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1 FUNDAMENTAÇÃO TEORIA E LEGISLAÇÃO 2 FUNÇÃO SOCIAL DO ENSINO FUNDAMENTAL E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 6 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ESCOLAR 8 O PAPEL DA LINGUAGEM, DA ARTE, DO BRINCAR E DO MOVIMENTO NOS PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM DA CRIANÇA. 12 O CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DO ENSINO FUNDAMENTAL, SUA ESTRUTURAÇÃO E ORGANIZAÇÃO 14 LEI FEDERAL Nº 8.069/1990 E SUAS ALTERAÇÕES ECA 16 CFB/88 - (DO ART. 205 AO 214) 19 POLÍTICA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL 22 LEI Nº 11.494, DE 20 DE JUNHO DE 2007 - FUNDEB 23 LEI FEDERAL Nº 11.114/2005 26 DECRETO Nº 5.154 DE 23 DE JULHO DE 2004 – DIRETRIZES E BASES 27 3 FUNÇÃO SOCIAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL E AS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO TÓPICO 1. FUNÇÃO SOCIAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL: EDUCAR E CUIDAR, AÇÕES INDISSOCIÁVEIS A FORMAÇÃO DA CRIANÇA NA CRECHE E PRÉ ESCOLA. "Nas últimas décadas, vem se consolidando, na Educação Infantil, a concepção que vincula educar e cuidar, entendendo o cuidado como algo indissociável do processo educativo. Nesse contexto, as creches e pré-escolas, ao acolher as vivências e os conhecimentos construídos pelas crianças no ambiente da família e no contexto de sua comunidade, e articulá-los em suas propostas pedagógicas, têm o objetivo de ampliar o universo de experiências, conhecimentos e habilidades dessas crianças, diversificando e consolidando novas aprendizagens, atuando de maneira complementar à educação familiar – especialmente quando se trata da educação dos bebês e das crianças bem pequenas, que envolve aprendizagens muito próximas aos dois contextos (familiar e escolar), como a socialização, a autonomia e a comunicação. Nessa direção, e para potencializar as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças, a prática do diálogo e o compartilhamento de responsabilidades entre a instituição de Educação Infantil e a família são essenciais. Além disso, a instituição precisa conhecer e trabalhar com as culturas plurais, dialogando com a riqueza/diversidade cultural das famílias e da comunidade." (BNCC, 2018, p. 36). As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI) já estabeleciam que cuidar e educar não eram dimensões separadas, mas sim, duas faces de uma experiência única. A BNCC valida e reforça esse conceito de que as ações de cuidado estão plenamente integradas com as ações de conhecer e explorar o mundo, criando campo propício para a sistematização dos conhecimentos, que acontece na etapa posterior do Ensino Fundamental. 4 Assim, quando o professor estimula e apoia a criança a se sentar e a comer com outros colegas à mesa, por exemplo, proporciona à criança a chance de aprender sobre cuidados com o próprio corpo – à medida que ela vai construindo hábitos alimentares – e também propõe o aprendizado sobre os alimentos mais presentes na mesa daquela comunidade da qual a escola faz parte. As crianças também aprendem a criar noção de rotina, que pode ser organizada e dividida por horários de refeição. Além disso, é nesse momento que os meninos e meninas da creche têm mais uma situação propícia para a interação e para o fortalecimento de vínculos. TÓPICO 2. AS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO E APRENDIZAGEM, DE ACORDO COM PIAGET, VYGOTSKY E WALLON. JEAN PIAGET Favoreceu a atividade mental do aluno. Piaget foi um dos teóricos mais influentes na educação, chegando se tornar sinônimo de Pedagogia. Embora nunca tenha atuado como pedagogo, e nem possui um método próprio, ele dedicou sua vida a observação científica rigorosa da aquisição do conhecimento pela criança. Ele criou um campo de investigação que chamou de epistemologia genética, teoria que foi centrada no desenvolvimento natural da criança. Segundo Piaget, o pensamento infantil passa por quatro estágios de desenvolvimento, são eles: fase sensório-motora: nascimento até cerca de 2 anos, fase pré-operacional: de 2 a 7 anos, estágio operacional concreto: 7 a 11 anos e estágio operacional formal: 11 anos ou mais. Indicação de livro: A psicologia da criança, Paulo Jean Piaget, Bertrand Brasil, 1990. ANOTAÇÕES ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ 5 LEV VYGOTSKY A experiência relação homem e mundo. Vygotsky morreu de forma prematura a mais de 70 anos, porém, suas obras ainda continuam em debate em diversos países até os dias atuais. Ele atribuía um papel importante as relações sociais e ao desenvolvimento intelectual, por isso a corrente pedagógica que teve origem pelo seu pensamento ficou conhecida como sócio- construtivista ou sócio-interacionismo. O pensador da ênfase ao social e ao interpessoal, em oposição a Jean Piaget que atribui o conhecimento a processos internos. Embora discordassem, suas obras normalmente complementam uma a outra, formando novos métodos de ensino. Segundo Vygotsky o aprendizado decorre da compreensão do homem como um ser que se forma em contato com a sociedade, ou seja, “na ausência do outro, o homem não se constrói homem”, segundo ele. Indicação de livro: Pensamento e linguagem, Lev Vygotsky, Editora Martins Fontes, 1991 HENRI WALLON O