Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>DESCRIÇÃO</p><p>Compreensão das diretrizes e dos fundamentos das políticas nacionais de saúde do trabalhador e da</p><p>segurança do trabalho.</p><p>PROPÓSITO</p><p>As políticas nacionais de saúde do trabalhador e da segurança do trabalho definem os objetivos do</p><p>Estado brasileiro nesse campo. A compreensão das diretrizes de tal política é fundamental para o</p><p>desenvolvimento do pensamento crítico do profissional atuante na segurança do trabalho.</p><p>OBJETIVOS</p><p>MÓDULO 1</p><p>Reconhecer os conceitos fundamentais em saúde do trabalhador</p><p>MÓDULO 2</p><p>Identificar a política nacional de saúde do trabalhador</p><p>MÓDULO 3</p><p>Identificar a política nacional de segurança do trabalho</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A IMPORTÂNCIA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>MÓDULO 1</p><p> Reconhecer os conceitos fundamentais em saúde do trabalhador</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Empresas multinacionais precisam adaptar-se não somente às legislações como também aos contextos</p><p>políticos dos diversos países em que atuam. Nesse sentido, o sistema de saúde brasileiro é bastante</p><p>complexo e de difícil compreensão até para os próprios habitantes do país. No entanto, é importante</p><p>lembrar que o Sistema Único de Saúde foi criado em 1990 e vem sofrendo diversas e profundas</p><p>modificações desde então.</p><p>Na área de saúde do trabalhador, deve-se dar destaque aos relatórios das Conferências Nacionais de</p><p>Saúde do Trabalhador, os quais apontam as diretrizes que a sociedade civil organizada entende como</p><p>os marcos das políticas de saúde nesse campo no país. Desse modo, vamos conhecer, neste conteúdo,</p><p>a evolução dos conceitos relativos à saúde do trabalhador, a evolução do sistema de proteção à saúde</p><p>do trabalhador e das políticas de saúde e segurança do trabalho. Portanto, entender e aplicar os</p><p>conceitos dessas políticas pode fazer diferença significativa na inserção de uma empresa multinacional</p><p>no país.</p><p>O caso a seguir é baseado em uma história real, e as atividades que veremos buscam desenvolver o</p><p>raciocínio crítico e a aplicabilidade das políticas e dos conceitos que serão estudados neste conteúdo.</p><p>Desde o ano de 2010, a siderúrgica alemã Ternium, também conhecida como Companhia Siderúrgica do</p><p>Atlântico (TKCSA), opera em sua unidade de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Segundo dados disponíveis</p><p>no site da empresa, a siderúrgica já produziu 5 milhões de placas de aço, 8 mil empregos e investiu 11</p><p>bilhões de reais no país. Desde então, moradores das comunidades adjacentes têm relatado a presença</p><p>de poeira fina de origem desconhecida em seus quintais, bem como o aumento de casos de pessoas</p><p>com sintomas respiratórios. A empresa de grande porte tem gerado empregos e oportunidades indiretas</p><p>de negócios na região, contudo tem sofrido a pressão de grupos políticos para que encerre suas</p><p>atividades por causa do fenômeno que foi batizado de “chuva de prata”.</p><p>De acordo com relatório de estudo realizado pela Escola Nacional de Saúde Pública/Fiocruz sobre a</p><p>composição do material coletado, há a presença de:</p><p>... FERRO E VÁRIAS OUTROS ELEMENTOS QUÍMICOS</p><p>COMPÕEM O MATERIAL PARTICULADO EM QUESTÃO,</p><p>COMO CÁLCIO, MANGANÊS, SILÍCIO, ENXOFRE, ALUMÍNIO,</p><p>MAGNÉSIO, ESTANHO, TITÂNIO, ZINCO E CÁDMIO, DENTRE</p><p>OUTROS.</p><p>(ENSP/FIOCRUZ, 2011)</p><p>Diversas ações judiciais foram movidas contra a empresa por causa desse fenômeno.</p><p>Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?</p><p>1. VOCÊ COMO ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO FOI CONVIDADO</p><p>A COMPOR UM COMITÊ PARA DETECTAR A ORIGEM DO PROBLEMA E</p><p>APONTAR POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA A CHUVA DE PRATA. A SUA ATUAÇÃO</p><p>NESTE PROBLEMA ESPECÍFICO, QUE A PRINCÍPIO NÃO ESTÁ ATINGINDO OS</p><p>TRABALHADORES DE SUA EMPRESA, ENQUADRA-SE EM QUAL CONCEITO A</p><p>SEGUIR?</p><p>A) Medicina do trabalho.</p><p>B) Saúde ocupacional.</p><p>C) Saúde do trabalhador.</p><p>D) Engenharia preventiva.</p><p>E) Engenharia sanitária.</p><p>2. ALGUNS INTEGRANTES DA DIRETORIA DA EMPRESA NÃO ACEITAM SUA</p><p>PARTICIPAÇÃO NO COMITÊ DE CRISE POR ACREDITAR QUE SUA ATUAÇÃO</p><p>DEVE SER EXCLUSIVAMENTE PARA PROTEGER OS TRABALHADORES DA</p><p>EMPRESA; NESTE CASO, AGINDO NO AMBIENTE DO TRABALHO. A VISÃO DOS</p><p>INTEGRANTES DESSA DIRETORIA SE ENQUADRA EM QUAL DOS CONCEITOS</p><p>ABAIXO?</p><p>A) Medicina do trabalho.</p><p>B) Saúde ocupacional.</p><p>C) Saúde do trabalhador.</p><p>D) Engenharia preventiva.</p><p>E) Engenharia sanitária.</p><p>GABARITO</p><p>1. Você como engenheiro de segurança do trabalho foi convidado a compor um comitê para</p><p>detectar a origem do problema e apontar possíveis soluções para a chuva de prata. A sua</p><p>atuação neste problema específico, que a princípio não está atingindo os trabalhadores de sua</p><p>empresa, enquadra-se em qual conceito a seguir?</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>O conceito de saúde do trabalhador é o mais abrangente possível e enquadra não somente os</p><p>trabalhadores da empresa Ternium, mas também todos os trabalhadores das adjacências que são</p><p>afetados pela contaminação, bem como consideram o impacto socioambiental causado pela empresa.</p><p>2. Alguns integrantes da diretoria da empresa não aceitam sua participação no comitê de crise</p><p>por acreditar que sua atuação deve ser exclusivamente para proteger os trabalhadores da</p><p>empresa; neste caso, agindo no ambiente do trabalho. A visão dos integrantes dessa diretoria se</p><p>enquadra em qual dos conceitos abaixo?</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>O conceito de saúde ocupacional entende que a atuação das equipes deve ter como objetivo promover</p><p>a segurança do trabalho atuando no ambiente da própria empresa.</p><p>3. COMPREENDENDO OS ASPECTOS POLÍTICOS</p><p>ENVOLVIDOS E AS CONCEPÇÕES MAIS MODERNAS DE</p><p>SAÚDE DO TRABALHADOR, QUAL DECISÃO VOCÊ</p><p>TOMARIA QUANTO À SUA PARTICIPAÇÃO? JUSTIFIQUE</p><p>SUA RESPOSTA.</p><p>RESPOSTA</p><p>Os conceitos mais modernos de saúde do trabalhador entendem que a preocupação quanto ao impacto na</p><p>comunidade adjacente deve ser uma preocupação da empresa. Portanto, você pode sugerir:</p><p>Treinamento da comunidade para lidar com a “poeira” em caso de contaminação acidental.</p><p>Melhorias nos canais de comunicação com a comunidade.</p><p>javascript:void(0)</p><p>Informação continuada aos trabalhadores da empresa sobre o status do problema.</p><p>POR QUE PRECISAMOS DEFINIR OS</p><p>CONCEITOS?</p><p>O SURGIMENTO DA MEDICINA DO TRABALHO</p><p>O mundo do trabalho, embora presente desde o início da civilização, tem a sua relação com a saúde</p><p>humana estudada de forma relativamente recente. Poucos registros antigos foram encontrados sobre o</p><p>assunto.</p><p>Atribui-se ao médico italiano Bernardino Ramazzini (1633-1714) os primeiros registros formais de</p><p>estudos relacionando o trabalho a doenças específicas. Em 1700, ele publicou a obra De Morbis</p><p>Artificum Diatriba (Doenças do Trabalho), que relacionava os riscos à saúde ocasionados por produtos</p><p>químicos e outros agentes encontrados por trabalhadores em mais de 50 ocupações. Dessa forma, o</p><p>médico italiano é considerado o fundador da medicina do trabalho. Acredita-se ter sido a partir dos</p><p>estudos de Ramazzini que o questionamento sobre a profissão dos doentes passou a fazer parte da</p><p>anamnese dos médicos.</p><p>Imagem: Autor desconhecido / WikimediaCommons / Domínio Público</p><p> Médico italiano Bernardino Ramazzini (1633-1714).</p><p>O PRIMEIRO SERVIÇO MÉDICO INDUSTRIAL</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>O advento da Revolução Industrial foi fundamental para a consolidação da medicina do trabalho, e o</p><p>primeiro serviço de medicina do trabalho regular de que se tem notícia surgiu na Inglaterra em 1830.</p><p>Nesse sentido, visando regularizar a medicina do trabalho em sua fábrica têxtil, — pois nenhum de seus</p><p>operários tinha acesso à assistência médica, a não ser àquela oferecida por instituições filantrópicas, —</p><p>Robert Dernham buscou informações com seu médico, o doutor Robert Baker, para que o auxiliasse,</p><p>como empresário, a resolver tal situação. Baker aconselha Dernham a contratar um médico de sua</p><p>confiança para que servisse de intermediário entre ele, os trabalhadores e o público em geral. Seu</p><p>trabalho consistiria em visitar todos os compartimentos das fábricas e verificar de que forma o trabalho</p><p>estaria influenciando na saúde dos empregados (MENDES e DIAS, 1991). Assim, em 1830, Dernham</p><p>normas para todos</p><p>os trabalhadores brasileiros. Assim sendo, o engenheiro poderá participar dos processos decisórios de</p><p>formulação de novas políticas e normas para novos setores.</p><p>AVALIAÇÃO DO TEMA:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Decreto nº 7.602, de 7 de novembro de 2011. Dispõe sobre a Política Nacional de Segurança</p><p>e Saúde no Trabalho - PNSST. Brasília: Presidência da República, 2011.</p><p>BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção,</p><p>proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá</p><p>outras providências. Brasília: Presidência da República, 1990.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Ministério do Trabalho e Emprego. Ministério da Previdência e Assistência</p><p>Social. Trabalhar sim! Adoecer não! – coletânea de textos. In: CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE</p><p>DO TRABALHADOR (CNST). Brasília, 2005.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho. Brasília, 2012.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012. Institui a Política Nacional</p><p>de saúde do trabalhador e da Trabalhadora. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas</p><p>Estratégicas. Legislação em saúde: caderno de legislação em saúde do trabalhador. 2. ed. rev. e ampl.</p><p>Brasília: Ministério da Saúde, 2005.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica.</p><p>Área Técnica de saúde do trabalhador. saúde do trabalhador. Cadernos de Atenção Básica – Programa</p><p>Saúde da Família (Caderno 5). Brasília: Ministério da Saúde, 2002.</p><p>CHIAVEGATTO, C. V.; ALGRANTI, E. Políticas públicas de saúde do trabalhador no Brasil:</p><p>oportunidades e desafios. Revista Brasileira de saúde ocupacional, v. 38, n. 127, jun. 2013.</p><p>ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SÉRGIO AROUCA. ENSP. Cesteh - Centro de Estudos da</p><p>Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana. TKCSA processa pesquisadores da Fiocruz e é destaque</p><p>na imprensa. Fiocruz, 2011.</p><p>MENDES, R.; DIAS, E. C. Da medicina do trabalho à saúde do trabalhador. Revista de Saúde</p><p>Pública, São Paulo, 25 (5):341-9, 1991.</p><p>OLIVEIRA, M. H. B.; VASCONCELLOS, L. C. F. de. As políticas públicas brasileiras de saúde do</p><p>trabalhador: tempos de avaliação. Saúde em Debate, v. 24, n. 55, p. 92-103. mai./ago. 2000.</p><p>ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. OIT Brasília. Convenção nº 155: Segurança e</p><p>Saúde dos Trabalhadores. Consultado na internet em: 20 de ago. 2021.</p><p>EXPLORE+</p><p>Para saber mais sobre os assuntos aqui explorados:</p><p>Assista ao vídeo: “Webpalestra - saúde do trabalhador”, disponível no YouTube.</p><p>Pesquise: “Caderno de atenção básica - Saúde do trabalhador e da trabalhadora”, do Ministério da</p><p>Saúde (2018).</p><p>CONTEUDISTA</p><p>Ismael da Silva Costa</p><p>teve a ideia de contratar Baker para trabalhar em sua fábrica têxtil, caracterizando-se, dessa forma, o</p><p>primeiro serviço de medicina do trabalho.</p><p>CARACTERÍSTICAS DO PRIMEIRO SERVIÇO MÉDICO</p><p>INDUSTRIAL</p><p>De acordo com Mendes e Dias (1991), esses serviços deveriam:</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>Ser dirigidos por pessoas de inteira confiança do proprietário da indústria e que se dispusessem a</p><p>defendê-lo.</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>Ser centrados na figura do médico.</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>Concentrar exclusivamente aos médicos a prevenção dos danos à saúde resultantes dos riscos do</p><p>trabalho.</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>Transferir ao médico a responsabilidade pela ocorrência dos problemas de saúde.</p><p>ESSE PRIMEIRO SERVIÇO MÉDICO INDUSTRIAL FOI UM MARCO</p><p>PARA O INÍCIO DE MUDANÇAS REFERENTES AO SUPRIMENTO DAS</p><p>NECESSIDADES DOS TRABALHADORES, PORÉM, COM O PASSAR</p><p>DO TEMPO, MOSTROU-SE INSUFICIENTE, SENDO ASSIM</p><p>SUBSTITUÍDO POR OUTROS SERVIÇOS MAIS ADEQUADOS AO</p><p>CONTEXTO HISTÓRICO DE CADA PERÍODO.</p><p>A DIFERENÇA ENTRE MEDICINA DO</p><p>TRABALHO, SAÚDE OCUPACIONAL E SAÚDE</p><p>DO TRABALHADOR</p><p>MEDICINA DO TRABALHO</p><p>Como já dissemos, a medicina do trabalho surgiu na Revolução Industrial, em 1830. Tal advento da</p><p>associação da Medicina na linha de trabalho foi altamente necessário, pois os trabalhadores eram</p><p>expostos a processos de produção tão acelerados que hoje seriam considerados desumanos, devido à</p><p>inviabilidade produtiva perante constantes adoecimentos dos trabalhadores (MENDES e DIAS, 1991).</p><p> ATENÇÃO</p><p>Importante ressaltar que a medicina do trabalho possui aspecto tão somente curativo e biológico, o seu</p><p>objetivo principal é recuperar a saúde do trabalhador para que ele continue produzindo. Nessa visão, o</p><p>trabalho é visto com uma peça de máquina.</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>Em 1959, foi criada a recomendação 112 sobre a medicina do trabalho. Tal recomendação teve sua</p><p>aprovação na Conferência Internacional do Trabalho, e foi criada através do conhecimento empírico</p><p>adquirido pelos relatos do impacto da medicina do trabalho na indústria daqueles países, que, naquela</p><p>época, eram considerados industrializados.</p><p>Segundo Mendes e Dias (1991), o serviço de medicina do trabalho designa um serviço organizado nos</p><p>locais de trabalho ou em suas imediações, destinado a:</p><p>Assegurar a proteção aos trabalhadores contra todo o risco que prejudique sua saúde e que possa</p><p>resultar de seu trabalho ou das condições em que este se efetue.</p><p>Contribuir à adaptação física e mental, em particular pela adequação do trabalho e pela sua colocação</p><p>em lugares de trabalho correspondentes às suas aptidões.</p><p>Contribuir ao estabelecimento e manutenção do nível mais elevado possível do bem-estar físico e</p><p>mental dos trabalhadores.</p><p>SAÚDE OCUPACIONAL</p><p>O conceito de saúde ocupacional surgiu nas grandes empresas, junto com o conceito de higiene</p><p>industrial.</p><p>A SAÚDE OCUPACIONAL ATUA COMPLEMENTANDO A MEDICINA DO</p><p>TRABALHO, POIS ESTA ATUA IDENTIFICANDO, ANALISANDO E</p><p>INTERVINDO DE FORMA A MITIGAR OS PROBLEMAS DE SAÚDE</p><p>ORIUNDOS DA ATIVIDADE EXERCIDA PELO TRABALHADOR NO</p><p>AMBIENTE LABORAL (MENDES E DIAS, 1991).</p><p>No entanto, o modelo aplicado no segmento de saúde ocupacional ainda é limitado e enfrenta algumas</p><p>dificuldades que impedem o cumprimento de seu objetivo. Para Mendes e Dias (1991), os motivos</p><p>existentes para que a saúde ocupacional não consiga atingir seus objetivos são:</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>O modelo mantém o referencial da medicina do trabalho firmado no mecanicismo.</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>Não concretiza o apelo à interdisciplinaridade: as atividades apenas se justapõem de maneira</p><p>desarticulada e são dificultadas pelas lutas corporativas.</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>A capacitação de recursos humanos, a produção de conhecimento e de tecnologia de intervenção não</p><p>acompanham o ritmo da transformação dos processos de trabalho.</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>O modelo, apesar de focar a questão no coletivo de trabalhadores, continua a abordá-los como "objeto"</p><p>das ações de saúde.</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>A manutenção da saúde ocupacional no âmbito do trabalho, em detrimento do setor Saúde.</p><p> ATENÇÃO</p><p>O principal objeto de trabalho da saúde ocupacional é a segurança do trabalho.</p><p>SAÚDE DO TRABALHADOR</p><p>Com a insuficiência do modelo de saúde ocupacional, surge um movimento social renovado e</p><p>revigorado nos países industrializados do mundo ocidental, mas que se espalha pelo mundo afora. Esse</p><p>contexto é marcado por questionamentos sobre o sentido da vida, o valor da liberdade, o significado do</p><p>trabalho na vida, que abalaram a confiança no Estado.</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>A saúde do trabalhador tem um sentido mais amplo, busca, além da cura e da prevenção/segurança, a</p><p>promoção da saúde do trabalhador, a qualidade de vida no trabalho e inclui conceitos subjetivos como o</p><p>conceito do “trabalho digno” ou ainda “trabalho decente”. Para Mendes e Dias (1991), esse processo</p><p>leva, em alguns países, à exigência da participação dos trabalhadores nas questões de saúde e</p><p>segurança. Com a resposta ao movimento social e dos trabalhadores, novas políticas sociais tomam a</p><p>roupagem da lei, introduzindo significativas mudanças na legislação do trabalho e, em especial, nos</p><p>aspectos de saúde e segurança do trabalhador. E é nesse contexto que surge o modelo de saúde do</p><p>trabalhador, com conquistas dos trabalhadores e sua participação direta no que diz respeito aos</p><p>assuntos de saúde e segurança no ambiente de trabalho.</p><p>Ainda Segundo Mendes e Dias (1991), o objeto da saúde do trabalhador pode ser definido como o</p><p>processo de saúde e doença dos grupos humanos em sua relação com o trabalho. Representa um</p><p>esforço de compreensão desse processo (como e por que ocorre) e do desenvolvimento de alternativas</p><p>de intervenção que levem à transformação em direção à apropriação pelos trabalhadores, da dimensão</p><p>humana do trabalho.</p><p>NESSA TRAJETÓRIA, A SAÚDE DO TRABALHADOR ROMPE COM A</p><p>CONCEPÇÃO HEGEMÔNICA QUE ESTABELECE UM VÍNCULO</p><p>CAUSAL ENTRE A DOENÇA E UM AGENTE ESPECÍFICO, OU A UM</p><p>GRUPO DE FATORES DE RISCO PRESENTES NO AMBIENTE DE</p><p>TRABALHO, E TENTA SUPERAR O ENFOQUE QUE SITUA SUA</p><p>DETERMINAÇÃO NO SOCIAL, REDUZIDO AO PROCESSO</p><p>PRODUTIVO, DESCONSIDERANDO A SUBJETIVIDADE.</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>O advento do conceito atual de saúde do trabalhador coincide com os movimentos que mudaram de</p><p>forma significativa o sistema nacional de saúde brasileiro e culminaram com a criação do Sistema Único</p><p>de Saúde (SUS) nos anos 1990. Assim, o tema “saúde do trabalhador” fez parte dos debates nas</p><p>conferências nacionais de saúde e é uma das competências do SUS definidas em nossa Constituição</p><p>Federal (art. 200).</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. DETERMINADA EMPRESA CRIA UM SERVIÇO DE ATENDIMENTO A SEUS</p><p>FUNCIONÁRIOS COM A PRESENÇA SOMENTE DO PROFISSIONAL MÉDICO.</p><p>ESTA É UMA CARACTERÍSTICA DE QUAL MODELO?</p><p>A) Medicina do trabalho.</p><p>B) Saúde ocupacional.</p><p>C) Saúde do trabalhador.</p><p>D) Preventivismo.</p><p>E) Segurança Ocupacional.</p><p>2. MARQUE A ALTERNATIVA QUE CORRESPONDA A UMA DAS</p><p>CARACTERÍSTICAS DO MODELO DE SAÚDE DO TRABALHADOR.</p><p>A) Surgiu na Inglaterra na primeira metade do século XIX.</p><p>B) Serviços dirigidos por pessoas de inteira confiança do proprietário da indústria e que se dispusessem</p><p>a defendê-lo.</p><p>C) Serviços centrados na figura do médico.</p><p>D) Equipes multidisciplinares, trabalhador visto de forma integral, integração de ações de promoção,</p><p>proteção e recuperação da saúde.</p><p>E) Ser baseada exclusivamente na prevenção.</p><p>GABARITO</p><p>1. Determinada empresa cria um serviço de atendimento a seus funcionários com a presença</p><p>somente do profissional médico. Esta é uma característica de qual modelo?</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>A medicina do trabalho é uma atividade estritamente médica e não contempla outros aspectos da saúde</p><p>do trabalhador.</p><p>2. Marque a alternativa que corresponda a uma das características do modelo de saúde do</p><p>trabalhador.