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SEMANA 1 - CONCEPÇÕES DE ESCRITA
COMPETÊNCIA METAGENÉRICA
Permite diferenciar os diversos gêneros; Identifica quais gêneros as diversas práticas sociais solicitam (interação de forma conveniente); Os gêneros se agrupam em esferas da atividade humana; Construção composicional relativamente estável a qual se conformam nossas produções textuais.
SEQUÊNCIAS TEXTUAIS
· Narrativa
• Relatos de uma sucessão de eventos ocorridos no passado (modificação de um estado de coisas); 
• Verbos de ação no pretérito; 
• Advérbios de tempo (“ontem”, “depois”); 
• Discurso relatado/indireto (“X disse que”).
Falar de algo que já aconteceu...
· Descritiva
• Apresentação de propriedades, qualidades, componentes de um lugar, objeto ou pessoa num determinado espaço-tempo; 
• Normalmente uma descrição é feita empregando verbos no tempo presente e também no gerúndio; 
• Advérbios de tempo “agora”, “hoje”, “atualmente”.
Datas, descrição de ambientes...
· Expositiva
• Apresentação de fatos de conhecimento geral ou restritos à uma área do conhecimento; 
• Relato de fatos que ocorrem ou se dão no momento presente de uma exposição, tais como hábitos, costumes e gostos pessoais; 
• Verbos empregados no tempo presente.
Falar sobre si mesmo, sua vida, seus gostos...
· Injuntiva
• Prescrições de comportamentos ou ações para o interlocutor-leitor; 
• Verbos no imperativo ou infinitivo; 
• Frases interrogativas; 
• Regras, regulamentos ou receitas que definem o que se deve fazer.
Saudações, chamamentos, perguntas...
· Argumentativa
• Ordenação de argumentos para defesa, justificativa ou sustentação de uma conclusão; 
• Orações subordinadas iniciadas por conjunções subordinativas causais (“porque”, “pois”), condicionais (“se”, “desde que”), concessivas (“embora”, “posto que”), adversativas (“entretanto”, “no entanto”), etc.
Fazer críticas ou elogios à alguém, apresentar uma defesa, justificativa...
GÊNEROS TEXTUAIS
Bilhete, carta e horóscopo são exemplos de gêneros textuais. Classificados por conteúdo, composição e estilo. Construção composicional relativamente estável.
RESUMO:
Podem aparecer ou não o: PROBLEMA, a IMPORTÂNCIA e a CONCLUSÃO.
• Gêneros primários: constituídos em situação de comunicação ligadas às esferas de atividades cotidianas (diálogo, conversa face a face)
• Gêneros secundários: constituídos em situações de comunicação ligadas às esferas públicas e mais complexas (a produção normalmente exige escolarização ou profissionalização, são constituídos a partir dos primários)
Formas de ação social
Ferramentas por meio das quais os enunciadores agem discursivamente em uma situação. A escolha do gênero se dá em função da ação que a situação discursiva exige operar. Dominar um gênero: movimentar-se socialmente.
Dinamicidade e Fluidez
Os gêneros podem se transformar para dar origem a outros gêneros conforme demandas e necessidades sociais (carta pessoal e e-mail pessoal). Podem também migrar de uma esfera de atividade para outra (o resumo escolar, o resumo abstract e a sinopse). E, por fim, podem se mesclar ou hibridizar (“Um novo José” de Josias de Souza).
De acordo com Koch e Elias, o componente gramatical é importante, mas dominar as regras da gramática normativa não assegura que a produção escrita resulte em um texto de melhor qualidade. Isso acontece porque há diversos fatores em jogo, durante a composição textual, tais como a organização das palavras e ideias; o modo de estruturar o parágrafo; a adequação entre a linguagem o e o tipo ou gênero textual.
1. TENHO QUE CONTAR AO RESTO DA TURMA O QUE EU FIZ DURANTE AS FÉRIAS
2.VOU CONTAR A TODOS QUE JOGUEI FUTEBOL, CORRI... ...VIAJEI POR MUITOS LUGARES DIFERENTES.
3.E FIZ TODAS ESSAS COISAS LEGAIS NO MESMO VIDEOGAME!
Analisando a tirinha acima, sob o ponto de vista dos gêneros e das sequências textuais, é possível afirmar que:
I – O personagem está utilizando uma sequência textual que denota
narrativa, com verbos no pretérito.
ALÉM DISSO, o elemento de humor denota que:
II – O gênero escolhido para realizar a atividade da escola, uma narrativa
sobre acontecimento das férias, refere-se, no caso dessa tirinha, a
aventuras vividas de forma virtual, a partir do videogame.
Segundo Mikhail Bakhtin (1997), em sua obra “Estética da criação verbal”, os gêneros textuais podem se subdividir em duas categorias distintas.
 I - Gênero primário: constituído em situações que envolvem a esfera de comunicação cotidiana.
Carta, diálogo e ditados populares.
II - Gênero secundário: constituído em situações que envolvem a esfera de comunicação pública e complexa.
Tese, discurso político, romance.
III – Gênero primário e secundário: constituem em uma interseção de ambos os gêneros.
Tese, carta e diálogo, discurso político, manual de instrução e ditados populares...
SEMANA 2 - As ideias sobre autoria ao longo da história
Autor 
• É o responsável por um ação; 
• Ação: criação, invenção, descoberta, fundação, etc; 
• Por condição natural, cada pessoa é o autor e a autoria seria uma característica da condição humana; 
• Autor e autoria como ação no campo da escrita e da produção textual.
Autoria 
• É uma construção histórica; 
• Escritor X Autor; 
• Autor: Aquele que publicou obras impressas; 
• Escritor: Aquele que escreveu um texto que permanece manuscrito e sem circulação.
Autoria no Patrístico: Embora fossem autores, não eram entendidos como escritores; autor é quem tinha autoridade sobre um assunto que era pronunciado ou ditado para um escriba, também era autoridade, pois expressava a voz de Deus; não havia ideia de originalidade: o que o autor dizia era dito por Deus.