processo de evolução individual. Wallon defende o processo de evolução do indivíduo que depende da capacidade biológica em conjunto com o meio ambiente, afetando de alguma forma seu desenvolvimento. Ao nascer, segundo Henri, a pessoa nasce com um aparelho fonador em ótimas condições, mas só vai atingir o desenvolvimento, quando estiver em um ambiente que o estimule a aprender. Wallon, assim como Piaget, divide o desenvolvimento da criança em cinco etapas, sendo elas: impulsivo-emocional; sensório-motor e projetivo; personalismo; categorial; e puberdade e adolescência. Ao longo do processo de desenvolvimento, a afetividade e a inteligência se alternam, embora não sejam funções exteriores uma a outra, ao reaparecer como atividade dominante, uma incorpora as conquistas da outra. Indicação de livro: Uma concepção dialética do desenvolvimento infantil, Henri Wallon, Editora Vozes, 2011 ANOTAÇÕES ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ 6 Função social do ensino fundamental e Educação de Jovens e Adultos TÓPICO 3. FUNÇÃO SOCIAL DO ENSINO FUNDAMENTAL: 1º AO 5º ANO E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS. SOBRE O ENSINO FUNDAMENTAL: • O Ensino Fundamental, com nove anos de duração, é a etapa mais longa da Educação Básica, atendendo estudantes entre 6 e 14 anos. Há, portanto, crianças e adolescentes que, ao longo desse período, passam por uma série de mudanças relacionadas a aspectos físicos, cognitivos, afetivos, sociais, emocionais, entre outros. • Como já indicado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos (Resolução CNE/CEB nº 7/2010)28, essas mudanças impõem desafios à elaboração de currículos para essa etapa de escolarização, de modo a superar as rupturas que ocorrem na passagem não somente entre as etapas da Educação Básica, mas também entre as duas fases do Ensino Fundamental: Anos Iniciais e Anos Finais. A BNCC do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, ao valorizar as situações lúdicas de aprendizagem, aponta para a necessária articulação com as experiências vivenciadas na Educação Infantil. Tal articulação precisa prever tanto a progressiva sistematização dessas experiências quanto o desenvolvimento,pelos alunos, de novas formas de relação com o mundo, novas possibilidades de ler e formular hipóteses sobre os fenômenos, de testá-las, de refutá-las, de elaborar conclusões, em uma atitude ativa na construção de conhecimentos. Nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, a ação pedagógica deve ter como foco a alfabetização, a fim de garantir amplas oportunidades para que os alunos se apropriem do sistema de escrita alfabética de modo articulado ao desenvolvimento de outras habilidades de leitura e de escrita e ao seu envolvimento em práticas diversificadas de letramentos. Como aponta o Parecer CNE/CEB nº 11/201029, “os 7 conteúdos dos diversos componentes curriculares [...], ao descortinarem às crianças o conhecimento do mundo por meio de novos olhares, lhes oferecem oportunidades de exercitar a leitura e a escrita de um modo mais significativo” (BRASIL, 2010). SOBRE A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: A visão de mundo de uma pessoa que retorna aos estudos depois de adulta, após um tempo afastada da escola, ou mesmo daquela que inicia sua trajetória escolar nessa fase da vida, é bastante peculiar. Protagonistas de histórias reais e ricos em experiências vividas, os alunos jovens e adultos configuram tipos humanos diversos. São homens e mulheres que chegam à escola com crenças e valores já constituídos. Nas cidades, as escolas para jovens e adultos recebem alunos e alunas com traços de vida, origens, idades, vivências profissionais, históricos escolares, ritmos de aprendizagem e estruturas de pensamento completamente variados. A cada realidade corresponde um tipo de aluno e não poderia ser de outra forma, são pessoas que vivem no mundo adulto do trabalho, com responsabilidades sociais e familiares, com valores éticos e morais formados a partir da experiência, do ambiente e da realidade cultural em que estão inseridos. Neusa, uma aluna de EJA, descreve bem esse quadro: • “Na primeira semana de aula, eu estava muito assustada, não entendia nada, tudo era diferente. Cheguei até a pensar em desistir, mas criei coragem e continuei, e hoje estou muito feliz” PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE A EJA: Na sua experiência, trabalhando com jovens e adultos, que motivos têm os alunos para chegar à escola? E para deixar? Você já perguntou aos seus alunos o que eles procuram na escola? O que representa para eles a retomada da escolarização? Que dificuldades encontram, dentro e fora da escola, para concluir seus estudos? Que maneira você atua no sentido de proporcionar um acolhimento a esses alunos, em sua chegada à escola? Que trabalho a escola de EJA precisa fazer para que os alunos nela permaneçam e concluam seus estudos? 8 Organização do trabalho escolar TÓPICO 4. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ESCOLAR: DIAGNÓSTICO, PLANEJAMENTO, PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, AVALIAÇÃO E SEUS DIFERENTES PROCESSOS ( AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL E A AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ESCOLAR). 