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MINERALOGIA 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Eduardo Moraes Araújo 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
A pedogênese (formação do solo) ocorre quando as modificações 
causadas nas rochas pelo intemperismo, além de serem químicas e 
mineralógicas, tornam-se sobretudo estruturais, com importante reorganização 
e transferências de minerais formadores do solo. 
O objetivo central deste estudo é compreender os tipos de rochas e sua 
relação com a formação dos diferentes tipos de solos existentes. 
Nosso estudo se dividirá em cinco temas, na seguinte ordem: 
 Tema 1: Tipos de intemperismo 
 Tema 2: Rochas ígneas 
 Tema 3: Rochas metamórficas 
 Tema 4: Rochas sedimentares 
 Tema 5: Formação de solo 
TEMA 1 – TIPOS DE INTEMPERISMO 
Os intemperismos físicos e químicos – que seriam basicamente os fatores 
que causam as modificações de propriedades físicas de minerais e rochas e que, 
por consequência, também influenciam a modificação de algumas 
características químicas – são processos que podem fragmentar as rochas 
(grandes aglomerados de minerais), formando fragmentos menores desses 
minerais (as pedras). 
Figura 1 – Intemperismo 
 
Crédito: Paper Street Design/Shuttertsock. 
 
 
3 
1.1 Intemperismo físico 
Processos que causam desagregação das rochas, ocasionando a 
separação dos grãos minerais, antes coesos. Esse tipo de intemperismo ocorre 
de várias formas. Observe a seguir. 
1.1.1 Congelamento da água 
Os sólidos, de forma geral, ao terem sua temperatura diminuída, sofrem 
uma compressão, ou seja, uma diminuição de seu comprimento. Contudo, a 
água tem um comportamento anômalo, ocorrendo o contrário: na faixa de 
temperatura de 0 ºC a 4 ºC ela expande, e essa expansão aumenta seu volume 
em cerca de 9%; consequentemente, abrem-se espaços entre a rocha, 
degradando-a devido à pressão nas paredes. 
A imagem abaixo mostra uma rocha sem infiltração de água (à esquerda) 
e com infiltração de água (à direita) devido às fissuras que, após congeladas, 
exercem maior pressão nas paredes da rocha, ocasionado rachaduras. 
Figura 2 – Rocha sem infiltração de água (à esquerda) e rocha com infiltração 
de água (à direita) 
 
1.1.2 Alterações da temperatura 
Um conceito físico que ajuda a entender a ação da temperatura é o da 
dilatação ou compressão dos corpos em diferentes temperaturas. 
As rochas são formadas por diferentes minerais, cada um com um 
coeficiente de dilatação térmica diferente. Quando há alteração na temperatura, 
a expansão (no caso de aumento de temperatura) e a contração (no caso de 
diminuição da temperatura) ocasionam fissuras, gerando esse tipo de 
intemperismo. 
 
 
 
4 
1.1.3 Mudança de pressão ambiente 
Quando as rochas por qualquer motivo ascendem a níveis mais 
superficiais, modificando a pressão ambiente, tendem a formar fraturas nas 
paredes. Novamente a Física pode nos explicar. Uma fórmula muito conhecida 
na Física mostra que a pressão pode ser calculada pela divisão da força exercida 
sobre uma partícula pela sua área. 
𝐏 =
𝐟𝐨𝐫ç𝐚
á𝐫𝐞𝐚
 
A pressão e a área são inversamente proporcionais: quanto menor uma, 
maior a outra. Quando a pressão exercida sobre a rocha diminui devido à 
ascensão para um ambiente mais superficial do solo, a pressão diminui 
substancialmente, aumentando a área das paredes da rocha, ocasionando 
fraturas. 
Figura 3 – Efeitos da pressão sobre a rocha 
 
1.2 Intemperismo químico 
O principal intemperismo químico é o da água (H2O), pois ela pode 
interagir com o gás carbônico (CO2), tornando o meio acidificado. A seguir, 
podemos analisar as transformações químicas que justificam o aumento da 
acidez do meio: 
CO2 (g) + H2O (l) H2CO3(l) 
H2CO3(l) H+ + HCO3- 
HCO3- H+ + CO3- 
Como a interação forma um ácido, e esse ácido libera os íons H+, o pH do 
meio diminui. Pela fórmula de cálculo de pH podemos analisar esse aumento. 
 