</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>No modelo de saúde do trabalhador, o trabalhador é visto de forma holística e não somente como uma</p><p>peça</p><p>de uma máquina.</p><p>MÓDULO 2</p><p> Identificar a política nacional de saúde do trabalhador</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Vamos estudar, neste módulo, a organização do Sistema Único de Saúde e sua atuação na saúde do</p><p>trabalhador e a política nacional de saúde do trabalhador. A observância desses pressupostos e políticas</p><p>pode ser necessária para uma atuação correta, tal como a ocorrida no caso da empresa Ternium. Assim</p><p>sendo, vamos observar novos aspectos desse caso, dessa vez utilizando esses pressupostos na hora</p><p>de tomar decisões.</p><p>A empresa siderúrgica Ternium tem sido acusada de causar poluição ambiental e doenças respiratórias</p><p>nos moradores das comunidades adjacentes à indústria, na zona oeste do Rio de Janeiro. Diversas</p><p>ações judiciais solicitam reparações aos danos causados. Você como engenheiro de segurança do</p><p>trabalho e integrante do comitê de crise deve ajudar a fazer o diagnóstico de problema e apontar</p><p>soluções.</p><p>Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?</p><p>1. UM DOS PRESSUPOSTOS DA POLÍTICA NACIONAL DA SAÚDE DO</p><p>TRABALHADOR É “CONSIDERAR A ARTICULAÇÃO ENTRE: AS AÇÕES</p><p>INDIVIDUAIS DE ASSISTÊNCIA E DE RECUPERAÇÃO DOS AGRAVOS, COM</p><p>AÇÕES COLETIVAS DE PROMOÇÃO, PREVENÇÃO, VIGILÂNCIA DOS</p><p>AMBIENTES, PROCESSOS E ATIVIDADES DE TRABALHO, E DE INTERVENÇÃO</p><p>SOBRE OS FATORES DETERMINANTES DA SAÚDE DOS TRABALHADORES”.</p><p>ASSIM SENDO, QUAL DAS AÇÕES ABAIXO MAIS SE ADÉQUA A ESTA</p><p>DIRETRIZ?</p><p>A) Promover campanhas de esclarecimento na comunidade que contenham propagandas com brindes,</p><p>carros de som, panfletagem, faixas e uma autoridade competente ministrando palestras periódicas.</p><p>B) Entrar em contato com os serviços de saúde locais, debater sobre os possíveis efeitos da “poeira”,</p><p>obter dados sobre os casos suspeitos de contaminação atendidos, colocar à disposição da comunidade</p><p>serviços de saúde para atendimento à população.</p><p>C) Oferecer serviços médicos à comunidade, junto com serviços de dedetização, educação sobre</p><p>higiene e inspeções periódicas por autoridades nos ambientes laborais.</p><p>D) Capacitar os trabalhadores informais da comunidade quanto às formas de proteção, formas de</p><p>alimentação, formas de hidratação e inserção corretas de vitaminas e minerais.</p><p>E) Encerrar as atividades da indústria de acordo com o princípio da precaução, visando à proteção da</p><p>linhagem de produção: maquinários e insumo.</p><p>2. AO DEFINIR POSSÍVEIS INTERVENÇÕES SOBRE O PROBLEMA, SERÁ</p><p>NECESSÁRIO ESTABELECER QUAIS SÃO OS GRUPOS PRIORITÁRIOS PARA</p><p>SEREM CONTEMPLADOS PELAS AÇÕES. DE ACORDO COM A POLÍTICA</p><p>NACIONAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR E DA TRABALHADORA (PNSTT)</p><p>QUAIS DEVERIAM SER OS GRUPOS PRIORITÁRIOS?</p><p>A) Os trabalhadores da empresa Ternium.</p><p>B) Os funcionários públicos dos serviços de saúde da região.</p><p>C) As crianças, os adolescentes e os idosos.</p><p>D) Os trabalhadores da Ternium de menor renda.</p><p>E) Os trabalhadores informais da região, os moradores em maior situação de risco de exposição à</p><p>poeira.</p><p>GABARITO</p><p>1. Um dos pressupostos da política nacional da saúde do trabalhador é “considerar a articulação</p><p>entre: As ações individuais de assistência e de recuperação dos agravos, com ações coletivas de</p><p>promoção, prevenção, vigilância dos ambientes, processos e atividades de trabalho, e de</p><p>intervenção sobre os fatores determinantes da saúde dos trabalhadores”. Assim sendo, qual das</p><p>ações abaixo mais se adéqua a esta diretriz?</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>As ações de atendimento, prevenção e vigilância estão de acordo com os pressupostos da política.</p><p>2. Ao definir possíveis intervenções sobre o problema, será necessário estabelecer quais são os</p><p>grupos prioritários para serem contemplados pelas ações. De acordo com a Política Nacional de</p><p>Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNSTT) quais deveriam ser os grupos prioritários?</p><p>A alternativa "E " está correta.</p><p>A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora deverá contemplar todos os</p><p>trabalhadores, priorizando, entretanto, pessoas e grupos em situação de maior vulnerabilidade, como</p><p>aqueles inseridos em atividades ou em relações informais e precárias de trabalho; em atividades de</p><p>maior risco para a saúde etc.</p><p>3. OS GESTORES LOCAIS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE</p><p>PROCURAM O SESMT (SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM</p><p>ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO</p><p>TRABALHO) DA TERNIUM PARA OBTER INFORMAÇÕES</p><p>SOBRE POSSÍVEIS CASOS DE INTOXICAÇÃO PELA</p><p>“POEIRA” ENTRE OS TRABALHADORES DA EMPRESA. DE</p><p>ACORDO COM OS PRESSUPOSTOS DA PNSTT, QUAL</p><p>DEVERIA SER A DECISÃO DO SESMT?</p><p>RESPOSTA</p><p>Deveria decidir sobre a disponibilização dos dados, uma vez que a Vigilância em Saúde do Trabalhador é</p><p>uma atribuição do SUS, voltada a todos os trabalhadores, e cuja principal função é obter dados para</p><p>avaliação, planejamento e tomada de decisão.</p><p>javascript:void(0)</p><p>POLÍTICAS DE SAÚDE DO TRABALHADOR: DE</p><p>ONDE VIEMOS E PARA ONDE VAMOS?</p><p>A SAÚDE DO TRABALHADOR NO BRASIL</p><p>A saúde do trabalhador passa a ter nova definição e novo delineamento institucional a partir da</p><p>Constituição Federal de 1988, com a regulamentação do Sistema Único de Saúde (SUS). Mas como era</p><p>a organização dos serviços de saúde que atendiam os trabalhadores antes do SUS?</p><p>A história da saúde do trabalhador no Brasil esbarra com a história da saúde da população geral e com a</p><p>evolução das políticas públicas de saúde, trabalho e aposentadoria. Vejamos a respeito dessa evolução.</p><p>DÉCADA DE 1920</p><p>A história dos trabalhadores sempre foi marcada por altos índices de acidentes de trabalho e</p><p>adoecimentos. As questões voltadas para a saúde dos trabalhadores começam a ter uma atenção mais</p><p>específica por volta da década de 1920, com a criação, em 1923, da Lei nº 4.682 de 24 de janeiro, de</p><p>autoria do deputado Eloy Chaves.</p><p>Tal lei instituiu o sistema de Caixas de Aposentadorias e Pensão (CAPs), tendo como objetivos:</p><p>pagamentos previdenciários (aposentadorias, pensões, auxílios, entre outros) e assistência médica e</p><p>farmacêutica a empregados e dependentes. Para alguns autores, devido ao seu “caráter previdenciário”,</p><p>essa lei é considerada o ponto de partida, no Brasil, da Previdência Social propriamente dita.</p><p>PERÍODO 1930 – 1945</p><p>Também conhecido como a “Era Vargas”, esse período foi marcado por muitas mudanças na política e</p><p>na economia do país. No governo de Getúlio Vargas, houve a ascensão da industrialização, a criação da</p><p>Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e as leis sobre acidentes de trabalho. Com a criação da</p><p>Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, as empresas passaram a constituir seus próprios</p><p>“serviços médicos”, regulamentação da jornada de trabalho, criação da Lei de Sindicalização e instituiu-</p><p>se o Ministério do Trabalho.</p><p>PERÍODO 1964 – 1985</p><p>Período marcado pela Ditadura Militar, que resultou no golpe dado pelos militares em 1964, com o</p><p>afastamento do presidente João Goulart, tendo como sucessor o Marechal Castelo Branco. As principais</p><p>características do regime militar no Brasil são:</p><p>Cassação de direitos políticos de opositores.</p><p>Repressão aos movimentos sociais e manifestações de oposição.</p><p>Censura aos meios de comunicação.</p><p>Uso de métodos violentos contra os opositores ao regime.</p><p>Proibição dos reajustes salariais.</p><p>Aumento do número de acidentes de trabalho.</p><p>Proibição de greves (sindicatos perdem a autonomia).</p><p>Criação do Instituto de Previdência Social (INPS).</p><p>O período entre 1969 e 1973 também ficou conhecido como o “milagre econômico”, devido ao forte</p><p>crescimento da economia, com altos investimentos em infraestrutura. Porém, após esse período, o</p><p>Brasil mergulhou em um grande endividamento externo e interno.</p><p>PERÍODO 1985 ATÉ OS DIAS ATUAIS</p><p>Também conhecido como período de “transição democrática”, foi marcado por diversas mudanças no</p><p>contexto político do Brasil, tais como: o movimento “Diretas Já”, que reivindicava o retorno das eleições</p><p>diretas para presidente da República; o fim da Ditadura Militar; a promulgação da nova Constituição da</p><p>República Federativa do Brasil (1988); a mudança no processo de produção.</p><p>AS CONFERÊNCIAS NACIONAIS DE</p><p>SAÚDE DO</p><p>TRABALHADOR</p><p>As Conferências Nacionais de Saúde do Trabalhador representam um avanço no que se refere às</p><p>discussões voltadas para o trabalhador. Estão inseridas em contextos políticos, econômicos e sociais</p><p>que conferem a elas uma representatividade e uma legitimidade na implementação de políticas e ações,</p><p>no âmbito da saúde do trabalhador. Os pressupostos da primeira conferência foram fundamentais para a</p><p>formulação das diretrizes sobre saúde do trabalhador na lei orgânica da saúde.</p><p>1ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE DO</p><p>TRABALHADOR</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>A 1ª Conferência Nacional de saúde do trabalhador nasceu em um momento de mudanças ocorridas no</p><p>setor da saúde. Após a 8ª Conferência Nacional de Saúde – CNS (1986), que propiciou um avanço</p><p>significativo no rumo de uma nova política nacional de saúde, ficou evidente que as transformações</p><p>necessárias exigiam a vontade política do Estado e a determinação da Sociedade Civil, no sentido de</p><p>promover a inadiável Reforma Sanitária.</p><p>Dessa forma, uma das conclusões geradas na 8ª CNS foi que também existe a necessidade de um</p><p>sistema nacional de saúde que responda aos anseios da população, no que se refere à questão Saúde</p><p>e Trabalho. Nesse sentido, se tornou de grande importância a promoção de uma conferência específica</p><p>para debates sobre as questões relacionadas a Saúde e Trabalho.