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Centro de Ciências Sociais e Educação 
Programa FORMA PARÁ 
CURSO: LICENCIATURA EM LETRAS LINGUA PORTUGUESA/ Monte Alegre-Pa 
Disciplina: DIDÁTICA GERAL E ESPECIAL 
Professora: Darlene Corrêa – darlene.correa@uepa.br 
Período: de 08 a 16/08/2024 
 
Estudo Dirigido (20h) 
Prezados alunos e alunas 
Dando continuidade ao módulo, estudaremos Didática Geral e especial, disciplina 
elementar na formação de professores. No caso de vocês, vamos situá-la no contexto 
docência em Língua Portuguesa. 
O objetivo central da Didática é mediar o que se ensina e o que se aprende, O 
QUÊ SE ENSINA, está no currículo de cada área, percurso de formação, assim, nosso olhar 
se volta para as diretrizes curriculares do ensino de \língua Portuguesa, Matrizes de 
Referencia e a BNCC/Língua Portuguesa, onde encontramos os conteúdos, habilidades e 
competências a serem alcançados no ensino fundamental e Médio, a partir de quem, o 
professor organiza seu trabalho didático metodológico, ou seu trabalho docente. 
Assim, a partir da leitura do E-book anexo, (responder as questões do capítulo 8), 
destacamos algumas questões a serem respondidas preliminarmente por vocês. A 
finalidade não é que vocês demonstrem conhecimento integral sobre currículo da língua 
Portuguesa, mas, identificar o que vocês sabem, o que não sabem e, assim, 
aprofundarmos o estudo sobre o tema. 
Obs.: As questões devem ser respondidas no próprio texto, ou no caderno, e será 
tema de nossa aula da quarta feira, sobre currículo, momento que darei visto para 
registrar a frequência e pontuação como bônus a ser acrescida nas avaliações. 
 
Abraços 
Profa. Darlene Corrêa 
_______________________________________________________ 
 
 
 
A Língua Portuguesa na BNCC 
mailto:darlene.correa@uepa.br
A Língua Portuguesa é um dos componentes da área de Linguagens da BNCC, que 
também conta com Educação Física, Arte e Língua Estrangeira Moderna. Quando 
falamos de linguagem, falamos de comunicação, a qual pode se dar de forma oral e escrita, 
mas também por meio de linguagem corporal, linguagem de sinais, linguagem artística etc. 
Por essa razão, a BNCC propõe um ensino de Língua Portuguesa centrado no texto, pois por 
meio dele é possível trabalhar todos os eixos da esfera linguística. Agora, as aulas de Língua 
Portuguesa devem contemplar novos gêneros textuais, como os gêneros digitais, e os 
campos de atuação possuem práticas de linguagem. 
 
Sobre as práticas da linguagem, listadas abaixo, descreva o que você sabe: 
– Oralidade; 
É uma forma de expressão linguística manifestada na comunicação falada. Para o 
desenvolvimento, vale-se da entonação, ritmo, pausas e expressões faciais. A oralidade é 
caracterizada pela informalidade, contudo, ela não se restringe apenas a informalidade, 
pode ser formal, mesmo que menos usada de maneira formal, ou seja, usa-se apenas em 
situações e ambientes formais. 
– Leitura/escuta; 
Leitura é o processo de interpretação e compreensão de símbolos escritos ou 
gestuais. Envolve decodificar os caracteres e interpretar as ideias expressas pelo autor. Ou 
seja, são formas de recepção e processamento de informações. 
– Produção de texto; 
É uma construção com frases coerentes, uma sequência de ideias organizadas 
com um sentido, obedecendo a um tema. Ou seja, uma construção sistematizada de frases 
com intenção coerente e coesa. 
– Análise linguística/semiótica. 
A análise linguística diz-se o estudo detalhado das estruturas e dos elementos da 
língua, como por exemplo, os fonemas, os morfemas, sintaxe, semântica e pragmática, 
para compreender como eles funcionam. 
Na análise semiótica estuda-se os signos e os sistemas de significações. Os signos 
podem ser palavras, imagens ou símbolos, que criam ou transmitem significados dentro de 
um contexto cultural ou comunicativo. 
Alfabetização em dois anos 
O processo de alfabetização, que antes acontecia até o terceiro ano do Ensino 
Fundamental, deve ser mais intenso nos dois primeiros anos e permanecerá de forma 
contínua, consolidando-se até o 5º ano. 
O foco estará na apropriação do sistema alfabético da escrita em práticas de linguagem 
socialmente situadas. 
 