 
5 
Fórmula: pH=-log[H+], podendo-se representar o [H+] como [H3O+] 
pH: potencial hidrogeniônico (que mede a acidez) 
[H+]: concentração de íons hidrônio livres (quanto mais concentração, mais 
ácido fica o meio) 
Para a água ser considerada ácida, ela teria que apresentar valores de 
pH menores que 7 (a uma temperatura de 25 ºC). A seguir, note que, quanto 
menor o valor de pH, mais ácido seria o meio. 
Figura 4 – Escala de pH 
 
Crédito: magnetix/Shuttertsock. 
TEMA 2 – ROCHAS ÍGNEAS 
Rochas Ígneas ou Magmáticas são rochas originadas a partir do 
resfriamento e solidificação de material rochoso fundido, denominado 
magma. Este processo é chamado de “cristalização” e ocorre tanto no 
interior da crosta terrestre quanto em sua superfície. Se o resfriamento 
do magma ocorrer na superfície, as rochas serão do tipo vulcânicas ou 
extrusivas. Neste caso, em que o magma chega à superfície através 
de uma erupção vulcânica, ele é chamado de lava. Quando o magma 
não é capaz de atingir a superfície terrestre, ele cristaliza em 
profundidades variáveis no interior de câmaras magmáticas, diques, 
sills, soleiras ou em fissuras geológicas, e estas rochas serão do tipo 
plutônicas ou intrusivas. A rocha vulcânica mais abundante é o basalto, 
cuja composição mineralógica é formada por piroxênios e plagioclásios 
cálcicos. (Ulbra, S.d.) 
 
 
 
6 
Figura 5 – Rocha ígnea 
 
Crédito: Sakdinon Kadchiangsaen/Shutterstock. 
“O granito é a rocha plutônica mais abundante na crosta terrestre, sendo 
constituído principalmente por feldspatos alcalinos (ortoclásio e microclínio – 
KalSi3O8), plagioclásios (sódicos a intermediários), quartzo” (Ulbra, S.d.) e micas 
(muscovita – KAl2Al Si3O10(OH)2 e/ou biotita. 
Figura 6 – Granitos 
 
Crédito: Studiodin/Shutterstock. 
TEMA 3 – ROCHAS METAMÓRFICAS 
As rochas metamórficas, como o próprio nome indica, são formadas por 
modificação (morfia) das rochas solidificadas e das rochas preexistentes, os 
 
 
7 
chamados protólitos. As rochas metamórficas podem ser formadas por qualquer 
tipo de rochas: ígneas, sedimentares ou até mesmo de outras metamórficas. O 
processo de morfia se dá em ambientes nos quais ocorre o aumento de 
temperatura e pressão, geralmente no intervalo de 100 °C a 700 °C, com 
profundidade elevada (no mínimo 3 km). 
Quando as rochas ficam sujeitas a essas condições elevadas de pressão 
e temperatura, podem mudar de estado físico, do sólido para líquido, sofrendo o 
processo de fusão e dando origem ao magma que solidificará como rocha ígnea. 
O principal tipo de modificação é o local, que ocorre em grandes 
extensões da crosta terrestre em virtude de eventos geológicos de ampla 
magnitude, como, por exemplo, a fricção de placas tectônicas responsáveis pela 
formação de longas cadeias de montanhas. Esse processo é denominado 
“Processo Tectônico”. 
Figura 7 – Cadeia de montanhas 
 
Crédito: Célio Messias Silva/Shutterstock. 
TEMA 4 – ROCHAS SEDIMENTARES 
Rochas sedimentares são rochas formadas por partículas provenientes 
da desagregação e decomposição de rochas preexistentes (protólitos), 
através da ação dos agentes de intemperismo sobre as rochas de 
origem ígnea, metamórfica ou até mesmo sedimentar. Estas partículas 
são chamadas de sedimentos, que após serem transportadas pela 
ação dos ventos, águas de superfície ou pelo gelo, sofrem deposição 
em camadas e passam, consequentemente, pelos processos de 
diagênese (compactação, cimentação e recristalização), resultando em 
rochas sedimentares. (Ulbra, S.d.) 
A Figura 8 mostra o ciclo da gênese (origem) desse tipo de rocha. 
 
