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CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com PRINCÍPIOS DE CIÊNCIAS DOS MATERIAIS Lista de Exercícios 1 1) O que você entende por coeficiente de difusão de um determinado elemento em fase sólida? Qual a lei que descreve os regimes de difusão estacionária e não estacionária? O coeficiente de difusão em fase sólida é uma medida da taxa na qual um determinado elemento se difunde através de um sólido, em resposta a um gradiente de concentração. Esse coeficiente é afetado pela temperatura, composição do sólido, tamanho de grão, estrutura cristalina e outras propriedades físicas e químicas do material. A lei que descreve os regimes de difusão estacionária e não estacionária é a Lei de Fick. Essa lei estabelece que a taxa de difusão J é diretamente proporcional ao gradiente de concentração ( dC dx ) - onde C corresponde a concentração do elemento, e ao coeficiente de difusão D. A fórmula para encontrar J em função desses parâmetros é descrita pela Equação 1 abaixo. J = - D× ( dc dx ) Equação 1 O sinal negativo indica que a difusão ocorre do maior para o menor valor de concentração. A Lei de Fick é válida para regimes de difusão estacionária e não estacionária. No regime de difusão não estacionária, a concentração de um determinado elemento em um sólido varia com o tempo, e a Lei de Fick precisa ser resolvida em uma equação diferencial parcial, que pode ter soluções analíticas ou numéricas dependendo das condições de contorno. 2) Defina coeficiente de dilatação térmica linear de um determinado material, mostrando como se pode calcular as variações de comprimento de uma estrutura submetida a variações de temperatura. Dê um exemplo numérico. O coeficiente de dilatação térmica linear é uma medida da variação de comprimento que um material sofre quando é aquecido ou resfriado. Ele é representado pela letra grega α e é definido como a variação percentual no comprimento de um perfil por unidade de variação de temperatura, sendo definido pela Equação 2 abaixo. α = (∆L L0 ⁄ ) ∆T Equação 2 onde ΔL é a variação no comprimento da barra, L0 é o comprimento inicial da barra e ΔT é a variação na temperatura. Portanto, para calcular a variação de comprimento de uma estrutura submetida a variações de temperatura, podemos utilizar a Equação 3 abaixo ∆L = α × L0 × ∆T Equação 3 CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com Onde ΔL é a variação no comprimento da estrutura, L0 é o comprimento inicial da estrutura e ΔT é a variação na temperatura. Por exemplo, se uma barra de aço com comprimento inicial de 1 m é aquecida de 20°C para 120°C e o coeficiente de dilatação térmica linear do aço é de 1,2∙10-5 (°C)-1, a variação no comprimento da barra será: ∆L = [1,2× 10 -5 (°C)-1] × [1 m] × [100 °C]→ ∆L = 0,0012 m Desse modo, o comprimento final da barra será de 1,0012 metros. 3) Sabendo que o cobre apresenta estrutura CFC e raio atômico de 1,278 A, calcule a sua densidade. Obs.: faltou informar a massa atômica na questão. A densidade do cobre pode ser obtida a partir da Equação 4: ρ = n × A Vc × NA Equação 4 onde ρ corresponde a densidade, n ao número de átomos por célula unitária, A é o peso atômico, Vc é o volume da célula unitária e NA é o número de Avogadro. A estrutura cúbica de face centrada se trata de um cubo com 1/8 de átomo/vértice (nvértice = 8) e 1/2 átomo/centro de cada face (nface = 6) (Figura 1) e nenhum átomo inteiro (ninteiro = 0). Figura 1. Estrutura CFC. Portanto o número de átomos por célula unitária é dado pela Equação 5: n = ninteiro + 1 2 × nface+ 1 8 × nvértice Equação 5 Substituindo nvértice, nface e ninteiro: n = 0 + 1 2 × 6 + 1 8 × 8 → n = 4 átomos por célula unitária O volume de uma estrutura cúbica de face centrada pode ser obtido a partir da Equação 6 abaixo. Vc=(2√2 × R) 3 Equação 6 CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com onde R corresponde ao raio atômico. A Equação 6 considera os valores mostrados na Figura 2 abaixo. Figura 2. Parâmetros de rede de estrutura CFC. Substituindo R por 1,278 Ȧ (1,278∙10-8 cm): Vc = (2√2 × [1,278 × 10 -8 cm]) 3 → Vc = 4,72 × 10 -23 cm3 De posse da massa atômica (A) e número de Avogadro (NA) (63,546 g∙mol-1 e 6,023∙1023 mol-1 respectivamente), pode-se substituir, na Equação 4, para encontrar a densidade do cobre: ρ = [4 átomos/célula unitária] × [63,546 g∙mol -1] [4,72 × 10 -23 cm3] × [6,023∙10 23 mol -1 ] → ρ = 8,941 g∙cm-3 CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com 4) Em uma célula unitária simples, represente as direções [111], [222] e [112] e os planos cristalinos (010), (110) e (111). 