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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA INSTITUTO DE QUÍMICA Prof. Ótom Anselmo de Oliveira UFRN – 2023.1 MÉTODOS ESPECTROSCÓPICOS Espectroscopia de ultravioleta e visível Cores de chamas causadas por queima de alguns elementos Lembram-se dos testes com chama em Inorgânica Experimental I? Espectroscopia de ultravioleta e visível ➢ Na espectroscopia UV-Vis estudam-se basicamente transições eletrônicas dos elétrons de valência dos átomos e de moléculas, uma vez que são essas as transições que ocorrem com energias das faixas do visível e do ultravioleta do espectro eletromagnético. ➢ As energias dessas transições ficam na faixa de 100.000 a 10.000 cm-1 (100 a 1000 nm). ➢ Faixa de medidas mais usadas: 50.000 a 10.000 cm-1 (200 a 1000 nm). ➢ As energias dessas transições podem ser estimadas e estratificadas a partir dos números quânticos dos elétrons nos arranjos eletrônicos correspondentes a cada estado energético (estados espectroscópico) dos átomos. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA INSTITUTO DE QUÍMICA Espectroscopia de ultravioleta e visível Algumas aplicações: 1) Identificação qualitativa de elementos e compostos. 2) Análises quantitativas. 3) Definição de geometrias e simetrias de compostos. 4) Definição de estabilidade de compostos. 5) Definição de configurações eletrônicas em orbitais atômicos e moleculares. Observação: A espectroscopia de UV-Vis isoladamente pode não ser conclusiva nessas aplicações. Se fosse, não precisaríamos de outras técnicas. 700 600 500 400 ( nm) ➢ Energias das radiações visíveis e de ultravioleta são determinadas por transições eletrônicas entre orbitais atômicos ou entre orbitais moleculares. ➢ Energias das radiações infravermelhas são determinadas por vibrações moleculares ou por rotações de alguns tipos de moléculas. Espectro visível (luz) Espectro eletromagnético Espectroscopia de ultravioleta e visível Espectroscopia de ultravioleta e visível ➢ Foi iniciada com os estudos de Newton sobre a natureza da luz. As radiações mais energéticas são as mais difratadas. Fonte de luz branca Fonte de luz branca Radiações absorvidas pela amostra geram linhas escuras no espectro Amostra absorvente Comprimento de onda Espectro de absorção Explique os fenômenos observados nessas figuras. Tipos de espectros Fonte de luz branca Grade de difração Espectro continuo de emissão Gás frio Espectro de linhas emissão Espectro de linhas absorção Espectro de bandas Linhas espectrais são observadas nos espectros de átomos isolados. Bandas espectrais são observadas em espectros de espécies poliatômicas. Gás quente Formato dos Espectros ➢ Espectros de linhas – gerados por transições em átomos ou íons isolados. ➢ Espectro de bandas – gerados por transições em moléculas ou em íons ou radicais poliatômicos. 3 2 1 Orbitais atômicos do Mn7+ Orbitais do O2- Espectro do KMnO4 em concentrações de 4 a 20 ppm Os picos de absorção aumentam com as concentrações. Pelos movimentos vibracionais dos átomos no KMnO4, as energias dos orbitais moleculares assumem alores próximos porém diferentes. Com isso, em lugar de linhas, aparecem bandas de transições nos espectros. Espectro de absorção do sódio Espectro de absorção do mercúrio Espectro de absorção do lítio Espectro visível contínuo Espectro de emissão do lítio Espectros atômicos visíveis As linhas que aparecem nesses espectros são únicas para cada elemento, podendo, portanto, identificá-los com segurança. Exercício - Quais elementos devem existir na amostra que gerou o espectro mostrado na parte inferior da figura? As linhas ou bandas espectrais observadas em espectros de UV-Vis são geradas por transições eletrônicas entre os estados energéticos existentes em cada espécie química. Os estados energéticos possíveis são definidos pelas configurações eletrônicas de cada espécie química no estado fundamental e nos respectivos estados excitados Começaremos analisando o espectro do hidrogênio. Espectroscopia e quantização da energia radiante Espectro eletromagnético do hidrogênio Espectro visível do hidrogênio Espectroscopia e quantização da energia radiante 𝒏 = 𝒃 𝒏𝟐 𝒏𝟐 − 𝟐𝟐 b = 3.644 Å = 364,6 nm b é a constante de Balmer Equação de Balmer Espectro eletromagnético do hidrogênio ➢ Série de Balmer (1885) – Linhas visíveis do espectro do hidrogênio Espectroscopia e quantização da energia radiante Linhas Nome em nm Em ÅÅ n Vermelha Hα 656 6565 3 Verde Hβ 486 4863 4 Azul H 434 4342 5 Violeta H 410 4103 6 b = 3.644 Å = 364,6 nm b é a constante de Balmer 𝒏 = 𝒃 𝒏𝟐 𝒏𝟐 − 𝟐𝟐 Equação de Balmer = 22 1 - 2 1 R 1 n R = 1,0967.107 m-1Equação de Rydberg Cálculos das energias das linhas da série de Balmer 𝝀 = 𝟑𝟔𝟒, 𝟓 𝟑𝟐 𝟑𝟐 − 𝟐𝟐 = 𝟔𝟓𝟔, 𝟏 𝒏𝒎 𝟏 𝝀 = 𝟏, 𝟏𝟕 𝟏 𝟐𝟐 − 𝟏 𝟑𝟐 = 𝟏, 𝟓𝟑. 𝟏𝟎𝟔 𝒎−𝟏 𝝀 = 𝟑𝟔𝟒, 𝟓 𝟒𝟐 𝟒𝟐 − 𝟐𝟐 = 𝟒𝟖𝟔, 𝟎 𝒏𝒎 𝝀 = 𝟑𝟔𝟒, 𝟓 𝟓𝟐 𝟓𝟐 − 𝟐𝟐 = 𝟒𝟑𝟒, 𝟎 𝒏𝒎 𝝀 = 𝟑𝟔𝟒, 𝟓 𝟔𝟐 𝟔𝟐 − 𝟐𝟐 = 𝟒𝟏𝟎, 𝟎 𝒏𝒎 𝟏 𝝀 = 𝟏, 𝟏𝟕 𝟏 𝟐𝟐 − 𝟏 𝟒𝟐 = 𝟐, 𝟎𝟔. 𝟏𝟎𝟔 𝒎−𝟏 𝟏 𝝀 = 𝟏, 𝟏𝟕 𝟏 𝟐𝟐 − 𝟏 𝟓𝟐 = 𝟐, 𝟑𝟎. 𝟏𝟎𝟔 𝒎−𝟏 𝟏 𝝀 = 𝟏, 𝟏𝟕 𝟏 𝟐𝟐 − 𝟏 𝟔𝟐 = 𝟐, 𝟒𝟒. 𝟏𝟎𝟔 𝒎−𝟏 1 λ = 𝟏, 𝟎𝟗𝟕𝟒𝟕 𝟏 𝒏𝒇 𝟐 − 𝟏 𝒏𝒊 𝟐 Cálculos com a equação de Balmer Cálculos com a equação de Rydberg 𝝀𝒏 = 𝒃 𝒏𝟐 𝒏𝟐 − 𝟐𝟐 Vejam este vídeo - https://www.youtube.com/watch?v=bi_-Wl08sAM https://www.youtube.com/watch?v=bi_-Wl08sAM Outras linhas espectrais do hidrogênio ➢ Série de Balmer R = 1,0967.107 m-1 ➢ Todas as séries do H R = 1,0974.10 7 m-1 R - Constante de Rydberg Convertendo R em 0 (frequência fundamental de Rydberg): 0 = 3,291.1015 Hz = 22 1 - 2 1 R 1 n − = 2 2 2 1 111 nn R Espectroscopia e quantização da energia radiante Por quê existem linhas finas e largas Séries espectrais do hidrogênio Nome da série Descoberta Região do espectro Valor de m Valor de n Lyman 1906-1914 UV 1 2, 3, 4, ….. Balmer 1885 UV/Visível 2 3, 4, 5, ….. Paschen 1908 IR 3 4, 5, 6, ….. Brackett 1922 IR 4 5, 6, 7, ….. Pfund 1924 IR 5 6, 7, 8, ….. Humpreys 1953 IR 6 7, 8, 9, ..... Quantização da energia radiante Concluindo: esta equação empírica veio a se mostrar coerente com a teoria de Bohr na proposição do seu modelo atômico. Nome da série Data de descoberta Região do espectro Valor de nf Valor de ni λ das transições em nm Lyman 1906-1914 UV 1 2, 3, 4, ….. 91,2 ─ 121,6 Balmer 1885 UV/Visível 2 3, 4, 5, ….. 364,6 ─ 656,3 Paschen 1908 IR 3 4, 5, 6, ….. 820,4 ─ 1.875 Brackett 1922 IR 4 5, 6, 7, ….. 1.458 ─ 4.051 Pfund 1924 IR 5 6, 7, 8, ….. 2.279 ─ 7.460 Humpreys 1953 IR 6 7, 8, 9, ..... 3.282 ─ 12.370 Séries espectrais o hidrogênio (espectro de emissão) ➢ As linhas que aparecem no espectro se devem a transições eletrônicas entre estados energéticos do hidrogênio. Equação de Rydberg) 1 - 1 ( 1 22 if nn R= Hidrogênio – Primeiro espectro analisado Transições eletrônicas determinantes das linhas espectrais do hidrogênio 1 eV =1,602 x 10-19 joule 1 eV =2,418 x 1014 Hz ➢ A equação de Rydberg pode ser estendida para os hidrogenóides, assumindo a forma: (Incorpora a carga nuclear, Z) ➢ Nesta equação, Z é a carga nuclear do hidrogenóide. ➢ A energia correspondente a cada linha dos espectros dos hidrogenóides é diretamente proporcional ao quadrado da carga nuclear da espécie. ➢ Essa equação (de Bohr, generalizada) não funciona para cálculo das energias de elétrons em átomos ou íons multieletrônicos. Séries espectroscópicas dos hidrogenóides Linha de H (Z =1) He+ (Z =2) Li2+ (Z =3) Be3+ (Z =4) B4+ (Z =5) Lyman 10,19 40,76 91,71 163,04 254,75 Balmer 1,88 7,52 16,92 30,08 47,00 Pashen 0,66 2,64 5,94 10,56 16,50 Bracket 0,31 1,24 2,79 4,96 7,55 Energias em elétron volt (eV)1 λ = 𝑅𝑍2 1 𝑛𝑓 2 − 1 𝑛𝑖 2 Formato dos Espectros ➢ Espectros de linhas – gerados por transições em átomos ou íons isolados. ➢ Espectro de bandas – gerados por transições em moléculas ou em íons ou radicais poliatômicos. Espectro de linhas Espectro de banda Comprimento de onda em nm 200 400 600 [Cr(NH3)6] 3+ Espectroscopia de ultravioleta e visível Tem como base interações entre matéria e energia radiante da região do visível e do ultravioleta, alcançando parte do infravermelho próximo. Cores de complexos de cobalto (III) com seis ligantes diferentes. Se as cores desses compostos dependem da configuração eletrônica do cobalto, porque os seis compostos têm cores diferentes? ➢ Mais adiante poderemos identificar o ligante de cada um desses complexo. VisívelUV Cada complexo tem absorção máxima em regiões diferentes da parte visível do espectro. A cor percebida é composta pelas radiações menos absorvidas. Energia dos elétrons nos átomos Algumas observações: ➢ É possível calcular a energia do único elétron do hidrogênio ou dos hidrogenóides usando a equação de Schroedinger. ➢ Em átomos ou íons multieletrônicos, cálculos feitos com essa equação geram resultados úteis, porém apenas aproximados. ➢ As diferenças entre os resultados teóricos obtidos e os dados reais se devem à complexidade das interações entre os elétrons de tais átomos ou íons. ➢ Tais interações são de natureza eletrostática, magnética e (muito pouco) gravitacional. ➢ As configurações eletrônicas são importantes na análise de tais interações. Assim, é fundamental saber construir configurações eletrônicas (uso de diagramas de Pauling e Rich/Suter). para interpretar espectros de UV-Vis. ➢ Os números quânticos dos elétrons são fundamentais para essas análises. ➢ Os números quânticos atômicos surgiram a partir investigações sobre espectros do hidrogênio, que é um sistema monoeletrônico. ➢ Os números quânticos são muito bons para interpretações dos estados energéticos do hidrogênio e dos hidrogenóides. ❖ Número quântico principal, n = 1, 2, 3, ...... (Identificam os níveis