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<p>INTRODUÇÃO AO CAMPO PROFISSIONAL</p><p>EM TERAPIA OCUPACIONAL I</p><p>Prof. Dra. Luma Carolina Câmara Gradim</p><p>UNIDADE 2</p><p>Criação da profissão no cenário nacional e internacional</p><p>Raízes da formação da profissão no cenário nacional e internacional</p><p>A proeminência dos Estados Unidos na criação da terapia ocupacional</p><p>Movimentos da terapia ocupacional no Brasil</p><p>RAÍZES DA FORMAÇÃO DA PROFISSÃO NO CENÁRIO NACIONAL E INTERNACIONAL</p><p>Uso da ocupação como prática terapêutica no resgate à saúde - médicos que acreditavam na eficácia deste tratamento e, a partir disso, treinavam enfermeiras e assistentes sociais para o trabalho;</p><p>Primeira Guerra Mundial: cenário de soldados feridos e necessidade de mais profissionais para reabilitação;</p><p>Início a uma formação de pessoas para atuar com a técnica, com o objetivo de formar terapeutas ocupacionais para a reabilitação dos acidentados de guerra.</p><p>(MEDEIROS, 2003)</p><p>RAÍZES DA FORMAÇÃO DA PROFISSÃO NO CENÁRIO NACIONAL E INTERNACIONAL</p><p>Prevenção de ocorrências e recorrências de doenças e o aumento do número de pessoas incapacitadas pela guerra</p><p>Reconhecimento do tratamento pela ocupação no atendimento</p><p>tanto ao doente físico como mental</p><p>(MELO, 2015)</p><p>RAÍZES DA FORMAÇÃO DA PROFISSÃO NO CENÁRIO NACIONAL E INTERNACIONAL</p><p>A reabilitação e a reinserção social eram alcançadas pela restauração da capacidade e competência do indivíduo para um papel produtivo na sociedade;</p><p>O tratamento baseado em ocupação propunha o treinamento de hábitos adequados de autocuidado e de comportamento social.</p><p>(MELO, 2015; REIS, 2017)</p><p>RAÍZES DA FORMAÇÃO DA PROFISSÃO NO CENÁRIO NACIONAL E INTERNACIONAL</p><p>EUA:</p><p>- Imigrantes: desejo de “limpeza” social;</p><p>- NY (1824): legislação para impedir a entrada de alienados e atrasados mentais em seu território;</p><p>1838: promulgação de leis;</p><p>“De nada serviria enviar esforços no sentido de melhorar as condições de saúde física e mental da população se tivesse sempre a chegar novas levas de tais indesejáveis”</p><p>(SOUZA; BOARINI, 2008, p. 285)</p><p>RAÍZES DA FORMAÇÃO DA PROFISSÃO NO CENÁRIO NACIONAL E INTERNACIONAL</p><p>“Problemas sociais podiam ser enfrentados com reformas sociais à altura das necessidades identificadas”.</p><p>Guerra, imigração, industrialização, exploração de trabalhadores, escolas precárias, serviços de saúde inadequados.</p><p>+ JOHN DEWEY E ADOLF MEYER</p><p>“As desigualdades sociais representavam a aprendizagem e os hábitos enraizados na sociedade, que, com esforço, poderiam ser modificados” (Jane Addams).</p><p>(CREPEAU; COHN; SCHELL, 2011; MELO, 2015)</p><p>RAÍZES DA FORMAÇÃO DA PROFISSÃO NO CENÁRIO NACIONAL E INTERNACIONAL</p><p>Hull House - “motor da reforma social” nos EUA</p><p>Abrigo com atividades sociais e culturais, fundada em 1889, na cidade de Chicago, por Jane Addams e Ellen Gates Starr.</p><p>Acolhia imigrantes da Europa e contava com ativistas na participação social de mulheres. Também buscavam:</p><p>“Promover direitos sociais a todos os grupos, especialmente, grupos marginalizados e submetidos às controversas ações do Estado”.</p><p>RAÍZES DA FORMAÇÃO DA PROFISSÃO NO CENÁRIO NACIONAL E INTERNACIONAL</p><p>Julia Lathrop - assentada no Hull House por 20 anos;</p><p>Grupo de fundadores da Comissão Nacional de Higiene Mental em 1909; diretora da Escola de Civismo e Filantropia de Chicago (vinculada à Hull House);</p><p>1908: curso 6 semanas sobre ocupação e recreação curativa para atendentes hosp. psiquiátricos</p><p>“Ela insistia que o caráter do asilo dependia do caráter dos atendentes”</p><p>(CREPEAU; COHN; SCHELL, 2011; MELO, 2015; REIS, 2017)</p><p>Em 1912, Adolf Meyer (médico psiquiatra) convidou Slagle para planejar e dirigir um Departamento de Terapia Ocupacional na Clínica Psiquiátrica Phipps, do Hospital John Hopkins.