Para os campos de atuação abaixo, dê exemplos de COMO FAZER, olhando para a 
realidade de Monte Alegre, a região do Tapajós na Amazonia paraense. 
Campos de atuação na BNCC 
Os conceitos trabalhados pela Base já são conhecidos e praticados pelos professores de 
Língua Portuguesa, tais como as práticas sociais de leitura e escrita, os gêneros discursivos 
e os meios de circulação dos textos. 
Contudo, uma das maiores mudanças é o surgimento dos campos de atuação, que são as 
áreas de uso da linguagem nas diversas situações do cotidiano. Esses campos se dividem 
em cinco: 
1. Campo de atuação na vida cotidiana: específico das séries iniciais. Traz o 
conhecimento linguístico necessário para agir nas atividades vivenciadas 
cotidianamente no espaço doméstico/familiar, escolar, cultural etc. 
Exemplos de gêneros textuais desse campo: agendas, listas, bilhetes, recados, avisos, 
convites, cartas, cardápios, diários, receitas, manuais etc. 
Exemplo de como fazer/ referência local 
Solicitar que os alunos busquem receitas de comidas típicas da cidade de Monte 
Alegre ou do estado do Pará, de preferência, uma receita reproduzida na família do 
estudante. Orientá-los a transcreverem a receita, apresentá-la à turma e justificar a 
escolha, em seguida, entregá-la ao professor(a). 
2. Campo artístico/literário: traz o conceito da arte letrada e trabalha com a criação 
e a fruição de produções literárias. A literatura deixa de ser trabalhada apenas no 
ensino médio e passa a ser trabalhada desde as séries iniciais. 
Exemplos de gêneros desse campo: lendas, mitos, fábulas, contos, crônicas, canção, 
poemas, cordéis, quadrinhos, tirinhas, charges etc. 
Exemplo de como fazer/ referência local 
Apresentar livros com poemas locais como obras literárias de Edmundo Baía, pedir 
que a turma se divida em grupos, em seguida, cada grupo deverá escolher um poema, o 
qual deverá ser declamado para a turma. 
3. Campo de estudo e pesquisa: estuda os gêneros expositivos e argumentativos e 
possibilita as práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica. Este 
campo contribui de forma global para a formação do aluno, pois dialoga diretamente com 
as outras três áreas do conhecimento (Matemática, Ciências Humanas e Ciências da 
Natureza). 
Exemplos de gêneros desse campo: relatos de experimentos, gráficos, tabelas, 
infográficos, diagramas, entrevistas, notas de divulgação científica, verbetes de 
enciclopédia etc. 
https://www.clubedoportugues.com.br/generos-textuais/
Exemplo de como fazer/ referência local 
Ainda trabalhando com os livros literários do escritor montealegrense, Edmundo 
Baía, induzir os educandos a fazerem uma pesquisa na escola por meio de entrevista com 
alunos de outras turmas, visando saber qual o conhecimento sobre o autor e suas obras 
estão sendo propagados na escola que dê visibilidade à cultura e à literatura local. 
4. Campo de atuação na vida pública: trabalha cidadania e coletividade por meio de 
textos que discorrem sobre direitos e deveres, como as leis e os estatutos. Este campo 
ajuda no processo de formação da cidadania, assim o aluno entende que a escola é 
fundamental para que ele possa aprender a viver em sociedade, agir de modo crítico, 
pensar, interagir e propor soluções. 
Exemplos de gêneros desse campo: notícias, reportagens, cartas do leitor, campanhas 
de conscientização, Estatuto da Criança e do Adolescente, abaixo-assinados, cartas de 
reclamação, regulamentos etc. 
Exemplo de como fazer/ referência local 
Percebe-se que se trabalha a desconstrução do preconceito racial na semana ou 
até no dia da Consciência Negra. Indo de encontro com esta prática, serão propostas 
campanhas de conscientização, mas antes, serão apresentadas obras de literatura afro-
brasileira que expõem a história que geralmente, quando contada por uma perspectivaeuropeia é distorcida, não oportunizando o contato do alunato com a história contada a 
partir da concepção negra, já que foram os injustiçados, escravizados e tiveram parte da 
sua memória apagada, e mesmo com a abolição da escravatura, os negros ainda são 
marginalizados, rejeitados e menosprezados. Portanto, após trazer aos discentes este 
conhecimento, será organizada uma companha de conscientização na escola, com 
distribuição de panfletas e cartazes produzidos pelos alunos, também serão convidados 
membros de quilombos da região para palestrarem, com o objetivo impactar os 
aprendentes, visto que muitas vezes esse preconceito é ignorado nas instituições de 
ensino. 
5. Campo jornalístico midiático: específico das séries finais. Preocupa-se com a 
criticidade com que o aluno irá receber o texto de diversos canais, principalmente os dos 
canais abertos. Propõe meios para desenvolver o senso crítico do aluno, baseando-se na 
vivência e leitura de mundo desse aluno, com foco em sua participação na sociedade. 
Exemplos de gêneros desse campo: reportagem, artigo de opinião, editorial, resenha 
crítica, crônica, comentário, debate, anúncio publicitário, propaganda, jingle, charge, 
meme etc. 
Com uma proposta de contextualização das práticas de linguagem, os principais objetivos 
de todos esses campos de atuação é trazer protagonismo aos alunos de todas as idades e 
nortear toda a metodologia do professor. 
Exemplo de como fazer/ referência local 
Apresentar o gênero propaganda e trazer propagandas veiculadas no município, 
sendo divididas em propagandas confiáveis e não confiáveis com objetivo de instigar o 
senso crítico da classe. Em seguida, solicitar que os estudantes pesquisem e apresentem 
outras propagandas que encontrarem ao seu redor e as classificarem, justificando a 
classificação. 
 