Autoria na Idade Média: Invenção da Imprensa. Separa a divulgação da obra de seu processo de criação: propriedade privada se torna uma necessidade; Originalidade: perigo mortal para a tribo; importância maior do que a transmissão da obra ao público com a imprensa; Personificação do escritor como autor; O livro como objeto e o nome do autor; Reforma protestante; A compreensão da escrita como expressão de si; A profissão do editor e o mercado editorial.
Autoria no séc. XVIII: Estatuto de Anne (Inglaterra, 1710); Oposição dos editores: o autor é proprietário da obra e detém privilégio perpétuo sobre ela; Se o autor é proprietário, assim também é o editor para o qual o manuscrito foi cedido; A figura do autor como modalidade de trabalho: vive do ganho pela comercialização de suas obras - surge a ideia de direitos autorais.
Autoria na modernidade: Foucault (1969)
Autor – função autor: função classificativa que permite identificar uma autoria; 
Autoria – características e padrões textuais de certos escritos que podem ser agrupadas distintamente em relação a outros.
Nome do autor: não é o processo de individualização de uma pessoa; mas processo de atribuição de singularidade a uma obra; É uma construção não de uma identidade civil, mas social e cultural que não deixa de ter implicações jurídicas e pode ser exercida de modo não uniforme nas diferentes esferas da atividade humana;
Foucault (1969)
Autoria é desenvolver o processo de construção da singularidade de um texto/textos;
De acordo com Krokoscz, a pressão por produtividade pode constituir um fator que induz o estudante ou profissional a plagiar textos existentes que discorram sobre o tema que precisa enfrentar. Isso não o exime da responsabilidade pela infração autorial, mas nos leva a refletir sobre as métricas que atribuem qualidade maior ou menor ao autor em razão de índices, sem levar em conta critérios qualitativos e fatores como originalidade da pesquisa, do relatório ou do artigo apresentado. 
Não muito diferente da era Patrística, as produções ocorriam vinculadas às igrejas. Por conta das faltas de recursos, naquela época, produzir um livro era algo extraordinário, copiá-los, então, era um trabalho fenomenal. A dificuldade era tanta que isso era possível, na maioria das vezes, só pelos monges, por conta da demanda de tempo. Gutenberg é considerado um gênio da invenção, porque foi ele que buscou recursos para um meio de produzir grandes quantidades delivros de forma muito mais rápida, para que qualquer pessoa alfabetizada pudesse ler sobre qualquer assunto.
O texto acima está relacionado a que épocas e aspectos da condição autor-escrita?
Período da Idade Média, em que há a invenção da imprensa, com possibilidade de comercializar cópias impressas de livros, iniciando uma noção de originalidade, ou seja, de autoria.
Segundo Krokoscz (2015), o autor é o responsável por uma ação, quando pensado na ação como uma produção textual. Ela pode ocorrer por meio de uma criação, invenção, descoberta e, até mesmo, fundamentação. Ainda, o autor está condicionado às regras dos gêneros textuais, da circulação do texto em questão.
Ainda, para Krokoscz (2015), por condição natural, cada pessoa é o autor, e a autoria seria uma característica da condição humana, estando autor e autoria como ação no campo da escrita e da produção textual.
 
( V ) A autoria parte de uma construção histórica.
( V ) Autor é aquele que publica obras.
( V ) A circulação auxilia a autoria.
 
[...] “as funções de apagamento e recorte possibilitam que o trabalho de escrita seja feito e refeito instantaneamente. Parágrafos e páginas podem ser reorganizadas com alguns cliques e o mesmo trabalho pode ser arquivado em várias versões diferentes” (KROKOSCZ, 2015, p. 76).
A quais condições de escrita da nossa época se refere o excerto acima?
Refere-se aos programas computacionais de edição de texto e à facilidade em lidar com o erro e a refração dos textos
Segundo Marcelo Marcelo Krokoscz (2015, p. 75), “as novas tecnologias da informação e comunicação [...] estão para a autoria na pós-modernidade como a imprensa estava para o autor no início da modernidade”.
 Isso significa que:
 I - Tanto a imprensa de Gutenberg quanto as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) contemporâneas auxiliaram os autores de diferentes formas.
PORQUE
II - Ambas permitem que o processo de autoria seja repensado na sociedade.
As proposições I e II são verdadeiras, e a II é justificativa da I
 
O autor Marcelo Krokoscz (2015), em seu livro “Outras palavras para autoria e plágio”, utiliza o termo “redautores” para os usuários da rede de computadores que são responsáveis por criar parte da escrita da contemporaneidade, seja em blogs, redes sociais, e-mails etc.
Por que Krokoscz não denominou esses indivíduos como autores?
Porque Krokoscz seguiu o pensamento do filósofo Foucault e a proposição de que a condição autoral deve ser encontrada na construção das singularidades de um texto, isso o torna diferente dos demais textos, conferindo autoria, e os usuários das TICs não têm o objetivo de construir um texto singular.
SEMANA 3 - Introdução à argumentação nos textos
• Linguagem: forma de interação entre sujeitos;
Interação para convencer alguém sobre alguma coisa;
Interação para persuadir alguém a fazer alguma coisa;
• A linguagem é essencialmente argumentativa: Os enunciados constituem argumentos que
orientam para certas conclusões e não outras;
• O uso da linguagem ocorre sempre na forma de textos; ao empregarmos a linguagem em
dada situação produzimos textos.
O texto
• Princípio da intencionalidade: qual é o objetivo de nossa interação com o outro?
