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<p>Questão 1/10 - Regimes Políticos e Sistemas de Governo</p><p>“Não é fácil analisar o que pretendem aqueles que apoiam, instigam ou implementam políticas autoritárias. Alguns destes não concordam que</p><p>seus ideais são autoritários, julgam-se democratas e defensores da liberdade. Outros assumem o desejo de uma política diferenciada relativa</p><p>aos principais problemas atuais, medidas mais duras, ainda que não democráticas. Outros assumem sua descrença na democracia e nos valores</p><p>predominantes desde o iluminismo, como o secularismo e predomínio da ciência. Neste ponto é impossível deixarmos de olhar aos velhos</p><p>conceitos que separam grupos políticos: conservadores/progressistas, modernos/tradicionalistas, direita/esquerda.”</p><p>Fonte: Material para impressão da Aula 6, Tema 4 “Polarização, ideologia e ideais autoritários”.</p><p>Considerando a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de Regimes Políticos e Sistemas de Governo, assinale a</p><p>alternativa que explica corretamente o que é ideologia, segundo Karl Mannheim:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A É o sentimento que as pessoas sentem sobre algo.</p><p>B São os valores suprimidos de uma população ou país.</p><p>C Todo valor ou ideal político é uma ideologia.</p><p>Você assinalou essa alternativa (C)</p><p>Você acertou!</p><p>Todo valor ou ideal político é uma ideologia, ao contrário da interpretação marxista de que ideologia seria uma visão invertida</p><p>ou falsa da realidade. Até pode ser, mas tal ênfase esconde que não há analista ou teoria que consiga dar conta da realidade</p><p>e tanto o analista quanto seu objeto de análise são vulneráveis a condicionamentos diversos. E na política, um campo movido</p><p>por paixões, não há tendências que não carreguem em seus ideais e valores uma forte carga ideológica.</p><p>Fonte: Material para impressão da Aula 6, Tema 3 “Autocracia e populismo”.</p><p>D Apenas ideais de esquerda são ideologia.</p><p>E Apenas valores democráticos possuem ideologia.</p><p>Questão 2/10 - Regimes Políticos e Sistemas de Governo</p><p>Leia o trecho abaixo:</p><p>“Este artigo não reproduz a estrutura de pares dos debates correntes que distinguem tipo de regime (parlamentarismo oposto ao</p><p>presidencialismo), tipo de legislatura (unicameral contra bicameral) e sistema partidário (bipartidário ou pluripartidário). Ao contrário, mostro que</p><p>analisar esses fatores isoladamente pode induzir a erros. Meu argumento é de que a lógica do processo decisório nos sistemas presidencialistas</p><p>é muito parecida com a lógica da decisão nos sistemas parlamentaristas pluripartidários. O processo decisório do bicameralismo e do</p><p>presidencialismo apresentam também muitas características comuns. Além disso, não pretendo discutir os prós e os contras de cada uma das</p><p>alternativas institucionais indicadas no título deste artigo. Em vez disso, faço uma comparação entre todas as instituições do ponto de vista de</p><p>uma única variável importante: a capacidade de mudar as políticas públicas. Meu objetivo é proporcionar um modelo analítico coerente para a</p><p>realização de comparações entre regimes, legislaturas e sistemas partidários”</p><p>Fonte: TSEBELIS, George. Processo decisório em sistemas políticos: veto players no presidencialismo, parlamentarismo, multicameral ismo e</p><p>pluripartidarismo. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 12, n. 34, p. 89-117, 1997.</p><p>Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Regimes Políticos e Sistemas de Governo, analise as</p><p>asserções abaixo e assinale a alternativa que apresente, corretamente, como se dá a formação de governo no parlamentarismo:</p><p>I. Se dá a partir da eleição de um presidente.</p><p>II. Se dá a partir do Gabinete, com a figura do Primeiro-Ministro, o real chefe do Executivo.</p><p>III. Em geral, o Primeiro-Ministro é líder do partido vencedor, mas não necessariamente.</p><p>IV. O chefe de governo é também o chefe de Estado ao mesmo tempo, acumulando funções, como o rei nas democracias modernas.</p><p>Considerando as proposições acima, está correto o que se afirma em:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A Apenas I e II.</p><p>B Apenas II e III.</p><p>Você assinalou essa alternativa (B)</p><p>Você acertou!