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<p>INTRODUÇÃO AO CAMPO PROFISSIONAL</p><p>EM TERAPIA OCUPACIONAL I</p><p>Prof. Dra. Luma Carolina Câmara Gradim</p><p>UNIDADE 2</p><p>Criação da profissão no cenário nacional e internacional</p><p>Raízes da formação da profissão no cenário nacional e internacional</p><p>A proeminência dos Estados Unidos na criação da terapia ocupacional</p><p>Movimentos da terapia ocupacional no Brasil</p><p>Fundadores da Terapia Ocupacional: Susan Cox (instrutora de artes de ofícios), George Barton (Arquiteto), Eleanor Clarke Slagle (Assistente social), Willian Rush Dunton (Médico), Isabelle Newton (Secretária) e Thomas Kidner (Arquiteto).</p><p>“O grupo de fundadores é heterogêneo do ponto de vista de suas histórias de vida e perspectivas de ocupação terapêutica. Entretanto, além da concepção em comum de que a participação social favorecida pela realização de atividades ajudaria pessoas, cada um deles contribuiu para o estabelecimento do caráter de longa duração, o ethos, da Terapia Ocupacional” (Melo, 2015).</p><p>A PROEMINÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS NA CRIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL</p><p>1911, Slage - curso de treino ocupacional para capacitar enfermeiras em instituições de saúde mental;</p><p>Início do século XX - implementada a utilização da ocupação no tratamento de pessoas com doença mental: atuação profissional;</p><p>Fundamentos definidos pelo arquiteto George Barton como conceito de Terapia Ocupacional.</p><p>(MELO, 2015; REIS, 2017)</p><p>2ª Guerra Mundial - TO especialidade médica reconhecida;</p><p>Atrelada a medicina física - treinamento para reabilitação física;</p><p>"Emprego de propriedades físicas e outras eficientes, como luz, calor, exercícios e aparelhos mecânicos para terapia ocupacional e física, no diagnóstico e tratamentos de doença”.</p><p>A PROEMINÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS NA CRIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL</p><p>TO: Adjunto importante no tratamento, recuperação da doença e no conceito moderno de total reabilitação;</p><p>-Centros/clínicas de reabilitação → “diferentemente dos hospitais, conter as facilidades especiais de treinamento de paraplégicos para subirem e descerem um meio-fio ou controlarem uma cadeira de rodas” (BERKOWITZ, 1981).</p><p>A PROEMINÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS NA CRIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL</p><p>Pouca comunicação entre médicos e agências de reabilitação vocacional → atraso no desenvolvimento dos centros de reab.;</p><p>Disputas: médicos e cirurgiões ortopédicos;</p><p>Fisiatras: tentativa assumir o controle estruturas de formação da TO;</p><p>TO → alinhamento com a medicina da reabilitação → abandono valor da ocupação → objetivos reducionistas → PRODUTIVIDADE ECONÔMICA.</p><p>A PROEMINÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS NA CRIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL</p><p>Negociação entre os profissionais de reabilitação para estabelecer especificidades e fronteiras entre os diferentes campos de atuação;</p><p>1943 - AOTA + Associação Médica Americana (AMA) → “o tratamento para a doença ou incapacidade através do trabalho medicamentoso [ocupação terapêutica] prescrito ativamente por um médico e dirigido por técnicos treinados”.</p><p>REDUCIONISMO NO TRATAMENTO TERAPÊUTICO = ABANDONO DAS PRERROGATIVAS FILOSÓFICAS E OBJETIVOS GERAIS DOS FUNDADORES</p><p>A PROEMINÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS NA CRIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL</p><p>(DE CARLO; BARTALOTTI, 2001; MELO, 2015; REIS, 2017)</p><p>-Variedade de diagnósticos;</p><p>-Queimados, neurossífilis, Parkinson, poliomielite…</p><p>“era obrigatório que fosse mantida a flexibilidade das articulações, e que o plano de tratamento incorporasse as técnicas e equipamento de compensação, tanto permanentes quanto temporários”.</p><p>A PROEMINÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS NA CRIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL</p><p>Sanatórios para tratamento de tuberculose;</p><p>“Paciente ser curado e capacitado para o trabalho”;</p><p>Oficinas de trabalho manual → venda;</p><p>Simulação de condições reais de trabalho.</p><p>“Nossos pacientes apresentaram-se para o tratamento às 8h, dessa forma facilitando, mais adiante, seu reajustamento para o trabalho”</p><p>A PROEMINÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS NA CRIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL</p><p>Propriedade de habilidades manuais → funções ocupacionais;</p><p>APÓS A 2ª GM: Ênfase nos ofícios → exercícios;</p><p>Restauração ou ampliação de mov. de articulações = prática especializada;</p><p>Surgimento de equipamentos adaptativos para treino ocupacional:</p><p>“Este homem não tinha sido capaz de colocar nenhuma coisa em sua própria boca por quatro meses mas, com a ajuda de uma segunda palma de couro que segura um garfo ou colher, atualmente ele se alimenta sozinho”</p><p>(Occupational Therapy in the general hospital, 1917).</p><p>A PROEMINÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS NA CRIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL</p><p>(DE CARLO; BARTALOTTI, 2001; MELO, 2015; REIS, 2017)</p><p>Prática da terapia ocupacional:</p><p>Contexto de reabilitação;</p><p>Desenvolvimento da profissão para novos instrumentos e formas de tratamento;</p><p>Novos métodos alternativos, baseados na ciência médica e pautados na busca de resultados.</p><p>A PROEMINÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS NA CRIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BEZERRA, W. C.; TRINDADE, R. L. P. Gênese e constituição da terapia ocupacional: em busca de uma interpretação teórico-metodológica. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 24, n. 2, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v24i2p155-161. Acesso em: 02 fev. 2023.</p><p>CREPEAU, E. B.; COHN, E.S.; SCHELL, B. A. B. Teoria e Prática em Terapia Ocupacional. In: CREPEAU, E. B.; COHN, E. S.; SCHELL, B. A. B. Willard & Spackman Terapia Ocupacional. 11. ed. São Paulo: Gen, Guanabara Koogan; 2011.</p><p>CRUZ, D. M. C. Historical milestones of occupational therapy research in Brazil. British J Occup Ther, [s. l.], v. 82, n. 9, 2019.</p><p>CRUZ, D. M. C. Os modelos de Terapia Ocupacional e as possibilidades para prática e pesquisa no Brasil. Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional, Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, 2018.</p><p>DE CARLO, M. M. R. P; BARTALOTTI, C. Terapia Ocupacional no Brasil: fundamentos e perspectivas. São Paulo, Plexus, 2001.</p><p>HAGEDORN, R. Ferramentas para a prática em terapia ocupacional: uma abordagem estruturada aos conhecimentos e processos centrais. São Paulo: Roca, 2007.</p><p>HINOJOSA, J. How society’s philosophy has shaped occupational therapy practice for the past 100 years. The Open J Occup Ther, Michigan, v. 5, n. 2, 2017.</p><p>MELO, D. O. C. V. Melo. EM BUSCA DE UM ETHOS: Narrativas da Fundação da Terapia Ocupacional na Cidade de São Paulo (1956-1969). 2015. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal De São Paulo, São Paulo, 2015.</p><p>REIS, S. C. C. A. G. Histórias e memórias da institucionalização acadêmica da Terapia ocupacional no Brasil: de meados da década de 1950 a 1983. 2017. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal De São Paulo, São Paulo, 2017.</p><p>image2.jpg</p><p>image3.gif</p><p>image4.jpg</p><p>image1.png</p>