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<p>Procedimento comum</p><p>CUMPRIMENTO DE SENTENÇA</p><p>· Aplicável a todo processo judicial que não tenha legislação própria (especial);</p><p>· É conhecido como procedimento padrão;</p><p>Artigo 318 CPC: “Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em</p><p>contrário deste Código ou de lei.’’</p><p>Matéria preliminar – Art 337 CPC</p><p>· questões que devem ser decididas antes do mérito, porque dizem respeito à própria formação da relação processual.</p><p>· Ex: legitimidade da parte para fazer aquele pedido; coisa julgada; incorreção do valor da causa; etc.</p><p>Art 373, I e II – Fato...</p><p>Impeditivo: pedido parcialmente procedente Modificativo: modifica o direito já requerido Extintivo: improcedência total</p><p>Tipos de execução</p><p>i. Título Judicial - Art. 515</p><p>Conceito: documento que apresenta ao juiz para comprovar a existência de uma dívida, requerendo a sua execução (da obrigação que se comprometeu o devedor).</p><p>Função: a) autorizar o estado a acessar o patrimônio da parte devedora;</p><p>b) garantia para o devedor do limite que pode ser atingido;</p><p>· Ocorrerá por meio do cumprimento de sentença, decorrente da fase de conhecimento (processo sincrético);</p><p>Características</p><p>· Obrigação de pagar quantia, de fazer, não fazer ou entregar coisa;</p><p>· Crédito de serventuário de justiça - auxiliar de judiciário: (inovação do cpc/15) onde o serventuário de justiça que tiver um crédito a receber sobre os serviços prestados num processo, terá o título judicial;</p><p>· Sentença penal, arbitral e estrangeira: o cumprimento de sentença deverá ser realizado por meio de PI, distribuída na vara cível competente. A sentença estrangeira, antes de ser executada no BR, deverá ser homologada pelo STJ.</p><p>ii. Título Extrajudicial - Art. 784</p><p>Conceito: Documentos que a lei empresta força executiva;</p><p>· A lei prevê quais são esses documentos</p><p>· Ex: contrato com assinatura de duas testemunhas</p><p>o Não havendo as assinaturas será cabível ação monitória, e não de execução (Art. 700)</p><p>· Ocorrerá por meio do processo de execução;</p><p>Características</p><p>· São documentos firmados entre as partes;</p><p>· Tem a mesma validade e efeitos jurídicos de um título executivo judicial;</p><p>· Agiliza o processo de cobrança judicial, já que não é necessário percorrer todas as fases de um processo comum;</p><p>· Pode iniciar diretamente a execução, que consiste no cumprimento forçado da obrigação pelo devedor, por meio de medidas como penhora de bens, bloqueio de contas bancárias, etc;</p><p>· Recurso cabível: embargos</p><p>· Se houver autocomposição firmado pelo MP, pela defensoria pública, advocacia pública, adv. dos transatores, conciliadores ou mediadores, credenciados pelo TJ será formado título executivo extrajudicial;</p><p>· Seguro de vida: extrajudicial no caso de morte. Nos demais eventos há necessidade do ajuizamento de um processo de conhecimento.</p><p>· Instrumento de transação (particular): ambas as partes se comprometem a ceder algum aspecto da obrigação para extingui-la</p><p>o Caso peça a homologação ao juiz, torna-se título judicial</p><p>· Costas condominiais: Títulos executivos extrajudiciais se forem aprovadas em assembleia</p><p>· Certidões cartoriais: Com o novo cpc passaram a ser título executivo extrajudiciais. São semelhantes a certidões de divida ativa emitidas pelo poder público</p><p>· Documento público: lavrado por tabelião e assinado pelo devedor (que não precisa de assinatura de testemunha)</p><p>· Documento particular: assinado pelo devedor (precisa de assinatura de 2 testemunhas)</p><p>· Contrato de honorários advocatícios não precisa de testemunhas, por força que determina o estado da OAB, que é lei Federal</p><p> Em muitos casos, pode ser necessário recorrer a duas formas de execução para garantir o recebimento da dívida.</p><p> Autocomposição é um método primitivo de resolução de conflitos entre pessoas e consiste em: um dos indivíduos, ou ambos, abre mão ao seu interesse por inteiro ou de parte dele.