• Princípio da aceitabilidade: esperamos que o outro reaja de algum modo na interação;
• Princípio da situacionalidade: avaliamos a situação em que nos encontramos com o outro;
• Princípio da intertextualidade: pressupomos o conhecimento de textos em comum;
• Princípio da informalidade: balanço do conhecimento que precisa ou não ser explicitado;
• Muitos conhecimentos concorrem para o texto produzir sentido
A argumentação
• Argumentar é humano: desde criança argumentamos;
• “(...) é o resultado textual de uma combinação entre diferentes componentes, que exige do sujeito que argumenta construir, de um ponto de vista racional, uma explicação, recorrendo à experiências individuais e sociais, num quadro temporal e espacial de uma situação com finalidade persuasiva” (KOCH e ELIAS, 2016, p.24).
• Operadores argumentativos: elementos linguísticos que encadeiam argumentos (A) e conclusões (C)
Porque – Introduz um argumento por meio de justificativa ou explicação;
E / Além de – Somam argumentos a favor de uma conclusão;
O ato de argumentar é o ato de orientar o que se diz para determinadas conclusões encadeando argumentos e conclusões.
Articuladores textuais
Sentido
“O sentido é uma construção que depende do autor, do leitor e da atenção que estes dedicam ao texto, cada um a sua maneira e a seu tempo” (KOCH e ELIAS, 2016, p.221)
• A linguagem funciona na interação autorleitor.
Interação autor-leitor envolve:
• Aceitabilidade;
• Conhecimentos compartilhados;
• Delimitação e desenvolvimento de tema(s);
• Conformação do texto a um gênero;
• Informatividade: balanceamento de informações explícitas e implícitas.
Articuladores
A progressão do texto depende da boa articulação entre suas partes: entre palavras, entre orações e entre parágrafos. Os elementos linguísticos que desempenham essa função no texto são chamados de articuladores textuais.
Articuladores de situação ou ordenação no espaço-tempo
Sinalizam relações de espaço e tempo demarcando episódios de uma narrativa ou partes de descrições
antes, depois, em seguida, a seguir, defronte de, a primeira vez que, a segunda vez que, muito tempo depois, etc.
Articuladores de operação lógica
Relacionam o conteúdo de duas orações, o que ocorre por meio de conectores que estabelecem os seguintes tipos de relações:
• Relações de condicionalidade; (condição/consequência)
se, caso, contanto que, salvo se, a menos que, a não ser que, desde que, dado que, etc.
• Relações de causalidade; (argumento+conclusão)
porque, como (porque), pois, que (porque), porquanto, já que, visto que, desde que, uma vez que, etc.
• Relações de mediação ou finalidade; (meio+fim)
para que, a fim de que
• Relações de disjunção ou alternância; (duas alternativaso)
ou
• Relações de temporalidade (quando ocorrerá a ação)
enquanto, antes que, assim que, depois que
Articuladores de organização textual
“(...) esses operadores servem para organizar o texto em uma sucessão de fragmentos que se complementam e orientam a interpretação. Na organização espacial do texto, esses articuladores sinalizam abertura, intermediação e fechamento” (KOCH e ELIAS, 2016, p.140)
primeiro, depois, em seguida, enfim, por um lado – por outro lado, às vezes/outras vezes, em primeiro lugar - em segundo lugar, por último etc.
A CULTURA DA PAZ
Leonardo Boff inicia o artigo "A cultura da paz" apontando o fato de que vivemos em uma cultura que se caracteriza fundamentalmente pela violência. Diante disso, o autor levanta a questão da possibilidade de essa violência poder ser superada ou não. Inicialmente, ele apresenta argumentos que sustentam a tese de que seria impossível, pois as próprias características psicológicas humanas e um conjunto de forças naturais e sociais reforçariam essa cultura da violência, tornando difícil sua superação. Mas, mesmo reconhecendo o poder dessas forças, Boff considera que, nesse momento, é indispensável estabelecermos uma cultura da paz contra a da violência, pois esta estaria nos levando à extinção da vida humana no planeta. Segundo o autor, seria possível construir essa cultura, pelo fato de que os seres humanos são providos de componentes genéticos que nos permitem sermos sociais, cooperativos, criadores e dotados de recursos para limitar a violência e de que a essência do ser humano seria o cuidado, definido pelo autor como sendo uma relação amorosa com a realidade, que poderia levar à superação da violência. A partir dessas constatações, o teólogo conclui, incitando-nos a despertar as potencialidades humanas para a paz, construindo a cultura da paz a partir de nós mesmos, tomando a paz como projeto pessoal e coletivo.
· O homem é o único ser que pode intervir na natureza e mudar a marcha da evolução. 
· O homem tem, geneticamente, capacidade em favor da afetividade, compaixão, amorosidade.
· Cada um deve estabelecer um projeto pessoal e coletivopela paz, baseado em valores como cooperação, cuidado, compaixão e amor. 
· As forças de destruição estão impossibilitando o pacto social.
· Filosoficamente o homem é um ser que tem em sua essência a capacidade de cuidar. O cuidar afasta a violência.
· O potencial destrutivo que temos hoje pode destruir o mundo. 
“No ensino de língua, MAIS especificamente a propósito do ensino de argumentação e de produção de textos dissertativos, é comum os livros didáticos apresentarem os chamados argumentos baseados em provas concretas, em que normalmente se citam dados estatísticos, A FIM de corroborar a defesa de uma tese. Em geral, seguem-se, nesses livros, recomendações aos estudantes em relação à qualidade dos dados”.
“[...] faz-se necessária a divulgação de saberes, que a princípio estão restritos aos estudiosos da linguagem, a fim de que estes sejam apresentados e divulgados em programas de formação continuada e incluídos nos programas curriculares dos cursos de licenciatura que deveriam ser revistos, a fim de adotarem uma outra forma de pensar o fazer pedagógico no que diz respeito ao ensino das outras disciplinas mantendo uma certa abertura para o ensino da língua visando à ascensão social dos alunos e, ao mesmo tempo, oferecer possibilidades para a criação de programas curriculares articulados a sequências e simultaneidades coerentes, porque todo educador deve tomar para si um pouco da responsabilidade de consolidar a leitura e a escrita na sala de aula através dos textos, porque mesmo sendo o papel do professor de língua portuguesa sistematizar o ensino da língua todas as disciplinas devem ensinar a utilizar os textos de que fazem uso” (BRASIL, 1997, p. 30).
