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SISTEMA RESPIRATÓRIO DE EQUINOS

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Sistema respiratório de equinos
INTRODUÇÃO
Atualmente os equinos são utilizados para fins atléticos, atividades que demandam grande esforço respiratório e por isso, os animais precisam de resistência, preparo físico, coordenação, treinar suas habilidades para determinada função, força, sistema circulatório e respiratório eficientes.
Prevalência de casos respiratórios:
· Hospitais veterinários: entre 6 e 17%
· Haras: entre 10 e 40%
É visto com frequência em haras, mas normalmente em hospitais são casos mais graves.
ENFERMIDADES INFECCIOSSAS E PA-RASITÁRIAS
Bacterianas: Rhodococcus equi, Streptococcus equi, Burkholderia mallei...
Virais: Influenza, Herpesvirus, arterite viral, Rhinovirus, Adenovirus, Hendravirus
Fúngicas: Aspergillus sp
Parasitárias: Parascharis equorum (L2)
ENFERMIDADES CLÍNICAS
· Hemorragia pulmonar induzida por exercício (HPIE)
· Obstrução recorrente das cias aéreas (ORVA)
· Doença inflamatória das vias aéreas (DIVA)
ENFERMIDADES CIRÚRGICAS
· Sinusites
· Empiema (bolsa gututral)
· Hematoma etmoidal
· Hemiplegia laringeana
· Condrite aritenoide
· Desvio dorsal de palato
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Há diferentes maneiras de dividirmos o sistema respiratório:
· Cranial/caudal ou superior/inferior
· Porção condutora/ porção respiratória
*Lembrar que o cavalo só respira pelo nariz.
AFECÇÕES SISTEMA RESPIRATÓRIO CRANIAL
Rinites (inflamação da cavidade nasal): vírus, bactérias, fungos, alérgenos e substâncias irritantes.
Sinusites (inflamação dos seios paranasais): bactérias, traumas e periodontites*.
*Periodontites causam inflamação devido a proximidade da raiz dentária com os seios paranasais.
SINUSITES
CLASSIFICAÇÃO
PRIMÁRIAS
Bacterianas: Streptococcus equi, S. zooepidemicus, Corynebacterium sp, Staphylococcus sp, Pseudomonas sp, Escherichia coli.
Micóticas: Aspergillus sp e Cripotcoccus sp.
SECUNDÁRIAS 
· Doenças periodontais
· Traumas faciais
· Neoplasias
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Descarga nasal purulenta: sem odor (primária) e odor fétido (secundária)
Deformidade facial: acúmulo de secreção em conchas nasais, inflamação, remodelamento tecidual.
Dispneia em graus variados: redução do espaço na cavidade nasala e secreção.
Normalmente unilateral: deve ser avaliado através da percussão dos seios paranasais, aproximadamente 70 a 80% dos casos são unilaterais.
DIAGNÓSTICO
· Sinais clínicos bem característicos
· Percussão dos seios paranasais
· Exames de imagem: endoscopia e raio x
TRATAMENTO
AINEs: fenilbutazona, cetoprofeno ou flunixin meglumine.
Atb: betalactâmicos, sulfa-trimetoprim ou enrofloxacina (realizar cultura e antibio-grama se possível).
Trepanação: drenagem e lavagem abun-dante.
*Trepanação consiste na abertura de um ou mais furos no crânio com intenção, nesse caso, de realizar a lavagem dos seios paranasais e para que o animal possa respirar. É necessário de 15 dias a 1 mês para realizar lavagens e recuperação.
EMPIEMA EM BOLSA GUTURAL
ETIOLOGIA
· Óstio interno da tuba auditiva
· Acúmulo de pus nas bolsas guturais
· Sequela de infecção bacteriana em vias aéreas
· Uni ou bilateral
Aloja importantes estruturas: IX, X e XII pares de nervos cranianos e artéria carótida interna.
MANFESTAÇÕES CLÍNICAS
· Descarga nasal mucopurulenta uni ou bilateral, normalmente sem odor
· Linfadenopatia associada: linfono-dos retrofaríngeos, submandibu-lares e parotídeos bastante reati-vos
· Dor e aumento de volume da região da parótida
· Ruído respiratório
· Disfagia
· Epistaxe
· Febre
DIAGNÓSTICO
· Endoscopia
· Ultrassom 
· Raio x
TRATAMENTO
· Lavagem com soluções antissép-ticas
· AINEs através de inalação
· Tratamento da causa base: lembrar que a doença pode ser secundária a outra infecção no sistema respi-ratório, normalmente do pulmão
STREPTOCOCCUS EQUI
ETIOLOGIA
· Infecção do trato respiratório superior/cranial
· Streptococcus equi (bactéria beta-hemolítica)
· Altamente contagiosa (alta morbidade e baixa mortalidade)
· Fontes de infecção: água, aerossóis, cochos e acessórios
· Mais prevalente entre animais jovens e imunossuprimidos
Sinonímias: adenite equina ou garrotilho.
