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<p>ACESSE AQUI ESTE</p><p>MATERIAL DIGITAL!</p><p>ANTONIO CARLOS MONTEIRO DE MIRANDA</p><p>CAROLINE RUIVO COSTA DA SILVA</p><p>FERNANDA SOARES NAKASHIMA</p><p>TEORIA E</p><p>METODOLOGIA</p><p>DA GINÁSTICA</p><p>Coordenador(a) de Conteúdo</p><p>Paulo César Do Nascimento Salvador</p><p>Projeto Gráfico e Capa</p><p>Arthur Cantareli Silva</p><p>Editoração</p><p>Juliana Duenha</p><p>Revisão Textual</p><p>Cindy Luca</p><p>Ilustração</p><p>Geison Odlevati Ferreira</p><p>Fotos</p><p>Shutterstock e Envato</p><p>Impresso por:</p><p>Bibliotecária: Leila Regina do Nascimento - CRB- 9/1722.</p><p>Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).</p><p>Núcleo de Educação a Distância. MIRANDA, Antonio Carlos Monteiro</p><p>de; SILVA, Caroline Ruivo Costa da; NAKASHIMA, Fernanda Soares.</p><p>Teoria e Metodologia da Ginástica / Antonio Carlos Monteiro de</p><p>Miranda; Caroline Ruivo Costa da Silva; Fernanda Soares Nakashima. -</p><p>Florianópolis, SC: Arqué, 2024.</p><p>312 p.</p><p>1. Ginástica 2. Escolar 3. EaD. I. Título.</p><p>CDD - 796.4</p><p>EXPEDIENTE</p><p>FICHA CATALOGRÁFICA</p><p>N964</p><p>025XXXX</p><p>https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/20897</p><p>RECURSOS DE IMERSÃO</p><p>Utilizado para temas, assuntos ou con-</p><p>ceitos avançados, levando ao aprofun-</p><p>damento do que está sendo trabalhado</p><p>naquele momento do texto.</p><p>APROFUNDANDO</p><p>Uma dose extra de</p><p>conhecimento é sempre</p><p>bem-vinda. Aqui você</p><p>terá indicações de filmes</p><p>que se conectam com o</p><p>tema do conteúdo.</p><p>INDICAÇÃO DE FILME</p><p>Uma dose extra de</p><p>conhecimento é sempre</p><p>bem-vinda. Aqui você terá</p><p>indicações de livros que</p><p>agregarão muito na sua</p><p>vida profissional.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>Utilizado para desmistificar pontos</p><p>que possam gerar confusão sobre o</p><p>tema. Após o texto trazer a explicação,</p><p>essa interlocução pode trazer pontos</p><p>adicionais que contribuam para que</p><p>o estudante não fique com dúvidas</p><p>sobre o tema.</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>Este item corresponde a uma proposta</p><p>de reflexão que pode ser apresentada por</p><p>meio de uma frase, um trecho breve ou</p><p>uma pergunta.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>Utilizado para aprofundar o</p><p>conhecimento em conteúdos</p><p>relevantes utilizando uma lingua-</p><p>gem audiovisual.</p><p>EM FOCO</p><p>Utilizado para agregar um conteúdo</p><p>externo.</p><p>EU INDICO</p><p>Professores especialistas e con-</p><p>vidados, ampliando as discus-</p><p>sões sobre os temas por meio de</p><p>fantásticos podcasts.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>PRODUTOS AUDIOVISUAIS</p><p>Os elementos abaixo possuem recursos</p><p>audiovisuais. Recursos de mídia dispo-</p><p>níveis no conteúdo digital do ambiente</p><p>virtual de aprendizagem.</p><p>213</p><p>4</p><p>213U N I D A D E 3</p><p>A GINÁSTICA ACROBÁTICA E OS ELEMENTOS TÉCNICOS E PEDAGÓGICOS . . . . . . 214</p><p>GINÁSTICA PARA TODOS E ATIVIDADES CIRCENSES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .248</p><p>MATERIAIS ALTERNATIVOS NA GINÁSTICA E ATIVIDADES CIRCENSES . . . . . . . . .286</p><p>7U N I D A D E 1</p><p>GINÁSTICA DA SUA ORIGEM AO CENÁRIO ATUAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8</p><p>INTRODUÇÃO A GINÁSTICA ESCOLAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42</p><p>ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA GINÁSTICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .62</p><p>101U N I D A D E 2</p><p>GINÁSTICAS COMPETITIVAS (OLÍMPICAS) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .102</p><p>OS APARELHOS DA GINÁSTICA RÍTMICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .142</p><p>ELEMENTOS CORPORAIS DA GINÁSTICA RÍTMICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .190</p><p>5</p><p>SUMÁRIO</p><p>UNIDADE 1</p><p>MINHAS METAS</p><p>GINÁSTICA DA SUA ORIGEM AO</p><p>CENÁRIO ATUAL</p><p>Conhecer a origem da ginástica e sua evolução.</p><p>Compreender o processo de sistematização da ginástica a partir das chamadas Escolas</p><p>Ginásticas do século XIX.</p><p>Identificar o universo da ginástica e seus diferentes campos de atuação na atualidade.</p><p>Conhecer os espaços em que as práticas ginásticas acontecem.</p><p>Compreender a estruturação da ginástica pelas instituições internacionais e nacionais.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 1</p><p>8</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Para iniciarmos nossos estudos acerca da ginástica, peço para que relembre sua</p><p>infância, assim como as brincadeiras realizadas, em casa ou na escola, com seus</p><p>amigos. Quando criança, você subia e se pendurava em árvores, escalava muros,</p><p>pulava corda, brincava de pega-pega, equilibrava-se em pequenas superfícies,</p><p>“plantava bananeira”, e se aventurava nas cambalhotas e “estrelinhas”? Será que</p><p>essas experiências têm a ver com a ginástica?</p><p>Pizani e Barbosa-Rinaldi (2010) analisaram os espaços brincantes de crian-</p><p>ças em escolas municipais, no que se refere aos movimentos ginásticos que elas</p><p>desenvolvem naturalmente, e notaram que a ginástica permeia as brincadeiras in-</p><p>fantis durante o recreio por meio de elementos acrobáticos (“estrelinhas”, “plantar</p><p>bananeira”, mortais, reversões etc.), elementos corporais (corridas, saltos, formas</p><p>de andar, dentre outros), exploração de diferentes materiais de pequeno e grande</p><p>porte, e manejo de aparelhos.</p><p>Nesse estudo, notam-se as semelhanças de algumas brincadeiras com exercícios</p><p>da ginástica, como subir em árvores, lembrando uma barra fixa, pois “as crianças,</p><p>além de treparem, também se penduram, balanceiam, fazem suspensões e saem do</p><p>aparelho por meio de saltos” (BARBOSA-RINALDI, 2010, p. 119), por isso, a utiliza-</p><p>ção do banco como mesa de salto, o muro como a trave de equilíbrio, dentre outros.</p><p>Neste momento, convido-lhe a ler o artigo “Cotidiano escolar: a presença de ele-</p><p>mentos gímnicos nas brincadeiras infantis”, das autoras Juliana Pizani e Ieda Parra</p><p>Barbosa-Rinaldi. A leitura é imprescindível para a atividade que irei lhe propor a se-</p><p>guir. Disponível em: https://doaj.org/article/8ffeea375e9445509409ea630a7352bb.</p><p>EU INDICO</p><p>A partir da leitura do estudo, que tal observarmos as crianças e suas brincadeiras?</p><p>Sugiro que vá até um parquinho, uma escola ou uma rua para observar o brincar das</p><p>crianças. Em sua observação, quais brincadeiras você identifica? Realizaram mo-</p><p>vimentos sobre alguma estrutura? Utilizaram algum objeto em suas brincadeiras?</p><p>Faça suas anotações, identificando os movimentos observados. A partir dos</p><p>seus conhecimentos, essas crianças fizeram atividades gímnicas em suas brinca-</p><p>UNIASSELVI</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>deiras? Essas ações foram realizadas sobre alguma estrutura? São movimentos</p><p>realizados naturalmente ou construídos?</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>ABORDAGENS HISTÓRICAS E CULTURAIS DA GINÁSTICA</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Quando falamos de ginástica, o que vem em sua mente?</p><p>As atividades que vemos nas academias, como a ginástica localizada, a musculação,</p><p>o step, o jumping? Ou então, pode ser que você se lembre de modalidades olímpi-</p><p>cas, como a ginástica artística ou a rítmica. Pode ser até que você pense em pilates</p><p>ou yoga. Você não estaria errado em relacionar qualquer uma dessas atividades</p><p>com ginástica, mas já refletiu acerca de como surgiram essas práticas? Como elas</p><p>passaram a acontecer com mais frequência em diferentes espaços? Será que essas</p><p>atividades sempre tiveram as características e objetivos que apresentam hoje?</p><p>Gaio (2007) traz que movimentos corporais</p><p>existentes na ginástica são construídos a partir</p><p>das atividades naturais do ser humano, utilizadas</p><p>nas necessidades diárias. A partir disso, se enten-</p><p>dermos a ginástica como uma atividade em que o</p><p>homem se movimenta, realizando diferentes ações,</p><p>como correr, saltar, agachar-se, levantar-se, arremessar, pendurar-se, rolar,</p><p>dentre outras, poderemos perceber que, desde os primórdios da humanidade,</p><p>essa atividade física acompanha o viver do ser humano. No caso dos nossos</p><p>ancestrais, sua sobrevivência, por meio da caça e da capacidade de fugir dos</p><p>predadores, e seu nomadismo, por entre as florestas, causavam a necessidade</p><p>de se movimentarem de diversas formas, o que permitiu que eles se desen-</p><p>volvessem corporalmente. Conforme afirmam Langlade e Langlade (1970),</p><p>Atividade em</p><p>que o homem</p><p>se movimenta,</p><p>realizando</p><p>fileira,</p><p>a atleta está com a cabeça inclinada à frente. Na quarta foto, na segunda fileira do lado esquerdo, a atleta está</p><p>com a cabeça inclinada para a esquerda e à frente. Na foto do centro da segunda fileira, ela está com a cabeça</p><p>inclinada à esquerda. E na sexta foto, do lado direito da segunda fileira, ela está com a cabeça ereta, olhando</p><p>para frente. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>4</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>Figura 4 – Alongamento dos membros superiores / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: três fotos de uma atleta, realizando alongamentos dos membros superiores. Na primeira</p><p>foto, ela está com o braço direito estendido à frente do corpo, e a mão esquerda está puxando-o para a esquerda.</p><p>A segunda e terceira foto, a atleta está com o braço direito flexionado acima da cabeça, com a mão nas costas, e</p><p>a mão direita está puxando-o pelo cotovelo. A segunda foto mostra esse movimento de frente, e a terceira foto</p><p>mostra o mesmo movimento de costas. Fim da descrição.</p><p>Figura 5 – Exercícios de mobilidade de coluna / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: observa-se, na imagem, uma atleta, realizando exercícios de mobilidade de coluna, di-</p><p>vididos em duas fotos. Na primeira foto, a atleta está com as pernas afastadas e o tronco alongado à frente,</p><p>em sustentação, com os braços alongados ao lado da cabeça. Na segunda foto, ela ainda está com as pernas</p><p>afastadas, no entanto, o tronco está inclinado lateralmente à direita, com o braço esquerdo alongado acima da</p><p>cabeça. Fim da descrição.</p><p>5</p><p>1</p><p>Figura 6 – Alongamento de músculos posteriores de coxa / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: a figura traz três fotos da atleta, realizando alongamento de músculos posteriores de coxa.</p><p>A primeira foto, do lado esquerdo, ela está com as pernas afastadas, e tronco para baixo inclinado para a direita,</p><p>segurando com as duas mãos a perna direita. Na foto do centro, ela ainda está com as pernas afastadas e com o</p><p>tronco para baixo, ao centro, com as mãos no chão. Na terceira foto, do lado direito, está com as pernas afastadas,</p><p>e tronco para baixo inclinado para a esquerda, segurando com as duas mãos a perna esquerda. Fim da descrição.</p><p>Figura 7 – Alongamento de músculos posteriores de coxa e tronco / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: duas fotos de uma atleta, realizando alongamento de músculos posteriores de coxa e</p><p>tronco. Na primeira foto, a atleta está com as pernas afastadas e com o tronco para baixo, ao centro, com as mãos</p><p>no chão, próximo aos pés. Na segunda foto, ainda com as pernas afastadas, ela está com os braços e troncos</p><p>alongados à frente, com as mãos no chão, bem longe dos pés. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>Figura 8 – Alongamento de músculos posteriores da coxa / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: três fotos de uma atleta, realizando um alongamento dos músculos posteriores da coxa.</p><p>Na primeira foto, a atleta está com as pernas separadas e estendidas, com o tronco inclinado para a frente, ao</p><p>centro, os braços também se encontram estendidos à frente. Na segunda foto, a atleta está com as pernas</p><p>unidas e estendida, e com o tronco flexionado à frente, com as duas mãos no chão. A terceira foto traz o mesmo</p><p>alongamento, porém, em outro ângulo, lateralmente. Fim da descrição.</p><p>Figura 9 – Alongamento da borboletinha / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: o alongamento da borboletinha é demonstrado em três fotos. Nesse alongamento,</p><p>colocamos as solas dos pés juntas, balançamos as pernas para cima e para baixo durante 15 segundos e depois</p><p>inclinamos o tronco para a frente e o mantemos nessa posição por mais 15 segundos. Na primeira foto, a atleta</p><p>aparece sentada, com as pernas flexionadas e com as solas dos pés juntas. Na segunda e terceira foto, ainda</p><p>sentada com as pernas flexionadas e com as solas dos pés unidas, a atleta inclinou o tronco para a frente para</p><p>manter por mais 15 segundos. Fim da descrição.</p><p>5</p><p>1</p><p>Figura 10 – Alongamento de membros inferiores / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: três fotos demonstram o alongamento dos membros inferiores. Na primeira foto, a atleta</p><p>está sentada, com as pernas afastadas lateralmente e tronco inclinado à direita com o braço esquerdo alongado</p><p>acima da cabeça. Na segunda foto, ela está sentada com as pernas afastadas lateralmente e tronco reto com</p><p>braço afastados lateralmente também. Na terceira foto, ela está sentada, com as pernas afastadas lateralmente</p><p>e tronco inclinado à esquerda com o braço direito alongado acima da cabeça. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>Alongamento 1</p><p>Fonte: a autora.</p><p>Descrição da imagem: a atleta está</p><p>sentada com as pernas afastadas</p><p>lateralmente e tronco deitado à</p><p>frente, com braços alongados ao</p><p>lado da cabeça. Fim da descrição.</p><p>Alongamento 3</p><p>Fonte: a autora.</p><p>Descrição da imagem: a atleta está</p><p>sentada com as pernas afastadas</p><p>em abertura anteroposterior, sendo</p><p>que a perna direita está à frente e a</p><p>esquerda atrás, ambas estendidas.</p><p>O tronco está ereto com o braço es-</p><p>querdo estendido à frente e o direi-</p><p>to ao lado. Fim da descrição.</p><p>Alongamento 4</p><p>Fonte: a autora.</p><p>Descrição da imagem: a ginasta está</p><p>na posição de afundo, com a perna</p><p>direita flexionada à frente e apoio</p><p>apenas do pé, a perna esquerda</p><p>está estendida atrás, também ape-</p><p>nas com o apoio do pé, deixando</p><p>o quadril em suspensão e o tronco</p><p>está inclinado à frente, com as mãos</p><p>apoiadas no chão, uma de cada lado</p><p>da perna direita. Fim da descrição.</p><p>Alongamento 2</p><p>Fonte: a autora.</p><p>Descrição da imagem: a atleta se</p><p>encontra sentada com a perna</p><p>direita estendida à frente e a es-</p><p>querda dobrada para trás, em uma</p><p>meia-abertura. O tronco está dei-</p><p>tado à frente sobre a perna direita,</p><p>com as mãos segurando no pé di-</p><p>reito. Fim da descrição.</p><p>5</p><p>4</p><p>Figura 11 – Alongamento de coluna / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: observa-se, na imagem, duas fotos de uma atleta, realizando um alongamento de coluna.</p><p>Na primeira foto, do lado esquerdo, a atleta encontra-se deitada em decúbito ventral ao solo, com as pernas</p><p>unidas e tronco erguido, apoiando as duas mãos ao chão, próximas ao quadril. Já na segunda foto, do lado direito,</p><p>a atleta está de joelhos ao solo, sentada sobre seus pés, com a coluna curvada à frente, alongando seus braços</p><p>no solo, na posição de “pedrinha”. Fim da descrição.</p><p>Figura 12 – Alongamento de múscu-</p><p>los posteriores / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: três fo-</p><p>tos demonstram a sequência de</p><p>um alongamento dos músculos</p><p>posteriores. Nas três imagens, a</p><p>ginasta encontra-se sentada com</p><p>as pernas estendidas e unidas à</p><p>frente, e pés em flexão-plantar</p><p>(ponta), no entanto, na primeira</p><p>foto, seu tronco está ereto com</p><p>os braços alongados acima da ca-</p><p>beça; na segunda foto, seu tron-</p><p>co está inclinado à frente, com os</p><p>braços alongados acima da cabe-</p><p>ça; e na terceira foto, seu tronco</p><p>está totalmente deitado à frente,</p><p>sobre as pernas, segurando seus</p><p>pés com as duas mãos, ou seja, ela</p><p>representa o movimento de des-</p><p>cer e subir o tronco nessa posição.</p><p>Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>5</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>Figura 13 – Alongamento dos músculos e articulações do tornozelo e pés / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: três fotos demonstram um alongamento dos músculos do tornozelo e pés. Nas três fotos,</p><p>a ginasta encontra-se sentada com as pernas estendidas e unidas à frente. Na primeira, seu tronco está ereto com</p><p>os braços alongados ao lado, na direção do ombro, pés estendidos, em flexão-plantar (ponta). Na segunda foto,</p><p>ela encontra-se na mesma posição, no entanto, seus pés estão flexionados com a ponta para cima, em dorsiflexão</p><p>(flex), representando o movimento de flex e ponta. Na terceira foto, a ginasta está com seu tronco inclinado à</p><p>frente segurando as pontas dos pés em dorsiflexão, com as duas mãos. Fim da descrição.</p><p>Figura 14 – Variação da posição do pé em flex e ponta / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: três fotos demonstram os tornozelos e pés da</p><p>ginasta, realizando o alongamento dos</p><p>músculos e articulações dessas regiões. A primeira foto mostra os dois pés unidos na posição de dorsiflexão</p><p>(flex). A segunda foto mostra o pé direito em flexão plantar (ponta). A terceira foto também mostra o pé direito,</p><p>mas em posição de dorsiflexão (flex). Fim da descrição.</p><p>5</p><p>1</p><p>Tente sempre fazer com que os alunos se interessem pelo que está sendo traba-</p><p>lhado, lembrando sempre que o seu aluno talvez nunca tenha tido contato com</p><p>a ginástica. Por isso, tente ser o mais didático possível.</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>Lembre-se de que cada aluno tem um nível de flexibilidade, força e de aprendi-</p><p>zagem. Por isso, respeite os limites e sempre estimule o desenvolvimento pro-</p><p>gressivo. Ao finalizar o processo de alongamento, inicie sua aula procurando ser</p><p>claro em suas explicações e atento a tudo o que acontece durante o encontro.</p><p>Não se esqueça que você também pode trabalhar nas aulas teóricas o conteúdo</p><p>de alongamento e a sua importância no momento da prática de atividade física.</p><p>UNIASSELVI</p><p>5</p><p>1</p><p>1. Acerca da função do alongamento, de acordo com Alter (1999), assinale a alternativa cor-</p><p>reta:</p><p>a) Aumentar o risco de lesões.</p><p>b) Melhorar a capacidade cardiorrespiratória.</p><p>c) Elevar a temperatura do corpo e aumentar o fluxo sanguíneo.</p><p>d) São exercícios que dão tempo para que o atleta se adapte do repouso ao exercício.</p><p>e) Desenvolver a flexibilidade, ampliar o relaxamento físico e mental, promover o desen-</p><p>volvimento da consciência do próprio corpo, reduzir o risco de entorse articular ou lesão</p><p>muscular, reduzir os riscos de problemas na coluna, diminuir a irritabilidade e a tensão</p><p>muscular.</p><p>2. Uma sessão de treinamento desportivo deve ter os seguintes componentes: parte prepara-</p><p>tória, parte principal e parte final. Qual é a prática recomendada para ajudar na flexibilidade</p><p>muscular e prevenir lesões durante a atividade física?</p><p>a) Consumo de suplementos energéticos.</p><p>b) Uso de roupas adequadas.</p><p>c) Ingestão de grandes quantidades de água.</p><p>d) Utilização de técnicas de alongamento.</p><p>e) Prática de exercícios aeróbicos intensos.</p><p>3. O aquecimento envolve uma série de exercícios realizados imediatamente antes de uma</p><p>atividade, com o objetivo de aumentar a circulação sanguínea e a frequência cardíaca.</p><p>Em termos fisiológicos, qual é o efeito principal do aquecimento antes da atividade física?</p><p>a) Aumento da flexibilidade corporal e redução da temperatura do corpo.</p><p>b) Diminuição da flexibilidade corporal e aumento da frequência cardíaca.</p><p>c) Elevação da temperatura do corpo e aumento do fluxo sanguíneo.</p><p>d) Aumento da flexibilidade corporal e redução da temperatura do corpo.</p><p>e) Estímulo da mente e diminuição do fluxo cardíaco.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>5</p><p>8</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ALTER, M. J. Alongamento para os esportes. 2. ed. São Paulo: Manole, 1999.</p><p>BRASIL. Lei nº 9 .394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educa-</p><p>ção nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 1996. Disponível em: https://www.planalto.</p><p>gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 1 jul. 2024.</p><p>BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: primeiro e</p><p>segundo ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Bra-</p><p>sília, DF: Ministério da Educação, 1997.</p><p>BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e</p><p>quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília,</p><p>DF: Ministério da Educação, 1998.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Conselho Nacional de Educa-</p><p>ção. Base nacional comum curricular: educação é a base. Brasília, DF: Ministério da Educação,</p><p>2017.</p><p>NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo</p><p>de vida ativo. 7. ed. Florianópolis: Ed. do Autor, 2017.</p><p>NUNOMURA, M.; NISTA-PICCOLO, V. L. Compreendendo a ginástica artística. São Paulo: Phor-</p><p>te, 2008.</p><p>5</p><p>9</p><p>1. Alternativa E.</p><p>O alongamento deve desenvolver a flexibilidade, ampliar o relaxamento físico e mental,</p><p>promover o desenvolvimento da consciência do próprio corpo, reduzir o risco de entorse</p><p>articular ou lesão muscular, reduzir os riscos de problemas na coluna, diminuir a irritabilidade</p><p>e a tensão muscular.</p><p>2. Alternativa D.</p><p>A resposta correta é utilização de técnicas de alongamento.</p><p>3. Alternativa C.</p><p>O aquecimento envolve uma séria de exercícios, os quais destinam-se a melhorar o desem-</p><p>penho e a reduzir a probabilidade de lesão, preparando-o mentalmente e fisicamente para</p><p>a atividade esportiva. Em termos fisiológicos, o aquecimento eleva a temperatura do corpo</p><p>e aumenta o fluxo sanguíneo.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>1</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>1</p><p>MINHAS METAS</p><p>ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA</p><p>GINÁSTICA</p><p>Conhecer os elementos constitutivos da ginástica.</p><p>Identificar os elementos corporais com e sem deslocamento do corpo, presentes na</p><p>ginástica.</p><p>Identificar e diferenciar os tipos de deslocamento (andar e correr) na ginástica, reconhe-</p><p>cendo suas características específicas e variações.</p><p>Compreender os conceitos e técnicas básicas de saltos e saltitos na ginástica, incluindo a</p><p>execução segura dos movimentos.</p><p>Explicar os diferentes elementos corporais sem deslocamento, como equilíbrios, ondas,</p><p>balanceamentos e circunduções.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 3</p><p>1</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>A ginástica, como componente essencial da Educação Física, oferece uma vasta</p><p>gama de movimentos que não só aprimoram a performance física, mas também</p><p>contribuem significativamente para o desenvolvimento integral dos estudantes.</p><p>Ao problematizar a origem e evolução dos movimentos ginásticos, somos leva-</p><p>dos a questionar como esses movimentos, que parecem tão naturais e instinti-</p><p>vos, transformaram-se em técnicas refinadas e esteticamente agradáveis. Essa</p><p>reflexão é fundamental para profissionais de Educação Física, que precisam</p><p>entender a lógica e a ciência por trás dos exercícios que ensinam, garantindo</p><p>uma prática consciente e eficaz.</p><p>A significação dos movimentos ginásticos vai além da mera execução técnica;</p><p>ela envolve a compreensão do corpo em movimento e a aplicação de conheci-</p><p>mentos científicos para melhorar a performance, prevenir lesões e promover a</p><p>saúde. Na ginástica, cada movimento tem um propósito, seja ele a economia de</p><p>energia e a melhoria dos resultados, seja a prevenção de lesões. Para os futuros</p><p>profissionais, é crucial entender essas nuances para que possam transmitir esses</p><p>conhecimentos aos seus alunos, transformando cada sessão de treinamento em</p><p>uma oportunidade de aprendizado profundo e significativo.</p><p>É por meio da prática constante e da experimentação dos diferentes tipos</p><p>de movimentos – como andar, correr, saltitar, saltar e girar – que os alunos de-</p><p>senvolvem suas habilidades motoras e adquirem confiança em suas capacidades.</p><p>Durante as aulas, os estudantes são incentivados a experimentar e repetir os mo-</p><p>vimentos, observando suas próprias dificuldades e progressos. Essa prática cons-</p><p>tante não apenas aprimora a técnica, mas também ajuda os alunos a internalizar</p><p>o aprendizado de forma concreta e duradoura.</p><p>Por fim, a reflexão acerca da prática pedagógica na ginástica permite aos</p><p>futuros professores avaliar o impacto de suas ações e ajustar seus métodos de</p><p>ensino. Por meio da análise crítica e da observação, é possível identificar áreas de</p><p>melhoria e adaptar suas abordagens para melhor atender às necessidades de seus</p><p>alunos. Esse ciclo contínuo de ação e reflexão assegura que o ensino da ginástica</p><p>não apenas enriqueça a experiência educativa, mas também contribua para a</p><p>formação de indivíduos mais conscientes e capacitados.</p><p>Bons estudos!</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA GINÁSTICA</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Você já se perguntou como surgiram os diferentes movimentos dentro da ginástica</p><p>ou das demais modalidades esportivas?</p><p>O que aconteceu, na verdade, foi que todos os movimentos naturais do ser hu-</p><p>mano foram evoluindo</p><p>mediante os avanços e a busca por melhores resultados</p><p>dessa prática. Souza (1997, p. 27) destaca que:</p><p>“ Esses movimentos naturais ou habilidades específicas do ser huma-</p><p>no, quando analisados e transformados, visando ao aprimoramento</p><p>da performance do movimento, entendida aqui de acordo com vá-</p><p>rios objetivos, como economia de energia, melhoria do resultado,</p><p>prevenção de lesões, beleza do movimento, dentre outros, passam</p><p>a ser considerados como movimentos construídos (exercícios) ou</p><p>habilidades culturalmente determinadas. Por exemplo, um movi-</p><p>mento próprio do homem, como o saltar, foi sendo estudado, trans-</p><p>formado e aperfeiçoado através dos tempos, para alcançar os obje-</p><p>tivos de cada um dos esportes em que ele aparece: salto em altura,</p><p>em distância e triplo no atletismo, cortada e bloqueio no voleibol.</p><p>Isso não foi diferente com a ginástica. Tudo o que vemos, ao assistir a uma apre-</p><p>sentação, nada mais é do que a evolução dos movimentos já feitos pelo homem,</p><p>porém agora construídos historicamente e aprimorados para que, cada vez mais,</p><p>as modalidades fiquem mais belas e chamem mais a atenção por sua beleza e</p><p>características próprias.</p><p>Assim, os movimentos (exercícios) presentes na ginástica constituem o con-</p><p>teúdo específico e podem ser classificados da seguinte maneira:</p><p>1</p><p>4</p><p>Elementos Constitutivos da Ginástica</p><p>ELEMENTOS</p><p>CORPORAIS</p><p>Passos</p><p>Corridas</p><p>Saltos</p><p>Giros</p><p>Equilíbrios</p><p>Ondas</p><p>Poses</p><p>Marcações</p><p>Balanceamentos</p><p>Circunduções</p><p>EXERCÍCIOS DE</p><p>CONDICIONAMENTO</p><p>FÍSICO</p><p>Para</p><p>desenvolvimento</p><p>da força, resistência,</p><p>flexibilidade,</p><p>etc. (exercicios</p><p>localizados)</p><p>MANEJO DE</p><p>APARELHOS</p><p>Tradicionais: bola,</p><p>corda, arco, fita,</p><p>botão, etc.</p><p>Adaptados: panos,</p><p>pneus, caixas, etc.</p><p>EXERCÍCIOS</p><p>ACROBÁTICOS</p><p>Rotações: no solo,</p><p>no ar em aparelhos</p><p>Reversões: no solo,</p><p>em aparelhos</p><p>Suspensões:</p><p>em aparelhos</p><p>Pré-acrobáticos</p><p>COM APARELHOS</p><p>SEM APARELHOS</p><p>EM APARELHOS</p><p>Figura 1 – Representação dos elementos constitutivos da ginástica / Fonte: Souza (1997, p. 28).</p><p>Descrição da Imagem: o diagrama apresenta a classificação dos elementos constitutivos da ginástica que estão</p><p>divididos em elementos corporais (passos, corridas, saltos, saltitos, giros, equilíbrios, ondas, poses, marcações,</p><p>balanceamentos e circunduções), exercícios acrobáticos (rotações: no solo, no ar em aparelhos; apoios: no solo, em</p><p>aparelhos; reversões: no solo, em aparelhos; suspensões: em aparelhos; e pré-acrobáticos), de condicionamento</p><p>físico (para o desenvolvimento da força, resistência, flexibilidade etc. – exercícios localizados). Esses três podem</p><p>ser realizados com/sem/em aparelhos. Temos, também, o manejo de aparelhos, que podem ser tradicionais (bola,</p><p>corda, arco, fita etc.) e/ou adaptados (panos, pneus, caixas etc.). Fim da descrição.</p><p>Podemos observar, na Figura 1, que a ginástica contempla os elementos corporais,</p><p>os exercícios acrobáticos, os exercícios de condicionamento físico e o manejo de</p><p>aparelhos. Os elementos corporais, os exercícios acrobáticos e as atividades de</p><p>condicionamento físico podem ser realizados com, sem ou em aparelhos.</p><p>Todos esses elementos devem ser trabalhados nas aulas de ginástica, lem-</p><p>brando que os de condicionamento físico são os exercícios normalmente feitos</p><p>ao início e ao final das aulas (aquecimento, alongamento e exercícios que desen-</p><p>volvam as habilidades de força, flexibilidade e resistência) como preparatórios</p><p>para a realização dos elementos corporais, acrobáticos e de manejo, bem como</p><p>forma de relaxamento na conclusão da aula.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>O primeiro tema a ser abordado será acerca dos elementos corporais. Como</p><p>foi dito no início deste tema de aprendizagem, os elementos corporais se ca-</p><p>racterizaram por tudo aquilo que o ginasta faz durante a sua série e que não se</p><p>caracteriza nem como acrobático nem como condicionamento físico ou manejo</p><p>de aparelhos. Por exemplo, se pedirmos para que você pense em quais formas</p><p>existem para se deslocar de um ponto a outro, talvez, responda: andar, correr,</p><p>pular, saltar, de costas, em quatro apoios, e por aí vai. No contexto da ginástica,</p><p>no entanto, existem outras formas de realizar esses deslocamentos com caracte-</p><p>rísticas específicas. Veremos, a seguir, essas formas de locomoção, bem como os</p><p>elementos corporais realizados sem deslocamento.</p><p>Para darmos início, de antemão, já anunciamos que teremos que aprender</p><p>a andar de diferentes formas e, talvez, você argumente: – mas, professor, eu já</p><p>aprendi a andar faz muito tempo! Você aprenderá, contudo, no decorrer deste</p><p>tema, a andar de forma ginástica.</p><p>ELEMENTOS COM DESLOCAMENTO</p><p>Formas de andar e correr</p><p>As formas de andar se caracterizam pelas diferentes maneiras existentes para se</p><p>deslocar de um ponto a outro. Segundo Peuker (1973), andar é a execução de um</p><p>deslocamento, com transferência do peso do corpo de um pé para outro, sem</p><p>perda de contato com o solo. Já correr é a execução de um deslocamento, com</p><p>transferência do peso do corpo de um pé para o outro, com a perda momentânea</p><p>de contato dos pés com o solo. Existem inúmeras formas de andar e correr. Para</p><p>nossas aulas, escolhemos quatro formas de andar e quatro de correr:</p><p>■ Andar em meia ponta ou relevé – deslocamento realizado com o corpo</p><p>todo ereto, olhar para frente, dando passos normais, mas com o pé em</p><p>meia ponta (Figura 2a).</p><p>■ Andar alongado ou estendido – a ponta do pé toca o solo, descendo</p><p>para o restante do pé; enquanto isso, o outro pé já vem em ponta para dar</p><p>continuidade (Figura 2b).</p><p>1</p><p>1</p><p>Figura 2 – Exemplo de deslocamento em meia ponta (a) e andar alongado (b) / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: duas fotos representam duas formas de andar. A primeira delas, do lado esquerdo, é do</p><p>pé direito da atleta em meia ponta, ou seja, apoiada somente sobre os dedos dos pés, com o calcanhar elevado,</p><p>fora do chão. A segunda, do lado direito, mostra a atleta em pé, realizando o andar alongado ou estendido. Com</p><p>o peso do corpo sobre o pé esquerdo, o pé direito está sustentado à frente, em dorsiflexão (ponta), enquanto o</p><p>braço direito está alongado à frente e o esquerdo ao lado. Fim da descrição.</p><p>É muito importante que você, professor, trabalhe os dois lados do corpo do aluno.</p><p>Não importa que ele seja destro ou canhoto, ambos os lados precisam ser de-</p><p>senvolvidos. Um lado sempre será dominante, mas é importante que ele tente e</p><p>pratique os movimentos com ambos os lados.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>■ Andar cruzado – mesma posição dos pés, corpo virado de lado para a</p><p>direção em que se vai. A cada passo, cruza-se um pé na frente do outro,</p><p>depois voltar do outro lado (Figura 3a).</p><p>■ Andar valseado – esse andar é muito parecido com o dançar da valsa.</p><p>Você dará um passo grande em deslocamento e dois pequenos no mesmo</p><p>lugar (Figura 3a).</p><p>a) b)</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>Figura 3 – Exemplo de andar cruzado (a) e andar valseado (b) / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: duas fotos retratam duas formas de andar diferentes. A primeira delas, do lado esquerdo,</p><p>mostra a atleta em pé, realizando o andar cruzado. Ela está em pé, com os braços alongados ao lado, e com a</p><p>perna esquerda, cruzando à frente da direita, no relevé. Na segunda foto, do lado direito, a atleta está realizando</p><p>o andar valseado. Ela está disposta em pé, com as mãos na cintura, a perna esquerda à frente e a direita atrás,</p><p>sendo que as duas estão no relevé. Fim da descrição.</p><p>a) b)</p><p>■ Corrida natural – caracteriza-se pelo deslocamento alternado dos bra-</p><p>ços e pernas ligeiramente flexionados.</p><p>■ Corrida alongada – os passos devem ser dados com maior amplitude,</p><p>mas não devem chegar ao salto; os braços ficam ao lado do corpo.</p><p>■ Corrida com pernas flexionadas para frente e trás – os joelhos ficam</p><p>elevados e flexionados tanto para frente, com os joelhos altos, e para trás,</p><p>com os joelhos flexionados.</p><p>■ Corrida lateral cruzada (plano frontal) – corrida para o lado, cruzando</p><p>as pernas.</p><p>Existem diferentes formas de andar e correr. Cabe a você, professor, criar</p><p>possibilidades</p><p>para que outras formas sejam exploradas junto aos seus alunos.</p><p>1</p><p>8</p><p>Saltitos</p><p>Os saltitos são pequenos saltos em que a fase de permanência no ar é curta. Para</p><p>Peuker (1973, p. 51), “a primeira fase, a saída do chão, recebe menos impulso; e a</p><p>chegada, o molejo, também mais suave”.</p><p>■ Primeiro saltito – impulsionar o chão com um pé, descendo para o</p><p>mesmo pé. Dar um passo para o pé que foi levantado na direção do saltito.</p><p>Figura 4 – Primeiro saltito / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: três fotos retratam a atleta, realizando o primeiro saltito em partes. A primeira foto, da</p><p>direita, está na fase preparatória do saltito, com a perna direita à frente flexionada, e a esquerda atrás, também,</p><p>flexionada e braços alongados, o esquerdo à frente e o direito ao lado. A segunda foto, do centro, mostra a fase</p><p>de saída do chão, com a perna esquerda flexionada à frente e a direita estendida para baixo, e braço direito à</p><p>frente e esquerdo ao lado. A terceira foto, por fim, é da chegada ao solo, em que ela está com a perna esquerda</p><p>flexionada à frente, a direita estendida atrás e seu braço direito à frente e esquerdo ao lado. Fim da descrição.</p><p>■ Segundo saltito ou galope – saltitar, saindo do chão com um pé, des-</p><p>cendo para o outro, dando um passo com o joelho levantado na direção</p><p>do salto (a execução será demonstrada na aula conceitual).</p><p>■ Chassé ou saltito unido – dar um passo longo e, na sequência, impul-</p><p>sionar o chão, juntando os dois pés durante a fase de voo (a execução será</p><p>demonstrada na aula conceitual).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>Figura 5 – Chassé / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: três fotos retratam o movimento do chassé. A primeira foto, da direita, é fase preparatória</p><p>do saltito, com a perna direita à frente flexionada, a esquerda atrás também flexionada e braços alongados, o es-</p><p>querdo à frente e o direito ao lado. Na segunda foto, ela está na fase de voo, com os pés unidos e braços alongados,</p><p>o esquerdo à frente e o direito ao lado. Já na terceira foto, do lado esquerdo, é a chegada ao solo, em que ela está</p><p>com a perna direita à frente e a esquerda atrás, e seu braço esquerdo à frente e direito ao lado. Fim da descrição.</p><p>■ Chassé lateral – dar um passo longo para o lado e, na sequência, impul-</p><p>sionar o chão, juntando os dois pés durante a fase de voo.</p><p>Figura 6 – Chassé lateral / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: duas fotos retratam o movimento do chassé lateral. Na foto direita, a ginasta se prepara</p><p>para o chassé lateral, com apoio sobre a perna esquerda e sustentação lateral, para dar um passo com a perna</p><p>direita e braços alongados ao lado. Na segunda foto, a atleta está na fase de voo, com os pés unidos e braços</p><p>alongados ao lado. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>Saltos</p><p>Saltar é um movimento no qual os pés perdem o contato com o chão e a per-</p><p>manência no ar é destacada. Quanto a isso, Peuker (1973) destaca que o salto é</p><p>composto por três fases:</p><p>1. Saída do chão (impulso).</p><p>2. Permanência no ar (caráter do salto).</p><p>3. Descida ao solo.</p><p>Do ponto de vista da primeira à terceira fase do saltar, podemos executá-lo</p><p>impulsionando o chão com um pé, descendo para o mesmo pé, para o outro,</p><p>para os dois, ou largando o chão com dois pés, descendo tanto para os dois pés</p><p>quanto para um pé só.</p><p>Existem inúmeras formas de saltar, principalmente, a partir da particularida-</p><p>de de cada modalidade ginástica. Neste momento, conheceremos alguns saltos</p><p>básicos e comuns em diferentes modalidades ginásticas, mas, antes disso, é impor-</p><p>tante aprendermos as diferentes posições que o corpo pode assumir não apenas</p><p>em alguns saltos, mas em outros movimentos que aprenderemos na ginástica.</p><p>POSIÇÃO ESTENDIDA</p><p>Posição em que os segmentos corporais estão alinhados.</p><p>POSIÇÃO CARPADA</p><p>Posição em que se tem a flexão do tronco à frente, aproximando as duas pernas</p><p>estendidas.</p><p>POSIÇÃO GRUPADA</p><p>Flexão do quadril de forma simultânea com os joelhos, com a aproximação deles ao</p><p>tronco.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>POSIÇÃO AFASTADA</p><p>Postura em que ocorre o afastamento das pernas estendidas, de forma lateral ou longitu-</p><p>dinal. Pode ou não ter flexão do quadril.</p><p>Nesse sentido, conheceremos alguns saltos bem comuns na ginástica, no entanto,</p><p>destacamos que os saltos devem ser executados com segurança, lembrando que</p><p>o amortecimento deve sempre se dar pela parte da frente dos pés e flexionando</p><p>os joelhos na aterrissagem para que não ocorram lesões durante a execução.</p><p>É importante lembrar que o aluno nunca deve aterrissar dos saltos com os joelhos</p><p>estendidos.</p><p>SALTE</p><p>1</p><p>1</p><p>Figura 7 – Salto vertical / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: duas fotos retratam o salto vertical. A primeira foto do lado direito demonstra a preparação</p><p>para o salto, em que a atleta se encontra com os pés unidos ao solo, joelhos flexionados, tronco ereto e braços</p><p>alongados ao lado do corpo. A segunda imagem é a fase de voo do salto, quando o atleta está com pés estendidos</p><p>fora do solo, joelhos estendidos e braços estendidos acima da cabeça. Fim da descrição.</p><p>Deve estender durante a execução e flexionar na chegada ao solo.</p><p>■ Salto com deslocamento vertical do corpo: o corpo é impulsionado</p><p>para cima e aterrissa praticamente sobre o mesmo ponto do qual saiu,</p><p>sem haver deslocamento.</p><p>■ Salto estendido ou vertical: impulso com os dois pés e o executante salta</p><p>com o corpo todo estendido.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>■ Salto grupado: saltar, pegando impulso com os dois pés e subindo os</p><p>dois joelhos na altura do peito. Tronco ereto.</p><p>Figura 8 – Salto grupado / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: duas fotos retratam o salto grupado. A primeira foto do lado direito é a preparação para</p><p>o salto, quando o atleta se encontra com os pés unidos ao solo, joelhos flexionados, tronco inclinado à frente e</p><p>braços alongados para baixo e posteriormente. A segunda imagem é a fase de voo do salto, quando o atleta está</p><p>com pés estendidos fora do solo, joelhos e quadris flexionados, tronco inclinado à frente, encostando o joelho no</p><p>peito e braços sustentados ao lado. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>4</p><p>■ Salto afastado: impulso com os dois pés e afastamento das pernas du-</p><p>rante a fase de voo. Esse afastamento das pernas tem duas variações: la-</p><p>teralmente ou anteroposterior.</p><p>Figura 9 – Salto afastado lateral / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: duas fotos demonstram o salto afastado lateral. A primeira foto do lado direito é a prepa-</p><p>ração para o salto, quando o atleta se encontra de frente, com os pés unidos ao solo, tronco e joelhos alongados e</p><p>braços estendidos à frente. A foto do lado esquerdo é a fase de voo do salto, quando o atleta está com as pernas</p><p>afastadas lateralmente, em uma abertura de 180 graus, com o tronco inclinado à frente e braços alongados à</p><p>frente. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>Nomenclatura dos elementos</p><p>Alguns elementos corporais que são comuns entre diversas modalidades gímnicas e de danças,</p><p>recebem diferentes nomes de acordo com as modalidades ginásticas ou dançantes e podem ser</p><p>encontradas em outras modalidades esportivas.</p><p>Exemplo 1</p><p>O mesmo salto receberá o nome de afastado na</p><p>ginástica artística, ejambeé na ginástica rítmica e</p><p>grand jeté no ballet.</p><p>Exemplo 2</p><p>Trata-se de uma posição que pode ser realizada</p><p>durante um equilíbrio, rotação e salto. Na ginástica</p><p>rítmica, o movimento chama-se salto cossaco e na</p><p>ginástica artística, salto Wolf.</p><p>Exemplo 3</p><p>O salto vertical, ou estendido, que também pode ser</p><p>um giro (pirulito), na ginástica rítmica, é um</p><p>movimento que surge em outras modalidades, como o</p><p>bloqueio do vôlei.</p><p>Alguns elementos corporais, que são comuns entre diversas modalidades gímni-</p><p>cas e de danças, recebem diferentes nomes de acordo com as modalidades ginás-</p><p>ticas ou dançantes e podem ser encontradas em outras modalidades esportivas.</p><p>1</p><p>1</p><p>Figura 10 – Salto afastado anteroposterior / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: observa-se, na imagem, três fotos que retratam o salto afastado</p><p>anteroposterior. A primeira</p><p>foto do lado esquerdo é a preparação para o salto, quando o atleta se encontra com os pés unidos ao solo, tronco</p><p>e joelhos alongados e braços estendidos à frente. Já a segunda foto, que ainda representa a preparação do salto,</p><p>o atleta se encontra com os pés unidos ao solo, joelhos flexionados, tronco inclinado à frente e braços alongados</p><p>para baixo e posteriormente. A foto do lado direito é a fase de voo do salto, quando o atleta está com as pernas</p><p>afastadas anteroposteriormente, em uma abertura de 180 graus, com a perna esquerda à frente e direita atrás,</p><p>com o tronco ereto e braço direito alongado à frente e esquerdo ao lado. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>■ Salto carpado: durante o salto, o ginasta estende as duas pernas à frente</p><p>e inclina o tronco em direção a elas.</p><p>Figura 11 – Salto carpado / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: três fotos retratam o salto carpado. A primeira foto do lado direito é a preparação para o</p><p>salto, no qual o atleta se encontra com os pés unidos ao solo, tronco e joelhos alongados e braços estendidos à</p><p>frente. Já a segunda foto, que ainda representa a preparação do salto, o atleta se encontra com os pés unidos ao</p><p>solo, joelhos flexionados, tronco inclinado à frente, e braços alongados para baixo e posteriormente. Na terceira</p><p>foto, o atleta está realizando a fase de voo do salto, quando ele está com as pernas unidas à frente, com uma</p><p>flexão de quadril e tronco inclinado à frente, com os braços estendidos à frente, quase encostando as mãos nos</p><p>pés. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>8</p><p>SALTO TESOURA</p><p>Impulsionar o chão com um pé, descendo para o outro.</p><p>SALTOS COM DESLOCAMENTO DO CORPO</p><p>Os saltos com deslocamento do corpo para frente ou lateralmente iniciam-se sempre</p><p>com um passo, fazendo com que uma das pernas inicie a fase de voo. A aterrissagem</p><p>também é realizada primeiramente com a perna que iniciou a fase de voo, retomando</p><p>o apoio no solo.</p><p>SALTO EJAMBÉ</p><p>Após o passo que antecede o salto, a perna de trás é lançada para frente e a outra</p><p>para trás, realizando um afastamento anteroposterior das pernas (uma para frente e</p><p>outra para trás) (Figura 12a).</p><p>SALTO CORSA</p><p>A perna que inicia o movimento de voo flexiona-se e a perna de trás mantém-se es-</p><p>tendida (Figura 12b).</p><p>SALTO AFASTADO</p><p>Diferentemente do salto afastado visto na seção de saltos verticais, esse movimento tem</p><p>impulso inicial de uma perna e deslocamento lateral do corpo no ar (Figura 12c).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>a)</p><p>b)</p><p>c)</p><p>Figura 12 – Salto ejambé (a), sal-</p><p>to corsa (b) e salto afastado (c) /</p><p>Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: três</p><p>fotos retratam três saltos</p><p>diferentes. A primeira foto,</p><p>da esquerda para direita,</p><p>representa o salto ejambé.</p><p>A atleta está na fase do voo</p><p>do salto, com as pernas afas-</p><p>tadas anteroposteriormente</p><p>a 180 graus. A perna direita</p><p>está à frente e a esquerda</p><p>atrás, com o tronco ereto e</p><p>braço esquerdo alongados à</p><p>frente e direito ao lado. Ob-</p><p>serva-se, na segunda foto, a</p><p>representação do salto corsa.</p><p>A atleta está na fase do voo</p><p>do salto, com as pernas afas-</p><p>tadas anteroposteriormente</p><p>a 180 graus. A perna direita</p><p>está flexionada à frente e a</p><p>esquerda atrás, com o tronco</p><p>ereto e braço esquerdo alon-</p><p>gado à frente e direito ao</p><p>lado. A terceira foto, do lado</p><p>direito, é do salto afastado. O</p><p>atleta se encontra na fase de</p><p>voo do salto, com as pernas</p><p>afastadas lateralmente, em</p><p>uma abertura de 180 graus,</p><p>com o tronco inclinado à</p><p>frente e braços alongados à</p><p>frente. Fim da descrição.</p><p>É importante salientar que tudo que formos aprendendo na ginástica será ligado</p><p>para a execução dos movimentos com mais harmonia. Por isso, para a execução</p><p>dos saltos, podemos executar uma preparação deles, fazendo um saltito.</p><p>8</p><p>1</p><p>Por exemplo: executar o saltito chassé e, quando terminar, dar um passo e saltar</p><p>com a outra perna. Comece um saltito com a perna direita, ao finalizar o elemen-</p><p>to, a perna direita estará na frente e a esquerda atrás, porém, a perna que você</p><p>usará para o salto será à direita. Como fazer isso? Você dará um passo com a per-</p><p>na esquerda para que tome impulso e lance a perna direita durante o salto. Veja o</p><p>exemplo na Figura 13: a ginasta precisa saltar com a perna direita. Ela faz o chassé</p><p>com a perna direita à frente. Ao fim, dá um passo com a esquerda e depois salta.</p><p>Figura 13 – Chassé e salto / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: a figura representa, em quatro fotos, os movimentos de chassé e salto. A primeira imagem,</p><p>da direita para a esquerda, está na fase preparatória do saltito chassé, com a perna direita à frente flexionada, e a</p><p>esquerda atrás também flexionada e braços alongados, o esquerdo à frente e o direito ao lado. Na segunda foto,</p><p>da direita para a esquerda, ela está na fase de voo, com os pés unidos e braços alongados, o esquerdo à frente e</p><p>o direito ao lado. Já na terceira foto, da direita para a esquerda, é a chegada ao solo, ela está com a perna direita</p><p>à frente e a esquerda atrás, e seu braço esquerdo à frente e direito ao lado. A quarta foto, do lado esquerdo,</p><p>representa o salto ejambé. A atleta está na fase do voo do salto, com as pernas afastadas anteroposteriormente</p><p>a 180 graus. A perna direita está à frente e a esquerda atrás, com o tronco ereto e braço esquerdo alongados à</p><p>frente e direito ao lado. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>É importante que você estimule e permita que seus alunos repitam várias vezes</p><p>esse movimento a fim de que o compreendam. Se necessário, faça bem lentamente</p><p>com eles, primeiro o chassé, seguido pelo passo e depois pelo salto, até que eles se</p><p>apropriem e consigam fazer automaticamente.</p><p>Alguns desses saltos recebem variações ao girar o tronco no próprio eixo. Como</p><p>exemplo, podemos ter um salto vertical com giro.</p><p>Figura 14 – Salto vertical com giro / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: a foto retrata o salto vertical. A atleta se encontra na fase de voo do salto, com pés es-</p><p>tendidos fora do solo, joelhos estendidos e braços estendidos acima da cabeça, realizando uma rotação no eixo</p><p>longitudinal durante o voo. Fim da descrição.</p><p>8</p><p>1</p><p>Existem muitos outros saltos na ginástica, porém esses são a base para todos os</p><p>outros.</p><p>Girar</p><p>O girar é um movimento de rotação com a mesma intensidade e executado no</p><p>mesmo lugar ou com deslocamentos. Ele acontece em torno de um mesmo eixo. Os</p><p>giros podem ser executados sobre um pé, dois pés, quadril, nas posições em pé, dei-</p><p>tado, ajoelhado etc. Os giros são compostos por preparação, execução e finalização.</p><p>GIRO DE JOELHO</p><p>Com apenas um joelho no solo e a outra perna em 90 graus, apoiando o pé no solo,</p><p>fazer a troca de posição das pernas, virando o tronco e quadril para a outra direção.</p><p>GIRO SOBRE OS DOIS PÉS (CHAINÊ)</p><p>Dar um passo, subir na meia ponta dos dois pés e girar em torno do próprio eixo.</p><p>GIRO DE QUADRIL</p><p>Dar um passo ao lado, flexionando a perna. Quando, no chão, apoiar a mão da perna</p><p>que foi flexionada, sentar no chão, ficando de costas para a frente, passar girando o</p><p>corpo apenas no apoio do quadril. Ao chegar do outro lado, apoiar a perna que iniciou</p><p>o movimento e voltar para a posição de pé.</p><p>PIVOTS</p><p>Os pivots são os giros que acontecem sobre apenas uma perna.</p><p>Como de regra, deve existir preparação, execução e finalização. Como giros sobre</p><p>um pé só, temos: o pivot no passet e o pivot no arabesque.</p><p>UNIASSELVI</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>Pivot no passet</p><p>Atleta se prepara para realizar o pi-</p><p>vot, com a perna esquerda à frente</p><p>flexionada, e a direita atrás estendi-</p><p>da. O braço esquerdo está flexiona-</p><p>do à frente e o direito estendido ao</p><p>lado.</p><p>Meio do giro</p><p>A atleta está no meio do giro, apoia-</p><p>da sobre a perna esquerda esten-</p><p>dida e a direita flexionada à frente</p><p>com o pé, tocando o joelho esquer-</p><p>do, e braços flexionados à frente.</p><p>Finalização do giro</p><p>A atleta se encontra com as pernas</p><p>unidas em relevé e os braços aber-</p><p>tos lateralmente.</p><p>Início</p><p>do giro</p><p>Atleta no início do giro, apoiada so-</p><p>bre a perna esquerda estendida e a</p><p>direita flexionada à frente com o pé</p><p>tocando o joelho esquerdo e bra-</p><p>ços flexionados à frente.</p><p>8</p><p>4</p><p>Figura 15 – Pivot no arabesque / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: a foto retrata o pivot no arabesque. A foto demonstra a atleta durante o giro, na posição</p><p>arabesque, apoiando sobre a perna direita e sustentando a perna esquerda atrás, em 90 graus, com tronco ereto</p><p>e braço esquerdo alongado à frente e o direito ao lado. Fim da descrição.</p><p>Existem inúmeras formas de girar na ginástica. As apresentadas, aqui, são apenas</p><p>algumas das diferentes possibilidades existentes.</p><p>ELEMENTOS CORPORAIS SEM DESLOCAMENTOS</p><p>Os elementos corporais sem deslocamentos são aqueles realizados com o</p><p>corpo parado. Alguns deles, entretanto, podem ser executados com um pequeno</p><p>deslocamento ou transferência do peso de corpo de um segmento a outro, como</p><p>é o caso das ondas. Além disso, alguns também podem ser executados em conso-</p><p>nância com outros elementos corporais, por exemplo: realizar uma circundução</p><p>de braços durante um saltito. Conhecermos, a seguir, um pouco desses elementos</p><p>para facilitar o entendimento do que estamos tratando.</p><p>UNIASSELVI</p><p>8</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>Equilíbrio</p><p>O equilíbrio é uma posição estática que, segundo Barbosa-Rinaldi, Pacífico e</p><p>Teixeira (2009, p. 35), “deve ser executada durante um curto período de tempo</p><p>sobre um ou mais apoios [...]