5) Uma análise de difração de Raios X é feita com comprimento de onda de 0,58 A. São determinadas reflexões segundo os ângulos de 6,450, 9,150 e 13,00. Quais são os espaçamentos interplanares que existem no cristal ensaiado? A lei de Bragg relaciona o espaçamento interplanar d, o comprimento de onda da radiação incidente λ, o ângulo de incidência θ e o número de ordem n da reflexão, conforme a Equação 7 abaixo: n × λ = 2 × d × sen θ Equação 7 Podemos rearranjar a equação para isolar o espaçamento interplanar d (Equação 8): d = n × λ 2 × sen θ Equação 8 Substituindo os valores dados na equação para cada ângulo de reflexão, temos: · Para a reflexão com ângulo de 6,450°: d = [1] × [0,58 Ȧ] 2 × sen [6,450°] → d = 2,581 Ȧ CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com · Para a reflexão com ângulo de 9,150°: d = [1] × [0,58 Ȧ] 2 × sen [9,150°] → d = 1,824 Ȧ · Para a reflexão com ângulo de 13,00: d = [1] × [0,58 Ȧ] 2 × sen [13,00°] → d =1,289 Ȧ CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com PRINCÍPIOS DE CIÊNCIAS DOS MATERIAIS Lista de Exercícios 2 1) Uma força de 100000 N é aplicada a uma barra de ferro de secção retangular, de 10 x 20 mm, com limite de escoamento de 480MPa. Determine se o material deverá se deformar ou não plasticamente. Para determinar se a barra de ferro irá deformar plasticamente ou não, precisamos calcular o valor da tensão que será exercida no material e compará-lo com o limite de escoamento. A tensão de tração σ é dada pela Equação 9 abaixo. σ = F A Equação 9 Onde F é a força aplicada e A é a área da secção transversal da barra. Substituindo os valores dados, temos: σ = [100000 N] [10 mm] × [20 mm] → σ = 500 MPa Comparando esse valor com o limite de escoamento de 480 MPa, podemos concluir que a barra de ferro irá se deformar plasticamente, pois a tensão de tração aplicada é superior ao limite de escoamento do material. 2) Calcule o diâmetro mínimo que deve ter um cabo de aço destinado a suportar 10000 lbs. A tensão limite de escoamento do aço é de 35000 psi. A tensão de tração σ é dada pela Equação 9 acima. Sabendo que a área do cabo é dada pela Equação 10 abaixo A = πר 2 4 Equação 10 onde Ø corresponde ao diâmetro do cabo, tem-se que o diâmetro mínimo do cabo pode ser determinado por: σ = F ( πר 2 4 ) → Ømín =√ 4 × F π × σesc → Ømín = √ 4 × [10000 lbf] π × [35000 psi] → Ømín = 0,603 pol 3) Uma força de 20000N provoca uma deformação de 0,045 cm em uma barra de magnésio com 10 cm de comprimento e secção quadrada de 1cm x 1cm. Calcule o módulo de elasticidade do magnésio. CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com Podemos usar a definição do módulo de elasticidade, que relaciona a tensão σ aplicada a um material com a sua deformação específica ε, a partir da Equação 11 abaixo. E = σ ε Equação 11 onde E é o módulo de elasticidade em [Pa], para σ em [Pa] e ε adimensional. A tensão aplicada é obtida a partir da Equação 9 acima. Como a seção transversal é quadrada e tem 1 cm x 1 cm (0,0001 m2), temos: A = 10-4 m2 Já a deformação é dada pela Equação 12 abaixo. ε = ∆L L Equação 12 onde ΔL é a variação de comprimento [m] e L é o comprimento inicial [m]. Convertendo as unidades, temos ΔL = 4,5∙10-4 m e L = 1,0∙10-1 m. Conhecida a força aplicada (20000 N) e substituindo os valores na Equação 12: E = σ ε = ( F A ) ( ∆L L ) → E = ( 20000 N 10 -4 m2 ) ( 4,5 × 10 -4 m 10 -1 m ) → E = 4,44×10 10 Pa Portanto, o módulo de elasticidade do magnésio é de aproximadamente 44,4 GPa. 4) Calcule o módulo de elasticidade de uma liga de alumínio na qual se tem uma deformação de 0,0035 pol./ pol. sob uma tensão de 35000 psi. Calcule o comprimento final de uma barra de 50 pol. de comprimento inicial quando submetida a uma tensão de 30000 psi. · Para calcular o módulo de elasticidade da liga de alumínio, podemos utilizar a Equação 11. Substituindo os valores dados, temos: E = (35000 psi) (0,0035 pol pol ) → E = 10×10 6 psi · Para calcular o comprimento final da barra, podemos utilizar a Equação 11 isolando a variação de comprimento ΔL: E = σ ε = σ ( ∆L L ) → ∆L = σ × L E = (30000 