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<p>DESCRIÇÃO</p><p>A construção da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST) como articulador</p><p>junto aos setores governamentais e da rede SUS das ações de saúde do trabalhador e a criação dos</p><p>Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST).</p><p>PROPÓSITO</p><p>Conhecer a RENAST, as atribuições dos CEREST, as ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador, no</p><p>âmbito do Sistema Único de Saúde, permite aos profissionais de Segurança do Trabalho acessarem</p><p>estratégias importantes acerca da promoção da saúde e da segurança nos ambientes de trabalho, e</p><p>prevenção de doenças, agravos e acidentes relacionados ao trabalho.</p><p>OBJETIVOS</p><p>MÓDULO 1</p><p>Reconhecer a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador</p><p>MÓDULO 2</p><p>Identificar as ações do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST)</p><p>MÓDULO 3</p><p>Identificar as ações do Emprego e Trabalho Decente</p><p>A RENAST E A REDE SUS</p><p>MÓDULO 1</p><p> Reconhecer a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>A rede de atenção à saúde do trabalhador (RENAST) é a rede temática do SUS para executar ações de</p><p>vigilância e assistência em saúde do trabalhador. Sua atuação é regionalizada para que a equipe possa</p><p>conhecer profundamente a realidade de cada local.</p><p>CASO</p><p>CEREST Regional Cacoal em parceria com OAB, CISTT e Vigilância em Saúde se reúnem para</p><p>discutir índices de acidentes de trabalho envolvendo a área elétrica e a da construção civil na</p><p>regional de abrangência.</p><p>O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador Regional Cacoal, preocupado com o alto índice de</p><p>acidentes de trabalho envolvendo a área elétrica e a da construção civil, na regional de abrangência,</p><p>convidou para proposta de ação conjunta em prevenção à saúde do trabalhador as instituições: Ordem</p><p>dos Advogados do Brasil (OAB), Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora</p><p>(CISTT) e Vigilância em Saúde.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>A reunião teve início com a apresentação dos números de acidentes ocorridos, quando a vigilância em</p><p>saúde do munícipio de Cacoal apresentou estatísticas de notificações, dando abertura para que todos os</p><p>presentes fizessem suas colocações e propostas de trabalho envolvendo a educação continuada a</p><p>todos os trabalhos e sociedade estudantil. Na oportunidade também estavam presentes os assessores</p><p>de um deputado e, ao final da reunião, foi gerada uma ata encaminhada ao MPT com proposta de dar</p><p>continuidade à ação em 2020. (Blog do CEREST Regional de Cacoal, 17/12/2019)</p><p>1. AS AÇÕES DA VISAT DEVEM SER COORDENADAS PELAS INSTÂNCIAS DE</p><p>GESTÃO DO SUS E ARTICULADAS PELA RENAST, NO PRINCÍPIO DA</p><p>ESTRUTURAÇÃO DA ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DOS TRABALHADORES</p><p>EM REDE. SOBRE AS AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR,</p><p>PODEMOS DESTACAR:</p><p>A) as ações de prevenção e controle de doenças transmissíveis, vigilância dos fatores de risco para o</p><p>desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, saúde ambiental e análise da situação de</p><p>saúde da população brasileira.</p><p>B) as ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas</p><p>sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços</p><p>de interesse da saúde, abrangendo o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente,</p><p>relacionem-se com a saúde.</p><p>C) as ações de inspeções sanitárias nos ambientes de trabalho, com o objetivo de buscar a promoção e</p><p>proteção da saúde dos trabalhadores e realizar apoio institucional e matricial às instâncias envolvidas no</p><p>processo de vigilância em saúde do trabalhador no SUS.</p><p>D) as ações de assistência direta aos trabalhadores, como consultas médicas, consultas com</p><p>psicólogos, encaminhamento para tratamento e reabilitação, assim como os encaminhamentos para a</p><p>emissão de laudos para perícia do INSS.</p><p>E) as ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos</p><p>fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar</p><p>e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos para a população geral.</p><p>2. O CASO MOSTRA QUE, DEVIDO AO GRANDE NÚMERO DE ACIDENTES DE</p><p>TRABALHO REGISTRADOS, FOI NECESSÁRIO O AGENDAMENTO DE UMA</p><p>REUNIÃO COM DIVERSAS INSTITUIÇÕES DA REGIÃO AFETADA, PORÉM</p><p>FALTOU A PARTICIPAÇÃO DE UM GRUPO, POR MEIO DOS SEUS</p><p>REPRESENTANTES. MARQUE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA ESSE GRUPO:</p><p>A) Representantes dos comerciantes da região.</p><p>B) Representantes dos trabalhadores da área elétrica e construção civil.</p><p>C) Representantes do trabalhadores aposentados e desempregados.</p><p>D) Representantes das crianças em condições de vulnerabilidade exposta ao trabalho.</p><p>E) Representares das mulheres trabalhadoras de todos os setores de trabalho da região.</p><p>GABARITO</p><p>1. As ações da VISAT devem ser coordenadas pelas instâncias de gestão do SUS e articuladas</p><p>pela RENAST, no princípio da estruturação da atenção integral à saúde dos trabalhadores em</p><p>rede. Sobre as ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador, podemos destacar:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>A Vigilância em Saúde do Trabalhador tem como objeto específico a investigação e intervenção nos</p><p>ambientes de trabalho prejudiciais à saúde dos trabalhadores. Não é papel da VISAT o atendimento aos</p><p>trabalhadores por meio de consultas.</p><p>2. O caso mostra que, devido ao grande número de acidentes de trabalho registrados, foi</p><p>necessário o agendamento de uma reunião com diversas instituições da região afetada, porém</p><p>faltou a participação de um grupo, por meio dos seus representantes. Marque a alternativa que</p><p>apresenta esse grupo:</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>A participação dos trabalhadores, por meio dos seus representantes, é fundamental para a elaboração</p><p>de propostas de mudanças nos ambientes com o objetivo de minimizar os acidentes de trabalho.</p><p>3. DE ACORDO COM O CASO, QUAIS AÇÕES DE</p><p>VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR PODEM SER</p><p>FEITAS, EM PARCERIA COM A EQUIPE CEREST, PARA A</p><p>PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO NA ÁREA</p><p>ELÉTRICA E DA CONSTRUÇÃO CIVIL?</p><p>RESPOSTA</p><p>Identificar a situação de saúde dos trabalhadores dessas áreas; planejar, executar e avaliar as situações de</p><p>riscos a que esses trabalhadores estão expostos; verificar a ocorrência de anormalidades e irregularidades</p><p>nos ambientes e processos de trabalho; apurar as responsabilidades e recomendar as medidas necessárias</p><p>para a prevenção dos acidentes e promoção da saúde.</p><p>javascript:void(0)</p><p>A VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR</p><p>A RENAST</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>A Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST) compreende uma rede</p><p>nacional de informações e práticas de saúde, organizada com o propósito de implementar ações de</p><p>assistência, de vigilância, prevenção e de promoção da saúde relacionadas à saúde dos trabalhadores,</p><p>e articulada entre o Ministério da Saúde, as Secretarias de Saúde dos estados, o Distrito Federal e os</p><p>municípios.</p><p>Com o objetivo de disseminar as ações de saúde do trabalhador, articuladas às demais redes do</p><p>Sistema Único de Saúde (SUS), a RENAST foi criada em 2002 e representou o fortalecimento da</p><p>Política de Saúde do Trabalhador no SUS. A RENAST integra a rede de serviços do SUS por meio de</p><p>Centros de Referências em Saúde do Trabalhador, e tem como objetivo elaborar protocolos, linhas de</p><p>cuidados e instrumentos que favoreçam a integralidade das ações envolvendo os serviços e municípios</p><p>sentinelas. (Portaria GM nº 1.679/2002)</p><p>Ao longo dos anos, a ampliação e o fortalecimento da RENAST se deram de forma articulada entre o</p><p>Ministério da Saúde, as Secretarias de Saúde dos estados, o Distrito Federal e os municípios por meio</p><p>da Portaria GM nº 2.728/2009, que atribui à rede a:</p><p>Adequação e ampliação da rede de centros de referência em saúde do trabalhador.</p><p>Inclusão das ações de saúde do trabalhador na atenção básica.</p><p>Implementação das ações de vigilância e promoção em saúde do trabalhador.</p><p>Instituição e indicação de serviços de saúde do trabalhador de retaguarda, de média e alta</p><p>complexidade já</p><p>grupo.</p><p>Por meio dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador, as ações voltadas para os trabalhadores</p><p>podem ser realizadas, sejam elas assistenciais, para trabalhadores atendidos nos ambulatórios ou</p><p>ações para fomentar instituições empregadoras. Em conjunto com a Vigilância em Saúde do</p><p>Trabalhador, o CEREST pode fazer inspeção nos ambientes e propor mudanças para a segurança dos</p><p>trabalhadores, visando à prevenção dos acidentes, das doenças e dos agravos.</p><p>Essas ações são importantes, mas precisam estar em consonância com o Plano Nacional de Emprego e</p><p>Trabalho Decente, uma vez que este aponta as áreas prioritárias para a promoção da saúde dos</p><p>trabalhadores e o incentivo ao desenvolvimento sustentável do país.</p><p>AVALIAÇÃO DO TEMA:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ABRAMO, L. Uma década de promoção do trabalho decente no Brasil: uma estratégia de ação</p><p>baseada no diálogo social. Organização Internacional do Trabalho ‒ Genebra: OIT, 2015.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012. Institui a Política Nacional</p><p>de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Saúde legis: sistema de legislação da saúde. Brasília,</p><p>2012.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.378, de 9 de julho de 2013. Regulamenta as</p><p>responsabilidades e define diretrizes para execução e financiamento das ações de Vigilância em Saúde</p><p>pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, relativos ao Sistema Nacional de Vigilância em</p><p>Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília, 2013.