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Valores Éticos Básicos 
 
 
1. CONFIABILIDADE 
 
Pessoas éticas são dignas de confiança. Confiabilidade é um valor ético especialmente 
importante porque compreende quatro valores independentes: honestidade, integridade, 
cumprimento de promessas e lealdade. 
 
 
HONESTIDADE 
 
A honestidade é um dos valores éticos mais fundamentais. 
 
Associamos honestidade com pessoas honradas e admiramos e confiamos naquelas que são 
honestas. Honestidade é um conceito mais amplo do que alguns percebem. São duas as 
dimensões da honestidade em comunicação e honestidade de conduta. 
 
Honestidade em comunicação exige a intenção, de boa fé, de ser verossímil, preciso, direto e 
justo em toda comunicação para que as pessoas não sejam enganadas ou logradas. Existem 
três aspectos da honestidade em comunicação: 
 
Verossimilidade - A verossimilidade exclui a falsificação intencional de fatos, intenção ou 
opinião (mentira). Há uma diferença entre verossimilidade e verdade. Pode-se ser verossímil e, 
portanto, ético, mesmo quando o que se diz não é na realidade verdadeiro estar errado é 
diferente de ser mentiroso. O princípio ético de verossimilidade exige apenas a intenção de boa 
fé de contar a verdade. 
 
Sinceridade - A sinceridade exclui todo ato cuja intenção seja criar crenças ou impressões que 
são não verdadeiras ou enganosas, incluindo omissões intencionais, meias verdades e 
declarações fora de contexto. 
 
Franqueza - Em relações que envolvem legítimas expectativas de confiança, a honestidade 
poderá exigir também a franqueza, a obrigação de oferecer, de forma afirmativa, informação 
que a outra pessoa necessita ou quer saber. 
 
Honestidade de conduta proíbe o roubo, a trapaça, a fraude, o subterfúgio e outras formas de 
desonestidade ou embuste para adquirir algo de valor (inclusive dinheiro, emprego, aprovação 
de outros). 
 
 
 
INTEGRIDADE 
 
A integridade é essencial a todas as demais considerações sobre ética. Inclui, mas representa 
mais do que, honestidade. Integridade refere-se ao princípio ético de unidade moral, de 
consistência entre princípio e prática. A integridade exige que tratemos nossas crenças do que 
é certo e errado como as regras base de comportamento e tomada de decisão. Exige que 
"coloquemos nossas ações onde está a nossa boca" e que tomemos decisões consistentes 
com nossos valores, especialmente com nossos valores éticos. Existem dois aspectos da 
integridade: ter princípios e ter coragem moral. 
 
Ter princípios - Integridade implica em elevar princípios sobre conveniente ou o interesse 
próprio e exige consistência entre palavras e ações. 
 
Coragem Moral - A integridade exige que façamos o que é certo mesmo quando provavelmente 
nos custará mais do que queremos pagar e mais do que consideramos justo. Ocasionalmente 
exige que assumamos uma posição, lutemos por nossas crenças, demonstremos a coragem 
de nossas convicções. Devido ao fato de que pressões sociais, econômicas e políticas 
frequentemente tornam difícil fazermos o que é certo, a integridade incorpora a idéia de 
coragem moral e é considerada uma medida fundamental de caráter. 
 
 
 
CUMPRIMENTO DE PROMESSAS 
 
Quando prometemos ou nos comprometemos a algo, de forma a criar uma base legítima para 
que outra pessoa conte conosco para executar certas tarefas, assumimos obrigações morais 
que vão além das obrigações legais. A dimensão ética de cumprimento de promessas impõe a 
responsabilidade de empenhar todo esforço razoável para cumprir nossos compromissos. 
Devido ao fato de que o cumprimento de promessas é um aspecto tão importante da 
confiabilidade, é importante: 
 
Evitar desculpas de má fé - pessoas honradas interpretam seus contratos e outros 
compromissos de uma maneira justa e razoável e não de forma a permitir desculpar o não 
cumprimento ou a criar justificativas para se evitar compromissos. 
 