</p><p>Apenas II e III estão corretas. A formação de um governo se dá a partir do Gabinete, ou seja, o equivalente ao Ministério no</p><p>sistema Presidencialista, mas com a figura do Primeiro-Ministro, o real chefe do Executivo. Em geral, ele é o líder do partido</p><p>vencedor, mas não necessariamente. Pode, inclusive, não ser membro do parlamento. O Gabinete é o centro do</p><p>poder. Lijphart (2011, p. 27) chega a afirmar que ‘o órgão mais poderoso do governo britânico é o Gabinete’. Tal modelo foi</p><p>delineado no final do século 17, na Inglaterra, uma espécie de ‘gabinete de conselheiros do rei’. Mas tarde, por omissão de</p><p>dois reis (não se preocupavam com os assuntos políticos, eram alemães e mal falavam inglês...), o Gabinete assumiu o</p><p>controle das decisões vitais, definindo um Ministro líder, chamado desde então de ‘Primeiro Ministro’ (Dallari, 2016, pp. 229</p><p>e 230). A partir daí, progressivamente, foi sendo instituída a base do parlamentarismo moderno, a separação entre chefia</p><p>de Governo e chefia de Estado.</p><p>Referência: Material para impressão da Aula 4, Tema 1 “O Parlamentarismo”.</p><p>C Apenas I e IV.</p><p>D Apenas I, II e III.</p><p>E Apenas I, III e IV.</p><p>Questão 3/10 - Regimes Políticos e Sistemas de Governo</p><p>Leia o trecho a seguir:</p><p>No sistema multipartidário, pode-se ter variadas configurações, possibilitando a vantagem de representação da diversidade social, com</p><p>competição efetiva entre várias agremiações e alternância no poder. Ainda seguindo o argumento de Lijphart (2011), resulta de sociedades</p><p>plurais, com regras que permitem a expressão de diversos grupos sociais, o que interfere na formação de muitos partidos. Mas há problemas</p><p>específicos, como os partidos fisiológicos, sem ideologia nítida, resultando no excesso de partidos, confundindo o eleitor. E há problemas que</p><p>indicam ou favorecem o autoritarismo. Pode ocorrer que o multipartidarismo seja falso, pois há um partido dominante, seja por razões históricas,</p><p>como foi o PRI no México, durante o século 20. E há casos com competição falsa ou desigual. De acordo com Rojas e Simioni (2018), analisando</p><p>a situação do centenário partido Colorado no Paraguai, indicam que o partido foi predominante não apenas durante a ditadura Stroessner (1954-</p><p>1989) como depois da democratização do país, que seria relativa. Tal conclusão deriva da definição de Sartori de ‘partido predominante’, aquele</p><p>que “supera de longe todos os outros, esse partido é dominante, por ser significativamente mais forte do que os outros” (Sartori, 1982, p. 222).</p><p>E Sartori vai mais longe, definindo o partido hegemônico (p. 259), o que melhor indica realidades autoritárias</p><p>“O partido hegemônico não permite uma competição formal ou de fato pelo poder. Outros partidos podem existir, mas como de segunda classe,</p><p>como partidos tolerados, pois não têm autorização para competir com o partido hegemônico em termos antagônicos ou em bases iguais. Não</p><p>só a alternação não ocorre na realidade, como não poder ocorrer, já que a possibilidade de rotação no poder não está nem mesmo prevista. A</p><p>implicação é a de que o partido hegemônico continuará no poder, quer isso seja agradável para os demais quer não. “</p><p>Fonte: Material para impressão da Aula 4, Tema 4 “Sistemas partidários e regimes políticos”.</p><p>Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Regimes Políticos e Sistemas de Governo, analise as</p><p>asserções abaixo e depois assinale a alternativa que apresenta, corretamente, exemplos de sistemas apartidários e de partido único:</p><p>I. Na Itália fascista havia um partido único, o Partido Nacional Fascista.</p><p>II. O sistema apartidário é comum nas democracias liberais, em que as pessoas são representadas por meio de indivíduos que expressam a sua</p><p>ideologia individualmente.</p><p>III. É exemplo de sistema apartidário o fascista, que é corporativista e que propõe a representação nacional por categorias profissionais e não</p><p>por partidos.</p><p>IV. Apenas em alguns pequenos países, com população reduzida, possuem sistemas apartidários, como, por exemplo, Tuvalu, Palau, Micronesia</p><p>e outros países que são monarquia quase absolutas e os partidos são proibidos, como Omã e Brunei.</p><p>Considerando as proposições acima, está correto o que se afirma em:</p><p>Nota: 0.0Você não pontuou essa questão</p><p>A Apenas I.</p><p>B Apenas II e III.</p><p>C Apenas III e IV.</p><p>D Apenas I, II e III.</p><p>Você assinalou essa alternativa (D)</p><p>E Apenas I, II e IV.