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<p>Inserir Título Aqui</p><p>Inserir Título Aqui</p><p>O Ambiente e as</p><p>Doenças do Trabalho</p><p>Primeiro Socorros</p><p>Responsável pelo Conteúdo:</p><p>Prof. Me. Alessandro José Nunes da Silva</p><p>Revisão Textual:</p><p>Prof. Me. Claudio Brites</p><p>Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:</p><p>• Introdução ;</p><p>• Importância dos Primeiros Socorros;</p><p>• Primeiros Socorros no Contexto da Organização</p><p>Geral da Saúde e Segurança;</p><p>• Relacionamento com outros Serviços Relacionados à Saúde;</p><p>• Organização e Planejamento;</p><p>• A Organização dos PS em Atividades</p><p>de Trabalho sem Estabelecimento Fixo;</p><p>• Requisitos Básicos de um Programa de Primeiros Socorros.</p><p>Fonte: Getty Im</p><p>ages</p><p>Objetivo</p><p>• Apresentar aos alunos informações básicas sobre primeiros socorros e destacar a impor-</p><p>tância do atendimento rápido, da organização e formação da equipe, da comunicação,</p><p>do treinamento básico e avançado e dos meios de transporte. Sempre visando às bar-</p><p>reiras de segurança, obrigações legais, responsabilidades técnicas e ações que visem à</p><p>proteção dos trabalhadores acidentados.</p><p>Caro Aluno(a)!</p><p>Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-</p><p>timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material</p><p>trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.</p><p>Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você</p><p>poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns</p><p>dias e determinar como o seu “momento do estudo”.</p><p>No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões</p><p>de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e</p><p>auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.</p><p>Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de</p><p>discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de</p><p>propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de</p><p>troca de ideias e aprendizagem.</p><p>Bons Estudos!</p><p>Primeiro Socorros</p><p>UNIDADE</p><p>Primeiro Socorros</p><p>Contextualização</p><p>A atividade dos profisisonais do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança</p><p>e em Medicina (SESMT) tem como objetivo utilizar os conhecimentos de engenharia</p><p>de segurança e de medicina do trabalho de modo a reduzir, e até eliminar, os riscos ali</p><p>existentes para a saúde do trabalhador (BRASIL, 2016).</p><p>Amplia-se o olhar com o modelo da gravata-borboleta (HALE et al., 2007), que au-</p><p>xilia os profissionais do SESMT. Considerando as barreiras de segurança que podem</p><p>ser preventivas e protetivas, nesse modelo, existem barreiras ou medidas de prevenção,</p><p>situadas à esquerda da gravata, que se destinam a evitar ou prevenir a ocorrência dos</p><p>acidentes; à direita da gravata, estão medidas ou barreiras denominadas de proteção,</p><p>que podem minimizar as consequências do acidente (HALE et al., 2007).</p><p>Distais</p><p>Barreiras de Prevenção: Agem para</p><p>evitar a ocorrência do evento</p><p>Barreiras de Proteção: Agem para</p><p>minimizar as consequências do evento</p><p>DistaisProximais Proximais</p><p>2 - Evento</p><p>Indesejado</p><p>1 - Antecedentes</p><p>P</p><p>e</p><p>r</p><p>i</p><p>g</p><p>o</p><p>3 - Consequências</p><p>Figura 1 – Modelo da gravata-borboleta</p><p>Fonte: Adaptado de Hale, 2007</p><p>Dessa forma, amplia-se o olhar da equipe para ultrapassar as causas imediatas (pró-</p><p>ximas ao evento), visando à busca das causas e condições latentes. Esse olhar sistêmico</p><p>perimite ampliar o leque para identificar os perigos e riscos presentes no sistema e con-</p><p>sequentemente propror medidas de controle de forma a melhorar a confiabilidade do</p><p>sistema (ALMEIDA; VILELA, 2010).</p><p>Deve-se considerar que os primeiros socorros são barreiras protetivas, e o tempo,</p><p>a comunicação, o planejamento e a formação dos profissionais são fundamentais para</p><p>que essa barreira funcione de forma a atender às medidas protetivas. Como exemplo,</p><p>o deslocamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) deve ser</p><p>rápido e, para isso, a comunicação deve ser clara. Por conta disso, em um ambiente de</p><p>trabalho, se tivermos profissionais que consigam informar de forma clara aos serviços de</p><p>emergência as situações, já temos um avanço na tentativa de socorrer um profissional</p><p>em caso de acidente de trabalho.</p><p>6</p><p>7</p><p>O SESMT deve estabelecer programas de educação em saúde e segurança para</p><p>prevenir acidentes de trabalho, dirigidos a trabalhadores e gerentes, garantindo medidas</p><p>preventivas e, em caso de acidentes, devendo organizar ações de redução de danos.