</p><p>Processo sincrético: mistura da fase de conhecimento + execução</p><p>Ex: ação de divórcio, a sentença do juiz que dirá que o casal está separado já é uma sentença declaratória, não precisa executar. Ou seja, é um processo de conhecimento que não precisa de processo de execução</p><p>Instrumento de sanção executiva - Art 139, IV - cpc</p><p>I. Sub-rogação</p><p>· Substituição da figura do sujeito originário da relação obrigacional, sub-rogando-se em seus direitos, privilégios, garantias e ônus.</p><p>· A relação obrigacional não se extingue, o devedor continua a dever, entretanto pelas mãos de outro.</p><p>· Um terceiro assume uma dívida de um devedor e, ao mesmo tempo, adquire o direito de cobrá-la do mesmo credor.</p><p>· O Estado (Juiz) pode substituir a vontade do executado que não cumpre com a obrigação prevista no título executivo.</p><p>Ex: Um pai vendo que seu filho mais novo está devendo a outrem, assume a dívida e a paga, a dívida ainda existe, porém o filho agora deve o pai, pois este subrogou-se como credor sub-rogado.</p><p>II. Coerção</p><p>· O Estado poderá utilizar métodos de coerção para obrigar o executado a cumprir o que está avençado (contratado) no título executivo.</p><p>· Se a coerção se transformar em perdas e danos, poderá ser utilizada como sub-rogação Ex: Multa (astreinte) diária até que entregue a obrigação personalíssima.</p><p> O objetivo da astreinte não é obrigar o réu a pagar o valor da multa, senão estimulá-lo a cumprir a obrigação legal de fazer ou não fazer na forma determinada pelo comando judicial.</p><p> A única prisão da área cível é por pensão alimentícia</p><p>Princípios gerais da execução</p><p>1. Autonomia</p><p>· Somente se refere ao título executivo extrajudicial</p><p>· Possui finalidade e regras próprias e dessa forma, a execução consiste em processo autônomo ajuizada mediante pet. Inicial.</p><p>· Não abrange título judicial pois o cumprimento da sentença é uma fase do processo de conhecimento</p><p>· (Exceções a essas regras) Haverá autonomia quando se tratar de sentenças arbitral, penal ou estrangeira, pois o cumprimento da sentença deverá ocorrer com distribuição do pet inicial na vara cível competente</p><p>2. Patrimonialidade</p><p>· O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.</p><p>3. Exato adimplemento</p><p>· O credor tem direito de receber aquela obrigação constante no título executivo</p><p>· Se não for possível pode requerer perdas e danos</p><p>4. Disponibilidade da execução - art. 775</p><p>· O exequente poderá a qualquer tempo desistir no todo ou parte do processo executivo</p><p>· Não será condenado a pagar honorários de sucumbência</p><p>· No processo de conhecimento a outra parte deve aceitar ou não, e será ouvida pelo juiz</p><p>5. Menor onerosidade</p><p>· Se o exequente puder realizar ou promover a execução por mais de um meio, deverá fazê-lo pelo menos oneroso ao devedor</p><p>· Em casos de desproporção extrema entre o valor do bem e a dívida, a penhora pode ser desconstituída, considerando-se a inobservância deste princípio</p><p>6. Contraditório</p><p>· Bilateralidade de audiência, ou seja, o juiz deverá dar oportunidade igualmente ao autor e ao réu para se manifestarem no processo</p><p>· No processo de conhecimento deve ser efetivo</p><p>· No processo de execução ele é mitigado (diminuído) já que o credor possui título executivo</p><p>Atributos do título executivo</p><p>1. Certeza: acontece após as partes praticarem o devido processo legal (título executivo judicial)</p><p>2. Liquidez: está relacionada com o valor expresso no título executivo</p><p>o Iliquidez: o exequente deverá fazer a liquidação da sentença (apuração do valor –</p><p>quantum debeatur)</p><p>o O executado também poderá requerer ao juiz a liquidação</p><p>3. Exigibilidade: vencimento do título executivo (vencimento da dívida)</p><p>Requisitos necessários para realizar qualquer execução</p><p>1. Ter o título executivo</p><p>2. Exigibilidade</p><p> Obrigação: relacionado a dívida (direito material – civil)</p><p> Responsabilidade: sujeição patrimonial (direito processual)</p><p>o Não pagando a dívida gera a responsabilização com o patrimônio</p><p>o Ex: o fiador não tem obrigação, mas tem responsabilidade patrimonial pela execução.