. Diferentemente da maioria dos elementos cor-</p><p>porais, possui uma característica fundamental – o estatismo”. Esses podem ser</p><p>executados sobre a meia ponta ou pé inteiro (de um pé) ou sobre joelhos, devendo</p><p>manter um tempo e forma fixa.</p><p>Equilíbrio no passet</p><p>Fonte: a autora.</p><p>Descrição de imagem: duas fotos</p><p>demonstram o equilíbrio do passet. Na</p><p>primeira foto, a atleta se encontra na posição</p><p>de equilíbrio, apoiada sobre a perna direita</p><p>estendida, a esquerda flexionada à frente</p><p>com o pé tocando o joelho direito e braços</p><p>alongados lateralmente. A segunda foto é a</p><p>finalização do movimento, quando a atleta</p><p>se encontra com as pernas unidas em relevé</p><p>e os braços abertos lateralmente. Fim da</p><p>descrição.</p><p>8</p><p>1</p><p>Equilíbrio arabesque</p><p>Fonte: a autora.</p><p>Descrição de imagem: as fotos re-</p><p>tratam o equilíbrio arabesque, por</p><p>meio de duas fotos. A primeira é a</p><p>preparação para o equilíbrio, a atle-</p><p>ta está apoiada na perna direita,</p><p>dando um passo com a esquerda, o</p><p>braço direito alongado à frente e o</p><p>esquerdo ao lado. Na segunda foto,</p><p>a atleta de encontra na posição de</p><p>arabesque, apoiando sobre a perna</p><p>esquerda e sustentando a perna di-</p><p>reita atrás, em 90 graus, com tron-</p><p>co ereto e braço direito alongado à</p><p>frente e o esquerdo ao lado. Fim da</p><p>descrição.</p><p>Equilíbrio avião ou prancha facial</p><p>Fonte: a autora.</p><p>Descrição de imagem: a foto retra-</p><p>ta o equilíbrio do avião ou prancha</p><p>facial. A atleta se encontra na po-</p><p>sição da prancha facial, apoiada</p><p>sobre a perna direita, e a esquer-</p><p>da, alongada para trás. Seu tronco</p><p>está alongado à frente, com braços</p><p>alongados ao lado da cabeça. Fim</p><p>da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>Equilíbrio no cossaco</p><p>Fonte: a autora.</p><p>Descrição de imagem: a foto retra-</p><p>ta o equilíbrio no cossaco. A atleta</p><p>está em equilíbrio sobre o pé direito</p><p>em relevé, e sua perna direita está</p><p>flexionada, a ponto de se sentar so-</p><p>bre seu pé. A perna esquerda está</p><p>alongada à frente, com o tronco</p><p>ereto e braços alongados lateral-</p><p>mente. Fim da descrição.</p><p>Equilíbrios sobre o joelho</p><p>Fonte: a autora.</p><p>Descrição de imagem: as fotos re-</p><p>tratam duas formas de equilíbrio</p><p>sobre o joelho. Na primeira, do lado</p><p>esquerdo, a atleta está sobre o joe-</p><p>lho esquerdo, com a perna direi-</p><p>ta alongada à frente em 90 graus,</p><p>com o tronco ereto e braços alon-</p><p>gados lateralmente. Na segunda,</p><p>a atleta se encontra sobre o joe-</p><p>lho direito, com a perna esquerda</p><p>alongada para trás a 90 graus, com</p><p>o tronco ereto e braços alongados</p><p>lateralmente. Fim da descrição.</p><p>Ondas</p><p>As ondas são movimentos específicos que partem do centro do corpo e irradiam</p><p>para as extremidades.</p><p>8</p><p>8</p><p>Figura 16 – Onda anteroposterior / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: as fotos demonstram o movimento de onda anteroposterior. Na primeira do lado esquerdo,</p><p>a atleta está em preparação, com as pernas unidas, tronco ereto e braços alongados acima da cabeça. Na segun-</p><p>da, a atleta está no início da onda, com as pernas unidas e flexionadas e tronco inclinado à frente, com braços</p><p>alongados ao lado da cabeça. Na terceira, a atleta se encontra com as pernas unidas e flexionadas, com o tronco</p><p>flexionado à frente e braços alongados para baixo, próximos às pernas. Na quarta, a atleta está com as pernas</p><p>alongadas, tronco em hiperextensão para trás e braços alongados atrás, como se estivessem subindo. Na última</p><p>foto, a atleta se encontra com a coluna hiperestendida atrás e braços alongados acima da cabeça, finalizando o</p><p>movimento. Fim da descrição.</p><p>Figura 17 – Onda póstero-anterior / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: seis fotos retratam o movimento de onda póstero-anterior. Na primeira do lado esquerdo,</p><p>a atleta está em preparação, com as pernas unidas, tronco ereto e braços alongados acima da cabeça. Na segunda</p><p>foto, a atleta está com a coluna hiperestendida atrás e braços alongados acima da cabeça, com as pernas unidas</p><p>e estendidas. Na terceira foto, as pernas da atleta estão flexionadas e unidas, com o quadril para trás e coluna</p><p>em hiperextensão para trás e braços alongados atrás, como se estivessem descendo. Na quarta foto, a atleta</p><p>está com as pernas flexionadas e unidas, com o tronco flexionado à frente e braços alongados para trás, na altura</p><p>das costas. Na quinta foto, a atleta está com as pernas flexionadas e unidas, com o tronco flexionado à frente e</p><p>braços alongados para baixo, próximos às pernas. Na última foto, a atleta está finalizando o movimento, com as</p><p>pernas unidas e flexionada e tronco inclinado à frente, com braços alongados ao lado da cabeça. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>8</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>Figura 18 – Onda lateral / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: seis fotos demonstram a onda lateral. Na primeira, ao lado esquerdo, a atleta está em</p><p>preparação para a onda, apoiada na perna direita, com a esquerda em ponta lateralmente, seu braço direito alon-</p><p>gado acima da cabeça, apontando para a direita e seu braço esquerdo flexionado à frente do corpo, apontando</p><p>para a direita. Na segunda foto, a atleta está apoiada na perna direita flexionada, com tronco inclinado à frente</p><p>e braços alongados para o lado direito, como se estivessem descendo em direção ao solo. Na terceira e quarta</p><p>foto, a atleta está apoiada sobre os dois pés afastados lateralmente, com as pernas flexionadas, tronco inclinado</p><p>à frente e braços alongados, passando da direita para a esquerda, próximos ao solo. Na quinta foto, a atleta está</p><p>apoiada na perna esquerda flexionada, com tronco inclinado à frente e braços alongados para o lado esquerdo,</p><p>como se estivesse subindo. Na última foto, a atleta se encontra apoiada na perna esquerda, com a direita em</p><p>ponta lateralmente, seu braço esquerdo alongado acima da cabeça, apontando para a esquerda e seu braço direito</p><p>flexionado à frente do corpo, apontando para a esquerda, finalizando o exercício. Fim da descrição.</p><p>Balanceamentos</p><p>Os balanceamentos, como o próprio nome diz, remetem-se a movimentos de</p><p>balanço, pendulares de um ou mais segmentos corporais. Segundo Barbosa-Ri-</p><p>naldi, Pacífico e Teixeira (2009), os balanceamentos possuem três fases: o impulso,</p><p>quando se dá o início da trajetória do movimento, energia que impulsiona o</p><p>movimento; o acento, que é a fase de evidência do movimento; e o relaxamento,</p><p>que é a fase final do movimento.</p><p>Esses movimentos podem ser feitos com apenas um segmento corporal</p><p>(mão, braço e perna), com dois segmentos ao mesmo tempo e para o mesmo</p><p>sentido ou de forma assimétrica, os quais podem estar totalmente relaxados ou</p><p>contraídos (em extensão ou</p><p>flexão), ou até mesmo em movimento ondulatório.</p><p>9</p><p>1</p><p>Figura 19 – Balanceio de braços / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: as fotos retratam o balanceio de braços. Na sequência, a atleta se encontra em pé,</p><p>realizando um movimento de balanceio dos braços pela frente do corpo, de um lado para outro. Ao realizar o</p><p>balanceio de um lado para outro, a atleta alterna o peso do corpo de uma perna à outra, passando por uma flexão</p><p>de joelhos. Fim da descrição.</p><p>Circunduções</p><p>O movimento de circundução se caracteriza pela rotação de um segmento cor-</p><p>poral, o qual tem que executar uma volta de 360 graus, tendo como ponto fixo</p><p>uma articulação, assim como os balanceios podem ser realizados em vários pla-</p><p>nos de forma simétrica e assimétrica (braços e pernas) e os segmentos podem</p><p>estar de diferentes maneiras (extensão, tensão etc.), conforme afirmam Barbosa-</p><p>Rinaldi, Pacífico e Teixeira (2009).</p><p>Diferentemente dos balanceios, a circundução precisa, necessariamente, dar</p><p>uma volta de 360 graus.</p><p>UNIASSELVI</p><p>9</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>Figura 20 – Circunduções de braços / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: as fotos retratam as circunduções de braços. A atleta se encontra lateralmente em pé,</p><p>girando o braço esquerdo para trás, completando a volta até chegar à frente, desenhando um círculo com o</p><p>movimento. Fim da descrição.</p><p>A circundução é um elemento que está presente em todos os manejos de apa-</p><p>relhos de ginástica rítmica. Além disso, todos os movimentos que aprendemos</p><p>agora, sendo eles com deslocamento ou não, deverão fazer parte do contexto de</p><p>formação dos seus alunos e também das montagens coreográficas futuras. Como</p><p>os elementos corporais são fundamentais a qualquer prática ginástica, é muito</p><p>importante que você, professor, não trabalhe esses elementos em uma ou duas</p><p>aulas, mas sim que, sempre que possível, os retome, para que os alunos pratiquem</p><p>e possam aprender a execução de cada um deles. Assim como tudo na ginástica,</p><p>é necessária muita atenção, concentração e repetição para que os diferentes con-</p><p>teúdos sejam aprendidos e realizados com maestria por nossos alunos, sempre</p><p>de forma prazerosa e divertida.</p><p>9</p><p>1</p><p>Fundamentos das Ginásticas</p><p>A obra objetiva apoiar os profissionais de Educação Física e de</p><p>Esporte no aprimoramento de suas práticas e conhecimento</p><p>acerca de algumas manifestações ginásticas. Os capítulos fo-</p><p>ram elaborados por professores e técnicos que estão ativamen-</p><p>te envolvidos no ensino e estudo das respectivas modalidades,</p><p>mas que não pretendem constituir-se em receitas de ativida-</p><p>des. Ao contrário, espera-se que o presente material oriente o</p><p>desenvolvimento dos fundamentos básicos que caracterizam</p><p>e alicerçam cada ginástica. A partir de então, esperamos que</p><p>os profissionais ampliem as propostas de atividades apresen-</p><p>tadas, identifiquem as oportunidades de aplicação desses fun-</p><p>damentos e possam criar experiências, cada vez mais, enrique-</p><p>cedoras e desafiantes aos praticantes. Ginástica Geral, Volteio,</p><p>Ginástica de Trampolim, Ginástica Aeróbica, Ginástica Rítmica,</p><p>Ginástica Acrobática e Ginástica Artística procuram despertar</p><p>um novo olhar a respeito das possibilidades que as ginásticas</p><p>têm de atender à diversidade populacional e de contextos e</p><p>somar ao conteúdo da cultura corporal.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>UNIASSELVI</p><p>9</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>Neste tema de aprendizagem, compreendemos os elementos constitutivos da</p><p>ginástica, dividindo-os em elementos corporais, acrobáticos, de condicionamento</p><p>físico e manejo de aparelhos. Na sequência, trabalhamos com os elementos cor-</p><p>porais, dividindo-os em: com e sem deslocamento.</p><p>Nos elementos corporais com deslocamentos, vimos as diferentes formas de</p><p>andar, correr, saltitar, saltar e girar. Já nos elementos corporais sem deslocamentos,</p><p>aprendemos acerca de equilíbrio, balanceamentos e circunduções. Foi evidencia-</p><p>do que existem várias possibilidades desses elementos corporais acontecerem,</p><p>principalmente quando observados na prática realizada pelos atletas.</p><p>A partir do que aprendemos neste tema, após passar no concurso de técnico</p><p>desportivo de sua cidade e ter que ministrar os treinos de Ginástica Rítmica, você</p><p>sabe como devemos iniciar uma aula/treino? Como você começaria sua aula/</p><p>treino? Quais são componentes a aula/treino deve ter? Em que momento da aula/</p><p>treino devemos trabalhar os conteúdos específicos da modalidade? O que você</p><p>mudaria no seu planejamento inicial?</p><p>O que aprendemos neste tema é suficiente para que seus alunos tenham aces-</p><p>so aos diferentes elementos corporais presentes na ginástica. É muito importante</p><p>que você, futuro professor, vivencie e aprenda esses movimentos, pois, assim,</p><p>percebendo quais são as dificuldades de execução, você poderá ajudar seus alunos</p><p>com maior facilidade. Sempre que possível, leve imagens e vídeos em suas aulas</p><p>para que os alunos possam aprender visualmente como é feita a execução desses</p><p>movimentos. Caso leve vídeos de atletas, lembre-se de problematizar junto a eles</p><p>a questão da técnica, do treinamento e preparação para aquela execução, assim</p><p>como eles, na condição de alunos e aprendizes, devem se esforçar para aprender</p><p>o possível dentro de suas individualidades e características próprias.</p><p>9</p><p>4</p><p>1. Relacionado aos elementos acrobáticos, que são elementos constitutivos da ginástica,</p><p>assinale a alternativa correta:</p><p>a) Apoios e flexibilidade.</p><p>b) Saltos, saltitos e inversões.</p><p>c) Rotações, apoios e inversões.</p><p>d) Força, flexibilidade e resistência.</p><p>e) Passos, corridas, saltos e saltitos.</p><p>2. Acerca dos elementos corporais:</p><p>I - Os elementos corporais com deslocamento são aqueles realizados para que o ginasta</p><p>percorra uma distância curta e se prepare para outros movimentos.</p><p>II - Os elementos sem deslocamento podem ter um pequeno deslocamento ou transferên-</p><p>cia de peso, de acordo com o que é realizado.</p><p>III - Os saltitos são feitos a partir de uma forte impulsão em que o praticante precisa ter uma</p><p>boa altura para que seja considerado saltito.</p><p>IV - O que diferencia salto de saltito é a fase de voo, já que no primeiro, a fase é maior, e no</p><p>segundo, menor.</p><p>Assinale a alternativa correta:</p><p>a) Apenas as alternativas I, II, III estão corretas.</p><p>b) Apenas as alternativas II, III, IV estão corretas.</p><p>c) Apenas as alternativas I e IV estão corretas.</p><p>d) Apenas as alternativas I, II, IV estão corretas.</p><p>e) Todas as alternativas estão corretas.</p><p>3. Com relação às ondas, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I - As ondas são: anteroposterior, póstero-anterior e lateral.</p><p>II - Esses movimentos podem ser feitos com apenas um segmento corporal.</p><p>III - Remetem-se a movimentos de balanço, pendulares de um ou mais segmentos corporais.</p><p>IV - São movimentos específicos que partem do centro do corpo e irradiam para as extre-</p><p>midades.</p><p>Assinale a alternativa correta:</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>9</p><p>5</p><p>a) Apenas I e II estão corretas.</p><p>b) Apenas I e III estão corretas.</p><p>c) Apenas I e IV estão corretas.</p><p>d) Apenas I, II e III estão corretas.</p><p>e) I, II, III e IV estão corretas.</p><p>4. Considere as afirmações a seguir:</p><p>I - As circunduções se caracterizam pela rotação de um segmento corporal, o qual tem que</p><p>executar uma volta de 360 graus, tendo como ponto fixo uma articulação.</p><p>II - Os balanceamentos remetem-se a movimentos de balanço, pendulares de um ou mais</p><p>segmentos corporais.</p><p>III - A circundução é o movimento realizado em torno do próprio eixo, por exemplo, na</p><p>execução de um pivot.</p><p>IV - O balanceamento é o movimento realizado ao fim dos saltos para que se evite lesões.</p><p>Assinale a alternativa correta:</p><p>a) Apenas I e II estão corretas.</p><p>b) Apenas I e III estão corretas.</p><p>c) Apenas I e IV estão corretas.</p><p>d) Apenas I, II e III estão corretas.</p><p>e) I, II, III e IV estão corretas.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>9</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BARBOSA-RINALDI, I. P.; PACÍFICO, T. A.; TEIXEIRA, R. T. S. Ginástica rítmica: história, caracterís-</p><p>ticas, elementos corporais e música. Maringá: Eduem, 2009.</p><p>PEUKER, I. Ginástica moderna sem aparelhos. Rio de Janeiro: Fórum, 1973.</p><p>SOUZA, E. P. M de. Ginástica</p><p>geral: uma área do conhecimento da educação física. 1997. Tese</p><p>(Doutorado em Educação Física) – Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de</p><p>Campinas, Campinas, 1997.</p><p>9</p><p>1</p><p>1. Alternativa C.</p><p>Os elementos acrobáticos são representados pelas rotações, apoios e inversões.</p><p>2. Alternativa D.</p><p>Estão corretas apenas as afirmativas I, II e IV.</p><p>A afirmativa III está incorreta, trata-se dos saltos, que são feitos a partir de uma forte impulsão</p><p>em que o praticante precisa ter uma boa altura para que seja considerado salto e não saltitos.</p><p>3. Alternativa C.</p><p>Estão corretas apenas as afirmativas I e IV.</p><p>As afirmativas II e III estão incorretas, pois se referem aos balanceios.</p><p>4. Alternativa A.</p><p>Estão corretas apenas as afirmativas I e II.</p><p>A afirmativa III está incorreta, pois trata-se dos giros, que são realizados em torno do próprio</p><p>eixo e possuem como exemplo o pivot.</p><p>A afirmativa IV também está incorreta, pois os balanceamentos são movimentos pendulares</p><p>de um segmento corporal e não são realizados ao fim de um salto.</p><p>GABARITO</p><p>9</p><p>8</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>9</p><p>9</p><p>UNIDADE 2</p><p>MINHAS METAS</p><p>GINÁSTICAS COMPETITIVAS</p><p>(OLÍMPICAS)</p><p>Compreender a evolução histórica dos Jogos Olímpicos desde sua origem na Grécia</p><p>Antiga até sua retomada na Era Moderna.</p><p>Identificar as modalidades gímnicas introduzidas nas Olimpíadas e as mudanças em suas</p><p>regras e aparelhos ao longo do tempo.</p><p>Analisar as influências histórica e cultural na formação e desenvolvimento da Ginástica</p><p>Artística e Ginástica Rítmica como modalidades olímpicas.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 4</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Estudante! A evolução dos Jogos Olímpicos e a inclusão da ginástica como mo-</p><p>dalidade olímpica refletem um cenário de contínuo aprendizado e adaptação,</p><p>aspectos essenciais no desenvolvimento profissional de qualquer estudante.</p><p>Compreender as transformações históricas e culturais da ginástica permite que</p><p>os alunos não apenas reconheçam a importância do esporte no contexto global,</p><p>mas também associem esses conhecimentos ao processo de desenvolvimento de</p><p>habilidades pessoais e profissionais. A ginástica, com sua combinação de técnica,</p><p>disciplina e criatividade, oferece uma analogia poderosa para a jornada de apren-</p><p>dizado e aperfeiçoamento contínuo que caracteriza a vida profissional moderna.</p><p>Os estudantes podem significar esses conhecimentos através da experimenta-</p><p>ção prática e teórica. Ao explorar as modalidades de Ginástica Artística e Rítmica,</p><p>os alunos desenvolvem habilidades como coordenação motora, trabalho em equipe</p><p>e resiliência. Essas experiências práticas, aliadas a reflexões sobre a importância</p><p>histórica e cultural do esporte, fomentam uma compreensão mais profunda do im-</p><p>pacto do desenvolvimento contínuo e da adaptação às mudanças. Ao refletir sobre</p><p>essas experiências, os alunos podem correlacionar a dedicação e o aperfeiçoamento</p><p>na ginástica com os esforços necessários para alcançar a excelência profissional,</p><p>incentivando uma postura proativa e engajada em suas futuras carreiras.</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA GINÁSTICA ARTÍSTICA</p><p>Os jogos olímpicos são, sem dúvida, o maior evento esportivo do mundo, pois</p><p>é a única competição global e multiesportiva (COI, 2022). Atualmente, os jogos</p><p>olímpicos contam com a participação de mais de 200 países, que estão presentes</p><p>nas edições de verão e inverno, e possuem mais de 60 modalidades esportivas</p><p>em seu programa olímpico.</p><p>A primeira edição dos jogos olímpicos foi registrada em 776 a. C., na Grécia,</p><p>e, posteriormente, aconteciam a cada quatro anos, até 393 d. C., sendo proibidos</p><p>pelo imperador romano Theodosius ao perder o território Grego, e esse período</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>foi denominado de Jogos Olímpicos da Antiguidade. Em princípio, havia apenas</p><p>a prova de corrida, posteriormente, foram acrescentadas outras provas, como o</p><p>arremesso do disco, dardo, o salto em distância, o boxe, a luta livre, o pentatlo, a</p><p>corrida de bigas, dentre outros (QUEIROZ; PATU; PEIXOTO, 1978).</p><p>Somente a partir do século XIX, por meio do Barão Pierre de Coubertin</p><p>(1863-1937), os jogos olímpicos voltaram a acontecer. Nomeados como Jogos</p><p>Olímpicos Modernos, ou da era Moderna, de acordo com o Comitê Olímpico</p><p>Internacional (2022), sua primeira edição foi em 1896, na Grécia, e contou com</p><p>a participação de 241 atletas que competiram em 10 modalidades diferentes. A</p><p>partir dessa edição, as demais ocorreram a cada quatro anos, como acontecia nos</p><p>Jogos Olímpicos da Antiguidade.</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>A partir da história dos jogos olímpicos, você sabe como se deu a introdução das</p><p>atuais modalidades ginásticas no programa olímpico? Em qual edição dos jogos</p><p>olímpicos a ginástica foi introduzida? Qual foi a primeira modalidade gímnica a</p><p>participar das olimpíadas? Houve mudanças na sua organização, da primeira</p><p>participação para os dias atuais?</p><p>De acordo com o Comitê Olímpico Brasileiro (2022), a primeira modalidade gím-</p><p>nica a participar dos Jogos Olímpicos foi a Ginástica Artística, que esteve presente</p><p>desde a primeira edição da Era Moderna, em 1896. Nessa edição, da qual apenas</p><p>homens podiam participar, somente atletas de cinco países estiveram presentes,</p><p>disputando as provas de cavalo com alças, argolas, barra fixa, barra paralela, escalada</p><p>de corda, e salto sobre a mesa (COI, 2022). A participação das mulheres nas provas</p><p>da Ginástica Artística dos Jogos Olímpicos foi apenas em 1928, em Amsterdã, sendo</p><p>que competiam em apenas uma única prova por equipes (COB, 2022).</p><p>Já a Ginástica Rítmica teve sua primeira participação nos Jogos Olímpicos</p><p>de Los Angeles, em 1984, apenas com as provas de individual, com os apare-</p><p>lhos de arco, bola, maças e fita, sendo a premiação somente em individual geral</p><p>(VARGAS, 2017). Só nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, é que as provas</p><p>de conjunto foram incluídas, sendo duas provas, uma com cinco arcos, e a outra</p><p>com três bolas e duas fitas (SANTOS; LOURENÇO; GAIO, 2010).</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>A Ginástica de Trampolim foi a última modalidade gímnica a entrar no</p><p>programa olímpico. De acordo com o COB (2022), essa modalidade foi incluída</p><p>nos Jogos Olímpicos de Sidney, em 2000, com a prova de trampolim individual,</p><p>na qual o ginasta executa elementos técnicos exigidos pelos árbitros, com saltos</p><p>acrobáticos, sobre uma tela conhecida como cama elástica.</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Agora que já sabemos como se deu a inclusão das modalidades gímnicas nas</p><p>olimpíadas, bem como em quais edições elas foram incluídas, e qual a primeira</p><p>modalidade a fazer parte dos Jogos Olímpicos, será que elas sofreram alterações</p><p>em suas regras e organizações durante sua história?</p><p>Proponho que você faça uma rápida pesquisa sobre os aparelhos da Ginástica</p><p>Artística e da Ginástica Rítmica, analisando suas mudanças ao longo da história.</p><p>Verifique se os aparelhos utilizados na primeira participação das olimpíadas são</p><p>os mesmos utilizados atualmente.</p><p>A partir de sua pesquisa, descreva as diferenças entre os aparelhos utilizados</p><p>nas primeiras olimpíadas e os aparelhos utilizados atualmente, bem como indique</p><p>em qual modalidade houve maiores mudanças, tanto nos aparelhos utilizados</p><p>quanto nas regras para a utilização dos aparelhos.</p><p>Neste tema, trataremos apenas da Ginástica Artística e Ginástica Rítmica, por</p><p>serem as modalidades olímpicas mais praticadas em nosso país. No entanto, o</p><p>estudo da Ginástica de Trampolim também é importante para sua formação, já</p><p>que é uma modalidade que vem crescendo e também serve de base para muitas</p><p>outras modalidades esportivas.</p><p>Iniciaremos as discussões pela Ginástica Artística (GA), a qual é conhecida</p><p>pela presença de força, agilidade, movimentos de rotação no ar e realização de</p><p>diferentes exercícios em aparelhos de grande porte. Essas características se dão</p><p>pela forma com que essa modalidade surgiu, mediante a situação de conflito entre</p><p>nações e a necessidade de reerguer um país derrotado.</p><p>Segundo Publio (2005), a Batalha de Jena foi o principal acontecimento para</p><p>o surgimento dessa modalidade, já que, depois de muito evitar um confronto</p><p>entre França e Prússia, o rei Frederico Guilherme III percebeu que a guerra se-</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>ria inevitável e enviou um ultimato a Paris em 26 de setembro de 1806. Nesse</p><p>comunicado, ele exigia a imediata retirada das tropas francesas do território da</p><p>Prússia. No entanto, esse recado só foi recebido por Napoleão em 7 de outubro,</p><p>já em Bamberg, na Prússia. O que foi tarde demais, porém, mesmo assim, os</p><p>oficiais prussianos não acreditavam que os franceses tivessem condições de en-</p><p>frentá-los em campo aberto e tinham a certeza de vitória. Como o planejamento</p><p>prussiano foi inadequado e a desorganização foi grande, quando perceberam, a</p><p>Prússia já havia sido derrotada e, para agravar ainda mais a situação, a Corte de</p><p>Berlim não tinha tomado nenhuma precaução para prevenir as consequências</p><p>de um fracasso. Nas palavras de Publio, “o que deveria ser uma ofensiva prussiana</p><p>transformou-se em uma derrota vergonhosa” (PUBLIO, 2005, p. 15).</p><p>Com essa derrota, Johann Friedrich Ludwig Cristoph Jahn, conhecido como</p><p>o “Pai da Ginástica”, buscou incitar a mocidade prussiana a se preparar fisica-</p><p>mente a fim de expulsar o exército invasor. Segundo Publio, “o trabalho de Jahn</p><p>foi, sem dúvida, a ‘cellula mater’ da Ginástica Olímpica (gymnastique artistique),</p><p>também denominada Ginástica Artística, Ginástica Desportiva ou Ginástica de</p><p>solo e de aparelhos” (PUBLIO, 2005, p. 16). Publio destaca que Jahn lecionava</p><p>em um instituto e era o responsável pelas saídas bissemanais dos alunos para</p><p>uma área sem cultivo e arborizada chamada Hasenheide (Paradeiro das Lebres),</p><p>local em que ocorriam batalhas simuladas. Para Jahn, caminhar, saltar, lançar e</p><p>sustentar-se são exercícios gratuitos como o ar e podem ser praticados em qual-</p><p>quer lugar, além do que, isso o Estado pode oferecer a todos – pobres, ricos, classe</p><p>média, – tendo cada um sua necessidade.</p><p>Com essa proposta, Jahn inaugurou, em julho de 1811, o primeiro local de</p><p>prática ginástica ao ar livre, o hoje denominado Volkspark Hasenheide (Parque</p><p>do Povo). Nesse local, eram praticados movimentos de preparação do corpo uti-</p><p>lizando galhos de árvores, troncos para suspensões, volteios e movimentos que</p><p>naquela época já indicavam o que seria a Ginástica Artística de hoje. O movi-</p><p>mento criado por Jahn era tão forte e buscava tanto um caráter nacional que a</p><p>palavra gimnasia foi substituída por turnkunst, por considerá-la de origem alemã.</p><p>Publio (2005) afirma que palavras como as que compõem o Quadro 1 foram</p><p>inventadas por Jahn e se tornaram verdadeiros termos técnicos da ginástica em</p><p>aparelhos na Alemanha.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>turnen = praticar ginástica</p><p>turnplatz = local de Ginástica</p><p>turner = ginasta</p><p>voltigieren = balançar, voltear</p><p>torner = lutar, brigar</p><p>turntag = dia da ginástica</p><p>turnkunst = arte ginástica</p><p>Quadro 1 – Termos técnicos da ginástica em aparelhos na Alemanha / Fonte: adaptado de Publio (2005).</p><p>O turnen era pautado por um objetivo moral: como alcançar a autoconfiança,</p><p>autodisciplina, independência, lealdade e obediência. Metas essas que deveriam</p><p>ser atingidas por meio de atividades completas e informais. Era indiscutível o</p><p>perfil de liderança de Jahn e as qualidades de um bom professor. Para Publio</p><p>(2005, p. 17), “a finalidade de sua obra era incentivar a união desmembrada da</p><p>Alemanha e despertar o sentimento patriótico do homem alemão, preparan-</p><p>doo para a revanche”. O movimento criado por Jahn cresceu muito, e em 1815 a</p><p>Prússia é reerguida e a prática do turnen amplia-se, abrangendo cada vez mais</p><p>jovens e adultos. Os alunos foram divididos em idade, categoria e capacidade,</p><p>estabelecendo-se uma hierarquia. Jahn introduziu inúmeros aparelhos, alguns já</p><p>conhecidos e outros de sua própria invenção e adaptação. Segundo Publio (2005),</p><p>a barra horizontal (embora já conhecida) foi introduzida e tornou-se popular no</p><p>playground de Jahn. As paralelas surgiram lá, mas não se sabe quem as inventou.</p><p>O que se sabe é que foram criadas para desenvolver a força dos braços e do corpo</p><p>em exercícios de volteio (giros no cavalo).</p><p>Publio (2005) salienta que, após as guerras napoleônicas, Jahn mantinha-se fiel</p><p>à sua raça, desenvolvendo as sociedades de ginástica alemãs. A Alemanha inovava e</p><p>tomava gosto pelas demonstrações de massa (destacou-se a presença de seis mil gi-</p><p>nastas no primeiro festival, organizado em Berlim, em 1861). No entanto, todo esse</p><p>sucesso sofreu um grande abalo, visto que, como nos sinaliza Publio (2005, p. 19):</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>“ Os grandes mestres firmavam-se muitas vezes na oposição. O exem-</p><p>plo de Jahn e dos acontecimentos considerados como revolucioná-</p><p>rios tiveram influência muito grande em vários países da Europa.</p><p>Aplicando, de início, os princípios de Pestalozzi, ele convence a ju-</p><p>ventude a praticar a Ginástica; fortalecendo-lhes um ideal heroico,</p><p>o gosto pelo esforço e pelo risco, o hábito da obediência voluntária</p><p>e o senso das antigas tradições da nação. Com a guerra ganha, passa</p><p>a ser malvisto. Todavia, o impulso que ele havia imprimido a sua</p><p>organização foi tal que nenhum obstáculo conseguiu diminuir-lhe</p><p>o ímpeto. Seu dinamismo era tão extraordinário que não se esgotou,</p><p>mesmo com a queda do Império napoleônico, mas seu trabalho em</p><p>favor da unidade alemã o leva a situações delicadas. As ligas políticas</p><p>foram interditadas e a censura, na Imprensa, orientada para que não</p><p>agitasse a questão (1816). Em 1818, o turnen foi considerado revo-</p><p>lucionário e demagógico: tratava-se do ‘abcesso’ maligno que era</p><p>preciso extirpar. Outubro de 1818 foi o último mês em que foi per-</p><p>mitido praticar Ginástica, tendo seu reinício, em 1819, sido proibido</p><p>pelo governo prussiano (bloqueio ginástico) (PUBLIO, 2005, p. 19).</p><p>Como toda essa situação, muitos ginastas e instrutores foram perseguidos, e Jahn</p><p>foi vítima de “perseguição pedagógica”, sendo detido em 1819 por cinco anos pela</p><p>acusação de conspirar como revolucionário de direita e de fazer propaganda</p><p>subversiva à nação.</p><p>Porém, a presença do bloqueio ginástico, ao invés de fazer esquecer a Ginás-</p><p>tica, fez com que ela fosse ainda mais divulgada no mundo todo, pois a proibição</p><p>da prática ginástica na Alemanha levou à emigração de diversos ginastas alemães,</p><p>que difundiram a Ginástica em todo o mundo.</p><p>Em 1842, quando terminou o bloqueio ginástico na Alemanha, a Educação</p><p>Física passou a ser realizada em recintos fechados, cujo hábito é mantido até os</p><p>dias de hoje. A partir desse momento, a ginástica turnen de Jahn propagou-se</p><p>rapidamente por toda a Alemanha, acontecendo na escola e sociedade, animada</p><p>por uma nova e crescente vida.</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>Jahn faleceu em 1852, mas não demorou para ser reconhecido e, atualmente, para</p><p>alguns alemães, Jahn permanece como um herói confiável e legendário do passado.</p><p>Publio, baseando-se nas palavras de Barney (1979), destaca que “a memória de Jahn</p><p>sobrevive até hoje, por mais de dois séculos, e como tal, qualifica-o como ‘Pai da</p><p>Ginástica’ para ser admirado em proporções realmente heroicas” (PUBLIO, 2005, p. 21).</p><p>A influência de Guts Muths, pai da ginástica pedagógica alemã, foi importante</p><p>para a estruturação dos exercícios propostos por Jahn, uma vez que ele se baseou</p><p>na obra de Muths, Gimnastik fur die Jugend (Ginástica para a Juventude), de</p><p>1973. Segundo Publio (2005), é incontestável a glória de Guts Muths em ser o</p><p>introdutor da ginástica pedagógico-didática, constituindo-a como a base siste-</p><p>mática que serve de fundamento à ginástica educativa. Todavia, cabe a Jahn o</p><p>mérito da propagação da Ginástica em aparelhos pelo mundo inteiro.</p><p>Com relação ao reconhecimento da modalidade mundialmente, esse momen-</p><p>to deu-se em 1952, ano no qual, por ocasião dos Jogos Olímpicos daquele ano, a</p><p>Ginástica Olímpica passou a ser valorizada como modalidade esportiva. Segundo</p><p>Publio (2005), foi nesse momento que a ginástica foi reconhecida como esporte,</p><p>no conceito atual de fenômeno social, com regras previamente</p><p>definidas quanto</p><p>ao julgamento, aparelhagem, avaliação dos resultados, número de ginastas por</p><p>equipes e a Federação Internacional de Ginástica trabalhando lado a lado com o</p><p>Comitê Olímpico Internacional.</p><p>No Brasil, a Ginástica Artística chegou por meio da colonização alemã no Rio</p><p>Grande do Sul, em 1824, lembrando que, no período de 1820 a 1842, ocorreu o</p><p>“Bloqueio Ginástico” e o Brasil também foi um dos países que recebeu alemães e,</p><p>consequentemente, a Ginástica.</p><p>Entre 1895 e 1942, são criadas sociedades, fundações e federações de ginástica no Rio</p><p>Grande do Sul, e em 1948 iniciam-se as práticas ginásticas em São Paulo, por meio da</p><p>Federação Paulista de Ginástica e Halterofilismo. No Rio de Janeiro, foi em 1950, na</p><p>Federação Metropolitana de Ginástica (atual Federação de Ginástica do Rio de Janeiro).</p><p>Em 1951, iniciaram-se os campeonatos oficiais de Ginástica, organizados e</p><p>dirigidos pelo Conselho de Assessores de Ginástica da Confederação Brasileira</p><p>de Desportos (CAG-CBD), e em 1978, o Estatuto da Confederação Brasileira de</p><p>Ginástica é aprovado e a Ginástica Artística passa a receber orientações desse</p><p>órgão, o que ocorre até os dias de hoje.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>CARACTERÍSTICAS DA GINÁSTICA ARTÍSTICA</p><p>Durante nosso estudo sobre a história da Ginástica Artística, vimos que ela rece-</p><p>beu uma forte influência do momento no qual surgiu. A proposta daquela época</p><p>era preparar os jovens para os duelos, priorizando atividades de batalhas simula-</p><p>das e a utilização da natureza para a prática dos movimentos e desenvolvimento</p><p>de força. Hoje, na modalidade, conseguimos visualizar a presença dos aparelhos</p><p>de grande porte, semelhantes aos utilizados por Jahn e o desenvolvimento de</p><p>força dos atletas, fator esse necessário para a execução dos movimentos que são</p><p>próprios da Ginástica Artística.</p><p>A modalidade chama a atenção pela caracterís-</p><p>tica de colocar os corpos em voo. As acrobacias e</p><p>coreografias destacam-se pelo nível de dificuldade</p><p>e precisão de movimentos. Força, equilíbrio, con-</p><p>centração, agilidade são elementos básicos e que, em qualquer apresentação de</p><p>Ginástica Artística, estarão presentes.</p><p>A modalidade é dividida em masculina e feminina, e segundo Nunomura e</p><p>Tsukamoto (2009), a GA feminina possui quatro tipos de aparelhos: mesa de salto,</p><p>que substituiu o cavalo em 2001, paralelas assimétricas, trave de equilíbrio e solo,</p><p>sendo que este último possui acompanhamento musical. Já na masculina, são seis</p><p>aparelhos: solo (sem acompanhamento musical), cavalo com alças, argolas, mesa</p><p>de salto, paralelas simétricas e barra fixa. Cada aparelho da modalidade possui</p><p>uma medida específica oficial, e essas medidas são usados para as competições</p><p>e treinamentos dos atletas de alto nível. No entanto, para a iniciação ou vivência</p><p>dessa modalidade, todos esses aparelhos poderão ser substituídos. Tais adapta-</p><p>ções serão abordadas oportunamente.</p><p>APARELHOS DA GINÁSTICA ARTÍSTICA</p><p>Cada aparelho da Ginástica Artística tem sua especificidade com movimentos</p><p>característicos de cada um e em alguns até temos aproximações. No entanto, o</p><p>fato dos aparelhos serem diversos e ainda executados tanto por homens quanto</p><p>por mulheres faz com que essa modalidade se torne rica e diversa.</p><p>Força, equilíbrio,</p><p>concentração,</p><p>agilidade</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Aparelhos masculinos</p><p>Cavalo com Alças</p><p>Estrutura cilíndrica, disposta na horizontal,</p><p>com dois pés, um em cada extremidade,</p><p>e com duas alças acopladas no centro, na</p><p>parte superior do aparelho.</p><p>Barras paralelas simétricas</p><p>Duas barras cilíndricas, dispostas</p><p>horizontalmente na mesma altura. Cada</p><p>barra possui dois pés em suas extremidades.</p><p>Argolas</p><p>Em uma estrutura de metal, há duas argolas</p><p>suspensas, na mesma direção e altura.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>Barra Fixa</p><p>Uma única barra cilíndrica, disposta</p><p>horizontalmente, com um pé em cada</p><p>extremidade, e fixa por cabos de aço no chão.</p><p>Aparelhos femininos</p><p>Figura 1 – Barras paralelas assimétricas</p><p>Descrição da Imagem: esta imagem representa as barras paralelas assimétricas, que são duas barras cilíndricas,</p><p>dispostas horizontalmente, sendo uma mais alta que a outra. Cada barra possui dois pés em suas extremidades,</p><p>e são fixas por cabos de aço no chão. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Figura 2 – Trave de Equilíbrio</p><p>Descrição da Imagem: esta imagem representa a trave de equilíbrio, que é uma barra quadrangular, disposta</p><p>horizontalmente, com um pé em cada extremidade. Fim da descrição.</p><p>Aparelhos femininos e masculinos</p><p>Figura 3 – Mesa de Salto</p><p>Descrição da Imagem: esta imagem representa o aparelho mesa de salto, que é uma placa quadrada disposta</p><p>horizontalmente e revestida com espuma para proteção, com um único pé em seu centro. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>Figura 4 – Solo</p><p>Descrição da Imagem: esta imagem representa o aparelho solo, sendo um tablado quadrangular, com um ginasta</p><p>em sua ponta, se preparando para realizar um salto. Fim da descrição.</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Como é possível o corpo humano executar movimentos tão belos e que rompem</p><p>com o que estamos acostumados a ver, a exemplo de um ginasta que consegue</p><p>realizar rotações no ar com toda segurança e ainda retornar na posição de pé?</p><p>Como conseguem girar várias vezes em uma barra, sustentar-se com a força dos</p><p>braços nas argolas ou, ainda, executar saltos mortais sobre uma trave de equilíbrio</p><p>de apenas 10 cm?</p><p>De uma coisa nós podemos ter certeza: não é de uma hora para a outra que um</p><p>atleta consegue executar esses e muitos outros movimentos. Não são dias, sema-</p><p>nas ou meses de treinamento, mas, sim, anos, muitos anos para que desenvolvam</p><p>a habilidade de realizar os exercícios nos diferentes aparelhos da modalidade.</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>Neste momento, para que entendamos um pouco mais como esses atletas iniciam</p><p>suas carreiras, aprenderemos os padrões básicos de movimento, ou seja, o que o</p><p>futuro ginasta precisa aprender como base na iniciação, para depois ter sucesso</p><p>em sua carreira como ginasta.</p><p>Existem várias denominações dos padrões de movimento a partir de diferen-</p><p>tes autores. No entanto, utilizaremos a proposta de Russel e Kinsman (1986 apud</p><p>NUNOMURA;TSUKAMOTO, 2005).</p><p>Para os autores, todos os movimentos realizados na Ginástica partem dos</p><p>Padrões Básicos de Movimento (PBMs). Nesse sentido, o domínio desses padrões</p><p>permite a evolução de qualquer habilidade na Ginástica Artística.</p><p>Cada PBM foi agrupado de acordo com os princípios mecânicos de sua exe-</p><p>cução. O quadro a seguir apresenta seis padrões de movimento.</p><p>Lembre-se sempre: a ginástica deve fazer parte da formação dos alunos para que</p><p>eles tenham acesso a essa manifestação corporal e conheçam tudo que é possí-</p><p>vel, de forma prazerosa, divertida e instigante.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>PBM TIPOS PRINCÍPIO MECÂNICO</p><p>1. Aterrissagens</p><p>sobre os pés</p><p>sobre as mãos</p><p>com rotação</p><p>sobre as costas</p><p>Utilizar mais tempo e mais</p><p>partes do corpo para absor-</p><p>ver o momento de qualquer</p><p>aterrissagem.</p><p>2.Posições estáticas</p><p>apoios</p><p>suspensões</p><p>equilíbrios</p><p>Relação entre o Centro de</p><p>Gravidade (CG) e a Base de</p><p>Apoio (BA):</p><p>Quanto mais próximo o CG da</p><p>BA, maior a estabilidade;</p><p>O CG deve estar dentro da</p><p>BA;</p><p>Quanto maior a BA, maior a</p><p>estabilidade;</p><p>Para um corpo segmentado, a</p><p>estabilidade será maior quan-</p><p>do o CG década segmento</p><p>estiver situado verticalmente</p><p>sobre o CG do segmento</p><p>imediatamente abaixo.</p><p>3. Deslocamentos</p><p>sobre os pés</p><p>em apoio</p><p>em suspensão</p><p>Aplicação de força interna</p><p>(contração muscular) para</p><p>mover o CG.</p><p>4. Rotações</p><p>no eixo longitudinal</p><p>no eixo transversal</p><p>no eixo anteroposterior</p><p>Para iniciar uma rotação,</p><p>aplicar uma força que não</p><p>passe pelo CG. Quanto mais</p><p>longe a força for aplicada do</p><p>CG, maior o efeito de rotação.</p><p>5. Saltos</p><p>com as duas pernas</p><p>com uma perna</p><p>com as mãos</p><p>Aplicação de força interna</p><p>ou externa para produzir</p><p>um deslocamento rápido</p><p>do CG. Essa força deverá ser</p><p>de magnitude suficiente, na</p><p>direção desejada e aplicada a</p><p>um corpo rígido.</p><p>Quadro 2 –</p><p>diferentes ações</p><p>1</p><p>1</p><p>assim como Souza (1997), por meio de jogos, rituais e festividades pré-histó-</p><p>ricas, acontecia a transmissão desse repertório motor de uma geração a outra</p><p>que, mesmo rudimentar, tinha caráter utilitário.</p><p>Figura 1 – Registro das atividades físicas do homem primitivo</p><p>Descrição da Imagem: a figura traz registros das atividades físicas do homem primitivo em uma pedra. Da es-</p><p>querda para a direita, há desenhos de um ser humano em pé com arco e flecha nas mãos e um animal à sua frente.</p><p>Logo abaixo do animal, há dois seres humanos sentados com os joelhos flexionados, um de frente para outro; e</p><p>ao lado, há outros três seres humanos em pé, um atrás do outro. Eles estão com uma espécie de saia curta, uma</p><p>mão na cintura e a outra levantada acima da cabeça. O desenho do meio mostra um ser humano, segurando um</p><p>cajado à sua frente. O último desenho é um ser humano com um braço estendido ao lado e no outro, segurando</p><p>um objeto como se fosse uma espada. Fim da descrição.</p><p>Dessa forma, ao longo da história, veremos que a ginástica, aqui, entendida como</p><p>todo e qualquer exercício físico praticado pelo homem, assume diferentes formas de</p><p>ser realizada e desenvolve características de acordo com os objetivos do indivíduo e</p><p>da sociedade na qual ele estava inserido.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>Segundo Ramos (1982), durante Antiguidade, podemos observar que, no Oriente,</p><p>os exercícios físicos se manifestavam por meio de diferentes atividades. Os egíp-</p><p>cios (Figura 2) praticavam a luta livre, o boxe, a esgrima, a natação e o remo; já</p><p>os assírios e babilônicos desenvolviam práticas de caráter utilitário focadas em</p><p>força, agilidade e resistência.</p><p>Figura 2 – Registros de exercícios físicos no Egito Antigo</p><p>Descrição da Imagem: a figura traz registros dos exercícios físicos no Egito Antigo. São desenhos de homens</p><p>e mulheres em trajes egípcios, realizando diversas atividades, como esgrima, lutas e remo. A imagem é dividida</p><p>em três partes: superior, meio e inferior. Na parte superior, há um homem com uma espécie de capacete e uma</p><p>espada em mãos, representando a esgrima. Em sua frente, há cinco pessoas, enfeitando dois arcos com folhas e</p><p>uvas. No meio da imagem, do lado esquerdo, há três pessoas, segurando grandes vasos: ao centro, uma pessoa</p><p>manuseia alguns instrumentos e no lado direito, dois lutadores de boxe, um de frente para o outro, realizam golpes</p><p>com os braços. Na parte inferior, observa-se, do lado esquerdo, uma grande embarcação com algumas pessoas</p><p>dentro, praticando o remo; e do lado direito, há três pessoas e uma espécie de carroça, que é puxada, por duas</p><p>cordas, por um deles. Fim da descrição.</p><p>Ainda, de acordo com o mesmo autor, os hititas priorizavam o treinamento hí-</p><p>pico, tornando-se exímios cavaleiros. As atividades físicas como meio de prepa-</p><p>ração para a vida e de cunho ritualístico eram priorizadas na Pérsia, na Índia, na</p><p>1</p><p>1</p><p>China e no Japão. Jogos, cultos, recreação e preparação guerreira eram as práticas</p><p>corporais dos indígenas do Novo Mundo (Figura 3).</p><p>Figura 3 – Indígenas e o exercício físico</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta uma silhueta de um indígena, praticando arco e flecha. Na ilustração,</p><p>ele aparece de pé, com as pernas afastadas, uma em frente à outra. Seu tronco está inclinado para trás, com seu</p><p>braço direito estendido na diagonal para cima. Ele está segurando, com a mão direita, o arco, e seu braço esquerdo</p><p>está flexionado para trás, puxando a flecha. Na cabeça, há um cocar de penas. Fim da descrição.</p><p>No período Clássico da civilização ocidental, na Grécia, o exercício físico se</p><p>estabelecia em práticas esportivas, com a realização dos Jogos Olímpicos, com</p><p>grande influência mitológica e do ideal de beleza. Nesse contexto, destacam-se</p><p>duas vertentes: Atenas e Esparta. Conforme afirma Ramos (1982), em Atenas, os</p><p>exercícios físicos buscavam a formação do cidadão integral, dotado de educação</p><p>corporal, composta pela eficiência educacional, fisiológica, moral e estética. Já, em</p><p>Esparta, eles focavam na preparação militar, disciplina cívica, endurecimento do</p><p>corpo e energia física e espiritual.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>Figura 4 – Exercícios físicos na Grécia</p><p>Descrição da Imagem: o desenho demonstra os exercícios físicos na Grécia. Na figura, há três figuras masculinas</p><p>gregas correndo. No canto superior direito, a primeira figura masculina está nua, com a perna e o braço direito à</p><p>frente e a perna e o braço esquerdo atrás, em posição de corrida. No meio, na parte inferior da imagem, a segunda</p><p>figura masculina, também nua, está em posição de corrida e utiliza um capacete de armadura e um escudo na</p><p>mão direita. A terceira figura masculina, também nua e em posição de corrida, segura em sua mão esquerda uma</p><p>tocha, representando os Jogos Olímpicos. Fim da descrição.</p><p>Ainda de acordo com Ramos (1982) e Souza (1997), em Roma, o espírito prático</p><p>e utilitário fundamentava os exercícios corporais, os quais eram importantes</p><p>para a preparação militar e objetivavam a defesa e a conquista de territórios no</p><p>período monárquico. As práticas de atividades desportivas (corridas de bigas e</p><p>combates de gladiadores) e higiênicas eram também valorizadas. No tempo do</p><p>império, houve uma decadência do caráter bélico, permitindo que os combates</p><p>de gladiadores e corridas de biga emergissem com os espetáculos circenses, como</p><p>forma de entretenimento.</p><p>1</p><p>4</p><p>Figura 5 – Corridas de biga na Roma Antiga</p><p>Descrição da Imagem: a figura representa as corridas de biga da Roma Antiga. Ela possui uma figura de um</p><p>homem em pé vestido com armadura, em cima de uma carroça antiga, sendo puxada por cavalos. Ele segura,</p><p>na mão esquerda, as rédeas e um escudo, e na direita, uma espada que aponta para frente. Fim da descrição.</p><p>Na Idade Média, com o domínio da Igreja, a preparação militar tinha como foco</p><p>as Cruzadas. Práticas, como esgrima, equitação, manejo de arco e flecha, luta,</p><p>escalada, marcha, corrida e salto, faziam parte do repertório de treinamento dos</p><p>soldados. Os nobres participavam de competições de esgrima e equitação nos</p><p>torneios e justas, buscando “enobrecer o homem e fazê-lo forte e apto” (RAMOS,</p><p>1982, p. 23). Exercícios naturais, como jogos simples e de caça e pesca, também</p><p>eram praticados nesse período.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>Figura 6 – Preparação para as Cruzadas na Idade Média</p><p>Descrição da Imagem: a figura representa homens da Idade Média na preparação para as Cruzadas. Ela traz quatro</p><p>figuras, duas na parte superior e duas na inferior. A primeira imagem na parte superior, do lado esquerdo, é um</p><p>homem em pé, vestido com uma armadura medieval, com uma toga por cima, na qual há uma cruz desenhada no</p><p>peito. O escudo está pendurado em suas costas, e na mão direita segura um punhal. Do lado direito superior, há</p><p>um outro soldado medieval, também vestido com uma armadura e toga, que cobre o corpo todo, até o rosto, tendo</p><p>apenas um vazado em formato de cruz no rosto. Esse soldado está ajoelhado com a perna direita e apoiado no</p><p>pé esquerdo, em posição de ataque. Na mão esquerda, ele segura uma lança e na direita, um escudo triangular.</p><p>No lado esquerdo inferior, há a figura de outro soldado medieval, disposto em pé, também com armadura e uma</p><p>toga por cima, com uma cruz desenhada no peito. Sua espada está pendurada na cintura do lado direito, e com a</p><p>mão esquerda em cima da armadura (escudo), que está apoiada no chão e tem o desenho de uma cruz. No lado</p><p>direito inferior, há a quarta figura, que também é um soldado medieval, em pé, com uma armadura mais sólida</p><p>feita inteiramente de metal. Em sua mão direita, ele segura uma lança, e na direita, um escudo com uma cruz</p><p>desenhada. Fim da descrição.</p><p>Conforme afirmam Lan-</p><p>glade e Langlade (1970), o</p><p>período do Renascimento</p><p>foi marcado por uma nova</p><p>forma de pensar os exercí-</p><p>cios físicos, que permitiu a</p><p>ascensão de uma nova filo-</p><p>sofia com respeito ao cor-</p><p>po e seus cuidados. Ainda,</p><p>os autores relatam</p><p>Padrões básicos de movimento na Ginástica Artística / Fonte: adaptado de Russell e Kinsman</p><p>(1986 apud NUNOMURA;TSUKAMOTO, 2005).</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>A partir do Quadro 2, podemos compreender que o atleta, na execução dos di-</p><p>ferentes elementos ginásticos, terá que aterrissar de diferentes formas, buscando</p><p>sempre uma região de maior contato com o solo e que lhe dê segurança. Nas</p><p>posições estáticas, focar o centro de gravidade e a base de apoio do corpo, seja</p><p>em apoio, suspensão ou equilíbrio, assim como nos deslocamentos, indo de um</p><p>ponto a outro e focando o centro de gravidade. Nas rotações, sempre aplicando</p><p>força o mais distante possível do centro de gravidade. Nos saltos, dirigir a força</p><p>nas direções desejadas, e nos balanços, deixar o corpo reagir ao estímulo de im-</p><p>pulso e que gere o balanço.</p><p>Para que fique mais fácil sua compreensão sobre esses padrões de movimento,</p><p>a partir de agora falaremos de cada aparelho e traremos exemplos de como esses</p><p>padrões acontecem efetivamente na execução dos movimentos. Antes disso, é</p><p>importante conhecermos quais são os elementos corporais da Ginástica Artística:</p><p>PASSOS DE DANÇA</p><p>Caracterizam-se pelos saltos, pivôs e movimentos que remetem ao processo coreo-</p><p>gráfico, dando qualidade artística à série.</p><p>PRÉ-ACROBÁTICOS</p><p>Movimentos de inversão de eixo que, muitas vezes, preparam para um elemento acro-</p><p>bático. Exemplos: roda (estrela), rodante, rolamentos etc.</p><p>ACROBÁTICOS</p><p>Movimentos de inversão de eixo que apresentam um grau de dificuldade maior, como</p><p>os mortais, flic-flacs, reversão sem mãos etc.</p><p>NÃO ACROBÁTICOS</p><p>São os movimentos realizados para demonstrar força ou flexibilidade. Muitas vezes,</p><p>são estáticos, como as paradas de mãos, esquadros, parada de cabeça etc.</p><p>Na Ginástica Artística Feminina (GAF), temos os seguintes aparelhos:</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>■ Trave de Equilíbrio – o aparelho trave de equilíbrio exige que a ginasta</p><p>execute movimentos que demonstram sua habilidade de equilíbrio. A trave</p><p>é feita de madeira, forrada com espuma e coberta com couro. Ela mede 5</p><p>metros de comprimento, tem 10 cm de largura e fica a 1,20 m do solo. A</p><p>ginasta precisa utilizar toda a extensão do aparelho e tem o tempo de 70</p><p>a 90 segundos para executar sua série. Nesse aparelho, a ginasta executa</p><p>movimentos de aterrissagens durante as acrobacias e na entrada e saída da</p><p>trave, além de posições estáticas, deslocamentos, rotações, saltos e balanços.</p><p>■ Barras Assimétricas – nesse aparelho, a ginasta deve executar movimen-</p><p>tos de suspensões, balanços, saltos, rotações, deslocamentos e aterrissa-</p><p>gens ao sair do aparelho. A ginasta deve, obrigatoriamente, usar as duas</p><p>barras, tanto a superior quanto a inferior, executando movimentos de</p><p>passagens entre uma e outra. A largura das barras assimétricas é de 2,40</p><p>m. A barra menor tem de 1,40 m a 1,60 m, e a maior, de 2,20 m a 2,30 m,</p><p>e a distância entre uma barra e outra é de 1 m.