Evitar compromissos imprudentes - ser cauteloso ao assumir compromissos que criam 
obrigações éticas. Antes de prometer algo, considere cuidadosamente se você está disposto e 
capaz de manter a promessa. Pense sobre eventos desconhecidos ou futuros que poderiam 
tornar difícil, indesejável ou impossível seu cumprimento. Às vezes, somente podemos 
prometer fazer o melhor possível. 
 
Evitar compromissos obscuros - já que outros esperarão que você cumpra aquilo que eles 
acreditam que você prometeu fazer, tenha certeza de que quando você promete algo, a outra 
pessoa entende a que você está se comprometendo. 
 
 
 
LEALDADE 
 
A lealdade acarreta uma responsabilidade moral especial de promover e proteger os interesses 
de certas pessoas ou organizações. Essa obrigação vai além da obrigação normal de se 
preocupar com os outros. As obrigações éticas envolvidas em lealdade surgem das relações 
que criam uma expectativa de aliança, fidelidade e devoção. Assim, esperamos que cônjuges, 
familiares e amigos tomem medidas extras para nos proteger e ajudar. A relação empregador-
empregado também gera obrigações mútuas de lealdade. Finalmente, ser parte de qualquer 
grupo, região ou governo pode gerar exigências de lealdade. Por exemplo, pessoas falam em 
ser leais a suas escolas, a seus bairros, aos clubes aos quais pertencem, a partidos políticos, a 
grupos regionais de interesse, e, é claro, a lealdade máxima - patriotismo em relação a seu 
país. 
 
As limitações da Lealdade - Não é incomum amigos, empregadores, colegas e outros que 
detém lealdade demandarem que seus interesses sejam colocados em um plano tão elevado 
que outros valores éticos ficam subordinados. Lealdade, no entanto, é um conceito recíproco e 
ninguém tem o direito de pedir a outro para sacrificar seus princípios éticos em nome de uma 
relação especial. Na realidade, abre-se mão da lealdade quando coloca-se um preço tão 
elevado nessa relação. Assim, o valor ético da lealdade não justifica a violação de outros 
valores éticos tais como integridade, justiça e honestidade. 
 
Priorizando Lealdades - Devido ao fato de que tantos indivíduos e grupos exigem nossa 
lealdade, frequentemente é impossível honrar todos simultaneamente. Consequentemente, 
normalmente temos que estabelecer uma graduação de nossas obrigações de lealdade de 
uma forma racional. Em nossas vidas particulares, a maioria das pessoas esperam que 
coloquemos o mais elevado grau de lealdade com nossas relações familiares. Assim, 
provavelmente não seria considerado não-ético quando decidimos empenhar esforços 
especiais para cuidarmos de nossos filhos, pais e cônjuges mesmo se, para fazê-lo, temos que 
subordinar nossas obrigações para com membros de um clube ou até colegas de trabalho. 
 
Resguardando Informação Confidencial - A obrigação de lealdade nos exige manter segredos 
que são compartilhados na base de confiança, ou de outra forma proteger informação 
aprendida durante e como resultado, de uma relação de confiança. 
 
Evitando Conflitos de Interesse - Empregados e funcionários públicos têm uma 
responsabilidade adicional de lealdade, que é tomar decisão profissional com base nos méritos 
da questão, sem o empecilho de interesses pessoais. 
 
 
 
2. RESPEITO 
 
O valor ético de respeito é fundamental. Ele impõe uma obrigação moral de tratar todos com 
respeito. Isso implica em reconhecer e honrar o direito de cada pessoa, a autonomia e 
autodeterminação, privacidade e dignidade. 
 
 
AUTONOMIA 
 
Uma pessoa ética exerce autoridade pessoal, oficial e administrativa de tal forma a fornecer a 
outros a informação de que necessitam para tomarem decisões a respeito de suas próprias 
vidas. 
 
