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Serviços Públicos: 
 
1 – Introdução: 
 
 É toda a atividade material que a lei atribui ao Estado para que a exerça 
diretamente ou por meio de seus delegados com o objetivo de satisfazer 
concretamente as necessidades coletivas com regime total ou parcial 
público. 
 É aquilo que recebemos da administração pública. 
 
ART. 175 da CF: Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente 
ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a 
prestação de serviços públicos. 
Lei 8987/95 e 
Lei 13460/17 Art. 2, II: O serviço público é a atividade administrativa ou 
de prestação direta ou indireta de bens ou serviços à população exercida por 
órgãos ou entidades da adm. Publica. 
 
Elementos: 
Subjetivo: 
Entende que o serviço público é de competência do Estado, mesmo que sua 
execução venha a ser delegada aos particulares. 
 
 
 
Formal: 
Quando particulares prestam serviço em colaboração com o Poder Público o 
regime jurídico é híbrido, podendo prevalecer o Direito Público ou o Direito 
Privado, dependendo do que dispuser a lei. 
Material: 
Os serviços públicos devem se atentar as necessidades mais relevantes a 
vida social, ou seja’, aquilo que é de interesse da coletividade. 
 
Classificação: 
 
1 – Gerais – UTI UNIVERSI: 
Aqui se fala de usuários indeterminados e são indivisíveis, pois é 
impossível medir o quanto cada usuário se utiliza do serviço. Atendem à 
coletividade e são mantidos por impostos (tributo geral). Ex.: serviços de 
segurança e iluminação pública. 
 
2 – Individuais - UTI SINGULE: 
Nesse caso os usuários são determinados, e utilizam o serviço de forma 
direta. São divisíveis, pois são mensuráveis. São de aproveitamento 
facultativo e individual. Ex.: telefonia, água, energia elétrica residencial e 
etc. 
 
 
3 – Próprios: 
São aqueles que só podem ser prestados pelo Poder Público (diretamente ou 
mediante concessão). 
 
4 – Impróprios: 
São os prestados pelo Estado e de livre prestação pelos particulares. A livre 
prestação pelos particulares induz a desnecessidade de delegação, pois a 
atuação da iniciativa privada é complementar à atuação estatal, não se 
fazendo necessária a celebração de contrato. A autorização eventualmente 
fornecida para a sua prestação não tem natureza contratual. Quando é 
prestado diretamente pelo Poder Público, considera-se serviço público, mas 
quando é prestado pelo particular, segundo o entendimento do STF na ADI 
n. 1923, são chamados de serviço de relevância pública, serviço de utilidade 
pública, serviço público social ou serviço impróprio. 
- EX.: os serviços públicos de educação e saúde. 
 
5 – Essenciais: 
Os essenciais são aqueles, que sem eles a própria existência em curto, longo 
ou médio prazo do Estado ou do cidadão estaria comprometida ou em risco, 
além disso, não podem ter lucro. EX: segurança pública e à saúde. 
 
6 – Úteis/ Utilidade Pública: 
Sua prestação não é indispensável para a coletividade, mas conveniente e 
oportuna na medida em que facilita a vida do indivíduo. São exemplos de 
serviços de utilidade pública, mediante remuneração por parte do usuário, o 
fornecimento de energia elétrica, gás, transporte coletivo rodoviário de 
passageiros, telefonia, entre outros. 
7 – Administrativos: 
São as atividades que atendem os próprios interesses da administração 
pública, como as comerciais e sociais. 
 
8 – Sociais: 
São os que efetivam o mínimo existencial descrito no art. 6º da CF e 
realizam a prestação de serviços, por exemplo, de saúde, educação, 
segurança etc. 
 
9 – Econômicos: 
Seriam, as atividades econômicas em sentido amplo que podem ser 
exploradas com o objetivo de lucro, como os serviços de telefonia, de 
fornecimento de energia elétrica etc. 
 
Princípios art. 6 da Lei 13460/17: 
 
1 – Regularidade: 
A regularidade é a adequação do serviço às exigências mínimas de 
quantidade, qualidade e periodicidade. A contraprestação do Estado deve 
atender satisfatoriamente as necessidades dos cidadãos. 
 
2 – Segurança: 
O Estado deverá prestar o serviço público de forma a não colocar em perigo 
a integridade física e a vida do usuário. 
 
3 – Atualidade: 
Prevê a modernidade das técnicas, equipamentos, instalações e melhoria e 
expansão dos serviços. 
 
4 – Generalidade: 
Busca a universalidade na prestação do serviço público, isto é, o serviço 
deve ser prestado a todos os usuários de forma igualitária e impessoal, sem 
qualquer espécie de discriminação. 
 
5 – Modicidade Tarifária: 
Determina que os serviços públicos sejam remunerados por valor acessível 
ao usuário. A proposta vencedora na licitação será o menor valor da tarifa, 
representa um limitador ao desejo de lucro do prestador de serviço 
público. 
 
6 – Isonomia: 
Impõe tratamento igual aos realmente iguais, isto é, consiste na aplicação da 
norma a todos aqueles que estejam nas mesmas condições. 
 
7 – Continuidade do Serviço: 
Em regra, o serviço público não pode ser interrompido, em razão da sua 
relevância perante a coletividade, mas a lei prevê duas exceções: nos casos 
de emergência ou com aviso prévio, nas seguintes hipóteses: 1- Quando for 
necessário suspender o serviço por razões técnicas, para manutenção; 2- No 
caso de inadimplemento do usuário. 
 