</p><p>Portanto, para dar início ao conteúdo, é fundamental a leitura da função do Serviço de</p><p>Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192). Acesse aqui o texto: https://bit.ly/3wbJRk3.</p><p>Assista ainda ao vídeo Saiba como funciona o Samu – 192.</p><p>Acesse aqui o vídeo aqui: https://youtu.be/zKGW4R5iHKs.</p><p>7</p><p>UNIDADE</p><p>Primeiro Socorros</p><p>Introdução</p><p>Acidentes no ambiente de trabalho, mesmos com ações preventivas, podem ocorrer e</p><p>por isso é essencial saber como agir e prestar os primeiros cuidados antes da chegada do</p><p>serviço e/ou profissional especializado (MOURA et al., 2018). Após o acidente, a falta de</p><p>conhecimento e as decisões tomadas, como ações incorretas de manejo da vítima no local</p><p>do acidente, podem acarretar em consequências sérias e até levar o trabalhador à morte.</p><p>Primeiros socorros não evitam o acidente, mas têm um papel importante sobre as</p><p>consequências. A assistência imediata prestada às vítimas de acidentes antes da chegada</p><p>de pessoal médico especializado tem sempre o objetivo de parar e, se possível, reverter</p><p>os danos causados. Existem uma série de medidas rápidas e simples, como liberar as</p><p>vias aéreas, aplicar pressão em feridas com sangramento ou lavar queimaduras químicas</p><p>localizadas nos olhos ou na pele (DAJER, 2019).</p><p>Para garantir bons serviços de primeiros socorros, é preciso conhecer os principais</p><p>fatores que definem riscos específicos do local de trabalho e assim planejar e treinar a</p><p>equipe. Como exemplo, a assistência requerida por uma lesão causada por uma serra</p><p>de alta potência é radicalmente diferente daquela requerida pela inalação de um produto</p><p>químico. Contudo, do ponto de vista dos primeiros socorros, uma lesão grave na coxa</p><p>que ocorre perto de um hospital é diferente da lesão que ocorre em uma zona rural para</p><p>oito horas mais próximas das instalações médicas (DAJER, 2019).</p><p>A equipe do SESMT deve considerar o conceito de primeiros socorros como flexível,</p><p>porque não é apenas sobre o que deve ser feito – por quanto tempo, com que grau de</p><p>complexidade –, mas também sobre quem executa tem papel importante nesse processo ,</p><p>e a informação para esse profissional é primordial, sempre garantido atualizações.</p><p>Embora seja necessário agir com muito cuidado, todo trabalhador pode conhecer</p><p>de cinco a dez regras fundamentais sobre primeiros socorros. Nesses casos, meios de</p><p>comunicação e materiais educativos simples podem salvar vidas.</p><p>Acesse o vídeo dos Bombeiros PMESP – Primeiros Socorros: https://youtu.be/Z_0XT_6opiQ.</p><p>Importância dos Primeiros Socorros</p><p>A atividade do primeiro atendimento tem como foco diminuir o dano causado, por</p><p>exemplo: nos casos de parada cardíaca por fibrilação ventricular, a desfibrilação realiza-</p><p>da durante os primeiros quatro minutos atinge taxas de sobrevida de 40% a 50%, em</p><p>comparação com valores abaixo de 5% se administrada posteriormente (DAJER, 2019).</p><p>Em relação às lesões nos olhos decorrentes de agentes químicos, uma ação imediata é a</p><p>lavagem com água que pode salvar a visão. Por isso que nas empresas que usam produtos</p><p>químicos temos que ter o chuveiro e lava-olhos de emergência. Nas lesões da medula es-</p><p>pinhal, a imobilização correta pode fazer a diferença entre recuperação completa e paralisia.</p><p>8</p><p>9</p><p>Na hemorragia, a simples aplicação da ponta de um dedo em um vaso sanguíneo</p><p>pode interromper uma hemorragia com risco de vida.</p><p>Muitas vezes, mesmo os cuidados médicos mais avançados não conseguem reparar os</p><p>efeitos de primeiros socorros inadequados.</p><p>Primeiros Socorros no Contexto da</p><p>Organização Geral da Saúde e Segurança</p><p>A prestação de primeiros socorros deve ter sempre uma relação direta com a organi-</p><p>zação do SESMT, uma vez que os primeiros socorros em si não resolvem nada mais do</p><p>que um pequena parte da assistência total dos trabalhadores. Os primeiros socorros na</p><p>prática, a sua aplicação dependerá em grande parte das pessoas presentes no momento</p><p>do acidente, sejam eles colegas de trabalho ou pessoal médico com treinamento padro-</p><p>nizado. Essa intervenção imediata deve ser completada com assistência médica especia-</p><p>lizada quando necessário (DAJER, 2019).</p><p>Qualquer programa do SESMT deve incluir primeiros socorros, pois eles contribuem</p><p>para minimizar as consequências dos acidentes e são, portanto, um dos componentes da</p><p>prevenção terciária. Existe uma ligação entre a identificação de riscos ocupacionais, sua</p><p>prevenção, primeiros socorros, tratamento de emergência, atendimento médico adicio-</p><p>nal e tratamento especializado para a reintegração e readequação ao trabalho. Acidentes</p><p>que exigem apenas primeiros socorros são um tema a ser abordado por profissionais</p><p>de saúde e segurança ocupacional para que se possa direcionar e promover medidas</p><p>preventivas (DAJER, 2019).