</p><p>Apenas I, II e IV estão corretas. Sistemas apartidários. Vimos na aula 2 que uma das características do fascismo era o</p><p>corporativismo, a proposta de representação política nacional por categorias profissionais e não por partidos. Contudo,</p><p>mesmo na Itália fascista, havia um partido único, entre 1928 e 1943, o Partido Nacional Fascista. Atualmente, a partir de</p><p>informações da Rádio Senado, programa “Parlamentos do Mundo’, observamos que apenas pequenos países, com</p><p>população reduzida é que usam sistemas apartidários. É o caso de Tuvalu, Palau, Micronesia. Em Tuvalu, uma ilha no</p><p>oceano Pacífico, por exemplo, o parlamento é formado por membros de aldeias ou comunidades distantes umas das outras,</p><p>sem necessidade de partidos. Alguns regimes autoritários são apartidários, como ESwatini, onde o rei controla todos os</p><p>aspectos da política local, nomeando os senadores e deputados. Em Omã e Brunei, monarquias quase absolutas, os partidos</p><p>são proibidos. Em Omã, a primeira eleição para representantes ocorreu em 2003, a partir de subdivisões feitas na lógica</p><p>tribal ou comunidades típicas daquela região do Oriente Médio. Sistema de Partido único. Em princípio, tal sistema pode ser</p><p>democrático ou não, porém, o mais comum é em regimes políticos autoritários, ainda que possam conter espaço para</p><p>discussões e decisões democráticas (Dallari, 2016, p. 165). Nestes casos, o partido é o efetivo gerador de políticas públicas,</p><p>conduzindo as decisões de Estado. Em regimes totalitários, o partido único é propagador da ideologia, como na antiga</p><p>URSS, além da Alemanha nazista. Atualmente, somente Cuba, Vietnã, Laos e Coreia do Norte, remanescentes do antigo</p><p>modelo comunista, possuem sistema unipartidário. A China, porém, possui vários partidos, mas o domínio efetivo é do partido</p><p>Comunista. Desde o início da URSS o argumento para o sistema de partido único era o de que em sociedades comunistas</p><p>não havia diferentes classes sociais ou facções, logo, não precisaria de competição política (Bello e Barbosa, 2019, p. 182).</p><p>Referência: Material para impressão da Aula 4, Tema 4 “Sistemas partidários e regimes políticos”.</p><p>Questão 4/10 - Regimes Políticos e Sistemas de Governo</p><p>Leia o trecho a seguir:</p><p>“Na teoria clássica o termo “república” designava uma forma mista de governo, composta por instituições das três diferentes formas de governo.</p><p>A estabilidade do regime republicano residiria, portanto, no estabelecimento de um sistema específico de freios e contrapesos. Para Políbio, a</p><p>república seria uma forma de governo estável justamente por combinar instituições das três formas boas: monarquia, aristocracia e democracia</p><p>(BOBBIO, 2000). A relação entre os termos “república” e “democracia” é marcada por ambiguidades: ao passo que a república enfatiza o ideal</p><p>de cidadania, muitos regimes ditos republicanos se afastaram da concepção de democracia (SILVA, 2011). Inicialmente, cabe abarcar duas</p><p>vertentes republicanas que se tornaram matrizes do que viria a ser entendido como “republicanismo democrático”: a primeira está calcada na</p><p>experiência de Roma, cujo foco é a soberania do indivíduo, e a outra se baseia na experiência grega (HELD, 2006; MARQUES, 2007; SILVA,</p><p>2011). Ambas tiveram influência no pensamento político do século XVIII (NELSON, 2006). Held (2006) e Marques (2007) chamam essas</p><p>vertentes de “protetora” (Roma) e desenvolvimentista (Grécia). Ambas as tradições republicanas admitem que a melhor forma de governo se</p><p>baseia no governo dos “melhores”, sendo a “república” norteada por princípios aristocráticos, embora seja um governo misto (NELSON, 2006).</p><p>A principal diferença entre as vertentes reside na forma de ver a liberdade, o que traz consequências para o entendimento sobre o papel da</p><p>participação popular.”</p><p>Fonte: DE MEDEIROS ALBRECHT, Nayara F. Macedo. Teorias da democracia: caminhos para uma nova proposta de mapeamento. BIB-</p><p>Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, n. 88, p. 1-24, 2019.</p><p>Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Regimes Políticos e Sistemas de Governo, analise as</p><p>asserções abaixo e depois assinale a alternativa que apresenta corretamente as características das monarquias, segundo Dallari:</p><p>I. Vitaliciedade, ou seja, o regente reina enquanto viver ou enquanto tiver força.</p><p>II. Hereditariedade, isto é, a sucessão se dá em função de laços de parentesco, a começar pelo filho mais velho.</p><p>III. Responsabilidade, significando que o regente não tem responsabilidade política, não devendo explicações sobre suas decisões.</p><p>IV. Irresponsabilidade, significando que o regente não tem responsabilidade política, não devendo explicações sobre suas decisões.</p><p>Considerando as proposições acima, está correto o que se afirma em:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A Apenas I.</p><p>B Apenas II e III.</p><p>C Apenas III e IV.</p><p>D Apenas I, II e III.</p><p>E Apenas I, II e IV.</p><p>Você assinalou essa alternativa (E)</p><p>Você acertou!</p><p>Apenas I, II e IV estão corretas. De acordo com Dallari (2016, p. 224), as principais características desta forma de governo</p><p>é a vitaliciedade, ou seja, o regente reina enquanto viver ou enquanto tiver força. A hereditariedade, isto é, a sucessão se</p><p>dá em função de laços de parentesco, a começar pelo filho mais velho. E a irresponsabilidade, significando que o regente</p><p>não tem responsabilidade política, não devendo explicações sobre suas decisões.