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MERCANTILISMO 1
〰
MERCANTILISMO 
Mapa dos 
domínios da 
Espanha e de 
Portugal no século 
XVI, quando essas 
duas nações 
aplicaram as 
práticas 
mercantilistas na 
exploração das 
colônias.
CONTEXTO HISTÓRICO
O mercantilismo foi uma prática econômica, vigente na Europa entre os séculos XV e XVIII, 
que ajudou na consolidação da burguesia como classe social dominante. Sua origem está na 
transição do feudalismo para o capitalismo, durante a crise da Idade Média e a formação dos 
Estados nacionais.
Crise da Idade Média
Novas técnicas agrícolas 
permitiram o aumento da 
produção de víveres, gerando 
um excedente que pôde ser 
comercializado. O aumento na 
O século XIV é quando 
os historiadores 
estipulam a fronteira 
final da Idade Média. 
Trata-se de um século 
A fome gerou grandes revoltas 
de camponeses, sobretudo a 
partir do século XIII, e o 
crescimento urbano colocou 
fim no isolamento feudal. 
MERCANTILISMO 2
produção de alimentos 
garantiu um aumento 
populacional, mas também do 
comércio e, consequentemente, 
da circulação de moeda.
Com o aumento populacional, 
o número de pessoas 
mudando-se para as cidades 
aumentou e a quantidade de 
comerciantes ao redor delas 
também. O século XIII 
intensifica esse processo de 
êxodo rural, pois as produções 
agrícolas ruins fizeram com 
que muitos buscassem 
sobreviver nas cidades.
A Peste Negra causou 
a morte de cerca de 
1/3 da população 
europeia ao longo do 
século XIV.
de crise, caracterizado 
por guerras que 
causaram destruição e 
geraram mais fome, e 
isso resultou na Peste. O 
século XIV é marcado 
pela famosa Peste Negra 
— surto de peste 
bubônica responsável 
pela morte de 1/3 da 
população europeia ao 
longo desse período.
Revoltas também aconteceram 
nas grandes cidades, 
principalmente pela falta de 
empregos. Novas estruturas de 
poder começaram a surgir, a 
organização política dos reinos 
modificou-se e, assim, 
surgiram os Estados nacionais.
O enfraquecimento do 
feudalismo e o fortalecimento 
do comércio resultaram no 
mercantilismo. Quando 
Constantinopla cai e o 
comércio com o Oriente fecha-
se, a Europa volta-se para o 
Oeste. A exploração do 
Oceano Atlântico abriu novas 
fronteiras e consolidou o fim 
da Idade Média.
ORIGEM
MERCANTILISMO 3
A origem do mercantilismo está 
diretamente associada 
ao desenvolvimento 
do Absolutismo e à formação dos 
Estados Nacionais Modernos. Esse foi 
o período de ascensão da burguesia, 
classe que prosperava por meio do 
comércio e que defendia o fim dos 
privilégios da nobreza feudal. A 
burguesia viu no fortalecimento do 
monarca uma forma de combate aos 
privilégios dessa classe, privilégios 
oriundos do feudalismo.
Assim, gradativamente a ideia de 
concentração do poder na mão do 
monarca se fortaleceu. A nobreza, que 
desejava manter parte de seu status, foi 
obrigada a aceitar a nova ordem que se 
estabelecia, devendo abrir mão de 
alguns de seus privilégios, como o 
direito de formar forças armadas 
privadas.
Essa centralização do poder nas mãos 
do monarca consolidou o surgimento do 
mercantilismo, mas também resultou no 
surgimento dos Estados Nacionais 
Modernos, isto é, nações que possuíam 
um aparato de burocracia complexo, 
com poder centralizado. Essa 
burocracia auxiliava o monarca no 
processo de administração pública do 
reino.
A navegação marítima e o 
colonialismo contribuíram para a 
consolidação do mercantilismo.
As forças militares passaram para as mãos do 
monarca e se tornaram profissionais, a lei e a justiça 
foram unificadas, foram impostas as padronizações 
da moeda e, em alguns locais, linguística. Os 
Estados Nacionais Modernos procuraram expandir 
suas fronteiras territoriais por meio das navegações 
marítimas. Destaca-se ainda que o modo de 
produção feudal perdeu força e deu espaço à 
consolidação do comércio e da exploração dos 
recursos de outros locais por meio do colonialismo.