PATOLOGIA
S. equi alcança o trato respiratório por bocas ou narinas, adere a receptores específicos nos linfonodos, multiplica-se no meio extracelular dando início a quimiotaxia de neutrófilos e gerando pus.
A proteína M impede o reconhecimento pelo sistema imune.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
· Linfadenopatia com marcado aumento de linfonodos retrofarín-geos e submandibulares
· Febre
· Disfagia
· Secreção nasal purulenta
· Abscedação de linfonodos
TRATAMENTO
· Atb: betalactâmicos
· AINEs: flunixin meglumine e ceto-profeno
· Compressas quentes para os abs-cessos
· Lavagem com antissépticos
COMPLICAÇÕES
· Sinusites
· Endocardites
· Pneumonia
· Púrpura hemorrágica 
· Abcessos metastáticos (linfonodos, fígado, baço e rins)
*Casos complicados podem precisar de traqueostomia, pois o cavalo não consegue respirar pela boca.
HEMATOMA ETMOIDAL
· 
ETIOLOGIA
· Massa não neoplásica encapsulada em região de etmoide e seios paranasais
· Composto por: tecido fibroso, casos e sangue
· Unilateral
· Tem origem na submucosa
· Evolução no tecido é progressiva
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
· Epistaxe unilateral recorrente
· Epistaxe após exercício
· Obstrução total ou parcial do fluxo de ar devido a sensibilidade e alta vascularização local
· Assimetria facial
DIAGNÓSTICO
· Sinais clínicos
· Endoscopia
· Raio x dorsoventral
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
· Trauma
· Sinusite
· Micose em bolsa gutural
· Abscessos pulmonares
· HIPE
· Tumores
TRATAMENTO
Cirúrgico: 
· Decúbito lateral + anestesia inala-tória
· Decúbito esternal + anestesia geral
· Dentro do seio frontal
· É feito em casos mais graves e quando onde não é possível realizar tratamento conservativo
· Pode ser feito criocirurgia, mas o risco de hemorragia nos dias subsequentes será maior
· Normalmente deixam compressas cirúrgicas no local da cirurgia para conter hemorragia
· Pós cirúrgico: atb, AINEs, lavagem e retirar compressas de 48-72h após
· Complicações: recidiva e perda de sangue
Sinoscopia – para ablação química:
· Furar o osso em região de seio para injeção de formaldeído 4% dentro da cavidade, atingindo o tecido afetado
· Decúbito esternal ou em estação (vantagem)
· Acesso restrito (desvantagem)
· Endoscopia
· Sedação
· Limitado a massas menores
· Infusões em 3-4 sessões
· Baixo custo
CONDRITE ARITENÓIDE
ETIOLOGIA
· Inflamação progressiva das cartilagens arintenoides
· Obstrução de laringe em graus variados
· Idiopático
DIAGNÓSTICO
· Endoscopia
TRATAMENTO
Aritenoidectomia:
· Parcial: ressecção do processo muscular da cartilagem aritenoide
· Total: ressecção de toda cartilagem aritenoide
Traqueotomia 
· Anestesia geral
· Decúbito dorsal
· Acompanhamento transcirúrgico com endoscopia
COMPLICAÇÕES
· Disfagia
· Dispneia
· Refluxo de água e comida pelo nriz (falsa via)
· Recidivas
· Pneumonia aspirativa
PÓS-OPERATÓRIO
· AINE
· Atb até a remoção do traqueotubo
· Limpeza duas vezes ao dia do traqueotubo
HEMIPLEGIA LARINGEANA
ETIOLOGIA
· Paralisia do nervo laringeano recorrente -> paralisa das cartilagens aritenoides
· Esquerda (mais comum) direita ou bilateral
· Predisposição: animais jovens e raças grandes
PATOGENIA
Atrofia progressiva dos músculos intrínsecos da laringe cricoaritenoide dorsal → perda progressiva da adução e abdução da laringe.
