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Prévia do material em texto

APOSTILA PROGRAMA EDUCACIONAL BOMBEIRO 
MIRIM – PROEBOM 
 
Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás 
 Cel QOC WASHINGTON Luiz Vaz Júnior 
 
Comandante da Academia e Ensino Bombeiro Militar 
Cel QOC Carlos ALBERTO Cardoso Faleiro 
 
Chefe da BM/8 
TC QOC Cristian WENING Santana 
 
Subchefe da BM/8 
Cap QOC RENATA Vilela Chaveiro Ramos 
 
Comissão de Coordenação e Elaboração 
1º Ten QOC DOUGLAS Decarlo Di Faria Soares 
 
1º Ten QOC Pyterson KAZAER Morais Aires 
1º Sgt QPC NEVITON Jesus da Costa 
2º Sgt QPC WENDEL da Silva Matos 
Sd QPC Ériko RAMIRES Vieira Martins 
 
Revisão Ortográfica 
1º Ten QOC DOUGLAS Decarlo Di Faria Soares 
 
1º Ten QOC Pyterson KAZAER Morais Aires 
 
Capa, Fotografia e Formatação 
1º Ten QOC Pyterson KAZAER Morais Aires 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO AO PROEBOM 
ORIENTAÇÕES SOBRE O CURSO 
ORIENTAÇÕES SOBRE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTE 
1 
ATIVIDADES BOMBEIRO MILITAR 
CAPÍTULO 1 – Estudo e prática Bombeiro Militar – Ordem Unida 
CAPÍTULO 2 – Noções de teoria de incêndio e prática de combate a incêndio 
CAPÍTULO 3 – Noções de salvamento 
CAPÍTULO 4 – Noções de primeiros socorros 
 
 
 
PARTE 
2 CONHECIMENTOS GERAIS 
CAPÍTULO 5 – Higiene Pessoal 
CAPÍTULO 6 – Noções de Informática 
CAPÍTULO 7 – Ética e Cidadania 
CAPÍTULO 8 – Noções de Educação Ambiental e Gestão Hídrica 
CAPÍTULO 9 – ECA e Direitos Humanos 
CAPÍTULO 10 – Noções de Educação de Trânsito 
CAPÍTULO 11 – Prevenção ao uso de drogas 
 
INTRODUÇÃO 
Bem-vindo ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás! Você sabia que para 
ingressar no Programa Educacional Bombeiro Mirim, PROEBOM, você foi selecionado em 
um processo seletivo bastante concorrido e almejado? E que existem diversas outras 
crianças que gostariam de estar aqui e dariam o máximo de si caso tivessem a oportunidade 
que você está tendo? Legal, né? Sinta-se privilegiado. E agora que você está vivenciando 
essa grande Instituição, existem três coisas que você precisa saber: 
1. Somos uma instituição militar; 
2. Prezamos pela hierarquia e pela disciplina; 
3. Nossa missão maior é salvar vidas e bens. 
Dentro desses pilares, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás/CBMGO, 
consciente de sua responsabilidade social e em consonância com a legislação de proteção 
à criança e adolescente, desenvolve o Programa Bombeiro Mirim/PROEBOM em todo 
Estado de Goiás visando proporcionar integração institucional com a família e a sociedade. 
Nesse sentido, o CBMGO disponibiliza um processo de formação cidadã, cívica e 
humanística de crianças e/ou adolescentes nas Unidades Operacionais do Corpo de 
Bombeiros Militar do Estado de Goiás/CBMGO, além de contribuir com a prevenção da 
violência contra crianças e/ou adolescentes em situação de risco, ameaça e vulnerabilidade 
social. 
O Programa é destinado a crianças e adolescentes englobando os mais variados 
temas e disciplinas em sua grade curricular, desde atividades estritamente ligadas à vida e 
rotina Bombeiro militar como: ordem unida, atendimento pré-hospitalar, salvamento 
aquático, salvamento em altura e terrestre, educação física, e também contribuindo para o 
desenvolvimento de conhecimentos importantes da vida cotidiana como: noções de 
primeiros socorros, saúde e higiene pessoal, acidentes domésticos, educação no trânsito, 
ética e cidadania, meio ambiente, iniciação musical além de temas transversais. 
Ao promover o Programa Educacional Bombeiro Mirim junto à comunidade, a 
Instituição contribui efetivamente na vida de crianças e adolescentes através dos objetivos 
norteadores desse trabalho, sendo alguns deles: 
• Gerar oportunidades e apoiar crianças e adolescentes que vivem em situação de 
vulnerabilidade e em trabalho informal; 
• Contribuir para prevenção ao trabalho infantil e ao uso de drogas; 
• Ensinar as crianças e adolescentes a base da organização militar: a hierarquia e a 
disciplina, bem como sua prática no cotidiano das atividades; 
• Despertar e desenvolver na criança/adolescente o espírito crítico, analítico e reflexivo, 
inserindo-o no mundo globalizado; e 
• Desenvolver habilidades de trabalhar em equipe, respeito aos limites alheios e prevenção 
aos maus hábitos. 
Por fim, ressaltamos que o Estado de Goiás, através do CBMGO e do Programa 
Educacional Bombeiro Mirim/PROEBOM, em conjunto a convênios e parcerias formais, 
viabiliza um projeto que possui como escopo a valorização dos ideais de cidadania e 
civismo na formação de crianças e adolescentes, de forma a contribuir com a sociedade 
goiana no sentido de auxiliar na formação básica do cidadão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coleguinha, sabia que você está prestes a 
embarcar em uma grande aventura que vai 
marcar sua vida? Quer saber um pouco do 
que lhe aguarda? Acesse o QR-Code e 
curta um vídeo bem legal do projeto 
Bombeiro Mirim. 
 
ORIENTAÇÕES SOBRE O CURSO 
O Programa Educacional Bombeiro Mirim (PROEBOM) é um projeto de 
responsabilidade social do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, que possui 
como foco contribuir na formação das crianças e adolescentes, utilizando como referência 
valores de cidadania e civismo, como: ética e respeito à pluralidade cultural. Visa também 
desenvolver habilidades de trabalhar em equipe e, apresentar a elas as bases da 
organização militar; a hierarquia e a disciplina. 
O programa tem como base legal a Lei federal n. 8.069, de 13 de julho de 1990 
(Estatuto da Criança e do Adolescente) e a lei estadual n. 14.805, de 09 de junho de 2004, 
(Criação do Programa Bombeiro Mirim). E conforme o disposto na lei n. 14.805, o programa 
é destinado a atender crianças e adolescentes, de 07 a 16 anos. Sempre no contraturno da 
escola. 
O curso tem uma grade curricular com treze disciplinas: noções de primeiros 
socorros, noções de salvamento, noções de educação ambiental/gestão hídrica, noções de 
informática, estudo e prática bombeiro militar - ordem unida, educação física, noções de 
educação de trânsito, Temas transversais (à disposição), ECA e Direitos Humanos, ética e 
cidadania, noções de combate a incêndio, direitos humanos e higiene pessoal. Além de 
algumas visitas técnicas. 
 
Regime de funcionamento do curso 
O curso pode ser oferecido em regime anual, semestral e de temporadas, nas 
dependências das Unidades Operacionais do Corpo de Bombeiros Militar, sendo sua 
Coordenação efetuada pelas Unidades de Bombeiros Militar, subordinado à Coordenação 
Estadual. 
a. Horário de Funcionamento: 
Matutino: entre 08h e 11h15min 
Vespertino: entre 14h e 17h15min 
b. Dias da Semana: preferencialmente às Segundas, Terças e Quintas Feiras. 
c. Regime de Funcionamento: Hora/aula de 45 minutos, sendo contabilizado para 
cada dia letivo 4 horas/aula, com intervalos de lanche de 15 minutos. 
Matriz Curricular do Programa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Matrícula 
Para se matricular, o aluno deverá ter passado pelo processo seletivo feito por 
equipe técnica, conforme os critérios estabelecidos pelo Edital, e deferido pelo Comandante 
da OBM executora do PROEBOM. Não é permitido o trancamento da matrícula. 
 
Aproveitamento e rendimento 
A verificação do rendimento é feita através de instrumentos que comprovem 
assiduidade e aproveitamento nos estudos, que deverá ser feita em cada disciplina por 
meio das verificações de aprendizagem, conforme critérios da Coordenação Estadual/Geral 
e Coordenação local, não tendo caráter de reprovação. 
Monitoria 
O bombeiro mirim que se destacou ao longo do programa em função de critérios, 
aspectos e parâmetros que abrangem o espírito de liderança, assiduidade, disciplina, 
empenho, comprometimento e elevado aproveitamento nas disciplinas ministradas, poderá 
participar do programa subsequente na condição de monitor, desde que devidamente 
autorizado e formalizado pelo responsável legal. 
 
FrequênciaA frequência às aulas, trabalhos e demais atividades acadêmicas correlatas deverão 
ser devidamente acompanhadas, monitoradas e formalizadas por sistema de registro (livro 
de presença) por parte da Coordenação Local, sendo considerado desistente o aluno com 
frequência inferior a 75% das disciplinas previstas em grade curricular. 
 
Desligamento 
Será desligado do Programa, a qualquer tempo, o candidato cujo responsável fizer, 
em qualquer documento, declaração falsa. Após três advertências escritas e/ou 
suspensões previstas e tipificadas no Regulamento Disciplinar do Programa, o aluno 
poderá ser desligado do PROEBOM por comprometer o desenvolvimento dos demais 
alunos, bem como do Programa como um todo. 
Caso uma criança ou adolescente do Programa cometa atitude que o Chefe de 
Pelotão juntamente com o Coordenador Setorial, Local e o Coordenador Estadual julguem 
GRAVÍSSIMOS, poderá ser desligado sumariamente, sendo desnecessário receber 
advertências verbais ou escritas. 
 
Atividades Complementares 
Conforme planejamento e organização da Coordenação Local, atividades 
complementares poderão ocorrer (palestras, visitas, reforço escolar, entre outros). 
 
Metodologia 
Todas as estratégias e atividades elaboradas pelos instrutores devem ser descritas 
nos Planos de Disciplina, os quais devem passar pela avaliação prévia do Coordenador 
Local do PROEBOM. Os instrutores receberão apostila com todo o material didático e Plano 
de Curso, previamente aprovado pelo Coordenador Estadual. As estratégias metodológicas 
serão elaboradas pelo Corpo Docente do Programa, as quais devem adequar os temas 
propostos no conteúdo programático a realidade socioespacial e a faixa etária dos alunos. 
 
 
Atividades internas 
As atividades teóricas e/ou práticas serão realizadas, preferencialmente, na sede 
local do programa que será uma Unidade Bombeiro Militar. 
 
Atividades externas 
As visitas técnicas, passeios e atividades práticas devem ser planejadas com a 
autorização do Coordenador Local do PROEBOM. Após autorização do Coordenador Local 
e autorizada a atividade externa, os pais ou responsáveis pelos alunos serão comunicados 
previamente sobre o objetivo das atividades e as características dos locais que serão 
visitados. Os alunos só poderão participar destas atividades com a autorização escrita de 
seus pais ou responsáveis. 
 
Resultados esperados 
➢ Auxiliar na formação de cidadãos pensantes e com consciência cívica; 
➢ Preparar os alunos para atendimentos básicos de primeiros socorros; 
➢ Ambientar os alunos à práticas esportivas; 
➢ Fomentar cultura de prevenção e de segurança; 
➢ Melhorar desempenho escolar; 
➢ Melhorar o convívio em sociedade; 
➢ Estabelecer regras de convivência harmoniosa em sociedade, com 
respeito às normas e leis que regem o relacionamento social; 
➢ Apresentar aos alunos a sociedade em que vivem, suas necessidades e 
as oportunidades que ela lhes proporciona, tornando-os capazes de 
modificar o ambiente, visando à melhoria da qualidade de vida; 
 
Referência 
CBM – GO. Projeto Pedagógico do PROEBOM – 2023. 
 
ORIENTAÇÕES SOBRE A EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
Não importa se faz sol ou chuva, todo bombeiro mirim gosta de Educação Física, 
não é? 
Trata-se de um momento ideal para se distrair e praticar diversas atividades como: 
- Futebol 
- Vôlei 
- Basquete 
- Queimada 
- Peteca 
- Natação 
- Gincanas 
- Lutas 
- Atividades lúdicas 
No entanto, a Educação Física para o bombeiro mirim é muito mais que um momento 
de lazer. Ela possui funções de extrema importância para melhorar a qualidade de vida 
através do condicionamento físico e para a formação como pessoa. Ela trabalha a 
capacidade intelectual, física, mental, social e cultural. 
Dois fatores importantes deverão ser observados pelos bombeiros mirins durante as 
aulas: O uso correto do Uniforme e a apresentação de Atestado Médico. 
 
Uniforme 
Uma parte muito importante para o bom desenvolvimento das práticas de Educação 
Física é o uso de roupas adequadas. Por isso, o bombeiro mirim possui um uniforme 
específico que deverá ser usado nas aulas, de acordo com a modalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando as aulas de Educação Física ocorrerem em ambiente terrestre (quadra, 
campo, salão, auditório) e não envolver atividades aquáticas, o bombeiro mirim deverá usar 
somente o uniforme composto pela bermuda, camiseta cavada, tênis e meia. Porém 
quando as aulas forem desenvolvidas em ambiente aquático (piscina), além das peças 
anteriores, deverá usar por baixo o maiô (para as meninas) e suga (para os meninos). O 
uso de toalhas será permitido sempre que houver atividades aquáticas. 
O uso de uniforme incorreto em dias de aula de Educação Física acarretará não 
participação nas atividades. 
 
Atestado Médico 
Outro item muito importante, que é exigido no ato da matrícula e que sem ele a 
criança não pode participar do programa, é o Atestado Médico. Trata-se de um documento 
emitido por um profissional médico que apontará a capacidade, com restrições ou não, do 
bombeiro mirim de participar, de forma segura, das atividades propostas, incluindo as 
desenvolvidas na disciplina de Educação Física. 
 
 
Uniforme para “atividades terrestres” (quadra, ginásio, campo ...) 
Uniforme para “atividades aquáticas” (piscinas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 01 – ORDEM UNIDA 
Seção 01 – Origem da Ordem Unida 
A história da Ordem Unida não é recente. Ela é antiga e existe desde o tempo das 
primeiras civilizações. O seu objetivo é padronizar os movimentos e comandos da tropa, 
para que os comandantes consigam manter o controle de todos, realizando manobras com 
ordem e precisão, como um só corpo. 
A Ordem Unida visa também fortalecer os três pilares de uma instituição militar: A 
Disciplina, A Hierarquia e a Tradição. Com isso, há o desenvolvimento dos reflexos de 
obediência, o respeito hierárquico e o espírito de corpo. 
Existem fontes que apontam o surgimento 
da ordem unida na Grécia antiga, mais 
especificamente em Esparta. Os guerreiros 
espartanos formavam as falanges (grupos), que se 
moviam e combatiam unidas, obedecendo à ordem 
central dos seus comandantes. Os guerreiros 
entendiam que a vitória só seria possível, se todos 
trabalhassem em conjunto, com movimentos 
coordenados sob o comando de voz de seu líder. 
Tempos depois, os romanos também 
adotaram a Ordem Unida para coordenar e 
disciplinar os seus exércitos, formando uma 
verdadeira e perfeita máquina de guerra, que conquistou vários territórios e permitiu a 
expansão do império. 
A Ordem Unida nos dias de hoje, está presente em todas as instituições militares, 
seja nas forças armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica), como nas forças auxiliares 
(Polícia Militar e Bombeiro Militar). 
Aqui no PROEBOM a Ordem Unida também 
faz parte do dia a dia do bombeiro mirim e tem a 
finalidade de: 
1. estabelecer ordem e disciplina; 
2. desenvolver o sentimento de coesão 
(um só corpo) e os reflexos de obediência; 
3. apresentar em público com aspecto 
enérgico e marcial; 
4. melhorar as habilidades de 
coordenação motora e psicomotora; 
5. preparar o condicionamento físico; 
6. promover o companheirismo e a socialização; 
Seção 02 – Hierarquia 
 
Hierarquia é a ordem de autoridade, em níveis diferentes, por postos e graduações. 
Dentro do CBMGO, as posições hierárquicas são bem definidas. Os postos são as posições 
hierárquicas dos Oficiais e as graduações são as posições hierárquicas das Praças. 
Todos os Oficiais são hierarquicamente superiores às Praças. 
Quando falamos de Oficiais do CBMGO, temos 6 postos distribuídos em 3 grupos: 
Oficiais Superiores, Oficiais Intermediários e Oficiais Subalternos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capitão (CAP) 
Major (MAJ) 
Tenente Coronel (TC) 
(CEL) 
Oficiais Superiores 
Coronel (CEL)Insígnia do posto de Coronel. 
 “3 gemadas” 
Insígnia do posto de Tenente Coronel. 
“2 gemadas e 1 prateada” 
Insígnia do posto de Major. 
“1 gemada e 2 prateadas” 
Oficiais Intermediários 
Insígnia do posto de Capitão. 
“3 prateadas” 
Oficiais Subalternos 
1º Tenente (TEN) 
Insígnia do posto de 1º Tenente. 
“2 prateadas” 
2º Tenente (TEN) 
Insígnia do posto de 2º Tenente. 
“1 prateada” 
Dentro do grupo de Praças temos um subgrupo especial, denominado de Praças 
Especiais. Esse subgrupo de Praças é composto por militares que ocupam as graduações 
de Cadete e Aspirante a Oficial. Tratam de militares em fase de formação que seguirão a 
carreira de Oficial. 
As Praças Especiais são superiores à todas as outras Praças, mas subordinadas aos 
Oficiais. A ordem de hierarquia entre as Praças Especiais, do mais antigo para o mais 
moderno, é Aspirante a Oficial, Cadete de 3º Ano, Cadete de 2º Ano, Cadete de 1º Ano 
e CHOA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apesar de não serem Praças Especiais, de direito, os alunos do Curso de 
Habilitação de Oficiais de Administração – CHOA, estão relacionados aqui por conveniência. 
 
 
 
Aspirante (ASP) 
Praças Especiais 
Cadete 3ºano (CAD III) 
Cadete 2ºano (CAD II) 
Cadete 1ºano (CAD I) 
Insígnia da graduação de 
Aspirante 
Insígnia da graduação de 
Cadete de 3º Ano 
Insígnia da graduação de 
Cadete de 2º Ano 
Insígnia da graduação 
de Cadete de 1º Ano 
Aluno Oficial (AL OF ADM) 
Insígnia da graduação de 
Aluno CHOA 
Para o quadro de Praças, temos 7 graduações distribuídas em 2 grupos: 
Subtenentes e Sargentos, e o grupo de Cabos e Soldados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No CBMGO, o soldado de 2ª Classe (aluno soldado) é reconhecido pela falta de 
insígnia em seus uniformes. 
Praças – Subtenentes e Sargentos 
Subtenente (ST) 
1º Sargento (1º SGT) 
2º Sargento (2º SGT) 
3º Sargento (3º SGT) 
Insígnia da graduação de 
Subtenente 
Insígnia da graduação de 
1º Sargento 
(2 “V” preto + 1 “V” Branco + 3 “V” preto) 
Insígnia da graduação de 
2º Sargento 
(1 “V” preto + 1 “V” Branco + 3 “V” preto) 
Insígnia da graduação de 
 3º Sargento 
(3 “V” preto) 
Praças – Cabos e Soldados 
Cabo (CB) 
Soldado (SD) 
Insígnia da graduação de 
Cabo 
(2 “V” preto) 
Insígnia da graduação de 
Soldado 
(1 “V” preto) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coronel 
Tenente Coronel 
Major 
Capitão 
1º Tenente 
2º Tenente 
Aspirante 
Cadete 3º Ano 
Cadete 2º Ano 
Cadete 1º Ano 
Aluno Oficial CHOA 
Subtenente 
1º Sargento 
2º Sargento 
3º Sargento 
Cabo 
Soldado 
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Dentro do contexto do PROEBOM, os bombeiros mirins estão hierarquicamente 
subordinados a todos os militares do CBMGO. Assim, todos os militares, de soldado a 
coronel, são considerados mais antigos (logo superiores) ao bombeiro mirim. 
Os bombeiros mirins monitores, são hierarquicamente superiores a todos os 
bombeiros mirins em formação. Os bombeiros mirins de dia (chefe de turma ou xerife), são 
hierarquicamente superiores a todos os bombeiros mirins em formação. 
No final do curso a antiguidade entre a turma é definida pela nota final obtida pelo 
bombeiro mirim. Quanto maior a nota, mas antigo dentro da turma será. 
Os bombeiros mirins de turmas anteriores, já formadas, são considerados mais 
antigos que os das turmas sucessoras. 
 
Seção 03 – Da Continência 
 
A continência é a saudação (ou cumprimento) militar. É uma das formas de se 
manifestar respeito e consideração a todos militares e aos símbolos nacionais (bandeira e 
hino nacional). 
Entre nós bombeiros, ela deve sempre partir do militar mais moderno, para o mais 
antigo. 
 A continência deve ser prestada na posição de sentido, em pé, nunca sentado ou 
deitado, e ela deve ser execultada da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45º 
Pés juntos, com calcanhares 
colados. 
Pernas juntas e esticadas. 
Mão espalmada e colada na 
lateral da coxa. 
Braço equerdo esticado e rente 
ao corpo. 
Mão espalmada, dedos 
colados, palma da mão para 
baixo e dedo médio tocando a 
levemente a fonte (ou a divisa 
do gorro com a pala – quando 
de cobertura). 
A continência deve ser prestada em qualquer hora do dia ou da noite, somente se o 
militar ou o bombeiro mirim estiver devidamente uniformizado. Ela deve ser execultada de 
forma vivida e energética. Ao receber uma continência, tanto o bombeiro mirim como o 
militar deverá, obrigatoriamente, retribuí-la. 
Quando em trajes civis (roupa do dia-a-dia), a continência deverá ser respondida com 
um aceno de cabeça, um cumprimento verbal ou tirando ao boné/chapéu da cabeça. 
Pelo fato da continência ser feita com a mão direita, todos objeto deverá ser carregado 
com a mão esquerda, de forma a manter a mão direita desocupada para prestar ou 
responder a continência prestada. 
 
Como foi dito antes, além dos militares e bombeiros mirins, têm direito a continência 
a nossa bandeira e hino nacional. No entanto, essa continência ocorrerá somente nos 
seguintes casos: 
 
BANDEIRA NACIONAL 
 
1. Ao ser hasteada ou arriada diariamente em cerimônia 
militar ou cívica; 
2. Nas cerimônias de incorporação ou desincorporação, 
nas formaturas; 
3. Quando conduzida por tropa ou por contigente de 
Organização militar; 
4. Quando conduzida em marcha, desfile ou cortejo, 
acompanhada por guarda ou organização civil, em 
cerimônia cívica; 
 
HINO NACIONAL 
 
1. Quando executado em solenidade militar ou cívica em 
sua modalidade à continência e com o militar/bombeiro 
mirim, devidamente fardado; 
2. Quando cantado, o hino nacional não tem direito à 
continência; 
 
 
Formas de se prestar continência 
 
a) Mais moderno parado e superior em deslocamento (bombeiro mirim e 
militar): 
 
1 O mais moderno (bombeiro mirim), volta sua frente para a direção 
perpendicular (90º) à do deslocamento do superior (militar), toma posição de sentido e 
realiza o movimento de continência; 
 
2 Em seguida, desfaz a continência, abaixa a mão em movimento energético, 
volta para a posição de sentido e relaxa a posição logo em seguida; 
 
Obs: A continência é feita quando o superior atinge a distância de três passos do mais 
moderno e desfeita quando o superior o ultrapassa em um passo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Mais moderno em deslocamento e superior parado (bombeiro mirim e 
militar) 
 
1. Se o mais moderno (bombeiro mirim), esta deslocando em passo normal, este 
mantém o passo e a direção do deslocamento (para onde esta indo). Vira o olhar para o 
superior (militar) e presta a continência sem parar de andar. Após tomar a distância de um 
passo, olha para a frente, desfaz a continência e continua deslocando; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Se o mais moderno (bombeiro mirim), esta deslocando em passo acelerado ou 
correndo, deverá parar de acelerar ou correr e andar normalmente, ao se aproximar do 
superior (militar). Em seguida deverá olhar para o superior e prestar a continência sem parar 
de andar. Após a distância de um passo, o mais moderno (bombeiro mirim) olha para frente, 
desfaz a continência e volta a deslocar na velocidade que estava (se for o caso); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Mais moderno deslocando até o superior parado, para prestar continência 
(bombeiro mirim e militar) 
 
1. O mais moderno (bombeiro mirim) se aproxima do superior até chegar à 
distância de um passo. Olha para o superior (militar) e presta a continência. Em seguida 
desfaz a continência e permanece em posiçãode sentido, até a retirada do superior (militar) 
ou de seu comando para ficar em posição de descançar ou a vontade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
d) Superior deslocando até o mais moderno parado, que lhe presta 
continência (militar e bombeiro mirim) 
 
1. O superior (militar) se aproxima do do mais moderno (bombeiro mirim). Quando 
este chegar à distância de três passos, o mais moderno (bombeiro mirim) toma posição de 
sentido e aguarda o superior (militar) se aproximar mais. Quando o superior (militar) estiver 
próximo, o mais moderno (bombeiro mirim) presta a continência. Em seguida, desfaz a 
continência e permanece na posição de sentido até que o superior (militar) saia ou emita o 
comando de descançar ou a vontade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Seção 04 – da Formação do Pelotão 
 
Para conseguir compor um pelotão, o bombeiro mirim necessitará conhecer alguns 
termos básicos. São eles: 
 
1. Coluna: é o dispositivo de uma tropa, cujos 
bombeiros mirins estão um atrás do outro (uma fila 
indiana). 
 
 
 
2. Distância: é o espaço entre dois bombeiros mirins 
colocados um atrás do outro e voltados para a 
mesma frente. Essa distância é medida de acordo 
com o braço esquerdo distendido para frente e a 
ponta dos dedos tocando o ombro do colega à frente. 
Os bombeiros mirins da testa não realizam esse 
movimento com os braços, quando comandado 
“Cobrir”. 
 
 
 
3. Cobertura: É a disposição cujos bombeiros mirins 
ficam voltados para a mesma frente, de modo que 
um fique exatamente atrás do outro. 
 
 
4. Fileira: é o dispositivo de uma tropa, cujos 
bombeiros mirins estão colocado um do lado do 
outro, com todos voltados para a mesma frente. 
 
 
 
 
5. Intervalo: é o espaço entre dois bombeiros mirins, 
colocados lado a lado, voltados para a mesma 
frente, na mesma fileira. Essa distância é medida de 
acondo com o braço equerdo distendido para o lado 
esquerdo. Somente os bombeiros mirins da testa 
fazem esse movimento com os braços quando 
comandado “Cobrir”. 
 
 
 
 
6. Alinhamento: é a disposição cujos bombeiros mirins 
ficam em linha reta, voltados para a mesma frente, 
de modo que um fique exatamente ao lado do outro. 
 
 
7. Testa: São os bombeiros mirins da tropa que se posicionam nas primeiras 
posições do pelotão (os maiores). 
 
8. Retaguarda: São os bombeiros mirins da tropa que se posicionam nas últimas 
posições do pelotão (os menores). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Testa ou frente do pelotão 
Bombeiro Mirim mais alto. 
Retaguarda do pelotão 
Bombeiro Mirim mais baixo. 
“Coluna por um” 
Toda formação de pelotão começa com o bombeiro mirim mais alto e termina com o 
bombeiro mirim mais baixo. A frente do pelotão é chamada de “testa” e o final de 
“retaguarda”. 
A formação mais simples de um pelotão é a “Coluna por um”. Nela todos os 
bombeiros mirins se organizam em uma única coluna (fila indiana), sendo que o primeiro da 
coluna (o testa do pelotão) é o bombeiro mirim mais alto, seguido pelo segundo mais alto e 
assim por diante até o último bombeiro mirim, o menorzinho de todos (a retaguarda). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Outras formas de organizar o pelotão é através de “Colunas por dois”, 
“Colunas por três” e etc. Nestas formações o bombeiro mirim mais alto é chamado de 
homem base. 
 
“Coluna por dois” 
O homem base (o bombeiro mirim mais alto), será sempre o primeiro da coluna da 
direita, ou coluna 01 (primeira coluna ou coluna base). O segundo bombeiro mirim mais alto, 
será o primeiro da coluna da esquerda, ou coluna 02 (segunda coluna). O terceiro bombeiro 
mirim mais alto, será o segundo da coluna da direita, ou coluna 01. O quarto bombeiro mirim 
mais alto, será o segundo da coluna da esquerda, ou coluna 02, e assim por diante, até 
todos os bombeiros mirins estarem em forma. 
 
 
 
 
 
 
Coluna da direita 
 Coluna base 
Coluna 01 
Homem base 
Bombeiro Mirim mais alto 
Coluna da esquerda 
 Coluna 02 
 Coluna base 
Coluna 01 
Homem base 
Bombeiro Mirim mais alto 
“Coluna por três, quatro ...” 
O homem base (o bombeiro mirim mais alto), será sempre o primeiro da coluna da 
direita, ou coluna 01 (primeira coluna ou coluna base). O segundo bombeiro mirim mais alto, 
será o primeiro da coluna do meio, ou coluna 02 (segunda coluna ou coluna do meio). O 
terceiro bombeiro mirim mais alto, será o primeiro da coluna da esquerda, ou coluna 03 
(terceira coluna). O quarto bombeiro mirim mais alto, será o segundo da coluna da direita, 
ou coluna 01, e assim por diante, até todos os bombeiros mirins estarem em forma. 
 
 
 
 
 
 
 
Seção 05 – das Posições 
Uma vez incorporados dentro de uma formação de pelotão, os bombeiros mirins 
deverão assumir posições de acordo com o comando de voz do comandante. São posições 
de tropa: 
 
 
1. A Vontade ou Relaxar Posição: posição na qual o 
bombeiro mirim permanece em forma, com o pé direito 
firme ao solo, mantendo alinhamento e cobertura, 
porém com uma posição relaxada, onde pode 
movimentar os braço, olhar para o lado e etc. Esta 
posição somente é assumida quando devidamente 
autorizada pelo comandante da tropa. 
 
 
 
2. Descançar: Posição na qual os bombeiros mirins 
ficarão com o corpo reto, as pernas naturalmente 
esticadas, pés afastados aproximadamente igual a 
largura dos ombros e braços para trás com a mão 
esquerda segurando o braço direito pelo pulso, 
enquanto a mão direita permanece fechada e colada 
às costas. Nesta posição o bombeiro mirim deverá 
permanecer imóvel e em silêncio. 
 