MERCANTILISMO 4
Burguesia se une ao rei e forma 
o Estado-nação
Formação dos Estados 
nacionais
CARACTERÍSTICAS
 basea-se na exportação (bcf) e no metalismo, que consistia no acúmulo de metais 
preciosos nos cofres do reino; 
balança comercial 
favorável → defesa da 
ideia de que era necessário 
exportar mais do que 
importar; balança positiva;
protecionismo 
alfandegário→ cobranças 
de impostos sobre produtos 
estrangeiros para proteger o 
mercado interno.
intervenção estatal → o 
Estado interviria na 
economia com frequência 
como forma de garantir os 
seus interesses comerciais;
colbertismo→ incentivo ao 
desenvolvimento de 
manufaturas como forma de 
proteger a economia; Atrair 
riqueza por meio da vinda 
↘ BULIONISMO; Essa característica mercantilista foi 
aplicada por Portugal e Espanha enquanto organizavam a 
exploração de suas colônias na América. Os espanhóis 
conseguiram explorar ouro logo no início da colonização, 
enquanto os portugueses não tiveram a mesma sorte logo 
após o desembarque no litoral brasileiro. Somente no 
século XVIII que as primeiras minas de ouro foram 
encontradas pelos bandeirantes no interior do Brasil.
A obtenção de riqueza no mercantilismo poderia se 
dar de diversas maneiras. O Estado poderia cobrar 
impostos da população, vender cargos públicos e 
títulos de nobreza, confiscar bens, ceder privilégios 
comerciais para um determinado grupo em troca de 
compensação financeira (monopólios), exportar 
mercadorias, saquear em contextos de guerra, cobrar 
taxas alfandegárias, realizar ações de pirataria etc.
Todas essas práticas foram usadas pelas nações europeias 
para conquistar a tão almejada balança comercial favorável, 
isto é, as receitas e as vendas superando os gastos e as 
compras do Estado. Um acontecimento extremamente 
https://www.notion.so/Forma-o-dos-Estados-nacionais-9155d982365e4626ae00213a5cd64fdf?pvs=21
https://www.notion.so/Forma-o-dos-Estados-nacionais-9155d982365e4626ae00213a5cd64fdf?pvs=21
https://www.notion.so/Forma-o-dos-Estados-nacionais-9155d982365e4626ae00213a5cd64fdf?pvs=21
MERCANTILISMO 5
de moeda estrangeira. 
Buscava-se também limitar 
os gastos internos. Essa 
característica foi baseada 
nas ideias do ministro 
francês Jean-Baptiste 
Colbert.
A prosperidade do Estado 
era também uma forma de 
garantir o fortalecimento do 
poder real, mecanismo que 
foi utilizado para combater 
os privilégios da nobreza 
feudal, classe em 
decadência no período. A 
classe privilegiada nesse 
cenário foi a burguesia, que 
viu no fortalecimento do rei 
uma forma de prosperar 
economicamente e de 
combater a influência da 
nobreza.
importante para o sucesso dessas práticas econômicas entre 
as nações europeias foi o colonialismo.
O colonialismo foi fundamental para os Estados europeus, 
pois permitiu que eles explorassem inúmeros recursos de 
suas colônias e os enviassem para a Europa. Isso também 
possibilitou que essas colônias fossem transformadas em 
consumidores compulsórios de suas metrópoles, por conta 
do exclusivismo comercial.
A procura do mercantilismo por garantir uma balança 
comercial a todo custo acabou gerando a adoção de 
políticas protecionistas pelos Estados europeus para as suas 
economias. Assim, eles procuravam desincentivar as 
importações por meio de taxas alfandegárias, isto é, 
impostos que eram cobrados sobre as mercadorias trazidas 
de outros países.
Além disso, estabeleciam-se políticas rigorosas que definiam com quem uma nação poderia 
comercializar e com quem não poderia. Outra forma de combater as importações de 
mercadorias era incentivar que as mesmas fossem produzidas em seu próprio território. Assim, 
os monarcas absolutistas que adotaram o mercantilismo incentivaram o desenvolvimento de 
manufaturas em seus reinos.
