socorros; ➢ Ambientar os alunos à práticas esportivas; ➢ Fomentar cultura de prevenção e de segurança; ➢ Melhorar desempenho escolar; ➢ Melhorar o convívio em sociedade; ➢ Estabelecer regras de convivência harmoniosa em sociedade, com respeito às normas e leis que regem o relacionamento social; ➢ Apresentar aos alunos a sociedade em que vivem, suas necessidades e as oportunidades que ela lhes proporciona, tornando-os capazes de modificar o ambiente, visando à melhoria da qualidade de vida; Referência CBM – GO. Projeto Pedagógico do PROEBOM – 2023. ORIENTAÇÕES SOBRE A EDUCAÇÃO FÍSICA Não importa se faz sol ou chuva, todo bombeiro mirim gosta de Educação Física, não é? Trata-se de um momento ideal para se distrair e praticar diversas atividades como: - Futebol - Vôlei - Basquete - Queimada - Peteca - Natação - Gincanas - Lutas - Atividades lúdicas No entanto, a Educação Física para o bombeiro mirim é muito mais que um momento de lazer. Ela possui funções de extrema importância para melhorar a qualidade de vida através do condicionamento físico e para a formação como pessoa. Ela trabalha a capacidade intelectual, física, mental, social e cultural. Dois fatores importantes deverão ser observados pelos bombeiros mirins durante as aulas: O uso correto do Uniforme e a apresentação de Atestado Médico. Uniforme Uma parte muito importante para o bom desenvolvimento das práticas de Educação Física é o uso de roupas adequadas. Por isso, o bombeiro mirim possui um uniforme específico que deverá ser usado nas aulas, de acordo com a modalidade. Quando as aulas de Educação Física ocorrerem em ambiente terrestre (quadra, campo, salão, auditório) e não envolver atividades aquáticas, o bombeiro mirim deverá usar somente o uniforme composto pela bermuda, camiseta cavada, tênis e meia. Porém quando as aulas forem desenvolvidas em ambiente aquático (piscina), além das peças anteriores, deverá usar por baixo o maiô (para as meninas) e suga (para os meninos). O uso de toalhas será permitido sempre que houver atividades aquáticas. O uso de uniforme incorreto em dias de aula de Educação Física acarretará não participação nas atividades. Atestado Médico Outro item muito importante, que é exigido no ato da matrícula e que sem ele a criança não pode participar do programa, é o Atestado Médico. Trata-se de um documento emitido por um profissional médico que apontará a capacidade, com restrições ou não, do bombeiro mirim de participar, de forma segura, das atividades propostas, incluindo as desenvolvidas na disciplina de Educação Física. Uniforme para “atividades terrestres” (quadra, ginásio, campo ...) Uniforme para “atividades aquáticas” (piscinas) CAPÍTULO 01 – ORDEM UNIDA Seção 01 – Origem da Ordem Unida A história da Ordem Unida não é recente. Ela é antiga e existe desde o tempo das primeiras civilizações. O seu objetivo é padronizar os movimentos e comandos da tropa, para que os comandantes consigam manter o controle de todos, realizando manobras com ordem e precisão, como um só corpo. A Ordem Unida visa também fortalecer os três pilares de uma instituição militar: A Disciplina, A Hierarquia e a Tradição. Com isso, há o desenvolvimento dos reflexos de obediência, o respeito hierárquico e o espírito de corpo. Existem fontes que apontam o surgimento da ordem unida na Grécia antiga, mais especificamente em Esparta. Os guerreiros espartanos formavam as falanges (grupos), que se moviam e combatiam unidas, obedecendo à ordem central dos seus comandantes. Os guerreiros entendiam que a vitória só seria possível, se todos trabalhassem em conjunto, com movimentos coordenados sob o comando de voz de seu líder. Tempos depois, os romanos também adotaram a Ordem Unida para coordenar e disciplinar os seus exércitos, formando uma verdadeira e perfeita máquina de guerra, que conquistou vários territórios e permitiu a expansão do império. A Ordem Unida nos dias de hoje, está presente em todas as instituições militares, seja nas forças armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica), como nas forças auxiliares (Polícia Militar e Bombeiro Militar). Aqui no PROEBOM a Ordem Unida também faz parte do dia a dia do bombeiro mirim e tem a finalidade de: 1. estabelecer ordem e disciplina; 2. desenvolver o sentimento de coesão (um só corpo) e os reflexos de obediência; 3. apresentar em público com aspecto enérgico e marcial; 4. melhorar as habilidades de coordenação motora e psicomotora; 5. preparar o condicionamento físico; 6. promover o companheirismo e a socialização; Seção 02 – Hierarquia Hierarquia é a ordem de autoridade, em níveis diferentes, por postos e graduações. Dentro do CBMGO, as posições hierárquicas são bem definidas. Os postos são as posições hierárquicas dos Oficiais e as graduações são as posições hierárquicas das Praças. Todos os Oficiais são hierarquicamente superiores às Praças. Quando falamos de Oficiais do CBMGO, temos 6 postos distribuídos em 3 grupos: Oficiais Superiores, Oficiais Intermediários e Oficiais Subalternos. Capitão (CAP) Major (MAJ) Tenente Coronel (TC) (CEL) Oficiais Superiores Coronel (CEL)Insígnia do posto de Coronel. “3 gemadas” Insígnia do posto de Tenente Coronel. “2 gemadas e 1 prateada” Insígnia do posto de Major. “1 gemada e 2 prateadas” Oficiais Intermediários Insígnia do posto de Capitão. “3 prateadas” Oficiais Subalternos 1º Tenente (TEN) Insígnia do posto de 1º Tenente. “2 prateadas” 2º Tenente (TEN) Insígnia do posto de 2º Tenente. “1 prateada” Dentro do grupo de Praças temos um subgrupo especial, denominado de Praças Especiais. Esse subgrupo de Praças é composto por militares que ocupam as graduações de Cadete e Aspirante a Oficial. Tratam de militares em fase de formação que seguirão a carreira de Oficial. As Praças Especiais são superiores à todas as outras Praças, mas subordinadas aos Oficiais. A ordem de hierarquia entre as Praças Especiais, do mais antigo para o mais moderno, é Aspirante a Oficial, Cadete de 3º Ano, Cadete de 2º Ano, Cadete de 1º Ano e CHOA. Apesar de não serem Praças Especiais, de direito, os alunos do Curso de Habilitação de Oficiais de Administração – CHOA, estão relacionados aqui por conveniência. Aspirante (ASP) Praças Especiais Cadete 3ºano (CAD III) Cadete 2ºano (CAD II) Cadete 1ºano (CAD I) Insígnia da graduação de Aspirante Insígnia da graduação de Cadete de 3º Ano Insígnia da graduação de Cadete de 2º Ano Insígnia da graduação de Cadete de 1º Ano Aluno Oficial (AL OF ADM) Insígnia da graduação de Aluno CHOA Para o quadro de Praças, temos 7 graduações distribuídas em 2 grupos: Subtenentes e Sargentos, e o grupo de Cabos e Soldados. No CBMGO, o soldado de 2ª Classe (aluno soldado) é reconhecido pela falta de insígnia em seus uniformes. Praças – Subtenentes e Sargentos Subtenente (ST) 1º Sargento (1º SGT) 2º Sargento (2º SGT) 3º Sargento (3º SGT) Insígnia da graduação de Subtenente Insígnia da graduação de 1º Sargento (2 “V” preto + 1 “V” Branco + 3 “V” preto) Insígnia da graduação de 2º Sargento (1 “V” preto + 1 “V” Branco + 3 “V” preto) Insígnia da graduação de 3º Sargento (3 “V” preto) Praças – Cabos e Soldados Cabo (CB) Soldado (SD) Insígnia da graduação de Cabo (2 “V” preto) Insígnia da graduação de Soldado (1 “V” preto) Coronel Tenente Coronel Major Capitão 1º Tenente 2º Tenente Aspirante Cadete 3º Ano Cadete 2º Ano Cadete 1º Ano Aluno Oficial CHOA Subtenente 1º Sargento 2º Sargento 3º Sargento Cabo Soldado O ficia is P ra ça s E sp e cia is P ra ça s S e q u ê n cia h ie rá rq u ica d o C B M G O . N o se n tid o d a se ta a u m e n ta o n ív e l d e a u to rid a d e . Q U A D R O R E S U M O D O S P O S T O S E D A S G R A D U A Ç Õ E S D O C B M G O Dentro do contexto do PROEBOM, os bombeiros mirins estão hierarquicamente subordinados a todos os militares do CBMGO. Assim, todos os militares, de soldado a coronel, são considerados mais antigos (logo superiores) ao bombeiro mirim. Os bombeiros mirins monitores, são hierarquicamente superiores a todos os bombeiros mirins em formação. Os bombeiros mirins de dia (chefe de turma ou xerife), são hierarquicamente superiores a todos os bombeiros mirins em formação. No final do curso a antiguidade entre a turma é definida pela nota final obtida pelo bombeiro mirim. Quanto maior a nota, mas antigo dentro da turma será. Os bombeiros mirins de turmas anteriores, já formadas, são considerados mais antigos que os das turmas sucessoras. Seção 03 – Da Continência A continência é a saudação (ou cumprimento) militar. É uma das formas de se manifestar respeito e consideração a todos militares e aos símbolos nacionais (bandeira e hino nacional). Entre nós bombeiros, ela deve sempre partir do militar mais moderno, para o mais antigo. A continência deve ser prestada na posição de sentido, em pé, nunca sentado ou deitado, e ela deve ser execultada da seguinte forma: 45º Pés juntos, com calcanhares colados. Pernas juntas e esticadas. Mão espalmada e colada na lateral da coxa. Braço equerdo esticado e rente ao corpo. Mão espalmada, dedos colados, palma da mão para baixo e dedo médio tocando a levemente a fonte (ou a divisa do gorro com a pala – quando de cobertura). A continência deve ser prestada em qualquer hora do dia ou da noite, somente se o militar ou o bombeiro mirim estiver devidamente uniformizado. Ela deve ser execultada de forma vivida e energética. Ao receber uma continência, tanto o bombeiro mirim como o militar deverá, obrigatoriamente, retribuí-la. Quando em trajes civis (roupa do dia-a-dia), a continência deverá ser respondida com um aceno de cabeça, um cumprimento verbal ou tirando ao boné/chapéu da cabeça. Pelo fato da continência ser feita com a mão direita, todos objeto deverá ser carregado com a mão esquerda, de forma a manter a mão direita desocupada para prestar ou responder a continência prestada. Como foi dito antes, além dos militares e bombeiros mirins, têm direito a continência a nossa bandeira e hino nacional. No entanto, essa continência ocorrerá somente nos seguintes casos: BANDEIRA NACIONAL 1. Ao ser hasteada ou arriada diariamente em cerimônia militar ou cívica; 2. Nas cerimônias de incorporação ou desincorporação, nas formaturas; 3. Quando conduzida por tropa ou por contigente de Organização militar; 4. Quando conduzida em marcha, desfile ou cortejo, acompanhada por guarda ou organização civil, em cerimônia cívica; HINO NACIONAL 1. Quando executado em solenidade militar ou cívica em sua modalidade à continência e com o militar/bombeiro mirim, devidamente fardado; 2. Quando cantado, o hino nacional não tem direito à continência; Formas de se prestar continência a) Mais moderno parado e superior em deslocamento (bombeiro mirim e militar): 1 O mais moderno (bombeiro mirim), volta sua frente para a direção perpendicular (90º) à do deslocamento do superior (militar), toma posição de sentido e realiza o movimento de continência; 2 Em seguida, desfaz a continência, abaixa a mão em movimento energético, volta para a posição de sentido e relaxa a posição logo em seguida; Obs: A continência é feita quando o superior atinge a distância de três passos do mais moderno e desfeita quando o superior o ultrapassa em um passo. b) Mais moderno em deslocamento e superior parado (bombeiro mirim e militar) 1. Se o mais moderno (bombeiro mirim), esta deslocando em passo normal, este mantém o passo e a direção do deslocamento (para onde esta indo). Vira o olhar para o superior (militar) e presta a continência sem parar de andar. Após tomar a distância de um passo, olha para a frente, desfaz a continência e continua deslocando; 2. Se o mais moderno (bombeiro mirim), esta deslocando em passo acelerado ou correndo, deverá parar de acelerar ou correr e andar normalmente, ao se aproximar do superior (militar). Em seguida deverá olhar para o superior e prestar a continência sem parar de andar. Após a distância de um passo, o mais moderno (bombeiro mirim) olha para frente, desfaz a continência e volta a deslocar na velocidade que estava (se for o caso); c) Mais moderno deslocando até o superior parado, para prestar continência (bombeiro mirim e militar) 1. O mais moderno (bombeiro mirim) se aproxima do superior até chegar à distância de um passo. Olha para o superior (militar) e presta a continência. Em seguida desfaz a continência e permanece em posiçãode sentido, até a retirada do superior (militar) ou de seu comando para ficar em posição de descançar ou a vontade. d) Superior deslocando até o mais moderno parado, que lhe presta continência (militar e bombeiro mirim) 1. O superior (militar) se aproxima do do mais moderno (bombeiro mirim). Quando este chegar à distância de três passos, o mais moderno (bombeiro mirim) toma posição de sentido e aguarda o superior (militar) se aproximar mais. Quando o superior (militar) estiver próximo, o mais moderno (bombeiro mirim) presta a continência. Em seguida, desfaz a continência e permanece na posição de sentido até que o superior (militar) saia ou emita o comando de descançar ou a vontade. Seção 04 – da Formação do Pelotão Para conseguir compor um pelotão, o bombeiro mirim necessitará conhecer alguns termos básicos. São eles: 1. Coluna: é o dispositivo de uma tropa, cujos bombeiros mirins estão um atrás do outro (uma fila indiana). 2. Distância: é o espaço entre dois bombeiros mirins colocados um atrás do outro e voltados para a mesma frente. Essa distância é medida de acordo com o braço esquerdo distendido para frente e a ponta dos dedos tocando o ombro do colega à frente. Os bombeiros mirins da testa não realizam esse movimento com os braços, quando comandado “Cobrir”. 3. Cobertura: É a disposição cujos bombeiros mirins ficam voltados para a mesma frente, de modo que um fique exatamente atrás do outro. 4. Fileira: é o dispositivo de uma tropa, cujos bombeiros mirins estão colocado um do lado do outro, com todos voltados para a mesma frente. 5. Intervalo: é o espaço entre dois bombeiros mirins, colocados lado a lado, voltados para a mesma frente, na mesma fileira. Essa distância é medida de acondo com o braço equerdo distendido para o lado esquerdo. Somente os bombeiros mirins da testa fazem esse movimento com os braços quando comandado “Cobrir”. 6. Alinhamento: é a disposição cujos bombeiros mirins ficam em linha reta, voltados para a mesma frente, de modo que um fique exatamente ao lado do outro. 7. Testa: São os bombeiros mirins da tropa que se posicionam nas primeiras posições do pelotão (os maiores). 8. Retaguarda: São os bombeiros mirins da tropa que se posicionam nas últimas posições do pelotão (os menores). Testa ou frente do pelotão Bombeiro Mirim mais alto. Retaguarda do pelotão Bombeiro Mirim mais baixo. “Coluna por um” Toda formação de pelotão começa com o bombeiro mirim mais alto e termina com o bombeiro mirim mais baixo. A frente do pelotão é chamada de “testa” e o final de “retaguarda”. A formação mais simples de um pelotão é a “Coluna por um”. Nela todos os bombeiros mirins se organizam em uma única coluna (fila indiana), sendo que o primeiro da coluna (o testa do pelotão) é o bombeiro mirim mais alto, seguido pelo segundo mais alto e assim por diante até o último bombeiro mirim, o menorzinho de todos (a retaguarda). Outras formas de organizar o pelotão é através de “Colunas por dois”, “Colunas por três” e etc. Nestas formações o bombeiro mirim mais alto é chamado de homem base. “Coluna por dois” O homem base (o bombeiro mirim mais alto), será sempre o primeiro da coluna da direita, ou coluna 01 (primeira coluna ou coluna base). O segundo bombeiro mirim mais alto, será o primeiro da coluna da esquerda, ou coluna 02 (segunda coluna). O terceiro bombeiro mirim mais alto, será o segundo da coluna da direita, ou coluna 01. O quarto bombeiro mirim mais alto, será o segundo da coluna da esquerda, ou coluna 02, e assim por diante, até todos os bombeiros mirins estarem em forma. Coluna da direita Coluna base Coluna 01 Homem base Bombeiro Mirim mais alto Coluna da esquerda Coluna 02 Coluna base Coluna 01 Homem base Bombeiro Mirim mais alto “Coluna por três, quatro ...” O homem base (o bombeiro mirim mais alto), será sempre o primeiro da coluna da direita, ou coluna 01 (primeira coluna ou coluna base). O segundo bombeiro mirim mais alto, será o primeiro da coluna do meio, ou coluna 02 (segunda coluna ou coluna do meio). O terceiro bombeiro mirim mais alto, será o primeiro da coluna da esquerda, ou coluna 03 (terceira coluna). O quarto bombeiro mirim mais alto, será o segundo da coluna da direita, ou coluna 01, e assim por diante, até todos os bombeiros mirins estarem em forma. Seção 05 – das Posições Uma vez incorporados dentro de uma formação de pelotão, os bombeiros mirins deverão assumir posições de acordo com o comando de voz do comandante. São posições de tropa: 1. A Vontade ou Relaxar Posição: posição na qual o bombeiro mirim permanece em forma, com o pé direito firme ao solo, mantendo alinhamento e cobertura, porém com uma posição relaxada, onde pode movimentar os braço, olhar para o lado e etc. Esta posição somente é assumida quando devidamente autorizada pelo comandante da tropa. 2. Descançar: Posição na qual os bombeiros mirins ficarão com o corpo reto, as pernas naturalmente esticadas, pés afastados aproximadamente igual a largura dos ombros e braços para trás com a mão esquerda segurando o braço direito pelo pulso, enquanto a mão direita permanece fechada e colada às costas. Nesta posição o bombeiro mirim deverá permanecer imóvel e em silêncio. 01 02 03 Homem base Bombeiro Mirim mais alto Número da coluna 3. Sentido: posição na qual o bombeiro mirim ficará em pé, com as pernas esticadas e calcanhares unidos, pontas dos pés levemente esticados para fora. Braços esticados, com leve curvatura no cotovelos, mãos espalmadas, dedos colados e palma das mão coladas na lateral da cocha. Cabeça erguida e olhar para a frente. 4. Cobrir: posição que possui duas variáveis. Para os bombeiros mirins da testa do pelotão (os bombeiros mirins mais altos), estes deverão esticar lateralmente o braço esquerdo de tal forma que encoste somente a ponta do dedo médio no ombro do colega ao lado (Intervalo). Para todos os outros bombeiros mirins, estes deverão esticar para a frente o braço esquerdo de tal forma que encoste somente a ponta do dedo médio no ombro do colega à frente (distância). Em ambos os casos, o braço direito, a mão direita, as pernas e os pés, permanecem como descrito na posição de “Sentido”. 5. Sentado (ao solo): posição na qual o bombeiro mirim sentará com as pernas cruzadas (perna direita à frente da esquerda), envolvendo os joelhos com os braços. A mão esquerda deverá segurar o braço direito pelo pulso mantendo a mão direita fechada. Seção 06 – dos Comandos de Voz Uma vez entendido a incorporação em um pelotão e as posições, o bombeiro mirim estará apto para iniciar os movimentos coordenados através dos comandos de voz. O comando de voz, trata-se de uma ordem verbal emitida pelo comandante do pelotão, que poderá ser outro bombeiro mirim, um monitor ou mesmo um militar. O comando de voz é dividido em três partes: Voz de advertência, comando propriamente dito e voz de execução. As vozes de comando são emitidas pelo comandante da tropa, sempre na posição de “Sentido”. Elas devem ser claras, energéticas e de intensidade proporcional ao tamanho do pelotão de bombeiros mirins. São exemplos de comandos: 1. Colocar o pelotão em forma: “Atenção bombeiros mirins! À minha vanguarda, colunas por um (dois, três ...) em forma. Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins que estiverem dispersos deverão se deslocar para a frente do comandante e assumir suas posições conforme o número de colunas. 2. Colocar o pelotão formadoem posição de Sentido: “Atenção bombeiros mirins! Sentido!”. Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins que estiverem em forma, deverão assumir a posição de “Sentido”. “ATENÇÃO BOMBEIRO MIRIM! DIREITA, VOLVER!” Voz de Advertência É um alerta que se dá à tropa. Comando propriamente dito Indica o movimento a ser realizado pela tropa. Voz de execução Determina o momento exato em que o movimento deve começar ou cessar. 3. Colocar o pelotão formado, já em posição de Sentido, para Cobrir: “Atenção bombeiros mirins! Cobrir!” Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins que estiverem em forma, deverão assumir a posição de “Cobrir”. 4. Dar o comando de Firme para retornar os bombeiros mirins para a posição de Sentido: “Atenção bombeiros mirins! Firme!” Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins que estiverem em forma, deverão retornar para a posição de “Sentido” (o bombeiro mirim abaixará o braço esquerdo, batendo a mão espalmada contra a lateral da coxa esquerda e permanecendo na posição de “Sentido”). 5. Colocar o pelotão na posição de descansar: “Atenção bombeiros mirins! Descansar!” Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins que estiverem em forma, deverão assumir a posição de descansar. 6. Comandar o pelotão, que se encontra na posição de descansar, para ficar à vontade: “Atenção bombeiros mirins! À vontade!” Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins que estiverem em forma, deverão assumir a posição de à vontade. (para retornar à posição de descansar, basta o comandante do pelotão dizer “Atenção bombeiros mirins!”). Quando uma série de comandos forem realizados em sequência, a voz de advertência poderá ser suprimida (não pronunciada), a partir do segundo comando. 7. Colocar o pelotão em forma, coberto e alinhado: “Atenção bombeiros mirins! À minha vanguarda, colunas por um (dois, três ...) em forma! Sentido! Cobrir! Atenção bombeiros mirins! Firme! Descansar! Ao ouvir os comandos, os bombeiros mirins deverão assumir suas posições dentro da formação do pelotão e realizar os comandos de acordo com a sequência de ordens emitidas pelo comandante do pelotão. 8. Com o pelotão já formado e na posição de descansar, colocar o mesmo na posição de sentado: “Atenção bombeiros mirins! Sentado 1,2!” - A tropa responde: “três, quatro.” Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, ao mesmo tempo, deverão assumir a posição de sentado, e verbalizar com vibração a frase “três, quatro”! 9. Com o pelotão já formado e na posição de sentado, colocar o mesmo de pé, na posição de descansar: “Atenção bombeiros mirins! De pé um, dois!” – A tropa responde: “três, quatro”. Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, ao mesmo tempo, deverão se levantar, assumir a posição de descansar e verbalizar com vibração a frase “três, quatro”. A movimentação do pelotão, pode ser dada por duas formas: com voltas em salto (partindo da posição de descansar) ou voltas em pé firme (voltas volver, partindo da posição de sentido). 10. Com o pelotão na posição de descansar, dar o comando de frente para direita: “Atenção bombeiros mirins! Frente para a direita!” – A tropa responde: “Haaaa”. Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, ao mesmo tempo, deverão saltar, girar o corpo 90º à direita e verbalizar com vibração o grito “Haaaa”. 11. Com o pelotão na posição de descansar, dar o comando de frente para a esquerda: “Atenção bombeiros mirins! Frente para a esquerda!” – A tropa responde: “Haaaa”. Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, ao mesmo tempo, deverão saltar, girar o corpo 90º à esquerda e verbalizar com vibração o grito “Haaaa”. 12. Com o pelotão na posição de descansar, dar o comando de frente para a retaguarda: “Atenção bombeiros mirins! Frente para a retaguarda!” – A tropa responde: “Haaaa”. Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, ao mesmo tempo, deverão saltar, girar o corpo 180º à esquerda até ficar de frente para a retaguarda (ou de costas para o comandante) e verbalizar com vibração o grito “Haaaa”. 13. Com o pelotão na posição de sentido, dar o comando de direita volver: “Atenção bombeiros mirins! Direita, volver!” Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, deverão elevar o calcanhar do pé esquerdo, mantendo a ponta do pé no solo, enquanto eleva a ponta do pé direito, mantendo o calcanhar no solo. Em seguida, gira o corpo 90º à direita. Ao final do movimento, une os calcanhares novamente de forma energética e retorna para a posição inicial de sentido. 14. Com o pelotão na posição de sentido, dar o comando de esquerda, volver: “Atenção bombeiros mirins! Esquerda, volver!” Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, deverão elevar o calcanhar do pé direito, mantendo a ponta do pé no solo, enquanto eleva a ponta do pé esquerdo, mantendo o calcanhar no solo. Em seguida, gira o corpo 90º à esquerda. Ao final do movimento, une os calcanhares novamente de forma energética e retorna para a posição inicial de sentido. 15. Com o pelotão na posição de sentido, dar o comando de meia volta, volver: “Atenção bombeiros mirins! Meia volta, volver!” Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, deverão realizar movimento igual o descrito em esquerda volver. No entanto, o corpo fará um giro de 180º, de tal forma que todos fiquem de costas para o comandante do pelotão. 16. Com o pelotão na posição de sentido, dar o comando de oitava à direita, volver: “Atenção bombeiros mirins! Oitava à direita, volver!” Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, deverão realizar movimento igual o descrito em direita volver. No entanto, o corpo fará um giro de apenas 45º, ou seja, meia volta 17. Com o pelotão na posição de sentido, dar o comando de oitava à esquerda, volver: “Atenção bombeiros mirins! Oitava à esquerda, volver! Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, deverão realizar movimento igual ao descrito em esquerda volver. No entanto, o corpo fará um giro de apenas 45º, ou seja, meia volta. 18. Para voltar o pelotão para a última posição, cancelando o último comando dado, dar o comando de última forma: “Atenção bombeiros mirins! Última forma!” Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, deverão voltar para a última posição assumida. Exemplo: se dado a ordem de direita volver (ou qualquer outro comando, inclusive errado) e o comandante do pelotão quiser cancelar a ação, deverá dar o comando de última forma. 19. Com o pelotão na posição de sentido, dar o comando de fora de forma: “Atenção bombeiros mirins! Fora de forma, marche!” – A tropa responde: “bombeiros mirins” Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, deverão gritar “bombeiros mirins” e em seguida, realizar o movimento de romper marcha com pé esquerdo, desfazendo assim a formação do pelotão. Outros comandos de voz que podem ser usados pelos bombeiros mirins, mas normalmente são realizados pelos instrutores: DESLOCAMENTO EM COLUNA POR UM e CONTINÊNCIA À BANDEIRA 20. Com o pelotão em forma e na posição de descansar, dar o comando de sentido e de deslocamento em coluna por um: Atenção bombeiros mirins! Sentido! Base a coluna da direita, em direção à sala de aula, colunas por um, sem cadência, marche! Tropa menos, descansar. Ao ouvir os comandos, todos os bombeiros mirins em forma, deverão assumir a posição de sentido e assim permanecer até que seja dada a voz de execução ‘Marche!”