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O PRIMEIRO GUIA DE 
INICIAÇÃO AO SKATE 
EM MINI-RAMP
PROJETO
ACADEMIA
DO SKATE
Edição III _ Ano 2019/2020
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SUMÁRIO
4 . APRESENTAÇÃO
6 . OLHAR PARA O FUTURO
8 . CONHECENDO O ESPORTE
12 . METODOLOGIA
14 . TEORIA
20 . PRÁTICA
33 . INSPIRAÇÃO
34 . INFOGRÁFICOS
36 . QUEM FAZ
38 . GLOSSÁRIO / REFERÊNCIAS
Esta revista foi produzida com recurso da lei de incentivo ao esporte 
de Minas Gerais e como produto final do projeto Academia do Skate IV.
incentivo ao
esporte
ACADEMIA DO SKATE: EDITORIAL
*O conteúdo da revista foi uma produção coletiva 
gerada nas capacitações da equipe I (25 a 29/03/19), 
II (20 a 25/05/19) e III (15 a 19/07/19).
COMO ENSINAR?
E m 2017, quando começamos o projeto 
Academia do Skate, descobrimos que 
não existia um manual que nos servisse de 
inspiração para as aulas. A solução foi construir 
nossa própria metodologia de iniciação ao skate 
em mini-ramp. Para isso, montamos um time 
de educadores composto de profissionais e 
estudantes de Educação Física e atletas de skate. 
A partir dos encontros de formação, nasceu 
este Guia, fruto de um exercício coletivo de 
sistematizar nosso conhecimento e experiência 
acumulada durante a intensa rotina no projeto. 
Considerando a importância do skate para 
promover a autoestima, a coragem, a disciplina 
e a força de vontade em crianças e jovens, 
principalmente, para as meninas e grupos que 
vivem em situações de vulnerabilidade social, 
alcançamos a marca de 33 mil atendimentos 
realizados em Minas Gerais. Ainda queremos 
mais pessoas embarcando nesse universo de 
transformação. Por isso, escrevemos este Guia 
para você que quer aprender sobre o skate 
como também para você que quer ensinar 
outras pessoas. Assim, comemoramos o sucesso 
da quarta edição do Academia do Skate, 
presenteando você com um tesouro: nossa 
metodologia de ensino de skate. 
Use sem moderação!RAFAEL DINIZ
PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO
NATIVIDADE
EXPEDIENTE
Registro do Projeto N.º 2017.01.0248
Equipe Editorial:
Brisa de Assis, Jhonny Miranda, 
Rafael Diniz, Victor Hugo Correa
Equipe de Argumentação*:
Daniel Henrique, Guilherme Sousa, 
Isabella Guimarães, Larissa Duarte,
Matheus Paiva, Silas Eduardo, Thiago Almeida,
Thiago de Araújo e Welton Machado
Fotos:
Diogo Andrade, Filipe Pimenta, 
Jonaan Carvalho, Léo Boi e Thiago Fernandes
Projeto Editorial e Diagramação:
Destileria de Ideias
Jornalista Responsável:
Mariana Pimenta (09.642/MG)
Revisão de Texto:
Wanderson Nascimento (18.560/MG)
Tiragem:
1.000 exemplares
Impressão:
Gráfica O Lutador
Data da Publicação:
Outubro/2019
2 | NATIVIDADE | 2019 /2020 3 | NATIVIDADE | ACADEMIA DO SKATE IV
ACADEMIA DO SKATE: APRESENTAÇÃO
ROTINA DE 
TRANSFORMAÇÃO
A Academia do Skate funciona 66 horas por 
semana, de terça à domingo, com uma rotina 
de trabalho bem definida. Assim que chega à pista, 
a equipe organiza todo o espaço, conferindo os 
equipamentos de segurança e skates, realizando troca 
e manutenção quando necessário. Analisam ainda as 
condições físicas da pista, preparam os materiais para 
atendimento do público e a playlist de música que vai 
embalar o dia de treino e diversão.
Na recepção, nosso staff realiza o cadastro dos 
participantes que preenchem um formulário de 
inscrição e, se maiores de idade, assinam o termo de 
responsabilidade. Menores de 18 anos precisam da 
autorização do responsável. Uma das informações 
coletadas na inscrição é o nível de habilidade com o 
skate, para que a aula oferecida seja interessante e rica 
em aprendizado. Cada atendimento tem duração de 20 
minutos e não existe limite de vezes que uma pessoa 
pode participar.
Academia do 
Skate I
Período: Junho a Outubro de 2017
Cidades: Belo Horizonte e Contagem
Atendimentos: 4.476
Academia do 
Skate II
Período: Janeiro a Junho de 2018
Cidades: Juiz de Fora e Pouso Alegre
Atendimentos: 6.308
Academia do 
Skate III
Período: Agosto de 2018 a Março de 2019
Cidades: Belo Horizonte e Contagem
Atendimentos: 11.551
Período: Março a Outubro de 2019
Cidade: Belo Horizonte
Atendimentos: 11.407
Academia do 
Skate IV
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Antes de entrar na pista, o participante recebe auxílio 
da equipe para colocar os equipamentos de segurança 
(joelheira, cotoveleira e capacete) e também colete 
para identificação. É obrigatório o uso de capacete 
para andar na pista, seja instrutor ou participante. Cada 
aluno recebe um skate e é posicionado na pista de 
acordo com seu nível de experiência com o esporte. Os 
instrutores auxiliam e atendem os participantes durante 
toda a aula, seguindo diretrizes seguras, motivadoras e 
eficientes para um bom aprendizado e desempenho.
São diversas as motivações que levam as pessoas a 
participarem da Academia do Skate. Temos na pista 
quem busca curtir um momento de lazer, se desafiando 
a subir em um skate pela primeira vez na vida, e quem já 
anda e procura instrução para aperfeiçoar as manobras. 
Por isso, nossa metodologia busca preparar o time de 
instrutores para atender às diferentes demandas de 
aprendizado trazidas pelo público.
Além da demanda espontânea de pessoas que estão 
passeando no shopping, outra importante forma de 
chegada de participantes é a parceria com instituições 
de ensino públicas e privadas que realizam visitas 
agendadas dos estudantes à pista. Por ser um projeto 
gratuito, a Academia do Skate garante o acesso à 
modalidade esportiva, abrangendo os públicos de 
diferentes classes sociais. 
A pista itinerante da Academia do Skate fica em 
cada shopping cerca de 2 meses. No encerramento 
da etapa acontece o campeonato de mini-ramp, uma 
competição que permite aos praticantes colocar à 
prova o que foi aprendido nas aulas. O engajamento 
dos participantes é notado na frequência na pista que 
aumenta na semana que antecede o campeonato.
A disputa do campeonato acontece nas categorias 
Infantil, Mirim e Feminino e é transmitido ao vivo 
pelas redes sociais. Os competidores são avaliados 
por três árbitros com conhecimento do esporte e 
os vencedores recebem troféu e vale-compras da 
Riachuelo. Os participantes que realizam as melhores 
manobras (best trick) também são premiados, e todos 
os competidores recebem medalha de participação. O 
dia do campeonato ainda é marcado pela presença de 
narrador, DJ, fotógrafo e da festa da torcida de amigos e 
familiares dos competidores.
4 | NATIVIDADE | 2019 /2020 5 | NATIVIDADE | ACADEMIA DO SKATE IV
A Agenda 2030 da Organização das Nações 
Unidas (ONU)1 reconhece o esporte como 
um importante facilitador do desenvolvimento 
sustentável, pois contribui com a prosperidade da 
paz ao estimular a tolerância e o respeito, além de 
ser ferramenta imprescindível para a promoção da 
saúde, educação e inclusão social.
Todos os projetos da Associação Natividade levam 
em consideração os compromissos assumidos 
pelo Brasil como país signatário da Agenda 2030 e 
busca promover os Objetivos de Desenvolvimento 
Sustentável (ODS) em seus projetos e ações. No 
Academia do Skate não foi diferente. 
ACADEMIA DO SKATE RUMO A 2030
ACADEMIA DO SKATE: OLHAR PARA O FUTURO
. Realização de quase 300 palestras educativas em 
escolas públicas sobre a história do skate, a presença 
das mulheres no esporte, os benefícios da prática e o 
skate nas Olimpíadas de Tóquio 2020.
