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Neonatologia 
Define-se neonatologia como a ciência responsável pelo 
estudo concernente aos recém-nascidos. 
Do nascimento até a segunda semana de vida no cão e até o 
décimo dia ou o momento da abertura dos olhos para os 
gatos. E são chamados de recém nascidos até o desmame, 
ou seja, até as quatro semanas de vida. 
• Neonatologia de cães e gatos: aspectos fisiológicos, 
aspectos patológicos, desenvolvimento psíquico e da 
evolução comportamental 
• Mortalidade neonatal em cães varia de 5 a 33% 
em média 
• Mais de 75% das mortes dos filhotes ocorrem 
antes da terceira semana de vida 
• Causas ligadas às condições fisiológicas, congênitas, 
comportamentais, ambientais ou por ocorrência de 
septicemias bacterianas. 
• Dieta, vacinas, exames, histórico, temperamento, 
ambiente... 
• Histórico da mãe e do pai 
• Histórico da gestação: nutrição, fármacos, doenças, 
imunoprofilaxia, vermífugos... 
• História do parto: duração, natimortos 
• Ambiente que o animal está e vive 
• Histórico e avaliação da ninhada e do neonato 
colostro etc) 
• Primeiros 14 dias: 90% tempo dormindo 
• Primeiros 4 dias cães: posição fletida 
• Os recém-nascidos têm mais água corporal (80%) 
doque os adultos (60%) -> permite aos 
medicamentos hidrossolúveis um grande volume de 
distribuição 
Termorregulação 
• Neonato não é capaz de manter a própria 
temperatura! 
• Ausência de controle hipotalâmico 
• Superfície corpórea x peso (grande superfície 
favorece a evaporação) 
• Gordura subcutânea escassa 
• Ausência de reflexo de tremor 
 
Sistema digestório 
• Colonização intestinal se inicia no 2 dia e dura até 1 
mês de vida (cuidado com o uso de antibiótico) 
• Capacidade gástrica: 5mL para cada 100gr de peso 
vivo! 
• Função hepática imatura 
• Não consegue manter glicemia adequada 
• Amamentação a cada 2 a 3 horas 
• Valores de glicemia muito variáveis 
• Hipoglicemia ≤40mg/dL 
 
Exame físico do neonato 
• Condição corporal 
• Comportamento (chorar o tempo todo não é 
normal) 
• Peso 
• Temperatura 
• Hidratação 
• Coloração de mucosas 
• Reflexo sucção 
• Reflexo anogenital 
 
Postura e locomoção 
• Imaturidade cerebelar (incoordenação) 
• Sustentação do peso com membros torácicos (a 
partir do dia 5) 
• Peso: muito importante na avaliação do neonato. 
Pesar diariamente, no mesmo horário, na mesma 
balança 
A identificação precisa de cada filhote, pesando-o 
imediatamente após o nascimento, repetindo a pesagem 
depois de doze horas, diariamente até quatorze dias e então 
a cada 3 dias até um mês de idade 
 
Temperatura 
• 35 a 36C ao nascimento 
• 36 a 37C 1º e 2º semana 
• 36.1 a 37.8C 2º e 3º semana 
• Temp. de adulto 4º semana 
 
Hidratação 
• Umidade de mucosa 
• Avaliação de urina: reflexo anogenital 
(fisiologicamente a urina precisa ser clara, se 
concentrada indica desidratação) 
 
Frequências 
• FC: 200 a 220 bpm 
• FR: 10 a 18 mpm depois 16 a 32 
Abertura dos olhos 
• Cães: 12 a 15 dias 
• Gatos: 8 a 12 dias 
• Desprendimento do cordão umbilical: 2 a 3 dias 
• Olhos – abertura das pálpebras 
• Orelha – abertura das orelhas 
• Narinas- obstrução, secreção, formato 
• Cavidade oral 
• Reflexo pupilar à luz 
• Reflexo de deglutição 
• Abertura 12 a 17 dias 
• Inspeção e palpação dos membros 
• Extensão e flexão das articulações 
• Padrão respiratório 
• Auscultação (ritmo e frequencia) 
• Não esquecer de avaliar: pele, cicatriz umbilical, 
região anogenital e genitália externa 
• Auscultação de abdômen: “burburinhos” –
peristaltismo progressivo 
• Se possível avaliar também mãe (gl mamária etc.) e 
irmão 
• Reflexo magno: No reflexo Magno o pescoço é 
rotacionado para um lado e a resposta normal deve 
ser a extensão dos membros torácico e pélvico do 
lado para o qual a cabeça foi virada, e a flexão dos 
membros do lado oposto 
 
Tríade do neonato 
• A tríade neonatal é composta por hipotermia, 
hipoglicemia e desidratação e acomete 
principalmente neonatos órfãos. 
 
Cuidado com o nenonato 
Deixar o recém-nascido com a mãe ou fêmea lactente é a 
opção que ajuda a prevenir a tríade, pois a mamada ajuda 
na termorregulação, além do leite manter a hidratação e ser 
fonte de glicose para o animal. 
Quando verificada a desidratação, a fluidoterapia deve ser 
feita na temperatura de 37°C para não causar hipotermia. 
No caso de hipotermia, o animal só deve ser alimentado 
quando for restabelecida a normotermia. 
 
Hipotermia 
Nessa fase, o neonato não consegue regular sua 
temperatura corporal devido à imaturidade do sistema 
hipotalâmico regulador, por isso: 
A temperatura do neonato deve estar entre 35-36°C na 
primeira semana e 37-38°C nas semanas seguintes. 
A temperatura ambiental deve ser de 32°C. (Menor que 
27°C causa hipotermia e maior que 33°C, problemas 
respiratórios e desidratação). Quando hipotérmicos, perdem 
o reflexo de sucção e a mãe tende a afastá-los. 
 
Desidratação 
O neonato tem 80% do seu peso em água, imaturidade 
renal para concentrar urina, pele mais permeável e 
superfície corpórea extensa. Isso predispõe o animal a maior 
chance de desidratação. 
Outros fatores associados são: alta temperatura ambiental, 
diarreias, amamentação inadequada. A desidratação pode ser 
identificada pela urina, que estará com cor amarelada e pela 
mucosa que estará seca e pálida. 
Hipoglicemia 
Os neonatos não conseguem manter bons níveis de 
glicogênio, além de possuir imaturidade hepática e baixa 
reserva de gordura corporal. Esses fatores favorecem a 
hipoglicemia neonatal. 
As manifestações de hipoglicemia incluem incoordenação, 
flacidez, fraqueza ou coma. 
Um período de jejum de 2 a 3 horas é suficiente para 
causar esse quadro. 
 
Farmacocinética 
Absorção de fármacos: 
• Oral – efetiva (*pH gástrico mais ácido) 
• Intramuscular= não utilizar (pouca massa muscular 
e pouca vascularização ainda) 
• Subcutânea = efetiva se paciente normotérmico 
• Intravenosa = muito boa• 
• Retal = efetiva 
• Respiratória = endotraqueal para parada cardíaca 
 
Alterações fetais 
• Hidropsia 
• Lábio leporino 
• Fenda palatina 
• Mumificação fetal 
• Atresia anal 
• A maceração e a mumificação fetal ocorrem em 
casos de morte embrionária após a ossificação 
fetal, podendo o feto ser abortado ou permanecer 
no útero da fêmea 
Doenças Respiratórias
Doenças respiratórias 
Trato respiratório superior: narinas, cavidades nasais, 
faringe, laringe 
Trato respiratório inferior: traqueia, pulmões, brônquios, 
bronquíolos, alvéolos, pleura 
 
Doenças da região nasal 
• O nariz é constituído por: parte externa do nariz, 
ossos, cartilagens e cavidades nasais. 
• O comprimento da cavidade nasal é relativo ao tipo 
de conformação craniana. 
 
Quando suspeitar de afecções nas cavidades nasais? 
• Secreção nasal (Serosa, mucosa, mucopurulenta, 
hemorrágica) 
• Espirros 
• Deformidades 
• Lesões como crostas, descamação etc (dermato). 
 