</p><p>Referência: Material para impressão da Aula 5, Tema 4 “Monarquia”.</p><p>Questão 5/10 - Regimes Políticos e Sistemas de Governo</p><p>Leia o texto abaixo:</p><p>“Um levante militar depõe o imperador Dom Pedro II e institui a república como a nova forma de governo no Brasil. Esse evento , liderado pelo</p><p>marechal Deodoro da Fonseca e conhecido como Proclamação da República, ocorreu em 15 de novembro de 1889 e mudou completamente os</p><p>rumos da história do país. O poder, antes hereditário e centralizado na figura do rei, passou a ser descentralizado e abriu espaço para novos</p><p>atores políticos.</p><p>Muitos anos depois, a república seria de novo proclamada, desta vez pelo povo. Há 30 anos, em 21 de abril de 1993, foi realizado um plebiscito</p><p>no qual eleitores e eleitoras de todo o país tiveram que escolher nas urnas entre duas formas de governo, monarquia ou república, e entre dois</p><p>sistemas de governo, parlamentarismo ou presidencialismo.</p><p>Nessa consulta popular, o povo escolheu a república e o presidencialismo por ampla maioria dos votos. Em um universo de 66.807.791 de</p><p>eleitores e eleitoras, a república foi a preferência de 66,26%; já a monarquia recebeu 10,25% dos votos. Votaram em branco nesse item 10,25%</p><p>das eleitoras e eleitores, e 13,20% anularam o voto.</p><p>Já 55,58% do eleitorado escolheu o sistema presidencialista, enquanto o parlamentarismo foi a opção de 24,87%. Os votos brancos foram</p><p>4,84%, e os nulos, 14,71%.”</p><p>Fonte: 30 anos da Proclamação da República pelos eleitores e eleitoras. Disponível em: https://www.tre-</p><p>sp.jus.br/comunicacao/noticias/2023/Novembro/30-anos-da-proclamacao-da-republica-pelos-eleitores-e-eleitoras</p><p>Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Regimes Políticos e Sistemas de Governo, analise as</p><p>asserções abaixo e depois assinale a alternativa que apresenta corretamente as características de uma República, segundo Dallari:</p><p>I. Democracia, uma vez que toda república é necessariamente democrática.</p><p>II. Eletividade, ou seja, o Chefe de Governo é eleito pela maioria, direta ou indiretamente, sendo</p><p>vedada a substituição por hereditariedade.</p><p>III. Responsabilidade, indicando que o Chefe de Governo deve prestar contas de suas decisões, escolhas e resultados diretamente ao povo ou</p><p>a órgãos de representação.</p><p>IV. Temporariedade, de forma que o Chefe de Governo (e o Chefe de Estado em repúblicas parlamentaristas) tem um mandato específico, sendo</p><p>substituído de tempos em tempos, com limite de reeleições.</p><p>Considerando as proposições acima, está correto o que se afirma em:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A Apenas I.</p><p>B Apenas II e III.</p><p>C Apenas III e IV.</p><p>D Apenas II, III e IV.</p><p>Você assinalou essa alternativa (D)</p><p>Você acertou!</p><p>Apenas II, III e IV estão corretas. De acordo com Dallari (2016), as principais características modernas das repúblicas são</p><p>as seguintes: temporariedade, de forma que o Chefe de Governo (e o Chefe de Estado em repúblicas parlamentaristas) tem</p><p>um mandato específico, sendo substituído de tempos em tempos (mandato), com limitação de reeleições. Isto, em contextos</p><p>democráticos, pois regimes autoritários costumam falsear estes princípios, casos atuais da Coreia do Norte, onde uma</p><p>mesma família governa a república comunista. Ou autocratas que se perpetuam no poder, como ocorre desde o início do</p><p>século 21 na Rússia, Turquia, Hungria, Belarus Venezuela e Nicarágua. Eletividade, ou seja, o Chefe de Governo é eleito</p><p>pela maioria, direta ou indiretamente, sendo vedada a substituição por hereditariedade. Ainda assim, ocorrem casos de filhos</p><p>ou netos de governantes serem eleitos, principalmente em nível subnacional onde, não raramente, elites com perfil familiar</p><p>dominam o cenário político regional ou municipal. Neste caso, porém, ocorre de acordo com as regras democráticas.</p><p>Responsabilidade, indicando que o Chefe de Governo deve prestar contas de suas decisões, escolhas e resultados</p><p>diretamente ao povo ou a órgãos de representação. Daí deriva o expediente do impeachment, ou seja, a possibilidade de</p><p>destituição de um Chefe de Governo em sistemas presidencialistas ou a queda do Gabinete no parlamentarismo.</p><p>Referência: Material para impressão da Aula 5, Tema 5 “República”.</p><p>E Apenas I, II e IV.