eletrônicos). ❖ Número quântico secundário, l = 0, 1, 2, ..., n – 1. (identificam os subníveis). ❖ Número quântico magnético, ml = l , l - 1, l - 2, .., -l. (identificam os orbitais). ❖ Número quântico spin, s = ½, é próprio do elétron. Independe do resto do átomo. ❖ Número quântico do momento angular de spin, ms = +1/2, -1/2 (orientações dos spins). ❖ Os números têm dimensão de energia, dada por h/2, pois h = 6,63.10-34 J.s. n(h/2) l(h/2) ml(h/2) s(h/2) ms(h/2) ➢ Em sistemas monoatômicos polieletrônicos, combinações entre estes fatores têm resultados inexatos mas muito bons para estudos , conforme veremos a seguir. Os números quânticos e as energia dos elétrons nos átomos Fatores determinantes das energias dos elétrons nos átomos Os números quânticos L, S e J. S = s1 + s2 S = ½ + ½ = 1 Em UV-Vis, os 3 últimos termos são os mais importantes. (2S +1)Lj e2 Russell-Saunders Energia dos elétrons nos átomos ➢ Nossas interpretações serão feitas a partir de combinações dos momentos angulares orbitais (Ԧ𝒍) e de spins (𝒔) dos elétrons de valência das espécies estudadas. ➢ Esses momentos angulares são expressos por vetores associados aos números quânticos secundários (l) e de spin (s). ➢ Para cada configuração eletrônica existe: ❖ Um momento angular orbital atômico dado por: l = l1 + l2 + l3 + ... = L ❖ Um momento angular de spin atômico dado por: s = s1 + s2 + s3 + ... = S ❖ Um momento angular total dado por: j = j1 + j2 + j3 + ... = J ❖ J corresponde à soma L + S. Para definição das energias de elétrons nos átomos serão utilizados como modelos iniciais os sistemas p1, p2 e d2. Arranjos eletrônico para o elétron 3p1 do boro Existe diferença entre as energias de cada arranjo? Responderemos depois. r)!-(nr! ! n r n = 𝐍ú𝐦𝐞𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐚𝐫𝐫𝐚𝐧𝐣𝐨𝐬 = (𝟐 𝟐𝐥+𝟏 )! 𝐫! (𝟐(𝟐𝐥+𝟏))−𝐫 ! = 𝐧! 𝐫! 𝐧−𝐫 ! ou l é o número quântico identificador do subnível. r é o número de elétrons. n é duas vezes o número de orbitais do subnível pois cada orbital pode acomodar 2 elétrons. Para elementos de configurações p2, tem-se: 𝑛 𝑟 = 6! 1! 6−1 ! = 6 ml 1 0 -1 px py pz Arranjos eletrônicos em sistemas np2 Existem somente 15 microsestados possíveis para sistemas np2.. A impossibilidade da existência de outros arranjos (microestados) foi expressa por Pauli, através do seu princípio da exclusão. l é o número quântico identificador do subnível. r é o número de elétrons. n é duas vezes o número de orbitais do subnível pois cada orbital pode acomodar 2 elétrons. r)!-(nr! ! n r n = 𝐍ú𝐦𝐞𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐚𝐫𝐫𝐚𝐧𝐣𝐨𝐬 = (𝟐 𝟐𝐥+𝟏 )! 𝐫! (𝟐(𝟐𝐥+𝟏))−𝐫 ! = 𝐧! 𝐫! 𝐧−𝐫 ! ou 15 2)!-(62! !6 == r n Para elementos de configurações p2, tem-se: Os 15 arranjos têm energias diferentes? Número de Microestados para as Diversas Configurações Eletrônicas dos Átomos. 1) Quais são as energias dos elétrons em cada arranjo eletrônico? 2) Quais fatores são os determinantes dessas energias? Estas são perguntas cujas respostas procuraremos encontrar a partir de agora. Existem somente 15 microsestados possíveis para sistemas np2.. A impossibilidade da existência de outros arranjos (microestados) foi expressa por Pauli, através do seu princípio da exclusão. Acoplamentos dos momentos angulares da configuração p2 (teóricos) Os dois elétrons estão em orbitais p, caracterizado por l = 1, e uma possibilidade de acoplamentos entre o vetor Ԧ𝒍 = 1 é: ML=2 ML=1 ML=0 ML=-1 ML=-2- 2 - 1 0 2 1 l1 l2 L = 2 l1, l2 e L são vetores com distribuições quânticas. Existem somente 15 microsestados possíveis para sistemas np2.. A impossibilidade da existência de outros arranjos (microestados) foi expressa por Pauli, através do seu princípio da exclusão. Acoplamentos dos momentos angulares da configuração p2 (teóricos) São dados por somas vetoriais de cada arranjo. s = +½ s = -½ S = 0 Para o arranjo 13, tem-se: Mostrar os acoplamentos em mais dois arranjos. S = 0 L = 2 J = 2 Acoplamentos dos momentos angulares da configuração p2 (teóricos) Orbital p l = 1 l1 l2 L=2 Estado D l1 l2 L=0 Estado S l1 l2 L=1 Estado P Os valores de L são os números quânticos do momento angular orbital total (ou atômico), e são obtidos por combinações dos momentos angulares orbitais dos elétrons no subnível. O número de orientações dos momentos angulares orbitais atômicos é dado por 2L + 1. ML=2 ML=1 ML=0 ML=-1 ML=-2 2 1 0 -1 -2 ML=1 ML=0 ML=-1 1 0 -1 Cálculos dos valores de L e de ML S = 1/2 + 1/2 = 1 S = 1/2 - 1/2 = 0 s = ½ s = ½ S = 1 s = ½ s = -½ S = 0 MS = 1/2 + 1/2 = 1 ms1 ms2 MS = ms(1) + ms(2) = = n i isS mM 1 )( MS = S, S-1, S-2, ...., -S MS=1 MS=0 MS=-1 1 0 -1 MS = 1/2 -1/2= 0 MS = ms(1) - ms(2) ms1 ms2 MS = -1/2 -1/2= -1 MS = -ms(1) - ms(2) ms2ms1 Para S = 1, os valores de MS são: Acoplamentos dos momentos angulares da configuração np2 (teóricos) ➢ Valores de S e de MS: Para S = 0 não existem acoplamentos (MS = 0). J = 0 Acoplamentos dos momentos angulares (L-S) da configuração np2 ➢ Acoplamentos vetoriais entre L e S (OU Russell-Saunders) geram os valores de J. Em sistemas p2 L = 2, 1 ou 0 S = 1 ou 0 Acoplamentos dos momentos angulares da configuração p2 Acoplamentos L-S – Estados espectroscópics. Estados espectroscópicos: 3D3, 3D2, 3D1, 1D2, 3P2, 3P1, 3P0, 1P1, 3S1 e 1S0 (Teóricos) → → → → → → → → → → → → → → → → → → → → → → → → → → → → → J = 0 → Pergunta: todos esses estados realmente existem? Resumindo (acoplamentos de l , s e L-S) ➢ Em átomos multieletrônicos, os números quânticos n, l, ml, s e ms, por si só,não expressam as energias dos elétrons. ➢ Nesses átomos ocorrem acoplamentos dos momentos angulares orbitais ( Ԧ𝒍 ), expressos pelos valores de l, gerando o número quântico do momento angular orbital atômico (L). L = li = l(1) + l(2) + l(3) + l(4) + ... ➢ Para elétrons isolados, para cada valor de l existem 2l + 1 orientações de orbitais, gerando momentos magnéticos caracterizados pelos números quânticos ml, cujos valores vão de , l a –l. ml = l, l-1, ..., 0, ..., 1–l, -l ➢ Da mesma forma, o momento angular orbital atômico tem 2L + 1 orientações, caracterizadas pelo número quântico ML , cujos valores são: ML = L, L-1, ..., 0, ..., 1–L, -L ➢ Os valores de l identificam os subníveis atômicos e os valores de L identificam os estados energéticos atômicos: l = 0, 1, 2, 3, 4, 5, ... s, p, d, f, g, h, ... L = 0, 1, 2, 3, 4, 5, ... S, P, D, F, G, H, ... ➢ Também ocorrem acoplamentos dos vetores definidos pelos números quânticos dos momentos angulares de spin, gerando o número quântico do momento angular de spin atômico (S). S = s = s(1) + s(2) + s(3) + s(4) ... ➢ Os momentos angulares de spin atômico são caracterizados pelos números quânticos: MS = S, S-1/2, ..., 0, ...1/2-S, -S Valores de L e estados energéticos Nos subníveis, os orbitais são identificados pelos números quânticos ml. Para l = 1 ml = 1, 0, -1 ➢ O acoplamento do momento angular orbital atômico com o momento angular de spin atômico (acoplamento L-S) gera o número quântico do momento angular total atômico (J). J = L + S ➢ Esses números quânticos definem os termos ou símbolos dos estados energéticos dos elétrons nos átomos, expressos na forma: (2S + 1)LJ (Símbolo completo de um estado espectroscópico ) ➢ O termo (2s + 1) é definido como multiplicidade, e corresponde ao número de estados espectroscópicos completos de um dado termo em cada configuração eletrônica. ➢ Exemplo: o estado 3P do carbono (ou de outros sistemas p2) é um estado tripleto, constituído pelos estados espectroscópicos completos 3P0, 3P1 e 3P2. ➢ O símbolo (2S+1)LJ é conhecido como estado espectroscópico completo de cada arranjo eletrônico de mesma energia em um átomo. ➢ O acoplamento Russell-Saunders foi proposto por Henry Norris Russell e Frederich Albert Saunders. Acoplamento de Russeal-Sauders (L-S) e estados espectroscópicos - (2S+1)LJ Normalmente nos referimos aos números quânticos expressando-os simplesmente como números puros. Uma observação esclarecedora Mas eles são dimensionais. Existe uma unidade para eles. A unidade para todos os números quânticos é h/2π. Exemplos: n = 1, 2, 3, ... h/2π l = 0, 1, 2, ... h/2π L = 0, 1, 2, ... h/2π s = 1/2 h/2π ms = +1/2 ou -1/2 h/2π S = 0, ½, 1, 3/2, 2, ... h/2π J = 0, ½, 1, 3/2, 2 ... h/2π Se os números quânticos são expressos h/2, e como h (constante de Planck) é expresso em energia (J.s), os números quânticos expressam energias. Algumas observações sobre números quânticos eletrônicos e atômicos ➢ O momento angular orbital depende da forma do orbital, e é representado pelo símbolo l. Vamos tratá-lo em função do movimento do elétron e não da forma orbital. ➢ O momento angular de spin é um parâmetro próprio do elétron, e é representado pelo número quântico s. (Pelo modelo clássico diz-se que é definido pela sua rotação). ➢ O magnetismo associado a cada um desses números quântico é expresso por um vetor cujo módulo é zero ou um número inteiro positivo para l, e ½ para s. ➢ Os momentos angulares atômicos ou totais (L, S e J) resultam de interações entre os momentos angulares de cada elétron em um átomo. ➢ Essas interações se fazem na forma de combinações vetoriais. Essas combinações são quantizadas, as que ocorrem entre l sempre resultam em números quânticos (L) iguais a zero ou inteiros; as que ocorrem entre s geram números quânticos (S), iguais a zero, inteiros ou fracionários; e as que envolvem l e s geram números quânticos (J), iguais a zero, inteiros ou fracionários. ➢ As combinações vetoriais quânticas possíveis (nem sempre reais) podem se fazer na forma de somas vetoriais quânticas. ➢ Número quântico do momento angular orbital