Epistaxe: 
• Sangramento nasal 
• Cavidade nasal: rinite fúngica, corpo estranho, 
neoplasia, trauma 
• Sistêmico: 
o Vasculites (inflamatória, imuno mediada, 
infecciosa): Exemplo: leishmaniose, 
erlichiose 
o Coagulopatias: alteração plaquetas 
(patologia clínica: morfologia da plaqueta) 
o Alteração de fator de coagulação: 
rodenticidas, distúrbios genéticos, CID etc... 
o Hipertensão arterial 
A rinite canina é uma inflamação da mucosa das narinas e a 
sinusite é uma inflamação dos seios nasais. As duas 
inflamações irritam as mucosas do trato respiratório 
superior do cão. 
• Alérgica 
• Infecciosa: fúngica, viral e bacteriana 
• Neoplasia 
• Corpo estranho 
• Alterações dentárias 
 
 
• Corrimento nasal* 
• Epistaxis 
• Espirros 
• Espirro reverso 
• Respiração ruidosa/roncos 
• Deformidade facial 
• Epífora, conjuntivite 
• Ulceração oral/estomatite 
• Manifestações sistêmicas (inespecíficas) - letargia, 
inapetência, febre, perda de peso• Sinais de comprometimento de SNC (raros) 
 
Corrimentos 
• Corrimento nasal seroso: normal, infecção viral, 
irritação da mucosa nasal 
• Corrimento nasal mucopurulento: causas 
infecciosas, parasitárias, CE, neoplasia, pólipo, 
extensão de doença da cavidade oral. 
• Corrimento nasal hemorrágico: trauma, corpo 
estranho, processos agressivos locais (neoplasia/ 
micose), hipertensão distúrbios de coagulação, 
erliquiose (pode haver associação com secreção 
mucopurulenta) 
 
Rinoscopia anterior 
• Acesso rostral à cavidade nasal (septo nasal, 
meatos nasais, conchas nasais, etmoturbinados) 
• Rinoscopia posterior (nasofaringe) 
• Aumento de volume: punção/biopsia 
• Secreção nasal: citocologia 
• Lavado nasal: citologia/cultura 
 
• Rinites virais (cinamose) 
• Rinites bacterianas (normalmente secundárias: CE, 
afecções dentárias, viroses etc) 
o Hidratação 
o Nutrição 
o Sintomático 
o Nebulização – 20 min/qid 
o Descongestionantes nasais (oximetazolina) 
 
Rinite parasitária 
• Pneumonyssoides caninum 
• Selamectina: 6 a24mg/kg, tópico a cada2 semanas 
(por 3 vezes) 
• Ivermectina 0,2 mg/kgSC a cada 3 semanas 
 
Rinite fúngicas (cão: aspergillus, criptococcus) 
• Acometimento respiratório, deformidades faciais, 
exoftalmia, sintoma neurológico etc. 
• Tratamento: itraconazal (10mg/kg/sid); fluconazol 
cães (2,5 mg/kg/bid) 
 
Neoplasias 
• Invasiva, as mais comuns: carcinoma (mas também 
linfoma, sarcomas mastocitoma etc) 
• Secreção nasal mucopurulenta a hemorrágica, 
dispneia, espirros, deformidades esternosa etc) 
• Metástase? (linfonodos regionais) 
 
Síndrome das vias aéreas braquicefálicas 
Se refere às múltiplas anormalidades anatômicas 
comumente encontradas em cães braquicefálicos. 
As anormalidades anatômicas: 
• Narinas estenosadas 
• Palato mole alongado 
• Traqueia hipoplásica 
A obstrução prolongada das vias aéreas superiores, 
resultando em esforço inspiratório aumentado, pode levar à 
eversão dos sáculos laríngeos. 
• respiração ruidosa, estertores, aumento de 
esforço inspiratório 
• cianose e síncope 
• Os sinais clínicos são exacerbados com exercício, 
excitação e altas temperaturas ambientais 
O aumento do esforço inspiratório, pode causar edema e 
inflamação secundários da mucosa da laringe e da faringe e 
aumentar a eversão dos sáculos da laringe ou o colapso da 
laringe, estreitando ainda mais a glote, exacerbando os sinais 
clínicos 
• Alterações digestórias: Aerofagia (dilatação de 
esôfago e estômago, flatulência, 
regurgitação/vômito 
 
A tentativa de diagnóstico é realizada com base: 
• Raça 
• Manifestações clínicas e aparência externa das 
narinas 
• Laringoscopia 
• Avaliação radiográfica da traqueia 
 
• Evitar situações estressantes 
• Não fazer exercícios exacerbados 
• Dias quentes: banhos frios, sombra e água fresca 
• Animais hiperexcitados: butorfanol0.01 a 0.02 
mg/Kg 
 
 
Tratamento Cirúrgico: 
• Rinoplastia 
• Estafilectomia 
• Ventriculectomia (remoção dos sacos laríngeos) 
• Corticoide (inflamação) 
 
Traqueobronquite infecciosa canina 
Etiologia: 
• Adenovirus canino tipo 2 
• Virus da parainfluenza 
• Herpesvirus canino 1 
• Bordetella bronchiseptica 
• Mycoplasma sp 
• Coronavirus canino respiratório 
• Geralmente sazonal (inverno) 
Pode afetar qualquer faixa etária. O período de incubação 
varia de 5 a 7 dias, seguido de um início súbito dos sintomas. 
É altamente contagiosa, podendo causar inflamação crônica 
ou aguda. Os principais sinais são tosse e secreção naso-
ocular. Nos filhotes, pode evoluir para broncopneumonia, nos 
Idosos ou debilitados pode resultar bronquite crônica 
 
Quadro agudo (menos de 2 semanas) 
• Exacerbada após exercício 
• Além da secreção, anorexia e febre. Normalmente 
autolimitante, mas pode complicar 
(Broncopneumonia) 
 
 
Tratamento (tosse seca) 
• Codeína 0,25mg/kg VO qid/bid• 
• Broncodilator: 
o Aminofilina 11mg/kg/tid 
o Teofilina 9-10 mg/kg/bid/tid 
o Terbutalina 0,625 – 5mg/cão/bid/tid 
o Albuterol 0,02-0,05 mg/kg/bid 
o Não usar em casos de tosse produtiva 
• Prednisola 
• Nebulização com soro fisiológico 
 
Colapso de traqueia 
 
Estreitamento ou deformidade na traqueia cervical ou 
torácica. Podendo ser causado por déficit de sulfato de 
condroitina e déficit de glicosaminoglicanos. Causa angústia 
respiratória (cianose e hipertermia). Mais comumente em 
cães toy e miniaturas de meia-idade. 
Os sintomas podem ser agudos, mas podem progredir 
lentamente por meses a anos. A principal característica 
clínica inclui: tosse não produtiva, “grasnar de ganso”. A 
tosse piora durante exercício ou excitação, ou quando a 
coleira exerce pressão sobre o pescoço. 
Diagnóstico: 
• Exame clínico/histórico 
• Raio X: Estreitamento da luz traqueal (posições DV 
e LL) 
• Cervical (inspiração) e torácica (expiração) 
 
Tratamento (sintomático) 
• Antitussigenos 
• Broncodilatadores 
• Prednisolona 
• Terapias integrativas 
• Tratamento cirúrgico: Complicações/rejeição...opção 
quando as demais opções de tratamento não 
deram certo 
• Emergência: butorfanol (0,05-0,1 mg/kg/SC QID), 
acepromazina (0,01-0,05 mg/kg SC QID), 
broncodilatadores, dexametasona (0,04 mg/kg IV) 
 
Obstrução traqueal 
• Tumores, neoplasias 
• Parasitas 
• Aspiração de corpo estranho 
 
Sinais clínicos 
• Tosse, posição ortopneica, cianose 
 
Diagnóstico 
• Raio x (DV e LL), cervical e torácica 
• Traqueobroncoscopia 
• Traqueoscopia 
• Tomografia 
Oslerus osleri 
 