</p><p>o Extensão da responsabilidade patrimonial: o executado responderá com todos os seus bens atuais e futuros no processo de execução, salvo se</p><p>for impenhorável, como o bem de família</p><p>Cálculo aritmético</p><p>Acontecerá quando houver uma sentença líquida, que necessite de cálculo de juros, correção monetária sobre o valor principal;</p><p>· Caberá ao exequente apresentar memória de cálculo atualizada;</p><p>· O executado poderá impugná-la;</p><p>· Se for necessário, nomeará perito</p><p>· Do cumprimento de sentença: o credor poderá dar início e a liquidação ocorrer em autos apartados (após apuração volta ao cumprimento).</p><p>LIQUIDAÇÃO</p><p>· Acontece entre a sentença e o cumprimento de sentença;</p><p>· Utilizada para apurar a quantidade certa do valor da condenação;</p><p>· Cabível à títulos executivos JUDICIAIS;</p><p>· Pode se dar por três espécies:</p><p>1. Arbitramento – com apresentação de doc’s, e se necessário, perito</p><p>2. Procedimento comum – quando for necessário provar fatos novos</p><p>3. Ação civil pública.</p><p>Liquidação por arbitramento</p><p>O juiz intimará as partes para a apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso não possa decidir de plano, nomeará perito;</p><p>· Poderá estar determinada na sentença, caso contrário;</p><p>· Dependerá da natureza da liquidação de sentença</p><p>· (i) perícia (arbitramento);</p><p>· (ii) acordo entre as partes;</p><p>Ex: apuração do valor de mercado de um cavalo manga larga de 2 anos</p><p>o lucro cessante deve ser apurado em liquidação de sentença, por arbitramento</p><p> Inovação da liquidação por arbitramento</p><p>· Agora é opcional a nomeação de perito</p><p>· O juiz só nomeará perito se estes documentos não forem suficientes para encontrar o quantum debeatur</p><p>Dano emergente: prejuízo direto, ou seja, o valor do conserto do carro e eventuais despesas de hospital.</p><p>Lucros cessantes: representam os valores que o taxista deixou de receber enquanto seu carro, que é seu instrumento de trabalho, estava sendo reparado.</p><p>Devem ser efetivamente comprovados</p><p>Questão</p><p>O banco ABC ajuizou ação de execução por quantia em face da empresa XYZ no valor de R$ 300.000,00 perante a 7ª vara cível da comarca da Capital.</p><p>A executada foi citada para pagar, mas não pagou no prazo. Ato contínuo o oficial de justiça penhorou imóvel no valor de R$ 500.000,00 pertencente a executada e efetivou a respectiva intimação da penhora.</p><p>Explique qual princípio da execução é cabível na hipótese apresentada em relação a intimação da executada. Resumo: a executada não pagou a dívida de R$ 300.000,00 e teve seu imóvel de R$ 500.000,00 penhorado. Qual princípio se aplica ao caso?</p><p>R: Princípio da patrimonialidade, onde o devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.</p><p>Liquidação por procedimento comum</p><p>· Ocorrerá quando houver a necessidade de comprovação de fatos novos ligados ao</p><p>“quantum”</p><p>o Os fatos novos não se referem a lide, pois o mérito ja foi julgado, mas sim ao valor da dívida</p><p>o Ex: Ação de acidente, só saberá os gastos dos tratamentos ao decorrer do tempo</p><p> Intimação do requerido</p><p>· 15 dias para contestar a liquidação;</p><p>· O réu só poderá contestar aos novos fatos.</p><p> Pendência de recurso</p><p>· A norma autoriza a liquidação da decisão provisória, ainda que a sua execução esteja suspensa pelo recurso.