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AP2 - Resenha Crítica - Documentário Quando sinto que já sei

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Gabriela Q. Bicca
Psicologia da educação e da aprendizagem
AP2 - Resenha Crítica - Documentário: Quando sinto que já sei
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Dirigido por: Antonio Sagrado - Raul Perez - Anderson Lima
Produção: Despertar Filmes
Patrocínio: 487 coprodutores
Apoio Oficial: Crowdfunding Catarse
Categoria: Documentário
Pesquisa complementar: https://www.terra.com.br/noticias/educacao/quando-sinto-que-ja-sei-filme-mostra-alternativas-para-a-educacao,29ad2f6dd8652410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html
https://www.catarse.me/quandosintoquejasei
ENTREVISTADOS
Tião Rocha, educador e idealizador do CPCD
Miguel Nicolelis, Médico, Professor na Duke University, Projeto Walk Again e Centros de Educação Científica da AASDAP
José Pacheco, Educador e idealizador da Escola da Ponte
Sabrina Campos, Biel Baum, Rafael Velasco, Raquel de Campos e David de Campo, Família Unschooler e Escola com Asas
Ana Elisa, diretora da EMEF Amorim Lima
Alexandre Sayad, jornalista, criador do Portal Aprendiz e ativista da educação
Helena Singer, diretora pedagógica da Associação Cidade Escola Aprendiz
Alessandro César Bigheto, pedagogo, professor e autor
Dora Incontri, escritora e doutora em educação e referência em pedagogia espírita
Augusto Cuginotti, Ex-educador de Summerhill e Anfitrião de aprendizagem
Andresa Prata, Ex-educadora de Summerhill e Pedagoga
Simone André, Coordenadora de Educação Complementar do Instituto Ayrton Senna
Luiz Algarra, designer de fluxos de conversação e pesquisador em educação
Rafael Parente, Subsecretário de novas tecnologias na educação do Rio de Janeiro
Regina Steurer, fundadora e conselheira do Projeto Âncora
Suzana Ribeiro, coordenadora geral do Projeto Âncora
Cláudia e Edilene, educadoras do Projeto Âncora
Tia Dag e Saulo Garroux, idealizadores da Casa do Zezinho
Leonardo Brant, pesquisador cultural
Rejane Cantoni, artista plástica e professora universitária
Celso Seikiguchi, economista e pai em escola democrática
Mauro de Salles Aguiar, Colégio Bandeirantes
Onésima Mourthe, coordenadora pedagógica no Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento
Gabi Yanez e Carol Sumiê, educadoras da Politeia
Dora Montenegro, Diretora na Escola Alfredo J. Monteverde - Projeto de Educação Científica da AASDAP (Natal – RN)
Rachel Dantas E Silva, Asessora Pedagógica na Escola Alfredo J. Monteverde - Projeto de Educação Científica da AASDAP (Natal – RN)
Daniella Martins, Coordenadora Pedagógica unidade Natal do Projeto de Educação Científica da AASDAP (Natal – RN)
Rosélia Cristina, Coordenadora Pedagógica unidade Macaíba do Projeto de Educação Científica da AASDAP (Natal – RN)
PROJETOS VISITADOS - Projeto Âncora (Cotia – SP) - Casa do Zezinho (São Paulo – SP) - Politeia (São Paulo – SP) - EMEF Amorim Lima (São Paulo – SP) - Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (Curvelo - MG) - GENTE (Rio de Janeiro - RJ) - Escola Alfredo J. Monteverde - Projeto de Educação Científica da AASDAP (Natal – RN) - Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente Campos Salles (São Paulo - SP) - Projeto Araribá (Escola Municipal Sebastiana Luiza de Oliveira Prado - SP).
SOBRE O AUTOR:
Durante o ensino fundamental, Perez frequentou pelo menos cinco escolas públicas de São Paulo - filho de pais separados estudava ora perto da casa de um, ora da de outro. No ensino médio, foi para uma escola técnica em São Bernardo do Campo. Depois, ingressou no curso de jornalismo da PUC-SP. Essas experiências deram ao jovem uma noção sobre como funcionava o ensino brasileiro, e já durante a faculdade, inspirado pela leitura do livro Vigiar e Punir, do filósofo francês Michel Foucault, decidiu tentar compreender esse sistema que busca a “manutenção da ordem” e passou a se dedicar ao estudo da relação entre professor e aluno, questionando por que essa relação não mudara ao longo dos séculos. Achou que talvez na Universidade de Coimbra, uma das mais antigas do mundo, pudesse obter algumas respostas, e foi a Portugal para um intercâmbio de seis meses. Na Europa, seu caminho se cruzou com o do amigo Antonio Lovato, que também estava na região fazendo um estudo na área, sobre escolas democráticas. Se encontraram e decidiram unir as duas pesquisas e desenvolver um projeto juntos, o que culminou na produção de Quando sinto que já sei. Quando Perez voltou ao Brasil, no início de 2011, ele e Lovato começaram a procurar modelos alternativos de ensino no País, como os que haviam conhecido durante a viagem. A partir de algumas iniciativas com que já tinham contato e das muitas indicações do educador José Pacheco, idealizador da Escola da Ponte, no distrito português de Porto, selecionaram os projetos que seriam incluídos no filme.