eletrônico (l) ➢ Número quântico do momento angular orbital atômico (L) – Somatória de li. ➢ Combinações dos momentos angulares orbitais eletrônicos geram os momentos angulares orbitais atômicos, simbolizados pelo número quântico L. ➢ Cada valor de L identifica um termo ou estado espectroscópico, cujos símbolos são: L: 0 1 2 3 4 5 6 7 .... Estado: S P D F G H I J K .... Supondo dois elétrons girando no sentido anti horário Momento angular orbital atômico Para um átomo com i elétrons, L = l1 + l2 + l3 + l4 + .... + li e2 Repetindo explicação - Acoplamento dos momentos angulares orbitais Ainda repetindo - O momento angular orbital é uma grandeza vetorial L= l1 + l2 l1 l1 L = = n i ilL mM 1 )( ML= L, L-1, L-2, ...., -L ➢ Combinações vetoriais dos momentos angulares orbitais eletrônicos resultam no momento angular orbital atômico, que é representado pelo número quântico L. ➢ As combinações válidas são as que geram valores inteiros ou zero para L. L= 0, 1, 2, 3, ...... ➢ Se o momento angular orbital atômico é uma grandeza vetorial tem módulo e orientação. ➢ Por princípio quântico, para cada valor de L existem 2L + 1 (orientações) valores de ML, variando de L a -L ➢ Os valores de ML são iguais às somatórias dos valores de ml nas configurações em análise. ➢ Nem todos os acoplamentos calculados resultam em estados reais. ❖ Em sistemas p2, L = 2, 1 ou 0, existindo, portanto, os estados (ou termos) D, P e S. Como S = 1 ou 0, a multiplicidade desses estados pode ser 3 e 1. ➢ Os estados 3D não existem. Para existir, 2 elétrons com ms = +½ (ou -1/2) deveriam ocupar um orbital com ml = 1 (ou -1). Se existissem, não existiria o fato determinante do princípio da exclusão de Pauli. ➢ Os estados 3S e 1P não existem porque os arranjos que os definiriam já fazem parte dos estados 3P, 1S ou 1D, como será visto mais adiante. Acoplamentos dos momentos angulares Estados calculados para p2: 3D3, 3D2, 3D1, 1D2, 3P2, 3P1, 3P0, 1P1, 3S1 e 1S0 Microestados de sistemas p2 Cada estado é definido por um par L-S, e os valores de L e de S são iguais ao maior valor de ML ou de MS dos arranjos possíveis. Vamos identificar os conjuntos de arranjos determinantes de cada estado espectroscópico. Identificação dos microestados de cada termo em sistemas p2 1) Em cada estado espectroscópico, os valores de S e de L correspondem aos maiores valores de MS e de ML. Para definir L e S, identificamos o arranjo com maior valor de MS e o maior valor de ML associado a este MS. Estes são MS = 1 e ML = 1, identificando um estado com S = 1 e L = 1. Estado 3P. Para esse estado (3P) os acoplamentos quânticos ML e MS possíveis são: L = 1 ML = 1, 0, -1 S = 1 MS = 1, 0, -1 A combinação dos 3 valores de ML com os 3 valores de MS identifica 9 dos 15 microestados como sendo estados 3P. 2) Repetir a operação, para os 6 arranjos que sobraram. MS = 0 e ML = 2; S = 0 e L = 2; Estado 1D. L = 2 ML = 2, 1, 0, -1, -2; S = 0 MS = 0 Portanto 5 microestados constituem o estado 1D. 3) O último arranjo é um estado 1S ( L = 0 e S = 0) Símbolos termos de cada conjunto de microestado das configurações p2 ➢ Termos separados com base nos valores de L e de S. L = 0 e S = 0 ML = 0 e MS = 0 L = 2 e S = 0 ML = 2, 1, 0, -1 -2 MS = 0 L = 1 e S = 1 ML = 1, 0, -1 e MS = 1, 0, -1 Calculando o número de arranjos em cada estado atômico. ➢ Cada estado atômico é caracterizado por um par L/S. (2S + 1)L Nº arranjos = Nº de valores de ML x Nº de valores de MS Ou N = (2L + 1) x (2S + 1) Número de valores de ML = (2 x L +1), com ML variando de L até –L. ❖ Número de valores de MS = (2 x S +1), com MS variando de S até –S. ❖ Número de microestados para cada par L e S =(2 x L +1) x (2 x S +1) Para L = 1 e S = 1, estado 3P de configurações p2, o número de arranjos é: Número de arranjos = (2 x 1 +1) x (2 x 1 +1) = 9 Para L = 2 e S = 0, estado 1D de configurações p2 Número de arranjos = (2 x 2 + 1) x (2 x 0 +1) = 5 O último microestado (ou arranjo) é um estado 1S ( L = 0 e S = 0). Símbolos termos de cada conjunto de microestado das configurações p2 ➢ Em espectros de espécies de configuração np2 só existem 5 linhas referentes à transições p-p. 3P, 1D e 1S. ➢ Os estados 3D, 1P e 3S não existem. ➢ O estado 3D não pode existir porque sua existência violaria o fato determinante do princípio de exclusão de Pauli. ➢ O estado 1P poderia ser definido pelos arranjos 3, 5, 8 ou 14, mas estes fazem parte de outros estados. ➢ O estado 3S poderia ser definido pelos arranjos 10 ou 12, mas estes fazem parte do estado 3P. Microestados e Termos Espectroscópicos de Configurações p2. (2S + 1)L Alguns termos incluem microestados cujos valores de ML e de MS são iguais. Ex.: ML = 0 e MS = 0 para 3P, 1D e 1S. Em tais casos, considera-se que esses arranjos compõem, simultaneamente, cada um desses estados. É difícil aceitar isto como fato real? ➢ O ordenamento das energias desses estados é definido com o uso das regras de Hund. ➢ Os estados espectroscópicos em espécies p2 são: 3P0, 3P1, 3P2, 1D2 e 1S0. Regras de Hund - Diagrama de Energia dos Termos da configuração p2 Parâmetros determinantes das energias dos estados espectroscópicos: S, L e J. Regras de Hund: 1) O estado de menor energia é o que tem o maior valor de S. 2) Para estados com o mesmo valor de S, o de menor energia é o que tem o maior valor de L. 3) Entre estados com os mesmos valores de S e de L, o de menor energia é o que tem: a) o menor valor de J, se o subnível estiver com até a metade de sua capacidade eletrônica (p1 a p3, d1 a d5 e f1 a f5); b) o maior valor de J, se o subnível estiver com mais da metade de sua capacidade eletrônica (p4 a p5, d6 a d9 e f8 a f13). 21.648 cm-1 - 259,0 kJ.mol-1 10.195 cm-1 - 122,0 kJ.mol-1 43,5 cm-1 - 0,52 kJ.mol-1 16, 4 cm-1 - 0,20 kJ.mol-1 0 Sem interação intereletrônica Energias dos elétrons p2 do carbono devidas aos acoplamentos L-S. Diagrama de energia dos termos referentes à configuração p2 do carbono 21.648 cm-1 - 259,0 kJ.mol-1 10.195 cm-1 - 122,0 kJ.mol-1 43,5 cm-1 - 0,52 kJ.mol-1 16, 4 cm-1 - 0,20 kJ.mol-1 0 Sem interação intereletrônica Infravermelho próximo: 12.800 a 4.000 cm-1. Infravermelho médio: 4.000 a 200 cm-1. Infravermelho distante: 200 a 10 cm-1. Microondas: 10 – 30 cm-1. 3P0 3P1 3P2 1D2 1S0 10193 21648 cm-1 C 0 16,4 43,5 0 Energia das transições no subnível p do carbono e do chumbo ➢ A diferença observada entre as energia dos estados espectroscópicos desses elementos é atribuída a ação da carga nuclear efetiva, e de mudanças nas formas de acoplamentos dos respectivos momentos angulares orbitais e de spin. Energia dos Termos referentes à configuração p2 em cm-1 Átomo 3P0 3P1 3P2 1D2 1S0 C (2p) 0,0 16,4 43,5 10.193,2 21.648,4 Si (3p) 0,0 77,2 223,3 6.928,81 15.394,2 Ge (4p) 0,0 557,1 1.409,9 7.125,26 16.367,1 Sn (5p) 0,0 1.691,8 3.427,7 8.613,0 17.162,6 Pb (6p) 0,0 7.819,3 10.650,5 21.457,9 29.466,8 ➢ Em espectros desses elementos sob campos magnéticos evidenciam a existência de 15 arranjos, desdobrados a partir dos seus 5 estados espectroscópicos. ➢ Esse fato é evidenciado por Espectroscopia Paramagnética Eletrônica (EPR). ➢ As energias de transição aumentam do C para o Pb devido a aumento da Z*. Diagrama de energia dos termos das configurações 2p2 O campo magnético faz surgirem os 15 arranjos das configurações np2 Exercícios 1) Qual o número quântico que identifica cada tipo de orbital em cada subnível? Número quântico secundário (l) l: 0 1 2 3 4 5 6 7 s p d f g h i ....... 2) Qual o número quântico identifica os estados espectroscópicos? Número quântico do momento angular orbital atômico (L) L: 0 1 2 3 4 5 6 7 S P D F G H I ...... 3) Qual símbolo representa cada estado espectroscópico dos elétrons em um átomo? (2S+1)LJ 4) Como se chama e o que significa o índice sobrescrito neste símbolo? Multiplicidade e corresponde ao número de estados para cada valor de L. Em configurações np2:, 1D2, 3P2, 3P1, 3P0 e 1S0 Os três estados P têm energias diferentes. Estados calculados para p2: 3D3, 3D2, 3D1, 1D2, 3P2, 3P1, 3P0, 1P1, 3S1 e 1S0 Estados espectroscópicos do elétron de espécies np1 (Ex.: B) s = 1/2, ms = 1/2 Acoplamentos spin-órbita (L-S) Os valores de ML, MS e MJ definem as energias do elétron no átomo. Mas será que as energias desses arranjos são diferentes? Estados espectroscópicos do elétron de espécies np1 e np5 Ml ML MS MJ1 0 -1 1 1/2 3/2 0 1/2 1/2 -1 1/2 -1/2 1 -1/2 1/2 0 -1/2 -1/2 -1 -1/2 -3/2 Ml ML MS MJ1 0 -1 1 ½ 3/2 0 1/2 1/2 -1 1/2 -1/2 1 -1/2 1/2 0 -1/2 -1/2 -1 -1/2 -3/2 1) Em cada estado espectroscópico, os valores de S e de L são iguais aos maiores valores de MS e de ML. 2) Para definir L e S, identificamos o arranjo com maior valor de MS e o maior valor de ML associado a este MS. Estes são MS = 1/2 e ML = 1. Então: S = 1/2 e L = 1. Estado 2P. Para esse estado (2P) os acoplamentos quânticos ML e MS possíveis são: L = 1 ML = 1, 0, -1 S = 1 MS = 1/2, -1/2 A combinação dos 3 valores de ML com os 2 valores de MS identifica os 6 arranjos como sendo estados 2P. np1 e np5 têm os mesmos estados espectroscópicos. Estados espectroscópicos do elétron de espécies np1 e np5 Ml ML MS MJ1 0 -1 1 1/2 3/2 0 1/2 1/2 -1 1/2 -1/2 1 -1/2 1/2 0 -1/2 -1/2 -1 -1/2 -3/2 Ml ML MS MJ1 0 -1 1 1/2 3/2 0 1/2 1/2 -1 1/2 -1/2 1 -1/2 1/2 0 -1/2 -1/2 -1 -1/2 -3/2 Ml ML MS MJ1 0 -1 1 1/2 3/2 2P3/2 0 1/2 1/2 -1 1/2 -1/2 1 -1/2 -3/2 1 -1/2 1/2 2P1/2 0 -1/2 -1/2 Ml ML MS MJ1 0 -1 1 1/2 3/2 2P3/2 0 1/2 1/2 -1 1/2 -1/2 -1 -1/2 -3/2 0 1/2 1/2 2P1/2 1 -1/2 -1/2 Ordem de energias dos estados do elétron np1 do boro Regras de Hund - referencia valores S, L e J 1) O estado de menor energia é o que tem o maior valor de S. 2) Para estados com o mesmo valor de S, o de menor energia é o que tem o maior valor de L. 3) Entre estados com os mesmos valores de S e de L, o de menor energia é o que tem: a) o menor valor de J, se o subnível estiver com até a metade de sua capacidade eletrônica (p1 a p3, d1 a d5 e f1 a f5); b) o maior valor de J, se o subnível estiver com mais da metade de sua capacidade eletrônica (p4 a p5, d6 a d9 e f8 a f13). Estados espectroscópicos do boro - 1s2, 2s2 e 2p1 ➢ Diagrama de energias dos estados espectroscópicos do boro – 2P3/2 e 2P1/2 L = 1 S = 1/2 ML = 1 0 -1 MS = 1/2 1/2 Arranjos eletrônicos e números quânticos atômicos em np2 e np5 Os dois têm os mesmos estados espectroscópicos 3P0, 3P1, 3P2, 1D2 e 1S0 1) Qual o estado fundamental em np2? 