</p><p>· Desde que ela tenha efeito apenas efeito devolutivo (devolve toda matéria para reexame em instância superior);</p><p>· A liquidação ocorrerá em autos apartados</p><p>o Deverá o autor providenciar as principais peças para instruir a liquidação no 1º grau</p><p> Recurso cabível</p><p>· A decisão da liquidação de sentença se dará por decisão interlocutória;</p><p>· Recurso: agravo de instrumento</p><p> Cumprimento se sentença (TEJ)</p><p>· Processo sincrético</p><p>· Só haverá o cumprimento de sentença nas obrigações de pagar quantia, fazer ou não fazer, e entregar coisa</p><p> Cumprimento provisório ou definitivo</p><p>· Provisório: sempre que houver pendência de recurso que tenha apenas efeito devolutivo.</p><p>· Definitivo: ocorrerá após o trânsito em julgado da sentença.</p><p>Protesto</p><p>· Instrumento usado quando o credor não recebe o valor de uma dívida cujo pagamento já foi determinado pela justiça;</p><p>· protesto é medida cautelar (pedido para antecipar os efeitos da decisão, antes do seu julgamento)</p><p> Forma de efetivação</p><p>· O exequente fará o protesto mediante certidão que conterá:</p><p>· Decisão;</p><p>· Nome e qualificação do exequente e executado;</p><p>· Valor da dívida</p><p>· Prazo de 15 dias</p><p> Protesto e obrigação de fazer e não fazer</p><p>· É possível protestar caso o devedor não cumpra em 15 dias, convertendo em perdas e danos</p><p> Cumprimento provisório da sentença</p><p>· Se dará sempre que houver um recurso com efeito devolutivo;</p><p>o Sendo de efeito suspensivo não gera efeitos, portanto não como executar.</p><p>· Se dará da mesma forma que o cumprimento definitivo - art. 523;</p><p>· Ocorrerá por iniciativa e responsabilidade do exequente que deverá indenizar o executado em perdas e danos, se este sofrer algum dano na hipótese de seu recurso ser provido</p><p>· Em regra, apelação tem efeito suspensivo. Portanto a maioria dos casos é cumprimento provisório de acórdão</p><p>· 2 títulos executivos que não podem ser provisórios:</p><p>1. Sentença penal condenatória</p><p>2. Sentença estrangeira homologada pelo STJ</p><p>· houver autos de alienação (transferência) de bens do devedor, ou levantamento de valores, o credor poderá apresentar uma caução real ou fidejussória</p><p>Caução (garantia dada pelo exequente): é uma garantia oferecida ao credor para assegurar financeiramente o cumprimento da obrigação.</p><p>i. Real: bem móvel ou imóvel</p><p>ii. Fidejussória: uma terceira pessoa, o garantidor, coloca seu próprio patrimônio em garantia do cumprimento da obrigação. Se o devedor não pagar, o garantidor deve providenciar a quitação.</p><p> Dispensa da caução:</p><p>1. Cumprimento provisória de condenação em alimentos;</p><p>2. Demonstrando necessidade;</p><p>3. Se pender agravo contra decisão do presidente ou vice, do tribunal que indeferiu a subida do RESP ou extraordinário;</p><p>4. Se a decisão recorrida estiver de acordo com a súmula do STJ ou STF</p><p>Questão</p><p>João é motorista de taxi e estava dirigindo pela Av. João Dias quando foi batido pelo automóvel dirigido por Carlos, que ultrapassou o semáforo vermelho. Ambos não têm seguro em seus veículos. João teve que levar seu automóvel para o conserto e ficou 45 dias parado.</p><p>O valor do conserto ficou em 15 mil reais, sendo que Carlos não quis pagar aquela quantia, alegando que estava desempregado.</p><p>João ajuizou ação de perdas e danos por lucros cessantes e danos emergentes, perante a 1ª vara de Santo André. Carlos foi citado, e após o devido processo legal ele foi condenado a apaga perdas e danos emergentes de 15 mil reais, além dos lucros cessantes.</p><p>Sabendo-se que já houve o trânsito em julgado da sentença explique como se dará o procedimento da ação conforme estudado.</p><p>Resumo: Carlos bateu no carro de João, que é taxista, ficou parado 45 dias no conserto, que ficou no valor de 15 mil reais.</p><p>Se negou a pagar alegando que está desempregado</p><p>R: 15 dias para liquidação da sentença em autos apartados. Liquidação por arbitramento</p><p>Manutenção da caução</p><p>Se houver alguma hipótese de dispensa da caução, e o executado comprovar que lhe causará lesão grave ou de difícil reparação, o juiz poderá manter a caução.