1 – Argumento: Oferecer possibilidades para a criação de programas curriculares articulados a sequências e simultaneidades coerentes.
2 – Conclusão: Todo educador deve tomar para si um pouco da responsabilidade de consolidar a leitura e a escrita na sala de aula.
 
A linguagem é essencialmente argumentativa: os enunciados constituem argumentos que orientam para certas conclusões, e não outras. Sobre a linguagem nos textos, é correto afirmar que a interação cumpre o papel de CONVENCIMENTO e de PERSUASÃO.
Partindo de uma situação hipotética, em que um sujeito se depara com uma propaganda, no qual a imagem contida neste gênero textual é uma couve no formato de um herói. Em sua descrição, a seguinte frase: “A super-couve”. Os outros textos trazidos para essa propaganda levam o leitor a compreender que o legume tem destaque na refeição do brasileiro, porque ele é colocado em evidência entre alimentos não saudáveis, em um confronto simbólico. Temos uma relação real entre linguagem, argumentação e interlocutores.
SEMANA 4 – ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS
“(...) descreve e avalia uma dada obra a partir de um ponto de vista informado pelo conhecimento produzido anteriormente sobre aquele tema”
A ESTRUTURA DE UMA RESENHA
· Apresentar
Pano de fundo/Contextualização com o presente da época para a discussão sobre o tema do livro. Justifica a relevância de se resenhar a obra, indica que ele pode contribuir para entender como a internet, cada vez mais comum em nosso dia a dia, pode ser usada para fins pedagógicos.
Núcleo da apresentação: É a apresentação do assunto e o esclarecimento do que se trata.
· Descrever
Descrição de como a obra está estruturada.
Apresentar os nomes dos autores, as obras e os capítulos de que se fala em parágrafos separados.
Resumo do capítulo ou parte de obra em que o autor realiza certo tipo de ato não explicitado no texto original (Fulano da Silva trata das variações...)
· Avaliar
Explicita quais as contribuições do livro para a área de conhecimento
· Recomendar ou não a leitura da obra
Recomendação ou não do livro, indicando um público-alvo específico para quem seu conteúdo possa interessar.
Resenha crítica: Texto expositivo-argumentativo, onde se apresenta um objeto/tema e depois se faz uma crítica avaliativa dele.
Resenha científica: É feita por um aluno/acadêmico e é composto por aspectos resumidos e avaliativos por parte do pesquisador (não emite opiniões, mostra fatos científicos)
Resenha descritiva: Faz-se uma análise dos tópicos que compões um objeto/tema sem apresentar juízo de valor (opiniões), e descreve com detalhes.
RESUMO: É a síntese de um texto base e destaca suas principais ideias, mas não copia trechos do texto original e também não emite opiniões e posicionamentos. (é importante o uso de conectivos para dar unidade ao texto)
Estratégias de INTRODUÇÃO:
• Apresentação de fatos/argumentos; 
• Fazendo uma declaração inicial; 
• Lançando perguntas; 
• Estabelecendo comparações/semelhanças/diferenças; 
• Estabelecendo relações entre textos, faz citações e referências.
De acordo com Koch e Elias, contrapor argumentos favoráveis e contrários favorece o desenvolvimento do texto, pois demanda avaliar e julgá-los, permitindo ao autor evidenciar quais dentre eles são mais consistentes. Além disso, a comparação de argumentos fornece subsídios para uma reflexão mais ampla por parte do leitor.
Intertextualidade strictu sensu, que pode envolver textos de quaisquer gêneros (INTERTEXTO). Ela se diferencia da intertextualidade em geral, que leva em conta o diálogo entre quaisquer tipos de discurso.
A produção de um texto não é algo rápido, embora haja um mito de que, para se escrever um texto, basta apenas “sentar e escrever”. O ato de escrever envolve, também, planejamento, o que implica fazer e refazer diversas vezes até que se alcance o objetivo. É por isso que a introdução é o MOMENTO de PRENDER A ATENÇÃO DO LEITOR, FAZENDO COM QUE ELE TENHA VONTADE OU CURIOSIDADE DE PROSSEGUIR NA LEITURA EM BUSCA DE MAIS INFORMAÇÕES.
Leia o trecho a seguir, o qual está relacionado ao livro “O que devíamos ter feito”, de Whisner Fraga, lançado pela Editora Patuá, em 2020.
 “Todo livro provoca reflexões. E tanto melhor a obra quando nos provoca reflexões críticas como as acima enunciadas, porque aquela ponte da qual falamos acima parece se alargar a unir autor, personagens e leitores no que diz respeito a esta nossa tão sofrida condição humana. “O que devíamos ter feito” - contos, do escritor e crítico literário Whisner Fraga, é livro que se enquadra precisamente nisto. [...] De fato, Whisner Fraga lança mão de um potente arsenal metafórico. Um “caleidoscópio de sutilezas estilísticas, em que muitas vezes prescinde da linearidade ou da coerência das histórias (pois onde há caos não há estabilidade formal, mas ruptura), e toma as rédeas uma entidade que subverte toda a ordem estabelecida e anacrônica, que é a primazia de uma linguagem peculiaríssima e sofisticada.”
PODE SER CONSIDERADO COMO UMA RESENHA ELOGIOSA, POIS O AUTOR ABORDA APENAS ASPECTOS POSITIVOS DO LIVRO ANALISADO.
Tendo que explicar a um amigo que não conhecia a música de Caetano Veloso, e ainda há quem não a conheça, qual o sentido e a orientação da coisa toda, o valor de seus múltiplos valores, elaborei para mim próprio um esquema que permitisse algum esclarecimento. Para além da inteligência especial para os elementos íntimos, as soluções particulares, da forma canção, as sacadas formais precisas e simples do compositor, penso que seu trabalho, seu pensamento pela canção, se organiza ao redor de quatro eixos, que são eles mesmos multiplicados em variações e deslocamentos para mais perto ou para mais longe de seu centro” (AB´SÁBER, 2014, p. 44-45).