</p><p>Questão 6/10 - Regimes Políticos e Sistemas de Governo</p><p>Leia o trecho a seguir:</p><p>“Em sentido genérico, o termo sistema indica um conjunto de elementos (indivíduos, associações, técnicas, processos) com um objetivo comum</p><p>e, mais que isso, inter-relacionados, de forma que se um elemento se move terá efeitos em maior ou menor grau sobre todos os outros. Um</p><p>sistema comporta subsistemas, mas é antes de tudo uma visão geral sobre um fenômeno, incluindo suas partes e as relações entre estas.”</p><p>Fonte: Material para impressão da Aula 1, Tema 5 “Sistemas Políticos”.</p><p>Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Regimes Políticos e Sistemas de Governo, analise as</p><p>asserções abaixo e depois assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o significado de sistema político:</p><p>I. Muitas vezes é um conceito guarda-chuva que abrange outros, no sentido de organização geral da política em um Estado-nação.</p><p>II. Possui um fim maior do que a detenção do poder, ele permite a estabilização e o desenvolvimento da economia, da cultura, da sociedade.</p><p>III. É marcado pelo momento histórico daquela sociedade e pela globalização e pela sua função na sociedade e nas relações de âmbito</p><p>internacional.</p><p>IV. Possui uma lógica de demanda e resposta e que não há disputa política pelos bens escassos pois todos possuem direitos básicos.</p><p>Considerando as proposições acima, está correto o que se afirma em:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A Apenas I.</p><p>B Apenas II e III.</p><p>C Apenas III e IV.</p><p>D Apenas I, II e III.</p><p>Você assinalou essa alternativa (D)</p><p>Você acertou!</p><p>Apenas I, II e III estão corretas. Na ciência política, certos autores utilizam as expressões sistemas políticos ou organização</p><p>política como um conceito guarda-chuva, que abrange todos os demais, no sentido de organização geral da política em um</p><p>Estado Nação. Outros autores o utilizam de forma parecida com formas de governo. Sistema político não se confunde com</p><p>sistema partidário. O sistema político tem um fim maior do que a detenção do poder. Ele deve permitir a estabilização e o</p><p>desenvolvimento da economia, da cultura, da sociedade (BOBBIO, 1998). O sistema político é fortemente marcado pelo</p><p>momento histórico interno àquela sociedade, assim como pela globalização e pela função da mesma sociedade nas relações</p><p>de âmbito internacional – como na distribuição geográfica de mercados produtores e consumidores. Mas ele também recebe</p><p>influências do sistema partidário. Talvez a melhor maneira de clarear o conceito sistema político é considerá-lo como</p><p>abrangente, tal qual o modelo de David Easton, autor que vinculou sistema político e a teoria de sistemas, em uma teoria</p><p>política geral. Baseado em Easton, Bobbio (1987), conclui que nesta teoria, o sistema social está diretamente ligado às</p><p>instituições políticas e em uma lógica de demanda/resposta (input-output). Desta forma, o sistema político e suas instituições</p><p>devem responder às demandas sociais, indicando como uma sociedade procura apaziguar seus conflitos e contradições</p><p>políticas. Diferentes grupos possuem interesses divergente ou desejam bens escassos; podem possuir diferentes recursos</p><p>políticos. As disputas, então, são travadas na arena política, de forma que o sistema político consistirá em um ambiente com</p><p>maior ou menor grau de possibilidades para administrar tais conflitos.</p><p>Referência: Material para impressão da Aula 1, Tema 5 “Sistemas Políticos”.</p><p>E Apenas I, II e IV.</p><p>Questão 7/10 - Regimes Políticos e Sistemas de Governo</p><p>Leia o trecho a seguir:</p><p>“Declarando a chegada da democracia na Espanha pós-Franco, o Primeiro-Ministro Adolfo Suárez proclamou que, doravante, "O futuro não está</p><p>escrito porque apenas o povo pode escrevê-lo." Ele esperava por um mundo melhor, e eu levei sua palavra a sério. Mas as pessoas podem</p><p>escrever o que quiserem. A democracia não garante nada além do fato de que é o povo quem escreverá o futuro. É apenas um terreno onde</p><p>pessoas mais ou menos iguais e mais ou menos livres lutam pela realização de ideais, valores e interesses conflitantes. O único milagre da</p><p>democracia é que esses conflitos podem ser geridos sem repressão e em paz. Quando as pessoas discordam sobre quais valores a democracia</p><p>deve buscar diante da crescente polarização, a democracia só pode ser defendida como o melhor método para gerir essas discordâncias. No</p><p>entanto, métodos são difíceis de defender sem referência aos propósitos que eles se destinam a servir. Como Erik Lagerspetz observa, "há algo</p><p>profundamente perturbador na ideia de que um procedimento puramente mecânico, sem conteúdo, poderia determinar o que devemos fazer."