. Realização de seis capacitações de equipe com formações 
técnicas para o aperfeiçoamento humano e do trabalho.
. Contratação de quase 100 profissionais jovens (até 25 
anos) promovendo a geração de renda e oportunidade 
do primeiro trabalho.
. Capacitação de atletas amadores para a função de 
instrutor de ensino do skate, contribuindo para o pleno 
funcionamento da cadeia produtiva da modalidade. 
. Atendimentos de iniciação esportiva gratuitos e 
acessíveis a todas as pessoas, independentemente da 
idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião, 
condição econômica ou outra.
. Empréstimo gratuito de materiais (skate e equipamento 
de segurança individual) para que todos tenhamoportunidade de experimentar a prática do skate.
. 11 edições de torneio interno com diferentes categorias 
para o exercício da competição justa;
. Formação de árbitros locais e criação de um sistema 
justo de avaliação de desempenho dos atletas no 
campeonato interno;
. Transparência em todas as ações e publicação de 
relatório completo ao final de cada etapa.
. Realização de quase 34 mil atendimentos gratuitos de 
skate para todas as idades, incentivando a prática de 
atividade física para promoção da saúde e bem-estar.
. Uma pista itinerante que percorreu mais de 1.000 km 
facilitando o acesso e engajamento da população à 
prática esportiva.
. Uma palestra educativa e uma capacitação de profissionais 
com tema específico de gênero e inclusão das mulheres 
no esporte.
. Categoria feminina no campeonato com premiação igual 
à categoria masculina.
. Criação da atividade Rainha da Pista, destacando o nome 
da garota que fez a melhor manobra na pista na semana.
. Adequação da identidade visual do projeto para reforçar o 
posicionamento institucional com a inclusão e a equidade 
de gênero.
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6 | NATIVIDADE | 2019 /2020 7 | NATIVIDADE | ACADEMIA DO SKATE IV
1. SHAPE
É a prancha de madeira na qual o 
praticante fica de pé. É feita de sete 
a oito lâminas de madeira coladas e 
prensadas dando a impressão de serem 
uma tábua. Nas extremidades, o shape 
possui curvaturas côncavas para ajudar 
o praticante a retirar o skate do chão e 
realizar as manobras. Embora as duas 
extremidades sejam parecidas, a parte 
da frente é chamada de nose (nariz) e é 
um pouco maior do que a parte de trás, 
o tail (cauda). A parte de cima do shape 
é coberta com lixa que tem a função de 
aumentar a aderência do calçado com o 
skate e facilitar a execução das manobras.
2. TRUCKS 
É o par de eixos que faz a 
conexão do shape com as 
rodinhas. São peças produzi-
das em alumínio, magnésio ou 
titânio e são responsáveis pela 
mudança de direção do skate. 
O truck é fixado por um parafu-
so central com uma arruela de 
borracha encarregada da mobil-
idade do eixo. Quanto mais aper-
tado o parafuso, menor a mobili-
dade.
3. RODINHAS
São usadas 4 pequenas rodas feitas de 
poliuretano, tipo de plástico conhecido 
por sua flexibilidade e resistência. 
O material permite a fabricação de 
diferentes tamanhos de rodinhas. No 
centro de cada rodinha, um par de 
rolamentos é usado na conexão com o 
truck, para fazê-la girar suavemente. 
1.
2. 3.
LIXA
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ANATOMIA DO SKATE
ACADEMIA DO SKATE: CONHECENDO O ESPORTE
Uma prancha e quatro rodinhas. Parece simples 
descrever o objeto de diversão que motiva o 
dia-a-dia da Academia do Skate. Entretanto, antes de 
apresentar a nossa metodologia de ensino, é importante 
conhecer mais sobre a estrutura do skate, pois, quando 
olhamos de perto, ele é mais complexo do que parece.
7,5”
19cm 21cm
7,63” 7,75” 8,25”8”
60mm56mm52mm48mm
A medida utilizada pelas marcas de skate é o diâmetro da roda expresso em 
milímetros. Geralmente essa medida varia de 48 a 60mm, sendo quanto 
maior o diâmetro, maior a velocidade que a roda consegue atingir. Outra 
característica mensurável é a densidade do poliuretano, indicado pela letra 
“A”. Quanto maior o número que acompanha a indicação “A”, maior a dureza 
da roda e, consequentemente, maior a velocidade que se consegue atingir 
pela menor aderência com o solo3.
3.
Rodinhas
A medida do truck se baseia na largura da trave, também chamada apenas 
de “T”. A unidade utilizada é o milímetro, com medidas variando de 129 a 
215mm, dependendo do tipo de shape que o praticante estiver usando. 
Apesar de pequena, também existe uma sutil diferença na altura dos 
trucks, a qual interfere na estabilidade do skate. Quanto mais próximo do 
solo, maior a estabilidade2.
2.
Trucks
Por causa da influência estadunidense no skate brasileiro, a largura do 
shape é medida em polegadas, apesar do nosso sistema oficial adotar o 
metro. Assim, os shapes costumam variar de 7,5 a 9 polegadas (“), sendo 
que 1 polegada equivale a 2,54cm2.
1.
Shape
Largura da hasteLargura do T
Base
Parafuso central
Amortecedores
Foto: Filipe Pimenta
8 | NATIVIDADE | 2019 /2020 9 | NATIVIDADE | ACADEMIA DO SKATE IV
FLATCOPING
TRANSIÇÃO
QUARTER
ACADEMIA DO SKATE: CONHECENDO O ESPORTE
UMA SALA DE AULA DIVERTIDA
C onsiderada uma das modalidades mais democráti-
cas do skate, a mini-ramp atrai adeptos de difer-
entes idades. De acordo com a Confederação Brasileira 
de Skate (CBSK)4, as mini-ramps se destacam entre as 
subdivisões do street e do vertical e, por isso, é o segun-
do tipo de pista mais construída no Brasil. 
Por sua baixa altura (até 2,50 m), são excelentes para 
aprender manobras, principalmente de bordas, em que o 
eixo ou o shape permanecem em contato com o coping. 
A facilidade para a iniciação na prática do skate norteou 
a escolha da modalidade para a Academia do Skate. 
Para o projeto, foi construída uma pista de madeira, em 
sistema modular, com 36 peças que, quando montadas, 
contemplam área de street, rampa e ondinha. 
Nestes primeiros dois anos de Academia do Skate, a 
mini-ramp já percorreu mais de 1.000 quilômetros em 
Minas Gerais, passando por quatro cidades e foi palco 
de mais de 33 mil atendimentos gratuitos! Conheça um 
pouco mais sobre as partes que compõem a pista, para 
familiarizar-se com os termos que aparecerão com fre-
quência na descrição da nossa metodologia de ensino.
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COPING 
Originalmente o coping é uma peça arredondada, 
feita de pedra áspera, para evitar escorregões nas 
piscinas. Contudo, em um período de estiagem 
de chuva nos Estados Unidos, na década de 1970, 
as piscinas de concreto vazias se tornaram palco 
cobiçado para a prática do skate. O concreto 
liso ajudava as rodinhas a deslizarem com maior 
suavidade e atingir o coping da piscina estava entre 
os principais alvos dos praticantes. Hoje, o coping 
é o termo utilizado para designar qualquer tipo de 
borda das pistas de skate, podendo ser de concreto 
ou cano de ferro. 
FLAT
Refere-se a parte plana (reta) da pista, a qual é 
utilizada para estabilizar o corpo do praticante. Na 
década de 1980, com a invenção da modalidade 
vertical no skate, eternizada pela pista em formato 
de U chamado de half-pipe, foi incluído um flat para 
que o skatista buscasse equilíbrio antes de subir suas 
paredes verticais com mais de 3,5m de altura. A mini-
ramp, como uma variação da modalidade vertical, 
mantem em sua estrutura de pista o flat.
TRANSIÇÃO
Esta nomenclatura é utilizada para designar a 
curvatura da rampa, isto é, parte da pista em que o 
praticante transita do plano horizontal de solo para 
a parede vertical. Curvaturas muito fechadas (com 
ângulo próximo dos 90º) são comumente chamadas 
de transições rápidas, porque o tempo de mudança 
de plano (do horizontal para o vertical) é muito 
pequeno e acaba exigindo maior perícia por parte do 
praticante, como é o caso da modalidade Pool.