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Para saber as coisas – Falando da Política Nacional de Saúde do</p><p>Trabalhador e doenças relacionadas ao trabalho. In: Hemeroteca Sindical Brasileira: São Paulo,</p><p>2006.</p><p>BRASIL. Ministério do Trabalho. Plano Nacional de Emprego e Trabalho Decente: gerar emprego e</p><p>trabalho decente para combater a pobreza e as desigualdades sociais. Brasília, 2010.</p><p>BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria nº 1129, de 13 de outubro de 2017. Dispõe sobre os</p><p>conceitos de trabalho forçado, jornada exaustiva e condições análogas à de escravo para fins de</p><p>concessão de seguro-desemprego ao trabalhador que vier a ser resgatado em fiscalização do Ministério</p><p>do Trabalho, nos termos do artigo 2-C da Lei nº 7998, de 11 de janeiro de 1990; bem como altera</p><p>dispositivos da PI MTPS/MMIRDH nº 4, de 11 de maio de 2016. Brasília, 2017.</p><p>DIRETRIZES de implantação da vigilância em saúde do trabalhador no SUS, 2012. Plataforma</p><p>RENAST online. Consultado na Internet em: 21 ago. 2021.</p><p>ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. OIT. O que é trabalho forçado? [on-line]</p><p>Consultado em 20 ago. 2021.</p><p>REDE NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO TRABALHADOR. RENAST. Manual de</p><p>gestão e gerenciamento. São Paulo, 2006. Consultado na Internet em: 19 ago. 2021.</p><p>EXPLORE+</p><p>Assista ao vídeo, disponível no YouTube, SAÚDE DO TRABALHADOR: O Cerest de Florianópolis.</p><p>Consulte a plataforma RENAST online.</p><p>Na mesma plataforma, acesse o artigo CERESTs pelo Brasil.</p><p>Informe-se sobre Trabalho Decente (OIT) no portal ILO.</p><p>Faça o download do aplicativo Pardal MPT – Denúncias.</p><p>Acesse o Sistema IPÊ e leia o artigo A Divisão de Erradicação do Trabalho Escravo do Ministério</p><p>da Economia.</p><p>CONTEUDISTA</p><p>Ismael da Silva Costa</p><p>instalados.</p><p>Caracterização de municípios sentinelas em saúde do trabalhador.</p><p>ATRIBUIÇÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE ACERCA DA</p><p>RENAST:</p><p>Observe a seguir as funções do Ministério da Saúde na gestão da RENAST, de acordo com a Portaria</p><p>GM nº 2.728/2009:</p><p>I - elaborar a Política Nacional de Saúde do Trabalhador para o SUS, aprovada pelo Conselho</p><p>Nacional de Saúde (CNS) e pactuada pela CIT (Comissão Intergestores Tripartite) ;</p><p>II - coordenar a RENAST com a participação das esferas estaduais e municipais de gestão do</p><p>SUS;</p><p>III - elaboração de projetos de lei e normas técnicas pertinentes à área, com a participação de</p><p>outros atores sociais como entidades representativas dos trabalhadores, universidades e</p><p>organizações não governamentais;</p><p>IV - inserir as ações de Saúde do Trabalhador na Atenção Básica, Urgência/Emergência, Rede</p><p>Hospitalar, Vigilância Sanitária, Epidemiológica e Ambiental;</p><p>V - assessorar os Estados na realização de ações de alta complexidade, quando solicitados;</p><p>VI - definir acordos e cooperação técnica com instituições afins com a Saúde do Trabalhador para</p><p>capacitação e apoio à pesquisa na área;</p><p>VII - definir rede de laboratórios de análises químicas e toxicológicas como referências regionais</p><p>ou estaduais;</p><p>VIII - definir a Rede Sentinela e os Municípios Sentinelas em Saúde do Trabalhador no âmbito</p><p>nacional;</p><p>IX - definir o financiamento federal para as ações de Saúde do Trabalhador, garantindo repasses</p><p>regulares fundo a fundo;</p><p>X - realizar estudos e pesquisas definidos a partir de critérios de prioridade, considerando a</p><p>aplicação estratégica dos recursos e conforme a demanda social;</p><p>XI - promover a articulação intersetorial com os Ministérios do Trabalho e Emprego, da</p><p>Previdência Social, do Meio Ambiente e outros, com vistas a fortalecer o modelo de atenção</p><p>integral a saúde dos trabalhadores.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>AÇÕES DE SAÚDE DO TRABALHADOR</p><p>Os trabalhadores sempre foram atendidos nos serviços do SUS, porém nem sempre suas demandas</p><p>específicas relacionadas ao trabalho eram observadas. A implantação da RENAST também teve como</p><p>proposta a qualificação desses atendimentos incorporando as ações de saúde do trabalhador.</p><p>O reconhecimento dessas ações é importante para que os encaminhamentos adequados sejam</p><p>realizados. Nessa perspectiva, as notificações de doenças, agravos e acidentes relacionados ao</p><p>trabalho, fornecem dados suficientes para o financiamento e implementação de ações de saúde dos</p><p>trabalhadores nos estados e municípios.</p><p>LEMBRANDO QUE A INDISSOCIABILIDADE DAS AÇÕES</p><p>ASSISTENCIAIS E DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE É UM DOS</p><p>PILARES DE SUSTENTAÇÃO DA SAÚDE DO</p><p>TRABALHADOR.</p><p>Podemos elencar como ações de saúde do trabalhador:</p><p>A assistência aos agravos, a vigilância dos ambientes e das condições de trabalho (vigilância sanitária),</p><p>da situação de saúde dos trabalhadores (vigilância epidemiológica) e da situação ambiental (vigilância</p><p>ambiental).</p><p>A produção, coleta, sistematização, análise e divulgação das informações de saúde, a produção de</p><p>conhecimento e as atividades educativas, todas elas desenvolvidas sob o controle da sociedade</p><p>organizada.</p><p>A partir das ações assistenciais, são identificados os “casos” ou as situações de adoecimento</p><p>relacionados ao trabalho, que são notificados ao sistema de informação, desencadeando procedimentos</p><p>de vigilância da saúde.</p><p>Procedimentos de promoção da saúde definidos e implementados no âmbito do sistema de saúde e fora</p><p>dele pelo setores de trabalho, previdência social, meio ambiente e outros setores de governo</p><p>responsáveis pelas políticas de desenvolvimento econômico e social.</p><p>O atendimento ao trabalhador, a investigação do trabalho como um fator determinante do processo</p><p>saúde-doença e o manejo das situações de risco no trabalho, incorporando o controle social, são</p><p>possibilidades a serem trabalhadas na Atenção Primária à Saúde. Aos serviços de urgência e</p><p>emergências cabem os atendimentos aos acidentados e às vítimas de agravos agudos relacionados ao</p><p>trabalho, fazendo as devidas notificações quando necessárias (RENAST, 2006).</p><p>VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR</p><p>A Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) é essencial para a solidificação do modelo de Atenção</p><p>Integral à Saúde do Trabalhador. É um dos componentes do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e</p><p>visa à promoção da saúde e à redução da morbimortalidade da população trabalhadora, por meio de</p><p>ações de intervenção nos agravos caso seus determinantes sejam decorrentes dos modelos de</p><p>desenvolvimento e processos produtivos, e mantendo estreita integração com as demais Vigilâncias</p><p>(Sanitária, Epidemiológica e Saúde Ambiental) (DIRETRIZES, 2012).</p><p>Objetivos da Vigilância em Saúde do Trabalhador (DIRETRIZES, 2012):</p><p>A VISAT tem como objetivos:</p><p>Identificar o perfil de saúde da população trabalhadora, considerando a análise da situação de saúde.</p><p>A caracterização do território, perfil social, econômico e ambiental da população trabalhadora.</p><p>Intervir nos fatores determinantes dos riscos e agravos à saúde da população trabalhadora, visando</p><p>eliminá-los ou, na sua impossibilidade, atenuá-los e controlá-los.</p><p>Avaliar o impacto das medidas adotadas para a eliminação, o controle e a atenuação dos fatores</p><p>determinantes dos riscos e agravos à saúde para subsidiar a toma de decisões das instâncias do SUS.</p><p>Utilizar os diversos sistemas de informação para a VISAT.</p><p>Atribuições do Profissionais da Vigilância em Saúde do Trabalhador (BRASIL, 2012):</p><p>A equipe de profissionais da Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) deve ser multidisciplinar e</p><p>suas atribuições são:</p><p>1. Identificar e analisar a situação de saúde dos trabalhadores da área de abrangência;</p><p>2. Analisar dados, informações, registros e prontuários de trabalhadores nos serviços de saúde,</p><p>respeitando os códigos de ética dos profissionais de saúde;</p><p>3. Planejar, executar e avaliar sobre situações de risco à saúde dos trabalhadores e os ambientes</p><p>e processos de trabalho;</p><p>4. Realizar ações programadas de Vigilância em Saúde do Trabalhador, a partir de análises dos</p><p>critérios de priorização definidos;</p><p>5. Verificar a ocorrência de anormalidades, irregularidades e a procedência de denúncias de</p><p>inadequação dos ambientes e processos de trabalho, apurar responsabilidades e recomendar</p><p>medidas necessárias para promoção da saúde dos trabalhadores;</p><p>6. Efetuar inspeções sanitárias nos ambientes de trabalho, identificar e analisar os riscos</p><p>existentes, bem como propor as medidas de prevenção necessárias.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Além do mais, devem mapear os riscos dos processos de produção, por meio da metodologia de</p><p>árvores de causas.</p><p>ATRIBUIÇÕES DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO</p><p>TRABALHADOR (BRASIL, 2012):</p><p>Dentre as ações da VISAT, destacamos:</p><p>Realizar levantamentos, monitoramentos de risco à saúde dos trabalhadores e de populações expostas,</p><p>acompanhamento e registro de casos, inquéritos epidemiológicos e estudos da situação de saúde a</p><p>partir dos territórios;</p><p>Realizar apoio institucional e matricial às instâncias envolvidas no processo de Vigilância em Saúde do</p><p>Trabalhador no SUS;</p><p>Realizar inspeções sanitárias nos ambientes de trabalho, com objetivo de buscar a promoção e a</p><p>proteção da saúde dos trabalhadores;</p><p>Promover ações de formação continuada para os técnicos e trabalhadores envolvidos nas ações de</p><p>Vigilância em Saúde do Trabalhador.</p><p>PLANO DE AÇÃO DE SAÚDE DO</p><p>TRABALHADOR</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>O Plano de Ação Saúde do Trabalhador visa colocar em prática as determinações da Portaria GM/MS nº</p><p>2.437/2005, que regulamenta as atividades da RENAST. O plano tem como objetivo a definição das</p><p>ações que respondam às necessidades de saúde da população atendida, maximizando resultados e</p><p>melhorando constantemente a qualidade dos serviços prestados (RENAST, 2006).