</p><p>No entanto, o próprio procedimento de escolher governos por meio de eleições tem méritos que se sustentam por conta própria.”</p><p>Fonte: Przeworski, Adam. "Who Decides What Is Democratic?" Journal of Democracy 35, no. 3 (2024): 5-</p><p>16. https://doi.org/10.1353/jod.2024.a930423. Tradução livre.</p><p>Vimos na disciplina de Regimes Políticos e Sistemas de Governo que há na ciência política moderna um debate ou disputa em torno</p><p>do significado ou abrangência da democracia. Uma ala procura encontrar um mínimo comum, aquilo que seria essencial em qualquer</p><p>definição, enfatizando a forma. Outra ala procura encontrar um significado mais abrangente para democracia, mais participativa e</p><p>substantiva, ou seja, com forte influência de certos valores e objetivos a atingir, incluindo objetivos socioeconômicos. Assinale a</p><p>alternativa que expõe corretamente o que seria o “caráter pluralista” na concepção de poliarquia, de Dahl:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A Afirma que a democracia é um governo com poucos representantes e sem liberdades, limitando a contestação</p><p>pública e a inclusão.</p><p>B Descreve uma democracia como um sistema com apenas um grupo intermediário representativo e sem</p><p>nenhuma garantia de ampliação da</p><p>contestação pública ou inclusão.</p><p>C Define a democracia como um governo de poucos representantes, com um conjunto de restrições que impedem</p><p>a ampliação da contestação pública e inclusão.</p><p>D Explica que uma democracia não possui grupos intermediários representativos, sendo um governo sem liberdades</p><p>e que limita a contestação pública e a inclusão.</p><p>E Indica os diversos grupos intermediários representativos de uma democracia, um governo de muitos</p><p>representantes, com um conjunto de liberdades que garantam a ampliação da contestação pública e inclusão.</p><p>Você assinalou essa alternativa (E)</p><p>Você acertou!</p><p>Dahl enfatiza o caráter pluralista, mas ainda assim dominado por lideranças e instituições representativas, a poliarquia termo</p><p>que indica os diversos grupos intermediários representativos de uma democracia, um governo de muitos representantes,</p><p>com um conjunto de liberdades que a garantam, conforme indica Ricci indicando que para Dahl a ampliação de duas</p><p>dimensões básicas fundamentaria a democracia, a contestação pública e a inclusão. Estas dimensões poderiam ser</p><p>garantidas pela rotatividade governo/oposição, a competição e as ‘chances reais de mudar o status quo’ (2023, p. 49 e 50).</p><p>Referência: Material para impressão da Aula 3, Tema 2 “Definição minimalista e maximalista da democracia”.</p><p>Questão 8/10 - Regimes Políticos e Sistemas de Governo</p><p>Leia o trecho a seguir:</p><p>“Montesquieu afasta-se da classificação tradicional [de regime político], porque apoia a distinção entre república, monarquia e despotismo, não</p><p>apenas num critério numérico, mas também na combinação de dois critérios que ele define como "natureza" e "princípio" do Governo. A natureza</p><p>do Governo depende do número dos detentores do poder (na república, é todo o povo ou parte dele quem o detém, na monarquia e no despotismo</p><p>o poder está nas mãos de um só) e do modo de o exercer (na monarquia o soberano governa baseado em leis fixas e estáveis; no despotismo</p><p>governa sem leis e sem regras). O princípio do Governo é o propósito que anima o povo em sua existência concreta. A república fundamenta-</p><p>se na virtude, a monarquia na honra, o despotismo no medo. É assim que Montesquieu procura caracterizar o nexo existente entre os diversos</p><p>Regimes políticos e sua base social. Por este processo, isto é, pelo estudo das condições em que se desenvolve a vida política, é possível</p><p>elaborar uma tipologia dos Regimes políticos assente em fatores que influem decisivamente em sua estrutura e funcionamento.”</p><p>Fonte: BOBBIO, Norberto. verbete “Regime Político”, in Norberto BOBBIO, Nicola MATTEUCCI & Gianfranco PASQUINO: Dicionário de Política,</p><p>UnB, Brasília, 1998.</p><p>Vimos na disciplina de Regimes Políticos e Sistemas de Governo que as sociedades modernas abandonaram paulatinamente o domínio</p><p>pessoal, implementando o domínio institucional (leis e Estado de Direito) e o domínio organizacional (Estado, empresas, organizações</p><p>diversas). Isso é uma questão fundamental para compreendermos o significado de regimes políticos. Analise as asserções abaixo e</p><p>assinale a alternativa que apresente, corretamente, o papel das instituições nos regimes políticos:</p><p>I. As instituições constituem a estrutura orgânica do poder político, que escolhe a classe dirigente e atribui a cada um dos indivíduos empenhados</p><p>na luta política um papel peculiar.