QUARTER
Este termo é utilizado para representar o conjunto 
de estrutura que forma uma parte da rampa. Ao 
visualizar a estrutura lateralmente, observa-se que 
ela é uma fração de ¼ de um quadrado maior ou, 
olhando a face interna da rampa, de um círculo 
maior. Por isso, se usa a palavra quarter (quartil 
em português) para designar este tipo de infra-
estrutura de rampa. 
10 | NATIVIDADE | 2019 /2020 11 | NATIVIDADE | ACADEMIA DO SKATE IV
ACADEMIA DO SKATE: METODOLOGIA
FUNDAMENTOS DE SKATE 
PARA MINI-RAMP
L ogo nas primeiras etapas da Academia do Skate, 
foi possível notar a demanda recorrente dos 
jovens de se aprofundarem mais nas técnicas do 
esporte. A proposta do projeto é ofertar uma oficina 
de experimentação, isto é, o primeiro contato com a 
modalidade, porém, cientes queainda são raras as 
oportunidades de escola de skate, assumimos esse 
compromisso com a população jovem de Minas Gerais.
Assim, nas transições entre as etapas, reunimos nossa 
equipe profissional para refletir sobre as habilidades 
básicas necessárias para a prática de skate em 
mini-ramp. O primeiro passo foi buscar na literatura 
cientifica referências que pudessem contribuir para 
o aperfeiçoamento da nossa metodologia de ensino. 
Ainda são escassos os trabalhos específicos sobre o 
skate e os existentes têm como foco principal a análise 
das ciências humanas, como em5: Honorato (2004, 
2009, 2013); Bastos (2006); Brandão (2008; 2010; 2011); 
Figueira (2008); Bastos e Stigger (2009); Da Silva (2009); 
Armbrust e Ascanio (2010); Machado (2011); Figueira e 
Goellner (2013); Olic (2014); Freitas et al (2016).
Nesse sentido, nos debruçamos na literatura da 
pedagogia dos esportes e buscamos adaptar os 
conhecimentos para a realidade do skate e para o 
contexto da mini-ramp. Greco e Benda (1998); Kruger e 
Roth (2005); Paes e Balbino (2012) tratam das técnicas 
dos esportes como habilidades motoras especificas6. 
Como nosso guia é uma das primeiras tentativas de 
sistematizar o método de ensinar a andar de skate 
no Brasil, fizemos a opção de adotar a terminologia 
de fundamentos ao invés de habilidades motoras, 
pois ainda consideramos necessário aprofundar 
nas análises. Chamamos aqui de fundamentos os 
elementos motores básicos para o aprendizado 
de skate em mini-ramp. A partir do aprendizado 
desses fundamentos, o praticante é capaz de fazer 
movimentos mais complexos e que dão origem às 
diversas manobras.
Para chegar aos seis fundamentos, nosso grupo 
de discussão, além da experiência prática, levou em 
consideração os ensaios teóricos7 de Figueiredo (2005); 
Calza (2007); Ferreira (2015); Movimenta Brasil (2018) 
e Miranda (2019). O resultado de nossas pesquisas e 
produções é apresentado a seguir. 
MUDANÇA
DE DIREÇÃO
JOGO DE CORPO
ELEMENTOS
DE BORDA
SALTOS
APROXIMAÇÃO
DO SOLO
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12 | NATIVIDADE | 2019 /2020 13 | NATIVIDADE | ACADEMIA DO SKATE IV
A remada é o movimento base para iniciar o des-
locamento do skate. O praticante precisa man-
ter o corpo sobre o shape e um pé fora empurrando 
o chão, como se fosse um remo de uma canoa, para 
impulsionar o movimento. Cabeça, tronco, braços e 
perna de impulso acompanham o movimento, aju-
dando na manutenção do equilíbrio. 
ACADEMIA DO SKATE: TEORIA
1. REMADA
CONTEÚDOS PEDAGÓGICOS DO FUNDAMENTO
A. As partes do skate: 
É importante que o aluno conheça bem o carrinho e 
reconheça facilmente o que é shape, trucks, nose, tail 
e rodinhas para seguir prontamente as orientações du-
rante as aulas. Por isso, no primeiro contato do aluno 
com a modalidade o foco do professor é apresentar as 
partes do skate.
B. Posicionamento dos pés ou base: 
Os pés dos praticantes ficam posicionados sobre os 
parafusos de fixação dos trucks no shape, pois são os 
pontos de direcionamento do skate e permitem maior 
controle e estabilidade. Não existe uma base correta, 
vale aquela que oferece mais confiança e comodidade 
ao praticante. Uma das primeiras lições de um iniciante 
no skate é descobrir sua base.
C. Subir/descer e acelerar/desacelerar o skate:
Aprender a subir e a descer do skate parado ou em mov-
imento é uma tarefa importante para aprimorar a inter-
ação do praticante com o carrinho. O exercício de des-
locar-se em diferentes velocidades somado à prática de 
desaceleração leva os praticantes a dominarem o skate.
Centro de gravidade Linha de gravidade Base de suporte 
Centro de 
gravidade
Pé esquerdo (base) no tail e pé direito sobre o truck 
dianteiro. Pé esquerdo que rema.
Goofy
É quando o praticante usa o pé dianteiro para remar e 
mantém o pé de base sobre o truck traseiro do skate. 
Por oferecer menos estabilidade e mais dificuldade para 
fazer curvas e manobras, é menos comum.
Alternativo
Pé direito (base) no tail e pé esquerdo sobre o truck 
dianteiro. Pé direito que rema.
Regular
2. JOGO DE CORPO
O jogo de corpo é a movimentação corporal (agachar e ficar de pé) sobre o skate em deslocamento para 
aumentar ou diminuir a velocidade. Apesar de ser um dos conteúdos pedagógicos do fundamento da 
remada, devido sua grande exigência na prática da mini-ramp, optamos por elevá-lo ao nível de fundamento.
CONTEÚDOS PEDAGÓGICOS DO FUNDAMENTO
A. Controle do centro de gravidade: 
O centro de gravidade é o ponto de distribuição 
igualitária da massa do corpo, logo, o centro de 
aplicação da força da gravidade. Quando o praticante 
está agachado (pernas flexionadas) esse ponto está 
mais próximo do solo, o que aumenta a estabilidade, 
mas faz o skate perder velocidade. Por sua vez, o 
praticante de pé (estendido) sobre o skate tem maior 
instabilidade e ganho de velocidade. A inclinação 
da rampa gera o fenômeno de deslocamento 
rápido do centro de gravidade, o que pode causar 
desequilíbrio. Por isso, a movimentação de braços 
associada ao movimento de extensão e flexão de 
pernas é importante para o controle da estabilidade 
sobre o skate. No início da prática na mini-ramp, 
auxiliamos o aluno, dando as mãos como segurança 
e apoio, até que ele desenvolva seu controle motor 
do centro de gravidade, isto é, alcance estabilidade 
sobre o skate em movimento. 
B. Empurrar/pressionar o skate:
Durante o deslocamento de um lado para o outro 
na mini-ramp, ao passar pelas transições, o pratican-
te deve estender a perna da frente, empurrando/pres-
sionado o skate contra a pista. Essa aplicação de força 
unida ao movimento de impulso com os braços projeta 
o skate para mais próximo da borda da pista (coping).
Bases:
_Exercícios práticos nas páginas 20 a 22 _Exercícios práticos na página 23
Foto: Thiago Fernandes
14 | NATIVIDADE | 2019 /2020 15 | NATIVIDADE | ACADEMIA DO SKATE IV
ACADEMIA DO SKATE: TEORIA
C urvas são deslocamentos que envolvem mudança de direção. Para isso, o praticante deve posicionar seus 
pés sobre os parafusos dos trucks e projetar seu corpo para frente ou para trás. A movimentação faz com 
que o skate altere sua direção, sempre acompanhando o lado da projeção do corpo do praticante. Por sua vez, o 
fundamento de giro é a rotação do skate sobre um dos trucks (giro sobre um eixo de movimento).