Podemos perceber, portanto, que uma característica importante do mercantilismo é a 
interferência constante do Estado na economia, como forma de garantir a entrada de metais 
preciosos e o consequente enriquecimento de seu reino.
Quando as exportações não eram suficientes para garantir a entrada de metais preciosos em 
quantidades aceitáveis,os Estados absolutistas recorriam a outras formas de obter dinheiro. Na 
França, por exemplo, os principais impostos eram cobrados da população de camponeses, já 
bastante fragilizada pelas suas duras condições de vida.
MERCANTILISMO 6
Essas formas de obtenção de riqueza iam além disso, pois incluíam práticas de saque em 
conflitos e, no caso inglês, o incentivo ao corso, isto é, a pirataria. A Inglaterra financiou uma 
série de corsários ao longo dos séculos XVI e XVII para que eles saqueassem embarcações 
espanholas que saíam da América carregadas de ouro e prata. Os estados absolutistas também 
confiscaram bens de parte da população, como aconteceu com os judeus na Espanha no final do 
século XV.
Além disso, a imposição de monopólios comerciais era uma forma de os Estados absolutistas 
lucrarem. Nesses monopólios, a exploração de uma atividade econômica ficava a cargo de 
apenas uma empresa, e uma parte dos lucros deveria ser entregue à coroa. Ademais, os Estados 
absolutistas obrigavam suas colônias a recorrerem apenas a esses monopólios para realizar 
transações.
FASES/VARIANTES
Ao longo do período do mercantilismo, os historiadores identificaram tipos diferentes dessa 
prática. Em outras palavras, em determinados períodos, algumas tendências se estabeleceram 
como predominantes em algumas nações europeias. 
Mercantilismo comercial
As ideias mercantilistas incentivaram a 
expansão comercial, fortalecendo o 
capitalismo nascente. As nações europeias 
buscavam produtos que poderiam ser 
comercializados no mercado europeu e, 
dessa forma, acumular riquezas. Portugal e 
Espanha iniciaram a colonização na 
América em busca de metais preciosos ou 
de outros produtos valiosos para o 
mercado.Os espanhóis encontraram ouro 
nos primeiros anos de colonização e 
obtiveram grandes lucros. Já Portugal, sem 
encontrar metal precioso no litoral 
brasileiro, primeiramente investiu no 
comércio do pau-brasil e, logo em 
seguida, na produção açucareira, que, de 
Mercantilismo industrial
Esse tipo de mercantilismo se baseava 
na produção manufatureira. A França adotou 
esse tipo por meio do ministro Colbert, tendo 
grande influência no reinado de Luís XIV, 
fazendo da França o principal exemplo desse 
tipo de mercantilismo. Ele incentivou a 
produção de artigos de luxo, que seriam 
comercializados no mercado externo. Em busca 
de matéria-prima para essa produção, os 
franceses decidiram invadir a América 
portuguesa, mas foram expulsos.
Mercantilismo no Brasil
O mercantilismo chegou ao Brasil por meio dos 
portugueses. Desde a chegada de Pedro Álvares 
MERCANTILISMO 7
fato, começou a gerar lucro para os 
portugueses.
Mercantilismo na Europa
As nações europeias adotaram as práticas e 
as ideias mercantilistas para desenvolver 
suas economias. Os reis absolutistas se 
aliaram aos burgueses comerciantes em 
busca de lucros e acúmulo de metais 
precisos. Os recém-formados Estados 
nacionais europeus intervinham na 
economia, regulando o mercado, cobrando 
impostos e unificando as moedas. O 
comércio a cada dia se desenvolvia mais, 
enriquecendo as nações, bem como seus 
governantes e aliados.
PRINCIPAIS IDEIAS, 
TEORIAS E PRÁTICAS
Teorias
1. Teoria da Quantidade de Moeda: Os 
mercantilistas acreditavam que a 
riqueza de uma nação era 
proporcional à quantidade de metais 
preciosos que ela possuía. Assim, a 
política econômica deveria focar em 
aumentar as reservas de ouro e prata.