01 02 03 
Homem base 
Bombeiro Mirim mais alto 
Número da coluna 
3. Sentido: posição na qual o bombeiro mirim ficará 
em pé, com as pernas esticadas e calcanhares unidos, 
pontas dos pés levemente esticados para fora. Braços 
esticados, com leve curvatura no cotovelos, mãos 
espalmadas, dedos colados e palma das mão coladas 
na lateral da cocha. Cabeça erguida e olhar para a 
frente. 
 
 
 
 
4. Cobrir: posição que possui duas variáveis. Para os 
bombeiros mirins da testa do pelotão (os bombeiros 
mirins mais altos), estes deverão esticar lateralmente 
o braço esquerdo de tal forma que encoste somente a 
ponta do dedo médio no ombro do colega ao lado 
(Intervalo). Para todos os outros bombeiros mirins, 
estes deverão esticar para a frente o braço esquerdo 
de tal forma que encoste somente a ponta do dedo 
médio no ombro do colega à frente (distância). Em 
ambos os casos, o braço direito, a mão direita, as 
pernas e os pés, permanecem como descrito na 
posição de “Sentido”. 
 
 
 
5. Sentado (ao solo): posição na qual o bombeiro mirim 
sentará com as pernas cruzadas (perna direita à frente 
da esquerda), envolvendo os joelhos com os braços. A 
mão esquerda deverá segurar o braço direito pelo 
pulso mantendo a mão direita fechada. 
 
 
 
Seção 06 – dos Comandos de Voz 
 
Uma vez entendido a incorporação em um pelotão e as posições, o bombeiro mirim 
estará apto para iniciar os movimentos coordenados através dos comandos de voz. 
O comando de voz, trata-se de uma ordem verbal emitida pelo comandante do 
pelotão, que poderá ser outro bombeiro mirim, um monitor ou mesmo um militar. 
O comando de voz é dividido em três partes: Voz de advertência, comando 
propriamente dito e voz de execução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As vozes de comando são emitidas pelo comandante da tropa, sempre na posição de 
“Sentido”. Elas devem ser claras, energéticas e de intensidade proporcional ao tamanho do 
pelotão de bombeiros mirins. 
 
São exemplos de comandos: 
 
 
1. Colocar o pelotão em forma: “Atenção bombeiros 
mirins! À minha vanguarda, colunas por um (dois, 
três ...) em forma. 
Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins que estiverem 
dispersos deverão se deslocar para a frente do 
comandante e assumir suas posições conforme o 
número de colunas. 
 
 
2. Colocar o pelotão formadoem posição de Sentido: 
“Atenção bombeiros mirins! Sentido!”. 
Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins que estiverem 
em forma, deverão assumir a posição de “Sentido”. 
 
 
 
“ATENÇÃO BOMBEIRO MIRIM! DIREITA, VOLVER!” 
Voz de Advertência 
É um alerta que se dá à tropa. 
Comando propriamente dito 
Indica o movimento a ser realizado pela tropa. 
Voz de execução 
Determina o momento exato em que o 
movimento deve começar ou cessar. 
 
 
3. Colocar o pelotão formado, já em posição de 
Sentido, para Cobrir: “Atenção bombeiros mirins! 
Cobrir!” 
Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins que estiverem 
em forma, deverão assumir a posição de “Cobrir”. 
 
 
4. Dar o comando de Firme para retornar os bombeiros 
mirins para a posição de Sentido: “Atenção 
bombeiros mirins! Firme!” 
Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins que estiverem 
em forma, deverão retornar para a posição de “Sentido” 
(o bombeiro mirim abaixará o braço esquerdo, batendo a 
mão espalmada contra a lateral da coxa esquerda e 
permanecendo na posição de “Sentido”). 
 
 
5. Colocar o pelotão na posição de descansar: 
“Atenção bombeiros mirins! Descansar!” 
Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins que estiverem 
em forma, deverão assumir a posição de descansar. 
 
 
 
6. Comandar o pelotão, que se encontra na posição de 
descansar, para ficar à vontade: “Atenção bombeiros 
mirins! À vontade!” 
Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins que estiverem 
em forma, deverão assumir a posição de à vontade. (para 
retornar à posição de descansar, basta o comandante do 
pelotão dizer “Atenção bombeiros mirins!”). 
 
 
 
Quando uma série de comandos forem realizados em sequência, a voz de 
advertência poderá ser suprimida (não pronunciada), a partir do segundo comando. 
 
 
 
 
 
 
7. Colocar o pelotão em forma, coberto e alinhado: 
“Atenção bombeiros mirins! À minha vanguarda, 
colunas por um (dois, três ...) em forma! Sentido! 
Cobrir! Atenção bombeiros mirins! Firme! Descansar! 
Ao ouvir os comandos, os bombeiros mirins deverão 
assumir suas posições dentro da formação do pelotão e 
realizar os comandos de acordo com a sequência de 
ordens emitidas pelo comandante do pelotão. 
 
8. Com o pelotão já formado e na posição de 
descansar, colocar o mesmo na posição de sentado: 
“Atenção bombeiros mirins! Sentado 1,2!” - A tropa 
responde: “três, quatro.” 
Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, ao 
mesmo tempo, deverão assumir a posição de sentado, e 
verbalizar com vibração a frase “três, quatro”! 
 
9. Com o pelotão já formado e na posição de sentado, 
colocar o mesmo de pé, na posição de descansar: 
“Atenção bombeiros mirins! De pé um, dois!” – A tropa 
responde: “três, quatro”. 
Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, ao 
mesmo tempo, deverão se levantar, assumir a posição de 
descansar e verbalizar com vibração a frase “três, quatro”. 
 
A movimentação do pelotão, pode ser dada por duas formas: com voltas em salto 
(partindo da posição de descansar) ou voltas em pé firme (voltas volver, partindo da 
posição de sentido). 
 
10. Com o pelotão na posição de descansar, dar 
o comando de frente para direita: “Atenção bombeiros 
mirins! Frente para a direita!” – A tropa responde: 
“Haaaa”. 
Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, ao 
mesmo tempo, deverão saltar, girar o corpo 90º à direita e 
verbalizar com vibração o grito “Haaaa”. 
 
11. Com o pelotão na posição de descansar, dar 
o comando de frente para a esquerda: “Atenção 
bombeiros mirins! Frente para a esquerda!” – A tropa 
responde: “Haaaa”. 
Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, ao 
mesmo tempo, deverão saltar, girar o corpo 90º à 
esquerda e verbalizar com vibração o grito “Haaaa”. 
 
12. Com o pelotão na posição de descansar, dar 
o comando de frente para a retaguarda: “Atenção 
bombeiros mirins! Frente para a retaguarda!” – A tropa 
responde: “Haaaa”. 
Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, ao 
mesmo tempo, deverão saltar, girar o corpo 180º à 
esquerda até ficar de frente para a retaguarda (ou de 
costas para o comandante) e verbalizar com vibração o grito “Haaaa”. 
 
13. Com o pelotão na posição de sentido, dar o comando de 
direita volver: “Atenção bombeiros mirins! Direita, volver!” 
Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, deverão 
elevar o calcanhar do pé esquerdo, mantendo a ponta do pé no 
solo, enquanto eleva a ponta do pé direito, mantendo o 
calcanhar no solo. Em seguida, gira o corpo 90º à direita. Ao 
final do movimento, une os calcanhares novamente de forma 
energética e retorna para a posição inicial de sentido. 
 
14. Com o pelotão na posição de sentido, dar o comando de 
esquerda, volver: “Atenção bombeiros mirins! Esquerda, 
volver!” 
Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, deverão 
elevar o calcanhar do pé direito, mantendo a ponta do pé no 
solo, enquanto eleva a ponta do pé esquerdo, mantendo o 
calcanhar no solo. Em seguida, gira o corpo 90º à esquerda. Ao 
final do movimento, une os calcanhares novamente de forma energética e 
retorna para a posição inicial de sentido. 
 
15. Com o pelotão na posição de sentido, dar o comando de 
meia volta, volver: “Atenção bombeiros mirins! Meia volta, 
volver!” 
Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, deverão 
realizar movimento igual o descrito em esquerda volver. No 
entanto, o corpo fará um giro de 180º, de tal forma que todos 
fiquem de costas para o comandante do pelotão. 
 
16. Com o pelotão na posição de sentido, dar o comando de 
oitava à direita, volver: “Atenção bombeiros mirins! Oitava 
à direita, volver!” 
Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, deverão 
realizar movimento igual o descrito em direita volver. No entanto, 
o corpo fará um giro de apenas 45º, ou seja, meia volta 
 
17. Com o pelotão na posição de sentido, dar o comando de 
oitava à esquerda, volver: “Atenção bombeiros mirins! 
Oitava à esquerda, volver! 
Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, deverão 
realizar movimento igual ao descrito em esquerda volver. No 
entanto, o corpo fará um giro de apenas 45º, ou seja, meia volta. 
 
 
 
 
18. Para voltar o pelotão para a última posição, cancelando 
o último comando dado, dar o comando de última forma: 
“Atenção bombeiros mirins! Última forma!” 
Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, deverão 
voltar para a última posição assumida. Exemplo: se dado a 
ordem de direita volver (ou qualquer outro comando, inclusive 
errado) e o comandante do pelotão quiser cancelar a ação, 
deverá dar o comando de última forma. 
 
19. Com o pelotão na posição de sentido, dar o comando de 
fora de forma: “Atenção bombeiros mirins! Fora de forma, 
marche!” – A tropa responde: “bombeiros mirins” 
Ao ouvir o comando, os bombeiros mirins em forma, deverão 
gritar “bombeiros mirins” e em seguida, realizar o movimento de 
romper marcha com pé esquerdo, desfazendo assim a 
formação do pelotão. 
 
Outros comandos de voz que podem ser usados pelos bombeiros mirins, mas 
normalmente são realizados pelos instrutores: DESLOCAMENTO EM COLUNA POR 
UM e CONTINÊNCIA À BANDEIRA 
 
20. Com o pelotão em forma e na posição de descansar, dar o comando de 
sentido e de deslocamento em coluna por um: Atenção bombeiros mirins! 
Sentido! Base a coluna da direita, em direção à sala de aula, colunas por um, 
sem cadência, marche! Tropa menos, descansar. 
Ao ouvir os comandos, todos os bombeiros mirins em forma, deverão assumir a 
posição de sentido e assim permanecer até que seja dada a voz de execução 
‘Marche!”. Neste momento, a coluna da direita (coluna base) e somente ela, 
romperá marcha e os seus bombeiros mirins deslocarão em fila para o local 
determinado pelo comandante da tropa. As outras colunas 
permaneceram em posição de sentido até o comandante dar a 
voz de comando “Tropa menos, descansar”, onde todo o 
restante assumirá a posição de descansar.Quando o último da 
primeira fila passar ao lado da testa das outras colunas, 
levantará a mão esquerda e gritará “último”. A próxima 
coluna, então, assumirá a posição de sentido, romperá marcha e deslocará para 
o local 
 
21. Com o pelotão na posição de sentido, dar o comando de prestar 
continência à bandeira nacional: “Atenção bombeiro mirim! Em continência 
à bandeira, apresentar arma!” Após realizado o hasteamento, o comandante 
dos bombeiros mirins dará o comando de desfazer a continência e colocará 
o pelotão na posição de descansar: Atenção bombeiros mirins! Descansar, 
arma! Bombeiros mirins, descansar! 
Ao ouvir os comandos, os bombeiros mirins em forma, prestarão 
continência, mantendo o olhar direcionada para a bandeira do 
Brasil. Na hora de desfazer a continência, permanecerão olhado 
para a bandeira do Brasil até que o comandante do pelotão fale 
“Descansar ...”, onde os bombeiros mirins passarão a olhar para 
frente, rumo ao horizonte (ou nuca do colega). A tropa irá 
desfazer a continência somente após o grito de “arma!”. Por fim, 
assumirão a posição de descansar, conforme comando de voz 
emitido pelo chefe do pelotão. 
 
Referências Bibliográficas 
BRASIL. Ministério da Defesa. Exército Brasileiro. Estado-Maior do 
Exército. Manual de campanha C 22-5, Ordem Unida. 3ª ed. 2000. Disponível 
em: https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/123456789/105/1/C-22-5.pdf Acessado 
em: 02/11/2022. 
SANTOS, H.T.; A Ordem Unida na Evolução da Doutrina Militar. Prefácio 
do Coronel Cláudio Moreira Bento, presidente da Academia de História Militar 
Terrestre do Brasil. Resende, RJ, 2000. Disponível em: 
http://www.ahimtb.org.br/A%20ordem%20unida%20na%20revolu%C3%A7%C3
%A3o%20da%20doutrina%20militar.pdf Acessado em 02/11/2022. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/123456789/105/1/C-22-5.pdf
http://www.ahimtb.org.br/A%20ordem%20unida%20na%20revolu%C3%A7%C3%A3o%20da%20doutrina%20militar.pdf
http://www.ahimtb.org.br/A%20ordem%20unida%20na%20revolu%C3%A7%C3%A3o%20da%20doutrina%20militar.pdf
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
A humanidade incorporou o fogo à sua rotina há 
milhares de anos, sendo inseridas na prática humana 
tarefas como o aquecimento de alimentos, objetos e 
ambientes, a iluminação de locais, a incineração de resíduos 
e dejetos entre outras atividades. 
No entanto, um dos desafios que ainda perduram é o 
pleno controle do fogo que eventualmente foge ao controle 
e este episódio denomina-se de incêndio. Incêndio, 
portanto, é o nome dado ao fogo que foge ao controle e 
consome aquilo a que não deveria consumir, podendo, pela 
ação das suas chamas, calor e fumaça, proporcionar danos 
à vida, ao patrimônio e ao meio ambiente. 
A profissão de bombeiro militar surgiu pela 
necessidade de que houvesse um serviço público de 
extinção de incêndios e, desde seu início, vem se 
aperfeiçoando em técnicas e atividades, sempre buscando 
salvaguardar vidas e bens. 
 
HISTÓRICO DO FOGO E A EVOLUÇÃO HUMANA 
Seção 01 – O controle do fogo 
 
Estima-se que o fogo surgiu 
há milhões de anos atrás. Mas 
somente há 500 mil anos passou a 
ser controlado pela humanidade na 
África oriental no período 
Paleolítico. O fogo foi a maior 
conquista do ser humano na pré-
história. A partir desta conquista o 
ser humano aprendeu a utilizar a 
força do fogo em seu proveito, 
extraindo a energia dos materiais da 
natureza ou moldando a natureza 
em seu benefício. O homem foi o 
único ser vivo a não recear o fogo. 
O fogo serviu como proteção 
aos primeiros hominídeos, 
afastando os predadores. O que 
favoreceu a vida em grupos e 
consequentemente o 
desenvolvimento da comunicação e da linguagem, uma vez que ao redor das fogueiras se 
tornou um local de reuniões. Depois, o fogo começou a ser empregado na caça, usando 
tochas rudimentares para assustar a presa, encurralando-a. Foram inventados vários tipos 
de tochas, utilizando diversas madeiras e vários óleos vegetais e animais. Eles também 
utilizavam o fogo para amolecer e endireitar varas e dentes de mamutes, que depois eram 
usados como armas de caça. 
No inverno e em épocas gélidas, o fogo 
protegeu o ser humano do frio mortal. O ser 
humano pré-histórico também aprendeu a 
cozinhar os alimentos em fogueiras, tornando-
os mais saborosos e saudáveis, pois o calor 
matava muitas bactérias existentes na carne e 
a tornava mais macia, facilitando sua deglutição 
e digestão. O fato de cozinhar os alimentos fez 
diminuir as suas mandíbulas e aumentar sua 
caixa craniana é o volume cerebral. 
 
Fogo é um fenômeno químico, em que 
ocorre a produção de luz e calor. Ele é 
imprescindível na vida moderna, como sempre 
foi desde a idade da pedra. Quando sob 
controle, é de extrema importância. Mas, 
quando foge do controle do homem, transforam 
num agente de grande poder destruidor, o 
incêndio. 
O incêndio é o fogo descontrolado que 
queima aquilo que a ele não é destina a 
queimar. É a propagação rápida e violenta 
provocando danos materiais e as vezes perdas 
de vidas humanas. Dentro dessa perspectiva 
temos os incêndios urbanos e florestais. 
 
Seção 02 - Causas dos incêndios 
Causas Naturais - quando o incêndio é 
originado em razão dos fenômenos da natureza, 
que agem por si só, completamente independentes da vontade humana. Exemplo: Raio que 
cai e dá início a um incêndio. Vale ressaltar que incêndios de causas naturais são raros de 
acontecer. 
Acidental - Quando o incêndio é proveniente do descuido do homem, muito embora 
ele não tenha intenção de provocar o acidente. Esta é a causa da maioria dos incêndios. 
Proposital - Quando o incêndio tem origem criminosa, ou seja, houve a intenção de 
alguém em provocar o incêndio. 
Seção 03 - Evolução das viaturas de combate a incêndios 
 
Carro pipa de 1956 com capacidade de 
1.000 litros. Era guarnecida por um chefe, um 
condutor e um par de linha, sendo adaptada para 
tração animal (Imagem Museu Histórico CBMRJ) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPORTAMENTO DO FOGO 
A combustão é definida como uma reação 
química exotérmica (libera calor) que se processa 
entre uma substância combustível e o comburente 
(geralmente o oxigênio), produzindo luz e energia 
térmica. 
Para que a combustão aconteça e se 
mantenha são necessários três elementos e um 
processo: 
1. Material Combustível 
2. Comburente 
3. Calor 
4. Reação em Cadeia (Processo Químico) 
Combustível 
Combustível é toda substância capaz de queimar, alimentando a combustão. É o 
elemento definido como campo de propagação do fogo. 
Viatura Atual 
Quanto ao seu estado físico, os combustíveis são classificados em: 
 
• Sólido (madeira, papel, borracha, carvão, etc.); 
• Líquido (Álcool, gasolina, diesel, solventes, 
etc.); 
• Gasoso (Gás Liquefeito de Petróleo, metano, 
acetileno, etc.). 
 
Os combustíveis sólidos queimam em superfície e profundidade e deixam resíduos, 
popularmente conhecidos como cinzas. 
Os combustíveis líquidos quando aquecidos liberam vapores combustíveis que ao 
entrar em contato com o comburente presente no ar atmosférico (oxigênio), vão formar uma 
mistura passível de queimar quando entrar em contato com alguma fonte de calor. 
Os combustíveis gasosos precisam estar misturados em uma concentração 
adequada com o oxigênio para que queimem. Cada substância possui um percentual que, 
ao ser combinado com o comburente possibilita sua inflamabilidade. 
Existe ainda uma reação química contínua entre o combustível e o comburente, 
derivada do calor, responsável pela liberação de mais calor que mantém a combustão, 
denominada reação em cadeia. 
A reação em cadeia não é um elemento do fogo, mas sim, um processo que se vale 
do combustível, comburente e calor para dar sustentabilidade ao processo de combustão. 
A união entre esses três elementos, unidos pela reação em cadeia, é didaticamenterepresentada pelo tetraedro do fogo. 
 
Comburente 
É o elemento que intensifica o processo de combustão. 
O oxigênio é o comburente mais comum, sendo encontrado 
no ar atmosférico na proporção de 21%. Estão presentes 
ainda 78% de nitrogênio e 1% de outros gases. 
Em ambientes com concentração de oxigênio a 21%, é 
possível observar uma queima sem limitações no que se 
refere ao suprimento de comburente, com presença de 
chamas. Neste ambiente, a queima sofrerá limitação apenas 
pelo combustível quantidade, umidade e disposição). 
Com a diminuição da oferta de oxigênio, ocorre a diminuição gradativa do tamanho 
das chamas e da velocidade da queima. Quando o percentual de oxigênio presente no 
ambiente alcança níveis inferiores a 14%, ocorrerá o desaparecimento das chamas, 
restando apenas pontos incandescentes em forma de brasa. Abaixo de 4% de oxigênio não 
há combustão 
 
Calor 
O Calor é o elemento responsável pelo início da combustão, ou seja, configura-se 
como a energia de ativação. É importante saber que a fonte de calor não se resume à chama 
propriamente dita. Uma simples superfície aquecida pode ser suficiente para desencadear 
um incêndio, dependendo do material que estiver em contato direto. 
Tradicionalmente, é conceituada como energia em trânsito, ou ainda como uma forma 
de energia que eleva a temperatura, decorrente da transformação de energia (mecânica, 
elétrica, etc.), através de processo físico ou químico. Por esta razão 
podemos conceituar calor como energia térmica em movimento. 
O calor também é chamado de energia calorífica, é um conceito da 
área da física que determina a troca de energia térmica entre dois corpos. 
Essa transferência de energia tem a finalidade de atingir o equilíbrio térmico 
entre dois corpos, ou seja, a mesma temperatura. Assim, um corpo mais 
quente transfere calor para um corpo mais frio até que ambos tenham a 
mesma temperatura. 
 
TRANSMISSÃO DO CALOR E OS PONTOS NOTÁVEIS DA COMBUSTÃO 
 
Seção 01 – As três formas de transmissão do calor 
São conhecidas três formas de transmissão de calor: condução, convenção e 
irradiação. 
 
Condução: 
Entende-se por condução a 
transmissão de calor em um corpo 
sólido, que ocorre molécula a molécula, 
por meio do movimento vibratório entre 
as mesmas que aumentam em 
decorrência de seu aquecimento. 
Quando se coloca uma barra de 
ferro em contato direto com uma fonte 
de calor, percebe- se que em alguns instantes, a face que não entrou em contato com o 
calor apresentará significativo aumento de temperatura. 
 
Convecção: 
Convecção é a transmissão de calor decorrente da 
movimentação de fluidos, sejam estes fluidos gasosos ou 
líquidos. 
Ao aquecermos um fluido, aumenta-se o nível de agitação 
de suas moléculas e consequentemente uma diminuição de sua 
densidade, causando sua ascensão. 
 
Irradiação: 
A irradiação é a transmissão de calor por meio de ondas eletromagnéticas emitidas 
pelas fontes de calor ou substâncias aquecidas. 
Nesta forma de propagação, as ondas 
eletromagnéticas se deslocam no espaço vazio 
inclusive no vácuo), não necessitando de 
continuidade molecular entre a fonte irradiadora e o 
material exposto. 
 
Seção 02 – Os pontos notáveis da combustão - pontos de fulgor, combustão e 
ignição. 
 
Ponto de fulgor 
Ao atingir o ponto de 
fulgor, o material combustível 
passará a liberar uma pequena 
quantidade de vapores 
combustíveis, que possuem 
capacidade para entrar em 
ignição quando em contato com 
um agente ígneo. Porém, em 
decorrência da baixa 
quantidade de vapor 
combustível liberado, ao se 
afastar a fonte de calor do 
material, as chamas não se 
mantêm. 
Dessa forma, ponto de fulgor é a menor temperatura um material (líquido ou solido) 
emitem vapores em quantidade suficiente para formar com o ar, uma mistura capaz de ser 
inflamada por um agente ígneo, ocorrendo uma queima rápida, que não se mantém (o aporte 
de combustível não é suficiente para manter as chamas). 
 
Ponto de combustão 
Ao alcançar o ponto de 
combustão, o combustível 
passará a liberar vapores 
combustíveis suficientes para 
entrar em ignição em contato 
com um agente ígneo e manter 
a combustão de forma 
autônoma, mesmo após a 
retirada da referida fonte. 
Neste ponto dizemos 
que a combustão é 
autossustentável, haja vista 
que o calor gerado pelo próprio 
processo de combustão a mantém. 
Desta maneira, o ponto de combustão é caracterizado como a menor temperatura na 
qual um material (líquido ou sólido) emite vapores em quantidade suficiente para formar com 
o ar, uma mistura capaz de ser inflamada por um agente ígneo, produzindo uma queima 
contínua. 
 
Ponto de Ignição 
O ponto de ignição é atingido quando o combustível é aquecido de forma gradual até 
uma temperatura que permita que os vapores combustíveis dele emanados se incendeiem 
mesmo sem a presença de um agente ígneo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO E AS CLASSES DE INCÊNDIOS 
 
Seção 01 - Métodos de extinção do fogo 
Observamos que para viabilizar o processo de combustão, devem estar presentes os 
quatro elementos que compõem o tetraedro do fogo: combustível, comburente, calor e 
reação em cadeia. Por consequência, se o objetivo é extinguir o fogo, os métodos de 
extinção se basearão na retirada de um ou mais desses elementos. 
Sendo assim, foram desenvolvidos como processos de extinção a retirada de 
material, o resfriamento, o abafamento e a quebra da reação em cadeia. 
 
Retirada do material 
Consiste basicamente em retirar o material combustível ainda não atingido pela 
combustão da área 
do incêndio ou 
controlar os 
combustíveis de 
forma a impedir que 
o fogo se propague 
para outros 
cômodos ou 
pavimentos. Nesse método combateremos o incêndio atacando o elemento “combustível” 
do tetraedro do fogo. 
Como exemplo de retirada de materiais temos: o afastamento de móveis do perímetro 
do incêndio, confecção de aceiros nos incêndios florestais etc. 
Como exemplo de controle de material podemos citar o ato de fechar as portar de 
cômodos ainda não atingidos pelo fogo; fechar as janelas do pavimento superior ao do 
pavimento sinistrado, impedindo dessa forma que a fumaça incendeie estes ambientes e o 
fechamento dos registros das centrais de GLP. 
 
Resfriamento 
É o método de extinção 
que atuará diretamente na 
retirada do calor envolvido no 
processo de combustão. Por 
esta técnica, diminui-se a 
temperatura do combustível que 
está queimando. 
A água é o agente extintor 
mais utilizado para se obter o 
resfriamento, por possuir grande capacidade de absorver calor e ser facilmente encontrada. 
 
Abafamento 
O método de extinção por 
abafamento objetiva a redução dos 
níveis de comburente no processo de 
combustão, até que esta 
concentração não permita mais a 
queima. Este método é indicado para 
pequenos focos de incêndio. 
 
Quebra da reação em cadeia 
Consiste na utilização de substâncias químicas que inibem a capacidade de reação 
entre combustível e comburente, impedindo a retroalimentação do incêndio. Também é 
chamada de extinção química, que consiste no uso de 
agentes que interferem quimicamente na reação diminuindo a capacidade de reação 
entre comburente e combustível. 
Esses agentes agem interferindo nos radicais livres formados na reação, capturando-
os antes de se coligarem na próxima etapa da reação. Certos agentes extintores, quando 
lançados sobre o fogo, sofrem ação do calor, reagindo sobre a área das chamas, 
interrompendo assim a “reação em cadeia”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Seção 02 - Classes de incêndios 
Com o objetivo de agrupar os incêndios pelas propriedades dos materiais 
combustíveis e, com isto, tornar mais eficiente sua extinção, a NFPA elaborou uma 
classificação de incêndios que se divide em quatro classes e é adotada pela maioria dos 
Corpos de BombeirosMilitares do Brasil. Contudo, muitas literaturas já trazem uma quinta 
classe, “Classe K”. 
Classe “A”: combustíveis sólidos, ex.: papel, madeira, tecidos, plástico e borracha; 
Classe “B”: líquidos ou gases inflamáveis, ex.: óleos e gorduras de cozinhas; 
Classe “C”: equipamentos elétricos energizados, ex.: televisão, liquidificador; 
Classe “D”: metais combustíveis, ex.: magnésio, potássio, sódio e cálcio. 
 
 
 
 
 
 
 
Classe A 
Incêndios envolvendo combustíveis sólidos, tais como papel, madeira, tecidos, 
plástico e borracha. Cumpre salientar que, tecnicamente, a borracha e o plástico são líquidos 
de altíssima viscosidade, o que torna os métodos de combate a incêndios que possuam 
esses materiais como combustível análogos aos dos materiais sólidos. Por isto são inseridos 
na classe “A” dos incêndios. 
Tem por característica a formação de resíduos (cinzas e brasas) em decorrência da 
queima e queimam em superfície e profundidade. 
O método de extinção mais eficiente e indicado para essa classe de incêndio é o 
resfriamento, sendo que o agente extintor mais utilizado é a água, pela capacidade que ela 
tem de penetrar no material combustível. 
 
Classe B 
Os incêndios de classe “B” envolvem a queima de combustíveis líquidos, óleos e 
gorduras de cozinhas, óleos e resina vegetais, graxas e gases inflamáveis e tem por principal 
característica a queima apenas em superfície e a ausência de resíduos decorrentes de sua 
combustão. 
Existem dois métodos de extinção adequados para se debelar um incêndio em 
líquidos inflamáveis, quais sejam, o abafamento, com a utilização de espuma mecânica, e a 
quebra da reação em cadeia, por meio da utilização de pó para extinção de incêndio do tipo 
“BC” e “ABC”. 
No que se refere à queima dos gases, utiliza-se o método de retirada do material 
combustível, fechando o registro da tubulação ou do recipiente, haja vista que a queima 
desses gases ocorre de forma rápida, impedindo que qualquer agente extintor trabalhe no 
resfriamento ou na quebra da reação em cadeia. 
 
Classe C 
Esta classe reúne os incêndios em equipamentos que se encontrem energizados. Daí 
a necessidade de especial atenção da guarnição que atenda ocorrências envolvendo esta 
classe de incêndio, haja vista que existe o risco de condução de energia elétrica no caso de 
utilização de água ou espumas que contenham água em sua composição. 
Caso ocorra a interrupção do fluxo de energia elétrica, o incêndio passará a ser 
classificado como sendo de Classe “A” e poderá ser combatido por resfriamento utilizando-
se água. 
Contudo, equipamentos que possuam capacitores entre os seus componentes tem a 
capacidade de armazenar eletricidade por um certo período, o que pode ocasionar 
descargas elétricas ao entrarem em contato com a água proveniente das linhas de combate 
da guarnição. 
Enquanto energizados os métodos de extinção mais adequados são o abafamento, 
com a utilização de Gás Carbônico (CO2), ou pela quebra da reação em cadeia, com a 
utilização de pós extintores de incêndio do tipo “BC” ou “ABC”. 
Cumpre salientar que a utilização de pó extintor pode causar danos irreparáveis aos 
equipamentos em decorrência de sua ação corrosiva. Por esta razão, deve-se dar 
preferência aos extintores a base de CO2. 
 