</p><p>RELATÓRIO FINAL DA 1ª CONFERÊNCIA NACIONAL</p><p>DE SAÚDE DO TRABALHADOR</p><p>O Relatório Final da 1ª CNST foi aprovado no dia 05 de dezembro de 1986 e teve como subsídio os</p><p>relatórios elaborados ao longo da Conferência, por 15 grupos de trabalho. Os eixos abordados no</p><p>Relatório Final foram:</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>Diagnóstico da situação de saúde dos trabalhadores.</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>Novas alternativas de atenção à saúde dos trabalhadores.</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>Política nacional de saúde dos trabalhadores.</p><p>O CONCEITO DE SAÚDE DO TRABALHADOR NÃO PODE</p><p>SER LIMITADO APENAS AO ÂMBITO DA FÁBRICA,</p><p>TAMPOUCO À SUA FORMULAÇÃO ESTRITAMENTE</p><p>BIOLÓGICA. É NECESSÁRIO QUE SE ENTENDA A SAÚDE</p><p>COMO DETERMINADA PELOS PROCESSOS SOCIAIS MAIS</p><p>ABRANGENTES, ENTENDENDO-A, PORTANTO, COMO UM</p><p>CONCEITO INTEGRAL E DINÂMICO, LEVANDO-SE EM</p><p>CONTA QUE A SAÚDE É DETERMINADA</p><p>SIMULTANEAMENTE PELAS CONDIÇÕES DE VIDA E PELAS</p><p>CONDIÇÕES DE TRABALHO. ASSIM SENDO, A SITUAÇÃO</p><p>DA SAÚDE DO TRABALHADOR É RESULTADO DE UM</p><p>LONGO PROCESSO HISTÓRICO, DESDE OS TEMPOS DA</p><p>COLONIZAÇÃO, PROCESSO QUE SE CARACTERIZOU PELA</p><p>CONSTANTE EXPLORAÇÃO DO TRABALHO, MAIS</p><p>ACENTUADA AINDA EM RELAÇÃO AO TRABALHADOR</p><p>RURAL.</p><p>(CNST, 1986)</p><p>De acordo com o levantamento das informações realizadas para esta Conferência, os fatores apontados</p><p>como agravantes para a saúde dos trabalhadores foram: a disputa de mercado pelos produtores de</p><p>equipamento de saúde, a mercantilização do atendimento à saúde, além da atuação corporativista de</p><p>alguns profissionais da área de saúde.</p><p>O momento político vivenciado pelo país à época foi caracterizado por descaso das autoridades com o</p><p>problema da saúde do trabalhador. As dificuldades reais de acesso dos trabalhadores aos serviços</p><p>públicos com funções específicas nas áreas de reabilitação e fisioterapia são:</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>Desintegração dos diversos organismos públicos na área de prestação de serviços.</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>Existência de leis sobrepostas.</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>Não comprometimento do Estado com seu dever e responsabilidade, delegando, ora aos sindicatos ora</p><p>ao empresariado (vide convênio empresa) atribuições como assistência médica, fato que já havia sido</p><p>denunciado pelos trabalhadores.</p><p>CONVENÇÕES E RECOMENDAÇÕES DA</p><p>ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO</p><p>TRABALHO (OIT)</p><p>O Brasil, como país membro da Organização Internacional de Trabalho (OIT), ratifica convenções e</p><p>recomendações, sendo uma delas a Convenção 155, que prevê a adoção de políticas nacionais de</p><p>saúde e trabalho, além de ser uma das diretrizes seguidas pelo país para a elaboração de políticas</p><p>públicas que favorecem os trabalhadores.</p><p>CONVENÇÃO 155</p><p>A Convenção 155 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê a adoção de políticas</p><p>nacionais coerentes de saúde e trabalho, bem como o desenvolvimento de ações a serem efetivadas</p><p>pelos governos e empresas para promover a segurança e a saúde no trabalho e melhorar as condições</p><p>laborais. O Brasil, como membro da OIT, ratificou, em 1992, tal Convenção, comprometendo-se a criar</p><p>estratégias para a implementação de políticas voltadas aos trabalhadores.</p><p>Os 30 artigos que compõem a Convenção 155 da Organização Mundial do Trabalho foram divididos em</p><p>cinco partes com relação a: aplicações e definições, princípios, ações e disposições finais.</p><p>AS POLÍTICAS VOLTADAS AO TRABALHADOR</p><p>Antes da criação das duas recentes e importantes políticas que favorecem o trabalhador (Política</p><p>Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora – 2012, e Política Nacional de Segurança e Saúde</p><p>no Trabalho – 2011), devemos levar em consideração que muitas ações foram implementadas no intuito</p><p>de minimizar os prejuízos aos trabalhadores advindos do seu contexto de trabalho.</p><p>AS POLÍTICAS PÚBLICAS LEVADAS A CABO PELAS ÁREAS</p><p>DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA CARACTERIZARAM-SE</p><p>PELA PROTEÇÃO DA SAÚDE DOS TRABALHADORES, DE</p><p>FORMA TUTELADA, CONSIDERANDO-OS AGENTES</p><p>PASSIVOS NA RELAÇÃO SAÚDE-TRABALHO,</p><p>ENTENDENDO A PRESERVAÇÃO DA SAÚDE NO TRABALHO</p><p>COMO EXIGÊNCIA CONTRATUAL DE TRABALHO, E NÃO</p><p>COMO DIREITO PLENO DE CIDADANIA E TRANSFERINDO A</p><p>CORPORAÇÕES TÉCNICAS A DECISÃO DO QUE É MELHOR</p><p>PARA A SAÚDE DOS TRABALHADORES, SEM</p><p>NECESSARIAMENTE OUVI-LOS.</p><p>(OLIVEIRA, 1994 apud OLIVEIRA; VASCONCELLOS, 2000)</p><p>É certo que muitas ações não conseguiram atingir os objetivos propostos, principalmente as criadas</p><p>antes da implementação do Sistema Único de Saúde (SUS).</p><p>Ainda segundo Oliveira e Vasconcellos (2000), a reformulação do sistema de saúde brasileiro,</p><p>estabelecida pela Constituição de 1988 e suas legislações regulamentadoras e complementares, na</p><p>mesma medida do estabelecimento de diretrizes para uma nova política nacional de saúde, propuseram</p><p>uma nova configuração da área, “inaugurando” uma política nacional de saúde do trabalhador, no âmbito</p><p>do Sistema Único de Saúde (SUS).</p><p>Com relação aos assuntos voltados aos trabalhadores, ao mencionarmos as ações elaboradas para a</p><p>promoção da saúde e da segurança no ambiente de trabalho, faz-se necessário refletir sobre as</p><p>competências de cada ministério, que, em conjunto, complementam-se, principalmente, na atuação no</p><p>campo da vigilância da saúde.</p><p>A ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE</p><p>SAÚDE</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>A Constituição Federal foi promulgada no dia 5 de outubro de 1988. Nela, são definidos os direitos dos</p><p>cidadãos, sejam eles individuais, coletivos, sociais ou políticos, e são estabelecidos limites para o poder</p><p>dos governantes.</p><p>Entre os direitos dos cidadãos, podemos destacar o assegurado no art. 196:</p><p>“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido políticas sociais e econômicas que visem à</p><p>redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços</p><p>para sua promoção, proteção e recuperação”.</p><p>Através do Sistema Único de Saúde (SUS), o Estado assegura o atendimento à saúde da população de</p><p>forma universal, integral e equânime, por meio de políticas que visam à promoção, à proteção e à</p><p>recuperação da saúde. Os SUS é um sistema único: todos os entes federativos seguem as mesmas leis</p><p>e regras, têm as mesmas finalidades e trabalham de forma integrada. O acesso é universal, ou seja,</p><p>todo cidadão tem direito aos serviços de saúde e tem como uma de suas principais diretrizes o</p><p>atendimento integral, isto é, para todas as necessidades de saúde.</p><p>Os serviços de saúde são organizados em formato de rede regionalizada e hierarquizada. Logo, em</p><p>cada Estado, são formadas as “regiões de saúde” que devem possuir um conjunto mínimo de serviços</p><p>para atender a população, que são:</p><p></p><p>Atenção primária</p><p></p><p>Urgência e emergência</p><p></p><p>Atenção psicossocial</p><p></p><p>Atenção ambulatorial especializada</p><p>e hospitalar</p><p></p><p>Vigilância à saúde</p><p>Os serviços são hierarquizados, isto é, organizados em níveis de complexidade crescentes. O acesso é</p><p>dado pelos serviços chamados de “portas de entrada”:</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>Atenção primária.</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>Urgência e emergência.</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>Atenção psicossocial.</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>Serviços especiais de acesso aberto.</p><p>Os serviços de média e de alta complexidade são acessados via encaminhamentos (referências) dos</p><p>serviços de porta de entrada. Dentro dessa rede de serviços, existem aqueles que atendem acidentes</p><p>de trabalho sem serem especializados nisso, tais como os serviços de atenção básica, urgência e</p><p>emergência. Serviços especializados, como os CERESTs (Centro de Referência em Saúde do</p><p>Trabalhador) sem contar os serviços de vigilância em saúde.</p><p>O SUS E A SAÚDE DO TRABALHADOR</p><p>De acordo com a Constituição Federal, no art. 200, compete ao SUS, entre outras atribuições: executar</p><p>as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador, e ainda,</p><p>colaborar na proteção do meio ambiente, nele incluído o do trabalho.</p><p>A lei orgânica da saúde define o que significa saúde do trabalhador no SUS:</p><p>ENTENDE-SE POR SAÚDE DO TRABALHADOR, PARA FINS</p><p>DESTA LEI, UM CONJUNTO DE ATIVIDADES QUE SE</p><p>DESTINA, ATRAVÉS DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA</p><p>EPIDEMIOLÓGICA E VIGILÂNCIA SANITÁRIA, À PROMOÇÃO</p><p>E PROTEÇÃO DA SAÚDE DOS TRABALHADORES, ASSIM</p><p>COMO VISA À RECUPERAÇÃO E À REABILITAÇÃO DA</p><p>SAÚDE DOS TRABALHADORES SUBMETIDOS AOS RISCOS</p><p>E AGRAVOS ADVINDOS DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO.</p><p>(LF8080/1990)</p><p>O SUS assegura a assistência ao trabalhador das seguintes formas (LF8080/1990, art. 16):</p><p>Assistência ao trabalhador vítima de acidente de trabalho ou portador de doença profissional e do</p><p>trabalho.</p><p>Participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos,</p><p>pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo</p><p>de trabalho.</p><p>Participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da normatização,</p><p>fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte,</p><p>distribuição e manuseio de substâncias, produtos, máquinas e equipamentos que apresentem</p><p>riscos à saúde do trabalhador.</p><p>Avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde.</p><p>Informação ao trabalhador, sua respectiva entidade sindical e a empresas sobre os riscos de</p><p>acidente de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações,</p><p>avaliações ambientais e exames de saúde (admissionais, periódicos e demissionais), respeitados</p><p>os preceitos da ética profissional.