</p><p>O propósito de um planejamento é:</p><p>PERMITIR UM MELHOR APROVEITAMENTO DO TEMPO E</p><p>DOS RECURSOS, POSSIBILITANDO QUE ALCANCEMOS</p><p>NOSSOS</p><p>OBJETIVOS MAIS FACILMENTE. QUANDO</p><p>PRETENDEMOS ALCANÇAR, COLETIVAMENTE, OBJETIVOS</p><p>COMPLEXOS, É IMPRESCINDÍVEL CONTAR COM UM</p><p>MÉTODO DE PLANEJAMENTO.</p><p>(RENAST, 2006, p. 31)</p><p>Um método de planejamento deve permitir o compartilhamento de ideias de todos os envolvidos e</p><p>possibilitar a compreensão das ferramentas adotadas. O planejamento deve expressar a identificação</p><p>dos problemas, definir as prioridades para a intervenção e as ações. Para que atinja seus objetivos, é</p><p>preciso a elaboração de um plano de ação. A seguir, veremos o passo a passo, composto por quatro</p><p>momentos, para a elaboração de um plano de ação em Saúde do Trabalhador, de acordo com a</p><p>RENAST (2006).</p><p></p><p>1 - EXPLICANDO O PROBLEMA</p><p>Quem é o ator que planeja? Qual a missão da organização do ator que planeja? Qual problema será</p><p>objeto da intervenção? Como descrever o problema? Como explicar o problema?</p><p>Observação: a definição da missão estabelece os objetivos maiores que se pretende alcançar ou</p><p>garantir.</p><p>2 - PROPONDO INTERVENÇÕES</p><p>Como selecionar os nós críticos? Como propor as intervenções? (1ª parte)</p><p>Observação: o nó crítico pode ser considerado como uma causa do problema que, quando atacada, é</p><p>capaz de resolver ou transformar o problema principal.</p><p></p><p></p><p>3 - CONSTRUINDO VIABILIDADE</p><p>Como identificar os recursos? Como viabilizar os recursos críticos?</p><p>4 – GERENCIANDO A INTERVENÇÃO</p><p>Como concluir a proposta de intervenção? (2ª parte) Como gerir a implantação do projeto?</p><p></p><p>O planejamento em Saúde do Trabalhador é um processo dinâmico que requer modificações sempre</p><p>que houver alterações ambientais e/ou organizacionais. Dessa forma, as estratégias precisam ser</p><p>acompanhadas continuamente.</p><p>A elaboração do plano ocorre nas Oficinas de Trabalho, que reúnem todos os atores sociais envolvidos</p><p>com a temática saúde do trabalhador, incluindo os gestores de órgãos públicos e representação dos</p><p>movimentos sociais e de usuários/trabalhadores.</p><p>O PLANO DEVE CONTER OBJETIVOS, METAS E PROJETOS</p><p>QUE CONSOLIDEM A MISSÃO INSTITUCIONAL VISANDO À</p><p>MELHORIA DA QUALIDADE DAS ATIVIDADES</p><p>RELACIONADAS AO ATENDIMENTO ÀS DEMANDAS DOS</p><p>TRABALHADORES, ALÉM DE INFORMAÇÕES DETALHADAS</p><p>SOBRE A IMPLEMENTAÇÃO DAS MEDIDAS DE</p><p>GERENCIAMENTO E CONTROLE DAS INFORMAÇÕES, DOS</p><p>CUSTOS, DA ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE PESSOAL.</p><p>De acordo com a Portaria GM/MS nº 2.067/2004, o Plano de Ação Nacional em Saúde do Trabalhador</p><p>deve seguir as metas do Plano Nacional de Saúde, assim como as estratégias de gestão</p><p>descentralizada pactuadas entre as esferas de governo, devendo conter as diretrizes para:</p><p>I. organização de ações assistenciais em Saúde do Trabalhador, no âmbito da Atenção Básica, na</p><p>rede de Média e Alta Complexidade ambulatorial, pré-hospitalar e hospitalar;</p><p>II. estruturação de ações de vigilância em Saúde do Trabalhador, em conformidade com as</p><p>disposições das Portarias GM/MS nº 3.120/1998 e nº 1.172/2004;</p><p>III. sistematização das informações em Saúde do Trabalhador, conforme o disposto na Portaria</p><p>GM/MS nº 777/2004 e os instrumentos de informação já existentes, tais como o SIAB, o SIA, o</p><p>SIH e o cartão SUS;</p><p>IV. política de comunicação em Saúde do Trabalhador;</p><p>V. fiscalização, normatização e controle dos serviços de Saúde do Trabalhador ou de medicina do</p><p>trabalho, próprios ou contratados, das instituições e empresas públicas e privadas;</p><p>VI. estruturação e o cronograma de implantação da Rede de Serviços Sentinela em Saúde do</p><p>Trabalhador;</p><p>VII. ampliação, modificação e adequação da rede de Centros de Referência em Saúde do</p><p>Trabalhador;</p><p>VIII. educação permanente em Saúde do Trabalhador, segundo a Política de Formação e</p><p>Desenvolvimento de Trabalhadores para o SUS, definida pela Secretaria de Gestão do Trabalho e</p><p>da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde;</p><p>IX. promoção da Saúde do Trabalhador por meio da articulação intra e intergovernamental nas</p><p>três esferas de governo.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>A METODOLOGIA DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE</p><p>DO TRABALHADOR</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Para que se consiga atingir os objetivos da Vigilância em Saúde do Trabalhador, é necessário que se</p><p>adotem metodologias capazes de estabelecer um diagnóstico situacional, dentro do princípio da</p><p>pesquisa-intervenção, e de avaliar, de modo permanente, os seus resultados em prol das mudanças</p><p>pretendidas. Observe os componentes que compreendem alguns pressupostos metodológicos:</p><p>FASE PREPARATÓRIA</p><p>Nesta fase, a equipe busca conhecer, com o maior aprofundamento possível, o(s) processo(s), o</p><p>ambiente e as condições de trabalho do local onde será realizada a ação.</p><p>INTERVENÇÃO (INSPEÇÃO/FISCALIZAÇÃO SANITÁRIA)</p><p>A intervenção, realizada em conjunto com os representantes dos trabalhadores de outras instituições, e</p><p>sob a responsabilidade administrativa da equipe da Secretaria Estadual e/ou Municipal de Saúde,</p><p>deverá considerar, na inspeção sanitária em saúde do trabalhador, a observância a normas e legislações</p><p>que regulamentam a relação entre o trabalho e a saúde, de qualquer origem, especialmente na esfera</p><p>da saúde, do trabalho, da previdência, do meio ambiente e das internacionais ratificadas pelo Brasil.</p><p>ANÁLISE DOS PROCESSOS</p><p>Uma forma importante de considerar a capacidade potencial de adoecer no processo, no ambiente e em</p><p>decorrência de condições em que o trabalho se realiza é utilizar instrumentos que inventariem o</p><p>processo produtivo e a sua forma de organização.</p><p>INQUÉRITOS</p><p>No mesmo tempo da intervenção, é possível organizar inquéritos por meio da equipe interdisciplinar e de</p><p>representantes sindicais e/ou dos trabalhadores, aplicando questionários ao conjunto dos trabalhadores,</p><p>contemplando a sua percepção da relação entre trabalho e saúde, a morbidade referida (sinais e</p><p>sintomas objetivos e subjetivos), a vivência com o acidente e o quase acidente de trabalho (incidente</p><p>crítico), consigo e com os companheiros, e suas sugestões para a transformação do processo, do</p><p>ambiente e das condições em que o trabalho se realiza.</p><p>MAPEAMENTO DE RISCOS</p><p>Podem ser utilizadas algumas técnicas de mapeamento de riscos dos processos produtivos de forma</p><p>gradualmente mais complexa à medida que a intervenção se consolide e as mudanças ocorram —</p><p>sempre com a participação dos trabalhadores na sua elaboração. É importante mapear, além dos riscos</p><p>tradicionalmente reconhecidos, as chamadas cargas de trabalho e as formas de desgaste do</p><p>trabalhador.</p><p>ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS</p><p>Os estudos epidemiológicos clássicos, tais como os seccionais, de corte e caso controle, podem ser</p><p>aplicados sempre que se identificar sua necessidade, igualmente com a concorrência, na equipe</p><p>interdisciplinar, de técnicos das universidades e centros de pesquisa, como assessores da equipe.</p><p>ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO</p><p>A intervenção implica na confecção de um relatório detalhado que incorpore o conjunto de informações</p><p>coletadas elaborado pela equipe e seja feito com a participação dos trabalhadores, de modo a servir</p><p>como parâmetro de avaliações futuras.</p><p>INFORMAÇÕES BÁSICAS</p><p>É importante acessar as informações de interesse para as ações em Saúde do Trabalhador, não só</p><p>sobre a avaliação do perfil de morbimortalidade da população em geral, mas também o</p><p>dimensionamento da população trabalhadora exposta a riscos. São informações que permitem a análise</p><p>e a intervenção sobre seus determinantes. Algumas informações podem ser adquiridas por intermédio</p><p>do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), Sistema de Informação de Agravos de Notificação</p><p>(SINAN), Previdência Social, entre outros.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. UM DOS OBJETIVOS DA RENAST É PROPORCIONAR A IMPLANTAÇÃO DAS</p><p>AÇÕES DE SAÚDE DO TRABALHADOR NOS SERVIÇOS DE SAÚDE DO SISTEMA</p><p>ÚNICO DE SAÚDE (SUS). DENTRE AS AÇÕES DE SAÚDE DO TRABALHADOR</p><p>QUE PODEM SER REALIZADAS NO SUS, TEMOS:</p><p>A) a assistência aos agravos, a vigilância dos ambientes e condições de trabalho, da situação de saúde</p><p>dos trabalhadores e da situação ambiental.</p><p>B) a notificação das diversas formas de violência contra mulheres, crianças e idosos.</p><p>C) a prestação de assistência de emergência às vítimas de acidentes de trânsito e notificação dos</p><p>acidentes, mesmo que não sejam relacionados aos acidentes de trabalho.</p><p>D) a elaboração a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Política Nacional de Saúde do</p><p>Homem.</p><p>E) a elaboração de planos de ação para a proteção do trabalho adolescente e da pessoa idosa e</p><p>estimular o trabalho infantil.</p><p>2. EM UM DOS ENCONTROS DAS OFICINAS DE TRABALHO EM SAÚDE DO</p><p>TRABALHADOR, AS EQUIPES RECEBERAM UMA MISSÃO PARA ELABORAR UM</p><p>PLANO EM SAÚDE DO TRABALHADOR PARA DETERMINADO MUNICÍPIO.</p><p>ENTENDENDO QUE EXISTEM ALGUNS PASSOS IMPORTANTES PARA A</p><p>ELABORAÇÃO DO PLANO, MARQUE A ALTERATIVA QUE APRESENTA A</p><p>SEQUÊNCIA CORRETA A ELABORAÇÃO DELE:</p><p>A) Explicando o problema, propondo intervenções, gerenciando a intervenção e construindo viabilidade.</p><p>B) Gerenciando a intervenção, explicando o problema, construindo viabilidade, propondo intervenções.</p><p>C) Explicando o problema, propondo intervenções, construindo viabilidade, gerenciando a intervenção.