Classe D 
Esta classe de incêndio engloba incêndios em metais combustíveis sendo, em sua 
grande maioria, alcalinos. Os mais conhecidos são o selênio, magnésio, lítio, potássio, sódio, 
urânio, plutônio e cálcio. 
Sua queima libera grande quantidade de energia na forma de luz e calor. Alguns 
possuem a característica de reagir com água ou qualquer tipo de agente extintor que a 
contenha em sua composição. Outros reagem com a simples presença de oxigênio no 
ambiente. Esta reação provoca a aceleração da queima e liberação, de forma violenta, de 
luz e calor. 
Os metais combustíveis não são comumente encontrados no dia a dia, mas podem 
estar presentes em indústrias, depósitos industriais ou laboratórios. 
A extinção de incêndios envolvendo estes combustíveis é feita com a utilização de 
pós químicos especiais, geralmente a base de grafite, cloreto de 
sódio ou pó de talco, que irão agir simultaneamente por abafamento e quebra da 
reação em cadeia. Pode ser utilizada também a técnica de retirada de material para isolar o 
foco do incêndio, restringindo o seu potencial de propagação. 
 
AGENTES EXTINTORES 
Agentes extintores são aqueles elementos, encontrados na natureza ou sintetizados 
pelo homem, capazes de extinguir um incêndio pela sua ação em um ou mais dos 
componentes do tetraedro do fogo. Já aparelhos extintores são equipamentos para a 
utilização humana que contém, em seu interior, um agente extintor e um método de 
expedição deste agente de forma a se combater princípios de incêndio. 
 
Água 
A água é o agente extintor mais utilizado no combate a incêndio em decorrência da 
facilidade de ser encontrada e de sua capacidade de absorver calor, ela age principalmente 
por resfriamento e abafamento. 
 
Pós Químicos 
Os pós para extinção de incêndio são compostos químicos de partículas muito 
pequenas que possui as seguintes propriedades extintoras: quebra da reação em cadeia, 
abafamento, resfriamento e proteção contra irradiação. 
Os pós são classificados de acordo com a classe de incêndio que se destinam a 
combater: 
Pó BC: São utilizados para combater incêndios das classes “B” e “C”; 
Pó ABC: Atua nas classes “A”, “B” e “C”; 
Pó “D”: Utilizado em incêndios de classe “D”. 
 
Dióxido de carbono - CO₂ 
É um gás inerte que atua basicamente por abafamento e de forma secundária, por 
resfriamento. É um gás que não libera resíduos e não conduz eletricidade, sendo 
recomendado para extinção de incêndios em líquidos ou 
gases inflamáveis e em equipamentos elétricos energizados sensíveis a umidade. 
 
Espumas: 
A espuma age por abafamento, separando o comburente do líquido que se incendeia 
pela formação de uma camada de espuma na superfície do líquido. 
 
Extintores de incêndio: 
São equipamentos destinados ao combate e extinção de princípios de incêndios por 
possuir pequena capacidade extintora. 
 
Tipos de extintores 
Quanto a massa total, segundo a NBR 12693: 
• Portáteis: extintor que possui massa total (recipiente 
somado a carga) de 
até 20Kg; 
• Sobre rodas: equipamento montado sobre rodas com 
a finalidade de 
facilitar o transporte, possui massa total superior à 
20Kg. 
 
Quanto ao tipo de agente extintor 
• Água: incêndio classe “A”; 
• Pó para extinção de incêndio: incêndios das classes “A”, “B” e “C”; 
• Pó especial: Incêndio classe “D”; 
• Dióxido de Carbono: incêndios das classes “B” e “C”; • Espuma: incêndios das 
classes “A” e “B”. 
 
 
Classes de incêndios x agentes extintores 
 
Fonte: RedSafety – www.redsafety.com.br 
Quanto a instalação 
Quando os extintores forem 
instalados em paredes ou divisórias, a 
altura de fixação do suporte deve variar no 
máximo entre 1,6 m do piso, e de forma 
que a parte inferior do extintor permaneça 
no mínimo a 0,2 m do piso acabado. 
Os extintores não devem ser 
instalados em escadas. Devem estar 
desobstruídos e devidamente sinalizados 
de acordo com o estabelecido na NT 20. 
É permitida a instalação de 
extintores sobre o piso acabado, desde 
que permaneçam apoiados em suportes 
apropriados, com altura recomendada 
entre 0,10 m e 0,20 m do piso. 
 
 
Estrutura de um aparelho extintor 
 
São partes componentes da 
estrutura de um aparelho extintor: 
• Reservatório: destinado a 
armazenar o agente extintor e o 
agente 
propulsor; 
• Alça de transporte: parte 
fixa da válvula de descarga 
destinada à empunhadura do 
aparelho; 
• Acionador: responsável 
pela expulsão do agente extintor 
para o exterior do recipiente; 
• Tubo sifão: Conduz o 
agente extintor do interior do 
reservatório até a válvula de 
descarga; 
• Mangueira: conduz o agente extintor a partir da válvulade 
Fonte: HIPER FIRE- www.hiperfireextintores.co.br 
descarga até o bico de descarga (extintores de água, espuma e pó) ou difusor 
(extintores de gás), instalado na ponta da mangueira; 
• Manômetro: Marca a pressão no interior do cilindro. 
 
Capacidade extintora 
Capacidade extintora é a medida do poder de extinção de um aparelho extintor e está 
diretamente relacionada com as proporções do foco e quantidade do agente extintor 
disponível. Atualmente são regulamentadas pelas NBR’s 9443 e 9444. 
 
Manutenção 
Os aparelhos extintores devem ser inspecionados periodicamente, com atenção 
especial para sua localização e possível obstrução do acesso, integridade do reservatório e 
possível obstrução do bico de descarga, conferência da pressão interna do recipiente por 
meio da verificação do manômetro e pesagem do aparelho para verificação de possível 
perda de agente extintor em função de vazamentos. 
Anualmente, o extintor deve ser enviado para empresa especializada para a inspeção 
obrigatória e recarga do agente propulsor e agente extintor. A cada cinco anos o recipiente 
do aparelho extintor deverá passar por teste hidrostático. 
 
Manuseio 
O modo de operação de um aparelho extintor é simples e está descrito em seu rótulo, 
para facilitar sua utilização, e consiste basicamente em: Localizar o foco de incêndio e 
identificar qual material está queimando; 
• Escolher o extintor mais adequado àquela classe de incêndio e transportá-lo até as 
proximidades do foco; 
• Retirar o lacre e o pino de segurança; 
• Apontar o bico de descarga ou o difusor para a base das chamas; 
• Apertar a válvula de descarga; 
• Descarregar a carga extintora em quantidade suficiente para debelar o princípio de 
incêndio.
 
 
INCÊNDIOS URBANOS E FLORESTAIS 
 
Seção 01 - Incêndios urbanos 
O incêndio ocorre onde a prevenção falha. Ao menor sinal de incêndio chame o Corpo 
de Bombeiros discando 193 de qualquer telefone, a ligação é gratuita. Pessoas sem o devido 
treinamento podem se machucar ao tentar realizar uma extinção de incêndio, o 
procedimento correto é sempre chamar o Corpo de Bombeiros. Motorizado ou mesmo a pé, 
assim que ouvir as sirenes das viaturas do Corpo de Bombeiros, imediatamente facilite a 
passagem. 
 
Dicas de prevenção de incêndios em residências 
• Não deixe velas perto de tecidos, como cortinas e lençol, ou de estruturas de 
madeira, como santuário e cabeceiras de cama; 
• Não deixe fósforos, isqueiros e outras fontes de energia ao alcance das crianças; 
• Observe as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis ou explosivos; 
• Evite ligar vários aparelhos eletrônicos em uma mesma tomada; 
• Não esqueça panelas no fogo e nunca coloque cortinas próximas ao fogão; 
• Não utilize chama ou aparelho de solda perto de materiais inflamáveis. 
• Não cubra fios elétricos com o tapete; 
• Verifique se os registros de gás estão bem fechados, quando os botijões não estão 
sendo utilizados; 
• Verifique periodicamente se os fios estão bem isolados. Ao sair para viagem, 
desligue a chave geral de luz; 
• Ao utilizar o forno, primeiro acenda o fósforo, depois abra a tampa e em seguida o 
gás; 
• Nunca deixar o ferro de passar roupas ligado quando não estiver por perto; 
• Caso sinta cheiro de gás no ambiente, tome cuidado; não risque fósforos nem 
acenda a luz. Abra imediatamente as portas e janelas para que ventile. 
 
Como proceder em casos de Incêndios 
Ao ser verificado a ocorrência de um incêndio as medidas abaixo devem ser tomadas 
na ordem que se encontram: 
• Proteja seu corpo, isto é, nunca tire a roupa. Ao contrário, acrescente outras peças, 
se possível; 
• Improvise um filtro protegendo o nariz e a boca; 
• Dirija-se a saída de emergência, indo sempre junto às paredes; 
• Desça sempre, isto é, ao chegar à saída de emergência procure descer até o andar 
térreo; 
• Nunca use os elevadores, utilize-se sempre das escadas; 
• Tenha calma. Procure andar agachado, pois a fumaça sempre vai subir; 
• Não dê chance ao fogo, isto é, tendo conseguido escapar, não retorne ao local 
enquanto ele não estiver controlado. 
 
Seção 02 - O perigo das queimadas urbanas e florestais 
O horizonte cinza denúncia. É tempo de queimadas. Indiferentes aos prejuízos que a 
fumaça representa à saúde e ao meio ambiente e aos riscos que o fogo dentro das cidades 
representa para a segurança de toda a comunidade, alguns moradores mantêm o mau 
hábito de aproveitar o período de estiagem para limpar terrenos e eliminar o lixo acumulado 
no fundo de casa, nas calçadas e até mesmo em praças. 
Outro problema grave que comumente preocupa 
a população de bairros onde a queima de mato em 
terrenos baldios é constante é o perigo do fogo atingir as 
residências vizinhas a estes terrenos. Muitas vezes, o 
morador coloca o fogo, mas não se atenta para o que 
pode ocorrer. E todos os que moram ao redor sofrem 
com o fogaréu. Isso sem falar na queima da vegetação. 
Colocar fogo na vegetação de terrenos e lotes 
baldios além de ser prejudicial, também é crime como 
está previsto na Lei Federal (9.605/1998). Além disso as 
chamas em alguns casos são capazes de atingir casas, 
veículos e a rede elétrica e, afugentam os animais 
peçonhentos para as residências vizinhas. 
Atear fogo na vegetação as margens das rodovias 
também é crime e pode causar acidentes 
graves e muitas vezes com vítimas fatais, haja 
vista que a fumaça prejudica a visão dos 
motoristas. 
Incêndio Florestal é todo o fogo sem 
controle que incide sobre qualquer forma de 
vegetação, podendo ser tanto provocado pelo 
homem ou por causa natural. 
 
 
 
Principais causas 
• Queima para a rebrota de pastagens; 
• Queima para plantios; 
• Vandalismo; 
• Velas em rituais religiosos; 
• Fogueiras em acampamentos; 
• Queima de lixo; 
• Causa acidental, rompimento de cabos da rede elétrica; 
• Causa natural, raios. 
 
 
Principais Consequências 
Os incêndios liberam fumaça e partículas, como a fuligem, que não deixam as nuvens 
ficarem carregadas até virarem chuva. Assim, as nuvens são levadas pelo vento para outros 
locais, evaporam e não chove onde era para chover! Por conta disso, precisamos 
urgentemente diminuir ao máximo essa fumaceira que vai para o céu! 
As queimadas causam a degradação do solo, erosão e o assoreamento dos rios e 
córregos. Podem causar sérios prejuízos financeiros e, até mesmo, colocar em risco a vida 
de pessoas e de animais domésticos. Podem atingir casas, galpões, armazéns e instalações 
rurais e urbanas. 
Na natureza todo ser vivo tem sua função. Por isso, a morte de animais e plantas tem 
como consequência um sério desequilíbrio ambiental. A cadeia alimentar que envolve as 
plantas e os animais fica comprometida, prejudicando o ciclo da vida. 
Além disso, a cura para muitas doenças se dá pelo uso de remédios feitos de plantas 
nativas e de substâncias extraídas de alguns bichos, por exemplo: o veneno da jararaca é 
usado para a fabricação de remédio contra a pressão alta. É triste ver essa riqueza virar 
fumaça. 
Dentro desse contexto, a fumaceira gerada pelos incêndios florestais e das 
queimadas de terrenos baldios, causam vários problemas de saúde às pessoas. As crianças 
e os idosos geralmente são os mais afetados. 
 
Os principais problemas são os seguintes: 
• Problemas respiratórios (bronquite, asma, infecções); 
• Problemas do coração e do sistema nervoso; 
• Dores de cabeça e náuseas; 
• Conjuntivite; 
• Alergias e intoxicações; 
• Maior ocorrência de câncer. 
 
Dicas para evitar os incêndios florestais 
• Não ateie fogo na vegetação seca e no lixo de seus próprios quintais ou terrenos 
baldios. Os lixos contêm substâncias perigosas, que prejudicam você, seus vizinhos e 
bairros distantes. 
• Mantenha os lotes limpos, sem usar fogo para isso. 
• Não solte fogos de artifício próximo a vegetação seca. 
• Apagar as “bitucas” de cigarro e jogar na lixeira. 
• Manter fósforos e isqueirosfora do alcance das crianças. 
• Apague totalmente as chamas e cinzas das fogueiras em acampamentos. 
• Fazer aceiros ao redor de casas, currais, celeiros, armazéns, galpões, propriedades 
rurais etc. 
• Manter os aceiros sempre bem roçados. 
 
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIOS 
Os materiais e equipamentos utilizados em operações de extinção de 
incêndio são as ferramentas de suporte aos bombeiros, necessárias para 
viabilizar o combate. Eles compreendem basicamente: 
 
• Mangueiras; 
• Esguichos; 
• Chaves; 
• Acessórios hidráulicos; 
• Equipamentos auxiliares; e 
• Escadas. 
 
 
 
 
Mangueira: 
É o equipamento destinado a conduzir água ou espuma, sob 
pressão sendo constituído de um duto flexível, dotado de juntas de 
união em suas extremidades, utilizado no combate a incêndio. 
 
Mangotes: 
São tubos de borracha reforçados com arame de aço helicoidal, 
totalmente integrados e recobertos por uma camada composta por 
borracha ou poliuretano (plástico com alta resistência à abrasão). São 
usados, normalmente, para o abastecimento das viaturas, momento em 
que é criado uma atmosfera de baixa pressão que poderia colar as 
paredes de uma mangueira comum. 
 
Mangotinho: 
São dotados de esguichos próprios e, em geral, trabalham 
com pressões elevadas e baixa vazão. São acondicionados nas 
viaturas em carretéis o que permite desenrolar os mangotinhos e 
usá-los sem necessidade de acoplamento, sua utilização é eficaz na 
maioria das pequenas emergências limitando-se apenas quando o 
foco de incêndio estiver muito afastado da viatura. 
. 
Esguichos: 
São equipamentos conectáveis nas mangueiras, destinados 
a dar forma, direção e controlar os jatos de água durante uma 
operação de combate a incêndio. 
 
Os esguichos mais utilizados pelo Corpo de Bombeiros de Goiás são: 
• Agulheta; 
• Regulável; 
• Pistola; 
• Canhão; 
• Lançador de espuma; 
• Proporcionador de espuma. 
 
 
 
As ferramentas mais utilizadas pelo Corpo de Bombeiros de Goiás são: 
• Chave de mangueira; 
• Chave de hidrante; 
• Chave de mangote; 
• Chave tipo “T”; 
• Chave de registro; 
• Passagem de nível. 
 
Os principais acessórios hidráulicos são: 
• Adaptador de hidrante; 
• Luva de redução; 
• Tampão; 
• Divisor ou derivante; 
• Coletor; 
• Misturador ou aparelho entrelinhas; 
• Ralo ou válvula de retenção; 
• Luva de hidrante ou capa de pino. 
 
 
Os principais equipamentos auxiliares são? 
• Rádio HT; 
• Equipamentos de ventilação; 
• Pás; 
• Enxada, enxadão e rastelo. 
 
Escadas: 
As escadas são constituídas basicamente por dois elementos; banzo, que são as 
duas peças paralelas que suportam os degraus de uma escada, e degraus, que são cada 
uma das partes da escada em que se o põe o pe. A escada deve ser coloca deve ser 
colocada numa posição que ofereça um bom ângulo de inclinação que deve variar de 68º a 
75º. Para estabilizar a escada, o bombeiro deverá posicionar-se diante dela com a ponta da 
bota encostando aos pés da escada. Estender os braços horizontalmente e os dedos 
deverão segurar os banzos. 
 
Alguns materiais usados para combater incêndios florestais 
 
 
• Fação 
• Foice; 
• Enxada; 
• Enxadão; 
• Rastelo; 
• Abafadores; 
• Mochilacostal; 
• Pinga fogo. 
 
 
 
 
 
 
MANGUEIRAS DE COMBATE A INCÊNDIOS 
 
Seção 01 - Maneabilidade 
de mangueiras 
As mangueiras atuais são 
construídas com um duto flexível 
dotado de uniões e destinada a 
conduzir água sobre pressão ou 
espuma. No revestimento interno 
desse duto está presente um tubo 
de borracha vulcanizada (forro) 
diretamente no tecido externo, o 
que impermeabiliza a mangueira 
e evita que o líquido escorra do 
seu interior. 
É o equipamento destinado 
a conduzir água ou espuma, sob 
pressão sendo constituído de um duto flexível, dotado de juntas de união em suas 
extremidades, utilizado no combate a incêndio. 
As mangueiras de combate a incêndio devem ser identificadas nas duas extremidades 
com; o nome ou marca do fabricante; o número da norma (NBR 11861); o tipo de mangueira; 
e o mês e o ano de fabricação. 
 
Conservação e manutenção 
Para aumentar a vida útil da mangueira e preservar suas condições de emprego nas 
operações de incêndio, as mangueiras requerem um adequado acondicionamento e 
manutenção, antes, durante e após o uso operacional. 
 
Antes do uso operacional 
Todas as juntas de união, antes da distribuição das mangueiras para o uso 
operacional devem ser testadas, através do acoplamento com outras juntas, a fim de garantir 
que não estejam amassadas ou danificadas. As juntas devem ser lubrificadas com talco ou 
grafite, não sendo recomendado o uso de óleo ou graxa. 
As mangueiras novas devem ser armazenadas acondicionadas pela ponta, na forma 
espiral, em local fresco e arejado, livre de umidade e mofo e protegidas da exposição direta 
de raios solares. 
Recomenda-se que, no máximo, a cada 90 dias as mangueiras sejam 
descondicionadas e em seguidas recondicionadas, a fim de evitar a formação de vincos nos 
pontos de dobra não devendo ficar armazenadas por longo período sem utilização. 
Durante o uso operacional 
Deve-se evitar o arraste das mangueiras sobre superfícies ásperas. Se houver 
necessidade de colocá-las em contato com “quinas” de paredes, parapeitos ou de bordas 
vivas, que sejam colocadas proteções evitando o atrito e desgaste da mangueira. A 
formação de ângulos retos causa diminuição do fluxo de água e danos às mangueiras, em 
especial se estiverem pressurizadas. 
Deve-se ainda evitar mudanças bruscas de pressão interna, provocada pelo 
fechamento rápido de expedições ou esguichos, pois além de danificar as mangueiras 
podem ocasionar danos as demais peças do sistema. 
Outro cuidado importante é evitar a colocação de mangueiras diretamente sobre 
superfícies com temperaturas altas, tornando a parede da mangueira friável. Deve-se ter o 
mesmo cuidado com o contato com substâncias que possam atacar quimicamente o duto da 
mangueira (derivados de petróleo, ácidos, etc.). 
Uma atenção especial deve ser dada às juntas de união, evitando que as mesmas 
sofram batidas, visto que poderá vir a prejudicar o acoplamento e vedação das ligações. 
Deve-se sempre, impedir que veículos transitem sobre a mangueira, em especial 
quando esta estiver pressurizada, pois além de poder causar ruptura da mangueira, ainda 
pode interromper o fluxo de agua e prejudicar o combate ao incêndio, inclusive colocando 
em risco a equipe que está na ponta da mangueira, além de golpes de aríete, que podem 
danificar as mangueiras e os demais componentes hidráulicos a ela conectados. 
Sempre que for necessário um veículo passar por sobre uma mangueira, deve se 
utilizar passagens de nível. Na ausência de passagem de nível e após comunicado a equipe 
que se encontra fazendo o combate na ponta da linha, deve-se interromper o fluxo de água, 
abrir o esguicho e somente então liberada a passagem dos veículos. Vale lembrar que isto 
deve ocorrer apenas em casos extremos, pois podem colocar em risco tanto a equipe que 
realiza o combate como danificar o material. 
 
Após o uso operacional 
As mangueiras utilizadas devem ser inspecionadas visualmente, e suas juntas devem 
ser avaliadas para saber se não há nenhum dano que comprometa sua reutilização no 
serviço operacional. 
Caso necessite de limpeza observe primeiramente as orientações do fabricante, na 
ausência de orientações específicas para a limpeza utiliza-se água pura, escova com cerdas 
macias e, se necessário, sabão neutro. Se a mangueira estiver suja com óleo, graxa ou 
ácidos, ela poderá ser lavada com o uso de água morna, sabão neutro ou outro produto 
recomendado pelo fabricante. 
Após a lavagem a mangueira deve ser colocada para secar à sombra e em local 
ventilado. Podendo ser içada por uma das juntas ou por uma dobra no meio (cuidado para 
evitar quinas), podendo ainda ser utilizado um plano inclinado parasua secagem. 
O uso adequado do equipamento e o seu bom emprego durante a atividade, são 
qualidades advindas da capacidade de manipular com facilidade os objetos envolvidos na 
atividade de combate a incêndio. Todo equipamento deve ser manuseado com cuidado e 
zelo, evitando que ocorram pancadas e impactos desnecessários e garantindo desta forma 
seu uso por período adequado. 
 
Seção 02 - Formas de acondicionamento das mangueiras 
Acondicionamento pela ponta: 
Também conhecida como “Espiral”, neste caso, 
inicia o acondicionamento por uma das juntas. Com a 
mangueira totalmente estendida em uma superfície 
livre de sujidades (terra, lama, graxa, gordura, etc.), o 
combatente deve certificar-se de que o corpo do duto 
não se encontra torcido, o militar de posse de uma das 
pontas da mangueira deverá envolver a junta de união 
com o corpo do duto formando uma espiral 
prosseguindo como enrolamento da mangueira até a 
outra extremidade do duto. 
 
Aduchamento pelo seio: 
Ou simplesmente aduchamento, consiste no 
acondicionamento da mangueira com está sendo 
dobrada inicialmente ao meio e posteriormente 
enrolada. Os militares devem estender a mangueira 
em uma superfície preferencialmente livre de sujidade, 
os combatentes devem certificarse então de que o 
corpo do duto não se encontra torcido, e nem alagado 
(a mangueirajá deve ter sido desalagada). 
 
Acondicionamento em ziguezague (sanfonada): 
O militar dever estender a mangueira em uma 
superfície preferencialmente livre de sujidade, o 
combatente deve certificar-se então de que o corpo 
do duto não se encontra torcido, e nem alagado. 
 
 
 
 
Seção 03 - Bomba armar 
Bomba armar: é o conjunto de operações que se processa no estabelecimento dos 
equipamentos, para a montagem das ligações e linhas de mangueira. 
Bomba desarmar: é o conjunto de operações que se processa de modo inverso ao 
estabelecimento, visando o recolhimento do material empregado no combate. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guarnição padrão – Descrição 
Ao Comando de “Guarnição de Bomba Armar”, considerando o estabelecimento 
padrão, ficará da seguinte maneira: 1. Mangueira de 2 ½ na ligação e 2 linhas de ataques 
com 01 (uma) mangueira de 1 ½ em cada linha; A guarnição procederá da seguinte forma. 
Composição: 
Cmt; Operador; 
Chefe da Linha Da Direita; 
 Auxiliar da Linha Da Direita; 
Chefe da Linha Da Esquerda; 
Auxiliar da Linha Da Esquerda. 
 
Função: 
a) Cmt da Guarnição: depois de comandar “guarnição de bomba armar”, munir-se-
á do divisor transportando-o até as proximidades do sinistro, em local determinado 
pelo mais antigo presente, colocando o divisor sobre a Ligação Divisor coxa direita 
onde fará o acoplamento da ligação, aguardando o acoplamento e o pronto das 
linhas de ataque, e comandando “bomba funcionar”, deixando o divisor no chão 
com suas válvulas abertas, e vai para frente das linhas. 
 
b) Chefes de Linhas: ao comando de “guarnição de bomba armar” munir-se- á de 
uma mangueira de 1¹/²” e de um esguicho, deslocando até as proximidades do 
divisor onde fará o lançamento ligeiramente p/lateral do divisor a mangueira e 
acoplará o esguicho e aguardará o auxiliar da linha esquerda fazer o acoplamento 
das linhas na boca expulsora do divisor, deverá ainda, se posicionar do lado 
esquerdo da linha. 
 
c) Operador: ao comando de “guarnição de bomba armar” deverá operar o corpo de 
bomba. 
 
d) Auxiliar da Linha da Direita: ao comando de “guarnição de bomba armar” munir-
se-á de uma mangueira de 2¹/²”, fazendo o lançamento p/ o lado direito, fazendo 
o acoplamento de uma das extremidades na boca expulsora da bomba, 
entregando a outra extremidade a auxiliar da linha da esquerda. Deslocando até 
o local onde o chefe da linha da direita se encontra, posicionando-se do lado 
oposto dele. 
 
 
e) Auxiliar da Linha da Esquerda: ao comando de “guarnição de bomba armar” 
deverá conduzir a extremidade da mangueira de 2¹/²” recebida do auxiliar da linha 
da direita, até o cmt da guarnição e fará o acoplamento das duas linhas de ataque, 
deslocando-se até o chefe da linha da esquerda postando do lado oposto dele. 
 
Observação: 
Todas as mangueiras deverão ser transportadas em forma de garra. 
Todos os componentes da guarnição deverão transportar uma chave de mangueira. 
 
Bomba Desarmar Guarnição Padrão Comando: “Guarnição de Bomba 
Desarmar” 
 
a) Cmt da Guarnição: ao comando de “guarnição de bomba desarmar” fará o 
desacoplamento de todas as mangueiras que estejam ligadas ao divisor e 
transportará o mesmo para as proximidades da boca expulsora do ABT. 
 
b) Operador: a ele caberá a função de operar corpo de bomba. 
 
 
c) Chefes de Linhas: ao comando de “guarnição de bomba desarmar”, desacoplará 
o esguicho da mangueira colocando-o no chão, aguardando o desalagamento da 
mangueira, em seguida transportará uma das extremidades da mangueira até 
próximo do local onde se encontrava o divisor respeitando a distância das juntas 
aproximadamente 1m, auxiliando no enrolamento da mangueira, transportando-a 
juntamente com o esguicho até as proximidades da boca expulsora do ABT. 
 
d) Auxiliar da Linha da Direita: ao comando de “guarnição de bomba desarmar”, 
fará o desalagamento da mangueira da linha de ataque, enrolando-a com auxílio 
do chefe de linha. Em seguida fará o desacoplamento e desalagamento da 
mangueira de ligação sentido ABT/INCÊNDIO, enrolando-a com ajuda do auxiliar 
da linha da esquerda. 
 
e) Auxiliar da Linha da Esquerda: ao comando de “guarnição de bomba desarmar”, 
fará o desalagamento da mangueira da linha de ataque, enrolando-a com o auxílio 
do chefe de linha. Em seguida levará a extremidade da mangueira de 2¹/²” em 
direção ao ABT, colocando-a a uma distância de aproximadamente de 1m da junta 
que foi desacopladada boca expulsora do ABT, auxiliando no enrolamento. 
 
 
Posições de combate 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Posicionamento do chefe de linha e seu auxiliar. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Manual Operacional de Bombeiros: Combate a Incêndio Urbano/ Corpo de 
Bombeiros Militar. Goiânia: - 2017. 453 p.: il 
FLORES, Bráulio Cançado; ORNELAS, Éliton Ataíde; DIAS, Leônidas Eduardo. 
Fundamentos de Combate a Incêndio – Manual de Bombeiros. Corpo de Bombeiros 
Militar do Estado de Goiás. Goiânia-GO, 1ª ed: 2016, 150p. 
Manual Operacional de Bombeiros: Prevenção e Combate a Incêndios 
Florestais/ Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás. – Goiânia: - 2017. 260 p. : il. 
Manual de Prevenção e Combate a Princípios de Incêndio – Modulo VI. Governo 
do Estado do Paraná – 2013. 
Incêndios Florestais, causas, consequências e como evitar. Instituto Brasília 
Ambiental – 2009. 
Apostila – PROEBOM – CBMGO – UEG. 
Normas Técnicas do CBMGO. Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás. 
Norma Técnica n. 20 – Sinalização de emergência. 
Norma Técnica n. 21 – Sistema de proteção por extintores de incêndios. 
Disponível em: https://www.bombeiros.go.gov.br/sem-categoria/normas-tecnicas-do-
cbmgo- 2.html. Acesso em 27/10/2022. 
Prevenção de acidentes domésticos. Disponível em: www.bombeiros.go.gov.br. 
Acesso em 10/11/2022. 
Fogo – Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fogo . Acesso em 28/10/2022. 
Pré-História: Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais – Resumo – Toda Matéria. 
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/pre-historia- Acesso em 29/10/2022. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.bombeiros.go.gov.br/sem-categoria/normas-tecnicas-do-cbmgo-%202.html.%20Acesso%20em%2027/10/2022
https://www.bombeiros.go.gov.br/sem-categoria/normas-tecnicas-do-cbmgo-%202.html.%20Acesso%20em%2027/10/2022
https://www.todamateria.com.br/pre-historia-%20Acesso%20em%2029/10/2022
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Nesse capítulo iremos 
conhecer um pouco sobre 
salvamento emaltura, terrestre 
e aquático, que são três áreas 
muito importantes de atuação do 
Corpo de Bombeiros, atividades 
que requerem muito preparo 
técnico, físico, psicológico, e 
claro muita coragem e vontade 
de ajudar ao próximo. São 
inúmeras e diversas as 
situações que oferecem riscos 
as pessoas, aos animais, meio 
ambiente, bem como os bens e 
patrimônio, devendo o bombeiro 
militar zelar pela sua segurança e de seus companheiros, podendo assim executar da 
melhor maneira possível o seu trabalho. 
Também daremos dicas de como se comportar diante de situações de dificuldade, 
onde sempre devemos manter o máximo de calma e caso necessário, providenciar o 
acionamento de nossas equipes de salvamento. 
 