2) Qual o estado fundamental em np5? ml 1 0 -1 ML MS MJ 1 0 3/2 3/2 2 0 1/2 1/2 3 0 1/2 1/2 4 0 1/2 1/2 5 0 -3/2 -3/2 6 0 -1/2 -1/2 7 0 -1/2 -1/2 8 0 -1/2 -1/2 9 2 1/2 5/2 10 1 1/2 3/2 11 2 -1/2 3/2 12 1 -1/2 1/2 13 1 1/2 1/2 14 -1 1/2 -1/2 15 1 -1/2 1/2 16 -1 -1/2 -3/2 17 -1 1/2 3/2 18 -2 1/2 -3/2 19 -1 -1/2 -3/2 20 -2 -1/2 -5/2 ml ML MS MJ Símbolo do termo1 0 -1 1 1/2 3/2 2P 1 -1/2 1/2 0 1/2 1/2 0 -1/2 -1/2 -1 1/2 -1/2 -1 -1/2 -3/2 2 1/2 5/2 2D 2 -1/2 3/2 1 1/2 3/2 1 -1/2 1/2 0 1/2 1/2 0 -1/2 -1/2 -1 1/2 -1/2 -1 -1/2 -3/2 -2 1/2 -3/2 -2 -1/2 -5/2 0 3/2 3/2 4S 0 1/2 1/2 0 -1/2 -1/2 0 -3/2 -3/2 Arranjos eletrônicos etermos espectroscópicos de sistemas p3 ml 1 0 -1 ML MS MJ 1 0 3/2 3/2 2 0 1/2 1/2 3 0 1/2 1/2 4 0 1/2 1/2 5 0 -3/2 -3/2 6 0 -1/2 -1/2 7 0 -1/2 -1/2 8 0 -1/2 -1/2 9 2 1/2 5/2 10 1 1/2 3/2 11 2 -1/2 3/2 12 1 -1/2 1/2 13 1 1/2 1/2 14 -1 1/2 -1/2 15 1 -1/2 1/2 16 -1 -1/2 -3/2 17 -1 1/2 3/2 18 -2 1/2 -3/2 19 -1 -1/2 -3/2 20 -2 -1/2 -5/2 ml ML MS MJ Símbolo do termo1 0 -1 1 1/2 3/2 2P 1 -1/2 1/2 0 1/2 1/2 0 -1/2 -1/2 -1 1/2 -1/2 -1 -1/2 -3/2 2 1/2 5/2 2D 2 -1/2 3/2 1 1/2 3/2 1 -1/2 1/2 0 1/2 1/2 0 -1/2 -1/2 -1 1/2 -1/2 -1 -1/2 -3/2 -2 1/2 -3/2 -2 -1/2 -5/2 0 3/2 3/2 4S 0 1/2 1/2 0 -1/2 -1/2 0 -3/2 -3/2 Arranjos eletrônicos e termos espectroscópicos de sistemas p3 Configurações Elétrons desemparelhados S Multiplicidade Nome do estado Termos do estado fundamental p0 e p6 0 0 1 Singleto 1S0 p1 e p5 1 1/2 2 Dubleto 2P1/2 ou 2P3/2 p2 e p4 2 1 3 Tripleto 3P0 ou 3P2 P3 3 3/2 4 Quarteto 4S3/2 p0 P1 p2 p3 p6 p5 p4 ➢ A multiplicidade é o termo mais importante na definição das energias dos estados espectroscópicos. Configurações e multiplicidades dos estados fundamentais das configurações pn em átomos ou íons livres Estados espectroscópicos de átomos ou de íons de configuração d2. https://www.youtube.com/watch?v=gCaTJYhA 4Ik https://www.youtube.com/watch?v=xEjwTED Mgt8 37 𝒏 𝒓 = 𝒏! 𝒓! 𝒏 − 𝒓 ! 𝟏𝟎 𝟐 = 𝟏𝟎! 𝟐! 𝟏𝟎 − 𝟐 ! 𝟏𝟎 𝟐 = 𝟏𝟎 𝒙 𝟗 𝟐 𝒙 𝟏 = 𝟒𝟓 Número de microestados ou arranjos dos 2 elétrons nos 5 orbitais: Microestados e termos espectroscópicos em espécies de configuração nd2 Ti0, Ti2+, V3+, Cr4+, ... Valores de ML, MS e MJ Átomos com configurações ndm e nd10-m (nd2 e es nd) têm o mesmo número de arranjos 𝟏𝟎 𝟖 = 𝟏𝟎! 𝟖! 𝟏𝟎 − 𝟖 ! 𝟏𝟎 𝟖 = 𝟏𝟎 𝒙 𝟗 𝟐 𝒙 𝟏 = 𝟒𝟓 Assim, têm os mesmos estados espectroscópicos, como será visto adiante. Estados espectroscópicos de configurações d2 ➢ Estado fundamental L = 3 e S = 1 3F (21 arranjos) Definindo os estados espectroscópicos: ➢ Encontrar os maiores pares S-L ➢ Número de arranjos (ou microestados): N = (2 x L + 1) x (2 x S +1) = 21 Qual é o próximo maior par S – L? S = 1 L = 3 Estado 3F 37 Qual é o próximo maior par S – L? L = 1 e S = 1 3P (9 arranjos) Qual é o próximo maior par S – L? L = 4 e S = 0 1G (9 arranjos) ML = 4, 3, 2, 1, 0, -1, -2, -3, -4 MS = 0 Após esta fase sobraram 6 arranjos Qual é o próximo maior par S – L? L = 2 e S = 1 1D (5 arranjos) ML = 2, 1, 0, -1, -2 MS = 0 Por combinações vetoriais, como fizemos para np2, encontraríamos os estados: 3G, 3F, 3D, 3P, 3S, 1G, 1F, 1D, 1P e 1S Porém, por dados espectrais, verifica-se a existência apenas de 5 estados. Os estados 3G, 3D, 3S, 1F e 1P não existem. ➢ Identificados os cinco arranjos do estado 1D, sobrando somente o arranjo S = 0 e L = 0, o que o caracteriza como sendo um estado 1S. Resumindo: arranjos e termos de nd2 L = 3 e S = 1 3F (21 arranjos) L = 4 e S = 0 1G (9 arranjos) L = 2 e S = 0 1D (5 arranjos) L = 0 e S = 0 1S (1 arranjo) L = 1 e S = 1 3P (9 arranjos) Próximo estados: maiores pares S – L. Termos Espectroscópicos da configuração d2 ml 2 1 0 -1 -2 nd Nos 45 microestados de sistemas d2, o maior valor do par S e L ocorre com S = 1 e L = 3, sendo, portanto, um estado 3F, composto por 21 microestados. (2 x 3 +1) x (2x1 + 1) = 21 ML: 3, 2, 1, 0, -1, -2, -3 MS: 1, 0, -1 Estado fundamental L = 3 e S = 1 O próximo maior valor do par S e L ocorre com S = 1 e L = 1, sendo um estado 3P, composto por 9 microestados. (2 x 1 +1) x (2x1 + 1) = 9 ML: 1, 0, -1 MS: 1, 0, -1 ml 2 1 0 -1 -2 nd Um dos 9 arranjos 3P Um dos 21 arranjos 3F ml 2 1 0 -1 -2 nd Estado excitado L = 4 e S = 0 O estado 1G é composto por 9 microestados. (2 x 4 +1) x (2x0 + 1) = 9 ML : 4, 3, 2, 1, 0, -1, -2, -3 e -4 MS = 0 Dos 6 microestados restantes, o de maior é S = 0 e L = 2, sendo um estado 1D, composto por 5 microestados. (2 x 2 +1) x (2x0 + 1) = 5 ML : 2, 1, 0, -1, -2 MS = 0 ml 2 1 0 -1 -2 nd O próximo maior valor do par S e L ocorre com S = 0 e L = 4, sendo um estado 1G, Termos Espectroscópicos da configuração d2 Termos Espectroscópicos da configuração d2 ml 2 1 0 -1 -2 nd Estado excitado L = 0 e S = 0 Para o último microestado, S = 0 e L = 0, sendo um estado 1S. ML = 0 MS = 0 Portanto, em configurações d2, existem os estados: 3F, 3P, 1G, 1D e 1S (reais) Pelas regras de Hund, a ordem das energias desses estados é: 3F < 3P < 1G < 1D < 1S. Mas, ... Cuidado! 1) A regra da máxima multiplicidade de spin é confiável para definir o estado fundamental, falhando frequentemente, na definição dos estados excitados. 2) A regra do maior valor de L funciona bem para indicar o estado fundamental. Mas também falha na indicação da ordem dos termos dos estados excitados. Exemplo: Pelas regras de Hund, a ordem das energias dos termos para a configuração d2 é: 3F < 3P < 1G < 1D < 1S Termos Espectroscópicos da configuração d2 Só que, voltando ao mas, experimentalmente a ordem observada é: 3F < 1D < 3P < 1G < 1S Digrama de energias de sistemas d2 pelas regras de Hund S = 1, L = 3 S = 1, L = 1 S = 0, L = 4 S = 0, L = 2 S = 0, L = 0 Previsão falha por Hund Sobre as Regras de Hund ➢ As regras de Hund não são infalíveis. São regras importantes, mas não devem ser confundidas com princípios gerais da natureza. ➢ Como todas as regras científicas, as regras de Hund são observadas com muita frequência mas não se aplicam a todas as situações. ➢ No caso dos estados espectroscópicos atômicos, a melhor aplicação dessas regras se fazem na definição das energias dos termos do estado fundamental. d3d1 d2 ml Configurações dn – Espécies exemplos d1 Ti(III) d2 V(III) d3 Cr(III) d4 Cr(II) d5 Mn(II) d6 Fe(II) d7 Co(II) d8 Ni(II) d9 Cu(II) +2 (dxy) +1 (dxz) 0 (dyz) -1 (dx 2 – y 2) -2 (dz 2) S = MS (Máximo) 1/2 1 3/2 2 5/2 2 3/2 1 1/2 L = ML (Máximo) 2 3 3 2 0 2 3 3 2 J = MJ (Máximo) 2,5 4 4,5 4 2,5 4 4,5 4 2,5 Termos do estado fundamental 2D 3F 4F 5D 6S 5D 4F 3F 2D Alguns arranjos eletrônicos dos estados fundamentais de configurações de d1 a d9 em átomos ou íons livres 2D 3F 4F Configuração Eletrônica Termo do estado fundamental Termos dos estados excitados s1 2S s2 1S p1 e p5 2P p2 e p4 3P 1D e 1S p3 4S 2D e 2P p6 1S d1 e d9 2D d4 e d6 5D 3H, 3G, 3F, 3D, 3P, 1I, 1G, 1F, 1D e 1S d2 e d8 3F 3P, 1G, 1D e 1S d3 e d7 4F 4P, 2H, 2G, 2F, 2D e 2P d5 6S 4G, 4F, 4D, 4P, 2I, 2H, 2G, 2F, 2D, 2P e 2S d10 1S Termos dos estados espectroscópicos de configurações p e d. ➢ Em cada subnível, arranjos com número de elétrons ou de vacâncias iguais têm termos atômicos iguais. ➢ Existem transições eletrônicas nos casos em que não existem estados excitados? Configuração eletrônica Termo do estado fundamental Termos dos estados excitados Cores das substâncias d1 e d9 2D Geralmente substâncias coloridas com tonalidades muito diversas d4 e d6 5D 3H, 3G, 3F, 3D, 3P, 1I, 1G, 1F, 1D e 1S d2 e d8 3F 3P, 1G, 1D e 1S d3 e d7 4F 4P, 2H, 2G, 2F, 2D e 2P d5 6S 4G, 4F, 4D, 4P, 2I, 2H, 2G, 2F, 2D, 2P e 2S d10 1S Brancas ➢ As transições mais importantes na espectroscopia de UV-Vis são aquelas que ocorrem entre estados de mesma multiplicidade. ➢ Nos sistemas d5 de alto spin, os termos excitados quartetos tornam-se importantes por não haver termos com a mesma multiplicidade do estado fundamental (sexteto). Termos atômicos das configurações de d1 a d10 em átomos ou íons monoatômicos isolados O que ocorre com os termos espectroscópicos sob ação dos camposligantes? Qual o efeito dos campos ligantes sobre os espectros dos compostos? Aparelhagem para espectroscopia de ultravioleta e visível Regras de seleção Análises ou interpretação de espectros Diagramas de Orgel e de Tanabe-Sugano Ação dos campos ligantes sobre os orbitais atômicos ➢ O que ocorre com os subníveis s, p, d e f quando submetidos a campos octaédricos? ❖ s – não se desdobra. Transforma-se em a1g ❖ p – não se desdobra. Transforma-se em t1u ❖ d - se desdobra em t2g e eg No [CoF6] 3- P é maior do que a de 10Dq. No [Co(NH3)6] 3+, P é menor do que 10Dq. NM51GN dxy dxz dyz dx 2 - y 2 dz 2 Desdobramento do subnível d sob ação de um campo octaédrico O parâmetro Dq deriva de diferencial quântico, e pode ser expresso em eV, J, cm-1, nm, etc. 10Dq = Δo, e o fator 10 foi adotado por conveniência matemática. Ação dos campos ligantes sobre os orbitais atômicos f ➢ O que ocorre com os subníveis s, p, d e f quando submetidos a campos octaédricos? Exemplo: [Mn(H2O)6] 2+ ❖ s – não se desdobra. Transforma-se em a1g ❖ p – não se desdobra. Transforma-se em t1u ❖ d - se desdobra em t2g e eg ❖ f – se desdobra em t1g, t2g e a2g nf a2g t2g t1g t1g 20Dq 6Dq 2Dq t2g a2g Orbitais f Desdobramento do subnível f sob ação de um campo octaédrico Em campo octaédrico o subnível f se desdobra, gera orbitais de simetria t1g, t2g e a2g. 12Dq Repetição mais detalhada Ação dos campos ligantes sobre os termos espectroscópicos ➢ O número de bandas nos espectros depende do número de estados espectroscópicos gerados pelos acoplamentos L-S e pela ação do campo ligante. ➢ A dimensão dos desdobramentos depende da força do campo ligante. I− < Br− < S2− < SCN− < Cl− < NO3 − < N3 − < F− < OH− < C2O4 2− ≈ H2O < NCS− < CH3CN < py < NH3 < en < bipy < NO2 − < PPh3 < CN− ≈ CO ➢ Semelhante às que ocorrem sobre os orbitais: ❖ S – transforma-se em A1g ❖ P – transforma-se em T1g ❖ D – se desdobra em T2g e Eg ❖ F – se desdobra em T1g, T2g e A2g 6D q 2D q 12D q T1g T2g A2g F ➢ À semelhança dos orbitais atômicos, os estados espectroscópicos atômicos também se desdobram quando os átomos (ou íons monoatômicos) se combinam com outras espécies químicas, gerando compostos. ➢ Isso ocorre porque passa a haver interação entre os elétrons e núcleos de todos os átomos, gerando orbitais moleculares. Desdobramento do estados espectroscópicos sob ação de campo Oh Desdobramento dos termos espectroscópicos em campo octaédrico Termo do átomo/íon livre Número de estados Termos moleculares S 1 A1g P 3 T1g D 5 T2g + Eg F 7 T1g + T2g + A2g G 9 A2g + Eg + T1g + T2g H 11 Eg + T1g + T2g + T2g I 13 A1g + A2g + Eg + T1g + T2g + T2g Desdobramento do estados espectroscópicos sob ação de campo Oh ➢ O termo do estado fundamental nos pares d2 e d8, d3 e d7 é F. ➢ Os desdobramentos de F são invertidos entre as duas configurações de cada par. 6Dq 2Dq 12Dq T1g T2g A2g F Desdobramento de F em d2 e d3 6Dq 2Dq 12Dq A2g T2g T1g F Desdobramento de F em d7 em d8 Essa inversão pode ser atribuída ao fato das transições envolverem elétrons que estão em estados de spin invertidos. (+1/2 em d2 e d3 e -1/2 d7 e d8). Espectro do [Cr(NH3)6] 3+ Cr3+ é d3: 4F, 4P, 2H, 2G, 2F, 2D e 2P No Cr3+ as transições permitidas ocorrem entre 4F desdobrado e 4P transformado, mas outras bandas podem aparecer Espectro do [Ni(H2O)6] 2+ Ni2+ é d8: 3F 3P, 1G, 1D e 1S No Ni2+ as transições permitidas ocorrem entre 3F desdobrado e 3P transformado, mas outras bandas podem aparecer Fatores que afetam a absortividade: ➢ Cores do KMnO4 e do Mn(SO4)2.H2O KMnO4 Mn(SO4).H2O ❖ Nos dois casos o elemento central é o manganês. ❖ Os íons O2-, K+, SO4 2- e a água conferem cor branca ou são incolores nos compostos. ❖ Então, por quê as cores são tão diferentes? ➢ A intensidade das cores e das bandas de absorção depende da viabilidade de ocorrência de transições eletrônicas. Fatores que afetam a absortividade 1) Regra de seleção de Laporte (Otto Laporte em 1925. Lembrar que neste ano o conceito de orbital ainda não existia). ➢ As transições permitidas são aquelas que ocorrem com variação do número quântico secundário, tendendo a gerar grandes absortividades (bandas muito intensas). l ≠ 0 s1 → p1 p1 → d1 d1 → f1 2) Regra de seleção de spin: ➢ As transições permitidas são as que ocorrem sem mudança de multiplicidade, tendendo a gerar grandes absortividades. 1S → 1P 3F → 3P 2D → 2P Todas com S = 0 Compostos nos quais possam ocorrer transições permitidas por Laporte e por spin geralmente apresentam cores intensas e altas absortividades. Importante: Lembrar que regras têm exceções. Transições proibidas podem acontecer, embora sempre apresentem baixa intensidade. Regras de Seleção: Expressam condições para ocorrer transições. Sobre a Regra de seleção de spin [Ti(H2O)6] 3+ ↑ [Mn(H2O)6] 2+ Momento de spin (ms) não muda na transição - Transição permitida por spin Absortividade molar (ε) elevada (ε ≈ 10.000 L.mol-1) Momento de spin (ms) muda na transição - Transição proibida por spin Absortividade molar (ε) muito pequena (ε < 0,1 L.mol-1) + 1 foton + 1 foton Explicação baseada na dinâmica vibracional ➢ Segundo Laporte, uma transição d → d não deveria ocorrer (∆l = 0). ➢ Na realidade, a condição para uma transição ser permitida é que se faça entre orbitais de simetrias diferentes. gerade → ungerade (de s para p, por exemplo) ou ungerade → gerade) (de p para d ou para s) ➢ Como nos compostos os átomos estão sempre vibrando, as vibrações podem provocar assimetrias instantâneas nos respectivos estados espectroscópicos. ➢ Como as transições eletrônicas são muito mais rápidas do que as vibrações, nos instantes de assimetria entre os orbitais d, as transições eletrônicas tornam-se permitidas, gerando absorções geralmente de baixas intensidades ( muito pequenos). Essas transições são chamadas de transições vibrônicas. O efeito Jahn-Teller é um fator que favorece a ocorrência de transições d – d. Em espécies nas quais não exista o efeito Jahn-Teller, as transições d – d podem ser explicadas como consequências de vibrações nas ligações químicas. [Mn(H2O)6] 2+ - Mn2+ 3d8 Proibidas por Laporte e spin. [MnO4] - - Mn7+ 3d0 Permitidas por Laporte e spin. Fatores que afetam a absortividade: Em resumo: mais explicações sobre a Regra de seleção de Laporte: ➢ Para uma transição eletrônica ocorrer, é necessário que haja mudança de simetria na configuração eletrônica ou, em outras palavras, que ocorra mudança no momento angular orbital do elétron. Isso ocorre, por exemplo, se ∆l ±1 (ou outro número inteiro). ➢ Transições eletrônicas de ns para np (ns2 → ns1 + np1) têm absortividade na faixa dos milhares. ➢ Transições d → d são proibidas pela regra de Laporte, e devem apresentar absortividades muito pequenas. As transições eletrônicas têm como fator determinante as simetrias dos orbitais nos estados espectroscópicos. Assim, pode ocorrer transições entre orbitais d se essas transições provocarem mudanças de simetria nas disposições espaciais dos elétrons. ➢ Em compostos, a ação do campo ligante quebra a simetria dos orbitais d, possibilitando que as transições aconteçam, especialmente quando ocorre distorção de Jahn-Teller ou movimentos vibracionais com quebra de simetria. Configuração eletrônica Termo do estado fundamental Termos dos estados excitados Cores das substâncias d1 e d9 2D Geralmente formam substâncias coloridas com tonalidades muito variadas d4 e d6 5D 3H, 3G, 3F, 3D, 3P, 1I, 1G, 1F, 1D e 1S d2 e d8 3F 3P, 1G, 1D e 1S d3 e d7 4F 4P, 2H, 2G, 2F, 2D e 2P d5 6S 4G, 4F, 4D, 4P, 2I, 2H, 2G, 2F, 2D, 2P e 2S d10 1S Brancas ➢ Configurações com número de elétrons ou de vacâncias iguais têm termos atômicos iguais. ➢ As transições mais importantes na espectroscopia de UV-Vis são aquelas que ocorrem entre estados de mesma multiplicidade. ➢ Nos sistemas d5 de alto spin, os termos excitados quartetos tornam-seimportantes por não haver termos com a mesma multiplicidade do estado fundamental (sexteto). Termos atômicos das configurações de d1 a d10 em átomos ou íons monoatômicos isolados Exercícios: 1) Qual desses íons complexos deve apresentar maior absortividade? Justifique. 2) Entre os complexos [Ni(NH3)6] 2+ e [Ni(NH3)4] 2+, qual deve apresentar maior absortividade? Justifique. Qual deve apresentar cor mais intensa? Princípio de Franck-Condon e formação de bandas espectrais Efeito das vibrações moleculares Espectro de linhas do Cr e de bandas do [Cr(NH3)6)] 3+ Energias de transições eletrônicas, vibracionais, rotacionais e translacionais Estado eletrônico fundamental Primeiro estado eletrônico excitado Segundo estado eletrônico excitado Em espécies poliatômicas os estados energéticos dos elétrons são afetados pelos movimentos vibracionais e rotacionais. Geram-se estados espectroscópicos com energias ligeiramente diferentes, no estado fundamental e no estado excitado. Assim, ocorrem muitas transições com energias muito próximas, cujos registros aparecem como bandas. Bandas são formadas por conjuntos de linhas muito próximas, a ponto de não serem vistas separadas. Energias de transições eletrônicas, vibracionais, rotacionais e translacionais Átomo isolado Átomos ligados http://www.phys.ncl.ac.uk/staff/njpg/symmetry/C2v.html Energias de transições eletrônicas, vibracionais, rotacionais e translacionais Surgimento de bandas Princípio de Franck- Condon: Em moléculas, as tran- sições eletrônicas ocor- rem entre os diversos níveis vibrônicos. Isso ocorre porque os movimentos eletrônicos são muito mais rápidos do que os movimentos vibracionais, numa razão de cerca de 106 vezes. Qual a razão para essa diferença? Espectros de linhas e de banda da região visível ➢ Detalhando um pouco mais: Transições eletrônicas são muito mais rápidas do que os movimentos vibracionais. Assim, as transições eletrônicas podem ocorrer entre diferentes níveis vibracionais de cada nível eletrônico, havendo, pois, múltiplas transições eletrônicas com energias ligeiramente diferentes, gerando bandas de absorção (ou de emissão). Nos átomos ou em íons monoatômicos, as energias dos níveis eletrônicos não variam porque, não estando ligados, não têm contribuição vibracional ou rotacional. Assim, as transições se fazem entre estados energéticos bem distintos, gerando somente linhas nos espectros. Razão para aparecimento de bandas em espectros de espécies poliatômicas: Princípio de Franck-Candon Princípio de Franck-Condon As velocidades roto-vibracionais são inferiores à do som (340 m/s). Elétrons de valência têm