. Neste momento, a coluna da direita (coluna base) e somente ela, romperá marcha e os seus bombeiros mirins deslocarão em fila para o local determinado pelo comandante da tropa. As outras colunas permaneceram em posição de sentido até o comandante dar a voz de comando “Tropa menos, descansar”, onde todo o restante assumirá a posição de descansar.Quando o último da primeira fila passar ao lado da testa das outras colunas, levantará a mão esquerda e gritará “último”. A próxima coluna, então, assumirá a posição de sentido, romperá marcha e deslocará para o local 21. Com o pelotão na posição de sentido, dar o comando de prestar continência à bandeira nacional: “Atenção bombeiro mirim! Em continência à bandeira, apresentar arma!” Após realizado o hasteamento, o comandante dos bombeiros mirins dará o comando de desfazer a continência e colocará o pelotão na posição de descansar: Atenção bombeiros mirins! Descansar, arma! Bombeiros mirins, descansar! Ao ouvir os comandos, os bombeiros mirins em forma, prestarão continência, mantendo o olhar direcionada para a bandeira do Brasil. Na hora de desfazer a continência, permanecerão olhado para a bandeira do Brasil até que o comandante do pelotão fale “Descansar ...”, onde os bombeiros mirins passarão a olhar para frente, rumo ao horizonte (ou nuca do colega). A tropa irá desfazer a continência somente após o grito de “arma!”. Por fim, assumirão a posição de descansar, conforme comando de voz emitido pelo chefe do pelotão. Referências Bibliográficas BRASIL. Ministério da Defesa. Exército Brasileiro. Estado-Maior do Exército. Manual de campanha C 22-5, Ordem Unida. 3ª ed. 2000. Disponível em: https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/123456789/105/1/C-22-5.pdf Acessado em: 02/11/2022. SANTOS, H.T.; A Ordem Unida na Evolução da Doutrina Militar. Prefácio do Coronel Cláudio Moreira Bento, presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil. Resende, RJ, 2000. Disponível em: http://www.ahimtb.org.br/A%20ordem%20unida%20na%20revolu%C3%A7%C3 %A3o%20da%20doutrina%20militar.pdf Acessado em 02/11/2022. https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/123456789/105/1/C-22-5.pdf http://www.ahimtb.org.br/A%20ordem%20unida%20na%20revolu%C3%A7%C3%A3o%20da%20doutrina%20militar.pdf http://www.ahimtb.org.br/A%20ordem%20unida%20na%20revolu%C3%A7%C3%A3o%20da%20doutrina%20militar.pdf INTRODUÇÃO A humanidade incorporou o fogo à sua rotina há milhares de anos, sendo inseridas na prática humana tarefas como o aquecimento de alimentos, objetos e ambientes, a iluminação de locais, a incineração de resíduos e dejetos entre outras atividades. No entanto, um dos desafios que ainda perduram é o pleno controle do fogo que eventualmente foge ao controle e este episódio denomina-se de incêndio. Incêndio, portanto, é o nome dado ao fogo que foge ao controle e consome aquilo a que não deveria consumir, podendo, pela ação das suas chamas, calor e fumaça, proporcionar danos à vida, ao patrimônio e ao meio ambiente. A profissão de bombeiro militar surgiu pela necessidade de que houvesse um serviço público de extinção de incêndios e, desde seu início, vem se aperfeiçoando em técnicas e atividades, sempre buscando salvaguardar vidas e bens. HISTÓRICO DO FOGO E A EVOLUÇÃO HUMANA Seção 01 – O controle do fogo Estima-se que o fogo surgiu há milhões de anos atrás. Mas somente há 500 mil anos passou a ser controlado pela humanidade na África oriental no período Paleolítico. O fogo foi a maior conquista do ser humano na pré- história. A partir desta conquista o ser humano aprendeu a utilizar a força do fogo em seu proveito, extraindo a energia dos materiais da natureza ou moldando a natureza em seu benefício. O homem foi o único ser vivo a não recear o fogo. O fogo serviu como proteção aos primeiros hominídeos, afastando os predadores. O que favoreceu a vida em grupos e consequentemente o desenvolvimento da comunicação e da linguagem, uma vez que ao redor das fogueiras se tornou um local de reuniões. Depois, o fogo começou a ser empregado na caça, usando tochas rudimentares para assustar a presa, encurralando-a. Foram inventados vários tipos de tochas, utilizando diversas madeiras e vários óleos vegetais e animais. Eles também utilizavam o fogo para amolecer e endireitar varas e dentes de mamutes, que depois eram usados como armas de caça. No inverno e em épocas gélidas, o fogo protegeu o ser humano do frio mortal. O ser humano pré-histórico também aprendeu a cozinhar os alimentos em fogueiras, tornando- os mais saborosos e saudáveis, pois o calor matava muitas bactérias existentes na carne e a tornava mais macia, facilitando sua deglutição e digestão. O fato de cozinhar os alimentos fez diminuir as suas mandíbulas e aumentar sua caixa craniana é o volume cerebral. Fogo é um fenômeno químico, em que ocorre a produção de luz e calor. Ele é imprescindível na vida moderna, como sempre foi desde a idade da pedra. Quando sob controle, é de extrema importância. Mas, quando foge do controle do homem, transforam num agente de grande poder destruidor, o incêndio. O incêndio é o fogo descontrolado que queima aquilo que a ele não é destina a queimar. É a propagação rápida e violenta provocando danos materiais e as vezes perdas de vidas humanas. Dentro dessa perspectiva temos os incêndios urbanos e florestais. Seção 02 - Causas dos incêndios Causas Naturais - quando o incêndio é originado em razão dos fenômenos da natureza, que agem por si só, completamente independentes da vontade humana. Exemplo: Raio que cai e dá início a um incêndio. Vale ressaltar que incêndios de causas naturais são raros de acontecer. Acidental - Quando o incêndio é proveniente do descuido do homem, muito embora ele não tenha intenção de provocar o acidente. Esta é a causa da maioria dos incêndios. Proposital - Quando o incêndio tem origem criminosa, ou seja, houve a intenção de alguém em provocar o incêndio. Seção 03 - Evolução das viaturas de combate a incêndios Carro pipa de 1956 com capacidade de 1.000 litros. Era guarnecida por um chefe, um condutor e um par de linha, sendo adaptada para tração animal (Imagem Museu Histórico CBMRJ) COMPORTAMENTO DO FOGO A combustão é definida como uma reação química exotérmica (libera calor) que se processa entre uma substância combustível e o comburente (geralmente o oxigênio), produzindo luz e energia térmica. Para que a combustão aconteça e se mantenha são necessários três elementos e um processo: 1. Material Combustível 2. Comburente 3. Calor 4. Reação em Cadeia (Processo Químico) Combustível Combustível é toda substância capaz de queimar, alimentando a combustão. É o elemento definido como campo de propagação do fogo. Viatura Atual Quanto ao seu estado físico, os combustíveis são classificados em: • Sólido (madeira, papel, borracha, carvão, etc.); • Líquido (Álcool, gasolina, diesel, solventes, etc.); • Gasoso (Gás Liquefeito de Petróleo, metano, acetileno, etc.). Os combustíveis sólidos queimam em superfície e profundidade e deixam resíduos, popularmente conhecidos como cinzas. Os combustíveis líquidos quando aquecidos liberam vapores combustíveis que ao entrar em contato com o comburente presente no ar atmosférico (oxigênio), vão formar uma mistura passível de queimar quando entrar em contato com alguma fonte de calor. Os combustíveis gasosos precisam estar misturados em uma concentração adequada com o oxigênio para que queimem. Cada substância possui um percentual que, ao ser combinado com o comburente possibilita sua inflamabilidade. Existe ainda uma reação química contínua entre o combustível e o comburente, derivada do calor, responsável pela liberação de mais calor que mantém a combustão, denominada reação em cadeia. A reação em cadeia não é um elemento do fogo, mas sim, um processo que se vale do combustível, comburente e calor para dar sustentabilidade ao processo de combustão. A união entre esses três elementos, unidos pela reação em cadeia, é didaticamenterepresentada pelo tetraedro do fogo. Comburente É o elemento que intensifica o processo de combustão. O oxigênio é o comburente mais comum, sendo encontrado no ar atmosférico na proporção de 21%. Estão presentes ainda 78% de nitrogênio e 1% de outros gases. Em ambientes com concentração de oxigênio a 21%, é possível observar uma queima sem limitações no que se refere ao suprimento de comburente, com presença de chamas. Neste ambiente, a queima sofrerá limitação apenas pelo combustível quantidade, umidade e disposição). Com a diminuição da oferta de oxigênio, ocorre a diminuição gradativa do tamanho das chamas e da velocidade da queima. Quando o percentual de oxigênio presente no ambiente alcança níveis inferiores a 14%, ocorrerá o desaparecimento das chamas, restando apenas pontos incandescentes em forma de brasa. Abaixo de 4% de oxigênio não há combustão Calor O Calor é o elemento responsável pelo início da combustão, ou seja, configura-se como a energia de ativação. É importante saber que a fonte de calor não se resume à chama propriamente dita. Uma simples superfície aquecida pode ser suficiente para desencadear um incêndio, dependendo do material que estiver em contato direto. Tradicionalmente, é conceituada como energia em trânsito, ou ainda como uma forma de energia que eleva a temperatura, decorrente da transformação de energia (mecânica, elétrica, etc.), através de processo físico ou químico. Por esta razão podemos conceituar calor como energia térmica em movimento. O calor também é chamado de energia calorífica, é um conceito da área da física que determina a troca de energia térmica entre dois corpos. Essa transferência de energia tem a finalidade de atingir o equilíbrio térmico entre dois corpos, ou seja, a mesma temperatura. Assim, um corpo mais quente transfere calor para um corpo mais frio até que ambos tenham a mesma temperatura. TRANSMISSÃO DO CALOR E OS PONTOS NOTÁVEIS DA COMBUSTÃO Seção 01 – As três formas de transmissão do calor São conhecidas três formas de transmissão de calor: condução, convenção e irradiação. Condução: Entende-se por condução a transmissão de calor em um corpo sólido, que ocorre molécula a molécula, por meio do movimento vibratório entre as mesmas que aumentam em decorrência de seu aquecimento. Quando se coloca uma barra de ferro em contato direto com uma fonte de calor, percebe- se que em alguns instantes, a face que não entrou em contato com o calor apresentará significativo aumento de temperatura. Convecção: Convecção é a transmissão de calor decorrente da movimentação de fluidos, sejam estes fluidos gasosos ou líquidos. Ao aquecermos um fluido, aumenta-se o nível de agitação de suas moléculas e consequentemente uma diminuição de sua densidade, causando sua ascensão. Irradiação: A irradiação é a transmissão de calor por meio de ondas eletromagnéticas emitidas pelas fontes de calor ou substâncias aquecidas. Nesta forma de propagação, as ondas eletromagnéticas se deslocam no espaço vazio inclusive no vácuo), não necessitando de continuidade molecular entre a fonte irradiadora e o material exposto. Seção 02 – Os pontos notáveis da combustão - pontos de fulgor, combustão e ignição. Ponto de fulgor Ao atingir o ponto de fulgor, o material combustível passará a liberar uma pequena quantidade de vapores combustíveis, que possuem capacidade para entrar em ignição quando em contato com um agente ígneo. Porém, em decorrência da baixa quantidade de vapor combustível liberado, ao se afastar a fonte de calor do material, as chamas não se mantêm. Dessa forma, ponto de fulgor é a menor temperatura um material (líquido ou solido) emitem vapores em quantidade suficiente para formar com o ar, uma mistura capaz de ser inflamada por um agente ígneo, ocorrendo uma queima rápida, que não se mantém (o aporte de combustível não é suficiente para manter as chamas). Ponto de combustão Ao alcançar o ponto de combustão, o combustível passará a liberar vapores combustíveis suficientes para entrar em ignição em contato com um agente ígneo e manter a combustão de forma autônoma, mesmo após a retirada da referida fonte. Neste ponto dizemos que a combustão é autossustentável, haja vista que o calor gerado pelo próprio processo de combustão a mantém. Desta maneira, o ponto de combustão é caracterizado como a menor temperatura na qual um material (líquido ou sólido) emite vapores em quantidade suficiente para formar com o ar, uma mistura capaz de ser inflamada por um agente ígneo, produzindo uma queima contínua. Ponto de Ignição O ponto de ignição é atingido quando o combustível é aquecido de forma gradual até uma temperatura que permita que os vapores combustíveis dele emanados se incendeiem mesmo sem a presença de um agente ígneo. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO E AS CLASSES DE INCÊNDIOS Seção 01 - Métodos de extinção do fogo Observamos que para viabilizar o processo de combustão, devem estar presentes os quatro elementos que compõem o tetraedro do fogo: combustível, comburente, calor e reação em cadeia. Por consequência, se o objetivo é extinguir o fogo, os métodos de extinção se basearão na retirada de um ou mais desses elementos. Sendo assim, foram desenvolvidos como processos de extinção a retirada de material, o resfriamento, o abafamento e a quebra da reação em cadeia. Retirada do material Consiste basicamente em retirar o material combustível ainda não atingido pela combustão da área do incêndio ou controlar os combustíveis de forma a impedir que o fogo se propague para outros cômodos ou pavimentos. Nesse método combateremos o incêndio atacando o elemento “combustível” do tetraedro do fogo. Como exemplo de retirada de materiais temos: o afastamento de móveis do perímetro do incêndio, confecção de aceiros nos incêndios florestais etc. Como exemplo de controle de material podemos citar o ato de fechar as portar de cômodos ainda não atingidos pelo fogo; fechar as janelas do pavimento superior ao do pavimento sinistrado, impedindo dessa forma que a fumaça incendeie estes ambientes e o fechamento dos registros das centrais de GLP. Resfriamento É o método de extinção que atuará diretamente na retirada do calor envolvido no processo de combustão. Por esta técnica, diminui-se a temperatura do combustível que está queimando. A água é o agente extintor mais utilizado para se obter o resfriamento, por possuir grande capacidade de absorver calor e ser facilmente encontrada. Abafamento O método de extinção por abafamento objetiva a redução dos níveis de comburente no processo de combustão, até que esta concentração não permita mais a queima. Este método é indicado para pequenos focos de incêndio. Quebra da reação em cadeia Consiste na utilização de substâncias químicas que inibem a capacidade de reação entre combustível e comburente, impedindo a retroalimentação do incêndio. Também é chamada de extinção química, que consiste no uso de agentes que interferem quimicamente na reação diminuindo a capacidade de reação entre comburente e combustível. Esses agentes agem interferindo nos radicais livres formados na reação, capturando- os antes de se coligarem na próxima etapa da reação. Certos agentes extintores, quando lançados sobre o fogo, sofrem ação do calor, reagindo sobre a área das chamas, interrompendo assim a “reação em cadeia”. Seção 02 - Classes de incêndios Com o objetivo de agrupar os incêndios pelas propriedades dos materiais combustíveis e, com isto, tornar mais eficiente sua extinção, a NFPA elaborou uma classificação de incêndios que se divide em quatro classes e é adotada pela maioria dos Corpos de BombeirosMilitares do Brasil. Contudo, muitas literaturas já trazem uma quinta classe, “Classe K”. Classe “A”: combustíveis sólidos, ex.: papel, madeira, tecidos, plástico e borracha; Classe “B”: líquidos ou gases inflamáveis, ex.: óleos e gorduras de cozinhas; Classe “C”: equipamentos elétricos energizados, ex.: televisão, liquidificador; Classe “D”: metais combustíveis, ex.: magnésio, potássio, sódio e cálcio. Classe A Incêndios envolvendo combustíveis sólidos, tais como papel, madeira, tecidos, plástico e borracha. Cumpre salientar que, tecnicamente, a borracha e o plástico são líquidos de altíssima viscosidade, o que torna os métodos de combate a incêndios que possuam esses materiais como combustível análogos aos dos materiais sólidos. Por isto são inseridos na classe “A” dos incêndios. Tem por característica a formação de resíduos (cinzas e brasas) em decorrência da queima e queimam em superfície e profundidade. O método de extinção mais eficiente e indicado para essa classe de incêndio é o resfriamento, sendo que o agente extintor mais utilizado é a água, pela capacidade que ela tem de penetrar no material combustível. Classe B Os incêndios de classe “B” envolvem a queima de combustíveis líquidos, óleos e gorduras de cozinhas, óleos e resina vegetais, graxas e gases inflamáveis e tem por principal característica a queima apenas em superfície e a ausência de resíduos decorrentes de sua combustão. Existem dois métodos de extinção adequados para se debelar um incêndio em líquidos inflamáveis, quais sejam, o abafamento, com a utilização de espuma mecânica, e a quebra da reação em cadeia, por meio da utilização de pó para extinção de incêndio do tipo “BC” e “ABC”. No que se refere à queima dos gases, utiliza-se o método de retirada do material combustível, fechando o registro da tubulação ou do recipiente, haja vista que a queima desses gases ocorre de forma rápida, impedindo que qualquer agente extintor trabalhe no resfriamento ou na quebra da reação em cadeia. Classe C Esta classe reúne os incêndios em equipamentos que se encontrem energizados. Daí a necessidade de especial atenção da guarnição que atenda ocorrências envolvendo esta classe de incêndio, haja vista que existe o risco de condução de energia elétrica no caso de utilização de água ou espumas que contenham água em sua composição. Caso ocorra a interrupção do fluxo de energia elétrica, o incêndio passará a ser classificado como sendo de Classe “A” e poderá ser combatido por resfriamento utilizando- se água. Contudo, equipamentos que possuam capacitores entre os seus componentes tem a capacidade de armazenar eletricidade por um certo período, o que pode ocasionar descargas elétricas ao entrarem em contato com a água proveniente das linhas de combate da guarnição. Enquanto energizados os métodos de extinção mais adequados são o abafamento, com a utilização de Gás Carbônico (CO2), ou pela quebra da reação em cadeia, com a utilização de pós extintores de incêndio do tipo “BC” ou “ABC”. Cumpre salientar que a utilização de pó extintor pode causar danos irreparáveis aos equipamentos em decorrência de sua ação corrosiva. Por esta razão, deve-se dar preferência aos extintores a base de CO2. Classe D Esta classe de incêndio engloba incêndios em metais combustíveis sendo, em sua grande maioria, alcalinos. Os mais conhecidos são o selênio, magnésio, lítio, potássio, sódio, urânio, plutônio e cálcio. Sua queima libera grande quantidade de energia na forma de luz e calor. Alguns possuem a característica de reagir com água ou qualquer tipo de agente extintor que a contenha em sua composição. Outros reagem com a simples presença de oxigênio no ambiente. Esta reação provoca a aceleração da queima e liberação, de forma violenta, de luz e calor. Os metais combustíveis não são comumente encontrados no dia a dia, mas podem estar presentes em indústrias, depósitos industriais ou laboratórios. A extinção de incêndios envolvendo estes combustíveis é feita com a utilização de pós químicos especiais, geralmente a base de grafite, cloreto de sódio ou pó de talco, que irão agir simultaneamente por abafamento e quebra da reação em cadeia. Pode ser utilizada também a técnica de retirada de material para isolar o foco do incêndio, restringindo o seu potencial de propagação. AGENTES EXTINTORES Agentes extintores são aqueles elementos, encontrados na natureza ou sintetizados pelo homem, capazes de extinguir um incêndio pela sua ação em um ou mais dos componentes do tetraedro do fogo. Já aparelhos extintores são equipamentos para a utilização humana que contém, em seu interior, um agente extintor e um método de expedição deste agente de forma a se combater princípios de incêndio. Água A água é o agente extintor mais utilizado no combate a incêndio em decorrência da facilidade de ser encontrada e de sua capacidade de absorver calor, ela age principalmente por resfriamento e abafamento. Pós Químicos Os pós para extinção de incêndio são compostos químicos de partículas muito pequenas que possui as seguintes propriedades extintoras: quebra da reação em cadeia, abafamento, resfriamento e proteção contra irradiação. Os pós são classificados de acordo com a classe de incêndio que se destinam a combater: Pó BC: São utilizados para combater incêndios das classes “B” e “C”; Pó ABC: Atua nas classes “A”, “B” e “C”; Pó “D”: Utilizado em incêndios de classe “D”. Dióxido de carbono - CO₂ É um gás inerte que atua basicamente por abafamento e de forma secundária, por resfriamento. É um gás que não libera resíduos e não conduz eletricidade, sendo recomendado para extinção de incêndios em líquidos ou gases inflamáveis e em equipamentos elétricos energizados sensíveis a umidade. Espumas: A espuma age por abafamento, separando o comburente do líquido que se incendeia pela formação de uma camada de espuma na superfície do líquido. Extintores de incêndio: São equipamentos destinados ao combate e extinção de princípios de incêndios por possuir pequena capacidade extintora. Tipos de extintores Quanto a massa total, segundo a NBR 12693: • Portáteis: extintor que possui massa total (recipiente somado a carga) de até 20Kg; • Sobre rodas: equipamento montado sobre rodas com a finalidade de facilitar o transporte, possui massa total superior à 20Kg. Quanto ao tipo de agente extintor • Água: incêndio classe “A”; • Pó para extinção de incêndio: incêndios das classes “A”, “B” e “C”; • Pó especial: Incêndio classe “D”; • Dióxido de Carbono: incêndios das classes “B” e “C”; • Espuma: incêndios das classes “A” e “B”. Classes de incêndios x agentes extintores Fonte: RedSafety – www.redsafety.com.br Quanto a instalação Quando os extintores forem instalados em paredes ou divisórias, a altura de fixação do suporte deve variar no máximo entre 1,6 m do piso, e de forma que a parte inferior do extintor permaneça no mínimo a 0,2 m do piso acabado. Os extintores não devem ser instalados em escadas. Devem estar desobstruídos e devidamente sinalizados de acordo com o estabelecido na NT 20. É permitida a instalação de extintores sobre o piso acabado, desde que permaneçam apoiados em suportes apropriados, com altura recomendada entre 0,10 m e 0,20 m do piso. Estrutura de um aparelho extintor São partes componentes da estrutura de um aparelho extintor: • Reservatório: destinado a armazenar o agente extintor e o agente propulsor; • Alça de transporte: parte fixa da válvula de descarga destinada à empunhadura do aparelho; • Acionador: responsável pela expulsão do agente extintor para o exterior do recipiente; • Tubo sifão: Conduz o agente extintor do interior do reservatório até a válvula de descarga; • Mangueira: conduz o agente extintor a partir da válvulade Fonte: HIPER FIRE- www.hiperfireextintores.co.br descarga até o bico de descarga (extintores de água, espuma e pó) ou difusor (extintores de gás), instalado na ponta da mangueira; • Manômetro: Marca a pressão no interior do cilindro. Capacidade extintora Capacidade extintora é a medida do poder de extinção de um aparelho extintor e está diretamente relacionada com as proporções do foco e quantidade do agente extintor disponível. Atualmente são regulamentadas pelas NBR’s 9443 e 9444. Manutenção Os aparelhos extintores devem ser inspecionados periodicamente, com atenção especial para sua localização e possível obstrução do acesso, integridade do reservatório e possível obstrução do bico de descarga, conferência da pressão interna do recipiente por meio da verificação do manômetro e pesagem do aparelho para verificação de possível perda de agente extintor em função de vazamentos. Anualmente, o extintor deve ser enviado para empresa especializada para a inspeção obrigatória e recarga do agente propulsor e agente extintor. A cada cinco anos o recipiente do aparelho extintor deverá passar por teste hidrostático. Manuseio O modo de operação de um aparelho extintor é simples e está descrito em seu rótulo, para facilitar sua utilização, e consiste basicamente em: Localizar o foco de incêndio e identificar qual material está queimando; • Escolher o extintor mais adequado àquela classe de incêndio e transportá-lo até as proximidades do foco; • Retirar o lacre e o pino de segurança; • Apontar o bico de descarga ou o difusor para a base das chamas; • Apertar a válvula de descarga; • Descarregar a carga extintora em quantidade suficiente para debelar o princípio de incêndio. INCÊNDIOS URBANOS E FLORESTAIS Seção 01 - Incêndios urbanos O incêndio ocorre onde a prevenção falha. Ao menor sinal de incêndio chame o Corpo de Bombeiros discando 193 de qualquer telefone, a ligação é gratuita. Pessoas sem o devido treinamento podem se machucar ao tentar realizar uma extinção de incêndio, o procedimento correto é sempre chamar o Corpo de Bombeiros. Motorizado ou mesmo a pé, assim que ouvir as sirenes das viaturas do Corpo de Bombeiros, imediatamente facilite a passagem. Dicas de prevenção de incêndios em residências • Não deixe velas perto de tecidos, como cortinas e lençol, ou de estruturas de madeira, como santuário e cabeceiras de cama; • Não deixe fósforos, isqueiros e outras fontes de energia ao alcance das crianças; • Observe as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis ou explosivos; • Evite ligar vários aparelhos eletrônicos em uma mesma tomada; • Não esqueça panelas no fogo e nunca coloque cortinas próximas ao fogão; • Não utilize chama ou aparelho de solda perto de materiais inflamáveis. • Não cubra fios elétricos com o tapete; • Verifique se os registros de gás estão bem fechados, quando os botijões não estão sendo utilizados; • Verifique periodicamente se os fios estão bem isolados. Ao sair para viagem, desligue a chave geral de luz; • Ao utilizar o forno, primeiro acenda o fósforo, depois abra a tampa e em seguida o gás; • Nunca deixar o ferro de passar roupas ligado quando não estiver por perto; • Caso sinta cheiro de gás no ambiente, tome cuidado; não risque fósforos nem acenda a luz. Abra imediatamente as portas e janelas para que ventile. Como proceder em casos de Incêndios Ao ser verificado a ocorrência de um incêndio as medidas abaixo devem ser tomadas na ordem que se encontram: • Proteja seu corpo, isto é, nunca tire a roupa. Ao contrário, acrescente outras peças, se possível; • Improvise um filtro protegendo o nariz e a