O TRECHO SUBLINHADO DEMONSTRA UMA DECLARAÇÃO INICIAL.
Para Koch e Elias (2016), há estratégias de produção textual argumentativa que contribuem para convencer um leitor, para indicar se aquele argumento está tomando um sentido coerente de posicionamento, se é positivo ou negativo. Os argumentos favoráveis ou contrários são possíveis por conta de uma ordem da estrutura do texto argumentativo, que é poder avaliar aquilo que está sendo discutido.
Sendo assim, observe os excertos a seguir, os quais dissertam sobre a obrigatoriedade do voto.
 Excerto 1 – Para muitos doutrinadores, o ato de votar constitui um dever, e não ummero direito. A essência desse dever está na ideia da responsabilidade que cada cidadão tem para com a coletividade ao escolher seus mandatários.
[...] 
Excerto 2 – Os que não concordam com o voto obrigatório acreditam de que não temos uma sociedade com maturidade política suficiente para praticar a democracia como a maioria dos países do Primeiro Mundo.
[...]
Excerto 3 – Os argumentos que determinaram a obrigatoriedade do voto no Brasil merecem uma reavaliação, pois essa exigência já existia no Código Eleitoral de 1932, ou seja, há mais de meio século, quando as condições econômicas e políticas do país eram bastante diferentes.
O EXCERTO 1 É UM ARGUMENTO A FAVOR DO VOTO OBRIGATÓRIO, O EXCERTO 2 É ARGUMENTO CONTRÁRIO AO VOTO OBRIGATÓRIO E O EXCERTO 3 É A CONCLUSÃO.
“Mas, como sabemos, do ponto de vista do desenvolvimento do texto e da argumentação pretendida, apenas indicar uma lista de razões na forma de tópicos não é suficiente. Ainda é preciso avançar, agora em um segundo movimento que, por sua vez, pressupõe a explicação dos tópicos elencados” (KOCH; ELIAS, 2016, p. 185).
A explicação, presente no segundo momento, é desenvolver os tópicos apenas elencados anteriormente
Para que um texto seja bem escrito, é necessário que haja um planejamento de sua estrutura, ou seja, é preciso que saiba de onde vai partir e aonde quer chegar com sua escrita, tudo isso levando em consideração o seu leitor. Por isso, é importante: 
I - Delimitar o tema que será abordado.
II - Delimitar o objetivo, ou seja, estipular qual é a finalidade da produção textual.
III - Delimitar o gênero, ou seja, qual o gênero adequado para o objetivo do texto.
Houve uma época em que se dizia que a resenha era o resumo do resumo, o que não é verdade. A fim de esclarecer, a resenha crítica é um texto expositivo-argumentativo. Ela se divide em três tipos: a elogiosa, a negativa e também a construtiva.
Quanto às suas características:
 II. A negativa foca apenas nos pontos que deixam a desejar.
III. A construtiva é semelhante aos recados de um professor de redação, primeiro sobre os pontos negativos, logo depois sobre o que pode melhorar.
 
SEMANA 5 – REVISÃO TEXTUAL
COESÃO TEXTUAL
“É a essa articulação de partes – das palavras aos parágrafos, do título ao texto inteiro – que chamamos coesão textual: o uso de vários recursos para assegurar uma ligação significativa entre esses componentes do texto. Essa conexão entre partes não se realiza apenas pelo uso adequado de conjunções, como se costuma afirmar, mas vai muito além e abrange uma série de artifícios”
Funções da coesão 
1. Manter a referência sobre os elementos dos quais se fala (expressando-os e retomando-os); 
2. Permitir o desenvolvimento dos comentários sobre os elementos dos quais se fala; 
3. Permitir que frases, períodos e parágrafos componham o texto estabelecendo relações significativas.
Coesão por substituição do termo:
· Pronomes e Advérbios
· Sinônimos
· Perífrases/Descrições definidas (vendedor = homem que vende)
· Nominalização (o sumiço = sumir / comemoração = comemorar)
· Elipse/Omissão de um termo
Coesão por repetição
· Uso estilístico: eloquência, persuasão e emoção (Sol que nasce, Sol que vem, Sol que brilha, para mim também)
· A repetição é indicada nos casos de: termos técnicos ou científicos que não têm sinônimos e textos dirigidos para o público infantil.
Coesão título-texto
“Um bom texto também é coeso se apresentar uma conexão significativa entre o título (se tiver um) e aquilo que for expresso sob esse título”
(a) Funcionar como elemento que antecipa ao leitor sobre o que você vai falar, como uma espécie de ideia-resumo; 
(b) Deixar seu leitor em expectativa, convidando-o à leitura para desvendar por que seu texto recebeu tal título; 
(c) Ser colocado para que contrarie todas as expectativas do leitor, iludindo-o, para que, somente ao final do texto, desvende o real significado do texto inteiro, ou do próprio título.
Estrutura padrão da frase
Estrutura padrão da frase que serve como uma matriz a partir da qual podem ser criadas, modificadas e expandidas outras frases.
SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO
Isolando o SVC
Tendo sido expulso pelo partido, [o vereador] [guardou] durante um bom tempo [mágoa de seus companheiros], antigos colegas de campanha.
SUJEITO = O VEREADOR		VERBO = GUARDOU 	COMPLEMENTO = MÁGOA DE SEUS C...
SV
Frases que são formadas por sujeito + verbo que não exige complemento (Intransitivos) e tem sentido por si só.
Meus [pais] [viajaram]
Acrescentando ideias complementares ou acessórias
Tanto no SV como no SVC podemos acrescentar ideias complementares, cuidado com o uso da vírgula
Norma básica: não use vírgulas para separar os termos correspondentes ao SVC, apenas para assinalar termos acrescentados como ideias suplementares.