psi) × (50 pol) (10 × 10 6 psi) → ∆L = 0,15 pol Portanto, o comprimento final da barra será de aproximadamente 50,15 pol. CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com 5) O módulo de elasticidade do Níquel é 29,9.106 psi (seria 29,9∙106 psi?). Determine o comprimento L de uma barra quando uma força de 1550 lbs é imposta a uma barra de dimensões 0,5 pol. x 0,3 pol. de comprimento inicial igual a 36 pol. Devemos aplicar a fórmula do módulo de elasticidade (Equação 11) modificada, conforme abaixo: E = σ ε = ( F A ) ( ∆L L ) → ∆L = ( F A ) × L E → ∆L = ( 1550 lbf 0,5 pol × 0,3 pol ) × 36 pol 29,9 × 10 6 psi ∴ ∆L = 0,012441 pol Portanto, o comprimento final da barra será de aproximadamente 36,0124 pol. 6) Um cabo de aço de 1,25 pol. de diâmetro e 50 pés de comprimento deve erguer uma carga de 20 toneladas. Qual será o comprimento do cabo durante o carregamento? O módulo de elasticidade do aço é de 30.10 6 psi (seria 30∙106 psi?). Devemos aplicar a fórmula do módulo de elasticidade (Equação 11) modificada, com a área da seção do cabo determinada pela Equação 10 conforme abaixo, lembrando que (20 t = 44961,79 lbf) e (50 ft = 600 pol): ∆L = F [ π × Ø2 4 ] × L E → ∆L = (44961,79 lbf) [ π × (1,25 pol)2 4 ] × (600 pol) (30 ×10 6 psi) → ∆L = 0,733 pol = 0,061 ft Portanto, o comprimento final da barra será de aproximadamente, 50,061 ft. CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com PRINCÍPIOS DE CIÊNCIAS DOS MATERIAIS Lista de Exercícios 3 1) Uma barra de aço de 5 mm de diâmetro está submetida a uma carga de 600 kgf, entre duas paredes fixas, não sendo possível nenhum deslocamento entre as mesmas (ver figura). Assumindo que a temperatura inicial é de 80 °C, determine a temperatura mínima a que pode ser resfriada a barra, de modo a que não venha a sofrer deformação permanente. São dados, para o aço: · coeficiente de dilatação térmica (linear): 11,3 x 10-6 °C-1; · módulo de elasticidade: 20000 kgf .mm-2; · tensão limite de escoamento: 42 kgf.mm-2. 𝛿 = 𝛿𝑠 + 𝛿𝑇 𝜎𝐿 𝐸 = 𝐹 × 𝐿 𝐴 × 𝐸 + 𝛼𝐿(Δ𝑇) → Δ𝑇 = 𝐹 𝐴 − 𝜎 𝛼 × 𝐸 ∴ 𝑇𝑓 = 29,4 °𝐶 2) Uma barra cilíndrica de aço, com 15 mm de diâmetro, foi ensaiada sob tração, tendo- se determinado um limite de resistência à tração convencional de 46 kgf.mm-2. Se o diâmetro final da peça foi de 11 mm, determine: a. a ductilidade do material; b. a tensão de ruptura verdadeira. a. A ductilidade pode ser determinada pela redução de área percentual, confome a equação a seguir: 𝑅𝐴(%) = 𝐴0 − 𝐴𝑓 𝐴0 × 100 → 𝑅𝐴(%) = 𝜋Ø0 2 4 − 𝜋Ø𝑓 2 4 𝜋Ø0 2 4 × 100 → 𝑅𝐴(%) = { 𝜋 × (15 [𝑚𝑚])2 4 } − { 𝜋 × (11 [𝑚𝑚])2 4 } { 𝜋 × (15 [𝑚𝑚])2 4 } × 100 → 𝑅𝐴(%) = 46,22% b. Para calcular a tensão de ruptura verdadeira, podemos usar a seguinte fórmula: CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com 𝜎𝑣 = 𝐹 𝐴𝑓 → 𝜎𝑣 = 𝜎𝑢 × 𝐴0 𝐴𝑓 → 𝜎𝑣 = 46 [ 𝑘𝑔𝑓 𝑚𝑚2] × { 𝜋 × (15 [𝑚𝑚])2 4 } { 𝜋 × (11 [𝑚𝑚])2 4 } → 𝜎𝑣 = 85,54 𝑘𝑔𝑓 𝑚𝑚2 3) Em uma estrutura CCC, uma tensão é aplicada ao longo da direção [0 1 0]. Calcule então: a) a tensão cisalhante que atua no plano (1 1 0), na direção [1̅ 1 1] quando uma tensão de 5 kgf.mm-2 é aplicada; b) a tensão limite de escoamento, se o deslizamento ocorre no plano (1 1 0), na direção [1̅ 1 1], para uma tensão cisalhante de 3 kgf.mm-2. Para células unitárias cúbicas, o ângulo entre duas direções (índices 1 e 2) é dado por: 𝜃 = cos−1 [ 𝑢1 × 𝑢2 + 𝑣1 × 𝑣2 + 𝑤1 × 𝑤2 √((𝑢1 2 + 𝑣1 2 + 𝑤1 2) × (𝑢2 2 + 𝑣2 2 + 𝑤2 2)) ] Para ϕ: [u1 v1 w1] = [1 1 0]; [u2 v2 w2] = [0 1 0]; 𝜙 = cos−1 [ 1 × 0 + 1 × 1 + 0 × 0 √((12 + 02 + 02) × (02 + 12 + 02)) ] = 45° Para λ: [u1 v1 w1] = [1̅ 1 1]; [u2 v2 w2] = [0 1 0]; 𝜆 = cos−1 [ −1 × 0 + 1 × 1 + 1 × 0 √((−12 + 12 + 12) × (02 + 12 + 02)) ] = 54,7° Portanto: a) 𝜏𝑅 = 𝜎 × cos𝜙 × cos 𝜆 → 𝜏𝑅 = 5 [ 𝑘𝑔𝑓 𝑚𝑚2] × (cos 45°) × (cos 54,7°) → 𝜏𝑅 = 0 𝑘𝑔𝑓 𝑚𝑚2 b) 𝜎𝑙 = 𝜏𝑡𝑐𝑟𝑐 cos𝜙 × cos𝜆 → 𝜎𝑙 = 3[ 𝑘𝑔𝑓 𝑚𝑚2] cos 90° × cos54,7° → 𝜎𝑙 = ∞ CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com 4) A partir da figura abaixo, determine, aproximadamente, o tempo de ruptura de um componente submetido a uma tensão de 14 kgf.mm-2 a 800 °C. Sabe-se que 1 kgf.mm-2 = 9,8 MPa ≈ 10 MPa. Portanto 14 kgf.mm-2 ≈ 140 MPa. Rebatendo no gráfico, tem-se que: 𝑇 × (20 + log 𝑡𝑟) × 103 = 24 [𝐾 ∙ ℎ] ∴ 𝑡𝑟 = 10 24 (𝑇×103)−20 𝑡𝑟 = 10 24 ((800+273 𝐾)×103)−20 → 𝑡𝑟 ~ 1 ℎ CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com 5) Uma peça de forma cilíndrica, com 15.2 mm de