boca; • Dirija-se a saída de emergência, indo sempre junto às paredes; • Desça sempre, isto é, ao chegar à saída de emergência procure descer até o andar térreo; • Nunca use os elevadores, utilize-se sempre das escadas; • Tenha calma. Procure andar agachado, pois a fumaça sempre vai subir; • Não dê chance ao fogo, isto é, tendo conseguido escapar, não retorne ao local enquanto ele não estiver controlado. Seção 02 - O perigo das queimadas urbanas e florestais O horizonte cinza denúncia. É tempo de queimadas. Indiferentes aos prejuízos que a fumaça representa à saúde e ao meio ambiente e aos riscos que o fogo dentro das cidades representa para a segurança de toda a comunidade, alguns moradores mantêm o mau hábito de aproveitar o período de estiagem para limpar terrenos e eliminar o lixo acumulado no fundo de casa, nas calçadas e até mesmo em praças. Outro problema grave que comumente preocupa a população de bairros onde a queima de mato em terrenos baldios é constante é o perigo do fogo atingir as residências vizinhas a estes terrenos. Muitas vezes, o morador coloca o fogo, mas não se atenta para o que pode ocorrer. E todos os que moram ao redor sofrem com o fogaréu. Isso sem falar na queima da vegetação. Colocar fogo na vegetação de terrenos e lotes baldios além de ser prejudicial, também é crime como está previsto na Lei Federal (9.605/1998). Além disso as chamas em alguns casos são capazes de atingir casas, veículos e a rede elétrica e, afugentam os animais peçonhentos para as residências vizinhas. Atear fogo na vegetação as margens das rodovias também é crime e pode causar acidentes graves e muitas vezes com vítimas fatais, haja vista que a fumaça prejudica a visão dos motoristas. Incêndio Florestal é todo o fogo sem controle que incide sobre qualquer forma de vegetação, podendo ser tanto provocado pelo homem ou por causa natural. Principais causas • Queima para a rebrota de pastagens; • Queima para plantios; • Vandalismo; • Velas em rituais religiosos; • Fogueiras em acampamentos; • Queima de lixo; • Causa acidental, rompimento de cabos da rede elétrica; • Causa natural, raios. Principais Consequências Os incêndios liberam fumaça e partículas, como a fuligem, que não deixam as nuvens ficarem carregadas até virarem chuva. Assim, as nuvens são levadas pelo vento para outros locais, evaporam e não chove onde era para chover! Por conta disso, precisamos urgentemente diminuir ao máximo essa fumaceira que vai para o céu! As queimadas causam a degradação do solo, erosão e o assoreamento dos rios e córregos. Podem causar sérios prejuízos financeiros e, até mesmo, colocar em risco a vida de pessoas e de animais domésticos. Podem atingir casas, galpões, armazéns e instalações rurais e urbanas. Na natureza todo ser vivo tem sua função. Por isso, a morte de animais e plantas tem como consequência um sério desequilíbrio ambiental. A cadeia alimentar que envolve as plantas e os animais fica comprometida, prejudicando o ciclo da vida. Além disso, a cura para muitas doenças se dá pelo uso de remédios feitos de plantas nativas e de substâncias extraídas de alguns bichos, por exemplo: o veneno da jararaca é usado para a fabricação de remédio contra a pressão alta. É triste ver essa riqueza virar fumaça. Dentro desse contexto, a fumaceira gerada pelos incêndios florestais e das queimadas de terrenos baldios, causam vários problemas de saúde às pessoas. As crianças e os idosos geralmente são os mais afetados. Os principais problemas são os seguintes: • Problemas respiratórios (bronquite, asma, infecções); • Problemas do coração e do sistema nervoso; • Dores de cabeça e náuseas; • Conjuntivite; • Alergias e intoxicações; • Maior ocorrência de câncer. Dicas para evitar os incêndios florestais • Não ateie fogo na vegetação seca e no lixo de seus próprios quintais ou terrenos baldios. Os lixos contêm substâncias perigosas, que prejudicam você, seus vizinhos e bairros distantes. • Mantenha os lotes limpos, sem usar fogo para isso. • Não solte fogos de artifício próximo a vegetação seca. • Apagar as “bitucas” de cigarro e jogar na lixeira. • Manter fósforos e isqueirosfora do alcance das crianças. • Apague totalmente as chamas e cinzas das fogueiras em acampamentos. • Fazer aceiros ao redor de casas, currais, celeiros, armazéns, galpões, propriedades rurais etc. • Manter os aceiros sempre bem roçados. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIOS Os materiais e equipamentos utilizados em operações de extinção de incêndio são as ferramentas de suporte aos bombeiros, necessárias para viabilizar o combate. Eles compreendem basicamente: • Mangueiras; • Esguichos; • Chaves; • Acessórios hidráulicos; • Equipamentos auxiliares; e • Escadas. Mangueira: É o equipamento destinado a conduzir água ou espuma, sob pressão sendo constituído de um duto flexível, dotado de juntas de união em suas extremidades, utilizado no combate a incêndio. Mangotes: São tubos de borracha reforçados com arame de aço helicoidal, totalmente integrados e recobertos por uma camada composta por borracha ou poliuretano (plástico com alta resistência à abrasão). São usados, normalmente, para o abastecimento das viaturas, momento em que é criado uma atmosfera de baixa pressão que poderia colar as paredes de uma mangueira comum. Mangotinho: São dotados de esguichos próprios e, em geral, trabalham com pressões elevadas e baixa vazão. São acondicionados nas viaturas em carretéis o que permite desenrolar os mangotinhos e usá-los sem necessidade de acoplamento, sua utilização é eficaz na maioria das pequenas emergências limitando-se apenas quando o foco de incêndio estiver muito afastado da viatura. . Esguichos: São equipamentos conectáveis nas mangueiras, destinados a dar forma, direção e controlar os jatos de água durante uma operação de combate a incêndio. Os esguichos mais utilizados pelo Corpo de Bombeiros de Goiás são: • Agulheta; • Regulável; • Pistola; • Canhão; • Lançador de espuma; • Proporcionador de espuma. As ferramentas mais utilizadas pelo Corpo de Bombeiros de Goiás são: • Chave de mangueira; • Chave de hidrante; • Chave de mangote; • Chave tipo “T”; • Chave de registro; • Passagem de nível. Os principais acessórios hidráulicos são: • Adaptador de hidrante; • Luva de redução; • Tampão; • Divisor ou derivante; • Coletor; • Misturador ou aparelho entrelinhas; • Ralo ou válvula de retenção; • Luva de hidrante ou capa de pino. Os principais equipamentos auxiliares são? • Rádio HT; • Equipamentos de ventilação; • Pás; • Enxada, enxadão e rastelo. Escadas: As escadas são constituídas basicamente por dois elementos; banzo, que são as duas peças paralelas que suportam os degraus de uma escada, e degraus, que são cada uma das partes da escada em que se o põe o pe. A escada deve ser coloca deve ser colocada numa posição que ofereça um bom ângulo de inclinação que deve variar de 68º a 75º. Para estabilizar a escada, o bombeiro deverá posicionar-se diante dela com a ponta da bota encostando aos pés da escada. Estender os braços horizontalmente e os dedos deverão segurar os banzos. Alguns materiais usados para combater incêndios florestais • Fação • Foice; • Enxada; • Enxadão; • Rastelo; • Abafadores; • Mochilacostal; • Pinga fogo. MANGUEIRAS DE COMBATE A INCÊNDIOS Seção 01 - Maneabilidade de mangueiras As mangueiras atuais são construídas com um duto flexível dotado de uniões e destinada a conduzir água sobre pressão ou espuma. No revestimento interno desse duto está presente um tubo de borracha vulcanizada (forro) diretamente no tecido externo, o que impermeabiliza a mangueira e evita que o líquido escorra do seu interior. É o equipamento destinado a conduzir água ou espuma, sob pressão sendo constituído de um duto flexível, dotado de juntas de união em suas extremidades, utilizado no combate a incêndio. As mangueiras de combate a incêndio devem ser identificadas nas duas extremidades com; o nome ou marca do fabricante; o número da norma (NBR 11861); o tipo de mangueira; e o mês e o ano de fabricação. Conservação e manutenção Para aumentar a vida útil da mangueira e preservar suas condições de emprego nas operações de incêndio, as mangueiras requerem um adequado acondicionamento e manutenção, antes, durante e após o uso operacional. Antes do uso operacional Todas as juntas de união, antes da distribuição das mangueiras para o uso operacional devem ser testadas, através do acoplamento com outras juntas, a fim de garantir que não estejam amassadas ou danificadas. As juntas devem ser lubrificadas com talco ou grafite, não sendo recomendado o uso de óleo ou graxa. As mangueiras novas devem ser armazenadas acondicionadas pela ponta, na forma espiral, em local fresco e arejado, livre de umidade e mofo e protegidas da exposição direta de raios solares. Recomenda-se que, no máximo, a cada 90 dias as mangueiras sejam descondicionadas e em seguidas recondicionadas, a fim de evitar a formação de vincos nos pontos de dobra não devendo ficar armazenadas por longo período sem utilização. Durante o uso operacional Deve-se evitar o arraste das mangueiras sobre superfícies ásperas. Se houver necessidade de colocá-las em contato com “quinas” de paredes, parapeitos ou de bordas vivas, que sejam colocadas proteções evitando o atrito e desgaste da mangueira. A formação de ângulos retos causa diminuição do fluxo de água e danos às mangueiras, em especial se estiverem pressurizadas. Deve-se ainda evitar mudanças bruscas de pressão interna, provocada pelo fechamento rápido de expedições ou esguichos, pois além de danificar as mangueiras podem ocasionar danos as demais peças do sistema. Outro cuidado importante é evitar a colocação de mangueiras diretamente sobre superfícies com temperaturas altas, tornando a parede da mangueira friável. Deve-se ter o mesmo cuidado com o contato com substâncias que possam atacar quimicamente o duto da mangueira (derivados de petróleo, ácidos, etc.). Uma atenção especial deve ser dada às juntas de união, evitando que as mesmas sofram batidas, visto que poderá vir a prejudicar o acoplamento e vedação das ligações. Deve-se sempre, impedir que veículos transitem sobre a mangueira, em especial quando esta estiver pressurizada, pois além de poder causar ruptura da mangueira, ainda pode interromper o fluxo de agua e prejudicar o combate ao incêndio, inclusive colocando em risco a equipe que está na ponta da mangueira, além de golpes de aríete, que podem danificar as mangueiras e os demais componentes hidráulicos a ela conectados. Sempre que for necessário um veículo passar por sobre uma mangueira, deve se utilizar passagens de nível. Na ausência de passagem de nível e após comunicado a equipe que se encontra fazendo o combate na ponta da linha, deve-se interromper o fluxo de água, abrir o esguicho e somente então liberada a passagem dos veículos. Vale lembrar que isto deve ocorrer apenas em casos extremos, pois podem colocar em risco tanto a equipe que realiza o combate como danificar o material. Após o uso operacional As mangueiras utilizadas devem ser inspecionadas visualmente, e suas juntas devem ser avaliadas para saber se não há nenhum dano que comprometa sua reutilização no serviço operacional. Caso necessite de limpeza observe primeiramente as orientações do fabricante, na ausência de orientações específicas para a limpeza utiliza-se água pura, escova com cerdas macias e, se necessário, sabão neutro. Se a mangueira estiver suja com óleo, graxa ou ácidos, ela poderá ser lavada com o uso de água morna, sabão neutro ou outro produto recomendado pelo fabricante. Após a lavagem a mangueira deve ser colocada para secar à sombra e em local ventilado. Podendo ser içada por uma das juntas ou por uma dobra no meio (cuidado para evitar quinas), podendo ainda ser utilizado um plano inclinado parasua secagem. O uso adequado do equipamento e o seu bom emprego durante a atividade, são qualidades advindas da capacidade de manipular com facilidade os objetos envolvidos na atividade de combate a incêndio. Todo equipamento deve ser manuseado com cuidado e zelo, evitando que ocorram pancadas e impactos desnecessários e garantindo desta forma seu uso por período adequado. Seção 02 - Formas de acondicionamento das mangueiras Acondicionamento pela ponta: Também conhecida como “Espiral”, neste caso, inicia o acondicionamento por uma das juntas. Com a mangueira totalmente estendida em uma superfície livre de sujidades (terra, lama, graxa, gordura, etc.), o combatente deve certificar-se de que o corpo do duto não se encontra torcido, o militar de posse de uma das pontas da mangueira deverá envolver a junta de união com o corpo do duto formando uma espiral prosseguindo como enrolamento da mangueira até a outra extremidade do duto. Aduchamento pelo seio: Ou simplesmente aduchamento, consiste no acondicionamento da mangueira com está sendo dobrada inicialmente ao meio e posteriormente enrolada. Os militares devem estender a mangueira em uma superfície preferencialmente livre de sujidade, os combatentes devem certificarse então de que o corpo do duto não se encontra torcido, e nem alagado (a mangueirajá deve ter sido desalagada). Acondicionamento em ziguezague (sanfonada): O militar dever estender a mangueira em uma superfície preferencialmente livre de sujidade, o combatente deve certificar-se então de que o corpo do duto não se encontra torcido, e nem alagado. Seção 03 - Bomba armar Bomba armar: é o conjunto de operações que se processa no estabelecimento dos equipamentos, para a montagem das ligações e linhas de mangueira. Bomba desarmar: é o conjunto de operações que se processa de modo inverso ao estabelecimento, visando o recolhimento do material empregado no combate. Guarnição padrão – Descrição Ao Comando de “Guarnição de Bomba Armar”, considerando o estabelecimento padrão, ficará da seguinte maneira: 1. Mangueira de 2 ½ na ligação e 2 linhas de ataques com 01 (uma) mangueira de 1 ½ em cada linha; A guarnição procederá da seguinte forma. Composição: Cmt; Operador; Chefe da Linha Da Direita; Auxiliar da Linha Da Direita; Chefe da Linha Da Esquerda; Auxiliar da Linha Da Esquerda. Função: a) Cmt da Guarnição: depois de comandar “guarnição de bomba armar”, munir-se- á do divisor transportando-o até as proximidades do sinistro, em local determinado pelo mais antigo presente, colocando o divisor sobre a Ligação Divisor coxa direita onde fará o acoplamento da ligação, aguardando o acoplamento e o pronto das linhas de ataque, e comandando “bomba funcionar”, deixando o divisor no chão com suas válvulas abertas, e vai para frente das linhas. b) Chefes de Linhas: ao comando de “guarnição de bomba armar” munir-se- á de uma mangueira de 1¹/²” e de um esguicho, deslocando até as proximidades do divisor onde fará o lançamento ligeiramente p/lateral do divisor a mangueira e acoplará o esguicho e aguardará o auxiliar da linha esquerda fazer o acoplamento das linhas na boca expulsora do divisor, deverá ainda, se posicionar do lado esquerdo da linha. c) Operador: ao comando de “guarnição de bomba armar” deverá operar o corpo de bomba. d) Auxiliar da Linha da Direita: ao comando de “guarnição de bomba armar” munir- se-á de uma mangueira de 2¹/²”, fazendo o lançamento p/ o lado direito, fazendo o acoplamento de uma das extremidades na boca expulsora da bomba, entregando a outra extremidade a auxiliar da linha da esquerda. Deslocando até o local onde o chefe da linha da direita se encontra, posicionando-se do lado oposto dele. e) Auxiliar da Linha da Esquerda: ao comando de “guarnição de bomba armar” deverá conduzir a extremidade da mangueira de 2¹/²” recebida do auxiliar da linha da direita, até o cmt da guarnição e fará o acoplamento das duas linhas de ataque, deslocando-se até o chefe da linha da esquerda postando do lado oposto dele. Observação: Todas as mangueiras deverão ser transportadas em forma de garra. Todos os componentes da guarnição deverão transportar uma chave de mangueira. Bomba Desarmar Guarnição Padrão Comando: “Guarnição de Bomba Desarmar” a) Cmt da Guarnição: ao comando de “guarnição de bomba desarmar” fará o desacoplamento de todas as mangueiras que estejam ligadas ao divisor e transportará o mesmo para as proximidades da boca expulsora do ABT. b) Operador: a ele caberá a função de operar corpo de bomba. c) Chefes de Linhas: ao comando de “guarnição de bomba desarmar”, desacoplará o esguicho da mangueira colocando-o no chão, aguardando o desalagamento da mangueira, em seguida transportará uma das extremidades da mangueira até próximo do local onde se encontrava o divisor respeitando a distância das juntas aproximadamente 1m, auxiliando no enrolamento da mangueira, transportando-a juntamente com o esguicho até as proximidades da boca expulsora do ABT. d) Auxiliar da Linha da Direita: ao comando de “guarnição de bomba desarmar”, fará o desalagamento da mangueira da linha de ataque, enrolando-a com auxílio do chefe de linha. Em seguida fará o desacoplamento e desalagamento da mangueira de ligação sentido ABT/INCÊNDIO, enrolando-a com ajuda do auxiliar da linha da esquerda. e) Auxiliar da Linha da Esquerda: ao comando de “guarnição de bomba desarmar”, fará o desalagamento da mangueira da linha de ataque, enrolando-a com o auxílio do chefe de linha. Em seguida levará a extremidade da mangueira de 2¹/²” em direção ao ABT, colocando-a a uma distância de aproximadamente de 1m da junta que foi desacopladada boca expulsora do ABT, auxiliando no enrolamento. Posições de combate Posicionamento do chefe de linha e seu auxiliar. REFERÊNCIAS Manual Operacional de Bombeiros: Combate a Incêndio Urbano/ Corpo de Bombeiros Militar. Goiânia: - 2017. 453 p.: il FLORES, Bráulio Cançado; ORNELAS, Éliton Ataíde; DIAS, Leônidas Eduardo. Fundamentos de Combate a Incêndio – Manual de Bombeiros. Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás. Goiânia-GO, 1ª ed: 2016, 150p. Manual Operacional de Bombeiros: Prevenção e Combate a Incêndios Florestais/ Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás. – Goiânia: - 2017. 260 p. : il. Manual de Prevenção e Combate a Princípios de Incêndio – Modulo VI. Governo do Estado do Paraná – 2013. Incêndios Florestais, causas, consequências e como evitar. Instituto Brasília Ambiental – 2009. Apostila – PROEBOM – CBMGO – UEG. Normas Técnicas do CBMGO. Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás. Norma Técnica n. 20 – Sinalização de emergência. Norma Técnica n. 21 – Sistema de proteção por extintores de incêndios. Disponível em: https://www.bombeiros.go.gov.br/sem-categoria/normas-tecnicas-do- cbmgo- 2.html. Acesso em 27/10/2022. Prevenção de acidentes domésticos. Disponível em: www.bombeiros.go.gov.br. Acesso em 10/11/2022. Fogo – Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fogo . Acesso em 28/10/2022. Pré-História: Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais – Resumo – Toda Matéria. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/pre-historia- Acesso em 29/10/2022. https://www.bombeiros.go.gov.br/sem-categoria/normas-tecnicas-do-cbmgo-%202.html.%20Acesso%20em%2027/10/2022 https://www.bombeiros.go.gov.br/sem-categoria/normas-tecnicas-do-cbmgo-%202.html.%20Acesso%20em%2027/10/2022 https://www.todamateria.com.br/pre-historia-%20Acesso%20em%2029/10/2022 INTRODUÇÃO Nesse capítulo iremos conhecer um pouco sobre salvamento emaltura, terrestre e aquático, que são três áreas muito importantes de atuação do Corpo de Bombeiros, atividades que requerem muito preparo técnico, físico, psicológico, e claro muita coragem e vontade de ajudar ao próximo. São inúmeras e diversas as situações que oferecem riscos as pessoas, aos animais, meio ambiente, bem como os bens e patrimônio, devendo o bombeiro militar zelar pela sua segurança e de seus companheiros, podendo assim executar da melhor maneira possível o seu trabalho. Também daremos dicas de como se comportar diante de situações de dificuldade, onde sempre devemos manter o máximo de calma e caso necessário, providenciar o acionamento de nossas equipes de salvamento. SEÇÃO 1 – Salvamento em Altura De acordo com o manual de salvamento em altura do CBMGO, o salvamento em altura é a “atividade de bombeiro, especializada no salvamento de vítimas em local elevado, através do uso de equipamentos e técnicas específicas, com vistas ao acesso e remoção do local ou condição de risco à vida, de quem não consiga sair por si só, em segurança.” As ocorrências mais comuns da área de salvamento em altura são de pessoas que trabalham na construção civil em obras de grandes prédios, em atividades de limpeza e conservação de fachadas, torres de telefonia, e que por algum motivo ficaram presas em um nível elevado de altura e não conseguem sair. Também resgatamos animais que precisam ser retirados de locais altos, aves que ficam presas ou fazem seus ninhos em estruturas prediais, animais que sobem em locais de difícil acesso e ficam presos. Pela complexidade e riscos inerentes nas ocorrências envolvendo altura, orientamos que as pessoas evitem realizar ações que venham colocar suas vidas e a das vítimas em risco, então caberá aos bombeiros mirins, juntos de um adulto, identificar aquelas situações onde pessoas, animais e bens estão em situação de vulnerabilidade e necessitam de atendimento, fazendo então contato na Central de Operações Bombeiro Militar (COB) no número de emergência 193 passando todas informações necessárias, contribuindo para um atendimento rápido e eficiente. SEÇÃO 2 - Salvamento Terrestre Nas atividades envolvendo salvamento terrestre nos deparamos com uma incrível diversidade de situações, dentre as mais comuns estão a captura, contenção ou resgate de animais domésticos e silvestres, cortes de árvores que geram riscos à vida e/ou patrimônio, retiradas de pessoas e animais em locais de difícil acesso como poços, cisternas, fossas, buracos em geral, pessoas presas em elevadores, acidentes graves com vítimas presas em ferragens e outros. Da mesma forma como orientado nas ocorrências de salvamento em altura, devemos observar os riscos potenciais ao tentar prover ajuda em ocorrências de natureza de salvamento terrestre, devendo o bombeiro mirim sempre que se deparar com essas situações, chamar um adulto e se necessário ligar para o 193, repassando todas as informações que julgarem necessárias. Prevenção em acidente em poço Em caso de animais em buracos, poços, cisternas, fossas, não tentem entrar onde o animal se encontra, pois, o risco de se ferir é muito grande. Com a presença de um adulto ligue para o serviço de emergência dos bombeiros (193), se possível sinalize e isole o local para que evite acidentes com transeuntes e curiosos, passe o máximo de informação, qual a situação do animal, se está ferido, seu tamanho, profundidade, se há presença de água ou outros resíduos etc. Em caso de pessoas que venham cair ou for encontradas em algum buraco: • Ligar 193 e logo em seguida com ajuda de um adulto, procurar observar alguns detalhes importantes para repassar ao telefonista do socorro; • Verificar as condições do local (profundidade do poço, se há líquido, perigo de choque elétrico, desabamento das laterais no interior do poço ou na parte externa); • Verificar as condições da vítima (s), tente acalmá-la, e quando houver líquido procure entregar um objeto para vítima sem machucá-la, para que ela possa se sustentar até a chegada de socorro, pode ser uma corda, uma vara, garrafas pet; • Orientar e prevenir para que outras pessoas, transeuntes e curiosos também não venham cair nesse local; • Depois do socorro, providenciar para que o local seja tampado para não acontecer outros acidentes. Em caso de pessoas presas em elevadores: • Ligar 193 e logo em seguida com ajuda de um adulto, procurar observar alguns detalhes importantes, repassar ao telefonista do socorro, e se possível tomar algumas medidas; • Como primeira providência, deve-se pedir para o síndico ou porteiro desligar a chave do elevador no quadro de força, independentemente de haver ou não energia elétrica; • Fazer contato com a empresa responsável pela manutenção do elevador; • Procurar saber o número de vítimas e suas condições, como idade, sem tem fobia (medo), se está passando mal ou ferida; • Orientar quem está no interior da cabina para não tentar sair sem a ajuda de socorro especializado; • Tentar acalmar as pessoas que estão no interior da cabina e esperar a chegada do socorro; Ocorrências envolvendo árvores: • Ligar 193 e logo em seguida com ajuda de um adulto, procurar observar alguns detalhes importantes para repassar ao telefonista do socorro: • Verificar as condições do local (se a árvore caiu em cima de algum bem material como veículo, residência, estabelecimento comercial etc.); • Verificar se há vítima (s) e qual estado da (s) mesmas; • Verificar risco de choque elétrico no caso de queda da árvore em cima de rede elétrica; • Verificar risco de incêndio; • Orientar e prevenir para que outras pessoas, transeuntes e curiosos não se aproximem do local se ainda houver riscos por conta de instabilidade da árvore, riscos de choque etc. Ocorrência envolvendo captura de animais • Ao se depararem com algum tipo de animal, doméstico ou silvestre que esteja colocando em risco a segurança de pessoas, ou simplesmente estão fora de seu hábitat natural chame um adulto e ligue para Corpo de Bombeiros; • Passe o máximo de informações: qual o animal, seu porte, se está agressivo, se está ferido, doente ou aparentemente saudável; • Evite gerar mais estresse no animal, mantenha-se afastado e somente observando o local em que ele se encontra para que assim possa informar aos bombeiros o local exato de onde está o animal; SEÇÃO 3 – Equipamentos para salvamento em altura e terrestre Para as atividades tanto de salvamento em altura quanto terrestre são necessários equipamentos que possibilitem a execução de técnicas com segurança e eficiência nas ocorrências, mostraremos alguns deles a seguir para um contato prévio, pois com certeza vocês, bombeiros mirins, terão contato na prática com esses materiais. Equipamento imprescindível para as atividades bombeiro militar, a corda está presente em praticamente em todas as atividades de salvamento, seja terrestre, em altura ou até mesmo em meio aquático. Com elas podemos utilizar as chamadas técnicas de acesso por cordas, que nos permitem sair de um local para o outro, seja por acessão a um patamar ou fazendo descidas através de técnicas de rapel. São muito utilizadas também no salvamento terrestre para salvamento de pessoas e animais, operações envolvendo árvores, tracionamento e içamento de cargas etc. Nas instruções de salvamento todos os bombeiros mirins terão oportunidade de conhecer e manusear os mais variados tipos de cordas, aprender a fazer nós e montagem de sistemas. Porém a turma deverá ficar atenta aos cuidados com esse material, pois nossa segurança depende das condições em que nossa corda se encontra. Devemos evitar: • Pisar em cima do material; • Contato com produtos químicos e