</p><p>Participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas</p><p>instituições e empresas públicas e privadas.</p><p>Revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo, na</p><p>sua elaboração, a colaboração das entidades sindicais.</p><p>A garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de</p><p>máquina, setor de serviço ou de todo o ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco</p><p>iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores.</p><p>Não podemos esquecer que cabe à direção nacional do SUS a participação na formulação e na</p><p>implantação das políticas relativas às condições e aos ambientes de trabalho, além de participar</p><p>da definição de normas, critérios e padrões para controle das condições e dos ambientes de</p><p>trabalho e coordenar a política de saúde do trabalhador.</p><p>⇋ Utilize a rolagem horizontal</p><p>Embora, no papel, tudo isso já exista desde a década de 1990, a configuração de uma rede específica</p><p>para a saúde do trabalhador tem sido construída lentamente. Outro aspecto importante é que o mundo</p><p>do trabalho busca por mudanças profundas desde então, surgindo, assim, a necessidade de se criar a</p><p>política específica para a saúde dos trabalhadores.</p><p>POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DO</p><p>TRABALHADOR E DA TRABALHADORA</p><p>CONTEXTUALIZAÇÃO</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>Em 2002, foi criada a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST), por meio</p><p>da Portaria nº 1.679/GM, com objetivo de disseminar ações de saúde do trabalhador, articuladas às</p><p>demais redes do Sistema Único de Saúde, SUS.</p><p>A RENAST foi criada segundo a lógica vigente da saúde do trabalhador, todavia o mundo do trabalho</p><p>tem passado por mudanças drásticas que tornaram mister pensar em uma política mais moderna e</p><p>atualizada. Os condicionantes a seguir influenciaram a criação da Política Nacional de Saúde do</p><p>Trabalhador e da Trabalhadora (PNSTT):</p><p>Precarização do mercado de trabalho.</p><p>Aumento da informalidade.</p><p>Inovações tecnológicas.</p><p>Desorganização dos centros urbanos.</p><p>Mudanças nas relações sociais.</p><p>Coexistência de processos de trabalho arcaicos com modernos.</p><p>Aumento de trabalhadores recebendo remuneração variável por produtividade.</p><p>Aumento da rotatividade nas empresas, aumento de excedente de mão de obra.</p><p>⇋ Utilize a rolagem horizontal</p><p>A política nacional de saúde do trabalhador de 23 de agosto de 2012 (Portaria 1.823) define princípios,</p><p>diretrizes e estratégias que devem ser observadas pelo SUS, para que haja o desenvolvimento de</p><p>planos e programas voltados à saúde do trabalhador. Para tal, a Portaria 1.823 define que é necessário</p><p>se preocupar com: vigilância, promoção, proteção da saúde dos trabalhadores e redução da</p><p>morbimortalidade.</p><p>Segundo o art. 3º da Portaria, todos os trabalhadores, homens e mulheres, independentemente de sua</p><p>localização, urbana ou rural, de sua forma de inserção no mercado de trabalho, formal ou informal, de</p><p>seu vínculo empregatício, público ou privado, assalariado, autônomo, avulso, temporário,</p><p>cooperativados, aprendiz, estagiário, doméstico, aposentado ou desempregado, são sujeitos a essa</p><p>política.</p><p>A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR E DA</p><p>TRABALHADORA ALINHA-SE COM O CONJUNTO DE POLÍTICAS DE</p><p>SAÚDE NO ÂMBITO DO SUS, POIS É UMA POLÍTICA TRANSVERSAL.</p><p>Importante não confundir a PNSTT com as normas regulamentadoras (NRs).</p><p>Normas regulamentadoras (NRs)</p><p>As normas são de observância aos trabalhadores em regime de CLT e seu principal foco é a segurança</p><p>do trabalho.</p><p></p><p>PNSTT</p><p>Tem um escopo mais abrangente, aplica-se a qualquer trabalhador: começa na promoção da saúde e</p><p>vai até a recuperação do trabalhador vítima de acidente de trabalho.</p><p>PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA POLÍTICA NACIONAL</p><p>DE SAÚDE DO TRABALHADOR E DA</p><p>TRABALHADORA</p><p>As sete principais diretrizes da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora são:</p><p>I</p><p>UNIVERSALIDADE</p><p>A política é destinada a todos os trabalhadores.</p><p>INTEGRALIDADE</p><p>A política integra ações de promoção, proteção, tratamento, manutenção e recuperação da saúde.</p><p>II</p><p>III</p><p>PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE, DOS TRABALHADORES</p><p>E DO CONTROLE SOCIAL</p><p>Os trabalhadores são parte fundamental na gestão da política.</p><p>DESCENTRALIZAÇÃO</p><p>A gestão da política é única em cada esfera de governo.</p><p>IV</p><p>V</p><p>HIERARQUIZAÇÃO</p><p>A Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST) está inserida na rede SUS, organizada</p><p>em serviços de níveis de complexidade crescente.</p><p>EQUIDADE</p><p>As pessoas devem ser atendidas e os recursos devem ser divididos de acordo com as necessidades.</p><p>VI</p><p>VII</p><p>PRECAUÇÃO</p><p>Segundo este princípio, nenhum risco deve ser assumido quando o conhecimento científico ainda está</p><p>incompleto.</p><p>Segundo o art. 6º da Portaria 1.823, para estabelecer uma boa política de segurança e saúde do</p><p>trabalhador, em âmbito nacional, é necessário realizar a articulação entre:</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>As ações individuais de assistência e de recuperação dos agravos, com ações coletivas de promoção,</p><p>prevenção, vigilância dos ambientes, processos e atividades de trabalho, e de intervenção sobre os</p><p>fatores determinantes da saúde dos trabalhadores.</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>As ações de planejamento e avaliação com as práticas de saúde.</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>O conhecimento técnico e os saberes, experiências e subjetividade dos trabalhadores</p><p>e, destes, com as</p><p>respectivas práticas institucionais.</p><p>DOS CONTEMPLADOS PELA PNSTT</p><p>A realização da articulação tratada nesta política requer mudanças substanciais nos processos de</p><p>trabalho em saúde, na organização da rede de atenção e na atuação multiprofissional e interdisciplinar,</p><p>que contemplem a complexidade das relações trabalho-saúde.</p><p>OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DO</p><p>TRABALHADOR E DA TRABALHADORA</p><p>A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, tem por objetivo promover a segurança</p><p>à saúde do trabalhador no ambiente de trabalho. Diante disso, a Portaria 1.823 cita em seu art. 8º,</p><p>primeiro inciso, os objetivos desta política, que são:</p><p>I. Fortalecer e integrar os componentes da Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT), o</p><p>que pressupõe:</p><p>Identificação das atividades produtivas da população trabalhadora e das situações de risco à</p><p>saúde dos trabalhadores no território.</p><p>Identificação das necessidades, demandas e problemas de saúde dos trabalhadores no território.</p><p>Realização da análise da situação de saúde dos trabalhadores.</p><p>Intervenção nos processos e ambientes de trabalho.</p><p>Produção de tecnologias de intervenção, de avaliação e de monitoramento das ações de VISAT.</p><p>Controle e avaliação da qualidade dos serviços e programas de saúde do trabalhador, nas</p><p>instituições e empresas públicas e privadas.</p><p>Produção de protocolos, de normas técnicas e regulamentares.</p><p>Participação dos trabalhadores e suas organizações.</p><p>⇋ Utilize a rolagem horizontal</p><p>A Vigilância em Saúde do Trabalhador é uma atividade fundamental para que o sistema de saúde possa</p><p>diagnosticar, planejar e avaliar as ações implementadas no campo da saúde do trabalhador. Para</p><p>garantir tal afirmação, existe o inciso II do art. 8º da Portaria 1.823:</p><p>II. Promover a saúde em ambientes e processos de trabalhos saudáveis, o que pressupõe:</p><p>Estabelecimento e adoção de parâmetros protetores da saúde dos trabalhadores nos ambientes e</p><p>processos de trabalho.</p><p>Fortalecimento e articulação das ações de vigilância em saúde, identificando os fatores de risco</p><p>ambiental, com intervenções tanto nos ambientes e processos de trabalho como no entorno, tendo</p><p>em vista a qualidade de vida dos trabalhadores e da população circunvizinha.</p><p>Representação do setor saúde/saúde do trabalhador nos fóruns e instâncias de formulação de</p><p>políticas setoriais e intersetoriais e às relativas ao desenvolvimento econômico e social.</p><p>Inserção, acompanhamento e avaliação de indicadores de saúde dos trabalhadores e das</p><p>populações circunvizinhas nos processos de licenciamento e nos estudos de impacto ambiental.</p><p>Inclusão de parâmetros de proteção à saúde dos trabalhadores e de manutenção de ambientes de</p><p>trabalho saudáveis nos processos de concessão de incentivos ao desenvolvimento, nos</p><p>mecanismos de fomento e outros incentivos específicos.</p><p>Contribuição na identificação e erradicação de situações análogas ao trabalho escravo.</p><p>Contribuição na identificação e erradicação de trabalho infantil e na proteção do trabalho do</p><p>adolescente.</p><p>Desenvolvimento de estratégias e ações de comunicação de risco, educação ambiental e em</p><p>saúde do trabalhador.</p><p>⇋ Utilize a rolagem horizontal</p><p>Lendo o inciso segundo, fica clara a preocupação da política com a promoção da saúde do trabalhador,</p><p>ou seja, capacitar o trabalhador para atuar na melhoria da própria saúde. Outro importante objetivo da</p><p>portaria é o combate ao trabalho escravo e ao trabalho que se equipare analogamente à escravidão,</p><p>como podemos ler no inciso terceiro:</p><p>III. Garantir a integralidade na atenção à saúde do trabalhador, que pressupõe a inserção de</p><p>ações de saúde do trabalhador em todas as instâncias e pontos da Rede de Atenção à</p><p>Saúde do SUS, mediante articulação e construção conjunta de protocolos, linhas de cuidado e</p><p>matriciamento da saúde do trabalhador na assistência e nas estratégias e dispositivos de</p><p>organização e fluxos da rede, considerando os seguintes componentes:</p><p>Atenção primária em saúde.</p><p>Atenção especializada, incluindo serviços de reabilitação.