diâmetro, é fabricada com uma liga de alumínio 2014-T6, estando submetida em serviço a uma tensão cíclica axial. Calcule as tensões máximas de tração e de compressão que podem ser impostas de modo a garantir uma vida útil de 1x108 ciclos, considerando uma tensão média de 3,5 kgf. mm-2. Sabe-se que a amplitude de tensão é determinada por: 𝜎𝑎 = 𝜎𝑚á𝑥 − 𝜎𝑚í𝑛 2 E que a tensão média para carregamento cíclico é dada por: 𝜎𝑚 = 𝜎𝑚á𝑥 + 𝜎𝑚í𝑛 2 Do gráfico, para 108 ciclos, tem-se: (140 𝑀𝑃𝑎 × [ 1 𝑘𝑔𝑓 𝑚𝑚2 10 𝑀𝑃𝑎 ]) = 𝜎𝑚á𝑥 − 𝜎𝑚í𝑛 2 Para uma tensão média de 3,5 kgf.mm-2: 3,5 𝑘𝑔𝑓 𝑚𝑚2 = 𝜎𝑚á𝑥 + 𝜎𝑚í𝑛 2 Resolvendo o sistema, tem-se que σmáx = 17,5 kgf.mm-2 e σmín = -10,5 kgf.mm-2. CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com 6) A partir da figura que se segue, faça um gráfico representativo da composição em função da temperatura do sistema e das fases, de composição global 25% Ni, resfriado a partir da temperatura de 1300 °C. Para as temperaturas de 1300°C; 1200°C e 1100°C, tem-se as seguintes quantidades e composições: · 1300 °C: 𝑊𝐿 = 100% · 1200 °C: 𝛼 = 30% 𝑁𝑖; 𝐿 = 20% 𝑁𝑖 𝑊𝛼 = 𝐶0 − 𝐶𝐿 𝐶𝛼 − 𝐶𝐿 = 25 − 20 30 − 20 ∴ 𝑊𝛼 = 0,5 = 50% ∴ 𝑊𝐿 = 50% · 1100 °C: 𝑊𝛼 = 100% CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com PRINCÍPIOS DE CIÊNCIAS DOS MATERIAIS Lista de Exercícios 4 1) Mediante trefilação (trabalho a frio), o diâmetro de uma barra metálica é reduzido de 3,0 mm para 2,5 mm. Responda: a) qual o grau de encruamento sofrido pelo material? b) o que ocorre com a dureza e a ductilidade do material após a trefilação? c) como poderiam ser recuperadas a propriedades que o material apresentava antes da trefilação? a) %𝑇𝐹 = Ø𝑖−Ø𝑓 Ø𝑖 → %𝑇𝐹 = 3 𝑚𝑚−2,5 𝑚𝑚 3 𝑚𝑚 → %𝑇𝐹 = 16,6% b) Após a trefilação, é esperado que a dureza do material aumente devido à deformação a frio. A deformaçãopor trefilação causa um alinhamento das estruturas cristalinas, resultando em maior dureza. Quanto à ductilidade, espera- se que ela diminua após a trefilação, já que o processo de trabalho a frio tende a reduzir a capacidade de deformação plástica do material. c) Para recuperar as propriedades do material antes da trefilação, pode-se realizar um processo de recozimento. O recozimento consiste em aquecer o material a uma temperatura específica por um determinado período de tempo, seguido de um resfriamento controlado. Esse tratamento térmico visa aliviar as tensões internas e restaurar a estrutura cristalina original do material, resultando em uma recuperação da ductilidade e redução da dureza. O processo de recozimento deve ser projetado de acordo com as propriedades do material e as especificações desejadas. 2) O que o corre com uma barra de ferro puro aquecida até a temperatura de 910 °C. Cite três propriedades físicas que podem ser afetadas pela variação de temperatura. · Dilatação térmica: O ferro puro sofre expansão térmica quando aquecido. A variação de temperatura pode causar um aumento no comprimento, área e volume da barra de ferro, devido à dilatação térmica. · Condutividade térmica: A condutividade térmica do ferro puro pode ser influenciada pela temperatura. Geralmente, o aumento da temperatura aumenta a capacidade do ferro puro em conduzir o calor, tornando-o mais eficiente na transferência de energia térmica. · Resistividade elétrica: A resistividade elétrica do ferro puro também pode ser afetada pela variação de temperatura. Em geral, o aumento da temperatura leva a um aumento na resistividade elétrica do ferro puro. Isso ocorre porque o aumento da temperatura aumenta as colisões entre os elétrons livres e os íons positivos na estrutura cristalina do ferro, dificultando o fluxo de corrente elétrica. É importante ressaltar que essas são apenas algumas propriedades físicas que podem ser afetadas pela variação de temperatura no ferro puro. Existem muitas outras propriedades, CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com como densidade, módulo de elasticidade, condutividade magnética, que também podem ser influenciadas pela temperatura. 