2. Teoria da Proteção: A teoria 
sustentava que a proteção das 
indústrias nascentes e das manufaturas 
locais através de tarifas e subsídios 
ajudaria a fortalecer a economia 
Cabral, em 1500, os colonizadores buscavam 
encontrar ouro no litoral brasileiro. A notícia 
de que os espanhóis encontraram metais precisos 
fizeram com que os portugueses aumentassem a 
procura no Brasil. Como não encontraram de 
imediato esses metais, eles resolveram explorar 
outras mercadorias que também tinham valor no 
mercado externo.Com o êxito da produção de 
açúcar no Nordeste brasileiro, os portugueses 
implantaram o Pacto Colonial ou o 
exclusivismo colonial. Com isso, o Brasil 
Colônia só poderia comercializar com a 
metrópole portuguesa. Dessa forma, Portugal 
obteve o controle de toda a riqueza extraída de 
sua colônia brasileira.
Práticas
1. Políticas Tarifárias: A imposição de altas 
tarifas sobre produtos importados para 
proteger as indústrias nacionais da 
concorrência estrangeira e promover a 
produção interna.
2. Subsídios e Monopólios: O governo 
concedia subsídios a indústrias estratégicas 
e criava monopólios comerciais para 
controlar o comércio exterior e garantir 
benefícios econômicos para a nação.
3. Regulação do Comércio: A implementação 
de regulamentações rígidas sobre o 
comércio para assegurar que os interesses 
econômicos da nação fossem protegidos. 
Isso incluía a criação de corporações 
comerciais, como as Companhias das 
MERCANTILISMO 8
nacional e evitar a dependência de 
produtos estrangeiros.
3. Teoria da Utilização das Colônias: 
As colônias deveriam ser exploradas 
para fornecer recursos naturais e atuar 
como mercados cativos para os 
produtos manufaturados da metrópole. 
Esse sistema visava garantir que o 
lucro fosse maximizado para a nação 
colonizadora.
Índias, para controlar o comércio com 
outras partes do mundo.
4. Exploração Colonial: Estabelecimento de 
colônias que serviam como fontes de 
matérias-primas e mercados para os 
produtos manufaturados da metrópole. As 
rotas comerciais eram frequentemente 
protegidas e regulamentadas para garantir o 
controle do comércio.
EVOLUÇÃO POR PAÍSES 
 
A evolução do mercantilismo variou significativamente entre os países da Europa e do mundo, 
refletindo as diferentes condições econômicas, políticas e sociais de cada nação. Aqui está um 
panorama geral da evolução do mercantilismo em alguns dos principais países europeus:
Inglaterra
Século XVI e XVII: A 
Inglaterra adotou práticas 
mercantilistas para 
consolidar seu poder 
econômico e político. 
Sob a liderança dos 
Tudor e dos Stuart, a 
Inglaterra implementou 
políticas de proteção à 
indústria local e 
promoveu o comércio 
exterior através de 
navegação e leis de 
navegação, como o Act 
of Navigation de 1651.
Itália
Século XVI e XVII: Na Itália, 
o mercantilismo variava entre 
os estados independentes, 
como Veneza, Gênova e o 
Reino de Nápoles. Muitas 
dessas cidades-estado adotaram 
práticas mercantilistas para 
proteger suas economias e 
promover o comércio.
Século XVIII: A influência do 
mercantilismo foi diminuindo 
com a unificação italiana e o 
início da industrialização.
França
Século XVII e XVIII: O país 
continuou com políticas 
mercantilistas, mas a sua 
capacidade de manter um 
império global e competir 
com outras potências 
europeias começou a 
declinar. A influência do 
mercantilismo diminuiu à 
medida que o capitalismo e o 
livre comércio se tornaram 
mais prevalentes.
Espanha
Século XVI e XVII: A 
Espanha foi um dos 
primeiros países a adotar o 
MERCANTILISMO 9
Século XVIII: Com a 
ascensão do capitalismo 
e a influência das ideias 
de Adam Smith, a 
Inglaterra começou a 
transitar para uma 
economia mais liberal, 
especialmente após a 
publicação de "A 
Riqueza das Nações" 
(1776), que criticava o 
mercantilismo e 
advogava pelo livre 
comércio.