</p><p>Relacionamento com outros</p><p>Serviços Relacionados à Saúde</p><p>As instituições que podem participar na organização de primeiros socorros e na pres-</p><p>tação de assistência após um acidente ou doença no trabalho são as seguintes:</p><p>• O serviço de saúde no trabalho da própria empresa ou de outras entidades de saúde</p><p>no trabalho;</p><p>• Outras instituições que podem fornecer serviços, tais como:</p><p>» serviços públicos de salvamento e emergência;</p><p>» serviços de ambulância privado;</p><p>» hospitais;</p><p>» clínicas e centros de saúde públicos ou privados;</p><p>9</p><p>UNIDADE</p><p>Primeiro Socorros</p><p>» médicos particulares;</p><p>» centros de toxicologia;</p><p>» defesa civil;</p><p>» serviços de bombeiros e policiais.</p><p>Relato de caso</p><p>Em um bairro industrial, existe um serviço de ambulância que, de forma coletiva,</p><p>presta o serviço para várias empresas do local. Considerando que possui profissionais</p><p>capacitados e profecientes, esse tipo de serviço pode reduzir muito o tempo de aten-</p><p>dimento, uma vez que só o tempo de deslocamento dos bombeiros e o SAMU até o</p><p>bairro é de no mínimo 15 minutos. O serviço de ambulância pode reduzir esse tempo</p><p>em até 80% e aguardar os serviços públicos para o deslocamento, caso necessário.</p><p>A cooperação entre esses serviços é muito importante para a prestação de primeiros</p><p>socorros adequados, especialmente no caso de pequenas empresas. Muitos deles podem</p><p>orientar a organização sobre os primeiros socorros e o planejamento necessário para</p><p>atender a uma emergência. Existem boas práticas que são muito simples e eficazes. Por</p><p>exemplo, no centro de um cidade onde há várias lojas pequenas, podemos convidar</p><p>bombeiros para visitar suas instalações e receber conselhos sobre prevenção e controle</p><p>de incêndios, planos de emergência, extintores de incêndio, kit de primeiros socorros</p><p>etc. Em outros casos de empresas maiores, a brigada de incêndio conhecerá a empresa</p><p>e estará preparada para intervir de forma mais rápida e eficaz (DAJER, 2019).</p><p>Serviços de saúde e disponilidade</p><p>O nível de formação e o grau de organização dos primeiros socorros são determinados,</p><p>basicamente, pela proximidade da empresa com os serviços de saúde, dependendo da</p><p>facilidade do acesso e da integração e comunicação com eles. Um relacionamento próximo,</p><p>com um fluxo adequado de informações, para evitar atrasos no transporte e no pedido</p><p>de ajuda, pode ser mais decisivo para a obtenção de bons resultados do que habilidades</p><p>na aplicação de procedimentos médicos. Todo programa de primeiros socorros no local</p><p>de trabalho deve ser adaptado ao serviço médico que fornece a assistência definitiva aos</p><p>trabalhadores acidentados e se torna uma extensão do mesmo (DAJER, 2019).</p><p>Organização e Planejamento</p><p>A equipe do SESMT, ao organizar os primeiros socorros, deve fazer isso evitando</p><p>planejar esse processo de forma isolada, porque essas ações dependem de uma aborda-</p><p>gem organizada composta por:</p><p>Pessoas Equipamentos</p><p>e materias Instalações Sistema</p><p>de apoio</p><p>Transporte</p><p>da vítima</p><p>Figura 2</p><p>10</p><p>11</p><p>A organização de primeiros socorros deve ser um esforço cooperativo envolvendo</p><p>gerentes da empresa, os serviços de saúde pública e SESMT. O envolvimento dos tra-</p><p>balhadores é essencial porque eles geralmente são os principais recursos em caso de</p><p>acidentes em situações específicas.</p><p>Relato de caso</p><p>Um trabalhador de manutenção de máquina Torno CNC estava realizando sua ati-</p><p>vidade dentro da máquina e em um dado momento a máquina foi ligada pelo ope-</p><p>rador. O movimento de um peça metálica prendeu a perna do trabalhador, vindo a</p><p>corta a artéria femoral. Após o acidente, o trabalhador consciente pediu para outro</p><p>profissional chamar a emergência enquanto ele sozinho tirava os parafusos para</p><p>desmontar a peça que o prensou. Ele tinha ciência que se tirasse rápido poderia</p><p>complicar sua situação, por isso foi realizando lentamente o processo, esperando</p><p>a equipe de emergência que chegou depois de 4 minutos, quando o trabalhador</p><p>estava no último parafuso. Nesse momento, precisou da ajuda de um amigo, que</p><p>tirou o parafuso porque a mão do acidentado estava cheia de sangue e ele estava</p><p>perdendo a consiciência. Ao tirar o último parafuso, foi socorrido pela equipe de</p><p>emergência. O atendimento rápido foi bem-sucedido e levou o acidentado para o</p><p>hospital onde fez a cirurgia. Atualmente o trabalhador tem uma vida normal, mes-</p><p>mo com sequelas físicas do acidente.