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<p>FARMACOLOGIA DO</p><p>S. DIGESTÓRIO</p><p>FARMACOLOGIA DO S. DIGESTORIO</p><p>◼ GASTRITE:</p><p>■ erro alimentar; irritantes diversos (incluindo fármacos); ação da hipersecreção gástrica,</p><p>stress e/ou por agentes infecciosos ou parasitários.</p><p>◼ ÚLCERA PÉPTICA:</p><p>■ expressa agressão mais intensa pelos fatores acima, sendo mais importante o controle da ação do</p><p>ácido clorídrico e da pepsina do suco gástrico e a pesquisa da Helicobacter pylori.</p><p>Gastrite - inflamação da mucosa gástrica causada por</p><p>vários quadros, como infecção (Helicobacter pylori),</p><p>medicamentos ou intoxicantes (AINE e bebidas alcoólicas),</p><p>estresse e fenômenos autoimunes (gastrite atrófica).</p><p>Úlcera péptica - erosão em um segmento de mucosa</p><p>gástrica, classicamente no estômago (úlcera gástrica) ou</p><p>nos primeiros centímetros do duodeno (úlcera duodenal),</p><p>que penetra a mucosa muscular.</p><p>FARMACOTERAPIA</p><p>1 – ANTIÁCIDOS</p><p>2 - DROGAS ANTI-SECRETORAS DE ÁCIDO GÁSTRICO</p><p>3 - AGENTES PROTETORES DA MUCOSA</p><p>Antiacidos</p><p>■ HIDRÓXIDO DE MAGNÉSIO, HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO; CARBONATO DE CÁLCIO,</p><p>BICARBONATO DE SÓDIO.</p><p>■ Ações:</p><p>1) Neutralizam o HCl → aumentam pH → inibem a atividade da pepsina (no pH 5).</p><p>2) Adsorvem a pepsina. Indicações:</p><p>◼ Antiácido de alívio.</p><p>A pepsina é uma enzima digestiva produzida pelas paredes do</p><p>estômago e secretada pelo suco gástrico, sua função é</p><p>desdobrar as proteínas em peptídeos mais simples. Ela só reage</p><p>em meio ácido, por isso o estômago também produz ácido</p><p>clorídrico (HCl).</p><p>Antiacidos</p><p>■ HIDRÓXIDO DE MAGNÉSIO, HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO; CARBONATO DE CÁLCIO,</p><p>BICARBONATO DE SÓDIO.</p><p>■ Efeitos colaterais: Alumínio - constipação; Magnésio - diarreia;</p><p>■ Bicarbonato: formam CO2 e risco de alcalose sistêmica; sobrecarga de Na+</p><p>■ Carbonato de cálcio: constipação/GASES, hipercalcemia transitória</p><p>DROGAS ANTI-SECRETORAS DE ÁCIDO</p><p>GÁSTRICO:</p><p>1. AGONISTAS H2:</p><p>■ CIMETIDINA, RANITIDINA, FAMOTIDINA,</p><p>2. INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS: OMEPRAZOL, PANTO- , LANZO-, RABE- ESOME-</p><p>DROGAS ANTI-SECRETORAS DE ÁCIDO</p><p>GÁSTRICO:</p><p>■ A cimetidina tem pequenos efeitos antiandrogênicos expressos por ginecomastia</p><p>reversível e, menos frequentemente, por disfunção erétil com o uso prolongado.</p><p>Ginecomastia =aumento de estradiol e prolactina</p><p>■ Inibidores competitivos da histamina nos receptores H2, suprimindo assim a secreção de</p><p>ácido gástrico estimulada pela gastrina e reduzindo proporcionalmente o volume do suco</p><p>gástrico.</p><p>■ Os bloqueadores H2 são bem absorvidos no trato digestório, com início da ação em 30 a</p><p>60 minutos após sua ingestão e efeito máximo em 1 a 2 horas.</p><p>DROGAS ANTI-SECRETORAS DE ÁCIDO</p><p>GÁSTRICO:</p><p>■ Esses fármacos são potentes inibidores da bomba de H+, K+-ATPase. Esta enzima, localizada na</p><p>membrana secretora apical da célula parietal, tem um papel fundamental na secreção de H+</p><p>(prótons).</p><p>■ INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS ligam-as enzima ATPase (responsável pela troca H+/K+, diminuindo</p><p>a concentração de h e aumento de ácido).</p><p>■ Esses fármacos podem inibir por completo a secreção ácida e ter uma ação prolongada.</p><p>Promovem a cicatrização ulcerosa e também têm importante papel nos esquemas de</p><p>erradicação de H. pylori.</p><p>INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS:</p><p>Biotransformação hepática</p><p>◼Excreção Renal. Em geral não necessita ajuste de dose.</p><p>◼Meia vida plasmática curta</p><p>◼Duração de ação longa (>24h)</p><p>◼Dose única diária 2 – 5 dias para obter inibição de 70% das BP</p><p>INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS:</p><p>Moore et al. mostraram, em 30 lactentes de 3 a 10 meses com diagnóstico comprovado de</p><p>DRGE, que o omeprazol (dose de 1,0 a 2,0 mg/kg/dia) diminui a irritabilidade e o choro sem</p><p>relação com a seqüência de tratamento. Os autores concluíram que a irritabilidade melhorou</p><p>com o tempo e não esteve associada à abordagem farmacológica para DRGE</p><p>■ Embora semelhantes em sua estrutura, os IBP apresentam diferenças em relação ao metabolismo.</p><p>Os IBP, principalmente omeprazol, são metabolizados em graus variados pelo sistema enzimático</p><p>hepático P450, especificamente pelas enzimas CYP2C19 e CYP3A4. Aspectos importantes sobre a</p><p>farmacocinética e a</p><p>■ farmacodinâmica dos IBP referem-se ao polimorfismo genético dessas enzimas que afeta a</p><p>biotransformação e a eliminação plasmática dos IBP e pode levar a grandes diferenças na cinética dos IBP.