CAUSAS 
· Idiopática
· Injeção perivascular flebites
· Garrotilhos
· Intoxicação por organofosforados
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
· Ruído inspiratório anormal “síndrome do cavalo roncador”
· Intolerância ao exercício
DIAGNÓSTICO
· Presuntivo (“cavalo roncador”)
· Palpação da laringe: atrofia do músculo cricoaritenoideo dorsal
· Endoscopia
· “Slap test”: assistente dá um tapa na tábua do pescoço durante exame endoscópico
CLASSIFICAÇÃO
Grau 1: movimentos sincrônicos
Grau 2: movimento assincrônicos, com abdução total
Grau 3: movimentos assincrônicos. Com diminuição da abdução de um lado
Grau 4: assimetria e inabilidade de abdução
Grau 5: paralisia total
DESLOCAMENTO DORSAL DE PALATO
DEFINIÇÃO
Instabilidadena arquitetura e função relacionados com:
· Disfunção dos músculos palatino e palatofaríngeo, elevador palatino, inervado pelo ramo faríngeo do nervo vago (palato)
· Os músculos hioideos, que são genohideo, esohioideo e esternotrioideo, estão associados ao aparato hioideo e afeta a arquitetura nasofaringeana (faringe)
Fisiológico quando: ocorre durante a deglutição ou tosse.
Em todas as outras condições tais deslocamento dorsal é anormal e induz dispneia (estreitamento das vias aéreas superiores).
SINAIS CLÍNICOS
· Dispneia intermitente
· Intolerância ao exercício
· Baixo rendimento atlético, 
· Produção de ruído expiratório durante o exercício
FATORES PREDISPONENTES
· Respiração com a boca aberta
· Pressão negativa maior na nasofaringe
· Epiglote flácida ou hipoplásica
· Flexão excessiva da cabeça
· Falta de tônus faríngeo associado à falta de condicionamento físico
DIAGNÓSTICO
· Radiografia
· Ultrassonografia
· Endoscopia
Porém, em muitos casos, esses métodos, isolados ou associados, não são eficientes para se chegar a um diagnóstico definitivo endoscopia em exercício.
TRATAMENTO CONSERVATIVO
Amarração da língua: através de uma faixa amarrada no frenulum lingual e presa no aspecto rostral do espaço interdental. Pode ocorrer lesão de língua, mas não é tão frequente.
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Técnicas propostas: entre as quais pode-se citar a estafilectomia (ressecção da borda caudal do palato mole) e palatofringoplastia.
Porém, entre várias já utilizadas a que tem se mostrado mais efetiva é uma combinação de ressecção cirúrgica da borda caudal do palato mole e do músculo erternotireoideio.
RHODOCOCCUS EQUI
ETIOLOGIA
· Doença infecciosa de caráter oportunista
· Considerada a doença mais debilitante na criação de potros
· Acomete primariamente equinos além de animais domésticos, silvestres e humanos (zoonose em potencial)
· Causador de pneumonia grave e muitas vezes fatal em potros (1-6 meses)
AGENTE INFECCIOSO
· Rhdococcous equi: bactéria gram-positiva
· Prescotella equi, Corynebacterium hoagii, Rhodococcus hoagii são outras bactérias que podem ser encontradas
· Eliminação das fezes de diversas espécies inclinando equinos, bovinos, suíno, ovinos, caprinos e cervos
· Multiplicam-se ativamente no ambiente, principalmente solo e material fecal
FATORES PREDISPONENTES
· Ingestão deficiente de colostro pelos potros
· Deficiente remoção de esterno das instalações
· Excesso de poeira
· Proximidade de instalações entre faixas etárias de animais
· Superpopulação de piquetes
· Pastos sujos
· Clima seco
· Altas temperaturas
VIAS DE CONTAMINAÇÃO
· Vias aéreas 
· Sistema digestório
· Umbilical
PATOGENIA
· Depende de muitos fatores
· Higidez do susceptível
· Virulência da linhagem
· Dose infectante
Após a inalação, o microrganismo é fagocitado por neutrófilos e macrófagos alveolares.
Mecanismos de evasão do sistema imune nas linhagens virulentas: cápsula, ácido micólico, enzimas citolíticas e a presença de plasmídeo virulento Vap A.
Após a infecção respiratória e/ou intestinal, R. equi pode promover bacteremia e o estabelecimento de focos supurativos em outros órgãos, incluindo fígado, rins, tecido subcutâneo, osso e articulações.
SINAIS CLÍNICOS
Curso insidioso até o aparecimento dos primeiros sinais clínicos: febre, letargia, inapetência, perda de peso, tosse (produtiva ou não), secreção nasal purulenta (quando presente).
Pneumonia 60%: intolerância ao exercício, respiração abdominal, taquicardia e cianose.
Sinais entéricos (10- 30%): colite ulcerativa e linfadenite mesentérica.
Artropatias 30%: sinovites e artrites imuno–mediadas - mais frequentemente articulação tíbio-társica.