</p><p>II. São estruturas materiais - instituições, organismos, hierarquias de homens e de grupos, processos de decisão e também conjuntos de ideias</p><p>e de imagens que as pessoas têm acerca das estruturas e do seu funcionamento.</p><p>III. São estruturas marcadas por forte religiosidade e interferência dela nas questões políticas e jurídicas, tendo a monarquia como pressuposto</p><p>e a hierarquia política dada a partir de Deus no topo, monarca e lideranças da aristocracia.</p><p>IV. O “povo” também não possui uma opinião definitiva e racional sobre as questões individuais que seja possível de ser mensurada , além de</p><p>não existir um “bem comum” determinado pelas pessoas, uma vez que há concepções diferentes em uma sociedade sobre o que isso significa.</p><p>Considerando as proposições acima, está correto o que se afirma em:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A Apenas I.</p><p>B Apenas II.</p><p>C Apenas III.</p><p>D Apenas I, II e III.</p><p>E Apenas I, II e IV.</p><p>Você assinalou essa alternativa (E)</p><p>Você acertou!</p><p>Apenas as alternativas I, II e IV estão corretas. As instituições constituem, por um lado, a estrutura orgânica do poder político,</p><p>que escolhe a classe dirigente e atribui a cada um dos indivíduos empenhados na luta política um papel peculiar. Por outro,</p><p>são normas e procedimentos que garantem a repetição constante de determinados comportamentos e tornam assim possível</p><p>o desenvolvimento regular e ordenado da luta pelo poder, do exercício deste e das atividades sociais a ele vinculadas. Por</p><p>regime político, portanto, se entende “o conjunto das instituições que regulam a luta pelo poder e o seu exercício, bem como</p><p>a prática dos valores que animam tais instituições”. Além disso, “... corresponde sempre a certa ideologia, a uma doutrina</p><p>do poder” [grifo nosso]. Portanto, os regimes políticos seriam “estruturas materiais - instituições, organismos, hierarquias de</p><p>homens e de grupos, processos de decisão, etc.”, e também “... conjuntos de ideias e de imagens que as pessoas têm</p><p>acerca das estruturas e do seu funcionamento.</p><p>Referência: Material para impressão da Aula 1, Tema 2.1 “Regimes e o sentido político”.</p><p>Questão 9/10 - Regimes Políticos e Sistemas de Governo</p><p>Leia o texto abaixo da obra clássica “O Príncipe”, de Maquiavel:</p><p>“Reportando-me às outras qualidades já referidas, digo que cada príncipe deve desejar ser tido como piedoso e não como cruel: não obstante</p><p>isso, deve ter o cuidado de não usar mal essa piedade. César Bórgia era considerado cruel; entretanto, essa sua crueldade tinha recuperado a</p><p>Romanha, logrando uni-la e pô-la em paz e em lealdade. O que, se bem considerado for, mostrará ter sido ele muito mais piedoso do que o povo</p><p>florentino, o qual, para fugir à pecha de cruel, deixou que Pistóia fosse destruída. Um príncipe não deve, pois, temer a má fama de cruel, desde</p><p>que por ela mantenha seus súditos unidos e leais, pois que, com mui poucos exemplos, ele será mais piedoso do que aqueles que, por excessiva</p><p>piedade, deixam acontecer as desordens das quais resultam assassínios ou rapinagens: porque estes costumam prejudicar a comunidade</p><p>inteira, enquanto aquelas execuções que emanam do príncipe atingem apenas um indivíduo. E, dentre todos os príncipes, é ao novo que se</p><p>torna impossível fugir à pecha de cruel, visto serem os Estados novos cheios de perigos. Diz Virgílio, pela boca de Dido:</p><p>Res dura,et regni novitas me talia cogunt moliri, et late fines custode tueri. "As circunstâncias difíceis e a novidade do reino me forçam a realizar</p><p>tais coisas e a proteger amplamente os limites com guardiões."</p><p>O príncipe, contudo, deve ser lento no crer e no agir, não se alarmar por si mesmo e proceder por forma equilibrada, com prudência e</p><p>humanidade, buscando evitar que a excessiva confiança o torne incauto e a demasiada desconfiança o faça intolerável. Nasce daí uma questão:</p><p>se é melhor ser amado que temido ou o contrário. A resposta é de que seria necessário ser uma coisa e outra; mas, como é difícil reuni-las, em</p><p>tendo que faltar uma das duas é muito mais seguro ser temido do que amado.”</p><p>Fonte: MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe; Escritos políticos. 3.ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. 240 p.</p><p>Considerando o trecho acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Regimes Políticos e Sistemas de Governo, assinale a</p><p>alternativa que descreve, corretamente, o papel de Maquiavel no rompimento do raciocínio político medieval:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A Este autor buscou compreender melhor o que é o bom governo.</p><p>B Este autor defendeu uma análise normativa da política.