3) Descreva o processo de resfriamento, a partir de 1000 °C até a temperatura ambiente, de um aço contendo 0.8% de carbono. Qual a microestrutura final obtida no processo? O processo de resfriamento de um aço contendo 0,8% de carbono a partir de 1000 °C até a temperatura ambiente envolve várias etapas e pode resultar em diferentes microestruturas, dependendo do método de resfriamento utilizado. O processo de resfriamento lento, conhecido como resfriamento isotérmico, que leva à formação de uma microestrutura perlítica é detalhado a seguir: · Austenitização: Inicialmente, o aço contendo 0,8% de carbono é aquecido a uma temperatura de 1000 °C para transformar sua microestrutura em austenita, que é a fase estável a essa temperatura. A austenita é uma solução sólida de carbono no ferro, com uma estrutura cristalina cúbica de faces centradas. · Resfriamento até a temperatura de austenitização: Após a austenitização, o aço é resfriado lentamente até a temperatura de austenitização, que é uma temperatura específica na qual ocorre a transformação eutetóide. · Detenção isotérmica: Uma vez atingida a temperatura de austenitização, o aço é mantido a essa temperatura por um período de tempo determinado. Essa detenção isotérmica permite que a austenita se transforme em perlita. · Formação da perlita: Durante a detenção isotérmica, a austenita começa a se decompor em duas fases: ferrita e cementita. A ferrita é uma fase rica em ferro com uma estrutura cristalina cúbica de corpo centrado, enquanto a cementita é uma fase rica em carbono com uma estrutura cristalina ortorrômbica. · Crescimento da perlita: A perlita se forma como resultado do crescimento da ferrita e da cementita em camadas alternadas. À medida que a reação ocorre, as camadas de ferrita e cementita se separam e se expandem gradualmente. · Resfriamento final: Após a detenção isotérmica, o aço é resfriado até a temperatura ambiente em velocidade controlada, garantindo que a transformação da austenita em perlita seja concluída antes de atingir a temperatura ambiente. · Microestrutura final: O resultado final do processo de resfriamento é uma microestrutura perlítica, na qual as camadas de ferrita e cementita estão intercaladas. Essa microestrutura confere ao aço propriedades mecânicas equilibradas, como resistência e tenacidade. É importante notar que o processo de resfriamento lento é apenas um dos métodos possíveis. O resfriamento rápido, como na têmpera, pode levar à formação de martensita, uma microestrutura extremamente dura e frágil. A escolha do método de resfriamento depende das propriedades desejadas para a aplicação específica do aço. CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com 4) Qual o tipo de microestrutura que se observaria ao microscópio em uma amostra de aço (0,2% de carbono) retirada da ferragem de uma estrutura de concreto? Ao microscópio, em uma amostra de aço com 0,2% de carbono retirada da ferragem de uma estrutura de concreto, seria observada uma microestrutura formada por uma mistura de ferrita proeutetoide e perlita. A ferrita é uma fase rica em ferro com uma estrutura cristalina cúbica de corpo centrado, enquanto a perlita consiste em camadas alternadas de ferrita e cementita. 5) As ligas Al-Cu são utilizadas na indústria aeronáutica em função de sua capacidade de envelhecimento. Em que consiste esse processo (explique com base em um diagrama de fases). O que é o processo de super-envelhecimento desses materiais e por que deve ser evitado? O envelhecimento é um processo utilizado nas ligas Al-Cu para melhorar suas propriedades mecânicas, especialmente sua resistência e dureza. Esse processo ocorre devido à formação e crescimento de precipitados dentro da estrutura da liga. O diagrama de fases Al-Cu mostra a solubilidade do cobre (Cu) no alumínio (Al) em função da temperatura. Nesse diagrama, temos duas fases principais: α (solução sólida de Al) e θ (CuAl₂, uma fase intermediária rica em cobre). O processo de envelhecimento ocorre em duas etapas: envelhecimento natural e envelhecimento artificial (também chamado de tratamento de envelhecimento ou têmpera). Envelhecimento natural (envelhecimento por precipitação): após a solidificação da liga Al-Cu, ela é resfriada lentamente à temperatura ambiente. Nesse processo, ocorre o envelhecimento natural, no qual os átomos de cobre se difundem dentro da matriz de alumínio. Com o tempo, ocorre a formação de pequenos precipitados de θ dispersos na matriz α. Esses precipitados conferem maior resistência à liga e melhoram suas propriedades mecânicas. Envelhecimento artificial (tratamento de envelhecimento ou têmpera): para acelerar o processo de envelhecimento e obter as propriedades desejadas, a