sujidades; • Contatocom materiais abrasivos, cortantes e pontiagudos; • Contato prolongando com sol e chuvas; • Passagem em quinas. Devemos tentar: • Proteger ao máximo nossa corda, usando protetores e capas (capixamas) nas partes da corda que entram em contato com superfícies; • Após utilização, aduchar e guardar a corda em local seco e protegido do sol e humidade; • Fazer inspeção tátil e visual; • Fazer o uso devido, em atividades indicadas de acordo com suas especificações. Capacetes de proteção Equipamento de proteção individual muito importante são os capacetes de salvamento, nos protege contra impactos e colisões contra a cabeça. Luvas de proteção O bombeiro em suas diversas missões utiliza de vários tipos de luvas de proteção, dentre elas as luvas para atividades de salvamento terrestre contra impactos e cortes, como também de luvas especificas para atividade de altura, próprias para rapel. Baudrier ou cadeirinha Durante o curso, todos bombeiros mirins terão emprestados uma “cadeirinha”, equipamento utilizados para atividades em altura como rapel, escalada, espeleologia e outras atividades. Hoje em dia já não é utilizada nas ocorrências de salvamento, pois contamos com um equipamento que proporciona mais segurança e conforto, que são os cintos de resgate. Descensor Freio oito Equipamento utilizados para a fazer rapel, através do atrito da corda com esse equipamento podemos controlar a velocidade de nossas descidas. Mosquetões São conectores que servem de elo entre equipamentos. Esses equipamentos acima relacionados são básicos, usados tanto em altura quanto em salvamento terrestre em suas respectivas atuações. A seguir mostraremos alguns dos muitos equipamentos de salvamento terrestre. Machado tipo bombeiro Muito utilizado em cortes de estruturas de madeira, corte de árvores e arrombamentos forçados. Halligan Usado também para realizar aberturas forçadas, e promover pontos de entrada para outras ferramentas. Motosserras Equipamento muito usado em ocorrências que envolvem árvores. Devem ser utilizadas com muita técnica e presteza, pois podem provocar graves ferimentos em seu operador. Operações de corte de árvores são muito perigosas, devendo os envolvidos estarem sempre atento as questões de segurança. Ganchos para captura de animais Os ganchos e o puçá são equipamentos utilizados para a contenção e resgate de animais, de maneira que a ocorrência gere menos estresse possível ao animal e que também o militar tenha mais segurança no manejo deles, evitando possíveis mordidas, arranhões e picadas. Tripé de alumínio e prancha envelope Equipamentos utilizados para salvamento e resgate de vítimas e pequenos animais em locais de difícil acesso, como poços, cisternas, fossas, ribanceiras e içamentos de cargas. Para animais de porte maior é usado um tripé de aço que é mais alto e resistente. SEÇÃO 4 – Nós e Amarrações Já falamos sobre a corda e a sua importância nas atividades de salvamento, porém ter a corda e não saber fazer nós e nem como usá-los, de nada adianta, a corda em si perde praticamente toda sua funcionalidade. Por isso um bombeiro, escoteiro, marinheiro ou bombeiro mirim que se preze tem que dominar a arte de fazer nós. Então já fica aqui uma importante dica aos bombeiros mirins quanto as características de um bom nó, ele tem que ser: • Fácil de fazer; • Ser eficiente e seguro; • E tem que ser fácil de desfazer. Antes de começar a confeccionar um nó, devemos aprender alguns termos básicos que ajudarão em nossas instruções, como por exemplo as partes de uma corda! Na ilustração ao lado podemos ver as partes da corda, e é muito importante que o bombeiro mirim aprenda sobre elas, pois ajudará na comunicação em nossas aulas e atividades práticas. Após conhecer as partes de nossa corda também devemos saber que existem uma infinidade de nós, porém cada um tem sua característica e função específica, aprenderemos algumas a partir de agora. De acordo com manual de salvamento em altura do CBMGO, para facilitar a compreensão, didaticamente, os nós são divididos de acordo com a sua finalidade principal, conforme descrito abaixo: I. Nós na extremidade da corda; II. Nós para emendar cordas; III. Nós para fixar cordas; IV. Nós para encurtar e reforçar cordas; V. Nós para a formação de alças, e; VI. Nós para a formação de cintos e cadeiras. Veremos alguns dos nós que são mais usados em nossas atividades. Nó em extremidade das cordas Volta singela: Serve de base para outros nós, utilizado também para arremate de segurança, denominado “cote”. Volta do fiador: também serve de base para a confecção de outros nós como azelha dobrada, emenda de cabos como “folow-me”. Nó de frade: tem várias aplicabilidades, desde base para nó de emenda de cabo, empunhadura em cordas, travamento de passagem em roldanas, evitar que as extremidades da corda se desfaçam. Nó para formação de alça Azelha simples: nó de alça muito utilizado em tracionamento em cordas de sustentação. Azelha dobrada: Mesma aplicabilidade da azelha simples. Nós para fixação de cordas Volta da ribeira: muito utilizado para prender a corda em pontos fixos como galhos, mastro, vigas, para fazer arraste de troncos, grandes galhos e estruturas com o formato similar. Não pode ser empregado como nó de ancoragem. Fiel: sem dúvidas um dos nós mais utilizados em atividades de salvamento com cordas. Nó de fixação simples de fazer e muito eficiente. A partir dele também podemos fazer o fiel dobrado e nó igreja. Utilizado em amarrações de vítima em prancha, fixação de escadas. Lais de guia: alça simples que serve de base para outras alças, por não correr e não ter o risco de apertar o ponto de fixação, é utilizada como amarração de segurança em resgate de vítimas. Boca de lobo: Esse nó, como muitos outros pode ser feito tanto pelo chicote como pelo seio, e serve de alça ou mesmo para manter-se firme em peças cilíndricas, quando houver necessidade de usar as extremidades da corda. Ele poderá ser utilizado como alça, quando feito em uma corda emendada (cabo solteiro), para servir de ponto de apoio ou de ancoragem. Nós para emenda de cabos Nó direito: nó de emenda de cabo, deve ser feita em cabos de mesmo diâmetro, serve de base para outros nós como cirurgião, direito com escape, nó de envergue. Para segurança de ser feito cote de arremate dos dois lados. Escota simples: nó de união de cabos de diâmetros diferentes. Nó auto blocante Prussik: Para a sua confecção, necessitamos executar, no mínimo, duas voltas em torno da corda principal, embora possa ser realizado com adoção de três voltas. Basicamente, para funcionar como um blocante, esse nó deverá envolver uma outra corda, geralmente de diâmetro maior, e, quando é exercido uma tensão sob o nó, ele se aperta, “mordendo” a outra corda, se fixando naquela parte, e só se movimentará se aliviarmos a força aplicada sob o nó. O prussik não possui o mesmo efeito quando submetido a cordas molhadas, tendendo a deslizar a tensões relativamente baixas. Cadeirinhas Cadeirinha japonesa: Ao se moldar na cintura da pessoa, ela simula um bauldrier, com ela podemos prover a segurança individual, e desenvolver atividades de salvamento, podendo utilizá-la para fazer descidas e içamentos de vítimas, podemos executar descidas de rapel bem como realizar ascensões, enfim, podemos realizar inúmeras técnicas de movimentação em cordas. Passo 1 – Dobre o cabo em duas partes iguais e coloque o meio dele centrado na parte de traz da cintura; Passo 2 – Puxe as duas pontas para a frente; Passo3 – Faça um Nó Direito com as duas pontas; Passo 4 – Passe as duas pontas por entre as pernas (de frente para trás); Passo 5 – Segure as pontas do cabo que passa entre as pernas (uma ponta para cada lado); Passo 6 – Passe a ponta do lado esquerdo por dentro do cabo que circunda a cintura (passar de baixo para cima); Passo 7 – Passe a ponta do lado direito por dentro do cabo que circunda a cintura (passar de baixo para cima); Passo 8 – Faça o acabamento do lado esquerdo, passando a ponta do cabo por cima do cabo que circunda a cintura e por baixo do cabo que passa pelas nádegas; Passo 9 – Faça o acabamento do lado direito, passando a ponta do cabo por cima do cabo que circunda a cintura e por baixo do cabo que passa pelas nádegas; Passo 10 – Passe a ponta esquerda do cabo por dentro do cabo que sai do Nó Direito para a virilha esquerda; Passo 11 – Faça um Nó direito, na lateral da perna direita, com a ponta da esquerda e com a ponta da direita do cabo; Passo 12 – Faça o acabamento com Nó Simples (cote) nos dois lados do Nó Direito formado (o cote deve pegar todos os cabos que passam pela cintura); Passo 13 – Dependendo do tamanho de cabo que sobrar, faça uma Azelha Simples nas pontas para diminuir o cumprimento. Passo 14 – A cadeirinha está pronta para ser usada; Durante o curso de bombeiro mirim todos terão oportunidade de confeccionar a cadeirinha, treinando repetitivamente até o total domínio, pois é um importante recurso na atividade de salvamento. Com certeza o instrutor irá destacar aqueles mirins que de forma mais rápida e correta fizerem a cadeirinha. SEÇÃO 6 - Sistemas com cordas e roldanas (multiplicadores de força ou vantagem mecânica) As vezes em algumas ocorrências de salvamento precisamos retirar pessoas, animais, ou coisas, de locais de difícil acesso como poços, cisternas, fossas etc., e que exigem muita força, podendo gerar muito desgaste e riscos aos bombeiros e as vítimas, daí podemos usar os sistemas de ganho de força, onde iremos movimentar grandes pesos com mais facilidade e segurança. Os principais materiais e equipamentos utilizados na confecção dos sistemas de multiplicação de força são: polias, cordas, cordeletes, mosquetões, descensores, placas de ancoragem, blocantes estruturais, tripé de salvamento, e outros. Na atividade bombeiro militar o uso de sistemas de polias é extremamente utilizado, e as ocorrências são as mais variadas, na ilustração abaixo temos uma ocorrência de retirada de animal onde bombeiros militares foram acionados para fazer a retirada de uma vaca de fosso. O animal caiu em um fosso de aproximadamente 5 metros de profundidade. No local, os bombeiros militares, utilizando técnicas apropriadas, montaram um tripé juntamente com o sistema multiplicador de força (roldanas) e retiraram o animal com vida, sem ferimentos aparentes. Nesse caso se não fosse utilizado o sistema de vantagem mecânica, os bombeiros necessitariam de muito mais força, ou seja, de mais pessoas ajudando a puxar o animal até sua total retirada, pois estariam levantando o peso absoluto do animal que é de grande porte e pesado. Alguns quarteis do Corpo de bombeiro contam com fosso de treinamento para simular salvamentos com apoio de sistemas multiplicadores de força, pois é preciso que todos os militares dominem técnicas básicas para montarem esses mecanismos tão importantes, e é claro, você bombeiro mirim, caso seja possível, poderá participar de instruções nesses locais de treinamento. SEÇÃO 7 – RAPEL Uma das atividades mais radicais e bonitas de se ver é a prática de rapel, pois envolve muitos fatores que marcam aquele momento em nossas vidas, pois envolvem na maioria das vezes muita emoção, adrenalina e paisagens exuberantes. O rapel é uma atividade esportiva, e o nome “rapel” tem origem da palavra francesa “Rappel”. Durante o rapel, o praticante realiza descidas por cordas verticais em abismos, cânions, cachoeiras, vãos livres e paredões. Assim é possível escolher entre um exercício mais lento para admiração ou rápido para diversão. Bastando apenas controlar o deslizamento pela corda com a luva e o freio metálico. Porém devemos ter muito cuidado quando praticando o rapel, por se tratar de atividade envolvendo locais de difícil acesso e de grande elevação, apresenta riscos consideráveis de acidente, inclusive graves, podendo ser até fatais. Então devemos sempre estar atentos a questão da segurança nessa prática esportiva. Rapel na atividade de salvamento O rapel também é utilizado como técnica de salvamento em muitas situações. Os bombeiros do mundo todo utilizam desta técnica para o resgate de pessoas, e em nossa corporação não é diferente. Atividade amplamente utilizada em ocorrências que envolvem altura, o rapel tem espaço especial na grade de formação, aperfeiçoamento e especialização dos militares do CBMGO, e ainda contamos com um curso de referência internacional que é o curso de Salvamento em Altura. Dentro do curso de bombeiro mirins será destinado uma carga horaria específica para a que todos os mirins tenham contato com práticas de rapel, tanto em salvamento em altura quanto em atuações em salvamento terrestre. Preparação para a atividade Todos os envolvidos na instrução deverão estar totalmente equipados com seus equipamentos de proteção individual: capacete, luvas, boudrier ou cinto de resgate, calçado fechado etc., além dos equipamentos mínimos para se executar o rapel, e todos esses materiais já foram apresentados acima. Para a execução do rapel será passado a maneira correta de utilização dos equipamentos, bem como todo procedimentos de segurança. Após estar todo equipado o bombeiro mirim entrará no sistema de descida, estando devidamente clipado em ponto de segurança e procederá da seguinte forma: 1. Estando ancorado o bombeiro mirim fará a passagem do cabo no descensor freio oito, que deverá estar conectado ao mosquetão pelo olhal maior conforme instrução do monitor e/ou de acordo com a figura 40 logo abaixo; 2. Trocar a clipagem do mosquetão no freio oito do olhal maior para o olhal menor; 3. Fazer a blocagem completa; 4. O bombeiro mirim fará a reza de segurança em voz alta: a) Capacete na cabeça; b) Jugular travada; c) Cabo no oito; d) Oito no mosquetão; e) Mosquetão travado; f) Blocagem completa; g) Luvas calçadas: h) Atenção segurança! Após a confirmação de segurança pronta, que será dado por um monitor ou militar experiente que estará no chicote do cabo de descida, o bombeiro mirim poderá se posicionar para iniciar a descida. A redundância na segurança sempre deverá ser usada, cabendo ao instrutor a escolha de como será feita, podendo ser além de um segurança na extremidade do cabo (anjo), aplicar também a técnica do autoseguro, ou uma corda de backup clipada no mirim que estará sob controle de um militar ou até mesmo o uso de uma linha de backup com trava quedas. Passagem do cabo no freio oito para a descida As imagens a seguir mostram passo a passo o processo de passagem do cabo no freio oito para a descida do rapel. É importante destacar que o mosquetão estará o tempo todo clipado na cadeirinha do Bombeiro Mirim. Passo 01 – Formar uma pequena alça com o cabo e introduzir essa alça dentro do orifício maior do freio oito; Passo 02 – Passar a alça pelo orifício maior do freio oito até atingir um cumprimento pouco maior que do freio oito; Passo 03 – Passar a alça por fora do orifício menor do freio oito (ou passar o orifício menor do freio oito por dentro da alça do cabo), de tal forma que que haja o travamento entre o cabo e o freio oito; Passo 04 – Desconectar o mosquetão do orifício maior do freio oito; Passo 05 – Conectar o mosquetão no orifício menor do freio oito; Passo 06 – Travaro mosquetão. Passagem do cabo pelo freio oito concluída. A instrução de rapel é um dos momentos mais esperados no curso, e onde todos os bombeiros mirins demonstram sua coragem e destreza, porém além de todas essas qualidades, temos que nos atentar com os devidos cuidados além de primar pela disciplina para o bom andamento da instrução. SEÇÃO 8 - NOÇÕES DE SALVAMENTO AQUÁTICO Introdução O Brasil possui uma das mais amplas, diversificadas e extensas redes aquáticas de todo o mundo. O maior país da América Latina conta com a maior reserva mundial de água doce e tem o maior potencial hídrico da Terra. Cerca de 13% de toda água doce do planeta encontra-se em seu território. Atualmente, o número de óbitos por afogamento em nosso país supera os 6.000 casos por ano, isto sem falar nos incidentes não fatais que chegam a mais de 100.000, esses dados fazem parte do balanço divulgado pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), no primeiro semestre de 2022.Outros dados abaixo demonstram a ocorrência de uma catástrofe anual que necessita ser interrompida. Ainda de acordo com os dados no Boletim Sobrasa (2022) temos o seguinte cenário no Brasil: • O maior risco de morte por afogamento ocorre na faixa de 15 a 24 anos (20%); • 4 crianças morrem afogadas diariamente. Um total de 1.530 ao ano; • O menor risco está em crianças menores de 1 ano (0,3%); • De todos os óbitos por afogamento 45% ocorrem até os 29 anos; • As piscinas e os banhos em casa são responsáveis por 3% de todos os casos de óbito por afogamento, mas atingem predominantemente (55%) a faixa de 1 a 9 anos de idade; • Em média homens morrem 7 vezes mais que as mulheres por afogamento, sendo 17 vezes mais na faixa de 30 a 34 anos; • 44% dos afogamentos ocorrem nos meses de novembro a fevereiro e o restante são distribuídos igualmente ao longo dos outros 8 meses; • Mais de 65% ocorrem nos finais de semana e feriados; • Mais de 50% ocorrem entre 10:00 e 14:00h; • Crianças de 1 a 9 anos se afogam mais por queda em piscinas e espelhos de água em casa e em seu entorno; • Crianças que sabem nadar se afogam mais por incidentes de sucção pela bomba em piscina; • Crianças maiores de 10 anos e adultos se afogam mais em águas naturais do tipo rios, represas e praias. Com o crescimento do número de pessoas que desfrutam do meio líquido, seja para o banho, a natação, a prática de esportes aquáticos, o transporte, ou mesmo para trabalho; em piscinas ou praias, tornou-se fundamental à orientação preventiva no sentido de evitar o incidente mais grave que pode ocorrer na água: O AFOGAMENTO! Infelizmente, o afogamento é muito comum em nosso país, e ocorre em sua maioria na frente de amigos e familiares que poderiam evitar ou ajudar, mas desconhecem inteiramente como poderiam reagir. O desconhecimento ou a imprudência são muitas vezes, as causas principais destes incidentes na água. Sabemos que mais de 70% das pessoas que se afogam em nossas praias vivem fora da orla, e, portanto, não estão habituadas aos seus perigos e peculiaridades. Embora as praias sejam um grande atrativo para turistas, e o local onde ocorre o maior número de salvamentos, não é na orla e sim em águas doces onde ocorre o maior número de afogamentos com morte. É importante conhecermos o perfil das vítimas e as razões que facilitam o afogamento, pois nestes dados serão baseados o planejamento mais adequado e as medidas de prevenção necessárias para cada área em particular. As maiorias dos afogados são pessoas jovens, saudáveis, com expectativa de vida de muitos anos, o que torna imperativo um atendimento imediato, adequado e eficaz, que deve ser prestado pelo socorrista imediatamente após ou mesmo quando possível durante o acidente, ainda dentro da água. É fato, portanto que o atendimento pré-hospitalar a casos de afogamento é diferenciado de muitos outros, pois necessita que se inicie pelo socorro dentro da água. Este atendimento exige do socorrista algum conhecimento do meio aquático para que não se torne mais uma vítima. Definição de afogamento É a aspiração de líquido causada por submersão ou imersão. O termo aspiração refere-se à entrada de líquido nas vias aéreas (traqueia, brônquios ou pulmões), e não deve ser confundido com “engolir água”. Mecanismos da lesão no afogamento No afogamento, a função respiratória fica prejudicada pela entrada de líquido nas vias aéreas, interferindo na troca de oxigênio (O2) - gás carbônico (CO2) de duas formas principais: obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores por uma coluna de líquido, nos casos de submersão súbita, e/ou pela aspiração gradativa de líquido até os alvéolos. Estes dois mecanismos de lesão provocam a diminuição ou abolição da passagem do O2 para a circulação e do CO2 para o meio externo, e serão maiores ou menores de acordo com a quantidade e a velocidade em que o líquido foi aspirado. Se o quadro de afogamento não for interrompido, esta redução de oxigênio levará a parada respiratória que consequentemente em segundos ou poucos minutos provocará a parada cardíaca. Classificação do afogamento Quanto ao Tipo de água (importante para campanhas de prevenção): 1. Afogamento em água Doce: piscinas, rios, lagos ou tanques. 2. Afogamento em água Salgada: mar. 3. Afogamento em água salobra: encontro de água doce com o mar. 4. Afogamento em outros líquidos não corporais: tanque de óleo ou outro material e outros. Quanto à Causa do Afogamento (identifica a doença associada ao afogamento): 1. Afogamento Primário: quando não existem indícios de uma causa do afogamento. 2. Afogamento Secundário: quando existe alguma causa que tenha impedido a vítima de se manter na superfície da água e, em consequência precipitou o afogamento: Drogas (36,2%) (mais frequente o álcool), convulsão, traumatismos, doenças cardíacas e/ou pulmonares, acidentes de mergulho e outras. Outros acidentes na água Síndrome de Imersão A Hidrocussão ou Síndrome de Imersão, ou ainda, "choque térmico", é um acidente desencadeado por uma súbita exposição à água mais fria que o corpo, levando a uma arritmia cardíaca que poderá levar a síncope ou a parada cardiorrespiratória (PCR). Segundo algumas literaturas, esta situação pode tentar ser evitada se molharmos a face e a nuca antes de mergulhar. Hipotermia A exposição da vítima à água fria reduz a temperatura normal do corpo humano, podendo levar a perda da consciência com afogamento secundário ou até uma arritmia cardíaca com parada cardíaca e consequente morte. Sabemos que todas as vítimas afogadas têm hipotermia, mesmo aquelas afogadas em nosso litoral tropical. Cadeia de sobrevivência do afogamento A cadeia de sobrevivência do afogamento é um passo a passo que inclui todas as ações, desde como evitar o afogamento, até o hospital, quando necessário. Ela é uma ferramenta de educação no sentido de reduzir estes números de mortes, principalmente por afogamento. Pictograma da Cadeia de Sobrevivência Fonte: SOBRASA 1° Passo: PREVENÇÃO São as ações baseadas em advertências e avisos a banhistas no sentido de evitar ou ter cuidado com os perigos relacionados ao lazer, trabalho, ou esportes praticados na água. A prevenção é a principal atitude que se deve ter para evitar afogamentos. Prevenção ativa: qualquer ação de prevenção que inclua sinalização de risco ou comportamento, tais como: sinalizar uma corrente de retorno, uma área de risco, uma profundidade na piscina, colocação de uma cerca, um ralo anti-hair, e outros. Prevenção reativa: qualquer ação de prevenção direcionada a um indivíduo ou um grupo com a intenção de interromper um afogamento iminente, tais como: o uso de apito ou advertência de um guarda-vidas a um banhista em área de risco. Socorro: é toda açãode resgate em que houve necessidade de contato entre o socorrista e a vítima. Calcula-se que a possibilidade que uma pessoa tem de morrer por afogamento quando em uma praia protegida por guarda-vidas é de 1 em 18 milhões. Medidas de prevenção em afogamentos: • Atenção 100% nas crianças! a distância de um braço mesmo na presença do guarda-vidas; • Pais e responsáveis - Estabeleçam regras rígidas de segurança; • Aprenda emergências aquáticas e saiba como prevenir e agir; • Acesso restrito a área aquática com uso de grades ou cercas transparentes e portões de abertura para fora da área aquática com trancas auto-travantes; • Nade em local com guarda-vidas e pergunte aonde é mais seguro; • Em praias oceânicas mais de 85% dos afogamentos ocorrem em correntes de retorno. Saiba como reconhecer e evitá-las; • Nade sempre acompanhado; • Use o colete salva-vidas em pescarias, embarcado ou áreas de risco; • Evite ingerir bebidas alcoólicas antes do banho; • Não superestime sua capacidade de nadar - 50% dos afogados achavam que sabiam nadar; • Não pratique hiperventilação para aumentar o fôlego; • Sempre entre em água rasa ou desconhecida com os pés primeiro; • Tome conhecimento das condições do ambiente e obedeça às sinalizações; • Em correnteza, não lute, flutue, erga uma das mãos e peça imediatamente por socorro; • Não tente entrar na água para salvar, chame o socorro profissional (193), jogue algum material flutuante e aguarde os profissionais; • Aprenda a nadar a partir dos 4 anos; • Nunca nade sozinho; • Mergulhe somente em águas fundas; • Prefira sempre nadar em águas rasas; • Não superestime sua capacidade de nadar, tenha cuidado! Na praia a corrente de retorno é o local de maior ocorrência de afogamentos (mais de 85% dos casos). É formada por toda massa de água em forma de ondas que quebra em direção a areia e por gravidade tem que retornar ao oceano. No seu retorno a água escolhe o caminho de menor resistência para retornar, aprofundando cada vez mais aquele local, formando um canal que literalmente ―puxa para alto-mar. Esta corrente de retorno possui três componentes principais, a saber: • A boca: fonte principal de retorno da água; • O pescoço: parte central do retorno da água em direção ao mar; • A cabeça: área em forma de cogumelo onde se dispersa a correnteza. Sempre que houver ondas, haverá uma corrente de retorno. Sua força varia diretamente com o tamanho das ondas. Pode atingir até 2 a 3 m/seg.; Para reconhecer uma corrente de retorno, observe: • Que geralmente aparece entre dois locais mais rasos (bancos de areia); • Que se apresenta como o local mais escuro e com o menor número ou tamanho nas ondas; • Que é geralmente o local onde aparenta maior calmaria; • Que apresenta uma movimentação a superfície ligeiramente ondulada em direção contrária as outras ondas que quebram na praia; • Que é a parte na areia com convexidade voltada ao mar. 2° passo: Reconheça um afogamento e peça que liguem 193 Identificar um caso de afogamento antes ou durante a sua ocorrência possibilita tomar atitudes mais precocemente e evitar o agravamento da situação. • Reconheça a necessidade de socorro; • Chame por ajuda ou peça a outro para fazê-lo (ligue 193) ou avise alguém antes de tentar qualquer tipo de socorro; • Jamais tente socorrer a vítima se estiver em dúvida. Socorristas podem morrer junto com a vítima se estiverem despreparados. 