 
CORTESIA, CIVILIDADE E DECÊNCIA 
 
Uma pessoa ética trata outros com consideração, conformando com noções aceitas de gosto e 
decôro, nunca apelando para a intimidação, coerção ou violência. 
 
 
TOLERÂNCIA E ACEITAÇÃO 
 
Tolerando as crenças de terceiros e aceitando diferenças individuais sem preconceito. 
 
 
 
 
3. RESPONSABILIDADE 
 
Pessoas éticas são responsáveis, um conceito ético incorpora três valores distintos: prestação 
de contas, auto-controlee a busca de excelência. 
 
 
PRESTAÇÃO DE CONTAS 
 
Pessoas éticas aceitam a responsabilidade por suas decisões. A observação de Edmund Burke 
de que "Tudo que é necessário para que o mal triunfe é que homens de bem nada façam", nos 
lembra da obrigação de agir, além de evitar atos impróprios. Uma pessoa responsável não 
procura transferir a culpa para outros ou buscar crédito pelo trabalho de terceiros. Além do 
mais, uma pessoa responsável considera as possíveis consequências antecipadamente e 
aceita responsabilidade pessoal para as consequências previsíveis de suas ações ou falta de 
ação. Elas também lideram através do exemplo. Busca de Excelência 
 
A busca de excelência tem uma dimensão ética, especialmente quando outros dependem de 
nosso conhecimento, habilidade ou disposição para executar tarefas de forma efetiva. 
 
Assiduidade - Não é contra a ética, especialmente quando outros dependem de nosso 
conhecimento, habilidade ou disposição para executar tarefas de forma efetiva. 
 
Fazer o Melhor Possível - Mesmo quando há escassez de tempo ou recursos para executar 
uma tarefa tão bem quanto possível, pessoas éticas buscam excelência e fazem o melhor 
possível com os recursos de que dispõem. 
 
Perseverança - Pessoas éticas trabalham com dedicação e demonstram compromisso ao 
terminar aquilo que iniciam e ao perseverarem para sobrepor e, não se submeterem a 
obstáculos. 
 
Bons Hábitos de Trabalho - A busca de excelência implica em bons hábitos de trabalho, 
inclusive a obrigação de executar um dia de trabalho em troca do pagamento de um dia. 
 
Constante Melhora - Pessoas éticas constantemente procuraram e oferecem meios de fazer as 
coisas de forma melhor. Elas estão comprometidas com qualidade total e buscam desenvolver 
seus conhecimentos, habilidades e julgamento em relação à execução de suas obrigações. 
 
Auto-controle - Responsabilidade inclui a qualidade de autocontrole e a disposição, de livre 
vontade, de postergar gratificação. Pessoas éticas não assumem posturas de ganhar-a-
qualquer-custo por que, se você não está disposto a perder, você tem que estar disposto a 
fazer qualquer coisa para ganhar, mesmo se não for ético. Pessoas éticas mantêm sua auto-
disciplina e auto-controle, tomando decisões que consideram e promovem interesses de longo 
prazo. 
 
 
 
 
4. JUSTIÇA E IMPARCIALIDADE 
 
Outro valor ético fundamental é a imparcialidade. O conceito incorpora as noções de justiça, 
equidade, processo legal, franqueza e coerência. A imparcialidade é um dos valores éticos 
mais difíceis de definir claramente, pois, na maioria dos casos, as partes envolvidas com 
interesses conflitantes discordam fortemente sobre o que é justo. Apesar de alguns resultados 
serem claramente injustos, raramente há um único resultado justo. Assim, "justiça" 
frequentemente se refere a uma gama de resultados moralmente justificáveis e não à 
descoberta da única resposta justa. Imparcialidade Processual 
 
Na busca do valor ético de justiça, processo é vital. Uma pessoa justa escrupulosamente 
emprega processos abertos e imparciais para obter e avaliar informação necessária à tomada 
de decisões. Decisões somente devem ser tomadas com base em critérios apropriados após a 
avaliação objetiva de toda informação relevante. Imparcialidade processual inclui o exercício de 
autoridade com uma mente aberta e disposição para procurar e considerar informação 
relevante e perspectivas conflitantes. 
 