</p><p>D) Construindo viabilidade, propondo intervenção, gerenciando intervenção, explicando o problema.</p><p>E) Explicando o problema, resolvendo o problema, propondo intervenção e avaliando as ações.</p><p>GABARITO</p><p>1. Um dos objetivos da RENAST é proporcionar a implantação das ações de saúde do trabalhador</p><p>nos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Dentre as ações de saúde do</p><p>trabalhador que podem ser realizadas no SUS, temos:</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>As ações de saúde do trabalhador devem ser desenvolvidas em todas as esferas de atendimento da</p><p>rede SUS, desde ações mais diretas aos trabalhadores, como nas consultas, até de forma indireta, mas</p><p>extremamente importante, como as ações de vigilância em saúde e as notificações das doenças e</p><p>agravos específicos. Também faz parte das ações de saúde do trabalhador a elaboração de manuais e</p><p>protocolos de atendimento aos trabalhadores, assim como a capacitação das equipes para isso.</p><p>2. Em um dos encontros das Oficinas de Trabalho em Saúde do Trabalhador, as equipes</p><p>receberam uma missão para elaborar um plano em Saúde do Trabalhador para determinado</p><p>município. Entendendo que existem alguns passos importantes para a elaboração do plano,</p><p>marque a alterativa que apresenta a sequência correta a elaboração dele:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>Seguir a sequência dos elementos que compõem um plano em saúde do trabalhador é essencial para</p><p>que as ações sejam colocadas em prática sem equívocos. Neste caso, a sequência correta para a</p><p>elaboração do plano é explicando o problema, propondo intervenções, construindo viabilidade,</p><p>gerenciando a intervenção.</p><p>MÓDULO 2</p><p> Identificar as ações do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST)</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>Os CEREST devem identificar quais são os riscos e agravos à saúde do trabalhador em sua região de</p><p>atuação em conjunto com os serviços de atenção básica, urgências e emergências, de média e alta</p><p>complexidades e, a partir daí, atuar na rede de saúde priorizando suas intervenções aos grupos mais</p><p>vulneráveis.</p><p>Os CEREST devem agir principalmente naqueles ambientes de trabalho que estão longe da atuação do</p><p>MTE, e em situações em que os trabalhadores não estão protegidos por NR, como autônomos,</p><p>trabalhadores de microempresas, agricultura familiar etc.</p><p>O CASO</p><p>O CEREST Regional de Cacoal, visando prevenir possíveis acidentes nos frigoríficos dos municípios</p><p>que compõe sua regionalização, em parceria com AGEVISA (PVH), CEREST Estadual (PVH) e SESAU,</p><p>realizou a operação de inspeção e análise dos frigoríficos quanto à utilização de amônia. A presente</p><p>operação de inspeção e orientação já vem sendo desenvolvida pelo CEREST, conforme plano de ação</p><p>anual, porém a presente inspeção em todas as unidades frigoríficas foi desencadeada após um acidente</p><p>ocorrido em uma unidade que compõe a regionalização do CEREST CACOAL.</p><p>Sabendo que a possível intoxicação por amônia pode ser extremamente grave ao trabalhador, a equipe</p><p>do CEREST Cacoal, ao tomar conhecimento do acidente de amônia, em parceria MPT, realizou a</p><p>inspeção e acompanhou o caso na Unidade Frigorífica, bem como as condições de saúde dos</p><p>trabalhadores que foram expostos e sofreram sintomas de intoxicação na ocasião do sinistro, os quais</p><p>foram encaminhados à unidade hospitalar do município de Cacoal. De acordo com a literatura médica,</p><p>os contaminados podem apresentar os seguintes sintomas: irritação nos olhos, na garganta e no trato</p><p>respiratório/sufocante.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Dependendo do tempo e nível de exposição, podem ocorrer efeitos que vão de suaves irritações a</p><p>severas lesões no corpo, devido à sua ação cáustica alcalina. Exposições a altas concentrações, a partir</p><p>de 2500ppm, por um período de trinta minutos podem ser fatais. As manifestações clínicas incluem:</p><p>diminuição da ingestão de alimentos; letargia; taquipneia; hipotermia; vômitos; ataxia; convulsões;</p><p>hepatomegalia e coma. Uma possível complicação deste distúrbio é a ocorrência de encefalopatia</p><p>hepática, podendo levar à morte. (Blog do CEREST Regional de Cacoal, 20/06/2021)</p><p>1. EM FRIGORÍFICOS, É POSSÍVEL QUE TRABALHADORES ADOEÇAM DEVIDO</p><p>À EXPOSIÇÃO SEM PROTEÇÃO AO AGENTE QUÍMICO E, POR OUTRO LADO,</p><p>APESAR DA PROTEÇÃO, É POSSÍVEL UMA EXPOSIÇÃO AO AGENTE DEVIDO</p><p>AOS ACIDENTES. EM SE TRATANDO DE AMÔNIA, QUAIS EQUIPAMENTOS DE</p><p>PROTEÇÃO INDIVIDUAL DEVEM SER FORNECIDOS AOS TRABALHADORES?</p><p>A) Boné, calça comprida, chinelo, luvas, óculos de proteção.</p><p>B) Máscara, óculos de proteção, botas, luvas, uniforme adequado.</p><p>C) Óculos de proteção, máscaras, blusas de manga comprida, bermuda, botas.</p><p>D) Uniforme adequado, óculos de proteção, máscara, chinelo.</p><p>E) Blusa de manga comprida, óculos de proteção, chapéu, luvas de silicone.</p><p>2. O CASE RELATA UM ACIDENTE DE TRABALHO EM FRIGORÍFICO. NESSE</p><p>CASO, QUAL A ATUAÇÃO DA EQUIPE SESMT NA ASSISTÊNCIA AOS</p><p>ACIDENTADOS?</p><p>A) Prestar os primeiros atendimentos, avaliando a gravidade do acidente e acionando a equipe de</p><p>atendimento móvel de urgência do município.</p><p>B) Prestar os primeiros socorros e liberar o trabalhador para voltar para casa.</p><p>C) Prestar os primeiros atendimentos e orientar que eles voltem imediatamente ao trabalho.</p><p>D) Não prestar atendimento e acionar o setor de RH para o preenchimento da comunicação de acidente</p><p>de trabalho.</p><p>E) Não prestar nenhum atendimento e exigir que os acidentados retornem ao trabalho.</p><p>GABARITO</p><p>1. Em frigoríficos, é possível que trabalhadores adoeçam devido à exposição sem proteção ao</p><p>agente químico e, por outro lado, apesar da proteção, é possível uma exposição ao agente devido</p><p>aos acidentes. Em se tratando de amônia, quais equipamentos de proteção individual devem ser</p><p>fornecidos aos trabalhadores?</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>Em um frigorífico, os equipamentos de proteção individual visam não só à proteção com relação a</p><p>possíveis exposições a produtos químicos, mas também à proteção com relação à baixa temperatura.</p><p>Dessa forma, o trabalhador precisa receber para sua proteção: máscara adequada, o uniforme</p><p>adequado, geralmente o macacão, botas, luvas óculos de proteção.</p><p>2. O case relata um acidente de trabalho em frigorífico. Nesse caso, qual a atuação da equipe</p><p>SESMT na assistência aos acidentados?</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>A equipe de SESMT deve prestar os primeiros atendimentos, dentro da sua possibilidade e conforme a</p><p>gravidade dos acidentes. Em acidentes graves, as equipes dos Serviços de Atendimento Móvel devem</p><p>ser acionadas.</p><p>3. VISANDO À PREVENÇÃO DE OUTROS ACIDENTES E EM</p><p>OUTROS FRIGORÍFICOS, PONTUE AS AÇÕES</p><p>RELACIONADAS ÀS NORMAS SEGURANÇA QUE A EQUIPE</p><p>CEREST PODE REFORÇAR COM AS EQUIPES DOS SESMT:</p><p>RESPOSTA</p><p>Inspeção dos ambientes de trabalho; orientações sobre a importância de as empresas seguirem as normas</p><p>de segurança; orientações aos trabalhadores sobre a importância de obedecerem às normas de segurança;</p><p>elaboração de planos de ação para prevenção de novos acidentes, baseados no PPRA: antecipação,</p><p>reconhecimento, avaliação</p><p>e controle. Utilização de outras ferramentas, como 5W2H.</p><p>javascript:void(0)</p><p>OS CEREST´S E A ATENÇÃO BÁSICA</p><p>OS CEREST</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Criados a partir da Portaria Ministerial nº 1.679/2002, os Centros de Referência em Saúde do</p><p>Trabalhador (CEREST) são unidades regionais especializadas no atendimento aos trabalhadores. São</p><p>vinculados à Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST) e coordenados pela</p><p>Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador, do Ministério da Saúde.</p><p>AS AÇÕES DOS CEREST ESTÃO ESTRUTURADAS COM OS</p><p>DEMAIS SERVIÇOS DA REDE DO SISTEMA ÚNICO DE</p><p>SAÚDE (SUS) E OUTROS SETORES GOVERNAMENTAIS</p><p>QUE POSSUEM ESFERAS COMPARTILHADAS COM A</p><p>SAÚDE DO TRABALHADOR.</p><p>Os CEREST também têm por função a retaguarda técnica para o SUS nas ações de prevenção,</p><p>promoção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e vigilância em saúde dos trabalhadores urbanos e</p><p>rurais, independentemente do tipo de inserção no mercado do trabalho, e a elaboração do Plano de</p><p>Saúde do Trabalhador (Portaria GM nº 2.728/2009).</p><p>ATUAÇÃO DOS CENTROS DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO</p><p>TRABALHADOR (PORTARIA GM/MS Nº 1.823/2012).</p><p>São atribuições do CEREST:</p><p>I. Desempenhar as funções de suporte técnico, de educação permanente, de coordenação de projetos</p><p>de promoção, vigilância e assistência à saúde dos trabalhadores, no âmbito da sua área de</p><p>abrangência.</p><p>II. Dar apoio matricial para o desenvolvimento das ações de saúde do trabalhador na atenção primária</p><p>em saúde, nos serviços especializados e de urgência e emergência, bem como na promoção de</p><p>vigilância nos diversos pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde.</p><p>III. Atuar como centro articulador e organizador das ações intra e intersetoriais de saúde do trabalhador,</p><p>assumindo a retaguarda técnica especializada para o conjunto de ações e serviços da rede SUS e se</p><p>tornando polo irradiador de ações experiência de vigilância em saúde, de caráter sanitário e de base</p><p>epidemiológica.</p><p>Na esfera assistencial, os CEREST atuam com o propósito de contribuir para o diagnóstico, confirmação</p><p>da relação causal entre um dano, doença ou acidente e o trabalho, além de tratamentos, reabilitação e</p><p>encaminhamentos dos casos de maior complexidade para as unidades especialistas da rede SUS.</p><p>TODOS OS TRABALHADORES E ESTAGIÁRIOS PODEM SER</p><p>ATENDIDOS PELOS CEREST DESDE QUE APRESENTEM</p><p>DEMANDAS RELACIONADAS AO TRABALHO.</p><p>DESEMPREGADOS E APOSENTADOS TAMBÉM PODEM SER</p><p>ATENDIDOS CONTANTO QUE HAJA SUSPEITA DE</p><p>ADOECIMENTO RELACIONADO A OCUPAÇÕES</p><p>ANTERIORES À DEMISSÃO.