A gramática normativa na BNCC 
A gramática normativa volta à cena com a BNCC, que indica os conteúdos que precisam 
ser tratados em cada ano. 
No entanto, a proposta que a Base nos traz é de trabalhar a gramática dentro de todos os 
campos de atuação, de forma que o aluno entenda o seu funcionamento em vez de 
apenas decorar regras. 
 
Por dentro da BNCC de Língua Portuguesa 
A Base avança e aprofunda o entendimento da língua oral e escrita como um instrumento 
de interação social, contextualizado, dinâmico e histórico. Mas, para trabalhar todas essas 
dimensões em sala de aula, é preciso estar atento a alguns pontos importantes 
Confira uma lista de itens sobre como trabalhar com as competências específicas. 
Ilustração: Rita Mayumi/Nova Escola 
Levar os novos pressupostos trazidos pela Base à sala de aula é um desafio que passa, em 
primeiro lugar, pelo entendimento dos principais pontos da mudança. A segunda etapa é 
pensar em como essa teoria pode ser traduzida em atividades práticas, organizadas no 
planejamento das aulas, a fim de desenvolver as competências específicas que precisam 
ser consideradas no componente. Os itens abaixo sugerem formas de se trabalhar com as 
competências específicas. 
 Confira a seguir. 
 
 
Prática situada 
Ao propor contextos em que os conteúdos de Língua Portuguesa devem ser passados aos 
alunos – por meio do estabelecimento dos campos de atuação --, a BNCC sugere que, na 
leitura e no estudo dos textos, sejam considerados os papéis enunciativos de quem produz, 
os gêneros predominantes e até mesmo os suportes, entre outras informações relevantes. 
Assim, é fundamental que, nas atividades da sala de aula, os estudantes sejam 
estimulados a não apenas ler e compreender os textos, mas a verificar quem os produz, 
para quem, com que finalidade. São as respostas a todas essas questões que contribuem 
para uma leitura mais produtiva. 
 