</p><p>■ Salto sobre a mesa – esse aparelho surgiu em substituição ao cavalo,</p><p>que antes era usado para os saltos, colocado na forma longitudinal para</p><p>os saltos masculinos e transversal para os saltos femininos.</p><p>Figura 5 – Cavalo no qual os saltos eram feitos</p><p>Descrição da Imagem: esta imagem representa o aparelho cavalo, que é uma estrutura cilíndrica, disposta na</p><p>horizontal, com dois pés, um em cada extremidade. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>A partir de estudos e pesquisas, foi desenvolvida a mesa de salto, que possui a</p><p>altura de 1,20 m e uma superfície de contato bem maior para os atletas, o que</p><p>oferece mais segurança e controle para os praticantes.</p><p>A ginasta executa uma corrida de aproximação e, com o uso de um tram-</p><p>polim Reuther, faz a entrada no aparelho de frente ou de costas para a mesa, e,</p><p>utilizando-se das mãos para o apoio, realiza o salto, variando em formas e possi-</p><p>bilidades. Os padrões de movimentos usados nesse aparelho são: aterrissagens,</p><p>deslocamentos, rotações e saltos.</p><p>Figura 6 – Salto sobre a mesa</p><p>Descrição da Imagem: essa imagem representa o aparelho mesa de salto, que é uma placa quadrada disposta</p><p>horizontalmente e revestida com espuma para proteção, com um único pé em seu centro. Nesta imagem, há uma</p><p>ginasta realizando um salto. Ela se encontra em posição invertida, com as duas mãos sobre o aparelho. Fim da</p><p>descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>Figura 7 – O trampolim mais comum, com molas</p><p>Descrição da Imagem: esta imagem demonstra o trampolim e a mesa de salto. O trampolim é um aparelho em</p><p>formato de grampeador, que possui molas em seu interior para impulsão do atleta. Fim da descrição.</p><p>O solo é um dos aparelhos mais clássicos da Ginástica Artística. Ele chama a</p><p>atenção pelas diferentes possibilidades de execução realizadas pelos atletas. Nesse</p><p>aparelho, que mede 12x12, o atleta realiza movimentos de aterrissagens, movi-</p><p>mentos estáticos, deslocamentos, rotações e saltos. O solo é onde normalmente</p><p>tudo começa, onde os atletas aprendem os movimentos básicos que depois serão</p><p>utilizados nos demais aparelhos. É muito importante que a atleta use todo o espa-</p><p>ço do tablado, o uso das diagonais acontece para que o atleta tenha mais espaços</p><p>de corrida, preparação e execução dos movimentos. A ginasta tem acompanha-</p><p>mento musical e o tempo de 70 a 90 segundos para a execução da série.</p><p>Na Ginástica Artística Masculina (GAM), temos os seguintes aparelhos:</p><p>BARRA FIXA</p><p>É um aparelho que exige de seu praticante força e consciência corporal. O atleta pre-</p><p>cisa girar seu corpo diversas vezes para diferentes sentidos e com diferentes formas. A</p><p>maneira de segurar a barra também deve alterar, além de realizar trocas e retomadas</p><p>na barra. O material da barra é de aço polido, e ela possui 2,40 m de comprimento,</p><p>2,8 mm de diâmetro e fica a 2,5 m do solo, altura que permite a rotação do atleta (giro</p><p>gigante) com o corpo estendido. Nesse aparelho, o atleta realizará aterrissagens, des-</p><p>locamentos, rotações, saltos e balanços.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>BARRAS PARALELAS</p><p>Esse aparelho exige bastante força dos praticantes, principalmente dos membros</p><p>superiores, pois o atleta utilizará a força desse grupo muscular na maior parte do</p><p>tempo. Ele se caracteriza por um aparelho com duas barras de madeira ou de fibra</p><p>com 3,5 m de comprimento, e a distância entre uma barra e outra é de 42 a 52 cm. Já a</p><p>altura do aparelho é de 1,95 m do solo, altura que permite ao atleta executar seus mo-</p><p>vimentos tanto com o apoio das mãos quanto dos braços (apoio braquial). Os padrões</p><p>de movimento realizados nesse aparelho são as aterrissagens, as posições estáticas,</p><p>deslocamentos, rotações, saltos e balanços.</p><p>SALTO SOBRE A MESA</p><p>O salto sobre a mesa masculino é semelhante ao feminino, com corrida de aproxi-</p><p>mação, utilização do trampolim e entrada na mesa usando as mãos para o salto. No</p><p>entanto, a altura da mesa de salto masculina será de 1,30 m.</p><p>CAVALO COM ALÇAS</p><p>Esse aparelho também exige bastante força dos membros superiores, e a execução</p><p>dos movimentos caracteriza-se pelo controle do corpo em relação ao aparelho. Ele</p><p>tem 1,60 m de comprimento e de 35 a 37 cm de largura. É coberto de couro e fica a</p><p>1,10 m de altura. Além disso, possui duas alças de madeira de 12 cm de altura com</p><p>uma distância de 40 a 45 cm uma da outra. Os padrões de movimento executados são</p><p>aterrissagens, deslocamentos, rotações e balanços.</p><p>ARGOLAS</p><p>Os movimentos executados nesse aparelho chamam muito a atenção pela dificuldade</p><p>que eles apresentam. O atleta deve executar movimentos estáticos e dinâmicos, reali-</p><p>zando diferentes posições com o corpo. As argolas são dois anéis feitos de madeira ou</p><p>fibra de vidro com a medida de 18 cm de diâmetro externo e que ficam suspensas por</p><p>correias que estão presas a 5,5 m do solo. Já as argolas ficam a 2,5 m do solo e com</p><p>uma distância de 50 cm entre uma e outra. Os padrões de movimento desse aparelho</p><p>englobam aterrissagens, posições estáticas, rotações e balanços.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>SOLO</p><p>O solo masculino tem a mesma medida do solo feminino, entre-</p><p>tanto, o tempo de</p><p>coreografia é de 50 a 70 segundos, e não tem acompanhamento musical. A série</p><p>masculina apresenta bem mais elementos de força, e por não ter música, não possui</p><p>movimentos que remetam à dança ou expressão corporal. O atleta realiza movimentos</p><p>de aterrissagens, estáticos, deslocamentos, rotações e saltos.</p><p>EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA GINÁSTICA RÍTMICA</p><p>A Ginástica Rítmica (GR), outra modalidade olímpica, é conhecida pela sua</p><p>graciosidade, elegância, expressividade, movimentos de grande flexibilidade e</p><p>manejo de aparelhos. Essas características têm a ver com o objetivo que motivou o</p><p>surgimento dessa modalidade: a valorização da mulher. De acordo com Marinho</p><p>(1979), apesar de hoje ser praticada também por homens, de forma não oficial, a</p><p>GR teve origem como uma possibilidade de atividade para as mulheres, até então</p><p>impedidas de praticar ginástica e outras manifestações esportivas.</p><p>Para compreendermos melhor como aconteceu esse processo, é preciso que</p><p>retomemos algumas informações já discutidas, que relatam a sistematização da</p><p>Ginástica. Vimos que, no século XIX, a Ginástica teve um grande desenvolvimen-</p><p>to gerado pelas Escolas de Ginástica (alemã, nórdica e francesa), certo? Vimos</p><p>também que as ideias dessas escolas sofreram transformações no século XX,</p><p>quando emergiram os chamados Movimento do Centro (Escola Alemã), Mo-</p><p>vimento do Norte (Escola Nórdica) e Movimento do Oeste (Escola Francesa).</p><p>Afirmam Langlade e Langlade (1970) que foi justamente o Movimento do Centro</p><p>que deu fundamentos ao surgimento da Ginástica Rítmica.</p><p>O Movimento do Centro era composto por duas manifestações: a artístico-</p><p>rítmico-pedagógica e a técnico-pedagógica. De acordo com Oliveira et al. (1988),</p><p>a manifestação artístico-rítmico-pedagógica, também chamada de tendência</p><p>musical, é que deu base para a consolidação da Ginástica Rítmica, ao proporcionar</p><p>a integração das artes na Educação Física.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>A criação desse método ginástico recebeu contribuições de diversos estudiosos</p><p>de diferentes países, que estavam ligados a quatro diferentes correntes, conforme</p><p>afirma Peuker (1974): a corrente pedagógica, a corrente da arte cênica, a corrente</p><p>da dança e a corrente da música. Falaremos brevemente sobre os pensadores que</p><p>mais se destacaram em cada corrente.</p><p>De acordo com os autores Peuker (1974) e Barbosa-Rinaldi et al. (2009), na</p><p>corrente pedagógica, podemos evidenciar:</p><p>JEAN-JACQUES ROUSSEAU (1712-1778)</p><p>Filósofo e pedagogo alemão que considerava a educação do corpo como parte da</p><p>educação total do indivíduo.</p><p>BASEDOW (1723-1790)</p><p>Alemão que inspirava-se em Rousseau, interessava-se pelos aspectos educacionais</p><p>da Educação Física e que deu início à ginástica natural.</p><p>SALZMAN (1744-1811)</p><p>Também alemão e seguidor das ideias de Basedow, fundador de uma escola onde se</p><p>priorizava a Educação Física.</p><p>PESTALOZZI (1746-1827)</p><p>O primeiro a considerar corpo, espírito e alma como um todo inseparável e indivisível.</p><p>GUTS MUTHS (1959-1839)</p><p>Austríaco, considera- do o pai da ginástica pedagógica e que criou um sistema de</p><p>Ginástica inspirado na filosofia e nos exercícios da Grécia Antiga.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>PER HENRIK LING (1776-1839)</p><p>Criador do método da ginástica sueca, em que a verdadeira educação ginástica de-</p><p>veria atender às necessidades morais e corporais, e que dedicava atenção à correção</p><p>postural, à flexibilidade da articulações e relaxamento neuromuscular.</p><p>HILMA JALNAKEN (1889-1964)</p><p>Professora finlandesa que contribuiu para a difusão das ideias da ginástica feminina na</p><p>Finlândia.</p><p>Na corrente da arte cênica, temos como principais representantes: François Del-</p><p>sart (1811-1871), francês, autor da teoria que diz que há uma influência mútua</p><p>entre espírito e atividade física, criador da ginástica expressionista, que influen-</p><p>ciou a expressividade da Ginástica atual; Genevieve Stebbins (1857-1934), ameri-</p><p>cana, difundiu as ideias de Delsart em seu país, criadora da ginástica respiratória</p><p>europeia, que implica três elementos básicos: respiração, tensão e relaxamento;</p><p>Hedwig Kallmeyer (1864-1960), alemã, aluna de Genevieve que introduziu na</p><p>Alemanha os conhecimentos adquiridos com a professora.</p><p>Na corrente da dança, foram importantes: Jean-George Noverre (1727-1810),</p><p>autor das Cartas sobre a dança e os ballets, que se apresenta contrário aos exces-</p><p>sos de rigidez do ballet clássico; Isadora Duncan (1878-1927), americana conhe-</p><p>cida como a “dançarina dos pés descalços”, buscou a libertação do formalismo</p><p>da dança clássica, expressando-se com movimentos naturais, expressivos e ins-</p><p>pirados nas linhas gregas, trazendo uma nova concepção à dança; Rudolf Laban</p><p>(1879-1958), austro-húngaro, objetivou reconstruir o estudo da coreografia em</p><p>linguagem especial do espírito, corpo e alma, que até então era limitado a uma</p><p>linguagem simplesmente corporal, trouxe uma nova forma de expressão para</p><p>a Ginástica enquanto arte; Mary Wigman (1886-1973), professora de dança na</p><p>Alemanha que criou uma forma de dança com movimentos naturais e simples.</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>Figura 8 – Laban / Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9iBKKJ-</p><p>qpQJJo1aApMjmkH_ww4fNAzfvmpfsZLZ1A9fyAkDFmcSyaF5w20AJEHaH2IH3zqoOAjsT3xKN-</p><p>Z1Vc2nHqXy0iNTBqlc3NtR1i9t9EgqDwpgQk0vnqnvFnk5dCA8gWhov0hXN-_3/s1600/laban+y+bailari-</p><p>nes.jpg. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: esta imagem é uma foto das aulas de Laban. No lado esquerdo da foto, aparece Rudolf</p><p>Laban em pé, ministrando uma aula, e no lado direito, há seis pessoas realizando a aula, cada uma com uma</p><p>posição de pernas e braços diferentes. Fim da descrição.</p><p>Figura 9 – Isadora Duncan / Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-</p><p>-MRCpznl1xvxRGXy0F9UoUh4TKtNWONpLJxQUNHqf_LJBZUZpiwfSoRHLqYvX73YRZ-nwuKUv6PzZDR-</p><p>07Va5F3xXFFB2E55h0a2-b9MeDMNZS-CvmgkExE9l9zwGKJugQFK-pd0oOvoE/s1600/isadora+duncan.</p><p>jpg. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: esta imagem é uma foto da bailarina Isadora Duncan. Na foto, ele se encontra em uma</p><p>posição de dança, apoiada sobre sua perna direita, e sua perna esquerda alongada lateralmente, com o tronco</p><p>inclinado para a esquerda e braços cruzados à frente. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>Na corrente da música, evidenciamos, de acordo com Peuker (1974) e Barbosa-</p><p>Rinaldi et al. (2009):</p><p>JACQUES DALCROZE (1865-1950)</p><p>Professor de música e compositor alemão, criador da euritimia, trouxe valiosas con-</p><p>tribuições à Ginástica com suas ideias de relacionamento entre ritmo ginástico, ritmo</p><p>musical e suas possibilidades de alternância. Desenvolveu o instinto ritmo e métrico</p><p>musical, em um método que buscava fazer do corpo um instrumento de expressão</p><p>estética. Influenciou não só o ensino da música, mas também a formação de escolas</p><p>de dança e o desenvolvimento da Educação Física.</p><p>RUDOLF BODE (1881-1971)</p><p>Alemão considerado o fundador dos princípios básicos da GR, dentre eles a ideia</p><p>de movimento orgânico, o trabalho de contração e relaxamento, a totalidade do</p><p>movimento considerando o corporal e o espiritual. Deu mais importância ao exercício</p><p>corporal, colocando a música a serviço deste e utilizando ações em grupos.</p><p>HEINRICH MEDAU (1890-1974)</p><p>Foi estudante na escola de Bode, estabeleceu a diferença entre exercícios rítmicos e</p><p>métricos, deu importância aos exercícios respiratórios e boa formação postural. Intro-</p><p>duziu aparelhos manuais como bolas, arcos e maças para aprimorar o sentido rítmico,</p><p>com ênfase no acompanhamento musical.</p><p>ELLI BJÖRKESTÉN (1870- 1947)</p><p>Finlandesa, professora de Ginástica na faculdade de Helsinki, apresentou movimentos</p><p>de caráter rítmico, estético e expressivo, influenciando a ginástica neosueca, que era</p><p>rígida e mecânica.</p><p>ELIN FALK (1872-1942)</p><p>Também influenciou a ginástica neosueca levando movimentos mais livres e naturais</p><p>para a ginástica infantil, aliando ritmo, naturalidade e relaxamento.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>MAJA CARLQUIST (1884-1968)</p><p>Finlandesa que deu continuidade às ideias de Falk e que contribuiu</p><p>para o caráter</p><p>interpretativo da Ginástica.</p><p>Conforme afirma Peuker (1974), foi a partir da contribuição desses pensadores</p><p>de diferentes correntes que algumas manifestações gímnicas se desenvolveram,</p><p>assim como a Ginástica Rítmica, um sistema ginástico destinado à mulher, basea-</p><p>do em movimentos orgânicos, rítmicos e dinâmicos e, de acordo com Paoliello</p><p>e Toledo (2010, p. 25):</p><p>“ [...] não possuía caráter competitivo, assim como os demais métodos</p><p>europeus de ginástica, mas de prática de atividade física sistemati-</p><p>zada, visando não à comparação de performance, mas ao condicio-</p><p>namento, à disciplina e à estética do corpo, entre outros objetivos.</p><p>Quando falamos em movimentos orgânicos, estamos nos referindo a um sistema</p><p>em que há a participação do corpo em sua totalidade. De acordo com Peuker</p><p>(1974), a realização desses movimentos deve acontecer de forma fluida, ou seja,</p><p>sem fragmentações, e, dessa maneira, a sua dinâmica deve ser rítmica e não orien-</p><p>tada por uma contagem métrica e rígida.</p><p>O processo para que a GR se tornasse uma modalidade reconhecida e única</p><p>foi marcado por alguns acontecimentos. O seu processo de sistematização se</p><p>iniciou em 1948, na primeira competição organizada pela antiga União Soviéti-</p><p>ca. Em 1951, foi criada a Liga Internacional de Ginástica Moderna (LIGIM) por</p><p>Heinrich Medau, em Viena, a fim de difundir a prática. Assim, a GR (na época</p><p>Ginástica Moderna) estava sendo inserida por meio de apresentações em even-</p><p>tos de Ginástica e fazendo parte das competições de Ginástica Artística, como</p><p>aconteceu nos Jogos Olímpicos de Londres e nos Jogos Olímpicos de Helsinki, em</p><p>1952, até ser abolida nos Jogos de Melbourne, em 1956. Entretanto, os encontros</p><p>internacionais continuaram a ser realizados, até que, em 1962, no Campeonato</p><p>Mundial de Ginástica Artística em Praga, foram feitas demonstrações que chama-</p><p>ram a atenção a ponto da Federação Internacional de Ginástica (FIG), em 1962,</p><p>a reconhecer como uma modalidade independente.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>De acordo com os autores Barbosa-Rinaldi et al. (2009) e Langlade e Langlade</p><p>(1970), o primeiro Campeonato Mundial de Ginástica Moderna aconteceu em</p><p>dezembro de 1963, na Hungria. O código de pontuação, no entanto (ou seja, as</p><p>regras da modalidade), foi publicado apenas em 1970 pela FIG.</p><p>Vale ressaltar que, quando a GR surgiu, foi inicialmente denominada Ginástica</p><p>Moderna (1963), e passou por outras nomenclaturas como Ginástica Rítmica</p><p>Moderna (1972) e Ginástica Rítmica Desportiva (1975). Afirmam Barbosa-Rinaldi</p><p>et al. (2009) que foi a partir de 1997 que a Federação Internacional de Ginástica</p><p>(FIG) tornou oficial o nome Ginástica Rítmica, ao considerar redundante a menção</p><p>desportiva, por se tratar de uma modalidade competitiva de qualquer forma, além</p><p>de criar uma padronização com outras denominações gímnicas, como a Ginástica</p><p>Artística, com apenas dois nomes.</p><p>A Ginástica Rítmica (GR) começou a ser difundida no Brasil por cursos ministra-</p><p>dos pela professora austríaca Margareth Fröhlich, em 1953 e 1954, promovidos pelo</p><p>Departamento de Esportes do Estado de São Paulo, com assistência da professora</p><p>da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Erica Saur. No entanto, a prin-</p><p>cipal divulgadora da modalidade foi a húngara Ilona Peuker, por meio de cursos e</p><p>demonstrações em diversas cidades. De acordo com Publio (1998), foi a partir daí</p><p>que a Ginástica Moderna passou a ser desenvolvida na área estudantil, incentivando</p><p>a formação de grupos de elite, como o pioneiro Grupo Unido de Ginastas (GUG) e</p><p>a realização da primeira competição, em 1968, pela Federação Carioca de Ginástica.</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>Figura 10 – GUG / Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYDJnbCFt-</p><p>SY5ul_o_PYBY7ze8IdZP9_oMMsCneahVKXGdNJqgP3Sa4vFElT6qYbHC3yeK7OXZhf32PkgwtfG8snyd-</p><p>NzNPkyhdaxxX-6ZAaX4su2pjdWEi-ZAoXRtST0lFAi3WjBTFtM4g/s1600/1957+-++demonstracao+gym-</p><p>naestrada+coco.jpg. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: esta imagem é uma foto de sete ginastas, dispostas uma ao lado da outra, formando um</p><p>meio círculo. Elas estão em pé, com as pernas cruzadas e braços alongados acima da cabeça, segurando metade</p><p>de um coco em cada mão. Fim da descrição.</p><p>Afirmam os autores Santos et al. (2010) que a criação da Confederação Brasileira</p><p>de Ginástica (CBG), em 1978, permitiu que a modalidade evoluísse no país. Em</p><p>1984, o Brasil foi representado pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Los</p><p>Angeles, ano em que a GR se tornou modalidade olímpica, na categoria indivi-</p><p>dual, pela ginasta Rosane Favilla Ferreira, do Rio de Janeiro. O Brasil teve, até o</p><p>presente, cinco participações em Jogos Olímpicos na categoria de conjuntos: em</p><p>Sydney, 2000, Atenas, 2004, Beijing, 2008, Rio de Janeiro, 2016 e Tóquio 2020. Em</p><p>2016, como país sede, o Brasil foi representado também na categoria individual.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>CARACTERÍSTICAS DA GINÁSTICA RÍTMICA</p><p>Vimos que o desenvolvimento da Ginástica Rítmica</p><p>foi resultante de um processo de inserção das artes</p><p>(dança, música e artes cênicas) e da pedagogia no</p><p>campo da Educação Física. Como resultado dessa</p><p>interação, a Ginástica Rítmica se consolidou como uma modalidade que une a</p><p>elegância do ballet e o drama do teatro acompanhada da interpretação da música</p><p>que orienta o ritmo e a intensidade dos movimentos que compõem a série, que</p><p>é como é chamada a coreografia (FIG, 2023).</p><p>Durante a sua apresentação, a ginasta deve demonstrar aos árbitros (juízes</p><p>que a avaliam) e ao público a polidez de movimentos com grau elevado de fle-</p><p>xibilidade, além de força e agilidade, aliados ao domínio de um dos seus apare-</p><p>lhos manuais: arco, bola, maças e fita (a corda é considerada um aparelho oficial</p><p>apenas para as categorias iniciantes). Os movimentos arriscados realizados com</p><p>esses aparelhos, manuseados de diversas formas, sendo lançados ao ar enquanto</p><p>a ginasta realiza saltos e movimentos acrobáticos sem deixar de recuperá-los de</p><p>formas inusitadas, tornam essa modalidade dinâmica e desafiadora.</p><p>Atualmente, a GR tem competições consideradas oficiais pela FIG e de-</p><p>mais órgãos a ela subordinados, apenas femininas. Alguns países asiáticos e</p><p>europeus já apresentam a manifestação de GR masculina, com competições</p><p>há mais de 10 anos, porém não oficiais. Em se tratando das competições</p><p>oficiais, portanto, femininas, existem provas individuais e em conjunto. Na</p><p>categoria individual, a ginasta deve apresentar quatro séries diferentes, uma</p><p>com cada aparelho. Para os conjuntos, formados por cinco ginastas, devem</p><p>ser apresentadas duas séries, uma com as ginastas usando cinco aparelhos</p><p>iguais (por exemplo: cinco fitas) e outra série mista, em que dois tipos de apa-</p><p>relhos são usados, na proporção 2 e 3 (por exemplo: duas bolas e três arcos)</p><p>(FIG, 2023). No entanto, o regulamento pode alterar o formato da competição,</p><p>dependendo da categoria e do nível em que acontece.</p><p>A elegância do</p><p>ballet e o drama do</p><p>teatro</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Figura 11 – Conjunto</p><p>Descrição da Imagem: a imagem é uma foto de um conjunto composto por cinco ginastas, sendo que três delas</p><p>está segurando o aparelho bola, e duas estão com o aparelho fita. Todas estão realizando o mesmo movimento,</p><p>que é uma rotação do pivot passé. Fim da descrição.</p><p>Figura 12 – Conjunto Misto</p><p>Descrição da Imagem: a imagem é uma foto de um conjunto misto, composto por cinco ginastas. Na foto, quatro</p><p>ginastas seguram duas fitas entrelaçadas, com uma bola suspensa, e uma ginasta está segurando as outras duas</p><p>bolas, uma em cada mão, em uma pose. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>Figura 13 – Individual / Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=3rkcZk6OKsE&list=PL6yZW8ycvVW-</p><p>qPdmFJJ1YM9jxvNtJxpj7O&index=3. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: esta imagem é uma foto de uma ginasta de individual, em uma pose com o aparelho arco.</p><p>Ela está em pé, com uma perna na frente da outra, segurando o arco acima da cabeça. Fim da descrição.</p><p>Podemos destacar como os principais</p><p>pilares que caracterizam a GR: os ele- mentos</p><p>corporais, a manipulação de aparelhos e o acompanhamento musical. Para melhor</p><p>visualizar esses aspectos, apresentamos o quadro desenvolvido por Barbosa-</p><p>Rinaldi et al. (2009).</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>CARACTERÍSTICAS DE GINÁSTICA RÍTMICA</p><p>MANIPULAÇÃO</p><p>DE APARELHOS</p><p>Manifestação com possibilidades de dinâmica, de criatividade,</p><p>de ludicidade com características próprias.</p><p>ACOMPANHAMENTO</p><p>MUSICAL</p><p>ELEMENTOS</p><p>CORPORAIS</p><p>Figura 14 – Características da Ginástica Rítmica / Fonte: Barbosa-Rinaldi et al. (2009, p. 25).</p><p>Descrição da Imagem: esta imagem apresenta, em cinco quadros, as características da Ginástica Rítmica. No</p><p>primeiro quadro, centralizado superiormente, está escrito “Características da Ginástica Rítmica”. O segundo quadro,</p><p>na segunda fileira do lado esquerdo, está ligado ao primeiro e escrito “Manipulação de aparelhos”. Já o segundo,</p><p>que está centralizado abaixo do primeiro, está escrito “Elementos Corporais”, e o terceiro quadro, na segunda</p><p>fileira do lado direito, está descrito “Acompanhamento Musical”. Os três estão ligados ao primeiro quadro, e com</p><p>setas apontando para o quadro da terceira linha, que está escrito: “Manifestação com possibilidades de dinâmica,</p><p>de criatividade, de ludicidade com características próprias. Fim da descrição.</p><p>A Figura 14 apresenta os elementos que, em conjunto, tornam a GR uma ma-</p><p>nifestação com inúmeras possibilidades, permitindo o uso da criatividade na</p><p>composição das séries, além de poder ser trabalhada de forma lúdica, sendo ade-</p><p>quada a ambientes educacionais. De acordo com Barros e Nedialcova (1999),</p><p>essa atividade contribui para o desenvolvimento da locomoção, manipulação,</p><p>tônus corporais, organização espaço-temporal, coordenação óculo-segmentar,</p><p>equilíbrio, coordenação da dinâmica geral e ritmo.</p><p>Para compreendermos com mais profundidade cada um desses elementos,</p><p>iremos abordá-los a seguir.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>Elementos corporais e manejo de aparelhos da ginástica</p><p>rítmica</p><p>Como vimos, a Ginástica Rítmica possui oficialmente cinco aparelhos: a corda,</p><p>o arco, as maças, a bola e a fita. Nas competições internacionais, são utilizados</p><p>quatro: o arco, a bola, as maças e a fita, pois a corda, há algum tempo, tornou-se</p><p>apenas obrigatória nas categorias de base. No processo de iniciação esportiva,</p><p>ou na educação física escolar, devemos explorar ao máximo todos os aparelhos,</p><p>além de utilizar aparelhos não oficiais. É muito interessante para as aulas por sua</p><p>grande contribuição para o desenvolvimento dos alunos.</p><p>Cada um dos aparelhos da GR permite a realização de uma variedade de</p><p>movimentos de acordo com suas formas e especificidades, conforme apresenta</p><p>o Quadro 3.</p><p>CORDA ARCO BOLA MAÇAS FITA</p><p>Lançamen-</p><p>tos</p><p>Lançamen-</p><p>tos</p><p>Lançamen-</p><p>tos</p><p>Lançamen-</p><p>tos</p><p>Lançamen-</p><p>tos</p><p>Recupera-</p><p>ções</p><p>Recupera-</p><p>ções</p><p>Recupera-</p><p>ções</p><p>Recupera-</p><p>ções</p><p>Recupera-</p><p>ções</p><p>Circundu-</p><p>ções</p><p>Circundu-</p><p>ções</p><p>Circundu-</p><p>ções</p><p>Circundu-</p><p>ções</p><p>Circundu-</p><p>ções</p><p>Movimentos</p><p>em oito</p><p>Movimentos</p><p>em oito</p><p>Movimentos</p><p>em oito</p><p>Movimentos</p><p>em oito</p><p>Movimentos</p><p>em oito</p><p>Rotações Rotações Rotações Rotações -</p><p>Passagens</p><p>por dentro</p><p>e sobre o</p><p>aparelho</p><p>Passagens</p><p>por dentro</p><p>e sobre o</p><p>aparelho</p><p>Passagens</p><p>sobre o apa-</p><p>relho</p><p>Passagens</p><p>sobre o apa-</p><p>relho</p><p>Passagens</p><p>por dentro</p><p>e sobre o</p><p>desenho da</p><p>fita</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>CORDA ARCO BOLA MAÇAS FITA</p><p>Escapadas</p><p>(Échappes)</p><p>Rolamentos Rolamentos Rolamentos</p><p>Rolamento</p><p>do estilete</p><p>Espirais - Quicadas Molinetes Serpentinas</p><p>- - -</p><p>Movimentos</p><p>Assimétricos</p><p>Espirais</p><p>- - - - Echappés</p><p>- - - - Boomerang</p><p>Quadro 3 – Movimentos técnicos dos aparelhos / Fonte: adaptado de FIG (2023).</p><p>Podemos perceber, pelo Quadro 3, que alguns movimentos são comuns entre</p><p>todos os aparelhos, assim como há alguns outros que são comuns a dois ou mais</p><p>aparelhos, como, por exemplo, as passagens por dentro, que são realizadas com</p><p>a corda, o arco e também com a fita, ou então as escapadas (échappes), que são</p><p>feitas com a corda e com a fita. Trataremos a seguir sobre os movimentos técnicos</p><p>que são comuns aos cinco aparelhos:</p><p>LANÇAMENTOS</p><p>São movimentos em que o aparelho é lançado ao ar podendo fazer uma trajetória</p><p>vertical ou de parábola, sendo impulsionado em diferentes planos e direções (se</p><p>a forma do aparelho permitir). É possível lançar com uma das mãos iniciando o</p><p>movimento com um balanceio, direcionando o aparelho para frente, assim como se</p><p>pode impulsioná-lo lateralmente ou por trás das costas. No caso do arco e das maças,</p><p>ainda podem ser lançados no plano longitudinal (como se estivesse deitado). Outras</p><p>partes do corpo podem realizar o lançamento, como, por exemplo, o pé. No caso das</p><p>maças, por se tratar de dois aparelhos idênticos usados simultaneamente, pode-se</p><p>lançar apenas uma ou as duas.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>RECUPERAÇÕES</p><p>São movimentos que dependem dos lançamentos. Após lançado ao ar, a ginasta deve</p><p>recuperar o aparelho de alguma forma. Pode ser com a mão, com as pernas, com</p><p>mais de uma parte do corpo ao mesmo tempo, além de ser possível recuperá-lo em</p><p>rotação, seja nas mãos, nos pés, no pescoço – se a forma do aparelho permitir (ex.:</p><p>arco) – e por preensão (ex.: bola recuperada entre os dois pés). Os aparelhos ainda</p><p>podem ser recuperados passando-se através de seu centro, deixando que ele caia</p><p>sobre o corpo ou, então, buscando-o durante a sua trajetória, realizando um salto, por</p><p>exemplo (no caso do arco). Pode ser utilizada muita criatividade em relação às formas</p><p>de se recuperar o aparelho, tornando o movimento desafiador.</p><p>BALANCEIOS</p><p>São movimentos em que o aparelho é seguro por uma mão ou por ambas, realizando</p><p>um balanço que realiza uma trajetória de “U” imaginário no ar. Podem ser realizados</p><p>em diferentes planos.</p><p>CIRCUNDUÇÕES</p><p>São movimentos em que o aparelho realiza a trajetória de um grande círculo como</p><p>consequência da circundução do braço (movimento tem como eixo central o ombro).</p><p>Essa circundução pode ser realizada em diferentes planos e direções.</p><p>MOVIMENTO EM OITO</p><p>São movimentos em que o aparelho, seguro pela mão, percorre uma trajetória que</p><p>realiza um “8” no ar. Semelhante à circundução, porém realizando dois círculos de</p><p>tamanho iguais em níveis diferentes, ou lados diferentes do corpo.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>A partir do conhecimento adquirido sobre a ginástica e sua evolução histórica,</p><p>você pode perceber como a combinação de teoria e prática é crucial para o de-</p><p>senvolvimento profissional. Assim como na ginástica, onde a prática contínua e</p><p>a compreensão teórica são fundamentais para o aperfeiçoamento e sucesso, no</p><p>ambiente profissional, a integração entre conhecimento teórico e experiência</p><p>prática é essencial para a construção de uma carreira sólida e bem-sucedida. A</p><p>prática constante permite o desenvolvimento de habilidades específicas, enquan-</p><p>to a teoria proporciona a base necessária para entender e aplicar essas habilidades</p><p>de maneira eficaz e inovadora.</p><p>Essa analogia entre a ginástica e o desenvolvimento profissional oferece so-</p><p>luções para as problematizações iniciais, como a necessidade de adaptação às</p><p>mudanças e o desenvolvimento contínuo. No contexto da ginástica, os atletas</p><p>constantemente enfrentam novos desafios, adaptam-se a diferentes técnicas e</p><p>buscam a excelência através do treinamento rigoroso e do estudo das melhores</p><p>práticas. No mercado de trabalho, essas competências são igualmente valorizadas.</p><p>A experiência adquirida através da experimentação e reflexão sobre a ginástica</p><p>pode inspirar os estudantes a adotar uma abordagem proativa em suas carreiras,</p><p>buscando constantemente novos conhecimentos e habilidades. Assim, ao unirem</p><p>a prática e a teoria, os estudantes estarão melhor preparados para enfrentar os</p><p>desafios do mercado de trabalho, destacando-se por sua resiliência, capacidade</p><p>de adaptação e dedicação ao desenvolvimento profissional contínuo.</p><p>Figura 15 – Balanceios</p><p>Descrição da Imagem: na imagem, a atleta realiza o movimento de balanceio à frente do corpo, com a bola segura</p><p>na sua</p><p>mão direita. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>1. Os jogos olímpicos são, sem dúvida, o maior evento esportivo do mundo, pois é a única</p><p>competição global e multiesportiva. Atualmente, os jogos olímpicos contam com a partici-</p><p>pação de mais de 200 países, que estão presentes nas edições de verão e inverno, e possui</p><p>mais de 60 modalidades esportivas em seu programa olímpico.</p><p>Quando foi registrada a primeira edição dos jogos olímpicos?</p><p>a) Em 776 a. C, na Grécia.</p><p>b) Em 500 a. C., em Alexandria.</p><p>c) Em 200 a. C., em Mileto.</p><p>d) Em 375 a. C., em Roma.</p><p>e) Em 866 a. C., em Delfos.</p><p>2. A primeira modalidade gímnica a participar dos Jogos Olímpicos foi a Ginástica Artística, que</p><p>esteve presente desde a primeira edição da Era Moderna, em 1896. Nessa edição, da qual</p><p>apenas homens podiam participar, somente atletas de cinco países estiveram presentes,</p><p>disputando as provas de cavalo com alças, argolas, barra fixa, barra paralela, escalada de</p><p>corda e salto sobre a mesa.</p><p>Quando e onde ocorreu a primeira participação de mulheres em jogos olímpicos?</p><p>a) Em 1960, em Roma.</p><p>b) Em 1980, em Moscou.</p><p>c) Em 1932, em Los Angeles.</p><p>d) Em 1972, em Munique.</p><p>e) Em 1928, em Amsterdã.</p><p>3. Johann Friedrich Ludwig Jahn, nascido em 1778 e falecido em 1852, foi um educador, pa-</p><p>triota e importante figura na história alemã do século XIX. Apesar de ter sido inicialmente</p><p>perseguido e preso pelas autoridades prussianas devido às suas ideias nacionalistas, Jahn</p><p>se tornou uma figura venerada na Alemanha do século XIX e é lembrado até hoje.</p><p>Como ele é conhecido?</p><p>a) Pai do atletismo.</p><p>b) Pai da ginástica.</p><p>c) Pioneiro da natação.</p><p>d) Inventor da yoga alemã.</p><p>e) Pai do boxe moderno.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BARBOSA-RINALDI, P. et al. Ginástica rítmica: aspectos histórico-culturais e técnico-metodoló-</p><p>gicos dos aparelhos. Maringá: Eduem, 2009.</p><p>BARBOSA-RINALDI, P. et al. Ginástica rítmica: história, características, elementos corporais e</p><p>música. Maringá: Eduem, 2009.</p><p>BARNEY, R. K. Friedrich Ludwig Jahn Revisited. A report on the international Jahn Symposium.</p><p>Journal of Physical Education and Recreation, v. 50, n. 3, p. 58, 1979.</p><p>BARROS, D.; NEDIALCOVA, G. T. Os principais passos da ginástica rítmica. Rio de Janeiro: Grupo</p><p>Palestra Sports. 1999.</p><p>COB – COMITÊ OLÍMPICO DO BRASIL. Esportes. 2022. Disponível em: https://www.cob.org.br/</p><p>pt/cob/time-brasil/esportes. Acesso em: 30 ago. 2022.</p><p>COI – COMITÊ OLÍMPICO INTERNACIONAL. Jogos Olímpicos. 2022. Disponível em: https://</p><p>olympics. com/pt/olympic-games. Acesso em: 30 ago. 2022.</p><p>FIG – FEDERATION INTERNATIONALE DE GYMNASTIQUE. Gimnasia Rítmica, Lausanne, 2023.</p><p>Disponível em: https://www.gymnastics.sport/site/discipline.php?disc=4. Acesso em: 30 ago.</p><p>2022.</p><p>LANGLADE, A.; LANGLADE, N. R de. Teoria general de la gimnasia. Buenos Aires: Stadium, 1970.</p><p>MARINHO, I. P. História da educação física no Brasil. São Paulo: CIA Brasil, 1979.</p><p>NUNOMURA, M.; TSUKAMOTO, M. H. Fundamentos da ginástica artística. In: NUNOMURA, M.;</p><p>NISTA-PICOLLO, V. L. (orgs.). Compreendendo a Ginástica Artística. São Paulo: Phorte, 2005, p.</p><p>37- 58.</p><p>NUNOMURA, M.; TSUKAMOTO, M. H. Fundamentos das ginásticas. 1. ed. Jundiaí: Fontoura,</p><p>2009.</p><p>PAOLIELLO, E.; TOLEDO, E. (orgs.). Possibilidades da ginástica rítmica. São Paulo: Phorte, 2010.</p><p>PEUKER, I. Ginástica moderna sem aparelhos. Rio de Janeiro: Fórum, 1974.</p><p>PUBLIO, N. S. Evolução histórica da ginástica olímpica. São Paulo: Phorte, 2005.</p><p>PUBLIO, N. S. Origem da ginástica olímpica. In: NUNOMURA, M.; NISTA-PICCOLO, V. L. (orgs.).</p><p>Compreendendo a ginástica artística. São Paulo: Phorte, 2005, p. 15-26.</p><p>QUEIROZ, I.; PATÚ, E. L. G.; PEIXOTO, C. M. S. História e evolução dos jogos olímpicos. Cadernos</p><p>Ômega, Recife, v. 2, n. 2, p. 207-214, dez. 1978.</p><p>SANTOS, E. V. N. dos; LOURENÇO, M. R. A.; GAIO, R. Composição coreográfica em ginástica</p><p>rítmica. Londrina: Fontoura, 2010.</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>VARGAS, C. R. Campeonatos mundiais de ginástica rítmica como tendência de pódio para</p><p>os jogos olímpicos: análise do ciclo 2009-2012 e 2013-2016. Trabalho de conclusão de curso-</p><p>bacharelado – Educação Física. Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio</p><p>Claro – Rio Claro, 2017.</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>1. Alternativa A.</p><p>A primeira edição dos jogos olímpicos foi registrada em 776 a.C., na Grécia, e, posteriormen-</p><p>te, aconteciam a cada quatro anos, até 393 d.C., sendo proibidos pelo imperador romano</p><p>Theodosius ao perder o território grego, e esse período foi denominado de Jogos Olímpicos</p><p>da Antiguidade.</p><p>2. Alternativa E.</p><p>A participação das mulheres nas provas da Ginástica Artística dos Jogos Olímpicos foi apenas</p><p>em 1928, em Amsterdã, sendo que competiam em apenas uma única prova por equipes.</p><p>3. Alternativa B.</p><p>Jahn faleceu em 1852, mas não demorou para ser reconhecido e, atualmente, para alguns</p><p>alemães, Jahn permanece como um herói confiável e legendário do passado. Publio, basean-</p><p>do-se nas palavras de Barney (1979), destaca que “a memória de Jahn sobrevive até hoje,</p><p>por mais de dois séculos, e como tal, qualifica-o como ‘Pai da Ginástica’ para ser admirado</p><p>em proporções realmente heroicas”.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>MINHAS METAS</p><p>OS APARELHOS DA GINÁSTICA</p><p>RÍTMICA</p><p>Identificar e selecionar a corda adequada com base no material, diâmetro e tamanho correto.</p><p>Executar corretamente os movimentos de rotações, passagem por dentro, escapada,</p><p>espirais e véus com a corda.</p><p>Selecionar e manusear corretamente o arco.</p><p>Realizar movimentos de rotações, passagens por dentro e por cima e rolamentos com o arco.</p><p>Selecionar e manusear corretamente a bola.</p><p>Executar movimentos de rolamentos, quicadas, rotações, equilíbrios instáveis e transmis-</p><p>sões com a bola.</p><p>Manusear corretamente as maças.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 5</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>A prática de atividades físicas na Educação Infantil é fundamental não apenas</p><p>para o desenvolvimento motor das crianças, mas também para o seu crescimento</p><p>cognitivo, emocional e social. No contexto da Ginástica Rítmica, o manuseio</p><p>de aparelhos como corda, arco, bola e maças pode parecer um desafio técnico</p><p>distante da realidade cotidiana dos estudantes. No entanto, é justamente essa</p><p>complexidade que oferece uma rica oportunidade de aprendizado e crescimento,</p><p>tanto pessoal quanto profissional.</p><p>Muitos estudantes, ao ingressarem no curso de Educação Física, podem se de-</p><p>parar com a percepção de que a Ginástica Rítmica é uma modalidade altamente</p><p>técnica e, talvez, inacessível. Como futuros profissionais, a habilidade de ensinar</p><p>e motivar crianças a dominarem esses aparelhos pode parecer uma tarefa</p><p>desafiadora. Essa problemática é relevante, pois a confiança e a competência</p><p>dos educadores são fundamentais para o sucesso das práticas pedagógicas e para</p><p>a motivação dos alunos.</p><p>Entender a significação da Ginástica Rítmica e de seus aparelhos vai além da</p><p>execução de movimentos precisos. Trata-se de compreender o valor educativo</p><p>desses exercícios, que promovem coordenação motora, disciplina, criatividade</p><p>e autoconfiança. Cada aparelho – corda, arco, bola e maças – não é apenas um</p><p>instrumento de ginástica, mas uma ferramenta pedagógica que facilita o desen-</p><p>volvimento integral da criança. Reconhecer essa significação é crucial para que</p><p>os futuros educadores possam incorporar essas práticas de forma eficaz em seu</p><p>repertório pedagógico.</p><p>A experimentação prática é uma etapa indispensável no processo de forma-</p><p>ção dos estudantes. Manusear a corda, realizar rotações com o arco, equilibrar a</p><p>bola e coordenar movimentos com as maças são experiências que permitem aos</p><p>futuros educadores vivenciarem os desafios e as possibilidades de ensino. Através</p><p>dessa experimentação, os estudantes desenvolvem habilidades técnicas e peda-</p><p>gógicas, compreendendo na prática como essas atividades podem ser adaptadas</p><p>e aplicadas em diferentes contextos educacionais.</p><p>Finalmente, a reflexão sobre essas práticas é essencial para consolidar o</p><p>aprendizado. Ao refletirem sobre suas experiências com os aparelhos da Ginás-</p><p>tica Rítmica, os estudantes podem avaliar suas próprias dificuldades, progressos</p><p>e estratégias de ensino. Essa autoavaliação crítica é um componente vital do de-</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>senvolvimento profissional, pois permite que os futuros educadores ajustem suas</p><p>abordagens pedagógicas, aprimorem suas habilidades e se tornem mais eficazes</p><p>na promoção do desenvolvimento integral de seus alunos.</p><p>Ao integrarmos a Ginástica Rítmica no currículo de Educação Física, esta-</p><p>mos proporcionando aos estudantes uma oportunidade única de crescimento</p><p>profissional, preparando-os para enfrentar desafios e cultivar competências que</p><p>serão fundamentais em sua carreira educacional.</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>A CORDA</p><p>Conforme afirmam Barbosa-Rinaldi et al. (2009), a</p><p>corda deve ser leve e flexível, normalmente feita de</p><p>polipropileno ou nylon, mas, para efeito de aprendi-</p><p>zagem, pode-se utilizar as de cânhamo. O seu diâme-</p><p>tro deve ser uniforme e não deve haver empunhadu-</p><p>ra nas pontas. O ideal é que o tamanho da corda seja adequado à altura do aluno</p><p>(pisando-se com os dois pés no centro da corda, segura-se uma ponta com cada</p><p>mão e estas pontas devem alcançar os ombros).</p><p>O ideal é que o</p><p>tamanho da corda</p><p>seja adequado à</p><p>altura do aluno</p><p>1</p><p>4</p><p>4</p><p>Figura 1 – Medida da corda / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-escolar-au-</p><p>tores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-nakashi-</p><p>ma.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem é uma foto de uma atleta disposta em pé, com as pernas unidas. Na foto, a</p><p>atleta está pisando no centro da corda, e segurando as suas pontas, uma em cada mão, na frente de seus ombros.</p><p>Fim da descrição.</p><p>A corda é utilizada com um nó em cada extremidade, para impedir que escape</p><p>facilmente das mãos. É por essas extremidades que deve ser segurada durante o</p><p>seu manuseio para a maior parte dos movimentos que podem ser executados.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>4</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Figura 2 – Empunhadura correta / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-escolar-</p><p>-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-na-</p><p>kashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem possui duas fotos que demonstram a empunhadura correta. Uma foto é da atleta</p><p>em pé, segurando o aparelho corda corretamente, pela sua extremidade, e a outra é da mão atleta, segurando o</p><p>aparelho corda corretamente. Fim da descrição.</p><p>Figura 3 – Empunhadura incorreta / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-esco-</p><p>lar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-na-</p><p>kashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem possui duas fotos que demonstram a empunhadura incorreta. Uma é da mão</p><p>da atleta segurando o aparelho corda de forma incorreta, deixando a extremidade pendurada, e na outra, a corda</p><p>está enrolada na mão da atleta. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>Além dos movimentos já citados como possibilidade de todos os aparelhos, com</p><p>a corda, ainda é possível realizar:</p><p>■ Rotações: são movimentos em que a corda desenha um círculo no ar,</p><p>tendo como eixo a mão que está segurando uma ponta, ou as duas pontas</p><p>juntas (corda dobrada ao meio, por exemplo), bem como pode ser segura</p><p>com a mão em seu centro.</p><p>Figura 4 – Rotação da corda – frente / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-es-</p><p>colar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-</p><p>-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem possui três fotos da atleta realizando a rotação da corda à frente do corpo, sendo</p><p>que ela se encontra em pé, com as pernas unidas, com seu braço direito à frente, segurando as duas pontas da</p><p>corda e realizando a rotação, e seu braço direito está alongado lateralmente. Fim da descrição.</p><p>Figura 5 – Rotação da corda – acima / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-es-</p><p>colar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-</p><p>-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem possui três fotos da atleta realizando a rotação da corda acima da cabeça,</p><p>sendo que ela se encontra em pé, com as pernas unidas, com seu braço direito acima da cabeça, segurando as</p><p>duas pontas da corda e realizando a rotação, e seu braço direito está alongado lateralmente. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Figura 6 – Rotação da corda – lateral / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-es-</p><p>colar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-</p><p>-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem possui três fotos da atleta realizando a rotação da corda ao lado do corpo, sendo</p><p>que ela se encontra em pé, com as pernas unidas, com seu braço direito à frente, segurando as duas pontas da</p><p>corda e realizando a rotação ao lado, e seu braço direito está alongado lateralmente. Fim da descrição.</p><p>■ Passagem por dentro: é o movimento em</p><p>que a corda, sendo segura com cada mão em</p><p>uma extremidade, forma um desenho de “U”</p><p>e a ginasta passa por dentro, realizando uma</p><p>forma de andar, um saltito, um salto, dentre</p><p>outras posições corporais que permitem esse</p><p>movimento da corda. Pode-se utilizar tam-</p><p>bém corda dobrada em mais partes, dimi-</p><p>nuindo o espaço de passagem do corpo.</p><p>1</p><p>4</p><p>8</p><p>Figura 7 – Passagem por dentro da corda / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-</p><p>-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soa-</p><p>res-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem:a imagem traz cinco fotos da atleta realizando um movimento de passagem por</p><p>dentro da corda. A corda está suspensa por ambas as mãos, sendo uma ponta em cada mão, e a atleta está</p><p>pulando a corda, girando de trás para frente, passando por dentro do desenho da corda, em um saltito.</p><p>Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>4</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>■ Escapada (échappes): é o movimento em que uma das pontas da corda</p><p>é solta propositalmente, descrevendo uma trajetória no ar e retornando</p><p>para a mão da ginasta.</p><p>Figura 8 – Escapada da corda / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-escolar-au-</p><p>tores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-nakashi-</p><p>ma.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem traz cinco fotos da atleta realizando um movimento de escapada da corda, nos</p><p>quais ela segura uma ponta em cada mão, à frente e lateralmente ao corpo. Em seguida, ela passa a corda para</p><p>trás por cima da cabeça, coloca o braço esquerdo dobrado atrás das costas e solta a ponta da mão esquerda. Essa</p><p>ponta faz uma trajetória para frente, até chegar novamente na mão. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>■ Espirais: são movimentos em que a corda desenha mais de um círculo</p><p>no ar com toda a sua extensão, sendo segura por uma das mãos. Pode</p><p>iniciar como uma escapada, porém, antes de retornar à mão, são descritos</p><p>movimentos de espirais. Além desses movimentos, é possível utilizar</p><p>a corda de outras maneiras, por exemplo, realizando enrolamentos ao</p><p>redor do corpo, batidas da ponta no solo e demais possibilidades que a</p><p>criatividade permitir.</p><p>■ Véus: com uma ponta da corda em cada mão, serão realizados movi-</p><p>mentos de rotação com a corda passando bilateralmente, realizando uma</p><p>trajetória em “8” no ar. É importante o movimento de cruzar e descruzar</p><p>os braços para a realização correta.</p><p>Figura 9 – Véu / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-escolar-autores-professor-</p><p>-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-nakashima.html#show_</p><p>full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: esta imagem possui cinco fotos de frente, que representam a atleta realizando o movi-</p><p>mento de véu, girando a corda lateralmente, com uma ponta da corda em cada mão, passando pelos dois lados</p><p>do corpo. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Figura 10 – Véu Lateral / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-escolar-autores-</p><p>-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-nakashima.ht-</p><p>ml#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: esta imagem possui cinco fotos de lado, que representam a atleta realizando o movimento</p><p>de véu, girando a corda lateralmente, com uma ponta da corda em cada mão, passando pelos dois lados do corpo.</p><p>Fim da descrição.</p><p>O ARCO</p><p>O arco é um aparelho que tem familiaridade com o universo infantil. Chamado</p><p>popularmente de bambolê, é um objeto que faz parte das brincadeiras das crian-</p><p>ças, sendo lúdico e possibilitando a exploração de diferentes movimentos. Assim,</p><p>também, como aparelho oficial da GR, o arco é um aparelho com uma grande</p><p>variedade de formas de manuseio. Conforme afirmam Barbosa-Rinaldi et al.</p><p>(2009), o seu formato é redondo, com tamanho variado, uma vez que depende</p><p>da altura do praticante para ser adequado. Oficialmente, deve possuir o diâmetro</p><p>entre 80 e 90 cm, mas, para as crianças, pode ser de 60 a 75 cm. Antigamente, era</p><p>feito de madeira, e, hoje, o material mais comum é o plástico PVC com resistência</p><p>que não permita a sua deformação durante a utilização.</p><p>■ Rotações: são movimentos em que o arco realiza giros que podem</p><p>ser ao redor de um eixo corporal: ao redor de uma mão ou das duas</p><p>mãos unidas, da cintura, das pernas, dos pés, do pescoço, entre outras</p><p>partes do corpo; ou ao redor do seu próprio eixo: no solo ou sobre uma</p><p>parte do corpo (palma da mão, peitoral, barriga e costas). Ao iniciar a</p><p>aprendizagem da rotação, esta deve ser realizada com o arco apoiado na</p><p>mão, jamais no punho.</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>Figura 11 – Rotações do arco apoio</p><p>correto / Fonte: https://docplayer.</p><p>com.br/72855326-Disciplina-gi-</p><p>nastica-escolar-autores-professor-</p><p>-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-</p><p>-miranda-professora-mestre-fernan-</p><p>da-soares-nakashima.html#show_</p><p>full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem</p><p>representa, por meio de foto, a</p><p>forma correta de se apoiar o arco</p><p>durante uma rotação. A foto é da</p><p>mão direita da atleta, que está</p><p>aberta, no qual o arco está sus-</p><p>penso e apoiado entre o polegar</p><p>e o indicador. Fim da descrição.</p><p>Figura 12 – Rotações do arco apoio</p><p>incorreto / Fonte: https://docplayer.</p><p>com.br/72855326-Disciplina-gi-</p><p>nastica-escolar-autores-professor-</p><p>-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-</p><p>-miranda-professora-mestre-fernan-</p><p>da-soares-nakashima.html#show_</p><p>full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem</p><p>representa, por meio de foto, a</p><p>forma incorreta de se apoiar o</p><p>arco durante uma rotação. A foto</p><p>é da mão e antebraço direito da</p><p>atleta, na qual o arco está suspen-</p><p>so e apoiado no antebraço. Fim da</p><p>descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Figura 13 – Rotação do arco – frontal / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-es-</p><p>colar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-</p><p>-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem possui cinco fotos que representam a rotação à frente, do arco na mão direita da</p><p>atleta. A atleta se encontra com os pés unidos, braço direito alongado à frente, realizando a rotação, e o esquerdo</p><p>alongado ao lado do corpo. Fim da descrição.</p><p>Figura 14 – Rotação do arco – acima / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-es-</p><p>colar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-</p><p>-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem possui cinco fotos que representam a rotação acima da cabeça, do arco na mão</p><p>direita da atleta. A atleta se encontra com os pés unidos, braço direito alongado acima da cabeça, realizando a</p><p>rotação, e o esquerdo alongado ao lado do corpo. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>5</p><p>4</p><p>Figura 15 – Rotação do arco – lateral / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-es-</p><p>colar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-</p><p>-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem possui cinco fotos que representam a rotação ao lado do arco, na mão direita da</p><p>atleta. A atleta se encontra com os pés unidos, braço direito alongado à frente, realizando a rotação lateralmente,</p><p>e o esquerdo alongado ao lado do corpo. Fim da descrição.</p><p>Figura 16 – Rotação do arco à frente – plano horizontal / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Dis-</p><p>ciplina-ginastica-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mes-</p><p>tre-fernanda-soares-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem possui quatro fotos que representam a rotação na horizontal do arco, na mão</p><p>direita da atleta. A atleta se encontra com os pés unidos, braço direito alongado à frente, e tronco inclinado à</p><p>frente, realizando a rotação horizontalmente, abaixo do braço direito, e o esquerdo flexionado, com a mão na</p><p>cintura. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Figura 17 – Rotação do arco – pescoço / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-</p><p>-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soa-</p><p>res-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem possui cinco fotos que representam a rotação do arco no pescoço da atleta. A</p><p>atleta se encontra com os pés unidos, braços alongados ao lado do corpo, e o arco está rotacionando ao redor do</p><p>pescoço. Fim da descrição.</p><p>Figura 18 – Rotação do arco – cotovelo / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-</p><p>-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soa-</p><p>res-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem possui quatro fotos que representam a rotação do arco no cotovelo direito da</p><p>atleta. A atleta se encontra lateralmente, com os pés unidos, braço direito flexionado ao lado realizando a rotação</p><p>no cotovelo. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>Figura 19 – Rotação do arco – cintura / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-es-</p><p>colar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-</p><p>-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem possui cinco fotos que representam a rotação do arco na cintura da atleta. A</p><p>atleta se encontra com os pés unidos, braços alongados ao lado do corpo, e o arco está rotacionando ao redor da</p><p>cintura da atleta. Fim da descrição.</p><p>■ Passagens por dentro ou por cima: são movimentos em que o corpo</p><p>passa por meio do arco, podendo ser durante um passo, um saltito, um</p><p>salto, uma rotação ou um movimento corporal expressivo. A passagem</p><p>por cima é a passagem do corpo sobre o arco, o que pode ser realizado</p><p>durante um saltito ou um salto, por exemplo.</p><p>Figura 20 – Passagem por dentro do arco / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginasti-</p><p>ca-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-</p><p>-soares-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem traz cinco fotos da atleta realizando um movimento de passagem por dentro</p><p>do arco. O arco está seguro por ambas as mãos, e a atleta está entrando no arco de baixo para cima, passando</p><p>primeiro os pés, depois as pernas e tronco e, por último, tirando o arco pela cabeça. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM</p><p>5</p><p>Figura 21 – Passagem parcial do arco / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-es-</p><p>colar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-</p><p>-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem possui três fotos. Na primeira, a atleta está dentro do arco, segurando-o apenas</p><p>com a sua mão direita, na altura do quadril. Em seguida, ela sobe o arco, passando pelo tronco e cabeça, para sair</p><p>de dentro do arco. Fim da descrição.</p><p>■ Rolamentos: são movimentos em que o arco rola sobre uma superfície,</p><p>realizando uma trajetória, sustentando seu próprio peso. Essas superfícies</p><p>podem ser o solo ou o corpo. Sobre o corpo, o arco pode percorrer de uma</p><p>mão à outra, passando sobre os braços, ir dos pés às mãos passando sobre</p><p>as pernas e o peitoral, rolar sobre as costas, dentre outras possibilidades.</p><p>Figura 22 – Rolamento do arco – início / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-</p><p>-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soa-</p><p>res-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem possui quatro fotos que representam a forma como se segura no arco, bem como</p><p>a forma como se dá o início de um rolamento do arco sobre o braço. Nas duas primeiras fotos, aparece apenas a mão</p><p>direita da atleta, segurando o arco, envolvendo-o com a palma da mão e quatro dedos, sendo que, o indicador fica</p><p>estendido sobre o arco, e está realizando um movimento de balanceio do arco, subindo e descendo. As outras duas</p><p>fotos representam o início do rolamento, no qual a mão da atleta encontra-se aberta, com a palma da mão virada</p><p>para cima. Em uma foto, o arco está equilibrado sobre os dedos, e na outra, sobre a palma da mão. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>5</p><p>8</p><p>Figura 23 – Rolamento do arco – frente / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-</p><p>-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soa-</p><p>res-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa o rolamento do arco à frente, sobre os dois braços abertos lateral-</p><p>mente, passando o aparelho de uma mão à outra por meio de um grande rolamento, percorrendo o braço direito,</p><p>peito e braço esquerdo. Fim da descrição.</p><p>Figura 24 – Rolamento do arco – costas / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-</p><p>-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soa-</p><p>res-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa o rolamento do arco atrás, sobre os dois braços abertos lateralmente,</p><p>passando o aparelho de uma mão à outra, por meio de um grande rolamento, percorrendo o braço direito, ombros,</p><p>costas e braço esquerdo. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>A BOLA</p><p>A bola para uso na GR pode ser de borracha, e seu diâmetro pode variar confor-</p><p>me a idade dos alunos. De acordo com Barbosa-Rinaldi et al. (2009), oficialmente,</p><p>ela deve ter entre 18 e 20 cm de diâmetro com o peso de 400 gramas, mas para as</p><p>crianças, o ideal é 14 a 16 cm, sendo, portanto, mais leve. Deve-se tomar o cuidado</p><p>para segurar a bola apenas sustentando-a sobre a mão, sem pressioná-la com os</p><p>dedos ou contra o punho.</p><p>Figura 25 – Apoio da bola – correto</p><p>/ Fonte: https://docplayer.com.br/</p><p>72855326-Disciplina-ginastica-es-</p><p>colar-autores-professor-doutor-an-</p><p>tonio-carlos-monteiro-de-miranda-</p><p>-professora-mestre-fernanda-soa-</p><p>res-nakashima.html#show_full_text.</p><p>Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem</p><p>é uma foto que representa a for-</p><p>ma correta de se apoiar a bola. A</p><p>foto é da mão direita da atleta,</p><p>que se encontra aberta, mas com</p><p>os dedos unidos, em formato de</p><p>concha, e a bola apoiada sobre a</p><p>mão. Fim da descrição.</p><p>Figura 26 – Apoio da bola – incorreto</p><p>/ Fonte: https://docplayer.com.br/</p><p>72855326-Disciplina-ginastica-es-</p><p>colar-autores-professor-doutor-an-</p><p>tonio-carlos-monteiro-de-miranda-</p><p>-professora-mestre-fernanda-soa-</p><p>res-nakashima.html#show_full_text.</p><p>Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem</p><p>possui duas fotos que represen-</p><p>tam as formas incorretas de se</p><p>apoiar a bola. As fotos são da mão</p><p>direita da atleta, em que uma se</p><p>encontra aberta, agarrando a bola,</p><p>e a outra, aberta, mas com os de-</p><p>dos unidos, em formato de concha,</p><p>segurando a bola com o apoio do</p><p>antebraço. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>■ Rolamentos: assim como no arco, são os movimentos em que a bola</p><p>percorre uma trajetória sobre uma ou mais partes do corpo da ginasta,</p><p>por exemplo, de uma mão à outra, passando pelos braços. O importante</p><p>dos rolamentos é que não podem haver quicadas durante a sua trajetória,</p><p>pois a bola deve, de fato, rolar até chegar ao seu destino.</p><p>Figura 27 – Rolamento de bola – dois braços / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginas-</p><p>tica-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-</p><p>-soares-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: representa, em quatro fotos, o rolamento da bola sobre os dois braços. Nas fotos, a atleta</p><p>se encontra em pé, segurando a bola com as duas mãos, sobre o peito. Em seguida, ela fecha os braços à frente,</p><p>unindo os cotovelos, e puxa a bola estendendo os braços unidos, fazendo com que a bola role sobre eles até</p><p>chegar nas mãos. Fim da descrição.</p><p>Figura 28 – Rolamento de bola – um braço – frente / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-</p><p>-ginastica-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fer-</p><p>nanda-soares-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa, em quatro fotos, o rolamento da bola sobre um braço. Nas fotos,</p><p>a atleta se encontra em pé, segurando a bola com a mão direita, sobre o ombro direito. Em seguida, ela puxa a</p><p>bola estendendo o braço à frente, fazendo com que a bola role sobre ele até chegar na mão. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Figura 29 – Rolamento de bola – um braço – lateral / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-</p><p>-ginastica-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fer-</p><p>nanda-soares-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa, em quatro fotos, o rolamento da bola sobre um braço. Nas fotos,</p><p>a atleta se encontra em pé, segurando a bola com a mão direita, sobre o ombro direito. Em seguida, ela puxa a</p><p>bola estendendo o braço ao lado, fazendo com que a bola role sobre ele até chegar na mão. Fim da descrição.</p><p>Figura 30 – Rolamento de bola – costas / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-</p><p>-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soa-</p><p>res-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa, em três fotos, o rolamento da bola sobre as costas. A atleta está de</p><p>lado, em pé, com o tronco inclinado à frente, segurando a bola na nuca com as duas mãos. Em seguida, ela solta a</p><p>bola, que irá rolar livremente sobre as costas, e a segura com as duas mãos, ao final da coluna. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Figura 31 – Rolamento de bola total – frente / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginas-</p><p>tica-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-</p><p>-soares-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa o rolamento da bola à frente, sobre os dois braços abertos lateral-</p><p>mente, passando o aparelho de uma mão à outra, por meio de um grande rolamento, percorrendo o braço direito,</p><p>peito e braço esquerdo. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Figura 32 – Rolamento de bola</p><p>total – ombros / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-gi-</p><p>nastica-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernan-</p><p>da-soares-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa o rolamento da bola atrás, sobre os dois braços abertos lateralmente,</p><p>passando o aparelho de uma mão à outra, por meio de um grande rolamento, percorrendo o braço direito, ombros,</p><p>costas e braço esquerdo. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>Figura 33 – Rolamento de bola sobre o corpo no solo / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disci-</p><p>plina-ginastica-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-</p><p>-fernanda-soares-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa o rolamento da bola sobre o corpo no solo, em quatro fotos. A ginasta</p><p>se encontra deitada em decúbito dorsal, segurando a bola com os dois pés. Em seguida, ela eleva os pés, soltando</p><p>a bola para rolar sobre as pernas, tronco e braços, até chegar nas mãos. Fim da descrição.</p><p>Figura 34 – Rolamento de bola sobre o corpo no solo – costas / Fonte: https://docplayer.com.br/</p><p>72855326-Disciplina-ginastica-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-</p><p>-professora-mestre-fernanda-soares-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa o rolamento da bola sobre o corpo no solo, em três fotos. A ginasta</p><p>se encontra deitada em decúbito ventral, segurando a bola com as duas mãos na nuca. Em seguida, solta a bola</p><p>para rolar sobre o tronco e pernas, até chegar nos pés. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Figura 35 – Rolamento de bola – solo / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-es-</p><p>colar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-</p><p>-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa um rolamento da bola no solo, em quatro fotos. A atleta se encontra</p><p>ajoelhada ao solo, rolando a bola à sua frente, de uma mão para outra, no solo. Fim da descrição.</p><p>■ Quicadas: um dos movimentos mais típicos da bola é quando, impul-</p><p>sionada pela mão, pelas mãos ou outras partes do corpo, ela vai ao solo e</p><p>retorna para a ginasta. É possível, com as quicadas, executar as chamadas</p><p>“quicadas rítmicas”, quando o movimento de quicar a bola acompanha a</p><p>batida da música, produzindo som.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Figura 36 – Quicada de bola / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-escolar-au-</p><p>tores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-nakashi-</p><p>ma.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a atleta está quicando a bola no chão, à sua frente, apenas com a mão direita. Fim da</p><p>descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Figura 37 – Quicada com as duas mãos / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-</p><p>-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soa-</p><p>res-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a atleta está quicando a bola no chão, à sua frente, com as duas mãos. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>Figura 38 – Quicada com o joelho / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-esco-</p><p>lar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-na-</p><p>kashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem possui seis fotos que representam a quicada com o joelho. A atleta, inicialmente,</p><p>quica a bola com as duas mãos, no solo, em seguida, dobra a perna direita e quica novamente a bola com o joelho</p><p>direito, e finaliza segurando a bola com as duas mãos. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>■ Rotações: as rotações da bola são realizadas com um impulso de uma ou</p><p>das duas mãos, provocando um movimento de giro ao redor do próprio</p><p>eixo da bola. Essa rotação pode ser feita, por exemplo, sobre a palma da</p><p>mão ou sobre o peito.</p><p>Figura 39 – Rotação de bola na mão / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-es-</p><p>colar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-</p><p>-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem possui duas fotos que representam a rotação da bola no próprio eixo, sobre a</p><p>palma da mão. Na primeira foto, a atleta está segurando a bola com a mão direita, para dar o impulso do giro, e na</p><p>segunda foto, a mão está aberta, com a bola girando sobre a palma da mão. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Figura 40 – Rotação de bola – solo / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-esco-</p><p>lar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-na-</p><p>kashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa a rotação da bola no solo, em três fotos. A atleta está ajoelhada,</p><p>com a bola apoiada sobre o solo à sua frente. Com a mão direita, ela dá o impulso na parte superior da bola, para</p><p>girar em seu próprio eixo. Fim da descrição.</p><p>Outros movimentos que são típicos da bola são o equilíbrio instável, quando se</p><p>apoia a bola sobre uma parte do corpo em uma posição em que ela seja mantida</p><p>sem a ajuda das mãos ou sendo segurada de forma arriscada, por exemplo, com</p><p>a coluna; e a transmissão, que é realizada quando a bola é passada de uma mão</p><p>para a outra, com elementos que dificultem essa passagem, por exemplo: por trás</p><p>das costas, por baixo da perna durante um salto ou quando essa transmissão é</p><p>feita de uma parte do corpo a outra, sem uso das mãos.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Figura 41 – Equilíbrio instável / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-escolar-</p><p>-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-na-</p><p>kashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem é uma foto na qual a atleta se encontra com as pernas unidas e semiflexionadas,</p><p>e com o tronco inclinado à frente, equilibrando a bola entre as escápulas, e com os braços abertos lateralmente.</p><p>Fim da descrição.</p><p>AS MAÇAS</p><p>As maças são os únicos aparelhos que são usados em par na GR. São dois bastões</p><p>com um formato específico que medem de 40 a 50 cm e pesam 150 g, aproxi-</p><p>madamente, cada um. Podem ser de plástico ou, como antigamente, de madeira.</p><p>A forma correta de segurar a maça é pela bolinha que fica na sua extremidade,</p><p>chamada de “cabeça”. A outra extremidade, mais larga, é o “corpo”.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Figura 42 – Segurando a maça – correto / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-</p><p>-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soa-</p><p>res-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa a forma correta de segurar o aparelho maça. É uma foto da mão direita</p><p>da atleta, segurando a cabeça do aparelho, com a mão fechada, envolvendo-a com os dedos. Fim da descrição.</p><p>Figura 43 – Segurando a maça – incorreto / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginas-</p><p>tica-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-</p><p>-soares-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa a forma incorreta de segurar o aparelho maça. É uma foto da mão</p><p>direita da atleta, segurando a cabeça do aparelho com a mão aberta, entre o indicador e dedo médio. Fim da</p><p>descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Alguns outros movimentos específicos possíveis de se realizar com as maças são:</p><p>■ Pequenos círculos: são movimentos em que a maça realiza a trajetória</p><p>de pequenos círculos no ar, sendo segura pela cabeça. Pode-se</p><p>executar</p><p>essa rotação em diferentes planos, com uma maça apenas ou com ambas</p><p>(sendo segura uma em cada mão).</p><p>Figura 44 – Pequenos círculos com maças – frontal / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Discipli-</p><p>na-ginastica-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-</p><p>-fernanda-soares-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa um pequeno círculo com as maças à frente do corpo, por meio de</p><p>quatro fotos. A atleta encontra-se em pé, com os pés e pernas unidas, e sua mão esquerda na cintura. A mão</p><p>direita está segurando uma maça pela cabeça e realizando um pequeno círculo à frente do corpo. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>Figura 45 – Pequenos círculos com duas maças – frontal / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Dis-</p><p>ciplina-ginastica-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mes-</p><p>tre-fernanda-soares-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa pequenos círculos com as duas maças à frente do corpo, por meio</p><p>de três fotos. A atleta encontra-se em pé, com os pés e pernas unidas. Cada mão está segurando uma maça pela</p><p>cabeça e realizando pequenos círculos simultaneamente, à frente do corpo. Fim da descrição.</p><p>Figura 46 – Pequenos círculos com duas maças – plano horizontal / Fonte: https://docplayer.com.br/</p><p>72855326-Disciplina-ginastica-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-</p><p>-professora-mestre-fernanda-soares-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa pequenos círculos na horizontal, em três fotos. A atleta encontra-se</p><p>em pé, lateralmente, com o braço direito estendido à frente, segurando uma maça pela cabeça, e realizando os</p><p>pequenos círculos horizontais, passando-os por cima do antebraço. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Figura 47 – Pequenos círculos com duas maças – plano horizontal / Fonte: https://docplayer.com.br/</p><p>72855326-Disciplina-ginastica-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-</p><p>-professora-mestre-fernanda-soares-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa pequenos círculos na horizontal, em três fotos. A atleta encontra-se</p><p>em pé, lateralmente, com o braço direito estendido à frente, segurando uma maça pela cabeça, e realizando os</p><p>pequenos círculos horizontais, passando-os por cima do antebraço. Fim da descrição.</p><p>Figura 48 – Pequenos círculos com maças – lateral / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-</p><p>-ginastica-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fer-</p><p>nanda-soares-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa pequenos círculos realizados lateralmente ao corpo, em três fotos.</p><p>A atleta encontra-se em pé, lateralmente, com o braço esquerdo próximo do corpo, lateralmente, segurando uma</p><p>maça pela cabeça, e realizando os pequenos círculos verticais, passando próximo ao antebraço. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>MOLINETES</p><p>Neles, são realizadas rotações em trajetória de movimentos em “8” com as duas ma-</p><p>ças simultaneamente, trabalhando-as de forma coordenada, de maneira que formem</p><p>uma movimentação dinâmica e sem que as maças batam uma na outra. Podem ser</p><p>realizados em diferentes planos.</p><p>MOVIMENTOS ASSIMÉTRICOS</p><p>Acontecem quando cada maça realiza diferentes movimentos ao mesmo tempo, em</p><p>planos, direções e níveis diferentes. Ex.: uma maça, na mão direita, realiza rotações,</p><p>enquanto a mão esquerda faz um pequeno lançamento. É possível realizar lançamen-</p><p>tos assimétricos com as maças, ou seja, uma maça é lançada sendo solta pela cabeça,</p><p>descrevendo círculos no ar, e a outra é lançada, sendo impulsionada pelo seu centro,</p><p>indo ao ar em posição horizontal.</p><p>PEQUENOS LANÇAMENTOS</p><p>São movimentos em que as maças são lançadas ao ar, sendo impulsionadas por uma</p><p>das extremidades e recuperadas a seguir. O impulso também pode ser feito pelo</p><p>centro da massa, lançando-a na posição horizontal.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Figura 49 – Pequenos lançamentos</p><p>/ Fonte: https://docplayer.com.br/</p><p>72855326-Disciplina-ginastica-es-</p><p>colar-autores-professor-doutor-an-</p><p>tonio-carlos-monteiro-de-miranda-</p><p>-professora-mestre-fernanda-soa-</p><p>res-nakashima.html#show_full_text.</p><p>Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem</p><p>representa, em cinco fotos, um pe-</p><p>queno lançamento de uma maça.</p><p>As fotos são da mão direita da atle-</p><p>ta, em que ela está segurando a</p><p>cabeça da maça com a mão semia-</p><p>berta, em seguida, dá um impulso</p><p>na maça com o polegar e o indica-</p><p>dor para realizar o lançamento. A</p><p>maça dá uma volta no ar e a atleta</p><p>recupera-a pela cabeça, com a mão</p><p>direita. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>Figura 50 – Pequenos lançamentos – duas maças / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-</p><p>-ginastica-escolar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fer-</p><p>nanda-soares-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa, em cinco fotos, um pequeno lançamento das duas maças. As fotos</p><p>são das duas mãos da atleta segurando uma maça em cada mão, pela cabeça, com as mãos semiabertas. Em</p><p>seguida, dá um impulso na maça com o polegar e o indicador para realizar os lançamentos. As maças dão uma</p><p>volta no ar e a atleta recupera-as pela cabeça, com as duas mãos. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Além dos movimentos técnicos vistos, as maças ainda podem realizar deslizamentos</p><p>– quando escorregam sobre uma parte do corpo – e batidas – quando se bate uma</p><p>maça na outra, produzindo som.</p><p>A FITA</p><p>A fita é o aparelho mais relacionado à Ginástica Rítmica pelas pessoas, pois ela</p><p>tem uma movimentação marcante e vistosa que descreve diferentes desenhos</p><p>no ar. A fita é composta de duas partes: o estilete, que é por onde a seguramos, e</p><p>a própria fita de cetim. O estilete pode ser feito de fibra de vidro ou de madeira,</p><p>tem 1 cm de diâmetro e 50 a 60 cm de comprimento. Oficialmente, a fita possui</p><p>6 metros de extensão, mas para iniciantes e crianças, aconselha-se usar em tama-</p><p>nhos menores (2 a 5 metros), para facilitar o manuseio. Alguns dos movimentos</p><p>típicos da fita são:</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>Figura 51 – Passagem por dentro do desenho da fita / Fonte:</p><p>https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-esco-</p><p>lar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miran-</p><p>da-professora-mestre-fernanda-soares-nakashima.html#show_</p><p>full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem com sete fotos representa a</p><p>passagem por dentro do desenho da fita. A atleta está em pé,</p><p>segurando o estilete da fita com a mão direita, à sua frente, e</p><p>a mão esquerda na cintura. Ela inicia o movimento passando a</p><p>fita no chão à sua frente e dando um passo por cima da fita. Em</p><p>seguida, ela continua a circundução da fita à frente, e dá outro</p><p>passo entrando no desenho de círculo realizado pela fita. Fim</p><p>da descrição.</p><p>■ Passagem por dentro do desenho da fita: movimento em que a ginasta</p><p>desenha grandes círculos no ar e passa por dentro desse desenho, seja em</p><p>um passo, em um saltito ou em um salto.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Figura 52 – Escapada / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-escolar-autores-</p><p>-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-nakashima.ht-</p><p>ml#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa o movimento de escapada, em cinco fotos. As três primeiras fotos,</p><p>que são da mão direita da atleta, demonstram como se dá o impulso do estilete. A mão da atleta está segurando</p><p>o estilete com a mão fechada, e o indicador apoiado sobre o estilete. Em seguida, ela abre a mão segurando o</p><p>estilete apenas entre o polegar e o indicado, e com a ajuda de um balanceio</p><p>que as</p><p>escolas renascentistas pro-</p><p>porcionaram o surgimen-</p><p>to de uma nova tendência</p><p>para a educação física, con-</p><p>siderando-a como parte da</p><p>educação, incluindo nos</p><p>seus programas atividades,</p><p>como equitação, corridas,</p><p>saltos, esgrimas, jogos com</p><p>bola, dentre outras, as quais</p><p>eram praticadas todos os</p><p>dias pelos alunos ao ar livre.</p><p>1</p><p>1</p><p>Os renascentistas foram influenciados pelos ideais gregos. Na Grécia Antiga, to-</p><p>das as formas de exercício físico eram chamadas de ginástica. Assim, na Idade</p><p>Moderna, o exercício físico afirma-se como componente da educação. Tal cenário</p><p>é evidenciado por Souza (1997, p. 22), ao tratar que:</p><p>“ O exercício físico na Idade Moderna, considerada simbolicamente</p><p>a partir de 1453, quando da tomada de Constantinopla pelos tur-</p><p>cos, passou a ser altamente valorizado como agente de educação.</p><p>Vários estudiosos da época, entre eles, inúmeros pedagogos, con-</p><p>tribuíram para a evolução do conhecimento da educação física</p><p>com a publicação de obras relacionadas à pedagogia, à fisiologia</p><p>e à técnica.</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Quando foi, então, que a ginástica passou a ter as características que a tornaram tal</p><p>qual a conhecemos hoje?</p><p>Para entender esse processo, remetemo-nos ao século XIX.</p><p>Vimos que ao longo da história a ginástica e os exercícios físicos foram praticados</p><p>com diferentes objetivos, como utilitarista, militarista, educacional. E hoje? O que</p><p>você pensa ser o fator motivador dos praticantes?</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>A SISTEMATIZAÇÃO DA GINÁSTICA: ESCOLAS FRANCESA,</p><p>ALEMÃ, INGLESA E NÓRDICA (OU SUECA)</p><p>Olá, estudante! Esperamos que, por meio do primeiro tópico, você tenha</p><p>conhecido um pouco de como a ginástica se desenvolveu em diferentes mo-</p><p>mentos históricos da humanidade. Neste segundo tópico, trabalhamos com</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>a sistematização da ginástica a partir do século XIX por meio das Escolas</p><p>Ginásticas Europeias, as quais nos ajudarão a entender como a ginástica que</p><p>conhecemos hoje se constituiu.</p><p>Langlade e Langlade (1970) relatam que o início do século XIX é o período</p><p>considerado como data da origem da atual ginástica. De 1800 a 1900 surge o Mo-</p><p>vimento Ginástico Europeu, composto por quatro escolas: inglesa, alemã, francesa e</p><p>nórdica (ou sueca). Os autores descrevem que o método ou Escola Inglesa, também</p><p>denominado de movimento esportivo inglês, pelo seu caráter competitivo, é um</p><p>dos métodos mais conhecidos e difundidos mundialmente. Ele não tem influência</p><p>direta no campo da ginástica, mas apresenta contribuições, sobretudo, quanto à</p><p>universalização de conceitos e à promoção da ginástica como esporte olímpico.</p><p>Suas bases estão assentadas nos jogos, na atividade atlética e no esporte.</p><p>Langlade e Langlade (1970) e Soares (2002) afirmam que é por meio das Escolas</p><p>Alemã, Francesa e Nórdica que podemos entender a sistematização da ginástica, as</p><p>quais serão tratadas a seguir. De acordo com Soares (2002), esse movimento tinha</p><p>como princípio instituir ordem e disciplina, e contribuiu para afirmar a ginástica</p><p>como parte da educação dos indivíduos, a qual era baseada na ciência, técnica e</p><p>condições políticas que se consolidavam na Europa do século XIX.</p><p>Referente à Escola Alemã, Soares (2007) destaca que, por volta do ano de</p><p>1800, a Alemanha vivia um momento de busca pela união de seu território, e é</p><p>nesse contexto político que surge a Escola Ginástica Alemã, inspirada nas ideias</p><p>de Johann Bernard Basedow (1723-1790) e outros pedagogos, como Johann</p><p>Heinrich Pestalozzi (1746-1827) e Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). Soares</p><p>(2007) ressalta que, a partir do quadro instaurado, a ideologia presente era a</p><p>de que a unicidade territorial e a defesa da pátria só seriam garantidas a partir</p><p>da criação de indivíduos de espírito nacionalista, ou seja, homens e mulheres</p><p>fortes, saudáveis e vigorosos. É nesse território de intensas lutas políticas carre-</p><p>gadas de sentimento nacional que os pedagogos da Educação Física do século</p><p>XIX viveram, em especial: Johann Christoph Friedrich Guts Muths (1759-1839),</p><p>Friedrich Ludwig Jahn (1778-1852) e Adolf Spiess (1810-1858). O autor aponta</p><p>também que, além de contribuírem para a formação de um Estado alemão, as</p><p>lutas políticas, sociais e econômicas da Alemanha influenciaram para que tam-</p><p>bém deixassem uma herança para o mundo da Educação Física por meio de suas</p><p>formas especiais de exercitação.</p><p>1</p><p>8</p><p>Figura 7 – O Turner – ginástica alemã</p><p>Fonte: https://de.wikipedia.org/wiki/Datei:Turner_1895.jpg. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a figura intitulada O Turner representa a ginástica alemã. Ela apresenta quatro cenas. A</p><p>primeira, do lado superior esquerdo, mostra vários atletas em um ambiente com alguns materiais de grande porte,</p><p>como cavalo e barras paralelas, o qual possui um ginasta em cada um dos aparelhos, realizando movimentos, e os</p><p>demais estão ao redor, aguardando para utilizá-los. A segunda cena, no canto superior direito, demonstra diversos</p><p>atletas ao redor de um aparelho de grande porte, parecido com as barras paralelas, no entanto, em vez de duas</p><p>barras, são três. Nesse aparelho, há quatro pessoas, realizando exercícios de suspensão, de forma idêntica. Logo</p><p>abaixo, há um círculo que, no seu interior, estão evidenciados os atletas, dispostos em colunas, uma de frente</p><p>para a outra. Na coluna do lado esquerdo, os atletas estão ajoelhados, alongando os braços acima da cabeça,</p><p>e na do lado direito, os atletas estão com uma perna à frente da outra, a da frente flexionada, e com os braços</p><p>alongados à frente do corpo. No canto inferior esquerdo, a cena representa um batalhão do exército alemão. Ao</p><p>lado, no centro da figura, há um brasão em formato de escudo, com uma cruz desenhada no meio, e atrás, há os</p><p>galhos e folhas de uma árvore. À sua direita, há a representação de um prédio de dois andares. Fim da descrição.</p><p>Basedow, ao criar seu Philanthropinum, em 1774, escola fundada nas ideias de</p><p>Rousseau, criou o primeiro programa moderno de educação física a partir de</p><p>exercícios de corrida, marcha, jogos, bola, peteca, natação, arco e flecha etc. Em</p><p>1784, surge uma outra escola semelhante a essa, na qual Guts Muths assume aulas</p><p>de ginástica, desenvolvendo, conforme afirma Betti (1991), um novo método</p><p>conhecido por “ginástica natural” ou “método natural”. Sendo assim, sob a in-</p><p>fluência de Guts Muths (1759-1839), o Pai da Ginástica Pedagógica, surge, no iní-</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>cio do século XIX, a Escola Alemã, a qual marca, até os dias de hoje, importantes</p><p>transformações na área da educação física e contribuições no campo da ginástica.</p><p>Figura 8 – Praticantes de ginástica natural / Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Boys_swim-</p><p>ming_outdoors_Wellcome_L0045255.jpg. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a figura representa os praticantes de ginástica natural em meio à natureza. O desenho</p><p>mostra quatro pessoas se banhando em um lago. Uma quinta pessoa, à esquerda do lago, está em cima de uma</p><p>pedra, preparando-se para pular, e outras seis estão ao redor da água, na qual há três pessoas sentadas e outras</p><p>três em pé. Ao fundo, há diversas árvores, bem como uma paisagem de montanhas. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>Soares (2007) afirma que, para Guths Muths, a importância</p><p>da fisiologia e da prática voltada à constituição de cada indiví-</p><p>duo era um fator fundamental na constituição da ginástica na</p><p>Alemanha. De acordo com Tesche (2001), o trabalho de Guts</p><p>Muths no ensino da educação física e da ginástica fez dele um</p><p>nome importante para a área. Seu conhecimento na área da</p><p>filosofia, artes e ciências, além de suas habilidades em traba-</p><p>lhos manuais e em ginástica, fez com que ele percebesse a im-</p><p>portância e a necessidade de a educação física ser praticada de</p><p>acordo com as leis fisiológicas e conhecimentos de anatomia.</p><p>O pedagogo Friederich Ludwing Jahn, considerado como</p><p>a figura mais representativa da Escola Alemã, trouxe contri-</p><p>buições significativas. Marinho (1958) e Ramos (1982) afir-</p><p>mam</p><p>de braço, com o polegar ela empurra</p><p>a ponta do estilete para baixo, e sua outra extremidade para cima, soltando-o em um lançamento. As duas últimas</p><p>fotos são do movimento em si, com a atleta ajoelhada, realizando o impulso do estilete com a mão direita e recupe-</p><p>rando-o com a mão esquerda. Entre o lançar e recuperar, a fita faz um desenho de círculo no ar. Fim da descrição.</p><p>■ Escapadas (échappes): são os movimentos de soltura do estilete ao ar. A</p><p>fita, como consequência desse movimento, segue a trajetória do estilete,</p><p>formando desenhos no ar. O impulso é dado pelo polegar pressionando</p><p>a extremidade do estilete, com um grande balanceio do braço.</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>Figura 53 – Espirais / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-escolar-autores-</p><p>-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-nakashima.ht-</p><p>ml#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: esta imagem é uma foto da atleta, que se encontra em pé, com os pés e pernas unidos,</p><p>realizando o espiral com a mão direita à frente, e mão esquerda na cintura. Fim da descrição.</p><p>■ Espirais: são os movimentos em que são desenhados vários círculos simul-</p><p>tâneos nos ar. Estes podem ser feitos em diferentes direções, planos e níveis.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>■ Serpentinas: é quando são desenhados movimentos de zigue-zague com</p><p>a fita no ar. Deve-se movimentar bem rapidamente para que se formem</p><p>várias pontas no ar.</p><p>Figura 54 – Serpentina / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-escolar-autores-</p><p>-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-nakashima.ht-</p><p>ml#show_full_text. Acesso em: 1º jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: esta imagem é uma foto da atleta, que se encontra em pé, com os pés e pernas unidos,</p><p>realizando a serpentina com a mão direita à frente e mão esquerda na cintura. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>8</p><p>4</p><p>Ginástica Rítmica: ensinando corda, arco e bola</p><p>Autor: Luciane Maria de Oliveira Bernardi e Márcia Regina Aver-</p><p>sani Lourenço</p><p>Editora: Fontoura</p><p>Sinopse: A realização de elementos corporais aliados ao ma-</p><p>nejo dos aparelhos e ao acompanhamento musical exige um</p><p>trabalho harmonioso desde a iniciação. Possibilitar a com-</p><p>preensão das técnicas de manejo para seu desenvolvimento</p><p>de forma correta e eficaz é um grande desafio. Assim, na inicia-</p><p>ção esportiva de manejos dos aparelhos oficiais da Ginástica</p><p>Rítmica, relacionados ou não à exigência do código, necessita-</p><p>mos da organização de processos pedagógicos para que as gi-</p><p>nastas possam ter um aprendizado facilitado e eficaz na prática</p><p>dos manejos e, posteriormente, uma correta execução desses</p><p>mesmos elementos nas fases de treinamento e competição.</p><p>Essa obra apresenta informações quanto às características dos</p><p>aparelhos corda, arco e bola e, na sequência, a metodologia</p><p>de ensino com cada aparelho, com o objetivo de ensinar o ma-</p><p>nuseio técnico com diversas ilustrações que acompanham as</p><p>explicações, auxiliando no entendimento dos movimentos.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>8</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>Ao final deste tema de aprendizagem sobre a Ginástica Rítmica e o manuseio de</p><p>aparelhos, é possível perceber uma integração profunda entre teoria e prática,</p><p>essencial para a formação dos futuros profissionais de Educação Física. As pro-</p><p>blematizações iniciais, que envolviam a percepção de complexidade e a falta de</p><p>confiança em ensinar Ginástica Rítmica, foram gradualmente desmistificadas</p><p>através de uma abordagem pedagógica abrangente.</p><p>Ao manusear os aparelhos – corda, arco, bola e maças – os estudantes não</p><p>apenas aprimoraram suas habilidades técnicas, mas também desenvolvem es-</p><p>tratégias pedagógicas adaptativas. As atividades práticas, alinhadas com os con-</p><p>ceitos teóricos abordados, permitem uma aplicação direta do conhecimento em</p><p>contextos reais de ensino. No mercado de trabalho, essa experiência prática é</p><p>extremamente valiosa, pois capacita os futuros educadores a desenvolverem pro-</p><p>gramas de ensino dinâmicos e inclusivos, capazes de engajar e motivar crianças</p><p>de diversas idades e habilidades.</p><p>O mercado de trabalho para profissionais de Educação Física está em cons-</p><p>tante evolução, com uma demanda crescente por educadores capacitados que</p><p>possam integrar práticas inovadoras e eficazes em seus currículos. A formação</p><p>robusta em Ginástica Rítmica, combinando teoria, prática e reflexão, posiciona</p><p>os estudantes como candidatos altamente qualificados para oportunidades de</p><p>trabalho em escolas, academias, centros de recreação e programas de desenvol-</p><p>vimento infantil. Ao dominar tanto os aspectos técnicos quanto pedagógicos da</p><p>Ginástica Rítmica, esses futuros profissionais estarão preparados para enfrentar</p><p>os desafios do mercado e contribuir significativamente para o desenvolvimento</p><p>integral de seus alunos.</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>1. A corda é utilizada com um nó em cada extremidade, para impedir que escape facilmente</p><p>das mãos. É por essas extremidades que deve ser segurada durante o seu manuseio para</p><p>a maior parte dos movimentos que podem ser executados.</p><p>Como deve ser a corda?</p><p>a) Firme e resistente.</p><p>b) Curta e elástica.</p><p>c) Leve e flexível.</p><p>d) Longa e durável.</p><p>e) Espessa e robusta.</p><p>2. A criatividade permite utilizar a corda de muitas maneiras, como realizando enrolamentos</p><p>ao redor do corpo, batidas da ponta no solo etc.</p><p>Como são chamados os movimentos em que a corda desenha mais de um círculo no ar com</p><p>toda a sua extensão, sendo segurada por uma das mãos e iniciando como uma escapada,</p><p>porém, antes de retornar à mão, são descritos com movimentos que se assemelham a uma</p><p>curva tridimensional?</p><p>a) Espirais.</p><p>b) Véus.</p><p>c) Escapada.</p><p>d) Passagem por dentro.</p><p>e) Rotações.</p><p>3. A bola para uso na GR pode ser de borracha, e seu diâmetro pode variar conforme a idade</p><p>dos alunos. Oficialmente, ela deve ter entre 18 e 20 cm de diâmetro com o peso de 400</p><p>gramas. No entanto, para as crianças, ela precisa ser mais leve.</p><p>Qual seria o diâmetro ideal para as crianças?</p><p>a) 14 a 16 cm.</p><p>b) 13 a 15 cm.</p><p>c) 10 a 13 cm.</p><p>d) 15 a 17 cm.</p><p>e) 11 a 14 cm.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BARBOSA-RINALDI, I. P.; PACÍFICO, T. A.; TEIXEIRA, R. T. S. Ginástica Rítmica: história, caracterís-</p><p>ticas, elementos corporais e música. Maringá: Eduem, 2009.</p><p>1</p><p>8</p><p>8</p><p>1. Alternativa C.</p><p>Conforme afirmam Barbosa-Rinaldi et al. (2009), a corda deve ser leve e flexível, normal-</p><p>mente feita de polipropileno ou nylon, mas, para efeito de aprendizagem, pode-se utilizar</p><p>as de cânhamo.</p><p>2. Alternativa A.</p><p>Espirais: são movimentos em que a corda desenha mais de um círculo no ar com toda a</p><p>sua extensão, sendo segura por uma das mãos. Pode iniciar como uma escapada, porém,</p><p>antes de retornar à mão, são descritos movimentos de espirais. Além desses movimentos,</p><p>é possível utilizar a corda de outras maneiras, por exemplo, realizando enrolamentos ao</p><p>redor do corpo, batidas da ponta no solo e demais possibilidades que a criatividade permitir.</p><p>3. Alternativa A.</p><p>De acordo com Barbosa-Rinaldi et al. (2009), oficialmente ela deve ter entre 18 e 20 cm de</p><p>diâmetro com o peso de 400 gramas, mas para as crianças, o ideal é 14 a 16 cm, sendo,</p><p>portanto, mais leve.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>8</p><p>9</p><p>MINHAS METAS</p><p>ELEMENTOS CORPORAIS DA</p><p>GINÁSTICA RÍTMICA</p><p>Identificar os elementos corporais fundamentais da Ginástica Rítmica, compreendendo a</p><p>divisão em saltos, equilíbrios e rotações.</p><p>Descrever os diferentes tipos de saltos na Ginástica Rítmica, reconhecendo suas caracte-</p><p>rísticas e fases de execução.</p><p>Explicar as formas básicas de equilíbrio na Ginástica Rítmica, incluindo as posições e a</p><p>execução correta de cada uma.</p><p>Entender as rotações na Ginástica Rítmica, especificando as posições e os movimentos</p><p>necessários para realizar pivots e outros giros.</p><p>Reconhecer a importância do acompanhamento musical na Ginástica Rítmica, destacan-</p><p>do como ele influencia a expressividade e a coordenação dos movimentos.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 6</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>A Ginástica Rítmica (GR) é uma modalidade que se destaca pela sua combinação</p><p>única de movimentos corporais, expressão artística e acompanhamento musical.</p><p>Em meio a essa intricada dança entre corpo e música, os elementos corporais as-</p><p>sumem um papel central, definindo não apenas a beleza estética da performance,</p><p>mas também a sua complexidade técnica. Nesse contexto, é fundamental com-</p><p>preender os elementos fundamentais da GR, que incluem os saltos, os equilíbrios,</p><p>as rotações e os pré-acrobáticos. Esses elementos não só constituem a base da</p><p>disciplina, mas também proporcionam ao praticante um repertório motor essen-</p><p>cial para a realização de movimentos mais avançados e coreografias elaboradas.</p><p>Este texto explora detalhadamente cada um desses elementos, destacando suas</p><p>características, fases de execução e importância na prática da Ginástica Rítmica.</p><p>Ao compreender a complexidade e a beleza dos elementos corporais da GR, os</p><p>profissionais e praticantes dessa modalidade estarão mais bem preparados para</p><p>explorar todo o potencial expressivo e técnico que ela oferece.</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>INTRODUÇÃO AOS ELEMENTOS CORPORAIS DA GR</p><p>Como você já sabe, as modalidades gímnicas apresentam elementos básicos que</p><p>são comuns a todas elas. Porém, existem particularidades em cada uma dessas</p><p>modalidades que fazem com que tenham características próprias e, por isso, sejam</p><p>reconhecidas como uma disciplina particular. Sendo assim, a Ginástica Rítmica</p><p>tem as suas especificidades que, além de se apresentarem pelo uso de aparelhos</p><p>manuais, também são demonstradas nos seus elementos corporais específicos.</p><p>Os elementos corporais fundamentais da Ginástica Rítmica são divididos</p><p>em três grupos de movimentos que são chamados de dificuldades: os saltos,</p><p>os equilíbrios e as rotações. Em uma série, as dificuldades estarão presentes</p><p>juntamente com outros movimentos que farão a ligação entre elas, complemen-</p><p>tando e incrementando a coreografia. Esses outros movimentos são os elementos</p><p>básicos, que são: os saltitos, os passos, as corridas, os giros, as poses, as marcações,</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>os balanceamentos e as circunduções. Ainda podem ser realizados movimentos</p><p>pré-acrobáticos e os passos de dança, tudo isso aliado ao manejo de um aparelho,</p><p>tornando o movimento completo.</p><p>Para iniciar o trabalho com a GR, assim como para</p><p>qualquer outra modalidade gímnica, é importante</p><p>que o aluno tenha aprendido os elementos corporais</p><p>básicos, para que forme um repertório motor que</p><p>permita realizar movimentos mais complexos, como</p><p>alguns que veremos a seguir.</p><p>É importante que</p><p>o aluno tenha</p><p>aprendido os</p><p>elementos corporais</p><p>básicos</p><p>OS SALTOS</p><p>Os saltos são elementos em que o corpo assume uma posição no ar, após o im-</p><p>pulso de uma ou das duas pernas. Normalmente, a realização do salto acontece</p><p>após a execução de um saltito chassé. Sendo assim, realiza-se o chassé, um pas-</p><p>so intermediário e o salto, que possui três fases: a impulsão, a fase de voo e a</p><p>aterrissagem. A GR possui uma diversidade de saltos com diferentes níveis de</p><p>dificuldade. As formas mais básicas são:</p><p>■ Saltos verticais: realizados com giros de 90 ou 180 graus, com ou sem</p><p>pernas flexionadas.</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>Figura 1 – Salto vertical / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-escolar-autores-</p><p>-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-nakashima.ht-</p><p>ml#show_full_text. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa o salto vertical, por meio de quatro fotos. A atleta inicia o movimen-</p><p>to com um passo com a perna direita e, em seguida, une os pés com as pernas flexionadas para dar o impulso.</p><p>Em seguida, realiza o salto, com pés estendidos fora do solo, joelhos estendidos e braços estendidos acima da</p><p>cabeça. Fim da descrição.</p><p>SALTOS CABRIOLE:</p><p>realizados com impulso inicial de um dos pés e buscando tocar ambos os pés no ar,</p><p>seja frontalmente, com as pernas estendidas, ou lateralmente, com as pernas semifle-</p><p>xionadas.</p><p>SALTOS TESOURA:</p><p>realizados com impulso inicial de uma perna lançada para frente e, no ar, faz-se a troca</p><p>de perna, retornando ao solo com a segunda perna. Pode ser realizado lançando-se as</p><p>pernas para trás.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>SALTO COSSACO:</p><p>realizado com impulso inicial da perna, que é lançada à frente estendida, e logo em</p><p>seguida, a segunda perna é elevada flexionada ao lado da primeira perna. O retorno</p><p>ao solo é feito primeiramente pela perna que foi lançada por último (a que estava</p><p>flexionada).</p><p>SALTOS ABERTO E CARPADO:</p><p>os saltos aberto e carpado se caracterizam pelo afastamento lateral das pernas. O</p><p>salto aberto tem impulso inicial de uma das pernas, que é lançada ao ar lateralmente,</p><p>e, logo em seguida, a segunda perna é lançada no lado oposto. O salto carpado se</p><p>inicia com impulso dos dois pés simultaneamente e as pernas são lançadas ao ar</p><p>lateralmente, juntas.</p><p>SALTO À BOUCLE:</p><p>realizado com uma das pernas sendo lançada posteriormente em direção à cabeça. A</p><p>outra perna permanece apontando para o solo, estendida, realizando impulso vertical.</p><p>Figura 2 – Salto carpado / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-escolar-auto-</p><p>res-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-nakashi-</p><p>ma.html#show_full_text. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: esta imagem representa o salto carpado. O ginasta está em fase de voo, com as duas</p><p>pernas unidas e estendidas à frente, com o tronco inclinado à frente, estendendo os braços à frente também.</p><p>Fim da descrição.</p><p>1</p><p>9</p><p>4</p><p>■ Salto de biche ou corsa: realizado com impulso de uma perna que é</p><p>lançada à frente, flexionada, e em seguida lança-se a outra para trás, es-</p><p>tendida. A retomada de apoio no solo inicia-se com a perna da frente.</p><p>Figura 3 – Salto de biche ou corsa / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-esco-</p><p>lar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-na-</p><p>kashima.html#show_full_text. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: observa-se na imagem uma foto que representa o salto de biche ou corsa. A atleta</p><p>está na fase do voo do salto, com as pernas afastadas anteroposteriormente a 180 graus. A perna direita está</p><p>flexionada à frente e a esquerda atrás, com o tronco ereto e braço esquerdo alongado à frente e direito ao lado.</p><p>Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>Figura 4 – Salto ejambeé / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-escolar-auto-</p><p>res-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-nakashi-</p><p>ma.html#show_full_text. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem é uma foto que representa a atleta realizando a fase de voo do salto ejambeé,</p><p>com as pernas afastadas anteroposteriormente a 180 graus. A perna direita está à frente, e a esquerda, atrás,</p><p>com o tronco ereto e braço esquerdo alongado à frente e direito ao lado. Fim da descrição.</p><p>■ Salto ejambeé: realizado com impulso de uma perna que é lançada à fren-</p><p>te estendida e, em seguida, lança-se a outra para trás, também estendida,</p><p>buscando criar um ângulo de 180 graus de abertura no ar. A retomada de</p><p>apoio no solo inicia-se com a perna da frente.</p><p>Existem outras variações mais complexas de saltos na GR geradas por uma flexão</p><p>do tronco para trás, rotações no ar, trocas de posição das pernas no ar que podem</p><p>ser exploradas quando o aluno já domina as formas mais básicas apresentadas.</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>OS EQUILÍBRIOS</p><p>Os equilíbrios na Ginástica Rítmica são elementos que devem mostrar uma po-</p><p>sição corporal bem definida apoiada sobre o pé em meia-ponta, sobre um pé</p><p>inteiro no chão, sobre os dois pés ou outras partes do corpo. Podemos considerar</p><p>três fases na sua execução:</p><p>■ a preparação;</p><p>■ a posição em equilíbrio; e</p><p>■ a finalização.</p><p>Existem também equilíbrios dinâmicos, em que o corpo passa por várias posições</p><p>antes</p><p>da finalização. As formas mais básicas de equilíbrio na GR são:</p><p>■ Equilíbrio em passé: uma das pernas é elevada de forma flexionada. A</p><p>perna em posição de passé pode ser elevada lateralmente ou frontalmente.</p><p>Figura 5 – Equilíbrio em passé / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-escolar-</p><p>-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-na-</p><p>kashima.html#show_full_text. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: esta imagem é uma foto que representa o equilíbrio do passé, no qual a atleta se encon-</p><p>tra na posição de equilíbrio, apoiada sobre a perna esquerda estendida, e a direita flexionada à frente com o pé</p><p>tocando o joelho esquerdo, e braços alongados lateralmente. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>■ Equilíbrio a 90 graus: uma das pernas é elevada até formar o ângulo de</p><p>90 graus em relação à perna de apoio. Essa elevação pode ser realizada</p><p>lateralmente ou frontalmente. Quando o aluno ainda não tem força sufi-</p><p>ciente para manter a perna a 90 graus, pode-se realizar a 45 graus.</p><p>Figura 6 – Equilíbrio a 90 graus / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-escolar-</p><p>-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-na-</p><p>kashima.html#show_full_text. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: esta imagem representa o equilíbrio 90 graus, por meio de uma foto. A atleta se encontra</p><p>em pé, apoiada sobre a perna esquerda, e a perna direita sustentada a 90 graus à frente, com os braços alongados</p><p>lateralmente. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>9</p><p>8</p><p>Figura 7 – Equilíbrio em arabesque / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-esco-</p><p>lar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-na-</p><p>kashima.html#show_full_text. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: esta imagem representa o equilíbrio em arabesque por meio de uma foto. A atleta se</p><p>encontra na posição de arabesque, apoiando sobre a perna direita e sustentando a perna esquerda atrás, em 90</p><p>graus, com tronco ereto e braço esquerdo alongado à frente e o direito ao lado. Fim da descrição.</p><p>■ Equilíbrio em arabesque: uma das pernas é elevada posteriormente de</p><p>forma a criar um ângulo de 90 graus com a perna de apoio. A perna deve</p><p>ser mantida estendida e o tronco não deve se projetar para frente.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>Figura 8 – Equilíbrio em perna alta / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-esco-</p><p>lar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-na-</p><p>kashima.html#show_full_text. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem, por meio de duas fotos, representa dois tipos de equilíbrio com a perna alta.</p><p>Em uma, a atleta está sobre a perna esquerda alongada, e está segurando a direita lateralmente, realizando uma</p><p>abertura de 180 graus. Na outra foto, a atleta está sobre a perna esquerda alongada, e está segurando com as</p><p>duas mãos, a perna direita à frente, realizando uma abertura de 180 graus. Fim da descrição.</p><p>■ Equilíbrio em atittude: semelhante ao equilíbrio em arabesque, porém</p><p>a perna fica flexionada com o joelho no mesmo nível de altura que o pé.</p><p>■ Equilíbrio em perna alta: nesse equilíbrio, uma das pernas deve ser</p><p>segurada pelas mãos, estendida, lateralmente ou frontalmente, de forma</p><p>que o pé fique em um nível acima da cabeça.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Figura 9 – Equilíbrio em cossaco / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-escolar-</p><p>-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-na-</p><p>kashima.html#show_full_text. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa o equilíbrio no cossaco, por meio de uma foto. A atleta está em</p><p>equilíbrio sobre o pé direito em relevé, e sua perna direita está flexionada, a ponto de se sentar sobre seu pé. A</p><p>perna esquerda está alongada à frente, com o tronco ereto e braços alongados lateralmente. Fim da descrição.</p><p>■ Equilíbrio em puxada: nesse equilíbrio, a perna é elevada posterior-</p><p>mente e segura pelas mãos. Pode ser realizado com a perna flexionada,</p><p>levando o pé em direção à cabeça.</p><p>■ Equilíbrio em cossaco: no equilíbrio cossaco, a perna de apoio fica fle-</p><p>xionada, e a outra perna se estende à frente, mantendo o joelho acima ou</p><p>na mesma altura da perna de apoio.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>■ Equilíbrio em couché: como um exemplo de equilíbrio com apoio de</p><p>outras partes do corpo que não os pés, o couché é uma sustentação da</p><p>coluna elevada com apoio sobre os quadris e as pernas.</p><p>■ Equilíbrios sobre o joelho: são equilíbrios em que o apoio é o joelho</p><p>no solo, enquanto a outra perna se coloca em uma posição elevada a 90</p><p>graus, 180 graus, lateralmente, frontalmente ou posteriormente.</p><p>Figura 10 – Equilíbrio sobre o joelho / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-es-</p><p>colar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-</p><p>-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: esta imagem representa duas formas de equilíbrio sobre o joelho, por meio de duas</p><p>fotos. Na primeira, do lado esquerdo, a atleta está sobre o joelho esquerdo, com a perna direita alongada à frente</p><p>em 90 graus, com o tronco ereto e braços alongados lateralmente. Na segunda foto, a atleta se encontra sobre</p><p>o joelho direito, com a perna esquerda alongada para trás a 90 graus, com o tronco ereto e braços alongados</p><p>lateralmente. Fim da descrição.</p><p>■ Equilíbrio em onda anteroposterior: considerada um tipo de equilí-</p><p>brio, esta onda pode iniciar com o tronco descendo à frente, passando</p><p>para a posição de flexão da coluna para trás, de forma fluente, ou se ini-</p><p>ciando ao contrário: o tronco flexiona para trás e passa para a posição de</p><p>flexão para frente, voltando à posição ereta.</p><p>AS ROTAÇÕES</p><p>As rotações na Ginástica Rítmica são giros do corpo em torno do seu próprio</p><p>eixo. As rotações mais comuns são os pivots, que são giros em que o apoio é sobre</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>um dos pés em meia ponta, mas existem também rotações com o apoio de outras</p><p>partes do corpo sobre o solo. As posições assumidas durante as rotações em pivots</p><p>são as mesmas dos equilíbrios, porém é realizado o giro de, no mínimo, 360 graus.</p><p>As três fases das rotações são: a preparação, a rotação e a finalização. As</p><p>formas mais básicas de rotações são:</p><p>■ Pivot em passé: uma das pernas é elevada de forma flexionada. A perna</p><p>em posição de passé pode ser elevada lateralmente ou frontalmente. Nessa</p><p>posição, realiza-se o giro.</p><p>Figura 11 – Preparação para o pivot / Fonte: https://docplayer.com.br/72855326-Disciplina-ginastica-es-</p><p>colar-autores-professor-doutor-antonio-carlos-monteiro-de-miranda-professora-mestre-fernanda-soares-</p><p>-nakashima.html#show_full_text. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem representa, por meio de uma foto, a preparação para o pivot. A atleta se prepara</p><p>para realizar o pivot com a perna direita à frente flexionada e a esquerda atrás estendida, o braço direito está</p><p>flexionado à frente e o esquerdo estendido ao lado. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>PIVOT A 90 GRAUS</p><p>Uma das pernas é elevada até formar o ângulo de 90 graus em relação à perna de</p><p>apoio. Essa elevação pode ser realizada lateralmente ou frontalmente. Quando o aluno</p><p>ainda não tem força suficiente para manter a perna a 90 graus, pode-se realizar a 45</p><p>graus. Nessa posição, realiza-se o giro.</p><p>PIVOT EM ARABESQUE</p><p>Uma das pernas é elevada posteriormente de forma a criar um ângulo de 90 graus</p><p>com a perna de apoio. A perna deve ser mantida estendida e o tronco não deve se</p><p>projetar para frente. Nessa posição, realiza-se o giro.</p><p>PIVOT EM ATTITUDE</p><p>Semelhante à posição em arabesque, porém, a perna fica flexionada com o joelho no</p><p>mesmo nível de altura que o pé. Nessa posição, realiza-se o giro.</p><p>PIVOT EM</p><p>COSSACO</p><p>No equilíbrio cossaco, a perna de apoio fica flexionada, e a outra perna se estende à</p><p>frente, mantendo o joelho acima ou na mesma altura da perna de apoio. Nessa posi-</p><p>ção, realiza-se o giro.</p><p>TOUNNEAU</p><p>É realizado com apoio sobre um dos pés, mas, para iniciação, pode ser feito com o</p><p>apoio de ambos os pés. A rotação deve ser realizada com o tronco inclinado para fren-</p><p>te e os braços afastados lateralmente, percorrendo uma trajetória circular no ar.</p><p>OS PRÉ-ACROBÁTICOS</p><p>Na ginástica rítmica, podem ser realizados os elementos pré-acrobáticos. São</p><p>movimentos em que o corpo realiza uma inversão (passa pela posição com a</p><p>cabeça para baixo), ocorrendo uma troca de apoios. Esse apoio momentâneo</p><p>pode ser as mãos, os antebraços e o tronco. O que diferencia os pré-acrobá-</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>ticos dos acrobáticos (que não são realizados na GR) é que no primeiro não</p><p>pode haver fase de voo.</p><p>Outros exemplos pré-acrobáticos são:</p><p>os rolamentos (para frente, para trás);</p><p>a reversão para trás;</p><p>as reversões com apoio dos antebraços (para frente e para trás);</p><p>a roda com apoio dos antebraços, dentre outros.</p><p>ACOMPANHAMENTO MUSICAL</p><p>Na Ginástica Rítmica, a música é parte fundamental. Conforme afirmam Pe-</p><p>regort e Delgado (1998), as séries devem sempre ser realizadas com acompa-</p><p>nhamento musical, atuando não somente como suporte do movimento, mas</p><p>como seu potencializador e provocador. Sendo assim, o ritmo, a intensidade</p><p>e a expressividade apresentada pela ginasta são ditados pela música escolhida,</p><p>formando uma unidade.</p><p>Inicialmente, na GR, a música era apenas instrumental e executada ao som de</p><p>piano. Aos poucos, mais liberdade foi dada à questão do acompanhamento musical,</p><p>permitindo outros instrumentos, até chegar às canções em que há emissão de voz</p><p>e as músicas cantadas, que hoje são permitidas oficialmente de forma limitada.</p><p>Ao longo da aprendizagem da GR, a educação do ritmo é fundamental e, para</p><p>isso, o professor deve ter conhecimentos básicos de teoria musical, sendo capaz</p><p>de criar coreografias que aliem música e movimento. De acordo com Barbosa-Ri-</p><p>naldi et al. (2009a), dentre as noções musicais que o professor deve possuir, estão:</p><p>■ tempo de contagem;</p><p>■ ritmo;</p><p>■ pulso;</p><p>■ periodização da música;</p><p>■ encadeamento das frases musicais;</p><p>■ frequência;</p><p>■ contratempo;</p><p>■ período; e</p><p>■ harmonia.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>As atividades rítmicas, portanto, devem estar presentes nas aulas de Ginástica</p><p>Rítmica, estimulando a sensibilidade sonora, a expressividade e a criatividade.</p><p>O ser humano necessita desenvolver o ritmo, pois ele está presente em grande</p><p>parte do seu dia a dia. Por exemplo: lavar a louça ou a roupa, digitar, cortar, ler,</p><p>escrever, correr, andar de bicicleta, andar, dirigir, falar, entre outras.</p><p>A importância de trabalhar o ritmo na faixa etária de 3 a 6 anos está no fato de pre-</p><p>parar a criança para melhor realizar as atividades escolares e as atividades do dia</p><p>a dia. As atividades rítmicas estimulam, nas crianças, a coordenação, o equilíbrio,</p><p>a flexibilidade e o freio inibitório, concentram a atenção, economizam esforços,</p><p>dão segurança rítmica e educação sensorial, levam à obtenção do relaxamento</p><p>muscular, da postura e da percepção auditiva e visual e despertam a criatividade</p><p>e a expressão do corpo (MULLER; TAFNER, 2007).</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>Compreendendo a Ginástica Artística</p><p>Autores: Myrian Nunomura e Vilma Leni Nista-Piccolo</p><p>Editora: Phorte</p><p>Em muitos momentos, aqueles que vivenciam o cotidiano da</p><p>Ginástica Artística, seja na qualidade de praticante, técnico ou</p><p>espectador, devem ter se deparado com uma série de questio-</p><p>namentos como: se ela ajuda no crescimento; as capacidades</p><p>necessárias ao bom desempenho da modalidade; como pre-</p><p>venir acidentes; o melhor método de instrução para ensinar as</p><p>habilidades da GA. Enfim, cada um deve ter suas indagações.</p><p>Mas, certamente, não é pretensão esgotar o conhecimento so-</p><p>bre GA. O conteúdo do livro é fruto de experiências na moda-</p><p>lidade, seja na posição de praticantes, árbitros, treinadoras ou</p><p>docentes universitárias. Essa trajetória revelou que o corpo de</p><p>informações que apresentamos é essencial para compreen-</p><p>dermos um pouco mais dessa modalidade desafiadora.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>Em conclusão, os elementos corporais da Ginástica Rítmica representam a es-</p><p>sência dessa modalidade, proporcionando não apenas uma expressão artística</p><p>única, mas também desafios técnicos significativos. Ao compreender e dominar</p><p>os saltos, equilíbrios, rotações e pré-acrobáticos, os praticantes da GR desenvol-</p><p>vem não apenas habilidades físicas, mas também concentração, coordenação e</p><p>sensibilidade artística. Esses elementos não são apenas movimentos isolados, mas</p><p>sim partes integrantes de uma coreografia complexa, onde cada gesto contribui</p><p>para contar uma história, transmitir uma emoção e encantar o público.</p><p>Além disso, a importância do acompanhamento musical na Ginástica Rítmi-</p><p>ca não pode ser subestimada. A música não apenas serve como pano de fundo</p><p>para os movimentos, mas também dita o ritmo, a intensidade e a expressividade</p><p>da performance. Professores e praticantes devem trabalhar em harmonia com</p><p>a música, explorando sua melodia e ritmo para criar sequências coreográficas</p><p>envolventes e cativantes. A integração entre música e movimento é essencial para</p><p>alcançar o máximo impacto estético e emocional na prática da GR.</p><p>Por fim, ao entendermos a importância dos elementos corporais e do acom-</p><p>panhamento musical na Ginástica Rítmica, somos instigados a buscar uma abor-</p><p>dagem cada vez mais criativa e inclusiva na prática dessa modalidade. Ao adaptar</p><p>os conteúdos e técnicas para diferentes contextos e públicos, os profissionais de</p><p>Educação Física e os praticantes da GR podem ampliar o alcance e a diversidade</p><p>dessa forma de arte, oferecendo oportunidades de vivência e expressão para todos</p><p>os interessados. Assim, a Ginástica Rítmica continua a encantar e inspirar, não</p><p>apenas pela sua beleza visual, mas também pela sua capacidade de unir música,</p><p>movimento e emoção em uma experiência única e enriquecedora.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>1. A Ginástica Rítmica (GR) se destaca pela combinação única de movimentos corporais, ex-</p><p>pressão artística e acompanhamento musical. Os elementos corporais desempenham um</p><p>papel central, não apenas pela beleza estética, mas também pela complexidade técnica</p><p>das performances. Compreender esses elementos fundamentais é crucial para explorar</p><p>toda a profundidade da GR.</p><p>Quais são os elementos fundamentais da GR?</p><p>a) Flexibilidade, expressão facial, coordenação de braços e giros.</p><p>b) Força muscular, resistência cardiovascular, controle respiratório e transições de movi-</p><p>mento.</p><p>c) Agilidade, sincronização musical, coreografia de grupo e poses estáticas.</p><p>d) Saltos, equilíbrios, rotações e pré-acrobáticos.</p><p>e) Estabilidade de tronco, habilidades de dança, movimentos de onda e pivôs.</p><p>2. Os saltos são elementos em que o corpo assume uma posição no ar, após o impulso de</p><p>uma ou das duas pernas. A GR possui uma diversidade de saltos com diferentes níveis de</p><p>dificuldade.</p><p>Sobre os saltos verticais, assinale a alternativa correta:</p><p>a) São realizados com giros de 90 ou 180 graus, com ou sem pernas flexionadas.</p><p>b) São movimentos rápidos e contínuos com mudanças de direção.</p><p>c) São saltos altos seguidos por aterrissagens precisas.</p><p>d) São posições estendidas com movimentos de alongamento.</p><p>e) São movimentos circulares com variações de velocidade.</p><p>3. Os equilíbrios na Ginástica Rítmica são elementos que devem mostrar uma posição corporal</p><p>bem definida apoiada sobre o pé em meia-ponta, sobre um pé inteiro no chão, sobre os</p><p>dois pés ou outras partes do corpo.</p><p>Podemos considerar três fases na sua execução. Quais são elas?</p><p>a) A entrada, a transição e a saída.</p><p>b) O início, o desenvolvimento e a conclusão.</p><p>c) O planejamento, a execução e o término.</p><p>d) A base, o movimento e a conclusão.</p><p>e) A preparação, a posição em equilíbrio e a finalização.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BARBOSA-RINALDI,</p><p>P. et al. Ginástica rítmica: aspectos histórico-culturais e técnico-metodoló-</p><p>gicos dos aparelhos. Maringá: Eduem, 2009a.</p><p>BARBOSA-RINALDI, P. et al. Ginástica rítmica: história, características, elementos corporais e</p><p>música. Maringá: Eduem, 2009b.</p><p>MULLER, R. Z.; TAFNER, E. P. Desenvolvendo o ritmo nas aulas de educação física em crianças</p><p>de 3 a 6 anos. Revista de divulgação técnico-científica do ICPG, Itajaí, v. 3, n. 11, p. 101-106, jul./</p><p>dez. 2007.</p><p>PEREGORT, A. B.; DELGADO, C. D. 1000 ejercicios y juegos de gimnasia rítmica deportiva. Bar-</p><p>celona: Paidotribo, 1998.</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>1. Alternativa D.</p><p>A Ginástica Rítmica (GR) é uma modalidade que se destaca pela sua combinação única de</p><p>movimentos corporais, expressão artística e acompanhamento musical. Em meio a essa</p><p>intricada dança entre corpo e música, os elementos corporais assumem um papel central,</p><p>definindo não apenas a beleza estética da performance, mas também a sua complexidade</p><p>técnica. Nesse contexto, é fundamental compreender os elementos fundamentais da GR,</p><p>que incluem os saltos, os equilíbrios, as rotações e os pré-acrobáticos.</p><p>2. Alternativa A.</p><p>Saltos verticais: realizados com giros de 90 ou 180 graus, com ou sem pernas flexionadas.</p><p>3. Alternativa E.</p><p>Os equilíbrios na Ginástica Rítmica são elementos que devem mostrar uma posição corporal</p><p>bem definida apoiada sobre o pé em meia-ponta, sobre um pé inteiro no chão, sobre os dois</p><p>pés ou outras partes do corpo. Podemos considerar três fases na sua execução: a preparação,</p><p>a posição em equilíbrio e a finalização.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>UNIDADE 3</p><p>MINHAS METAS</p><p>A GINÁSTICA ACROBÁTICA E</p><p>OS ELEMENTOS TÉCNICOS E</p><p>PEDAGÓGICOS</p><p>Conhecer a história da ginástica acrobática.</p><p>Estudar as características da ginástica acrobática.</p><p>Compartilhar diferentes sugestões de figuras acrobáticas.</p><p>Explorar os elementos básicos de solo realizados em diferentes modalidades ginásticas.</p><p>Aprender a conjugar alguns movimentos básicos, transformando-os em elementos com</p><p>maior dificuldade.</p><p>Conhecer os elementos básicos da ginástica de solo.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 7</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Para darmos início aos estudos de ginástica acrobática, eu te convido a pensar nos</p><p>desafios que é ensinar essa modalidade gímnica para uma turma de adolescentes</p><p>de 15 a 17 anos. Como você ensinaria? Quais métodos utilizaria?</p><p>Um fator relevante é a falta de conhecimento dos conteúdos da ginástica, que</p><p>faz com que os professores não consigam utilizar uma boa metodologia de ensino</p><p>nas próprias aulas, dificultando o processo de ensino-aprendizagem dos alunos.</p><p>A falta de materiais oficiais também pode dificultar o trabalho desses professores.</p><p>Apesar de a ginástica acrobática ser um conteúdo curricular da Educação Física</p><p>Escolar, ela também pode ser trabalhada fora da escola, porque podemos encontrar</p><p>os movimentos dela em diversas modalidades, como no crossfit, pilates, yoga, dan-</p><p>ça, capoeira, dentre outros. Portanto, os profissionais de Educação Física também</p><p>devem estar preparados para trabalhar com ela. Veremos que existem muitos ele-</p><p>mentos da ginástica acrobática que são utilizados nas demais modalidades, com-</p><p>petitivas, ou não. Por isso, o estudo e o conhecimento da ginástica e das respectivas</p><p>vertentes são essenciais para a atuação do profissional de Educação Física.</p><p>A partir do que já foi estudado em sua vida acadêmica, você se sente prepara-</p><p>do(a) para ministrar uma aula de ginástica? Pensando nisso, proponho que você</p><p>elabore uma aula de ginástica acrobática para uma turma de adolescentes de 15 a</p><p>17 anos utilizando diferentes recursos pedagógicos, para incentivar a participação</p><p>dos alunos em sua aula. Use e abuse de sua criatividade e conhecimento na área.</p><p>Para que o seu conhecimento seja completo, primeiramente, você, estudante, conhecerá o</p><p>contexto histórico da modalidade da ginástica acrobática e, depois, as respectivas características.</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS E EVOLUÇÃO DA GINÁSTICA</p><p>ACROBÁTICA</p><p>A ginástica acrobática é uma modalidade que integra dança, ginástica artística e</p><p>elementos acrobáticos. A presença dos movimentos acrobáticos, ou seja, a mon-</p><p>tagem de figuras com o corpo, é a principal característica dela.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>Segundo Gallardo e Azevedo (2007), o surgimento desses elementos corpo-</p><p>rais estão relacionados à China e à Grécia Antiga. Os autores afirmam que, na</p><p>China, essa prática tem uma forte conotação regional e já acontece há mais de dois</p><p>mil anos. Em alguns momentos, não teve muita valorização. No entanto, hoje, está</p><p>presente em todas as regiões da China, apresentando-se em diferentes lugares do</p><p>mundo. A China, o Japão e a Índia tiveram acrobatas de destaque indiscutível e</p><p>conservam até hoje a tradição acrobática que tem raízes mais profundas do que</p><p>a do mundo ocidental.</p><p>Gallardo e Azevedo (2007) sinalizam que, em outros locais, como Rússia e</p><p>Bulgária, a prática dos movimentos acrobáticos surge por meio do circo, em apre-</p><p>sentações que foram bastante populares entre os séculos XIX e XX, principalmen-</p><p>te por chineses que eram reprimidos no próprio país de origem. Não demorou</p><p>muito para que essas práticas começassem a ser praticadas como esporte. Em</p><p>1939, a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) aceitou as</p><p>acrobacias como esporte e, logo em seguida, os países socialistas, como Alemanha</p><p>Oriental, China, Polônia e Bulgária, fizeram o mesmo, levando a concretizar, em</p><p>1957, o primeiro torneio internacional com atletas da URSS, Polônia e Bulgária.</p><p>Já os países ocidentais só perceberam os benefícios das acrobacias após elas</p><p>se tornarem competitivas. No início, eles a usavam como atividade recreativa,</p><p>sendo sugerido que aqueles que não tinham biótipo para a ginástica artística</p><p>pudessem se equilibrar com a ajuda de outra pessoa. Dessa maneira, percebe-</p><p>ram que essa era uma prática importante para ensinar o trabalho em equipe e</p><p>a confiança nas outras pessoas.</p><p>No que tange ao processo de sistematização da ginástica acrobática pelo mun-</p><p>do, Gallardo e Azevedo (2007, p. 4) destacam que:</p><p>“ [...] em 1973, foi fundada a International Federation of Sports Acro-</p><p>batics (IFSA), constituída por dez países e com sede em Moscou.</p><p>Essa instituição organizou as regras e regulamentos, competições e</p><p>a estrutura de arbitragem. Em 1998, havia 54 países filiados à IFSA</p><p>e, como os esportes acrobáticos, desde 1984, têm tentado entrar no</p><p>programa olímpico. Para isso, fez-se necessário a dissolução da IFSA</p><p>e a vinculação da ginástica acrobática à FIG, esta, sim, com força</p><p>política de fazer com ela se torne um esporte olímpico.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>A gacro é uma modalidade esportiva relativamente nova, visto que as primeiras</p><p>competições aconteceram a partir de 1973. Hoje, mesmo fazendo parte do programa</p><p>dos jogos mundiais, ainda não está no programa olímpico.</p><p>Mediante o processo histórico, a presença forte da Rússia e da China nesse con-</p><p>texto fez com que esses países e alguns do países leste europeu se tornassem</p><p>referências nessa modalidade. Entretanto, de trinta anos para cá, outros países</p><p>começaram a galgar espaços nessa modalidade, como a Alemanha, a Inglaterra,</p><p>os Estados Unidos, Portugal e outros que tentaram adquirir destaque mediante</p><p>as grandes potências mundiais da ginástica acrobática.</p><p>No Brasil, o surgimento das acrobacias está vinculado ao campo das artes, que,</p><p>no início, recebia o nome de exercícios de força combinados. Segundo Gallardo</p><p>e Azevedo (2007), entre 1940 e 1960, a Escola de Aeronáutica do Rio de Janeiro</p><p>começou a tornar popular esse esporte e a introduzi-lo no ensino da ginástica</p><p>artística. O principal responsável pela divulgação e projeção da modalidade foi</p><p>o professor, escritor, acrobata e paraquedista Charles Astor, o qual realizava</p><p>cursos sobre ela. Já entre os anos de 1946 e 1947, a Associação de Professores de</p><p>Educação Física de São Paulo e Região, a Sinpefesp, promoveu cursos de capaci-</p><p>tação para os professores. No currículo,</p><p>havia a presença da ginástica acrobática</p><p>em duplas e em pequenos grupos.</p><p>Ainda segundo os autores, a Escola de Educação Física Militar de São Paulo</p><p>também foi uma grande divulgadora dessa modalidade, que, até meados de 1980,</p><p>tinha caráter apenas demonstrativo em apresentações de ginástica geral. Foi o</p><p>professor Ricieri Pastori quem desenvolveu a ginástica competitiva em nosso</p><p>país por intermédio de grupos de acrobacias em instituições militares e clubes e,</p><p>depois, trabalhando com circos nacionais e internacionais que trouxe da Europa</p><p>(GALLARDO; AZEVEDO, 2007).</p><p>Em 1989, com a criação da Federação de Trampolim e Ginástica Acrobática</p><p>do Estado do Rio de Janeiro (RioTramp), inicia-se o reconhecimento das regras</p><p>e dos regulamentos técnicos da modalidade. No entanto, após alguns problemas,</p><p>como a falta de apoio de federações e confederações nacionais a uma modalidade</p><p>não olímpica, Ricieri, junto de outros colegas, funda a Liga Nacional de Desportos</p><p>Acrobáticos e Ginástica Geral (Lindagg), em 2000, o que permitiu o desenvolvi-</p><p>mento paralelo e produtivo dessa modalidade em nosso país.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>CARACTERÍSTICAS DA GINÁSTICA ACROBÁTICA</p><p>Para entendermos melhor o que diferencia a ginástica acrobática (Gacro) das</p><p>demais modalidades gímnicas, é preciso entender quais são as características fun-</p><p>damentais dela. Assim como sustentam os autores Merida, Nista-Piccolo e Merida</p><p>(2008), a Gacro une os elementos de salto, equilíbrio e rotação às acrobacias de</p><p>solo que também encontramos na ginástica artística. O principal diferencial é a</p><p>formação de figuras ou pirâmides. Assim, essa modalidade necessita ser realizada,</p><p>no mínimo, em duplas, podendo ser praticada oficialmente também em trio e</p><p>quartetos. Para fins educativos e demonstrativos, não há limite de participantes</p><p>na coreografia, que pode ter muitos ginastas formando as figuras.</p><p>Como modalidade competitiva, a Gacro tem as seguintes formações de grupo:</p><p>■ Dupla masculina.</p><p>■ Dupla feminina.</p><p>■ Dupla mista.</p><p>■ Trio feminino.</p><p>■ Quarteto masculino.</p><p>Durante a série, os ginastas desempenham diferentes</p><p>papéis que são definidos de acordo com a estrutura</p><p>corporal (peso e altura). Assim como afirmam Gal-</p><p>lardo e Azevedo (2007), os praticantes maiores e mais</p><p>pesados normalmente levantam e sustentam os colegas sobre os próprios braços,</p><p>pernas ou outras partes do corpo. Eles são chamados de “base”. Os mais leves e me-</p><p>nores, por sua vez, são os que permanecem no topo das figuras, em uma posição</p><p>de equilíbrio sobre o(s) outro(s) ginasta(s). Eles são os “volantes”. Existem, ainda,</p><p>os “intermediários”, que podem ser sustentados pelas bases e sustentar os volantes,</p><p>simultaneamente, ou não, apresentando um perfil de força e flexibilidade.</p><p>São definidos de</p><p>acordo com a</p><p>estrutura corporal</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>����</p><p>• Sustenta a �gura acrobática</p><p>• Geralmente é forte, não</p><p>muito alto, mas com grande</p><p>noção de responsabilidade,</p><p>equilíbrio e liderança.</p><p>�������</p><p>• Executa os elementos</p><p>acrobáticos sobre a base ou</p><p>intermediário.</p><p>• Deve ter muito equilíbrio,</p><p>ser leve, bastante �exível,</p><p>ágil e corajoso. �������������</p><p>• Sustenta e é sustentado</p><p>• Aparece nos trios e quartetos</p><p>• Geralmente são versáteis (base</p><p>e volante) fortes e �exíveis.</p><p>Figura 1 – Sistematização das funções na ginástica acrobática / Fonte: o autor.</p><p>Descrição da Imagem: trata-se de uma montagem de uma foto de três ginastas que desempenham, cada uma,</p><p>diferentes funções da ginástica acrobática. Elas são ladeadas por quadros vermelhos com textos brancos des-</p><p>crevendo cada função. Fim da descrição.</p><p>POSIÇÕES FUNDAMENTAIS DAS BASES</p><p>O ginasta que realiza a função de base sempre estará em contato com o solo.</p><p>Assim como afirmam Gallardo e Azevedo (2007), as principais posições que ele</p><p>poderá assumir são:</p><p>■ Em pé: posição ereta com as pernas levemente afastadas e os braços</p><p>livres para oferecer apoio ao volante. Nessa posição, é fácil de manter</p><p>o equilíbrio. Ela pode ser utilizada para sustentar o volante sobre os</p><p>ombros, por exemplo.</p><p>■ Afundo: uma das pernas se posiciona semiflexionada à frente da outra,</p><p>enquanto a perna de trás se mantém estendida. O peso deve estar bem</p><p>distribuído sobre as duas pernas. Essa posição permite que o volante fique</p><p>apoiado sobre os ombros ou a coxa da base.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>■ Apoio dorsal em L: deitado em decúbito dorsal, a base deve elevar as</p><p>pernas estendidas a um ângulo de 90 graus do solo. Os braços também</p><p>poderão oferecer sustentação ao volante. Essa posição também pode ser</p><p>usada por intermediários.</p><p>■ Apoio dorsal com o auxílio dos pés: semelhante à posição anterior,</p><p>porém com os pés apoiados no solo. Nessa posição, o volante poderá se</p><p>apoiar sobre os joelhos, os braços do volante ou ambos.</p><p>■ Quatro apoios em decúbito dorsal (“mesa”): com os pés e uma ou duas</p><p>mãos apoiadas no solo, a base pode sustentar o volante sobre os joelhos,</p><p>coxas, quadril ou ombros nessa posição.</p><p>■ Quatro apoios (“gatinho”): nessa posição, deve-se manter as costas fir-</p><p>mes, a fim de oferecer apoio para o volante, que pode estar apoiado sobre</p><p>o quadril, ombros ou escápulas.</p><p>■ Apoio dos pés em agachamento: nessa posição, a base necessita ter</p><p>força nos membros inferiores para manter a posição. Além disso, o volante</p><p>deve fazer o contrapeso, facilitando o posicionamento e o equilíbrio do</p><p>ginasta da base.</p><p>■ Em arco (ponte): posição que exige flexibilidade da base. O volante po-</p><p>derá se apoiar sobre as coxas ou abdômen.</p><p>■ Espacate: essa posição exige flexibilidade da base, mas pode ser realizada</p><p>em uma variação com a perna da frente flexionada. O apoio pode ser</p><p>oferecido pelas mãos ou pela perna.</p><p>■ Ajoelhado: na posição ajoelhada, a base poderá sustentar o volante sobre</p><p>os ombros.</p><p>■ Deitado: em decúbito dorsal, a base poderá oferecer apoio das mãos e</p><p>das pernas ao volante.</p><p>Posições fundamentais dos volantes</p><p>Do volante, é exigido muito equilíbrio para se manter nas posições sobre</p><p>a base ou intermediário. Assim como afirmam Gallardo e Azevedo (2007), as</p><p>principais posições que poderá assumir são:</p><p>■ Em pé: posição muito usada na iniciação. Ela permite ganhar segurança</p><p>para futuras poses de maior dificuldade. O volante deve se manter firme</p><p>para não causar desequilíbrios.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>■ Em pé com um apoio: posição simples, mas que pode ser dificultada</p><p>de acordo com o local do apoio sobre a base. O peso do corpo deve ser</p><p>passado para a perna de apoio, sempre mantendo o tônus muscular para</p><p>conseguir se equilibrar. É possível variar a posição da perna livre, elevan-</p><p>do-a em posição de arabesque, por exemplo, e outras formas que tornam</p><p>a figura mais interessante.</p><p>■ Sentado: posição simples em que o tônus muscular do abdômen e o</p><p>dorsal devem ser mantidos.</p><p>■ Deitado: posição simples, mas que exige a manutenção do equilíbrio</p><p>sobre a base. É possível usar os braços para melhorar o apoio e a estabi-</p><p>lização da figura.</p><p>■ Prancha: posição que exige força de membros superiores e tônus muscu-</p><p>lar. É preciso manter o alinhamento corporal, sem permitir que o quadril</p><p>fique abaixo do nível dos ombros.</p><p>■ Apoio invertido: posição em que é necessário o controle corporal para</p><p>manter o corpo alinhado. É preparatório para poses mais difíceis em pa-</p><p>rada de mãos.</p><p>■ Parada de mãos: posição que exige técnica e controle muscular. Em ní-</p><p>veis elevados de dificuldade, é realizada sobre as mãos da base e em outras</p><p>variações de apoio em que o volante fica a alturas elevadas.</p><p>■ Esquadro: posição que exige força dos punhos e dos ombros. Pode haver</p><p>variação da posição das pernas. Um exemplo é mantê-las afastadas com</p><p>as mãos no centro.</p><p>Variações de figuras acrobáticas</p><p>A seguir, apresentaremos algumas variações de figuras acrobáticas:</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>�������� ����������</p><p>��������� ��������</p><p>Figura 2 – Variações com três ginastas</p><p>Fonte: http://osorrisodobem-estar.blogspot.com/2014_02_01_archive.html. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: há quatros quadros</p><p>com várias figuras acrobáticas, divididas em três, quatro, cinco e</p><p>seis ginastas. Na primeira figura, de cima para baixo e da esquerda para a direita, temos duas bases em quatros</p><p>apoios, uma ao lado da outra, e um volante em pé sobre as duas bases, com um pé na lombar de cada base. Na</p><p>segunda figura, temos uma base em quatro apoios, um intermediário em pé, com uma das pernas de cada lado</p><p>da base e as mãos no ombro da base. Também há um volante de pé na lombar da base e com as mãos no ombro</p><p>do intermediário. Na terceira figura, temos uma base em quatro apoios, virado para a esquerda, o intermediário</p><p>em pé virado para a direita com as mãos no ombro da base, e o volante em pé na lombar da base e as mãos no</p><p>ombro do intermediário. Na quarta figura, do lado direito do quadro, temos uma base em quatro apoios, virado</p><p>para a esquerda, o intermediário em pé, atrás da base, virado para a esquerda, com as mãos na lombar da base, e</p><p>o volante em pé nos ombros da base e as mãos nos ombros do intermediário. Na quinta figura, na fileira de baixo,</p><p>da esquerda para a direita, temos duas bases, ajoelhadas uma de frente para outra, com uma perna flexionada</p><p>à frente, e o volante em pé, com um pé em cada perna, e as bases segurando no quadril. Na sexta figura, temos</p><p>uma base em quatros apoios virado para a esquerda, o intermediário atrás da base, em pé e de costas, e o volante</p><p>com as mãos nos ombros da base, e os pés nos ombros do intermediário, fazendo uma prancha com o corpo. A</p><p>sétima figura é parecida com a sexta, o que muda é que o intermediário está de frente para a base e segurando</p><p>os pés do volante com as duas mãos. Na oitava figura, temos duas bases, uma de costas para a outra, em quatro</p><p>apoios, e o volante está em pé, com um pé no quadril de cada base. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>�������� ����������</p><p>��������� ��������</p><p>Figura 3 – Variações com quatro ginastas</p><p>Fonte: http://osorrisodobem-estar.blogspot.com/2014_02_01_archive.html. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: são exibidas quatro ginastas. Na primeira imagem, da esquerda para a direita, temos duas</p><p>bases, uma de costas para a outra, em quatro apoios, um intermediário, de quatro apoios com as mãos na lombar</p><p>de uma base e os joelhos na lombar de outra base, e o volante em pé sobre o intermediário, sendo um pé na</p><p>lombar e o outro nos ombros. Na segunda imagem, temos uma base em quatro apoios, virada para a esquerda,</p><p>um intermediário em pé virado para a direita com as mãos no ombro da base, outro intermediário em pé na lombar</p><p>da base e as mãos no ombro do primeiro intermediário, e o volante em pé na lombar do primeiro intermediário e</p><p>as mãos no ombro do segundo intermediário, com uma perna alongada para trás. Na terceira figura, temos duas</p><p>bases em quatros apoios, uma ao lado da outra, um intermediário em quatro apoios sobre as bases, e um volante</p><p>em pé na lombar do intermediário. Na quarta figura, no lado esquerdo da segunda fileira, temos uma base com</p><p>os pés e as duas mãos apoiados no solo em decúbito dorsal, um volante com as mãos no joelho da base e os pés</p><p>no ombro do primeiro intermediário, que está em pé atrás da base, de costas, segurando, com as mãos, os pés do</p><p>segundo intermediário, que está em parada de mãos, na frente do primeiro intermediário. A quinta figura exibe</p><p>quatro ginastas: temos uma base em quatro apoios e um intermediário na frente da base de cotovelos no chão e</p><p>os pés nos ombros da base, formando uma prancha. Nessa mesma figura, o volante está com as mãos na lombar</p><p>da base e os pés nos ombros de outro intermediário, que está em pé atrás da base. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>�������� ����������</p><p>��������� ��������</p><p>Figura 4 – Variações com cinco ginastas</p><p>Fonte: http://osorrisodobem-estar.blogspot.com/2014_02_01_archive.html. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: são exibidas cinco ginastas. Na primeira imagem, da esquerda para a direita, temos duas</p><p>bases de quatro apoios, uma ao lado da outra, e um intermediário em pé sobre as bases, com os braços abertos,</p><p>segurando, em cada mão, os pés dos dois volantes, que estão em parada de mão, um de cada lado das bases.</p><p>Na segunda figura, temos duas bases em quatro apoios, uma mais afastada da outra, e um intermediário em pé</p><p>entre as duas bases. Na mesma figura, temos dois volantes, cada um sobre uma base, realizando uma parada de</p><p>peito nas costas das bases, e com o intermediário segurando os pés com os braços afastados. Na terceira figura,</p><p>temos duas bases de quatros apoios, uma de costas para a outra, e um intermediário em pé, com um pé em cada</p><p>lombar, e os braços abertos, segurando os pés dos volantes, que estão em parada de mãos sobre os ombros das</p><p>bases. Na quarta figura, do lado esquerdo da segunda linha, temos uma base deitada em decúbito dorsal, com as</p><p>pernas dobradas e braços estendidos para cima. Sobre as mãos, temos um volante em pé, equilibrando-se. Nessa</p><p>mesma figura, atrás da base, temos outra base em quatro apoios, e um intermediário em quatro apoios, com as</p><p>mãos nos joelhos da primeira base, e os joelhos nos ombros da segunda base. Sobre o intermediário, temos um</p><p>volante em pé. Na quinta figura, do lado direito da segunda linha, temos duas bases ajoelhadas, uma de frente para</p><p>a outra, com uma perna flexionada à frente e os braços abertos. Na frente de cada base, temos dois intermediários,</p><p>com as mãos no chão e os pés apoiados nos ombros das bases, realizando uma prancha. Sobre os ombros dos</p><p>intermediários, temos um volante em pé. Na sexta figura, do lado esquerdo, na terceira linha, temos duas bases</p><p>em pé, com os joelhos flexionados e a mão apoiando nos joelhos, com o tronco inclinado à frente. Entre as bases,</p><p>temos dois intermediários com as mãos apoiadas no solo e os pés nas costas das bases, realizando uma prancha.</p><p>O volante está em pé sobre os ombros dos intermediários. Na sétima figura, temos duas bases em quatro apoios,</p><p>uma de costas para a outra. Sobre as bases, há dois intermediários em quatro apoios, um intermediário em cada</p><p>base, e um volante em pé sobre os intermediários, sendo um pé em cada lombar. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>�������� ����������</p><p>��������� ��������</p><p>Figura 5 – Variações com seis ginastas</p><p>Fonte: http://osorrisodobem-estar.blogspot.com/2014_02_01_archive.html. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: são exibidos seis ginastas. Na primeira figura, da esquerda para a direita, temos duas</p><p>bases, uma ao lado da outra, em quatro apoios e voltadas para a frente. Sobre as bases, temos as mãos dos dois</p><p>volantes, um em cada base, e os pés dos volantes estão segurados pelos dois intermediários, que estão em pé, ao</p><p>lado de cada base. Na segunda figura, do lado direito, temos duas bases ajoelhadas, uma de frente para a outra,</p><p>com os braços dados. Sobre os ombros, estão apoiadas as mãos dos dois volantes, que estão com os pés apoiados</p><p>nos ombros dos dois intermediários formando uma prancha. Os intermediários estão em pé, atrás de cada base.</p><p>Na terceira figura, ao centro da segunda linha, temos duas bases ajoelhadas, uma de frente para a outra, com</p><p>uma perna flexionada na frente, e dois intermediários em pé, na frente das bases, com os braços dados e com</p><p>as bases segurando em suas cinturas. Os volantes estão com um pé apoiado no ombro da base, a outra perna</p><p>alongada atrás e as mãos apoiadas nos ombros dos intermediários. Fim da descrição.</p><p>PEGADAS</p><p>As pegadas são as diferentes formas como um atleta ou praticante acaba segu-</p><p>rando o parceiro de figura. Não existe um nome oficial para elas, mas as mais</p><p>comuns, trazidas por Gallardo e Azevedo (2007), são as apresentadas a seguir.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>Figura 6 – Pegadas / Fonte: o autor.</p><p>Descrição da Imagem: são exibidas dez fotos, sendo cinco fileiras de duas fotos cada, que representam as</p><p>diferentes pegadas das mãos. A primeira e a segunda foto, de cima para baixo, representam duas mãos, uma do</p><p>atleta 1 e a outra</p><p>do atleta 2. Eles estão de mãos dadas, com a mão do atleta 1 por baixo e a do atleta 2 por cima.</p><p>Os dois estão com os dedos indicador e médio abertos no punho um do outro. A terceira e a quarta foto ainda</p><p>apresentam as duas mãos dos atletas 1 e 2, que estão dadas, com as palmas das mãos encostadas e apenas</p><p>os polegares entrelaçados. Nas fotos 5 e 6, estão de mãos dadas, com a mão do atleta 1 por baixo e a do 2 por</p><p>cima. Os dois estão com os dedos indicador e médio fechados ao longo do punho um do outro, apoiando uma mão</p><p>na outra. Nas fotos 7 e 8, as palmas das mãos estão encostadas, e todos os dedos fechados ao redor da mão,</p><p>apoiando uma mão na outra. Já nas fotos 9 e 10, aparecem as 4 mãos, sendo 2 do atleta 1 e 2 do atleta 2. As mãos</p><p>de cada um estão voltadas para baixo e segurando no punho da outra, formando um quadrado. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>ELEMENTOS TÉCNICOS E PEDAGÓGICOS DOS MOVIMENTOS</p><p>GÍMNICOS</p><p>Estudante, as descrições feitas representam os diferentes movimentos propostos</p><p>como básicos para a ginástica de solo. Essa foi a forma que encontramos para que</p><p>você se aproxime da maneira mais adequada da execução. Por isso, pedimos bas-</p><p>tante atenção na forma com que os movimentos são apresentados e nos aspectos</p><p>técnicos e possíveis erros que devem ser evitados na hora de fazer o exercício.</p><p>Manual de ajudas em ginástica</p><p>Autor: Carlos Araújo.</p><p>Editora: Fontoura.</p><p>Sinopse: esse livro aborda os estudos em ginástica, com foco</p><p>na ginástica artística, passando por diferentes aparelhos (solo,</p><p>saltos de cavalo, barra fixa, paralelas assimétricas, cavalo com</p><p>alças, argolas, paralelas e trave). Há, também, um capítulo final</p><p>com exercícios para preparação física (fleibilidade, força e ve-</p><p>locidade). Cada ficha está estruturada conjugando texto com</p><p>ilustrações e apresenta os aspectos técnicos mais importantes,</p><p>os erros mais frequentes, as ações motoras predominantes, a</p><p>ajuda e várias situações de aprendizagem.</p><p>Comentário: para te ajudar a compreender as técnicas de al-</p><p>guns movimentos gímnicos e a forma correta de auxiliar os</p><p>nossos alunos na realização dos movimentos, sugiro a leitura</p><p>do livro Manual de ajudas em Ginástica, do autor Carlos Araú-</p><p>jo, no qual há explicações e ilustrações dos movimentos e dos</p><p>auxílios.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>Destacamos que os aspectos técnicos e os erros a serem evitados foram escritos a</p><p>partir do referencial teórico de Araújo (2012). A partir disso, vamos ao trabalho!</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>ELEMENTOS DE BASE</p><p>Vela (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses)</p><p>A vela é um elemento estático que se enquadra nos movimentos não acro-</p><p>báticos. A execução dela é realizada com o apoio de todo o corpo apenas sobre</p><p>os ombros/escápulas e a parte de trás do pescoço e da cabeça. Na iniciação, o</p><p>praticante pode apoiar as mãos nas costas para dar suporte a todo o corpo e,</p><p>com a prática, pode estender os braços paralelamente e em contato com o solo.</p><p>ASPECTOS TÉCNICOS IMPORTANTES:</p><p>contrair o corpo todo durante a execução. Tentar projetar a ponta dos pés o mais alto</p><p>possível. Manter as pernas fechadas durante a execução.</p><p>ERROS A EVITAR:</p><p>não contrair o quadril durante a execução. Não controlar o corpo na mesma posição</p><p>durante a execução. Não apoiar as costas com as mãos no processo de aprendizagem.</p><p>Rolamento para frente grupado (GA, Gacro, GR, GPT, Atividades Circenses)</p><p>O rolamento para frente grupado pode ser iniciado na posição em pé. Em</p><p>seguida, é realizado um agachamento, flexionando-se as duas pernas unidas.</p><p>As mãos devem ser apoiadas no solo à frente do corpo. As pernas iniciam o</p><p>impulso para rolar, ao estenderem-se, fazendo com que o peso do corpo fique</p><p>sobre as mãos. A cabeça deve ficar encolhida, ou seja, o queixo deve ficar pró-</p><p>ximo ao esterno, de forma que possibilite que o próximo apoio seja dos ombros</p><p>sobre o solo. Não se pode, em momento algum, tocar o chão. Após retirar o</p><p>apoio das pernas do solo, deve-se encolhê-las de forma que os joelhos fiquem</p><p>próximos ao peito (posição grupada). Passa-se, então, pela posição sentada e,</p><p>com a extensão das pernas, fica-se na posição em pé novamente.</p><p>■ Aspectos técnicos importantes: mãos no solo na largura dos ombros e</p><p>viradas para a frente; forte impulsão dos membros inferiores; manutenção</p><p>do corpo bem fechado sobre si próprio durante o rolamento; elevação do</p><p>quadril; e repulsão efetiva das mãos no solo na parte final.</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>■ Erros a evitar: não apoiar as mãos viradas para a frente; não juntar o</p><p>queixo ao peito; dar pouca impulsão com os membros inferiores; abrir</p><p>o ângulo tronco/membros inferiores demasiado cedo; e fazer pouca re-</p><p>pulsão de mãos no solo.</p><p>É importante que, para avançar para os outros tipos de rolamento, como afastado</p><p>e carpado, os quais estudaremos a seguir, o aluno já saiba executar o rolamento</p><p>grupado, pois ele é a base para os demais rolamentos.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>Rolamento para Frente Afastado (GA, Gacro, GR, GPT, Atividades Circenses)</p><p>A diferença desse rolamento para o rolamento grupado é que, após o início</p><p>do movimento de rotação e no momento em que as pernas deixam o chão, estas</p><p>devem se afastar, mantendo-se estendidas. As mãos devem se posicionar à frente</p><p>do corpo (entre as pernas) para que, no momento em que os pés tocarem o solo,</p><p>estas impulsionem o quadril para cima, de forma a retirá-lo do chão, permitindo</p><p>retornar à posição em pé. Como variação, é possível já iniciar o movimento com</p><p>as pernas afastadas, mantendo-as dessa forma até o final do rolamento.</p><p>■ Aspectos técnicos importantes: mãos no solo na largura dos ombros</p><p>e viradas para a frente; forte impulsão dos membros inferiores; apoio das</p><p>mãos longe do apoio dos pés; membros inferiores estendidos e se afastam</p><p>só na fase final do rolamento; boa flexão do tronco para a frente para</p><p>permitir a repulsão dos membros superiores efetuada “por dentro” dos</p><p>membros inferiores afastados.</p><p>■ Erros a evitar: má colocação e orientação das mãos no solo; fraca impulsão</p><p>dos membros inferiores; rolamento deficiente (“bater com as costas no solo”);</p><p>não aproximar bem o tronco sobre os membros inferiores, o que dificulta a</p><p>manutenção da velocidade de execução e a chegada à posição em pé.</p><p>Rolamento para Frente Carpado (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses)</p><p>Nesse rolamento, após o início do movimento de rotação e a partir do mo-</p><p>mento em que as pernas deixam o chão, elas devem se manter totalmente esten-</p><p>didas e unidas até o final. No momento do rolamento em que se chega à posição</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>sentada, as mãos devem se posicionar ao lado das pernas para empurrar o quadril</p><p>para cima, de forma a retirá-lo do chão e permitindo retornar à posição em pé.</p><p>■ Aspectos técnicos importantes: mãos no solo na largura dos ombros</p><p>e viradas para a frente; forte impulsão dos membros inferiores; apoio das</p><p>mãos longe do apoio dos pés; membros inferiores estendidos e sempre</p><p>unidos e os pés em flexão plantar; boa flexão de tronco para a frente,</p><p>para permitir a repulsão de membros superiores efetuada “por fora” dos</p><p>membros inferiores.</p><p>■ Erros a evitar: má colocação e orientação das mãos no solo; fraca impul-</p><p>são dos membros inferiores; rolamento deficiente (“bater” com as costas</p><p>no solo), o que dificulta ficar em pé; não manter o tronco próximo dos</p><p>membros inferiores até ficar na posição em pé.</p><p>Rolamento para Trás Grupado (GA, Gacro, GR, GPT, Atividades Circenses)</p><p>O rolamento para trás grupado é o movimento realizado a partir de uma posi-</p><p>ção parada e agachada sobre os dois pés paralelos. É importante que o executante</p><p>esteja em posição grupada (agachado e com os joelhos próximos ao peito). No</p><p>momento do desequilíbrio para trás, o aluno deverá colocar o queixo no peito e</p><p>passar sobre as costas. Nesse momento, ele deverá colocar as duas mãos abertas</p><p>e viradas para o solo sobre as orelhas, de maneira que as mãos tenham contato</p><p>com o solo durante a passagem da cabeça e do corpo de um lado para o outro.</p><p>Ao realizar essa passagem, o executante deverá colocar</p><p>os pés no solo e voltar à</p><p>posição de início para, depois, levantar-se.</p><p>■ Aspectos técnicos importantes: fechar bem os membros inferiores</p><p>flexionados sobre o tronco (joelhos ao peito); flexionar a cabeça para a</p><p>frente, de forma a encostar o queixo no peito; manter o corpo fechado</p><p>sobre si durante toda a execução do movimento; fazer a repulsão das</p><p>mãos no solo na parte final com vigor, de forma a elevar a cabeça e não</p><p>bater com ela no solo.</p><p>■ Erros a evitar: não fechar completamente os membros inferiores sobre</p><p>o tronco; não juntar o queixo ao peito; não apoiar bem as mãos (por bai-</p><p>xo dos ombros e viradas para a frente); abrir o ângulo tronco/membros</p><p>inferiores cedo demais; fazer pouca repulsão dos membros superiores</p><p>no solo, o que leva à falta de amplitude e, eventualmente, a bater com a</p><p>cabeça no solo.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Rolamento para Trás Afastado (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses)</p><p>O rolamento para trás afastado deverá ser iniciado da posição de pé e com</p><p>as pernas afastadas. No momento de desequilíbrio para trás, o executante deverá</p><p>colocar as duas mãos nos meios das pernas para amortecer a chegada ao solo.</p><p>Ao chegar ao solo, o movimento deve continuar no mesmo sentido até que as</p><p>costas toquem o solo. Nesse momento, o aluno deve colocar as mãos sobre as</p><p>orelhas para impulsionar o solo durante a passagem e finalizar o rolamento com</p><p>as pernas afastadas. O executante deverá manter as pernas afastadas do começo</p><p>ao fim, sem flexionar em nenhum momento.</p><p>■ Aspectos técnicos importantes: flexão do tronco sobre os membros</p><p>inferiores e o queixo sobre o tronco; manutenção do corpo bem fechado</p><p>sobre si próprio durante o rolamento; repulsão efetiva das mãos no solo,</p><p>de forma a passar a cabeça sem bater; e manutenção das pernas afastadas</p><p>e estendidas durante toda a execução.</p><p>■ Erros a evitar: não fechar completamente o tronco sobre os membros</p><p>inferiores; não juntar o queixo ao peito; não “empurrar” com força su-</p><p>ficiente o solo, o que provoca falta de amplitude e pode provocar o bati-</p><p>mento da cabeça no chão; fraca impulsão; e flexionar ou fechar as pernas</p><p>durante a execução.</p><p>Rolamento para Trás Carpado (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses)</p><p>O rolamento para trás carpado deverá ser iniciado da posição de pé e com</p><p>as pernas unidas. No momento de desequilíbrio para trás, o executante deverá</p><p>descer as duas mãos atrás das pernas para amortecer a chegada ao solo. É impor-</p><p>tante que ele vá descendo as mãos até ter contato com o chão. Ao chegar ao solo,</p><p>o movimento deve continuar no mesmo sentido até que as costas toquem o solo.</p><p>Nesse momento, o aluno deve colocar as mãos sobre as orelhas para impulsionar</p><p>o solo durante a passagem e finalizar o rolamento com as pernas unidas e esten-</p><p>didas. O executante deverá manter as pernas unidas e estendidas (carpadas) do</p><p>começo ao fim, sem flexionar em nenhum momento.</p><p>■ Aspectos técnicos importantes: flexão do tronco sobre os membros</p><p>inferiores e o queixo sobre o tronco; manutenção do corpo bem fechado</p><p>sobre si próprio durante o rolamento; repulsão efetiva das mãos no solo,</p><p>de forma a passar a cabeça sem bater; e manutenção das pernas unidas e</p><p>estendidas durante toda a execução.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>■ Erros a evitar: não fechar completamente o tronco sobre os membros</p><p>inferiores; não juntar o queixo ao peito; não “empurrar” com força</p><p>suficiente o solo, o que provoca falta de amplitude e pode provocar o</p><p>batimento da cabeça no chão; fraca impulsão; e flexionar ou abrir as per-</p><p>nas durante a execução.</p><p>Roda (GA, Gacro, GR, GPT, Atividades Circenses)</p><p>A roda é o movimento popularmente conhecido como “estrelinha”. A posição</p><p>inicial é em pé. Em seguida, dá-se um passo para a frente e se flexiona o tronco</p><p>em direção ao solo, de forma a apoiar as mãos no chão lateralmente à frente do</p><p>pé. Dessa posição, a perna que deu o passo deve dar um impulso, de forma que</p><p>o quadril e as pernas se elevem, passando pelo apoio apenas nos braços (posição</p><p>de parada de mãos, porém com as pernas afastadas). Os membros inferiores,</p><p>então, deverão retomar o apoio no solo, posicionando-se, primeiramente, um</p><p>pé, e, depois, o outro. Após apoiar o primeiro pé no solo, os membros superiores</p><p>se elevam, permitindo que o corpo retome a posição em pé, porém no sentido</p><p>contrário ao que estava antes de realizar o movimento. O movimento deve ser</p><p>fluente, sem paradas, para que a execução seja correta. É interessante utilizar</p><p>uma linha no chão para dar referência à realização do movimento, que deve ser</p><p>realizado com todos os apoios alinhados e seguindo para a mesma direção.