Países Baixos 
(Holanda)
Século XVII: Os Países 
Baixos foram pioneiros 
em práticas 
mercantilistas, com uma 
ênfase no comércio e na 
navegação. A Companhia 
Neerlandesa das Índias 
Orientais e a Companhia 
Neerlandesa das Índias 
Ocidentais 
exemplificavam o 
mercantilismo na prática, 
explorando colônias e 
controlando rotas 
comerciais.
Século XVIII: A 
influência mercantilista 
começou a declinar à 
Século XVII: O mercantilismo 
francês foi fortemente 
influenciado por Jean-Baptiste 
Colbert, que foi Ministro das 
Finanças sob Luís XIV. Colbert 
promoveu políticas de proteção 
à indústria nacional, 
desenvolveu a marinha 
mercante e incentivou a 
exploração colonial.
Século XVIII: O 
mercantilismo francêscontinuou, mas com críticas 
crescentes de economistas 
como François Quesnay, que 
argumentavam a favor do 
fisiocratismo e das políticas de 
laissez-faire. A Revolução 
Francesa e as mudanças 
políticas subsequentes também 
contribuíram para a transição 
gradual para o capitalismo.
Portugal
Século XV e XVI: Portugal foi 
um dos primeiros países a 
adotar o mercantilismo, 
especialmente através da 
exploração marítima e do 
estabelecimento de um império 
colonial. O mercantilismo 
português focava na exploração 
de recursos das colônias e no 
controle de rotas comerciais.
mercantilismo, especialmente 
devido ao influxo de metais 
preciosos das Américas. O 
governo espanhol buscou 
maximizar a riqueza através 
de uma política de acúmulo 
de ouro e prata, mas isso 
acabou levando a inflação e 
ao declínio econômico.
Século XVIII: A Espanha 
começou a reformar suas 
políticas econômicas e 
comerciais, mas enfrentou 
dificuldades em competir 
com outras potências 
europeias. A influência do 
mercantilismo foi diminuindo 
à medida que a Revolução 
Industrial e o capitalismo 
começavam a se firmar.
Alemanha (Estados 
Germânicos)
Século XVII e XVIII: O 
mercantilismo alemão era 
mais fragmentado devido à 
divisão em numerosos 
estados independentes. Cada 
estado implementava suas 
próprias políticas 
mercantilistas para promover 
a produção local e o 
comércio. A unificação da 
Alemanha no século XIX 
trouxe uma abordagem mais 
MERCANTILISMO 10
medida que o poder 
econômico dos Países 
Baixos diminuiu e as 
ideias do liberalismo 
econômico ganhavam 
força.
coesa e capitalista para a 
economia.
O mercantilismo teve um impacto significativo no desenvolvimento econômico e político 
da Europa durante os séculos XVI a XVIII. No entanto, com o advento do capitalismo e 
das ideias de economistas como Adam Smith, as práticas mercantilistas começaram a ser 
substituídas por políticas de livre comércio e uma maior ênfase na eficiência de mercado. 
Cada país experimentou essa transição de maneira única, dependendo de suas condições 
econômicas e políticas específicas.
PRINCIPAIS AUTORES
O mercantilismo não foi desenvolvido por um único autor ou teórico, mas sim por uma série de 
economistas e pensadores que contribuíram para suas ideias e práticas ao longo dos séculos XVI 
e XVII. No entanto, alguns autores se destacam por suas contribuições significativas para a teoria 
e prática mercantilista. Aqui estão alguns dos principais autores associados ao mercantilismo:
Jean-Baptiste Colbert (1619-1683)
Contribuições: Colbert foi o Ministro das Finanças de Luís XIV da França e é um dos 
nomes mais associados ao mercantilismo. Ele promoveu a política de colbertismo, que 
enfatizava a intervenção estatal na economia para fortalecer a indústria nacional, aumentar 
as exportações e criar uma balança comercial favorável.
Obras: Colbert não escreveu muitos textos econômicos, mas suas políticas e reformas, 
como a criação de manufaturas estatais e a imposição de tarifas sobre importações, 
exemplificam suas ideias mercantilistas.
Thomas Mun (1571-1641)
Contribuições: Mun foi um economista inglês e um dos principais defensores do 
mercantilismo na Inglaterra. Seu trabalho se concentrou na importância da balança 
comercial favorável e no papel das exportações para o aumento da riqueza nacional.