Progressão dos conteúdos 
A Base cita aproximadamente 170 habilidades que precisam ser trabalhadas nos alunos 
durante todo o Ensino Fundamental, porém, muitas delas são comuns a vários anos. Por 
isso, pode haver uma certa dificuldade em estabelecer uma progressão na forma como os 
conteúdos devem ser trabalhados. Uma sugestão é organizar as aulas a partir da escolha 
dos gêneros que serão tratados em cada ciclo, em interlocução com os campos de 
atuação. Os gêneros seriam, portanto, um primeiro elemento norteador, partindo dos mais 
simples para os mais complexos, conforme a capacidade de entendimento e análise do 
aluno. 
 
Na prática 
Para abordar o campo da vida cotidiana nas séries iniciais, pode-se começar propondo o 
trabalho com bilhetes, no 1o ano, por exemplo, evoluindo, no 2o, para a análise, 
interpretação e produção de cartas. Já para abordar o campo da vida pública, na esfera 
midiática, o trabalho pode partir da leitura e da discussão de uma legenda de foto, para 
depois chegar ao lead e, mais tarde, ao artigo completo, considerando, assim, em ordem 
crescente, a complexidade textual desses conteúdo. 
Escolha dos textos 
Outro aspecto importante no que diz respeito à metodologia escolhida para se atingir os 
objetivos especificados na Base é a seleção dos textos. Afinal, a definição do gênero a ser 
trabalhado, dentro de cada Campo Temático, não basta. Ao decidir trabalhar o gênero 
“notícia”, por exemplo, é preciso saber de onde será extraído o texto a ser analisado em 
sala. Afinal, há muita diferença se ele vier de um jornal especializado ou de um veículo 
voltado para leitores infantis. Nessa abordagem, vale levar em conta a possibilidade que 
os alunos terão de interagir com o texto, de acordo com seus conhecimentos prévios. 
 
Os diferentes usos da oralidade 
 
Da mesma forma que propõe o ensino da produção escrita a partir de gêneros, a BNCC 
indica que o estudo da oralidade deve ser feito em situações de uso, observando o contexto 
de produção e recepção em que ocorrem. É importante que o aluno não só reconheça as 
diferenças em relação à modalidade escrita, mas que trate cada gênero oral com suas 
características, tanto na forma composicional como no estilo, respeitando as variedades 
linguísticas adequadas a cada contexto. 
 
Na prática 
Uma estratégia eficaz para motivar o processo de aprendizagem é trabalhar com os gêneros 
orais da mesma forma que se propõe o trabalho com leitura e produção escrita, 
compartilhando desde o início os objetivos pretendidos com os estudantes, de acordo com 
a prática social e de linguagem a ser explorada. É importante que esses objetivos estejam 
atrelados a um desafio a ser resolvido pelos alunos. Outro aspecto relevante diz respeito 
aos saberes prévios e aos temas de interesse pessoal dos estudantes, que podem ser 
tomados como um ponto de partida das propostas apresentadas em sala de aula. 
Conheça nesta reportagem os trabalhos de professores que já abordam essas habilidades. 
Como trabalhar gêneros 
Na prática em sala de aula, cabe ao professor garantir a apropriação pelos alunos das 
práticas comunicativas presentes na sociedade, a partir de um trabalho progressivo e 
aprofundado com os gêneros textuais orais e escritos. A Base incorporou novos gêneros 
com os quais os alunos estão bastante familiarizados. Porém, o próprio documento alerta 
para o fato de que conhecer o gênero não significa levar em conta suas dimensões ética, 
estética e política. É o professor quem vai guiar o aluno nesse sentido. O mais importante 
é fazer com que os alunos sejam capazes de compreender a intencionalidade, o contexto 
discursivo, os efeitos de sentido presentes nos mais variados textos, apresentando-os uma 
nova compreensão da língua, do seu funcionamento e uso. Também é papel do professor, 
em conjunto com a escola, fazer uma análise crítica dos muitos gêneros apresentados pela 
Base, para entender quais deles realmente terão relevância no grupo escolar. Conhecer os 
gêneros pelos quais os alunos de cada classe transitam pode ser o primeiro passo. Se os 
estudantes tiverem mais domínio de um determinado gênero que o próprio professor, uma 
alternativa é pensar em uma dinâmica, em classe, que favoreça a troca de conhecimentos. 
Na prática 
Na salade aula, gêneros novos e outros já tradicionalmente usados na escola podem se 
complementar. O estudo das biografias, por exemplo, pode ser confrontado com as 
práticas de draw my life que se popularizaram na internet. Os alunos podem trazer o seu 
conhecimento no consumo e produção do gênero mais recente e o professor pode ampliar 
as perspectivas, mostrando que há outras formas de contar a história de vida, 
apresentando exemplos e conduzindo os estudantes a pensarem nas potencialidades de 
cada uma dessas propostas. 
 