</p><p>■ Aspectos técnicos importantes: lançamento enérgico da perna livre;</p><p>apoio das mãos no solo na mesma linha em que o movimento acontece;</p><p>passagem do corpo estendido durante a fase de apoio invertido (parada</p><p>de mãos); grande afastamento dos membros inferiores durante a fase de</p><p>passagem pelo apoio invertido; tonicidade geral do corpo; e encaixe ade-</p><p>quado dos quadris.</p><p>■ Erros a evitar: inserção das mãos muito perto do pé do membro inferior</p><p>de impulsão; inserção das mãos fora da linha de movimento; inserção das</p><p>duas mãos em apoio simultâneo; o corpo não passa pela vertical e/ou os</p><p>ombros avançam para fora do alinhamento corporal; falta de amplitude</p><p>no afastamento dos membros inferiores; e falta de ritmo e/ou interrupção</p><p>do movimento.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Rodante (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses)</p><p>Iniciando na posição em pé, com as pernas levemente afastadas na posição</p><p>anteroposterior, a perna da frente vai flexionar ligeiramente no mesmo instante</p><p>em que os braços são projetados para a frente em direção ao solo. No momento</p><p>em que a primeira mão toca o solo, ocorre a impulsão das pernas. O corpo, en-</p><p>tão, ficará na posição invertida. O tronco, em conjunto com as pernas, fará uma</p><p>rotação de 180°. Os braços realizarão uma repulsão, iniciando a fase em que se</p><p>perde o contato com o solo, finalizando em pé. Na rodante, deve-se finalizar com</p><p>o corpo virado para o lado oposto ao do início do movimento. Esse movimento</p><p>é facilitado quando se inicia com uma pequena corrida.</p><p>■ Aspectos técnicos importantes: buscar apoiar as mãos o mais longe</p><p>possível do apoio dos pés; a primeira mão a apoiar o solo deve ser posicio-</p><p>nada virada para o lado, enquanto a segunda mão é apoiada com os dedos</p><p>apontados para o local onde se iniciou o movimento; forte impulsão dos</p><p>membros superiores; ao final, os pés devem ser “puxados” para perto do</p><p>local onde as mãos estão apoiadas; e a rodante deve terminar com um</p><p>salto para cima e para trás, mantendo-se o peito para dentro e olhando</p><p>para a frente com os membros superiores bem elevados.</p><p>■ Erros a evitar: não virar a segunda mão para trás; apoiar as duas mãos</p><p>ao mesmo tempo (uma deve ser apoiada antes da outra); e não terminar</p><p>com forte impulsão de membros inferiores (não saltar para cima ao final).</p><p>Parada de Cabeça (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses)</p><p>A parada de cabeça ou parada de três apoios é um movimento estático. O</p><p>executante se encontra em uma posição invertida, tendo, como apoios, a cabeça</p><p>e as mãos. Primeiramente, é importante que o aluno aprenda a posição chamada</p><p>“elefantinho”. Para isso, é importante que ele fique de joelhos e faça um triângulo</p><p>com as mãos em contato com o solo. Na sequência, ele deverá ir afastando as</p><p>É importante que você sempre esteja atento(a) ao rosto do aluno e à respectiva</p><p>movimentação. Caso perceba algo errado, intervenha e converse com ele para</p><p>iniciar novamente. É normal ter resistência a movimentos de inversão. Por isso, é</p><p>muito importante a conversa. O aluno precisa confiar em você.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>mãos e colocando-as próximas aos joelhos. Depois, deve colocar a cabeça no solo,</p><p>formando um novo triângulo, composto, agora, pela cabeça e pelas duas mãos.</p><p>Com os braços flexionados, deve apoiar os joelhos sobre os cotovelos e manter</p><p>essa posição, semelhante a um pequeno elefante. Ao se sentir seguro, o executante</p><p>deverá contrair o abdome</p><p>e, aos poucos, ir estendendo as pernas até que fique na</p><p>posição invertida e com as pernas estendidas.</p><p>■ Aspectos técnicos importantes: apoiar a cabeça um pouco acima da</p><p>testa (cujo ponto de apoio no solo faça um triângulo com os apoios das</p><p>mãos); subir o quadril e, quando estiver por cima dos apoios, subir os</p><p>membros inferiores para a vertical; tonicidade, membros inferiores e pés</p><p>bem estendidos.</p><p>■ Erros a evitar: subir os membros superiores cedo demais, antes da ele-</p><p>vação dos quadris; deixar a cabeça muito longe ou próxima demais das</p><p>mãos; e não contrair o corpo em toda a execução.</p><p>Os elementos que exigem inversão de eixo ou contato da cabeça com o solo de-</p><p>vem receber atenção redobrada. Por isso, sempre faça os auxílios e esteja em con-</p><p>tato direto com os alunos.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>Parada de Mãos (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses)</p><p>A parada de mãos é um elemento estático em que o executante fica na po-</p><p>sição invertida, sustentando todo o corpo estendido sobre as mãos e os braços</p><p>estendidos. Ele é conhecido popularmente como “bananeira”. Para a execução, o</p><p>aluno deverá estender os braços na linha dos ombros, colocar as mãos no chão</p><p>e lançar as pernas para cima, de maneira que o corpo fique na posição invertida,</p><p>sendo sustentado pelos braços. Na iniciação, é importante que o aluno aprenda a</p><p>fazer o lançamento das pernas, primeiro, lançando-as e dando “pedaladas no ar”</p><p>e, depois, tentando bater palmas com os pés. Ao sentir-se seguro, poderá fazer a</p><p>parada de mãos com o auxílio do(a) professor(a) (que deverá segurar no quadril)</p><p>ou realizar o movimento utilizando a parede como apoio.</p><p>■ Aspectos técnicos importantes: mãos no solo na largura dos ombros,</p><p>dedos afastados e virados para a frente; cabeça com o olhar dirigido para</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>a frente; membros superiores em extensão completa (ombros encaixados);</p><p>e pernas estendidas com o corpo em completo alinhamento e tonicidade.</p><p>■ Erros a evitar: não apoiar as mãos viradas para a frente; flexionar a ca-</p><p>beça (queixo ao peito); não fazer alinhamento dos segmentos corporais;</p><p>e não efetuar a contração em todos os grupos musculares (tonicidade),</p><p>especialmente nos glúteos e nos pés (devem se posicionar em flexão</p><p>plantar máxima).</p><p>ACROBACIAS DE SOLO</p><p>Estudante, neste tópico,</p><p>aprenderemos alguns ele-</p><p>mentos que apresentam um</p><p>grau de dificuldade um pou-</p><p>co maior do que os anteriores,</p><p>uma vez que, a partir de ago-</p><p>ra, alguns deles serão a junção</p><p>ou a adaptação de um movi-</p><p>mento básico que aprende-</p><p>mos no tópico anterior.</p><p>Por isso, é muito importante que, ao trabalhar com esses movimentos que</p><p>conheceremos a partir de agora, o aluno já tenha uma vivência e um conhecimento</p><p>prévio dos movimentos básicos que aprendemos no tópico anterior. Além disso, é</p><p>importante que o aluno já tenha desenvolvido algumas habilidades, como força,</p><p>coordenação e flexibilidade, para a execução de alguns desses movimentos.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>Parada de Mãos com Rolamento para Frente (GA, Gacro, GPT, Atividades Cir-</p><p>censes)</p><p>A parada de mão com rolamento tem início com a entrada do executante</p><p>na parada de mão. É importante que, para que o aluno execute a parada com</p><p>rolamento, ele já tenha domínio e controle sobre a parada de mãos. Para a exe-</p><p>cução em posição de parada de mãos, o aluno deverá colocar o queixo no peito</p><p>e ir flexionando os braços de maneira que se tenha uma condução das costas</p><p>(escápulas) em contato com o solo. A partir desse contato, os membros inferiores</p><p>(joelhos e pernas) são flexionados e trazidos junto ao peito, de forma semelhante</p><p>ao rolamento grupado. O executante deverá finalizar o rolamento sobre os pés da</p><p>mesma maneira que se finaliza o rolamento grupado para a frente.</p><p>■ Aspectos técnicos importantes: flexão controlada dos membros superio-</p><p>res na fase do rolamento; encaixe do queixo no peito ao início da flexão dos</p><p>braços; e arredondar as costas para melhor descida do rolamento no solo.</p><p>■ Erros a evitar: fazer uma queda descontrolada na fase do rolamento</p><p>(queixo não está junto ao peito); costas pouco arredondadas, o que leva</p><p>a bater no solo por descer na vertical, ao contrário de ligeiramente para a</p><p>frente; e não coordenar a flexão dos braços com aproximação dos mem-</p><p>bros inferiores e o tronco.</p><p>Não se deve passar dos elementos mais simples para os mais complexos sem que</p><p>os primeiros estejam perfeitamente assimilados. Em outras palavras, é importante</p><p>respeitar as etapas de aprendizagem (ARAÚJO, 2012).</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>Oitava (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses)</p><p>A oitava é um movimento que exige bastante força dos executantes, princi-</p><p>palmente dos membros inferiores, já que ele une dois movimentos: o rolamento</p><p>para trás carpado e a parada de mãos. A execução dele se inicia de forma seme-</p><p>lhante ao rolamento para trás carpado. No momento em que for passar a cabeça</p><p>pelo solo, o aluno deverá fazer um impulso com as mãos e braços, de forma que</p><p>consiga ficar na posição de parada de mãos (apoio invertido).</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>■ Aspectos técnicos importantes: fase inicial com extensão completa dos</p><p>membros inferiores e com os membros superiores no prolongamento do</p><p>corpo; flexionar o tronco para a frente para ajudar a descer/sentar; aber-</p><p>tura enérgica dos membros inferiores em relação ao tronco para facilitar</p><p>a subida para a parada de mãos; repulsão forte dos membros superiores</p><p>no solo em coordenação com a abertura do corpo; encaixe dos ombros</p><p>para facilitar o equilíbrio do apoio invertido; e tonicidade geral.</p><p>■ Erros a evitar: abertura demasiada, “cedo” ou “tarde” demais; descoor-</p><p>denação temporal entre a repulsão de membros superiores e a abertura</p><p>de membros inferiores sobre o tronco; falta de tonicidade geral; e falta de</p><p>equilíbrio no apoio invertido.</p><p>Ponte (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses)</p><p>A ponte é um elemento que demonstra flexibilidade. O aluno iniciante deve</p><p>começar na posição deitado, com as pernas flexionadas e os pés apoiados no</p><p>solo. As mãos são apoiadas no solo de forma invertida ao lado das orelhas. Para</p><p>se colocar na posição de ponte, os braços devem empurrar o chão, buscando se</p><p>estender, enquanto o quadril deve ser elevado em direção ao teto, formando um</p><p>arco com a coluna. Para alunos mais avançados, é possível iniciar na posição em</p><p>pé, com os braços estendidos e elevados acima da cabeça. Levando-se a cabeça e</p><p>os braços para trás, o corpo começa a formar um arco até que as mãos alcancem o</p><p>solo, fazendo a posição de ponte. Deve-se buscar estender não apenas os membros</p><p>superiores, mas também os inferiores, sem mudar os pés de lugar.</p><p>■ Aspectos técnicos importantes: membros superiores e inferiores em</p><p>extensão completa; palmas das mãos completamente apoiadas no solo;</p><p>elevação significativa dos quadris; e empurrar com os pés tentando esten-</p><p>der completamente os membros inferiores e forçar, com isso, a inserção</p><p>dos ombros em uma linha perpendicular ao apoio das mãos no solo.</p><p>■ Erros a evitar: membros superiores e/ou inferiores flexionados; flexão da</p><p>cabeça (queixo ao peito); palmas das mãos não apoiam completamente</p><p>no solo; quadris pouco elevados; e pés muito longe das mãos.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>Figura 7 – Ponte / Fonte: o autor.</p><p>Descrição da Imagem: trata-se de uma foto de uma mulher que faz o exercício da ponte. Ela se encontra de</p><p>costas para o solo, sobre um tapete de yoga, com as duas mãos apoiadas paralelamente, de forma invertida,</p><p>com os dedos apontados em direção aos pés. Os dois pés também estão apoiados paralelamente sobre o solo.</p><p>O tronco e o quadril estão afastados do solo, formando um arco, com as pernas flexionadas. Fim da descrição.</p><p>Reversão para Frente ou Arco para Frente (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses)</p><p>O início desse movimento é na posição de pé com os membros superiores</p><p>estendidos acima da cabeça. Deve-se dar um passo à frente e, depois, flexionar</p><p>o tronco de forma a apoiar as mãos no solo. A perna de trás se eleva e a perna</p><p>da frente impulsiona a elevação do quadril, fazendo com que o único</p><p>que sua atividade política expressiva e seu destaque no</p><p>contexto social e educacional fizeram com que o sistema de</p><p>Jahn se tornasse o preferido por mais de 100 anos na Alema-</p><p>nha e em países influenciados por sua cultura. Nascido em</p><p>Lanz, ele fundou uma ginástica patriótica, que tinha objetivo</p><p>político nacionalista.</p><p>De acordo com Soares (2007), a ginástica de Jahn ultra-</p><p>passava o caráter da saúde e da moral, sendo o caráter militar</p><p>bastante reforçado. Essa ginástica preconizava a preparação</p><p>dos jovens para guerra e também carregava fortemente a ideo-</p><p>logia higienista. Durante os exercícios físicos, Jahn utilizava</p><p>obstáculos, os quais mais tarde foram chamados de apare-</p><p>lhos de ginástica. Com intuito de reforçar o patriotismo, Jahn</p><p>substituiu a palavra gymnastik (ginástica) pela palavra alemã</p><p>turnkunst, que significa “a arte da ginástica”. O turnkunst era</p><p>praticado em local aberto e arborizado chamado Volkspark</p><p>Hasenheide (parque do povo). O lugar contava com instala-</p><p>ções para a prática dos exercícios e uma praça que servia de</p><p>local para reuniões. Ramos (1982) afirma que esse tipo de</p><p>organização foi construído em outros pontos do país, com</p><p>intuito de incutir nos jovens o amor à pátria, e sua preparação</p><p>para o dissabor de uma possível guerra.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>Jahn seguiu a tradição de proteger sua língua materna e acreditava ser desneces-</p><p>sário utilizar palavras estrangeiras para referir-se a uma obra alemã, já que o alemão</p><p>era rico e original. Além do turnkunst, Jahn criou outros termos como: turnen (praticar</p><p>ginástica), turner (praticante de ginástica ou ginasta), turnplatz (local de prática de</p><p>ginástica), voltigieren (balançar, voltear), torner (lutar, brigar), turntag (dia da ginástica),</p><p>turnspiele (jogos ginásticos). São listados 69 novos termos no livro A Ginástica Alemã,</p><p>escrito por Janh, em 1967. A obra também traz o lema: Frisch, frey, fröhlich, fromm – ist</p><p>des Turners Reichtum, denominado os 4F de Janh, que significam que “a riqueza do</p><p>ginasta é ser vivo, livre, alegre e devoto” (PUBLIO, 2005, p. 15). O ginasta deveria ser,</p><p>portanto, perseverante, dedicar-se a um intenso aprendizado, e não se deixar levar</p><p>por prazeres e divertimentos incoerentes à vida dos jovens.</p><p>APROFUNDANDO</p><p>Figura 9 – Ilustração da prática ginástica proposta por Jahn – cavalo (a) e cordas (b) / Fonte: (a) https://</p><p>commons.wikimedia.org/wiki/File:Johann_Christoph_Friedich_Guths_Muths_Gymnastic_f%C3%BCr_die_Ju-</p><p>gend.png. Acesso em: 28 jun. 2024; (b) https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Johann_Christoph_Frie-</p><p>dich_Guths_Muths_Gymnastic_f%C3%BCr_die_Jugend2.png. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a prática da ginástica proposta por Janh é dividida em dois quadros. No primeiro, do lado</p><p>esquerdo, há três imagens, uma em cima da outra, representando uma sequência de movimentos sobre uma</p><p>estrutura em forma de cavalo com alças em seu dorso. A primeira demonstra um atleta sobre o cavalo, realizando</p><p>o movimento esquadro, que é quando ele se apoia nas mãos e sustenta as pernas afastadas lateralmente. Na</p><p>segunda, o atleta, ainda sobre o cavalo, está com as mãos, cada uma segurando uma alça do cavalo, e com o</p><p>corpo suspenso lateralmente. E na terceira imagem, o atleta continua sobre o cavalo, no entanto, as duas mãos</p><p>estão sobre uma única alça, e o corpo continua suspenso lateralmente. No segundo quadro, do lado direito, há</p><p>dois atletas, um suspenso pelas mãos em uma corda, que também está enrolada em um de seus pés; e o outro</p><p>está suspenso pelas mãos e pés, em um mastro fixo. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>De acordo com Ramos (1982) e Borrmann (1980), o Turnkunst foi considerado,</p><p>mais tarde, como perigoso ao Estado, devido à atitude revolucionária dos prati-</p><p>cantes, sendo assim, interditado na Prússia e em outros países alemães, consti-</p><p>tuindo o que ficou conhecido como “bloqueio ginástico”. Jahn foi condenado à</p><p>prisão em 1819, e quando absolvido teve de viver confinado em casa, sem poder</p><p>estabelecer-se em nenhuma cidade universitária. Só mais tarde foi libertado e</p><p>honrado pela atuação patriótica. A interdição do método alemão ocorreu entre</p><p>1820 e 1942, contudo, sua prática ainda acontecia de forma clandestina, em espa-</p><p>ços fechados, permitindo que novos aparelhos e técnicas surgissem, contribuindo</p><p>para a constituição da atual ginástica artística.</p><p>Outro nome importante a ser citado, em se tratando da Escola Alemã, é o de</p><p>Adolf Spiess, que estudou em uma escola influenciada por Pestalozzi e lá entrou</p><p>em contato com o sistema ginástico de Guts Muths. Ramos (1982) afirma que</p><p>ele foi considerado um continuador da obra de Muths e denominado Pai da</p><p>Ginástica Escolar Alemã.</p><p>Marinho (1958) destaca que Spiess foi considerado um inovador e suas ideias</p><p>trouxeram novos ares para a escola da época, sem falar do interesse dos estudantes</p><p>pela prática da educação física. Os aparelhos nas praças trouxeram um colorido</p><p>para as escolas da época, garantindo um lugar de destaque entre os educadores</p><p>como um dos recursos da pedagogia na educação física por meio do ensino da</p><p>ginástica. Ele exaltou a ginástica de exibição como importante ferramenta para</p><p>o despertar da prática pelos leigos e para a atenção das autoridades.</p><p>Marinho (1958) aponta, ainda, que Spiess lutou pelo emprego de professores</p><p>especialistas em número suficiente para as turmas, criando cursos destinados à</p><p>formação de docentes. No Brasil, o método alemão de ginástica foi considerado</p><p>oficial do Exército Brasileiro de 1860 até 1912, quando foi substituído pelo mé-</p><p>todo da Escola Francesa.</p><p>A Escola Nórdica/Sueca abrange um estudo das atividades físicas na Sué-</p><p>cia, Dinamarca, Finlândia, Noruega, Islândia e Estônia-Letônia. O proponente</p><p>desse método é Pehr Henrik Ling (1776-1839), que desenvolveu uma ginástica</p><p>impregnada de nacionalismo e destinada a regenerar o povo, tornando os ho-</p><p>mens capazes de preservar a paz na Suécia – que havia sido arrasada pela política</p><p>expansionista do imperialismo russo e guerras napoleônicas, assim como pelas</p><p>doenças, como tuberculose e raquitismo. Os autores Langlade e Langlade (1970)</p><p>e Ramos (1982) afirmam que se buscava, por meio da ginástica, extirpar os vícios</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>da sociedade, dentre os quais, o alcoolismo, a fim de criar indivíduos fortes e</p><p>saudáveis, necessários à produção da pátria.</p><p>Figura 10 - Aula de Ginástica Sueca</p><p>Fonte: https://miro.medium.com/v2/resize:fit:720/0*CuMj2XEYLnxKKR6H. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a fotografia apresenta uma aula de ginástica sueca. Na imagem, há uma sala, na qual,</p><p>em suas paredes, tem um aparelho fixo chamado de espaldar, que é constituído por diversas traves horizontais</p><p>e paralelas fixas a duas barras verticais. Ao centro da sala, há vários atletas dispostos em pé, em seis fileiras,</p><p>um atrás do outro, realizando o seguinte movimento: com as pernas afastadas um pouco mais que a largura do</p><p>quadril, braços abertos ao lado do corpo, com o tronco levemente inclinado para a esquerda, com a cabeça ereta,</p><p>olhando para frente. No canto esquerdo da imagem, há um homem em pé, de terno, com o corpo ereto, olhando</p><p>para os atletas, como se fosse o professor. Fim da descrição.</p><p>Assim, conforme afirma Ramos (1982), o método de Ling se baseava na ciência,</p><p>a partir de uma análise anatômica do corpo, e a prática da ginástica deveria ser</p><p>dividida em quatro partes: ginástica pedagógica ou educativa; ginástica militar;</p><p>ginástica médica e ortopédica; e ginástica estética, tornado evidente o caráter</p><p>médico-higiênico e a anatomofisiológico.</p><p>Como princípios fundamentais da proposta de Ling, podemos especificar:</p><p>1</p><p>4</p><p>PRINCÍPIO 1</p><p>Os movimentos ginásticos devem se basear nas necessidades e nas leis do organismo</p><p>humano, escolhendo as formas mais eficazes, segundo certas regras, sem esquecer</p><p>as exigências da beleza.</p><p>PRINCÍPIO 2</p><p>A ginástica deve desenvolver harmonicamente o corpo, atuando sobre as suas dife-</p><p>rentes partes, dentro das possibilidades de cada</p><p>apoio</p><p>seja as mãos. Os membros inferiores devem se manter afastados (afastamento</p><p>anteroposterior). Um dos pés, então, deverá tocar o solo (colocando o corpo</p><p>em posição de ponte, apenas com um pé no chão). O peso do corpo deve ser</p><p>projetado para os quadris, liberando as mãos e permitindo que o tronco se</p><p>eleve, voltando à posição de pé.</p><p>■ Aspectos técnicos importantes: apoiar as mãos no solo, mantendo os</p><p>membros superiores em extensão completa; é importante não perder o</p><p>ritmo do movimento (uma parada no meio pode significar a perda do</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>equilíbrio e uma queda); a passagem por apoio invertido deve ser feita</p><p>com os membros inferiores bem afastados (em espacato); e na fase final</p><p>(ao retomar a posição de pé), não deverá deixar a cabeça para trás, nem</p><p>baixar imediatamente os membros superiores (por questões não apenas</p><p>de equilíbrio, mas também de estética).</p><p>■ Erros a evitar: flexionar os membros inferiores no apoio; falta de ampli-</p><p>tude no afastamento dos membros inferiores na passagem pela vertical;</p><p>e falta de impulsão de membros superiores na fase final, o que impedirá</p><p>de alcançar a posição de pé em equilíbrio.</p><p>A ginástica, nos últimos anos, tem se caracterizado pela execução de movimentos</p><p>precisos e com grande rigor técnico, o que dá a sensação, para os leigos, de que é</p><p>tudo muito fácil, quando, na verdade, não é (ARAÚJO, 2012).</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>Reversão para Trás ou Arco para Trás (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses)</p><p>A reversão para trás se inicia na posição de pé. Uma das pernas permanece</p><p>posicionada à frente, mas sem apoiar no solo, enquanto os membros superiores</p><p>devem estar estendidos acima da cabeça. O início do movimento acontece com</p><p>a elevação da perna que está à frente e, logo em seguida, os braços e a cabeça são</p><p>levados para trás, iniciando a flexão do tronco. As mãos se apoiarão no solo, e o</p><p>quadril e as pernas serão elevados. As pernas devem se manter afastadas e esten-</p><p>didas (afastamento anteroposterior) durante a passagem pelo apoio das mãos. Em</p><p>seguida, um dos pés será apoiado no solo e o tronco e os membros inferiores se</p><p>elevarão, retornando à posição em pé.</p><p>■ Aspectos técnicos importantes: elevar um membro inferior antes</p><p>de iniciar a flexão do tronco para trás; olhar para a frente; passar pelo</p><p>apoio invertido com os membros inferiores bem afastados; e impul-</p><p>sionar-se fortemente no solo com as mãos na passagem (impulsão de</p><p>membros superiores).</p><p>■ Erros a evitar: falta de flexibilidade na flexão do tronco e/ou na antepul-</p><p>são de membros superiores; falta de tonicidade geral e/ou força dinâmica,</p><p>o que resulta na perda do equilíbrio; falta de flexibilidade no afastamento</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>anteroposterior de membros inferiores; e troca dos membros inferiores</p><p>na passagem por apoio invertido.</p><p>Flick-Flack (GA, Gacro, GPT, Atividades Circenses)</p><p>O flick-flack é um movimento que chama bastante a atenção pela característi-</p><p>ca de execução. Para que ele seja feito, o executante precisa ter força, coordenação</p><p>e controle corporal. O movimento se dá a partir de um impulso realizado com os</p><p>dois pés, mediante uma pequena flexão das pernas. Ao realizar esse impulso para</p><p>trás, o executante deverá colocar as mãos no solo (de forma rápida e passageira)</p><p>para já finalizar na posição de pé.</p><p>■ Aspectos técnicos importantes: ligeira inclinação do corpo para trás</p><p>no momento do salto e da ação dos membros superiores (procurar um</p><p>pequeno desequilíbrio antes de saltar); a ação dos membros superiores no</p><p>sentido de antepulsão deve ser muito rápida e enérgica; impulsão comple-</p><p>ta dos membros inferiores, que ficam em extensão durante o restante do</p><p>salto; elevar ligeiramente a cabeça, mas não fazer uma extensão completa</p><p>para trás; colocar os quadris para a frente na fase de voo (posição de retro-</p><p>versão que ajuda a “selar” o corpo); procurar o solo com as mãos viradas</p><p>para a frente e fazer recepção sem flexionar os membros superiores.</p><p>■ Erros a evitar: iniciar o salto com os membros inferiores demasiadamente</p><p>flexionados; iniciar o salto sem desequilíbrio para trás; velocidade insufi-</p><p>ciente dos membros superiores no lançamento (o que se traduz na trans-</p><p>ferência de pouca energia cinética ao resto do corpo); angular na fase de</p><p>voo (encolher-se); e flexionar os membros superiores na chegada ao solo.</p><p>Estudante, para finalizarmos este tema, gostaria que pensasse, a partir de nossos</p><p>estudos, na importância de se trabalhar com a ginástica, tanto no contexto es-</p><p>colar quanto fora da escola. Costa et al. (2016, p. 76) fizeram uma pesquisa com</p><p>o objetivo de:</p><p>“ [...] aprofundar os estudos sobre a Educação Física Escolar, para a</p><p>busca de elementos teórico-metodológicos que justifiquem a Gi-</p><p>nástica no contexto escolar; bem como identificar porque esta vem</p><p>sendo esquecida enquanto conteúdo pedagógico nas escolas.</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>Nesse estudo, foi realizada uma entrevista com os professores de Educação Físi-</p><p>ca Escolar sobre alguns temas, tais como: carga horária, faixa etária das turmas,</p><p>planejamento anual, conteúdos aplicados nas aulas, aplicação da ginástica como</p><p>conteúdo, dificuldades encontradas na aplicação desse conteúdo, formação inicial</p><p>dos professores, dentre outros, além da observação das aulas.</p><p>Como resultados, muitos professores declararam que não trabalham com a</p><p>ginástica como conteúdo curricular. Outros afirmaram que trabalham com a gi-</p><p>nástica como aquecimento, em uma atividade de estafeta, circuito, dentro de jogos</p><p>e brincadeiras, modalidades desportivas e no alongamento final (volta à calma).</p><p>Nesse sentido, alguns professores relataram que têm dificuldade de trabalhar o</p><p>conteúdo da ginástica na Educação Física Escolar devido ao desinteresse, seden-</p><p>tarismo e falta de respeito por parte dos alunos (COSTA et al., 2016). Outros</p><p>disseram que não trabalham com a ginástica na escola, porque não se sentem</p><p>preparados para isso e acreditam que é inadequada ou insuficiente a capacitação</p><p>dos professores para trabalhar esse conteúdo, pois os cursos de graduação não</p><p>os preparam para a realidade.</p><p>Outro motivo relatado pelos professores que justificam a ausência do conteúdo</p><p>ginástica na escola é a falta de espaço e materiais. Por fim, outro fator identificado</p><p>na pesquisa e que justifica a ausência da ginástica na escola é a visão que os</p><p>professores têm da ginástica apenas como modalidade de alto rendimento (COSTA</p><p>et al., 2016).</p><p>No entanto, alguns autores, como Soares (1992), Paoliello (2008), Schiavon e Nista-</p><p>Piccolo (2007) e Betti (1999), trazem argumentos que contestam essas justificativas.</p><p>Soares (1992) nos mostra que apresentar para os alunos os conteúdos e os ob-</p><p>jetivos que serão trabalhados nas aulas de ginástica escolar faz com que busquem</p><p>juntos (professor e aluno) as melhores formas de se organizar para a realização</p><p>das atividades, levando em consideração as possibilidades que cada um tem de</p><p>realizar os movimentos gímnicos.</p><p>Em seguida, a construção dos materiais que serão utilizados e a exploração</p><p>deles podem constituir uma proposta pedagógica para os alunos, para que eles</p><p>tenham essa vivência e a sensação de fazerem parte do processo de ensinoapren-</p><p>dizagem. Soares (1992) ainda elenca as atividades em duplas, para que os estu-</p><p>dantes realizem movimentos que podem ser feitos com o auxílio dos colegas.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>Paoliello (2008) afirma que a ginástica é um conteúdo da cultura corporal</p><p>que os professores deveriam dominar, sendo fundamental o ensino-aprendiza-</p><p>gem na formação inicial em Educação Física. Schiavon e Nista-Piccolo (2007)</p><p>reforçam que as modalidades gímnicas, por não serem tão comuns como outras</p><p>modalidades, acabam não sendo tão praticadas pelos acadêmicos na formação</p><p>inicial. Isso faz com que esses profissionais tenham que se dedicar mais para</p><p>buscar conhecimento e atualizações sobre o conteúdo.</p><p>Com relação à falta de espaço e materiais, Betti (1999) nos mostra que são</p><p>poucos os professores e os profissionais que buscam utilizar outros materiais,</p><p>isto é, os alternativos, e fazer uso de outros espaços não convencionais. Nesse</p><p>sentido, Soares (1992) explica que a falta de aparelhos oficiais da ginástica pode</p><p>desestimular o professor no ensino da ginástica. No entanto, quando há esses</p><p>aparelhos, há, também, uma tendência à “esportivização”, com normas fixas de</p><p>movimentos, trazendo à tona as regras de cada modalidade, o que não é neces-</p><p>sário para a ginástica escolar.</p><p>Partindo de nossos estudos, podemos verificar que há formas de se traba-</p><p>lhar com a ginástica, tanto no ambiente escolar quanto fora dele. Assim como</p><p>constatamos neste tema, não precisamos de aparelhos oficiais, por exemplo, para</p><p>ensinar ginástica, pois existem muitas modalidades gímnicas que não fazem uso</p><p>de aparelhos, como a ginástica acrobática e a ginástica aeróbica. Além disso, po-</p><p>demos adaptar os materiais!</p><p>A essa altura da sua busca por conhecimento, volto a te perguntar:</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Como você ministraria uma aula de ginástica acrobática de forma que os alunos</p><p>participassem? Até à próxima!</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>Fundamentos básicos da ginástica acrobática competitiva</p><p>Autores: Jorge Sergio Perez-Gallardo e Lucio Henrique Rezen-</p><p>de Azevedo</p><p>Editora: Autores Associados</p><p>Sinopse: a ginástica acrobática, derivada de manifestações ar-</p><p>tísticas das culturas asiáticas, é uma das mais antigas práticas</p><p>esportivas, que, com o passar dos anos, foi se transformando</p><p>em uma modalidade esportiva de grande impacto e aceitação</p><p>no âmbito mundial. Na obra, encontram-se todas as metodo-</p><p>logias para a aquisição das formas básicas da ginástica acro-</p><p>bática, com os fundamentos teóricos necessários para iniciar</p><p>essa modalidade de forma competitiva ou como base para as</p><p>modalidades artísticas que se utilizam de acrobacias, tais como</p><p>o circo, a ginástica geral e a dança. Essa obra está destinada a</p><p>professores de Educação Física que atuam no âmbito escolar</p><p>e em academias e estão interessados no desenvolvimento da</p><p>ginástica acrobática tanto no meio educativo quanto na prática</p><p>esportiva.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>NOVOS DESAFIOS#</p><p>Neste tema, estudamos a modalidade ginástica acrobática, incluindo o processo</p><p>histórico e as respectivas características a partir dos participantes e das diferentes</p><p>formas com as quais podemos construir figuras acrobáticas. Abordamos os ele-</p><p>mentos técnicos de movimentos gímnicos que são realizados no solo e que são</p><p>comuns às diferentes modalidades ginásticas. Foi possível aprender diferentes</p><p>movimentos, os quais, muitas vezes, víamos na televisão em apresentações de</p><p>ginástica e não conhecíamos. Também estudamos os movimentos que, muitas</p><p>vezes, conhecíamos, mas não sabíamos como ensinar ou executar da maneira</p><p>correta e de forma segura.</p><p>Lembre-se sempre de que a nossa proposta de trabalho com a ginástica não</p><p>é a de que os alunos se tornem atletas e executem os movimentos mais perfeitos,</p><p>com um nível técnico de dar inveja, mas que eles aprendam esses movimentos</p><p>para que se desenvolvam corporalmente, socialmente e psicologicamente, ven-</p><p>cendo obstáculos e superando limitações. O nosso trabalho como professores é</p><p>fazer com que os alunos pratiquem ginástica, conheçam a modalidade e possam</p><p>desfrutar de todos os benefícios que essa prática pode proporcionar.</p><p>Por meio deste estudo, conhecemos os aspectos técnicos e pedagógicos de</p><p>diversos movimentos ginásticos, movimentos que dão base para inúmeras varia-</p><p>ções que surgirão com o tempo, a prática e a pesquisa. Você, futuro(a) professor(a),</p><p>deve sempre buscar atualizações para que consiga trabalhar com a modalidade de</p><p>forma segura. Caso surjam dúvidas, recorra a esse material ou a referenciais que te</p><p>ajudem a ensinar de uma maneira que contemple as necessidades de seus alunos.</p><p>Não se esqueça de que a sua turma será diversificada, com alunos que, muitas</p><p>vezes, aprenderão em um primeiro momento, e outros que demorarão um pouco</p><p>mais para aprender. Por isso, busque sempre observar e permitir que os estudantes</p><p>se desenvolvam cada um no seu tempo, de maneira que todos fiquem satisfeitos</p><p>por aprenderem a fazer ginástica de uma maneira saudável e prazerosa.</p><p>1</p><p>4</p><p>4</p><p>1. A ginástica acrobática combina dança, ginástica artística e elementos acrobáticos, sendo</p><p>os movimentos acrobáticos a característica central.</p><p>O que significam os movimentos acrobáticos? Assinale a alternativa correta:</p><p>a) Habilidades de solo e de grupo.</p><p>b) Flexibilidade e coordenação corporal.</p><p>c) Montagens de figuras com o corpo.</p><p>d) Coreografias dinâmicas e expressivas.</p><p>e) Movimentos rápidos e precisos.</p><p>2. A Gacro é uma modalidade esportiva relativamente nova, visto que as primeiras compe-</p><p>tições aconteceram a partir de 1973. Hoje, mesmo fazendo parte do programa dos jogos</p><p>mundiais, ainda não está no programa olímpico.</p><p>Como modalidade competitiva, a Graco possui quais formações de grupo? Assinale a al-</p><p>ternativa correta:</p><p>a) Duo misto, duo masculino, quinteto misto e equipe juvenil.</p><p>b) Dupla masculina, dupla feminina, dupla mista, trio feminino e quarteto masculino.</p><p>c) Quarteto feminino, equipe mista, duo feminino e sexteto juvenil.</p><p>d) Trio masculino, quarteto misto, quinteto masculino e equipe feminina.</p><p>e) Equipe solo, trio misto, quinteto feminino, sexteto masculino.</p><p>3. O ginasta que realiza a função de base sempre estará em contato com o solo. Partindo</p><p>desse pressuposto, assinale a alternativa que apresenta corretamente algumas posições</p><p>que ele poderá assumir:</p><p>a) Em pé, afundo, em arco e ajoelhado.</p><p>b) Deitado, sentado, invertido e em equilíbrio.</p><p>c) Em posição de prancha, flexionado e em espiral.</p><p>d) De costas, agachado, de lado e invertido.</p><p>e) Em forma de estrela, suspenso, em balanço e ajoelhado.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>4</p><p>5</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ARAÚJO, C. Manual de ajudas em ginástica. 2. ed. Jundiaí, SP: Fontoura, 2012.</p><p>BETTI, I. C. R. Esporte na escola: mas é só isso, professor? Motriz, Rio Claro, v. 1, n. 1, p. 25-31, 1999.</p><p>COSTA, A. R. et al. Ginástica na escola: por onde ela anda, professor? Conexões, Campinas, v. 14,</p><p>n. 4, p. 76-96, out./dez. 2016.</p><p>GALLARDO, J. S. P.; AZEVEDO, L. H. R . Fundamentos básicos da ginástica acrobática competi-</p><p>tiva. Campinas: Autores Associados, 2007.</p><p>MERIDA, F.; NISTA-PICCOLO, V. L.; MERIDA, M. Redescobrindo a ginástica acrobática. Movimen-</p><p>to, Porto Alegre, v. 14, n. 2, p. 155-180, maio/ago. 2008.</p><p>PAOLIELLO, E. Ginástica geral: experiências e reflexões. São Paulo: Phorte, 2008.</p><p>SCHIAVON, L. M.; NISTA-PICCOLO, V. L. A ginástica vai à escola. Movimento, Porto Alegre, v. 13,</p><p>n. 3, p. 131-150, 2007.</p><p>SOARES, C. L. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>1. Opção C.</p><p>A ginástica acrobática é uma modalidade que integra dança, ginástica artística e elementos</p><p>acrobáticos, sendo que a presença dos movimentos acrobáticos (ou seja, a montagem de</p><p>figuras com o corpo) é a principal característica.</p><p>2. Opção B.</p><p>Como modalidade competitiva, a Gacro tem as seguintes formações de grupo: dupla mas-</p><p>culina, dupla feminina, dupla mista, trio feminino e quarteto masculino.</p><p>3. Opção A.</p><p>Conforme Gallardo e Azevedo (2007), o ginasta que realiza a função de base estará sempre</p><p>em contato com o solo e pode assumir as seguintes posições principais: em pé, afundo, em</p><p>arco e ajoelhado.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>MINHAS METAS</p><p>GINÁSTICA PARA TODOS E</p><p>ATIVIDADES CIRCENSES</p><p>Analisar a viabilidade e os benefícios físicos da ginástica para adultos e idosos.</p><p>Conhecer a viabilidade e os benefícios sociais da ginástica para adultos e idosos.</p><p>Compreender a viabilidade e os benefícios emocionais da ginástica para adultos e idosos.</p><p>Desenvolver uma aula de GPT para adultos com inclusão e criatividade.</p><p>Estudar a evolução histórica do circo no Brasil.</p><p>Identificar a importância do circo como expressão artística e cultural.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 8</p><p>1</p><p>4</p><p>8</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Neste tema de aprendizagem, mergulharemos em um universo diversificado e</p><p>inclusivo, em que a prática da ginástica transcende as barreiras de idade, habi-</p><p>lidade</p><p>e experiência prévia. Mediante uma abordagem holística, exploraremos</p><p>os princípios filosóficos que norteiam essa modalidade, compreendendo-a não</p><p>apenas como uma atividade física, mas como um meio de promover o bem-estar</p><p>físico, social, intelectual e psicológico.</p><p>Inspirados pelo estudo de Contessoto et al. (2021), os quais analisaram a ex-</p><p>periência de adultos e idosos na ginástica para corpos experientes, examinaremos</p><p>como essa prática constrói vínculos sociais, respeitando a individualidade e pro-</p><p>movendo a aprendizagem coletiva. Além disso, exploraremos as possibilidades</p><p>metodológicas de construção coreográfica, entendendo-a como um processo co-</p><p>laborativo e criativo no qual cada participante contribui com as próprias história,</p><p>cultura e experiência. Ao longo deste estudo, você será convidado(a) a expandir</p><p>a sua visão sobre a ginástica, percebendo-a como uma ferramenta poderosa para</p><p>o desenvolvimento humano em todas as fases da vida.</p><p>Já com relação ao circo, você compreenderá como a atmosfera mágica e as</p><p>acrobacias desafiadoras fascinam as pessoas de todas as idades. Mais do que um</p><p>mero entretenimento, ele representa uma rica manifestação cultural e artística</p><p>com raízes profundas na história da humanidade. Para os professores de Edu-</p><p>cação Física, o circo oferece um universo de possibilidades para enriquecer o</p><p>ensino e promover o desenvolvimento integral dos alunos. Pronto(a) para essa</p><p>jornada? Bons estudos!</p><p>GINÁSTICA PARA TODOS</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Você já se imaginou, depois de adulto(a), praticando ginástica? Você acredita que é</p><p>possível um adulto ou um idoso iniciar a prática de ginástica, independentemente</p><p>da modalidade? Qual é a importância da ginástica para essas faixas etárias?</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>4</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>Contessoto et al. (2021) fizeram um estudo intitulado Ginástica para todos e</p><p>corpos experientes: um diálogo entre a ginástica e outras práticas corporais, o</p><p>qual tinha como objetivo analisar as experiências das integrantes do projeto Gi-</p><p>nástica para Corpos Experientes (GPT) da Universidade Estadual de Campinas,</p><p>voltado para a terceira idade, relacionando-as com as experiências dessas pessoas</p><p>em outras práticas corporais. Na pesquisa, foram realizadas entrevistas com as</p><p>idosas participantes do projeto e foram encontradas três grandes categorias te-</p><p>máticas nas entrevistas. São elas:</p><p>1) Experiências com outras práticas corporais.</p><p>2) Experiências no projeto “Ginástica para Corpos Experientes”.</p><p>3) Relações entre as experiências com GPT e outras práticas.</p><p>De acordo com Contessoto et al. (2021), as relações</p><p>sociais construídas na prática da GPT promovem</p><p>um espaço de prática mais permissível e acessível,</p><p>pois a prática passa a ser mediada pela relação de res-</p><p>peito à idade, às experiências do próximo, ao corpo e</p><p>às habilidades, tornando possível o aprendizado de</p><p>novas técnicas corporais.</p><p>As participantes da pesquisa indicam, nas pró-</p><p>prias respostas, que a prática da GPT possibilitou</p><p>outro nível de vínculos sociais entre os praticantes,</p><p>quando comparada às outras experiências de prática,</p><p>sendo o trabalho em grupo e as construções coleti-</p><p>vas muito valorizados. A partir disso, Contessoto et</p><p>al. (2021) afirmam que as produções passam a ser</p><p>mais valorizadas pelos próprios participantes, devido</p><p>a essa relação entre o indivíduo e o coletivo, enfati-</p><p>zando o aprendizado nos processos vividos e com-</p><p>partilhados. A relação com os professores também foi</p><p>citada como um aspecto positivo, o que diferencia a</p><p>prática da GPT das demais, pois os docentes influen-</p><p>ciaram as participantes, motivando-as a continuarem</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>na prática, incentivando-as por intermédio da capacidade de mediarem dinâmi-</p><p>cas, percebendo as demandas e as diferenças na prática.</p><p>Por fim, percebeu-se, a partir da referida pesquisa, que a prática da GPT exi-</p><p>ge uma visão completa das diversas relações entre professores, alunos, espaços,</p><p>tempos e materiais. Além do mais, deve ser permeada por valores e princípios da</p><p>GPT, construindo um espaço coletivo para a prática da modalidade. Diante disso,</p><p>a prática da GPT pode aceitar as diferenças decorrentes das experiências dos prati-</p><p>cantes e agregar as respectivas individualidades, construindo um espaço que ajude</p><p>no processo de envelhecimento, reconhecendo os fatores biológicos, psicológicos,</p><p>emocionais e individuais de cada participante. Segundo Contessoto et al. (2021),</p><p>permitir as singularidades de cada indivíduo, em conjunto com a criação de um</p><p>espaço coletivo e inclusivo, é o potencial de adaptação da prática da GPT.</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Com base na pesquisa citada, você consegue imaginar como seria essa prática? O</p><p>que se trabalha em uma aula de ginástica para adultos/idosos? Quais conteúdos</p><p>podem ser trabalhados?</p><p>CARACTERÍSTICAS E PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DA</p><p>GINÁSTICA PARA TODOS</p><p>Estudante, neste tópico, falaremos sobre a Ginástica</p><p>para Todos (GPT). Assim como o nome já diz, essa é</p><p>a modalidade gímnica (a palavra “gímnica” se refere</p><p>à ginástica) que busca ser inclusiva, ao permitir que</p><p>qualquer pessoa possa ser ginasta, independentemente</p><p>da idade, do sexo, das limitações motoras ou das habilidades. Primeiramente, apre-</p><p>sentaremos as características dessa prática, diferenciando-a das demais. Em seguida,</p><p>exporemos os princípios filosóficos que norteiam o trato com a GPT.</p><p>A Ginástica para Todos nem sempre teve esse nome. Inicialmente conhecida</p><p>e difundida como Ginástica Geral (General Gymnastics - GG), teve o nome</p><p>alterado para o atual, ou seja, “Gymnastics for All” ou Ginástica para Todos</p><p>Busca ser inclusiva,</p><p>ao permitir que</p><p>qualquer pessoa</p><p>possa ser ginasta ,</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>(GPT) recentemente. A modificação foi promovida pela Federação Internacional</p><p>de Ginástica (FIG), em 2007, a fim de trazer o entendimento de que essa moda-</p><p>lidade é voltada para todos, sem restrição de idade, sexo, classe social, limitações</p><p>de qualquer natureza ou experiências prévias.</p><p>O antigo nome (Ginástica Geral) permitia a confusão de que se tratava de</p><p>ginástica em geral, fazendo com que qualquer tipo de atividade, sem caracterís-</p><p>ticas gímnicas, fosse confundido com GG. Sendo assim, o nome Ginástica para</p><p>Todos foi considerado mais esclarecedor e adequado para expressar o que essa</p><p>prática visa oferecer.</p><p>Fiorin-Fuglsang e Paoliello (2008) consideram a GPT uma modalidade que</p><p>resgata a ginástica do passado, que era praticada em busca do prazer e da alegria,</p><p>sem a preocupação com desempenhos ou recordes. O fato de ser uma modalida-</p><p>de não competitiva permite que seja mais abrangente em relação aos pratican-</p><p>tes, que buscam, na ginástica, viver com melhor qualidade de vida e aumentar</p><p>o convívio social. A GPT é a única modalidade de caráter demonstrativo (não</p><p>competitivo, somente para apresentações) oficializada pela Federação Interna-</p><p>cional de Ginástica.</p><p>A definição dada pela FIG sobre a GPT, presente no Gymnastics For All Re-</p><p>gulations Manual, explica que a Ginástica para Todos oferece uma variedade de</p><p>atividades adequadas a todos os gêneros, faixas etárias, habilidades e origens cul-</p><p>turais. A Ginástica para Todos contribui para a saúde, a boa forma e o bem-estar</p><p>físico, social, intelectual e psicológico, com foco no divertimento, na atividade</p><p>física e na amizade. As atividades englobam todas as modalidades do campo da</p><p>ginástica, com ou sem aparelhos, da dança e dos jogos, considerando as caracte-</p><p>rísticas nacionais e culturais.</p><p>Outra definição a ser considerada é a do Grupo de Pesquisa em Ginástica</p><p>Geral da FEF/Unicamp, que a entende como:</p><p>“ [...] uma manifestação da Cultura Corporal que reúne as diferentes</p><p>interpretações da Ginástica (Natural, Construída, Artística, Rítmica,</p><p>Aeróbica etc.) integrando-as com outras formas de expressão cor-</p><p>poral (Dança, Folclore, Jogos, Teatro, Mímica etc.) de forma livre e</p><p>criativa, de acordo com as características do grupo social e contri-</p><p>buindo para o aumento da interação social entre os participantes</p><p>(GALLARDO; SOUZA, 1997, p. 35).</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>Ainda, podemos encontrar a definição de Barbosa-Rinaldi e Teixeira (2011, p.</p><p>19), que afirmam que:</p><p>“ [...] esta que é uma modalidade não competitiva congrega um vasto</p><p>campo de manifestações da cultura corporal, tais como ginástica,</p><p>dança, artes circenses, entre outras, o que lhe conferem um signi-</p><p>fica- do inusitado na contemporaneidade, visto que em tempo de</p><p>especializações a ginástica geral caminha na direção de ampliação</p><p>de possibilidade corporais (BARBOSA-RINALDI; TEIXEIRA,</p><p>2011, p. 19).</p><p>Dessa forma, temos uma modalidade ginástica que engloba diferentes praticantes</p><p>e manifestações artísticas, expressivas, esportivas e corporais.</p><p>�����������������������</p><p>������������������������������</p><p>�������������������������</p><p>�������������������������������</p><p>���������������������������</p><p>�</p><p>����������������������������������</p><p>����������������</p><p>“�������”�����</p><p>��</p><p>��������������������������������</p><p>��������������������������������</p><p>�����������</p><p>“�������”�����</p><p>��</p><p>����������������������������</p><p>���������������</p><p>������������</p><p>�����������������</p><p>�����������������</p><p>���</p><p>������������</p><p>���</p><p>�����������</p><p>����������������</p><p>���������������������������</p><p>����������������������������������</p><p>�������</p><p>��������������</p><p>������</p><p>����������</p><p>“������� ��”����������</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>A partir dos princípios apresentados e devido à característica não competitiva,</p><p>a Ginástica para Todos é uma das modalidades gímnicas mais adequadas para</p><p>o contexto escolar, uma vez que é inclusiva e, de certa forma, engloba todas as</p><p>outras modalidades ginásticas.</p><p>É importante lembrar que, mesmo sendo a Ginástica para Todos a mais adequada</p><p>para o contexto escolar, as demais modalidades, sejam competitivas, sejam não</p><p>competitivas, devem ser trabalhadas junto aos estudantes.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>Além disso, a proposta de trabalhar com a Ginástica para Todos não se dá</p><p>apenas com o objetivo de o aluno conhecer ou praticar ginástica, mas de que</p><p>esse processo tenha transformação na constituição desse estudante como su-</p><p>jeito. Parra-Rinaldi e Paoliello (2008), ao falarem sobre o Grupo de Ginástica</p><p>Unicamp, baseando-se nos estudos de Ayoub, destacam que se trata de uma</p><p>proposta que “enfatiza o ser humano, o educando, que tem como preocupação a</p><p>preparação de indivíduos criadores de suas próprias ações, e não simples repro-</p><p>dutores, e para qual o professor é orientador/facilitador” (PARRA-RINALDI;</p><p>PAOLIELLO, 2008, p. 25).</p><p>Nesse sentido, o professor deve proporcionar ao aluno situações que o levem a criar,</p><p>de maneira que ele não tenha apenas uma autonomia corporal, mas uma autonomia</p><p>de vida, de modo que ele seja capaz de escolher e gerenciar as atividades que mais</p><p>lhe agradem.</p><p>Segundo as autoras, baseando-se na pesquisa de Souza (1997), o professor deve ter um</p><p>papel relevante no desenvolvimento de valores humanos, respeito às normas e às leis</p><p>do grupo e da sociedade, criatividade, espírito crítico, honradez, afetividade, liberdade</p><p>e disponibilidade para estar a serviço do grupo, e não o grupo a seu serviço. Nesse</p><p>sentido, a Ginástica para Todos deve proporcionar um diálogo entre o ser humano</p><p>e o mundo, ressignificando os movimentos gímnicos. Isso pode se dar a partir da</p><p>valorização das experiências do sujeito no processo de ensino-aprendizagem e da</p><p>valorização das relações sociais no grupo por meio de um trabalho coletivo.</p><p>1</p><p>5</p><p>4</p><p>Dessa forma, é preciso valorizar todos os conhecimentos prévios dos alunos,</p><p>de maneira que eles possam, a partir das próprias características individuais,</p><p>contribuir com o coletivo. Por exemplo, se eu tenho estudantes que já têm expe-</p><p>riências corporais com dança, futebol, que tenham um conhecimento aprendido</p><p>na antiga cidade ou algo que os demais não saibam, isso deve ser compartilhado,</p><p>para que, a partir dessa relação, todos aprendam e possam conhecer as individua-</p><p>lidades de cada um. Além do mais, a exploração de materiais diferentes permite</p><p>que se tenha a interação social entre eles e a socialização de movimentos.</p><p>Como a Ginástica para Todos permite o uso de diferentes materiais (oficiais ou al-</p><p>ternativos), quando falamos em “explorar”, queremos dizer que esse material deve</p><p>ser usado de diversas formas, criando e descobrindo formas de usá-lo de maneira</p><p>ginástica, ou não.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>Outro modo que promove a interação social e o despertar da criatividade é a es-</p><p>colha ou a confecção de materiais alternativos e montagem coreográfica. A ideia</p><p>é a de que todos contribuam e colaborem com esse processo, de forma que ele se</p><p>dê de maneira coletiva e com a participação de todos. Parra-Rinaldi e Paoliello</p><p>(2008, p. 27) destacam que:</p><p>“ Entendemos que, por meio da socialização de movimentos, o ser</p><p>humano estará interagindo com o grupo de forma a aumentar sua</p><p>vivência de inúmeras possibilidades de movimentos, além da inte-</p><p>ração social, estabelecendo códigos de convivência mútua. Outra</p><p>possibilidade interessante nessa metodologia é que a adaptação de</p><p>materiais proporciona a criatividade, em um desafio constante para</p><p>experiências novas. A utilização de materiais não tradicionais tam-</p><p>bém se transforma num fator propício para que a Ginástica Geral</p><p>seja desenvolvida na escola, haja vista a facilidade em se trabalhar,</p><p>pois o material está na escolha do possível, podendo ser buscado</p><p>até mesmo na natureza.</p><p>Nesse sentido, temos inúmeras possibilidades para a criação, a adaptação e o de-</p><p>senvolvimento da Ginástica para Todos, de forma que os princípios filosóficos</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>dela sejam desenvolvidos e não tenhamos apenas alunos que praticam ginástica.