velocidades da ordem de 106 m/s. Os elétrons internos têm velocidades maiores, podendo chegar próximas à velocidade da luz (c = 3x108 m/s). ➢ Além do efeito dos moveimentos vibracionais, as energias dos níveis eletrônicos tambem podem ser afetados por movimentos rotacionais, criando novos níveis energéticos. ➢ Os efeitos dos movementos rotacionais são menores do que os dos movimentos vibracionais. ➢ Estes efeitos somados fazem surgir um número muito grande de estados energéticos, cujos registros aparecem como bandas espectrais. Aparelhagem para espectroscopia de ultravioleta e visível Arquitetura de um espectro de ultravioleta e visível. ➢ Num espectro de UV-Vis os comprimentos de onda (λ) ou os número de onda (ῡ) são locados no eixo x. As absorções (A) são registradas no eixo y. ➢ As posições das bandas dependem da diferença de energias entre os estados. ➢ As intensidades das bandas dependem da natureza, da concentração e da espessura das amostras em análise. Espectrofotômetro de UV-Vis Espectrômetro UV-VIS-NIR – Modelo Cary 5000, Agilent, do IQ-UFRN Faixa de operação -175 a 3.300 nm Espectrofotômetro de UV-Vis-NIR Esquema de um Espectrofotômetro de UV-Vis ➢ O sistema detector registra as absorções (ou transmissões) de radiações de cada que incidem sobre as amostras, gerando sinais que constituem o espectro dos constituintes da amostra. I0 I Esquema ótico de um espectrofotômetro de feixe único com detector de arranjos de diodos Díodo – dispositivo que deixa passar corrente elétrica num único sentido, transformando corrente alternada em corrente contínua, cujas intensidades são registradas como espectro da amostra. Esquema de um Espectrofotômetro de UV-Vis Referência Espelho Foto diodo Espectro Foto diodo Amostra Divisor de feixe Lâmpada de WLâmpada de W Monocromador Espelho Processador Filtro I0 I0 I0 I % I I T 0 = I I A 0log=x = concentração l = espessura ➢ Esquema ótico de um espectrofotômetro de feixe duplo. Fontes de luz visível e UV - lâmpadas de deutério e de tungstênio Funcionamento de uma lâmpada de tungstênio-halogêneo ➢ Lâmpadas de filamento de tungstênio iniciam emissão em cerca de 1.600 °C. ❖ Emitem na faixa de 390 a 800 nm. ➢ Lâmpadas de tungstênio-halogêneo funcionam em cerca de 3.000 ºC. ❖ Emitem na faixa de 320 a 2.500 nm. Lâmpadas de deutério, hidrogênio, tungstênio, WI2 e xenônio Lâmpadas de deutério, hidrogênio, tungstênio, WI2 e xenônio ➢ Lâmpadas de xenônio são muito eficientes como fontes de radiações para espectroscopia de UV-Vis, mas têm a desvantagem de ser forte emissor no infravermelho, provocando aquecimento das amostras. Parâmetros determinados com os espectrômetros de UV-Vis Transmitância, absorbâncias e suas intensidades. Parâmetros referenciais em espectroscopia - Lei de Lambert-Beer Transmitância: Hendrich Lambert (1760) e Pierre Bouguer (1729) ➢ Bouguer e Lambert demonstraram que a intensidade de luz de um dado transmitida (I) através de uma amostra aumenta com a intensidade da luz incidente (I0) e decresce exponencialmente com a natureza e com a espessura da amostra atravessada, conforme expresso na equação: ➢ Nessas equações, k ou são constantes típicas de cada amostra em cada ; x varia com a espessura e com as concentrações das substâncias absorventes presentes na amostra; e o termo I/I0 é definido como transmitância (T), ou seja: Cl I I T −== 10 0 kxII −= 100 x I I −=10 0 ou Parâmetros referenciais em espectroscopia - Lei de Lambert-Beer Transmitância: ➢ A TRANSMITÂNCIA, portanto, é definida como a relação entre a intensidade (I) de radiação de um dado comprimento de onda que atravessa uma amostra dividida pela intensidade (I0) dessa radiação que incide sobre a amostra, ou seja: 𝑻 = 𝑰 𝑰𝟎 ➢ Como este valor é menor do que 1, para se ter uma escala mais conveniente, seus valores são expressos em percentagem, multiplicando estes valores por 100. 𝑻 = 𝑰 𝑰𝟎 𝒙𝟏𝟎𝟎 T % I I A 0log= ClA = Absorbância: August Beer (1850) ➢ A ABSORBÂNCIA, A, é definida como a intensidade de luz absorvida por uma amostra, e tem seu valor dependente da concentração (C), da espessura da amostra (l) e da absortividade, , cujo valor depende da natureza do material absorvente, podendo ser expresso pela equação: ➢ A absorbância é uma grandeza que se correlaciona logaritimicamente à transmitância, em conformidade com a equação: Parâmetros referenciais em espectroscopia - Lei de Lambert-Beer ➢ Ou seja: a absorbância é igual ao logaritmo do inverso da transmitância. Absorbância: August Beer (1850) ➢ A equação que define absorbância em função da concentração é deduzida aplicando-se logaritmo à equação definida por Lambert-Bourger, como visto a seguir: Parâmetros referenciai em espectroscopia - Lei de Lambert-Beer Cl I I −=10 0 10log10loglog 0 Cl I I Cl −== − 10loglog 0 Cl I I =e Logo, ClA = ➢ A absorbância é o parâmetro adequado para análises quantitativas porque tem correlação direta com a concentração. ➢ A transmitância é mais utilizada para análises estruturais e qualitativas, especialmente na espectroscopia de infravermelho. Regras de Seleção de Tipo de Transição Absortividade () nos max (L.mol-1) Exemplo Laporte spin Permitida PermitidaTransferência de carga L→M ou L→M 10.000 ou mais K[MnO4] ≈22.500 [MnO4] - Parcialmente permitida Permitida d → d ≈ 500 [CoBr4] 2- , [CoCl4] 2- Proibida Permitida d → d 8 a 10 [Ti(H2O)6] 3+ , [V(H2O)6] 3+ Parcialmente proibida Proibida d → d ≈ 4 [MnBr4] 2- Proibida Proibida d → d ≈ 0,02 [Mn(H2O)6] 2+ Tipos de transição segundo as regras de seleção e os coeficientes de absorção molar ou absortividade () Espectro de UV-Vis do [Cr(NH3)6] 3+ ➢ A intensidade das bandas é tanto maior quanto maior sejam as absortividades (𝜺) nos respectivos comprimentos de onda, as concentrações e as espessuras das amostras. ➢ A absortividade (𝜺) depende da viabilidade de ocorrência de transições eletrônicas em cada comprimento, podendo ser dimensionada pelas REGRAS DE SELEÇÃO. Interpretação de espectros de UV-Vis 1)Diagramas de Orgel 2)Diagramas de Tanabe-Sugano Previsão ou interpretação de espectros de complexos ➢ Diagramas de Orgel ➢ Neles são consideradas apenas as transições entre estados de mesma multiplicidade. 3A2g → 3T2g ➢ Não se aplicam a interpretação de espectros de complexos de baixo spin. [Co(CN)6] 3- [CoCl6] 3- ➢ Só oferece informações qualitativas. ➢ Diagramas de Tanabe/Sugano ➢ Inclui transições entre estados de multiplicidades diferentes. ➢ Aplicam-se em interpretações de espectros de complexos de alto e de baixo spin. ➢ Oferece informações quantitativas. Permitem definir valor de 10Dq. Diagramas de Orgel ➢ Criados para expressar a ação dos campos ligantes sobre os estados espectroscópicos. ➢ Permite se prever quantas bandas devem aparecer num espectro (ou interpretá-los). Configuração d1 sob campo Oh Configuração d1 sob campo Td ❖ Desdobramento do estado D de íons de configuração d1 sob campos ligantes octaédricos e tetraédricos. Desdobramento do subnível d ou do estado 2D em espectro de UV-Vis do [Ti(H2O)6] 3+ ➢ O aparecimento da banda de absorção no espectro do [Ti(H2O)6] 3+ em 20.300 cm-1 é causada por transições eletrônicas entre os estados espectroscópicos 2T2g e 2Eg. 2T2g → 2Eg ➢ O surgimento do ombro em 16.300 cm-1 é causado pelo efeito Jahn-Teller que ocorre nesse íon complexo. D2 g2 2 T g 2 E Íon isolado Em campo Oh Efeito Janh-Telller Desdobramentos do subnível d em espécies de configuração d1 ❖ Desdobramento semelhante ao que é provocado pelo efeito Jahn-Teller sobre o subnível d também ocorre com o estado D, fazendo aparecer ombros ou até bandas nos espectros de complexos nos quais este efeito se manifesta. Hermann Arthur Jahn e Edward Teller. ➢ Qual é a cor do [Ti(H2O)6] 3+? Espectro do [Ti(H2O)6] 3+? Desdobramento do estado D de íons de configurações d1 e d6 sob campos ligantes octaédricos e tetraédricos T2g Eg T2 E DD Desdobramento do estado D de íons de configurações d4 e d9 sob campos ligantes fracos octaédricos e tetraédricos D Eg T2g D E T2 A inversão dos termos para Eg e T2g entre as configurações d4 e d9 pode ser explicada pelo fato do elétron que faz transição ter spin +1/2 no primeiro e -1/2 no segundo. Diagrama de Orgel para íons de configurações d1, d6, d4 e d9 sob campos ligantes fracos octaédricos e tetraédricos Eg (d1 e d6 Oh) E (d4 e d9 Td) T2g (d1 e d6 Oh) T2 (d4 e d9 Td) T2 (d1 e d6 Td) T2g (d4 e d9 Oh) E (d1 e d6 Td) Eg (d4 e d9 Oh) Força do campo Força do campo Energia ➢ Espectros de compostos de elementos de qualquer uma dessas configurações devem apresentar uma banda de transição eletrônica entre orbitais d. ➢ O feito Jahn-Teller pode fazer aparecer mais de uma banda. Configurações de espécies d2 em complexos octaédricos ➢ Ordene essas configurações de acordo com suas energias. Estado fundamental < estado excitado 2 < estado excitado 1 < estado excitado 3 Energias dos termos F e P de configurações d2 sob campo ligante Oh ➢ Possíveis arranjos eletrônicas da configuração d2 3F, 3P, 1G, 1D e 1S T1g (F) < T2g < A2g < T1g (P) ➢ Ordenamento das energias destes arranjos. P T1g(P) ? Diagrama de Orgel e espectro do [V(H2O)6] 3+ ➢ Neste espectros do [V(H2O)6] 3+ aparecem apenas duas bandas. ➢ A terceira banda, gerada pela transição 3T1g(F) → 3A2g, ocorre entre 36.000 e 38.000 cm-1, encoberta por uma banda de transferência de carga. 