Diagnóstico 
• Raio x (calcificação) 
• Broncoscopia 
• Coproparasitológico 
 
Tratamento 
• Ivermectina – 0.3mg/kg SC cd 21 dias (4x) 
• Doramectina 0,2 mg/kg SC (1x) 
• Febendazol – 50 mg/kg/25 dias 
 
Ruptura de traqueia 
• Anamnese + exame clínico 
• Enfisema subcutâneo 
• Sensibilidade dolorosa 
• Cianose 
• Posição ortopneica 
• Fazer tratamento da ferida (mordedura) 
• Tratamento cirúrgico- traqueorrafia 
 
 
Bronquite crônica 
A bronquite crônica canina é definida como tosse que 
ocorre diariamente, por dois ou mais meses consecutivos na 
ausência de qualquer outra causa identificada. 
Existem muitas causas de base possíveis para a tosse em 
cães, portanto, é extremamente importante a exclusão das 
outras causas antes de se estabelecer um diagnóstico 
definitivo de bronquite crônica. 
• Inflamação dos brônquios, (inflamação neutrofílica) 
e evidente aumento da produção de muco 
 
 
• Tosse crônica: cardiopatia? Colapso de traqueia? 
Problemas pulmonares? Bronquite? (atenção a 
auscultação) 
 
Diagnóstico 
• Auscultação pulmonar 
• Raio-x sem alteração ou espessamento de 
brônquios 
• Broncospcopia 
• TC 
Objetivos da terapia dos pacientes com bronquite crônica 
estão direcionados: 
• alívio sintomático 
• redução da inflamação 
• restrição da tosse 
• melhora da intolerância ao exercício 
• Essencial a manutenção da hidratação das vias 
respiratórias para facilitar a limpeza mucociliar 
• obesidade deve ser tratada agressivamente, pois 
agrava os quadros de tosse e da função pulmonar. 
• Coleiras peitorais devem ser indicadas em vez de 
coleiras cervicais 
• Episódios de latidos excessivos devem ser reduzidos 
com a modificação do comportamento apropriado, 
(agitação e estresse podem exacerbar os 
sintomas) 
 
Bronquite alérgica 
• Broncopneumopatia eosinofílica (BPE) 
• A infiltração das vias respiratórias ou do 
parênquima pulmonar por eosinófilos. 
• Hipersensibilidade a alergênios inalados 
 
Sinais clínicos 
• Tosse, intolerância ao exercício 
• Cianose, angustia respiratória 
 
Diagnóstico 
• Auscultação pulmonar 
• Raio-x sem alteração ou espessamento de 
brônquios 
• Broncoscopia 
• TC 
• Hemograma: leucocitose/eosinofilia 
• coproparasitológico 
 
Tratamento 
• Prednisolona 1mg/kg VO/Bid (redução 25% 
semanal) 
• Fluticasona 
 
Bronquietasia 
A bronquiectasia é um termo utilizado para definira 
dilatação irreversível de brônquios de diâmetro médio com 
acúmulo de secreções após perda da integridade estrutural 
das paredes brônquicas 
• consequência secundária e não específica à 
exposição crônica das vias respiratórias a 
inflamação, infecções e obstrução das vias 
respiratórias. 
 
Sinais Clínicos 
• tosse produtiva ou improdutiva, 
• mímica de vômito prosseguindo a tosse, 
• alguns pacientes podem apresentar histórico 
recidivante de pneumonia. 
 
 
Pneumonia 
Doença pulmonar inflamatória causada por diversos agentes 
etiológicos (bactérias, vírus, fungos e parasitas), por 
aspiração de fluidos ou alimentos, por infiltrado de células 
inflamatórias ou de origem idiopática 
• Causa quadro de hipoxemia – oxigenação 
insuficiente do sangue necessário para realizar os 
requerimentos metabólicos 
 
 
• A pneumonia bacteriana é a inflamação das vias 
respiratórias posteriores, secundária à infecção 
bacteriana. 
• A broncopneumonia bacteriana é caracterizada 
pela inflamação originária da junção broncoalveolar 
 
Agentes etiológicos virais 
• Adenovirus canino tipo 2 
• Virus da parainfluenza• Virus da influenza 
• Herpesvirus canino 1 
• Vírus da cinomose 
• Coronavirus canino respiratório 
 
Sinais clínicos: 
• Tosse, corrimento nasal, taquipneia/desconforto 
respiratório 
• Febre, anorexia, letargia, perda de peso, 
desidratação 
Diagnóstico 
• sintomas, achados radiográficos, citologia e do 
isolamento do agente pela cultura. 
• O padrão-ouro de diagnóstico em qualquer espécie 
é a confirmação histológica 
 
Tratamento: 
• Oxigênioterapia 
• Fluidoterapia 
• Antibióticoterapia 
• Broncodilatadores 
• Fluidificantes 
• Nebulização 
• Fisioterapia pulmonar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anemias – avaliação clínica e laboratorial 
Definição: termo aplicado a uma síndrome clínica e a um 
quadro laboratorial caracterizado por: 
• diminuição do hematócrito 
• diminuição da concentração de hemoglobina no 
sangue; 
• diminuição da concentração de eritrócitos 
(hemácias) por unidade de volume. 
 
Histórico do animal 
• intolerância ao exercício 
• episódios de síncope 
• Sangramentos 
• história de viagem 
• má nutrição 
• palidez ou icterícia. 
• Letargia 
• mudança na alimentação 
 
Exame físico 
• sinais de petéquias, equimoses 
• hematúria, sangue nas fezes- 
• hepatomegalia 
• esplenomegalia 
• cardiomegalia 
• linfadenopatia 
• palidez das mucosas e icterícia 
 
 
Exame complementar 
Hemograma completo 
• Observar se há autoaglutinação 
• No tubo de coleta, avaliar o plasma para hemólise, 
lipemia e icterícia. 
• Observar o esfregaço sanguíneo, avaliando a 
morfologia dos eritrócitos e dosleucócitos 
(pesquisar inclusões, esferócitos, tamanho e 
coloração dos eritrócitos) 
• Fazer contagem de reticulócitos 
• Classificar a anemia (regenerativa e não 
regenerativa - OBSERVAÇÃO) 
• Avaliação morfológica: índices hematimétricos (VGM 
e CHGM) 
• As hemácias normais: normocíticas e 
normocrômicas 
• Volume Globular Médio (VGM) (tamanho) 
• Hemoglobina Globular Média (HCM) (peso da Hb) 
• Concentração de Hemoglobina Globular Média 
(CHCM) 
 
Anemia regenerativa 
Função medular adequada. 
Causas: perda de sangue para fora do organismo 
(hemorragia externa) ou destruição dos eritrócitos dentro 
do organismo (hemólise ou hemorragia interna). 
Os sintomas clínicos de hemorragia com perda acima de 
20% do volume sanguineo total: 
• Vasoconstrição periférica 
• Taquicardia 
• Hipotensão 
• Colapso cardiovascular 
O tratamento para esse tipo de anemia inclui reposição do 
fluido, prevenção da continuidade da hemorragia, suporte 
transfusional e tratamento da causa primária. 
• Fluidoterapia intravenosa agressiva com cristaloides 
e coloides, ou transfusão de sangue total e 
subprodutos em geral é necessária em pacientes 
com anemia por hemorragia. 
 