</p><p>O intuito é o de que possamos contribuir com o desenvolvimento humano,</p><p>social e psicológico desses estudantes por meio de uma prática ginástica inclu-</p><p>siva e não competitiva, feita pelo lazer/prazer, que não vise ao produto final,</p><p>mas ao processo. Por isso, a seguir, falaremos sobre o processo de construção</p><p>coreográfica, valorizando o processo e reconhecendo a coreografia como um</p><p>desdobramento desse percurso.</p><p>POSSIBILIDADES METODOLÓGICAS DE CONSTRUÇÃO</p><p>COREOGRÁFICA</p><p>Assim como já foi explicado, o processo de construção coreográfica se dá de</p><p>maneira coletiva na Ginástica para Todos, diferentemente das coreografias com-</p><p>petitivas, em que o técnico elabora a série com as atletas, visando ao código de</p><p>pontuação, ou uma coreografia é construída por diretores de companhias de</p><p>dança. Na Ginástica para Todos, isso se dá de maneira diferente: o professor não</p><p>é visto como coreógrafo, mas como um orientador que contribuirá para a cons-</p><p>trução coletiva junto aos participantes.</p><p>Por isso, antes de iniciar o processo de montagem coreográfica, é preciso que</p><p>os alunos se conheçam, a partir de encontros prévios, a fim de que compartilhem</p><p>os conhecimentos individuais e as histórias de vida, e tragam elementos que pos-</p><p>teriormente possam ser incluídos no processo de construção coreográfica.</p><p>Sborquia (2008, p. 148) destaca que:</p><p>“ [...] o termo “construção coreográfica” é intencional, pois a coreogra-</p><p>fia é elaborada a partir dessa perspectiva, em que o sujeito, agindo</p><p>sobre a natureza, vai construindo o mundo histórico, o mundo da</p><p>cultura, o mundo humano. E a construção se faz partindo dessa</p><p>relação. Os movimentos acontecem provenientes de uma intencio-</p><p>nalidade, a qual expressa por meio desses movimentos em forma</p><p>de linguagem.</p><p>Nesse sentido, a ideia é a de que cada um possa contribuir com as próprias his-</p><p>tória, cultura e experiência, de maneira que a coreografia seja quase uma espécie</p><p>de mosaico, contendo a participação de todos. Por isso, após as vivências, as tro-</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>cas e a aproximação entre os participantes, deve-se optar pela escolha do tema,</p><p>aparelhos e música.</p><p>Essa escolha deve se dar de maneira coletiva e reflexiva, uma vez que, assim</p><p>como nos sinaliza Sborquia (2008), a utilização de temas na construção coreo-</p><p>gráfica possibilita ao sujeito a expressão das reflexões e dos sentimentos, por</p><p>meio de gestos e ações, em torno dessa temática. A escolha de um tema propicia</p><p>o levantamento de uma série de ideias relacionadas a ele. A discussão dessa te-</p><p>mática pode levar a reflexões e a abstrações, as quais possibilitam a tomada de</p><p>consciência e a efetivação da estética (SBORQUIA, 2008).</p><p>Dessa maneira, tem-se a possibilidade de criar diferentes temas para o pro-</p><p>cesso coreográfico. A escolha de um bom tema facilita a escolha dos materiais e</p><p>das músicas. Essa ordem também pode se dar de outra forma: às vezes, o coletivo</p><p>decide por um material, que pode determinar o tema e a música dessa coreografia.</p><p>Algumas das possibilidades apontadas pelo Manual Group Performances</p><p>(FIG, 1997, p. 24, tradução nossa) que podem ser exploradas para a criação de</p><p>coreografias na GPT são:</p><p>GRANDES APARELHOS:</p><p>Aparelhos utilizados ao ar livre.</p><p>Trampolim (“cama elástica”).</p><p>Mini e duplo trampolim.</p><p>Diferentes aparelhos para saltos.</p><p>Circuito de aparelhos.</p><p>Pista de Tumbling.</p><p>Roda alemã.</p><p>Diferentes aparelhos experimentais.</p><p>APARELHOS TRADICIONAIS DA GINÁSTICA ARTÍSTICA:</p><p>Tablado de solo.</p><p>Assimétricas.</p><p>Trave.</p><p>Cavalo com alças.</p><p>Paralelas.</p><p>Cavalo para saltos.</p><p>Barra. Argolas.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>TIPOS DE GINÁSTICA:</p><p>Ginástica jazz.</p><p>Ginástica acrobática.</p><p>Ginástica rítmica com aparelhos manuais.</p><p>Ginástica aeróbica.</p><p>Diferentes ginásticas de condicionamento físico.</p><p>Ginásticas com ênfase especial.</p><p>Ginástica para pessoas com deficiência.</p><p>Ginástica experimental.</p><p>Outros.</p><p>ESTILOS DE DANÇA:</p><p>Folclore.</p><p>Dança jazz.</p><p>Rock and Roll.</p><p>Dança moderna.</p><p>Danças experimentais.</p><p>Outros.</p><p>TIPOS DE JOGOS:</p><p>Pequenos jogos (bolas de ar, paraquedas, cordas, diferentes bolas etc.).</p><p>Ideias gerais para jogos (sem competição).</p><p>Formas de jogos experimentais.</p><p>Nesse sentido, após a escolha do material, do tema e da música, é importante a</p><p>respectiva exploração. Por exemplo, caso o grupo escolha, como material, uma</p><p>cadeira, a exploração se dará a partir de todas as possibilidades de usar essa ca-</p><p>deira, tais como se sentar, ficar de pé sobre ela, saltar, passar por baixo e executar</p><p>movimentos ginásticos sobre ela, como fazer uma roda ou uma parada de mãos,</p><p>tudo de maneira segura e com o auxílio de um colega, caso seja necessário. Tam-</p><p>bém é possível usar a cadeira com os pés virados para cima, com a cadeira de</p><p>lado, empilhar mais de uma cadeira, e assim por diante, além de poder usar essa</p><p>cadeira no meio de uma figura acrobática e realizar movimentos dançantes, em</p><p>que todos se movimentam juntos, separados e no ritmo da música.</p><p>1</p><p>5</p><p>8</p><p>É muito importante que se tenha uma variação de movimentos ginásticos,</p><p>dançantes e de coreografia. Além disso, podemos pensar em uma coreografia que</p><p>não tenha aparelho, mas que apenas os efeitos provocados pelos braços, pernas e</p><p>coletivo criem um efeito, a exemplo das ginásticas de grande área, aquelas em que</p><p>as apresentações acontecem em campos de futebol de grandes estádios. Muitas</p><p>vezes, os participantes não têm nenhum material, porém o efeito de cores das</p><p>roupas e dos movimentos de braços causa um efeito visual muito bonito e que</p><p>chama a atenção. Cabe a você, profissional, conduzir, junto aos seus alunos, o</p><p>que é mais viável de acordo com a realidade na qual vocês se encontram. Além</p><p>disso, a questão relativa ao figurino deve ser pensada, de forma que enriqueça</p><p>ainda mais o seu trabalho, seja ele feito por costureiras, mães/pais dos alunos ou</p><p>até mesmo por eles mesmos.</p><p>Estudante, não se esqueça de que o processo de criar/fazer o material e o figurino</p><p>faz parte da formação do seu aluno. As relações sociais que esse momento pro-</p><p>porciona contribuem para o desenvolvimento humano.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>Assim, tendo escolhido um tema, uma música, com ou sem material, um figu-</p><p>rino ou até mesmo o uniforme dos alunos, os estudantes e você estarão prontos</p><p>para mostrar para os demais alunos e professores, pais e comunidade o trabalho</p><p>coletivo feito na Ginástica para Todos. É importante que cada discente se veja</p><p>no processo coreográfico e que todos se sintam parte do todo, motivando-os a</p><p>refletir sobre as próprias práticas, valorizando o respeito, o companheirismo,</p><p>a afetividade, a liberdade e a criatividade, elementos que contribuirão na for-</p><p>mação como sujeito.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>Ginástica Geral: experiências e reflexões</p><p>Autor: Elizabeth Paoliello</p><p>Editora: Phorte</p><p>Sinopse: este livro surge como resultado das pesquisas reali-</p><p>zadas pelo Grupo de Pesquisa em Ginástica Geral da Faculda-</p><p>de de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas</p><p>(Unicamp). Criado e cadastrado no CNPq em 1993, esse grupo</p><p>de pesquisadores, formado por doutores, mestres, mestrandos</p><p>e doutorandos, além de alunos de graduação que desenvol-</p><p>vem projetos de iniciação científica, tem se dedicado a ampliar</p><p>o campo de conhecimento dessa área, que, nos últimos anos,</p><p>encontra-se em ampla expansão no Brasil. A Ginástica Geral,</p><p>tema dessa obra, caracteriza-se como uma atividade gímnica</p><p>inclusiva, da qual as pessoas podem participar independente-</p><p>mente de idade, gênero, condição física ou técnica. Engloba as</p><p>várias manifestações da ginástica, assim como outras formas</p><p>de expressão corporal, tais como o teatro, o circo, a dança etc.</p><p>A prática, de caráter participativo, livre e criativo, pode ser de-</p><p>senvolvida tanto na educação formal como na informal, abrin-</p><p>do a possibilidade de novas e enriquecedoras experiências de</p><p>movimento e expressão para aqueles que a ela têm acesso.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>ASPECTOS HISTÓRICOS DO CIRCO COMO MANIFESTAÇÃO</p><p>ARTÍSTICA</p><p>Respeitável público! Neste tópico, entenderemos como o circo se tornou essa ma-</p><p>nifestação que conhecemos hoje. No entanto, antes disso, devemos nos perguntar</p><p>como ele surgiu e onde começou. Talvez, ao falarmos desse assunto, você pense</p><p>que ele tenha surgido em Roma, com a demonstração das habilidades incomuns,</p><p>na Grécia, com as práticas atléticas, ou até mesmo na China, pelo domínio das</p><p>acrobacias e preparação de guerreiros. Caso você tenha pensado nisso, você não</p><p>está errado(a). O erro, talvez, esteja em tentarmos definir quando exatamente o</p><p>circo foi criado. O circo, por ser uma manifestação artística, impede que tenha-</p><p>mos uma data ou local em que ele tenha iniciado. O que podemos afirmar é que</p><p>esses diferentes locais tinham manifestações corporais que se aproximavam dos</p><p>elementos que conhecemos hoje no circo.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>O que devemos evitar é uma comparação dos dias de hoje com os de outras</p><p>épocas, a exemplo do que é trazido por Miranda (2016, p. 26), que explica que:</p><p>“ Associar a história do circo à Roma antiga, pautando-se no senso</p><p>comum que se prende ao sadismo e crueldade dos espetáculos da-</p><p>quela época, reforça a ideia de que os tempos atuais são “civilizados”,</p><p>adiantados e superiores, levando a uma noção de superioridade que</p><p>é problemática na comparação de tempos históricos.</p><p>Figura 1 – Apresentação equestre / Fonte: o autor.</p><p>Descrição da Imagem: trata-se de uma fotografia de uma</p><p>apresentação equestre. Na foto, há dois cavalos, um ao lado</p><p>do outro, de frente para a foto, e uma pessoa em pé sobre os</p><p>cavalos. A perna esquerda dessa pessoa está sobre o lombo</p><p>do cavalo esquerdo, enquanto a perna direita está sobre o</p><p>lombo do cavalo direito. A pessoa está segurando as rédeas</p><p>dos dois cavalos com a mão esquerda, enquanto o braço di-</p><p>reito está alongado ao lado. Fim da descrição.</p><p>No entanto, alguns ele-</p><p>mentos, como a religião, os</p><p>combates, os sacrifícios, as</p><p>festas e a reconciliação com</p><p>os deuses, tal como eram os</p><p>objetivos de Roma, são fato-</p><p>res que se fazem presentes</p><p>no desenrolar do processo</p><p>histórico do circo. Por isso,</p><p>independentemente do local</p><p>ou da data em que o circo te-</p><p>nha iniciado, em todos esses</p><p>espaços, tínhamos a presen-</p><p>ça desses elementos, cujo as-</p><p>pecto ritualístico era o fator</p><p>determinante dessas práticas.</p><p>Com o passar do tempo</p><p>e as muitas transformações</p><p>ocorridas, o circo que conhe-</p><p>cemos hoje começa a ser de-</p><p>senvolvido no século XVIII,</p><p>na Inglaterra, onde havia a</p><p>presença de apresentações ao</p><p>ar livre</p><p>sobre o dorso de cava-</p><p>los, as quais eram conhecidas</p><p>como apresentações equestres.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>Foi então que Philip Astley, em 1768, teve a proeza de se apropriar dessas apre-</p><p>sentações e colocá-las em um local fechado. Miranda (2016, p. 29) sinaliza que</p><p>“ele usou a medida de 13 metros de circunferência em recinto fechado, tamanho</p><p>exato para que a força centrífuga ajudasse o cavaleiro a ficar de pé sobre o cavalo”.</p><p>Com essa ideia, Astley começa a tornar o circo comercial. Antes, os especta-</p><p>dores assistiam às apresentações de forma livre. Todavia, a partir desse tempo,</p><p>precisam pagar ingressos para assistir aos espetáculos. Além disso, com o intuito</p><p>de deixar o circo ainda mais atrativo, Astley contrata os artistas que se apresen-</p><p>tavam nas ruas, praças e feiras para que fizessem parte do espetáculo, fazendo,</p><p>assim, com que o circo começasse a ter a variedade de números que conhecemos</p><p>hoje. Mesmo com essa interação, o cavalo era o elemento principal das apresen-</p><p>tações. Até mesmo os palhaços faziam sátiras dos números utilizando o cavalo</p><p>como elemento articulador.</p><p>O sucesso do circo criado por Astley fez Luiz XV convidá-lo para se apre-</p><p>sentar em Paris. Isso fez com que essa manifestação ganhasse ainda mais espaço,</p><p>disseminando-a em diferentes países, como Alemanha, Espanha e Rússia.</p><p>Segundo Bolognesi (2003, p. 34):</p><p>“ [...] diferentemente dos espetáculos das feiras ambulantes, os pri-</p><p>meiros circos eram permanentes e se instalaram apenas nas grandes</p><p>cidades. O espetáculo circense, em seus primórdios, não se destinava</p><p>ao público das ruas e praças, frequentador das feiras apreciador da</p><p>cultura popular. Dirigia-se a aristocratas e à crescente burguesia.</p><p>No entanto, mesmo o circo sendo voltado a essa classe, todos tinham contato</p><p>com a arte equestre. Porém, como o cavalo representava um status social naquela</p><p>época, era entendido como símbolo de poder, o que não durou muito. Com o</p><p>fim das guerras napoleônicas, muitos cavalos e soldados se tornaram inúteis, e</p><p>aquela figura de todos os artistas usando o cavalo foi se perdendo. Com o circo</p><p>atingindo um público mais amplo, as apresentações, que, antes, eram novidade,</p><p>foram diminuindo e se tornando tediosas.</p><p>Os cavalos, que, antes, eram usados apenas nos espetáculos, começaram a</p><p>servir também como meio de transporte para apresentações itinerantes, o que</p><p>fez com que novos artistas e números fossem incluídos nos espetáculos. Assim,</p><p>o circo passou a ter uma organização tal como conhecemos hoje, com artistas</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>vivendo dessa prática e com um circo nômade, que busca levar essa forma de arte</p><p>para os diferentes cantos do mundo.</p><p>O CIRCO NO BRASIL</p><p>O circo em terras brasileiras já existe há bastante tempo, uma vez que, desde o</p><p>século XVIII, tem-se o registro de artistas ambulantes que já executavam nú-</p><p>meros circenses, sendo apontadas referências a essas manifestações dos ciganos.</p><p>Segundo Miranda (2016), já no século XIX, os ciclos econômicos, principalmente</p><p>do café e da borracha, estimularam a chegada ao Brasil de grandes circos es-</p><p>trangeiros, que passavam pela região litorânea do país, estendendo-se, muitas</p><p>vezes, até Buenos Aires. Com isso, muitas famílias decidiram ficar por aqui e</p><p>foram se organizando, criando relações e fortalecendo laços de sociabilidade.</p><p>Todos faziam tudo: vendiam pipoca, apresentavam-se e cuidavam para que todos</p><p>contribuíssem para o desenvolvimento do circo. Esse circo que a própria família</p><p>gerenciava ficou conhecido como circo-família.</p><p>Até hoje, em circos menores, nós temos essa característica de que o artista assu-</p><p>me diferentes funções. No momento em que não está em cena, está executando</p><p>outras atividades para ajudar.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>Sobre o assunto, Silva (1996, p. 13) destaca que:</p><p>“ A organização do trabalho circense e o processo de socialização/</p><p>formação/aprendizagem formam um conjunto, são articulados e</p><p>mutuamente dependentes. Seu papel como elemento constituinte</p><p>do circo-família só pode ser adequadamente avaliado se este con-</p><p>junto for considerado como a mais perfeita modalidade de adap-</p><p>tação entre um modo de vida e suas necessidades de manutenção.</p><p>Não se tratava de organizar o trabalho de modo a produzir apenas</p><p>o espetáculo – tratava-se de produzir, reproduzir o circo-família.</p><p>Assim, podemos reconhecer que esse formato de circo buscou garantir e reprodu-</p><p>zir a forma de trabalho. Mesmo com a inclusão de outros artistas (que não fossem</p><p>da família) nesse universo, a perspectiva do trabalho buscava a manutenção dos</p><p>meios em que essa forma de circo se estruturava. Com essa forma de atuação, o</p><p>circo serviu como um elemento que suprisse as vontades das diferentes popula-</p><p>ções em relação à arte e à cultura, uma vez que:</p><p>“ O circo brasileiro também tem sua contribuição na disseminação de</p><p>diferentes manifestações artísticas. As relações que aconteceram en-</p><p>tre o circo e o teatro no desenrolar histórico permitiram que aquelas</p><p>cidades brasileiras, principalmente do interior do país, que ansia-</p><p>vam por representações artísticas, suprissem suas vontades com o</p><p>circo ou com uma modalidade diferenciada de espetáculo, como o</p><p>circo-teatro. Este passa a se inserir nas comunidades, nos bairros e</p><p>nas pequenas cidades como uma casa de espetáculos diversos que</p><p>apresenta arte circense, shows musicais, shows humorísticos, peças</p><p>teatrais (especialmente comédias), show com habitantes locais, den-</p><p>tre outras formas (MIRANDA, 2016, p. 34-35).</p><p>Esse assunto deve ser tratado nas aulas de Educação Física, para que o aluno tenha</p><p>acesso a esse conhecimento de forma crítica e reflexiva, uma vez que ele poderá</p><p>conhecer e ver o circo de outra maneira a partir de suas aulas.</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>Duprat e Gallardo (2010) destacam que foi dessa forma que o circo foi ganhando</p><p>espaço até chegar aos dias de hoje da maneira na qual o conhecemos. Todavia,</p><p>vale destacar que vivemos em um momento com diferentes tipos de circo, ou seja,</p><p>de um lado, há o circo tradicional, que ainda tenta se manter mediante todas as</p><p>adversidades e as dificuldades encontradas e, do outro, há os grandes circos, que</p><p>cada vez investem mais no espetáculo, no visual e no trabalho específico de ar-</p><p>tistas que, muitas vezes, advêm de modalidades ginásticas competitivas, fazendo</p><p>com que o espetáculo seja cada vez mais belo e inesquecível. Contudo, o próprio</p><p>contexto faz com que os valores para o acesso a esses circos sejam altos, impos-</p><p>sibilitando as participações de todas as classes. Já os demais circos precisam se</p><p>manter com aquilo que ganham para se autogerirem e pagarem todos os custos</p><p>de manutenção de um circo.</p><p>Perceba que estamos falando de dois formatos de circo na atualidade. Por isso,</p><p>problematize esse assunto junto aos seus alunos, não os classificando como me-</p><p>lhor ou pior, mas como diferentes. Ressalte que ambos devem ser valorizados,</p><p>pois, senão, corremos o risco de perder o circo tradicional.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>O circo é considerado um fenômeno multidisciplinar, e muitos profissionais o ob-</p><p>servam e o analisam a partir de um ponto de vista particular. O artista busca uma</p><p>performance com um maior impacto, uma maior espetacularidade. O biomecânico</p><p>analisa os princípios físicos que envolvem as habilidades circenses. O técnico/treina-</p><p>dor estuda as melhores estratégias e as diferentes formas para dominar as habilidades.</p><p>Já o professor observa quais e como essas manifestações se desenvolvem, dentre elas,</p><p>as que podem ser socializadas no âmbito escolar, criando metodologias adequadas a</p><p>cada um dos diferentes contextos escolares (DUPRAT; GALLARDO, 2010).</p><p>Assim, cabe a nós, professores, proporcionarmos aos nossos alunos o acesso</p><p>a essas manifestações historicamente construídas, principalmente porque o circo</p><p>não acontece mais apenas dentro do próprio circo. Hoje, existem diferentes locais</p><p>que oferecem aulas de circo em academias, escolas e espaços de lazer. Isso se deu</p><p>pela necessidade de perpetuar os conteúdos de circo, tendo início na</p><p>década de</p><p>1970 com a primeira Escola de Circo (Academia Piolin de Artes circenses), criada</p><p>em 1977 no estádio do Pacaembu, em São Paulo.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>Segundo Castro (2005), a iniciativa de criação da primeira Escola de Circo se</p><p>deu a partir dos próprios artistas circenses. Já em 1982, surgiu a Escola Nacional</p><p>de Circo no Rio de Janeiro, que também tinha, como proposta, perpetuar a arte</p><p>circense no país ao longo do tempo, que pessoas de família circense, ou não,</p><p>tivessem a oportunidade de aprimoramento e que o processo de ensino-apren-</p><p>dizagem sobre o circo fosse uma extensão das famílias circenses, promovendo</p><p>esses conhecimentos de forma democrática e ampliada.</p><p>Nesse sentido, temos, então, o circo sendo disseminado e praticado em dife-</p><p>rentes espaços, porém ainda carente no contexto escolar, uma vez que os profes-</p><p>sores não trabalham esse conteúdo por falta de conhecimento ou por não reco-</p><p>nhecerem os elementos positivos de se trabalhar com o circo. Duprat e Gallardo</p><p>(2010) trazem uma discussão sobre a importância de se trabalhar com circo.</p><p>Para os autores, “o circo constitui-se como parte integrante da produção cultural</p><p>e artística. Ao longo dos séculos, ele influenciou modos de produzir, modos de</p><p>agir e fazer arte, caracterizando-se como um fenômeno sociocultural” (DUPRAT;</p><p>GALLARDO, 2010, p. 55).</p><p>Só esse motivo já justificaria a presença do conteúdo do circo na escola. No</p><p>entanto, os estudiosos ainda citam os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs),</p><p>ao sinalizarem que a Educação Física está organizada em três blocos: esportes,</p><p>jogos, lutas e ginástica; atividades rítmicas e expressivas; e conhecimento sobre</p><p>o corpo. Para os autores, o contexto histórico do circo e a presença de elementos,</p><p>como teatro, dança, arte dos saltimbancos, música, cavaleiros e militares, dentre</p><p>outros elementos, integrariam o grupo das atividades rítmicas e expressivas, “que</p><p>devem incluir as manifestações da cultura corporal que têm como característica</p><p>comum a intenção explícita de expressão e comunicação por meio de gestos, da</p><p>presença de ritmos, sons e da música na construção corporal” (DUPRAT; GAL-</p><p>LARDO, 2010, p. 56).</p><p>OS CONTEÚDOS DO CIRCO E A APLICAÇÃO DELES NOS</p><p>DIFERENTES CONTEXTOS</p><p>Com relação ao que deve ser trabalhado nas aulas de Educação Física como con-</p><p>teúdo de circo, há inúmeros elementos que fazem parte desse universo. Muitas</p><p>vezes, o professor pode não saber o que trabalhar ou como trabalhar. Para faci-</p><p>litar esse acesso e a compreensão daquilo que faz parte do universo do circo, a</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>fim de promover uma adaptação ao contexto escolar, Duprat e Bortoleto (2007)</p><p>organizaram um quadro a partir de unidades didático-pedagógicas.</p><p>Acrobacias</p><p>Aéreas</p><p>Diferentes modalidades de trapézio, tecido,</p><p>lira, quadrante, corda.</p><p>Corpóreas</p><p>De chão (solo), duplas, trios e grupos, ban-</p><p>quinas, mastro chinês, contorcionismo, jogos</p><p>icários</p><p>Trampolim</p><p>Trampolim acrobático; mini-tramp; báscula</p><p>russa; maca russa.</p><p>Manipulações</p><p>de objetos</p><p>Malabares (bolas, claves, devil stick, diabolô,</p><p>caixa, com fogo), swing (claves e bastões),</p><p>tranca, contato, ilusionismo, prestidigitação,</p><p>mágica, faquinismo, fantoches e ventriloquia.</p><p>de objetos Claves, bastões, antipodismo.</p><p>Equilíbrios</p><p>sobre objetos</p><p>Perna-de-pau, monociclo, arame, corda bam-</p><p>ba, bicicleta, rolo americano (rola-rola)</p><p>Acrobáticos</p><p>Paradismo (chão e mão-jotas), mão a mão</p><p>(duplas, trios e grupos), jogos icários.</p><p>Encenação</p><p>Artes corporais Arte cênica, dança, música.</p><p>Palhaço Diferentes técnicas e estilos</p><p>Quadro 1 – Classificação das modalidades circenses de acordo com as ações motoras gerais</p><p>Fonte: Duprat e Bortoleto (2007, p. 178).</p><p>A partir do quadro apresentado, é possível visualizar inúmeras atividades. Algumas</p><p>exigem materiais de grande porte, outras de médio ou pequeno. Contudo, há outras</p><p>que nem precisam de material. Duprat e Gallardo (2010, p. 63) destacam que:</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>“ De forma geral, entendemos que o papel fundamental da Educação</p><p>Física escolar é proporcionar o contato das crianças com as mani-</p><p>festações culturais existentes no circo, em um grau de exigência ele-</p><p>mentar, destacando as potencialidades expressivas e criativas, além</p><p>dos aspectos lúdicos dessa prática. Assim sendo, as modalidades que</p><p>necessitam de pouca infraestrutura, como as que utilizam materiais</p><p>de pequeno e as que não utilizam nenhum tipo de material, são</p><p>consideradas as de mais fácil aplicabilidade na escola.</p><p>Por isso, a partir de agora, trabalharemos com cada elemento do quadro proposto</p><p>pelos autores, com a finalidade de que você conheça as modalidades circenses</p><p>para apresentá-las aos seus discentes. Assim, diante dos materiais e dos espaços</p><p>disponíveis, você poderá trabalhar, adaptar ou apresentar esses conteúdos para a</p><p>sua turma, de acordo com a realidade na qual você atuará.</p><p>Acrobacias</p><p>As acrobacias são os movimentos executados por aqueles que buscam mos-</p><p>trar domínio e controle em determinados elementos realizados com o corpo.</p><p>Duprat e Gallardo (2010, p. 71), baseando-se nas palavras de Bolognesi (2003),</p><p>destacam que:</p><p>“ Existem numerosas definições para o termo “acrobacia”, ainda que</p><p>indiquem que se trata de ações motoras não naturais, normalmente</p><p>complexas, que tentam competir com as leis da Física que regem o</p><p>movimento dos corpos, em sua maioria aprendidas pelo homem</p><p>com um objetivo específico e com características distintas das ações</p><p>naturais (caminhar, sentar-se, correr etc.). São ações motoras que</p><p>incluem inversões e rotações em um ou mais eixos do corpo.</p><p>Por essa característica, a presença das acrobacias sempre fez parte do universo</p><p>circense, já que elas sempre buscaram se diferenciar dos elementos executados</p><p>por todos e de forma comum. Nesse sentido, as acrobacias são divididas em três</p><p>blocos temáticos: aéreas, de solo e de trampolim.</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>Acrobacias Aéreas</p><p>Nas acrobacias aéreas, assim como o próprio nome diz, o executante faz acro-</p><p>bacias sem contato com o solo. O artista/praticante está a todo o momento no ar,</p><p>vencendo a gravidade e sustentando o corpo com a própria força.</p><p>Como exemplos das acrobacias aéreas, segundo Duprat e Gallardo (2010),</p><p>nós temos:</p><p>Figura 2 – Acrobacia no tecido / Fonte: o autor.</p><p>Descrição da Imagem: trata-se de uma fotografia de uma ginasta fazendo uma pose acrobática no tecido circen-</p><p>se. Na foto, ela se encontra pendurada de cabeça para baixo, com a perna direita dobrada à frente, enquanto a</p><p>esquerda está estendida atrás. O tecido está enrolado na coxa da perna direita, passando pela cintura, e enrolado</p><p>em toda a perna esquerda. O tronco da ginasta está inclinado para trás, com a cabeça quase encostando na perna</p><p>esquerda, e as duas mãos seguram a sobra do tecido, logo abaixo do pé esquerdo. Fim da descrição.</p><p>Tecido circense: trata-se de um</p><p>grande pano que é dobrado ao</p><p>meio e fixado a uma estrutura</p><p>de altura variada. São deixadas</p><p>duas pontas soltas ao solo, pe-</p><p>las quais o acrobata sobe e rea-</p><p>liza a performance, amarrando-</p><p>-se, enrolando-se e girando por</p><p>meio de travas e nós. Essas tra-</p><p>vas e nós são, ao mesmo tem-</p><p>po, os truques e as seguranças</p><p>presentes na atividade.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>Figura 3 – Acrobacia no trapézio / Fonte: o autor.</p><p>Descrição da Imagem: trata-se de uma foto de uma ginasta realizando acrobacias no trapézio. A ginasta está</p><p>pendurada de ponta-cabeça no trapézio, suspenso pelos joelhos dobrados, com o corpo todo alongado. Fim da</p><p>descrição.</p><p>Lira: é um arco circular e de metal, uma variação do trapézio,</p><p>no qual também podem ser executadas variadas coreogra-</p><p>fias enquanto o aparelho gira em seu próprio eixo longitudi-</p><p>nal. A lira pode ter outras formas além da circular, como gota,</p><p>estrela, quadrado, dentre outras.</p><p>Figura 4 – Acrobacia na lira / Fonte: o autor.</p><p>Descrição da Imagem: trata-se de uma fotografia de uma ginasta</p><p>realizando acrobacias na lira. Na foto, a ginasta está pendurada de ca-</p><p>beça para baixo, com a lombar apoiada</p><p>na parte inferior da lira. A perna</p><p>direita está alongada para cima, com o pé apoiado na parte superior da</p><p>lira, enquanto a perna esquerda está alongada para baixo. O tronco está</p><p>inclinado para baixo, com a cabeça quase encostando na perna esquer-</p><p>da, e os braços estão alongados para baixo, com as mãos segurando no</p><p>tornozelo da perna esquerda. Fim da descrição.</p><p>Trapézio: consiste em uma barra de madeira ou metal li-</p><p>gada a duas cordas, um aparelho extremamente simples.</p><p>Existem diferentes modalidades de trapézio: fixo, osci-</p><p>lante, duplo, de equilíbrio e de voo. Cada um deles tem</p><p>uma especificidade, porque existem diferentes técnicas</p><p>e equipamentos envolvidos.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Corda indiana: trata-se de uma grande corda</p><p>suspensa. O executante permanece pendurado</p><p>no alto dessa corda, preso pelas mãos, pés ou</p><p>pescoço. A corda é girada sobre si mesma por</p><p>uma pessoa no solo, e o artista, pendurado, exe-</p><p>cuta diversas coreografias.</p><p>Figura 5 – Acrobacia na corda indiana</p><p>Fonte: o autor.</p><p>Descrição da Imagem: trata-se de uma fotogra-</p><p>fia de uma ginasta realizando acrobacias na cor-</p><p>da indiana. Na foto, a ginasta está suspensa na</p><p>corda, segura apenas pelas mãos, com os braços</p><p>flexionados, corpo todo alongado e perna direita</p><p>flexionada para trás. Fim da descrição.</p><p>Acrobacias em duplas ou</p><p>double: duas pessoas fazem</p><p>uma coreografia em um</p><p>único aparelho, que pode</p><p>ser o trapézio, tecido ou um</p><p>quadrante fixo. O portô é o</p><p>que fica em contato com o</p><p>aparelho e faz a sustentação</p><p>para o volante pelas mãos</p><p>ou pelos pés.</p><p>Figura 6 – Acrobacia em dupla</p><p>Fonte: o autor.</p><p>Descrição da Imagem: trata-</p><p>se de uma fotografia de dois</p><p>ginastas realizando acroba-</p><p>cias no trapézio. Um ginasta</p><p>está pendurado de ponta-ca-</p><p>beça no trapézio, suspenso</p><p>pelos joelhos dobrados, com</p><p>o corpo todo alongado. As</p><p>mãos dele seguram as mãos</p><p>do outro ginasta, que está</p><p>suspenso com o corpo todo</p><p>alongado. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>Acrobacias de solo</p><p>As acrobacias de solo envolvem todos os elementos corporais (acrobáticos)</p><p>que aprendemos nas diferentes modalidades ginásticas. Segundo Duprat e Gal-</p><p>lardo (2010, p. 73), as acrobacias são:</p><p>“ [...] movimentos extremamente elegantes e revelam força, agilidade,</p><p>flexibilidade, coordenação, equilíbrio e controle do corpo. Desen-</p><p>volvem coragem, força, coordenação, flexibilidade, habilidades de</p><p>saltos, destreza e agilidade. São apresentações de valorização pessoal.</p><p>Existem inúmeras manifestações acrobáticas, desde as individuais,</p><p>passando pelas duplas, trios, quartetos e até grandes grupos.</p><p>Nesse sentido, todos os elementos que estudamos nas modalidades competitivas,</p><p>isto é, Ginástica Artística, Rítmica, Acrobática e Ginástica para Todos, que são</p><p>executadas no solo, caracterizam-se como modalidades de acrobacias de solo.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Acrobacias de trampolinismo</p><p>As acrobacias de trampolinis-</p><p>mo são os elementos executados em</p><p>diferentes estruturas, como cama</p><p>elástica, maca russa, báscula russa,</p><p>dentre outras. Segundo Duprat e</p><p>Gallardo (2010), as acrobacias fei-</p><p>tas nos trampolins se diferem das</p><p>acrobacias de solo pela fase de voo,</p><p>em que o executante consegue, a</p><p>partir do impulso dos diferentes</p><p>aparelhos, atingir uma altura de 3 a</p><p>8 metros, executando, assim, saltos</p><p>mortais, duplos, quádruplos mor-</p><p>tais e piruetas variadas.</p><p>Manipulações</p><p>A classificação dos elementos</p><p>de manipulação se dá de acordo</p><p>com os movimentos que são fei-</p><p>tos a partir do controle das ações</p><p>motrizes que estão envolvidas com</p><p>a manipulação de objetos no ar</p><p>(lançamento e recuperação) ou da</p><p>possibilidade de ludibriar, “enganar”</p><p>Figura 7 – Acrobacia em trampolim / Fonte: o autor.</p><p>Descrição da Imagem: trata-se de uma fotografia de</p><p>uma ginasta realizando acrobacias em trampolim. Na</p><p>foto, a ginasta está em fase do voo sobre o trampo-</p><p>lim, com o corpo todo alongado na horizontal, olhando</p><p>para o trampolim. Fim da descrição.</p><p>os espectadores a partir de truques. Temos, dessa maneira, os malabarismos e a</p><p>prestidigitação (mágica) como elementos de manipulação.</p><p>■ Malabarismo: o malabarismo pode ser definido como a habilidade de</p><p>executar um desafio complexo, isto é, que muita gente não saberia realizar.</p><p>Todavia, não existe manipulação ou mistério na execução. Ao assistir, é</p><p>possível perceber que, para a prática, são necessários treino, concentração</p><p>e coordenação motora.</p><p>Segundo Duprat e Bortoleto (2007), os diferentes tipos de malabarismo podem</p><p>ser agrupados em quatro diferentes categorias:</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>MALABARISMO DE LANÇAMENTO:</p><p>ação em que os malabares são lançados e, logo em seguida, recepcionados. É o tipo</p><p>de malabarismo mais conhecido e, muitas vezes, confundido como único, podendo</p><p>ser realizado com inúmeros materiais, principalmente lenços, bolas, bolas de rebote,</p><p>clavas, aros etc.</p><p>MALABARISMO DE EQUILÍBRIO DINÂMICO:</p><p>esse tipo de malabarismo é feito a partir de dois pontos de contato: instável e marginal.</p><p>O instável possui apenas um ponto de contato, por exemplo, uma clave sendo equi-</p><p>librada na ponta do dedo. Já o equilíbrio marginal tem uma linha reta como contato.</p><p>Exemplo: uma bola que descansa entre a testa e o nariz.</p><p>MALABARISMOS GIROSCÓPICOS:</p><p>são aqueles que giram com uma elevada velocidade sobre si mesmos, de maneira</p><p>que se mantenham em rotação sobre um ponto de contato. São exemplos: os pratos, o</p><p>diabolô e o iôiô.</p><p>MALABARISMO DE CONTATO:</p><p>essa forma de malabarismo se dá a partir da manipulação de um ou mais objetos em</p><p>contato com o corpo, normalmente, com giros e poucos ou pequenos lançamentos.</p><p>São exemplos: bolas de contato, agrupamento de bolas (rolling) e chapéus.</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>Figura 1 – Malabares com aros</p><p>Descrição: trata-se de uma foto de</p><p>um artista realizando malabares</p><p>com aros. Ele está disposto de lado,</p><p>virado para a direita, segurando um</p><p>aro em cada mão, enquanto outros</p><p>dois aros estão no ar. A mão esquer-</p><p>da está mais para baixo, enquanto</p><p>a direita está mais para cima, como</p><p>se fosse lançar o aro.</p><p>Figura 3 – Malabarismo com</p><p>diabolô</p><p>Descrição: trata-se de uma foto de</p><p>malabarismo com o diabolô. Na</p><p>foto, aparecem as mãos de uma</p><p>criança segurando as hastes do dia-</p><p>bolô, uma em cada mão, e o diabo-</p><p>lô está equilibrado no meio de uma</p><p>corda, suspensa pelas hastes.</p><p>Figura 4 – Malabarismo com</p><p>bola de contato</p><p>Descrição: trata-se de uma foto de</p><p>um artista realizando malabarismo</p><p>com a bola de contato. Na foto, é exi-</p><p>bido apenas do tronco do artista. Ele</p><p>está de frente, com os braços flexio-</p><p>nados na altura do peito, como se</p><p>estivessem cruzados, com a bola de</p><p>contato em equilíbrio entre o dorso da</p><p>mão esquerda e o antebraço direito.</p><p>Figura 2 – Equilíbrio</p><p>Descrição: trata-se de uma foto de</p><p>um artista equilibrando uma clave</p><p>no nariz. A foto é aproximada do</p><p>rosto do artista. Ele está disposto</p><p>de lado, virado para a direita, olhan-</p><p>do para cima, com uma clave equi-</p><p>librada no nariz.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>■ Prestidigitação: a prestidigitação é o termo que se dá para a realização de</p><p>diferentes números que envolvem a manipulação de objetos e situações,</p><p>de forma que o público não consiga saber como essas “mágicas” foram</p><p>realizadas. Como exemplo, temos o desaparecimento de objetos, a cria-</p><p>ção de outros, ilusionismos, dentre outras formas que se destacam pela</p><p>presença de truques aparentemente impossíveis.</p><p>■ Equilíbrios corporais (corpo em movimento e superfícies instáveis):</p><p>o equilíbrio corporal se dá a partir da capacidade de manter o corpo e/</p><p>ou corpo-objeto em uma posição de controle. O executante deverá ter</p><p>concentração, coordenação e consciência corporal. Segundo Duprat e</p><p>Gallardo (2010, p. 114):</p><p>“ [...] o equilíbrio corporal relaciona-se com as leis físicas que inter-</p><p>vêm na execução de uma tarefa motora, ou seja, tem relação com</p><p>as superfícies de apoio, com a localização do centro de gravidade</p><p>do corpo, com a forma com que o peso do corpo está distribuído</p><p>na superfície de apoio e com a qualidade das</p><p>estruturas orgâni-</p><p>cas. O equilíbrio, no entanto, deve ser entendido como um estado</p><p>psicoemocional, influenciando a execução de tarefas motoras que</p><p>requerem controle postural e demandam certo grau de atenção no</p><p>controle do corpo e/ou no transporte de objetos.</p><p>As atividades de equilíbrio corporal devem considerar diferentes formas de equi-</p><p>líbrio, como os estáticos e os dinâmicos. De acordo com os autores, existem quatro</p><p>tipos de equilíbrios:</p><p>“ [...] equilíbrio do corpo em movimento (pés de lata e perna de</p><p>pau), equilíbrio do corpo em superfícies instáveis (rola-rola e</p><p>corda bamba), equilíbrio de objetos no corpo (malabarismo) e</p><p>a junção destes diferentes tipos de equilíbrio: perna de pau com</p><p>malabarismo, rola-rola com malabarismos e etc. (DUPRAT; GAL-</p><p>LARDO, 2010, p. 114).</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Figura 8 – Equilíbrio (perna de pau, pé de lata, rola-rola, corda bamba e slackline) / Fonte: o autor.</p><p>Descrição da Imagem: são exibidas quatro fotos. A primeira foto, na parte superior da imagem, é dos pés de</p><p>uma criança se equilibrando em uma perna de pau, com os pés de outras duas pessoas aparecendo ao redor. A</p><p>segunda imagem, logo abaixo, do lado esquerdo, é de uma criança se equilibrando sobre o pé de lata, na areia</p><p>da praia. Ao lado, temos a terceira imagem, que é a de um artista de rua andando sobre a perna de pau. A quarta</p><p>e última foto, na parte inferior da imagem, mostra a sombra de uma pessoa se equilibrando com a perna direita</p><p>sobre um slackline, com os braços abertos lateralmente. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>■ Encenação: a proposta da encenação nas atividades circenses engloba</p><p>o despertar de elementos ligados à criatividade, à expressão corporal e</p><p>à comunicação. Nela, o aluno pode criar situações, interpretar e dar asas</p><p>à imaginação. Essas atividades devem ter como foco central a interação</p><p>social, uma vez que o objetivo é comunicar algo (pensamentos, ideias e</p><p>emoções) a alguém. Nesse trabalho, deve-se explorar junto aos alunos os</p><p>elementos das artes cênicas, dança, mímica e música.</p><p>O professor pode criar situações que levem o aluno a vivenciar e a criar algo novo,</p><p>estimulando o processo criativo e imaginativo, trazendo elementos do cotidiano ou</p><p>que sejam inovados pelos alunos a partir da criatividade.</p><p>■ Palhaços: o trabalho com palhaço na escola com as crianças deve ser</p><p>realizado, a fim de que o aluno conheça essa figura e possa valorizar o</p><p>trabalho desse personagem. O palhaço surgiu no circo como um elemento</p><p>articulador das cenas e, depois, foi ganhando espaço até se tornar uma</p><p>figura essencial para o universo circense.</p><p>Os palhaços normalmente trabalham em duplas ou trios, de forma que um tem</p><p>o papel de palhaço “branco”, e o outro de “augusto” (excêntrico). O “branco” é o</p><p>palhaço que prepara a piada. Normalmente, aparenta ser mais esperto, a roupa</p><p>é mais discreta, tem domínio de conhecimento e uma autoridade absoluta. Já o</p><p>“augusto” é mais ingênuo e cai nas piadas preparadas pelo branco. Os movimentos</p><p>e as roupas são mais exagerados e ele usa e abusa de quedas, saltos e pantomimas.</p><p>Os termos “branco” e “augusto” foram criados a partir das características desses</p><p>palhaços e existem diferentes histórias sobre essa origem. Talvez, o uso do termo</p><p>“excêntrico”, ao contrário de “augusto”, facilite a diferenciação entre eles.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>Tornar-se palhaço é algo complexo. Muitas pessoas imaginam que colocar um</p><p>nariz e uma roupa é se tornar palhaço. Todavia, existe toda uma preparação e</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>um trabalho que nunca tem fim, pois o palhaço sempre tem algo a melhorar e</p><p>aprimorar. Segundo Monteiro Junior (2008, p. 58):</p><p>“ [...] a feitura do palhaço é um ritual de iniciação, e como todo ritual</p><p>de iniciação requer uma orientação consistente sobre o processo de</p><p>descoberta, criação e encenação do palhaço no picadeiro. Através</p><p>desse ritual de descoberta é que o aprendiz vai compreender o es-</p><p>tado de ser necessário para a iniciação, percebendo a complexidade</p><p>que tem uma criação de um palhaço. Para dar iniciação à feitura, é</p><p>necessário compreender e assimilar os principais conceitos e proce-</p><p>dimento ligados à linguagem e à representação cômica dos palhaços</p><p>de picadeiro, como também fazer uma relação desses conceitos com</p><p>a vida cotidiana e pessoal.</p><p>Nesse sentido, devemos refletir sobre o papel do palhaço, uma vez que ele tem,</p><p>como função, mostrar que todos somos humanos, temos defeitos e nos fazer pen-</p><p>sar a partir da lógica ingênua, mas que desperta os mais diferentes sentimentos</p><p>em nós. Por isso, devemos respeitar esse ofício como uma profissão, e não usar,</p><p>nem permitir que usem o termo palhaço de forma pejorativa, como forma de in-</p><p>sultos, ou uso de nariz de palhaço em manifestações. Ser palhaço é uma profissão</p><p>que deve ser respeitada e valorizada como todas as outras.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>Assim como constatamos, tornar-se palhaço não é uma tarefa simples. Leva tem-</p><p>po, precisa de um mestre para iniciar e o sujeito deve prioritariamente querer</p><p>ser palhaço para aceitar-se e, depois, deixar que esse palhaço surja. No entanto,</p><p>o nosso papel aqui não é formar palhaços, mas fazer com que nossos alunos</p><p>conheçam essa figura e se sintam à vontade com ela.</p><p>O termo clown também significa palhaço, porém a construção dessa forma de pa-</p><p>lhaço está mais ligada ao teatro do que ao circo. O clown não é um personagem,</p><p>mas surge como uma dilatação do próprio indivíduo.</p><p>APROFUNDANDO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>Existem alguns termos que são próprios do universo do palhaço. Monteiro Junior</p><p>(2008, p. 59), a partir do Roger Avanzi (Palhaço Picolino), destaca quatro deles:</p><p>CASCATA:</p><p>é quando o palhaço cai. Vem do nome da queda d’água - cascata, pois é uma queda</p><p>fajuta, forjada, mas que deve parecer real. Tem que saber cair, fazer o barulho sem</p><p>machucar.</p><p>CLACK:</p><p>uma bofetada, um tapa, que faz barulho de “clack”, pois bate uma mão na outra, simu-</p><p>lando um tapa. Tem que transmitir verdade.</p><p>REPRISE:</p><p>a reprise é quando se repete uma entrada. Não é para fazer o mesmo, mas para fazer</p><p>palhaçadas novamente, enquanto desmontam um aparelho.</p><p>ESQUETE:</p><p>não é propriamente circense. É teatral, como uma peça com pouco tempo, rápida.</p><p>Uma história, geralmente, com desfecho engraçado.</p><p>PILHÉRIA:</p><p>é uma piada que é preparada. O público sabe até a resposta, mas a forma, o ritmo em</p><p>que é empregada faz com que o público dê risada.</p><p>Assim, devemos promover o conhecimento dos nossos alunos sobre o palhaço, a</p><p>valorização dessa linguagem e até mesmo realizar junto a eles atividades que explo-</p><p>rem a criatividade, a criação de um figurino, a maquiagem e os jogos que estimulem</p><p>a expressão corporal e de encenação, e a vivência de esquetes de palhaços.</p><p>Nesse sentido, mediante os diferentes elementos que conhecemos sobre o uni-</p><p>verso do circo, podemos criar situações e atividades que aproximem os nossos</p><p>alunos desse contexto, de forma que eles possam reconhecer o circo como uma</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>manifestação artístico-cultural que já existe há muito tempo e que tenta, de todas as</p><p>formas, manter-se, não perdendo espaço para a tecnologia ou outras demandas que</p><p>acabam chamando mais a atenção na atualidade. Devemos fazer com que nossos</p><p>alunos conheçam o circo, sua história, suas características, as diferentes modalida-</p><p>des e como é rico aprender todos os elementos que compõem esse universo.</p><p>O Palhaço</p><p>Ano: 2011</p><p>Sinopse: Benjamim (Selton Mello) trabalha no Circo Esperan-</p><p>ça junto do pai Valdemar (Paulo José). Juntos, eles formam a</p><p>dupla de palhaços Pangaré & Puro Sangue, e fazem a alegria</p><p>da plateia. Contudo, a vida está sem graça para Benjamin, que</p><p>passa por uma crise existencial e, assim, volta e meia, pensa</p><p>em abandonar Lola (Giselle Mota), a mulher que cospe fogo,</p><p>os irmãos Lorotta (Álamo Facó e Hossen Minussi), Dona Zaira</p><p>(Teuda Bara) e o resto dos amigos da trupe. O pai e os amigos</p><p>lamentam o que está acontecendo com o companheiro, mas</p><p>entendem que ele precisa encontrar os caminho por conta</p><p>própria.</p><p>INDICAÇÃO DE FILME</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>A Ginástica para Todos e as atividades circenses se destacam como práticas in-</p><p>clusivas e transformadoras, proporcionando não apenas benefícios físicos, mas</p><p>também um rico desenvolvimento social e emocional. A pesquisa de Contessoto</p><p>et al. (2021) evidencia como a Ginástica para Todos, especialmente no projeto</p><p>Ginástica para Corpos Experientes, promove a formação de vínculos sociais e</p><p>o respeito à individualidade dos participantes, além de incentivar a aprendiza-</p><p>gem coletiva e a valorização das experiências individuais. O ambiente inclusivo</p><p>e colaborativo da GPT é fundamental para a criação de um espaço onde os pra-</p><p>ticantes podem envelhecer de forma saudável e ativa, cultivando um sentimento</p><p>de pertencimento e valorização mútua.</p><p>Em paralelo, as atividades circenses oferecem um universo lúdico e desafia-</p><p>dor que fascina e engaja pessoas de todas as idades, integrando-se perfeitamente</p><p>ao contexto educacional como uma ferramenta para o desenvolvimento inte-</p><p>gral dos alunos. Os princípios filosóficos que orientam tanto a Ginástica para</p><p>Todos quanto as atividades circenses destacam a importância do divertimento,</p><p>da amizade e da criatividade, promovendo um ambiente onde a inclusão e a ex-</p><p>pressão pessoal são centrais. A prática dessas modalidades no ambiente escolar</p><p>não apenas enriquece a formação física dos alunos, mas também os auxilia na</p><p>construção de valores humanos essenciais, como respeito, solidariedade e auto-</p><p>nomia, contribuindo para a formação de indivíduos completos e conscientes de</p><p>seu papel na sociedade.</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>1. Com relação à Ginástica Para Todos (GPT), descreva a definição da FIG para essa modali-</p><p>dade.</p><p>2. Com relação às atividades circenses, relacione as modalidades às respectivas definições.</p><p>3. Com relação à Ginástica para Todos (GPT), analise as afirmativas a seguir:</p><p>I - A Ginástica para Todos possui regras rígidas e aparelhos oficiais.</p><p>II - O nome anterior da Ginástica para Todos era Ginástica Geral (GG).</p><p>III - A Ginástica para Todos valoriza as capacidades individuais e a formação do sujeito.</p><p>IV - A Ginástica para Todos, apesar de ser uma modalidade não competitiva, faz parte da FIG.</p><p>V - Para praticar Ginástica para Todos, é necessário ter uma experiência anterior em Ginástica.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I e II, apenas.</p><p>b) II e V, apenas.</p><p>c) I e III, apenas.</p><p>d) II e IV, apenas.</p><p>e) II, III e IV, apenas.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BARBOSA-RINALDI, I. P.; TEIXEIRA, R. T. S. Ginástica geral. In: OLIVEIRA, A. A. B. de et al. (org.).</p><p>Ensinando e aprendendo esportes no Programa Segundo Tempo. Maringá: Eduem, 2011. v. 2,</p><p>p. 17-50.</p><p>BOLOGNESI, M. F. Palhaços. São Paulo: UNESP, 2003.</p><p>CASTRO, A. V. de. O elogio da bobagem: palhaços no Brasil e no mundo. Rio de Janeiro: Família</p><p>Bastos, 2005.</p><p>CONTESSOTO, G. S. de M. et al. Ginástica para todos e corpos experientes: um diálogo entre a</p><p>ginástica e outras práticas corporais. Caderno de Educação Física e Esporte, v. 19, n. 2, p. 57-63,</p><p>maio/ago. 2021.</p><p>DUPRAT, R. M.; BORTOLETTO, M. A. C. Educação Física Escolar: pedagogia e didática das ativi-</p><p>dades circenses. Revista Brasileira de Ciências e Esporte, Campinas, v. 28, n. 2, p. 171-189, jan.</p><p>2007.</p><p>DUPRAT, R. M.; GALLARDO, J. S. P. Artes circenses no âmbito escolar. Ijuí: Unijuí, 2010.</p><p>FIG. Manual group perfomances. Moutier: FIG, 1997.</p><p>FIORIN-FUGLSANG, C. M.; PAOLIELLO, E. Possíveis relações entre ginástica geral e o lazer. In:</p><p>PAOLIELLO, E. (org). Ginástica geral: experiências e reflexões. São Paulo: Phorte, 2008. p. 97- 119.</p><p>GALLARDO, J. S. P.; SOUZA, E. P. M. Ginástica geral: duas visões de um fenômeno. In: AYOUB, E. et</p><p>al. (org.). Coletânea: textos e sínteses do I e II Encontro de Ginástica Geral. Campinas: Unicamp,</p><p>1997. p. 33-38.</p><p>MIRANDA, A. C. M. Clown e corpo sensível: diálogos com a Educação Física. Curitiba: Appris,</p><p>2016.</p><p>MONTEIRO-JUNIOR, L. R. Palhaços. In: BORTOLETO, M. A. C. et al. (org.). Introdução à pedagogia</p><p>das atividades circenses. Jundiaí, SP: Fontoura, 2008. v. 1, p. 53-76.</p><p>PARRA-RINALDI, I.; PAOLIELLO, E. A ginástica geral nos cursos de formação profissional de li-</p><p>cenciatura em Educação Física. In: PAOLIELLO, E. (org.). Ginástica geral: experiências e refle-</p><p>xões. São Paulo: Phorte, 2008. p. 19-35.</p><p>SBORQUIA, S. P. Construção coreográfica: o processo criativo e o saber estético. In: PAOLIELLO,</p><p>E. (org.). Ginástica geral: experiências e reflexões. São Paulo: Phorte, 2008. p. 145-165.</p><p>SILVA, E. O circo: sua arte e seus saberes – o circo no Brasil do final do século XIX a meados do</p><p>XX. 1996. Dissertação (Mestrado em História) – Departamento de História do Instituto de Filoso-</p><p>fia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1996.</p><p>SOUZA, E. P. M. de. Ginástica geral: uma área do conhecimento da educação física. 1997. Tese</p><p>(Doutorado em Educação Física) – Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de</p><p>Campinas, Campinas, 1997.</p><p>1</p><p>8</p><p>4</p><p>1. A Ginástica Para Todos oferece uma variedade de atividades adequadas a todos os gêneros,</p><p>faixas etárias, habilidades e origens culturais. A Ginástica para Todos contribui para a saúde,</p><p>a boa forma e o bem-estar físico, social, intelectual e psicológico, com foco no divertimento,</p><p>na atividade física e na amizade. As atividades englobam todas as modalidades do campo</p><p>da Ginástica, com ou sem aparelhos, da dança, dos jogos, considerando as características</p><p>nacionais e culturais.</p><p>2. Acrobacias: atividades que colocam o corpo em inversão de eixo, executando movimentos</p><p>de rotação, ou figuras corporais com duas ou mais pessoas.</p><p>Manipulação: atividades que exigem coordenação bilateral e uso de objetos como claves,</p><p>bolinhas etc.</p><p>Equilíbrios: atividades que exigem coordenação, alinhamento do corpo e concentração.</p><p>Encenação: atividades que exigem trabalho de expressão corporal, criatividade e imaginação.</p><p>3. Opção E.</p><p>A afirmativa I está errada, porque a GPT não possui regras rígidas e aparelhos oficiais. A</p><p>afirmativa V também está errada, pois qualquer pessoa pode praticar a GPT, não sendo</p><p>necessária uma experiência anterior em ginástica.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>8</p><p>5</p><p>MINHAS METAS</p><p>MATERIAIS ALTERNATIVOS</p><p>NA GINÁSTICA E ATIVIDADES</p><p>CIRCENSES</p><p>Compreender a relevância da utilização de materiais alternativos na ginástica e nas ativi-</p><p>dades circenses.</p><p>Entender os benefícios da utilização de materiais alternativos na ginástica e nas ativida-</p><p>des circenses.</p><p>Conhecer as técnicas de confecção de diferentes aparelhos de ginástica rítmica e artística.</p><p>Aprender técnicas de confecção de equipamentos circenses.</p><p>Incentivar a criatividade e a capacidade de adaptação, ao criar e utilizar materiais alterna-</p><p>tivos, mesmo com recursos limitados.