CONTEÚDOS PEDAGÓGICOS DO FUNDAMENTO
A. Batida: 
É caracterizada pela elevação unilateral das rodas (ti-
rando do solo apenas um lado do shape), acompanha-
da de um pequeno giro do skate, e seu retorno ao solo. 
Este elemento é base para que o praticante desenvolva 
a habilidade motora para dropar (descer/lançar seu cor-
po) do alto da rampa.
B. Curvas:
São caracterizadas pela mudança da trajetória do skate 
em deslocamento. O controle da direção das curvas 
(direita ou esquerda) é realizado através dos trucks por 
meio da projeção lateral do peso do praticante, gerando 
o efeito de aproximar ou afastar o shape das rodinhas.
3. MUDANÇA DE DIREÇÃO 4. ELEMENTOS DE BORDA
C. Giro:
É caracterizada pela elevação unilateral das ro-
das seguida de uma rotação de no mínimo 180º do 
shape, fazendo com que o praticante mude o senti-
do do seu deslocamento.
A interação do skate com o limite das rampas 
pode acontecer pelo contato simples ou com-
binado do truck e shape com o coping. Os elementos 
de borda são parte da essência da modalidade mini-
ramp. 
CONTEÚDOS PEDAGÓGICOS DO FUNDAMENTO
A. Drop (descer/lançar): 
O drop na mini-ramp consiste em, com o shape en-
caixado na borda (coping), projetar o corpo em direção 
ao flat da pista. Para isso, o praticante deve pressionar 
com força o pé da frente na parte suspensa do shape 
(parte não encaixada no coping), e lançar seu ombro 
para o centro da pista. Esse é o movimento de entrada 
na pista mais usado pelos praticantes que já dominam 
o jogo de corpo nas rampas.
B. Stall (parada): 
Durante os deslocamentos na mini-ramp, aquelas 
breves pausas com o skate no coping são chamadas de 
stall.Ela pode tanto acontecer com o contato do shape 
quanto do truck com o coping.
C. Grind (deslizar com o truck): 
Quando o praticante já possui um bom domínio do 
skate e consegue ter controle no jogo de corpo exigido 
pela pista, o desafio passa a ser interagir o carrinho com 
as bordas (coping). O grind é o nome dado quando o 
praticante usa o truck para deslizar sobre o coping. Este 
conteúdo é muito parecido com a exigência de deslizar 
o corrimão na modalidade street. 
D. Slides (Deslizar com o shape): 
De forma similar ao que acontece no grind, onde o de-
safio é interagir com as extremidades das rampas, no 
slide o praticante usa o shape para deslizar o skate pelo 
coping. Os praticantes mais experientes gostam de 
passar vela no coping e na parte inferior do shape para 
diminuir o atrito entre as partes.
_Exercícios práticos nas páginas 24 a 26 _Exercícios práticos nas páginas 27 a 29Fo
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16 | NATIVIDADE | 2019 /2020 17 | NATIVIDADE | ACADEMIA DO SKATE IV
ACADEMIA DO SKATE: TEORIA
5. SALTOS
O s saltos são a parte acrobática da prática do skate 
e que dão o aspecto radical para o esporte. O 
salto pode acontecer com o praticante saindo do chão, 
mas sem retirar o skate do solo, como um complemen-
to de manobras de borda (ex.: body varial - praticante 
muda a base de pés, em um giro de 180°, sobre o shape 
em um stall), ou na ação de fazer o carrinho perder o 
contato com a pista. Neste segundo caso, a curvatura 
quase vertical no final da transição das rampas é propí-
cia para a projeção do skate para além da pista. 
CONTEÚDOS PEDAGÓGICOS DO FUNDAMENTO
A. Salto sem o skate: 
Parado ou em movimento, o praticante salta sobre o 
skate tentando aterrissar nos parafusos de fixação dos 
trucks no shape, local de maior estabilidade. Este con-
teúdo também pode acontecer quando o praticante 
salta do skate para o chão, em uma aproximação para 
evitar queda ou para frear o skate. 
B. Salto com skate (ollie): 
Este é o primeiro salto a ser ensinado a um praticante 
e uma das manobras-base do skate moderno. O 
praticante usa das curvaturas da extremidade do shape 
(tail e nose) para fazer o skate sair do chão. O nome é 
uma homenagem a Alan Gelfand, apelidado de “Ollie”, 
da geração estadunidense de praticantes de skate em 
piscinas, da década de 1970, criador da manobra.
C. Salto com skate (aéreos): 
São manobras em que o praticante salta com o skate 
para além das rampas e retorna para a linha. Este 
elemento é mais comum em rampas maiores, porque 
a parede vertical auxilia o praticante a projetar o skate 
para o alto.
É um fundamento bastante utilizado como segurança de queda, pois ensina o praticante a abandonar o skate 
em movimento antes da perda total do equilíbrio ou do controle do carrinho.
6. APROXIMAÇÃO DO SOLO
CONTEÚDOS PEDAGÓGICOS DO FUNDAMENTO
A. Aproximação frontal: 
Na perda do equilíbrio ou sensação de insegurança 
sobre o skate, o praticante flexiona as pernas para 
agachar, tentando deixar o seu centro de gravidade o 
mais próximo possível do solo para, em seguida, pro-
jetar seu corpo à frente, tocando o solo com os cotove-
los e joelhos. Por isso é importante a utilização do equi-
pamento de segurança individual (cotoveleira, joelheira 
e capacete) para evitar escoriações.
B. Aproximação lateral: 
Em uma situação de insegurança sobre o skate, o prat-
icante agacha para aproximar o centro de gravidade 
do solo e projeta seu corpo lateralmente, tendo o braço 
_Exercício prático nas páginas 29 e 30 _Exercícios práticos nas páginas 31 a 32
Foto: Leo Boi
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como proteção do contato da cabeça com o chão. Essa é 
uma técnica extraída do universo das lutas para o cotidi-
ano do skate.
C. Aproximação de costas: 
O praticante se prepara sobre o skate abaixando o cor-
po e projeta-se para cair de costas. O queixo deve estar 
junto ao peito para evitar o choque da cabeça com o 
solo e os braços próximos do corpo.
18 | NATIVIDADE | 2019 /2020 19 | NATIVIDADE | ACADEMIA DO SKATE IV
ACADEMIA DO SKATE: PRÁTICA
1. TREINANDO A REMADA
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Cabeça, ombro, joelho e pé
Conteúdo pedagógico: 
Conhecer as partes do skate
Objetivo: 
Memorizar os componentes do skate 
Descrição: 
A atividade é uma releitura da brincadeira “cabeça, om-
bro, joelho e pé”, em que os participantes, a partir do co-
mando do professor, sinaliza com as mãos as partes do 
corpo. O skate foi incluído na brincadeira, assim, mescle 
nomes de partes do corpo com componentes do skate. 
Variação: 
A atividade pode ser feita de forma individual, cada aluno 
com um skate, como também no formato de estafeta en-
tre duplas, em que aquele que tocar corretamente o local 
indicado de forma mais rápida é o vencedor. 
Pés nos parafusos
Conteúdo pedagógico: 
Posicionamento dos pés
Objetivo: 
Familiarizar o posicionamento dos pés sobre os parafusos 
de fixação dos trucks no shape
Descrição: 
Desenhe com giz no chão da pista um shape e oriente 
o aluno a colocar os pés na marcação dos parafusos de 
fixação do truck. Dê comandos para o aluno entrar e sair 
do shape alternando as pernas, ora com a direita, ora com a 
esquerda, ora saltando com as duas. Além disso, peça para 
o aluno se equilibrar sobre uma perna (fazendo aviãozinho) 
promovendo o treino de equilíbrio, flexão e extensão de 
joelhos.
Variação:
Usando o skate, em duplas, um aluno sobe no shape en-
quanto o outro o auxilia com as mãos para que mantenha o 
equilíbrio ao realizar as tarefas solicitadas. Depois os alunos 
trocam de papéis e repetem a atividade.