</p><p>Cumprimento definitivo da sentença Intimação para que ocorra em 15 dias</p><p> Obrigação de pagar quantia certa – Art’s 523 e 524</p><p>· O cumprimento se iniciará a pedido do exequente que deverá juntar o demonstrativo de cálculo atualizado;</p><p>· E o executado será intimado para pagar a dívida em 15 dias</p><p> Demonstrativo do crédito</p><p>· Não havendo o pagamento em 15 dias, os bens serão penhorados</p><p>· O juiz pode impugnar o valor apresentado,</p><p>o portanto o cumprimento prosseguirá pelo valor apontado pelo exequente, porém a penhora recairá sobre o valor apontado pelo juiz</p><p> O juiz calculando será imparcial, mas acontece</p><p> Não ocorrendo o pagamento – 523 § 1º</p><p>· sob o valor devido incidirá multa de 10% + 10% de honorários advocatícios</p><p>· Sendo parcial o pagamento, a multa e os honorários incidiram sob a diferença do valor que não foi pago</p><p> Prosseguimento do cumprimento de sentença</p><p>· Não sendo efetuado em 15 dias, prosseguirá com:</p><p>· penhora e avaliação de bens do executado</p><p>· atos de expropriação daqueles bens (retirada forçada de bens móveis ou imóveis do devedor)</p><p> Cumprimento provisório da sentença (mesmas condições)</p><p>· Preclusão</p><p>Perda do direito de agir dentro do processo, devido ao tempo</p><p>a. Temporal: pelo decurso do tempo</p><p>b. Consumativa: aquele ato já foi praticado (Ex: não se pode apresentar contestação 2x)</p><p>c. Lógica: praticou ato incompatível (Ex: você recorre, significa que não aceitou, portanto, aceitar uma decisão implica na preclusão da faculdade recursal)</p><p>Prescrição</p><p>Perda do direito de ajuizar uma ação, perda da pretensão devido ao tempo (corre fora do processo)</p><p>Momento oportuno para alegar a quitação é na contestação, caso contrário se dá preclusão consumativa</p><p>Caso o pagamento seja feito após a sentença, poderá ser alegado na impugnação</p><p>Impugnação ao cumprimento de sentença - Art 525</p><p>· Não há necessidade de deixar bem em garantia</p><p>· Acontece após o prazo de 15d para o pagamento,</p><p>· começará contar novos 15 dias para apresentar impugnação (independente de nova intimação, pois já foi intimado para pagar);</p><p>· Só pode impugnar o que não foi dito na fase de conhecimento - §1º</p><p>o Se não foi dito, mas a fase de conhecimento era o momento adequado, não poderá ser impugnado - § 4º</p><p>· Pode se apresentar antes do prazo (prazo prematuro)</p><p> Moratória legal - Art 916</p><p>Prorrogação do prazo concedido pelo credor a seu devedor para o pagamento de uma dívida.</p><p>· Cabível a título extrajudicial;</p><p>· o executado poderá, em 15 dias, embargar a execução e requerer a moratória legal</p><p>· depositando 30% do valor da dívida + 10% de honorários advocatícios + custas processuais</p><p>o parcelando o restante da dívida em 6x (com correção monetária e juros de 1% ao mês);</p><p> Alegação de fato extintivo ou modificativo na impugnação – Art 525, VII</p><p>· O executado poderá alegar os fatos desde que seja superveniente a sentença.</p><p>· Ext. Forma de extinção total</p><p>· Mod. Forma de extinção parcial</p><p> Excesso de execução - art 525, § 4º, 5º</p><p>· O devedor aponta quando o credor pretende executar quantia superior à dívida;</p><p>· Deve ser apresentado por ele a memória de cálculo para que não seja indeferido pelo juiz;</p><p>· Salvo se houver outro fundamento, nessa hipótese o juiz analisará somente esse outro argumento</p><p> Efeito suspensivo da impugnação - Art 525 § 6º</p><p>· Em regra, a impugnação ao cumprimento de sentença, não suspende os atos</p><p>· Salvo, com os seguintes requisitos:</p><p>a. Requerimento do executado;</p><p>b. Segurança do juiz por meio da penhora, caução ou depósito;</p><p>c. Se o fundamento for relevante e o prosseguimento do cumprimento de sentença puder causar ao executado lesão grave de difícil ou incerta reparação</p><p> Prosseguimento do cumprimento de sentença</p><p>· Se houver a suspensão do cumprimento se sentença, o exequente poderá pedir o prosseguimento do cumprimento oferecendo caução idônea para pagamento de eventuais perdas e danos</p><p> Fato superveniente (ao prazo da impugnação)</p><p>· O devedor poderá se manifestar no prazo de 15 dias com petição simples, apontando eventual irregularidade de penhora, avariação, tc</p><p> Comparecimento do réu antes de ser intimado</p><p>· Comparecendo e depositando antes de ser intimado, o autor será intimado a apresentar impugnação em 5 dias;</p><p>· No oferecimento da impugnação o cumprimento de sentença será extinto;</p><p>o O valor incontroverso poderá ser levantado pelo credor e o processo prosseguirá em relação ao valor controverso, até decisão final do juiz.