1. Planejamento escolar estratégico Este tipo de planejamento escolar está ligado diretamente a metas, quantificação e qualificação. 2. Planejamento escolar participativo Neste planejamento escolar, a democracia é a palavra chave. Aqui, todos participam: coordenadores, diretor(es), docentes e alunos. Todos podem e devem contribuir para construírem juntos um planejamento escolar participativo. NO PLANEJAMENTO: • 1. Estabeleça metas concretas • 2. Estabeleça metas possíveis de medir • 3. Estabeleça metas com datas previstas PLANO DE AULA: • O plano de aula é um documento elaborado pelo professor para definir o tema da aula, seu objetivo, o que exatamente será ensinado, a metodologia a ser utilizada e a avaliação a ser aplicada para analisar a assimilação do que foi ensinado, dentre outras coisas. • O professor deve elaborar seus planos de aula considerando as dez competências gerais da Educação Básica definidas na BNCC - Base Nacional Comum Curricular. COMO MONTAR UM PLANO DE AULA: 1. Reflita sobre o público-alvo; 2. Escolha o tema da aula; 3. Defina o conteúdo a ser abordado; 4. Defina a habilidade a ser desenvolvida pelos alunos; 9 5. Defina o objetivo a ser alcançado; 6. Decida a duração da aula; 7. Selecione os recursos didáticos; 8. Defina a metodologia a ser utilizada; 9. Escolha como avaliar o aprendizado dos alunos; 10. Informe as referências utilizadas SOBRE O PPP • O Projeto Político-Pedagógico é um mecanismo eficiente e capaz de proporcionar a escola condições de se planejar, buscar meios, e reunir pessoas e recursos para a efetivação desse projeto. Por isso é necessário a envolvimento das pessoas na sua construção e execução. • É através dos princípios democráticos apontados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996 que podemos encontrar o aporte legal da escola na elaboração da sua proposta pedagógica. De acordo com os artigos 12, 13 e 14 da LDB, a escola tem autonomia para elaborar e executar sua proposta pedagógica, porém, deve contar com a participação dos profissionais da educação e dos conselhos ou equivalentes na sua elaboração. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL A avaliação institucional escolar é uma ferramenta que auxilia as instituições de ensino a realizarem um diagnóstico real das escolas. Toda a comunidade escolar pode participar desse processo, desde os estudantes e famílias, até os professores e demais colaboradores da escola. Por isso, a avaliação institucional é democrática e colaborativa. A avaliação pode ser aplicada a cada seis meses, uma vez por ano, ou de acordo com o período mais adequado à realidade da escola. • O processo avaliativo é composto por perguntas quantitativas referentes a diversos aspectos da instituição de ensino, tais como: • Infraestrutura física; • Infraestrutura tecnológica; • Metodologia pedagógica; • Corpo docente; • Responsabilidade social; • Comunicação interna e externa; • Relacionamento com a comunidade escolar; 10 • Ambiente e condições de trabalho; • Atendimento das equipes administrativas; 1. Avaliação diagnóstica A avaliação diagnóstica é aquela que busca analisar o desenvolvimento dos alunos ao longo do processo. A partir desse tipo de avaliação, é possível identificar os pontos fortes e fracos de cada estudante, gerando dados que servirão de base para as futuras decisões pedagógicas da instituição. Ela pode ser aplicada com: provas escritas, provas orais, avaliação online e simulados. 2. Avaliação formativa Já a avaliação formativa tem como objetivo avaliar se as práticas pedagógicas aplicadas na sua IES estão gerando os resultados esperados. A avaliação formativa pode ser aplicada com estudos de caso, lista de exercícios, seminários, autoavaliação, e qualquer abordagem que ajude a entender o perfil de cada aluno e de que forma ele se sente mais confortável aprendendo. 3. Avaliação somativa A avaliação somativa irá examinar o desempenho dos alunos como um todo, entendendo se ele realmente tem domínio do conteúdo ou não. Por exemplo, a avaliação é aplicada todo fim de semestre ou do ano para ter uma ideia mais ampla de como foram os resultados, principalmente em comparação com períodos anteriores. Isso ajuda a entender se eventuais mudanças anteriores foram efetivas ou não; Esse tipo de avaliação pode ser aplicado com: exames de múltipla escolha, exames que pedem respostas dissertativas, entre outros que foquem no conteúdo das disciplinas. 4. Avaliação comparativa Como o próprio nome já diz, a avaliação comparativa vai entender o aproveitamento de um aluno, comparando um período com outro. E esse tempo a ser avaliado e comparado pode ser definido pelos profissionais da educação. ANOTAÇÕES ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ 11 Papel do professor na integração família-escola-comunidade TÓPICO 5. O PAPEL DO PROFESSOR NA INTEGRAÇÃO ESCOLA-FAMÍLIA E COMUNIDADE. Ter uma boa relação entre professor e aluno é essencial para a construção do conhecimento de qualquer estudante, não importa a idade ou o nível de formação. A aprendizagem é uma dinâmica que exige a participação de todas as partes envolvidas, para compartilhamento de experiências e informações. É necessário criar uma relação de cooperação e respeito entre os professores e os alunos, não de imposição. O aluno deve ser tratado como protagonista na construção do seu conhecimento e estimulado a ter uma participação interativa no ambiente educacional. Cabe ao professor mediar esse processo e, para isso, criar um ambiente saudável e instigante em classe. As atuais Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil reforçam: ‘’A integração com a família necessita ser mantida e desenvolvida ao longo da permanência da criança na creche e pré- escola, exigência inescapável ante as características das crianças de zero a cinco anos de idade, o que cria a necessidade de diálogo para que as práticas junto às crianças não se fragmentem.’’ Assumindo a importância dessa parceria, que garante condições de atenção ao direito das famílias de participarem da educação de seus filhos no contexto da unidade educativa, podemos pensar em três eixos de trabalho que se intercruzam na construção da relação da instituição com as famílias. O primeiro é o eixo do acolhimento. Conforme Maranhão e Sarti: ‘’Os primeiros contatos entre as famílias e os profissionais são decisivos na construção do relacionamento entre ambos. As primeiras impressões dos pais podem ser confirmadas ou modificadas nos primeiros dias como usuários, ainda vulneráveis por estarem no início de uma relação com os profissionais.’’ O segundo eixo da gestão pedagógica na relação da escola com as famílias diz respeito à partilha. Disputas e julgamentos têm dificultado a relação com as famílias, 12 especialmente quando se busca impor “o melhor para a criança”, baseando-se em julgamentos atravessados por valores religiosos, estéticos e relativos ao gênero, que revelam preconceitos com base em percepções diferentes (Maranhão e Sarti). Por fim, a promoção da participação das famílias é um terceiro eixo de trabalho com o qual a equipe deve se dedicar. Para isso, há que se ressaltar que essa participação não é apenas desejada, mas configura um aspecto necessário à consolidação de um projeto educativo que articula o repertório de vivências que a criança constrói no âmbito da família ao repertório da cultura em outro contexto, ampliando assim as possibilidades de aprendizagem. O PAPEL DA LINGUAGEM, DA ARTE, DO BRINCAR E DO MOVIMENTO NOS PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM DA CRIANÇA. SEGUNDO A BNCC As atividades humanas realizam-se nas práticas sociais, mediadas por diferentes linguagens: verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e, contemporaneamente, digital. Por meio dessas práticas, as pessoas interagem consigo mesmas e com os outros, constituindo-se como sujeitos sociais. Nessas interações, estão imbricados conhecimentos, atitudes e valores culturais, morais e éticos. Na BNCC, a área de Linguagens é composta pelos seguintes componentes curriculares: Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e, no Ensino Fundamental – Anos Finais, Língua Inglesa. A finalidade é possibilitar aos estudantes participar de práticas de linguagem diversificadas, que lhes permitam ampliar suas capacidades expressivas em manifestações artísticas, corporais e linguísticas, como também seus conhecimentos sobre essas linguagens, em continuidade às experiências vividas na Educação Infantil. As linguagens, antes articuladas, passam a ter status próprios de objetos de conhecimento escolar. O importante, assim, é que os estudantes se apropriem das especificidades de cada linguagem, sem perder a visão do todo no qual elas estão inseridas. Mais do que isso, é relevante que compreendam que as linguagens são dinâmicas, e que todos participam desse processo de constante transformação. No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, os componentes curriculares tematizam diversas práticas, considerando especialmente aquelas relativas às culturas infantis tradicionais e contemporâneas. Nesse conjunto de práticas, nos dois primeiros anos desse segmento, o processo de alfabetização deve ser o foco da ação pedagógica. Afinal, aprender a ler e escrever oferece aos estudantes algo novo e surpreendente: 13 amplia suas possibilidades de construir conhecimentos nos diferentes componentes, por sua inserção na cultura letrada, e de participar com maior autonomia e protagonismo na vida social. ANOTAÇÕES ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ 14 O CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DO ENSINO FUNDAMENTAL, SUA ESTRUTURAÇÃO E ORGANIZAÇÃO O direito à Educação Básica foi uma das conquistas obtidas pela Constituição de 1988, em uma séria de lutas e debates entre diferentes setores – movimentos sociais, trabalhadores, mulheres, educadores etc. Representando uma demanda das sociedades democráticas, o direito à educação vem sendo exigido de forma criteriosa como uma garantia do exercício da cidadania plena. Essa cidadania abrange, portanto, o acesso à Educação Básica, constituída pela Educação Infantil, Fundamental e Média. A EDUCAÇÃO INFANTIL Nesse cenário, a educação infantil engloba o direito da criança, de 0 a 5 anos de idade, ao ensino. Segundo o parecer do CNE, a política nacional para a infância é um investimento social que têm as crianças como passíveis de direitos, cidadãos em processo de formação e alvo prioritário em políticas públicas. Em seus artigos 29 a 31 trata-se, exclusivamente, da educação infantil. Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) Art. 30. A educação infantil será oferecida em: I – creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II – pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) O Ministério da Educação (MEC) decidiu lançar Resolução nº 5 (17 de dezembro de 2009), que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Art. 3º O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentosque fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade. Assim, as propostas pedagógicas de Educação Infantil devem respeitar os princípios éticos, políticos e estéticos de cada um. Considerando sempre que a criança é um sujeito histórico e de direitos, e que nas suas relações constrói sua identidade pessoal e coletiva. 15 Art. 5º A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, é oferecida em creches e pré-escolas, as quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social. Art. 8º A proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve ter como objetivo garantir à criança acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à convivência e à interação com outras crianças. SOBRE O ENSINO FUNDAMENTAL: A BNCC é um documento de ordem normativa que delimita como a Educação Básica nacional deve funcionar. Vale lembrar que a Educação Básica é composta pela Educação Infantil, pelos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental e ainda pelo Ensino Médio. * A BNCC Ensino Fundamental é a parte da Base Nacional Comum Curricular que determina como deverá ser o currículo de estudantes que tenham idade entre 6 e 14 anos de idade. * O ensino fundamental é a etapa mais longa de toda a Educação Básica. São 9 anos de duração e, portanto, deve ser vista com cuidado pelas escolas, já que é a fase onde a criança vai amadurecendo até se tornar um adolescente, formando seu caráter e conhecimento de mundo. * A BNCC Ensino Fundamental é composta por duas etapas: os anos iniciais e os finais do fundamental. Anos iniciais (1º ao 5º ano) • Linguagens- Língua Portuguesa, Arte, Educação Física. • Matemática • Ciências da Natureza- Ciências • Ciências Humanas- Geografia, História • Ensino Religioso Anos finais (6º ao 9º ano) • Língua Inglesa. a BNCC acredita que: “… ao valorizar as situações lúdicas de aprendizagem, aponta para a necessária articulação com as experiências vivenciadas na Educação Infantil. Tal articulação precisa prever tanto a progressiva sistematização dessas experiências quanto o desenvolvimento, pelos alunos, de novas formas de relação com o mundo, novas 16 possibilidades de ler e formular hipóteses sobre os fenômenos, de testá-las, de refutá- las, de elaborar conclusões, em uma atitude ativa na construção de conhecimentos.” E é por isso que os dois primeiros anos do Ensino Fundamental são voltados à alfabetização das crianças. LEI FEDERAL Nº 8.069/1990 E SUAS ALTERAÇÕES ECA Título I- Das Disposições Preliminares Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. Título II - Dos Direitos Fundamentais Capítulo I- Do Direito à Vida e à Saúde 17 Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. Capítulo II Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais; II - opinião e expressão; III - crença e culto religioso; IV - brincar, praticar esportes e divertir-se; V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação; VI - participar da vida política, na forma da lei; VII - buscar refúgio, auxílio e orientação. Capítulo IV Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - direito de ser respeitado por seus educadores; III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores; IV - direito de organização e participação em entidades estudantis; V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica. (Redação dada pela Lei nº 13.845, de 2019) Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais. Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV – atendimentoem creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade; (Redação dada pela Lei nº 13.306, de 2016) 18 V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador; VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. § 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente. § 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela freqüência à escola. Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino. Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: I - maus-tratos envolvendo seus alunos; II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares; III - elevados níveis de repetência. ANOTAÇÕES ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ 19 CFB/88 - (DO ART. 205 AO 214) CAPÍTULO III-DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO SEÇÃO I-DA EDUCAÇÃO. Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) (Vide Lei nº 14.817, de 2024) VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII - garantia de padrão de qualidade. VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) IX - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. § 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996) § 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996) 20 Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) (Vide Emenda Constitucional nº 59, de 2009) II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. § 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente. § 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola. Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: I - cumprimento das normas gerais da educação nacional; II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público. Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. § 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. § 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. § 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá,em matéria educacional, função 21 redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) § 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) § 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) § 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, de forma a assegurar a universalização, a qualidade e a equidade do ensino obrigatório. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) § 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) § 6º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão ação redistributiva em relação a suas escolas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) § 7º O padrão mínimo de qualidade de que trata o § 1º deste artigo considerará as condições adequadas de oferta e terá como referência o Custo Aluno Qualidade (CAQ), pactuados em regime de colaboração na forma disposta em lei complementar, conforme o parágrafo único do art. 23 desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação; II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades. § 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade. § 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação realizadas por universidades e/ou por instituições de educação profissional e tecnológica poderão receber apoio financeiro do Poder Público. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) 22 Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; III - melhoria da qualidade do ensino; IV - formação para o trabalho; V - promoção humanística, científica e tecnológica do País. VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) POLÍTICA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL Publicado em 30/09/2020 18h19 Atualizado em 31/10/2022 15h16 Em cerimônia no Palácio do Planalto, decreto que institui a nova Política Nacional de Educação Especial (PNEE) que vai dar mais flexibilidade aos sistemas de ensino e ampliar o atendimento educacional especializado a mais de 1,3 milhão de estudantes com deficiência, transtorno do espectro autista e aqueles com altas habilidades ou superdotação. “O lançamento da PNEE representa um passo significativo desse Governo rumo a um País mais justo e com igualdade de oportunidades. A PNEE fortalece o direito de escolha da família. Temos o dever de oferecer aos cidadãos a opção de escolarização em escolas regulares, escolas especializadas ou bilíngues de surdos. Nestas, a Língua Brasileira de Sinais é a primeira língua, a de instrução e comunicação, e o português em sua modalidade escrita, a segunda língua”, explicou a primeira-dama que também é presidente do Conselho do Programa Pátria Voluntária. De acordo com o Censo Escolar da educação básica, em 2019 havia 64.546 estudantes surdos e deficientes auditivos matriculados na educação básica e 69 escolas especializadas no atendimento de estudantes surdos. Desse total, 41 escolas são da rede pública de ensino. Na cerimônia, também foi feita uma homenagem aos surdos. Este mês é conhecido como Setembro Azul por dar visibilidade às causas da comunidade surda. E reúne datas como o dia 10 de setembro em que é celebrado o Dia da Língua Brasileira 23 de Sinais, o dia 26 que é o Dia Nacional do Surdo e o dia 30 em que se comemora o Dia Internacional do Surdo e o Dia do Profissional Tradutor Intérprete de Língua de Sinais. A PNEE 2020 foi ampliada pelo Governo Federal trazendo uma perspectiva equitativa ao longo da vida. Ela garante às famílias e ao público da educação especial o direito de escolher em que instituição de ensino estudar, em escolas comuns inclusivas, escolas especiais ou escolas bilíngues de surdos. “Um dos principais norteadores dessa política nacional é a valorização da singularidade e do direito do estudante e das famílias no processo de decisão sobre a alternativa mais adequada para o atendimento educacional”, explicou o ministro da Educação, Milton Ribeiro. Por meio da política, os sistemas de ensino dos estados, do Distrito Federal e dos municípios poderão receber apoio para instalar salas de recursos multifuncionais ou específicas, dar cursos de formação inicial ou continuada a professores, melhorar a acessibilidade arquitetônica e pedagógica nos colégios e, ainda, aprimorar ou criar Centros de Serviço de Atendimento Educacional Especializado. A adesão dos entes federados à PNEE será voluntária. “Acreditamos que essa Política Nacional de Educação Especial trará significativo benefício não apenas na área educacional, mas também representará avanços nas áreas econômica, científica, artística, política e cultural. Estamos certos de que milhares de estudantes que fazem parte do público-alvo dessa política, se bem atendidos em suas demandas, poderão desenvolver suas potencialidades e tornar-se tudo o que são capazes de ser”, afirmou o ministro da Educação. LEI Nº 11.494, DE 20 DE JUNHO DE 2007 - FUNDEB Regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB. Essa lei trata do financiamento da educação básica no Brasil, estabelecendo regras para a distribuição de recursos entre os estados e municípios, bem como para a valorização dos profissionais da educação. Além disso, o Fundeb (2007-2020) ajudou os sistemas de ensino a se organizarem melhor no que diz respeito ao atendimento escolar de toda a Educação Básica. O fundo deu e dá segurança financeira aos municípios e estados para expandirem seu número de matrículas e os orienta no cumprimento de suas responsabilidades com a Educação. O Fundeb (2007-2020) substituiu o Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério) que vigorou entre 1998 e 2006. O fundo atual é uma evoluçãodo mecanismo anterior porque, apesar de utilizar a mesma metodologia, passou a redistribuir um conjunto maior de impostos observando todas as matrículas da Educação Básica, e não apenas as do Ensino Fundamental. Em 24 agosto de 2020, um Novo Fundeb – maior, melhor, mais justo – foi aprovado e regulamentado e está em vigor. O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) é um Fundo especial, de natureza contábil e de âmbito estadual (um total de vinte e sete Fundos), composto por recursos provenientes de impostos e das transferências dos Estados, Distrito Federal e Municípios vinculados à educação, conforme disposto nos arts. 212 e 212-A da Constituição Federal. O Fundeb foi instituído como instrumento permanente de financiamento da educação pública por meio da Emenda Constitucional n° 108, de 27 de agosto de 2020, e encontra-se regulamentado pela Lei nº 14.113, de 25 de dezembro de 2020. Independentemente da fonte de origem dos valores que compõem o Fundo, todo o recurso gerado é redistribuído para aplicação exclusiva na manutenção e no desenvolvimento da educação básica pública, bem como na valorização dos profissionais da educação, incluída sua condigna remuneração. Além das fontes de receita de impostos e de transferências constitucionais dos Estados, Distrito Federal e Municípios, integram a composição do Fundeb os recursos provenientes da União a título de complementação aos entes federados que não atingiram o valor mínimo por aluno/ano definido nacionalmente ou que efetivaram as condicionalidades de melhoria de gestão e alcançaram a evolução dos indicadores a serem definidos sobre atendimento e melhoria de aprendizagem com a redução das desigualdades. A contribuição da União neste novo Fundeb sofrerá um aumento gradativo, até atingir o percentual de 23% (vinte e três por cento) dos recursos que formarão o Fundo em 2026. Passará de 10% (dez por cento), do modelo do extinto Fundeb, cuja vigência se encerrou em 31 de dezembro de 2020, para 12% (doze por cento) em 2021; em seguida, para 15% (quinze por cento) em 2022; 17% (dezessete por cento) em 2023; 19% (dezenove por cento) em 2024; 21% (vinte e um por cento) em 2025; até alcançar 23% (vinte e três por cento) em 2026. 25 Os recursos oriundos do Fundeb são destinados/distribuídos aos Estados, Distrito Federal e Municípios, para o financiamento de ações de manutenção e desenvolvimento da educação básica pública, levando-se em consideração os respectivos âmbitos de atuação prioritária, conforme estabelecido no art. 211, §§2º e 3º da Constituição Federal. Nesse sentido, os Municípios utilizarão os recursos provenientes do Fundeb na educação infantil e no ensino fundamental e os Estados no ensino fundamental e médio. Na distribuição desses recursos será observado o número de matrículas nas escolas públicas e conveniadas apuradas no último Censo Escolar realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC). • Nas etapas de educação infantil (creche e pré-escola), do ensino fundamental (de oito ou de nove anos) e do ensino médio; • Nas modalidades de ensino regular, educação especial, educação de jovens e adultos e ensino profissional integrado; • Nas escolas localizadas nas zonas urbana e rural; e • Nos turnos com regime de atendimento em tempo integral ou parcial (matutino e vespertino ou noturno). • Os recursos procedentes do Fundeb são distribuídos de forma automática (sem necessidade de autorização ou convênios para esse fim) e periódica, mediante crédito na conta específica de cada governo estadual e municipal. A distribuição é realizada com base no número de alunos da educação básica pública, de acordo com dados do último Censo Escolar. 01. O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) é um mecanismo central de financiamento da educação básica no Brasil. Sobre essa legislação, marque certo ou errado: A) O FUNDEB visa garantir recursos financeiros apenas para o ensino fundamental. B) O fundo é composto apenas por recursos provenientes de impostos estaduais. C) A distribuição de recursos do FUNDEB é feita de forma a reduzir a desigualdade regional, priorizando regiões com menor capacidade de arrecadação. D) Os recursos do fundo podem ser utilizados para pagamento de professores, funcionários, infraestrutura, materiais didáticos e outras despesas permitidas à educação básica. 26 LEI FEDERAL Nº 11.114/2005 LEI Nº 11.114, DE 16 DE MAIO DE 2005. Mensagem de veto Altera os arts. 6º , 30, 32 e 87 da Lei n o 9.394, de 20 de dezembro de 1996, com o objetivo de tornar obrigatório o início do ensino fundamental aos seis anos de idade. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º- Os arts. 6º , 30, 32 e 87 da Lei n o 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passam a vigorar com a seguinte redação: COMO ERA: "Art. 6º . É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos seis anos de idade, no ensino fundamental." COMO FICA: • Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) Inciso II do art. 30 Lei nº 9.394, de 1996, alterado pelo art. 1º do projeto de lei "Art. 30. .................................................................... II – pré-escolas, para as crianças de quatro a cinco anos de idade. Razões do veto "Estatui o art. 208, I e IV, da Constituição que o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiverem acesso na idade própria, e atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade. Aliás, a previsão constitucional de atendimento em creche e pré-escola está textualmente reproduzida no art. 4º , IV, da Lei nº 9.394, de 1996, sem que o projeto tenha cogitado de sua alteração. Brasília, 16 de maio de 2005. COMO ERA: • "Art. 32 o . O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública a partir dos seis anos, terá por objetivo a formação básica do cidadão. COMO FICA: Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006) https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm 27 I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. DECRETO Nº 5.154 DE 23 DE JULHO DE 2004 – DIRETRIZES E BASES DECRETO FEDERAL Nº 5.154/2004 Regulamenta o § 2º do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, DECRETA: Art. 1o A educação profissional, prevista no art. 39 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), observadasas diretrizes curriculares nacionais definidas pelo Conselho Nacional de Educação, será desenvolvida por meio de cursos e programas de: I - qualificação profissional, inclusive formação inicial e continuada de trabalhadores; (Redação dada pelo Decreto nº 8.268, de 2014) II - educação profissional técnica de nível médio; e III - educação profissional tecnológica de graduação e de pós-graduação. Art. 2º A educação profissional observará as seguintes premissas: I - organização, por áreas profissionais, em função da estrutura sócio-ocupacional e tecnológica; II - articulação de esforços das áreas da educação, do trabalho e emprego, e da ciência e tecnologia; (Redação dada pelo Decreto nº 8.268, de 2014) III - a centralidade do trabalho como princípio educativo; e (Incluído pelo Decreto nº 8.268, de 2014) IV - a indissociabilidade entre teoria e prática. (Incluído pelo Decreto nº 8.268, de 2014) Art. 3º Os cursos e programas de formação inicial e continuada de trabalhadores, referidos no inciso I do art. 1o, incluídos a capacitação, o aperfeiçoamento, a especialização e a atualização, em todos os níveis de escolaridade, poderão ser ofertados segundo itinerários formativos, objetivando o desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva e social. 28 Art. 4o A educação profissional técnica de nível médio, nos termos dispostos no § 2o do art. 36, art. 40 e parágrafo único do art. 41 da Lei no 9.394, de 1996, será desenvolvida de forma articulada com o ensino médio, observados: I - os objetivos contidos nas diretrizes curriculares nacionais definidas pelo Conselho Nacional de Educação; II - as normas complementares dos respectivos sistemas de ensino; e III - as exigências de cada instituição de ensino, nos termos de seu projeto pedagógico. § 1o A articulação entre a educação profissional técnica de nível médio e o ensino médio dar-se-á de forma: I - integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino fundamental, sendo o curso planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação profissional técnica de nível médio, na mesma instituição de ensino, contando com matrícula única para cada aluno; II - concomitante, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino fundamental ou esteja cursando o ensino médio, na qual a complementaridade entre a educação profissional técnica de nível médio e o ensino médio pressupõe a existência de matrículas distintas para cada curso, podendo ocorrer: a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se as oportunidades educacionais disponíveis; b) em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as oportunidades educacionais disponíveis; ou c) em instituições de ensino distintas, mediante convênios de intercomplementaridade, visando o planejamento e o desenvolvimento de projetos pedagógicos unificados; III - subseqüente, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino médio. Art. 5o Os cursos de educação profissional tecnológica de graduação e pós- graduação organizar-se-ão, no que concerne aos objetivos, características e duração, de acordo com as diretrizes curriculares nacionais definidas pelo Conselho Nacional de Educação. Art. 6o Os cursos e programas de educação profissional técnica de nível médio e os cursos de educação profissional tecnológica de graduação, quando estruturados e organizados em etapas com terminalidade, incluirão saídas intermediárias, que possibilitarão a obtenção de certificados de qualificação para o trabalho após sua conclusão com aproveitamento. ANOTAÇÕES ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________