1, 2, 3
Conteúdo pedagógico: 
Subir/descer e acelerar/desacelerar o skate
Objetivo: 
Automatizar a sequência motora de subida e descida 
do skate 
Descrição: 
Apresente aos alunos a sequência de ações: 1. colocar 
um pé no shape sobre um truck; 2. posicionar também o 
outro pé no shape, sobre os parafusos do outro truck; 
3. rotacionar a ponta do pé da frente, simulando a posição 
corporal de deslocamento. Assim que os alunos fixarem 
os gestos motores dos comandos verbais 1, 2 e 3, altere a 
velocidade, manipulando o tempo de intervalo entre um 
comando e outro. Como na atividade anterior, lembre-se 
que é a oportunidade do aluno de descobrir sua perna de 
dominância (base goofy e regular: pé no truck dianteiro ou 
base alternativa: pé no truck traseiro). 
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Saci-pererê
Conteúdo pedagógico: 
Subir/descer e acelerar/desacelerar o skate
Objetivo: 
Treinar o equilíbrio corporal sobre o skate 
Descrição: 
Oriente os alunos a afastarem os pés na largura dos 
ombros e posicione um skate entre as pernas de cada 
um, assegurando que a linha de gravidade do aluno fique 
no meio do shape. Dê o comando para que coloquem 
um dos pés sobre os parafusos no shape, e suspendam 
o outro pé, ou seja, todo o peso corporal colocado sobre 
o pé que está no skate. Lembre-se que neste exercício, o 
aluno deve descobrir qual a sua perna de maior segurança 
(direita ou esquerda) e onde irá posicionar o pé de base, 
nos parafusos do truck dianteiro (base goofy ou regular) 
ou traseiro (base alternativa).
Variação: 
Aviãozinho ou Superman - com o aluno equilibrado em 
apenas um pé sobre o skate, o oriente a erguer os braços 
e projetar seu corpo para frente, simulando a pose do 
superman e depois a abrir os braços, como se fossem as 
asas de um aviãozinho. Assim, aumentamos o grau de di-
ficuldade, pois tem-se uma movimentação do centro de 
gravidade do aluno sobre o skate, treinando seu equilíbrio. 
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1.
2.
4.
3.
20 | NATIVIDADE | 2019 /2020 21 | NATIVIDADE | ACADEMIA DO SKATE IV
ACADEMIA DO SKATE: PRÁTICA
Bocha
Conteúdo pedagógico: 
Subir/descer e acelerar/desacelerar o skate
Objetivo: 
Treinar controle de força na impulsão/remada 
Descrição: 
Marque no chão um alvo e dê o comando para que, um 
aluno de cada vez, dando apenas uma remada, tente parar 
o mais próximo possível do ponto marcado. De forma simi-
lar ao que acontece com o jogo de bocha, ganha quemcon-
seguir ficar o mais próximo do alvo.
Variação 1: 
Altere a distância entre alvo e alunos e faça várias rodadas 
entre os participantes. 
Variação 2: 
Aumente a quantidade de alvos para que os alunos 
tenham uma sequência a seguir (alvo 1, alvo 2, etc), 
ganhando aquele que conseguir se aproximar de todos 
os alvos com a menor quantidade de remadas, como 
acontece no golfe.
Remada Fantasma
Conteúdo pedagógico: 
Subir/descer e acelerar/desacelerar o skate
Objetivo: 
Treinar o equilíbrio corporal durante a remada no skate 
Descrição: 
Oriente o aluno a realizar uma remada, mas ao final da 
sua execução, ao invés de retornar com o pé para o 
shape, ele deve simular novos movimentos de remada, 
porém sem tocar o solo. A intenção é que o aluno foque 
no seu controle de equilíbrio durante a movimentação 
do corpo na remada.
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2. TREINANDO O JOGO DE CORPO
Vivo ou morto
Conteúdo pedagógico: 
Controle do centro de gravidade
Objetivo: 
Aprender a usar do centro de gravidade no deslocamento 
na mini-ramp
Descrição: 
Sobre o skate, o aluno desloca-se entre as rampas, pas-
sando pelo flat. Quando ele estiver passando na transição 
para subir, dê o comando verbal vivo, para que estenda 
os joelhos e fique totalmente de pé sobre o skate. Já no 
retorno para o flat, dê o comando é morto e a resposta 
do praticante deve ser agachar sobre o skate, flexionando 
os joelhos. Essa atividade faz uma releitura da brincadeira 
vivo ou morto e facilita o entendimento sobre o uso da 
flexão de pernas para controlar o deslocamento do seu 
centro de gravidade.
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Chega, olha e desce
Conteúdo pedagógico: 
Controle do centro de gravidade
Objetivo: 
Direcionar o olhar e ajustar o corpo quando muda o senti-
do de deslocamento do skate 
Descrição: 
Oriente o aluno a remar em direção à transição e quan-
do ele chegar no ponto mais alto que sua velocidade per-
mitir, dê o comando para que olhe para o lado oposto, que 
agora é o sentido de descida do skate, e prepare-se para 
deslocar-se nessa direção. 
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6.
7.
8.
5.
22 | NATIVIDADE | 2019 /2020 23 | NATIVIDADE | ACADEMIA DO SKATE IV
ACADEMIA DO SKATE: PRÁTICA
Desviar dos cones
Conteúdo pedagógico: 
Curvas
Objetivo: 
Treinar a mudança de direção do skate utilizando o peso 
do corpo 
Descrição:
Posicione alguns cones no flat para os praticantes des-
viarem enquanto se deslocam de um lado ao outro da 
mini-ramp. Para desviar do cone, o praticante precisa jog-
3. TREINANDO A MUDANÇA DE DIREÇÃO
ar o peso corporal para frente e para trás, aprendendo a 
realizar curvas.
Variação: 
Mude a distância entre os cones espalhados no flat. 
Quanto maior a distância entre um cone e o outro, maior 
a exigência de projeção do corpo para além do shape, 
aperfeiçoando o controle do centro de gravidade. 
>> >>
Relógio
Conteúdo pedagógico: 
Giro
Objetivo: 
Treinar o controle o corporal durante o giro com o skate 
(front e backside)
Descrição: 
Com o skate parado, o praticante eleva de forma suave 
um dos trucks do chão e, na sequência, aplica uma força 
de rotação sobre o outro truck. Assim, gira sobre o próprio 
eixo, como o ponteiro de um relógio. O objetivo é realizar 
um giro completo, ou seja, 360º, o que é muito difícil. No 
início, coloque como meta a meia volta, um giro de 180º. 
Variação: 
O praticante pode dar a volta para frente (front) como 
também treinar rodar para trás (backside). Depois que o 
praticante dominar o giro front 180º, aumente a dificul-
dade da tarefa pedindo que faça o mais rápido possível, 
mantendo o equilíbrio.
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>> >> >>
Game “catuscone”
Conteúdo pedagógico: 
Curvas / Giros
Objetivo: 
Treinar curvas e giros com o skate com distribuição 
da atenção 
Descrição: 
Distribua aleatoriamente no flat 10 cones, cinco de 
cada cor, sendo que cada cor representa uma equipe/
participante. Dê o comando para o início, com um partici-
pante de cada equipe se deslocando de um lado ao outro 
da mini-ramp. Quando realiza o giro (front e backside) na 
transição, o participante ganha autorização para pegar 
um cone do adversário. Vence o jogo quem conseguir 
recolher os cones do adversário primeiro. Caso o partici-
pante atropele algum cone ou coloque os dois pés na pis-
ta, ele será punido devolvendo um cone para o flat. 
Variação: 
Inclua um depósito de cones, para que o participante, 
após coletá-los, tenha também que entregá-los. Se for 
uma turma grande, monte uma equipe e peça para que 
cada integrante pegue um cone na pista e o deposite no 
local indicado. 
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Giro SK8
Conteúdo pedagógico: 
Curvas
Objetivo:
Treinar curvas aproveitando todo o espaço da pista 
Descrição: 
O aluno faz de skate uma trajetória no formato de 8, utili-
zando toda a área da pista. Ao alcançar a transição, o alu-
no realiza uma curva de frente ou de costas de forma a 
manter o movimento em 8.
9.
10.
11.
12.