</p><p>· Insuficiência do depósito</p><p>· O valor depósito sendo menor do que o apresentado pelo autor, sobre a diferença incidiram multa de 10% + 10% honorário advocatícios</p><p>Questão</p><p>A empresa ABC limitada ajuizou ação de perdas e danos em face da empresa jornalística XYZ, alegando ter sofrido dano material por notícia inverídica estampada em seu jornal.</p><p>Após o devido processo legal a ação de perdas e danos foi julgada procedente pois ficou comprovado que a notícia era inverídica.</p><p>Ocorreu o trânsito em julgado, realizada a liquidação de sentença por arbitramento foi nomeado perito contador. Feita a perícia contábil, constata-se que a após a veiculação da comentada notícia houve aumento de faturamento, em vez de redução, não se confirmando a ocorrência do prejuízo noticiado na sentença proferida no processo de conhecimento.</p><p>Explique como será julgada a liquidação de sentença.</p><p>R: O objetivo desse processo de conhecimento é obter perdas e danos em decorrência da notícia inverídica. O objetivo da liquidação da sentença é apurar o quantum debeatur, o valor.</p><p>A liquidação será 0, pois o valor aumentou então não teve prejuízo na prática. A perícia constatou o aumento</p><p>Questão</p><p>Marcos é devedor do Banco X no valor de 200 mil reais, comparecendo Carlos como avalista do empréstimo.</p><p>Marcos deixou de pagar a dívida em seu vencimento. O banco ajuizou ação de execução por quantia em face de Marcos de Carlos perante a 1º vara cível da comarca da capital.</p><p>Explique qual é a responsabilidade de Carlos e no processo de execução conforme estudado em aula R: Diferenciação entre dívida e responsabilidade</p><p>Apesar de Carlos não ter contraído a dívida ele responde patrimonialmente pela dívida do Marcos Ou seja, o patrimônio dele responde pela dívida.</p><p>Expropriação - Art. 825: é uma forma de execução, retirando a propriedade do devedor No processo de execução:</p><p>· Citado para pagar em 3 dias</p><p>· Não pagando, penhora o bem</p><p>· Expropria – retira do devedor</p><p>· Pode-se fazer a remição: resgate dos bens caso pague a dívida integral, com as devidas atualizações</p><p>· (diferente de perdão da dívida)</p><p>o Quando a carta de adjudicação ou alienação é assinado pelo juíz, não poderá ser remida</p><p>Execução por quantia certa (TEE) - Art. 798 e 319</p><p>· O pagamento precisa ser em dinheiro</p><p>· O executado precisa ter um bem positivo ao valor da dívida, para que se necessário exproprie o patrimônio, convertendo-o em dinheiro</p><p>· A petição inicial deverá conter:</p><p>a. Título executivo extrajudicial;</p><p>b. Memória de cálculo atualizada até o dia da propositura da ação;</p><p>c. Nomes;</p><p>d. Qualificações do exequente e executado;</p><p>e. Se for o caso, indicação de bens à penhora.</p><p>· Presentes os requisitos, despacha positivo (827)</p><p>· Cita o executado + fixa 10% de honorários advocatícios</p><p>o Havendo o pagamento integral em 3 dias, diminui os honorários em 5%</p><p>· Se o juiz rejeitar os embargos poderá aumentar até 20%</p><p> Objetivo: expropriação (uma modalidade de sub-rogação) de bens do devedor por meio de (1) adjudicação, (2) alienação ou (3) apropriação de frutos e rendimentos de pessoa jurídica ou de bens.</p><p>1. Adjudicação - art. 876: tomar o bem pra si - transferência obrigatória do bem pertencente ao executado para o exequente, em razão do pagamento de dívida.