</p><p>Atenção pré-hospitalar, de urgência e emergência, e hospitalar.</p><p>Rede de laboratórios e de serviços de apoio diagnóstico.</p><p>Assistência farmacêutica.</p><p>Sistemas de informações em saúde.</p><p>Sistema de regulação do acesso.</p><p>Sistema de planejamento, monitoramento e avaliação das ações.</p><p>Sistema de auditoria.</p><p>Promoção e vigilância à saúde, incluindo a vigilância à saúde do trabalhador.</p><p>⇋ Utilize a rolagem horizontal</p><p>Já no quarto inciso, há a preocupação da qualificação do SUS em relação à atenção que deve ser dada</p><p>à saúde do trabalhador, como podemos ver:</p><p>IV. Ampliar o entendimento de que a saúde do trabalhador deve ser concebida como uma</p><p>ação transversal,devendo a relação saúde/trabalho ser identificada em todos os pontos e</p><p>instâncias da rede de atenção.</p><p>⇋ Utilize a rolagem horizontal</p><p>Outro objetivo da Portaria 1.823 é o de que a saúde do trabalhador deve ultrapassar todas as políticas</p><p>públicas, o que significa que tal prática não pode ser uma exclusividade, mas deve estar presente em</p><p>todos os âmbitos e setores, como podemos ver nos incisos quinto, sexto e sétimo da portaria:</p><p>V. Incorporar a categoria trabalho como determinante do processo saúde/doença dos</p><p>indivíduos e da coletividade, incluindo-a nas análises de situação de saúde e nas ações de</p><p>promoção em saúde.</p><p>VI. Assegurar que a identificação da situação do trabalho dos usuários seja considerada nas</p><p>ações e serviços de saúde do SUS, e que a atividade de trabalho realizada pelas pessoas, com</p><p>suas possíveis consequências para a saúde, seja considerada no momento de cada intervenção</p><p>em saúde.</p><p>VII. Assegurar a qualidade da atenção à saúde do trabalhador usuário do SUS.</p><p>⇋ Utilize a rolagem horizontal</p><p>ESTRATÉGIAS DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE</p><p>DO TRABALHADOR E DA TRABALHADORA</p><p>Para que exista uma efetividade na PNSTT, é necessário, além de estabelecer objetivos, definir</p><p>estratégias de ação para garantir que haja uma maior abrangência, com maior efetividade, na maior</p><p>velocidade de propagação possível da política. Pensando nisso, foi escrito no art. 9º da Portaria 1.823</p><p>as estratégias a serem adotadas e seguidas:</p><p>Integração da Vigilância em Saúde do Trabalhador com os demais componentes da Vigilância em</p><p>Saúde e com a Atenção Primária em Saúde.</p><p>Análise do perfil produtivo e da situação de saúde dos trabalhadores.</p><p>Fortalecimento e ampliação da articulação intersetorial.</p><p>Estímulo à participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social.</p><p>Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos.</p><p>Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.</p><p>Estruturação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST) no</p><p>contexto da Rede de Atenção à Saúde.</p><p>Destacam-se entre as estratégias, o fortalecimento da articulação intersetorial, ou seja, a articulação do</p><p>setor saúde com outros órgãos e sistemas fora do campo da saúde. Outro destaque é o apoio ao</p><p>desenvolvimento de estudos e pesquisas, pois esta tarefa é fundamental para gerar novos</p><p>conhecimentos sobre riscos e métodos de proteção e prevenção.</p><p>ATRIBUIÇÕES DOS GESTORES DO SUS</p><p>Para que estratégias sejam seguidas e os objetivos alcançados, são necessárias equipes especializadas</p><p>e dedicadas ao ofício de assegurar a qualidade de vida do trabalhador no ambiente do trabalho, zelando</p><p>por sua saúde e segurança. Diante disso, também é necessário existir a figura do gestor, o qual é</p><p>responsável por atribuir funções e delegar missões às equipes. Podemos entender melhor o papel dos</p><p>gestores do SUS ao ler o art. 10 da Portaria 1.823, como segue abaixo:</p><p>São responsabilidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, em seus âmbitos</p><p>administrativos, além de outras que venham a ser pactuadas pelas comissões intergestoras:</p><p>1</p><p>2</p><p>3</p><p>4</p><p>5</p><p>6</p><p>1</p><p>Garantir a transparência, a integralidade e a equidade no acesso às ações e aos serviços de saúde do</p><p>trabalhador.</p><p>2</p><p>Orientar e ordenar os fluxos das ações e dos serviços de saúde do trabalhador.</p><p>3</p><p>Monitorar o acesso</p><p>às ações e aos serviços de saúde do trabalhador.</p><p>4</p><p>Assegurar a oferta regional das ações e dos serviços de saúde do trabalhador.</p><p>5</p><p>Estabelecer e garantir a articulação sistemática entre os diversos setores responsáveis pelas políticas</p><p>públicas para analisar os diversos problemas que afetam a saúde dos trabalhadores e pactuar uma</p><p>agenda prioritária de ações intersetoriais.</p><p>6</p><p>Desenvolver estratégias para identificar situações que resultem em risco ou produção de agravos à</p><p>saúde, adotando e/ou fazendo adotar medidas de controle quando necessário.</p><p>As comissões intergestoras são órgãos de pactuação entre os gestores do SUS. São 3 comissões: a</p><p>Tripartite (CIT), de âmbito nacional e composta por representantes das 3 esferas de governo; a Bipartite</p><p>(CIB), de âmbito estadual e composta por representantes de estados e municípios; e as CIR, de âmbito</p><p>regional.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. UM TRABALHADOR DE UMA INDÚSTRIA TÊXTIL DÁ ENTRADA EM UM</p><p>PRONTO-SOCORRO VÍTIMA DE ACIDENTE DE TRABALHO. QUAL DEVERIA SER</p><p>A CONDUTA CORRETA DA EQUIPE DE SAÚDE NO PLANTÃO?</p><p>A) Fazer os primeiros socorros, preencher o prontuário e anexá-lo ao registro de acidentes da empresa,</p><p>e encaminhar para o SESMT da organização.</p><p>B) Atender o trabalhador como se fosse um paciente comum.</p><p>C) Atender todas as necessidades do trabalhador, notificar o possível acidente de trabalho e registrar em</p><p>seu prontuário todas as informações relativas à origem do acidente.</p><p>D) Registrar a ocorrência de acidentes junto ao corpo de bombeiros, e à polícia, e encaminhar o</p><p>paciente para o INSS.</p><p>E) Encaminhar o paciente de volta ao SESMT da empresa, como indica a Portaria 1.823, art. 9º do SUS.</p><p>2. A PARTIR DO CONHECIMENTO DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DO</p><p>TRABALHADOR E DA TRABALHADORA, QUAL DAS AÇÕES ABAIXO VOCÊ</p><p>IDENTIFICA COMO UMA ESTRATÉGIA PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA?</p><p>A) Separação da Vigilância em Saúde do Trabalhador dos demais componentes da Vigilância em Saúde</p><p>e com a Atenção Primária em Saúde.</p><p>B) Análise do perfil produtivo e da situação de saúde dos trabalhadores regidos pela CLT, como registrar</p><p>o art. 1º da Portaria 1.823 do SUS.</p><p>C) Fortalecimento e ampliação da articulação exclusivamente intrasetorial, através do SESMT da</p><p>empresa e da Vigilância em Saúde.</p><p>D) Estímulo à participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social e de agentes do</p><p>mercado financeiro.</p><p>E) Estruturar a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST) em função da</p><p>Rede de Atenção à Saúde.</p><p>GABARITO</p><p>1. Um trabalhador de uma indústria têxtil dá entrada em um pronto-socorro vítima de acidente de</p><p>trabalho. Qual deveria ser a conduta correta da equipe de saúde no plantão?</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>A Constituição Federal em seu art. 196 diz que a saúde é direito de todos e dever do Estado; logo, o fato</p><p>de a empresa ter responsabilidade sobre a saúde do trabalhador não exclui as responsabilidades do</p><p>SUS.</p><p>2. A partir do conhecimento da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, qual</p><p>das ações abaixo você identifica como uma estratégia para a implementação da política?</p><p>A alternativa "E " está correta.</p><p>A estruturação da RENAST em modelo de rede de atenção à saúde é fundamental, pois a correta</p><p>articulação entre os serviços facilita o acesso dos trabalhadores aos serviços de saúde e ainda organiza</p><p>o fluxo de informações.</p><p>MÓDULO 3</p><p> Identificar a política nacional de segurança do trabalho</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>A política nacional de saúde e segurança do trabalho tem como seus principais aspectos o conceito da</p><p>intersetorialidade. É uma política que integra ações dos Ministérios da Saúde, Trabalho e Emprego (ou</p><p>órgão equivalente) e da Previdência Social. Em determinadas situações, é fundamental a integração</p><p>desses órgãos para que o princípio da integralidade seja alcançado.</p><p>De acordo com essa política, vamos analisar o case a seguir:</p><p>Sete funcionários de um posto de saúde no bairro de Senador Camará, no Rio de Janeiro, passaram</p><p>mal e precisaram de atendimento médico após tomarem café, sendo um deles hospitalizado. Os</p><p>funcionários da unidade básica de saúde possuem vínculos empregatícios diferentes, uma parte é</p><p>formada por funcionários públicos estatutários, e outra parte por funcionários terceirizados, regidos pela</p><p>CLT. Os funcionários públicos não possuem uma equipe de SESMT à sua disposição, o que ocorre com</p><p>os funcionários da empresa contratada. Assim, os procedimentos de prevenção a atendimento são</p><p>diferentes de acordo com o vínculo dos funcionários.</p><p>Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?</p><p>1. QUAL DOS PRINCÍPIOS DA PNSST INDICA QUE O ATENDIMENTO DOS</p><p>DIFERENTES GRUPOS DE TRABALHADORES SEJA EQUITATIVO?</p><p>A) Inserção total dos trabalhadores naturais do Brasil, no sistema nacional de promoção e proteção da</p><p>saúde.</p><p>B) Promoção da harmonia da legislação de proteção e saúde, e articular as ações de promoção,</p><p>proteção, prevenção, assistência.</p><p>C) Reparação do setor de saúde público propiciando a reabilitação do setor de saúde privado.</p><p>D) Necessidade de promoção de estratégias especiais para atividades laborais periculosas.</p><p>E) Determinação de um setor especializado em levantamento de informações em saúde do trabalhador.</p><p>2. EM ALGUNS CASOS, TRABALHADORES TERCEIRIZADOS PODEM POSSUIR</p><p>VÍNCULOS TRABALHISTAS FRÁGEIS, POR ISSO PODEM FICAR MAIS</p><p>VULNERÁVEIS E MENOS PROTEGIDOS DE DOENÇAS OCUPACIONAIS E</p><p>ACIDENTES DE TRABALHO. QUAL DOS OBJETIVOS DO PLANSAT (PLANO</p><p>NACIONAL DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO) ABAIXO, VISA</p><p>PROTEGER OS TRABALHADORES MAIS VULNERÁVEIS?