Utilizo, quase sempre, qualquer tipo de computador. – Acessório no meio (separado por vírgula)
Quase sempre, utilizo qualquer tipo de computador. – Ênfase no acessório
Utilizo qualquer tipo de computador quase sempre. – Acessório não se destaca (vírgula dispensada ou opcional)
Se houver acréscimo de ideia suplementar entre o “e” e o restante do enunciado, assinale o acréscimo com vírgulas
Falou demais e, nos dois encontros, não convenceu ninguém.
Inversões da ordem SV(C)
Dormiam os pássaros no ninho (Os pássaros dormiam no ninho)
Intensamente brilhava o sol (O sol brilhava intensamente)
Uma das maneiras de manutenção da coesão textual é a repetição. A recorrência é que, para um texto ser considerado bom, quando não utilizado por uma estilística da literatura ou marcação enfática, a repetição deve ser evitada, convocando, dessa maneira, a utilização da coesão de substituição dos termos. No entanto, nem tudo é uma regra, ou seja, há exceções para a utilização da repetição, uma delas é quando o texto é destinado ao público infantil.
Diante do exposto, assinale a alternativa correta para a exceção no uso da repetição.
Quando estamos utilizando um termo técnico.
Tudo para a produção textual possui uma função, seja da ordem das palavras seja da ordem de autoria. Sendo assim, a coesão textual não deixaria de cumprir uma função para a produção do texto. 
I. Manter a referência sobre os elementos dos quais se fala (expressando-os e retomando-os).
II. Permitir o desenvolvimento dos comentários sobre os elementos dos quais se fala.
III. Permitir que frases, períodos e parágrafos componham o texto estabelecendo relações significativas.
De acordo com Sautchuk (2011, p. 18), “um bom texto também é coeso se apresentar uma conexão significativa entre o título (se tiver um) e aquilo que for expresso sob esse título”. Tendo em vista a estruturação de um texto, toda a estrutura deve estabelecer uma coesão que ligue todos os elementos em uma construção textual, cada elemento cumprindo sua função, sejam elas a importância das palavras, os parágrafos ou o título.
I. ( V )  A função de antecipar ao leitor sobre o que o autor/texto vai trazer.
II. ( V ) Uma das funções do título é criar uma expectativa no leitor.
III. ( F ) A função do título é nunca interrogar o leitor.
IV. ( F ) O título tem como funcionalidade confortar o leitor.
V. ( V ) Enganar o leitor se enquadra como uma das funções do título. 
Sobre o uso da vírgula, é importante lembrar que a ideia suplementar deve estar marcada com o seu início e o seu fim. Sautchuk (2011) explica que a utilização da vírgula sofre movimentos, por conta da organização SVC, da variação, da utilização da ideia suplementar dentro de um texto, se a inserção vem no início da frase e, até mesmo, não usar a vírgula.
Sendo assim, assinale a alternativa que corresponde à inserção de vírgula dentro da frase de maneira correta.
O meu amigo da Itália, numa atitude muito infantil, gastou todo dinheiro que os pais enviaram.
Ao trazer a estruturação de uma frase tida como padrão, Sautchuk (2011) explica que é uma das maneiras mais corretas ao produzir uma frase, é sujeito, verbo e complemento. Entretanto, algumas frases são consideradas concretas, estruturadas, sem a utilização do complemento.Há, inclusive, uma representação SV(C) que joga com a estruturação da frase padrão com o complemento dentro e fora da maneira correta de produzir uma frase. Assim como o nome já determina, o complemento complementa algo, no caso, o verbo da ação de um sujeito. Quando isso não ocorre, o verbo é considerado intransitivo, ou seja, os sentidos bastam nele só. 
I. ( V ) Maria dormiu.
II. ( V ) Este argumento não procede.
III. ( F ) Pedro viu.
IV. ( V ) Meu vizinho namora.
V. ( V ) Meu filho ainda não nasceu.
Segundo Sautchuk (2011), há maneiras de produzir, corretamente, uma frase. Ainda, compreende-se que é pela estrutura padrão de uma frase que outras podem ser criadas, modificadas e expandidas. Isso porque a estrutura padrão de uma frase serve como uma matriz, todas as outras formas de produção textual surgem a partir dela.
Estrutura padrão da frase: Sujeito, verbo e complemento.
Tendo a repetição como um ponto importante para a atuação da coesão textual, evitá-la seria possível por meio da substituição dos termos. Considerando as articulações possíveis para e pela coesão textual, temos pontos que são ressaltados para uma produção textual, tais como a perífrase, que são descrições definidas, por exemplo: o jogador de futebol Pelé, que pode ser substituído por O rei do futebol. Ainda, temos os pronomes e os advérbios, que pode ser considerado um substituto de um verbo, um adjetivo ou de um substantivo. O advérbio não sofre flexões, enquanto o pronome pode sofrer. Exemplo de advérbio: Aquele menino bate forte, para Aquele menino bate fortemente. Exemplo de pronome: A bola é de João, para A bola é dele. Ainda, temos a substituição por elipse, por sinônimos e por nominalização. 
I - Por meio da supressão de um termo que já fora mencionado, essa omissão não danificaria o sentido do texto. 1- Elipse
II - Quando o termo a ser substituído possui o mesmo sentido ou um sentido parecido com o novo termo, não alterando os sentidos. 3- Sinônimos
III - Quando ocorre a paráfrase, utilizando de um substantivo para alterar o verbo, consequentemente a estrutura da frase. 2- Nominalização
SEMANA 6 - Escrita Acadêmica
A disseminação do conhecimento científico:
“pressupõe a transferência de informações científicas e tecnológicas, transcritas em códigos especializados, a um público seleto, formado por especialistas” (BUENO, 1985, p.1421).
Objetivos da produção textual acadêmica:
→Colocar a comunidade de especialistas a par do conhecimento científico produzido e de sua forma de produção;
→Avaliar o conhecimento cientifico produzido e sua forma de produção;
→Competir na política de financiamento para pesquisa; Assegurar espaço profissional e índices de produtividade intelectual (Publique ou pereça).