24 | NATIVIDADE | 2019 /2020 25 | NATIVIDADE | ACADEMIA DO SKATE IV
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ACADEMIA DO SKATE: PRÁTICA
Zkate
Conteúdo pedagógico: 
Batidas / Curvas
Objetivo: 
Treinar a batida e as curvas em uma trajetória definida 
Baliza
Conteúdo pedagógico: 
Batidas / Curvas
Objetivo: 
Treinar a batida e as curvas em uma trajetória definida 
Descrição: 
Ao longo da mini ramp são posicionadas fileiras de cones 
Posicione no flat da mini-ramp, fileiras de cones como no 
exemplo anteior. O participante pode começar dropando 
na rampa ou remando no flat. Uma vez em movimento, 
precisa mudar de fileira (vaga) usando o movimento de 
batida ou curva, sem parar de fazer o jogo de corpo. A 
mudança pode ser feita na direção de “base” ou “fakie”, 
porém não é permitido encostar nos cones ou colocar os 
dois pés no chão.
Batida no flat
Conteúdo pedagógico: 
Drop
Objetivo: 
Familiarizar com o drop
Descrição: 
No flat da pista, o aluno pressiona o pé de base sobre o tail 
do shape, até que toque o chão, levantando o nose. O pé 
suspenso fica posicionado sobre os parafusos de fixação 
do truck dianteiro. Na sequência, oriente o aluno a aplicar 
força no pé da parte suspensa para que as rodas dianteiras 
voltem a tocar o chão. O desafio é fazer esse movimento 
4. TREINANDO OS ELEMENTOS DE BORDA
de drop com a maior força possível, pois é essa força de 
pressionar/empurrar o solo que permite o praticante se 
lançar do alto da rampa.
Variação: 
Como a pista do Academia do Skate conta com uma 
ondinha, também chamada de caixa de drop, varie a 
atividade fazendo o participante realizar o drop cada vez 
mais próximo da inclinação de saída, até que ele consiga 
fazer o drop do ponto mais alto da rampa.
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Bate e volta
Conteúdo pedagógico:
Stall
Objetivo:
Realizar o stall durante a volta na pista
Descrição: 
O participante desloca-se de um lado ao outro da rampa 
e quando estiver de fakie (andando de costas), ao atingir 
o ponto mais próximo do coping, deve pressionar para 
bater o tail na rampa, logo em seguida, jogar a pressão 
para o pé que está na outra extremidade do skate (nose).
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13.
14.
15.
16.
Descrição: 
O aluno faz de skate uma trajetória no formato de Z, utili-
zando toda a área da pista. Ao alcançar a transição, o aluno 
realiza a batida de frente ou de costas de forma a manter 
o desenho de Z.
26 | NATIVIDADE | 2019 /2020 27 | NATIVIDADE | ACADEMIA DO SKATE IV
Basquete no cone
Conteúdo pedagógico: 
Stall
Objetivo:
Realizar o stall com distribuição da atenção
Descrição:
Coloque um cone na rede de proteção da pista, na par-
te superior da rampa, na altura das mãos quando se 
está de pé no coping. Segurando uma bolinha de bor-
racha, o praticante desloca-se de um lado ao outro da 
rampa. Quando atinge a altura do coping, ele realiza o 
stall, jogando o peso para o pé que está mais próximo 
do coping. Com o skate parado no alto da rampa, o par-
ticipante arremessa a bolinha para acertá-la no cone, 
como se fosse uma cesta de basquete. 
Corrida no quarter
Conteúdo pedagógico: 
Grind
Objetivo: 
Aprender a fazer o movimento do grind 
Descrição: 
Sem o skate, o participante corre a extensão darampa 
e, ao chegar ao topo, gira 180º e encaixa os pés no coping. 
Estabilizado do giro, inicia nova corrida para o outro 
coping, onde repete o movimento.
ACADEMIA DO SKATE: PRÁTICA
>> >> >>
>> >> >>
Variação: 
O participante repete a atividade, porém agora sobre o 
skate. Posicione-se no quarter para, se necessário, dar a 
mão ao participante para auxiliá-lo no giro. 
Rock slide
Conteúdo pedagógico: 
Slide
Objetivo: 
Aprender a fazer slide
5. TREINANDO OS SALTOS
17.
18.
19.
Descrição: 
O aluno dropa da rampa e avança diagonalmente em 
direção ao outro coping, de forma a posicionar o meio do 
shape no coping ao encontrá-lo. Nesse momento, ele pre-
cisa projetar o corpo para frente para fazer o skate deslizar 
sobre o coping, realizando um slide. 
Salto sobre a ponte
Conteúdo pedagógico: 
Salto sem o skate
Objetivo: 
Aprender a saltar e voltar para o skate 
Descrição: 
Posicione diversos skates em sequência, lado a lado, 
fazendo um tipo de ponte para o praticante atravessar. 
Para se deslocar sobre a “ponte”, o praticante sobe no 
primeiro skate e salta com os dois pés simultaneamente 
e sempre tentando aterrissar sobre os parafusos de 
fixação dos trucks.
>> >> >>
20.
28 | NATIVIDADE | 2019 /2020 29 | NATIVIDADE | ACADEMIA DO SKATE IV
ACADEMIA DO SKATE: PRÁTICA
6. TREINANDO A APROXIMAÇÃO COM O SOLO
Torre de Pisa I
Conteúdo pedagógico: 
Aproximação frontal
Objetivo: 
Aprender a se proteger de quedas de skate
Descrição: 
Sem o skate, o praticante agacha e gera um desequilíbrio 
para frente para cair em direção ao piso. Antes de tocar 
o chão, o praticante projeta seus cotovelos para frente, de 
forma que os joelhos e cotovelos sejam as primeiras partes 
de contato com o chão. Importante que o praticante esteja 
devidamente equipado para a realização da atividade.
Variação: 
Repita a atividade sobre o skate parado e depois com 
ele em movimento, mas em baixa velocidade. Outra 
variação é feita no quarter da pista. O praticante agacha-
do e de frente para a pista, segura com as mãos o coping 
e deixa os joelhos encostados na pista. Na sequência solta 
as mãos e deixa o corpo deslizar pela rampa, mantendo 
cotovelos e joelhos em contato com o chão. 
>> >> >>
Torre de Pisa II
Conteúdo pedagógico: 
Aproximação lateral
Objetivo: 
Aprender a se proteger de quedas de skate
Descrição: 
Sem o skate, o praticante agacha e na sequência proje-
ta o corpo lateralmente. Durante a queda, deve deixar 
o braço mais próximo do solo estendido para que ele 
proteja o contato da cabeça com o chão. A perna mais 
próxima do chão deve ficar semi-flexionada para parar 
o movimento.
Variação: 
O praticante realiza o mesmo processo sobre o skate 
parado e depois com ele em movimento, mas em baixa 
velocidade. O importante da atividade é automatizar o 
movimento. 
>>
Túnel
Conteúdo pedagógico: 
Salto com o skate
Objetivo: 
Aprender a saltar e voltar para o skate em movimento
>> >> >>
Descrição: 
Posicione os skates criando um túnel em que só passa o 
skate, de forma que, para atravessá-lo, o praticante pre-
cisa saltar enquanto o skate passa pelo túnel e aterrissar 
sobre o skate em movimento com os pés sobre os para-
fusos dos trucks.
21.
23.
24.
Passo-a-passo do ollie
Conteúdo pedagógico: 
Salto com o skate
Objetivo: 
Aprender a fazer ollie
Descrição: 
Sobre o skate parado, o praticante posiciona o pé de 
trás sobre o tail e o outro pé no centro do shape. Pres-
sionando o pé de trás, o praticante projeta a frente do 
skate para o alto. Quando o carrinho perde o contato com 
o solo, o praticante desliza o outro pé no sentido do nose. 
>> >> >> 22.
Esse movimento permite que o tail também saia do chão 
e que o praticante posicione os pés sobre os parafusos de 
fixação dos trucks para um retorno ao solo sem grandes 
desequilíbrios. 
Variação: 
Como o movimento dos pés é de suma importância 
para o sucesso do elemento, auxilie dando as mãos para 
o praticante ou oriente que ele utilize o apoio do guarda 
corpo para treinar o movimento.
30 | NATIVIDADE | 2019 /2020 31 | NATIVIDADE | ACADEMIA DO SKATE IV
Judô
Conteúdo pedagógico: 
Aproximação de costas
Objetivo: 
Aprender a se proteger de quedas de skate
Descrição: 
Sem o skate, o praticante agacha e na sequência pro-
jeta o corpo para trás. Antes de tocar o chão deve co-
locar o queixo junto ao peito para evitar que o pescoço 
ACADEMIA DO SKATE: PRÁTICA ACADEMIA DO SKATE: INSPIRAÇÃO
faça o movimento de chicote e manter os braços junto 
ao corpo, deixando os cotovelos baterem na pista para 
controlar a velocidade de queda. Esta é a mesma técni-
ca utilizada no judô para preparar o praticante para o 
contato com o solo, na finalização de um golpe.