</p><p>C Este autor teorizou sobre o comportamento do eleitor.</p><p>D Este autor desvinculou a política do sagrado.</p><p>Você assinalou</p><p>essa alternativa (D)</p><p>Você acertou!</p><p>Maquiavel rompe com este raciocínio medieval de forma simples, desvinculando a política do sagrado. Ainda se refere a</p><p>regimes políticos como forma de governo, basicamente dois tipos, Principados (monarquia) e República. No entanto, sua</p><p>preocupação está mais em como conquistar o poder e mantê-lo do que se este será exercido de forma autoritária ou não.</p><p>Em função daqueles objetivos maiores, não importa se o regime é autoritário ou democrático. Antes, como argumentarão os</p><p>defensores do Absolutismo, dada a natureza pérfida do ser humano, o Estado forte e coercitivo seria uma necessidade.</p><p>Referência: Material para impressão da Aula 1, Tema 3 “Regimes políticos na antiguidade”.</p><p>E Este autor vinculou a político ao sagrado.</p><p>Questão 10/10 - Regimes Políticos e Sistemas de Governo</p><p>Leia o trecho a seguir:</p><p>“Este e um dos termos mais usados na atualidade para designar regimes políticos autoritários. De acordo com Stopino (1998, p. 372) autocracia</p><p>não designa um sistema político específico, antes, uma característica do autoritarismo. Ainda assim, há graduações distintas, pois um ditador</p><p>pode governar sem pretender dividir suas decisões, logo, será um autocrata. Mas se dividir o poder com um pequeno grupo, será um ditador</p><p>sem ser autocrata (Id.)</p><p>Uma liderança autocrática pode ser eleita democraticamente, ou seja, pode se ter um regime democrático e um governante inicia lmente</p><p>democrata, mas com tendências autocráticas. Isto tensiona o sistema ao longo do tempo ou este vai sendo paulatinamente engolfado, como</p><p>visto no tema 2 com as democracias iliberais. Outro aspecto é que um autocrata não é necessariamente violento, procurando cooptar ou dominar</p><p>as instituições de Estado.</p><p>Um autocrata em essência – que concentra todo o poder político em si mesmo - é muito difícil conceber, dada a complexidade e a quantidade</p><p>de decisões de um Estado Nação. No entanto, há casos em que um único indivíduo acaba tendo um poder pessoal muito grande e em tais</p><p>casos, ele se encastela no poder, dirige as decisões mais importantes do Estado, eliminando a oposição. Talvez tenha conselheiros influentes,</p><p>com algum poder, mas o legislativo é subjugado e o judiciário ‘amigo’. Não há controle externo nem popular. Em tal figura – o autocrata - tudo é</p><p>excessivo, em especial se for um líder populista, quase uma caricatura de certos imperadores romanos, que criavam moedas e se los com seu</p><p>retrato, estatuas magnificas por todo o território, retratando-os.”</p><p>Fonte: Material para impressão da Aula 6, Tema 3 “Autocracia e populismo”.</p><p>Considerando a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de Regimes Políticos e Sistemas de Governo, assinale a</p><p>alternativa que explica corretamente a diferença entre populismo e nacionalismo, de acordo com Ricci:</p><p>Nota: 10.0</p><p>A O populismo e o nacionalismo são conceitos idênticos, ambos baseados na distinção ‘nós/outros’.</p><p>B O populismo sempre enfatiza a distinção ‘nós/outros’ sem considerar a relação entre povo e elite.</p><p>C O nacionalismo se baseia exclusivamente na distinção entre elite e povo, ignorando a dimensão ‘nós/outros’.</p><p>D Tanto o populismo quanto o nacionalismo desconsideram a oposição povo/elites e se concentram apenas na</p><p>distinção ‘nós/outros’.</p><p>E O primeiro seria baseado na distinção povo/elite, enquanto o nacionalismo enfatiza a distinção ‘nós/outros’,</p><p>independente se elite ou povo.</p><p>Você assinalou essa alternativa (E)</p><p>Você acertou!</p><p>Embora o discurso nacionalista seja um dos traços, Ricci (p. 149) aponta algumas diferenças entre populismo e nacionalismo.</p><p>O primeiro seria baseado na distinção povo/elite, enquanto o nacionalismo enfatiza a distinção ‘nós/outros’, independente</p><p>se elite ou povo. A ênfase a um aspecto ou outro depende do líder populista, pois há muita variação entre estes, a começar</p><p>pelo fato de que podem ser de direita ou esquerda, autoritários ou não. Por outro lado, é um fato que atualmente predomina</p><p>o populismo de direita. Assim, o populismo é ambíguo, pode ser a possibilidade da grande massa ou grupos excluídos</p><p>participarem da política, mas pode ser um veículo ou suporte para líderes autocratas. São exemplos de políticos assim, além</p><p>de Orbán, comentado no tema anterior, Bukele em El Salvador, Putin, na Rússia, Ventura, o líder do Chega, partido de direita</p><p>português, dentre outros.</p><p>Fonte: Material para impressão da Aula 6, Tema 3 “Autocracia e populismo”.</p>