Anemias não regenerativas 
Caracterizadas por diminuição ou ineficiente 
produção de eritrócitos pela medula óssea. 
Causas: doenças primárias ou secundárias 
da medula óssea (aplasia e doenças renais). 
• Aproximadamente 0,8 a 1,6% dos eritrócitos 
(hemácias) coram-se como reticulócitos 
• % de reticulócitos no sangue periférico constitui 
um indicador da capacidade funcional da medula 
ossea em anemia: 
• % normal ou reduzida de reticulócitos em paciente 
anêmico indica medula hipoproliferativa (da mesma 
forma o aumento de reticulócitos indica atividade 
proliferativa compensatória da medula óssea, como 
em anemias hemolíticas) 
 
Transfusão de sangue 
• Aumenta a capacidade do sangue em transportar 
oxigênio. 
• Restaura o volume sanguíneo do organismo 
• Corrige distúrbios da coagulação 
 
• Sangue total: termo utilizado para se referir aos 
produtos sanguíneos que não foram separados. 
• Hemocomponentes: são os produtos sanguíneos 
separados e processados mecanicamente por 
métodos biotecnológicos. 
• Derivados do sangue: são produtos proteicos do 
sangue preparados por métodos bioquímicos (ex: 
soluções de albumina, imunoglobulina intravenosa). 
Uso limitado na Medicina Veterinária 
 
Antígeno eritrocitário canino 
 
 
Doador 
• Peso mínimo: 27 kg 
• Idade: 1 a 8 anos 
• Volume total de sangue em um cão = 80 ml/Kg10 a 
20% desse volume pode ser doado seguramente 
• Podem doar 450mL a cada 3 meses 
• Atualmente as bolsas de coleta de sangue utilizadas 
são originalmente de uso humano, e o volume 
mínimo de sangue a ser coletado é de 300 mℓ, já 
que valores inferiores desequilibrariam a proporção 
sangue: anticoagulante. 
• Não deve ter recebido transfusões prévias 
• Estado geral do doador: bem nutrido, livres de 
ectoparasitas, negativos para doenças infecciosas 
transmissíveis pelo sangue. Os cães devem ser 
testados para ehrlichiose, anaplasmose, brucelose, 
leishmaniose, dirafiloriose, babesiose e rangeliose. 
Femeas no cio, gestantes ou acasaladas não dever 
ser submetidas a doação sanguínea. 
 
• O sangue deve ser coletado de um vaso calibroso, 
preferencialmente a jugular 
• Nos cães, deve-se fazer contenção sem estressa-
los. Nos gatos, é necessário sedação 
• A técnica deve ser asséptica e deve durar no 
máximo 10-15 min para evitar contaminação 
bacteriana 
• O sistema fechado não permite que o sangue seja 
exposto ao ar ou a elementos externos durante a 
coleta, o processamento ou o armazenamento 
• Um sistema aberto, é quando o sangue é coletado 
por meio de seringas (felinos: 1ml de anticoagulante 
e 9ml de sangue) 
 
Calculo transfusional 
A quantidade estimada do volume de concentrado de 
hemácias ou de sangue total necessário é de 10ml/kg de 
papa de hemácias ou 20ml/kg de sangue total para o 
hematócrito aumente em 10% pós transfusão 
• Cães: Ht menor 15% 
• Gatos: Ht menor 12% 
 
Para felinos, na formula, usa-se 70. 
• Para a administração, deve-se utilizar equipos com 
filtro para remover coágulos e outros materiais 
particulados, como agregados plaquetários 
 
Felinos 
• Tipo sanguineo, tipo A, tipo B e tipo AB 
• As reações transfusionais em gatos costumam ser 
hemolíticas agudas e fatais, especialmente em 
transfusões de sangue A e AB em receptores do 
tipo B. 
 
• Domiciliado 
• Esquema de vacinação atualizado- 
• Livres de ecto e endoparasitos- 
• Hemograma e perfil bioquímico- 
• Testar para testes para leucemia viral felina 
(FeLV), vírus da imunodeficiência felina (FIV) e 
hemobartonelose. 
• Peso mínimo 5kg- 1 a 8 anos de idade- 
• Temperamento dócil 
• Sem histórico de cardiopatia ou convulsão 
• Volume máximo de 11 a 15 mℓ/kg intervalo de 3 
meses) 
 
Velocidade de transfusão 
• Início: 15 a 30 minutos (0,25 ml/kg) 
• Após 30 minutos: 5 a 10 ml/kg/hora 
• Nefropatas e cardiopatas: 2ml/kg/hora 
• Não usar bomba de infusão 
 
 
Diferenciar 
• Anemias Normocíticas/Normocrômicas• Anemia Macrocíticas/Hipocrômicas 
• Anemia Macrocíticas/Normocrômicas 
• Anemias Microcíticas/Hipocrômicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Digestório 
Fisiologia: Processo de digestão 
1. Ingestão do alimento 
2. Hidrólise no tubo gastrointestinal 
3. Atividade das glândulas anexas 
4. Absorção dos nutrientes 
5. Excreção dos resíduos não absorvidos 
 
Fases da digestão: 
1. Mastigação 
2. Deglutição 
3. Secreção do suco gástrico 
4. Digestão no intestino delgado 
5. Digestão no intestino grosso 
6. Defecação 
 
Vômito 
Causas: alimentação, doença infecciosa, endoparasitose, 
obstrução do aparelho digestório, drogas, toxemia, ingestão 
de substância toxicas, hepatopatia, nefropatia, 
enfermidades do pâncreas, dor intensa, enfermidades 
inflamatórias, fatores psicogênicos 
 
 
Tratamento 
• Suporte e sintomático 
• Dimenidrinato: cão 25-50mg VO TID, gato 12,5mg 
VO TID 
• Cloridrato de metoclopramida: 0,2-0,5 mg/kg BID-
QUID, SC ou IV. 
• Alimentaçõa 
 
Regurgitação 
• Expulsão de alimentos e de fluidos da cavidade 
faríngea ou esôfago 
• pH < 4 -> vômito (mimica) 
• pH > 4 -> regurgitação 
• Causas: megaesôfago, distúrbios da motilidade 
esofágica, corpo estranho, esofagite, hernia de 
hiato 
• Tratamento irá depender da causa 
 
Disfagia 
• Definição: dificuldade em engolir 
• Distúrbios que alteram a deglutição: corpo 
estranho, lesões traumáticas, contração muscular, 
inflamações, neoplasias 
• Sinais clínicos: engasgo, salivação abundante, 
regurgitação, tosse, dispneia, queda de alimento da 
boca, perda de peso, halitose, alteração da voz 
• Tratamento: sintomático 
 
 
Timpanismo 
• Acúmulo de ar ou/e gases no estômago e intestino 
• Sinais clínicos: eructação ou arroto, flatulência, 
distensão abdominal 
• Causas: ingerir muita água após alimentação, ingerir 
grande quantidade de alimento, rações de má 
qualidade 
• Tratamento: dimeticona:20-40 mg TID VO 
 
Constipação 
• definição: perturbação onde os movimentos 
intestinais são esporádicos ou incompletos 
• sinais clínicos: obstipação, tenesmo, disquesia, 
megacólon, hematoquesia 
 
Cavidade oral: doença periodontal 
• Etiologia: O desenvolvimento da doença periodontal é 
afetado por vários fatores, entretanto o agente 
etiológico primário é a placa bacteriana, que é a 
responsável pela maioria das infecções bucais 
• Patogenia: Gengivite e periodontite. A gengivite é 
causada pelo acúmulo de placa bacteriana junto à 
margem gengival e nos sulcos dentários. A 
periodontite é uma inflamação acompanhada de 
perda do ligamento, sendo um processo 
irreversível. 
• Sinais clínicos: halitose, sangramento gengival, 
gengivas avermelhadas e inchadas, recessão 
gengival, mobilidade dentária, perda de peso 
• Diagnóstico: clínico 
• Exames complementares: raio x 
• Tratamento: remoção dos cálculos dentários, em 
casos avançados é necessário a extração dos 
dentes moles/danificados 
• Prevenção: escovação e alimentação de qualidade 
• Evolução: As conseqüências locais incluem as 
fístulas oronasais, lesões endo-periodontais, 
problemas oculares, osteomielite e o aumento da 
incidência de câncer oral. Em nível sistêmico, as 
consequências podem estar associadas à doença 
renal, hepática, pulmonar, cardíaca, articulares, 
osteoporose e a efeitos adversos da gravidez e de 
diabetes mellitus. 
 