PERSPECTIVA TEÓRICA DA OBRA
O documentário Quando sinto que já sei registra práticas educacionais inovadoras que estão ocorrendo pelo Brasil. A obra reúne depoimentos de pais, alunos, educadores e profissionais de diversas áreas sobre a necessidade de mudanças no tradicional modelo de escola. Projeto independente, o filme partiu de questionamentos em relação à escola convencional, da percepção de que valores importantes da formação humana estavam sendo deixados fora da sala de aula.
SÍNTESE DA OBRA
O documentário apresenta práticas educacionais inovadoras enquanto os entrevistados compartilham suas vivencias. Cada uma das escolas que participam do documentário apresentaram os seus projetos, metodologias utilizadas, assim como a relação e o impacto com a comunidade. 
TESES DESENVOLVIDAS NA OBRA:
O documentário nos apresenta a Educação Democrática, que de modo geral defende o professor como mediador, não como distribuidor de conhecimento, e é nessa relação entre docente e aluno que acontece a educação. 
· Cada Escola Democrática apresenta suas peculiaridades - Principais pontos de cada Escola/Projeto:
· Projeto Âncora:
· Ensino fundamental em período integral.
· Não há divisão por séries ou idade.
· Espaços livres para aprendizagem.
· Forte integração com a comunidade.
· Ensinar o aluno a se transformar em um estudante que vai além, que reconhece o aprendizado como um desafio.
· O aluno se valoriza como ser humano e consequentemente valoriza a sua comunidade.
· Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente Campos Salles (São Paulo - SP):
· República dos alunos.
· Construção da democracia.
· Trabalho em equipe visto por diferentes perspectivas, pode ser um ponto forte ou ponto fraco, a final vivemos em um mundo capitalista, onde a individualidade é incentivada.
· É possível que na incompletude de cada indivíduo, um com o outro, aprenda, mediado pelo educador, a ser e a conviver melhor.
· Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (Curvelo - MG);
· A equipe do CPCD tem em mente que a escola é um meio e a educação é um fim.
· Acolher- valorizar a criança como pessoa.
· Pedagogia do Pé de Manga - é possível fazer educação sem escola, embaixo de um pé de manga? Tião Rocha
· Aprendizagem significativa.
· Projeto Araribá - Escola Municipal Sebastiana Luiza de Oliveira Prado:
· Adota a gestão democrática, com a participação dos alunos, funcionários e comunidade através das plenárias. 
· Autonomia pedagógica, administrativa e financeira garantida pela Constituição Federal
· Professores trabalham com projetos elaborados junto com os alunos e baseados em valores da comunidade. 
· Existem vários espaços fora da escola, de parceiros da comunidade, como hortas e artesanato local. 
· Alguns espaços dentro da escola foram construídos pelos membros da comunidade para suprir uma necessidade da instituição e revelam a cultura local, como a casa de pau a pique.
· Meta de uma escola sem paredes, turmas, classes e sem aulas.
· Escola Alfredo J. Monteverde - Projeto de Educação Científica da AASDAP (Natal – RN):
· Educação transdisciplinar.
· Três unidades no estado.
· Reuniões semanais com os professores da região.
· Oferece um novo modelo de educação.
· Crianças protagonistas do aprendizado.
· O aprendizado é coletivo.
· Crítica às escolas que não saem da zona de conforto.
· Escola Viva Inkiri (BA):
· Proposta de uma Educação Viva, em que a criança viveem um ambiente protegido em que pode ser livre.
· Educação para a autonomia - não diretiva.
· Intenso contato com a natureza.
· Integração com a comunidade.
· Cada um tem sua forma de ser, de aprender.
· Os principais aspectos compartilhados pelos entrevistados:
· As escolas tradicionais funcionam com um modelo universal. Só se preocupam com o processo cognitivo e esquecem o lado humano do aluno.
· O professor tem que ver os aspectos humanos do aluno, é um processo trabalhoso, é difícil tanto para o aluno quanto para o professor.
· Hoje a escola não tem suporte nem do bom senso, muito menos da ciência.
· Pedagogia “bossa nova” - trazer o que há de melhor no brasileiro, encontrados nos aspectos culturais, na diversidade, na ginga, na criatividade. Ou seja, uma pedagogia de alma brasileira.
· A criança deve aprender a lidar com as escolhas.
· Não basta pedir desculpas. É preciso aprender a se relacionar com o outro ao se desculpar. O desafio é o exercício de professores mediadores em situações como essa. 
· Os projetos costumam ser desafios. Enfrentados por todos envolvidos de maneiras variadas. A mudança pode se apresentar como algo que assusta. 
· Mas apesar dos desafios a educação precisa sair do reducionismo. 
REFLEXÃO CRÍTICA
O documentário Quando sinto que já sei desmistifica o estigma de que uma educação mais humana, democrática e integrada ao meio ao qual está inserida não é viável. É super emocionante ver que tudo isso é possível, que acontece e que é real. Espero que, Quando sinto que já sei voe tão alto quanto a minha imaginação voou ao assisti-lo. Que alcance educadores, gestores da educação, pais, alunos, comunidades inteiras. Que todos sintam-se instigados a transformar sem deformar. Que a educação aconteça respeitando todas as formas, pessoas, espaços, que a educação aconteça respeitando a vida.

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