</p><p>Neste serviço, Slagle criou o departamento de ocupação terapêutica e implantou o programa “Treinamento de hábitos”, a fim de estruturar a participação das pessoas com doenças mentais graves em ocupações.</p><p>RAÍZES DA FORMAÇÃO DA PROFISSÃO NO CENÁRIO NACIONAL E INTERNACIONAL</p><p>“O programa de entretenimento de hábitos exigia que os pacientes se levantassem, se lavassem, se vestissem, limpassem a sala, utilizassem adequadamente a mesa e desenvolvessem atividades artesanais básicas. Progressivamente, se esperava que os pacientes se especializassem em ocupações que os colocassem com maior ênfase no trabalho fora da sala, como jardinagem, trabalho no campo e construção de tapetes para o hospital</p><p>(VALER; ORTEGA, 2011, p. 2, apud REIS, 2017).</p><p>RAÍZES DA FORMAÇÃO DA PROFISSÃO NO CENÁRIO NACIONAL E INTERNACIONAL</p><p>Eleanor Clark Slagle, formou-se no curso de Julia Lathrop em 1911 e implantou diversos cursos e, em 1915, a Escola de Ocupações Henry B. Favill, que foi a 1ª escola para terapeutas ocupacionais, na perspectiva de:</p><p>interdependência dos aspectos físico e mental, necessidade de graduar progressivamente as atividades, equilíbrio entre trabalho e descanso, importância de construírem hábitos culturalmente compartilhados.</p><p>RAÍZES DA FORMAÇÃO DA PROFISSÃO NO CENÁRIO NACIONAL E INTERNACIONAL</p><p>RAÍZES DA FORMAÇÃO DA PROFISSÃO NO CENÁRIO NACIONAL E INTERNACIONAL</p><p>Caráter social, crítico e comunitário;</p><p>Pragmatismo: escuta ativa, respeitar a diversidade e aceitar diferentes valores;</p><p>No cenário das reformas sociais: paradigma da ocupação (uso da ocupação na saúde) e filosofia holística (ser humano como um todo) – marco do movimento da reabilitação e para a profissão, sendo os precursores: John Dewey (filósofo pragmatista), William Dunton (médico), Adolf Meyer (psiquiatra) e Eleanor Clarke Slage (assistente social).</p><p>(CREPEAU; COHN; SCHELL, 2011; MELO, 2015)</p><p>BEZERRA, W. C.; TRINDADE, R. L. P. Gênese e constituição da terapia ocupacional: em busca de uma interpretação teórico-metodológica. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 24, n. 2, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v24i2p155-161. Acesso em: 02 fev. 2023.</p><p>CREPEAU, E. B.; COHN, E.S.; SCHELL, B. A. B. Teoria e Prática em Terapia Ocupacional. In: CREPEAU, E. B.; COHN, E. S.; SCHELL, B. A. B. Willard & Spackman Terapia Ocupacional. 11. ed. São Paulo: Gen, Guanabara Koogan; 2011.</p><p>CRUZ, D. M. C. Historical milestones of occupational therapy research in Brazil. British J Occup Ther, [s. l.], v. 82, n. 9, 2019.</p><p>CRUZ, D. M. C. Os modelos de Terapia Ocupacional e as possibilidades para prática e pesquisa no Brasil. Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional, Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, 2018.</p><p>DE CARLO, M. M. R. P; BARTALOTTI, C. Terapia Ocupacional no Brasil: fundamentos e perspectivas. São Paulo, Plexus, 2001.</p><p>HAGEDORN, R. Ferramentas para a prática em terapia ocupacional: uma abordagem estruturada aos conhecimentos e processos centrais. São Paulo: Roca, 2007.</p><p>HINOJOSA, J. How society’s philosophy has shaped occupational therapy practice for the past 100 years.  The Open J Occup Ther, Michigan, v. 5, n. 2, 2017.</p><p>MELO, D. O. C. V. Melo. EM BUSCA DE UM ETHOS: Narrativas da Fundação da Terapia Ocupacional na Cidade de São Paulo (1956-1969). 2015. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal De São Paulo, São Paulo, 2015.</p><p>REIS, S. C. C. A. G. Histórias e memórias da institucionalização acadêmica da Terapia ocupacional no Brasil: de meados da década de 1950 a 1983. 2017. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal De São Paulo, São Paulo, 2017.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>image2.jpg</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p><p>image6.jpg</p><p>image1.png</p>

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