</p><p>a. Se dá a posse e domínio sobre o bem;</p><p>i. O bem não é transformado em dinheiro, como na arrematação</p><p>b. Adjudicação acontece quando o bem é penhorado;</p><p>c. Valor de crédito:</p><p>i. Deve respeitar o valor da avaliação;</p><p>ii. Dívida maior que o bem - a execução prosseguirá com nova penhora de bens sobre o saldo remanescente - adjudicação satisfativa</p><p>iii. Dívida menor que o bem - o credor deverá depositar o valor da diferença para ser levantado pelo devedor - adjudicação venda</p><p>d. § 5º - legitimados, “quem pode adjudicar?”</p><p>i. Credores concorrentes e reais</p><p>ii. Cônjuges e companheiros</p><p>iii. Descentes e ascendentes do executado</p><p>· Se mais de uma pessoa pedir adjudicação, haverá licitação</p><p>· Será entregue à aquele que fizer o maior lance</p><p>· Havendo empate, terá preferência na adjudicação o cônjuge/companheiro, descente ou ascendente (nessa ordem)</p><p>· Não sendo da família fará nova licitação</p><p>2. Alienação judicial do bem - transferir o domínio de uma coisa para outra pessoa, seja por venda, por troca ou por doação.</p><p>a. Pode ser: i. particular – por iniciativa do credor</p><p>ii. leilão público - eletrônico ou presencial</p><p>b. Valor:</p><p>i. Preço mínimo - fixado pelo juíz</p><p>ii. Preço vil – abaixo de 50% do valor da avaliação</p><p>· 1º leilão - valor da avaliação;</p><p>· 2º leilão - abaixo do valor da avaliação</p><p>3. Apropriação de frutos e rendimentos - é a modalidade menos ofensiva ao devedor, uma vez que se trata apenas dos rendimentos</p><p>dos seus bens. Ex: a expropriação de valores de aluguel.</p><p>· Certidão</p><p>Documento que fornece informações constantes do acervo do Cartório.</p><p>· Averbação: ato de registrar em cartório</p><p>· A certidão pode ser pedida pelo exequente, constando a admissão do juiz, com finalidade de averbação de bens sujeitos a penhora, resto, indisponibilidade.</p><p>· Comunicação ao juiz</p><p>Em 10 dias, após a averbação, deve informar ao juízo quais bens foram averbados.</p><p>· Formalização da penhora</p><p>Havendo bens suficientes para o pagamento da dívida, o exequente terá o prazo de 10 dias para providenciar o cancelamento das averbações em relação aos bens que não foram penhorados.</p><p>· Se não fizer, o juiz poderá promover de ofício ou a requerimento, o cancelamento do devedor.</p><p>Fraude a execução - Art. 792</p><p>· O devedor não pode esvaziar o patrimônio dele para não pagar uma dívida;</p><p>o Inclui a execução atual ou futura</p><p>· Se o juiz decretar fraude a execução, não poderá anular a transferências dos bens, mas sim a sua eficácia</p><p>o Basta simples determinação judicial, para que os bens sejam constritos, expropriados ou devolvidos.</p><p>· É necessário, para configurar fraude, a ciência do devedor da existência de ação judicial promovida contra ele, que possui o bem como garantia;</p><p>· Ao terceiro de boa-fé é dispensável a ciência da intenção fraudulenta;</p><p>· Pode fazer com que o valor da dívida aumente, porque, além do valor devido, você pode ser condenado a pagar multas.</p><p>o até 20% do valor cobrado na ação judicial, que deve ser pago ao credor;</p><p>o até 20% do valor cobrado na ação, que deve ser pago à Justiça por ato atentatório à dignidade da Justiça.</p><p>o pode responder por crime de fraude previsto no artigo 179 do Código Penal.</p><p> Perdas e danos</p><p>Devedor poderá pedir perdas e danos em face do credor quando:</p><p>I. Houver a manifestação indevida de fraude a execução;</p><p>II. Em 10 dias não realizou averbação de bens, cujo bem não foi penhorado</p><p>a. alguns atos precisam ser obrigatoriamente averbados. Isso é necessário para que a documentação referida seja mantida em dia e regularizada. Ex: a averbação de imóveis viabiliza o processo compra e venda, além de também valorizá-lo.</p><p> Citação do executado</p><p>· Citado para pagar em 3 dias</p><p>· Não pagando, penhora o bem</p><p>o É um incentivo para o pagamento da dívida</p><p>· O executado poderá indicar bem a penhora, que será aceito pelo juiz se for menos gravosa a ele (não trará prejuízo ao exequente)</p><p> Arresto de bens – VAI CAIR NA PROVA</p><p>Medida judicial de apreensão de vários bens de um devedor para garantir um futuro pagamento da dívida.