Exemplo de como fazer/ referência local 
Propor a criação de paródias a partir de filmes/contos clássicos pretendendo 
adaptar para uma perspectiva regional, recriando personagens com características locais, 
reinventar o enredo com atributos típico dos causos regionais, assim trazendo o 
filme/conto para uma realidade próxima aos estudantes. 
 
Multimodalidade na prática 
A multimodalidade é uma realidade e precisa ser trazida para o ambiente escolar. Mas 
vale destacar a atenção ao suporte. Sempre que possível, é importante que o aluno leia o 
texto onde ele foi veiculado, para que possam ser replicados, em sala de aula, os modos 
de ler próprios desses meios. Na cartilha, textos diferentes têm o mesmo tratamento 
didático. Já a leitura nos suportes digitais, por exemplo, compreende condições e 
recursos diferentes: há a possibilidade de expandir e ocultar trechos dos textos, acessar 
links para áudios, infográficos animados etc. 
https://novaescola.org.br/conteudo/315/oralidade-a-fala-que-se-ensina
 
Respeitar e apreciar as diferenças 
Estima-se em mais de 250 as línguas faladas no país, um patrimônio cultural e linguístico 
que ainda está muito distante dos jovens que estão na escola. Nos PCNs, as questões 
relacionadas à diversidade estavam contempladas nos temas transversais. Já na Base, a 
orientação para o trabalho com textos que expressem essa diversidade aparece de forma 
mais estruturada. Para materializar a teoria em ações práticas, em sala, uma orientação é 
selecionar textos, nos diversos anos do Ensino Fundamental, que deem conta de abarcar 
essa diversidade, escolhendo entre autores clássicos e contemporâneos, regionais, 
nacionais e estrangeiros, incluindo os de origem africana, indígena etc. 
Na prática 
Confira uma lista de livros que podem ser usados para trabalhar a questão da diversidade, 
com foco nas culturas africana e indígena. O objetivo é que o aluno conheça e valorize as 
realidades nacionais e análise diferentes situações dos usos linguísticos. 
Meu vô Apolinário. Daniel Munduruku. Editora Studio Nobel 
O livro conta a história do menino Daniel e da convivência com o avô que lhe ensinou o 
orgulho de ser indígena, a reverência à tradição, o respeito à natureza, entre outros valores 
fundamentais. A obra deu a Daniel Munduruku a Menção Honrosa no Prêmio Literatura 
para Crianças e Jovens na Questão Tolerância, em 2003, concedido pela UNESCO. 
A mulher que virou urutau. Olívio Jekupe e Maria Kerexu. Editora Panda Books 
Traz a lenda indígena sobre a origem do pássaro urutau, a ave que, para se defender dos 
predadores, fica completamente imóvel nos troncos das árvores. A história gira em torno 
de duas irmãs da aldeia que se apaixonam pelo mesmo guerreiro e é contada em português 
e em guarani. 
A pescaria do curumim e outros poemas indígenas. Tiago Hakiy. Editora Panda Books. A 
obra retrata a beleza da floresta amazônica por meio de poemas escritos pelo descendente 
do povo sateré mawé e pelas coloridas ilustrações de Taísa Borges. 
Puratig - o remo sagrado. Yaguarê Yamã. Editora Peirópolis 
Reúne sete histórias que compõem a tradição dos índios sateré mawé, que ainda vivem 
nos Estados do Amazonas e do Pará. As ilustrações foram feitas pelo próprio autor, 
especialista em pintura corporal, e pelas crianças da tribo. 
As fabulosas fábulas de Iauaretê. Kaká Werá Jecupé. Editora Peirópolis 
Composto de 16 histórias, o livro traz algumas fábulas relativamente conhecidas, de 
origem indígena, além de histórias criadas pelo autor, que ajudam a resgatar o patrimônio 
cultural de quatro etnias distintas: tupis, kadiweus, mundurukus e bororos. 
Olelê - uma antiga cantiga da África. Fábio Simões. Editora Melhoramentos 
Conta a história de uma cantiga, originária da República Democrática do Congo, região que 
o autor visitou pessoalmente. A canção cita palavras de origem bantu introduzidas no Brasil 
na época da escravidão e fala sobre uma enchente que acontece em um grande rio local e 
que obriga a população a enfrentar a correnteza e se mudar para outro lugar. 
Sikulume e outros contos africanos. Júlio Emílio Braz. Editora Pallas 
Resgata sete histórias africanas, repletas de poesia, envolvendo romance, aventura e 
terror. As ilustrações são de Luciana Justiniani, que vive em Moçambique. 
Omo-Obá - histórias de princesas. Kiusam de Oliveira. Editora Mazza 
Apresenta ao leitor seis princesas que são, na realidade, divindades da mitologia iorubá, a 
exemplo de Oiá, Olocum, Oxum e Iemanjá. A história versa sobre os dons especiais de cada 