</p><p>Independentemente do grau de complexidade ou disponibilidade de instalações, a se-</p><p>quência de ações que devem ser realizadas no caso de um episódio imprevisto precisam</p><p>ser determinadas com antecedência. Para fazer isso, as circunstâncias e os perigos exis-</p><p>tentes devem ser mapeados e levados em conta, assim como as formas de obter ajuda</p><p>adequada imediatamente (DAJER, 2019).</p><p>O SESMT, na organização dos primeiros socorros, deve avaliar com olhar sistêmico,</p><p>observando o tamanho da empresa, a sua localização (cidade ou área rural), o tipo de</p><p>trabalho a ser realizado e o nível de risco associado, a disponibilidade de outros serviços</p><p>de saúde, o desenvolvimento do sistema de saúde e a legislação Saúde e Segurança do</p><p>Trabalho (SST) em todo o país (DAJER, 2019).</p><p>Acesso à assistência adicional</p><p>O plano de referência é uma parte importante do plano de emergência da empresa. O plano de refe-</p><p>rência requer o apoio de um sistema de comunicação e meios para transportar a vítima. Em alguns</p><p>casos, podem ser sistemas de comunicação e transportes organizados pela própria empresa. Nas</p><p>pequenas empresas, o transporte de vítimas pode ser feito por meio de um serviço externo, como</p><p>sistemas de transporte público, serviços públicos de ambulância, táxis etc. É aconselhável estabelecer</p><p>sistemas alternativos ou de alerta. Os procedimentos previstos para situações de emergência devem</p><p>ser comunicados aos trabalhadores, salva-vidas, agentes de segurança, serviços de saúde ocupacio-</p><p>nal, serviços de saúde ao qual a vítima pode ser encaminhada e entidades relacionadas a comunica-</p><p>ções e transportes de vítimas, por exemplo: serviços telefônicos, serviços de ambulância, empresas de</p><p>táxi etc. (DAJER, 2019).</p><p>11</p><p>UNIDADE</p><p>Primeiro Socorros</p><p>Procedimento para Primeiros Socorros</p><p>Organização de primeiros socorros na empresa, incluindo o procedimento previsto</p><p>para identificar ou aprensentar:</p><p>• as formas de acesso à assistência adicional;</p><p>• os trabalhadores designados para primeiros socorros;</p><p>• as formas de comunicação;</p><p>• a localização do kit de primeiros socorros;</p><p>• a localização da sala de primeiros socorros;</p><p>• a localização do equipamento de resgate;</p><p>• as ações que os trabalhadores devem realizar em caso de acidente;</p><p>• a localização de rotas de evacuação;</p><p>• as ações que os trabalhadores devem realizar após um acidente;</p><p>• as formas de apoiar o pessoal de primeiros socorros no desempenho de sua tarefa.</p><p>Tipo de Trabalho e</p><p>Nível de Risco Associado</p><p>Os riscos de lesão variam muito entre empresas e profissões. Mesmo dentro da</p><p>mesma empresa, por exemplo, em uma usina de açúcar, existem diferentes riscos, con-</p><p>forme o envolvimento do trabalhador: pode ser na operação de tombamento da cana,</p><p>onde as prensagens dos membros superiores são mais frequentes; ou do mantenendor</p><p>que fica exposto à parte mecânica e elétrica durante suas atividades; há ainda operado-</p><p>res de armazenamento de inflamáveis que podem ter queimaduras ou produtos químicos</p><p>nos olhos; há acidentes decorrentes das muitas movimentações de carga, como os atro-</p><p>pelamentos; entre outros. A variablidade de acidentes, não só nesse tipo de empresa, é</p><p>muito grande, por isso deve haver um plano de emergência.</p><p>A classificação para planejar os primeiros socorros e estabelecer requisitos mais ou</p><p>menos rígidos depende muito do olhar da equipe de saúde e segurança. Considerando,</p><p>assim, que a NR 4 realiza a distinção entre tipos de trabalho e riscos potenciais especí-</p><p>ficos, chamado de Grau de Risco (GR), e que utiliza a Relação da Classificação Nacional</p><p>de Atividades Econômicas (CNAE) para organizar.</p><p>Assim, a equipe de SESMT sempre levan em conta as instruções normativas dos</p><p>bombeiros, porque é preciso mensurar a quantidade de pessoas expostas e a localidade</p><p>do estabelecimento. A Tabela 1 a seguir foi criada como um exemplo de como tudo</p><p>isso pode ser pensado pela equipe, considerando que no setor de educação e de saúde</p><p>devam ter profissionais que atendam à emergência ou mesmo dentro de um shopping,</p><p>ou um evento com grande acumulação de pessoas.