Esôfago 
• Dilatação esofagiana ou megaesôfago 
• Esofagite 
• Neoplasia 
• Corpo estranho 
 
Estômago: gastrite aguda e crônica 
• Definição: Inflação da mucosa gástrica 
• Causas: Na gastrite aguda ocorre de forma 
abrupta causada por fatores que agridam o orgão 
nas ultimas horas, como corpo estranho, ingestão 
de substâncias toxicas, parasitas, infecções 
bacterianas ou virais. Na gastrite crônica, as 
causas podem ser intolerância a algum alimento, 
doenças renais, doenças hepáticas , infecção por 
Helicobacter spp 
• Sinais clínicos: dor abdominal, náuseas, sialorreia, 
vômitos constantes, febre, prostração, falta de 
apetite, perda de peso, rigidez abdominal 
• Diagnóstico: clínico, endoscopia e ultrassom 
• Tratamento: ranitidina (1-4 mg/kg VO, SC, IV, SID-
BID), cimetidina (5-10mg/kg VO, SC, IV, BID-QID), 
omeprazol (0,7mg/kg VO SID) 
 
Diarreia 
As diarreias são causas frequentes de visitas ao medico 
veterinário, porém podem indicar uma ampla variedade de 
etiologias 
Etapas do diagnóstico 
 
ID e IG 
 
Diarreia 
 
 
Intestino Delgado 
• Enterite 
• Síndrome de má absorção 
• Diarreia induzida pela dieta 
 
Enterite 
• Definição: inflamação na mucosa do intestino 
delgado 
• Sinais clínicos: vômito, diarreia, dor abdominal, 
• Diagnóstico: sinais clínicos, ultrassom, endoscopia, 
hemograma 
• Tratamento: A terapêutica em casos de enterite 
depende da sua causa subsequente, existindo 
várias terapêuticas que se podem utilizar desde a 
mudança da dieta, antibioterapia, terapias 
imunossupressoras (anti-inflamatório), entre outras. 
 
Síndrome de má absorção 
• Digestão e absorção incompleta de carboidratos, 
gorduras e proteinas 
• Sinais clínicos: diarreia, anemia, perca de peso 
• Diagnóstico: sinal clínico, ultrassom 
• Tratamento: cianocobalamina (B12) 
40mg/kg/semana + ác. fólico 0,5mg/kg/d 
 
Colite aguda 
• Causas: Staphylococcus sp, Streptococcus sp, 
salmonella sp, e. coli, proteus sp 
• Sinais clínicos: vomito, diarreia, náuseas, dor 
abdominal 
• Diagnóstico: exames laboratoriais (hemograma, 
bioquímica sérica, fezes), ultrassom 
• Tratamento: Sintomático 
 
Colite aguda 
• Colite eosinofílica 
• Colite ulcerativa ou granulomatosa 
• Colie por histoplasmose (Histoplasma capsulatum) 
• Colite por endoparasitos (Trichuris vulpis, bala, 
Balantidium Sp, Entamoeba histolítica) 
 
Colite eosinofílica 
• Autoimune 
• Sinais clínicos: vomito, diarreia, náuseas, dor 
abdominal 
• Diagnóstico: biópsia 
• Tratamento: prednisona 0,5mg/kg BID 10 a 20 
dias + protetor de mucosa 
 
Colite ulcerativa 
• Causa desconhecida 
• Sinais clínicos: diarreia, nauseas 
• Diagnóstico: proctoscopia ou biópsia 
• Tratamento: cloranfenicol 50mg/kg SID 10 dias 
 
Colite por Histoplasmose 
• Histoplasma capsulatum 
• Sinais clínicos: vômito, diarreia 
• Diagnóstico: cultura e biópsia 
• Tratamento: cetoconazol 10 a 20mg/kg SID 
Colite por endoparasitos 
• Trichuris vulpis, balantidium sp, entamoeba 
histolítica 
• Sinais clínicos: diarreia, dor abdominal 
• Diagnóstico: exame de fezes 
• Tratamento: Antiparasitário 
 
Ânus e reto 
Fissura e fistula perianal 
• Sinais clínicos: dor, disquezia, hematoquezia e 
incontinência fecal 
• Predisposição: cães de meia-idade, machos, da raça 
Pastor Alemão (maior frequência) 
• Diagnóstico diferencial: abscedação dos sacos 
adanais, hérnias perianais, neoplasias 
• Tratamento clínico: higienização local (clorexidine), 
• Fármacos sistêmicos: antibioticoterapia e 
imunossupressores (ex: amoxicilina 
associada ao clavulanato de potássio e prednisona/ 
ciclosporina) 
• Utilizar colar elisabetano e, eventualmente, 
substâncias laxativas 
• Tratamento cirúrgico (última opção) 
 
Saculite anal 
• Eritema, edema excreção purulenta acompanhada 
de prurido e lambedura. 
• Compressão da glândula para retirada da secreção 
acumulada 
• Lavagem da área afetada com clorexidina a 2% 
• Tratamento tópico com pomadas à base de anti-
inflamatórios esteroides (betametasona) e 
antibióticos (neomicina ou gentamicina), por 
aproximadamente 10 a 15 dias. 
• a terapia tópica apresenta uma boa resposta, mas, 
em quadros mais graves, pode ser necessário 
associar terapia sistêmica. 
 
Miíases 
• Cochliomia sp 
• Sinais clínicos: Feridas na pele ou em cavidades 
• Diagnóstico: clínico 
• Tratamento: remoção das larvas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Doença traqueia e brônquiosem gatos 
Complexo respiratório 
O complexo respiratório felino, também conhecido como 
“gripe felina”, tem etiologia múltipla. 
Acomete, principalmente, animais jovens, embora gatos de 
qualquer idade que vivam em locais com alta densidade 
populacional, como abrigos e gatis, possam apresentar 
sinais respiratórios. 
 
Patógenos: 
• Herpesvírus (rinotraqueíte): conjuntiva, nasofaringe, 
seios nasais. 
• Calicivírus (Calicivorise): tropismo pelo 
epitélio da orofaringe, língua, cavidade 
nasal e pneumonócitos alveolares. 
 
Sinais clínicos 
• Secreção nasal serosa – mucopurulenta 
• Dispnéia inspiratória, espirro 
• Olhos: conjuntivite, ceratite 
• Cavidade oral: periodontite, gengivite 
• Dor articular.... Cuidados...desidratação, anorexia etc. 
 
Requerimento energético basal 
 
Ex: gato de 4kg 
1,5 (30 X 4) + 70 = 
1,5 (120 + 70) = 
1,5 X 190 = 285 CALORIAS POR DIA 
Tratamento: 
• Fluidoterapia 
• Antibiótico terapia 
o Amoxicilina/clavulanato 20mg/kg/vo/bid 
ou tid 
o Amoxicilina 20mg/kg/bid 
o Ampicilina 11 a 20 mg/kg/vo/tid 
o Azitromicina 5 a 10mg/kg/sid/3dias 
depois a cada 72 horas. 
• Inalação e desobstrução das vias aéreas 
• Cloridato de oximetazolina 0.03% 1 gota/narina/bid 
5 dias 
• Nebulização: solução fisiológica / bid 
• Fármaco mucolítico: acetiscisteína 
(70mg/kg/bid/VO) 
 
Traqueia 
Doenças específicas da traqueia são incomuns em gatos. Ao 
contrário do cão, a traqueíte é raramente diagnosticada e, 
quando ocorre, provavelmente é secundária à infecção viral 
do trato respiratório anterior 
 
Trauma cervical: 
Feridas penetrantes: 
• Sedação do paciente 
• Tricotomia da região acometida 
• Tratamento da ferida contaminada 
• Antibioticoterapia 
• Analgésico 
CAUSAS IATROGÊNICAS de trauma traqueal em gatos 
• Superinsuflação do cuff de tubos traqueais 
colocação imprópria do tubo 
• Não desinsuflação do cuff antes da retirada 
• Lesões traqueais pelo uso de bisturi 
 
O tratamento conservador: 
• repouso em gaiola, suplementação de oxigênio, 
sedativos e monitoramento respiratório. 
• O tratamento cirúrgico é indicado quando há 
dispneia grave 
 
Parasitas traqueais 
A forma adulta do nematóideo Capillaria aerophila pode 
alojar- se sob o epitélio traqueal de gatos, causando tosse 
seca. O diagnóstico pode ser realizado por demonstração de 
ovos nas fezes ou no fluido de lavado traqueobrônquico. 
O febendazol (25 a 50 mg/kg, 2 vezes/dia/10 dias) 
é o tratamento de escolha 
 
NEOPLASIAS TRAQUEAIS 
A neoplasia traqueal é rara em gatos, mas deve ser 
considerada no diagnóstico diferencial de dificuldade 
respiratória envolvendo o trato respiratório anterior. 
As neoplasias mais frequentes incluem linfomas e 
carcinomas. 
 