Sinais pouco frequentes: osteomielite, abscessos cutâneos e uveíte imuno–mediada.
DIAGNÓSTICO
· Associação dos achados clínico-epidemiológicos, com apoio dos exames subsidiários citológicos e/ou histopatológicos 
· Hemograma: leucocitose por neutrofilia, monocitose e elevação nos níveis de fibrinogênio
· Radiografia torácica ou ultrassonografia: linfadenopatia ou abcessos 
· Isolamento microbiano de amostras: lavado bronquial ou traqueobrônquico, sangue e órgãos afetados colhidos após a necropsia (pulmão, linfonodos)
· Provas sorológicas: falso–positivas (anticorpos de origem materna) e falso– negativas (animais em início de infecção) 
· PCR: detecção de linhagens virulentas de R. equi, a partir de material obtido de lavados bronquiais
TRATAMENTO
· Antimicrobianos + terapia de suporte 
· Rifampicina: 5mg/kg a cada 12 horas, ou 10mg/kg a cada 24 horas VO 
· Eritromicina: 25mg/kg, a cada 8 horas VO 
· Sulfa e trimetoprim: 30mg/kg a cada 8 ou 12 horas VO
· Azitromicina: 10mg/kg, a cada 24 h, 5D, seguido de 5 doses/ dias alternados 
· Claritromicina: (7,5mg/Kg por via oral, a cada 12 horas)
· Antimicrobianos + terapia de suporte 
· O tratamento é longo (4 a 10 semanas), deve ser continuado até que se normalizem os parâmetros clínicos, laboratoriais e de imagem 
· Efeitos colaterais (alteração da coloração da urina, diarreia, desidratação, anorexia) 
· A interrupção do tratamento por 24h pode ser efetiva no controle da diarreia
PROFILAXIA E CONTROLE
· Ingestão do colostro nas primeiras horas de vida 
· Identificação precoce dos potros infectados (reduzem as taxas de mortalidade e disseminação de linhagens virulentas) 
· Administração de plasma hiperimune (redução de casos graves) 
· A vacinação das éguas em propriedades onde a doença é endêmica (eficácia moderada)
MORMO
DEFINIÇÃO
· Enfermidade infectocontagiosa, aguda ou crônica, causada pela bactéria Burkholderia mallei 
· Acomete principalmente os equídeos, podendo também acometer o homem, os carnívoros e eventualmente os pequenos ruminantes 
· Patógeno intracelular obrigatório 
· Apresenta baixa resistência ambiental
· A principal via de infecção é a via digestiva, mas também pode ocorrer pelas vias respiratórias e cutânea 
· Todos os equídeos, de qualquer idade são suscetíveis, porém a doença acomete principalmente em animais idosos, debilitados e submetidos a estresse 
PATOGENIA 
O agente penetra pela mucosa intestinal, atinge os linfonodos onde fazem proliferação e se espalham para órgãos de eleição via corrente sanguínea. O agente é encontrado nos pulmões, porém pode ser observado também na pele e mucosa nasal.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
· Febre
· Tosse 
· Corrimento nasal 
· O período de incubação pode demorar 3 dias a meses
Forma aguda: edema em região peitoral e óbito em 48 – 72 horas. Na forma aguda da doença a morte por septicemia ocorre em poucos dias, ocorrendo principalmente em asininos (mais susceptíveis).
Forma crônica:
· pode desenvolver-se após semanas ou meses, é caracterizada por três tipos de manifestações clínicas
· podem ocorrer três tipos de manifestações clínicas, nasal, pulmonar e cutânea, porém o mesmo animal pode apresentar simultaneamente sinais distintos 
Forma nasal: se caracteriza por descarga nasal serosa evoluindo para purulenta fluida de coloração amarelo- escura e purulenta-hemorrágica.
Forma pulmonar: manifesta-se por pneumonia lobar com abscedação cavernosa e desenvolvimento de pleurite fibrinosa.
Forma cutânea: apresenta-se com formação de abscessos subcutâneos que ulceram e drenam secreção purulenta e adenopatia, que na face do animal pode apresentar linfonodos e vasos linfáticos superficiais aumentados de volume.
DIAGNÓSTICO
· Muito cuidado e atenção
· Associação dos aspectos clínicos, epidemiológicos, histopatológicos
· Isolamento bacteriano
· Inoculação em animais de laboratório (prova de Strauss)
· Reação imunoalérgica (maleiniza-ção) 
· Testes sorológicos, tais como fixação de complemento (FC), teste da hemaglutinação indireta (IHAT), imunoeletroforese (CIET), teste indireto do anticorpo fluorescente (IFAT) e ELISA
· PCR é uma importante ferramenta no diagnóstico, visto que apresenta alta especificidade
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) recomenda como testes oficiais para diagnóstico e controle do mormo, apenas a realização dos testes de Fixação do Complemento (FC) e maleinização.