3T1g(F) → 3A2g 3T1g(F) → 3T1g(P) 3T1g(F) → 3T2g 18.300 cm-1 25.700 cm-1 Influência da carga nuclear em espécies de configuração d2 ➢ As transições mais importantes (ou mais intensas) ocorrem entre o estado fundamental e o primeiro estado excitado de mesma multiplicidade. Diagrama de Orgel da configuração d7: semelhante ao de d2 T2 (F) Diagrama de Orgel das configurações d3 e d8 A inversão em relação a d2 e d7 se deve a mudanças nos momentos angulares orbitais (ml). Diagrama de Orgel para íons de configuração d2, d3, d7 e d8 Diagrama de Orgel e espectro do [Ni(H2O)6] 2+ ? Espectro do [Ni(H2O)6] 2+ O complexo é verde devido a baixa absorção em 500 nm 3A2g → 3T1g (F) 3A2g → 3T1g (P) Ação dos campos ligantes sobre bandas espectrais ➢ Analise os espectros. (Deslocamento de bandas e cores dos complexos). Diagrama de Orgel para íons de configuração d5 ➢ Todas as transições a partir do estado fundamental são proibidas por spin. ➢ Veja que a segunda regra de Hund não é observada para 3 dos estados quartetos (4L). ➢ Transições para os estados dubletos (2L) são duplamente proibidas por spin. Termos: 6S, 4G, 4F, 4D, 4P, 2I, 2H, 2G, 2F, 2D, 2P e 2S E n er g ia e m c m -1 Energia do campo ligante (Dq em cm-1) Diagrama de Orgel de íons de configuração d5 de spin alto e espectro de UV-Vis do [Mn(H2O)6] 2+ Os estados 4Eg e 4A1g têm a mesma energia, fato que é indicado pelo banda mais intensa próximo de 25.000 cm-1. 0,01 0,015 0,02 0,025 0,03 0,035 0,04 0,045 0,05 260 310 360 410 460 510 560 A b so rb ân ci a Comprimento de onda (nm) Espectro de UV-Vis do [Mn(H2O)6]Cl2 1,2 g dissolvidos em 20 ml de água. M = 233,936 g/mol 0 0,5 1 1,5 2 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 A b so rb ân ci a Comprimento de onda (nm) Espectro de UV-Vis do K[MnO4] 0,1 g dissolvidos em 20 ml de água, diluídos 30 vezes ➢ Observando os espectros do [Mn(H2O)6]Cl2 e do KMnO4, faça uma estimativa da relação entre as absortividades dos dois compostos nos λmax. ➢ Explique porque as absortividades desses dois compostos são tão diferentes. M = 158,034 g/mol Configuração eletrônica Termo do estado fundamental Termos dos estados excitados d1 e d9 2D d4 e d6 5D 3H, 3G, 3F, 3D, 3P, 1I, 1G, 1F, 1D e 1S d2 e d8 3F 3P 1G, 1D e 1S d3 e d7 4F 4P 2H, 2G, 2F, 2D e 2P d5 6S 4G, 4F, 4D, 4P 4P, 2I, 2H, 2G, 2F, 2D, 2P e 2S d10 1S Configurações com número de elétrons ou de vacâncias iguais têm termos atômicos iguais. Configurações eletrônicas e estados espectroscópicos de sistemas de d1 a d10 d2 e d7 Oh d3 e d8 Td d3 e d8 Oh d2 e d7 Td d1 e d6 Td d4 e d9 Oh d1 e d6 Td d4 e d9 Oh d1 e d6 Oh d4 e d9 Td d1 e d6 Oh d4 e d9 Td d5 Oh Diagramas de Orgel das configurações dn ➢ A inversão nos símbolos de Mulliken se devem a diferenças nos momentos angulares atômicos resultantes dos acoplamentos L-S. Comparando diagramas de Orgel Para relembrar: 1) Explique porque átomos e íons monoatômicos geram espectros de linhas enquanto espécies químicas poliatômicas geram espectros de bandas. 2) Quais os constituíntes básicos de um espectrofotômetro de UV-Vis? 3) Defina transmitância, absorbância e absortividade. 4) Quais regras se associam à dimensão das absortividades? 5) Que relação você faz entre as absortividades e as intensidades de cores de uma substância? 6) Os estados espectroscópicos de átomos ou íons de configuração d2 são 3F, 3P, 1G, 1D e 1S. Já em átomos ou íons de configurações d3 são 4F, 4P, 2H, 2G , 2F, 2D e 2P. ❖ Quais as transições mais importantes em estudos sobre espectros de UV-Vis de átomos ou íons com essas configurações? Justifique sua resposta.7) Analisando os arranjos eletrônicos constantes na página seguinte, identifique os termos espectroscópico de átomos ou íons de configuração nd8. Para reflexão: 1) Identifique a solução geradora do espectro, justificando sua resposta. 2) Já sabendo qual é o complexo, identifique as transições que o geraram o espectro. Soluções de [V(H2O)6] 2+ e [V(H2O)6] 3+ Espectro do [V(H2O)6] 2+ ou do [V(H2O)6] 3+ UV Configuração Estado Estados sob campo Oh Energias sob campo Oh d1 2D 2T2g + 2Eg - 4Dq + 6Dq d2 3F 3T1g + 3T2g + 3A2g - 6Dq + 2Dq + 12Dq d3 4F 4T1g + 4T2g + 4A2g - 12Dq - 2Dq + 6Dq d4 5D 5T2g + 5Eg - 6Dq + 4Dq d5 6S 6A1g 0 d6 5D 5T2g + 5Eg - 4Dq + 6Dq d7 4F 4T1g + 4T2g + 4A2g - 6Dq + 2Dq + 12Dq d8 3F 3T1g + 3T2g + 3A2g - 12Dq - 2Dq + 6Dq d9 2D 2T2g + 2Eg - 6Dq + 4Dq d10 1S 1A1g 0 Dimensionamentos das energias de transições em sistemas dn Exercício: Utilizando diagramas de Orgel, verifique se esta tabela está correta. Diagramas de Tanabe-Sugano ➢ Diferentemente dos diagramas de Orgel, os diagramas de Tanabe-Sugano podem ser usados em estudos sobre transições permitidas e proibidas. ➢ Não são usados em estudos de espécies tetraédricas. Para essas, bastam os digramas de Orgel. Diagramas de Tanabe-Sugano Características dos diagramas de Tanabe-Sugano: 1) O estado fundamental é tomado como abscissa, com a força do campo ligante expressa por o/B. 2) As posições dos demais estados têm como referência energética o estado fundamental. 3) Incluem os termos de baixa multiplicidade. 4) Na ordenada usa-se como referência energética a relação E/B. 5) Na abscissa a energia do campo é dada em unidades Dq/B. 6) Diferentemente dos diagramas de Orgel, cada configuração eletrônica é representada por um diagrama específico. 7) O diagrama não se aplica à complexos de elementos de configurações nd1 e nd9 porque para estes não existem termos excitados em nd. (Basta o diagrama de Orgel) 8) Mesmo havendo centro de inversão (sistemas gerade), os termos não incluem o índice g. B é um dos parâmetros de Racah. Seu valor expressa as repulsões entre os elétrons envolvidos nas ligações. Diagramas de Tanabe-Sugano – configuração d6 𝑛 𝑟 = n! r!(n−r)! = 2(2𝑙 + 1)! 6!(10−6)! = 10! 6! (4)! = 210 ⇒ Numero de arranjo: ➢ Complexos com ligantes diferentes têm número de bandas iguais, em regiões distintas. L = 2 e S = 2 5D L = 6 e S = 0 1I Regras de Hund??? 5D 3H, 3G, 3F, 3D, 3P, 1I, 1G, 1F, 1D e 1S Seguem-se os diagramas de Tanabe- Sugano para espécies de configurações de d2 a d8. Em compostos de espécies d1 a d9 só existe o temo 2D, bastando diagrama de Orgel para analisar seus espectros. ῡ1 ῡ1 ῡ2 ῡ3 ῡ1 ῡ2 ≈ ῡ3 ῡ2 ῡ3 ῡ2 ῡ3 Espécies d2 e d3 – Não existem compostos de spin baixo. Em complexos de alto spin – t2g 3 eg 1 Em complexos de spin baixo – t2g 4 eg 0 3H Espécies d4 - Estados fundamentais diferentes para spin alto e spin baixo Em complexos de baixo spin – t2g 5 eg 0 2I Em complexos de alto spin – t2g 3 eg 2 ↑ ↑ 6S Para um mesmo ligante, as transições ocorrem num mesmo ponto da coordenada ∆o/B Espécies d5 - Estados fundamentais diferentes para spin alto e spin baixo Porque complexos de spin alto de metais d5 apresentam tonalidades de cores muito pouco intensas? ➢Complexos de spin alto de íons nd5 têm absortividades baixíssimas e cores pouco intensas porque as transições são proibidas. ➢ Estado fundamental em campo fraco 5T2, originado de 5D. ➢ Estado fundamental em campo forte 1A1, originado de 1I. 1I6 Diagramas de Tanabe-Sugano – configuração d6 1I: ML = 6 Diagramas de Tanabe-Sugano – configuração d6 Em complexos de alto spin – t2g 3 eg 2 ↑ ↑ 4F↓↓ ↓ ↓ Em complexos de baixo spin – t2g 3 eg 2 ↑ 2G↓↓ ↓ ↓ ↓ ↑ Espécies d7 - Estados fundamentais diferentes para spin alto e spin baixo Espécies d7 - Estados fundamentais diferentes para spin alto e spin baixo Espécies d8 – formam complexos estado de spin único (S = 1) Espécies d8 – Efeito de ligantes sobre as bandas espectrais 3T1 [Ni(H2O)6]Cl2 Espécies d8 – formam complexos estado de spin único (S = 1) 3T3 Espécies d8 – formam complexos estado de spin único (S = 1) Diagrama de Orgel de íons de configuração d5 de spin alto e espectro de UV-Vis do [Mn(H2O)6] 2+ Os estados 4Eg e 4A1g têm a mesma energia, fato que é indicado pelo banda mais intensa próximo de 25.000 cm-1. 0,01 0,015 0,02 0,025 0,03 0,035 0,04 0,045 0,05 260 310 360 410 460 510 560 A b so rb ân ci a Comprimento de onda (nm) Espectro de UV-Vis do [Mn(H2O)6]Cl2 1,2 g dissolvidos em 20 ml de água. M = 233,936 g/mol Para exercitar: Analise, comente ou responda as questões seguintes 1) Diagramas de Orgel de espécies de configuração dn são análogos aos diagramas de espécies de configurações d10-n. 2) Em qual dos espectros abaixo as transições são mais energética nos respectivos λmax ? 3) Analise as afirmações: a) A cor de uma substância é definida pelas energias das suas transições eletrônicas. b) A intensidade da cor de uma substância independe das energias de suas transições. 4) Mostre que as afirmações a e b são corretas analisando os espectros apresentados a seguir. 5) Faça uma estimativa do valor da absortividade a (em L.mol-1 )do [Mn(H2O)6] 2+ e do [MnO4] - nos max destacados. [Mn(H2O)6] 2+ 60g/L [MnO4] - 0,16 g/L Rosa claro (ou claríssimo) Violeta intenso Complexo rosa, Oh Complexo azul, Td 𝟏𝟎𝑫𝒒𝑻𝒅 = 𝟒 𝟗 𝟏𝟎𝑫𝒒(𝑶𝒉) Para exercitar: Analise as afirmações seguintes (continuação) 6) Tendo como referências os espectros do [Co(H2O)6] 2+ e do [CoCl4] 2- analise a afirmação: a) A simetria afeta as absortividades das transições d dos complexos. b) As energias de transição d do [CoCl4] 2- são maiores do que as do [Co(H2O)6] 2+. 