</p><p>De acordo com a Portaria nº 1.679/2002, em cada estado serão organizados dois tipos de CEREST, os</p><p>Regionais e os Estaduais e cabe a eles apoiar a organização e a estruturação da assistência de média e</p><p>alta complexidade, para dar atenção aos acidentes de trabalho e aos agravos contidos na Lista de</p><p>Doenças Relacionadas ao Trabalho, como listamos a seguir:</p><p>1. Acidente de trabalho fatal;</p><p>2. Acidentes de trabalho com mutilações;</p><p>3. Acidente com exposição a material biológico;</p><p>4. Acidentes do trabalho com crianças e adolescentes;</p><p>5. Dermatoses ocupacionais;</p><p>6. Intoxicações exógenas, por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais</p><p>pesados;</p><p>7. Lesões por esforços repetitivos (LER), distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho</p><p>(DORT);</p><p>8. Pneumoconioses;</p><p>9. Perda auditiva induzida por ruído (PAIR);</p><p>10. Transtornos mentais relacionados ao trabalho;</p><p>11. Câncer relacionado ao trabalho.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>CEREST estaduais</p><p>Os CEREST estaduais deverão dispor de bases de dados disponíveis e atualizadas, no mínimo com os</p><p>seguintes componentes para sua respectiva área de abrangência:</p><p>Mapa de riscos no trabalho;</p><p>Mapa de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho;</p><p>Indicadores sociais econômicos de desenvolvimento, força de trabalho e IDH;</p><p>Informações sobre benefícios pagos pela previdência social e outros órgãos securitários;</p><p>capacidade instalada do sus;</p><p>Estrutura regional e funcionamento do INSS e da delegacia regional do trabalho;</p><p>Estruturar o observatório estadual de Saúde do Trabalhador.</p><p>Também deverão promover programas de formação, especialização e qualificação de recursos humanos</p><p>na área da saúde do trabalhador, além de fornecer suporte técnico para práticas assistenciais</p><p>interdisciplinares em saúde do trabalhador e promover eventos técnicos e elaboração de manuais e</p><p>protocolos clínicos (Portaria nº 2.437/2005).</p><p>CEREST regionais</p><p>Os CEREST regionais deverão:</p><p>Facilitar o desenvolvimento de estágios, trabalho e pesquisa com as universidades locais, as</p><p>escolas, os sindicatos, entre outros;</p><p>Contribuir nos projetos das demais assessorias técnicas municipais;</p><p>Fomentar as relações interinstitucionais;</p><p>Articular a vigilância em saúde do trabalhador com ações de promoção como proposta de</p><p>municípios saudáveis;</p><p>Prover subsídios para o fortalecimento do controle social na região e nos municípios do seu</p><p>território de abrangência;</p><p>Participar do polo regional de educação permanente de forma a propor e pactuar as capacitações</p><p>em saúde do trabalhador consideradas prioritárias;</p><p>Estimular, prover subsídios e participar da pactuação da Rede de Serviços Sentinela em Saúde do</p><p>Trabalhador na região de sua abrangência.</p><p>Os CEREST regionais são referência técnica para as investigações de maior complexidade, e quando</p><p>necessário atuam em conjunto com os CEREST estaduais, assim como os setores no âmbito municipal,</p><p>estadual e federal (Portaria nº 1.679/2002).</p><p> ATENÇÃO</p><p>Os CEREST regionais e estaduais deverão atuar de forma integrada, de modo a constituir um sistema</p><p>em rede nacional.</p><p>PROFISSIONAIS QUE COMPÕEM AS EQUIPES DOS CEREST</p><p>As equipes devem prover o apoio matricial e institucional para o desenvolvimento e incorporação das</p><p>ações de saúde do trabalhador no SUS. As equipes são compostas por:</p><p>PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO</p><p>PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR</p><p>PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO</p><p>Auxiliar ou técnico de enfermagem, técnico de higiene e segurança do trabalho, auxiliar administrativo,</p><p>arquivistas, entre outros.</p><p>PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR</p><p>Médicos generalistas, médicos do trabalho, médicos especialistas, odontologistas, engenheiros,</p><p>enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, sociólogos, ecólogos,</p><p>biólogos, terapeutas ocupacionais, advogados, relações públicas, educadores, comunicadores, entre</p><p>outros.</p><p>As equipes serão formadas de acordo com o perfil dos atendimentos realizados nos CEREST, e assim, é</p><p>possível que as equipes não sejam iguais nas regiões. Porém, para a composição delas, devem</p><p>obedecer ao que determina a legislação, com no mínimo auxiliares/técnicos de enfermagem,</p><p>enfermeiros, médicos.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p> ATENÇÃO</p><p>Apesar das ações para o suprimento das necessidades dos trabalhadores, os CEREST não realizam</p><p>exames admissionais, periódicos, de mudança de função e demissionais, uma vez que não podem</p><p>assumir as atribuições dos Serviços Especializados de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT).</p><p>Além do mais, não há atendimento para situações de alta complexidade, emissão de atestado de saúde</p><p>física ou mental e/ou avaliação de processos de insalubridade ou periculosidade nas empresas.</p><p>Aos trabalhadores, os atendimentos nos CEREST acontecerão após encaminhamento médico, sejam de</p><p>serviços públicos de saúde, serviços privados, ou por médicos do trabalho.</p><p>Para os demais serviços, como visitais locais e visitas em conjunto com as equipes de Vigilâncias</p><p>Epidemiológica, Sanitária, Ambiental ou em Saúde do Trabalhador, as instituições deverão acionar o</p><p>CEREST referência para a região.</p><p>REDE DE SERVIÇOS SENTINELA EM SAÚDE DO</p><p>TRABALHADOR</p><p>“Sentinela” é o temos utilizado para designar serviços assistenciais de saúde de retaguarda de média e</p><p>alta complexidade já instalados e qualificados, para garantir a geração de informação para viabilizar a</p><p>vigilância em saúde. Assim, esse serviço é responsável pelo diagnóstico, tratamento e notificação que</p><p>proporcionarão</p><p>subsídios para ações em saúde do trabalhador (RENAST, 2006).</p><p>A Rede de Serviços Sentinela em Saúde do Trabalhador deverá atender todo o território nacional e os</p><p>Municípios Sentinelas serão definidos a partir de dados e indicadores oficiais disponíveis nos CEREST.</p><p>Aos Municípios Sentinelas, cabe:</p><p>Inserir as ações de Saúde do Trabalhador no SUS na Atenção Básica, na média e na alta complexidade.</p><p>Executar ações de vigilância em Saúde do Trabalhador integradas às de vigilância epidemiológica,</p><p>sanitária e ambiental;</p><p>Fortalecer o Controle Social;</p><p>Implantar uma Política de Saúde do Trabalhador voltada para a realidade do município e da região, em</p><p>parceria com o estado.</p><p>Desenvolver políticas de promoção da saúde e de desenvolvimento sustentável, de forma a garantir o</p><p>acesso do trabalhador às ações integradas de vigilância e de assistência, em todos os níveis de atenção</p><p>do SUS.</p><p>Essas atribuições têm como finalidade reduzir o impacto dos processos produtivos nocivos à Saúde dos</p><p>Trabalhadores e da população geral.</p><p>AS ATIVIDADES E OS NÍVEIS DE COMPLEXIDADE</p><p>Como estamos falando de redes que, articuladas ao SUS viabilizam atendimentos especializados aos</p><p>trabalhadores, traremos agora algumas atividades que são realizadas dentro dos serviços, de acordo</p><p>com o nível de complexidade. São elas:</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Atenção primária em saúde</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Rede de urgência e emergência</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Serviço de especialidade</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Notificação compulsória</p><p>A atenção primária em saúde, em articulação com as áreas técnicas em saúde do trabalhador e centros</p><p>de referência em saúde do trabalhador, deve elaborar ações de promoção da saúde, prevenção de</p><p>agravos, assim como o diagnóstico, tratamento, a reabilitação e manutenção da saúde dos</p><p>trabalhadores no âmbito individual e coletivo.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>A Portaria GM/MS nº 4.279/2010 conceitua a Rede de Atenção à Saúde (RAS) e estabelece diretrizes</p><p>para sua organização, no âmbito do Sistema Único de Saúde.</p><p>A rede de atenção à saúde (RAS) é composta por “arranjos organizativos de ações e serviços de saúde</p><p>de diferentes densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e</p><p>de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado”. Os CEREST fazem parte da RAS como um de</p><p>seus arranjos, ou seja, integram a rede de serviços do SUS voltados à promoção, à vigilância e à</p><p>assistência, para o desenvolvimento das ações de Saúde do Trabalhador.</p><p>Os CEREST devem funcionar sob a coordenação da Atenção Primária à Saúde (APS). A atenção</p><p>integral à saúde do usuário trabalhador deve se iniciar e ser garantida a partir da atenção primária,</p><p>enquanto coordenadora do cuidado dentro da RAS.</p><p>A integralidade na atenção à saúde dos usuários trabalhadores envolve a integração da Vigilância em</p><p>Saúde do Trabalhador (VISAT), com a APS. Para isso, é necessário:</p><p>A inserção das ações do VISAT na prática das equipes de saúde da família.</p><p>O planejamento e programação integrados das ações individuais e coletivas.</p><p>O monitoramento e avaliação integrada.</p><p>A educação permanente dos profissionais de saúde.</p><p>A rede de urgência e emergência é a responsável pelos atendimentos de casos de acidentes de trabalho</p><p>graves e fatais, incluindo as intoxicações exógenas. É importante que seja feita a notificação dos</p><p>atendimentos, pois com essas informações atualizadas, poderá ser elaborada uma série de medidas</p><p>preventivas relacionadas à saúde dos trabalhadores.</p><p>A rede de serviços de especialidades é importante para a manutenção da integralidade das ações. Esse</p><p>serviço é destinado ao atendimento das situações de saúde que não podem ser tratadas na atenção</p><p>primária.</p><p>FICHA INDIVIDUAL DE NOTIFICAÇÃO (FIN)</p><p>É um registro de um agravo à saúde feito por meio da Ficha de Notificação. Tem como objetivo</p><p>comunicar a ocorrência de casos de doenças que constam na lista de agravos estabelecidos pelo</p><p>Ministério da Saúde.