Variação: 
O praticante simula o mesmo movimento sobre o skate 
parado e na sequência com ele em movimento.
>>
>>
Carrinho de joelhos
Conteúdo pedagógico: 
Aproximação frontal
Objetivo: 
Aprender a se proteger de quedas de skate
Descrição: 
Sem o skate, o praticante agacha no alto da rampa e na 
sequência projeta os joelhos a frente. Quando deslizar 
de joelhos, o praticante deve projetar o corpo para trás. 
Essa técnica de queda é a mais utilizada na modalidade 
vertical, porque o praticante continua o sentido do 
movimento até a frenagem.
I mpossível pensar em skate no Brasil sem lembrar-se 
de Sandro Dias, o “Mineirinho”. Nosso padrinho mais 
que especial! “Para mim, é uma felicidade muito grande 
servir de inspiração. Eu não tive oportunidade como 
essa quando comecei a praticar. Hoje, me deparo sendo 
padrinho de um projeto como esse e isso só me motiva 
mais. Skate é vida, faz muito bem”, afirma Sandro que 
é skatista profissional, hexacampeão mundial de verti-
cal e diretor de esportes da Confederação Brasileira de 
Skate (CBSK). 
“A estrutura é totalmente voltada para a iniciação. 
Quem participa não chega lá e se depara com uma 
rampa monstruosa. Encontra uma rampa de iniciação, 
que dá oportunidade às pessoas de experimentar”, re-
lata Sandro enfatizando que essa é a grande sacada do 
projeto, conseguir levar o skate a outros públicos, para 
dentro do shopping, para as pessoas experimentarem. 
25.
26.
O skatista acredita na importância do Academia do 
Skate para a formação de crianças e adolescentes. “É 
uma iniciativa fantástica, que não tive na minha épo-
ca, quando comecei a andar de skate, mas fico feliz em 
ver que os jovens de hoje terão. Pratico o esporte há 33 
anos, quando ele ainda nem era considerado modali-
dade esportiva. Não tive incentivo e não existiam com-
petições. Hoje, vejo iniciativas como essa como uma 
forma de mostrar à juventude o caminho do bem. En-
caminhar essa molecada para o esporte é uma forma 
de mantê-los longe de muitas coisas ruins que existem 
no mundo. Com talento e empenho, podem se tornar 
grandes atletas. Mas, se não der certo, ao menos tere-
mos bons cidadãos”, pondera.
COM A PALAVRA, NOSSO PADRINHO
Sandro Dias "Mineirinho"
Skatista Profissional
Hexacampeão de skate vertical
Diretor de esportes da CBSK
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32 | NATIVIDADE | 2019 /2020 33 | NATIVIDADE | ACADEMIA DO SKATE IV
ACADEMIA DO SKATE: INFOGRÁFICOS
Atendimento:
Nossa metodologia de ensino tem estimulado o retorno 
dos usuários ao projeto. Desta forma, cada usuário pode 
fazer mais de uma aula por dia, o que gera um número 
de atedimento superior a quantidade de usuários. Nos-
sos recordes em visitação são:
1º lugar: Igor Rocha (12 anos)
33 dias presentes e 176 aulas realizadas
11ª etapa – Shopping Del Rey (BH)
2º lugar: Geovanny Alves (12 anos)
26 dias presentes e 164 aulas realizadas 
9ª etapa – Shopping Cidade II (BH)
3º lugar: Matheus Alexandro (12 anos) 
32 dias presentes e 158 aulas realizadas
9ª etapa – Shopping Cidade II (BH)
T odas as participações na Academia do Skate são registradas em ficha de inscrição manuscrita, os dados 
validados no escritório e depois apuradas para avaliar o impacto das nossas ações. Nesses dois anos de projeto 
percorremos mais de mil quilômetros, em quatro cidades de três regiõesdiferentes de Minas Gerais e alcançamos 
a marca de mais de 14mil pessoas atingidas, sendo 85% do público de jovens (até 17 anos). Conheça um pouco mais 
dos números do projeto.
NÚMEROS QUE NOS ORGULHAM
INTERIOR-MGRMBH
Participação escolar:
Acreditamos que skate e educação devem andar juntos! Por isso, mantemos em nossa equipe técnica um profissional 
responsável por realizar palestras no ambiente escolar e preparar a saída dos jovens para uma prática transformadora 
em nossa pista. Ao longo do projeto foram realizadas 98 palestras na Região Metropolitana de BH e recebemos 276 
visitas guiadas em nossa pista por todo o Estado. 
Distribuição dos atendimentos:
A Academia do Skate está na sua quarta versão de projeto na lei de incentivo ao esporte de Minas Gerais, somando 
450 dias de pista aberta ao público, um total de 4.008h de funcionamento e 33742 atendimentos realizados. Estes 
números mostram a grandeza do projeto, que está entre as maiores ações de iniciação ao skate do Brasil. A seguir a 
série histórica de atendimentos do projeto.
Nível no skate:
Mais de 76% dos usuários tiveram o primeiro contato com o skate no projeto, mostrando a sua capacidade em 
democratizar a prática do esporte entre os mineiros. 
RMBH INTERIOR DE MINAS
Não informou Nenhum Iniciante Intermediário Avançado
Faixa-etária:
O foco do projeto tem sido a população jovem, tanto que quase 85% dos usuários são menores, com idade média de 
11,7 anos de idade. Nas onze etapas da Academia do Skate registramos 12.305 jovens e 2.0511adultos impactados pelo 
universo do novo esporte olímpico.
MAIS DE 18 ANOS1520 466
17 ANOS308 149
16 ANOS422 311
15 ANOS589 492
14 ANOS694 586
13 ANOS843 642
12 ANOS1047 568
11 ANOS1115 380
10 ANOS1057 217
9 ANOS833 140
8 ANOS610 96
7 ANOS441 98
6 ANOS251 59
5 ANOS171 44
4 ANOS90 31
3 ANOS64 10
2 ANOS14 01
1 ANO1 01
27.434
ATENDIMENTOS
6.308
ATENDIMENTOS
  
6.381
USUÁRIOS
2.653
USUÁRIOS
3.689
USUÁRIOS
1.638
USUÁRIOS
53,1%
19,4%
18,7%7,2%
1,6% 2,6% 60,9%
25,9%
10,5%
1404
ATENDIMENTOS
1765
ATENDIMENTOS
3440
ATENDIMENTOS
1ª ETAPA
(BH)
20
DIAS
20
DIAS
2ª ETAPA
(CO)
25
DIAS
3ª ETAPA
(BH)
51
DIAS
4ª ETAPA
(JF)
52
DIAS
5ª ETAPA
(PA)
57
DIAS
6ª ETAPA
(BH)
45
DIAS
7ª ETAPA
(BH)
45
DIAS
8ª ETAPA
(CO)
45
DIAS
9ª ETAPA
(BH)
45
DIAS
10ª ETAPA
(BH)
45
DIAS
11ª ETAPA
(BH)
1307
ATENDIMENTOS
2868
ATENDIMENTOS
4778
ATENDIMENTOS
3172
ATENDIMENTOS
3601
ATENDIMENTOS
4208
ATENDIMENTOS
3223
ATENDIMENTOS
3976
ATENDIMENTOS
RMBH
192 
VISITAS DE 
GRUPOS
6.035 
ALUNOS
INTERIOR DE MINAS
84
VISITAS DE 
GRUPOS
2.853
ALUNOS
INTERIOR MGRMBH
34 | NATIVIDADE | 2019 /2020 35 | NATIVIDADE | ACADEMIA DO SKATE IV
ACADEMIA DO SKATE: QUEM FAZ
A Natividade foi criada em 2014 por profissionais 
interessados em colaborar com a construção 
de uma sociedade mais justa. Das primeiras provas de 
trekking ao maior projeto de iniciação ao skate do Bra-
sil, foram muitos aprendizados e parcerias. 