SEÇÃO 1 – Salvamento em Altura 
 
De acordo com o manual de salvamento em altura do CBMGO, o salvamento em 
altura é a “atividade de bombeiro, especializada no salvamento de vítimas em local 
elevado, através do uso de equipamentos e técnicas específicas, com vistas ao 
acesso e remoção do local ou condição de risco à vida, de quem não consiga sair 
por si só, em segurança.” 
As ocorrências mais comuns da área de salvamento em altura são de pessoas que 
trabalham na construção civil em obras de grandes prédios, em atividades de limpeza e 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
conservação de fachadas, torres de telefonia, e que por algum motivo ficaram presas em 
um nível elevado de altura e não conseguem sair. Também resgatamos animais que 
precisam ser retirados de locais altos, aves que ficam presas ou fazem seus ninhos em 
estruturas prediais, animais que sobem em locais de difícil acesso e ficam presos. 
Pela complexidade e riscos inerentes nas ocorrências envolvendo altura, orientamos 
que as pessoas evitem realizar ações que venham colocar suas vidas e a das vítimas em 
risco, então caberá aos bombeiros mirins, juntos de um adulto, identificar aquelas situações 
onde pessoas, animais e bens estão em situação de vulnerabilidade e necessitam de 
atendimento, fazendo então contato na Central de Operações Bombeiro Militar (COB) no 
número de emergência 193 passando todas informações necessárias, contribuindo para 
um atendimento rápido e eficiente. 
 
SEÇÃO 2 - Salvamento Terrestre 
Nas atividades envolvendo salvamento terrestre nos deparamos com uma incrível 
diversidade de situações, dentre as mais comuns estão a captura, contenção ou resgate 
de animais domésticos e silvestres, cortes de árvores que geram riscos à vida e/ou 
patrimônio, retiradas de pessoas e animais em locais de difícil acesso como poços, 
cisternas, fossas, buracos em geral, pessoas presas em elevadores, acidentes graves com 
vítimas presas em ferragens e outros. 
Da mesma forma como orientado nas ocorrências de salvamento em altura, 
devemos observar os riscos potenciais ao tentar prover ajuda em ocorrências de natureza 
de salvamento terrestre, devendo o bombeiro mirim sempre que se deparar com essas 
situações, chamar um adulto e se necessário ligar para o 193, repassando todas as 
informações que julgarem necessárias. 
 
Prevenção em acidente em poço 
Em caso de animais em 
buracos, poços, cisternas, fossas, não 
tentem entrar onde o animal se 
encontra, pois, o risco de se ferir é 
muito grande. Com a presença de um 
adulto ligue para o serviço de 
emergência dos bombeiros (193), se 
possível sinalize e isole o local para 
que evite acidentes com transeuntes e 
curiosos, passe o máximo de 
informação, qual a situação do animal, 
se está ferido, seu tamanho, 
profundidade, se há presença de água 
ou outros resíduos etc. 
Em caso de pessoas que venham cair ou for encontradas em algum buraco: 
• Ligar 193 e logo em seguida com ajuda de um adulto, procurar observar 
alguns detalhes importantes para repassar ao telefonista do socorro; 
• Verificar as condições do local (profundidade do poço, se há líquido, perigo 
de choque elétrico, desabamento das laterais no interior do poço ou na parte externa); 
• Verificar as condições da vítima (s), tente acalmá-la, e quando houver líquido 
procure entregar um objeto para vítima sem machucá-la, para que ela possa se sustentar 
até a chegada de socorro, pode ser uma corda, uma vara, garrafas pet; 
• Orientar e prevenir para que outras pessoas, transeuntes e curiosos também 
não venham cair nesse local; 
• Depois do socorro, providenciar para que o local seja tampado para não 
acontecer outros acidentes. 
 
Em caso de pessoas presas em elevadores: 
• Ligar 193 e logo em 
seguida com ajuda de um adulto, 
procurar observar alguns 
detalhes importantes, repassar 
ao telefonista do socorro, e se 
possível tomar algumas 
medidas; 
• Como primeira 
providência, deve-se pedir para 
o síndico ou porteiro desligar a 
chave do elevador no quadro de 
força, independentemente de 
haver ou não energia elétrica; 
• Fazer contato com a empresa responsável pela manutenção do elevador; 
• Procurar saber o número de vítimas e suas condições, como idade, sem tem 
fobia (medo), se está passando mal ou ferida; 
• Orientar quem está no interior da cabina para não tentar sair sem a ajuda de 
socorro especializado; 
• Tentar acalmar as pessoas que estão no interior da cabina e esperar a 
chegada do socorro; 
 
Ocorrências envolvendo árvores: 
• Ligar 193 e logo em seguida com ajuda de um adulto, procurar observar 
alguns detalhes importantes para repassar ao telefonista do socorro: 
• Verificar as condições do local (se a árvore caiu em cima de algum bem 
material como veículo, residência, estabelecimento comercial etc.); 
• Verificar se há vítima (s) e qual estado da (s) mesmas; 
• Verificar risco de 
choque elétrico no caso de queda 
da árvore em cima de rede elétrica; 
• Verificar risco de 
incêndio; 
• Orientar e prevenir 
para que outras pessoas, 
transeuntes e curiosos não se 
aproximem do local se ainda houver 
riscos por conta de instabilidade da 
árvore, riscos de choque etc. 
 
 
Ocorrência envolvendo captura de animais 
• Ao se depararem com 
algum tipo de animal, doméstico ou 
silvestre que esteja colocando em 
risco a segurança de pessoas, ou 
simplesmente estão fora de seu 
hábitat natural chame um adulto e 
ligue para Corpo de Bombeiros; 
 
• Passe o máximo de 
informações: qual o animal, seu porte, 
se está agressivo, se está ferido, 
doente ou aparentemente saudável; 
 
• Evite gerar mais estresse no animal, mantenha-se afastado e somente 
observando o local em que ele se encontra para que assim possa informar aos bombeiros 
o local exato de onde está o animal; 
SEÇÃO 3 – Equipamentos para salvamento em altura e terrestre 
 
Para as atividades tanto de salvamento em altura quanto terrestre são necessários 
equipamentos que possibilitem a execução de técnicas com segurança e eficiência nas 
ocorrências, mostraremos alguns deles a seguir para um contato prévio, pois com certeza 
vocês, bombeiros mirins, terão contato na prática com esses materiais. 
Equipamento imprescindível 
para as atividades bombeiro militar, 
a corda está presente em 
praticamente em todas as atividades 
de salvamento, seja terrestre, em 
altura ou até mesmo em meio 
aquático. Com elas podemos utilizar 
as chamadas técnicas de acesso por 
cordas, que nos permitem sair de um 
local para o outro, seja por acessão 
a um patamar ou fazendo descidas 
através de técnicas de rapel. São 
muito utilizadas também no 
salvamento terrestre para salvamento de pessoas e animais, operações envolvendo 
árvores, tracionamento e içamento de cargas etc. 
Nas instruções de salvamento todos os bombeiros mirins terão oportunidade de 
conhecer e manusear os mais variados tipos de cordas, aprender a fazer nós e montagem 
de sistemas. Porém a turma deverá ficar atenta aos cuidados com esse material, pois nossa 
segurança depende das condições em que nossa corda se encontra. 
 
Devemos evitar: 
• Pisar em cima do material; 
• Contato com produtos químicos e sujidades; 
• Contatocom materiais abrasivos, cortantes e pontiagudos; 
• Contato prolongando com sol e chuvas; 
• Passagem em quinas. 
Devemos tentar: 
• Proteger ao máximo nossa corda, usando protetores e capas (capixamas) nas 
partes da corda que entram em contato com superfícies; 
• Após utilização, aduchar e guardar a corda em local seco e protegido do sol 
e humidade; 
• Fazer inspeção tátil e visual; 
• Fazer o uso devido, em atividades indicadas de acordo com suas 
especificações. 
 
Capacetes de proteção 
Equipamento de proteção individual muito 
importante são os capacetes de salvamento, nos 
protege contra impactos e colisões contra a cabeça. 
 
 
Luvas de proteção 
O bombeiro em suas diversas missões utiliza de 
vários tipos de luvas de proteção, dentre elas as luvas para 
atividades de salvamento terrestre contra impactos e 
cortes, como também de luvas especificas para atividade 
de altura, próprias para rapel. 
 
Baudrier ou cadeirinha 
Durante o curso, todos bombeiros mirins terão 
emprestados uma “cadeirinha”, equipamento utilizados 
para atividades em altura como rapel, escalada, 
espeleologia e outras atividades. Hoje em dia já não é 
utilizada nas ocorrências de salvamento, pois contamos 
com um equipamento que proporciona mais segurança e 
conforto, que são os cintos de resgate. 
 
Descensor Freio oito 
Equipamento utilizados para a fazer rapel, através do 
atrito da corda com esse equipamento podemos controlar a 
velocidade de nossas descidas. 
 
 
 
Mosquetões 
São conectores que servem de elo entre 
equipamentos. Esses equipamentos acima relacionados 
são básicos, usados tanto em altura quanto em 
salvamento terrestre em suas respectivas atuações. A 
seguir mostraremos alguns dos muitos equipamentos de 
salvamento terrestre. 
 
 
Machado tipo bombeiro 
Muito utilizado em cortes de estruturas de madeira, 
corte de árvores e arrombamentos forçados. 
 
 
 
Halligan 
Usado também para realizar aberturas 
forçadas, e promover pontos de entrada para outras 
ferramentas. 
 
Motosserras 
Equipamento muito usado em ocorrências que 
envolvem árvores. Devem ser utilizadas com muita 
técnica e presteza, pois podem provocar graves 
ferimentos em seu operador. Operações de corte de 
árvores são muito perigosas, devendo os envolvidos 
estarem sempre atento as questões de segurança. 
 
 
Ganchos para captura de animais 
Os ganchos e o puçá são equipamentos utilizados 
para a contenção e resgate de animais, de maneira que a 
ocorrência gere menos estresse possível ao animal e que 
também o militar tenha mais segurança no manejo deles, 
evitando possíveis mordidas, arranhões e picadas. 
 
 
Tripé de alumínio e prancha envelope 
Equipamentos utilizados para salvamento e 
resgate de vítimas e pequenos animais em locais de 
difícil acesso, como poços, cisternas, fossas, ribanceiras 
e içamentos de cargas. Para animais de porte maior é 
usado um tripé de aço que é mais alto e resistente. 
 
 
SEÇÃO 4 – Nós e Amarrações 
Já falamos sobre a corda e a sua importância nas atividades de salvamento, porém 
ter a corda e não saber fazer nós e nem como usá-los, de nada adianta, a corda em si 
perde praticamente toda sua funcionalidade. Por isso um bombeiro, escoteiro, marinheiro 
ou bombeiro mirim que se preze tem que dominar a arte de fazer nós. 
Então já fica aqui uma importante dica 
aos bombeiros mirins quanto as 
características de um bom nó, ele tem que ser: 
• Fácil de fazer; 
• Ser eficiente e seguro; 
• E tem que ser fácil de desfazer. 
Antes de começar a confeccionar um 
nó, devemos aprender alguns termos básicos 
que ajudarão em nossas instruções, como por 
exemplo as partes de uma corda! 
 
Na ilustração ao lado podemos ver as partes da corda, e é muito importante que o 
bombeiro mirim aprenda sobre elas, pois ajudará na comunicação em nossas aulas e 
atividades práticas. 
 
Após conhecer as 
partes de nossa corda também 
devemos saber que existem 
uma infinidade de nós, porém 
cada um tem sua característica 
e função específica, 
aprenderemos algumas a partir 
de agora. 
De acordo com manual 
de salvamento em altura do 
CBMGO, para facilitar a 
compreensão, didaticamente, 
os nós são divididos de acordo 
com a sua finalidade principal, 
conforme descrito abaixo: 
 
I. Nós na extremidade da corda; 
II. Nós para emendar cordas; 
III. Nós para fixar cordas; 
IV. Nós para encurtar e reforçar 
cordas; 
V. Nós para a formação de alças, 
e; 
VI. Nós para a formação de cintos e 
cadeiras. 
Veremos alguns dos nós que são mais usados em nossas atividades. 
 
Nó em extremidade das cordas 
 
Volta singela: Serve de base para outros nós, utilizado também para arremate de 
segurança, denominado “cote”. 
 
 
 
 
 
 
Volta do fiador: também serve de base para a confecção de outros nós como azelha 
dobrada, emenda de cabos como “folow-me”. 
 
 
 
Nó de frade: tem várias aplicabilidades, desde base para nó de emenda de cabo, 
empunhadura em cordas, travamento de passagem em roldanas, evitar que as 
extremidades da corda se desfaçam. 
 
 
 
Nó para formação de alça 
 
Azelha simples: nó de alça muito utilizado em tracionamento em cordas de 
sustentação. 
 
 
 
 
Azelha dobrada: Mesma aplicabilidade da azelha simples. 
 
 
 
 
 
 
 
Nós para fixação de cordas 
Volta da ribeira: muito utilizado para prender a corda em pontos fixos como galhos, 
mastro, vigas, para fazer arraste de troncos, grandes galhos e estruturas com o formato 
similar. Não pode ser empregado como nó de ancoragem. 
 
 
Fiel: sem dúvidas um dos nós mais utilizados em atividades de salvamento com 
cordas. Nó de fixação simples de fazer e muito eficiente. A partir dele também podemos 
fazer o fiel dobrado e nó igreja. Utilizado em amarrações de vítima em prancha, fixação 
de escadas. 
 
 
 
Lais de guia: alça simples que serve de base para outras alças, por não correr e 
não ter o risco de apertar o ponto de fixação, é utilizada como amarração de segurança em 
resgate de vítimas. 
 
 
 
 
Boca de lobo: Esse nó, como muitos outros pode ser feito tanto pelo chicote como 
pelo seio, e serve de alça ou mesmo para manter-se firme em peças cilíndricas, quando 
houver necessidade de usar as extremidades da corda. Ele poderá ser utilizado como alça, 
quando feito em uma corda emendada (cabo solteiro), para servir de ponto de apoio ou de 
ancoragem. 
 
 
 
 
Nós para emenda de cabos 
Nó direito: nó de emenda de cabo, deve ser feita em cabos de mesmo diâmetro, 
serve de base para outros nós como cirurgião, direito com escape, nó de envergue. Para 
segurança de ser feito cote de arremate dos dois lados. 
 
 
 
Escota simples: nó de união de cabos de diâmetros diferentes. 
 
 
 
Nó auto blocante 
Prussik: Para a sua confecção, necessitamos executar, no mínimo, duas voltas em 
torno da corda principal, embora possa ser realizado com adoção de três voltas. 
Basicamente, para funcionar como um blocante, esse nó deverá envolver uma outra corda, 
geralmente de diâmetro maior, e, quando é exercido uma tensão sob o nó, ele se aperta, 
“mordendo” a outra corda, se fixando naquela parte, e só se movimentará se aliviarmos a 
força aplicada sob o nó. O prussik não possui o mesmo efeito quando submetido a cordas 
molhadas, tendendo a deslizar a tensões relativamente baixas. 
 
 
 
 
 
 
 
Cadeirinhas 
Cadeirinha japonesa: Ao se moldar na cintura da pessoa, ela simula um bauldrier, 
com ela podemos prover a segurança individual, e desenvolver atividades de salvamento, 
podendo utilizá-la para fazer descidas e içamentos de vítimas, podemos executar descidas 
de rapel bem como realizar ascensões, enfim, podemos realizar inúmeras técnicas de 
movimentação em cordas. 
 
Passo 1 – Dobre o cabo em duas partes iguais e coloque o meio dele centrado na 
parte de traz da cintura; 
Passo 2 – Puxe as duas pontas para a frente; 
Passo3 – Faça um Nó Direito com as duas pontas; 
 
Passo 4 – Passe as duas pontas por entre as pernas (de frente para trás); 
Passo 5 – Segure as pontas do cabo que passa entre as pernas (uma ponta para 
cada lado); 
Passo 6 – Passe a ponta do lado esquerdo por dentro do cabo que circunda a cintura 
(passar de baixo para cima); 
 
Passo 7 – Passe a ponta do lado direito por dentro do cabo que circunda a cintura 
(passar de baixo para cima); 
Passo 8 – Faça o acabamento do lado esquerdo, passando a ponta do cabo por 
cima do cabo que circunda a cintura e por baixo do cabo que passa pelas nádegas; 
Passo 9 – Faça o acabamento do lado direito, passando a ponta do cabo por cima 
do cabo que circunda a cintura e por baixo do cabo que passa pelas nádegas; 
Passo 10 – Passe a ponta esquerda do cabo por dentro do cabo que sai do Nó 
Direito para a virilha esquerda; 
Passo 11 – Faça um Nó direito, na lateral da perna direita, com a ponta da esquerda 
e com a ponta da direita do cabo; 
Passo 12 – Faça o acabamento com Nó Simples (cote) nos dois lados do Nó Direito 
formado (o cote deve pegar todos os cabos que passam pela cintura); 
 
 
Passo 13 – Dependendo do tamanho de cabo que sobrar, faça uma Azelha Simples 
nas pontas para diminuir o cumprimento. 
Passo 14 – A cadeirinha está pronta para ser usada; 
Durante o curso de bombeiro mirim todos terão oportunidade de confeccionar a 
cadeirinha, treinando repetitivamente até o total domínio, pois é um importante recurso na 
atividade de salvamento. Com certeza o instrutor irá destacar aqueles mirins que de forma 
mais rápida e correta fizerem a cadeirinha. 
 
SEÇÃO 6 - Sistemas com cordas e roldanas (multiplicadores de força ou 
vantagem mecânica) 
 
As vezes em algumas ocorrências de 
salvamento precisamos retirar pessoas, 
animais, ou coisas, de locais de difícil acesso 
como poços, cisternas, fossas etc., e que 
exigem muita força, podendo gerar muito 
desgaste e riscos aos bombeiros e as vítimas, 
daí podemos usar os sistemas de ganho de 
força, onde iremos movimentar grandes pesos 
com mais facilidade e segurança. 
 
Os principais materiais e equipamentos utilizados na confecção dos sistemas de 
multiplicação de força são: polias, cordas, cordeletes, mosquetões, descensores, placas de 
ancoragem, blocantes estruturais, tripé de salvamento, e outros. 
Na atividade bombeiro militar o uso 
de sistemas de polias é extremamente 
utilizado, e as ocorrências são as mais 
variadas, na ilustração abaixo temos uma 
ocorrência de retirada de animal onde 
bombeiros militares foram acionados para 
fazer a retirada de uma vaca de fosso. O 
animal caiu em um fosso de 
aproximadamente 5 metros de 
profundidade. No local, os bombeiros 
militares, utilizando técnicas apropriadas, 
montaram um tripé juntamente com o sistema multiplicador de força (roldanas) e retiraram 
o animal com vida, sem ferimentos aparentes. 
Nesse caso se não fosse utilizado o sistema de vantagem mecânica, os bombeiros 
necessitariam de muito mais força, ou seja, de mais pessoas ajudando a puxar o animal 
até sua total retirada, pois estariam levantando o peso absoluto do animal que é de grande 
porte e pesado. 
 
Alguns quarteis do Corpo de 
bombeiro contam com fosso de 
treinamento para simular salvamentos 
com apoio de sistemas multiplicadores de 
força, pois é preciso que todos os militares 
dominem técnicas básicas para montarem 
esses mecanismos tão importantes, e é 
claro, você bombeiro mirim, caso seja 
possível, poderá participar de instruções 
nesses locais de treinamento. 
 
 
SEÇÃO 7 – RAPEL 
 
Uma das atividades mais radicais e 
bonitas de se ver é a prática de rapel, pois 
envolve muitos fatores que marcam 
aquele momento em nossas vidas, pois 
envolvem na maioria das vezes muita 
emoção, adrenalina e paisagens 
exuberantes. O rapel é uma atividade 
esportiva, e o nome “rapel” tem origem da 
palavra francesa “Rappel”. 
Durante o rapel, o praticante realiza descidas por cordas verticais em abismos, 
cânions, cachoeiras, vãos livres e paredões. Assim é possível escolher entre um exercício 
mais lento para admiração ou rápido para diversão. Bastando apenas controlar o 
deslizamento pela corda com a luva e o freio metálico. 
Porém devemos ter muito cuidado quando praticando o rapel, por se tratar de 
atividade envolvendo locais de difícil acesso e de grande elevação, apresenta riscos 
consideráveis de acidente, inclusive graves, podendo ser até fatais. Então devemos sempre 
estar atentos a questão da segurança nessa prática esportiva. 
 
Rapel na atividade de salvamento 
O rapel também é utilizado 
como técnica de salvamento em 
muitas situações. Os bombeiros do 
mundo todo utilizam desta técnica 
para o resgate de pessoas, e em 
nossa corporação não é diferente. 
Atividade amplamente 
utilizada em ocorrências que 
envolvem altura, o rapel tem espaço 
especial na grade de formação, 
aperfeiçoamento e especialização 
dos militares do CBMGO, e ainda 
contamos com um curso de 
referência internacional que é o curso de Salvamento em Altura. 
Dentro do curso de bombeiro mirins será destinado uma carga horaria específica 
para a que todos os mirins tenham contato com práticas de rapel, tanto em salvamento em 
altura quanto em atuações em salvamento terrestre. 
 
Preparação para a atividade 
Todos os envolvidos na instrução deverão estar totalmente equipados com seus 
equipamentos de proteção individual: capacete, luvas, boudrier ou cinto de resgate, calçado 
fechado etc., além dos equipamentos mínimos para se executar o rapel, e todos esses 
materiais já foram apresentados acima. 
Para a execução do rapel será passado a maneira correta de utilização dos 
equipamentos, bem como todo procedimentos de segurança. Após estar todo equipado o 
bombeiro mirim entrará no sistema de descida, estando devidamente clipado em ponto de 
segurança e procederá da seguinte forma: 
1. Estando ancorado o bombeiro mirim fará a passagem do cabo no descensor 
freio oito, que deverá estar conectado ao mosquetão pelo olhal maior conforme instrução 
do monitor e/ou de acordo com a figura 40 logo abaixo; 
2. Trocar a clipagem do mosquetão no freio oito do olhal maior para o olhal 
menor; 
3. Fazer a blocagem completa; 
4. O bombeiro mirim fará a reza de segurança 
em voz alta: 
a) Capacete na cabeça; 
b) Jugular travada; 
c) Cabo no oito; 
d) Oito no mosquetão; 
e) Mosquetão travado; 
f) Blocagem completa; 
g) Luvas calçadas: 
h) Atenção segurança! 
Após a confirmação de segurança pronta, que será dado por um monitor ou militar 
experiente que estará no chicote do cabo de descida, o bombeiro mirim poderá se 
posicionar para iniciar a descida. 
A redundância na segurança sempre deverá ser usada, cabendo ao instrutor a 
escolha de como será feita, podendo ser além de um segurança na extremidade do cabo 
(anjo), aplicar também a técnica do autoseguro, ou uma corda de backup clipada no mirim 
que estará sob controle de um militar ou até mesmo o uso de uma linha de backup com 
trava quedas. 
 
 
Passagem do cabo no freio oito para a descida 
 
As imagens a seguir mostram passo a passo o processo de passagem do cabo no 
freio oito para a descida do rapel. É importante destacar que o mosquetão estará o tempo 
todo clipado na cadeirinha do Bombeiro Mirim. 
 
Passo 01 – Formar uma pequena alça com o cabo e introduzir essa alça dentro do 
orifício maior do freio oito; 
Passo 02 – Passar a alça pelo orifício maior do freio oito até atingir um cumprimento 
pouco maior que do freio oito; 
Passo 03 – Passar a alça por fora do orifício menor do freio oito (ou passar o orifício 
menor do freio oito por dentro da alça do cabo), de tal forma que que haja o travamento 
entre o cabo e o freio oito; 
 
 
 
 
 
 
Passo 04 – Desconectar o mosquetão do orifício maior do freio oito; 
Passo 05 – Conectar o mosquetão no orifício menor do freio oito; 
Passo 06 – Travaro mosquetão. Passagem do cabo pelo freio oito concluída. 
 
 
A instrução de rapel é 
um dos momentos mais 
esperados no curso, e onde 
todos os bombeiros mirins 
demonstram sua coragem e 
destreza, porém além de todas 
essas qualidades, temos que 
nos atentar com os devidos 
cuidados além de primar pela 
disciplina para o bom 
andamento da instrução. 
 
 
SEÇÃO 8 - NOÇÕES DE SALVAMENTO AQUÁTICO 
 
Introdução 
O Brasil possui uma das mais amplas, diversificadas e extensas redes aquáticas de 
todo o mundo. O maior país da América Latina conta com a maior reserva mundial de água 
doce e tem o maior potencial hídrico da Terra. Cerca de 13% de toda água doce do planeta 
encontra-se em seu território. 
Atualmente, o número de óbitos por 
afogamento em nosso país supera os 6.000 
casos por ano, isto sem falar nos incidentes 
não fatais que chegam a mais de 100.000, 
esses dados fazem parte do balanço 
divulgado pela Sociedade Brasileira de 
Salvamento Aquático (Sobrasa), no primeiro 
semestre de 2022.Outros dados abaixo 
demonstram a ocorrência de uma catástrofe 
anual que necessita ser interrompida. 
Ainda de acordo com os dados no Boletim Sobrasa (2022) temos o seguinte cenário 
no Brasil: 
• O maior risco de morte por afogamento 
ocorre na faixa de 15 a 24 anos (20%); 
• 4 crianças morrem afogadas diariamente. 
Um total de 1.530 ao ano; 
• O menor risco está em crianças menores de 
1 ano (0,3%); 
• De todos os óbitos por afogamento 45% 
ocorrem até os 29 anos; 
• As piscinas e os banhos em casa são 
responsáveis por 3% de todos os casos de óbito por 
afogamento, mas atingem predominantemente (55%) a 
faixa de 1 a 9 anos de idade; 
• Em média homens morrem 7 vezes mais 
que as mulheres por afogamento, sendo 17 vezes mais 
na faixa de 30 a 34 anos; 
• 44% dos afogamentos ocorrem nos meses 
de novembro a fevereiro e o restante são distribuídos 
igualmente ao longo dos outros 8 meses; 
• Mais de 65% ocorrem nos finais de semana 
e feriados; 
• Mais de 50% ocorrem entre 10:00 e 14:00h; 
• Crianças de 1 a 9 anos se afogam mais por 
queda em piscinas e espelhos de água em casa e em 
seu entorno; 
• Crianças que sabem nadar se afogam mais 
por incidentes de sucção pela bomba em piscina; 
• Crianças maiores de 10 anos e adultos se 
afogam mais em águas naturais do tipo rios, represas e 
praias. 
Com o crescimento do número de pessoas que desfrutam do meio líquido, seja para 
o banho, a natação, a prática de esportes aquáticos, o transporte, ou mesmo para trabalho; 
em piscinas ou praias, tornou-se fundamental à orientação preventiva no sentido de evitar 
o incidente mais grave que pode ocorrer na água: O AFOGAMENTO! 
Infelizmente, o afogamento é muito comum em nosso país, e ocorre em sua maioria 
na frente de amigos e familiares que poderiam evitar ou ajudar, mas desconhecem 
inteiramente como poderiam reagir. O desconhecimento ou a imprudência são muitas 
vezes, as causas principais destes incidentes na água. Sabemos que mais de 70% das 
pessoas que se afogam em nossas praias vivem fora da orla, e, portanto, não estão 
habituadas aos seus perigos e peculiaridades. 
Embora as praias sejam um grande atrativo para turistas, e o local onde ocorre o 
maior número de salvamentos, não é na orla e sim em águas doces onde ocorre o maior 
número de afogamentos com morte. É importante conhecermos o perfil das vítimas e as 
razões que facilitam o afogamento, pois nestes dados serão baseados o planejamento mais 
adequado e as medidas de prevenção necessárias para cada área em particular. 
As maiorias dos afogados são pessoas jovens, saudáveis, com expectativa de vida 
de muitos anos, o que torna imperativo um atendimento imediato, adequado e eficaz, que 
deve ser prestado pelo socorrista imediatamente após ou mesmo quando possível durante 
o acidente, ainda dentro da água. É fato, portanto que o atendimento pré-hospitalar a casos 
de afogamento é diferenciado de muitos outros, pois necessita que se inicie pelo socorro 
dentro da água. Este atendimento exige do socorrista algum conhecimento do meio 
aquático para que não se torne mais uma vítima. 
 
Definição de afogamento 
É a aspiração de líquido 
causada por submersão ou imersão. 
O termo aspiração refere-se à 
entrada de líquido nas vias aéreas 
(traqueia, brônquios ou pulmões), e 
não deve ser confundido com 
“engolir água”. 
 
Mecanismos da lesão no afogamento 
No afogamento, a função respiratória fica prejudicada pela entrada de líquido nas 
vias aéreas, interferindo na troca de oxigênio (O2) - gás carbônico (CO2) de duas formas 
principais: obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores por uma coluna de 
líquido, nos casos de submersão súbita, e/ou pela aspiração gradativa de líquido até os 
alvéolos. 
Estes dois mecanismos de lesão provocam a diminuição ou abolição da passagem 
do O2 para a circulação e do CO2 para o meio externo, e serão maiores ou menores de 
acordo com a quantidade e a velocidade em que o líquido foi aspirado. Se o quadro de 
afogamento não for interrompido, esta redução de oxigênio levará a parada respiratória que 
consequentemente em segundos ou poucos minutos provocará a parada cardíaca. 
 
Classificação do afogamento 
Quanto ao Tipo de água (importante para campanhas de prevenção): 
1. Afogamento em água Doce: piscinas, rios, lagos ou tanques. 
2. Afogamento em água Salgada: mar. 
3. Afogamento em água salobra: encontro de água doce com o mar. 
4. Afogamento em outros líquidos não corporais: tanque de óleo ou outro 
material e outros. 
Quanto à Causa do Afogamento (identifica a doença associada ao afogamento): 
1. Afogamento Primário: quando não existem indícios de uma causa do 
afogamento. 
2. Afogamento Secundário: quando existe alguma causa que tenha impedido a 
vítima de se manter na superfície da água e, em consequência precipitou o afogamento: 
Drogas (36,2%) (mais frequente o álcool), convulsão, traumatismos, doenças cardíacas 
e/ou pulmonares, acidentes de mergulho e outras. 
 
 
 
 
 
Outros acidentes na água 
Síndrome de Imersão 
A Hidrocussão ou Síndrome de Imersão, ou ainda, "choque térmico", é um acidente 
desencadeado por uma súbita exposição à água mais fria que o corpo, levando a uma 
arritmia cardíaca que poderá levar a síncope ou a parada cardiorrespiratória (PCR). 
Segundo algumas literaturas, esta situação pode tentar ser evitada se molharmos a face e 
a nuca antes de mergulhar. 
Hipotermia 
A exposição da vítima à água fria reduz a temperatura normal do corpo humano, 
podendo levar a perda da consciência com afogamento secundário ou até uma arritmia 
cardíaca com parada cardíaca e consequente morte. Sabemos que todas as vítimas 
afogadas têm hipotermia, mesmo aquelas afogadas em nosso litoral tropical. 
 