liga Al-Cu é submetida a um tratamento térmico chamado de envelhecimento artificial. Nesse processo, a liga é aquecida a uma temperatura intermediária entre a temperatura ambiente e a temperatura de solubilização completa do cobre na matriz de alumínio. Nessa temperatura, os átomos de cobre começam a se aglomerar e formar precipitados maiores e mais homogêneos. Esses precipitados aumentam ainda mais a resistência da liga. O tempo de tratamento é controlado para permitir o crescimento e a distribuição adequada dos precipitados. Agora, em relação ao super-envelhecimento, é um processo indesejado que ocorre quando a liga Al-Cu é submetida a um tratamento de envelhecimento excessivo em termos de tempo e/ou temperatura. Isso leva ao crescimento excessivo dos precipitados, o que pode resultar em um aumento na fragilidade da liga. O super-envelhecimento reduz a tenacidade e a ductilidadedo material, tornando-o mais propenso a falhas por fratura. CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com Portanto, o super-envelhecimento deve ser evitado, pois compromete as propriedades mecânicas desejadas nas ligas Al-Cu utilizadas na indústria aeronáutica. É importante controlar adequadamente os parâmetros de tratamento térmico, como temperatura e tempo, para evitar o super-envelhecimento e obter a combinação ideal de resistência e ductilidade. 6) Como é que o processo de encruamento afeta as curvas tensão vs deformação de aços trabalhados a frio? O processo de encruamento, também conhecido como deformação plástica a frio, tem um efeito significativo nas curvas tensão versus deformação de aços trabalhados a frio. Quando um aço é deformado plasticamente a frio, por meio de processos como trefilação, laminação ou conformação a frio, ocorre um rearranjo dos átomos e das discordâncias na estrutura cristalina do material. Esse rearranjo resulta em um aumento na densidade de discordâncias e na formação de novas discordâncias. O encruamento leva a mudanças nas curvas tensão versus deformação devido aos seguintes efeitos: · Aumento da resistência à deformação: O encruamento leva ao aumento da densidade de discordâncias, o que dificulta o movimento das discordâncias durante a deformação. Isso resulta em um aumento na resistência do material à deformação plástica, o que é refletido por um aumento na tensão necessária para promover a deformação. · Aumento da resistência mecânica: O encruamento também contribui para o aumento da resistência mecânica do material. A presença de uma maior densidade de discordâncias dificulta o deslizamento das camadas de átomos e a movimentação das discordâncias, resultando em uma resistência mecânica superior. · Diminuição da ductilidade: Embora o encruamento aumente a resistência do material, ele também diminui sua ductilidade. A formação e o entrelaçamento de discordâncias dificultam a deformação plástica e a capacidade do material de se esticar ou fluir antes da fratura. Isso resulta em uma menor capacidade de deformação e menor elongação na curva tensão versus deformação. Em resumo, o processo de encruamento afeta as curvas tensão versus deformação de aços trabalhados a frio, aumentando a resistência à deformação e a resistência mecânica do material, porém diminuindo sua ductilidade. É importante considerar esses efeitos ao projetar e utilizar componentes ou estruturas feitas de aço trabalhado a frio, uma vez que o encruamento pode influenciar seu desempenho e suas propriedades mecânicas. CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com PRINCÍPIOS DE CIÊNCIAS DOS MATERIAIS Lista de Exercícios 5 1) Explique o que representa a figura abaixo, definindo e interpretando a equação que correlaciona as grandezas representadas. O coeficiente de difusão é uma medida da taxa de difusão de átomos, íons ou moléculas em um material. Ele descreve a capacidade dessas partículas de se moverem e se dispersarem em um dado material. O coeficiente de difusão depende da temperatura, uma vez que a taxa de difusão é influenciada pela energia térmica disponível para as partículas. A relação entre temperatura, coeficiente de difusão e temperatura recíproca é descrita pela equação de Arrhenius, que é uma relação empírica amplamente utilizada na descrição da difusão em materiais. A equação de Arrhenius é dada por: 𝐷 = 𝐷0 × 𝑒(− 𝑄 𝑘×𝑇 ) Onde D é o coeficiente de