</p><p> ATENÇÃO</p><p>A notificação é obrigatória a todos os profissionais de saúde, bem como aos responsáveis por</p><p>organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e de ensino, e visa à adoção de</p><p>medidas de controle pertinentes. Podem ser feitas pela vigilância epidemiológica dos distritos sanitários.</p><p>Atualmente, as seguintes notificações são compulsórias:</p><p>1 - Câncer relacionado ao trabalho;</p><p>2 - Dermatoses ocupacionais;</p><p>3 - Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho</p><p>(LER/DORT);</p><p>4 - Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) relacionada ao trabalho;</p><p>5 - Pneumoconioses relacionadas ao trabalho;</p><p>6 - Transtornos mentais relacionados ao trabalho.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>É IMPORTANTE DESTACAR QUE, DEVIDO À ESCASSEZ</p><p>DAS INFORMAÇÕES SOBRE A REAL SITUAÇÃO DE SAÚDE</p><p>DOS TRABALHADORES, FICA INVIABILIZADA A CRIAÇÃO</p><p>DE POLÍTICAS E ESTRATÉGIAS PARA COMBATER OS</p><p>AGRAVOS RELACIONADOS À SAÚDE. POR ISSO, É</p><p>IMPORTANTE QUE AS INFORMAÇÕES SOBRE A</p><p>NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA SEJAM SEMPRE</p><p>PRIORIZADAS EM TODOS OS CURSOS DA ÁREA DA SAÚDE</p><p>E GESTÃO DA SAÚDE.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. CONSIDERANDO QUE OS CEREST ATUAM COMO SUPORTE ÀS</p><p>INSTITUIÇÕES, ALÉM DE UM CENTRO ARTICULADOR DAS AÇÕES</p><p>INTERSETORIAIS DE SAÚDE E QUE TAMBÉM PRESTAM ATENDIMENTO AOS</p><p>TRABALHADORES NAS UNIDADES AMBULATORIAIS, MARQUE A ALTERNATIVA</p><p>QUE CORRESPONDE ÀS AÇÕES DOS CEREST NO ATENDIMENTO DIRETO AOS</p><p>TRABALHADORES:</p><p>A) Os CEREST deverão dispor informações sobre benefícios pagos pela Previdência Social e outros</p><p>órgãos securitários.</p><p>B) Cabe aos CEREST prover subsídios e participar da pactuação da Rede de Serviços Sentinela em</p><p>Saúde do Trabalhador na região de sua abrangência.</p><p>C) Os profissionais dos CEREST também atuam com o propósito de contribuir para o diagnóstico,</p><p>confirmação da relação causal entre um dano, doença ou acidente e o trabalho, além de tratamentos</p><p>que prescrevem aos trabalhadores atendidos nas unidades.</p><p>D) CEREST estaduais deverão dispor de bases de dados disponíveis e atualizados, no mínimo, com os</p><p>seguintes componentes para sua respectiva área de abrangência: mapa de riscos no trabalho, mapa de</p><p>acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.</p><p>E) As equipes dos CEREST também atuam em visitas técnicas em conjunto com as Equipes de</p><p>Vigilância em Saúde.</p><p>2. PARA A GARANTIA DA INTEGRALIDADE DAS AÇÕES DE SAÚDE DO</p><p>TRABALHADOR NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE, A REDE NACIONAL DE</p><p>ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO TRABALHADOR CONTA COM A ATUAÇÃO</p><p>DOS CEREST E A ATUAÇÃO DE UM SERVIÇO RESPONSÁVEL PELA</p><p>NOTIFICAÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS QUE DARÃO SUBSÍDIOS AOS</p><p>MUNICÍPIOS E ESTADOS NA ELABORAÇÃO DE AÇÕES EM SAÚDE DO</p><p>TRABALHADOR. ESSE SERVIÇO É CONHECIDO COMO:</p><p>A) Rede de Serviços Integrais à Saúde do Trabalhador.</p><p>B) Política Nacional de Saúde do Trabalhador Idoso.</p><p>C) Rede de Assistência ao Trabalhador no SUS.</p><p>D) Política Brasileira de Segurança em Saúde do Trabalhador.</p><p>E) Rede de Serviços Sentinela em Saúde do Trabalhador.</p><p>GABARITO</p><p>1. Considerando que os CEREST atuam como suporte às instituições, além de um centro</p><p>articulador das ações intersetoriais de saúde e que também prestam atendimento aos</p><p>trabalhadores nas unidades ambulatoriais, marque a alternativa que corresponde às ações dos</p><p>CEREST no atendimento direto aos trabalhadores:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>Os médicos que compõem as equipes CEREST assistem os trabalhadores de acordo com suas</p><p>demandas, podendo diagnosticar uma doença ou agravo, relacionando ao trabalho, assim como</p><p>prescrever os devidos tratamentos, e se for necessário, encaminhar para tratamento em outros serviços</p><p>da rede SUS, de maior complexidade. As demais alternativas estão relacionadas às atividades técnico-</p><p>administrativas desenvolvidas pelos CEREST.</p><p>2. Para a garantia da integralidade das ações de saúde do trabalhador no Sistema Único de</p><p>Saúde, a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador conta com a atuação dos</p><p>CEREST e a atuação de um serviço responsável pela notificação de doenças e agravos</p><p>que darão</p><p>subsídios aos municípios e estados na elaboração de ações em saúde do trabalhador. Esse</p><p>serviço é conhecido como:</p><p>A alternativa "E " está correta.</p><p>A Rede de Serviços Sentinela em Saúde do Trabalhador tem como competência a geração de</p><p>informação que possam viabilizar a vigilância em saúde, sendo assim um serviço responsável pelo</p><p>diagnóstico, tratamento e notificação de doenças e agravos que proporcionarão subsídios para ações</p><p>em saúde do trabalhador.</p><p>MÓDULO 3</p><p> Identificar as ações do Emprego e Trabalho Decente</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>A política nacional de trabalho em emprego decente pode causar impacto na saúde e segurança dos</p><p>trabalhadores. Embora o foco seja a qualidade de vida, o salário decente, o emprego seguro e boas</p><p>condições de vida diminuem a exposição dos trabalhadores a situações insalubres, inclusive a situações</p><p>análogas à escravidão.</p><p>O CASO</p><p>Em 2018, a renda feminina média (R$1.399,00) representa somente 86,7% da renda média</p><p>masculina (R$1.614,00), revelando que a luta das mulheres por igualdade salarial ainda está</p><p>longe de seu final.</p><p>A força de trabalho feminina representa em média 40% da População Economicamente Ativa Brasileira</p><p>(IBGE, PNAD), na qual muitas mulheres inseridas buscam garantir seu espaço. No entanto, a estrutura</p><p>das relações sociais no mundo do trabalho que, há tempos, submete as mulheres ao trabalho doméstico</p><p>e às limitações na participação da esfera pública, reforçam uma divisão sexual do trabalho relacionada</p><p>aos papéis desempenhados por gênero e que são refletidas no cotidiano nacional.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>A desvalorização da força de trabalho feminina se apresenta na forma de salários mais baixos, postos</p><p>de trabalho precários, dupla jornada com trabalho doméstico não remunerado e invisibilizado, assim</p><p>como na ausência de proteções sociais efetivas que possibilitassem condições mais favoráveis para a</p><p>participação das mulheres no mercado.</p><p>Essa desvantagem percebida por elas no mercado de trabalho tende a piorar no caso das mulheres com</p><p>filhos pequenos, que, muitas vezes, precisam se submeter às péssimas condições de trabalho para não</p><p>ficarem desempregadas, pois as oportunidades se restringem diante da condição de trabalhadora e</p><p>mãe, o que pode levá-las à informalidade. (Observatório Paraense do Mercado de Trabalho, Junho de</p><p>2019)</p><p>1. A AGENDA NACIONAL DE EMPREGO E TRABALHO DECENTE (ANETD) FOI</p><p>ELABORADA PARA ATENDER A ACORDOS INTERNACIONAIS SOBRE EMPEGO</p><p>E TRABALHO DECENTE. DE ACORDO COM O CASO CITADO, QUAL DAS</p><p>PRIORIDADES DA ANETD NÃO FOI ATENDIDA?</p><p>A) Liberdade sindical e reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva.</p><p>B) Geração de mais e melhores empregos, com igualdade de oportunidades e de tratamento.</p><p>C) Fortalecer os atores tripartites e o diálogo social como um instrumento de governabilidade</p><p>democrática.</p><p>D) Diálogo social: juventude, trabalho e educação com mais e melhor educação.</p><p>E) Erradicar o trabalho escravo e eliminar o trabalho infantil, em especial em suas piores formas.</p><p>2. A DESVALORIZAÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO AINDA É</p><p>UMA SITUAÇÃO A SER SUPERADA. MUITAS SÃO AQUELAS QUE SE SUBMETEM</p><p>A ALGUMAS CONDIÇÕES DE TRABALHO POR MEDO DE PERDER O EMPREGO</p><p>E NÃO TER COMO SE SUSTENTAR E/OU SUSTENTAR A FAMÍLIA. MARQUE A</p><p>ALTERNATIVA QUE APRESENTA SITUAÇÕES PRECÁRIAS RELACIONADAS AO</p><p>TRABALHO DA MULHER:</p><p>A) Baixos salários, dupla ou tripla jornada de trabalho, ambientes de trabalho insalubres.</p><p>B) Ambientes de trabalho seguros, salário compatível com o dos homens no mesmo cargo, dupla</p><p>jornada de trabalho.</p><p>C) Tripla jornada de trabalho, altos salários e creches nos ambientes de trabalho.</p><p>D) Proteção social, ótima remuneração, jornada única de trabalho.</p><p>E) Ambientes de trabalho precários, salário compatível com o cargo, única jornada de trabalho, proteção</p><p>social.</p><p>GABARITO</p><p>1. A Agenda Nacional de Emprego e Trabalho Decente (ANETD) foi elaborada para atender a</p><p>acordos internacionais sobre Empego e Trabalho Decente. De acordo com o caso citado, qual</p><p>das prioridades da ANETD não foi atendida?</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>A prioridade que não foi considerada no caso citado foi a geração de mais e melhores empregos, com</p><p>igualdade de oportunidade e de tratamento. Essa prioridade está relacionada à promoção da igualdade</p><p>de oportunidades para todos e de tratamento e combate à discriminação. No caso, a discriminação</p><p>contra as mulheres.</p><p>2. A desvalorização da mulher no mercado de trabalho ainda é uma situação a ser superada.</p><p>Muitas são aquelas que se submetem a algumas condições de trabalho por medo de perder o</p><p>emprego e não ter como se sustentar e/ou sustentar a família. Marque a alternativa que apresenta</p><p>situações precárias relacionadas ao trabalho da mulher:</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>Muitas mulheres ainda são desvalorizadas no mercado de trabalho. Muitas são aquelas que sustentam a</p><p>família e para tal têm até tripla jornada de trabalho, contando com a jornada doméstica. Com relação ao</p><p>salário, ainda existem mulheres que exercem mesmo cargo que os homens, porém são menos</p><p>remuneradas, além de os ambientes de trabalho serem precários.