“Demandas e objetivos acadêmicos específicos solicitam gêneros específicos, organizados a partir de estruturas e formas também específicas. Portanto, você conhecer e saber produzir essa diversidade de gêneros é essencial ao desenvolvimento de seu letramento acadêmico, (...)” (VIEIRA e FARACO, 2019, p.91).
Os gêneros acadêmicos:
• Resenha;
Além de sumariar informações de um outro texto, apresenta comentários e avaliações sobre ele, os quais costumam vir fundamentados, explicitamente ou não, em outras obras e autores que tratam do tema (VIEIRA e FARACO, 2019, p.96).
É avaliada pela contextualizacão, descrição, avaliação e recomendação
• Resumo;
Um dos gêneros mais importantes nas atividades acadêmicas, sumariza conteúdos de outro texto para posterior consulta ou de um trabalho submetido a evento ou periódico (VIEIRA e FARACO, 2019, p.95).
• Fichamento;
Um dos gêneros mais importantes nas atividades acadêmicas, sumariza conteúdos de outro texto para posterior consulta ou de um trabalho submetido a evento ou periódico (VIEIRA e FARACO, 2019, p.95).
• Relatório;
Reporta e analisa o desenvolvimento e os resultados de atividades de estágio, pesquisa ou extensão, num determinado período de tempo, geralmente fundamentando a descrição e os comentários em literatura teórica adequada (VIEIRA e FARACO, 2019, p.96)
• Monografia.
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é bastante exigido nos cursos superiores, concentra sua abordagem num determinado tema ou problema, a partir de embasamento teórico e procedimentos metodológicos (VIEIRA e FARACO, 2019, p.96)
• Artigo científico/acadêmico; (consiste em condensar as principais ideias do texto)
Publicado em periódicos acadêmicos, é o gênero mais usado como meio de produção e divulgação de conhecimentos decorrentes de atividades de pesquisa nas universidades. Em geral, compõe-se das seguintes seções:
introdução, fundamentação teórica, metodologia, resultados e discussão e considerações finais, além de resumo (em português e em outra língua) e referências bibliográficas (VIEIRA e FARACO, 2019, p.96).
1- INTRODUÇÃO + 2- REVISÃO DE LITERATURA
	(1) Selecionar as referências bibliográficas relevantes ao assunto;
(2) Refletir sobre os estudos anteriores da área;
(3) Delimitar um problema ainda não totalmente estudado na área;
3- METODOLOGIA ou MATERIAIS E MÉTODOS,
	• (4) Elaborar uma abordagem para o exame desse problema;
• (5) Delimitar e analisar um conjunto de dados representativo do universo sobre o qual deseja alcançar generalizações;
4- RESULTADOS e DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.
• (6) Apresentar e discutir os resultados da análise desses dados;
• (7) Concluir elaborando generalizações a partir desses resultados, conectando-as aos estudos prévios dentro da área de conhecimento em questão.
Segundo Bueno (1985, p. 1421), um texto acadêmico “pressupõe a transferência de informações científicas e tecnológicas, transcritas em códigos especializados, a um público seleto, formado por especialistas”. Sendo assim, existem gêneros textuais que são direcionados para o conhecimento científico, ocupam uma função de gêneros acadêmicos. 
Resumo, monografia e artigo científico. 
Castro ([2022]) define que o artigo científico é o gênero acadêmico mais recorrente para a academia, isso porque ele, além de ser o gênero mais publicado em periódicos especializados, seu tamanho é ideal para apresentar pesquisas que surgem conforme a emergência da sociedade. Ainda, ele afirma que é o “gênero acadêmico publicado em periódicos especializados que relata os resultados de uma atividade de pesquisa avaliando-os em relação à literatura na área e fornecendo uma conclusão quanto ao seu significado. O texto tem aproximadamente 10 mil palavras e pode ser escrito por um ou mais autores” (CASTRO, [2022], p. 1). É válido reforçar que todo gênero acadêmico possui uma estruturação que deve ser seguida.
Dessa forma, é correto que afirmar que a estruturação de um artigo científico é: resumo, introdução, revisão de literatura, metodologia ou materiais e métodos, resultados e discussão dos resultados.
Para Bueno (1985), o texto científico cumpre uma função essencial para a sociedade, pensada em um bem comum. Ao construir seu texto pensando no jornalismo científico, o(a) escritor(a) busca a vinculação das grandes massas e da comunicação/tecnologia ao que foi escrito. Deslocando o jornalismo para pensar no texto acadêmico científico, podemos afirmar que a difusão, a dimensão e a divulgação científica estão intrínsecas à produção acadêmica científica. 
1 – Difusão.
	III – Faz referência a todo e qualquer processo ou recurso utilizado para a veiculação 	de informações científicas e tecnológicas.
2 – Disseminação.
	I – É a transferência de informações científicas e tecnológicas, transcritas em códigos 	especializados, a um público seleto e formado por especialistas. 
3 – Divulgação.
	II – Compreende a utilização de recursos, técnicas e processos para a veiculação de 	informação científica e tecnológica ao público em geral. 
SEMANA 7 - ESCRITA ONLINE E INTERNETÊS
“Para alguns estudiosos da internet, o internetês é nada mais que uma forma de transmitir
mensagens, utilizando uma escrita reduzida e “truncada” que imita a modalidade da fala. E, por conseguinte, eles entendem que os efeitos do internetês são, em larga medida, nocivosà
norma culta e prejudiciais à juventude, que, uma vez viciada no novo linguajar da moda, fica
impedida de seguir com eficiências as regras da escrita culta” (RAJAGOPALAN, 2012, p.40)
A internet tem feito com que a linguagem evolua para uma nova forma de comunicação,
diferente em aspectos da fala e escrita tradicionais.
