CASO CLÍNICO 2 -TB - IESC7

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<p>CASO CLÍNICO 2</p><p>Paciente masculino, 45 anos, apresentando queixa de tosse produtiva há 3 meses, com</p><p>expectoração esverdeada, às vezes com rajas de sangue. Refere febre baixa vespertina,</p><p>sudorese noturna intensa, perda de peso não intencional de 6 kg nos últimos 3 meses e fadiga.</p><p>Negou tabagismo e uso de drogas ilícitas.</p><p>Exame Físico</p><p>Paciente emagrecido, em regular estado geral.</p><p>AR: MV diminuído com presença de estertores crepitantes em ambas as bases pulmonares.</p><p>Sem alterações significativas.</p><p>1-A Com base na história clínica e no exame físico, qual sua hipótese diagnóstica e o principal</p><p>diagnóstico diferencial ( justifique a escolha):</p><p>Tuberculose pulmonar devido a clinica de tosse produtiva por 3 semanas ou</p><p>mais; Febre vespertina; Sudorese noturna e emagrecimento.</p><p>Na forma pulmonar, o diagnóstico diferencial deve ser feito principalmente com</p><p>silicose, infecções fúngicas, neoplasias, infecções bacterianas, outras</p><p>micobacterioses, doenças autoimunes, embolia pulmonar, entre outras</p><p>1-B Quais os exames você deve solicitar para confirmar seu diagnóstico?</p><p>Para o diagnóstico laboratorial da tuberculose são utilizados os seguintes</p><p>exames: Teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB) ou baciloscopia;</p><p>Cultura e Teste de Sensibilidade aos fármacos.</p><p>Além do diagnóstico laboratorial, a avaliação clínica é de suma importância para</p><p>o diagnóstico da TB e a realização da radiografia do tórax é indicada como um</p><p>método complementar para esse diagnóstico.</p><p>2-Após a confirmação do diagnóstico de tuberculose pulmonar:</p><p>A) Como deve ser realizado o tratamento</p><p>O tratamento da tuberculose (TB) dura pelo menos seis meses e é gratuito no Sistema Único de</p><p>Saúde (SUS). O tratamento é feito com quatro medicamentos: rifampicina, isoniazida,</p><p>pirazinamida e etambutol : 2RHZE/4RH</p><p>B) Quais as principais orientações você deve fazer a esse paciente, inclusive sobre seus</p><p>familiares.</p><p>Os remédios as vezes provocam enjôos, vômitos, indisposição e mal estar geral. Mas,</p><p>mesmo que isto aconteça não se deve suspender os remédios. São tomados</p><p>preferencialmente pela manhã, em jejum. Todo paciente com diagnóstico de tuberculose</p><p>deve ser testado para HIV; Todos os familiares devem ser avaliados para descartar possível</p><p>contaminação.</p><p>3- Após um mês de tratamento o paciente refere episódios esporádicos de náuseas e vômitos</p><p>com certo, além disso presença de parestesia nos pés e nas mãos. O paciente quer saber se</p><p>ele vai parar de tomar essa medicação pois está com medo de piorar . Qual sua conduta diante</p><p>dessa situação?</p><p>Orientar sobre as reações adversas mais frequentes ao Esquema Básico são: mudança da</p><p>coloração da urina (ocorre universalmente), intolerância gástrica (40%), alterações cutâneas</p><p>(20%), icterícia (15%) e dores articulares (4%).</p><p>Reformular o horário da administração dos medicamentos (duas horas após o café da manhã).</p><p>Considerar o uso de medicação sintomática. Avaliar a função hepática. Prescrever piridoxina</p><p>(vitamina B6) 50mg/dia e avaliar avolução. Pode-se usar a dose até 200 mg/dia. Manter durante</p><p>todo o tratamento.</p><p>1. RIFAMPICINA</p><p>INDICAÇÕES : O medicamento rifampicina está padronizado pelo Ministério da Saúde para</p><p>o tratamento da brucelose, hanseníase, meningite e tuberculose, nas apresentações</p><p>de 20 mg/mL (suspensão oral) e 300 mg (cápsula)</p><p>NOME COMERCIAL E PRINCÍPIO ATIVO: Rifaldim</p><p>CONTRA-INDICAÇÕES :histórico de hipersensibilidade , insuficiência renal grave e uso</p><p>concomitante com contraceptivos orais ou fármacos hepatotóxicos</p><p>EFEITOS COLATERAIS s reações adversas mais comuns incluem exantema, febre e náuseas e</p><p>vômitos</p><p>2. Isoniazida/ LAQFA-isoniazida</p><p>INDICAÇÕES</p><p>CONTRA-INDICAÇÕES: Lesão hepática anterior associada à isoniazida; reações adversas graves</p><p>à isoniazida, como febre, calafrios e artrite; doença hepática aguda de qualquer etiologia,</p><p>histórico de reação de hipersensibilidade à isoniazida, incluindo hepatite medicamentosa.</p><p>EFEITOS COLATERAIS Intolerância digestiva (náusea e vômito), epigastralgia, Artralgia, artrite,</p><p>Neuropatia periférica, Cefaléia e mudança de comportamento (euforia, insônia, ansiedade e</p><p>sonolência), Prurido cutâneo ou exantema leve e febre</p><p>3. Pirazinamida</p><p>INDICAÇÕES</p><p>CONTRA-INDICAÇÕES hipersensíveis à pirazinamida. Os pacientes devem ter um valor basal de</p><p>ácido úrico sérico e determinações de função hepática. Os pacientes com doença hepática pré-</p><p>existente ou aqueles pacientes com risco aumentado de hepatites relacionado ao uso de drogas</p><p>(ex: alcoólatras) devem ser acompanhados de perto. Por conter pirazinamida, rifampicina,</p><p>isoniazida e cloridrato de etambutol, o uso deste medicamento deve ser interrompido e não</p><p>deve ser reiniciado se houver sinais de dano hepatocelular ou hiperuricemia acompanhada de</p><p>artrite gotosa aguda. Caso ocorra uma hiperuricemia acompanhada por artrite gotosa aguda</p><p>sem disfunção hepática, o paciente deve ser transferido para um esquema que não contenha</p><p>pirazinamida</p><p>EFEITOS COLATERAIS: Hiperuricemia (com ou sem sintomas), Artralgia ou artrite, intolerância</p><p>digestiva (náusea e vômito) e epigastralgia</p><p>4. etambutol</p><p>Nome Comercial: Etambutol</p><p>Princípio Ativo: Etambutol</p><p>Indicações: Tratamento de tuberculose.</p><p>Contraindicações: Optic neuritis, uso com drogas que afetam a visão.</p><p>Efeitos Colaterais: Neurite óptica, reações alérgicas.</p><p>Referência Bibliográfica:</p><p>REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA</p><p>Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das</p><p>Doenças Transmissíveis. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil /</p><p>Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das</p><p>Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019.</p>