8) Explique porque o [CoCl4] 2- é azul enquanto o [Co(H2O)6] 2+ é rosa. I− < Br− < S2− < SCN− < Cl− < NO3 − < N3 − < F− < OH− < C2O4 2− ≈ H2O < NCS− < CH3CN < py < NH3 < en < bipy < NO2 − < PPh3 < CN− ≈ CO. Série espectroquímica 7) Identifique os espectros dos complexos [Ni(NH3)6] 2+, [Ni(H2O)6] 2+ e [Ni(en)3] 2+. Analise, comente ou responda as questões seguintes 8) Procure explicar as diferenças das energias e das intensidades das bandas observadas nestes dois espectros. Para exercitar: Analise, comente ou responda as questões seguintes Parâmetros de Racah – A, B e C Parâmetros de Racah são fatores calculados ou medidos que expressam as interações eletrostáticas dos elétrons com o núcleo (A), dos elétrons entre si (B) ou dos spins eletrônicos (C) em átomos isolados. ❖ As disposições dos elétrons de uma dada configuração eletrônica podem apresentar energias diferentes. Em espécies monoatômicas d2 existem os estados: 3F, 3P, 1G, 1D e 1S. Parâmetros de Racah Um dos arranjos de cada estado Arranjos Estados 1S 1D 1G 3P 3F ❖ As diferenças de energias entre os estados espectroscópicos de cada configuração eletrônica são determinadas pelas interações eletrônicas nessas configurações. ❖ Tais interações podem ser expressas por equações integrais muito complexas cujas soluções correspondem a valores aproximados das energias dos elétrons nos diferentes arranjos. ❖ Para cada configuração, essas soluções podem ser expressas pela combinação de 3 fatores conhecidos como Parâmetros de Racah A, B e C. ❖ Combinações desses parâmetros “definem” as energias de cada termo atômico. Parâmetros de Racah ❖ Os parâmetros de Racah podem ser calculados ou determinados experimentalmente através da espectroscopia atômica em fase gasosa (espécies monoatômicas). ❖ Para espécies de configuração d2, as energias dos termos 3F, 3P, 1D, 1G e 1S são dadas por: ❖ O parâmetro A resulta das interações elétron/núcleo. Em estudos sobre transições eletrônicas (UV-Vis), não é preciso considerá-lo pelo fato da parcela de energia correspondente a ele ser o mesmo em todos os termos espectroscópicos. ❖ O parâmetro B resulta das repulsões eletrostáticasentre os elétrons do elemento. ❖ O parâmetro C resulta da inversão de spin nos emparelhamentos das transições proibidas. E(1S) = A + 14B + 7C E(1G) = A + 4B + 2C E(1D) = A - 3B + 2C E(3P) = A + 7B E(3F) = A - 8B E n er g ia Parâmetros de Racah ❖ Em muitos íons M2+ da primeira série de transição, B tem valores entre 700 e 1.000 cm-1 e C varia de 2.500 a 4.000 cm-1. C é cerca de 4 a 5 vezes maior do que B. ❖ Em íons M3+ da primeira série de transição os valores de B são cerca de 25 % maiores, variando de 850 e 1.200 cm-1, porque os elétrons ficam mais próximos entre si, se repelindo mais fortemente. ❖ Íons de elementos da segunda série de transição têm valores de B cerca de 25 % menores do que os íons da primeira série de transição nos mesmo estados de oxidação, ficando entre 450 e 900 cm-1. Essa diminuição se deve ao aumento dos raios iônicos dos elementos do segundo período em relação aos do primeiro período de transição, aumentando as distâncias entre os elétrons, pelo fato das repulsões intereletrônicas serem menores em átomos maiores de mesmas configurações eletrônicas. ❖ Pela correlação C/B, em sistemas d2, as energias dos estados atômicos podem ser expressos por: ❖ Se C = 5B, a ordem das energias dos termos de uma configuração d2 é semelhante a que é prevista usando-se as regras de Hund para os dois primeiros estados espectroscópicos: 3F < 3P≅ 1D < 1G < 1S Se C = 5B E(1S) = A + 49B E(1G) = A + 14B E(1D) = A + 7B E(3P) = A + 7B E(3F) = A – 8B Parâmetros de Racah ❖ Dados experimentais mostram que a ordem real é 3F < 1D < 3P < 1G < 1S ❖ Os dados experimentais nos levam a concluir que C 4B em espécies de configurações d2. ❖ Numa transição eletrônica, como o parâmetro A contribui igualmente em todos os estados energéticos, seu efeito é nulo sobre a energia da transição, como se vê a seguir: Exemplo: 3F → 3P ; ∆E = E(3P) - E(3F) = (A + 7B) – (A – 8B) = 15B Se C = 4B E(1S) = A + 42B E(1G) = A + 12B E(1D) = A + 5B E(3P) = A + 7B E(3F) = A - 8B E(1S) = A + 14B + 7C E(1G) = A + 4B + 2C E(1D) = A - 3B + 2C E(3P) = A + 7B E(3F) = A - 8B Parâmetros de Racah ❖ Para sistemas d2, considerando C = 4B, as energias de transição do estado fundamental para cada um dos estados excitados são: 3F → 3P ; ∆E = E(3P) - E(3F) = (A + 7B) – (A – 8B) = 15B 3F → 1D ; ∆E = E(1D) - E(3F) = (A + 5B) – (A – 8B) = 13B 3F → 1G ; ∆E = E(1G) - E(3F) = (A + 12B) – (A – 8B) = 20B 3F → 1S ; ∆E = E(1S) - E(3F) = (A + 42B) – (A – 8B) = 50B E(1S) = A + 14B + 7C E(1G) = A + 4B + 2C E(1D) = A - 3B + 2C E(3P) = A + 7B E(3F) = A - 8B ❖ Mantendo o parâmetro C e atribuindo o valor zero para a energia do estado fundamental (3F), as energias dos outros estados podem ser dadas por: E(1S) = 22B + 7C E(1G) = 12B + 2C E(1D) = 5B + 2C E(3P) = 15B E(3F) = 0 d2 ou d8 1S 1G 3P 1D 3F 13B 15B 20B 50B Parâmetros de Racah ➢ Ordenamento das energias dos estados espectroscópicos das configurações d2 e d8, em termos do parâmetro B de Racah. ➢ Este é o ordenamento real, com 1D e 3P não seguindo regras de Hund. ➢ Como referência, atribui-se energia zero para o estado fundamental (3F) 3F → 1S = 50B 3F → 1G = 20B 3F → 3P = 15B 3F → 1D = 13B d3 ou d7 2H 2P 2G 4P 4F 16B 15B 50B Parâmetros de Racah ➢ Ordenamento das energias dos estados espectroscópicos das configurações d3, d7 e d5, em termos do parâmetro B de Racah. ➢ É comum as regras de Hund não serem observadas nos estados excitados. ➢ Atribui-se energia zero para os estados fundamentais, nestes casos,4F e 6S. d5 4F 4D 4P 4G 6S 30B 37B 45B 50B Configurações eletrônicas e energias dos termos, sem o parâmetro A e com C = 4B d2 e d8 d3 e d7 d5 1S 22B + 7C = 50B 2H 9B + 3C = 21B 4F 22B + 7C = 50B 1G 12B + 2C = 20B 2P 9B + 3C = 21B 4D 17B + 5C = 37B 3P 15B 4P 15B 4P 7B + 7C = 45B 1D 5B + 2C = 13B 2G 4B + 3C = 16B 4G 10B + 5C = 30B 3F 0 4F 0 6S 0 Energias de estados espectroscópicos de íons de d2 a d8 sem o parâmetro A de Racah ❖ Conhecendo-se o valor de B, pode-se prever as energias de transições eletrônicas com boa aproximação. ❖ O valor de B é maior nas espécies de maior estado de oxidação porque relacionam-se às repulsões intereletrônicas e nessas espécies os elétrons ocupam espaços menores. ❖ Nas configurações d1 e d9 só existe o estado 2D. Valores obtidos experimentalmente Termos atômicos Energias dos estados espectroscópicos em cm-1 E 3F → (2S+1)LTi2+ V3+ Cr4+ 3F 0 0 0 1D 8.473 10.540 13.200 IV – Vis 3P 10.420 12.925 15.500 IV – Vis 1G 14.398 17.967 22.000 Vis Energias dos termos espectroscópicos de íons gasosos d2, calculados a partir de B Valores calculados a partir dos valores de B, com C = 4B Termos atômicos Energias dos estados espectroscópicos em cm-1 Ti2+ V3+ Cr4+ 3F 0 0 0 1D 13B = 13 x 695 = 9.035 13B = 13 x 861 = 11.193 13B = 13 x 1040 = 13.520 3P 15B = 15 x 695 = 10.425 15B = 15 x 861 = 12.915 15B = 15 x 1040 = 15.600 1G 20B = 20 x 695 = 13.900 20B = 20 x 861 = 17.220 20B = 20 x 1040 = 20.800 B(Ti 2+ ) = 695 cm-1; B(V 3+ ) = 861 cm-1; B(Cr 4+ ) = 1.040 cm-1 Cálculos das energias de transição e dos valores de C em sistemas d2 E(1S) = A + 14B +7C E(1G) = A + 4B +2C E(1D) = A - 3B +2C E(3P) = A + 7B E(3F) = A - 8B 3F → 1D; ∆E = E(1D) - E(3F) = (A - 3B + 2C) – (A – 8B) = 5B +2C 3F → 1D; 1 = (A - 3B + 2C) – (A – 8B) = 5B +2C Valores calculados a partir dos valores de B, com C = 4B Linhas espectrais e termos atômicos Energias dos estados espectroscópicos em cm-1 Ti2+; B = 695 cm-1 V3+; B = 861 cm-1 Cr4+; B = 1.040 cm-1 3F 0 0 0 1D 13B = 13 x 695 = 9.035 13B = 13 x 861 = 11.193 13B = 13 x 1040 = 13.520 3P 15B = 15 x 695 = 10.425 15B = 15 x 861 = 12.915 15B = 15 x 1040 = 15.600 1G 20B = 20 x 695 = 13.900 20B = 20 x 861 = 17.220 20B = 20 x 1040= 20.800 1S 50B = 50 x 695 = 34.750 50B = 50 x 861 = 43.050 50B = 50 x 1040= 52.000 Valores de C estimados 695 x 4 = 2.780 861 x 4 = 3.444 =1.040 x 4 = 4.160 3F → 1S 3F → 1G 3F → 1D 1 2 3 4 Parâmetros de Racah e relação C/B de alguns íons nox n+ Elementos 1+ C/B 2+ C/B 3+ C/B 4+ C/B Titânio 695 3,7 Vanádio 755 3,9 862 4,8 Crômio 810 4,5 918 3,7 1040 4,1 Manganês 860 3,5 1015 3,2 Ferro 917 4,1 1065 Cobalto 971 3,9 1115 Níquel 1030 4,5 Cobre 1220 4,0 1240 3,8 ➢ Por esses dados percebe-se que: ❖ A correlação real C/B = a 4 ou 5 expressa somente aproximações. ❖ A variação de 25 % de um estado de oxidação para outro ou de um período para outro também se constitui numa aproximação. Parâmetros de Racah Como o parâmetro B é definido pelas repulsões intereletrônicas em íons isolados, o que deve ocorrer com o valor desse parâmetro quando esses íons se coordenam formando compostos de coordenação? Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18: Quantização da energia radiante Slide 19: Séries espectrais o hidrogênio (espectro de emissão) Slide 20 Slide 21: Séries espectroscópicas dos hidrogenóides Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39: Resumindo (acoplamentos de l , s e L-S) Slide 40: Valores de L e estados energéticos Slide 41: Acoplamento de Russeal-Sauders (L-S) e estados espectroscópicos - (2S+1)LJ Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92 Slide 93 Slide 94 Slide 95 Slide 96 Slide 97 Slide 98 Slide 99 Slide100 Slide 101 Slide 102 Slide 103 Slide 104 Slide 105 Slide 106 Slide 107 Slide 108 Slide 109 Slide 110: Princípio de Franck-Condon Slide 111 Slide 112 Slide 113 Slide 114 Slide 115 Slide 116 Slide 117 Slide 118 Slide 119 Slide 120 Slide 121 Slide 122 Slide 123 Slide 124 Slide 125 Slide 126 Slide 127 Slide 128 Slide 129 Slide 130 Slide 131 Slide 132 Slide 133 Slide 134 Slide 135 Slide 136 Slide 137 Slide 138 Slide 139 Slide 140 Slide 141 Slide 142 Slide 143 Slide 144 Slide 145 Slide 146 Slide 147 Slide 148 Slide 149 Slide 150 Slide 151 Slide 152 Slide 153 Slide 154 Slide 155 Slide 156 Slide 157 Slide 158 Slide 159 Slide 160 Slide 161 Slide 162 Slide 163 Slide 164 Slide 165 Slide 166 Slide 167 Slide 168 Slide 169 Slide 170 Slide 171 Slide 172 Slide 173 Slide 174 Slide 175 Slide 176 Slide 177 Slide 178 Slide 179 Slide 180 Slide 181 Slide 182 Slide 183 Slide 184 Slide 185 Slide 186 Slide 187 Slide 188 Slide 189 Slide 190 Slide 191 Slide 192