TRAQUEOBRONQUITE INFECCIOSA 
Muito mais comum em cães. 
• Bordetella bronchiseptica 
Sensível a tetraciclinas, amoxicilina + ácido 
clavulânico. 
 
Asma felina e bronquite crônica 
São as doenças respiratórias mais comuns em gatos. 
Apesar de as manifestações clínicas serem muito similares 
entre as duas doenças, ainda é controverso se a bronquite 
crônica e asma felina são duas condições diferentes ou se 
compartilham a mesma fisiopatologia com diferentes perfis 
inflamatórios (neutrofílico /eosinofílico) São as doenças 
respiratórias mais comuns em gatos. 
 
Asma Felina 
Inflamação das vias aéreas posteriores 
Origem alérgica: hipersensibilidade tipo 1 (IgE) 
Causa broncoconstrição, aumento de permeabilidade 
vascular, hipersecreção de muco e recrutamento de 
eosinófilos para as vias respiratórias 
 
Inflamação de vias respiratórias: origem alérgica (Ácaro, 
granulado, pólens, produtos de limpeza): 
• Hiperreatividade das vias respiratórias/aumento de 
muco/ hipertrofia musculatura lisa 
• Gatos jovens e de meia idade são mais comumente 
afetados 
 
Sinais clínicos 
• Desde tosse até dificuldade respiratória 
grave 
• TOSSE AGUDA: dispneia, cianose, “boca 
aberta” 
• TOSSE CRÔNICA: Tosse recorrente 
Sibilo respiratório 
 
Pelo fato de o coração felino ser mais horizontalizado na 
caixa torácica, dificilmente a cardiomegalia estimulará os 
receptores de tosse da traqueia e brônquios. 
 
 
Diagnóstico 
• Dados adquiridos por meio de exame físico 
• Radiografia torácica 
• Broncoscopia 
• Lavagem broncoalveolar 
• Hemograma 
• Fase de expiração longa 
• Siibilos e crepitação audível à auscultação pulmona, 
tórax com aspecto de “barril” devido ao acúmulo de 
ar 
• Reflexo de tosse positivo à palpação traqueal 
Tratamento 
• Oxigenioterapia 
• Cateter IV 
• Broncodilatador (terbutalina 0,01mgqkg/BID) / 
nebulização com albuterol 
• Prednisolona oral na dose de 1 a 2 mg/kg, 2 
vezes/dia, durante 7 a 10 dias, sendo que a dose 
pode ser gradualmente reduzida em 2 a 3 meses 
 
Bronquite 
A bronquite crônica é uma condição progressiva causada 
por inflamação idiopática das vias respiratórias, que leva a 
produção excessiva de muco e tosse crônica. É clinicamente 
difícil diferenciá-la da asma felina e, portanto, muitas vezes, 
ambas as doenças são referidas como “doença brônquica 
felina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fluidoterapia 
A definição atual para "medicamento" é um remédio ou outra 
substância que tem um efeito fisiológico quando ingerido ou 
de outra forma introduzido no corpo. 
Quando o tipo errado de fluido é usado, na dose errada ou 
por duração inadequada, efeito colaterais prejudiciais e 
potencialmente fatais podem ocorrer. A sobrecarga de 
volume intravascular pode ser tão 
prejudicial quanto a hipovolemia. 
Os fluidos são medicamentos com indicações, 
contraindicações e efeitos colaterais. As três principais 
indicações para prescrever fluidos são: 
1. expansão do volume intravascular 
2. reposição de perdas de fluidos 
3. manutenção das necessidades de água. 
 
Em outras palavras., repor déficit de volume intravascular 
para melhorar a perfusão tecidual. Repor o volume de fluído 
intersticial (desidratação). Manter volume de fluídos e 
eletrólitos em pacientes que não estão consumindo 
quantidades suficientes de fluídos. 
 
A terapia de líquido compreende três fases: 
• reanimação 
• distribuição 
• manutenção 
 
A reposição volêmica com grandes volumes de líquido em 
pequenos intervalos de tempo (15 a 60 min) é indicada nos 
diversos tipos do choque 
Hipovolêmico: Caracterizado por baixo volume intravascular 
ou baixo volume relativo à sua capacitância, o que determina 
hipovolemia absoluta ou relativa. O volume contido no 
compartimento intravascular é inadequado para perfusão 
tecidual. Há diminuição na pré-carga e diminuição do débito 
cardíaco. A resistência vascular sistêmica está tipicamente 
aumentada na tentativa de compensar a diminuição do débito 
cardíaco e manter a perfusão nos órgãos vitais. Exemplos 
incluem desidratação, hemorragia e sequestro de líquidos 
 
Choque cardiogênico 
Acontece quando o coração perde sua capacidade para 
bombear sangue em quantidade adequada para os 
órgãos. 
 
A fase de distribuição ou reidratação é aquela em que o 
líquido se desloca para o meio intravascular e se 
equilibra no meio intracelular. 
O volume de manutenção é a quantidade de líquido para 
manter a homeostase e é indicado para pacientes que não 
têm ingestão hídrica e não apresentam depressão de 
volume, hipotensão ou perdas contínuas. 
A seleção do líquido a ser utilizada é ditada pela necessidade 
de cada paciente, incluindo volume, taxa, frequência e 
composição. 
Alguns fatores devem ser levados em consideração: estado 
do paciente e curso da doença (agudo ou crônico); alterações 
no equilíbrio acidobásico, hidreletrolítico e nas pressões 
hidrostática e/ou oncótica; e, por último, comorbidades 
associadas. 
É importante ressaltar que a expansão volêmica 
desnecessária piora a congestão sistêmica e/ou pulmonar; 
desta maneira, a avaliação volêmica adequada é crucial no 
manejo hemodinâmicodesses pacientes. 
 
Como avaliar hidratação? 
A desidratação pode ser medida comparando-se o 
peso corporal inicial (antes da desidratação) com o peso do 
animal desidratado. Os primeiros e mais importantes sinais 
de desidratação são o ressecamento e o enrugamento 
da pele. 
Em animais desidratados, quanto maior for o grau de 
desidratação, maior será o tempo (em segundos) que a 
pele permanecerá deformada. 
Aprofundamento ou a retração do globo ocular na órbita, 
em virtude da perda de fluido em região periorbital e ocular. 
 
Até 5% 
• ↓ Elasticidade da pele discreta ou sem alteração 
• Enoftalmia ausente ou muito discreta 
• Estado geral sem alteração ou levemente alterado 
• Apetite preservado/sucção geralmente presente 
• Animal alerta e em posição quadrupedal 
 
Entre 6 e 8% 
• ↓ Elasticidade da pele (2 a 4 s) 
• Enoftalmia leve 
• Animal ainda alerta 
 
 
Entre 8 e 10% 
• ↓ Elasticidade da pele (6 a 10 s) 
• Enoftalmia evidente 
• ↓ Reflexos palpebrais 
• ↓ Temperatura das extremidades dos membros, de 
orelhas e focinho 
• Mucosas secas 
• Animal se mantém em posição quadrupedal e/ou 
em decúbito esternal 
• Apatia de intensidade variável 
 
Entre 10 e 12% 
• ↓ Marcante da elasticidade da pele (> 10 s) 
• Enoftalmia intensa 
• Extremidades, orelhas e focinho frios 
• Tônus muscular ↓ ou ausente 
• Mucosas ressecadas 
• Reflexos muito ↓ ou ausentes 
• Decúbito lateral 
• Mais de 12%: esturpor morte 
 
Existem duas causas principais de desidratação: 
1. perda excessiva de líquido promovida 
pela ocorrência de diarreia e/ou vômito 
2. ingestão inadequada de água devido à 
privação ou à diminuição na ingestão de água 
em decorrência de algumas enfermidades 
(impedimento à ingestão por paralisia faríngea ou 
obstrução esofágica) 
 