difusão, D0 é o coeficiente de difusão pré-exponencial (ou coeficiente de difusão a uma temperatura de referência), Q é a energia de ativação para a difusão, k é a constante de Boltzmann 1,380649 x 10-23 J/K, T é a temperatura absoluta (em kelvin). Interpretando o gráfico, podemos observar que à medida que a temperatura aumenta, o coeficiente de difusão também tende a aumentar. Isso ocorre porque a energia térmica disponível para as partículas é maior, facilitando seu movimento e dispersão no material. Além disso, a inclinação das curvas no gráfico pode fornecer informações sobre a energia de ativação para a difusão. Quanto maior a inclinação da curva, maior é a energia de ativação necessária para que a difusão ocorra. Isso implica que o processo de difusão é mais sensível à temperatura nessas condições. CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com 2) Na curva que se segue indique todos os valores característicos que definem o comportamento mecânico do material ensaiado. O comportamento mecânico de um material ensaiado é definido por uma série de valores característicos que descrevem suas propriedades mecânicas. Alguns dos principais valores característicos incluem: · Resistência à tração: É a máxima tensão que o material pode suportar antes de sofrer ruptura. É representada pela sigla "σt" (sigma t) ou "UTS" (Ultimate Tensile Strength). · Limite de escoamento: É a tensão na qual o material começa a apresentar uma deformação plástica significativa (escoamento). É representado pela sigla "σy" (sigma y) ou "YS" (Yield Strength). · Alongamento: É a medida da deformação percentual do material antes da ruptura durante um ensaio de tração. É representado pela sigla "A" ou "EL" (Elongation) e expresso como uma porcentagem. · Tenacidade: É a capacidade do material de absorver energia antes da ruptura. É uma medida combinada da resistência e da ductilidade do material e pode ser representada por várias propriedades, como tenacidade à fratura, tenacidade ao impacto ou energia de fratura. · Módulo de elasticidade: É a medida da rigidez do material, ou seja, sua capacidade de retornar à forma original após a remoção da carga. Também é conhecido como módulo de Young e é representado pela sigla "E". Esses são apenas alguns dos valores característicos que definem o comportamento mecânico de um material ensaiado. CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com 3) A partir do diagrama Pb-Sn abaixo, explique como ocorre o resfriamento de ligas contendo 10%, de Sn. No caso de uma liga Pb-Sn com 10% de estanho, a composição está abaixo da composição eutética. Portanto, durante o resfriamento, a liga solidificará primeiramente como uma única fase α, que é uma solução sólida de estanho em chumbo. A sequência de eventos durante o resfriamento de uma liga Pb-Sn com 10% de estanho é a seguinte: · Inicialmente, a liga está em estado líquido acima da temperatura de solidificação. · À medida que a temperatura diminui abaixo da temperatura de solidificação, a liga começa a solidificar. · A primeira fase sólida a se formar é a fase α, que é uma solução sólida de estanho em chumbo. A fase α se torna predominante à medida que a liga se solidifica. · Conforme o resfriamento prossegue, a liga continua a solidificar, mantendo a estrutura de solução sólida de estanho em chumbo (fase α). · O resfriamento prossegue até atingir a temperatura ambiente, momento em que a liga está completamente solidificada e consiste principalmente na fase α com precipitados dispersos de fase β. CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com 4) Explique como foram obtidos os gráficos indicados na figura abaixo e explique a diferença de comportamento dos diferentes materiais. Dê um exemplo de aplicação das informações obtidas. Os gráficos de energia de impacto por temperatura para aços são obtidos por meio de ensaios de impacto, como o ensaio de impacto Charpy. Nesse ensaio, uma amostra de aço é submetida a um impacto rápido por um martelo pendular. A energia absorvida pela amostra antes de ocorrer a fratura é medida. Os resultados desses ensaios são representados em um gráfico, em que o eixo vertical representa a energia de impacto absorvida pela amostra de aço, geralmente expressa em joules (J), e o eixo horizontal representa a temperatura em graus Celsius (°C).A diferença de comportamento