Cadeia de sobrevivência do afogamento 
A cadeia de sobrevivência do afogamento é um passo a passo que inclui todas as 
ações, desde como evitar o afogamento, até o hospital, quando necessário. Ela é uma 
ferramenta de educação no sentido de reduzir estes números de mortes, principalmente 
por afogamento. 
Pictograma da Cadeia de Sobrevivência 
Fonte: SOBRASA 
 
1° Passo: PREVENÇÃO 
São as ações baseadas em advertências e avisos a banhistas no sentido de evitar 
ou ter cuidado com os perigos relacionados ao lazer, trabalho, ou esportes praticados na 
água. A prevenção é a principal atitude que se deve ter para evitar afogamentos. 
Prevenção ativa: qualquer ação de prevenção que inclua sinalização de risco ou 
comportamento, tais como: sinalizar uma corrente de retorno, uma área de risco, uma 
profundidade na piscina, colocação de uma cerca, um ralo anti-hair, e outros. 
Prevenção reativa: qualquer ação de prevenção direcionada a um indivíduo ou um 
grupo com a intenção de interromper um afogamento iminente, tais como: o uso de apito 
ou advertência de um guarda-vidas a um banhista em área de risco. 
Socorro: é toda açãode resgate em que houve necessidade de contato entre o 
socorrista e a vítima. Calcula-se que a possibilidade que uma pessoa tem de morrer por 
afogamento quando em uma praia protegida por guarda-vidas é de 1 em 18 milhões. 
Medidas de prevenção em afogamentos: 
 
• Atenção 100% nas 
crianças! a distância de um braço 
mesmo na presença do guarda-vidas; 
• Pais e responsáveis - 
Estabeleçam regras rígidas de 
segurança; 
• Aprenda emergências 
aquáticas e saiba como prevenir e 
agir; 
• Acesso restrito a área 
aquática com uso de grades ou cercas 
transparentes e portões de abertura 
para fora da área aquática com 
trancas auto-travantes; 
• Nade em local com guarda-vidas e pergunte aonde é mais seguro; 
• Em praias oceânicas mais de 85% dos afogamentos ocorrem em correntes 
de retorno. Saiba como reconhecer e evitá-las; 
• Nade sempre acompanhado; 
• Use o colete salva-vidas em pescarias, embarcado ou áreas de risco; 
• Evite ingerir bebidas alcoólicas antes do banho; 
• Não superestime sua capacidade de nadar - 50% dos afogados achavam que 
sabiam nadar; 
• Não pratique hiperventilação para aumentar o fôlego; 
• Sempre entre em água rasa ou desconhecida com os pés primeiro; 
• Tome conhecimento das condições do ambiente e obedeça às sinalizações; 
• Em correnteza, não lute, flutue, erga uma das mãos e peça imediatamente 
por socorro; 
• Não tente entrar na água para salvar, chame o socorro profissional (193), 
jogue algum material flutuante e aguarde os profissionais; 
• Aprenda a nadar a partir dos 4 anos; 
• Nunca nade sozinho; 
• Mergulhe somente em águas fundas; 
• Prefira sempre nadar em águas rasas; 
• Não superestime sua capacidade de nadar, tenha cuidado! 
Na praia a corrente de retorno é o local de maior ocorrência de afogamentos (mais 
de 85% dos casos). É formada por toda massa de água em forma de ondas que quebra em 
direção a areia e por gravidade tem que retornar ao oceano. No seu retorno a água escolhe 
o caminho de menor resistência para retornar, aprofundando cada vez mais aquele local, 
formando um canal que literalmente ―puxa para alto-mar. Esta corrente de retorno possui 
três componentes principais, a saber: 
• A boca: fonte principal de retorno da água; 
• O pescoço: parte central do retorno da água em direção ao mar; 
• A cabeça: área em forma de cogumelo onde se dispersa a correnteza. Sempre 
que houver ondas, haverá uma corrente de retorno. Sua força varia diretamente com o 
tamanho das ondas. Pode atingir até 2 a 3 m/seg.; 
Para reconhecer uma corrente de retorno, observe: 
• Que geralmente aparece entre dois locais mais rasos (bancos de areia); 
• Que se apresenta como o local mais escuro e com o menor número ou 
tamanho nas ondas; 
• Que é geralmente o local onde aparenta maior calmaria; 
• Que apresenta uma movimentação a superfície ligeiramente ondulada em 
direção contrária as outras ondas que quebram na praia; 
• Que é a parte na areia com convexidade voltada ao mar. 
 
2° passo: Reconheça um afogamento e peça que liguem 193 
Identificar um caso de 
afogamento antes ou durante a sua 
ocorrência possibilita tomar atitudes 
mais precocemente e evitar o 
agravamento da situação. 
• Reconheça a 
necessidade de socorro; 
• Chame por ajuda ou 
peça a outro para fazê-lo (ligue 193) 
ou avise alguém antes de tentar 
qualquer tipo de socorro; 
• Jamais tente socorrer 
a vítima se estiver em dúvida. 
Socorristas podem morrer junto com a vítima se estiverem despreparados. 
3° e 4° passos: Forneça flutuação – evite a submersão e remova da água 
somente se for seguro a você 
 
Se você for à vítima 
• Mantenha a calma – a maioria das pessoas 
morre por conta do desgaste muscular desnecessário 
na luta contra a correnteza; 
• Mantenha-se apenas flutuando e acene por 
socorro; 
• Só grite se realmente alguém puder lhe 
ouvir, caso contrário você estará se cansando e 
acelerando o afogamento. Acenar por socorro 
geralmente é menos desgastante e produz maior efeito; 
• No mar, uma boa forma de se salvar é nadar ou deixar se levar para o alto 
mar, fora do alcance da arrebentação e a favor da correnteza, acenar por socorro e 
aguardar. Ou se você avistar um banco de areia tentar alcançá-lo; 
• Em rios ou enchentes, procure manter os pés à frente da cabeça, usando as 
mãos e os braços para dar flutuação. Não se desespere tentando alcançar a margem de 
forma perpendicular tente 
alcançá-la obliquamente, 
utilizando a correnteza a seu 
favor. 
Se você for o socorrista 
– cuidado para não se tornar a 
vítima! 
• Decida o local 
por onde irá atingir ou ficar 
mais próximo da vítima; 
• Tente realizar o 
socorro sem entrar na água; 
• Se a vítima se 
encontra a menos de 4 m 
(piscina, lagos, rios), estenda 
um cabo, galho, cabo de 
vassoura para a vítima; 
• Se a vítima se encontra entre 4 e 10 m, você pode atirar algum objeto que 
flutue para que ela o segure e não afunde. Você poderá também, amarrar uma corda neste 
objeto, porque depois você pode puxá-la até a margem; 
• Deixe primeiro que a vítima se agarre ao objeto e fique segura. Só então a 
puxe para a área seca. 
Se alguém decidiu entrar na água para socorrer proceda da seguinte forma: 
• Avise a alguém que você tentará salvar a vítima e que chame socorro 
profissional; 
• Leve sempre consigo, algum material de flutuação (prancha, boia, flutuador 
salva vidas ou outros); 
• Retire roupas e sapatos que possam pesar na água e dificultar seu 
deslocamento. É válida a tentativa de se fazer das calças um flutuador, porém isto costuma 
não funcionar se for sua primeira vez. Se você estiver de nadadeiras, o deslocamento será 
mais rápido e melhor; 
• Entre na água sempre mantendo a visão na vítima; 
• Pare a 2 metros antes da vítima e lhe entregue o material de flutuação. 
Sempre mantenha o material de flutuação entre você e a vítima. Nade com a vítima até 
área seca ou espere a ajuda chegar; 
• Nunca permita que a vítima chegue muito perto, de forma que possa lhe 
agarrar. Entretanto, caso isto ocorra, afunde com a vítima que ela lhe soltará; 
• Deixe que a vítima se acalme, antes de chegar muito perto; 
• Se você não estiver confiante em sua natação, peça a vítima que flutue e 
acene pedindo ajuda. Não tente rebocá-la até a borda da piscina ou areia, pois isto poderá 
gastar suas últimas energias; 
• Durante o socorro, mantenha-se calmo, e acima de tudo não se exponha ou 
a vítima a riscos desnecessários. 
 
5° passo – Suporte de vida (hospital, se necessário) 
 
Caso a pessoa seja retirada da 
água, é importante verificar a 
respiração, durante 10 segundos, 
observando os movimentos do tórax e 
escutando o ar sair pelo nariz. Se 
estiver respirando, é importante deixar 
a pessoa deitada de lado 
(preferencialmente sobre o lado direito) 
até que os profissionais cheguem no 
local. 
Se a pessoa estiver 
consciente, sem sintomas, somente 
com tosse seca ou com a presença de espuma na boca, é recomendado observar a 
respiração, pedindo a pessoa para se deitar de lado (sobre o lado direito), mantendo-a 
aquecida, relaxada e calma até a chegada dos bombeiros. Porém se estiver inconsciente 
e não estiver respirando e sem pulso, é recomendado iniciar a massagem cardíaca na 
vítima, manobra essa que deve ser feita preferencialmente por um adulto. 
Mas diante mão, quanto a questão da avaliação primária da vítima, identificar se ela 
respira ou não, se está sofrendo uma suposta parada cardiorrespiratória e como proceder 
nesses casos, serão passados de maneira mais detalhada na instrução de noções de 
primeiros socorros. 
 
SEÇÃO 9 - EQUIPAMENTOS E MATERIAIS BÁSICOS DE SALVAMENTO 
AQUÁTICO UTILIZADOS PELO GUARDA VIDAS 
 
O Guarda Vidas é o profissional preparado para agir em situações de afogamento e 
para realizar a prevenção em ambientes aquáticos, onde haja a presença de esportes 
aquáticos, pescarias, lazer e diversão. Os equipamentos básicos do Guarda-Vidassão 
ferramentas indispensáveis 
para o serviço de prevenção, 
orientação e caso seja 
necessário, na execução de 
um salvamento aquático com 
segurança e eficiência. 
a) Nadadeiras - a 
utilização de nadadeiras 
permite ao Guarda-Vidas um 
deslocamento mais veloz 
durante um salvamento 
aquático, bem como um 
reboque mais eficiente da 
vítima após sua abordagem. 
 
b) Apito - certamente o apito é o 
melhor dispositivo que o Guarda-Vidas 
possui para alertar banhistas em situação de 
risco. Quando o banhista olhar para o local 
de onde está partindo a sinalização sonora, 
o Guarda-Vidas deverá fazer gestos 
indicando o que se pretende. 
 
 
 
 
 
c) Flutuador - flutuadores são 
equipamentos de extrema eficiência durante o 
salvamento aquático. São utilizados 
principalmente para possibilitar a flutuação ao 
Guarda Vidas e a vítima. 
 
 
 
 
 
 
 
d) Máscara portátil para 
Ventilação (pocket mask) - 
equipamento portátil, utilizado para 
ventilação de vítimas em parada 
respiratória ou cardiorrespiratória. 
 
 
 
e) Uniforme - a 
uniformização e a padronização de 
modelos e cores no fardamento dos 
Guarda-Vidas são de fundamental 
importância, não só para a apresentação 
deste profissional nos locais de banho, 
assistidos por eles, mas também, para 
proporcionar ao público sua fácil 
localização. Entre os banhistas, 
assumem uma posição de destaque e 
referência, tanto para o resgate como 
para prestar informações, orientar e 
atuar preventivamente. 
Quando você bombeiro mirim 
estiver em locais de banho, busque 
observar se existe ou não a presença de 
um guarda vidas, onde fica seu posto de observação, e caso seja necessário, você poderá 
pedir ajuda o mais rápido possível. 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
David Szpilman, Manual Emergências Aquáticas. Disponível em: Acesso em 20 
de novembro de 2018. 
David Szpilman & diretoria Sobrasa 2018-22. Afogamento – Boletim epidemiológico 
no Brasil 2022. Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático SOBRASA - Publicado online 
em http://www.sobrasa.org, julho 2022. Revisado por Profa. Dra. Danielli Mello e Dra. Lúcia 
Eneida Rodrigues 
Goiás, Corpo de Bombeiros Militar do Estado. Manual Operacional de Bombeiros: 
Guarda-vidas CBMGO. Goiânia, 2017 
 
Goiás, Corpo de Bombeiros Militar do Estado. Manual operacional de bombeiros: 
Salvamento em altura CBMGO. Goiânia, 2017. 
Goiás, Corpo de Bombeiros Militar do Estado. Manual operacional de bombeiros: 
Salvamento terrestre. Goiânia: 1ª ed. atualizada - 2018. 
Goiás, Corpo de Bombeiros Militar do Estado. Guia Técnico de Salvamento em 
Altura do CSALT. CBMGO, 2014; 
MTB n. 26 – Salvamento em Altura – Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do 
Estado de São Paulo. 
Norma Operacional 09. Das atividades de salvamento em altura. CBMGO, 2013. 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
Quantas vezes você, já caiu e 
se machucou? Quantas vezes você 
já se cortou e viu sangue saindo 
pelo ferimento? Muitas vezes, né? 
Aposto nestes casos, que alguém 
deve ter te socorrido e feito um 
“curativo” no machucado, não foi? 
Então eu te pergunto, como essa 
pessoa sabia o que tinha que ser 
feito? Onde ela aprendeu a fazer 
aquele “curativo”? Quais 
procedimentos são esses que 
socorrem as pessoas quando elas 
se machucam e precisam de ajuda? 
As respostas para essas perguntas você encontrará neste capítulo, onde você 
estudará Noções de Primeiros Socorros e conhecerá os procedimentos utilizados para agir 
em primeiro momento, quando for possível, até a chegada do socorro especializado (Corpo 
de Bombeiros, SAMU ...). Para isso, serão abordados temas como: 
 
• Diferença entre emergência e urgência; 
• Acionamento do Corpo de Bombeiros; 
• Noções de Biossegurança; 
• Reconhecimento de uma vítima de trauma; 
• Reconhecimento de uma vítima de mal clínico; 
• Cuidados na Cena do Acidente; 
• Avaliação Primária; 
• Engasgamento; 
• Reanimação Cardiopulmonar; 
• Curativos e Imobilizações; 
• Transporte de vítimas; 
 
SEÇÃO 1 – Conceitos 
 
Primeiros Socorros: Primeiros Socorros são procedimentos simples de 
atendimento, prestado a uma vítima de acidente ou mal súbito, com o intuito de mantê-la 
com vida até a chegada do atendimento especializado. Tem por finalidade preservar a vida; 
evitar o agravamento do estado da vítima; promover recuperação da vítima. 
Urgência: Na urgência inicialmente não existe um risco grave. Mesmo sem esse 
risco grave a situação merece atenção e cuidado com certa agilidade. Caso uma situação 
de urgência não tenha o tratamento adequado, é possível que ela se transforme em uma 
situação de emergência, aumentando os riscos. Portanto, a situação de urgência deve ser 
atendida brevemente, em um curto espaço de tempo. 
 
Emergência: Na emergência a situação 
exige uma cirurgia ou intervenção médica de 
imediato, por isso, em ambulâncias está geralmente 
escrito emergência e não urgência. Assim, a 
situação de emergência, para evitar mortes ou 
danos graves, requer um atendimento imediato. 
 
 
SEÇÃO 2 – Reconhecendo e Caracterizando Vítimas 
As pessoas que sofrem algum tipo de lesão ou necessitam de socorro, chamamos 
de vítimas. Essas pessoas podem ser vítimas de acidentes traumáticos (com descarga de 
energia) ou vítimas de mal clínico. 
 
Vítima Acidentada (Trauma): É a pessoa que apresenta alguma lesão (machucado) 
provocado por algum tipo de trauma (pancada) onde há a transferência de energia para o 
corpo humano. Por exemplo, quando ocorre um acidente de um carro contra carro, carro 
contra moto, atropelamentos, quedas do corpo humano e etc. Esses acontecimentos 
podem provocar alterações nos sinais vitais das vitimas como alterações nos batimentos do 
coração e na respiração, palidez, agitação, suor, frio e nível de consciência alterado, 
fraturas, inchaços, vermelhidão, sangramentos, queimaduras. Todas essas alterações 
necessitam de cuidados médicos o mais rápido possível . 
 
Vítima de Mal Clínico: É a pessoa que apresenta alguma doença causada por 
enfermidade (doença) não traumática (sem transferência de energia para o corpo humano). 
As emergências clínicas, são estados graves de saúde que não foram causados por 
nenhum fator externo e são, normalmente, consequências de doenças pré-existentes. 
Nestes casos, os pacientes costumam se apresentar com palidez, perda de consciência, 
respiração difícil, contraturas musculares, entre outros sintomas. 
 
SEÇÃO 3 – Acionamento do Corpo de Bombeiros 
 
O acionamento é 
realizado através do número 
193. A ligação é atendida por 
Bombeiros que identificam a 
emergência e anotam os 
primeiros dados. 
Imediatamente ele faz a 
triagem do caso e inicia 
orientando, por telefone, o 
solicitante, sobre as primeiras 
ações. A viatura vai até o local 
onde a pessoa solicitou e 
começa o atendimento 
rapidamente e em seguida 
encaminha a vítima para o 
hospital. 
O repasse de informações da cena do acidente deve considerar: Se existem vítimas? 
Quantas? Estão presas na ferragem? Qual a idade e sexo das vítimas? Gravidade: As 
vítimas estão conscientes? Existem hemorragias visíveis? Veículos: Qual o tipo de 
acidente? Quantos veículos? Tipos? Há fogo? Se há muito trânsito no local? Existem outras 
viaturas no local? 
 
Trote 
Passar trote telefônico é uma brincadeira praticada infantilmente por muitas pessoas, 
que representa um grande problema em serviços de emergências que necessitam do 
acionamento via telefone. O trote aos serviços de emergência é um crime previsto no 
Código Penal. Quando identificado, a pessoa irá responder pelo artigoo nº 340 do Código 
Penal: falsa comunicação de crime ou de 
contravenção, cuja pena é detenção de um 
a seis meses ou multa. Quando não 
identifica que a pessoa está passando um 
trote e a ocorrência é despachada para os 
bombeiros, empenhamos uma viatura que 
não precisava ser empenhada, colocamos 
em risco uma guarniçãode serviço, além 
do fato de que esta viatura poderia estar 
atendendo uma emergência de verdade. 
 
 
SEÇÃO 4 – Noções de Biossegurança 
As ambulâncias são destinadas e 
adaptadas para prestar atendimento às vítimas 
de acidentes e emergências clínicas, e portanto 
são abastecidas com materiais próprios e 
especiais para atendimento. 
Assim como os bombeiros que atuam no 
Atendimento Pré - Hospitalar estão expostos a 
risco de contato com vírus, bactérias, fungos e 
outros microrganismos nocivos à saúde, todo 
mundo no seu dia a dia pode estar exposto a 
estes riscos, podendo transmitir microrganismos para si próprios como também para outras 
vítimas. Por isso é importante todos manterem uma boa higiene. 
 
Biossegurança: Conjunto de ações que 
devem ser incorporadas por cada pessoa a fim de 
prevenir, eliminar ou ao menos minimizar os riscos 
do dia a dia. 
Uma dessas ações consiste em sinalizar a 
presença de agentes biológicos e o perigo de 
contaminação biológica, atravéz do simbolo de 
risco biológico, conforme imagem ao lado. 
 
 
Limpeza: Todos os materiais e equipamentos devem ser lavados antes de ser 
desinfectados ou esterilizados. A limpeza deve ser feita sempre com água e sabão. 
 
Doenças Infectocontagiosas: Doenças infecciosas são doenças causadas por 
microrganismos como vírus, bactérias, protozoários ou fungos microrganismos causadores 
de doenças. 
 
As doenças infecciosas podem ser 
adquiridas por meio do contato: 
• Direto com o agente infeccioso, 
• Contato com água 
• Alimentos contaminados 
• Respiração 
• Ferimentos causados por animais. 
 
 
RISCO BIOLÓGICO 
 
Métodos de Prevenção: A higienização das mãos e alimentos é medida simples, 
individual, consciente e indiscutivelmente a mais eficiente e a mais barata na prevenção de 
infecções. Quando lavar?? 
• Quando as mãos estiverem visivelmente sujas 
• Antes e após ir ao banheiro; 
• Antes e depois das refeições; 
 
Procedimentos de Lavagem das mãos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEÇÃO 5 – Cuidados no Local do Acidente 
Muitos fatores podem interferir na cena do acidente como o trânsito intenso, chuva, 
local de difícil acesso e outras situações. Por isso é importante no local um estudo rápido 
em que são analisados os diferentes fatores que podem interferir no atendimento , sendo 
indispensável ao socorrista obter essas informações para a tomada de decisão adequada, 
visando a segurança de todos. 
Pensando nessa situação foi criado um método denominado “REGRA dos 3S” que 
facilita ao socorrista avaliar a cena. A regra dos três "S" pode ser entendida como um 
procedimento básico nos primeiros socorros, essa regra surgiu primeiro no exterior e os 
três “S” faz relação a trÊs palavras em inglês: “Scene”, “Security” e “Situation”. Deste 
modo, ela pode ser aplicada em diversas áreas do salvamento, estando diretamente ligada 
aos seguintes métodos: A observação do caso (Verificação da cena), segurança do 
socorrista bem como do paciente para o salvamento; entendimento da situação. 
 
1. Cena do Acidente 
(Scene): No local o socorrista deve 
avaliar tudo em sua volta e o tempo 
todo, observando bem o local além 
de conversar com as testemunhas 
e vítimas. 
2. Segurança: No local da 
ocorrência, o principal fator a ser 
observado é a segurança da 
equipe. Para ajudar a vitima é 
obrigatória a utilização de 
equipamentos de proteção 
individual (EPI). Deve-se fatentar também ao trânsito no local da ocorrência, utilizando 
cones para sinalizar, galhos de árvores etc. Outro fator importante a ser notado é o clima e 
o horário do dia para saber quando irá escurecer. 
3. Situação: Após verificar a cena e segurança do local, deve analisar a situação e 
tentar descobrir o que ocorreu. Buscar informações das vítimas (quantidade, idade, sexo), 
dentre outras informações que achar necessária. 
SEÇÃO 6 – Noções de Avaliação Primária 
O primeiro passo para o atendimento da vítima é sua avaliação. Observando as 
seguintes situações: risco de vida; risco de perda de membro por amputações, além de 
outras situações. 
Pensando nessa situação foi criado um método denominado “XABCDE” que facilita 
ao socorrista avaliar a vítima, veremos a seguir do que se trata cada letra: 
X-A-B-C-D-E: 
.: Antes da Avaliação o socorrista deve realizar perguntas simples a ela, tais como: 
• “Qual seu nome?” 
• “De onde vem?” 
• “Para onde vai?” 
Esse Primeiro contato, chama-se Responsividade que de modo rápido avalia se a 
vítima está respirando, se o coração está batendo e se ela está acordada. 
Posteriormente realiza-se a Avaliação Primária através do “XABCDE”. 
X (Grandes Hemorragias): Identificar a presença de 
grandes hemorragias que possam comprometer de forma 
significativa na estabilização da vítima e intervir de imediato, para 
garantir a manutenção dos sinais vitais. 
 
A (Airways, vias aéreas): Verificar se a vítima está com 
algum objeto, chiclete, dentaduras, próteses na boca que 
obstrua a respiração e ao mesmo tempo estabiliza a coluna 
cervical (pescoço). 
 
 
B (Breathing, boa respiração): Avaliar a respiração da 
vítima utilizando o protocolo VOS, tentando Ver (olhe se barriga 
e os peitos estão movimentando), Ouvir (chegue perto para ver 
se há ruídos ou barulhos) e sentir (com a lateral do rosto perto 
da boca e nariz tentar sentir a respiração). 
Se a vítima não respira, realize reanimação respiratória! 
 
 
C (Circulation, circulação): Verificar se tem pulso, 
se a vítima tem outros sangramentos. 
Se não tiver pulso, realize reanimação cardiorrespiratória! 
Se tiver sangramentos, tente conter o sangramento! 
 
 
D (Disability, disfunção neurológica): Nível de 
consciência: Verifique se a vítima abre os olhos com facilidade, se 
ela fala coisas sem sentido, peça para mexer os braços ou pernas 
e veja se ela consegue sozinha. 
 
 
E (Exposure, exposição): Verifique todo 
corpo da vítima da cabeça aos pés, olhe debaixo das 
roupas, nas costas, retire os sapatos para procurar 
possíveis lesões. 
Se tiver mais lesões e/ou fraturas imobilizar o local. 
 
 
 
SEÇÃO 7 – Engasgamento 
No nosso dia a dia ocorrem muitos acidentes nos quais pessoas engasgam ou tem 
a garganta tampada por uma carne, balão de aniversário, vômito, sangue, leite ou outros 
líquidos. 
 
Como reconhecer: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que fazer quando a vítima for uma criança ou um adulto: 
Abra a boca da vítima e tente visualizar o objeto, tente pegar o objeto apenas se ele 
estiver fácil de remover, caso o objeto esteja no fundo da boca tentar pegá-lo só irá empurrar 
mais para o fundo; 
 
Se não encontrar ou conseguir retirar, dar 4 a 5 tapas no 
meio das costas da vítima. 
 
 
Vítima leva mão na 
garganta e não 
consegue falar. 
Inquietação e tosse 
Respiração difícil, 
ausência ar e pele 
cianótica (roxa). 
 
Caso não resolva, abrace a vítima por trás e com o punho 
fechado no estômago, aperte 05 (cinco) vezes o abdômen 
(Manobra de Heimlich). 
 
 
O que fazer quando a vítima for um bebê: 
 
Posicione a criança de barriga para baixo em seu 
antebraço, com a cabeça mais baixa que o resto do corpo, 
podendo apoiá-la na sua perna. Dê (5) cinco tapas nas 
costas da criança. 
 
 
Caso não resolva, vire a criança de barriga para cima 
e a coloque numa superfície rígida, então realize cinco 
massagens no esterno. 
 
 
SEÇÃO 8 – Reanimação Cárdio Pulmonar (RCP) 
 
 
RCP é um conjunto de ações destinadas a 
garantir a oxigenação dos órgãos quando a 
circulação do sangue de uma pessoa é 
interrompida. A circulação é responsável pelo 
transporte de oxigênio e nutrientes para dentro do 
corpo, assim como o transporte de gás carbônico 
e outras “sujeiras” para fora do nosso corpo. 
 
“Quando o nosso coração para de bater, nossas células ficam sem o oxigênio e 
começam a se degradar. Com o tempo perdemos a consciência e, caso demore o 
socorro,podemos até morrer.” 
 
 
Como reconhecer uma vítima de parada cardíaca? 
Normalmente uma parada é pré-anunciada com um forte 
dor no peito, espalhando pelo braço, pescoço e abdômen. 
 
 
O que fazer? 
Se respira: observar a vítima até a chegada do socorro; 
Se não respira: observar se o coração bate. Caso o batimento esteja ausente, iniciar 
imediatamente RCP. 
 
 
Como fazer? 
Ligue imediatamente para o 
Corpo de Bombeiros Militar, no 
telefone 193; 
Deite a vítima de costas 
sobre o chão rígido; 
Fique de joelhos ao lado da 
vítima, na altura dos ombros; 
Apoie no centro do tórax; 
Posicione os braços 
estendidos, com os dedos 
entrelaçados, coloque uma mão sobre 
a outra, apoiando-se no centro do 
tórax; 
Utilize o peso do corpo; 
 
Quando em crianças e adultos: fazer 30 compressões, seguidas por 02 ventilações. 
Repetir o ciclo por 5 vezes e verificar se o batimento voltou. Caso permaneça sem 
batimento, repetir do o processo até o coração bater sozinho ou até a chegada de socorro 
especializado (bombeiros, SAMU ...). 
No caso de crianças maiores que 
bebês, deverá ser usada somente uma 
das mãos, sendo que a outra ficará 
apoiada ao chão, diminuído assim a 
intensidade de compressão. 
 
Quando em bebês: fazer 15 
compressões, seguidas por 02 
ventilações. Repetir o ciclo por 5 vezes e 
verificar se o batimento voltou. Caso 
permaneça sem batimento, repetir do o 
processo até o coração bater sozinho ou 
até a chegada de socorro especializado 
(bombeiros, SAMU ...). 
No caso de bebês (crianças muito pequenas), deverá ser usado somente os dedos 
indicadores e médio para fazer a RCP e a ventilação deverá ser feita somente com o ar das 
bochechas ou do Ambu (ventilador mecânico) neonato. 
 
SEÇÃO 9 – Noções de Curativos e Imobilizações 
 
O trauma é um assunto de importância 
mundial, sendo os acidentes de trânsito de maior 
incidência. Cortes, fraturas, luxação, entorse e 
queimaduras, são os principais tipos de lesões 
causadas por esses acidentes. Assim, conhecer 
técnicas para a confecção de curativos e 
imobilizações é de fundamental importância para 
a atuação de qualquer socorrista. 
 
 
 
Fratura: Consiste na ruptura total ou parcial do osso. 
 
 
Luxação: é definida como a deformidade e perda do 
movimento da articulação (o osso “saí” do lugar). 
 
 
 
Entorse: pode-se definir entorse como sendo a lesão na 
qual ocorre distensão da articulação além de sua amplitude 
normal. Neste caso não há a fratura do osso! 
 
 
Como reconhecer uma vítima de fratura, luxação ou entorse? 
A vítima poderá apresentar os seguintes sintomas: 
1. Dor intensa; 
2. Deformidade; 
3. Edema; 
4. Hematoma; 
5. Crepitação óssea; 
6. Limitação funcional com instabilidade do segmento anatômico acometido; 
 
O que fazer? 
Imobilizar sempre as fraturas, luxações e 
entorses visando estabilizar uma articulação acima e 
outra abaixo do local lesionado. No caso de entorses e 
luxações, caso possua bolsa de gelo, colocá-la sobre o 
local lesionado. 
As técnicas de imobilização serão apresentadas 
nas aulas práticas de Primeiros Socorros. 
Ferimentos: Ferimentos são lesões provocadas por agentes físicos ou químicos na 
pele e tecidos podendo causar hemorragias. 
 