</p><p>12</p><p>13</p><p>Tabela 1 – Divisão de atividades por grau de risco para a ocorrência de acidente de trabalho</p><p>Baixo risco Médio risco Alto risco</p><p>Atividades Financeiras e de Seguros Comércio Agricultura</p><p>Atividades Imobiliárias Correio Indústrias Extrativas</p><p>Informação e Comunicação Alojamento e Alimentação Indústrias de Transformação</p><p>Atividades Profissionais, Científicas</p><p>e Técnicas Administração Pública Eletricidade e Gás</p><p>Atividades Administrativas Artes, Cultura, Esportes e Recreação Água, Esgoto, Atividades de Gestão</p><p>de Resíduos e Descontaminação</p><p>Serviços Domésticos Saúde Humana e Serviços Sociais Construção</p><p>Educação Transporte e Armazenagem</p><p>O SESMT, por meio da análise de perigos potenciais, pode estabelecer os requisitos minimos para</p><p>a organização dos primeiros socorros. Sempre observando o potencial de gravidade, como as</p><p>quedas de altura, amputações, lesões por esmagamento, alto risco de incêndio e explosão, into-</p><p>xicação química no trabalho, outras exposições a substâncias químicas, eletrocussão, exposição</p><p>a calor excessivo ou frio, falta de oxigênio, exposição a agentes infecciosos, mordidas e mordidas</p><p>de animais.</p><p>Tamanho e Organização da Empresa</p><p>Toda empresa, independentemente de seu porte, deve ter Primeiros Socorros (PS), já</p><p>que a frequência de acidentes é, em muitos casos, inversamente proporcional ao tama-</p><p>nho da empresa. Em grandes empresas, o planejamento e a organização dos primeiros</p><p>socorros podem ser mais sistemáticos. Assim, montamos a Tabela 2, uma esquematiza-</p><p>ção simples para a equipe do SESMT pensar sobre o assunto.</p><p>Tabela 2</p><p>Tamanho</p><p>da empresa</p><p>Localidade</p><p>(urbana e rural)</p><p>Ações</p><p>Grande</p><p>Acesso do PS externo</p><p>rápido, demorado</p><p>ou remoto</p><p>Ter equipe interna multidisciplinar treinada, capacitada</p><p>e orientada para realizar o PS. Valorizar a formação, as</p><p>instalações, os equipamentos de comunicação e o transporte.</p><p>Média</p><p>Garantir profissionais que realizem o PS e os trabalhadores</p><p>treinados para a identificação da gravidade do caso.</p><p>Valorizar a formação, os equipamentos, a comunicação</p><p>e o transporte.</p><p>Pequena Treinar os trabalhadores para a identificação da gravidade</p><p>do caso. Valorizar a formação, comunicação e o transporte.</p><p>13</p><p>UNIDADE</p><p>Primeiro Socorros</p><p>Relato de caso</p><p>Um trabalhador de 20 anos se acidentou em uma empresa de extração de areia</p><p>localizada na área rural, 40 Km de distância da unidade de saúde mais próxima.</p><p>Local com sistema de comunicação com falhas e que apresentava cinco traba-</p><p>lhadores no momento do acidente. O trabalhador recebeu um choque de alta</p><p>voltagem em cabine de força, quando ele tentava religar o sistema – o acesso</p><p>a essa cabine é permitido para qualquer trabalhador. A forma de socorro foi</p><p>conduzida da seguinte forma: tentaram a comunicação com o SAMU, mas com</p><p>falha, por isso os profissionais presentes resolveram colocá-lo no carro e levá-</p><p>-lo à unidade de saúde mais próxima. Considerando a gravidade da situação, foi</p><p>acertada essa tomada de decisão, tendo em vista o tempo de espera do SAMU, a</p><p>dificuldade de chegar no estabelicimento e a falha de comunicação. Mesmo com</p><p>cinco trabalhadores, a unidade de trabalho apresentava um SESMT coorporativo</p><p>porque se tratava de uma grande empresa. Pensando como profissional de Saúde</p><p>e Segurança, como deveria ser a organização e formação dos profissionais para</p><p>o primeiro socorro?</p><p>A Organização dos PS em Atividades</p><p>de Trabalho sem Estabelecimento Fixo</p><p>O tipo de atividade e o local onde está sendo realizado o trabalho contém muitas</p><p>váriavéis, ou seja, os locais em que os trabalhadores executam sua atividade devem</p><p>ser pensandos pelo SESMT no momento do planejamento e na organização dos pri-</p><p>meiros socorros.</p><p>Um exemplo é a organização de um serviço rural na plantação, manunteção e</p><p>corte de cana, onde existem atividades diversas: manuais, com máquinário, em locais</p><p>variados, com produtos químicos, expostos às intempéries etc. Portanto, a variedade</p><p>de atividades influência o fornecimento de equipamentos e de materiais, o número e a</p><p>distribuição de pessoal de primeiros socorros e os meios disponíveis para o resgate de</p><p>trabalhadores acidentados e seu transporte para centros médicos mais especializados.</p><p>Outras situações diferentes são atividades temporárias ou sazonais. Isso significa que</p><p>alguns locais de trabalho existem apenas temporariamente ou que, no mesmo local</p><p>de trabalho, algumas funções são realizadas apenas durante determinados períodos de</p><p>tempo e, consequentemente, podem acarretar riscos diferentes. Os primeiros socorros</p><p>devem estar disponíveis sempre que necessário, independentemente da situação mudar,</p><p>e devem ser planejados de acordo com essas circunstâncias.