uma e de como devem ser aplicados para não causar danos a elas e nem às outras 
pessoas. 
Angola Janga. Marcelo D'Salete. Editora Veneta 
É um romance histórico em quadrinhos que fala de Zumbi e de outros líderes da resistência 
aos ataques militares holandeses e às forças coloniais portuguesas, organizados em 
Angola Janga, em Pernambuco, no final do século XVI 
Quais sugestões de leituras, produzidas na cidade e/ou região 
referência local 
Apresentar obras de autores da região amazônica como “Flor de Gume” de Monique 
Malcher, que é uma escritora santarena, a qual em 2021 foi premiada com o prêmio Jabuti. 
O livro conta com 37 contos, onde são tematizados: as mulheres, a natureza, afetos, 
violências, dores e sentimentos universais. 
Outra obra importante a ser exposta é “Contos Amazônicos”, de Inglês de Sousa, 
que foi um escritor natural de Óbidos, considerado um importante escritor do movimento 
literário conhecido como Naturalismo, sendo seu introdutor no Brasil. Em “Contos 
Amazônicos” temos a história do Brasil por um olhar naturalista e descritivo do autor, que 
testemunhou uma época de turbulências sociais, políticas e religiosas: guerra do Paraguai, 
a revolta da Cabanagem, os assuntos relacionados à escravização, as questões 
emancipatórias do estado República e os alicerces abalados do catolicismo. 
Escuta ativa 
Favorecer a escuta ativa é algo que aparece como um direcionamento claro na BNCC. A 
proposta é oralizar o texto escrito, com a leitura em voz de alta de um texto, por um leitor 
mais experiente. O recurso deve facilitar a compreensão do texto no caso das crianças que 
ainda estão em processo de alfabetização ou, nos anos finais do EF1, favorecer a 
interpretação de textos mais complexos e ainda desconhecidos dos alunos. É importante, 
no entanto, que, no processo de progressão dos conhecimentos, os alunos possam 
participar de atividades escuta, leitura compartilhada e leitura autônoma – em silêncio e 
em voz alta – para atingir a proficiência desejada. 
O que não pode ficar de fora 
A BNCC traz quadros que são propostos para detalhar e explicar o que deve ser 
contemplado em cada um dos eixos ou, mais especificamente, em cada uma das práticas 
de linguagem. No dia a dia da sala de aula, será fundamental considerar essas dimensões 
para que os conteúdos propostos e as habilidades sejam contemplados. Esse mesmo 
movimento de indicar as dimensões pelas quais as práticas devem ser abordadas são 
apresentadas para as práticas de leitura, produção de textos orais e escritos, oralidade e 
análise linguística/ semiótica. 
Na prática 
Vamos tomar como exemplo o eixo leitura e o quadro disposto às páginas 70, 71 e 72 da 
BNCC, que afirma sob quais perspectivas essas práticas devem ser abordadas. Nesse 
exemplo, mencionam-se a reconstrução e reflexão sobre as condições de produção e 
recepção dos textos pertencentes a diferentes gêneros e que circulam nas diferentes 
mídiase esferas/ campos de atividade humana; a dialogia e relação entre os textos, 
a reconstrução da textualidade, recuperação e análise da organização textual, da 
progressão temática e estabelecimento de relações entre as partes do texto, a reflexão 
crítica sobre as temáticas tratadas e validade das informações, a compreensão dos efeitos 
de sentido provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos em textos 
pertencentes a gêneros diversos, as estratégias e (os) procedimentos de leitura e, 
finalmente, a adesão às práticas de leitura. 
Exemplo de como fazer/ referência local 
Realizar um projeto de podcasts focado na poética da oralidade. Os alunos serão 
divididos em grupos e escolherão temas relacionados à cultura local. Cada grupo criará um 
podcast de cerca de 10 minutos sobre uma tradição cultural ou história local. Durante o 
processo, os alunos entrevistarão moradores locais, usarão músicas e sons típicos, e 
aplicarão técnicas de storytelling para criar uma narrativa envolvente. Os podcasts serão 
compartilhados em um evento escolar, e os alunos receberão feedback de colegas, de 
alunos das demais turmas e dos professores sobre suas produções. 
A Base propõe que novos gêneros digitais 
substituam outros mais tradicionais, que já estavam contemplados nos PCNs. 
 VERDADEIRO 
 FALSO 
A questão da diversidade cultural também merece destaque, sob a perspectiva dos 
multiletramentos, tanto quanto a cultura digital. 
 VERDADEIRO 
 FALSO 
No eixo da Oralidade, também é preciso levar em conta o impacto das 
tecnologias nas interações sociais e considerar gêneros como webconferência, spot 
e jingle. 
 VERDADEIRO 
 FALSO 
 