Com o incentivo do Governo de Minas Gerais, por meio 
da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, a Natividade 
realiza a Academia do Skate e o Conexão Sk8, com o 
apoio da Riachuelo e do Guaraná Antarctica (AMBEV), 
respectivamente. A Academia do Skate é o nosso 
projeto itinerante de primeiro contato dos jovens com 
o skate, que dispensa apresentação. Já o Conexão Sk8 
é nossa escola de skate fixa, que busca conectar os 
jovens de duas tradicionais cidades mineiras, Santa 
Luzia e Sete Lagoas, através da prática do esporte. 
As aulas de skate são gratuitas e acontecem no 
contra turno escolar, em escolas e pistas públicas, e 
já são sucesso entre a garotada, que fica ansiosa para 
participar da nossa competição interna de fechamento 
do semestre.
A Natividade segue seu ritmo de impactar cada vez 
mais vidas com suas tecnologias sociais. Com o incen-
tivo do Governo Federal, por meio da Lei de Incenti-
vo ao Esporte, o Jovens Olímpicos visa ser o primeiro 
projeto do Brasil a dar oportunidade às novas gerações 
de sonharem com as recentes modalidades olímpicas 
- basquete 3x3, escalada, caratê e skate. Os estudantes 
de escolas públicas da Região Metropolitana de Belo 
Horizonte terão aulas gratuitas desses esportes com 
profissionais de Educação Física e toda infraestrutura 
para uma prática segura e de qualidade.
ESTAMOS APENAS COMEÇANDO
Toda empresa contribuinte do ICMS - Imposto 
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, 
pode destinar parte do seu imposto para um 
projeto esportivo aprovado pela Secretaria de 
Desenvolvimento Social, como a Academia do 
Skate e o Conexão Sk8. É o seu imposto fazendo 
a diferença na sociedade!
 Venha fazer parte dos projetos 
da Associação Natividade!
3% a 1%
As pessoas que declaram o Imposto de Renda 
pela modalidade completa podem doar até 6% 
de seu imposto ao projeto Jovens Olímpicos, 
enquanto as empresas optantes do lucro real 
podem destinar até 1% do imposto ainda devido. 
O recurso é totalmente deduzido na declaração 
do ano seguinte, ou seja, é a opção que o 
contribuinte tem de acompanhar o seu imposto 
transformando vidas.
1% PJ 
6% PF
incentivo ao
esporte
Fo
to
: L
u
ca
s 
Fé
lix
36 | NATIVIDADE | 2019 /2020 37 | NATIVIDADE | ACADEMIA DO SKATE IV
ACADEMIA DO SKATE: GLOSSÁRIO
Backside (sair de costas): denominação 
para giro ou manobra em que o praticante dá 
as costas para o obstáculo ao executá-la.
Base: posicionamento dos pés no shape ao 
andar de skate, podendo ser do tipo goofy, 
regular ou alternativa.
Coping (cumeeira/base da borda): borda 
das pistas de skate, que pode ser de concreto 
ou cano de ferro.
Drop (lançar/descer): ato de soltar/lançar 
o corpo do alto da rampa em direção à 
transição da rampa. 
Fakie (para trás): andar de ré no skate (de 
costas no skate)
Flat (plano): parte reta da pista, chão.
Frontside (frente): denominação para giro 
ou manobra em que o praticante fica de 
frente para o obstáculo ao executá-la.
Grind (esmerilar, triturar): manobra em que 
se encosta e escorrega o eixo (truck) do skate 
na borda da pista (coping).
Nollie: ato em que o praticante move o pé da 
frente para o nose e usa este pé para remar.
Nose (nariz): parte da frente do shape 
do skate, identificada por ser a maior 
extremidade côncava da prancha de madeira.
Ollie: manobra em que se salta com o skate 
usando apenas a força de impulsão das 
pernas. Uma das manobras-base do skate 
moderno.
Ondinha: caixa de drop (descida) para 
iniciantes que possui formato de onda.
Quarter (fração de ¼ - um quarto - da 
rampa): é todo o conjunto de estrutura que 
forma um dos lados da rampa.
Shape (corpo): prancha de madeira que 
compõe o “corpo” do skate.
Stall (parada com o skate): parada com o 
skate na borda (coping) da pista.
Slide (deslizar): manobra de deslizar com 
a parte inferior do shape do skate sobre 
qualquer superfície.
Switch stance (mudança de postura): 
andar de skate posicionando os pés de forma 
oposta a sua base padrão.
Tail (cauda): parte de trás do skate, 
identificada por ser a menor extremidade 
côncava do shape.
Transição: curva da rampa, formada entre 
o chão (plano horizontal) e a parede (plano 
vertical).
Trucks (eixos): par de eixos que faz a conexão 
da prancha do skate (shape) com as rodinhas.
GLOSSÁRIO
REFERÊNCIAS
Fo
to
: F
ili
p
e 
P
im
en
ta
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2019. Disponível em: www.clubedoskate.com. 3. FILLOW. Guia Rodas de Skate. In: Site Fillow. Madrid. Espanha, 2019. 4. Confederação Brasileira de Skate (CBSK). Site institucio-
nal. São Paulo, 2019. 5. ARMBRUST, Igor; LAURO, Flávio. O skate e suas possibilidades educacionais. Motriz, Rio Claro, v.16, n.3, p.799-807, jul./set. 2010, p. 800. 5. BASTOS, Billy 
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UniversidadeFederal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2006. 5. BASTOS, Billy Graeff; STIGGER, Marcos Paulo. O segredo do sucesso: apontamentos sobre a trajetória social de 
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meninas: modos de se fazer ver em um esporte em construção. 2008. 247p. Tese (Doutorado em Ciências do Movimento Humano) – Escola de Educação Física, Universidade 
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consumos no lazer: a percepção do lícito e ilícito. Licere, Belo Horizonte, v.19, n.1, mar, 2016. 5. HONORATO, Tony. Uma história do skate no brasil: do lazer à esportivização. Anais do 
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35, n. 1, p. 95-112, jan-mar, 2013. 5. MACHADO, Giancarlo Marques Carraro. De “carrinho” pela cidade: a prática do street skate em São Paulo. 2011. 268 f. Dissertação (Mestrado em 
Antropologia Social) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. 5. OLIC, Mauricio, 2014. Das ruas para os Jogos Olímpicos? 
Dinâmicas em torno da prática do skate. In: Campos - Revista de Antropologia. Curitiba, v. 15, n. 1, p.75-95, 2014. 5. RAMPAZZO, Marcelo. Skate, uma prática no lazer da juventude: 
um estudo etnográfico. Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento Humano) - Escola de Educação Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 6. GRECO, Pablo 
Juan; BENDA, Rodolfo Novellino. Iniciação Esportiva Universal: Da aprendizagem motora ao treinamento técnico. Ed. UFMG, Belo Horizonte, 1998. 6. KROGER, Christian; KLAUS, 
Roth. Escola da Bola: um ABC para iniciantes nos jogos esportivo. Tradução: GRECO, Pablo Juan. Phorte Editora, 2ª ed, 2005. 6. PAES, Roberto Rodrigues; BALBINO, Hermes 
Ferreira. Pedagogia do esporte: contextos e perspectivas. Ed. Guanabara, Rio de Janeiro, 2012. 7. CALZA, Priscila Cervantes. SKATE: Sistema de Preparação do desportista de 
competição. Monografia (Bacharelado em Educação Física) - Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2007. 7. FERREIRA, João Antônio. 
Características da lateralidade em iniciantes de skate. V Encontro Cientifico e Simpósio de Educação Salesiano, São Paulo, out, 2015. 7. FIGUEIREDO, André Viana. Aspectos 
psicomotores na prática do skate. 2005. 39p. Monografia (Especialização em Psicomotricidade) – Universidade Candido Mendes, Rio de Janeiro, 2005. 7. MOVIMENTA BRASIL - 
Associação de Cultura, Esporte e Lazer Movimenta Brasil. Revista do Projeto + Esporte. Belo Horizonte, p.40, 2018. 7. Miranda, Jhonny Lemes. Princípios fundamentais no skate: 
a remada e a biomecânica. Artigo de Conclusão de Curso (Bacharelado em Educação Física) - Centro Universitário Leonardo Da Vinci, 2019. 
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