</p><p>Assegurar a construção e a utilização de materiais alternativos de forma segura e eficaz,</p><p>proporcionando uma prática adequada para os alunos.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 9</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>A utilização de materiais alternativos em práticas de ginástica rítmica e artística</p><p>e nas atividades circenses vem ganhando destaque como uma abordagem inova-</p><p>dora e acessível. Esses materiais não apenas democratizam o acesso às atividades</p><p>físicas, mas também incentivam a criatividade e a sustentabilidade. Em um con-</p><p>texto em que os recursos tradicionais podem ser escassos ou onerosos, explorar</p><p>alternativas viáveis se torna uma solução prática e inspiradora.</p><p>Os materiais alternativos possibilitam uma diversificação das práticas peda-</p><p>gógicas, proporcionando aos alunos novas formas de interação e aprendizado.</p><p>Construir e utilizar esses materiais desenvolve habilidades manuais, fomenta o</p><p>trabalho em equipe e fortalece a compreensão dos princípios básicos de cada</p><p>modalidade esportiva. Além disso, a confecção de equipamentos improvisados</p><p>pode ser um excelente exercício de resolução de problemas e adaptação, habili-</p><p>dades essenciais dentro e fora do ambiente educacional.</p><p>A segurança é um aspecto crucial ao se trabalhar com materiais alternativos.</p><p>É fundamental</p><p>praticante.</p><p>PRINCÍPIO 3</p><p>Para efeito de controle, todo movimento necessita ter uma forma determinada, isto é,</p><p>uma posição de partida, certo desenvolvimento e uma posição final.</p><p>PRINCÍPIO 4</p><p>Os exercícios empregados na ginástica pedagógica devem ser convenientemente se-</p><p>lecionados, tendo em vista exercer o efeito corretivo acerca da atitude. Além do mais,</p><p>precisam ser simples e atraentes.</p><p>PRINCÍPIO 5</p><p>A ginástica deve desenvolver gradualmente o corpo por meio de exercícios de intensi-</p><p>dade e dificuldade crescentes, levando em conta a capacidade do praticante.</p><p>PRINCÍPIO 6</p><p>A ginástica visa tanto ao corpo como ao espírito, de tal maneira que sua prática seja</p><p>sempre acompanhada de prazer.</p><p>PRINCÍPIO 7</p><p>A ginástica precisa sempre combinar a teoria com a prática.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>PRINCÍPIO 8</p><p>A saúde é necessária aos dois sexos, possivelmente mais à mulher, porque sua vida dará</p><p>origem à outra.</p><p>Segundo Ramos (1982, p. 198):</p><p>“ Em 1808, sob a influência de Ling, deu a Suécia os primeiros passos</p><p>para o estabelecimento da ginástica escolar. O regulamento da épo-</p><p>ca determinou que em todos os centros de educação, fossem criadas</p><p>condições favoráveis para a prática de exercícios de escalada, saltos,</p><p>acrobacias, natação etc., sob a direção de um monitor e durante as</p><p>horas de liberdade.</p><p>A ginástica, a partir daí, tornou-se obrigatória nas escolas, e o jovem somente pode-</p><p>ria ser dispensado, caso demonstrasse ser inapto para a prática de atividades físicas.</p><p>Figura 11 – Apresentação de ginástica sueca / Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bonne-Es-</p><p>perance_Gym_suedoise.jpg. Acesso em: 28 jun. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a fotografia retrata uma apresentação de ginástica sueca. Na imagem, há várias fileiras de</p><p>atletas, um atrás do outro, todos realizando o mesmo movimento. Eles estão agachados, com os joelhos afastados</p><p>e os braços abertos lateralmente. A apresentação ocorre em um gramado ao ar livre, no qual, ao fundo da foto,</p><p>há um muro e diversas árvores. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>1</p><p>Ling buscava, por meio dos seus princípios, criar diferentes exercícios conceben-</p><p>doos dentro de uma base anatômica e fisiológica. Sua proposta preconizava ordem</p><p>militar, cantos alegres e disciplina, priorizando exercícios livres, sem aparelhos, cuja</p><p>execução era em conjunto de maneira fácil e estética, que permitia uma prática</p><p>generalizada. Ramos (1982) afirma que alguns exercícios mais dinâmicos também</p><p>foram desenvolvidos, como natação, jogos ginásticos, patinação e esgrima.</p><p>De acordo com Langlade e Langlade (1970) e Soares (2007), no Brasil, esse</p><p>método foi divulgado por Rui Barbosa (1849-1923), por se relacionar com a</p><p>medicina e com a ciência.</p><p>Na França, a ginástica integra a ideia de uma educação voltada para o desen-</p><p>volvimento social, orientada tanto para militares quanto para a população geral,</p><p>no intuito de criar o “homem universal”.</p><p>Desenvolvida na metade do século XIX, a Ginástica Francesa, baseada nas</p><p>ideias dos alemães Jahn e Guts Muths, tinha forte traço moral e patriótico, preo-</p><p>cupando-se com o corpo anatomofisiológico. Seu fundador foi o espanhol Fran-</p><p>cisco de Amorós y Ondeano (1770-1848) e, para ele, a ginástica desenvolveria</p><p>homens mais corajosos, intrépidos, inteligentes, sensíveis, fortes, habilidosos,</p><p>adestrados, velozes, flexíveis e ágeis, características necessárias para enfrentar</p><p>todas as dificuldades assinaladas pelo Estado e pela sociedade. Para isso, Amorós</p><p>criou um método de ginástica próximo ao de Ling, na Suécia (1776-1839).</p><p>O método de Amorós, a partir de 1850, integra todas as escolas da França.</p><p>Por valorizar o caráter científico, seu trabalho auxiliou no desenvolvimento de</p><p>estudos no ramo da biologia, fisiologia e médicos envolvidos com discussões</p><p>acerca dos exercícios físicos. De acordo com Ramos (1982, p. 219), esse método</p><p>“admitia três tipos de ginástica: civil, militar e médica”.</p><p>A Ginástica Amorosiana era composta por um conjunto de dezessete séries:</p><p>exercícios de marchar, trepar (inclusive trabalho no trapézio), equilibrar, saltar, levantar</p><p>e transportar, correr, lançar, nadar, mergulhar, escorregar, patinar, esgrimar, dançar,</p><p>utilizar o cavalo, praticar o tiro, jogar bola, boxear com os punhos e com os pés,</p><p>dentre outros movimentos. Ramos (1982) afirma que a forma de desenvolvimento</p><p>dessas atividades tinha semelhança com o atual circuit training.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>Figura 12 – Livro escrito por Amóros – Ginástica e Moral / Fonte: https://fr.wikipedia.org/wiki/Francis-</p><p>co_Amor%C3%B3s?uselang=de#/media/Fichier:Amoros_1830.jpg. Acesso em: 1 jul. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: capa do livro escrito por Amorós, intitulado Ginástica e Moral. A figura é retangular</p><p>horizontalmente e tem uma borda com arabescos. Todas as escritas e imagens estão centralizadas. Na parte</p><p>superior, está escrito em francês Encyclopedie-Boret. Logo abaixo, está escrito Education Physique e, em seguida,</p><p>há o título em francês, Gymnastique et Morale, e o nome do autor, Par M. Le Colonel Amoros. Posteriormente,</p><p>está escrito “Atlas” e há uma figura do cavalo com alça ao centro, com dois atletas sobre ele, e outros três ao</p><p>fundo, sendo que dois estão suspensos por uma corda, e o terceiro está andando sobre uma corda suspensa</p><p>verticalmente. Na parte inferior da capa, está escrito: Paris, Librairie Encyclopedique de Boret, Rue Hautefeuille,</p><p>Número 19. Fim da descrição.</p><p>A figura do pedagogo e cientista Georges Demenÿ (1850-1917) é de destaque</p><p>quando se trata da educação física que primava pela ciência e não pelo empirismo.</p><p>Para ele, a educação física era o conjunto de meios voltados a ensinar o homem</p><p>a executar qualquer trabalho físico com o máximo de economia de esforço no</p><p>emprego de força. Langlade e Langlade (1970), Ramos (1982) e Soares (2007) afir-</p><p>mam que Demenÿ preocupou-se com os exercícios destinados à mulher, desen-</p><p>volvendo estudos a respeito do movimento arredondado, contínuo e com ritmo,</p><p>e que foi a influência da dança que o levou a trabalhar com a ginástica feminina.</p><p>Outro precursor da Escola Francesa foi Georges Hébert (1875-1957), oficial</p><p>da Marinha que criou o chamado Método Natural, que foi desenvolvido a par-</p><p>1</p><p>8</p><p>tir das viagens feitas por Hébert a lugares pouco civilizados, principalmente na</p><p>região de Orenoco e nos mares do Sul (Oceania). Por meio de observação dos</p><p>nativos, Hébert percebeu que eles desfrutavam de excelente saúde, postura e ele-</p><p>vado grau de robustez. Além disso, ao estudar civilizações primitivas, verificou</p><p>que a vida ao ar livre e a relação com a natureza proporcionavam ao homem</p><p>perfeitas condições físicas mediante as constantes atividades na luta pela existên-</p><p>cia. De acordo com Ramos (1982), os exercícios naturais propostos por Hébert</p><p>baseavam-se em marchar, correr, saltar, quadrupedar, trepar, equilibrar, levantar,</p><p>lançar, defender-se e nadar.</p><p>Cem anos depois do advento das Escolas Ginásticas, ou seja, a partir do século</p><p>XX, surgem três grandes movimentos como resposta a um fenômeno social e</p><p>uma urgente necessidade de modificações e significações das primeiras formas</p><p>ginásticas, em especial das Escolas Alemã, Sueca e Francesa. Conforme afirmam</p><p>Langlade e Langlade (1970), esses movimentos são:</p><p>MOVIMENTO DO CENTRO MOVIMENTO DO NORTE MOVIMENTO DO OESTE</p><p>Escola Alemã Escola Sueca Escola Francesa</p><p>Manifestação artístico-rít-</p><p>mico-pedagógica.</p><p>Manifestação científica e</p><p>técnico-pedagógica.</p><p>Manifestação científica e</p><p>técnico-pedagógica.</p><p>Quadro 1 – Sistematização dos movimentos do século XX / Fonte: adaptado de Langlade e Langlade (1970).</p><p>O Movimento do Centro teve uma grande influência de Émile Jaques Dalcroze</p><p>(1865-1950), que criou em seu conservatório musical, em Genebra, uma metodo-</p><p>logia de educação musical por meio dos movimentos corporais, que desenvolvia</p><p>o ritmo, os sentidos e a expressividade. Seu método sempre se relacionou com os</p><p>procedimentos técnicos-metodológicos da cultura rítmico-musical e influenciou</p><p>o surgimento da chamada ginástica</p><p>garantir que todos os equipamentos sejam construídos com cui-</p><p>dado, utilizando materiais adequados e seguindo diretrizes de segurança. Isso</p><p>assegura que as atividades físicas sejam realizadas de maneira eficaz e segura,</p><p>proporcionando uma experiência positiva e enriquecedora a todos os envolvidos.</p><p>Com uma abordagem bem estruturada, é possível transformar limitações em</p><p>oportunidades, promovendo uma Educação Física inclusiva e inovadora.</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>POSSIBILIDADES DE CONFECÇÃO DE MATERIAIS</p><p>ALTERNATIVOS NA GINÁSTICA E NAS ATIVIDADES</p><p>CIRCENSES</p><p>A prática da ginástica e das atividades circenses pode ser realizada utilizando</p><p>uma infinidade de aparelhos (oficiais, ou não) que, muitas vezes, não estão dis-</p><p>poníveis com tanta facilidade onde trabalhamos. Seria um sonho se todas as</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>escolas brasileiras tivessem a quantidade e a qualidade dos materiais necessários</p><p>ao desenvolvimento de nossas aulas.</p><p>Sabendo disso e reconhecendo a importância da construção de materiais al-</p><p>ternativos visando à aprendizagem, além da valorização que, muitas vezes, tem-se</p><p>mais para o que é feito, e não comprado, decidimos construir este tópico para</p><p>te auxiliar na confecção dos diferentes materiais usados no circo e na ginástica.</p><p>Reconhecemos que nem tudo podemos fazer e que, em alguns casos, a con-</p><p>fecção exigiria um valor muito alto. Por isso, elegemos alguns materiais para</p><p>ensinarmos. Esperamos que, a partir desses, outros possam surgir e novas adap-</p><p>tações possam ser feitas.</p><p>Entendemos que o material alternativo, assim como o próprio nome diz, é</p><p>uma alternativa. Também reconhecemos que, certamente, os materiais originais</p><p>se justificam pela qualidade, durabilidade e segurança. Todavia, a possibilidade</p><p>de construção se apresenta com baixo custo e, muitas vezes, com pouca diferença</p><p>de um para o outro.</p><p>Sobre o assunto, Schiavon (2008, p. 169) destaca que:</p><p>“ [...] os profissionais buscam solucionar o problema de falta de ma-</p><p>teriais específicos para as modalidades esportivas com as quais</p><p>trabalham. O material pode não estar disponível porque tem um</p><p>custo alto, ou também porque nos locais em que atuam não há es-</p><p>paço apropriado para a sua disposição. Dessa forma, os profissionais</p><p>querem sempre conhecer algumas alternativas que possibilitem a</p><p>iniciação esportiva, principalmente quando trabalham em escolas.</p><p>Geralmente, nesse espaço de atuação, a aquisição de material espor-</p><p>tivo é mais difícil, e os profissionais procuram saber “como” pode-</p><p>riam oferecer experiências significativas no Esporte, utilizando-se</p><p>de materiais alternativos.</p><p>Partindo desses princípios, organizamos a construção de materiais alternativos</p><p>em três tópicos: aparelhos da Ginástica Rítmica, aparelhos da Ginástica Artística</p><p>e materiais alternativos nas atividades circenses.</p><p>1</p><p>8</p><p>8</p><p>APARELHOS DA GINÁSTICA RÍTMICA</p><p>A Ginástica Rítmica possui cinco aparelhos: corda, bola, arco, maças e fita. A</p><p>seguir, vamos detalhar cada aparelho. Siga em frente!</p><p>Corda</p><p>O aparelho corda é um aparelho do universo infantil e de baixo custo. Por</p><p>isso, encontra-se em grande parte dos locais de atuação. Uma opção é adquirir</p><p>um rolo de corda e cortá-lo nos tamanhos dos alunos, dando um nó nas pontas.</p><p>Outra opção mais barata é fazer uma corda com jornais.</p><p>MATERIAIS:</p><p>10 folhas de jornal</p><p>Fita adesiva.</p><p>COMO FAZER:</p><p>Vá fazendo pequenos rolos com todas as folhas. Depois, junte-os,</p><p>fazendo com que fiquem com o formato e o tamanho semelhantes</p><p>aos de uma corda. Depois, passe a fita por toda a extensão, para que</p><p>não solte e fique protegida. Com esse material, é possível fazer os</p><p>movimentos de saltar por dentro, circundução, rotação, lançamen-</p><p>tos/recuperações, véus etc.</p><p>Quadro 1 – Como montar uma corda / Fonte: a autora.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>8</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>Figura 1 – Corda / Fonte: o autor.</p><p>Descrição da Imagem: são exibidas quatro fotos da confecção da corda. Na primeira foto, aparecem duas mãos</p><p>enrolando o jornal, iniciando por uma ponta. Na segunda foto, aparecem quatro mãos, duas de cada lado, segu-</p><p>rando o jornal enrolado e torcendo-o. Na terceira foto, temos três jornais enrolados e torcidos. Na quarta foto,</p><p>aparece a corda feita de jornal já finalizada. Fim da descrição.</p><p>Bola</p><p>O aparelho bola também é um aparelho bastante comum nos diferentes espa-</p><p>ços. Na Ginástica Rítmica, qualquer bola de borracha pode ser usada. No entanto,</p><p>na ausência do material, podemos confeccionar uma bola de tecido.</p><p>MATERIAIS:</p><p>Retalhos de tecido diversos.</p><p>Meias de nylon (fina) ou meia de algodão.</p><p>Linha e agulha.</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>COMO FAZER:</p><p>Juntar os tecidos e colocar no fundo da meia de nylon (uma perna</p><p>de meia). Depois de encher na quantidade que fique do tamanho</p><p>de uma bola de GR, torça a meia, para que ela feche o local em que</p><p>você colocou o tecido, desvire a meia, encapando a bola várias ve-</p><p>zes, até que finalize. Costure sobre a abertura com a linha e a agulha,</p><p>fechando-a. Essa bola permite fazer praticamente todos os movi-</p><p>mentos técnicos do aparelho, com exceção das quicadas.</p><p>Quadro 2 – Como montar uma bola / Fonte: a autora.</p><p>Figura 2 – Bola / Fonte: o autor.</p><p>Descrição da Imagem:são exibidas seis fotos. Na primeira, há retalhos de tecido ao lado de uma meia que</p><p>será utilizada. Na segunda foto, é exibida uma mão inserindo os retalhos de tecido dentro da meia. Na</p><p>terceira foto, temos uma mão segurando a parte inferior da meia, com os retalhos de tecido dentro da</p><p>meia, enquanto outra mão está segurando a parte superior, onde há a abertura da meia. Na quarta foto,</p><p>duas mãos estão revestindo a parte inferior da meia com o que sobrou da parte superior. Na quinta foto,</p><p>são expostas duas mãos modelando a meia com retalhos, a fim de formar a bola. Na última foto, é exibida</p><p>a bola finalizada. Fim da descrição.</p><p>Arco</p><p>O arco também é um aparelho de fácil acesso. A confecção dele pode se dar</p><p>por meio de mangueiras e conduítes. Ele deve ter aproximadamente 50 cm.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>MATERIAIS:</p><p>Uma mangueira ou conduíte.</p><p>Um conector de mangueiras.</p><p>Fitas decorativas.</p><p>COMO FAZER:</p><p>Deixe a mangueira de forma arredondada e no tamanho necessário.</p><p>Una as pontas usando o conector e, caso seja necessário, queime</p><p>as pontas para facilitar a entrada do conector e a respectiva fixação.</p><p>Depois, decore de acordo com o seu gosto.</p><p>Quadro 3 – Como montar um arco / Fonte: a autora.</p><p>Figura 3 – Arcos / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: trata-se de uma foto de seis arcos coloridos, dispostos em pé, um se apoiando no outro.</p><p>Fim da descrição.</p><p>Maças</p><p>As maças são os aparelhos mais distintos e, normalmente, não são tão fáceis</p><p>de se encontrar. Porém, é possível realizar a confecção e a utilização delas de</p><p>maneira semelhante.</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>MATERIAIS:</p><p>Duas garrafas PET de refrigerante 250 ml.</p><p>Dois cabos de vassoura com 45 cm.</p><p>Fita adesiva.</p><p>Jornal.</p><p>COMO FAZER:</p><p>Lave as garrafas e tire os rótulos delas. Coloque um pouco de jornal</p><p>(normalmente, uma folha) dentro para fornecer um pouco de peso.</p><p>Depois, encaixe o cabo da vassoura no bocal da garrafa, colocando,</p><p>aproximadamente, 4 cm dentro da garrafa. Caso o cabo não entre,</p><p>você pode lixar ou, caso fique com folga, você pode passar a fita ao</p><p>redor dele para que fique firme. Depois, basta decorá-lo com fitas</p><p>adesivas coloridas ou pintura. Todos os movimentos são possíveis</p><p>com esse aparelho.</p><p>Quadro 4 – Como montar uma maça / Fonte: a autora.</p><p>Figura 4 – Maças / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: são exibidas quatro fotos da confecção das maças. Na primeira foto, são exibidos os</p><p>materiais a serem utilizados, sendo duas garrafas PET pequenas, dois cabos de vassoura cortados, duas tampas</p><p>e quatro fitas coloridas. Na segunda foto, há uma mão montando a maça: ela segura a garrafa PET, já decorada</p><p>com as fitas coloridas, e encaixa o bico da garrafa no cabo de vassoura. Na terceira foto, há duas mãos: uma</p><p>segurando o outro lado do cabo de vassoura e outra encaixando a tampa na ponta do cabo. Na quarta foto, são</p><p>exibidas</p><p>moderna, voltada para as mulheres, criada</p><p>por Rudolf Bode (1881-1970), com contribuições de Jean Georges Noverre</p><p>(1727-1810) e François Delsarte (1811-1881).</p><p>Conforme afirmam Langlade e Langlade (1970), o Movimento do Norte é</p><p>composto pela Escola Sueca (ou Nórdica) e se deu no período de 1914 a 1918,</p><p>momento que começa a ter como foco as ideias de Ling a partir de outras pers-</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>pectivas. De maneira geral, as contribuições ao campo prático se referiam mais à</p><p>técnica de construção e execução dos movimentos em si do que desenvolvê-los</p><p>em uma perspectiva doutrinária. Os autores também ressaltam que o Movimento</p><p>do Oeste teve características semelhantes ao Movimento do Norte, manifestan-</p><p>do-se nos campos da ciência e no foco técnico-pedagógico.</p><p>Esses movimentos, ao gerarem um repensar acerca dos conceitos das Escolas</p><p>Europeias, foram importantes para a evolução e aparecimento das diferentes ma-</p><p>nifestações gímnicas que se constituem na atualidade. A partir deles é que foram</p><p>surgindo as primeiras regulamentações das ginásticas e subdivisões das diferentes</p><p>modalidades. Hoje, assistimos à excelência da ginástica nos campeonatos nacio-</p><p>nais e internacionais e, quando fazemos uma retrospectiva dessa manifestação,</p><p>conseguimos perceber como as mudanças sociais, culturais e históricas ao longo</p><p>dos tempos têm contribuído para que adquirisse significado na história do ho-</p><p>mem. É nesse sentido que as reflexões devem se encaminhar para que se entenda</p><p>de forma dialética a ação do homem acerca de seu meio e sua transformação.</p><p>O UNIVERSO DA GINÁSTICA E OS CAMPOS DE ATUAÇÃO</p><p>A partir de todo o contexto histórico apresentado, e toda a influência que a gi-</p><p>nástica atual teve das escolas ginásticas, perguntamos a você:</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Caso tenha que classificar as diferentes ginásticas que já viu, seja na televisão, na</p><p>academia, na escola, em centros de treinamento ou até em espaços públicos,</p><p>que elementos você levaria em consideração para realizar essa tarefa? Saberia</p><p>reconhecer, nas manifestações gímnicas, aspectos que pudessem estabelecer</p><p>classes distintas?</p><p>Pensando nisso, Souza (1997) estabeleceu uma organização para as áreas de atuação</p><p>da ginástica, sistematizando-as em cinco campos, conforme mostra a Figura 13.</p><p>1</p><p>1</p><p>Ginástica</p><p>Musculação; Localizada;</p><p>Aeróbica; Treinamento</p><p>funcional; Step; Zumba, etc.</p><p>De condicionamento</p><p>físico</p><p>Artística; Rítmica; Aeróbica;</p><p>Acrobática; de trampolin;</p><p>Rope skipping; Tumbling, etc.</p><p>De competição</p><p>Redução Postural Global</p><p>(RPG); Cinesioterapia,</p><p>Isostretching, etc.</p><p>Fisioterápica</p><p>Ginástica para todos</p><p>Demonstrativa</p><p>Eutonia; Feldenkrats;</p><p>YOGA; Bioenergética;</p><p>Anti-ginástica; Taichi</p><p>chuan, etc.</p><p>De conscientização</p><p>corporal</p><p>Figura 13 – Campos de atuação da ginástica / Fonte: adaptada de Souza (1997).</p><p>Descrição da Imagem: a figura representa os campos de atuação da ginástica, sendo da esquerda para a direita</p><p>a ginástica de condicionamento físico, de conscientização corporal, de competição, fisioterápica e demonstrativa.</p><p>Fim da descrição.</p><p>Conforme afirma Souza (1997), as ginásticas de condicionamento físico são as</p><p>modalidades mais conhecidas. São vistas normalmente nas academias por meio</p><p>das atividades que visam ao desenvolvimento das diferentes capacidades físicas</p><p>(força, flexibilidade, resistência e velocidade). Sendo assim, estão relacionadas à</p><p>manutenção da boa forma e do bom desempenho das funções orgânicas, e abran-</p><p>gem todas as modalidades que têm por objetivo a aquisição ou a manutenção da</p><p>aptidão física do indivíduo normal e/ou atleta. Como exemplo, podemos citar: a</p><p>localizada, a aeróbica, o body pump, o body combat, a musculação, o step, entre</p><p>outras. As ginásticas de competição reúnem todas as modalidades competiti-</p><p>vas, as quais vemos em eventos pela televisão, em campeonatos, como os Jogos</p><p>Pan-Americanos e Jogos Olímpicos, como a artística, a rítmica, a acrobática, a</p><p>aeróbica, a de trampolim, dentre outras, as quais sofreram influências das Escolas</p><p>Ginásticas, surgidas no Continente Europeu no século XIX, e sistematizaram-se</p><p>de formas diferentes, como vimos anteriormente.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>As ginásticas fisioterápicas são as responsáveis pela utilização do exercício</p><p>físico na prevenção ou tratamento de doenças. Dentre elas, podemos citar isos-</p><p>tretching, reeducação postural global, cinesioterapia, dentre outras. Essas moda-</p><p>lidades possuem grande vínculo com o caráter médico que a ginástica ganhou</p><p>a partir do século XIX. Para alguns autores, como Fiorin (2002), as ginásticas</p><p>fisioterápicas possuem vínculo com as técnicas orientais. Mesmo que nos sécu-</p><p>los XIX e XX a Europa tenha servido como grande influência na ginástica, não</p><p>podemos negar a forte aproximação existente entre esse tipo de ginástica e o</p><p>Oriente. De acordo com Souza (1992), as ginásticas de conscientização corporal</p><p>reúnem as novas propostas de abordagem do corpo, também conhecidas por</p><p>técnicas alternativas ou ginásticas suaves. A grande maioria desses trabalhos teve</p><p>origem na busca da solução de problemas físicos e posturais. Barbosa-Rinaldi</p><p>(2010) afirma que a chegada desse tipo de ginástica no Brasil é recente, por volta</p><p>da década de 1970, inspirada em práticas milenares como yoga e tai-chi-chuan.</p><p>Como exemplos, temos a eutonia, o método feldenkrais, a bioenergética e a an-</p><p>tiginástica – esta última se opõe ao corpo belo das ginásticas de academia, bus-</p><p>cando a liberação dos padrões estabelecidos pela sociedade e priorizando a saúde</p><p>relacionada ao bem-estar.</p><p>Partindo dessas classificações, o pilates se enquadraria em qual delas? Como gi-</p><p>nástica fisioterápica ou de conscientização corporal?</p><p>Pode se enquadrar em ambas, pois sua prática tem objetivos relacionados aos fins</p><p>desses dois segmentos, sendo uma área comum de fisioterapeutas e profissionais</p><p>da educação física, cada um atuando de acordo com as especificidades da sua</p><p>formação.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>Já a ginástica de demonstração tem como representante a Ginástica para Todos</p><p>(GPT), antiga Ginástica Geral (GG), cuja principal característica é a não com-</p><p>petitividade, tendo como função a interação social, isto é, a formação integral do</p><p>indivíduo nos seus aspectos motor, cognitivo, afetivo e social. A GPT engloba</p><p>todas as modalidades gímnicas, desde que tenha somente caráter demonstrati-</p><p>vo. A GPT é a única modalidade não competitiva reconhecida pela Federação</p><p>Internacional de Ginástica (FIG).</p><p>1</p><p>1</p><p>A Ginástica para Todos (GPT), segundo Barbosa-Rinaldi e Paoliello (2008),</p><p>é um elemento da cultura corporal de movimento, podendo participar do pro-</p><p>cesso de formação de indivíduos críticos e assumindo sua função educacional.</p><p>A GPT é uma atividade gímnica inclusiva, da qual as pessoas podem participar</p><p>independentemente de idade, gênero, condição física ou técnica. Engloba várias</p><p>manifestações da ginástica, assim como outras formas de expressão corporal,</p><p>como o teatro, o circo, a dança etc. Sua prática, de caráter participativo, livre</p><p>e criativo, pode ser desenvolvida tanto na educação formal como na informal,</p><p>abrindo possibilidade de novas e enriquecedoras experiências de movimento e</p><p>expressão para aqueles que a ela tem acesso.</p><p>Mediante essas classificações gímnicas apresentadas e seus diferentes campos</p><p>de atuação, é possível perceber o quanto é rico e amplo esse universo da ginástica</p><p>na atualidade, todavia o mais importante é promover que esses conhecimentos</p><p>cheguem até os alunos e que desafios sejam postos, viabilizando novas aborda-</p><p>gens gímnicas nos mais diversos espaços de intervenção.</p><p>A ORGANIZAÇÃO DA GINÁSTICA NA ATUALIDADE</p><p>Chegamos ao último tópico deste tema de aprendizagem. Nele, descreveremos</p><p>a organização da ginástica por meio das diferentes instituições internacionais e</p><p>nacionais que a regulamentam.</p><p>No que se refere ao contexto competitivo e demonstrativo, se você já assistiu</p><p>a uma ginástica de competição, seja ao vivo ou pela televisão, deve ter percebido</p><p>que os atletas recebem notas pelo</p><p>seu desempenho. Essas notas são dadas pelos</p><p>árbitros que, baseados em um regulamento, atribuem valores aos exercícios apre-</p><p>sentados pelos ginastas.</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Quem, então, é responsável por formular essas regras que são válidas no mundo</p><p>todo?</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>Assim como em outros esportes, por exemplo, o futebol, que possui a Fédération</p><p>Internacionale de Football Association, mais conhecida por FIFA, ou o voleibol,</p><p>que tem a Fédération Internacionale de Volleyball, a FIVB, a área da ginástica</p><p>possui também uma organização denominada Fédération Internacionale de</p><p>Gymnastique, ou FIG.</p><p>Em português, a Federação Internacional de Ginástica (FIG) tem como ob-</p><p>jetivo orientar, regulamentar, controlar, difundir e promover eventos na área.</p><p>Segundo Souza (1997, p. 29), a FIG tem: “sua origem nas Federações Europeias</p><p>de Ginástica (Fédérations Européennes de Gymnastique – FEG), estabelecidas</p><p>em 23 de julho de 1881, em Bruxelas – Bélgica, com a participação da França,</p><p>Bélgica e Holanda”.</p><p>Em 1921, outros países passaram a fazer parte da FEG, que passou, então, a</p><p>se chamar FIG, com a participação de dezesseis federações (países).</p><p>Para conhecer a FIG e a ginástica mundialmente, acesse o link a seguir, no qual</p><p>você conhecerá todas as regras, eventos e assistir a vídeos das diferentes modali-</p><p>dades ginásticas. Disponível em: https://www.gymnastics.sport/site/.</p><p>EU INDICO</p><p>Atualmente, a FIG regulamenta sete modalidades competitivas (Ginástica Ar-</p><p>tística Masculina, Ginástica Artística Feminina, Ginástica Rítmica, Ginástica</p><p>Aeróbica, Ginástica Acrobática, Trampolim e Parkour), e uma modalidade não</p><p>competitiva – somente demonstrativa, que é a Ginástica para Todos (antiga Gi-</p><p>nástica Geral), conforme mostrado na Figura 14.</p><p>1</p><p>4</p><p>Competitiva</p><p>Demonstrativa</p><p>Ginástica Artística</p><p>Masculina</p><p>Ginástica Artística</p><p>Feminina</p><p>Ginástica</p><p>Rítmica</p><p>Ginástica de</p><p>Trampolin</p><p>Ginástica</p><p>Aeróbica</p><p>Ginástica</p><p>Acrobática</p><p>Parkour</p><p>Ginástica</p><p>para todos</p><p>Figura 14 – Estrutura da Federação Internacional de Ginástica / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: a figura é um esquema que representa a estrutura das modalidades competitivas e de-</p><p>monstrativas, que fazem parte do quadro de modalidades da FIG (Federação Internacional de Ginástica). Na parte</p><p>superior da figura, há uma caixa de texto intitulada Competitiva, e a partir dessa caixa, há outras sete ligadas a</p><p>ela, cada uma com uma modalidade competitiva. A primeira é a Ginástica Artística Masculina, que é seguida por:</p><p>Ginástica Artística Feminina, Ginástica Rítmica, Ginástica de Trampolim, Ginástica Aeróbica, Ginástica Acrobática</p><p>e Parkour. Na parte inferior da figura, tem outra caixa de texto intitulada Demonstrativa, e está ligada a ela a</p><p>caixa de texto da Ginástica para Todos. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>Dentre as modalidades competitivas, apenas quatro são olímpicas: a Ginásti-</p><p>ca Artística Masculina, a Ginástica Artística Feminina, a Ginástica Rítmica e o</p><p>Trampolim. Para que uma modalidade seja incluída nos Jogos Olímpicos deve</p><p>haver aprovação do Comitê Olímpico Internacional (COI), que analisa determi-</p><p>nados requisitos para tal fim.</p><p>Para controle da ginástica em âmbito continental, existem a União Asiática</p><p>de Ginástica, a União Pan-Americana de Ginástica, a União Europeia de Gi-</p><p>nástica e a União Africana de Ginástica. Essas federações facilitam as relações</p><p>entre as confederações de cada país, a exemplo da Confederação Brasileira de</p><p>Ginástica (CBG), responsável pela organização de competições e eventos da</p><p>ginástica no nosso país. Além disso, cada estado brasileiro possui a sua federa-</p><p>ção, que se torna responsável pelo desenvolvimento das modalidades gímnicas</p><p>dentro da sua área de abrangência.</p><p>Ginástica em Questão: corpo e movimento</p><p>A obra discute os diversos tipos de ginástica que o ser huma-</p><p>no pode vivenciar a partir da prática pedagógica de atividades</p><p>física e esportiva, sendo dividida em dois tipos: ginástica com-</p><p>petitiva e não competitiva. Mergulharemos no imenso universo</p><p>dos movimentos gímnicos, pelo canal das atividades pedagó-</p><p>gicas, corretivas, de condicionamento, de apresentação, de</p><p>lazer, dentre outros objetivos que encontramos por meio das</p><p>experiências em ginásticas.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>1</p><p>1</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>A partir dos estudos acerca da origem da ginástica, que surgiu atrelada à história</p><p>dos exercícios físicos, bem como construída com base nos movimentos naturais</p><p>do ser humano, vimos que, a cada momento histórico e em determinadas socie-</p><p>dades, a prática corporal estava relacionada ao contexto vivido pelos diferentes</p><p>povos, possuindo, assim, objetivos distintos. No percurso de estudo, fomos da</p><p>Pré-História ao Renascimento para, então, chegarmos ao século XIX, no qual a</p><p>ginástica é sistematizada pelas Escolas Europeias, as quais permitiram e contri-</p><p>buíram para que esta evoluísse e chegasse às modalidades que conhecemos hoje.</p><p>A fim de compreender como os campos de atuação da área da ginástica se apre-</p><p>sentam hoje, tratamos do universo da ginástica, que define cinco campos distin-</p><p>tos, os quais foram brevemente descritos. Para complementar o entendimento de</p><p>como a ginástica se organiza na atualidade, falamos da Federação Internacional</p><p>de Ginástica (FIG), órgão máximo responsável pela área e as demais instituições</p><p>continentais, nacionais e estaduais, bem como cada um desses elementos regu-</p><p>lamentam e organizam a ginástica de acordo com o seu contexto. Os tópicos</p><p>abordados permitiram uma aproximação com o contexto da ginástica de forma</p><p>a possibilitar uma visualização abrangente dessa área de conhecimento no sen-</p><p>tido de que esses elementos sirvam como base para que você, futuro professor/</p><p>profissional, possa compartilhar com seus alunos o conteúdo discutido neste</p><p>tema de aprendizagem.</p><p>Por meio dos temas desenvolvidos, você poderá organizar atividades que</p><p>levem seus alunos a conhecerem o contexto histórico da ginástica para que eles</p><p>compreendam como as modalidades de hoje receberam influências de diferentes</p><p>momentos históricos, fazendo com que elas tenham características próprias a</p><p>partir da influência e das características que receberam. Além disso, você poderá</p><p>apresentar quais os campos de atuação da ginástica e como essa modalidade se</p><p>organiza mundialmente, temas que possibilitarão fazer com que conheçam a</p><p>ginástica para além daquela vinculada pela mídia.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1. No período Clássico da civilização ocidental, na Grécia, o exercício físico se estabeleceu</p><p>por meio de práticas esportivas, especialmente com a realização dos Jogos Olímpicos,</p><p>fortemente influenciados pela mitologia e pelo ideal de beleza. Duas cidades-estado re-</p><p>presentavam diferentes abordagens à prática esportiva e ao exercício físico, refletindo seus</p><p>respectivos valores e objetivos sociais. Quais seriam elas?</p><p>a) Atenas e Esparta.</p><p>b) Corinto e Tebas.</p><p>c) Argos e Esparta.</p><p>d) Creta e Troia.</p><p>e) Tebas e Atenas.</p><p>2. Na Idade Média, sob o domínio da Igreja, a preparação militar era centrada nas Cruzadas.</p><p>Os soldados treinavam uma variedade de habilidades, incluindo esgrima, equitação, arco e</p><p>flecha, luta, escalada, marcha, corrida e salto. O que os nobres buscavam ao participarem</p><p>de competições de esgrima e equitação nos torneios?</p><p>a) Buscavam obter recompensas materiais e prêmios valiosos.</p><p>b) Buscavam ganhar favores e alianças estratégicas.</p><p>c) Buscavam demonstrar habilidades para obter reconhecimento social.</p><p>d) Buscavam entreter o público e se divertir.</p><p>e) Buscavam enobrecer o homem e fazê-lo forte e apto.</p><p>3. Entre 1800 e 1900, surgiu, na Europa, o Movimento Ginástico Europeu, focado no desenvol-</p><p>vimento físico e na educação corporal. Esse movimento destacou-se por promover dife-</p><p>rentes abordagens e métodos de treinamento físico, cada um com suas próprias técnicas</p><p>e filosofias e é composto por quatro escolas. Quais seriam elas?</p><p>a) Grega, turca, norueguesa e escocesa.</p><p>b) Inglesa, alemã, francesa e nórdica.</p><p>c) Italiana, russa, espanhola e belga.</p><p>d) Holandesa, portuguesa, suíça e austríaca.</p><p>e) Polonesa, húngara, dinamarquesa e finlandesa.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>8</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BARBOSA-RINALDI, I. P. A ginástica no ensino superior: conhecimento e intervenção. In: LARA, L.</p><p>M. (org). As abordagens socioculturais em educação física. Maringá: Eduem, 2010. p. 187-220.</p><p>BARBOSA-RINALDI, I. P.; PAOLIELLO, E. Saberes ginásticos necessários à formação profissional</p><p>em educação física: encaminhamentos para uma estruturação curricular. Revista Brasileira de</p><p>Ciências do Esporte, Campinas, v. 29, n. 2, p. 227-243, 2008.</p><p>BETTI, M. Educação física e sociedade. São Paulo: Movimento, 1991.</p><p>BORRMANN, G. Ginástica de aparelhos. Lisboa: Estampa, 1980.</p><p>FIORIN, C. M. A ginástica em Campinas: suas formas de expressão da década de 20 a década</p><p>de 70. 2002. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Faculdade de Educação Física, Uni-</p><p>versidade Estadual de Campinas, Campinas, 2002.</p><p>GAIO, R. Ginástica rítmica “popular”: uma proposta educacional. 2. ed. Jundiaí: Fontoura, 2007.</p><p>LANGLADE, A.; LANGLADE, N. R. de. Teoria general de la gimnasia. Buenos Aires: Stadium,</p><p>1970.</p><p>MARINHO, I. P. Sistemas e métodos da educação física: recreação e jogos. 4. ed. São Paulo: Cia</p><p>Brasil, 1958.</p><p>PIZANI, J., BARBOSA-RINALDI, I. P. Cotidiano escolar: a presença de elementos gímnicos nas</p><p>brincadeiras infantis. Revista da Educação Física, Maringá, v. 21, n. 1, p. 115-126, 2010.</p><p>PUBLIO, N. S. Origem da ginástica artística. In: NUNOMURA, M.; NISTAPICCOLO, V. L. (org). Com-</p><p>preendendo a ginástica artística. São Paulo: Phorte, 2005. p. 15-26.</p><p>RAMOS, J. J. Os exercícios físicos na história e na arte. São Paulo: Ibrasa, 1982.</p><p>SOARES, C. L. Educação Física: raízes europeias e Brasil. Campinas: Unicamp, 2007.</p><p>SOARES, C. L. Imagens da educação no corpo. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2002.</p><p>SOUZA, E. P. M de. A busca do autoconhecimento através da consciência corporal: uma nova</p><p>tendência. 1992. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Faculdade de Educação Física,</p><p>Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1992.</p><p>SOUZA, E. P. M de. Ginástica geral: uma área do conhecimento da educação física. 1997. Tese</p><p>(Doutorado em Educação Física) – Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de</p><p>Campinas, Campinas, 1997.</p><p>TESCHE, L. O Turnen, a educação e a educação física nas escolas teuto-brasileiras no Rio</p><p>Grande do Sul: 1852-1940. Ijuí: Unijui, 2001.</p><p>1</p><p>9</p><p>1. Alternativa A.</p><p>Em Atenas, os exercícios físicos buscavam a formação do cidadão integral, dotado de edu-</p><p>cação corporal, composta pela eficiência educacional, fisiológica, moral e estética. Já em</p><p>Esparta, focavam na preparação militar, disciplina cívica, endurecimento do corpo, energia</p><p>física e espiritual.</p><p>2. Alternativa E.</p><p>Os nobres participavam de competições de esgrima e equitação nos torneios e justas, bus-</p><p>cando “enobrecer o homem e fazê-lo forte e apto”.</p><p>3. Alternativa B.</p><p>De 1800 a 1900 surge o Movimento Ginástico Europeu, composto por quatro escolas: inglesa,</p><p>alemã, francesa e nórdica (ou sueca).</p><p>GABARITO</p><p>4</p><p>1</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>4</p><p>1</p><p>MINHAS METAS</p><p>INTRODUÇÃO À GINÁSTICA</p><p>ESCOLAR</p><p>Conhecer os elementos corporais da ginástica.</p><p>Entender os componentes básicos de uma sessão de treinamento desportivo.</p><p>Compreender os princípios básicos para a realização das aulas de ginástica.</p><p>Averiguar o que diz a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) acerca dos conteúdos</p><p>programáticos da Educação Física escolar.</p><p>Conhecer alguns alongamentos que podem ser passados para os alunos.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 2</p><p>4</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Olá, estudante! Para aprendermos um pouco mais acerca dos conteúdos da ginás-</p><p>tica, convido-lhe a fazer um exercício de imaginação. Você acabou de se formar</p><p>no curso de Educação Física, fez um concurso para técnico desportivo de sua</p><p>cidade e foi aprovado. Após assumir o cargo, em uma reunião do centro esportivo</p><p>ao qual foi remanejado, você foi designado a dar aulas de ginástica rítmica, pois</p><p>para todas as demais modalidades, já havia técnicos atribuídos.</p><p>Nesse momento, você se fez a seguinte pergunta: como começo? Já que o úni-</p><p>co contato que teve com a ginástica rítmica foi na graduação. Assim, inicialmente,</p><p>você buscará todo o material que tem das suas aulas de ginástica, para voltar a</p><p>estudar a modalidade, e estudará também a respeito do treinamento esportivo. A</p><p>partir disso, como começaria? Você sabe como planejar um treino de ginástica?</p><p>Você conhece os componentes de uma sessão de treinamento? E se fosse uma</p><p>aula de ginástica escolar?</p><p>Siga em frente e aprofunde seus conhecimentos acerca da ginástica escolar.</p><p>Bons estudos!</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>GINÁSTICA ESCOLAR</p><p>De acordo com Nahas (2017), uma sessão de treinamento desportivo deve ter os</p><p>seguintes componentes:</p><p>UNIASSELVI</p><p>4</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>Parte preparatória</p><p>(aquecimento)</p><p>• 5 e 10 minutos</p><p>• 8 Exercícios gerais,</p><p>moderados, para ativação</p><p>metabólica.</p><p>• Alongamento muscular</p><p>preparatório</p><p>Parte principal</p><p>• 20 a 50 minutos</p><p>• Atividades aeróbicas,</p><p>força e resistência</p><p>muscular; dança, ginástica</p><p>aeróbica, esportes.</p><p>Parte final (resfriamento</p><p>e volta a calma)</p><p>• 5 minutos</p><p>• Volta gradual da frequência</p><p>cardíaca aos níveis de</p><p>repouso.</p><p>• Alongamento muscular</p><p>suave (relaxamento)</p><p>Figura 1 – A sessão de exercícios / Fonte: adaptada de Nahas (2017).</p><p>Descrição da Imagem: a figura demonstra as fases de uma sessão de exercícios. Há uma seta apontada para</p><p>direita e, ao longo dela, há três quadros descrevendo as fases. O primeiro quadro, do lado esquerdo, na base</p><p>da seta, traz a parte preparatória (aquecimento), e descreve que deve ocorrer entre cinco e dez minutos, com</p><p>exercícios gerais moderados, para ativação metabólica, e deve ser acompanhada de alongamento muscular pre-</p><p>paratório. O segundo quadro, localizado ao centro da seta, traz a parte principal, que deve ser entre 20 e 50</p><p>minutos, com atividades aeróbicas, força e resistência muscular, dança, ginástica aeróbica, esportes. E o terceiro</p><p>quadro, do lado direito, na ponta da seta, traz a parte final (resfriamento ou volta à calma), com tempo de cinco</p><p>minutos, deve ter a volta gradual da frequência cardíaca aos níveis de repouso, e um alongamento muscular</p><p>suave (relaxamento). Fim da descrição.</p><p>Nahas (2017), no entanto, traz ainda que, para um programa de treinamento ser</p><p>bem planejado, deve-se considerar alguns princípios básicos, resultantes de estudos</p><p>científicos a respeito do treinamento esportivo. São cinco os princípios básicos: da</p><p>individualidade biológica; da sobrecarga; da progressão e da continuidade; do uso</p><p>e desuso; e da especificidade. Este último é o que irá diferenciar um treino de uma</p><p>modalidade para outra, pois trata-se de exercícios específicos de cada modalidade.</p><p>No caso da ginástica rítmica, predominam exercícios de alongamento muscular</p><p>para a melhora da flexibilidade, bem como atividades com os manejos de aparelhos.</p><p>Já na Educação Física escolar, uma aula deve estar planejada de acordo com os</p><p>conteúdos programáticos da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), bem como dos Pa-</p><p>râmetros Curriculares Nacionais (PCN) e da Base Nacional Comum Curricular</p><p>(BNCC), dentre outros documentos legislativos. As aulas devem ser organizadas</p><p>4</p><p>4</p><p>por conteúdos, adequados à cada idade/ano e ter objetivos gerais e específicos.</p><p>Podem ser divididas em três partes também, sendo elas: a inicial (exposição ver-</p><p>bal/roda inicial), a principal e a final (exposição verbal/roda final), além de ter a</p><p>avaliação do professor. Para planejar as aulas, o docente deve considerar algumas</p><p>questões: por que ensinar? Para que ensinar? Como ensinar? Esses questionamen-</p><p>tos facilitarão o planejamento das ações de ensino e aprendizagem.</p><p>De acordo com a BNCC, a Educação Física é o componente curricular que tem</p><p>como tema as diversas práticas corporais em suas diversas formas de codificação</p><p>e relevância social, e elas são divididas em seis unidades temáticas: brincadeiras e</p><p>jogos, esportes, ginásticas, danças e lutas.</p><p>A BNCC traz</p><p>ainda que devemos levar em consideração alguns critérios de pro-</p><p>gressão do conhecimento, como “elementos específicos das diferentes práticas</p><p>corporais, as características dos sujeitos e os contextos de atuação, sinalizando</p><p>tendências de organização dos conhecimentos” (BRASIL, 2017, p. 215). Na gi-</p><p>nástica, sua diversidade e características servem de base para a organização dos</p><p>objetos de conhecimento. A divisão dos conteúdos da ginástica, de acordo com a</p><p>BNCC, inseriu a ginástica geral (e as demais modalidades competitivas) para os</p><p>anos iniciais do Ensino Fundamental, e as ginásticas de condicionamento físico</p><p>e conscientização corporal para os anos finais do Ensino Fundamental.</p><p>A partir disso, considerando a situação hipotética inicial, na qual você, recém-</p><p>formado, foi aprovado em um concurso da prefeitura de sua cidade, convido-lhe</p><p>a pensar numa aula/treino de ginástica para uma turma de crianças de dez a 12</p><p>anos. Você pode escolher se atuará na escola ou em um centro esportivo. Se for na</p><p>escola, leve em consideração as partes que devem compor uma aula, bem como</p><p>a divisão de conteúdos da BNCC para seu planejamento. Se escolher atuar no</p><p>centro esportivo, considere os componentes de um treino esportivo.</p><p>Verificamos que, em nossa atuação profissional, seja na licenciatura ou no bacha-</p><p>relado, o planejamento é de extrema importância, no entanto, como deveremos</p><p>iniciar uma aula/treino? Como você começaria sua aula/treino? Quais são os com-</p><p>ponentes que deve ter? Em que momento da aula/treino devemos trabalhar os</p><p>conteúdos específicos da modalidade?</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>UNIASSELVI</p><p>4</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA A REALIZAÇÃO DAS AULAS DE</p><p>GINÁSTICA</p><p>Antes de conhecermos as formas básicas de movimento no contexto da ginástica,</p><p>é importante salientarmos que eles são um dos primeiros elementos aprendidos</p><p>ao iniciar as aulas práticas, tendo em vista que sua vivência não apenas contribui-</p><p>rá com a execução dos elementos ginásticos das modalidades em si, mas também</p><p>ajudar o desenvolvimento das crianças e alunos nos mais diversos aspectos de sua</p><p>vida motora. Por isso, é importante que, ao iniciar qualquer atividade prática em</p><p>suas aulas, você promova primeiramente um aquecimento e um alongamento,</p><p>visando à preparação do corpo para o que será feito na aula.</p><p>Com relação ao aquecimento, Alter (1999) destaca que o aquecimento con-</p><p>siste em exercícios realizados imediatamente antes de uma atividade para au-</p><p>mentar a circulação e a frequência cardíaca. É uma parte essencial do programa</p><p>de condicionamento. Os exercícios de aquecimento dão tempo para que o atleta</p><p>se adapte do repouso ao exercício. Esses movimentos</p><p>destinam-se a melhorar o desempenho e a reduzir a</p><p>probabilidade de lesão, preparando-o mentalmente</p><p>e fisicamente para a atividade esportiva. Em termos</p><p>fisiológicos, o aquecimento eleva a temperatura do</p><p>corpo e aumenta o fluxo sanguíneo.</p><p>Nesse sentido, as atividades de aquecimento aplicadas podem ser atividades</p><p>lúdicas, como brincadeiras que coloquem os alunos em situação de movimento.</p><p>Como exemplo, podemos citar: pega-pega, atividades com bola, arcos, cordas etc.</p><p>Com relação ao alongamento e às aulas práticas, é importante que o professor</p><p>tome alguns cuidados:</p><p>LOCAL</p><p>Verifique se o local da prática é adequado, se é possível utilizar colchões, se o piso</p><p>não é escorregadio nem muito áspero e se o espaço não oferece riscos de quedas ou</p><p>lesões.</p><p>A melhorar o</p><p>desempenho</p><p>e a reduzir a</p><p>probabilidade de</p><p>lesão</p><p>4</p><p>1</p><p>ATENÇÃO</p><p>Sempre esteja atento a todos os alunos, evitando ficar de costas para eles e observan-</p><p>do sempre seus rostos e comportamentos.</p><p>OBSERVAÇÃO</p><p>Verifique como os movimentos estão sendo executados, a posição do corpo, a postura.</p><p>VESTIMENTAS</p><p>Verifique se estão com vestimentas adequadas para a prática e se não estão fazendo</p><p>uso de pulseiras, brincos, relógios, cabelos soltos ou outros elementos que podem</p><p>atrapalhar a execução dos movimentos. Um exemplo: sempre que forem executar</p><p>elementos de inversão de eixo, peça para que coloquem a camiseta por dentro dos</p><p>shorts/calça para que, ao virar, a camiseta não tampe o rosto dos praticantes.</p><p>LIMITES</p><p>Respeite os limites de cada aluno, lembrando que seu papel como professor não é trans-</p><p>formá-los em atletas. Por isso, respeite sua flexibilidade, força e resistência, de maneira</p><p>que eles conquistem essas habilidades progressivamente e não de uma hora para outra.</p><p>Além disso, não esqueça dos cuidados básicos com relação a cansaço e períodos para</p><p>hidratação.</p><p>Esses são alguns dos princípios que merecem a atenção do professor. Grande par-</p><p>te desses apontamentos foram retirados do texto de Nunomura e Nista-Piccolo</p><p>(2008), e existem outros que possivelmente apresentaremos no decorrer de nosso</p><p>percurso de formação. Vale destacar que o alongamento, além de preparar o aluno</p><p>para as atividades daquele dia, também mostrará resultados a longo prazo que</p><p>contribuirão para o desenvolvimento de sua prática dentro da ginástica.</p><p>Você precisa fazer com que seu aluno se sinta bem, praticando ginástica, pois,</p><p>muitas vezes, ele pode se sentir desmotivado por não conseguir fazer determina-</p><p>dos movimentos. Por isso, esteja sempre atento e estimulando-os, mas respeitan-</p><p>do os limites de cada um. Como podemos motivá-lo?</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>UNIASSELVI</p><p>4</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>Com relação ao alongamento, Alter (1999) destaca que o exercício tem como</p><p>função desenvolver a flexibilidade e maximizar o aprendizado dos alunos, além</p><p>de ampliar os relaxamentos físico e mental, promover o desenvolvimento da</p><p>consciência do próprio corpo, reduzir o risco de entorse articular ou lesão muscu-</p><p>lar, reduzir os riscos de problemas na coluna, diminuir a irritabilidade e a tensão</p><p>muscular. Além disso, o autor aponta que:</p><p>“ [...] a flexibilidade desenvolve-se quando os tecidos conjuntivos</p><p>e os músculos são alongados por meio de exercícios regulares e</p><p>adequados de alongamento. Ao contrário, a flexibilidade diminui</p><p>com o tempo, quando esses tecidos não são exercitados (ALTER,</p><p>1999, p. 2).</p><p>Por isso, é muito importante que você, professor, além de realizar o alongamento</p><p>com seus alunos para que eles aprendam, também diga a eles a importância do</p><p>alongamento antes de qualquer atividade física que forem executar, seja dentro ou</p><p>fora da escola.</p><p>Neste momento, você conhecerá alguns alongamentos que poderá passar aos seus</p><p>alunos, logo após a atividade de aquecimento, no início de suas aulas. Destacamos</p><p>que se tratam apenas de alguns exemplos de exercícios, tendo o professor a possi-</p><p>bilidade de adequar a aula de acordo com seus conhecimentos e possibilidades de</p><p>trabalho. O importante é que o alongamento seja feito, abrangendo os diferentes</p><p>grupos musculares e de articulações.</p><p>Seguem alguns exemplos de alongamentos, em que cada posição deve ser</p><p>mantida por aproximadamente 15 segundos.</p><p>4</p><p>8</p><p>Figura 2 – Alongamento dos músculos do pescoço / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: duas fotos de uma atleta, realizando alongamento dos músculos do pescoço. Na foto do</p><p>lado esquerdo, ela está com as duas mãos sobre a cabeça, com os braços fechados à frente, inclinando a cabeça</p><p>para frente, puxando-a com as mãos para alongar os músculos posteriores do pescoço. Na foto do lado direito,</p><p>ela está com a mão direita sobre a cabeça lateralmente, com a cabeça inclinada para o lado direito, puxando-a</p><p>com a mão para alongar os músculos do lado esquerdo do pescoço. Fim da descrição.</p><p>Figura 3 – Movimento de rotação da cabeça para alongamento dos músculos do pescoço / Fonte: a autora.</p><p>Descrição da Imagem: seis fotos trazem uma atleta, realizando o movimento de rotação da cabeça para alon-</p><p>gamento dos músculos do pescoço. A primeira foto, no lado esquerdo da primeira fileira, mostra a atleta com a</p><p>cabeça inclinada lateralmente à direita. Na segunda foto, ao centro da primeira fileira, a atleta está com a cabeça</p><p>inclinada para a direita e à frente, ou seja, na diagonal direita. Na terceira foto, do lado direito da primeira</p>