MERCANTILISMO 11
Obras: "England's Treasure by Forraign Trade" (1664) é sua obra mais conhecida, na 
qual ele argumenta que a riqueza de uma nação é aumentada através do superávit comercial 
e do acúmulo de metais preciosos.
Gerard de Malynes (1586-1641)
Contribuições: Malynes foi um comerciante e teórico econômico inglês que criticou a 
política monetária e o comércio exterior. Suas ideias eram importantes para a formação do 
pensamento mercantilista e influenciaram o debate sobre o valor da moeda e as políticas de 
comércio exterior.
Obras: "A Treatise of the Canker of Englands Commonwealth" (1601) e "The 
Maintenance of the Kingdom of England" (1603) abordam questões sobre a moeda e o 
comércio, alinhando-se com as ideias mercantilistas.
David Hume (1711-1776)
Contribuições: Embora mais associado ao empirismo e à filosofia, Hume também fez 
contribuições críticas para o pensamento econômico da época. Ele desafiou algumas das 
ideias centrais do mercantilismo, como a ênfase no acúmulo de metais preciosos e os efeitos 
da balança comercial.
Obras: Em seu "A Treatise of Human Nature" e outros escritos econômicos, Hume 
questionou as noções de que a riqueza de uma nação dependia exclusivamente da quantidade 
de ouro e prata que possuía.
Antoine de Montchrestien (1575-1621)
Contribuições: Montchrestien foi um economista francês que tentou sistematizar o 
pensamento mercantilista e introduziu o conceito de "economia política". Ele acreditava na 
necessidade de uma economia regulada pelo Estado para aumentar a riqueza nacional.
Obras: "Traité de l'économie politique" (1615) é sua principal obra, onde ele explora a 
relação entre a política e a economia e defende o mercantilismo como uma forma de 
organizar a economia nacional.
6. James Steuart (1712-1780)
Contribuições: Steuart foi um economista escocês que escreveu extensivamente sobre o 
mercantilismo e sua relação com o capitalismo emergente. Ele enfatizou a necessidade de 
MERCANTILISMO 12
políticas econômicas que equilibrassem o crescimento econômico e a estabilidade social.
Obras: "An Inquiry into the Principles of Political Economy" (1767) oferece uma 
análise detalhada das políticas mercantilistas e seu impacto, assim como suas críticas e 
alternativas.
Esses autores contribuíram para a formação e a disseminação das ideias mercantilistas, 
moldando a forma como as economias europeias eram geridas e regulamentadas durante a 
era do mercantilismo. Com o tempo, as críticas e os desenvolvimentos subsequentes 
levaram à evolução do pensamento econômico e à transição para o capitalismo moderno.
INFLUÊNCIA E ATUALIDADES
O debate sobre o mercantilismo, sua influência histórica e sua relevância nos dias de hoje é 
complexo e multifacetado. Aqui está uma análise detalhada dos principais pontos de debate e 
como o mercantilismo é visto na atualidade:
Influência Histórica do Mercantilismo
Política Econômica e 
Protecionismo:
O mercantilismo moldou as 
políticas econômicas da 
Europa entre os séculos 
XVI e XVIII, com um forte 
foco em proteção às 
Colonialismo e Comércio 
Exterior:
O mercantilismo 
incentivou a 
exploração e 
colonização de novas 
terras para obter 
recursos naturais e criar 
Intervencionismo 
Estatal:
A intervenção do 
Estado na 
economia, um 
princípio central 
do 
mercantilismo, 
MERCANTILISMO 13
indústrias nacionais e na 
promoção das exportações.
A ideia de um balanço 
comercial favorável, com a 
imposição de tarifas e 
restrições às importações, 
influenciou a forma como 
muitos países conduziam 
suas políticas econômicas e 
comerciais.
mercados exclusivos 
para os produtos das 
metrópoles.
Isso teve um impacto 
duradouro no 
desenvolvimento 
global, moldando a 
dinâmica do comércio 
internacional e a 
configuração das 
economias coloniais.
influenciou o 
desenvolvimento
de práticas 
econômicas e 
políticas, como 
o 
estabelecimento 
de monopólios e 
a 
regulamentação 
do comércio.