O que fazer? 
1. Em caso de hemorragia: compressão direta 
(comprimir a lesão com as mãos utilizando gases e EPI´s). 
Caso a hemorragia não possa ser controlada pela compressão 
direta, faz-se o uso do torniquete (compressão do local através 
do uso de materiais de primeiros socorros ou equipamento 
específico que produzirá uma pressão local maior que àquela 
obtida pela compressão direta). A técnica do torniquete bem 
como a compressão direta, serão abordadas nas aulas 
práticas de primeiros socorros. 
2. Manter o membro afetado em repouso, numa posição natural e confortável; 
3. Imobilizar as articulações que ficam acima e abaixo da lesão, com o uso de 
talas, como mostra as imagens. Não havendo talas disponíveis, é possível improvisar com 
pedaços de papelão, revistas ou jornais dobrados ou pedaços de madeira, que devem ser 
acolchoadas com panos limpos e amarrados ao redor da articulação; 
4. Nunca tentar endireitar uma fratura ou colocar o osso no lugar; 
5. Em caso de fratura 
exposta, deve-se cobrir o ferimento, 
de preferência com gaze esterilizada 
ou um pano limpo. Se houver um 
sangramento muito intenso, é 
necessário fazer compressão acima 
da região fraturada para tentar 
impedir a saída do sangue. S 
6. Aguardar o auxílio 
médico. Caso não seja possível, 
recomenda-se levar a vítima para o 
pronto-socorro mais próximo. 
SEÇÃO 10 – Transporte de Vítimas 
Todas as vítimas atendidas precisam ser 
transportadas para o atendimento médico de 
forma adequada. A escolha do método de 
transporte será definido com base na natureza 
da ocorrência, dos recursos disponíveis, da 
quantidade de socorrista, entre outras variáveis. 
Nas atividades de campo é comum 
ocorrer entorses, luxações, picadas de animais e 
quedas nas quais a vítima tem dificuldade de 
caminhar e necessita de apoio. Citamos também 
todas aquelas outras situações que fujam da normalidade como as de calamidade pública, 
desastres naturais, enchentes, conflitos armados, desabamentos e outros que exijam o 
preparo do socorrista para transportar uma vítima. 
 
 
Transporte por prancha: A vítima é transportada em cima 
de uma prancha longa utilizada nas viaturas de resgate, bem como 
por aquela improvisada com galhos e gandola. 
 
Transporte por cadeira de rodas: A vítima é transportada 
por cadeira de rodas quando esta se encontra disponível e as 
lesões permitem o transporte sentado. 
 
 
Transporte de apoio: é a forma mais simples de 
transporte de vítima, quando não há recursos no local e a 
vítima se encontra consciênte e em condições de contribuir 
para a movimentação. 
 
 
Transporte pelas extremidades: necessário no mínimo 
dois socorrista para realizar esse tipo de transporte. Um socorrista 
segura a vítima pelo tronco e o outro pelas pernas. 
 
 
Transporte nas costas: nesse tipo de 
transporte o socorrista deverá possuir força o 
suficiente para manter a vítima sobre as costas. 
Essa técnica é ideal quando a vítima está 
consciênte e pode ajudar no processo de 
deslocamento, “muchilando” o socorrista que o 
transporta. Outra forma de carregar pelas costa 
é pela técnica de pegada tipo bombeiro. Nela o 
socorrista coloca a vítima sobre suas costa e a 
imobiliza segundo uma das pernas e um dos 
braços ao mesmo tempo. 
 
Transporte cadeirinha humana ou na cadeira: 
necessário no mínimo dois socorrista para realizar esse tipo 
de transporte. Na cadeirinha humana, os dois ficam de 
frente um para o outro e se seguram pelos braços, formando 
uma espécie de “cadeirinha”. A vítima então senta sobre os 
braços dos socorristas e é transportada. Já para o 
transporte da cadeira, a vítima senta sobre a cadeira e os 
socorristas fazem o deloscamento se apoiando sobre a 
mesma. 
 
Transporte em braço: pode ser realizado por um ou mais 
socorristas. Consiste em transportar a vítima nos braços. Requer vigor 
físico. 
Transporte por arrasto: ideal para situações de 
emergência em que se necessita fazer a remoção imediata da 
vítima do local do acidente. Esse tipo de transporte pode ser 
escolhido quando o socorrista não possui vigor físico ou quando o 
peso da vítima superar sua capacidade física. Muito utilizado em 
situações de incêndio. 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS. Manual Operacional 
de Bombeiros – Resgate Pré - Hospitalar. CBMGO, 2016. 
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS. Protocolo para suporte 
de vida do CBMGO. CBMGO, 2011. 
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS. Defesa Civil - 
Programa Capacitar para Salvar. Nivél 1. CBMGO, 2018. 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Higiene Pessoal é o conjunto de cuidados que devemoster com o nosso corpo 
diariamente. A higiene interfere diretamente na qualidade de nossa vida e de nossa saúde, 
pois evitam que microrganismos malignos penetrem no nosso corpo e causem doenças. É 
por meio da higiene pessoal correta que o corpo fica limpo, fortalecido e saudável. 
 
Seção 1 – Higiene Pessoal 
A higiene é a melhor arma para a 
manutenção da saúde. Manter limpo nosso 
corpo e o ambiente em que vivemos e é 
tarefa individual e indispensável. Sendo que 
cada parte do nosso corpo tem 
características diferentes e precisa de 
cuidados específicos. 
Hábitos simples como tomar banho, 
lavar as mãos e escovar os dentes estão 
entre as principais atitudes preventivas para 
o bem-estar. No entanto, a higiene pessoal 
envolve muitas outras práticas que são 
simples mais que devem ser feitas regularmente. É muito importante para a saúde pessoal 
manter a higiene dia após dia, pois assim o corpo consegue evitar uma série de males 
prejudiciais à saúde. 
Os especialistas da área da saúde indicam que depois de realizar alguma atividade 
física ou depois de um dia atarefado, a higienização do 
corpo deve ser feita em seguida, removendo a sujeira da 
rua e os microrganismos que durante a atividade física, 
talvez tenham se instalado no corpo. Assim, o banho 
diário é indispensável para a saúde, pois elimina as 
impurezas da pele, proporciona relaxamento, remove as 
células mortas e ativa a circulação sanguínea, evitando 
dermatites como micoses. A secagem da pele após o 
banho também é importante, visto que evita alguns tipos de fungos. A higiene íntima 
também é importante na prevenção e combate às doenças. Os órgãos fazedores de “cocô” 
e “xixi” devem ser bem lavados com água e sabonete pelo menos uma vez ao dia, durante 
o banho. 
A higiene das mãos é outro aspecto fundamental e que não deve passar 
despercebido. As mãos devem ser lavadas antes e depois de ir ao banheiro, antes de 
cozinhar e de ingerir alimentos e após chegar em casa de atividades na rua. Essa rotina é 
importante porque as mãos são as partes do corpo mais utilizadas para realizar as diversas 
atividades diárias. Isso evitará a propagação de inúmeras doenças. Médicos e especialistas 
da área da saúde afirmam que uma boa higiene pessoal previne a ocorrência de doenças 
infecciosas, como por exemplo, vermes, protozoários, bactérias e vírus que causam 
diarreia, gripe ou resfriado. No Brasil, segundo o estudo Suabe que entrevistou 150 mães 
donas de casa, em São Paulo, foi constatado que 65% das crianças delas apresentam 
coliformes fecais nas mãos após irem ao banheiro, entre as bactérias encontradas estão 
Enterococcus e Escherichia Coli, causadoras de doenças gastrointestinais. 
Os especialistas da área da saúde 
garantem que a higiene pessoal correta ajuda 
a afastar diversas doenças e melhorar a 
qualidade de vida. Segundo eles, o hábito de 
manter os cuidados com a higiene pessoal 
deve ser introduzido desde cedo na vida das 
pessoas, de preferência quando criancinhas, 
pois assim será mantido por toda a vida. Além 
das mãos, limpar debaixo das unhas é de 
grande importância e colabora para a higiene 
pessoal. As unhas devem estar sempre bem 
limpas, essa precaução ajuda na prevenção de doenças vindas de bactérias ungueais. É 
essencial evitar colocar as mãos na boca e morder ou roer as unhas, pois elas contêm 
muitas bactérias que podem ser transmitidas para a boca e causar riscos sérios a saúde. 
Os cabelos devem ser lavados com frequência, 
penteados diariamente e cortados periodicamente, isso 
ajudará no controle da queda, caspa, piolhos e seborreia. Ao 
lavar o rosto pela manhã, preste atenção se há secreção no 
canto interno dos olhos removendo-a com bastante água. As 
orelhas e o umbigo também devem ser lavados e 
higienizados cuidadosamente. 
Além disso, com pouca higiene, costumamos 
exalar um cheirinho nada agradável, o que pode fazer 
com que pessoas queridas se afastem de nós. Claro que 
ninguém quer essas coisas para si, não é mesmo? Os 
nossos pés também merecem cuidados especiais, não 
basta somente lavá-los, é necessário secá-los, 
principalmente entre os dedos. Assim evita-se frieiras, 
micoses e mau odor. Não use sapatos ou tênis sem 
meias. O suor produzido não é absorvido pelo sapato e 
promove a proliferação das bactérias e fungos. As meias 
devem ser trocadas todos os dias, e de preferência ser de 
algodão, pois absorvem melhor o suor. Alterne os 
sapatos. Deixe o sapato do dia anterior “descansando”, de preferência ao sol, pois ele ajuda 
a secar a umidade e a eliminar o mau cheiro. 
A sudorese é um problema desagradável, por isso tenha 
bastante cuidado com suas axilas. Lave-as bem, seque-as e faça 
uso de desodorante. Se o odor permanecer peça orientação 
médica. 
 
Seção 2 – Alimentação e os Exercícios Físicos 
 
O corpo humano pode ter muitas cores, formatos e tamanhos. Mas mesmo que 
nossa forma física seja diferente, todos temos uma coisa em comum: podemos tornar o 
nosso corpo ainda melhor do que ele já é! Quando se é jovem, as escolhas que fazemos 
relacionadas à alimentação e aos exercícios podem determinar como ficaremos e nos 
sentiremos quando formos mais velhos. Sabendo disso, agora você tem muito mais poder 
sobre si! Quer ser mais forte e mais inteligente? Você consegue! 
 
 
Alimente-se com comidas saudáveis; 
 
Beber muita água; 
 
 
Faça algum tipo de atividade física por uma hora todos os dias; 
 
 
Durma bem todas as noites; 
 
 
 
Quando seu corpo está saudável e forte, você está mais perto de ser o seu melhor. 
Cuidar do corpo vai lhe dar mais energia, alimentar seu cérebro e fortalecer seus músculos. 
É fácil e divertido. 
As crianças crescem de forma 
diferente. Algumas esticam rapidamente e 
então desaceleram, enquanto outras 
crescem em um ritmo mais gradual. Não há 
nenhum padrão de tamanho, forma ou 
crescimento para todos. Até crianças da 
mesma família têm relógios de crescimento 
diferentes! Quando você vai ao médico, sua 
altura e peso são marcados numa tabela de 
percentis. Um percentil mostra a 
comparação entre você e outras crianças 
da sua idade. Por exemplo, se você tem um 
percentil de altura 75 e está numa sala com 
outras 100 crianças consideradas normais, 
você será mais alto do que 75 das crianças 
na sala. 
 
Aos 08 anos de idade, crianças podem ter uma diferença de cerca de 20 cm e 15 kg, 
e ainda serem consideradas “dentro do padrão” para a faixa etária. Alguns meses antes de 
um estirão de crescimento é comum as meninas ganharem alguns quilos. Meninos podem 
continuar a crescer até um pouco depois de completarem 20 anos. 
Durante todo o dia e toda a noite, você respira, bombeia sangue, cresce, cura aquele 
arranhão do joelho e... bem, você entendeu. Você já parou para pensar alguma vez em 
como o seu corpo faz isso tudo e muito mais? 
Por exemplo, como você se transformou de um bebezinho até a pessoa que é agora? 
Tudo isso se deve a alimentação que você ingere diariamente e os nutrientes que 
são absorvidos pelo seu organismo. Vamos conhecer alguns: 
 Cálcio: Um mineral que fortalece e estrutura os ossos e dentes; 
Caloria: Uma medida da energia do alimento. O número de calorias que você 
necessita depende da sua altura, peso, idade e nível de atividade. Carboidratos, proteínas 
e gorduras fornecem calorias 
Fibra: Um tipo de carboidrato que o corpo não digere. Ele mantém o seu sistema 
digestivo funcionando bem. 
Ferro: Mineral que é parte dos glóbulos vermelhos do sangue, o ferro ajuda a 
transportar o oxigênio pelo seu corpo. 
Nutrientes: As partes ou ingredientes do alimento que o seu corpo necessita para 
sobreviver, crescer e ficar saudável. Os seis tipos diferentes de nutrientes são: 
 
1.Carboidratos; 
2. Proteínas; 
3. Gorduras; 
4. Vitaminas; 
5. Minerais; 
6. Água. 
 
 
Potássio: Mineral que mantém o equilíbrio dos fluídos do seu corpo e regula a 
atividade musculare as contrações. (É por isso que os músculos têm cãibras quando a taxa 
de potássio está baixa.) Banana, suco de laranja e abacate são muito ricos em potássio. 
Proteína: Nutriente que o corpo necessita para crescer e se reestabelecer. Entre os 
alimentos ricos em proteínas estão carne vermelha, peixe, frango, peru, ovos, feijão, tofu e 
castanhas. Leite, iogurte e queijo também têm muita proteína. 
Vitamina A: Boa para os olhos, pele, cabelos, ossos, dentes e gengivas. Legumes 
e verduras verde-escuros e laranja-escuros são as melhores fontes. 
Vitamina B: Essas vitaminas ajudam a liberar a energia do alimento. Há oito tipos 
diferentes de vitaminas B. 
 
 
Vitamina C: Ajuda a manter as células aglutinadas, cicatrizar cortes e ossos 
quebrados, além de combater infecções. Brócolis, pimentão, batata, espinafre e tomate 
estão cheios de vitamina C. 
Vitamina D: Conhecida como a “vitamina do sol” porque sua pele reage à luz solar 
para produzi-la. A melhor fonte é o leite enriquecido, que é conveniente, já que a vitamina 
D ajuda o seu corpo a absorver o cálcio. 
 
Seção 3 – Higiene Bucal 
 
A higiene da boca é um aspecto 
importante. Os dentes devem ser escovados 
de manhã ao acordar, à noite antes de dormir 
e após cada refeição. O uso do fio dental 
também é recomendado. Com estes cuidados 
você manterá sempre um hálito agradável e 
um belo sorriso, evitando cáries e inflamações 
da gengiva. Dentes malcuidados podem 
afetar todo o organismo. 
 
Os dentes são basicamente formados 
de três partes: 
Raiz: parte do dente presa aos ossos 
da face (maxilas e mandíbulas); 
Coroa: a parte branca visível do dente; 
Colo: a parte localizada entre a raiz e a 
coroa. 
Se você pudesse cortar um dente 
verticalmente ao meio, veria o seguinte: 
Polpa do dente: substância mole e vermelha, formada por tecido conjuntivo; é rica 
em nervos e vasos sanguíneos; 
Dentina ou “marfim”: substância dura e sensível; contém sais de cálcio e envolve 
a polpa do dente; 
Esmalte: formado por sais de cálcio, envolve a dentina na região da coroa; na raiz 
a dentina é revestida pelo cemento. O esmalte é a substância que faz do dente uma das 
partes mais duras do nosso corpo. É a parte do corpo com maior grau de mineralização 
(concentração de sais minerais). 
Funções e quantidades dos dentes na vida adulto e na infância. Cada dente tem uma 
função e um nome. 
Criança: 20 dentes, dentição decídua ou “de leite”. 
Adultos: 32 dentes, dentição permanente. 
Alguns problemas bucais. 
Cárie: A cárie está relacionada 
à desmineralização do dente, que 
ocorre quando tipos específicos de 
bactérias produzem ácidos que 
destroem o esmalte do dente e a 
camada do dente logo abaixo dela, a 
dentina. 
Tártaro: É uma placa 
bacteriana que endurece a superfície 
dentária, que absorve as manchas 
provenientes de alimentos e cigarros. 
 
Como se forma a cárie dentária? 
A formação da cárie dentária, ou "cavidades", envolve três fatores principais: 
• Alimentos ou bebidas ingeridas (a dieta); 
• Bactérias na placa; 
• Seu atual estado de saúde oral. 
As bactérias interagem com os 
alimentos que ingere para produzir produtos 
de resíduos em forma de ácidos, 
provocando uma avaria ou 
desmineralização das áreas por debaixo da 
superfície do dente. Esta decomposição da 
superfície do dente é a cárie dentária. 
Cada vez que você come, um ataque 
ácido sobre o dente acontece. Acontece um 
contra-ataque do seu corpo ao lavar a 
comida e ácidos com saliva. A saliva não 
somente regula ou neutraliza os ácidos, também contém minerais (cálcio e fosfato) que 
reconstroem as áreas do dente que foram desmineralizadas ou atacadas pelos ácidos. Este 
processo de reconstrução é chamado de “remineralização”. A cárie acontece quando há 
desarmonia desse processo. 
Os alimentos e bebidas ingeridos durante períodos prolongados entre as refeições 
podem inclinar a balança da remineralização / desmineralização em favor do processo de 
decomposição. Assim, os alimentos grudentos, como balinhas, uvas passas, doces e 
bolachas recheadas devem ser evitados. 
As cáries e o processo de decomposição podem ser prevenidos, trabalhando de 
perto com seu dentista e acompanhando suas indicações e recomendações. Comer 
alimentos adequados no momento certo e evitar os alimentos ou lanches entre refeições 
também pode ajudar a diminuir seu risco. Além de escovar os dentes com um creme dental 
com flúor pelo menos duas vezes por dia. 
Os alimentos que contêm cálcio são fundamentais para prevenir a cárie, 
especialmente nas crianças. Os lacticínios são uma fonte maravilhosa de cálcio, que se 
encontra no leite, iogurte e queijo; já que o cálcio não se encontra na gordura, o leite 
descremado e o iogurte zero gordura são igualmente benéficos. Outras opções são os 
vegetais verdes como os brócolis e o repolho chinês, o peixe enlatado com ossos, as 
amêndoas, as nozes brasileiras e os grãos secos. 
Consumir alimentos ricos em fibra mantem o fluxo de saliva, a qual ajuda a criar 
defesas minerais contra a cárie. Os frutos secos como as tâmaras, as passas e os figos, e 
as frutas frescas como as bananas, as maçãs e as laranjas, são boas fontes de fibra. Outras 
opções são os grãos, as couves-de-bruxelas e as ervilhas, bem como o amendoim, as 
amêndoas e o farelo de trigo. 
Quando comprar lanches, prefira alimentos saudáveis, tais como os indicados 
previamente. Afaste-se dos doces, porque o açúcar, em conjunto com a placa, debilita o 
esmalte dental e deixando-o vulnerável às cáries. 
 
As bactérias da placa nos dentes devem ser retiradas 
mediante escovação pelo menos duas vezes por dia, e através 
do uso do fio dental uma vez por dia. Em geral, um dente limpo 
pode se manter saudável. 
 
 
Mau Hálito 
Mau hálito não é uma doença, mais sim um sintoma que alguma coisa não vai bem 
no organismo. 
Quais as possíveis causas? 
Gengivite; 
Cárie; 
Uso do cigarro; 
Jejum prolongado; 
Não escovar os dentes; 
Não limpar a língua; 
Beber pouca água; 
Problemas estomacais; 
Dentre vários outros problemas. 
Aftas: pequenas lesões superficiais (ulcerações) que podem evoluir para lesões 
profundas e dolorosas. A ciência ainda não tem uma explicação segura a respeito das 
causas. 
 
Possiveis causas. 
Traumas; 
Medicamentos; 
Alguns alimentos; 
Falta de alguns nutrientes. 
Tratamento. 
Higienização; 
Tempo. 
 
 
Enxaguantes bucais com flúor: o flúor também tem um papel fundamental na 
prevenção do deterioramento dental. Adicionando flúor a sua água ou incluindo um enxague 
com flúor na sua rotina oral diária, você pode ajudar melhor a proteger seus dentes das 
cáries e das bactérias. Os suplementos de flúor também estão disponíveis e podem ajudar 
a manter a sua boca limpa e saudável. Contudo, é recomendado procurar um dentista antes 
de usar qualquer enxaguante ou suplementos de flúor. 
 
Os cremes dentais com flúor: uma das melhores 
formas de prevenir a perda de mineral dos dentes ou 
desmineralização e ajudar no processo de 
mineralização é usar uma pasta contendo flúor. Muitos 
estudos científicos feitos durante muito tempo têm 
provado que essa é uma das mais efetivas formas de 
prevenir o deterioramento dental. 
 
Técnicas de higienização Bucal: 
Embora tenhamos escovado nossos dentes e 
utilizado o fio dental por diversos anos, muitas vezes 
nos surpreendemos por aprender que não estamos 
fazendo da forma correta. Você sabia que a escovação 
correta leva no mínimo dois minutos? A maioria dos 
adultos não chega nem perto de escovar durante esse 
tempo. 
As quatro etapas a seguir são as melhores 
formas e mais fáceis de ajudá-lo a se lembrar como 
cuidar de sua boca, dentes e gengiva: 
• Escove, no mínimo, três vezes por dia com 
creme dental com flúor por, no mínimo, dois minutos, 
principalmente de manhã, após comer e antes de 
dormir. 
• Utilize o fio dental todos os dias– geralmente 
antes de ir dormir. 
• Limite o número dos lanchinhos fora de hora 
ingeridos por dia. 
• Visite o dentista a cada 6 meses para exame bucal e limpeza profissional. 
 
Como utilizar o fio dental? 
Puxe 18 a 24 cm de fio dental da caixa de fio 
dental. 
• Amarre as extremidades do fio dental em seus 
dedos indicador e médio. 
• Segure o fio dental de forma apertada em volta 
de cada dente em forma de C; mova o fio dental de volta 
e para frente em um movimento de empurrar e puxar, 
para cima e para baixo contra o lado de cada dente. 
Qual a maneira certa de escovar? 
• Para ter uma ideia do tempo necessário para uma 
boa escovação, use um relógio na próxima vez que escovar 
os dentes. 
• Escove os dentes com movimentos suaves e curtos, 
com especial atenção para a margem gengival, para os 
dentes posteriores, difíceis de alcançar e para as áreas 
situadas ao redor de restaurações e coroas. 
• Concentre-se na limpeza de cada setor da boca, da seguinte maneira: 
• Escove as superfícies voltadas para a bochecha dos dentes superiores e, depois, 
dos inferiores. 
Em seguida, escove as superfícies de mastigação. 
Para ter hálito puro, escove também a língua, local onde muitas bactérias ficam 
alojadas. 
Curiosidades: 
Que tipo de escova dental devo usar? 
A maioria dos dentistas concorda que a escova dental de cerdas macias é a melhor 
para a remoção da placa bacteriana e dos resíduos de alimentos. As escovas com cabeças 
menores também são mais adequadas, porque alcançam melhor todas as regiões da boca, 
como, por exemplo, os dentes posteriores, mais difíceis de alcançar. 
Qual a importância do creme dental na escovação? 
É importante que você use o creme dental mais adequado para você. Atualmente 
existe uma grande variedade de produtos feitos especialmente para combater a cárie, 
gengivite, tártaro, manchas e sensibilidade. Pergunte ao seu dentista qual o tipo de creme 
dental mais adequado para o seu caso. 
Quando devo trocar minha escova dental? 
Troque sua escova de dentes a cada três meses ou quando perceber que ela 
começa a ficar desgastada. Além disso, é muito importante trocar de escova depois de uma 
gripe ou resfriado para diminuir o risco de nova infecção por meio dos germes que aderem 
às cerdas. 
Referências Bibliográficas 
BATISTA, Gesiani de Almeida Pierin. Nutrição, higiene e saúde na educação infantil. 
Curitiba: Fael, 2010. 
Higiene Corporal: o que é e como mantê-la em dia. Rexona – disponível em: 
https://www.rexona.com/br/voce-sabia/higiene-corporal-e-mau-cheiro-voce-esta-fazendo-
isso-certo/. Acesso em 27/10/2022. 
Hábitos de higiene, veja algumas recomendações importantes. Disponivel em: 
https://blog.brkambiental.com.br/habitos-de-higiene/ . Acesso em 28/10/2022. 
A halitose não é uma doença, mas o indício de que há algo errado com o organismo 
– saiba como enfrentar o problema. Disponível em: https://website.cfo.org.br/a-halitose-
nao-e-uma-doenca-mas-o-indicio-de-que-algo-errado-com-o-organismo-saiba-como-
enfrentar-o-problema/. Acesso em 28/10/2022. 
Saiba como se formam as aftas e o que fazer para acabar com elas. Veja saúde. 
Disponível em: https://saude.abril.com.br/bem-estar/saiba-como-se-formam-as-aftas-e-o-
que-fazer-para-acabar-com-. Acesso em 28/10/2022. 
Dentes– Só biologia. Disponível em: 
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/digestao2.php. Acesso em 30/10/2022. 
Enxaguante bucal: é necessário realmente usá-lo diariamente? Disponível em: 
https://blog.odontoclinic.com.br/saude-bucal/enxaguante-bucal/. Acesso em 30/10/2022 
Hábitos de higiene para crianças - Recopilação - Higiene corporal, lavar as mãos e 
escovar os dentes. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=SPRKM-jX_W4. 
Acesso em 30/10/2022 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O estudo da Informática também pode ser chamado de estudo da computação. A 
palavra “computador” vem do verbo “computar” que significa “calcular”. A necessidade de 
calcular acompanha a humanidade desde antigamente, quando os homens precisavam 
contar seus rebanhos ou os dias do mês para saber quando realizar suas colheitas. De 
acordo com a evolução da humanidade, os homens precisavam criar ferramentas que os 
ajudassem a realizar cálculos mais complexos para que não precisassem fazer todas as 
contas de cabeça. 
 
Dessa forma, uma das primeiras 
máquinas de calcular que podem ser 
considerada o avô do computador foi o 
“ábaco”, instrumento chinês que funcionava de 
forma mecânica, sem eletricidade. 
 
 
 
 
Em 1942, foi inventada a primeira 
calculadora automática pelo matemático 
francês Pascal. Essa máquina se 
aperfeiçoou ao longo dos anos até chegar na 
calculadora que conhecemos hoje. 
 
 
 
Assim, as máquinas de computar foram cada vez mais aprimoradas incluindo a 
variedade de cálculos matemáticos (adição, subtração, divisão, multiplicação etc.). 
 
 
Entre os computadores mais famosos 
podemos destacar o ENIAC, que foi o 
primeiro computador eletrônico a realizar 
5000 operações por segundo, ele pesava 30 
toneladas e ocupava uma sala de dimensões 
10x15 metros, em compensação pelo seu 
tamanho o ENIAC foi capaz de realizar em 30 
segundos cálculos que demoravam 12h com 
as calculadoras manuais. 
 
Seção 1 – O Computador 
 
Um computador é um dispositivo eletrônico composto por várias partes que juntas 
administram dados ou informações. Esses dados são analisados de forma binária, ou seja, 
os computadores enxergam os dados como se fossem 0s e 1s. Uma das principais funções 
dos computadores é ler esses dados e construir informações mais complexas, como 
música, vídeos, jogos, entre outros. 
Os componentes do 
computador são divididos em 
duas partes, hardware e 
software. 
Hardware é toda e 
qualquer parte física do 
computador, como o monitor e o 
teclado. 
Software é todo conjunto 
de instruções que diz ao hardware 
o que ele tem que fazer. São 
exemplos os aplicativos e os 
programas. 
Seção 2 – Os Componentes do Computador 
 
Gabinete: É a peça que proteger diversos outros 
componentes mais frágeis, como a placa mãe, placa de vídeos e 
o hd. No gabinete que ficam as saídas pra conexões USB, plug 
pra caixa de som e microfone, entrada de cartão de memória e o 
leitor de CD. 
 
 
Disco Rígido (HD): No disco rígido, estão gravados 
todos os programas e informações do. Normalmente, ele é o 
principal meio de armazenamento de um computador, mas 
existem outros como pen-drives e HD’s externos. 
 
 
Monitor: Também chamado de tela ou ecrã, é o 
componente onde conseguimos interagir com o computador, 
vendo as operações que estão sendo realizadas. Devido à 
proximidade da tela com o rosto é recomendável que a cada 
30 minutos a pessoa descanse as vistas saindo de frente da 
tela. 
 
Mouse: É o componente que nos permite 
interagir com o computador através de um 
cursor que aparece no monitor. Os mouses 
antigamente possuíam uma esfera de metal 
embaixo que rolava e indicava a direção do 
cursor, atualmente a maioria possui uma 
tecnológica de laser, denominado mouses 
ópticos. 
 
https://www.magazineluiza.com.br/gabinetes/acessorios-de-tecnologia/s/ia/gbnt/
https://www.magazineluiza.com.br/cartao-de-memoria/acessorios-de-tecnologia/s/ia/icme/
 
Teclado: É um periférico com o qual 
conseguimos enviar comandos e interagir com o 
computador. Quando se pressiona uma tecla, é 
enviado para o computador uma informação que é 
analisada e em seguida realizado o comando que a 
tecla indica, como aparecer um texto na tela ou 
fechar um programa. 
 
 
Seção 3 – Computador e Saúde 
 
O computador é uma excelente ferramenta, seja para estudos quanto para diversão 
ou interagir com os amigos, mas se utilizado de forma incorreta pode trazer prejuízos para 
quem está utilizando. Por esse motivo o controle do tempo de uso do computador para 
crianças é muito importante. 
 
Ficar na frente do 
computador por muito tempopode 
causar problemas na visão, 
audição, além de má postura que 
a criança pode adotar sem 
perceber. A saúde mental também 
pode ser prejudicada pelo uso 
excessivo do conteúdo disponível 
na internet e em jogos, por 
exemplo, pode estimular 
comportamentos agressivos, 
comparações com padrões de 
beleza, fuga da realidade etc. A 
fim de diminuir esses problemas 
existem algumas atitudes que a pessoa pode tomar ao ficar muito tempo usando o 
computador: 
1. Definir um horário para uso do 
computador levando em consideração que 
não deve ser um horário excessivo e que é 
necessário descansar após muito tempo de 
uso 
2. Não deixar que o tempo com 
dispositivos eletrônicos se sobreponha a 
atividades “offline”, a prática de esportes e 
brincadeiras tem uma importância muito 
grande na formação da criança e não é 
recomendado que seja substituído por 
computadores e celulares. 
3. Compreender que além de uma ótima 
ferramenta de estudo e aprendizado, quando 
conectado à internet a criança pode ter acesso 
a muitas informações impróprias para sua 
idade, além de estar em contato com muitas 
pessoas que utilizam a internet para cometer 
crimes. 
4. Os pais devem configurar o 
computador para que ele não acesse sites 
maliciosos e monitorar os sites acessados 
pelos seus filhos 
 
5. Ficar muito tempo sentado numa postura 
inadequada pode trazer transtornos como dores no corpo 
e desvios posturais que trarão consequências durante o 
desenvolvimento da criança. 
 