3° e 4° passos: Forneça flutuação – evite a submersão e remova da água somente se for seguro a você Se você for à vítima • Mantenha a calma – a maioria das pessoas morre por conta do desgaste muscular desnecessário na luta contra a correnteza; • Mantenha-se apenas flutuando e acene por socorro; • Só grite se realmente alguém puder lhe ouvir, caso contrário você estará se cansando e acelerando o afogamento. Acenar por socorro geralmente é menos desgastante e produz maior efeito; • No mar, uma boa forma de se salvar é nadar ou deixar se levar para o alto mar, fora do alcance da arrebentação e a favor da correnteza, acenar por socorro e aguardar. Ou se você avistar um banco de areia tentar alcançá-lo; • Em rios ou enchentes, procure manter os pés à frente da cabeça, usando as mãos e os braços para dar flutuação. Não se desespere tentando alcançar a margem de forma perpendicular tente alcançá-la obliquamente, utilizando a correnteza a seu favor. Se você for o socorrista – cuidado para não se tornar a vítima! • Decida o local por onde irá atingir ou ficar mais próximo da vítima; • Tente realizar o socorro sem entrar na água; • Se a vítima se encontra a menos de 4 m (piscina, lagos, rios), estenda um cabo, galho, cabo de vassoura para a vítima; • Se a vítima se encontra entre 4 e 10 m, você pode atirar algum objeto que flutue para que ela o segure e não afunde. Você poderá também, amarrar uma corda neste objeto, porque depois você pode puxá-la até a margem; • Deixe primeiro que a vítima se agarre ao objeto e fique segura. Só então a puxe para a área seca. Se alguém decidiu entrar na água para socorrer proceda da seguinte forma: • Avise a alguém que você tentará salvar a vítima e que chame socorro profissional; • Leve sempre consigo, algum material de flutuação (prancha, boia, flutuador salva vidas ou outros); • Retire roupas e sapatos que possam pesar na água e dificultar seu deslocamento. É válida a tentativa de se fazer das calças um flutuador, porém isto costuma não funcionar se for sua primeira vez. Se você estiver de nadadeiras, o deslocamento será mais rápido e melhor; • Entre na água sempre mantendo a visão na vítima; • Pare a 2 metros antes da vítima e lhe entregue o material de flutuação. Sempre mantenha o material de flutuação entre você e a vítima. Nade com a vítima até área seca ou espere a ajuda chegar; • Nunca permita que a vítima chegue muito perto, de forma que possa lhe agarrar. Entretanto, caso isto ocorra, afunde com a vítima que ela lhe soltará; • Deixe que a vítima se acalme, antes de chegar muito perto; • Se você não estiver confiante em sua natação, peça a vítima que flutue e acene pedindo ajuda. Não tente rebocá-la até a borda da piscina ou areia, pois isto poderá gastar suas últimas energias; • Durante o socorro, mantenha-se calmo, e acima de tudo não se exponha ou a vítima a riscos desnecessários. 5° passo – Suporte de vida (hospital, se necessário) Caso a pessoa seja retirada da água, é importante verificar a respiração, durante 10 segundos, observando os movimentos do tórax e escutando o ar sair pelo nariz. Se estiver respirando, é importante deixar a pessoa deitada de lado (preferencialmente sobre o lado direito) até que os profissionais cheguem no local. Se a pessoa estiver consciente, sem sintomas, somente com tosse seca ou com a presença de espuma na boca, é recomendado observar a respiração, pedindo a pessoa para se deitar de lado (sobre o lado direito), mantendo-a aquecida, relaxada e calma até a chegada dos bombeiros. Porém se estiver inconsciente e não estiver respirando e sem pulso, é recomendado iniciar a massagem cardíaca na vítima, manobra essa que deve ser feita preferencialmente por um adulto. Mas diante mão, quanto a questão da avaliação primária da vítima, identificar se ela respira ou não, se está sofrendo uma suposta parada cardiorrespiratória e como proceder nesses casos, serão passados de maneira mais detalhada na instrução de noções de primeiros socorros. SEÇÃO 9 - EQUIPAMENTOS E MATERIAIS BÁSICOS DE SALVAMENTO AQUÁTICO UTILIZADOS PELO GUARDA VIDAS O Guarda Vidas é o profissional preparado para agir em situações de afogamento e para realizar a prevenção em ambientes aquáticos, onde haja a presença de esportes aquáticos, pescarias, lazer e diversão. Os equipamentos básicos do Guarda-Vidassão ferramentas indispensáveis para o serviço de prevenção, orientação e caso seja necessário, na execução de um salvamento aquático com segurança e eficiência. a) Nadadeiras - a utilização de nadadeiras permite ao Guarda-Vidas um deslocamento mais veloz durante um salvamento aquático, bem como um reboque mais eficiente da vítima após sua abordagem. b) Apito - certamente o apito é o melhor dispositivo que o Guarda-Vidas possui para alertar banhistas em situação de risco. Quando o banhista olhar para o local de onde está partindo a sinalização sonora, o Guarda-Vidas deverá fazer gestos indicando o que se pretende. c) Flutuador - flutuadores são equipamentos de extrema eficiência durante o salvamento aquático. São utilizados principalmente para possibilitar a flutuação ao Guarda Vidas e a vítima. d) Máscara portátil para Ventilação (pocket mask) - equipamento portátil, utilizado para ventilação de vítimas em parada respiratória ou cardiorrespiratória. e) Uniforme - a uniformização e a padronização de modelos e cores no fardamento dos Guarda-Vidas são de fundamental importância, não só para a apresentação deste profissional nos locais de banho, assistidos por eles, mas também, para proporcionar ao público sua fácil localização. Entre os banhistas, assumem uma posição de destaque e referência, tanto para o resgate como para prestar informações, orientar e atuar preventivamente. Quando você bombeiro mirim estiver em locais de banho, busque observar se existe ou não a presença de um guarda vidas, onde fica seu posto de observação, e caso seja necessário, você poderá pedir ajuda o mais rápido possível. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS David Szpilman, Manual Emergências Aquáticas. Disponível em: Acesso em 20 de novembro de 2018. David Szpilman & diretoria Sobrasa 2018-22. Afogamento – Boletim epidemiológico no Brasil 2022. Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático SOBRASA - Publicado online em http://www.sobrasa.org, julho 2022. Revisado por Profa. Dra. Danielli Mello e Dra. Lúcia Eneida Rodrigues Goiás, Corpo de Bombeiros Militar do Estado. Manual Operacional de Bombeiros: Guarda-vidas CBMGO. Goiânia, 2017 Goiás, Corpo de Bombeiros Militar do Estado. Manual operacional de bombeiros: Salvamento em altura CBMGO. Goiânia, 2017. Goiás, Corpo de Bombeiros Militar do Estado. Manual operacional de bombeiros: Salvamento terrestre. Goiânia: 1ª ed. atualizada - 2018. Goiás, Corpo de Bombeiros Militar do Estado. Guia Técnico de Salvamento em Altura do CSALT. CBMGO, 2014; MTB n. 26 – Salvamento em Altura – Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Norma Operacional 09. Das atividades de salvamento em altura. CBMGO, 2013. INTRODUÇÃO Quantas vezes você, já caiu e se machucou? Quantas vezes você já se cortou e viu sangue saindo pelo ferimento? Muitas vezes, né? Aposto nestes casos, que alguém deve ter te socorrido e feito um “curativo” no machucado, não foi? Então eu te pergunto, como essa pessoa sabia o que tinha que ser feito? Onde ela aprendeu a fazer aquele “curativo”? Quais procedimentos são esses que socorrem as pessoas quando elas se machucam e precisam de ajuda? As respostas para essas perguntas você encontrará neste capítulo, onde você estudará Noções de Primeiros Socorros e conhecerá os procedimentos utilizados para agir em primeiro momento, quando for possível, até a chegada do socorro especializado (Corpo de Bombeiros, SAMU ...). Para isso, serão abordados temas como: • Diferença entre emergência e urgência; • Acionamento do Corpo de Bombeiros; • Noções de Biossegurança; • Reconhecimento de uma vítima de trauma; • Reconhecimento de uma vítima de mal clínico; • Cuidados na Cena do Acidente; • Avaliação Primária; • Engasgamento; • Reanimação Cardiopulmonar; • Curativos e Imobilizações; • Transporte de vítimas; SEÇÃO 1 – Conceitos Primeiros Socorros: Primeiros Socorros são procedimentos simples de atendimento, prestado a uma vítima de acidente ou mal súbito, com o intuito de mantê-la com vida até a chegada do atendimento especializado. Tem por finalidade preservar a vida; evitar o agravamento do estado da vítima; promover recuperação da vítima. Urgência: Na urgência inicialmente não existe um risco grave. Mesmo sem esse risco grave a situação merece atenção e cuidado com certa agilidade. Caso uma situação de urgência não tenha o tratamento adequado, é possível que ela se transforme em uma situação de emergência, aumentando os riscos. Portanto, a situação de urgência deve ser atendida brevemente, em um curto espaço de tempo. Emergência: Na emergência a situação exige uma cirurgia ou intervenção médica de imediato, por isso, em ambulâncias está geralmente escrito emergência e não urgência. Assim, a situação de emergência, para evitar mortes ou danos graves, requer um atendimento imediato. SEÇÃO 2 – Reconhecendo e Caracterizando Vítimas As pessoas que sofrem algum tipo de lesão ou necessitam de socorro, chamamos de vítimas. Essas pessoas podem ser vítimas de acidentes traumáticos (com descarga de energia) ou vítimas de mal clínico. Vítima Acidentada (Trauma): É a pessoa que apresenta alguma lesão (machucado) provocado por algum tipo de trauma (pancada) onde há a transferência de energia para o corpo humano. Por exemplo, quando ocorre um acidente de um carro contra carro, carro contra moto, atropelamentos, quedas do corpo humano e etc. Esses acontecimentos podem provocar alterações nos sinais vitais das vitimas como alterações nos batimentos do coração e na respiração, palidez, agitação, suor, frio e nível de consciência alterado, fraturas, inchaços, vermelhidão, sangramentos, queimaduras. Todas essas alterações necessitam de cuidados médicos o mais rápido possível . Vítima de Mal Clínico: É a pessoa que apresenta alguma doença causada por enfermidade (doença) não traumática (sem transferência de energia para o corpo humano). As emergências clínicas, são estados graves de saúde que não foram causados por nenhum fator externo e são, normalmente, consequências de doenças pré-existentes. Nestes casos, os pacientes costumam se apresentar com palidez, perda de consciência, respiração difícil, contraturas musculares, entre outros sintomas. SEÇÃO 3 – Acionamento do Corpo de Bombeiros O acionamento é realizado através do número 193. A ligação é atendida por Bombeiros que identificam a emergência e anotam os primeiros dados. Imediatamente ele faz a triagem do caso e inicia orientando, por telefone, o solicitante, sobre as primeiras ações. A viatura vai até o local onde a pessoa solicitou e começa o atendimento rapidamente e em seguida encaminha a vítima para o hospital. O repasse de informações da cena do acidente deve considerar: Se existem vítimas? Quantas? Estão presas na ferragem? Qual a idade e sexo das vítimas? Gravidade: As vítimas estão conscientes? Existem hemorragias visíveis? Veículos: Qual o tipo de acidente? Quantos veículos? Tipos? Há fogo? Se há muito trânsito no local? Existem outras viaturas no local? Trote Passar trote telefônico é uma brincadeira praticada infantilmente por muitas pessoas, que representa um grande problema em serviços de emergências que necessitam do acionamento via telefone. O trote aos serviços de emergência é um crime previsto no Código Penal. Quando identificado, a pessoa irá responder pelo artigoo nº 340 do Código Penal: falsa comunicação de crime ou de contravenção, cuja pena é detenção de um a seis meses ou multa. Quando não identifica que a pessoa está passando um trote e a ocorrência é despachada para os bombeiros, empenhamos uma viatura que não precisava ser empenhada, colocamos em risco uma guarniçãode serviço, além do fato de que esta viatura poderia estar atendendo uma emergência de verdade. SEÇÃO 4 – Noções de Biossegurança As ambulâncias são destinadas e adaptadas para prestar atendimento às vítimas de acidentes e emergências clínicas, e portanto são abastecidas com materiais próprios e especiais para atendimento. Assim como os bombeiros que atuam no Atendimento Pré - Hospitalar estão expostos a risco de contato com vírus, bactérias, fungos e outros microrganismos nocivos à saúde, todo mundo no seu dia a dia pode estar exposto a estes riscos, podendo transmitir microrganismos para si próprios como também para outras vítimas. Por isso é importante todos manterem uma boa higiene. Biossegurança: Conjunto de ações que devem ser incorporadas por cada pessoa a fim de prevenir, eliminar ou ao menos minimizar os riscos do dia a dia. Uma dessas ações consiste em sinalizar a presença de agentes biológicos e o perigo de contaminação biológica, atravéz do simbolo de risco biológico, conforme imagem ao lado. Limpeza: Todos os materiais e equipamentos devem ser lavados antes de ser desinfectados ou esterilizados. A limpeza deve ser feita sempre com água e sabão. Doenças Infectocontagiosas: Doenças infecciosas são doenças causadas por microrganismos como vírus, bactérias, protozoários ou fungos microrganismos causadores de doenças. As doenças infecciosas podem ser adquiridas por meio do contato: • Direto com o agente infeccioso, • Contato com água • Alimentos contaminados • Respiração • Ferimentos causados por animais. RISCO BIOLÓGICO Métodos de Prevenção: A higienização das mãos e alimentos é medida simples, individual, consciente e indiscutivelmente a mais eficiente e a mais barata na prevenção de infecções. Quando lavar?? • Quando as mãos estiverem visivelmente sujas • Antes e após ir ao banheiro; • Antes e depois das refeições; Procedimentos de Lavagem das mãos: SEÇÃO 5 – Cuidados no Local do Acidente Muitos fatores podem interferir na cena do acidente como o trânsito intenso, chuva, local de difícil acesso e outras situações. Por isso é importante no local um estudo rápido em que são analisados os diferentes fatores que podem interferir no atendimento , sendo indispensável ao socorrista obter essas informações para a tomada de decisão adequada, visando a segurança de todos. Pensando nessa situação foi criado um método denominado “REGRA dos 3S” que facilita ao socorrista avaliar a cena. A regra dos três "S" pode ser entendida como um procedimento básico nos primeiros socorros, essa regra surgiu primeiro no exterior e os três “S” faz relação a trÊs palavras em inglês: “Scene”, “Security” e “Situation”. Deste modo, ela pode ser aplicada em diversas áreas do salvamento, estando diretamente ligada aos seguintes métodos: A observação do caso (Verificação da cena), segurança do socorrista bem como do paciente para o salvamento; entendimento da situação. 1. Cena do Acidente (Scene): No local o socorrista deve avaliar tudo em sua volta e o tempo todo, observando bem o local além de conversar com as testemunhas e vítimas. 2. Segurança: No local da ocorrência, o principal fator a ser observado é a segurança da equipe. Para ajudar a vitima é obrigatória a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI). Deve-se fatentar também ao trânsito no local da ocorrência, utilizando cones para sinalizar, galhos de árvores etc. Outro fator importante a ser notado é o clima e o horário do dia para saber quando irá escurecer. 3. Situação: Após verificar a cena e segurança do local, deve analisar a situação e tentar descobrir o que ocorreu. Buscar informações das vítimas (quantidade, idade, sexo), dentre outras informações que achar necessária. SEÇÃO 6 – Noções de Avaliação Primária O primeiro passo para o atendimento da vítima é sua avaliação. Observando as seguintes situações: risco de vida; risco de perda de membro por amputações, além de outras situações. Pensando nessa situação foi criado um método denominado “XABCDE” que facilita ao socorrista avaliar a vítima, veremos a seguir do que se trata cada letra: X-A-B-C-D-E: .: Antes da Avaliação o socorrista deve realizar perguntas simples a ela, tais como: • “Qual seu nome?” • “De onde vem?” • “Para onde vai?” Esse Primeiro contato, chama-se Responsividade que de modo rápido avalia se a vítima está respirando, se o coração está batendo e se ela está acordada. Posteriormente realiza-se a Avaliação Primária através do “XABCDE”. X (Grandes Hemorragias): Identificar a presença de grandes hemorragias que possam comprometer de forma significativa na estabilização da vítima e intervir de imediato, para garantir a manutenção dos sinais vitais. A (Airways, vias aéreas): Verificar se a vítima está com algum objeto, chiclete, dentaduras, próteses na boca que obstrua a respiração e ao mesmo tempo estabiliza a coluna cervical (pescoço). B (Breathing, boa respiração): Avaliar a respiração da vítima utilizando o protocolo VOS, tentando Ver (olhe se barriga e os peitos estão movimentando), Ouvir (chegue perto para ver se há ruídos ou barulhos) e sentir (com a lateral do rosto perto da boca e nariz tentar sentir a respiração). Se a vítima não respira, realize reanimação respiratória! C (Circulation, circulação): Verificar se tem pulso, se a vítima tem outros sangramentos. Se não tiver pulso, realize reanimação cardiorrespiratória! Se tiver sangramentos, tente conter o sangramento! D (Disability, disfunção neurológica): Nível de consciência: Verifique se a vítima abre os olhos com facilidade, se ela fala coisas sem sentido, peça para mexer os braços ou pernas e veja se ela consegue sozinha. E (Exposure, exposição): Verifique todo corpo da vítima da cabeça aos pés, olhe debaixo das roupas, nas costas, retire os sapatos para procurar possíveis lesões. Se tiver mais lesões e/ou fraturas imobilizar o local. SEÇÃO 7 – Engasgamento No nosso dia a dia ocorrem muitos acidentes nos quais pessoas engasgam ou tem a garganta tampada por uma carne, balão de aniversário, vômito, sangue, leite ou outros líquidos. Como reconhecer: O que fazer quando a vítima for uma criança ou um adulto: Abra a boca da vítima e tente visualizar o objeto, tente pegar o objeto apenas se ele estiver fácil de remover, caso o objeto esteja no fundo da boca tentar pegá-lo só irá empurrar mais para o fundo; Se não encontrar ou conseguir retirar, dar 4 a 5 tapas no meio das costas da vítima. Vítima leva mão na garganta e não consegue falar. Inquietação e tosse Respiração difícil, ausência ar e pele cianótica (roxa). Caso não resolva, abrace a vítima por trás e com o punho fechado no estômago, aperte 05 (cinco) vezes o abdômen (Manobra de Heimlich). O que fazer quando a vítima for um bebê: Posicione a criança de barriga para baixo em seu antebraço, com a cabeça mais baixa que o resto do corpo, podendo apoiá-la na sua perna. Dê (5) cinco tapas nas costas da criança. Caso não resolva, vire a criança de barriga para cima e a coloque numa superfície rígida, então realize cinco massagens no esterno. SEÇÃO 8 – Reanimação Cárdio Pulmonar (RCP) RCP é um conjunto de ações destinadas a garantir a oxigenação dos órgãos quando a circulação do sangue de uma pessoa é interrompida. A circulação é responsável pelo transporte de oxigênio e nutrientes para dentro do corpo, assim como o transporte de gás carbônico e outras “sujeiras” para fora do nosso corpo. “Quando o nosso coração para de bater, nossas células ficam sem o oxigênio e começam a se degradar. Com o tempo perdemos a consciência e, caso demore o socorro,podemos até morrer.” Como reconhecer uma vítima de parada cardíaca? Normalmente uma parada é pré-anunciada com um forte dor no peito, espalhando pelo braço, pescoço e abdômen. O que fazer? Se respira: observar a vítima até a chegada do socorro; Se não respira: observar se o coração bate. Caso o batimento esteja ausente, iniciar imediatamente RCP. Como fazer? Ligue imediatamente para o Corpo de Bombeiros Militar, no telefone 193; Deite a vítima de costas sobre o chão rígido; Fique de joelhos ao lado da vítima, na altura dos ombros; Apoie no centro do tórax; Posicione os braços estendidos, com os dedos entrelaçados, coloque uma mão sobre a outra, apoiando-se no centro do tórax; Utilize o peso do corpo; Quando em crianças e adultos: fazer 30 compressões, seguidas por 02 ventilações. Repetir o ciclo por 5 vezes e verificar se o batimento voltou. Caso permaneça sem batimento, repetir do o processo até o coração bater sozinho ou até a chegada de socorro especializado (bombeiros, SAMU ...). No caso de crianças maiores que bebês, deverá ser usada somente uma das mãos, sendo que a outra ficará apoiada ao chão, diminuído assim a intensidade de compressão. Quando em bebês: fazer 15 compressões, seguidas por 02 ventilações. Repetir o ciclo por 5 vezes e verificar se o batimento voltou. Caso permaneça sem batimento, repetir do o processo até o coração bater sozinho ou até a chegada de socorro especializado (bombeiros, SAMU ...). No caso de bebês (crianças muito pequenas), deverá ser usado somente os dedos indicadores e médio para fazer a RCP e a ventilação deverá ser feita somente com o ar das bochechas ou do Ambu (ventilador mecânico) neonato. SEÇÃO 9 – Noções de Curativos e Imobilizações O trauma é um assunto de importância mundial, sendo os acidentes de trânsito de maior incidência. Cortes, fraturas, luxação, entorse e queimaduras, são os principais tipos de lesões causadas por esses acidentes. Assim, conhecer técnicas para a confecção de curativos e imobilizações é de fundamental importância para a atuação de qualquer socorrista. Fratura: Consiste na ruptura total ou parcial do osso. Luxação: é definida como a deformidade e perda do movimento da articulação (o osso “saí” do lugar). Entorse: pode-se definir entorse como sendo a lesão na qual ocorre distensão da articulação além de sua amplitude normal. Neste caso não há a fratura do osso! Como reconhecer uma vítima de fratura, luxação ou entorse? A vítima poderá apresentar os seguintes sintomas: 1. Dor intensa; 2. Deformidade; 3. Edema; 4. Hematoma; 5. Crepitação óssea; 6. Limitação funcional com instabilidade do segmento anatômico acometido; O que fazer? Imobilizar sempre as fraturas, luxações e entorses visando estabilizar uma articulação acima e outra abaixo do local lesionado. No caso de entorses e luxações, caso possua bolsa de gelo, colocá-la sobre o local lesionado. As técnicas de imobilização serão apresentadas nas aulas práticas de Primeiros Socorros. Ferimentos: Ferimentos são lesões provocadas por agentes físicos ou químicos na pele e tecidos podendo causar hemorragias. O que fazer? 1. Em caso de hemorragia: compressão direta (comprimir a lesão com as mãos utilizando gases e EPI´s). Caso a hemorragia não possa ser controlada pela compressão direta, faz-se o uso do torniquete (compressão do local através do uso de materiais de primeiros socorros ou equipamento específico que produzirá uma pressão local maior que àquela obtida pela compressão direta). A técnica do torniquete bem como a compressão direta, serão abordadas nas aulas práticas de primeiros socorros. 2. Manter o membro afetado em repouso, numa posição natural e confortável; 3. Imobilizar as articulações que ficam acima e abaixo da lesão, com o uso de talas, como mostra as imagens. Não havendo talas disponíveis, é possível improvisar com pedaços de papelão, revistas ou jornais dobrados ou pedaços de madeira, que devem ser acolchoadas com panos limpos e amarrados ao redor da articulação; 4. Nunca tentar endireitar uma fratura ou colocar o osso no lugar; 5. Em caso de fratura exposta, deve-se cobrir o ferimento, de preferência com gaze esterilizada ou um pano limpo. Se houver um sangramento muito intenso, é necessário fazer compressão acima da região fraturada para tentar impedir a saída do sangue. S 6. Aguardar o auxílio médico. Caso não seja possível, recomenda-se levar a vítima para o pronto-socorro mais próximo. SEÇÃO 10 – Transporte de Vítimas Todas as vítimas atendidas precisam ser transportadas para o atendimento médico de forma adequada. A escolha do método de transporte será definido com base na natureza da ocorrência, dos recursos disponíveis, da quantidade de socorrista, entre outras variáveis. Nas atividades de campo é comum ocorrer entorses, luxações, picadas de animais e quedas nas quais a vítima tem dificuldade de caminhar e necessita de apoio. Citamos também todas aquelas outras situações que fujam da normalidade como as de calamidade pública, desastres naturais, enchentes, conflitos armados, desabamentos e outros que exijam o preparo do socorrista para transportar uma vítima. Transporte por prancha: A vítima é transportada em cima de uma prancha longa utilizada nas viaturas de resgate, bem como por aquela improvisada com galhos e gandola. Transporte por cadeira de rodas: A vítima é transportada por cadeira de rodas quando esta se encontra disponível e as lesões permitem o transporte sentado. Transporte de apoio: é a forma mais simples de transporte de vítima, quando não há recursos no local e a vítima se encontra consciênte e em condições de contribuir para a movimentação. Transporte pelas extremidades: necessário no mínimo dois socorrista para realizar esse tipo de transporte. Um socorrista segura a vítima pelo tronco e o outro pelas pernas. Transporte nas costas: nesse tipo de transporte o socorrista deverá possuir força o suficiente para manter a vítima sobre as costas. Essa técnica é ideal quando a vítima está consciênte e pode ajudar no processo de deslocamento, “muchilando” o socorrista que o transporta. Outra forma de carregar pelas costa é pela técnica de pegada tipo bombeiro. Nela o socorrista coloca a vítima sobre suas costa e a imobiliza segundo uma das pernas e um dos braços ao mesmo tempo. Transporte cadeirinha humana ou na cadeira: necessário no mínimo dois socorrista para realizar esse tipo de transporte. Na cadeirinha humana, os dois ficam de frente um para o outro e se seguram pelos braços, formando uma espécie de “cadeirinha”. A vítima então senta sobre os braços dos socorristas e é transportada. Já para o transporte da cadeira, a vítima senta sobre a cadeira e os socorristas fazem o deloscamento se apoiando sobre a mesma. Transporte em braço: pode ser realizado por um ou mais socorristas. Consiste em transportar a vítima nos braços. Requer vigor físico. Transporte por arrasto: ideal para situações de emergência em que se necessita fazer a remoção imediata da vítima do local do acidente. Esse tipo de transporte pode ser escolhido quando o socorrista não possui vigor físico ou quando o peso da vítima superar sua capacidade física. Muito utilizado em situações de incêndio. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS. Manual Operacional de Bombeiros – Resgate Pré - Hospitalar. CBMGO, 2016. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS. Protocolo para suporte de vida do CBMGO. CBMGO, 2011. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS. Defesa Civil - Programa Capacitar para Salvar. Nivél 1. CBMGO, 2018. INTRODUÇÃO Higiene Pessoal é o conjunto de cuidados que devemoster com o nosso corpo diariamente. A higiene interfere diretamente na qualidade de nossa vida e de nossa saúde, pois evitam que microrganismos malignos penetrem no nosso corpo e causem doenças. É por meio da higiene pessoal correta que o corpo fica limpo, fortalecido e saudável. Seção 1 – Higiene Pessoal A higiene é a melhor arma para a manutenção da saúde. Manter limpo nosso corpo e o ambiente em que vivemos e é tarefa individual e indispensável. Sendo que cada parte do nosso corpo tem características diferentes e precisa de cuidados específicos. Hábitos simples como tomar banho, lavar as mãos e escovar os dentes estão entre as principais atitudes preventivas para o bem-estar. No entanto, a higiene pessoal envolve muitas outras práticas que são simples mais que devem ser feitas regularmente. É muito importante para a saúde pessoal manter a higiene dia após dia, pois assim o corpo consegue evitar uma série de males prejudiciais à saúde. Os especialistas da área da saúde indicam que depois de realizar alguma atividade física ou depois de um dia atarefado, a higienização do corpo deve ser feita em seguida, removendo a sujeira da rua e os microrganismos que durante a atividade física, talvez tenham se instalado no corpo. Assim, o banho diário é indispensável para a saúde, pois elimina as impurezas da pele, proporciona relaxamento, remove as células mortas e ativa a circulação sanguínea, evitando dermatites como micoses. A secagem da pele após o banho também é importante, visto que evita alguns tipos de fungos. A higiene íntima também é importante na prevenção e combate às doenças. Os órgãos fazedores de “cocô” e “xixi” devem ser bem lavados com água e sabonete pelo menos uma vez ao dia, durante o banho. A higiene das mãos é outro aspecto fundamental e que não deve passar despercebido. As mãos devem ser lavadas antes e depois de ir ao banheiro, antes de cozinhar e de ingerir alimentos e após chegar em casa de atividades na rua. Essa rotina é importante porque as mãos são as partes do corpo mais utilizadas para realizar as diversas atividades diárias. Isso evitará a propagação de inúmeras doenças. Médicos e especialistas da área da saúde afirmam que uma boa higiene pessoal previne a ocorrência de doenças infecciosas, como por exemplo, vermes, protozoários, bactérias e vírus que causam diarreia, gripe ou resfriado. No Brasil, segundo o estudo Suabe que entrevistou 150 mães donas de casa, em São Paulo, foi constatado que 65% das crianças delas apresentam coliformes fecais nas mãos após irem ao banheiro, entre as bactérias encontradas estão Enterococcus e Escherichia Coli, causadoras de doenças gastrointestinais. Os especialistas da área da saúde garantem que a higiene pessoal correta ajuda a afastar diversas doenças e melhorar a qualidade de vida. Segundo eles, o hábito de manter os cuidados com a higiene pessoal deve ser introduzido desde cedo na vida das pessoas, de preferência quando criancinhas, pois assim será mantido por toda a vida. Além das mãos, limpar debaixo das unhas é de grande importância e colabora para a higiene pessoal. As unhas devem estar sempre bem limpas, essa precaução ajuda na prevenção de doenças vindas de bactérias ungueais. É essencial evitar colocar as mãos na boca e morder ou roer as unhas, pois elas contêm muitas bactérias que podem ser transmitidas para a boca e causar riscos sérios a saúde. Os cabelos devem ser lavados com frequência, penteados diariamente e cortados periodicamente, isso ajudará no controle da queda, caspa, piolhos e seborreia. Ao lavar o rosto pela manhã, preste atenção se há secreção no canto interno dos olhos removendo-a com bastante água. As orelhas e o umbigo também devem ser lavados e higienizados cuidadosamente. Além disso, com pouca higiene, costumamos exalar um cheirinho nada agradável, o que pode fazer com que pessoas queridas se afastem de nós. Claro que ninguém quer essas coisas para si, não é mesmo? Os nossos pés também merecem cuidados especiais, não basta somente lavá-los, é necessário secá-los, principalmente entre os dedos. Assim evita-se frieiras, micoses e mau odor. Não use sapatos ou tênis sem meias. O suor produzido não é absorvido pelo sapato e promove a proliferação das bactérias e fungos. As meias devem ser trocadas todos os dias, e de preferência ser de algodão, pois absorvem melhor o suor. Alterne os sapatos. Deixe o sapato do dia anterior “descansando”, de preferência ao sol, pois ele ajuda a secar a umidade e a eliminar o mau cheiro. A sudorese é um problema desagradável, por isso tenha bastante cuidado com suas axilas. Lave-as bem, seque-as e faça uso de desodorante. Se o odor permanecer peça orientação médica. Seção 2 – Alimentação e os Exercícios Físicos O corpo humano pode ter muitas cores, formatos e tamanhos. Mas mesmo que nossa forma física seja diferente, todos temos uma coisa em comum: podemos tornar o nosso corpo ainda melhor do que ele já é! Quando se é jovem, as escolhas que fazemos relacionadas à alimentação e aos exercícios podem determinar como ficaremos e nos sentiremos quando formos mais velhos. Sabendo disso, agora você tem muito mais poder sobre si! Quer ser mais forte e mais inteligente? Você consegue! Alimente-se com comidas saudáveis; Beber muita água; Faça algum tipo de atividade física por uma hora todos os dias; Durma bem todas as noites; Quando seu corpo está saudável e forte, você está mais perto de ser o seu melhor. Cuidar do corpo vai lhe dar mais energia, alimentar seu cérebro e fortalecer seus músculos. É fácil e divertido. As crianças crescem de forma diferente. Algumas esticam rapidamente e então desaceleram, enquanto outras crescem em um ritmo mais gradual. Não há nenhum padrão de tamanho, forma ou crescimento para todos. Até crianças da mesma família têm relógios de crescimento diferentes! Quando você vai ao médico, sua altura e peso são marcados numa tabela de percentis. Um percentil mostra a comparação entre você e outras crianças da sua idade. Por exemplo, se você tem um percentil de altura 75 e está numa sala com outras 100 crianças consideradas normais, você será mais alto do que 75 das crianças na sala. Aos 08 anos de idade, crianças podem ter uma diferença de cerca de 20 cm e 15 kg, e ainda serem consideradas “dentro do padrão” para a faixa etária. Alguns meses antes de um estirão de crescimento é comum as meninas ganharem alguns quilos. Meninos podem continuar a crescer até um pouco depois de completarem 20 anos. Durante todo o dia e toda a noite, você respira, bombeia sangue, cresce, cura aquele arranhão do joelho e... bem, você entendeu. Você já parou para pensar alguma vez em como o seu corpo faz isso tudo e muito mais? Por exemplo, como você se transformou de um bebezinho até a pessoa que é agora? Tudo isso se deve a alimentação que você ingere diariamente e os nutrientes que são absorvidos pelo seu organismo. Vamos conhecer alguns: Cálcio: Um mineral que fortalece e estrutura os ossos e dentes; Caloria: Uma medida da energia do alimento. O número de calorias que você necessita depende da sua altura, peso, idade e nível de atividade. Carboidratos, proteínas e gorduras fornecem calorias Fibra: Um tipo de carboidrato que o corpo não digere. Ele mantém o seu sistema digestivo funcionando bem. Ferro: Mineral que é parte dos glóbulos vermelhos do sangue, o ferro ajuda a transportar o oxigênio pelo seu corpo. Nutrientes: As partes ou ingredientes do alimento que o seu corpo necessita para sobreviver, crescer e ficar saudável. Os seis tipos diferentes de nutrientes são: 1.Carboidratos; 2. Proteínas; 3. Gorduras; 4. Vitaminas; 5. Minerais; 6. Água. Potássio: Mineral que mantém o equilíbrio dos fluídos do seu corpo e regula a atividade musculare as contrações. (É por isso que os músculos têm cãibras quando a taxa de potássio está baixa.) Banana, suco de laranja e abacate são muito ricos em potássio. Proteína: Nutriente que o corpo necessita para crescer e se reestabelecer. Entre os alimentos ricos em proteínas estão carne vermelha, peixe, frango, peru, ovos, feijão, tofu e castanhas. Leite, iogurte e queijo também têm muita proteína. Vitamina A: Boa para os olhos, pele, cabelos, ossos, dentes e gengivas. Legumes e verduras verde-escuros e laranja-escuros são as melhores fontes. Vitamina B: Essas vitaminas ajudam a liberar a energia do alimento. Há oito tipos diferentes de vitaminas B. Vitamina C: Ajuda a manter as células aglutinadas, cicatrizar cortes e ossos quebrados, além de combater infecções. Brócolis, pimentão, batata, espinafre e tomate estão cheios de vitamina C. Vitamina D: Conhecida como a “vitamina do sol” porque sua pele reage à luz solar para produzi-la. A melhor fonte é o leite enriquecido, que é conveniente, já que a vitamina D ajuda o seu corpo a absorver o cálcio. Seção 3 – Higiene Bucal A higiene da boca é um aspecto importante. Os dentes devem ser escovados de manhã ao acordar, à noite antes de dormir e após cada refeição. O uso do fio dental também é recomendado. Com estes cuidados você manterá sempre um hálito agradável e um belo sorriso, evitando cáries e inflamações da gengiva. Dentes malcuidados podem afetar todo o organismo. Os dentes são basicamente formados de três partes: Raiz: parte do dente presa aos ossos da face (maxilas e mandíbulas); Coroa: a parte branca visível do dente; Colo: a parte localizada entre a raiz e a coroa. Se você pudesse cortar um dente verticalmente ao meio, veria o seguinte: Polpa do dente: substância mole e vermelha, formada por tecido conjuntivo; é rica em nervos e vasos sanguíneos; Dentina ou “marfim”: substância dura e sensível; contém sais de cálcio e envolve a polpa do dente; Esmalte: formado por sais de cálcio, envolve a dentina na região da coroa; na raiz a dentina é revestida pelo cemento. O esmalte é a substância que faz do dente uma das partes mais duras do nosso corpo. É a parte do corpo com maior grau de mineralização (concentração de sais minerais). Funções e quantidades dos dentes na vida adulto e na infância. Cada dente tem uma função e um nome. Criança: 20 dentes, dentição decídua ou “de leite”. Adultos: 32 dentes, dentição permanente. Alguns problemas bucais. Cárie: A cárie está relacionada à desmineralização do dente, que ocorre quando tipos específicos de bactérias produzem ácidos que destroem o esmalte do dente e a camada do dente logo abaixo dela, a dentina. Tártaro: É uma placa bacteriana que endurece a superfície dentária, que absorve as manchas provenientes de alimentos e cigarros. Como se forma a cárie dentária? A formação da cárie dentária, ou "cavidades", envolve três fatores principais: • Alimentos ou bebidas ingeridas (a dieta); • Bactérias na placa; • Seu atual estado de saúde oral. As bactérias interagem com os alimentos que ingere para produzir produtos de resíduos em forma de ácidos, provocando uma avaria ou desmineralização das áreas por debaixo da superfície do dente. Esta decomposição da superfície do dente é a cárie dentária. Cada vez que você come, um ataque ácido sobre o dente acontece. Acontece um contra-ataque do seu corpo ao lavar a comida e ácidos com saliva. A saliva não somente regula ou neutraliza os ácidos, também contém minerais (cálcio e fosfato) que reconstroem as áreas do dente que foram desmineralizadas ou atacadas pelos ácidos. Este processo de reconstrução é chamado de “remineralização”. A cárie acontece quando há desarmonia desse processo. Os alimentos e bebidas ingeridos durante períodos prolongados entre as refeições podem inclinar a balança da remineralização / desmineralização em favor do processo de decomposição. Assim, os alimentos grudentos, como balinhas, uvas passas, doces e bolachas recheadas devem ser evitados. As cáries e o processo de decomposição podem ser prevenidos, trabalhando de perto com seu dentista e acompanhando suas indicações e recomendações. Comer alimentos adequados no momento certo e evitar os alimentos ou lanches entre refeições também pode ajudar a diminuir seu risco. Além de escovar os dentes com um creme dental com flúor pelo menos duas vezes por dia. Os alimentos que contêm cálcio são fundamentais para prevenir a cárie, especialmente nas crianças. Os lacticínios são uma fonte maravilhosa de cálcio, que se encontra no leite, iogurte e queijo; já que o cálcio não se encontra na gordura, o leite descremado e o iogurte zero gordura são igualmente benéficos. Outras opções são os vegetais verdes como os brócolis e o repolho chinês, o peixe enlatado com ossos, as amêndoas, as nozes brasileiras e os grãos secos. Consumir alimentos ricos em fibra mantem o fluxo de saliva, a qual ajuda a criar defesas minerais contra a cárie. Os frutos secos como as tâmaras, as passas e os figos, e as frutas frescas como as bananas, as maçãs e as laranjas, são boas fontes de fibra. Outras opções são os grãos, as couves-de-bruxelas e as ervilhas, bem como o amendoim, as amêndoas e o farelo de trigo. Quando comprar lanches, prefira alimentos saudáveis, tais como os indicados previamente. Afaste-se dos doces, porque o açúcar, em conjunto com a placa, debilita o esmalte dental e deixando-o vulnerável às cáries. As bactérias da placa nos dentes devem ser retiradas mediante escovação pelo menos duas vezes por dia, e através do uso do fio dental uma vez por dia. Em geral, um dente limpo pode se manter saudável. Mau Hálito Mau hálito não é uma doença, mais sim um sintoma que alguma coisa não vai bem no organismo. Quais as possíveis causas? Gengivite; Cárie; Uso do cigarro; Jejum prolongado; Não escovar os dentes; Não limpar a língua; Beber pouca água; Problemas estomacais; Dentre vários outros problemas. Aftas: pequenas lesões superficiais (ulcerações) que podem evoluir para lesões profundas e dolorosas. A ciência ainda não tem uma explicação segura a respeito das causas. Possiveis causas. Traumas; Medicamentos; Alguns alimentos; Falta de alguns nutrientes. Tratamento. Higienização; Tempo. Enxaguantes bucais com flúor: o flúor também tem um papel fundamental na prevenção do deterioramento dental. Adicionando flúor a sua água ou incluindo um enxague com flúor na sua rotina oral diária, você pode ajudar melhor a proteger seus dentes das cáries e das bactérias. Os suplementos de flúor também estão disponíveis e podem ajudar a manter a sua boca limpa e saudável. Contudo, é recomendado procurar um dentista antes de usar qualquer enxaguante ou suplementos de flúor. Os cremes dentais com flúor: uma das melhores formas de prevenir a perda de mineral dos dentes ou desmineralização e ajudar no processo de mineralização é usar uma pasta contendo flúor. Muitos estudos científicos feitos durante muito tempo têm provado que essa é uma das mais efetivas formas de prevenir o deterioramento dental. Técnicas de higienização Bucal: Embora tenhamos escovado nossos dentes e utilizado o fio dental por diversos anos, muitas vezes nos surpreendemos por aprender que não estamos fazendo da forma correta. Você sabia que a escovação correta leva no mínimo dois minutos? A maioria dos adultos não chega nem perto de escovar durante esse tempo. As quatro etapas a seguir são as melhores formas e mais fáceis de ajudá-lo a se lembrar como cuidar de sua boca, dentes e gengiva: • Escove, no mínimo, três vezes por dia com creme dental com flúor por, no mínimo, dois minutos, principalmente de manhã, após comer e antes de dormir. • Utilize o fio dental todos os dias– geralmente antes de ir dormir. • Limite o número dos lanchinhos fora de hora ingeridos por dia. • Visite o dentista a cada 6 meses para exame bucal e limpeza profissional. Como utilizar o fio dental? Puxe 18 a 24 cm de fio dental da caixa de fio dental. • Amarre as extremidades do fio dental em seus dedos indicador e médio. • Segure o fio dental de forma apertada em volta de cada dente em forma de C; mova o fio dental de volta e para frente em um movimento de empurrar e puxar, para cima e para baixo contra o lado de cada dente. Qual a maneira certa de escovar? • Para ter uma ideia do tempo necessário para uma boa escovação, use um relógio na próxima vez que escovar os dentes. • Escove os dentes com movimentos suaves e curtos, com especial atenção para a margem gengival, para os dentes posteriores, difíceis de alcançar e para as áreas situadas ao redor de restaurações e coroas. • Concentre-se na limpeza de cada setor da boca, da seguinte maneira: • Escove as superfícies voltadas para a bochecha dos dentes superiores e, depois, dos inferiores. Em seguida, escove as superfícies de mastigação. Para ter hálito puro, escove também a língua, local onde muitas bactérias ficam alojadas. Curiosidades: Que tipo de escova dental devo usar? A maioria dos dentistas concorda que a escova dental de cerdas macias é a melhor para a remoção da placa bacteriana e dos resíduos de alimentos. As escovas com cabeças menores também são mais adequadas, porque alcançam melhor todas as regiões da boca, como, por exemplo, os dentes posteriores, mais difíceis de alcançar. Qual a importância do creme dental na escovação? É importante que você use o creme dental mais adequado para você. Atualmente existe uma grande variedade de produtos feitos especialmente para combater a cárie, gengivite, tártaro, manchas e sensibilidade. Pergunte ao seu dentista qual o tipo de creme dental mais adequado para o seu caso. Quando devo trocar minha escova dental? Troque sua escova de dentes a cada três meses ou quando perceber que ela começa a ficar desgastada. Além disso, é muito importante trocar de escova depois de uma gripe ou resfriado para diminuir o risco de nova infecção por meio dos germes que aderem às cerdas. Referências Bibliográficas BATISTA, Gesiani de Almeida Pierin. Nutrição, higiene e saúde na educação infantil. Curitiba: Fael, 2010. Higiene Corporal: o que é e como mantê-la em dia. Rexona – disponível em: https://www.rexona.com/br/voce-sabia/higiene-corporal-e-mau-cheiro-voce-esta-fazendo- isso-certo/. Acesso em 27/10/2022. Hábitos de higiene, veja algumas recomendações importantes. Disponivel em: https://blog.brkambiental.com.br/habitos-de-higiene/ . Acesso em 28/10/2022. A halitose não é uma doença, mas o indício de que há algo errado com o organismo – saiba como enfrentar o problema. Disponível em: https://website.cfo.org.br/a-halitose- nao-e-uma-doenca-mas-o-indicio-de-que-algo-errado-com-o-organismo-saiba-como- enfrentar-o-problema/. Acesso em 28/10/2022. Saiba como se formam as aftas e o que fazer para acabar com elas. Veja saúde. Disponível em: https://saude.abril.com.br/bem-estar/saiba-como-se-formam-as-aftas-e-o- que-fazer-para-acabar-com-. Acesso em 28/10/2022. Dentes– Só biologia. Disponível em: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/digestao2.php. Acesso em 30/10/2022. Enxaguante bucal: é necessário realmente usá-lo diariamente? Disponível em: https://blog.odontoclinic.com.br/saude-bucal/enxaguante-bucal/. Acesso em 30/10/2022 Hábitos de higiene para crianças - Recopilação - Higiene corporal, lavar as mãos e escovar os dentes. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=SPRKM-jX_W4. Acesso em 30/10/2022 INTRODUÇÃO O estudo da Informática também pode ser chamado de estudo da computação. A palavra “computador” vem do verbo “computar” que significa “calcular”. A necessidade de calcular acompanha a humanidade desde antigamente, quando os homens precisavam contar seus rebanhos ou os dias do mês para saber quando realizar suas colheitas. De acordo com a evolução da humanidade, os homens precisavam criar ferramentas que os ajudassem a realizar cálculos mais complexos para que não precisassem fazer todas as contas de cabeça. Dessa forma, uma das primeiras máquinas de calcular que podem ser considerada o avô do computador foi o “ábaco”, instrumento chinês que funcionava de forma mecânica, sem eletricidade. Em 1942, foi inventada a primeira calculadora automática pelo matemático francês Pascal. Essa máquina se aperfeiçoou ao longo dos anos até chegar na calculadora que conhecemos hoje. Assim, as máquinas de computar foram cada vez mais aprimoradas incluindo a variedade de cálculos matemáticos (adição, subtração, divisão, multiplicação etc.). Entre os computadores mais famosos podemos destacar o ENIAC, que foi o primeiro computador eletrônico a realizar 5000 operações por segundo, ele pesava 30 toneladas e ocupava uma sala de dimensões 10x15 metros, em compensação pelo seu tamanho o ENIAC foi capaz de realizar em 30 segundos cálculos que demoravam 12h com as calculadoras manuais. Seção 1 – O Computador Um computador é um dispositivo eletrônico composto por várias partes que juntas administram dados ou informações. Esses dados são analisados de forma binária, ou seja, os computadores enxergam os dados como se fossem 0s e 1s. Uma das principais funções dos computadores é ler esses dados e construir informações mais complexas, como música, vídeos, jogos, entre outros. Os componentes do computador são divididos em duas partes, hardware e software. Hardware é toda e qualquer parte física do computador, como o monitor e o teclado. Software é todo conjunto de instruções que diz ao hardware o que ele tem que fazer. São exemplos os aplicativos e os programas. Seção 2 – Os Componentes do Computador Gabinete: É a peça que proteger diversos outros componentes mais frágeis, como a placa mãe, placa de vídeos e o hd. No gabinete que ficam as saídas pra conexões USB, plug pra caixa de som e microfone, entrada de cartão de memória e o leitor de CD. Disco Rígido (HD): No disco rígido, estão gravados todos os programas e informações do. Normalmente, ele é o principal meio de armazenamento de um computador, mas existem outros como pen-drives e HD’s externos. Monitor: Também chamado de tela ou ecrã, é o componente onde conseguimos interagir com o computador, vendo as operações que estão sendo realizadas. Devido à proximidade da tela com o rosto é recomendável que a cada 30 minutos a pessoa descanse as vistas saindo de frente da tela. Mouse: É o componente que nos permite interagir com o computador através de um cursor que aparece no monitor. Os mouses antigamente possuíam uma esfera de metal embaixo que rolava e indicava a direção do cursor, atualmente a maioria possui uma tecnológica de laser, denominado mouses ópticos. https://www.magazineluiza.com.br/gabinetes/acessorios-de-tecnologia/s/ia/gbnt/ https://www.magazineluiza.com.br/cartao-de-memoria/acessorios-de-tecnologia/s/ia/icme/ Teclado: É um periférico com o qual conseguimos enviar comandos e interagir com o computador. Quando se pressiona uma tecla, é enviado para o computador uma informação que é analisada e em seguida realizado o comando que a tecla indica, como aparecer um texto na tela ou fechar um programa. Seção 3 – Computador e Saúde O computador é uma excelente ferramenta, seja para estudos quanto para diversão ou interagir com os amigos, mas se utilizado de forma incorreta pode trazer prejuízos para quem está utilizando. Por esse motivo o controle do tempo de uso do computador para crianças é muito importante. Ficar na frente do computador por muito tempopode causar problemas na visão, audição, além de má postura que a criança pode adotar sem perceber. A saúde mental também pode ser prejudicada pelo uso excessivo do conteúdo disponível na internet e em jogos, por exemplo, pode estimular comportamentos agressivos, comparações com padrões de beleza, fuga da realidade etc. A fim de diminuir esses problemas existem algumas atitudes que a pessoa pode tomar ao ficar muito tempo usando o computador: 1. Definir um horário para uso do computador levando em consideração que não deve ser um horário excessivo e que é necessário descansar após muito tempo de uso 2. Não deixar que o tempo com dispositivos eletrônicos se sobreponha a atividades “offline”, a prática de esportes e brincadeiras tem uma importância muito grande na formação da criança e não é recomendado que seja substituído por computadores e celulares. 3. Compreender que além de uma ótima ferramenta de estudo e aprendizado, quando conectado à internet a criança pode ter acesso a muitas informações impróprias para sua idade, além de estar em contato com muitas pessoas que utilizam a internet para cometer crimes. 4. Os pais devem configurar o computador para que ele não acesse sites maliciosos e monitorar os sites acessados pelos seus filhos 5. Ficar muito tempo sentado numa postura inadequada pode trazer transtornos como dores no corpo e desvios posturais que trarão consequências durante o desenvolvimento da criança. Referências Bibliográficas Blog da Lu; Monitores a História da sua Tela. Disponível em: https://www.magazineluiza.com.br/portaldalu/monitores-a-historia-da-sua-tela/3179/ Canal do Educador – Ábaco. Disponível em: https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/abaco.htm Conceito de; Conceito de Teclado. Disponível em: https://conceito.de/teclado Figueredo, B; Máquina de Pascal (Pascaline) – Introdução à Computação. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=CJ7o- ir4R_E&ab_channel=BrunoFigueredo FNE; Celebrando a Informática e as Mulheres Computadoras Eletrônicas. Disponível em: https://www.fne.org.br/index.php/artigos/5995-celebrando-a-informatica-e- as-mulheres-computadoras-eletronicas GCF Global; O que é o mouse? Disponível em: https://edu.gcfglobal.org/pt/informatica-basica/o-que-e-um-mouse/1/ GCF Global; O que São Computadores? Disponível em: https://edu.gcfglobal.org/pt/informatica-basica/o-que-sao-os-computadores/1/ Hardware – O ENIAC. Disponível em: https://www.hardware.com.br/guias/historia- informatica/eniac.html Rede Calábria; Aprendizado sobre peças do computador é tema na Educação Integral. Disponível em: https://calabria.com.br/aprendizado-sobre-pecas-do-computador- e/ Toda Matéria – História e Evolução dos Computadores. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/historia-e-evolucao-dos-computadores/ https://www.magazineluiza.com.br/portaldalu/monitores-a-historia-da-sua-tela/3179/ https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/abaco.htm https://conceito.de/teclado https://www.youtube.com/watch?v=CJ7o-ir4R_E&ab_channel=BrunoFigueredo https://www.youtube.com/watch?v=CJ7o-ir4R_E&ab_channel=BrunoFigueredo https://www.fne.org.br/index.php/artigos/5995-celebrando-a-informatica-e-as-mulheres-computadoras-eletronicas https://www.fne.org.br/index.php/artigos/5995-celebrando-a-informatica-e-as-mulheres-computadoras-eletronicas https://edu.gcfglobal.org/pt/informatica-basica/o-que-e-um-mouse/1/ https://edu.gcfglobal.org/pt/informatica-basica/o-que-sao-os-computadores/1/ https://www.hardware.com.br/guias/historia-informatica/eniac.html https://www.hardware.com.br/guias/historia-informatica/eniac.html https://calabria.com.br/aprendizado-sobre-pecas-do-computador-e/ https://calabria.com.br/aprendizado-sobre-pecas-do-computador-e/ https://www.todamateria.com.br/historia-e-evolucao-dos-computadores/ INTRODUÇÃO Ética e Cidadania, são temas complementares muito importantes para a formação de um cidadão participativo e que contribui positivamente para o bem do convívio coletivo. Toda criança e adolescente tem o direito de conhecer e compreender os princípios da ética, pois tais princípios permitirão que estes indivíduos possam vivenciar o sentido de cidadania na sua concepção mais ampla, principalmente, na fase adulta. A Ética é vista como um ramo da Filosofia que busca fundamentar os aspectos morais da vida social e da vida individual, como a conduta e as ações. Ou seja, define quais ações podem ser consideradas corretas e quais podem ser consideradas incorretas. Já a Cidadania é tida como o exercício dos direitos e deveres (obrigações) que uma pessoa pratica quando vive em sociedade. Assim, sob os princípios éticos toda pessoa desenvolverá cidadania, compreendendo os fatores que garantem os seus direitos e que impõem os seus deveres em relação ao restante da sociedade. Resumidamente, podemos dizer que ser ético, ou agir dentro da ética, é respeitar as regras de conduta estabelecidos em cada situação e em cada lugar. Por exemplo: É aceitável e normal uma pessoa usar roupas de banho na praia, no clube, no rio, mas não é aceitável a pessoa usar essas mesmas vestimentas dentro de um shopping, pelas ruas do centro da cidade, dentro de um tribunal da justiça ou mesmo de uma igreja ou outro estabelecimento religioso. Nas próximas seções iremos abordar os princípios da Ética e Cidadania em situações diferentes. Em cada uma delas, você desfiado a analisar e compreender se a atitude descrita é certa ou errada. Para isso, você terá que pintar o símbolo correspondente conforme exemplo abaixo, onde se a atitude for correta, você pintará com a cor verde. Se a atitude for errada, você pintará da cor vermelha. Seção 1. Ética e Cidadania em Casa Respeitar o pai, a mãe ou qualquer pessoa que cuida de você, quando eles colocam limites e estabelecem regras. Falar palavrão quando sentir raiva ou ficar descontente com alguma situação em casa. Deixar de cumprir as ordens e limites impostos pelo pai, pela mãe ou qualquer outra pessoa que cuida de você. Não ajudar nos afazeres de casa, pois toda criança tem direito de somente brincar, podendo assim, deixar os brinquedos espalhados da forma que quiser. Mesmo que sinta medo, falar sempre a verdade para os pais ou quem cuida de você, pois são eles que podem te ajudar. Não se preocupar com a higiene pessoal (banho, escovar os dentes), pois os pais que são responsáveis por saber quando devemos nos cuidar. Não dar satisfação ao pai, à mãe ou à pessoa que cuida de vocês, sobre o que vai fazer e para onde vai ir. Seção 2. Ética e Cidadania na Escola Respeitar a autoridade das professoras e de qualquer funcionário que trabalha na escola, tendo em vista que eles estão ali para ajudar na sua formação. Empurrar os colegas e brigar quando suas vontades não forem atendidas. Ajudar e defender os colegas menores ou com dificuldades sempre que precisarem. Rir, cochichar, zombar, ignorar entre outras atitudes de bullying, com crianças da escola que são diferentes ou que não fazem parte da sua turma. Conversar durante as aulas, deixando de prestar atenção ao conteúdo passado pelos professores. Levantar a mão e esperar a vez de falar durante as aulas. Deixar de fazer as atividades propostas pelos professores nas aulas. Comportar-se de forma inapropriada, gritando, correndo, quebrando as coisas da escola, rabiscando os banheiros entre outros. Seção 3. Ética e Cidadania no PROEBOM Prestar continência somente para o instrutor dos Bombeiros Mirins. Usar os uniformes de forma correta, com a camisa ou camiseta, por dentro do short sempre. Sair do pelotão, da instrução ou da sala de aula, sempre que sentir vontade de ir ao banheiro, sem pedir autorização do instrutor. Comportar-se ou sentar-sede forma desleixada. Ajudar a organizar os materiais utilizados nas instruções, quando solicitado pelo instrutor. Entrar na piscina somente quando autorizado pelo instrutor ou pelo chefe de pelotão. Desrespeitar os Bombeiros Militares e os monitores durante as atividades do PROEBOM. Entrar nas salas e nos outros ambientes dos quarteis, sem autorização de algum militar. Espalhar boatos, mentiras ou praticar bullying com os colegas do Programa. Não informar aos instrutores ou outro militar sobre danos em materiais, equipamentos, veículos ou quaisquer outros que possa vir a provocar, mesmo que sem intenção de ter danificado. Achado não é roubado! Então não precisa entregar ao instrutor ou outro militar, qualquer objeto encontrado no quartel e que não lhe pertença. Namorar usando o uniforme do PROEBOM, dentro ou fora do quartel. Portar objetos cortantes ou que constituem risco à vida e à integridade física dos colegas. Seção 4. Ética e Cidadania na Sociedade Jogar lixo fora da lixeira, na rua, na calçada, na praia, no rio e outros lugares; Sempre que possível, atravessar a rua na faixa de pedestre e olhar para os dois lados. Usar a fila preferencial ou exclusiva para idosos, gestantes, pessoas com criança de colo e não dar prioridade para elas. Ceder o lugar para os mais velhos quando estes estiverem presentes e não tiver outro lugar para eles se sentarem. Furar fila ou segurar lugar para outra pessoa em qualquer situação. Não informar ao caixa quando o troco estiver errado, recebendo mais do que devia. Devolver qualquer objeto encontrado quando se souber que é o proprietário dele. Furtar alimentos ou qualquer outro objeto dentro de supermercados, lojas e nas feiras. Deixar a bicicleta jogada de qualquer forma sobre a calçada, atrapalhando a passagem dos pedestres. Ouvir o som bem alto, perturbando a vizinhança em qualquer horário do dia. Pinchar muro, riscar paredes com canetinha ou tinta, marcar árvores com nomes e corações. Colocar fogo em folhas e lixos para que tudo queime e gere muita fumaça. Evitar de lavar a calçada com água ou de deixar a torneira aberta sem uso, para economizar o uso. Preservar a natureza e auxiliar na sua manutenção, evitando quebrar os galhos das arvores de forma desnecessária. Comportar-se de forma desordeira, fazendo bagunça e gritaria na rua e incomodando as pessoas. Colocar na lixeira qualquer lixo encontrado fora, mesmo que não tenha sido você que o deixou ali. Referências Bibliográficas LIMA, D.L.M e JUNIOR, W.N.C; Ética e Cidadania na Educação Infantil: O que diz o discurso oficial? Disponível em: https://doity.com.br/media/doity/submissoes/artigo- a2caef757ff1e9b54f41131f64697e7ac27f02f7-segundo_arquivo.pdf MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO: Ética e Cidadania: Construindo valores na escola e na sociedade. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2009-pdf/2192- livro-etica-e-cidadania-pdf SOMOS EDUCAÇÃO; Como Trabalhar a Ética e Cidadania na Escola? Disponível em: https://blogsomoseducacao.com.br/como-trabalhar-etica-e-cidadania-na-escola/ https://doity.com.br/media/doity/submissoes/artigo-a2caef757ff1e9b54f41131f64697e7ac27f02f7-segundo_arquivo.pdf https://doity.com.br/media/doity/submissoes/artigo-a2caef757ff1e9b54f41131f64697e7ac27f02f7-segundo_arquivo.pdf http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2009-pdf/2192-livro-etica-e-cidadania-pdf http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2009-pdf/2192-livro-etica-e-cidadania-pdf https://blogsomoseducacao.com.br/como-trabalhar-etica-e-cidadania-na-escola/ INTRODUÇÃO A Educação Ambiental é um assunto muito importante. Ela nos prepara para uma boa convivência com a natureza e com as pessoas de forma harmônica, permitindo uma interpretação da realidade social, política e econômica em interação com o meio ambiente. De forma geral, Educação Ambiental pode ser definida como: “Uma área de ensino voltada para a conscientização dos indivíduos sobre os problemas ambientais, apresentando formas de combatê-los e de conservas as reservas naturais”. Como pode ser visto, sem dúvidas, a Educação Ambiental é a área de ensino que desperta em nós a preocupação e o cuidado com a prática de atividades que possam causar impacto ambiental, como a poluição do ar e dos rios, a degradação do solo, a pesca predatória, o desmatamento, a produção de energia com o uso de combustíveis poluentes, o destino do lixo, entre outros. Seção 1. O Meio Ambiente O Meio Ambiente pode ser definido com a união de tudo que compõe a natureza, o ambiente em que os seres vivos estão inseridos, bem como as suas condições ambientais, biológicas e físicas. São componentes do Meio Ambiente: 1. A flora; 2. A fauna; 3. O solo; 4. O subsolo; 5. A atmosfera; 6. Os recursos hídricos; A Flora: é definida como o conjunto de plantas que crescem em uma região, país ou ambiente. Flora é um nome de origem latina que significa “flor” ou “planta”. É um nome que remete à natureza e à beleza das flores. A Fauna: é o termo coletivo para a vida animal de uma determinada região ou de um período do tempo. O Solo: é o material mineral e/ou orgânico, inconsolidado na superfície da terra, que serve como meio natural para o crescimento e desenvolvimento de diversos organismos. O Subsolo: é a camada que fica imediatamente abaixo do solo, em outras palavras, é a camada do solo que se acha imediatamente abaixo da terra cultivável. A atmosfera: é a camada de gases (ar) que envolve o nosso planeta Terra. Essa camada de gases mantida, só é possível por conta da atração gravitacional. Os Recursos Hídricos: é a quantidade de água doce, subterrânea ou superficial que está à disposição do Homem. Seção 2. A Fauna e a Flora Como vimos na Seção 1, a fauna e a flora são alguns dos componentes do meio ambiente. Conhecer o dinamismo de interação das espécies, a ecologia, hábitos e comportamentos nos auxilia a entender a importância de cada espécie na grande teia da vida. Um dos maiores inimigos da fauna e da flora é o desmatamento. Causado pela ação humana, ele coloca os animais e as plantas em constante perigo, correndo o risco de ameaça de extinção. Assim, conhecer e preservar a nossa fauna e flora de cada um dos nossos biomas é uma das formas de preservar nosso meio ambiente. No Brasil, a fauna e a flora se remetem a todos os animais e plantas que vivem em um dos biomas brasileiros. Os seis grandes biomas brasileiros são: o cerrado, a caatinga, a mata atlântica, os pampas, o pantanal e a Amazônia. No nosso Estado de Goiás, o bioma predominante é o cerrado. Fauna e flora do Cerrado Goiano. O cerrado é o bioma característico do nosso Estado de Goiás. A fauna é composta por mais de 300 mil espécies de animais, dos quais destacam o tamanduá bandeira, o lobo guará, a águia cinzenta e a jaguatirica, sendo esses dois últimos ameaçados de extinção. Já a flora do cerrado é composta por uma vegetação rasteira e árvores esparsas de médio e pequeno porte, com folhas grossas e raízes profundas. Cerca de 4 mil espécies de plantas existentes no cerrado são endêmicas, ou seja, só se desenvolvem nesse local. Os principais problemas que atingem o nosso cerrado, são as queimadas e o tráfico de animais. Eles são obstáculos para a preservação desse bioma. Seção 3. Os Recursos Hídricos A água é uma das substâncias em maior abundância no nosso planeta. Ela pode ser encontrada em vários lugares, como nas lagoas, nos rios, nos mares, nas chuvas etc. Nos mares e nos oceanos a água é salgada e imprópria para o consumo humano. Já água dos rios e lagos é considerada doce (ou não salgada).A água doce é a água própria para o consumo humano. Quando comparada com a água salgada, sua quantidade é muito menor. Enquanto a água salgada representa 97% do total presente no mundo, a água doce representa somente 3%. Quando pensamos somente na água doce, identificamos que 70% dela está nas calotas polares, indicando que boa parte dela não é acessível a nós. Somente 30% dessa água é que temos acesso para utilizá-la: na irrigação, no abastecimento (consumo), na indústria, na geração de energia, na mineração, na aquicultura, na navegação, no turismo e no lazer. As águas que vemos nos rios e lagos, representa apenas 0,9% da água doce do mundo todo, por isso é muito importante que cuidemos de nossos recursos hídricos, afinal essas fontes de água são limitadas e podem acabar com a poluição. Essas águas são normalmente utilizadas: No centro-oeste temos a segunda maior concentração de recursos hídricos do Brasil. Em Goiás, os recursos hídricos são formados por 3 grandes bacias: Bacia hidrográfica do Rio Paranaíba, Bacia Hidrográfica do Rio Tocantins e Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Um dos rios mais conhecidos do estado de Goiás é o Araguaia. Ele faz divisa entre o Estado de Goiás e o Mato Grosso. Durante o mês de julho, época das férias escolares, a população goiana e mesmo o público fora do Estado, migra para as margens do rio procurando por lazer nas lindas praias formadas. Esse período de aglomeração é conhecido como “Temporada do Araguaia”. Durante a Temporada, várias ações são realizadas na tentativa de preservar o meio ambiente, incluindo a Educação Ambiental. Um dos vários órgãos que participa nessa missão é o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, através das ações dos próprios militares que tentam conscientizar os turistas sobre a segurança pessoal e a preservação das praias através da coleta e descarte devido do lixo gerado. Além disso, desenvolvem atividades com os “Anjos do Araguaia”, turma de Bombeiros Mirins, crianças, que atuam especificamente nos locais às margens do Rio Araguaia, aprendendo sobre gestão ambiental e orientando os turistas presentes sobre a importância de preservar. Seção 4. O lixo Sempre que comemos uma banana, descascamos ela, comemos o fruto e jogamos fora a casca, não é? Ou quando comemos um “salgadinho”, abrimos o pacote, comemos o salgadinho e jogamos o saquinho (pacote) fora, não é verdade? Ou você come a casca da banana e o saquinho do salgadinho? Claro que não! A casca da banana e o pacotinho do salgadinho são itens que não tem utilidade para nós, com isso descartamos eles e chamamos de lixo. Lixo é tudo àquilo que não se quer mais e se joga fora sendo considerado coisa inútil, velha e sem valor, podendo se apresentar no estado sólido e líquido, desde que não seja passível de tratamento. Sabendo disso, você passa então e perceber a quantidade de lixo que produzimos todos os dias e a todo o momento. São toneladas e toneladas de materiais que consideramos inúteis e descartamos na lixeira. Todo esse lixo acaba gerando um problema muito grande para o meio ambiente, pois boa parte deles demoram anos e anos para se decomporem e acabam contaminando tudo ao redor. Para reduzir o impacto gerado e ajudar o meio ambiente, o homem desenvolveu tecnologias e mudou a forma de ver o lixo. Passou a reaproveitar ou dar uma nova funcionalidade para aqueles materiais que a princípio não tinha utilidade. Por exemplo, as garrafas pet dos refrigerantes que são reutilizadas para fabricar outros materiais, como as vassouras. Mesmo assim, o problema do lixo continua chamando a atenção, pois existem muitos materiais que não podem ser reciclados (reaproveitados) e com isso, formam pilhas e pilhas de entulhos que prejudicam o meio ambiente. Por isso, o lixo passou a ser dividido em duas categorias: Os resíduos (àquele lixo que pode ser reciclado) e os rejeitos (àquele lixo que não pode ser reciclado). Outra forma que associada com a reciclagem, ajuda a minimizar os problemas ambientais com o lixo, é a redução da produção do mesmo, em outras palavras, é gerando menos lixo, diminuindo o consumo de embalagens e dando preferência para aqueles produtos e alimentos embalado com material biodegradável (material que se decompões naturalmente e, de modo geral, essa decomposição é mais rápida quando comparada aos produtos convencionais. Reciclagem Como vimos a reciclagem é uma das formas de ajudar a proteger o meio ambiente e diminuir os impactos ambientais provocados pelo excesso de lixo. Em muitos locais, existem lixeiras especiais (com cores diferentes) para você separar o lixo em categorias distintas a fim de promover a coleta seletiva e auxiliar no processo de reciclagem. As principais cores usadas nessas lixeiras são: azul para os papéis, vermelho para o plástico, verde para os vidros, amarelo para os metais e marrom para lixo orgânico. Em casa, ter esse tanto de lixeira se torna inviável e por isso muitas pessoas não separam o lixo. No entanto, o problema é facilmente resolvido, se cada um separar o lixo em apenas duas categorias: os recicláveis (papel, vidro, metal, plástico e outros) e os não recicláveis (resto de comida, casca de alimentos, papel higiênico usado, fraudas descartáveis e outros). A separação do lixo em casa é muito importante e é por isso que convidamos você, Bombeiro Mirim, protetor do meio ambiente, a adotar essa separação, falando para os pais colocarem o lixo reciclável em um saco a parte e depois descartando nos locais de coleta seletiva, indicados na cidade. Com isso, além de ajudar o meio ambiente, você pode também gerar uma pequena renda. Isso mesmo, você pode ganhar um dinheirinho vendendo nas cooperativas de reciclagem da sua cidade. Lixo como latinha de alumínio possuem valor considerável e pode render um bom dinheiro. Outra opção, que é muito nobre, é deixar o lixo reciclável separado para doar às pessoas que trabalham informalmente com esses materiais, os chamados catadores de papel. Assim, você evita que eles se expõem aos ricos de mexerem em sacos com restos de comidas podres, fezes e outros materiais biológicos que podem transmitir doenças. Seção 5. Boas Práticas para a Proteção do Meio Ambiente 1. Proteger a flora: não realizar podas ilegais. Não desmatar. Não colocar fogo no pasto, no lixo e em qualquer outro lugar que possa propagar as chamas gerando grandes queimadas; 2. Proteger a fauna: não provocar queimadas, pois elas podem matar os animais ou deixá-los desabrigados. Não criar animais silvestres em casa. Nunca comprar animais silvestres sem registro. Não matar os animais por medo ou por maldade (se eles não oferecem perigo, deixe-os ir). 3. Cuidar bem do seu lixo: nunca jogar o lixo no chão ou em qualquer outro lugar que não seja em uma lixeira. Separar o lixo reciclável do não reciclável. 4. Gerar menos lixo: comprar somente o necessário. Evitar sacolas plásticas de supermercado, dando preferência para o uso de caixas ou sacolas reutilizáveis. 5. Cuidar dos rios e lagos: nunca jogar lixo nos rios e nem nos lagos. Preservar a vegetação em volta desses lugares. 6. Reduzir o consumo de água: diminuindo o tempo de banho. Não deixando a torneira aberta. Aproveitando água da máquina de lava para lavar as áreas externas da casa. Não lavar a calçada com água tratada. 7. Reduzir o consumo de energia: apagar as luzes ao sair de um ambiente que não tiver mais ninguém. Reduzir o tempo de banho. Tirar da tomada os aparelhos que não estão sendo usados. Referências Bibliográficas DICIO; Significado de Flora. Disponível em: https://www.dicio.com.br/flora/ STATKRAFT; Caderno de Educação Ambiental: Programa de Educação Ambiental. Disponível em: https://www.statkraft.com.br/globalassets/8-statkraft- brazil/relatorios-ambientais---monjolinho/2020/anexo_h-_-apostila-ambiental-anos-finais.pdf ESTADO DE SÃO PAULO; Série Cadernos de Educação Ambiental. Disponível em: https://semil.sp.gov.br/educacaoambiental/categoriapa/cadernos-ea/ https://www.dicio.com.br/flora/ https://www.statkraft.com.br/globalassets/8-statkraft-brazil/relatorios-ambientais---monjolinho/2020/anexo_h-_-apostila-ambiental-anos-finais.pdf https://www.statkraft.com.br/globalassets/8-statkraft-brazil/relatorios-ambientais---monjolinho/2020/anexo_h-_-apostila-ambiental-anos-finais.pdf https://www.statkraft.com.br/globalassets/8-statkraft-brazil/relatorios-ambientais---monjolinho/2020/anexo_h-_-apostila-ambiental-anos-finais.pdf https://semil.sp.gov.br/educacaoambiental/categoriapa/cadernos-ea/ Seção 1. Direitos Humanos Olá, bombeiro mirim! Você já ouviu falar em Direitos Humanos? Sabe o que é e se você tem direito e acesso a eles? Pois é sobre isso que vamos falar neste capítulo. Direitos Humanos, de uma forma simplificada, consiste em um conjunto de normas que reconhecem e protegem a dignidade de todos os seres humanos. Tais normas foram estabelecidas a fim de combater as atrocidades provocadas pela humanidade, contra seus semelhantes. Desde o início da história das civilizações humanas, observa-se a submissão de pessoas a condições precárias e desumanas. Homens, mulheres e crianças eram escravizados, submetidos a trabalhos forçados, sem possuírem nenhum tipo de direito ou liberdade, sempre que um povo era conquistado por outro. Crianças escravas não podiam ir à escola e nem brincar. Eram obrigadas a trabalhar logo cedo e assim suas infâncias eram perdidas para sempre. Um povo se achava melhor que o outro. Submetiam a população conquistada a condições desumanas e jamais consideravam a possibilidade de serem vistos como iguais. Estavam todos errados e os Direitos Humanos vieram para acabar com isso. Vou dar uma pausa aqui e propor uma atividade simples, porém muito importante, para compreendermos na prática que apesar de diferentes, somos todos iguais. Princípio básico que rege todo o conteúdo dos Direitos Humanos. Forme uma dupla com outro bombeiro mirim. Sente um na frente do outro de tal forma que possam se observar e responda as perguntas abaixo: 1. Em relação ao tamanho, vocês são iguais ou diferentes? 2. Em relação ao formato do rosto, vocês são iguais ou diferentes? 3. Em relação ao tamanho do cabelo, vocês são iguais ou diferentes? 4. Em relação à cor favorita, vocês são iguais ou diferentes? 5. Em relação à comida preferida, vocês são iguais ou diferentes? Muito bem! Com base nas respostas anteriores, provavelmente você deve ter notado que vocês são mais diferentes do que iguais entre si, correto? Essas perguntas trazem uma pequena amostra do quanto cada um de nós somos seres únicos, com características específicas, diferentes de todos os outros. No entanto, isso não quer dizer que somos um melhor que o outro, apenas reforça nossa individualidade. Continuemos com mais perguntas: 6. Em relação à quantidade de olhos, nariz e boca, vocês são iguais ou diferentes? 7. Em relação a terem um coração, respirar, comer, falar e pensar, vocês são iguais ou diferentes? 8. Em relação ao desejo de serem bem tratados, vocês são iguais ou diferentes? 9. Em relação a terem o desejo de participarem do PROEBOM, vocês são iguais ou diferentes? 10. Em relação a poderem ir à escola, vocês são iguais ou diferentes? Iguais Diferentes Iguais Diferentes Iguais Diferentes Iguais Diferentes Iguais Diferentes Iguais Diferentes Iguais Diferentes Iguais Diferentes Iguais Diferentes Iguais Diferentes Veja que agora as respostas seguiram outra linha. Elas possivelmente apontaram para uma pequena amostra daquilo que temos de mais comum, mesmo com tantas diferenças: a nossa humanidade. Somos todos iguais, todos de uma mesma espécie. Somos todos humanos! É com base nesse princípio de igualdade que os ideais dos Direitos Humanos foram se materializando, desde 500 anos antes de Cristo, através de Declarações e Leis, até 1948 com a aprovação da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Um documento elaborado em 1946 e aprovada em Assembleia Geral em 1948, pela Organização das Nações Unidas – ONU, em resposta a todas as atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial. A Declaração Universal do Direitos Humanos – DUDH, foi criada quando o mundo ainda estava descobrindo todos os crimes cometidos durante os seis anos de guerra. Com todos os sofrimentos ainda frescos na memória, o documento foi elaborado e estabeleceu os direitos básicos a todos os humanos a fim de evitar que novos horrores voltassem a acontecer. Em 1966, foram criados mais dois documentos para complementar o conjunto de normas que regulam os Direitos Humanos no mundo: O Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Socais e Culturais. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS - DUDH Preâmbulo Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo, Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da humanidade e que o advento de um mundo em que mulheres e homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do ser humano comum, Considerando ser essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo império da lei, para que o ser humano não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão, Considerando ser essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações, Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos fundamentais do ser humano, na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos do homem e da mulher e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla, Considerando que os Países-Membros se comprometeram a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades fundamentais do ser humano e a observância desses direitos e liberdades, Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso, Agora portanto a Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade tendo sempre em mente esta Declaração, esforce-se, por meio do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Países-Membros quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição. Artigo 1. Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade. Artigo 2. 1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. 2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídicaou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania. Artigo 3. Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Artigo 4. Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas. Artigo 5. Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. https://www.unicef.org/brazil/carta-das-nacoes-unidas Artigo 6. Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei. Artigo 7. Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação. Artigo 8. Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei. Artigo 9. Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado. Artigo 10. Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir seus direitos e deveres ou fundamento de qualquer acusação criminal contra ele. Artigo 11. 1.Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa. 2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Também não será imposta pena mais forte de que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso. Artigo 12. Ninguém será sujeito à interferência na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataque à sua honra e reputação. Todo ser humano tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques. Artigo 13. 1. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado. 2. Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio e a esse regressar. Artigo 14. 1. Todo ser humano, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países. 2. Esse direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas. Artigo 15. 1. Todo ser humano tem direito a uma nacionalidade. 2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade. Artigo 16. 1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução. 2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes. 3. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado. Artigo 17. 1. Todo ser humano tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. 2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade. Artigo 18. Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto em público ou em particular. Artigo 19. Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; esse direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras. Artigo 20. 1. Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e associação pacífica. 