 
 
8 
Figura 8 – Gênese das rochas sedimentares 
 
Crédito: Stihii/Shutterstock. 
Os processos de intemperismo sobre as rochas preexistentes 
fornecem sedimentos (partículas e/ou compostos químicos 
dissolvidos) que serão as matérias-primas geradoras das rochas 
sedimentares. Quando as rochas forem constituídas por partículas 
(clastos ou detritos), serão classificadas como sedimentares clásticasou detríticas, cujo principal exemplo é o arenito. Quando forem 
formadas pela precipitação de compostos químicos dissolvidos na 
água, serão chamadas de sedimentares químicas, como, por exemplo, 
o calcário. (Ulbra, S.d.) 
TEMA 5 – FORMAÇÃO DO SOLO 
“Os produtos friáveis e móveis formados na superfície da Terra como 
resultado da degradação e decomposição de rochas pela ação do intemperismo” 
(Costa et al., 2009) podem formar os diferentes tipos de solos existentes. Por 
exemplo, o arenito, um tipo de rocha encontrada em ambientes desérticos, pode 
formar o solo com quantidade excessiva de areia. 
Deve-se ter em mente que, para que o saprolito forme o solo, é necessário 
que esteja assegurada a presença dos organismos vivos autótrofos (aqueles que 
são autossuficientes na produção de seu alimento, como, por exemplo, os 
vegetais superiores, dotados de clorofila, realizando a fotossíntese); para tanto, 
 
 
9 
é fundamental que água, macro e micronutrientes estejam disponíveis. Os 
minerais presentes nas rochas por ação das intempéries fornecem material para 
a formação dos solos; após esse fornecimento, os tecidos orgânicos agem para 
a formação dos diferentes tipos de solo. 
5.1 Perfis do solo 
O solo é muito mais do que podemos ver na parte superior. Ele é formado 
por camadas mais internas, chamadas de “perfis”. Analisando a Figura 9, pode-
se notar que tudo se inicia com um tipo de rocha. 
Figura 9 – Perfis do solo 
 
Crédito: Ellen Bronstayn/Shutterstock. 
Quando visualizamos o solo cortado transversalmente, podemos notar os 
perfis pela diferença de cor. 
 
 
10 
Figura 10 – Corte transversal do solo 
 
Crédito: Noppharat/Shutterstock. 
NA PRÁTICA 
O estudo das rochas e dos solos é de grande importância econômica, o 
que podemos notar, por exemplo, na área da construção civil. Construir um 
edifício em solo instável não é boa ideia, pois com certeza não haverá o suporte 
necessário para uma edificação segura. Uma das várias etapas do planejamento 
de uma construção inclui a escolha do melhor tipo de solo ou da remediação do 
solo instável, a ponto de ser possível construir sobre ele. 
FINALIZANDO 
Cada tipo de rocha gera um tipo de solo, mas, para isso, é necessário o 
fornecimento de material adequado à formação do solo. A esse processo, damos 
o nome de “intemperismo”, que pode ser classificado em diferentes tipos, 
contudo, em qualquer um deles, as rochas são as responsáveis pela liberação 
de minerais e pela modificação de algumas das suas características iniciais. O 
tipo de mineral presente nas rochas será diferente conforme o tipo de solo 
formado, como acontece, por exemplo, no arenito, tipo de rocha que forma a 
areia. 
O solo formado tem diferentes regiões, os chamados de perfis; cada um 
deles tem uma particularidade, como porosidade, quantidade de matéria 
orgânica, quantidade de água, entre outras. 
 
 
11 
REFERÊNCIAS 
COSTA, B. da C. F. da et al. Solo: classificação, formação, importância e 
problemas. Universidade Federal do Pará, Faculdade de Engenharia Química. 
Belém, 2009. Disponível em: <https://www.docsity.com/pt/solo-classificacao-
formacao-importancia-e-problemas/4728475/>. Acesso em: 30 set. 2019. 
ULBRA. Museu de Ciências Naturais. Rochas. Disponível em: 
<http://sites.ulbra.br/mineralogia/conceito_rochas.htm>. Acesso em: 30 set. 
2019.

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