A comunicação mediada por computador (CMC) x a FALA:
• Ausência de feedback simultâneo;
• Ausência de tonalidade da voz (expressão de emoções);
• Múltiplas interações simultâneas (como em salas de conversa em tempo real)
A comunicação mediada por computador (CMC) x a ESCRITA:
• Dimensão dinâmica – animações e atualização de páginas;
• Habilidade de enquadrar mensagens (mediante o cortar e colar e-mails);
• Hipertextualidade (apenas aludida na escrita tradicional como notas de rodapé).
De acordo com Antonio Carlos Xavier, a presença de emoticons e winks nos textos de mensagem, via Internet, autorizam a dizer que estamos diante de um dialeto escrito.
“Dualismos como o da “fala versus escrita” são simplesmente insuficientes e incapazes para dar conta do novo meio, o internetês, que acena para novas formas de letramento surgindo no horizonte” (RAJAGOPALAN, 2012, p.41)
“[Para McLuhan] todo novo meio de comunicação, toda nova tecnologia, impacta nossas vidas não pelo conteúdo que ele consegue transmitir, mas em virtude de suas próprias características”
“o internetês tem como seu conteúdo não a mensagem, mas a escrita convencional” (RAJAGOPALAN, 2012, p.42)
• A língua do pê e o internetês
	São frutos de trabalhos sobre a escrita usual para transmitir mensagens. Em ambos 	os casos, o que temos, primeiramente, são algumas adaptações (...) efetuadas a fim 	de reduzir o tamanho do recado transmitido
O internetês e seu diferencial
• Não é uma abreviação grotesca da línguapadrão;
• É uma língua em construção: moldada segundo necessidades e conveniências que vão surgindo;
• Diferente das línguas artificiais, o internetês não tem um único criador;
• É fruto do trabalho coletivo de milhões de usuários
O impacto da tecnologia sobre a língua
• A tecnologia não é somente um instrumento, um meio encarregado de levar o conteúdo;
• O desenvolvimento das tecnologias de comunicação afetam as formas linguísticas e as práticas comunicativas;
• As necessidades comunicacionais afetam e moldam a forma linguística utilizada;
• A língua sofre mudanças para se adequar melhor às novas necessidades de comunicação.
Internetês e mudança linguística
• Está evoluindo sem a supervisão ou controle de algum órgão fiscalizador;
• Participantes de uma mesma rede nem sempre compartilham das mesmas circunstâncias linguísticas sociais, culturais;
• Necessidade de se comunicar com rapidez e com parcimônia de palavras;
• Mesclagem da escrita, da fala e da imagem (multimodalidade);
• Apesar da espontaneidade na criação, o internetês tem suas regras.
“No lugar de especular no escuro sobre esse assunto, uma forma mais proveitosa de abordar a questão é perguntar quais os fatores que estão fazendo do próprio internetês algo volátil com rumos tão imprevisíveis” (RAJAGOPALAN, 2012, p.48)
Encontramos no internetês, traços típicos da oralidade, como:
· Alongamento de vogais (aeee)
· Ausência da consoante (r): manda/mandar, faze/fazer, chega/chegar
· Substituição das vogais finais para as pronunciadas na fala: meiu, tardi, ocupadu
· Supressão de vogais e consoantes: blz, ctg, tbm, kd, flw, td
Ao escreverem textos na internet, os autores procuram:
· Situar o leitor sobre o objetivo da escrita
· Revelar ou "esconder" o responsável pela constituição do texto/dizer
· Garantir uma progressão sequencial
· Organizar o texto e orientar o leitor em direção às conclusões desejadas
Rajagopalan (2012), atravessada pelas discussões propostas por David Crystal (2010), discute que a internet tem possibilitado com que a linguagem evolua, em sua forma de comunicação, de produção e de adequação, o que se difere, consequentemente, dos aspectos de escrita e falas da norma culta padrão, a tradicional. Ainda, a autora explica que com a evolução da escrita, dessa linguagem da internet, novos gêneros surgiram, tais como o blog – ou, atualmente, as redes sociais.
Apoiados na discussão de Rajagopalan (2012), temos hoje uma nova escrita. Dessa forma, assinale a alternativa correta.
Escrita on-line
Para pensar no internetês, a escrita e fala são partes que se constituem uma na outra, principalmente porque a nova linguagem da internet parte de uma relação já estabelecida entre a comunicação oral e a comunicação textual. Entretanto, apenas a fala e a escrita, por meio de uma norma-padrão culta determinada para o letramento da sociedade, não dão conta de assegurar essa nova maneira de se comunicar. Sendo assim, há um dualismo que coloca fala VERSUS escrita; a partir disso, o INTERNETÊS surge como uma nova forma de letramento, possibilitada pelo advento da tecnologia e da internet.
Xavier (2012) afirma, assim como outros autores trazidos para discutir o internetês, que o internetês surgiu de uma necessidade de uma comunicação espontânea e na velocidade da rede. As canetas foram substituídas pelos teclados. Para a escola, ela chega não como uma difusão dos professores, mas por conta de os novos alunos que são ressignificados pela era internauta. O autor classifica esses alunos como GNET (geração internet), uma vez que é composta por alunos que nasceram no início dos anos 90, considerados nativos digitais, ou seja, foram se desenvolvendo conforme as novas tecnologias também se desenvolviam. Sendo assim, esses alunos já chegavam na escola sofrendo tal influência. 
II. ( V ) Jogaram e, ainda hoje, jogam videogame com certa frequência, seja em lugares especializados seja no ambiente familiar.
III. ( V ) Acompanharam a evolução dos diferentes jogos eletrônicos, do seu surgimento ao seu envelhecimento e renovação em três dimensões.
IV. ( V ) Viram de perto a chegada da quarta mídia, a internet, colaborando, inclusive, com a popularização da internet para aquele tempo. 
V. ( V ) Usaram os primeiros navegadores de internet, possibilitando que um usuário não especialista explorasse os dados da grande rede.
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