</p><p>A) Criação e implementação da legislação e a imposição governamental das ações de promoção,</p><p>proteção, prevenção, assistência.</p><p>B) Reparação da saúde do trabalhador, por meio da implementação do SESMT como prevista pela NR</p><p>01 e NHO 09.</p><p>C) Identificação de atividades laborais de alto risco, para catalogação, e inserção prioritária no SUS.</p><p>D) Formação adequada em medicina com ênfase na saúde do trabalhador, e de engenharia para</p><p>segurança do trabalhador.</p><p>E) Inserção no sistema nacional de promoção e proteção da saúde, de todos os trabalhadores em</p><p>território nacional.</p><p>GABARITO</p><p>1. Qual dos princípios da PNSST indica que o atendimento dos diferentes grupos de</p><p>trabalhadores seja equitativo?</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>Há a necessidade de alinhar as legislações que abrangem e protegem a saúde no ambiente de trabalho,</p><p>com o intuito de manter a equidade no sistema.</p><p>2. Em alguns casos, trabalhadores terceirizados podem possuir vínculos trabalhistas frágeis, por</p><p>isso podem ficar mais vulneráveis e menos protegidos de doenças ocupacionais e acidentes de</p><p>trabalho. Qual dos objetivos do PLANSAT (Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho)</p><p>abaixo, visa proteger os trabalhadores mais vulneráveis?</p><p>A alternativa "E " está correta.</p><p>A inclusão de todos os trabalhadores no sistema nacional de promoção e proteção da saúde garante</p><p>que todos tenham acesso à prevenção, à proteção e à reabilitação, inclusive aqueles trabalhadores fora</p><p>do mercado formal de trabalho.</p><p>3. VOCÊ COMO INTEGRANTE DA SESMT DA EMPRESA</p><p>TERCEIRIZADA FOI CONVIDADO A ESTABELECER UM</p><p>PLANO DE AÇÃO PARA REDUZIR RISCOS DE INTOXICAÇÃO</p><p>ALIMENTAR NO AMBIENTE DE TRABALHO. DE ACORDO</p><p>COM OS PRINCÍPIOS DA PNSST, QUAIS TRABALHADORES</p><p>DEVEM SER CONTEMPLADOS POR SUAS AÇÕES?</p><p>RESPOSTA</p><p>Todos os trabalhadores das unidades de saúde que possuem funcionários terceirizados de sua empresa. As</p><p>ações devem incluir os funcionários estatutários e ainda os terceirizados de outras empresas. Somente uma</p><p>ação integrada poderá de fato garantir a segurança e a saúde de todos.</p><p>javascript:void(0)</p><p>A IMPORTÂNCIA DA INTERSETORIALIDADE</p><p>POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA E SAÚDE</p><p>NO TRABALHO (PNSST)</p><p>A Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST) foi elaborada com o objetivo de</p><p>promover a saúde dos trabalhadores, assim como a segurança no ambiente de trabalho. Essa política</p><p>está sendo implementada através</p><p>da execução das suas diretrizes que constam no Plano Nacional de</p><p>Segurança e Saúde no Trabalho. Nesse plano, as ações têm prazos para serem implantadas e devem</p><p>ser avaliadas periodicamente.</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>A PNSST foi elaborada por uma comissão formada por representantes do governo, empregadores e</p><p>trabalhadores, na qual a formalização se deu pelo Decreto nº 7.602, assinado no dia 07 de novembro de</p><p>2011.</p><p>Sua criação se deu a partir do entendimento do governo brasileiro em cumprir as prioridades contidas na</p><p>Agenda Nacional de Emprego e Trabalho Decente e está de acordo com as orientações da Convenção</p><p>nº 155 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que dispõe sobre segurança e saúde dos</p><p>trabalhadores e o meio ambiente de trabalho. Tal política define diretrizes para atuação do país em</p><p>promover trabalho seguro e saudável, além da prevenção dos acidentes e doenças relacionadas ao</p><p>trabalho. Os responsáveis pela implementação e execução da PNSST são os Ministérios do Trabalho e</p><p>Emprego (ou órgão equivalente), da Saúde e da Previdência Social e, neste sentido, como se</p><p>caracteriza uma política pública, todos os trabalhadores são beneficiados.</p><p>CONVENÇÃO Nº 155</p><p>A Convenção sobre Segurança e Saúde dos Trabalhadores, também chamada de Convenção nº</p><p>155 da OIT, foi aprovada em 1981, em Genebra, e entrou em vigor no plano internacional em 1983. No</p><p>Brasil, foi ratificada em 1992, entrando em vigor em 1994. A convenção é dividida em cinco partes,</p><p>distribuídas em: definição, princípio de uma política nacional, ação no âmbito nacional, ação no</p><p>âmbito da empresa e disposições finais. A Convenção nº 155 aplica-se a todas as áreas em que</p><p>existam trabalhadores empregados, incluindo os funcionários públicos.</p><p>Quanto à elaboração de políticas voltadas para a segurança e a saúde dos trabalhadores, a Convenção</p><p>nº 155 orienta que os países-membros deverão formular e pôr em prática uma política nacional</p><p>coerente, em matéria de segurança, saúde dos trabalhadores e de meio ambiente. Ainda segundo essa</p><p>convenção, tal política deverá ter como objetivo a prevenção dos acidentes e adoecimento</p><p>relacionados ao trabalho. Para o alcance desse objetivo, os países deverão adotar medidas a fim de</p><p>orientar os trabalhadores e empregadores acerca de suas responsabilidades na prevenção de acidentes</p><p>e adoecimento relacionados ao trabalho.</p><p>DOS PRINCÍPIOS DA PNSST</p><p>A PNSST TEM COMO PRINCÍPIOS: UNIVERSALIDADE, PREVENÇÃO,</p><p>PRECEDÊNCIA DAS AÇÕES DE PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E</p><p>PREVENÇÃO SOBRE AS AÇÕES DE ASSISTÊNCIA, REABILITAÇÃO E</p><p>REPARAÇÃO, DIÁLOGO SOCIAL E INTEGRALIDADE.</p><p>A implementação da PNSST se dará por meio da articulação das ações de governo (relações de</p><p>trabalho, produção, consumo, ambiente e saúde), com participação voluntária dos representantes de</p><p>trabalhadores e empregadores. Para a implantação da PNSST, foram traçadas algumas diretrizes</p><p>voltadas para a resolução dos problemas advindos dos contextos de trabalho, que levam não só ao</p><p>adoecimento, mas, muitas vezes, às mutilações e, até mesmo, ao óbito. As diretrizes do Decreto nº</p><p>7602, de 2011, são:</p><p>1</p><p>2</p><p>3</p><p>4</p><p>5</p><p>6</p><p>7</p><p>8</p><p>9</p><p>1</p><p>Inclusão de todos os trabalhadores brasileiros no sistema nacional de promoção e proteção da saúde.</p><p>2</p><p>Harmonização da legislação e a articulação das ações de promoção, proteção, prevenção e assistência.</p><p>3</p><p>Reabilitação e reparação da saúde do trabalhador.</p><p>4</p><p>Adoção de medidas especiais para atividades laborais de alto risco.</p><p>5</p><p>Estruturação de rede integrada de informações em saúde do trabalhador.</p><p>6</p><p>Promoção da implantação de sistemas e programas de gestão da segurança e saúde nos locais de</p><p>trabalho.</p><p>7</p><p>Reestruturação da formação em saúde do trabalhador e em segurança no trabalho.</p><p>8</p><p>O estímulo à capacitação e à educação continuada de trabalhadores.</p><p>9</p><p>Promoção de agenda integrada de estudos e pesquisas em segurança e saúde no trabalho.</p><p>DAS RESPONSABILIDADES DA PNSST</p><p>A cada ministério, cabem as responsabilidades específicas para a implantação da PNSST. Porém, é</p><p>importante, também, uma participação mais ativa dos representantes dos trabalhadores e dos</p><p>empregadores, em reuniões, conferências e encontros para que possam discutir os resultados na prática</p><p>das diretrizes traçadas nessa política. De forma geral, o Ministério do Trabalho e Emprego (ou órgão</p><p>equivalente) tem como responsabilidade formular e propor as diretrizes da inspeção do trabalho, bem</p><p>como supervisionar e coordenar a execução das atividades relacionadas com a inspeção dos ambientes</p><p>de trabalho e respectivas condições de trabalho. Ainda, acompanhar o cumprimento, em âmbito</p><p>nacional, dos acordos e convenções ratificados pelo governo brasileiro junto a organismos</p><p>internacionais, em especial à OIT, nos assuntos de sua área de competência.</p><p>Ao Ministério da Saúde, de forma geral, segundo o Decreto nº 7602, de 2011, cabe:</p><p>Fomentar a estruturação da atenção integral à saúde dos trabalhadores, envolvendo a promoção de</p><p>ambientes e processos de trabalho saudáveis.</p><p>O fortalecimento da vigilância de ambientes, processos e agravos relacionados ao trabalho.</p><p>A assistência integral à saúde dos trabalhadores, reabilitação física e psicossocial.</p><p>Adequação e ampliação da capacidade institucional.</p><p>Ao Ministério da Previdência Social, segundo o Decreto nº 7602, de 2011, cabe:</p><p>Subsidiar a formulação e a proposição de diretrizes e normas relativas à interseção entre as ações de</p><p>segurança e saúde no trabalho e as ações de fiscalização.</p><p>Reconhecer os benefícios previdenciários decorrentes dos riscos ambientais do trabalho.</p><p>DA GESTÃO DA PNSST</p><p>A gestão da PNSST cabe a uma comissão constituída por representantes do governo, trabalhadores e</p><p>empregadores. De uma forma geral, cabe à gestão a elaboração, o acompanhamento e a revisão</p><p>periódica do plano e da política nacional de segurança e saúde do trabalhador, assim como a definição e</p><p>implantação da divulgação dessas políticas.</p><p>PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA E SAÚDE NO</p><p>TRABALHO (PLANSAT)</p><p>Como vimos, para a implantação da PNSST, foram traçadas diretrizes que visam às melhorias</p><p>relacionadas à segurança e à saúde dos trabalhadores. Para a execução dessas diretrizes, fez-se</p><p>necessária a elaboração de um plano de ação, intitulado de Plano Nacional de Segurança e Saúde no</p><p>Trabalho (PLANSAT). Esse plano é formado por oito objetivos, baseados nas diretrizes da PNSST,</p><p>sendo dividido por tarefas que devem ser colocadas em prática em curto, médio e longo prazo, além de</p><p>tarefas de caráter permanente.</p><p>Imagem: Danielle Ribeiro</p><p>O PLANSAT foi lançado em abril de 2012, pelos Ministérios da Saúde, Trabalho e Emprego e da</p><p>Previdência Social. Ele foi elaborado por uma Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho</p><p>(CTSST), constituída por representantes do governo, empregadores e trabalhadores.</p><p>DAS DIRETRIZES DO PLANSAT</p><p>Vejamos os prazos para que esses objetivos (diretrizes) sejam colocados em prática e quais estratégias</p><p>poderão ser adotadas.