 
Vias de administração de fluido 
• Oral: sonda nasogástrica, seringa, mamadeira. 
Indicado para pacientes pediátricos. Desidratação 
subclínica. 
• Subcutânea: Desidratação leve. Fluidos hipotônicos. 
Mamadeira. Aplicar de 10 a 12ml/kg por sítio de 
aplicação. De 50 a 100ml em gato 
• Intraóssea 
• Intravenosa 
 
Qual fluido empregar? 
Cristalóides: solutos com e sem eletrólitos que 
penetram em todos os compartimentos corporais 
• solução fisiológica de cloreto de sódio a 0,9% 
• ringer com lactato 
• ringer simples 
• solução glicosada a 5% 
 
Colóides: solução com substâncias de alto peso 
molecular que se mantém exclusivamente no 
plasma. Usados para restaurar a pressão oncótica 
• plasma 
• dextran 
 
Cálculo de volume 
Reidratação 
Volume necessário (mL) = % de desidratação x peso (Kg) x 
10 
Exemplo: Animal de 12kg com 3% de desidratação 
Reidratação: 3 x 12 x 10 = 360mL 
 
 
Manutenção 
• Cão jovem: 60ml/kg/dia 
• Cão adulto: 50ml/kg/dia 
• Cão idoso: 40 ml/kg/dia 
• Gato: 70 ml/kg/dia 
 
Perdas 
• Vomito: 2.5mL/Kg episódio 
• Diarreia: 5mL/Kg episódio 
 
Internou o paciente e calculou a fluidoterapia. Três horas 
depois teve 2 episódios de êmese e 1 de diarréia (Peso 
14kg): 
Êmese: 2,5mL x 14 x 2 = 70 mL 
Diarréia: 5mL x 14 x 1 = 70mL 
*adicionar 140 mL 
 
Equipo: 
• Equipo microgotas: 60 gotas por mL 
• Equipo macrogotas: 20 gotas por mL 
 
Velocidade de administração: 
Depende: 
• Severidade dos sinais 
• Estado geral do paciente 
• Velocidade de perda dos fluidos 
Situações menos urgentes 1/4 a 1/2 do déficit estimado 
nas primeiras 2 a 4 horas, seguido pelo restante calculado 
em 22 a 24 horas" 
Ex: Cão, 14kg, diarreia a 3 dias 
Reidratação: 14 x 10 x 8 = 1120 ml/dia 
Manutenção: 50 x 14= 700 ml/dia 
Perdas: 5 x 14 x 3 = 210 ml/dia 
= 2030 ml/dia : 24 = 84,58 ml/h 
84,58 ml/h : 60= 1,40 ml/min 
 
1,40 x 20 gotas= 28 gotas por min 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palestra Cardio 
O que é hipertensão arterial pulmonar (HAP)? 
Elevação da resistência vascular pré-capilar e/ou pós 
capilar na circulação pulmonar, determinada indiretamente 
por parâmetros ecodopplercardiográficos e aumento 
anormal e persistente na pressão arterial pulmonar sistólica 
(> 25 a 30 mmHg). 
 
Como classificar a HAP? 
HAP pré capilar e pós capilar. 
A HAP pré capilar é decorrente do aumento da resistência 
arteriolar pulmonar, como em casos de fibrose pulmonar, 
doença pulmonar obstrutiva crônica, bronquite, pneumonia. A 
pressão venosa pulmonar se apresenta normal. 
A HAP pós capilar é decorrente do aumento da pressão 
venosa pulmonar. Aumento da pressão venosa pulmonar. 
Como em casos de ICCE, doença valvar mixomatosa mitral, 
miocardite e doenças miocárdicas em geral. 
 
Quais as manifestações clínicas de HAP? 
Cianose, intolerância a exercício, síncope, 
dispneia/taquipneia, insuficiência cardiaca congestiva direita 
(ICCD), pulso jugular 
 
Qual a melhor maneira de diagnosticar? 
Como tratar? 
Raio x, ECG (avaliação de arritmias), Eco (melhor método) 
Para tratamento é principalmente utilizado Sildenafil 
(vasodilatador), Pimobendam (indicado na HAP pós carga), e 
oxigenioterapia em emergências 
Quando iniciar a terapia? 
(pré x pós capilar) 
HAP pré capilar: Clínica ou > 50 mmHg 
HAP pós capilar: sempre tratar! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palestra zoonoses 
Raiva 
O vírus apresenta variantes antigênicas, tendo sido 
encontradas no Brasil: 
• As linhagens genéticas mais comumente 
encontradas no estado de São Paulo, atualmente, 
são as compatíveis com as variantes de Desmodus 
rotundus e de morcegos insetívoros. 
 
Sintomas 
• Sintomas oriundos da variante do morcego 
• Sintomatologia compatível com raiva paralítica; 
• Sintomas neurológicos parecidos com cinomose e 
outras doenças. 
• Podem comportar-se como hospedeiros terminais. 
 
Observação recomendada: 
Animal não observável (protocolo de imunização); 
Acidente com morcego (soro e vacinação) – mesmo que por 
contato; 
Vacinar animais contactantes com morcegos. 
Animal vacinado, não corresponde obrigatoriamente a animal 
imunizado, portanto, acidentes devem sempre ser 
comunicados! 
 
Diagnóstico pós mortem: exame com amostra do encéfalo 
Não há tratamento. Óbito. 
 
Leishmaniose visceral canina 
Brasil 
• Agente etiológico: Leishmania chagasi; 
• Cães desenvolvem geralmente a forma visceral da 
doença. 
 
Vetor: mosquitos da família dos flebotomíneos 
Brasil: Lutzomia longipalpis (mosquito-palha, birigui, tatuquiras) 
 
Transmissão: picada do mosquito 
 
 
Sintomas: perda de peso, poliuria, polidipsia, epistaxe, 
linfoadenomegalia, caquexia, hipertermia, esplenomegalia, 
onicogrifose (crescimento exagerado das unhas), sinais 
dermatológicos 
 
Controle e prevenção: Falta de higiene no ambiente 
propicia a proliferação do mosquito, na sua forma de larva, 
o mosquito palha se alimenta de matéria 
orgânica, como lixo doméstico (restos de comida), frutos 
apodrecidos, folhas de árvores, vegetais em decomposição e 
fezes de animais. 
 
Tratamento: 
pode propiciar uma melhora dos sinais clínicos, 
prognóstico é muito variável; cão continua como 
reservatório; 
Não tratar cães com produtos de uso humano; 
A miltefosina é o princípio ativo do Milteforan, único produto 
autorizado no Brasil para tratamento da Leishmaniose 
Visceral Canina no Brasil, e consta na lista das 
substâncias sujeitas a controle especial. 
A supervisão da comercialização da 
substância é feita pelo Ministério da Agricultura e Pecuária 
(MAPA). 
Notificação obrigatória!!! 
 
Diagnóstico diferencial: tumores cutâneos, granulomas, 
piodermites, pênfigo foliáceo, sarna demodécica, 
dermatopatias alérgicas, dermatopatias endócrinas. 
. 
Brucelose 
Contágio: Mucosa genita, oronasal e conjuntival. Lesões em 
pele, forma venérea, urina, fetos, secreções do aborto, 
sêmem, fômites 
 
Sinais clínicos: Orquite, epididimite, atrofia testicular, 
infertilidade, linfoadenopatia generalizada(machos como nas 
fêmeas), aborto, metrite 
Diagnóstico: isolamento bacteriano do micro-organismo; 
diagnósticos sorológicos variam em sensibilidade e 
especificidade; 
Os dados clínicos e da anamnese devem ser usados em 
associação com a sorologia e bacteriologia para se chegar a 
um diagnóstico definitivo. 
 