dos aços nos gráficos de energia de impacto por temperatura está relacionada à transição dúctil-frágil. A transição dúctil-frágil é a mudança no comportamento mecânico de um material, em que ele passa de um comportamento dúctil (deformação plástica) para um comportamento frágil (fratura sem deformação plástica significativa) com a diminuição da temperatura. Em relação ao teor de carbono, a presença desse elemento nos aços pode afetar a transição dúctil-frágil. Aços com baixo teor de carbono, como os aços carbono com menos de 0,3% de carbono, tendem a apresentar uma transição dúctil-frágil mais acentuada. Isso significa que esses aços passam de um comportamento dúctil para um comportamento frágil em temperaturas mais baixas. Por outro lado, aços com teores mais elevados de carbono, como os aços carbono de médio e alto carbono, possuem uma transição dúctil-frágil menos pronunciada. Isso significa que esses aços mantêm um comportamento dúctil em uma faixa maior de temperaturas, com menor tendência à fratura frágil em baixas temperaturas. As informações obtidas nos gráficos de energia de impacto por temperatura são importantes para a seleção de materiais em aplicações que requerem resistência ao impacto em diferentes faixas de temperatura. Por exemplo, na indústria automotiva, a seleção de aços com propriedades de tenacidade adequadas em uma ampla faixa de temperaturas é essencial para garantir a segurança dos veículos em casos de colisão. CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com 5) No diagrama de fases que se segue, se destaca uma composição em que é possível ocorrer uma reação de precipitação em fase sólida. Sabendo que o material em questão pode sofrer o processo de super-envelhecimento, explique: · o que ocorre em cada temperatura indicada, em termos de transformação de fase. · como variam a propriedades mecânicas do material com o tempo, à temperatura ambiente. Nesse caso, considerando o diagrama de fases descrito, podemos entender o seguinte: · À temperatura T0 (totalmente na fase alfa), o material está em uma fase única, que é a fase alfa. Nesse ponto, não ocorrem transformações de fase. · À temperatura T2 (fase alfa + beta), o material está em uma região de duas fases coexistentes, a fase alfa e a fase beta. Nesse ponto, pode ocorrer a reação de precipitação em fase sólida, na qual a fase beta se precipita a partir da fase alfa. · À temperatura T1 (temperatura ambiente, fase alfa + beta), o material está em uma condição de equilíbrio termodinâmico em que tanto a fase alfa quanto a fase beta estão presentes. Nesse ponto, a reação de precipitação em fase sólida já pode ter ocorrido. Quanto à variação das propriedades mecânicas do material com o tempo à temperatura ambiente, isso depende do processo de envelhecimento e do possível super- envelhecimento. · Inicialmente, após a reação de precipitação em fase sólida, o material pode apresentar um aumento na dureza e na resistência mecânica, devido à presença das fases precipitadas. Essas fases podem atuar como obstáculos aos movimentos das discordâncias, dificultando a deformação plástica e aumentando a resistência do material. · Com o tempo, à temperatura ambiente, pode ocorrer um processo de envelhecimento natural, em que ocorre a coarsening (crescimento) das partículas precipitadas. Esse processo pode levar à redução gradual das propriedades CÓPIA AUTORIZADA: jhusceccon@gmail.com mecânicas, como dureza e resistência, à medida que as partículas coarsened se tornam menos eficientes em bloquear o movimento das discordâncias. · No entanto, se o material for submetido a uma temperatura elevada por um período prolongado, pode ocorrer o super-envelhecimento. Nesse caso, as partículas precipitadas podem sofrer uma aglomeração significativa, levando a um aumento na dureza e resistência do material. Esse processo ocorre devido à reação de difusão entre as partículas, resultando em uma microestrutura mais refinada e endurecida. Em resumo, o processo de envelhecimento, seja natural ou super-envelhecimento, pode afetar as propriedades mecânicas do material, com a dureza e resistência podendo variar com o tempo à temperatura ambiente. A presença das fases precipitadas influencia o comportamento mecânico do material, afetando sua resistência à deformação plástica e, consequentemente, suas propriedades mecânicas.