Referências Bibliográficas 
 
Blog da Lu; Monitores a História da sua Tela. Disponível em: 
https://www.magazineluiza.com.br/portaldalu/monitores-a-historia-da-sua-tela/3179/ 
Canal do Educador – Ábaco. Disponível em: 
https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/abaco.htm 
Conceito de; Conceito de Teclado. Disponível em: https://conceito.de/teclado 
Figueredo, B; Máquina de Pascal (Pascaline) – Introdução à Computação. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=CJ7o-
ir4R_E&ab_channel=BrunoFigueredo 
FNE; Celebrando a Informática e as Mulheres Computadoras Eletrônicas. 
Disponível em: https://www.fne.org.br/index.php/artigos/5995-celebrando-a-informatica-e-
as-mulheres-computadoras-eletronicas 
GCF Global; O que é o mouse? Disponível em: 
https://edu.gcfglobal.org/pt/informatica-basica/o-que-e-um-mouse/1/ 
GCF Global; O que São Computadores? Disponível em: 
https://edu.gcfglobal.org/pt/informatica-basica/o-que-sao-os-computadores/1/ 
Hardware – O ENIAC. Disponível em: https://www.hardware.com.br/guias/historia-
informatica/eniac.html 
Rede Calábria; Aprendizado sobre peças do computador é tema na Educação 
Integral. Disponível em: https://calabria.com.br/aprendizado-sobre-pecas-do-computador-
e/ 
Toda Matéria – História e Evolução dos Computadores. Disponível em: 
https://www.todamateria.com.br/historia-e-evolucao-dos-computadores/ 
https://www.magazineluiza.com.br/portaldalu/monitores-a-historia-da-sua-tela/3179/
https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/abaco.htm
https://conceito.de/teclado
https://www.youtube.com/watch?v=CJ7o-ir4R_E&ab_channel=BrunoFigueredo
https://www.youtube.com/watch?v=CJ7o-ir4R_E&ab_channel=BrunoFigueredo
https://www.fne.org.br/index.php/artigos/5995-celebrando-a-informatica-e-as-mulheres-computadoras-eletronicas
https://www.fne.org.br/index.php/artigos/5995-celebrando-a-informatica-e-as-mulheres-computadoras-eletronicas
https://edu.gcfglobal.org/pt/informatica-basica/o-que-e-um-mouse/1/
https://edu.gcfglobal.org/pt/informatica-basica/o-que-sao-os-computadores/1/
https://www.hardware.com.br/guias/historia-informatica/eniac.html
https://www.hardware.com.br/guias/historia-informatica/eniac.html
https://calabria.com.br/aprendizado-sobre-pecas-do-computador-e/
https://calabria.com.br/aprendizado-sobre-pecas-do-computador-e/
https://www.todamateria.com.br/historia-e-evolucao-dos-computadores/
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Ética e Cidadania, são temas complementares muito importantes para a formação 
de um cidadão participativo e que contribui positivamente para o bem do convívio coletivo. 
Toda criança e adolescente tem o direito de conhecer e compreender os princípios 
da ética, pois tais princípios permitirão que estes indivíduos possam vivenciar o sentido de 
cidadania na sua concepção mais ampla, principalmente, na fase adulta. 
A Ética é vista como um ramo da Filosofia que busca fundamentar os aspectos 
morais da vida social e da vida individual, como a conduta e as ações. Ou seja, define quais 
ações podem ser consideradas corretas e quais podem ser consideradas incorretas. Já a 
Cidadania é tida como o exercício dos direitos e deveres (obrigações) que uma pessoa 
pratica quando vive em sociedade. 
Assim, sob os princípios éticos toda pessoa desenvolverá cidadania, 
compreendendo os fatores que garantem os seus direitos e que impõem os seus deveres 
em relação ao restante da sociedade. 
Resumidamente, podemos dizer que ser ético, ou agir dentro da ética, é respeitar as 
regras de conduta estabelecidos em cada situação e em cada lugar. Por exemplo: É 
aceitável e normal uma pessoa usar roupas de banho na praia, no clube, no rio, mas não é 
aceitável a pessoa usar essas mesmas vestimentas dentro de um shopping, pelas ruas do 
centro da cidade, dentro de um tribunal da justiça ou mesmo de uma igreja ou outro 
estabelecimento religioso. 
Nas próximas seções iremos abordar os princípios da Ética e Cidadania em 
situações diferentes. Em cada uma delas, você desfiado a analisar e compreender se a 
atitude descrita é certa ou errada. Para isso, você terá que pintar o símbolo correspondente 
conforme exemplo abaixo, onde se a atitude for correta, você pintará com a cor verde. Se 
a atitude for errada, você pintará da cor vermelha. 
Seção 1. Ética e Cidadania em Casa 
Respeitar o pai, a mãe ou qualquer pessoa 
que cuida de você, quando eles colocam limites e 
estabelecem regras. 
 
Falar palavrão quando sentir raiva ou ficar 
descontente com alguma situação em casa. 
 
Deixar de cumprir as ordens e limites 
impostos pelo pai, pela mãe ou qualquer outra 
pessoa que cuida de você. 
 
 Não ajudar nos afazeres de casa, pois toda 
criança tem direito de somente brincar, podendo 
assim, deixar os brinquedos espalhados da forma 
que quiser. 
 
Mesmo que sinta medo, falar sempre a 
verdade para os pais ou quem cuida de você, pois 
são eles que podem te ajudar. 
 
Não se preocupar com a higiene pessoal 
(banho, escovar os dentes), pois os pais que são 
responsáveis por saber quando devemos nos 
cuidar. 
 
Não dar satisfação ao pai, à mãe ou à pessoa 
que cuida de vocês, sobre o que vai fazer e para 
onde vai ir. 
Seção 2. Ética e Cidadania na Escola 
Respeitar a autoridade das professoras e de 
qualquer funcionário que trabalha na escola, tendo 
em vista que eles estão ali para ajudar na sua 
formação. 
 
Empurrar os colegas e brigar quando suas 
vontades não forem atendidas. 
 
Ajudar e defender os colegas menores ou 
com dificuldades sempre que precisarem. 
 
Rir, cochichar, zombar, ignorar entre outras 
atitudes de bullying, com crianças da escola que são 
diferentes ou que não fazem parte da sua turma. 
 
Conversar durante as aulas, deixando de 
prestar atenção ao conteúdo passado pelos 
professores. 
 
Levantar a mão e esperar a vez de falar 
durante as aulas. 
 
Deixar de fazer as atividades propostas 
pelos professores nas aulas. 
 
Comportar-se de forma inapropriada, 
gritando, correndo, quebrando as coisas da escola, 
rabiscando os banheiros entre outros. 
Seção 3. Ética e Cidadania no PROEBOM 
 
 
Prestar continência somente para o instrutor 
dos Bombeiros Mirins. 
 
Usar os uniformes de forma correta, com a 
camisa ou camiseta, por dentro do short sempre. 
 
 
Sair do pelotão, da instrução ou da sala de 
aula, sempre que sentir vontade de ir ao banheiro, 
sem pedir autorização do instrutor. 
 
Comportar-se ou sentar-sede forma 
desleixada. 
 
 
Ajudar a organizar os materiais utilizados 
nas instruções, quando solicitado pelo instrutor. 
 
 
Entrar na piscina somente quando autorizado 
pelo instrutor ou pelo chefe de pelotão. 
 
 
Desrespeitar os Bombeiros Militares e os 
monitores durante as atividades do PROEBOM. 
 
 
Entrar nas salas e nos outros ambientes dos 
quarteis, sem autorização de algum militar. 
 
 
Espalhar boatos, mentiras ou praticar 
bullying com os colegas do Programa. 
 
Não informar aos instrutores ou outro militar 
sobre danos em materiais, equipamentos, veículos 
ou quaisquer outros que possa vir a provocar, 
mesmo que sem intenção de ter danificado. 
 
Achado não é roubado! Então não precisa 
entregar ao instrutor ou outro militar, qualquer 
objeto encontrado no quartel e que não lhe 
pertença. 
 
Namorar usando o uniforme do PROEBOM, 
dentro ou fora do quartel. 
 
Portar objetos cortantes ou que constituem 
risco à vida e à integridade física dos colegas. 
 
 
Seção 4. Ética e Cidadania na Sociedade 
 
Jogar lixo fora da lixeira, na rua, na calçada, 
na praia, no rio e outros lugares; 
 
Sempre que possível, atravessar a rua na 
faixa de pedestre e olhar para os dois lados. 
 
Usar a fila preferencial ou exclusiva para 
idosos, gestantes, pessoas com criança de colo e 
não dar prioridade para elas. 
 
Ceder o lugar para os mais velhos quando 
estes estiverem presentes e não tiver outro lugar 
para eles se sentarem. 
 
Furar fila ou segurar lugar para outra pessoa 
em qualquer situação. 
 
Não informar ao caixa quando o troco estiver 
errado, recebendo mais do que devia. 
 
Devolver qualquer objeto encontrado 
quando se souber que é o proprietário dele. 
 
Furtar alimentos ou qualquer outro objeto 
dentro de supermercados, lojas e nas feiras. 
 
 
Deixar a bicicleta jogada de qualquer forma 
sobre a calçada, atrapalhando a passagem dos 
pedestres. 
 
Ouvir o som bem alto, perturbando a 
vizinhança em qualquer horário do dia. 
 
 
Pinchar muro, riscar paredes com canetinha 
ou tinta, marcar árvores com nomes e corações. 
 
Colocar fogo em folhas e lixos para que tudo 
queime e gere muita fumaça. 
 
Evitar de lavar a calçada com água ou de 
deixar a torneira aberta sem uso, para economizar o 
uso. 
 
Preservar a natureza e auxiliar na sua 
manutenção, evitando quebrar os galhos das 
arvores de forma desnecessária. 
 
Comportar-se de forma desordeira, fazendo 
bagunça e gritaria na rua e incomodando as 
pessoas. 
Colocar na lixeira qualquer lixo encontrado 
fora, mesmo que não tenha sido você que o deixou 
ali. 
Referências Bibliográficas 
 
LIMA, D.L.M e JUNIOR, W.N.C; Ética e Cidadania na Educação Infantil: O que 
diz o discurso oficial? Disponível em: https://doity.com.br/media/doity/submissoes/artigo-
a2caef757ff1e9b54f41131f64697e7ac27f02f7-segundo_arquivo.pdf 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO: Ética e Cidadania: Construindo valores na escola 
e na sociedade. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2009-pdf/2192-
livro-etica-e-cidadania-pdf 
SOMOS EDUCAÇÃO; Como Trabalhar a Ética e Cidadania na Escola? Disponível 
em: https://blogsomoseducacao.com.br/como-trabalhar-etica-e-cidadania-na-escola/ 
 
https://doity.com.br/media/doity/submissoes/artigo-a2caef757ff1e9b54f41131f64697e7ac27f02f7-segundo_arquivo.pdf
https://doity.com.br/media/doity/submissoes/artigo-a2caef757ff1e9b54f41131f64697e7ac27f02f7-segundo_arquivo.pdf
http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2009-pdf/2192-livro-etica-e-cidadania-pdf
http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2009-pdf/2192-livro-etica-e-cidadania-pdf
https://blogsomoseducacao.com.br/como-trabalhar-etica-e-cidadania-na-escola/
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A Educação Ambiental é um assunto 
muito importante. Ela nos prepara para uma 
boa convivência com a natureza e com as 
pessoas de forma harmônica, permitindo uma 
interpretação da realidade social, política e 
econômica em interação com o meio 
ambiente. De forma geral, Educação 
Ambiental pode ser definida como: 
 
 
 
“Uma área de ensino voltada para a conscientização dos indivíduos sobre os 
problemas ambientais, apresentando formas de combatê-los e de conservas as 
reservas naturais”. 
 
 
Como pode ser visto, sem 
dúvidas, a Educação Ambiental é a 
área de ensino que desperta em nós 
a preocupação e o cuidado com a 
prática de atividades que possam 
causar impacto ambiental, como a 
poluição do ar e dos rios, a 
degradação do solo, a pesca 
predatória, o desmatamento, a 
produção de energia com o uso de 
combustíveis poluentes, o destino do 
lixo, entre outros. 
 
Seção 1. O Meio Ambiente 
O Meio Ambiente pode ser definido com a união de tudo que compõe a natureza, o 
ambiente em que os seres vivos estão inseridos, bem como as suas condições ambientais, 
biológicas e físicas. 
 
São componentes do Meio Ambiente: 
1. A flora; 
2. A fauna; 
3. O solo; 
4. O subsolo; 
5. A atmosfera; 
6. Os recursos hídricos; 
 
 
A Flora: é definida como o conjunto de plantas que 
crescem em uma região, país ou ambiente. Flora é um 
nome de origem latina que significa “flor” ou “planta”. É um 
nome que remete à natureza e à beleza das flores. 
 
 
 
A Fauna: é o termo coletivo para a vida animal de uma 
determinada região ou de um período do tempo. 
 
 
 
O Solo: é o material mineral e/ou orgânico, 
inconsolidado na superfície da terra, que serve como meio 
natural para o crescimento e desenvolvimento de diversos 
organismos. 
 
 
 
O Subsolo: é a camada que fica imediatamente abaixo 
do solo, em outras palavras, é a camada do solo que se acha 
imediatamente abaixo da terra cultivável. 
 
 
A atmosfera: é a camada de gases (ar) que envolve o 
nosso planeta Terra. Essa camada de gases mantida, só é 
possível por conta da atração gravitacional. 
 
 
 
Os Recursos Hídricos: é a quantidade de água doce, 
subterrânea ou superficial que está à disposição do Homem. 
 
 
 
Seção 2. A Fauna e a Flora 
Como vimos na Seção 1, a fauna e a flora são alguns dos componentes do meio 
ambiente. Conhecer o dinamismo de interação das espécies, a ecologia, hábitos e 
comportamentos nos auxilia a entender a importância de cada espécie na grande teia da 
vida. 
Um dos maiores inimigos da fauna e da 
flora é o desmatamento. Causado pela ação 
humana, ele coloca os animais e as plantas em 
constante perigo, correndo o risco de ameaça de 
extinção. Assim, conhecer e preservar a nossa 
fauna e flora de cada um dos nossos biomas é 
uma das formas de preservar nosso meio 
ambiente. 
No Brasil, a fauna e a flora se remetem a 
todos os animais e plantas que vivem em um dos 
biomas brasileiros. Os seis grandes biomas brasileiros são: o cerrado, a caatinga, a mata 
atlântica, os pampas, o pantanal e a Amazônia. No nosso Estado de Goiás, o bioma 
predominante é o cerrado. 
 
Fauna e flora do Cerrado Goiano. 
O cerrado é o bioma característico do nosso Estado de Goiás. A fauna é composta 
por mais de 300 mil espécies de animais, 
dos quais destacam o tamanduá 
bandeira, o lobo guará, a águia cinzenta e 
a jaguatirica, sendo esses dois últimos 
ameaçados de extinção. Já a flora do 
cerrado é composta por uma vegetação 
rasteira e árvores esparsas de médio e 
pequeno porte, com folhas grossas e 
raízes profundas. Cerca de 4 mil espécies 
de plantas existentes no cerrado são 
endêmicas, ou seja, só se desenvolvem 
nesse local. 
Os principais problemas que atingem o nosso cerrado, são as queimadas e o tráfico 
de animais. Eles são obstáculos para a preservação desse bioma. 
 
Seção 3. Os Recursos Hídricos 
A água é uma das substâncias em maior 
abundância no nosso planeta. Ela pode ser 
encontrada em vários lugares, como nas lagoas, 
nos rios, nos mares, nas chuvas etc. Nos mares 
e nos oceanos a água é salgada e imprópria para 
o consumo humano. Já água dos rios e lagos é 
considerada doce (ou não salgada).A água doce é a água própria para o 
consumo humano. Quando comparada com a 
água salgada, sua quantidade é muito menor. Enquanto a água salgada representa 97% 
do total presente no mundo, a água doce representa somente 3%. 
Quando pensamos somente na água doce, identificamos que 70% dela está nas 
calotas polares, indicando que boa parte dela não é acessível a nós. Somente 30% dessa 
água é que temos acesso para utilizá-la: na irrigação, no abastecimento (consumo), na 
indústria, na geração de energia, na mineração, na aquicultura, na navegação, no turismo 
e no lazer. As águas que vemos nos rios e lagos, representa apenas 0,9% da água doce 
do mundo todo, por isso é muito importante que cuidemos de nossos recursos hídricos, 
afinal essas fontes de água são limitadas e podem acabar com a poluição. Essas águas 
são normalmente utilizadas: 
 
No centro-oeste temos a segunda maior concentração de 
recursos hídricos do Brasil. Em Goiás, os recursos hídricos são 
formados por 3 grandes bacias: Bacia hidrográfica do Rio 
Paranaíba, Bacia Hidrográfica do Rio Tocantins e Bacia 
Hidrográfica do Rio São Francisco. 
 
Um dos rios mais conhecidos do estado de Goiás é o Araguaia. Ele faz divisa entre 
o Estado de Goiás e o Mato Grosso. Durante o mês de julho, época das férias escolares, a 
população goiana e mesmo o público fora do Estado, migra para as margens do rio 
procurando por lazer nas lindas praias formadas. Esse período de aglomeração é 
conhecido como “Temporada do Araguaia”. 
Durante a Temporada, várias ações são realizadas na tentativa de preservar o meio 
ambiente, incluindo a Educação Ambiental. Um dos vários órgãos que participa nessa 
missão é o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, através das ações dos próprios 
militares que tentam conscientizar os turistas sobre a segurança pessoal e a preservação 
das praias através da coleta e descarte devido do lixo gerado. Além disso, desenvolvem 
atividades com os “Anjos do Araguaia”, turma de Bombeiros Mirins, crianças, que atuam 
especificamente nos locais às margens do Rio Araguaia, aprendendo sobre gestão 
ambiental e orientando os turistas presentes sobre a importância de preservar. 
 
Seção 4. O lixo 
Sempre que comemos uma banana, 
descascamos ela, comemos o fruto e 
jogamos fora a casca, não é? Ou quando 
comemos um “salgadinho”, abrimos o pacote, 
comemos o salgadinho e jogamos o saquinho 
(pacote) fora, não é verdade? Ou você come 
a casca da banana e o saquinho do 
salgadinho? Claro que não! 
A casca da banana e o pacotinho do 
salgadinho são itens que não tem utilidade 
para nós, com isso descartamos eles e chamamos de lixo. Lixo é tudo àquilo que não se 
quer mais e se joga fora sendo considerado coisa inútil, velha e sem valor, podendo se 
apresentar no estado sólido e líquido, desde que não seja passível de tratamento. 
 
Sabendo disso, você passa então e perceber a 
quantidade de lixo que produzimos todos os dias e a todo o 
momento. São toneladas e toneladas de materiais que 
consideramos inúteis e descartamos na lixeira. Todo esse 
lixo acaba gerando um problema muito grande para o meio 
ambiente, pois boa parte deles demoram anos e anos para se decomporem e acabam 
contaminando tudo ao redor. 
Para reduzir o impacto gerado e ajudar o meio 
ambiente, o homem desenvolveu tecnologias e mudou a 
forma de ver o lixo. Passou a reaproveitar ou dar uma nova 
funcionalidade para aqueles materiais que a princípio não 
tinha utilidade. Por exemplo, as garrafas pet dos 
refrigerantes que são reutilizadas para fabricar outros 
materiais, como as vassouras. 
Mesmo assim, o problema do lixo continua 
chamando a atenção, pois existem muitos materiais que não podem ser reciclados 
(reaproveitados) e com isso, formam pilhas e pilhas de entulhos que prejudicam o meio 
ambiente. 
Por isso, o lixo passou a ser dividido em duas categorias: Os resíduos (àquele lixo 
que pode ser reciclado) e os rejeitos (àquele lixo que não pode ser reciclado). 
Outra forma que associada com a reciclagem, ajuda a 
minimizar os problemas ambientais com o lixo, é a redução 
da produção do mesmo, em outras palavras, é gerando 
menos lixo, diminuindo o consumo de embalagens e dando 
preferência para aqueles produtos e alimentos embalado 
com material biodegradável (material que se decompões 
naturalmente e, de modo geral, essa decomposição é mais 
rápida quando comparada aos produtos convencionais. 
 
Reciclagem 
Como vimos a reciclagem é uma das formas de ajudar a proteger o meio ambiente 
e diminuir os impactos ambientais provocados pelo excesso de lixo. 
Em muitos locais, existem lixeiras especiais (com cores diferentes) para você 
separar o lixo em categorias distintas a fim de promover a coleta seletiva e auxiliar no 
processo de reciclagem. 
As principais cores usadas nessas lixeiras são: azul para os papéis, vermelho para 
o plástico, verde para os vidros, amarelo para os metais e marrom para lixo orgânico. 
Em casa, ter esse tanto de lixeira se torna inviável e por isso muitas pessoas não 
separam o lixo. No entanto, o problema é facilmente resolvido, se cada um separar o lixo 
em apenas duas categorias: os recicláveis (papel, vidro, metal, plástico e outros) e os não 
recicláveis (resto de comida, casca de alimentos, papel higiênico usado, fraudas 
descartáveis e outros). 
A separação do lixo em casa é muito importante e é por isso que convidamos você, 
Bombeiro Mirim, protetor do meio ambiente, a adotar essa separação, falando para os pais 
colocarem o lixo reciclável em um saco a parte e depois descartando nos locais de coleta 
seletiva, indicados na cidade. Com isso, além de ajudar o meio ambiente, você pode 
também gerar uma pequena renda. Isso mesmo, você pode ganhar um dinheirinho 
vendendo nas cooperativas de reciclagem da sua cidade. Lixo como latinha de alumínio 
possuem valor considerável e pode render um bom dinheiro. 
 
Outra opção, que é muito nobre, é 
deixar o lixo reciclável separado para doar às 
pessoas que trabalham informalmente com 
esses materiais, os chamados catadores de 
papel. Assim, você evita que eles se expõem 
aos ricos de mexerem em sacos com restos 
de comidas podres, fezes e outros materiais 
biológicos que podem transmitir doenças. 
 
Seção 5. Boas Práticas para a Proteção do Meio Ambiente 
 
1. Proteger a flora: não realizar podas ilegais. Não desmatar. Não colocar fogo no 
pasto, no lixo e em qualquer outro lugar que possa propagar as chamas gerando 
grandes queimadas; 
2. Proteger a fauna: não provocar queimadas, pois elas podem matar os animais ou 
deixá-los desabrigados. Não criar animais silvestres em casa. Nunca comprar 
animais silvestres sem registro. Não matar os animais por medo ou por maldade 
(se eles não oferecem perigo, deixe-os ir). 
3. Cuidar bem do seu lixo: nunca jogar o lixo no chão ou em qualquer outro lugar 
que não seja em uma lixeira. Separar o lixo reciclável do não reciclável. 
4. Gerar menos lixo: comprar somente o necessário. Evitar sacolas plásticas de 
supermercado, dando preferência para o uso de caixas ou sacolas reutilizáveis. 
5. Cuidar dos rios e lagos: nunca jogar lixo nos rios e nem nos lagos. Preservar a 
vegetação em volta desses lugares. 
6. Reduzir o consumo de água: diminuindo o tempo de banho. Não deixando a 
torneira aberta. Aproveitando água da máquina de lava para lavar as áreas 
externas da casa. Não lavar a calçada com água tratada. 
7. Reduzir o consumo de energia: apagar as luzes ao sair de um ambiente que não 
tiver mais ninguém. Reduzir o tempo de banho. Tirar da tomada os aparelhos que 
não estão sendo usados. 
 
Referências Bibliográficas 
 
DICIO; Significado de Flora. Disponível em: https://www.dicio.com.br/flora/ 
STATKRAFT; Caderno de Educação Ambiental: Programa de Educação 
Ambiental. Disponível em: https://www.statkraft.com.br/globalassets/8-statkraft-
brazil/relatorios-ambientais---monjolinho/2020/anexo_h-_-apostila-ambiental-anos-finais.pdf 
ESTADO DE SÃO PAULO; Série Cadernos de Educação Ambiental. Disponível 
em: https://semil.sp.gov.br/educacaoambiental/categoriapa/cadernos-ea/ 
https://www.dicio.com.br/flora/
https://www.statkraft.com.br/globalassets/8-statkraft-brazil/relatorios-ambientais---monjolinho/2020/anexo_h-_-apostila-ambiental-anos-finais.pdf
https://www.statkraft.com.br/globalassets/8-statkraft-brazil/relatorios-ambientais---monjolinho/2020/anexo_h-_-apostila-ambiental-anos-finais.pdf
https://www.statkraft.com.br/globalassets/8-statkraft-brazil/relatorios-ambientais---monjolinho/2020/anexo_h-_-apostila-ambiental-anos-finais.pdf
https://semil.sp.gov.br/educacaoambiental/categoriapa/cadernos-ea/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Seção 1. Direitos Humanos 
 
Olá, bombeiro mirim! Você já 
ouviu falar em Direitos Humanos? 
Sabe o que é e se você tem direito e 
acesso a eles? Pois é sobre isso que 
vamos falar neste capítulo. 
Direitos Humanos, de uma 
forma simplificada, consiste em um 
conjunto de normas que reconhecem 
e protegem a dignidade de todos os 
seres humanos. 
Tais normas foram 
estabelecidas a fim de combater as 
atrocidades provocadas pela 
humanidade, contra seus 
semelhantes. 
Desde o início da história das civilizações humanas, observa-se a submissão de 
pessoas a condições precárias e desumanas. 
Homens, mulheres e crianças eram escravizados, submetidos a trabalhos forçados, 
sem possuírem nenhum tipo de direito ou liberdade, sempre que um povo era conquistado 
por outro. Crianças escravas não podiam ir à escola e nem brincar. Eram obrigadas a 
trabalhar logo cedo e assim suas infâncias eram perdidas para sempre. 
Um povo se achava melhor que o outro. Submetiam a população conquistada a 
condições desumanas e jamais consideravam a possibilidade de serem vistos como iguais. 
Estavam todos errados e os Direitos Humanos vieram para acabar com isso. 
Vou dar uma pausa aqui e propor uma atividade simples, porém muito importante, 
para compreendermos na prática que apesar de diferentes, somos todos iguais. 
Princípio básico que rege todo o conteúdo dos Direitos Humanos. 
 
 
 
Forme uma dupla com outro 
bombeiro mirim. Sente um na frente do 
outro de tal forma que possam se 
observar e responda as perguntas 
abaixo: 
1. Em relação ao tamanho, 
vocês são iguais ou diferentes? 
 