Críticas ao Mercantilismo
1. Limitações da Teoria:
Críticos argumentam que o mercantilismo se baseava na ideia errônea de que a riqueza 
global era fixa e que o ganho de uma nação significava a perda de outra.
A teoria não levou em consideração os benefícios do comércio livre e da especialização, que 
foram mais tarde explorados por economistas como Adam Smith.
2. Impactos Negativos:
Políticas mercantilistas muitas vezes levaram a conflitos e guerras comerciais, bem como a 
políticas de exploração colonial que tiveram efeitos devastadores para as populações locais.
A ênfase em acúmulo de metais preciosos e controle rigoroso do comércio muitas vezes 
resultava em inflação e crises econômicas.
3. Evolução para o Capitalismo:
O mercantilismo foiprogressivamente substituído pelo capitalismo moderno, que enfatiza o 
livre mercado, a concorrência e a eficiência econômica. As ideias de Adam Smith, 
especialmente no seu trabalho "A Riqueza das Nações" (1776), foram fundamentais para a 
transição para o pensamento econômico liberal.
Atualidade e Relevância
MERCANTILISMO 14
1. Influência no Protecionismo Moderno:
Algumas ideias mercantilistas ainda influenciam políticas econômicas contemporâneas, 
especialmente em contextos de protecionismo e nacionalismo econômico.
A prática de impor tarifas e restrições ao comércio para proteger indústrias locais pode ser 
vista em políticas econômicas adotadas por alguns países hoje.
2. Economias em Desenvolvimento:
Países em desenvolvimento às vezes adotam políticas mercantilistas ou protecionistas para 
fomentar suas economias nas fases iniciais de industrialização e crescimento econômico.
O uso de subsídios e tarifas para proteger e promover setores estratégicos ainda é comum em 
muitos países em desenvolvimento.
3. Globalização e Comércio Internacional:
A globalização e os acordos de livre comércio representam uma abordagem contrastante ao 
mercantilismo, promovendo a integração econômica e a redução de barreiras comerciais.
No entanto, o aumento do nacionalismo econômico em algumas regiões sugere que o debate 
sobre protecionismo e políticas mercantilistas ainda é relevante.
4. Teorias Econômicas Contemporâneas:
Teorias econômicas modernas, como a economia internacional e o liberalismo econômico, 
frequentemente discutem e criticam aspectos do mercantilismo. Os princípios do 
mercantilismo são considerados ultrapassados em comparação com as teorias que 
promovem o livre comércio e a maximização do bem-estar global através da especialização 
e da competição.
Conclusão
Embora o mercantilismo como teoria econômica esteja amplamente obsoleto, seu impacto 
histórico e alguns de seus princípios ainda ressoam em debates econômicos contemporâneos. As 
políticas de protecionismo e intervenções estatais continuam a ser temas de discussão e prática 
em diferentes contextos ao redor do mundo. O mercantilismo oferece uma perspectiva histórica 
valiosa sobre como as economias podem ser moldadas por ideias sobre riqueza e comércio, e seu 
estudo proporciona insights sobre o desenvolvimento das políticas econômicas modernas.
MERCANTILISMO 15
RESUMÃO → SURGIMENTO DO 
CAPITALISMO E MERCANTILISMO: 
O surgimento do capitalismo e a sua relação com o 
mercantilismo refletem uma transição profunda nas estruturas 
econômicas e sociais que ocorreu na Europa entre os séculos 
XV e XVIII. Esse processo envolveu mudanças na forma como 
as economias eram organizadas, as novas práticas comerciais e 
as transformações sociais e políticas. Aqui está uma visão geral 
dessa evolução:
Mercantilismo (Séculos XVI a XVIII)
Características Principais:
Enfoque no Acúmulo de Metais Preciosos: O mercantilismo via a riqueza de uma nação 
como dependente da acumulação de ouro e prata. A política econômica estava orientada para 
aumentar essas reservas.
Protecionismo e Tarifas: Para garantir um superávit comercial, os países implementaram 
tarifas e restrições às importações e incentivaram as exportações.
Intervenção Estatal: O Estado desempenhava um papel ativo na economia, promovendo 
indústrias nacionais, concedendo subsídios e criando monopólios comerciais.