 
 
Assim como nos PCNs, na BNCC a produção textual e o consumo de textos norteiam o 
trabalho e a definição dos conteúdos. 
 VERDADEIRO 
 FALSO 
Segundo a Base, o aluno deve não apenas ter contato com diferentes produções textuais, 
mas refletir sobre as condições em que eles foram produzidos, nos vários campos da atividade 
humana. 
 VERDADEIRO 
 FALSO 
A leitura, no contexto da BNCC, é tomada em um sentido mais amplo, dada a 
relevância atual dos textos multimodais. 
 VERDADEIRO 
 FALSO 
 
 
 
A BNCC propõe que as atividades de leitura compartilhada e de escuta ativa tenham a 
mesma relevância, em classe, que a leitura autônoma. 
 VERDADEIRO 
 FALSO 
Ao tratar, em sala de aula, gêneros que os alunos já conhecem bem, a atuação do professor 
fica limitada. 
 VERDADEIRO 
 FALSO 
Ao contrário dos PCNs, a Base não explicita o tratamento didático que deve ser dado 
aos conteúdos fundamentais para o componente. 
 VERDADEIRO 
 FALSO 
 
 
 
 
 
 
 
10 A Conteúdos gramaticais que precisam ser memorizados pelos alunos estão 
explicitados de maneira clara na Base. 
 VERDADEIRO 
 FALSO

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