2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação. Artigo 21. 1. Todo ser humano tem o direito de tomar parte no governo de seu país diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos. 2. Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país. 3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; essa vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto. Artigo 22. Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social, à realização pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade. Artigo 23. 1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. 2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho. 3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social. 4. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus interesses. Artigo 24. Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas. Artigo 25. 1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua família saúde, bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis e direito à segurança em caso de desemprego, doença invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle. 2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social. Artigo 26. 1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico- profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito. 2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos do ser humano e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. 3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos. Artigo 27. 1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios. 2. Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica literária ou artística da qual seja autor. Artigo 28. Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados. Artigo 29. 1. Todo ser humano tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível. 2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano estará sujeito apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamentecom o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática. 3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos objetivos e princípios das Nações Unidas. Artigo 30. Nenhuma disposição da presente Declaração poder ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos. Seção 2. ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente Como vimos, nós como seres humanos necessitamos de condições mínimas para vivermos plenamente. E para que essas condições sejam atendidas e garantidas é preciso que se conheça e compreenda os direitos e deveres que temos junto à sociedade como cidadãos. No entanto, nas condições de criança e adolescente, por conta de terem demandas muito específicas e características da fase de vida em que estão passando, esses direitos e deveres são abordados e regulados aqui no Brasil, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. Mas o que é o Estatuto da Criança e do Adolescente? O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), regulamentado pela Lei Federal nº 8.069 de 13 de julho de 1990, é o principal marco legal e regulatório dos direitos humanos das crianças e dos adolescentes no Brasil. Trata-se do conjunto de normas do ordenamento jurídico que tem como objetivo a proteção dos direitos da criança e do adolescente. Para o Estatuto quem é criança e que é adolescente? De acordo com o Art. 2º do ECA, são consideradas: Crianças: as pessoas com idade de até 12 anos incompletos; Adolescentes: as pessoas com idade de 12 anos completos até 18 anos incompletos. Hum, então você, bombeiro mirim, é uma criança ou um adolescente de acordo com o ECA? Sou criança! Sou adolescente Independentemente de ser criança ou adolescente ambos gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana (afinal crianças e adolescentes são humanos também, não é?), além daqueles direitos específicos de proteção integral estabelecidos pelo ECA. Mas qual o objetivo do ECA? Assegurar, que seja pela lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de facultar, às crianças e aos adolescentes, o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade (Art. 3º do ECA) Mas o ECA foi feito para todas as crianças e adolescentes? Sim, não podendo haver qualquer discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem (Parágrafo único, do Art. 3º do ECA). E quem vai assegurar a aplicação e efetivação dos direitos das crianças e dos adolescentes apontados no ECA? De acordo com o Art. 4º do ECA, a efetivação dos direitos, com absoluta prioridade, é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público. Quais são os direitos das crianças e dos adolescentes defendidos pelo ECA? O ECA possui vários artigos, no entanto é dividido em cinco direitos fundamentais: 1. Direito à vida e à saúde 2. Direito à liberdade, Respeito e Dignidade 3. Direito à convivência familiar e comunitária 4. Direito à educação, cultura, esporte e lazer 5. Direito à profissionalização e proteção no trabalho. I - Direito à Vida e à Saúde “Art. 7º - A criança e o adolescente têm direito à proteção, à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência” II - Direito à Liberdade, Respeito e Dignidade “Art. 15º - A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.” III – Direito à Convivência Familiar e Comunitária “Art. 19º - Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.” IV - Direito à Educação, Cultura, Esporte e Lazer “Art. 53º - A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se lhes: I – Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – Direito de ser respeitado por seus educadores; III – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores; IV - Direito de organização e participação em entidades estudantis; V – Acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência. Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais. V – Direito à Profissionalização e Proteção no Trabalho “Art. 60 – É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz. (Vide Constituição Federal) Onde pode ser encontrado o texto integral e atualizado do ECA? O texto integral pode ser encontrado no site oficial da presidência da república, pelo link: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/18069.htm Referências Bibliográficas BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm MPPI. Ministério Público do Estado do Piauí. Declaração Universal dos Direitos Humanos para Crianças. Cartilha para crianças. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/18069.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm https://turminha.mpf.mp.br/publicacoes-e-documentos-para-links/declaracao-dos-direitos- humanos-para-criancas PARANÁ. Governo do Estado. Secretaria da Educação. ECA na Escola – Formação em Ação. ECA na escola. Agentes Educacionais I e II. Texto de Apoio. 2015. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/formacao_acao/1semestre_2015/a gentes_eca_anexo1.pdf UNICEF. O que são Direitos Humanos? Matéria em site. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/o-que-sao-direitos-humanos https://turminha.mpf.mp.br/publicacoes-e-documentos-para-links/declaracao-dos-direitos-humanos-para-criancas https://turminha.mpf.mp.br/publicacoes-e-documentos-para-links/declaracao-dos-direitos-humanos-para-criancas http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/formacao_acao/1semestre_2015/agentes_eca_anexo1.pdf http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/formacao_acao/1semestre_2015/agentes_eca_anexo1.pdf https://www.unicef.org/brazil/o-que-sao-direitos-humanos INTRODUÇÃO As viaturas do Corpo de Bombeiros é um dos equipamentos que mais chama a atenção das pessoas. Quando há alguma emergência, tanto os caminhões como as ambulâncias deslocam pelas ruas da cidade, com suas luzes e sirenes ligadas, para alertar a todos e acionar o “protocolo de trânsito” para essas situações. No entanto, muitas pessoas desconhecem esse “protocolo” e acabam atrasando as viaturas ou mesmo se envolvendo em acidentes contra elas. Por isso, para evitar esse tipo de situação, que ter Noções Sobre Educação no Trânsito se tornamuito importante, além de melhorar consideravelmente a relação com outras pessoas que também fazem uso das vias. Seção 01 – Noções e Conceitos Sempre que uma pessoa, um veículo ou um animal se movimentam em via pública, quer seja na rua ou na calçada, temos por definição o que chamamos de Trânsito. Em outras palavras, o Trânsito é toda a situação de deslocamento em via pública. Existem 4 tipos de vias de deslocamento, são elas: Hidrovia: via de transporte aquático (sobre as águas), utilizados por embarcações, que se dão sobre trechos navegáveis de rios, lagos e mares, podendo ser naturais ou artificiais. Ferrovia: via de transporte sobre trilhos de ferro, também conhecida como via férrea, é utilizada por trens. Aerovia: via de transporte aéreo, baseado em corredores virtuais que delimitam a trajetória pode onde passa as aeronaves. Rodovia: consistem em um dos tipos de via terrestre, utilizado por veículos automotores. Trata-se de via rurais pavimentadas. Quando esta não possui pavimento (asfaltada), ela é chamada de Estrada. Quando a via terrestre é dentro do perímetro urbano, ela recebe os nomes de rua, avenida, viela, marginal etc., de acordo com suas características. Seção 02 – Via Terrestre: Código de Trânsito Inicialmente o ser humano contava somente com o deslocamento a pé. Depois passou a usar animais e por fim, com o desenvolvimento da roda, criou vários veículos de tração humana e animal até chegar nos veículos automotores. Com o aumento da produção desses veículos (automotores ou não), viu-se a necessidade de organizar o trânsito e definir padrões para manter a segurança. No Brasil, a lei que regulariza o trânsito nacional é o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503 de 23 de setembro de 1997). O Código de Trânsito Brasileiro, entre vários assuntos, estabelece que: Pedestre: é a pessoa que anda a pé. Ciclista: é a pessoa que anda de bicicleta. Motociclista: é a pessoa que anda de motocicleta (motoqueiro). Motorista: é a pessoa que dirige carro, caminhonete, caminhão, ônibus e outros. Taxista: é a pessoa que dirige um taxi; Caminhoneiro: é a pessoa que dirige um caminhão; Policial ou Guarda Municipal: é a pessoa que cuida para que todas as pessoas cumpram as leis e tenham um bom comportamento nas cidades. Patrulheiro Rodoviário (policial rodoviário): é a pessoa que cuida para que todas as pessoas cumpram as leis e tenham bom comportamento nas rodovias estaduais e federais. As calçadas são destinadas para o trânsito de pedestres. Veículos podem passar pela calçada somente para entrar e sair das garagens. As ruas (avenidas, marginais, vielas) são destinadas para o trânsito de veículos automotores, puxados por animais, bicicletas e outros. Os pedestres devem transitar nas ruas, somente sobre a faixa de pedestre. Na ausência de faixa, a travessia de uma rua deve ser realizada com muita cautela. Seção 03 – Boas Condutas no Trânsito Para uma melhor relação com as outras pessoas no trânsito, precisamos entender que uma mesma pessoa pode a qualquer momento mudar da situação de motorista para pedestre e vice-versa, de pedestre parra ciclista e vice-versa, de ciclista para motorista e vice-versa, de pedestre para motociclista e vice-versa. Assim precisamos sempre desenvolver empatia com relação ao próximo quando estamos juntos no trânsito. Entre as boas condutas, devemos destacar: 1. Andar sobre a calçada sempre que estiver a pé, ou seja, na condição de pedestre. 2. Andar sobre a faixa de pedestre quando for necessário atravessar uma rua. Caso não haja faixa, é necessário ter muito cuidado e a certeza que sua entrada na rua não vai atrapalhar o trânsito e nem provocar algum acidente. 3. Não estacionar o carro sobre a calçada. Além de atrapalhar os pedestres, obrigando-os a ir para a rua, é proibido o trânsito de veículos sobre a calçada, tendo como exceção para a entrada e a saída de uma garagem. 4. Não andar de bicicleta pela calçada. Além de atrapalhar os pedestres e correr o risco de esbarra em alguém, de acordo com o Código de Trânsito, é proibido a circulação de bicicletas pela calçada, a não ser que haja sinalização autorizando. 5. Não falar no celular enquanto dirige. Pode provocar acidentes por falta de atenção, como também causar lentidão na via, com a redução da velocidade para realizar o atendimento. 6. Passar a pelo menos 1,5 metros de distância de um ciclista, para não correr o risco de esbarrar nele e provocar um grave acidente. 7. Não estacionar sobre a faixa de pedestre ou em frente ao acesso à cadeirantes. 8. Não estacionar em vagas de deficiente, idosos ou gestantes, quando não tiver direito ao uso, por algum desse motivos. 9. Para o carro antes da faixa, quando pedestres sinalizarem a intensão de atravessar sobre ela. 10. Cumprir todas as normas de trânsito. Seção 04 – Sinalização de Trânsito A sinalização de trânsito existe para nos ajudar a andar pelas vias de forma segura, se como pedestre, ciclista, motociclista ou motorista. Seu principal objetivo é organizar o fluxo de veículos e pedestres para evitar a ocorrência de acidentes. Em outras palavras, suas finalidades é orientar, indicar, advertir, direcionando o sentido do fluxo, indicando rotas e caminhos alternativos, orientando sobre proibições, obrigações e advertindo sobre condições do trecho etc. Sinalização vertical: consiste nas placas sinalizadoras fixadas ao lado ou sobre as vias. Elas podem indicar, advertir, liberar ou proibir. Sinalização horizontal: consiste nas marcações pintadas ou colocadas sob o asfalto. Por exemplo, as linhas amarelas que dividem o sentido das vias, as brancas que indicam sentido única, o pare, a faixa de pedestre etc. Sinalização semafórica: consiste nos sinais luminosos que possuem efeito de controle no fluxo do trânsito. Existem semáforos que são destinados aos veículos e existem aqueles que são destinados aos pedestres. Os semáforos para veículos possuem 3 (três) cores de advertência e controle (verde, amarelo e vermelho) enquanto os dos pedestres possuem somente 2 (duas) cores (verde e vermelho). No semáforo para os veículos, quando a cor verde está ligada, sinaliza que o trânsito está livre para circulação, ou seja, o carro pode passar. Quando a cor muda para amarelo, o significado também muda e a nova cor sinaliza ao motorista a necessidade de atenção, mostrando a iminência da parada obrigatória (muitos motoristas interpretam de forma errada o sinal amarelo, acelerando o veículo, no lugar de reduzir a velocidade e preparar o carro para a parada obrigatória). Já quando o sinal está vermelho, o veículo é obrigado a parar. Avançar um sinal vermelho é uma infração gravíssima e pode provocar acidentes graves, por isso, nunca devemos avançar. A única exceção, é em caso de uma emergência. No semáforo para pedestre a ideia é a mesma do semáforo para veículos, a única diferença, é que no lugar da luz amarela, a luz verde começará a piscar quando a luz de parada obrigatória estiver iminente para ligar, ou seja, quando a travessia se torna proibida, com risco de acontecer algum acidente. Seção 05 – Veículos de Emergência Veículos de emergência são todos aqueles adaptados e destinados à prestação de socorro, seja de caráter policial, de resgate, incêndio ou salvamento. Os veículos de emergência possuem, normalmente, sinais luminosos na cor vermelha, acompanhados de outras cores, como branco e até mesmo azul. Além disso, possuem sirenes (sinalização sonora) para indicar que se encontram em atendimento. É comum no dia a dia, presenciarmos uma ambulância, um caminhão dos bombeiros ou um carro da polícia com as luzes ligadas e as sirenes disparas. Quando você se deparar com uma situação dessa, é preciso tomar alguns cuidados muitoimportantes: Se você for pedestre Ao visualizar ou ouvir um carro de emergência em situação de atendimento, fique em alerta, permaneça na calçada e se afaste da rua. Após a passagem das viaturas, volte a transitar normalmente. Se estiver para atravessar uma rua, na faixa de pedestre ou não, pare, observe e identifique a distância em que a viatura se encontra. Se ela estiver perto, não atravesse e espere ela passar. Lembre-se, mesmo que haja sinalização permitindo sua passagem, tome cuidado, pois a viatura pode, neste caso, avançar o sinal. Se você for ciclista Aproxime do meio fio e, com cautela, desça da bicicleta. Empurrando a bicicleta, suba na calçada e afaste-se da rua. Espere a viatura passar. Volte, empurrando, com a bicicleta para a via, suba nela e volte a pedalar. Se motorista ou motociclista Ao visualizar a viatura com os sinais sonoros e as luzes de emergência ligadas, deverá ceder passagem de acordo com a situação. Se o sinal estiver fechado (vermelho) o condutor deverá, com cautela, dar passagem, mesmo que para isso, necessite avançar o sinal. O que não fazer quando se deparar com uma viatura em situação de deslocamento de emergência. 1. Seguir a viatura durante o deslocamento e aproveitar a passagem preferencial; 2. Obstruir ou dificultar a passagem da viatura; 3. Não dar preferência para a viatura; 4. Andar no meio da via; 5. Permanecer na via conduzindo bicicleta; 6. Colocar objetos no meio da via a fim de dificultar a passagem da viatura; 7. Projetar luz alta contra a viatura; 8. Fingir acidente ou qualquer outra situação com o intuito de chamar a atenção e parar a viatura; Referências Bibliográficas BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Conselho Nacional de Educação – CNE. Brasília-DF: MEC, 2013. BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação nacional (9.394) Brasília, DF: MEC, 1996. BRASIL. 1. Constituição (1988). 2. Emendas Constitucionais (1992-2002). 3. Emendas Constitucionais de Revisão (1994). Brasília, DF: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2003. BRASIL. Sinais de regulamentação. Disponível em: https://www.denatran. gov.br/images/Educacao/Publicacoes/Manual_VOL_I_2.pdf. Acesso em: 03 jun. 2018. Governo do Estado do Paraná. Manual de Habilitação. 5.ed. Detran-PR: Curitiba, 2002. ESCOLA, B. Hidrovia: o que é, tipos, vantagens, no Brasil. Site. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/hidrovias.htm AIMORES. Placas de trânsito. Disponível em: https://aimore.net/placas/geral.html. Acesso em: 03 jun. 2018. INTRODUÇÃO A presença das drogas faz parte da nossa realidade. Trata-se de substâncias químicas naturais (proveniente da natureza) ou sintéticas (feitas em laboratórios), utilizadas com diferentes finalidades e efeitos sobre o corpo. Algumas drogas são utilizadas para fins medicinais, ajudando no tratamento de doenças e aliviando sintomas, podendo ser encontradas em farmácias, clínicas e hospitais. Outras, no entanto são consumidas de forma recreativa, onde normalmente surgem os problemas graves, tanto de cunho biológico (saúde física e mental de quem usa) como de cunho social (problemas familiares, crimes). Seção 01 – Contextualização Histórica e Social O uso das drogas pelo homem o acompanha desde o início das primeiras civilizações. No entanto, com o passar do tempo, mudanças aconteceram no seu modo de uso e no seu significado. Com o domínio da agricultura, os seres humanos foram manuseando cada vez mais, diversos tipos de plantas e descobrindo entre elas, efeitos diretos e indiretos no organismo, sendo muitas delas usadas de forma medicinal. Algumas plantas provocavam efeitos mentais e passaram a ser consideradas “plantas divinas”, tendo por tanto um significado religioso. O uso das “plantas divinas” era controlado pelos chefes tribais. Com o passar do tempo, a droga deixou de lado seu uso ritual e passou a ser utilizada como fonte de prazer imediato. Além disso, o desenvolvimento tecnológico possibilitou a criação de novas drogas, feitas em laboratório (sintéticas), potencializando os seus efeitos sobre o corpo humano. Entre os vários efeitos causados pelas drogas, a dependência química é uma delas. Essa dependência, muitas vezes leva o usuário a fazer qualquer coisa para usar a droga, até mesmo, cometer crimes. Assim, as drogas foram evoluindo e hoje se encontram presentes em nossa sociedade. Seção 02 – Conceitos e Classificação São chamadas de drogas, toda e qualquer substâncias que pode provocar alguma mudança fisiológica ou comportamental no ser humano. As drogas, podem ser classificadas em: Lícitas: aquelas que seu uso é permitido por lei, produzidas e comercializadas livremente e que são aceitas pela sociedade. Entre as drogas lícitas, temos aquelas destinadas ao lazer, como por exemplo o cigarro, a cerveja, o vinho e todas outras bebidas que possuem álcool, e aquelas destinadas à medicina, ou seja, os medicamentos de forma geral. Ilícitas: aquelas que seu uso é proibido por lei e que não são aceitas pela sociedade, como por exemplo a maconha, a cocaína, o crack, a heroína etc. É importante destacar que as drogas lícitas também podem provocar efeitos nocivos nos seres humanos. Por isso, elas são permitidas somente para adultos e sob orientação de consumir com controle. Elas assim como as ilícitas, causam dependência e podem comprometer a saúde dos usuários, além de causar transtornos para a sociedade, quando usadas de forma descontrolada. Seção 03 – Principais Grupos de Drogas Os principais grupos de drogas são: naturais, sintéticas e semissintéticas. Drogas Naturais: são consideradas drogas naturais aquela que é extraída, através de vários processos, de uma determinada planta. São exemplos de drogas naturais a maconha, o ópio, a cafeína, os cogumelos alucinógenos, a nicotina etc. Drogas Sintéticas: são substâncias ou misturas de substâncias exclusivamente psicoativas produzidas, através de meios químicos, cujos principais componentes ativos não são encontrados na natureza. São exemplos de drogas sintéticas as anfetaminas, barbitúricos, ecstasy, LSD e metanfetamina. Drogas Semissintéticas: são substâncias produzidas, a partir de drogas naturais, com alterações químicas feitas artificialmente em laboratório. São exemplos de drogas semissintéticas a heroína, a cocaína, o crack, a morfina, a merla e etc. Seção 04 – Efeitos das Drogas no Organismo As drogas, quando absorvidas pelo nosso corpo, pode provocar diversos efeitos, que vão depender do tipo de droga e como ela é absorvida. De forma geral, as drogas alteram o senso de realidade, o raciocínio e a capacidade de agir apropriadamente. Os efeitos das drogas podem ser percebidos em poucos minutos, logo após o seu uso, mas, tendem a durar poucos minutos, sendo necessária uma nova dose para prolongar seu efeito no corpo e é por isso, que é comum uma pessoa viciar rapidamente. Os efeitos das drogas podem ser classificados em três categorias: Depressoras: são drogas que reduzem as atividades do sistema nervoso central e, em casos extremos, causam paradas cardíacas ou respiratórias, subdivididas em analgésicas (relaxamento muscular, com sensação temporária de entorpecimento e bem-estar) e hipnóticas (induzem a pessoa ao sono). Exemplo: heroína, álcool e solventes. Estimulantes: são drogas que aumentam os níveis de atividade motora e cognitiva no organismo e reforçam o estado de alerta, podendo causar a sensação de euforia, irritabilidade e agitação. Exemplos: cocaína, anfetaminas e crack. Perturbadoras: são drogas que causam distorções na nossa percepção sensorial, nossos sentidos (audição, visão, tato, paladar e olfato).Podem provocar alucinações ou ilusões. Seu efeito é de curta duração, por isso é comum seu uso abusivo. Exemplo: maconha, LSD e Ecstasy. O uso por longo prazo de drogas pode provocar danos irreversíveis no organismo. Elas intoxicam o corpo e prejudicam sua estrutura e funcionamento do sistema nervoso central e dos órgãos que ela interage. Entre as consequências do uso prolongado de drogas, podemos destacar: dependência química; a destruição de neurônios, que diminuem a capacidade de pensar; o desenvolvimento de doenças psiquiátricas; lesões no fígado; mau funcionamento dos rins e dos nervos; o risco de contaminação por doenças contagiosas, como a AIDS ou a Hepatite; problemas do coração; overdose; isolamento familiar e social. Na gravidez, as drogas podem provocar efeitos tanto sobre a mulher como no bebê: aborto, parto pré-maturo, restrição de crescimento da criança, baixo peso e má formação congênita. Depois que nasce, o bebê pode sofrer de abstinência, pois já se encontra viciado. Neste caso, ele poderá apresentar sintomas como chorar muito, ficar muito irritado e ter dificuldades para se alimentar, dormir e respirar. Seção 05 – Criminalização das Drogas Mesmo as drogas lícitas, aquelas permitidas por lei, possuem regras para venda e consumo. Legalmente, somente pessoas maiores de 18 anos podem comprar e consumir essas drogas, como por exemplo os cigarros e as bebidas alcóolicas. Quem vende bebida alcóolica ou cigarro para uma pessoa menor de 18 anos, pode ser responsabilizada de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei 8.069 de 1990. Segundo essa Lei, em seu artigo 243: “Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a adolescente, bebida alcóolica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica”, poderá receber uma pena de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave. Mas o que acontece com a criança ou adolescente que for pego consumindo bebida alcóolica? Este deverá ser incluso em um programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos, conforme inciso VI – do Artigo 101, do ECA. Já para as drogas ilícitas, ou seja, aquelas que a lei não permite vender, comprar, ganhar e consumir, as regras são rígidas. A Lei 11.343/2006, que trata do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, prescreve medidas para a prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas. Ela estabelece também, normas para repreensão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, define os crimes e dá outras providências. Essa lei proibi qualquer tipo de venda, compra, produção, armazenamento, entrega ou fornecimento, mesmo que gratuito, de drogas sem autorização ou em desconformidade com a legislação pertinente. A pena prevista é de 5 a 15 anos de reclusão e pagamento de multa de 500 a 1500 dias-multa. Assim, além de fazer muito mal para a saúde, o uso de drogas pode trazer uma serie de complicações sociais, considerando que a pessoa pode perder, mesmo que temporariamente, parte de seus direitos e ser criminalizada por suas ações de venda, ou mesmo de consumo. Referências Bibliográficas CBMGO. Apostila Digital PROEBOM. 1ª Versão. Goiânia – GO. BRASIL. Lei 11.343/2026. Brasília, DF: Presidência da República, 2006. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm Acesso em: 03 jun. 2018. CONJUR. O Básico sobre a Criminalização de Drogas. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2023-set-29/repensando-drogas-basico-criminalizacao-drogas/. Acesso em: 21 março. 2024. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm https://www.conjur.com.br/2023-set-29/repensando-drogas-basico-criminalizacao-drogas/