Colonialismo e Comércio Exclusivo: As colônias eram exploradas para fornecer matérias-
primas e atuar como mercados exclusivos para os produtos das metrópoles.
Contexto e Influências:
Ascensão das Potências Europeias: Durante o período mercantilista, nações como a 
Inglaterra, França, Espanha e os Países Baixos buscaram expandir seus impérios coloniais e 
aumentar sua influência econômica e política.
Desenvolvimento das Estruturas Comerciais: O mercantilismo incentivou o 
desenvolvimento de grandes companhias comerciais e a exploração marítima, contribuindo 
para o crescimento do comércio global.
Transição para o Capitalismo
MERCANTILISMO 16
Fatores que Contribuíram para a Transição:
*a. Desenvolvimento da Produção e Inovação Tecnológica:
Revolução Comercial: A Revolução Comercial trouxe inovações nos métodos de produção 
e no financiamento, como o surgimento das bolsas de valores e das práticas bancárias 
modernas.
Avanços Tecnológicos: O aprimoramento das tecnologias de transporte e comunicação 
facilitou o comércio e a produção em larga escala.
*b. Mudanças Sociais e Políticas:
Ascensão da Burguesia: O crescimento da classe burguesa, composta por comerciantes e 
industriais, desafiou o poder tradicional das monarquias e das elites feudais.
Reformas Políticas: As mudanças políticas, incluindo a redução do poder absoluto dos 
monarcas e o aumento da influência dos parlamentos, ajudaram a criar um ambiente 
favorável ao capitalismo.
*c. Ideias Econômicas e Filosóficas:
Adam Smith e a Economia Clássica: A publicação de "A Riqueza das Nações" (1776) por 
Adam Smith marcou um ponto crucial na transição para o capitalismo. Smith argumentou a 
favor do livre mercado, da concorrência e da mínima intervenção estatal na economia.
Teorias do Laissez-Faire: O pensamento econômico clássico defendeu a ideia de que o 
mercado deveria se regular de forma natural, sem a necessidade de intervenção 
governamental, contrastando com as práticas mercantilistas.
*d. Mudança de Foco Econômico:
Aumento da Produção Capitalista: O capitalismo começou a se concentrar na 
maximização do lucro e na eficiência econômica, em vez de acumular metais preciosos e 
proteger mercados.
Adoção do Livre Comércio: A redução das barreiras comerciais e o aumento do comércio 
global caracterizaram o desenvolvimento do capitalismo, promovendo a competição e a 
especialização.
Impacto e Relação Entre Mercantilismo e Capitalismo
*a. Legado do Mercantilismo:
MERCANTILISMO 17
Estruturas Comerciais e Financeiras: Muitas das práticas comerciais e financeiras 
desenvolvidas durante o período mercantilista continuaram a influenciar o capitalismo, 
como o uso de companhias comerciais e práticas bancárias.
Políticas Protecionistas: Algumas políticas mercantilistas, como tarifas e subsídios, ainda 
são usadas em contextos modernos para proteger indústrias locais.
*b. Diferenças Fundamentais:
Visão sobre a Riqueza: O mercantilismo via a riqueza como um recurso fixo que deveria 
ser acumulado, enquanto o capitalismo vê a riqueza como algo que pode ser criado e 
expandido através da produção e do comércio.
Papel do Estado: O mercantilismo enfatizava a intervenção estatal na economia, enquanto o 
capitalismo moderno, especialmente no seu estágio clássico, promove a ideia de um 
mercado auto-regulado com mínima intervenção.
*c. Desenvolvimento Posterior:
Capitalismo Industrial e Globalização: O capitalismo continuou a evoluir com a 
Revolução Industrial e a globalização, desenvolvendo novas formas de organização 
econômica e influenciando a economia global contemporânea.
Conclusão
A transição do mercantilismo para o capitalismo representa uma mudança fundamental na forma 
como as economias são organizadas e geridas. Enquanto o mercantilismo focava na acumulação 
de metais preciosos e na intervenção estatal, o capitalismo enfatiza o livre mercado, a 
concorrência e a criação de riqueza através da produção e do comércio. Embora as práticas 
mercantilistas tenham deixado um legado importante, o capitalismo moderno se desenvolveu 
com novas abordagens e filosofias econômicas que moldam o mundo atual.

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