</p><p>OBJETIVO 1</p><p>OBJETIVO 2</p><p>OBJETIVO 3</p><p>OBJETIVO 4</p><p>OBJETIVO 5</p><p>OBJETIVO 6</p><p>OBJETIVO 7</p><p>OBJETIVO 8</p><p>OBJETIVO 1</p><p>Inclusão de todos os trabalhadores brasileiros no sistema nacional de promoção e proteção da saúde.</p><p>Esse objetivo é composto por cinco estratégias divididas em ações de curto e médio prazos para serem</p><p>executadas, e estratégias permanentes. Entre as permanentes, destacamos a promoção do trabalho</p><p>decente.</p><p>OBJETIVO 2</p><p>Harmonização da legislação trabalhista, sanitária, previdenciária e outras que se relacionem com</p><p>segurança e saúde do trabalhador. Nesse objetivo, são abordadas três estratégias, divididas em ações</p><p>de curto e médio prazos e ações de caráter permanente. Nele são abordadas ações sobre o estudo dos</p><p>contextos relacionados à segurança e à saúde dos trabalhadores, assim como a divulgação e</p><p>acompanhamento das Convenções e Recomendações Internacionais.</p><p>OBJETIVO 3</p><p>Integração das ações governamentais de segurança e saúde do trabalhador. Possui uma estratégia</p><p>dividida em 13 ações de curto, médio e longo prazos, além de algumas ações de caráter permanente.</p><p>O</p><p>objetivo está relacionado diretamente às ações do governo ligadas à promoção, à proteção, à</p><p>assistência e à reabilitação da saúde do trabalhador. Nessa estratégia, destacamos a ação permanente</p><p>sobre o fortalecimento das políticas de reabilitação física e psicossocial articuladas com as ações de</p><p>prevenção.</p><p>OBJETIVO 4</p><p>Adoção de medidas especiais para atividades laborais submetidas a alto risco de doenças e acidentes</p><p>de trabalho. São cinco estratégias divididas em ações de curto e médio prazos e ações permanentes. É</p><p>um dos objetivos com mais estratégias e ações, uma vez que, no Brasil, ainda temos um número muito</p><p>elevado de acidentes de trabalho fatais, assim como o adoecimento dos trabalhadores.</p><p>OBJETIVO 5</p><p>Estruturação de uma rede integrada de informações em segurança e saúde do trabalhador. Tal objetivo</p><p>aborda ações das estratégias voltadas para atualização de instrumentos de coleta de dados sobre a</p><p>situação dos trabalhadores, assim como a divulgação de informações para a sociedade. De acordo com</p><p>a Planilha do PNSST, lançada em 2012, marcando o lançamento do PLANSAT, não há previsão de</p><p>prazos.</p><p>OBJETIVO 6</p><p>Implementação de sistemas de gestão de segurança e saúde do trabalhador nos setores público e</p><p>privado. Objetivo que está dividido em três estratégias, com ações voltadas para incentivos de</p><p>investimentos em promoção, proteção, prevenção com controle social, além do aperfeiçoamento dos</p><p>regulamentos, instrumentos e estruturas relacionadas à gestão de segurança e saúde do trabalhador.</p><p>De acordo com a Planilha do PNSST, lançada em 2012, marcando o lançamento do PLANSAT, não há</p><p>previsão de prazos.</p><p>OBJETIVO 7</p><p>Capacitação e educação continuada em segurança e saúde do trabalhador. Dividido em quatro</p><p>estratégias e ações de curto e médio prazos, esse objetivo apresenta ações voltadas para a implantação</p><p>nos currículos escolares de conhecimentos básicos sobre segurança e saúde no trabalho, bem como a</p><p>promoção da atualização dos trabalhadores e seus representantes e aos empregadores sobre</p><p>segurança e saúde no trabalho.</p><p>OBJETIVO 8</p><p>Criação de uma Agenda Integrada de Estudos e Pesquisas em segurança e saúde do trabalhador. Esse</p><p>objetivo possui quatro estratégias, com ações voltadas para o incentivo a pesquisas sobre segurança e</p><p>saúde do trabalhador. De acordo com a Planilha do PNSST, lançada em 2012, marcando o lançamento</p><p>do PLANSAT, não há previsão de prazos.</p><p>DAS ESTRATÉGIAS DO PLANSAT</p><p>As estratégias contidas no PLANSAT estão voltadas, também, para o alcance das metas para a</p><p>promoção do trabalho decente. E uma das inovações em matéria de promoção da saúde do trabalhador</p><p>está na estratégia da inclusão do assunto sobre segurança e saúde do trabalhador, nos currículos do</p><p>ensino público e privado.</p><p>Sobre saúde e segurança no trabalho, podemos entender como um conjunto de medidas que visam</p><p>proteger a integridade física e mental dos trabalhadores através de adoção de normas, leis e</p><p>convenções internacionais (ratificadas no Brasil). Para que essas medidas sejam colocadas em prática,</p><p>além de outras estratégias, as empresas precisam contratar profissionais especializados na área da</p><p>saúde e segurança do trabalho, uma vez que estes terão condições de atuar na prevenção de acidentes</p><p>e adoecimento e na promoção da saúde dos trabalhadores.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. SOBRE AS DIRETRIZES DO PLANSAT, CORRELACIONE AS COLUNAS DE</p><p>OBJETIVOS E AÇÕES E MARQUE A ALTERNATIVA QUE INDICA A COLUNA DA</p><p>AÇÃO QUE CORRESPONDE AO SEU RESPECTIVO OBJETIVO:</p><p>OBJETIVOS AÇÕES</p><p>1</p><p>INCLUSÃO DE TODOS OS</p><p>TRABALHADORES</p><p>BRASILEIROS NO SISTEMA</p><p>NACIONAL DE PROMOÇÃO</p><p>E PROTEÇÃO DA SAÚDE.</p><p>A</p><p>ESTUDO DOS CONTEXTOS</p><p>ACERCA DA SEGURANÇA E</p><p>SAÚDE DOS</p><p>TRABALHADORES</p><p>DIVULGAÇÃO E</p><p>MONITORAMENTO DAS</p><p>CONVENÇÕES E</p><p>NOTIFICAÇÕES</p><p>INTERNACIONAIS.</p><p>OBJETIVOS AÇÕES</p><p>2</p><p>HARMONIZAÇÃO DA</p><p>LEGISLAÇÃO</p><p>TRABALHISTA, SANITÁRIA,</p><p>PREVIDENCIÁRIA E</p><p>OUTRAS QUE SE</p><p>RELACIONEM COM</p><p>SEGURANÇA E SAÚDE DO</p><p>TRABALHADOR.</p><p>B</p><p>ATUALIZAÇÃO DOS</p><p>INSTRUMENTOS UTILIZADOS</p><p>PARA REALIZAÇÃO DA</p><p>COLETA DE DADOS ACERCA</p><p>DA SAÚDE DOS</p><p>TRABALHADORES, E</p><p>DIVULGAÇÃO DESTES</p><p>DADOS EM ÂMBITO</p><p>NACIONAL.</p><p>3</p><p>INTEGRAÇÃO DAS AÇÕES</p><p>GOVERNAMENTAIS DE</p><p>SEGURANÇA E SAÚDE DO</p><p>TRABALHADOR.</p><p>C</p><p>PROMOÇÃO DO TRABALHO</p><p>DECENTE.</p><p>4</p><p>ESTRUTURAÇÃO DE UMA</p><p>REDE INTEGRADA DE</p><p>INFORMAÇÕES EM</p><p>SEGURANÇA E SAÚDE DO</p><p>TRABALHADOR.</p><p>D</p><p>REALIZAR, SOBRE A SAÚDE</p><p>DO TRABALHADOR:</p><p>PROMOÇÃO, PROTEÇÃO,</p><p>ASSISTÊNCIA E</p><p>REABILITAÇÃO.</p><p>⇋ UTILIZE A ROLAGEM HORIZONTAL</p><p>A) 1-A, 2-B, 3-D, 4-C.</p><p>B) 1-B, 2-C, 3-D, 4-A.</p><p>C) 1-D,4-B,3-C,4-A.</p><p>D) 1-C, 2-A,3-D, 4-B.</p><p>E) 1-C,2-A,3-B,4-D.</p><p>2. CONSIDERANDO QUE AS NORMAS REGULAMENTADORAS (NRS) SE</p><p>APLICAM A TRABALHADORES REGIDOS PELA CLT, A POSSÍVEL EXTENSÃO DE</p><p>APLICAÇÃO AO SERVIÇO PÚBLICO É UMA DECISÃO:</p><p>A) Errada, pois a natureza do serviço público é completamente diferente da do serviço privado.</p><p>B) Correta, pois a aplicação das NRs no serviço público já está prevista na Constituição.</p><p>C) Correta, pois a política nacional de segurança do trabalho prevê a adoção de normas de segurança a</p><p>todos os trabalhadores.</p><p>D) Errada, pois vai de encontro ao que diz a Convenção 155 da OIT.</p><p>E) Correta, pois, como o Brasil é signatário da Convenção 155 da OIT, é obrigado a cumprir suas</p><p>normas.</p><p>GABARITO</p><p>1. Sobre as diretrizes do PLANSAT, correlacione as colunas de objetivos e ações e marque a</p><p>alternativa que indica a coluna da ação que corresponde ao seu respectivo objetivo:</p><p>Objetivos Ações</p><p>1</p><p>Inclusão de todos os</p><p>trabalhadores brasileiros no</p><p>sistema nacional de promoção e</p><p>proteção da saúde.</p><p>A</p><p>Estudo dos contextos acerca da</p><p>segurança e saúde dos trabalhadores</p><p>divulgação e monitoramento das</p><p>convenções e notificações</p><p>internacionais.</p><p>2</p><p>Harmonização da legislação</p><p>trabalhista, sanitária,</p><p>previdenciária e outras que se</p><p>relacionem com segurança e</p><p>saúde do trabalhador.</p><p>B</p><p>Atualização dos instrumentos</p><p>utilizados para realização da coleta de</p><p>dados acerca da saúde dos</p><p>trabalhadores, e divulgação destes</p><p>dados em âmbito nacional.</p><p>3</p><p>Integração das ações</p><p>governamentais de segurança e</p><p>saúde do trabalhador.</p><p>C Promoção do trabalho decente.</p><p>Objetivos Ações</p><p>4</p><p>Estruturação de uma rede</p><p>integrada de informações em</p><p>segurança e saúde do</p><p>trabalhador.</p><p>D</p><p>Realizar, sobre a saúde do</p><p>trabalhador: promoção, proteção,</p><p>assistência e reabilitação.</p><p>⇋ Utilize a rolagem horizontal</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>Cada uma das diretrizes do PLANSAT é acompanhada de um conjunto de ações, são elas:</p><p>Inclusão de todos os trabalhadores brasileiros no sistema nacional de promoção e proteção da</p><p>saúde – Nesse campo, incluem-se ações que ampliam o acesso do trabalhador a políticas</p><p>promotoras de saúde.</p><p>Harmonização da legislação trabalhista, sanitária, previdenciária e outras que se relacionem com</p><p>segurança e saúde do trabalhador – Nesse objetivo, estão ações que buscam atualizar as</p><p>legislações de acordo com a evolução do conhecimento.</p><p>Integração das ações governamentais de segurança e saúde do trabalhador – Nesse item, estão</p><p>as ações diretas de assistência.</p><p>Estruturação de uma rede integrada de informações em segurança e saúde do trabalhador –</p><p>Nesse item, estão ações que buscam sistematizar as informações para as devidas tomadas de</p><p>decisões.</p><p>2. Considerando que as normas regulamentadoras (NRs) se aplicam a trabalhadores regidos pela</p><p>CLT, a possível extensão de aplicação ao serviço público é uma decisão:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>A política nacional de segurança e saúde do trabalhador deve ser aplicada a todos os trabalhadores</p><p>brasileiros.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>O conhecimento do histórico e do status das políticas nacionais de saúde do trabalhador no Brasil é</p><p>fundamental para todo profissional que trabalha nesse campo. Por razões históricas, o engenheiro de</p><p>segurança do trabalho está mais familiarizado com as normas regulamentadoras (NRs) cujos</p><p>pressupostos incluem o trabalho do engenheiro nas equipes de SESMT. Todavia, os objetivos de médio</p><p>e longo prazo do Estado brasileiro descritos no PLANSAT preveem a adoção dessas</p>

Mais conteúdos dessa disciplina