 
2. Em relação ao formato do 
rosto, vocês são iguais ou diferentes? 
 
3. Em relação ao tamanho do 
cabelo, vocês são iguais ou diferentes? 
 
 
4. Em relação à cor favorita, 
vocês são iguais ou diferentes? 
 
 
5. Em relação à comida 
preferida, vocês são iguais ou diferentes? 
 
 
Muito bem! Com base nas 
respostas anteriores, provavelmente 
você deve ter notado que vocês são mais 
diferentes do que iguais entre si, correto? 
Essas perguntas trazem uma pequena 
amostra do quanto cada um de nós 
somos seres únicos, com características 
específicas, diferentes de todos os 
outros. No entanto, isso não quer dizer 
que somos um melhor que o outro, 
apenas reforça nossa individualidade. 
Continuemos com mais perguntas: 
 
6. Em relação à quantidade de 
olhos, nariz e boca, vocês são iguais ou 
diferentes? 
 
 
7. Em relação a terem um 
coração, respirar, comer, falar e pensar, 
vocês são iguais ou diferentes? 
 
 
8. Em relação ao desejo de 
serem bem tratados, vocês são iguais ou 
diferentes? 
 
 
9. Em relação a terem o 
desejo de participarem do PROEBOM, 
vocês são iguais ou diferentes? 
 
 
10. Em relação a poderem ir à 
escola, vocês são iguais ou diferentes? 
 
 
 
Iguais 
Diferentes 
Iguais 
Diferentes 
Iguais 
Diferentes 
Iguais 
Diferentes 
Iguais 
Diferentes 
Iguais 
Diferentes 
Iguais 
Diferentes 
Iguais 
Diferentes 
Iguais 
Diferentes 
Iguais 
Diferentes 
Veja que agora as respostas seguiram outra linha. Elas possivelmente apontaram 
para uma pequena amostra daquilo que temos de mais comum, mesmo com tantas 
diferenças: a nossa humanidade. Somos todos iguais, todos de uma mesma espécie. 
Somos todos humanos! 
É com base nesse princípio de igualdade que os ideais dos Direitos Humanos foram 
se materializando, desde 500 anos antes de Cristo, através de Declarações e Leis, até 1948 
com a aprovação da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Um documento 
elaborado em 1946 e aprovada em Assembleia Geral em 1948, pela Organização das 
Nações Unidas – ONU, em resposta a todas as atrocidades cometidas durante a Segunda 
Guerra Mundial. 
A Declaração Universal do Direitos Humanos – DUDH, foi criada quando o mundo 
ainda estava descobrindo todos os crimes cometidos durante os seis anos de guerra. Com 
todos os sofrimentos ainda frescos na memória, o documento foi elaborado e estabeleceu 
os direitos básicos a todos os humanos a fim de evitar que novos horrores voltassem a 
acontecer. 
Em 1966, foram criados mais dois documentos para complementar o conjunto de 
normas que regulam os Direitos Humanos no mundo: O Pacto Internacional sobre os 
Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Socais e 
Culturais. 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS - DUDH 
Preâmbulo 
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família 
humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz 
no mundo, 
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos 
bárbaros que ultrajaram a consciência da humanidade e que o advento de um mundo em que 
mulheres e homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo 
do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do ser humano comum, 
Considerando ser essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo império da lei, 
para que o ser humano não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a 
opressão, 
Considerando ser essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as 
nações, 
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos 
fundamentais do ser humano, na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos 
do homem e da mulher e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida 
em uma liberdade mais ampla, 
Considerando que os Países-Membros se comprometeram a promover, em cooperação com 
as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades fundamentais do ser humano e a 
observância desses direitos e liberdades, 
Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta 
importância para o pleno cumprimento desse compromisso, 
Agora portanto a Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos 
Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo 
de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade tendo sempre em mente esta Declaração, 
esforce-se, por meio do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e 
liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por 
assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos 
dos próprios Países-Membros quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição. 
Artigo 1. Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São 
dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de 
fraternidade. 
Artigo 2. 1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades 
estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, 
religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou 
qualquer outra condição. 
2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídicaou internacional 
do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob 
tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania. 
Artigo 3. Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. 
Artigo 4. Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de 
escravos serão proibidos em todas as suas formas. 
Artigo 5. Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano 
ou degradante. 
https://www.unicef.org/brazil/carta-das-nacoes-unidas
Artigo 6. Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como 
pessoa perante a lei. 
Artigo 7. Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual 
proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a 
presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação. 
Artigo 8. Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes 
remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela 
constituição ou pela lei. 
Artigo 9. Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado. 
Artigo 10. Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência 
por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir seus direitos e deveres 
ou fundamento de qualquer acusação criminal contra ele. 
Artigo 11. 1.Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido 
inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público 
no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa. 
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam 
delito perante o direito nacional ou internacional. Também não será imposta pena mais forte de que 
aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso. 
Artigo 12. Ninguém será sujeito à interferência na sua vida privada, na sua família, no seu 
lar ou na sua correspondência, nem a ataque à sua honra e reputação. Todo ser humano tem direito 
à proteção da lei contra tais interferências ou ataques. 
Artigo 13. 1. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das 
fronteiras de cada Estado. 
2. Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio e a esse regressar. 
Artigo 14. 1. Todo ser humano, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar 
asilo em outros países. 
2. Esse direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes 
de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas. 
Artigo 15. 1. Todo ser humano tem direito a uma nacionalidade. 
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de 
nacionalidade. 
Artigo 16. 1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, 
nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de 
iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução. 
2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes. 
3. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e 
do Estado. 
Artigo 17. 1. Todo ser humano tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. 
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade. 
Artigo 18. Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; 
esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa 
religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto em público ou em particular. 
Artigo 19. Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; esse direito 
inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações 
e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras. 
Artigo 20. 1. Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e associação pacífica. 
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação. 
Artigo 21. 1. Todo ser humano tem o direito de tomar parte no governo de seu país 
diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos. 
2. Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país. 
3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; essa vontade será expressa em 
eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente 
que assegure a liberdade de voto. 
Artigo 22. Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social, 
à realização pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização 
e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua 
dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade. 
Artigo 23. 1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a 
condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. 
2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho. 
3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória que lhe 
assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana e a que 
se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social. 
4. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus 
interesses. 
Artigo 24. Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das 
horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas. 
Artigo 25. 1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à 
sua família saúde, bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os 
serviços sociais indispensáveis e direito à segurança em caso de desemprego, doença invalidez, 
viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu 
controle. 
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, 
nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social. 
Artigo 26. 1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos 
nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-
profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito. 
2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do 
fortalecimento do respeito pelos direitos do ser humano e pelas liberdades fundamentais. A 
instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos 
raciais ou religiosos e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. 
3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus 
filhos. 
Artigo 27. 1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da 
comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios. 
2. Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de 
qualquer produção científica literária ou artística da qual seja autor. 
Artigo 28. Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em que os 
direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados. 
Artigo 29. 1. Todo ser humano tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno 
desenvolvimento de sua personalidade é possível. 
2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano estará sujeito apenas às limitações 
determinadas pela lei, exclusivamentecom o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito 
dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública 
e do bem-estar de uma sociedade democrática. 
3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos 
objetivos e princípios das Nações Unidas. 
Artigo 30. Nenhuma disposição da presente Declaração poder ser interpretada como o 
reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou 
praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui 
estabelecidos. 
Seção 2. ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente 
 
Como vimos, nós como seres humanos necessitamos de condições mínimas para 
vivermos plenamente. E para que essas condições sejam atendidas e garantidas é preciso 
que se conheça e compreenda os direitos e deveres que temos junto à sociedade como 
cidadãos. No entanto, nas condições de criança e adolescente, por conta de terem 
demandas muito específicas e características da fase de vida em que estão passando, 
esses direitos e deveres são abordados e regulados aqui no Brasil, pelo Estatuto da 
Criança e do Adolescente – ECA. 
 
Mas o que é o Estatuto da Criança e do Adolescente? 
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), regulamentado pela Lei Federal nº 
8.069 de 13 de julho de 1990, é o principal marco legal e regulatório dos direitos humanos 
das crianças e dos adolescentes no Brasil. 
Trata-se do conjunto de normas do ordenamento jurídico que tem como objetivo a 
proteção dos direitos da criança e do adolescente. 
 
Para o Estatuto quem é criança e que é adolescente? 
De acordo com o Art. 2º do ECA, são 
consideradas: 
Crianças: as pessoas com idade de até 12 
anos incompletos; 
Adolescentes: as pessoas com idade de 12 
anos completos até 18 anos incompletos. 
Hum, então você, bombeiro mirim, é uma 
criança ou um adolescente de acordo com o 
ECA? 
 
 
 
Sou criança! 
Sou adolescente 
 
Independentemente de ser criança ou 
adolescente ambos gozam de todos os direitos 
fundamentais inerentes à pessoa humana 
(afinal crianças e adolescentes são humanos 
também, não é?), além daqueles direitos 
específicos de proteção integral estabelecidos 
pelo ECA. 
 
Mas qual o objetivo do ECA? 
 
Assegurar, que seja pela lei ou por 
outros meios, todas as oportunidades e 
facilidades, a fim de facultar, às crianças e aos 
adolescentes, o desenvolvimento físico, 
mental, moral, espiritual e social, em 
condições de liberdade e dignidade (Art. 3º do 
ECA) 
 
Mas o ECA foi feito para todas as 
crianças e adolescentes? 
 
Sim, não podendo haver qualquer 
discriminação de nascimento, situação 
familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião 
ou crença, deficiência, condição pessoal de 
desenvolvimento e aprendizagem, condição 
econômica, ambiente social, região e local de 
moradia ou outra condição que diferencie as 
pessoas, as famílias ou a comunidade em que 
vivem (Parágrafo único, do Art. 3º do ECA). 
E quem vai assegurar a aplicação e efetivação dos direitos das crianças e 
dos adolescentes apontados no ECA? 
De acordo com o Art. 4º do ECA, a efetivação dos direitos, com absoluta prioridade, 
é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público. 
 
Quais são os direitos das crianças e dos adolescentes defendidos pelo ECA? 
O ECA possui vários artigos, no entanto é dividido em cinco direitos fundamentais: 
1. Direito à vida e à saúde 
2. Direito à liberdade, Respeito e Dignidade 
3. Direito à convivência familiar e comunitária 
4. Direito à educação, cultura, esporte e lazer 
5. Direito à profissionalização e proteção no trabalho. 
 
I - Direito à Vida e à Saúde 
“Art. 7º - A criança e o adolescente têm direito à proteção, à vida e à saúde, mediante 
a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento 
sadio e harmonioso, em condições dignas de existência” 
 
II - Direito à Liberdade, Respeito e Dignidade 
“Art. 15º - A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade 
como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, 
humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.” 
 
III – Direito à Convivência Familiar e Comunitária 
“Art. 19º - Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio 
de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência 
familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de 
substâncias entorpecentes.” 
 
IV - Direito à Educação, Cultura, Esporte e Lazer 
“Art. 53º - A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno 
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação 
para o trabalho, assegurando-se lhes: 
I – Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
 II – Direito de ser respeitado por seus educadores; 
 III – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias 
escolares superiores; 
 IV - Direito de organização e participação em entidades estudantis; 
 V – Acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência. 
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo 
pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais. 
 
V – Direito à Profissionalização e Proteção no Trabalho 
“Art. 60 – É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo 
na condição de aprendiz. (Vide Constituição Federal) 
 
Onde pode ser encontrado o texto integral e atualizado do ECA? 
O texto integral pode ser encontrado no site oficial da presidência da 
república, pelo link: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/18069.htm 
 
Referências Bibliográficas 
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Estatuto da Criança e do 
Adolescente. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Disponível em: 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm 
MPPI. Ministério Público do Estado do Piauí. Declaração Universal dos Direitos 
Humanos para Crianças. Cartilha para crianças. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/18069.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
https://turminha.mpf.mp.br/publicacoes-e-documentos-para-links/declaracao-dos-direitos-
humanos-para-criancas 
PARANÁ. Governo do Estado. Secretaria da Educação. ECA na Escola – 
Formação em Ação. ECA na escola. Agentes Educacionais I e II. Texto de Apoio. 2015. 
Disponível em: 
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/formacao_acao/1semestre_2015/a
gentes_eca_anexo1.pdf 
UNICEF. O que são Direitos Humanos? Matéria em site. Disponível em: 
https://www.unicef.org/brazil/o-que-sao-direitos-humanos 
 
 
https://turminha.mpf.mp.br/publicacoes-e-documentos-para-links/declaracao-dos-direitos-humanos-para-criancas
https://turminha.mpf.mp.br/publicacoes-e-documentos-para-links/declaracao-dos-direitos-humanos-para-criancas
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/formacao_acao/1semestre_2015/agentes_eca_anexo1.pdf
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/formacao_acao/1semestre_2015/agentes_eca_anexo1.pdf
https://www.unicef.org/brazil/o-que-sao-direitos-humanos
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
As viaturas do Corpo de Bombeiros é um 
dos equipamentos que mais chama a atenção 
das pessoas. Quando há alguma emergência, 
tanto os caminhões como as ambulâncias 
deslocam pelas ruas da cidade, com suas luzes 
e sirenes ligadas, para alertar a todos e acionar 
o “protocolo de trânsito” para essas situações. 
No entanto, muitas pessoas desconhecem esse 
“protocolo” e acabam atrasando as viaturas ou 
mesmo se envolvendo em acidentes contra 
elas. 
Por isso, para evitar esse tipo de situação, que ter Noções Sobre Educação no 
Trânsito se tornamuito importante, além de melhorar consideravelmente a relação com 
outras pessoas que também fazem uso das vias. 
 
Seção 01 – Noções e Conceitos 
Sempre que uma pessoa, um veículo ou um animal se movimentam em via pública, 
quer seja na rua ou na calçada, temos por definição o que chamamos de Trânsito. Em 
outras palavras, o Trânsito é toda a situação de deslocamento em via pública. 
 Existem 4 tipos de vias de deslocamento, são elas: 
 
Hidrovia: via de transporte aquático (sobre as águas), 
utilizados por embarcações, que se dão sobre trechos navegáveis de 
rios, lagos e mares, podendo ser naturais ou artificiais. 
 
Ferrovia: via de transporte sobre trilhos de ferro, 
também conhecida como via férrea, é utilizada por trens. 
 
 
 
Aerovia: via de transporte aéreo, baseado em corredores 
virtuais que delimitam a trajetória pode onde passa as aeronaves. 
 
 
Rodovia: consistem em um dos tipos de via terrestre, 
utilizado por veículos automotores. Trata-se de via rurais 
pavimentadas. Quando esta não possui pavimento 
(asfaltada), ela é chamada de Estrada. Quando a via 
terrestre é dentro do perímetro urbano, ela recebe os 
nomes de rua, avenida, viela, marginal etc., de acordo com 
suas características. 
 
Seção 02 – Via Terrestre: Código de Trânsito 
Inicialmente o ser humano contava somente com o deslocamento a pé. Depois 
passou a usar animais e por fim, com o desenvolvimento da roda, criou vários veículos de 
tração humana e animal até chegar nos veículos automotores. 
Com o aumento da produção desses veículos (automotores ou não), viu-se a 
necessidade de organizar o trânsito e definir padrões para manter a segurança. No Brasil, 
a lei que regulariza o trânsito nacional é o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503 de 23 de 
setembro de 1997). 
O Código de Trânsito Brasileiro, entre vários assuntos, estabelece que: 
Pedestre: é a pessoa que anda a pé. 
Ciclista: é a pessoa que anda de bicicleta. 
Motociclista: é a pessoa que anda de motocicleta 
(motoqueiro). 
Motorista: é a pessoa que dirige carro, 
caminhonete, caminhão, ônibus e outros. 
Taxista: é a pessoa que dirige um taxi; 
Caminhoneiro: é a pessoa que dirige um caminhão; 
Policial ou Guarda Municipal: é a pessoa que cuida para que todas as pessoas 
cumpram as leis e tenham um bom comportamento nas cidades. 
Patrulheiro Rodoviário (policial rodoviário): é a pessoa que cuida para que todas 
as pessoas cumpram as leis e tenham bom comportamento nas rodovias estaduais e 
federais. 
As calçadas são destinadas para o trânsito de pedestres. Veículos podem passar 
pela calçada somente para entrar e sair das garagens. 
As ruas (avenidas, marginais, vielas) são destinadas para o trânsito de veículos 
automotores, puxados por animais, bicicletas e outros. Os pedestres devem transitar nas 
ruas, somente sobre a faixa de pedestre. Na ausência de faixa, a travessia de uma rua 
deve ser realizada com muita cautela. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Seção 03 – Boas Condutas no Trânsito 
Para uma melhor relação com as outras pessoas no trânsito, precisamos entender 
que uma mesma pessoa pode a qualquer momento mudar da situação de motorista para 
pedestre e vice-versa, de pedestre parra ciclista e vice-versa, de ciclista para motorista e 
vice-versa, de pedestre para motociclista e vice-versa. Assim precisamos sempre 
desenvolver empatia com relação ao próximo quando estamos juntos no trânsito. 
Entre as boas condutas, devemos destacar: 
1. Andar sobre a calçada sempre que estiver a pé, ou seja, na condição de pedestre. 
2. Andar sobre a faixa de pedestre quando for necessário atravessar uma rua. Caso 
não haja faixa, é necessário ter muito cuidado e a certeza que sua entrada na rua 
não vai atrapalhar o trânsito e nem provocar algum acidente. 
3. Não estacionar o carro sobre a calçada. Além de atrapalhar os pedestres, 
obrigando-os a ir para a rua, é proibido o trânsito de veículos sobre a calçada, 
tendo como exceção para a entrada e a saída de uma garagem. 
4. Não andar de bicicleta pela calçada. Além de atrapalhar os pedestres e correr o 
risco de esbarra em alguém, 
de acordo com o Código de 
Trânsito, é proibido a 
circulação de bicicletas pela 
calçada, a não ser que haja 
sinalização autorizando. 
5. Não falar no celular enquanto 
dirige. Pode provocar 
acidentes por falta de 
atenção, como também 
causar lentidão na via, com a 
redução da velocidade para 
realizar o atendimento. 
6. Passar a pelo menos 1,5 metros de distância de um ciclista, para não correr o 
risco de esbarrar nele e provocar um grave acidente. 
7. Não estacionar sobre a faixa de pedestre ou em frente ao acesso à cadeirantes. 
8. Não estacionar em vagas de deficiente, idosos ou gestantes, quando não tiver 
direito ao uso, por algum desse motivos. 
9. Para o carro antes da faixa, quando pedestres sinalizarem a intensão de 
atravessar sobre ela. 
10. Cumprir todas as normas de trânsito. 
 
Seção 04 – Sinalização de Trânsito 
A sinalização de trânsito existe para nos ajudar a andar pelas vias de forma segura, 
se como pedestre, ciclista, motociclista ou motorista. Seu principal objetivo é organizar o 
fluxo de veículos e pedestres para evitar a ocorrência de acidentes. Em outras palavras, 
suas finalidades é orientar, indicar, advertir, direcionando o sentido do fluxo, indicando rotas 
e caminhos alternativos, orientando sobre proibições, obrigações e advertindo sobre 
condições do trecho etc. 
 
 
Sinalização vertical: consiste nas placas 
sinalizadoras fixadas ao lado ou sobre as vias. Elas podem 
indicar, advertir, liberar ou proibir. 
 
 
 
 
Sinalização horizontal: consiste nas 
marcações pintadas ou colocadas sob o 
asfalto. Por exemplo, as linhas amarelas que 
dividem o sentido das vias, as brancas que 
indicam sentido única, o pare, a faixa de 
pedestre etc. 
 
 
 
Sinalização semafórica: consiste nos sinais 
luminosos que possuem efeito de controle no fluxo do 
trânsito. Existem semáforos que são destinados aos 
veículos e existem aqueles que são destinados aos 
pedestres. Os semáforos para veículos possuem 3 (três) 
cores de advertência e controle (verde, amarelo e 
vermelho) enquanto os dos pedestres possuem somente 
2 (duas) cores (verde e vermelho). 
 
No semáforo para os veículos, quando a cor verde está ligada, sinaliza que o trânsito 
está livre para circulação, ou seja, o carro pode passar. Quando a cor muda para amarelo, 
o significado também muda e a nova cor sinaliza ao motorista a necessidade de atenção, 
mostrando a iminência da parada obrigatória (muitos motoristas interpretam de forma 
errada o sinal amarelo, acelerando o veículo, no lugar de reduzir a velocidade e preparar o 
carro para a parada obrigatória). Já quando o sinal está vermelho, o veículo é obrigado a 
parar. Avançar um sinal vermelho é uma infração gravíssima e pode provocar acidentes 
graves, por isso, nunca devemos avançar. A única exceção, é em caso de uma emergência. 
No semáforo para pedestre a ideia é a mesma do semáforo para veículos, a única 
diferença, é que no lugar da luz amarela, a luz verde começará a piscar quando a luz de 
parada obrigatória estiver iminente para ligar, ou seja, quando a travessia se torna proibida, 
com risco de acontecer algum acidente. 
 
Seção 05 – Veículos de Emergência 
Veículos de 
emergência são todos aqueles 
adaptados e destinados à 
prestação de socorro, seja de 
caráter policial, de resgate, 
incêndio ou salvamento. Os 
veículos de emergência 
possuem, normalmente, sinais 
luminosos na cor vermelha, 
acompanhados de outras 
cores, como branco e até 
mesmo azul. Além disso, possuem sirenes (sinalização sonora) para indicar que se 
encontram em atendimento. 
 É comum no dia a dia, presenciarmos uma ambulância, um caminhão dos 
bombeiros ou um carro da polícia com as luzes ligadas e as sirenes disparas. Quando você 
se deparar com uma situação dessa, é preciso tomar alguns cuidados muitoimportantes: 
 
Se você for pedestre 
Ao visualizar ou ouvir um carro de emergência em situação de atendimento, fique 
em alerta, permaneça na calçada e se afaste da rua. Após a passagem das viaturas, volte 
a transitar normalmente. 
Se estiver para atravessar uma rua, na faixa de pedestre ou não, pare, observe e 
identifique a distância em que a viatura se encontra. Se ela estiver perto, não atravesse e 
espere ela passar. Lembre-se, mesmo que haja sinalização permitindo sua passagem, 
tome cuidado, pois a viatura pode, neste caso, avançar o sinal. 
 
Se você for ciclista 
Aproxime do meio fio e, com cautela, desça da bicicleta. Empurrando a bicicleta, 
suba na calçada e afaste-se da rua. Espere a viatura passar. Volte, empurrando, com a 
bicicleta para a via, suba nela e volte a pedalar. 
 
Se motorista ou motociclista 
Ao visualizar a viatura com os sinais sonoros e as luzes de emergência ligadas, 
deverá ceder passagem de acordo com a situação. Se o sinal estiver fechado (vermelho) o 
condutor deverá, com cautela, dar passagem, mesmo que para isso, necessite avançar o 
sinal. 
O que não fazer quando se deparar com uma viatura em situação de 
deslocamento de emergência. 
1. Seguir a viatura durante o deslocamento e aproveitar a passagem preferencial; 
2. Obstruir ou dificultar a passagem da viatura; 
3. Não dar preferência para a viatura; 
4. Andar no meio da via; 
5. Permanecer na via conduzindo bicicleta; 
6. Colocar objetos no meio da via a fim de dificultar a passagem da viatura; 
7. Projetar luz alta contra a viatura; 
8. Fingir acidente ou qualquer outra situação com o intuito de chamar a atenção e 
parar a viatura; 
 
Referências Bibliográficas 
 
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Conselho 
Nacional de Educação – CNE. Brasília-DF: MEC, 2013. 
BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação nacional (9.394) Brasília, DF: MEC, 
1996. 
BRASIL. 1. Constituição (1988). 2. Emendas Constitucionais (1992-2002). 3. 
Emendas Constitucionais de Revisão (1994). Brasília, DF: Senado Federal, Subsecretaria 
de Edições Técnicas, 2003. 
BRASIL. Sinais de regulamentação. Disponível em: https://www.denatran. 
gov.br/images/Educacao/Publicacoes/Manual_VOL_I_2.pdf. Acesso em: 03 jun. 2018. 
Governo do Estado do Paraná. Manual de Habilitação. 5.ed. Detran-PR: Curitiba, 
2002. 
ESCOLA, B. Hidrovia: o que é, tipos, vantagens, no Brasil. Site. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/hidrovias.htm 
AIMORES. Placas de trânsito. Disponível em: https://aimore.net/placas/geral.html. 
Acesso em: 03 jun. 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
A presença das drogas faz parte da nossa realidade. Trata-se de substâncias 
químicas naturais (proveniente da natureza) ou sintéticas (feitas em laboratórios), utilizadas 
com diferentes finalidades e efeitos sobre o corpo. 
 
Algumas drogas são utilizadas para fins 
medicinais, ajudando no tratamento de doenças 
e aliviando sintomas, podendo ser encontradas 
em farmácias, clínicas e hospitais. Outras, no 
entanto são consumidas de forma recreativa, 
onde normalmente surgem os problemas graves, 
tanto de cunho biológico (saúde física e mental 
de quem usa) como de cunho social (problemas 
familiares, crimes). 
 
Seção 01 – Contextualização Histórica e Social 
O uso das drogas pelo homem o acompanha desde o início das primeiras 
civilizações. No entanto, com o passar do tempo, mudanças aconteceram no seu modo de 
uso e no seu significado. 
Com o domínio da agricultura, os seres humanos foram manuseando cada vez mais, 
diversos tipos de plantas e descobrindo entre elas, efeitos diretos e indiretos no organismo, 
sendo muitas delas usadas de forma medicinal. Algumas plantas provocavam efeitos 
mentais e passaram a ser consideradas “plantas divinas”, tendo por tanto um significado 
religioso. O uso das “plantas divinas” era controlado 
pelos chefes tribais. 
Com o passar do tempo, a droga deixou de 
lado seu uso ritual e passou a ser utilizada como fonte 
de prazer imediato. Além disso, o desenvolvimento 
tecnológico possibilitou a criação de novas drogas, 
feitas em laboratório (sintéticas), potencializando os 
seus efeitos sobre o corpo humano. 
Entre os vários efeitos causados pelas drogas, a dependência química é uma delas. 
Essa dependência, muitas vezes leva o usuário a fazer qualquer coisa para usar a droga, 
até mesmo, cometer crimes. 
Assim, as drogas foram evoluindo e hoje se encontram presentes em nossa 
sociedade. 
Seção 02 – Conceitos e Classificação 
São chamadas de drogas, toda e qualquer substâncias que pode provocar alguma 
mudança fisiológica ou comportamental no ser humano. 
As drogas, podem ser classificadas em: 
 
Lícitas: aquelas que seu uso é permitido 
por lei, produzidas e comercializadas livremente e 
que são aceitas pela sociedade. 
Entre as drogas lícitas, temos aquelas 
destinadas ao lazer, como por exemplo o cigarro, 
a cerveja, o vinho e todas outras bebidas que 
possuem álcool, e aquelas destinadas à medicina, 
ou seja, os medicamentos de forma geral. 
 
Ilícitas: aquelas que seu uso é proibido por lei e que não são aceitas pela sociedade, 
como por exemplo a maconha, a cocaína, o crack, a heroína etc. 
É importante destacar que as drogas lícitas 
também podem provocar efeitos nocivos nos seres 
humanos. Por isso, elas são permitidas somente 
para adultos e sob orientação de consumir com 
controle. Elas assim como as ilícitas, causam 
dependência e podem comprometer a saúde dos 
usuários, além de causar transtornos para a 
sociedade, quando usadas de forma 
descontrolada. 
Seção 03 – Principais Grupos de Drogas 
Os principais grupos de drogas são: naturais, sintéticas e semissintéticas. 
 
Drogas Naturais: são consideradas drogas naturais aquela que é 
extraída, através de vários processos, de uma determinada planta. 
São exemplos de drogas naturais a maconha, o ópio, a cafeína, os 
cogumelos alucinógenos, a nicotina etc. 
 
 
Drogas Sintéticas: são substâncias ou misturas de 
substâncias exclusivamente psicoativas produzidas, 
através de meios químicos, cujos principais 
componentes ativos não são encontrados na natureza. 
São exemplos de drogas sintéticas as anfetaminas, 
barbitúricos, ecstasy, LSD e metanfetamina. 
 
 
Drogas Semissintéticas: são substâncias produzidas, a partir de 
drogas naturais, com alterações químicas feitas artificialmente em 
laboratório. São exemplos de drogas semissintéticas a heroína, a 
cocaína, o crack, a morfina, a merla e etc. 
 
 
Seção 04 – Efeitos das Drogas no Organismo 
As drogas, quando absorvidas pelo nosso corpo, pode provocar diversos efeitos, que 
vão depender do tipo de droga e como ela é absorvida. De forma geral, as drogas alteram 
o senso de realidade, o raciocínio e a capacidade de agir apropriadamente. 
Os efeitos das drogas podem ser percebidos em poucos minutos, logo após o seu 
uso, mas, tendem a durar poucos minutos, sendo necessária uma nova dose para prolongar 
seu efeito no corpo e é por isso, que é comum uma pessoa viciar rapidamente. Os efeitos 
das drogas podem ser classificados em três categorias: 
 
Depressoras: são drogas que reduzem 
as atividades do sistema nervoso central e, em 
casos extremos, causam paradas cardíacas ou 
respiratórias, subdivididas em analgésicas 
(relaxamento muscular, com sensação 
temporária de entorpecimento e bem-estar) e 
hipnóticas (induzem a pessoa ao sono). 
Exemplo: heroína, álcool e solventes. 
 
 
 
Estimulantes: são drogas que aumentam os níveis 
de atividade motora e cognitiva no organismo e reforçam 
o estado de alerta, podendo causar a sensação de 
euforia, irritabilidade e agitação. Exemplos: cocaína, 
anfetaminas e crack. 
 
 
 
Perturbadoras: são drogas que causam 
distorções na nossa percepção sensorial, nossos 
sentidos (audição, visão, tato, paladar e olfato).Podem provocar alucinações ou ilusões. Seu efeito é 
de curta duração, por isso é comum seu uso abusivo. 
Exemplo: maconha, LSD e Ecstasy. 
 
O uso por longo prazo de drogas pode provocar danos irreversíveis no organismo. 
Elas intoxicam o corpo e prejudicam sua estrutura e funcionamento do sistema nervoso 
central e dos órgãos que ela interage. 
Entre as consequências do uso prolongado de drogas, podemos destacar: 
dependência química; a destruição de neurônios, que diminuem a capacidade de pensar; 
o desenvolvimento de doenças psiquiátricas; lesões no fígado; mau funcionamento dos rins 
e dos nervos; o risco de contaminação por doenças contagiosas, como a AIDS ou a 
Hepatite; problemas do coração; overdose; isolamento familiar e social. 
Na gravidez, as drogas podem provocar 
efeitos tanto sobre a mulher como no bebê: 
aborto, parto pré-maturo, restrição de 
crescimento da criança, baixo peso e má 
formação congênita. Depois que nasce, o bebê 
pode sofrer de abstinência, pois já se encontra 
viciado. Neste caso, ele poderá apresentar 
sintomas como chorar muito, ficar muito irritado 
e ter dificuldades para se alimentar, dormir e 
respirar. 
 
Seção 05 – Criminalização das Drogas 
Mesmo as drogas lícitas, aquelas permitidas por lei, possuem regras para venda e 
consumo. Legalmente, somente pessoas maiores de 18 anos podem comprar e consumir 
essas drogas, como por exemplo os cigarros e as bebidas alcóolicas. 
 
Quem vende bebida alcóolica 
ou cigarro para uma pessoa menor de 
18 anos, pode ser responsabilizada 
de acordo com o Estatuto da Criança 
e do Adolescente e a Lei 8.069 de 
1990. Segundo essa Lei, em seu 
artigo 243: “Vender, fornecer, servir, 
ministrar ou entregar, ainda que 
gratuitamente, de qualquer forma, a 
criança ou a adolescente, bebida 
alcóolica ou, sem justa causa, outros 
produtos cujos componentes possam 
causar dependência física ou 
psíquica”, poderá receber uma pena 
de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e 
multa, se o fato não constitui crime 
mais grave. 
Mas o que acontece com a criança ou adolescente que for pego consumindo bebida 
alcóolica? Este deverá ser incluso em um programa oficial ou comunitário de auxílio, 
orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos, conforme inciso VI – do Artigo 101, 
do ECA. 
Já para as drogas ilícitas, ou seja, aquelas que a lei não permite vender, comprar, 
ganhar e consumir, as regras são rígidas. A Lei 11.343/2006, que trata do Sistema Nacional 
de Políticas Públicas sobre Drogas, prescreve medidas para a prevenção do uso indevido, 
atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas. Ela estabelece também, 
normas para repreensão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, define os 
crimes e dá outras providências. 
Essa lei proibi qualquer tipo de venda, compra, produção, armazenamento, entrega 
ou fornecimento, mesmo que gratuito, de drogas sem autorização ou em desconformidade 
com a legislação pertinente. A pena prevista é de 5 a 15 anos de reclusão e pagamento de 
multa de 500 a 1500 dias-multa. 
Assim, além de fazer muito mal para a saúde, o uso de drogas pode trazer uma serie 
de complicações sociais, considerando que a pessoa pode perder, mesmo que 
temporariamente, parte de seus direitos e ser criminalizada por suas ações de venda, ou 
mesmo de consumo. 
 
Referências Bibliográficas 
CBMGO. Apostila Digital PROEBOM. 1ª Versão. Goiânia – GO. 
BRASIL. Lei 11.343/2026. Brasília, DF: Presidência da República, 2006. Disponível 
em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm Acesso em: 
03 jun. 2018. 
CONJUR. O Básico sobre a Criminalização de Drogas. Disponível em: 
https://www.conjur.com.br/2023-set-29/repensando-drogas-basico-criminalizacao-drogas/. 
Acesso em: 21 março. 2024. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm
https://www.conjur.com.br/2023-set-29/repensando-drogas-basico-criminalizacao-drogas/

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