</p><p>O trabalho conjunto com a interação de atividades, como na construção, deve estabelecer</p><p>também conjuntamente acordos para combinar as ações dos primeiros socorros. É necessá-</p><p>rio atribuir claramente as responsabilidades e a divisão dos trabalhadores de cada empresa</p><p>e informar de forma adequada as ações a serem tomadas nos casos em que se precisar de</p><p>primeiros socorros. O SESMT deve garantir que a organização dos primeiros socorros para</p><p>essa situação específica seja a mais simples possível (DAJER, 2019).</p><p>14</p><p>15</p><p>Requisitos Básicos de um</p><p>Programa de Primeiros Socorros</p><p>O SESMT é o responsavel técnico pela gestão dos Primeiros Socorros, mas não po-</p><p>dem ser eficazes sem a participação total dos trabalhadores. Por exemplo, a cooperação</p><p>dos trabalhadores em operações de salvamento e primeiros socorros pode ser necessária.</p><p>No Brasil, a construção de uma brigada de incêndio tem uma legislação específica</p><p>dos bombeiros, onde o médico e o enfermeiro do trabalho devem se responsabilizar pelo</p><p>treinamento de primeiros socorros e determinar os procedimentos básicos de emergên-</p><p>cia, que são: o alerta, a análise da situação, de primeiros socorros, isolamento da área,</p><p>exercícios simulados, identificação da equipe de primeiro socorros, comunicação interna</p><p>e externa e o grupo de apoio.</p><p>Nesse sentido, o SESMT deve fornecer instruções escritas sobre primeiros socor-</p><p>ros, preferencialmente na forma de cartazes, em locais estratégicos de suas instalações.</p><p>Os elementos básicos de um programa de primeiros socorros são os listados a seguir</p><p>Equipamentos, materiais e instalações</p><p>• Equipamento spara o resgate da vítima no local do acidente, a fim de evitar mais</p><p>ferimentos (por exemplo, em caso de incêndio, fumaça de gás, eletrocussão);</p><p>• Kits de primeiros socorros, equipamentos similares, com uma quantidade suficiente de</p><p>material e instrumentos necessários para o fornecimento de primeiros socorros básicos;</p><p>• Equipamentos e materiais especializados que possam ser necessários em empresas</p><p>com riscos específicos ou incomuns no trabalho;</p><p>�� Sala de primeiros socorros adequadamente identificada ou instalação similar na</p><p>qual os primeiros socorros podem ser administrados;</p><p>• Fornecimento de meios de evacuação e transporte de emergência dos feridos para</p><p>o serviço de primeiros socorros ou locais onde a assistência médica complementar</p><p>esteja disponível;</p><p>• Sistema sonoro de alarme para comunicar a situação de alerta.</p><p>Recursos humanos</p><p>• Garantir a seleção dos profissionais, o que pode ser organizada pelo SESMT, con-</p><p>forme determina a formação da brigada de incêndio;</p><p>• Garantir o treinamento e a reciclagem de profissionais de primeiros socorros;</p><p>• Garantir a designação dos profissionais em locais-chave da empresa;</p><p>• Garantir treinamento com exercícios práticos para simular situações de emergên-</p><p>cia, levando em conta os perigos profissionais específicos que existem na empresa.</p><p>15</p><p>UNIDADE</p><p>Primeiro Socorros</p><p>Comunição interna sobre o acidente</p><p>• Garantir a educação e a informação para todos os trabalhadores sobre a prevenção</p><p>de acidentes e ferimentos, e as medidas que os trabalhadores devem tomar após</p><p>uma lesão;</p><p>• Garantir as informações sobre as disposições de primeiros socorros e a atualização</p><p>periódica dessas informações;</p><p>• Grantir a divulgação de anúncios com informações – como cartazes e regras sobre</p><p>primeiros socorros, bem como planos para a prestação de assistência médica após</p><p>os primeiros socorros;</p><p>• Garantir a organização das informações através do registro do tratamento de pri-</p><p>meiros socorros;</p><p>• Desenvolver relatório interno que contém dados sobre a saúde da vítima, além de</p><p>referências à segurança do trabalho;</p><p>• Desenvolver análise do acidente (hora, local, circunstâncias); o tipo e gravidade</p><p>da lesão; o primeiro socorro fornecido; a assistência médica adicional solicitada;</p><p>o nome da pessoa afetada e os nomes das testemunhas e outros trabalhadores</p><p>relacionados, especialmente aqueles que transportaram a vítima, bem como as</p><p>medidas adotadas para evtiar acidentes.</p><p>Treinamentos</p><p>Considerando que é a função do SESMT, não está vedado o atendimento de emer-</p><p>gência quando esse se tornar necessário. Entretanto, a elaboração de planos de controle</p><p>de efeitos de catástrofes, de disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios</p><p>e ao salvamento e de imediata atenção à vítima desse ou de qualquer outro tipo de aci-</p><p>dente estão incluídos em suas atividades (BRASIL, 2016). Por isso da importancia da</p><p>construção de um programa que vise à capacitação dos trabalhadores para ações de</p><p>primeiros socorros.