TRATAMENTO
O tratamentoé proibido devido à possibilidade de animais tratados se tornarem portadores crônicos do agente.
O MAPA recomenda a eutanásia realizada por profissionais do serviço de Defesa Sanitária. 
PREVENÇÃO E CONTROLE 
No momento, não existe nenhuma vacina animal ou humana eficiente contra a infecção da B. mallei.
PNEUMONIAS
DEFINIÇÃO
Inflamação dos pulmões causada por vírus, bactérias, fungos ou agentes químicos. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
· Intolerância ao exercício 
· Síndrome febre (hipertermia, apatia, inapetência) 
· Tosse 
· Corrimento nasal (cor, odor, lateralidade)
· Epistaxe (sangramento nasal)
EXAME FÍSICO 
· ↑ FC 
· ↑ FR 
· Respiração abdominal
· Auscultação pulmonar: crepitação e/ou sibilo) 
· Roce pleural, dor entre os espaços intercostais, posição antiálgica (acometimento da pleura)
PNEUMONIA VIRAL
Etiologia: Herpes vírus (EHV 1 e EHV 4), Influenza vírus e vírus da Arterite Viral Equina.
Patogenia: destruição das células epiteliais, diminuição do “mecanismo” mucociliar e destruição dos pneumócitos II (surfactante).
Apresentação clínica: 
· Síndrome febre 
· Secreção nasal serosa e ou mucosa 
· Tosse 
· Edema de membros ou linfoadenopatia submandibular
Dignóstico: 
· Sorologia 
· Endoscopia 
· Presuntivo (surtos de gripe)
Tratamento: suporte ou sintomático.
PNEUMONIA BACTERIANA
Etiologia:
Bactérias aeróbias G +: Streptococcus equi, Streptococcus zooepidemicus, Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus aureus. 
Bactérias aeróbias G-: Escherichia coli, Pasteurella sp, Klebsiella sp, Bordetella sp, Pseudomonas sp. 
Bactérias anaeróbias: Bacteroidis fragilis, Bacteroidis melaninogenicus e Clostridium sp.
Eventos predisponentes: infecção viral, anestesia, disfunção da laringe, transporte, HPIE, atividades atléticas.
Apresentação clínica: 
· Febre intermitente 
· Secreção nasal mucopurulenta (odor fétido = anaeróbias) 
· Tosse 
· Intolerância ao exercício 
Exame físico: 
· Aumento de FC e FR 
· Crepitação pulmonar/dispneia 
· Reflexo da tosse positivo
Diagnóstico:
· Hemograma (leucocitose por neutrofilia, hiperfibrinogenemia, aumento do lactato sg) 
· RX torácico (quando possível)
· Ultrassonografia 
· Endoscopia (secreção mucopurulenta na traqueia) 
· Lavado traqueal (cultura e antibiograma)
Tratamento 
· Antibioticoterapia de amplo espectro 
· Anti-inflamatórios não esteroidais 
· Mucolíticos 
· Expectorantes 
· Broncodilatadores 
· Oxigenoterapia
PLEUROPNEUMONIA
Etiologia: 
· Ocorre junto ou como evolução da pneumonia bacteriana 
· Abscedação pulmonar 
· Secundária a um trauma torácico 
· Neoplasia 
· Ruptura de esôfago
Bactérias mais comuns: Streptococcus zooepidemicus, Pasteurella sp, Klebsiella sp, Pseudomonas sp, Bacteroidis fragilis.
Apresentação clínica: 
· Posição antiálgica (cotovelos abduzidos) 
· Roce pleural (deposição de fibrina entre as pleuras) 
· Febre 
· Relutância em caminhar 
· Presença de líquido no tórax ventral 
· Respiração superficial, taquipneia 
· Mucosas toxêmicas
Diagnóstico:
· Sinais clínicos + exame físico
· Ultrassonografia torácica 
· Toracocentese
Tratamento: 
· Antibióticos (β-Lactâmeros, metro-nidazol) 
· AINES 
· Toracocentese 
· Suporte 
Prognóstico: reservado à mau.
Complicações: 
· Laminite 
· Abscedação pulmonar 
· Fístula broncopleural 
· Tromboflebite 
· Colite induzida pelos antibióticos 
· Pneumotórax 
· Organização de massas no mediastino cranial 
· Pericardite

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