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<p>Término do Contrato de Trabalho – prazo indeterminado</p><p>7.2.1 Sem justa causa</p><p>Neste sentido, a modalidade mais comum da extinção do contrato de trabalho é a</p><p>demissão sem justa causa, ou seja, quando o término do contrato se dá por iniciativa do</p><p>empregador sem um justo motivo. A demissão sem justa causa não possui um artigo</p><p>em específico.</p><p>São devidas as seguintes verbas rescisórias: Saldo de salário, férias vencidas (se</p><p>houver), férias proporcionais, 13ª salário proporcional, multa dos 40% sobre o FGTS e</p><p>aviso prévio.</p><p>7.2.2 Justa causa</p><p>Ocorre quando o empregado comete uma das faltas previstas no artigo 482 da CLT:</p><p>Art. 482 da CLT - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo</p><p>empregador:</p><p>a) ato de improbidade;</p><p>b) incontinência de conduta ou mau procedimento;</p><p>c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e</p><p>quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou</p><p>for prejudicial ao serviço;</p><p>d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido</p><p>suspensão da execução da pena;</p><p>e) desídia no desempenho das respectivas funções;</p><p>f) embriaguez habitual ou em serviço;</p><p>g) violação de segredo da empresa;</p><p>h) ato de indisciplina ou de insubordinação;</p><p>i) abandono de emprego;</p><p>j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou</p><p>ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou</p><p>de outrem;</p><p>k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador</p><p>e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;</p><p>l) prática constante de jogos de azar.</p><p>m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da</p><p>profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado.</p><p>Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a</p><p>prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à</p><p>segurança nacional.</p><p>São devidas as seguintes verbas rescisórias: Saldo de salário e férias vencidas (se</p><p>houver).</p><p>Pedido de demissão</p><p>Ocorre quando o empregado pede a demissão, por vontade própria, ou seja, a iniciativa</p><p>do desligamento parte do funcionário e não do empregador. O pedido de demissão não</p><p>possui um artigo específico.</p><p>Necessário destacar que o aviso prévio, neste caso, somente será pago se o empregado</p><p>o cumprir, trabalhando durante o período. A recusa no cumprimento do aviso, sem que</p><p>o empregado tenha encontrado novo emprego, permite que o empregador desconte o</p><p>valor do salário do aviso das verbas rescisórias devidas.</p><p>É devido as seguintes verbas rescisórias: Saldo de salário, férias vencidas (se</p><p>houver), férias proporcionais, 13ª salário proporcional e aviso prévio.</p><p>Rescisão indireta</p><p>Ocorre quando o empregado pede a demissão, mas por culpa do empregador, que</p><p>realizou uma das faltas graves prevista no artigo 483 da CLT:</p><p>Art. 483 da CLT - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a</p><p>devida indenização quando:</p><p>a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos</p><p>bons costumes, ou alheios ao contrato;</p><p>b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;</p><p>c) correr perigo manifesto de mal considerável;</p><p>d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;</p><p>e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato</p><p>lesivo da honra e boa fama;</p><p>f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de</p><p>legítima defesa, própria ou de outrem;</p><p>g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar</p><p>sensivelmente a importância dos salários.</p><p>§ 1º - O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato,</p><p>quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do</p><p>serviço.</p><p>§ 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado</p><p>ao empregado rescindir o contrato de trabalho.</p><p>§ 3º - Nas hipóteses das letras "d" e "g", poderá o empregado pleitear a rescisão de seu</p><p>contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou</p><p>não no serviço até final decisão do processo.</p><p>São devidas as seguintes verbas rescisórias: Saldo de salário, férias vencidas (se</p><p>houver), férias proporcionais, 13ª salário proporcional, multa dos 40% sobre o FGTS e</p><p>aviso prévio.</p><p>Culpa recíproca</p><p>Ocorre a culpa recíproca sempre que se verifique, simultaneamente, a prática de ato</p><p>faltoso grave pelo empregado e pelo empregador, devendo ser pronunciada pela justiça</p><p>do trabalho ocorrendo a perda da confiança. Na demissão recíproca, é necessário</p><p>compreender que as faltas não precisam ser idênticas em gravidade, mas devem ser</p><p>equivalentes e ocorrer ao mesmo tempo.</p><p>Art. 484 da CLT - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato</p><p>de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso</p><p>de culpa exclusiva do empregador, por metade.</p><p>Súmula nº 14 do TST - Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de</p><p>trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinquenta por cento) do</p><p>valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais.</p><p>É devido as seguintes verbas rescisórias: Saldo de salário, férias vencidas (se houver),</p><p>50% das férias proporcionais, 50% do 13ª salário proporcional, 50% da multa dos 40%</p><p>sobre o FGTS e 50% aviso prévio.</p><p>Ex: o empregador ofende verbalmente o empregado e depois o empregado agride</p><p>fisicamente o empregador.</p><p>Acordo de rescisão</p><p>É o acordo celebrado entre as partes (empregado e empregador), na intenção de por</p><p>fim à relação de emprego. O Art. 484-A da CLT regula tal modalidade de rescisão:</p><p>Art. 484-A da CLT - O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre</p><p>empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas:</p><p>I - Por metade:</p><p>a) O aviso prévio, se indenizado; e</p><p>b) A indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no</p><p>§ 1º do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990;</p><p>II - Na integralidade, as demais verbas trabalhistas.</p><p>§ 1º A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da</p><p>conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do</p><p>inciso I-A do art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta</p><p>por cento) do valor dos depósitos.</p><p>§ 2º A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não autoriza o</p><p>ingresso no Programa de Seguro-Desemprego.</p><p>São devidas as seguintes verbas rescisórias: Saldo de salário, férias vencidas (se</p><p>houver), férias proporcionais, 13ª salário proporcional, 50% da multa dos 40% sobre o</p><p>FGTS e 50% aviso prévio.</p><p>Morte do empregado</p><p>Ocorre quando a morte do empregado determina a extinção do contrato de trabalho em</p><p>decorrência do rompimento do elemento ‘pessoalidade’.</p><p>São devidas as seguintes verbas rescisórias: Saldo de salário, férias vencidas (se</p><p>houver), férias proporcionais, 13ª salário proporcional.</p><p>Morte do empregador</p><p>No caso da extinção da empresa o contrato será, por derradeiro, automaticamente</p><p>rescindido. Neste, são devidas as mesmas verbas rescisórias da demissão sem justa</p><p>causa.</p><p>São devidas as seguintes verbas rescisórias: Saldo de salário, férias vencidas (se</p><p>houver), férias proporcionais, 13ª salário proporcional, multa dos 40% sobre o FGTS e</p><p>aviso prévio.</p>