</p><p>Na prática, uma diferença pode ser feita entre dois tipos de pessoal de primeiros so-</p><p>corros: a equipe de primeiros socorros de nível básico, que recebe treinamento básico,</p><p>conforme descrito a seguir, e que está qualificada para atuar nos casos em que o risco</p><p>potencial no trabalho é baixo; a equipe de primeiros socorros de nível avançado, que</p><p>deve receber treinamento básico e avançado, e deve estar qualificado para atuar nos</p><p>casos em que o risco potencial é maior, especial ou raro.</p><p>16</p><p>17</p><p>Treinamento básico</p><p>Os programas básicos de treinamento geralmente podem ser divididos em duas par-</p><p>tes: tarefas gerais a serem realizadas e prática específica de primeiros socorros. Eles</p><p>cobrem as áreas mencionadas a seguir:</p><p>Tabela 3</p><p>Organização de primeiros socorros;</p><p>Sistema de comunicação;</p><p>Material educativo;</p><p>Avaliação da situação, a magnitude e gravidade das lesões e a necessidade de solicitar</p><p>assistência médica adicional;</p><p>Proteção da vítima contra novos ferimentos, sem risco para o salva-vidas;</p><p>Localização e uso de equipamentos de resgate;</p><p>Observação e interpretação da condição geral da vítima (por exemplo, inconsciência,</p><p>distúrbios respiratórios e cardiovasculares, hemorragia);</p><p>Localização, uso e manutenção de equipamentos e instalações de primeiros socorros;</p><p>Planejar o acesso a assistência adicional;</p><p>Conteúdo do treinamento de primeiros socorros</p><p>Tabela 4</p><p>Treinamento básico Treinamento avançado</p><p>O objetivo é fornecer conhecimentos teóricos e práticos básicos</p><p>para a prestação de primeiros socorros.</p><p>O objetivo do treinamento avançado é a especialização, e</p><p>não o entendimento geral.</p><p>• feridas;</p><p>• hemorragias;</p><p>• fraturas ósseas ou articulares;</p><p>• lesões por esmagamento (por exemplo, no peito ou no</p><p>abdômen);</p><p>• inconsciência, especialmente se acompanhada por</p><p>dificuldade ou parada respiratória;</p><p>• ferimentos nos olhos;</p><p>• queimaduras;</p><p>• hipotensão ou choque;</p><p>• higiene pessoal durante o manuseio das feridas;</p><p>• cuidado dos dedos amputados.</p><p>• reanimação cardiopulmonar;</p><p>• envenenamento;</p><p>• lesões causadas por corrente elétrica;</p><p>• queimaduras graves;</p><p>• lesões oculares graves;</p><p>• lesões de pele;</p><p>• contaminação com material radioativo (interno ou</p><p>contaminação da pele e feridas);</p><p>• outros procedimentos relacionados a riscos específicos</p><p>(por exemplo, estresse devido ao frio ou ao calor,</p><p>situações de emergência devido à imersão).</p><p>Fonte: Dajer (2019)</p><p>No link a seguir, é possível acessar vários videos de Educação Pública realizados pelo Corpo</p><p>de Bomberios do Estado de São Paulo. Acesse aqui e procure: http://bit.ly/2UHHMZt.</p><p>17</p><p>UNIDADE</p><p>Primeiro Socorros</p><p>Conteúdo básico</p><p>Considerando que na equipe do SESMT é onde o médico e o enfermeiro do trabalho</p><p>devem se responsabilizar pelo treinamento de primeiros socorros, essa equipe deve de-</p><p>finir as informações a serem passados tendo por base o ambiente de trabalho presente</p><p>na empresa. Assim, apresentamos um kit de primeiros socorros relativamente simples</p><p>que inclui os seguintes itens:</p><p>• curativos adesivos estéreis embalados individualmente;</p><p>• ataduras (e bandagens compressivas, quando apropriado);</p><p>• diferentes tipos de curativos;</p><p>• curativos estéreis para queimaduras;</p><p>• óculos estéreis;</p><p>• bandagens triangulares;</p><p>• alfinetes de segurança;</p><p>• tesoura;</p><p>• solução antisséptica;</p><p>• algodão;</p><p>• um cartão com instruções de primeiros socorros;</p><p>• sacos plásticos estéreis;</p><p>• possibilidade de obtenção de gelo;</p><p>Veja o video sobre o kit avançado completo de primeiros socorros de um bombeiro.</p><p>Acesse aqui: https://youtu.be/Qvt71iTUelE.</p><p>Equipamentos especializados</p><p>Equipamentos especializados devem sempre estar localizados próximos aos locais</p><p>em que podem ocorrer acidentes e na sala de primeiros socorros. Transportar o equi-</p><p>pamento de uma posição central, como o serviço de saúde no trabalho, para o local do</p><p>acidente pode levar muito tempo. Como exemplo: em caso de intoxicação, deve-se ter</p><p>antídotos disponíveis em um recipiente individual.