</p><p>3. EM SE TRATANDO DE UM PLANO NACIONAL DO</p><p>EMPREGO E TRABALHO DECENTE, DESTAQUE QUAIS SÃO</p><p>AS POSSÍVEIS PROPOSTAS PARA MINIMIZAR A</p><p>DISCRIMINAÇÃO E SEGREGAÇÃO CONTRA AS MULHERES</p><p>NO MERCADO DE TRABALHO:</p><p>RESPOSTA</p><p>Valorização do trabalho feminino, entendendo que direitos iguais não significa que a mulher precisa fazer</p><p>todos os trabalhos que os homens fazem. A valorização salarial. Trabalhos flexíveis, entendendo que muitas</p><p>mulheres são mães e nem sempre tem quem as ajude no cuidado às crianças.</p><p>javascript:void(0)</p><p>O QUE É TRABALHO DECENTE?</p><p>NOÇÕES DE TRABALHO DECENTE</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o trabalho decente é condição</p><p>fundamental para a superação da pobreza, a redução das desigualdades sociais, a garantia da</p><p>governabilidade democrática e o desenvolvimento sustentável (BRASIL, 2010).</p><p>Trata-se de um conceito multidimensional com a missão de promover oportunidades de trabalho decente</p><p>em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade. De acordo com a OIT, a noção de</p><p>trabalho decente se estrutura em quatro pilares estratégicos:</p><p>Respeito às normas internacionais do trabalho, em especial aos princípios e direitos fundamentais do</p><p>trabalho.</p><p>Promoção do emprego de qualidade.</p><p>Extensão da proteção social.</p><p>Diálogo social.</p><p>PRINCÍPIOS E DIREITOS FUNDAMENTAIS DO</p><p>TRABALHO</p><p>Liberdade sindical e reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva; eliminação de todas</p><p>as formas de trabalho forçado; abolição efetiva do trabalho infantil; eliminação de todas as formas</p><p>de discriminação em matéria de emprego e ocupação.</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>Para a implementação dos pilares, a OIT criou a Agenda de Trabalho Decente com os seguintes</p><p>objetivos:</p><p>Definir e promover normas e princípios e direitos fundamentais no trabalho;</p><p>Criar maiores oportunidades de emprego e renda decentes para a população;</p><p>Melhorar a cobertura e a eficácia da proteção social para todos.</p><p>Países membros que ratificaram a agenda criaram seus planos para atender as suas demandas. O</p><p>Brasil, ao assumir uma série de compromissos internacionais para a promoção do trabalho decente,</p><p>criou o Plano Nacional de Emprego e Trabalho Decente, que visa:</p><p>FORTALECER A CAPACIDADE DO ESTADO BRASILEIRO</p><p>PARA AVANÇAR NO ENFRENTAMENTO DOS PRINCIPAIS</p><p>PROBLEMAS ESTRUTURAIS DA SOCIEDADE E DO</p><p>MERCADO DE TRABALHO, ENTRE OS QUAIS SE</p><p>DESTACAM: A POBREZA E A DESIGUALDADE SOCIAL; O</p><p>DESEMPREGO E A INFORMALIDADE; A EXTENSÃO DA</p><p>COBERTURA DA PROTEÇÃO SOCIAL; A PARCELA DE</p><p>TRABALHADORAS E TRABALHADORES SUJEITOS A</p><p>BAIXOS NÍVEIS DE RENDIMENTOS E PRODUTIVIDADE; OS</p><p>ELEVADOS ÍNDICES DE ROTATIVIDADE NO EMPREGO; AS</p><p>DESIGUALDADES DE GÊNERO E RAÇA/ETNIA; AS</p><p>CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE NOS LOCAIS DE</p><p>TRABALHO, SOBRETUDO NA ZONA RURAL.</p><p>(BRASIL, 2010, p. 8)</p><p>De acordo com a OIT, o trabalho decente está relacionado às aspirações das</p><p>pessoas sobre a vida</p><p>profissional. Envolve oportunidades de trabalho produtivo e com rendimento justo, segurança nos</p><p>ambientes laborais, proteção social para as famílias e a igualdade de oportunidades e tratamento para</p><p>todas as mulheres e homens.</p><p>Por meio do trabalho decente, também se reafirma a necessidade de abolirmos o trabalho infantil e as</p><p>condições degradantes de trabalho para adultos. Durante a Assembleia Geral da Organização das</p><p>Nações Unidas (ONU), em 2015, o trabalho decente e os quatro pilares da Agenda do Trabalho Decente</p><p>tornaram-se a Meta nº 8 da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, por ser entendido que o</p><p>desenvolvimento sustentável não pode ser alcançado sem trabalho decente e vice-versa.</p><p>META Nº 8</p><p>A Meta nº 8 diz respeito à promoção do crescimento econômico sustentável, emprego pleno e</p><p>produtivo, e trabalho decente para todos.</p><p>Em 2017, a OIT, por meio de uma das Conferências Gerais, publicou a Recomendação nº 205, sobre</p><p>Emprego e Trabalho Decente para a Paz e a Resiliência. Essa Recomendação fornece orientação aos</p><p>membros sobre as medidas a serem tomadas para gerar empregos e trabalho decente para fins de</p><p>prevenção, recuperação, paz e resiliência em relação a situações de crise decorrentes de conflitos e</p><p>desastres.</p><p>AGENDA NACIONAL DE EMPREGO E TRABALHO DECENTE</p><p>A Agenda Nacional de Trabalho Decente expressa um compromisso entre o governo brasileiro e a OIT,</p><p>com a proposta de ser implementada em diálogo com as organizações de empregadores e de</p><p>trabalhadores. O Brasil lançou a agenda no ano de 2006, definindo três prioridades (BRASIL, 2006):</p><p>1ª PRIORIDADE</p><p>2ª PRIORIDADE</p><p>3ª PRIORIDADE</p><p>1ª PRIORIDADE</p><p>javascript:void(0)</p><p>Geração de mais e melhores empregos, com igualdade de oportunidades e de tratamento.</p><p>Linhas de ação: Investimento Público e Privado, e Desenvolvimento Local e Empresarial para a Geração</p><p>de Emprego; Políticas Públicas de Emprego, Administração e Inspeção do Trabalho; Políticas de Salário</p><p>e Renda; Promoção da Igualdade de Oportunidades e de Tratamento e Combate à Discriminação;</p><p>Extensão da Proteção Social; Condições de Trabalho.</p><p>2ª PRIORIDADE</p><p>Erradicar o trabalho escravo e eliminar o trabalho infantil, em especial em suas piores formas.</p><p>Linhas de ação: Desenvolvimento da Base de Conhecimento; Mobilização e Conscientização Social;</p><p>Fortalecimento Institucional de Políticas e Programas Nacionais; Estratégias de Intervenção.</p><p>3ª PRIORIDADE</p><p>Fortalecer os atores tripartites e o diálogo social como um instrumento de governabilidade</p><p>democrática.</p><p>Linhas de ação: Promoção das Normas Internacionais; Fortalecimento dos Atores; Mecanismos de</p><p>Diálogo Social; Negociação Coletiva.</p><p>A partir da Agenda Nacional de Trabalho Decente, deveria ser elaborado um Programa Nacional de</p><p>Trabalho Decente que estabelecesse os resultados esperados e as estratégias, metas, prazos, produtos</p><p>e indicadores de avaliação. O Programa foi transformado no Plano Nacional de Emprego e Trabalho</p><p>Decente.</p><p>AGENDA NACIONAL DE TRABALHO DECENTE PARA A</p><p>JUVENTUDE</p><p>Em 2009, o Comitê Interministerial da Agenda Nacional do Trabalho Decente criou o Subcomitê da</p><p>Juventude (ANTDJ), com o objetivo de elaborar uma agenda nacional de trabalho decente para os</p><p>jovens.</p><p>O INTERESSE NA ELABORAÇÃO DE UMA AGENDA</p><p>VOLTADA PARA ESSE GRUPO DEU-SE A PARTIR DA</p><p>CONSTATAÇÃO DE QUE OS JOVENS EXPERIMENTAM UM</p><p>CONJUNTO DE PARTICULARIDADES E DIFICULDADES</p><p>ESPECÍFICAS ADICIONAIS EM RELAÇÃO AO TRABALHO,</p><p>NO PROCESSO DE TRANSIÇÃO ESCOLA-TRABALHO, E</p><p>COM ESTE O DESAFIO DA INSERÇÃO NO AMBIENTE</p><p>LABORAL.</p><p>Na época da construção, o foco da agenda eram os jovens de 15 a 29 anos que até então eram</p><p>considerados na faixa etária jovem no país, segundo a Emenda Constitucional nº 65/2010.</p><p>O processo de construção da ANTDJ partiu de um diagnóstico sobre a situação dos jovens no mercado</p><p>de trabalho nos diversos estados brasileiros, que destacou os seguintes aspectos (ABRAMO, 2015):</p><p>A juventude brasileira é uma juventude trabalhadora;</p><p>A juventude brasileira tem se esforçado para combinar trabalho e estudo;</p><p>A elevação da escolaridade e a melhoria da sua qualidade é um aspecto central para a construção</p><p>de uma trajetória de trabalho decente;</p><p>O desemprego e a informalidade não atingem apenas os jovens de baixa escolaridade e</p><p>provenientes de famílias de baixa renda;</p><p>Os jovens estão mais sujeitos ao desemprego e às condições precárias de trabalho que os</p><p>adultos;</p><p>A situação juvenil está fortemente marcada pelas desigualdades de gênero e raça, sendo</p><p>necessário promover a conciliação entre o trabalho, o estudo e a vida familiar.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Para a construção da agenda para a juventude, foram consideradas orientações do Plano Nacional de</p><p>Erradicação do Trabalho Infantil e de Proteção ao Adolescente Trabalhador. A ANTDJ está baseada em</p><p>quatro prioridades:</p><p>Mais e melhor educação.</p><p>Conciliação entre estudos, trabalho e vida familiar.</p><p>Inserção digna e ativa no mundo do trabalho, com igualdade de oportunidades e tratamento.</p><p>Diálogo social: juventude, trabalho e educação.</p><p>Após a implantação, alguns estudos foram feitos para a avaliação das ações voltadas pera as</p><p>necessidades dos jovens trabalhadores. Em alguns cenários houve avanços, em outros, pouca</p><p>evolução.</p><p>No que se refere ao trabalho infantil, por meio de uma parceria com a OIT, criou-se o Programa de</p><p>Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, organizado em cinco eixos (ABRAMO, 2015):</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Desenvolvimento de conhecimento sobre o problema;</p><p>Desenvolvimento da legislação;</p><p>Desenvolvimento da capacidade institucional para o cumprimento das normas;</p><p>Conscientização pública sobre os aspectos negativos do trabalho infantil;</p><p>Desenvolvimento de ações diretas de proteção às crianças e aos adolescentes.</p><p>PLANO NACIONAL DE EMPREGO E TRABALHO</p><p>DECENTE</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Após a Agenda Nacional de Trabalho Decente, o passo seguinte foi a elaboração do Plano Nacional de</p><p>Emprego e Trabalho Decente (PNETD), que representa uma referência para a continuidade dos debates</p><p>sobre as políticas públicas de emprego e proteção social, além de contribuir para promoção do Emprego</p><p>e Trabalho Decente, de acordo com o compromisso assumido pelo Brasil com a OIT.</p><p>O PNETD tem como objetivo o fortalecimento da capacidade do Estado brasileiro para o enfrentamento</p><p>dos problemas estruturais da sociedade e do mercado de trabalho, tais como:</p><p>a pobreza e a desigualdade social;</p><p>o desemprego e a informalidade;</p><p>a extensão da cobertura da proteção social;</p><p>a parcela de trabalhadoras e trabalhadores sujeitos a baixos níveis de rendimentos e</p><p>produtividade;</p><p>os elevados índices de rotatividade no emprego; as desigualdades de gênero e raça/etnia;</p><p>as condições de segurança e saúde nos locais de trabalho, sobretudo na zona rural.