</p><p>Art. 830 - Se o oficial de justiça não encontrar o executado, arrastar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a execução.</p><p>· Pode se converter em penhora, se aperfeiçoada a citação e transcorrido o prazo de 3 dias para pagamento, independente de termo.</p><p>Penhora</p><p>Tem como objetivo segurar um bem de um devedor para que ele seja utilizado para pagar a dívida. O bem penhorado, então, será expropriado de seu dono para pagamento da dívida.</p><p>· Bens passíveis de penhora: imóveis, veículos, saldos em contas bancárias, joias, participações societárias, estoques, mercadorias e até o faturamento de empresas.</p><p>· Art. 835 - Penhora gera direito de preferência - havendo mais de uma execução contra o mesmo devedor, o credor que penhorar 1º, terá direito de preferência no recebimento do crédito.</p><p>· Privação da posse na penhora (perde a posse), mas o domínio (relação material) somente com a expropriação;</p><p>· A penhora torna ineficaz os atos posteriores de alienação ou oneração do bem</p><p>· Art. 840 – O executado como depositário acontecerá quando recair sobre bens imóveis rurais, coisa util a atividade agrícola e bens de difícil remoção, ou quando o exequente concordar, desde que oferecida a caução</p><p>· STJ – preve, também, quando houver a possibilidade de causar evidentes prejuízos.</p><p>· Ineficácia da penhora após alienação ou oneração do bem:</p><p>· Se a penhora estiver registrada, eventual alienação (transferência) do bem pelo executado será considerado em fraúde a execução;</p><p>· Alienação é válida, mas ineficaz em relalção ao exequente</p><p>Art. 833 – Bens impenhoráveis</p><p>· Ex: bem de família - exceto se as dívidas forem de elevado padrão ou decorrerem do próprio imóvel, IPTU, financiamento, condomínio...</p><p>· Ex: (RESP 16606771 e 1677144) “saldo de até 40 salários-mínimos demonstrado que é reserva financeira da família para manter o mínimo existencial.”</p><p>o Não se aplica a dívida alimentar de qualquer natureza</p><p>· O STJ amenizou a possibilidade de penhora no salário mesmo sendo abaixo de 50 salários-mínimos, e mesmo não sendo dívida alimentar</p><p>· Ônus real</p><p>Encargo sobre a coisa imovel</p><p>Ex: Hipoteca</p><p>· Tira-se uma certidão do historico de determinado imóvel</p><p>· O exequente deverá promover a intimação do possuidor do imóvel</p><p>· Auto e termo de penhora</p><p>Auto de penhora: documento que comprova a penhora realizada por oficial de justiça</p><p>Termo de penhora: lavrado pelo cartório judicial (escrivão), a partir da nomeação do bem, seja pelo</p><p>executado ou pelo exequente.</p><p>· Penhora de imóvel – Art. 842, 655</p><p>· Deverá o conjuge ser intimado da penhora, salvo se casados em regime com separação total de bens</p><p>· O STJ entende que independe do regime de casamento</p><p>· Penhora das cotas sociais ou ações – Art. 861</p><p>· Os sócios, não devedores, tem preferencia na adjudicação dessas quotas sociais</p><p>· Essa penhora se da por auto ou termo de penhora</p><p>· A sociedade tem 3 meses pra apresentar balanço especial</p><p>· Carta precatoria para realizar a penhora – Art. 845</p><p>· A penhora será realizada independente da comarca que se encontra o bem</p><p>· Mesmo que dando preferencia aos do mesmo foro</p><p>· Penhora de veiculo (sistema Sisbajud) dispensa a carta precatória, e admite o termo nos autos</p><p>· Substituição da penhora – Art. 847</p><p>· O executado tem prazo de 10 dias, após a sua intimação, para requerer a substituição dos bens da penhora</p><p>· Deve cumprir os requisitos do artigo e;</p><p>· comprovar que a substituição será menos onerosa e não trará prejuizos ao exequente (princípio da menor onerosidade)</p><p>· Deverá indicar o valor do bem que esta sendo indicado e se há algum bem real</p><p>Substi</p><p>35, 840 – ordem da penhora</p><p>image1.png</p>