</p><p>Equipamentos de resgate</p><p>Em algumas situações de emergência, pode ser necessário usar um equipamento</p><p>de resgate especializado para mover ou resgatar a vítima de um acidente. Embora seja</p><p>difícil fazer previsões, algumas situações de trabalho (como aquelas que ocorrem em es-</p><p>paços fechados, em grandes altitudes ou debaixo d’água) podem estar ligadas a uma alta</p><p>18</p><p>19</p><p>probabilidade desse tipo de incidente. O equipamento de resgate pode ser composto,</p><p>entre outros elementos, por roupas de proteção, cobertores para extinção de incêndios,</p><p>extintores de incêndio, respiradores, aparelhos respiratórios autônomos, instrumentos</p><p>de corte e macacos hidráulicos ou mecânicos, como cordas e macas especiais para</p><p>transportar a vítima. Deve também incluir todo o material necessário para proteger o</p><p>pessoal de primeiros socorros das lesões (DAJER, 2019).</p><p>Sala de primeiros socorros</p><p>Uma sala ou área preparada para a administração de primeiros socorros deve estar</p><p>disponível. As características ideais de uma sala de primeiros socorros são as seguintes:</p><p>• Permitir o acesso a macas e ambulâncias ou outros meios de transporte;</p><p>• Garantir espaço para abrigar uma cama, com espaço suficiente para que a equipe</p><p>possa</p><p>contorná-la;</p><p>• Garantir que esteja limpo, bem ventilado, bem iluminado e organizado;</p><p>• Garantir que seja reservado para ações de primeiros socorros;</p><p>• Garantir a identificação de serviço de primeiros socorros, com a sinalização correta</p><p>e sob a responsabilidade do pessoal de primeiros socorros;</p><p>• Garantir água corrente, de preferência quente e fria, sabão e uma escova de unha.</p><p>Se não houver água corrente, deve haver água armazenada em recipientes descar-</p><p>táveis perto do kit de primeiros socorros para lavar e irrigar os olhos;</p><p>• Garantir toalhas, travesseiros e cobertores, roupas limpas que possam ser usadas</p><p>pelo pessoal de primeiros socorros e um recipiente de resíduos.</p><p>Sistemas de comunicação e encaminhamento</p><p>O SESMT deve garantir meios de comunicação e de alerta na ocorrência de um aci-</p><p>dente ou durante a necessidade de atendimento urgente. Por isso, é importante entrar em</p><p>contato com o pessoal de primeiros socorros imediatamente. Para isso, deve-se garantir:</p><p>• meios de comunicação entre as áreas de trabalho, o pessoal de primeiros socorros</p><p>e a sala de primeiros socorros;</p><p>• comunicações telefônicas se possível, especialmente se as distâncias forem maiores</p><p>do que 200 metros, embora nem todos os estabelecimentos estejam disponíveis;</p><p>• alertas como forma de comunicação, como as sirenes, que permitem alertar a equipe</p><p>de primeiros socorros;</p><p>• a comunicação com a assistência médica especializada ou avançada geralmente</p><p>é feita por telefone, assim como a chamada para a ambulância ou os serviços</p><p>de emergência;</p><p>• que os endereços, nomes e números de telefone sejam registrados de forma clara e</p><p>visível em todas as suas instalações, bem como na sala de primeiros socorros.</p><p>19</p><p>UNIDADE</p><p>Primeiro Socorros</p><p>Material Complementar</p><p>Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:</p><p>Vídeos</p><p>Conheça o aplicativo de primeiros socorros do Dr. Dráuzio Varella</p><p>https://youtu.be/LgdAqdtlqsc</p><p>Primeiros socorros – Dr. Dráuzio Varella</p><p>https://youtu.be/fsnv8b1vNUY</p><p>Leitura</p><p>Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência</p><p>http://bit.ly/2UJIhSV</p><p>Manual de Primeiros Socorros – Ministério da Saúde</p><p>http://bit.ly/2UBBIl0</p><p>20</p><p>21</p><p>Referências</p><p>ALMEIDA, I. M.; VILELA, R. A. G. Modelo de análise e prevenção de acidente de</p><p>trabalho – MAPA. Piracicaba: CEREST, 2010. Disponível: <http://www.cerest.piraci-</p><p>caba.sp.gov.br/site/images/images/MAPA_IMPRESSO_CERTO240810_PDFX.pdf>.</p><p>Acesso em: 13/04/2019.</p><p>BRASIL (2016). Ministério do Trabalho. Norma Regulamentadora nº 4 – Serviços</p><p>especializados em engenharia de segurança em medicina do trabalho, 2016. R.</p><p>Disponível em: <https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/</p><p>NR-04.pdf>. Acesso em: 13/04/2019.</p><p>DAJER A.J. (2019). Organização Internacional do Trabalho (OIT). Primeros Auxilios</p><p>y Servicios Medicos de Urgencia, 1-10. Disponível em: <http://www.insht.es/</p><p>InshtWeb/Contenidos/Documentacion/TextosOnline/EnciclopediaOIT/tomo1/14.</p><p>pdf>. Acesso em: 13/04/2019.</p><p>HALE. et al. (2007). Modeling accidents for prioritizing prevention. Reliability</p><p>Engineering & System Safety, v. 92, n. 12, Cambridge, 1-15.</p><p>MOURA et al. (2018). Práticas Educativas em Primeiros Socorros: Relato de Experiên cia</p><p>Extensionista. Revista Ciência em Extensão – UNESP, v.14, n.2., 180-187, 2018. Dis-</p><p>ponível em: <http://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/article/view/1644>. Acesso</p><p>em: 13/04/2019.</p><p>21</p>

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