ART. 6 da Lei 13460/17: 
I - Participação no acompanhamento da prestação e na avaliação dos serviços; 
II - Obtenção e utilização dos serviços com liberdade de escolha entre os meios 
oferecidos e sem discriminação; 
III - Acesso e obtenção de informações relativas à sua pessoa constantes de 
registros ou bancos de dados, observado o disposto no Inciso X do caput do art. 5º 
da Constituição Federal e na Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011; 
IV - Proteção de suas informações pessoais, nos termos da Lei nº 12.527, de 18 de 
novembro de 2011; 
V - Atuação integrada e sistêmica na expedição de atestados, certidões e 
documentos comprobatórios de regularidade; e 
VI - Obtenção de informações precisas e de fácil acesso nos locais de prestação do 
serviço, assim como sua disponibilização na internet, especialmente sobre: 
a) horário de funcionamento das unidades administrativas; 
b) serviços prestados pelo órgão ou entidade, sua localização exata e a indicação 
do setor responsável pelo atendimento ao público; 
c) acesso ao agente público ou ao órgão encarregado de receber manifestações; 
d) situação da tramitação dos processos administrativos em que figure como 
interessado; e 
e) valor das taxas e tarifas cobradas pela prestação dos serviços, contendo 
informações para a compreensão exata da extensão do serviço prestado. 
VII - Comunicação prévia da suspensão da prestação de serviço. 
Parágrafo único. É vedada a suspensão da prestação de serviço em virtude de 
inadimplemento por parte do usuário que se inicie na sexta-feira, no sábado ou no 
domingo, bem como em feriado ou no dia anterior a feriado. 
Concessão de Serviço Público: 
 
É o contrato administrativo pelo qual a administração pública transfere, sob 
condições, a execução e exploração de certos serviços públicos, que lhe é 
privativo a um particular que para isso manifesta interesse e que será 
remunerado adequadamente mediante a cobrança dos usuários de tarifa 
previamente por ela aprovada. 
 O poder público é o titular do serviço público e não abre mãe desse 
título, mas ele pode transferir para a execução ou exploração de 
serviços. 
 Delegação temporária de no mínimo 5 anos e máx. de 35. 
 Instrumento de direito administrativo. 
 Lei 8987/95 e Lei 11079/04. 
 
Art. 175 da CF: 
Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de 
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços 
públicos. 
 
1 - Concessão comum: 
 Concessão de serviços públicos: 
É a transferência, por prazo determinado, da prestação de serviço público, 
através de licitação, na modalidade de concorrência (é uma forma para os 
órgãos públicos adquirirem bens e contratarem serviços por meiode um 
processo público, em que diversas empresas podem concorrer.), ao 
particular, por sua conta e risco, mediante a cobrança de contraprestação do 
usuário ou outra maneira de remuneração. 
 
ART. 2 da Lei 8987/95: 
Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se: 
II - Concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo 
poder concedente, mediante licitação, na modalidade concorrência ou 
diálogo competitivo, a pessoa jurídica ou consórcio de empresas que 
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por 
prazo determinado 
 
 Concessão de serviço público precedido de obra pública: 
Concessão de serviço público precedida de obra pública, também 
denominada concessão de obra pública consiste na construção, conservação, 
reforma ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada 
pelo poder público, mediante concorrência, a pessoa jurídica ou consórcio 
de empresas, para realiza-la por sua conta e risco, remunerando-se o 
investimento pela exploração do serviço ou da obra por prazo determinado, 
por exemplo: construção de estrada com remuneração propiciada pelo 
pedágio. 
Nesses casos: 
Art. 18. O edital de licitação será elaborado pelo poder concedente, 
observados, no que couber, os critérios e as normas gerais da legislação 
própria sobre licitações e contratos e conterá, especialmente: 
XV - Nos casos de concessão de serviços públicos precedida da execução 
de obra pública, os dados relativos à obra, dentre os quais os elementos do 
projeto básico que permitam sua plena caracterização, bem assim as 
garantias exigidas para essa parte específica do contrato, adequadas a cada 
caso e limitadas ao valor da obra. 
 
ART. 2 da Lei 8987/95: 
Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se: 
III - Concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a 
construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou 
melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegados pelo 
poder concedente, mediante licitação, na modalidade concorrência ou 
diálogo competitivo, a pessoa jurídica ou consórcio de empresas que 
demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma 
que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado 
mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado 
 
2 - Concessão da modalidade público privada: 
É uma forma de concessão especial por meio da qual o Estado concede a 
um terceiro a prestação de determinado serviço público ou obra pública 
(necessária a consecução do serviço público concedido), submetendo-se ao 
regime jurídico diferenciado previsto na lei 11.079/04. 
 Patrocinada: 
O custeio do serviço (ou obra vinculada ao serviço concedido) envolve 
contraprestação estatal, mas também poderá vir a ser custeado por 
intermédio da cobrança de tarifas diretamente dos usuários. 
Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, 
na modalidade patrocinada ou administrativa. 
§ 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras 
públicas de que trata a Lei nº 8.987, quando envolver, adicionalmente à 
tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público 
ao parceiro privado. 
 
 Administrativa: 
O serviço público prestado pela concessionária é custeado integralmente 
pelo poder público. 
Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, 
na modalidade patrocinada ou administrativa. 
§ 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a 
Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva 
execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.

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