 
IMPARCIALIDADE 
 
Geralmente, decisões devem ser tomadas com imparcialidade e objetividade, baseado em 
padrões constantes e apropriados e evitando favoritismo ou preconceito. 
 
 
EQUIDADE 
 
Pessoas éticas demonstram um compromisso com a justiça, com o tratamento equitativo dos 
indivíduos, e uma apreciação de diversidade cultural. Justiça exige que um indivíduo ou 
empresa de livre vontade, corrija erros ou impropriedades pessoais ou institucionais. Exige que 
recusemos a aproveitarmos de forma injusta dos erros ou ignorância de terceiros. 
 
 
 
 
 
5. ZELO 
 
O cerne de muitos dos valores éticos é zelo pelo interesse de terceiros. Pessoas que são 
totalmente centradas em si tendem a tratar outros como simples instrumentos para seus 
próprios fins e raramente sentem obrigação de serem honestos, leais, justos ou respeitosos. 
 
 
AS PARTES INTERESSADAS E A REGRA DE OURO 
 
Decisões éticas sempre levam em consideração o efeito provável da decisão sobre terceiros. A 
Regra de Ouro - faça aos outros o que gostaria que eles fizessem com você - traduz o valor 
geral de zelo e preocupação em um padrão operacional cuja intenção é estimular as pessoas a 
procurar maximizar os benefícios e minimizar os danos para terceiros. A pessoa preocupada 
em ser ética tem a obrigação moral de considerar as implicações éticas de toda decisão, 
considerando seus possíveis efeitos sobre terceiros. Cada pessoa, grupo ou instituição que 
provavelmente será afetada por uma decisão é uma parte interessada com uma pretensão 
moral sobre o tomador de decisão. Como descreveremos adiante, tomadores de decisão 
éticos, sistematicamente consideram, como suas escolhas irão afetar as partes interessadas. 
 
 
 
6. VIRTUDE CÍVICA E CIDADANIA 
 
Uma pessoa ética reconhece uma obrigação cívica que vai além dos interesses próprios, 
demonstrando uma consciência social e reconhecendo as obrigações de contribuir para o bem 
público geral. Cidadania responsável incorpora serviço comunitário e ''fazer a sua parte". 
Virtude cívica e cidadania incorporam tanto obrigações quanto virtudes éticas. As obrigações 
cívicas incluem votar, fazer parte de juri, informar sobre crimes, depor como testemunha, pagar 
impostos, proteger o meio-ambiente através de ações pessoais que conservam recursos e 
minimizam desperdício e poluição. Virtudes cívicas enfatizam contribuições sociais desejáveis 
ao bem público através de coisas tais como se candidatar a cargos, aceitar nomeações, 
trabalhar para candidatos ou questões, e, dar tempo e dinheiro para caridade. 
 
 
COMPETÊNCIA ÉTICA 
 
Notar questões e estar comprometido em agir de forma ética nem sempre são o suficiente. Em 
situações complexas, raciocínio e habilidades na resolução de problemas também são 
necessários. 
 
Avaliação - A capacidade de coletar e avaliar fatos relevantes e saber quando parar e como 
tomar uma decisão prudente com base em fatos incompletos e ambíguos. 
 
Criatividade - A capacidade de desenvolver meios alternativos para realizar metas de forma a 
evitar ou minimizar problemas éticos. 
 
Previsão - A capacidade de prever consequências em potencial de uma conduta e de avaliar a 
probabilidade ou risco, que pessoas serão beneficiadas ou prejudicadas pelo ato.

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