</p><p>As prioridades que sustentam o Plano Nacional de Emprego e Trabalho Decente correspondem àquelas</p><p>definidas na Agenda Nacional de Trabalho Decente. O Plano Nacional de Emprego e Trabalho Decente</p><p>visa</p><p>PROVER O RESPALDO NECESSÁRIO AOS GOVERNANTES</p><p>PARA GARANTIR O CUMPRIMENTO DOS COMPROMISSOS</p><p>DE COMBATE À POBREZA E DE MELHORIA DA QUALIDADE</p><p>DE VIDA DA POPULAÇÃO, POR MEIO DA IMPLEMENTAÇÃO</p><p>E APRIMORAMENTO DAS POLÍTICAS, PROGRAMAS E</p><p>AÇÕES DESTINADOS A ESTES FINS.</p><p>(BRASIL, 2010, p. 18)</p><p>O Plano Nacional de Emprego e Trabalho Decente organiza as prioridades, os resultados esperados e</p><p>as estratégias, metas, prazos, produtos e indicadores de avaliação. E para que possa cumprir a</p><p>finalidade, torna-se importante o fortalecimento e iniciativas que estimulem as autoridades a promover o</p><p>diálogo intersetorial entre os diversos segmentos governamentais, bem como os não governamentais.</p><p>DOS EIXOS DO PNETD</p><p>O PNETD É O PLANO NACIONAL DE EMPREGO E DE</p><p>TRABALHO DECENTE, E ESTE ORGANIZA A CNETD QUE É</p><p>A COMISSÃO NACIONAL DE EMPREGO E TRABALHO</p><p>DECENTE.</p><p>A primeira CNETD (2010) teve como tema “Gerar Emprego e Trabalho Decente para Combater a</p><p>Pobreza e as Desigualdades Sociais”, e eixos temáticos.</p><p>PRINCÍPIOS E DIREITOS FUNDAMENTAIS NO</p><p>TRABALHO</p><p>Igualdade de oportunidades e de tratamento, especialmente para jovens, mulheres e população negra,</p><p>negociação coletiva, saúde e segurança no trabalho, política de valorização do salário-mínimo.</p><p>PROTEÇÃO SOCIAL</p><p>Prevenção e erradicação do trabalho infantil, prevenção e erradicação do trabalho escravo e do tráfico</p><p>de pessoas, informalidade e migração para o trabalho.</p><p>FORTALECIMENTO DO TRIPARTISMO E DO DIÁLOGO</p><p>SOCIAL</p><p>Sistema público de emprego, trabalho e renda, e educação profissional, cooperativas e</p><p>empreendimentos de economia solidária, emprego rural e agricultura familiar, empresas sustentáveis,</p><p>empregos verdes e desenvolvimento territorial sustentável.</p><p>TRABALHO E EMPREGO</p><p>Mecanismos e instâncias de diálogo social, em especial a negociação coletiva, conselhos nacionais de</p><p>políticas públicas, comissões tripartites de trabalho e emprego.</p><p>CONCEITOS DE TRABALHO ESCRAVO E TRABALHO</p><p>ANÁLOGO À ESCRAVIDÃO</p><p>O trabalho escravo é uma das maiores chagas da humanidade desde o início dos tempos. Infelizmente,</p><p>apesar das leis e das ações de fiscalização, esta prática ainda persiste, ainda que se apresente em</p><p>formatos diferentes do passado.</p><p>Cabe aos profissionais de segurança e saúde do trabalho identificar práticas abusivas que possam se</p><p>configurar como “análogas à escravidão”, e aos órgãos governamentais, fiscalizar, acolher denúncias e</p><p>coibir sua prática.</p><p>A organização internacional do trabalho conceitua o “trabalho forçado” como:</p><p>O TRABALHO FORÇADO SE REFERE A SITUAÇÕES EM</p><p>QUE AS PESSOAS SÃO COAGIDAS A TRABALHAR POR</p><p>MEIO DO USO DE VIOLÊNCIA OU INTIMIDAÇÃO, OU ATÉ</p><p>MESMO POR MEIOS MAIS SUTIS, COMO A SERVIDÃO POR</p><p>DÍVIDAS, A RETENÇÃO DE DOCUMENTOS DE IDENTIDADE</p><p>OU AMEAÇAS DE DENÚNCIA ÀS AUTORIDADES DE</p><p>IMIGRAÇÃO.</p><p>(OIT, s.d.)</p><p>Os diversos conflitos sociopolíticos e as situações de extrema pobreza existentes no mundo têm levado</p><p>a muitos movimentos migratórios de pessoas em busca de refúgio, sendo que muitas delas acabam</p><p>aceitando ofertas de trabalho análogas à escravidão por se sentirem ameaçadas de extradição.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>A lei brasileira possui definições específicas sobre este campo de acordo com a Portaria MTB nº</p><p>1.129/2017:</p><p>I - TRABALHO FORÇADO</p><p>II - JORNADA EXAUSTIVA</p><p>III - CONDIÇÃO DEGRADANTE</p><p>IV - CONDIÇÃO ANÁLOGA À DE ESCRAVO</p><p>I - TRABALHO FORÇADO</p><p>Aquele exercido sem o consentimento por parte do trabalhador e que lhe retire a possibilidade de</p><p>expressar sua vontade;</p><p>II - JORNADA EXAUSTIVA</p><p>A submissão do trabalhador, contra a sua vontade e com privação do direito de ir e vir, a trabalho fora</p><p>dos ditames legais aplicáveis a sua categoria;</p><p>III - CONDIÇÃO DEGRADANTE</p><p>Caracterizada por atos comissivos de violação dos direitos fundamentais da pessoa do trabalhador,</p><p>consubstanciados no cerceamento da liberdade de ir e vir, seja por meios morais ou físicos, e que</p><p>impliquem na privação da sua dignidade;</p><p>IV - CONDIÇÃO ANÁLOGA À DE ESCRAVO</p><p>a) A submissão do trabalhador a trabalho exigido sob ameaça de punição, com uso de coação, realizado</p><p>de maneira involuntária;</p><p>b) O cerceamento do uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo</p><p>no local de trabalho em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto, caracterizando</p><p>isolamento geográfico;</p><p>c) A manutenção de segurança armada com o fim de reter o trabalhador no local de trabalho em razão</p><p>de dívida contraída com o empregador ou preposto;</p><p>d) A retenção de documentação pessoal do trabalhador, com o fim de reter o trabalhador no local de</p><p>trabalho;</p><p>Percebe-se, dessa forma, que mesmo uma empresa aparentemente legal e cumpridora das normas</p><p>regulamentadoras poderá estar infringindo a lei. Contudo, muitas vezes a detecção da irregularidade não</p><p>será fácil e a equipe de segurança e saúde do trabalho deverá estar de olhos e ouvidos abertos para as</p><p>situações que possam estar ocultas.</p><p> ATENÇÃO</p><p>É sempre bom lembrar que a equipe de saúde e segurança do trabalho tem como seu principal cliente o</p><p>trabalhador e não a empresa.</p><p>Canais de denúncia e fiscalização</p><p>As equipes de segurança e saúde do trabalhador, sejam SESMT, CEREST, bem como qualquer cidadão,</p><p>devem proceder a denúncias de situações abusivas na esfera do trabalho. Para tanto, devem conhecer</p><p>os canais disponíveis para essa finalidade:</p><p>Disque 100 – Canal de denúncia contra abusos de direitos humanos;</p><p>Aplicativo Pardal do Ministério Público do Trabalho (disponível para Android e IOS);</p><p>Sistema IPE do Ministério da economia (Divisão de Erradicação do Trabalho Escravo).</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. NO BRASIL, HÁ UM NÚMERO EXPRESSIVO DE JOVENS NO MERCADO DE</p><p>TRABALHO. NEM SEMPRE ESSES EMPREGOS OFERECEM A SEGURANÇA</p><p>ADEQUADA E CARGA HORÁRIA QUE POSSAM CONCILIAR ESTUDO-</p><p>TRABALHO. PARA COMBATER ALGUMAS SITUAÇÕES ABUSIVAS E</p><p>DESIGUALDADES, FOI CRIADA A AGENDA NACIONAL DE TRABALHO DECENTE</p><p>PARA A JUVENTUDE, DE ACORDO COM OS ASPECTOS:</p><p>A) A elevação da escolaridade e a melhoria da sua qualidade não é importante para a construção de</p><p>uma trajetória de trabalho decente.</p><p>B) A situação juvenil está fortemente marcada pelas igualdades de gênero e de raça, sendo</p><p>desnecessário promover a conciliação entre o trabalho, o estudo e a vida familiar.</p><p>C) Os jovens estão mais sujeitos ao desemprego e às condições precárias de trabalho que os adultos.</p><p>D) O desemprego e a informalidade atingem apenas os jovens de baixa escolaridade e provenientes de</p><p>famílias com boa renda.</p><p>E) A juventude brasileira não quer saber de trabalhar e não se esforça para combinar trabalho e estudo.</p><p>2. O TRABALHO DECENTE É UMA DAS CONDIÇÕES PARA O</p><p>DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DE UM PAÍS E UMA DAS OPORTUNIDADES</p><p>PARA MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO. DESSA FORMA, A</p><p>ELABORAÇÃO DE UM PLANO PARA O ALCANCE DO TRABALHO DECENTE É</p><p>PRIMORDIAL PARA A PRÁTICA DESSAS AÇÕES. ASSIM, PODEMOS AFIRMAR</p><p>QUE NO BRASIL, O PLANO NACIONAL DE EMPREGO E TRABALHO DECENTE:</p><p>A) teve como objetivo o fortalecimento da capacidade do Estado brasileiro para o enfrentamento dos</p><p>problemas estruturais da sociedade e do mercado de trabalho.</p><p>B) não teve qualquer resultado positivo e, por isso, o plano foi extinto.</p><p>C) teve como prioridade as ações para a melhoria das condições do trabalho infantil e a proteção do</p><p>trabalho do adolescente.</p><p>D) foi organizado para estimular a demissão voluntária e a facilidade para os empregadores demitirem</p><p>os trabalhadores.</p><p>E) foi organizado para estimular jovens abaixo de 16 anos a ingressarem no mercado de trabalho sem</p><p>precisarem manter os estudos.</p><p>GABARITO</p><p>1. No Brasil, há um número expressivo de jovens no mercado de trabalho. Nem sempre esses</p><p>empregos oferecem a segurança adequada e carga horária que possam conciliar estudo-</p><p>trabalho. Para combater algumas situações abusivas e desigualdades, foi criada a Agenda</p><p>Nacional de Trabalho Decente para a Juventude, de acordo com os aspectos:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>No Brasil, e em outras partes do mundo, alguns jovens ainda se submetem às precárias condições de</p><p>trabalho. As leis nem sempre são observadas, pois existem regras para que os jovens possam exercer</p><p>atividades laborais. Boa parte dos empregos oferecidos para os jovens são do mercado de trabalho</p><p>informal.</p><p>2. O trabalho decente é uma das condições para o desenvolvimento sustentável de um país e</p><p>uma das oportunidades para melhorar a qualidade de vida da população. Dessa forma, a</p><p>elaboração de um plano para o alcance do trabalho decente é primordial para a prática dessas</p><p>ações. Assim, podemos afirmar que no Brasil, o Plano Nacional de Emprego e Trabalho Decente:</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>O PNETD teve alguns objetivos, entre eles o fortalecimento do Estado para o enfrentamentos de</p><p>problemas que assolavam o país no que tange às condições de trabalho da população.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Como foi visto neste conteúdo, a Rede de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador é de fundamental</p><p>importância para que a saúde do trabalhador seja disseminada e trabalhada de forma a suprir as</p><p>necessidades específica desse</p>