Tratamento: tetraciclina (30mg/kg) duas vezes ao dia 
durante 28 dias, e estreptomicina (20mg/kg) uma vez ao 
dia por 14 dias 
 
Controle e Prevenção: 
• Quarentena em canis com diagnóstico confirmado; 
• Animais infectados excluídos da reprodução; 
• Rigorosa higienização nas instalações é procedida 
por meio do emprego de 
desinfetantes à base de hipoclorito de sódio a 
2,5%, cresóis a 5% e fenol a 1%, 
sob exposição de no mínimo uma hora; 
• Todos os machos e fêmeas de canis devem ser 
rotineiramente submetidos a 
exames sorológicos antes do acasalamento; 
• Novos indivíduos devem ficar em quarentena e 
realizando-se dois testes 
laboratoriais específicos, cada um com intervalo de 
quatro a 12 semanas, 
devendo ambos exibir negatividade para haver a 
introdução dos animais nos canis 
 
TOXOPLASMOSE 
Toxoplasma gondii, agente intracelular que parasita, 
praticamente, todos os mamíferos e as aves. 
 
• Felinos são os hospedeiros definitivos; 
• Os oocistos são eliminados pelas suas fezes, e 
esporulam no ambiente, sendo então infectantes, e 
também mais resistentes às condições ambientais; 
• Humanos, demais mamíferos e aves são 
hospedeiros intermediários, nos quais ocorre 
apenas a reprodução assexuada do protozoário, 
sendo encontrado, portanto, na forma de 
bradizoítos ou de taquizoítos. 
 
Transmissão: 
• ingestão de carne crua e/ou mal cozida contendo 
cistos teciduais; 
• ingestão de água e alimentos contaminados pelos 
oocistos provenientes das fezes de felinos; 
• Vertical - que se dá da mãe para o feto durante a 
gestação pela passagem trasplacentária de 
taquizoítos. 
• Nos felinos ocorre a partir da caça de roedores ou 
passeriformes que contenham cistos de 
bradizoítos; 
• ingestão direta de taquizóitos presentes na carne 
crua e/ou mal passada; 
• ingestão de oocistos presentes no ambiente; 
• começam a eliminar os oocistos, após 3 a 5 dias no 
ambiente, com temperatura e condições ideais 
para seu desenvolvimento, é que os oocistos se 
tornam infectantes; 
• eliminação 7 a 15 dias pelas fezes em grande 
quantidade. 
 
Sinais clínicos nos felinos: emese, diarreia, linfoadenopatia, 
Icterícia, uveíte, convulsões; 
 
Diagnóstico: esfregaço de conjuntiva ocular, punção de 
linfonodo e fígado, sorologia pareada com intervalo de 15 
dias entre uma amostra de soro 
e outra, com elevação do título em 4 vezes ou mais, 
determina se animal está infectado; 
Oocistos nas fezes (não recomendado) - a quantidade 
liberada nas fezes pode ser muito pequena e não detectada 
e os oocistos não se diferenciam de outros protozoários. 
 
Tratamento: clindamicina 25 mg/kg – BID – 14 a 30 dias. 
 
Prevenção para casos humanos: 
• incentivar hábitos de higiene 
• não ingestão de carne crua e/ou mal passada; 
• lavagem de frutas e vegetais; 
• manter as caixas de areia dos felinos sempre 
limpas; 
• retirada diária das fezes para se evitar 
esporulação; 
• lavar as mãos após manipulação de carne crua, 
• ingerir apenas leite pasteurizado; 
 
Prevenção nos gatos: 
• evitar que os felinos saiam de casa; 
• controle populacional de gatos errantes (oocistos); 
 
 
Leptospirose 
Mais de 250 sorovares, identificados com base em 
antígenos de superfície, são conhecidos, e cada um deles 
tem um hospedeiro preferencial.; 
Os sorovares predominantes na infecção canina: Canicola, 
Icterohaemorrhagiae (Rattus norvegicus) 
 
Transmissão: 
• contato com urina, 
• transferência placentária, 
mordidas ou ingestão de tecidos infectados, uma 
vez que o micro-organismo penetra as mucosas ou 
pele lesada. 
• A transmissão indireta ocorre com a exposição de 
animais ou humanos susceptíveis a ambientes 
contaminados com urina de animais infectados. 
• Água contaminada é a forma mais comum de 
disseminação, uma vez que ambientes alagados 
favorecem a sua sobrevivência. 
 
Sinais clínicos: associados ao sorovar envolvido. Sorovares 
adaptados à espécie hospedeira, como é o caso do sorovar 
canicola em cães: 
• Ictérica 
• Hemorrágica 
• Urêmia 
• Febre 
• perda de apetite 
• diarréia 
• Falência renal 
Em felinos, apesar de serem mais resistentes, o sorovar 
mais comumente encontrado parece ser o Pomona, embora 
estudos conduzidos na França mostrem prevalência do 
sorovar Canicola. 
Gatos com altos títulos de anticorpos têm tendência a 
desenvolverem doença renal e eliminarem leptospiras. 
 
Alterações laboratoriais: 
Estágio inicial da doença: pode haver leucopenia seguida de 
leucocitose com trombocitopenia, o que pode explicar a 
hemorragia. 
Durante a leptospirose crônica, os parâmetros 
hematológicos são normais, havendo necessidade da 
dosagem de enzimas hepáticas para investigação de 
hepatite crônica. 
 
Diagnóstico: 
• Além de sorologia e cultura bacteriológica; 
• Detecção de anticorpos específicos pelo teste de 
microaglutinação microscópica (MAT), (é o mais 
utilizado por possuir a vantagem de ser 
específico para sorovares (ou ao menos 
sorogrupos), porém não diferencia anticorpos 
resultantes de infecção ou vacinação); 
• imunoensaios como o ELISA; 
• PCR. 
 
Prevenção e controle: 
• Limitar o contato dos animais de estimação com 
animais-reservatório e com água contaminada; 
• Controle de roedores; 
• Retirar vasilhas de água e comida durante a noite 
para evitar a presença de roedores; 
• vacinação canina com (sorovares mais importantes 
para a espécie esta indicada pelo menos 
anualmente, lembrando que a proteção é 
sorovar específica. 
 
Esporotricose 
A Esporotricose é uma doença micótica causada por fungos 
do complexo Sporothrix spp. No Brasil, destaca-se S. 
brasiliensis como agente causador. 
• É uma importante zoonose de distribuição mundial; 
• Ainda não é objeto de vigilância epidemiológica 
nacional; 
• Por não ser uma doença de notificação 
compulsória, a prevalência ainda é desconhecida; 
• É considerada uma doença negligenciada e um 
problema de saúde pública; 
• O desconhecimento sobre a epizootia contribui 
significativamente com a rápida dispersão 
geográfica. 
 
Principal reservatório: Gatos 
Potencial zoonótico caracterizado pela abundância de 
leveduras encontradas em suas lesões e pela proximidade 
com os seres humanos. 
 
Transmissão: 
Ambiental: Através do contato do fungo com pele ou 
mucosa por meio de trauma 
decorrente de acidentes com espinhos, palha ou lascas de 
madeira; contato com vegetais em decomposição. Atividade 
ocupacional de manutenção de solo, como jardinagem, 
carpintaria, agricultura e pecuária. 
 
Direta: Através do ato reprodutivo ou em confrontos entre 
os animais, uma vez que o animal sadio é infectado pelo 
microorganismo presente nas garras do animal doente. 
Através da inoculação traumática do microorganismo em 
feridas (mordedura, arranhadura) ou contato direto com as 
lesões cutâneas dos animais doentes. Médicos veterinários, 
tratadores, tutores e protetores de animais. 
 
Sinais clínicos: 
• Cutânea localizada - Lesões ulceradas, recobertas 
ou não por crostas, nódulos e/ou gomas. 
• Cutânea-linfática - Múltiplos nódulos ulcerados, 
presente em região cefálica, auricular, plano nasal 
e membros torácicos. 
• Sistêmica - Disseminação para outros órgãos, ou 
primariamente sistêmica resultante da inalação de 
esporos, podendo ocasionar comprometimento 
sistêmico fatal. 
 
Tratamento: 
• Itraconazol – 100 mg/animal – SID 
• Avaliar associação com outros medicamentos 
(iodeto de patassio). 
• Considerar efeitos colaterais, condição geral da 
saúde do animal.

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