</p><p>Indivíduos de metabolismo lento podem ter maior exposição após uma dose terapêutica e pode explicar a</p><p>grande variabilidade da dose observada em estudos com omeprazol em crianças.</p><p>Apenas omeprazol e lanzoprazol são aprovados pela FDA para uso em</p><p>crianças. Para menores de 1 ano, nenhum é aprovado.</p><p>Reações adversas dos IBPs</p><p>Omeprazol</p><p>náuseas, diarréia, cefaléia, tonteira, sonolência,</p><p>erupção cutânea</p><p>Lansoprazol</p><p>dor abdominal, diarréia, gastroenterite,</p><p>constipação, artralgia, dor lombar, cefaléia,</p><p>tonteira.</p><p>Esomeprazol</p><p>cefaléia, dor abdominal, náuseas, constipação,</p><p>prurido, urticária, vertigem, xerostomia</p><p>Pantoprazol</p><p>dor abdominal, cefaléia, diarréia, constipação,</p><p>prurido, angioedema, urticária,</p><p>aumento de transaminases.</p><p>AGENTES PROTETORES DA MUCOSA</p><p>■ Este fármaco consiste em um complexo de sacarose-alumínio que se</p><p>dissocia no ácido gástrico e forma uma barreira física sobre uma área</p><p>inflamada, protegendo-a contra ácido, pepsina e sais biliares.</p><p>■ Também inibe a interação entre a pepsina e seus substratos, estimula a</p><p>produção de prostaglandinas (protetoras) pela mucosa e adsorve sais</p><p>biliares. Não interfere na produção de ácido ou na secreção de gastrina.</p><p>■ Pode ocorrer constipação intestinal em 3 a 5% dos</p><p>pacientes. Sucralfato pode se ligar a outros fármacos e interferir na sua</p><p>absorção.</p><p>Sucralfato</p><p>CASO CLÍNICO</p><p>Tom é um estudante de curso de pós-graduação, de 24 anos de idade. Apresenta-se com boa saúde,</p><p>apesar de estar consumindo aproximadamente dois maços de cigarro e tomando cinco xícaras de café</p><p>por dia. Nesse momento, encontra-se estressado devido à proximidade do prazo de entrega da sua tese</p><p>de informática. Além disso, vem tomando dois comprimidos de aspirina por dia nos últimos 2 meses,</p><p>devido a uma lesão do joelho sofrida enquanto esquiava durante as férias de inverno. Nessas últimas</p><p>semanas, Tom começou a sentir uma dor em queimação na parte superior do abdome, que aparece 1 a</p><p>2 horas após a ingestão de alimento. Além disso, essa dor acorda frequentemente por volta das 3h da</p><p>madrugada. A dor é habitualmente aliviada com a ingestão de alimento e o uso de antiácidos de venda</p><p>livre. Como o aumento da intensidade da dor, Tom decide consultar o seu médico, o Dr. Smith, nos</p><p>University Health Services. O Dr. Smith verifica que o exame do abdome é normal, exceto por uma</p><p>hipersensibilidade epigástrica à palpação. Discute as opções de exames diagnóstico com Tom, incluindo</p><p>uma senografia gastroinstestinal superior e um exame de endoscópio. Tom escolhe se submeter a</p><p>endoscopia. Durante o exame, uma úlcera é identificada na porção proximal do duodeno, na parede</p><p>posterior. A úlcera mede 0,5 cm de diâmetro. Efetua-se uma biópsia de mucosa do antro gástrico para a</p><p>detecção de Helicobacter pylori.</p><p>CASO CLÍNICO</p><p>■ O diagnóstico é de úlcera duodenal. O Dr. Smith prescreve omeprazol, um inibidor de bomba de</p><p>prótons. No dia seguinte quando o relatório de patologia indica a presença de infecção por H.</p><p>pylori, o Dr. Smith prescreve bismuto, claritromicina e amoxiclina, além do inibidor da bomba de</p><p>prótons. O Dr. Smith também aconselha Tom a parar de fumar e de beber café e, sobretudo, a</p><p>evitar o uso de aspirina. SEGUNDO EPISÓDIO Tom não apresentou nenhum problema clínico</p><p>durante 10 anos que sucederam à cicatrização de sua úlcera. Aos 34 anos, desenvolve a síndrome</p><p>do túnel do carpo e começa a tomar vários comprimidos de aspirinas ao dia para aliviar a dor. Um</p><p>mês depois, aparece uma dor em queimação na parte superior do abdome. Após a ocorrência de</p><p>vômito “em borra de café” e perceber que a fezes adquiriram uma cor preta, Tom decide procurar</p><p>seu médico. O Dr. Smith efetua uma endoscopia e descobre que Tom apresenta uma úlcera</p><p>gástrica que sangrou recentemente. O Dr. Smith explica a</p><p>Tom que a doença ulcerosa péptica sofre</p><p>recorrência. O teste de respiração é negativo para H. pylori, e o médico diz que o uso de aspirina é</p><p>a causa mais provável de recorrência. Tom é tratado com antiácidos e ranitidina, um antagonista</p><p>dos receptores H2, e o médico pede que interropa o uso de aspirina. Passaram-se duas semanas,</p><p>Tom declara ao Dr. Smith que a dor no punho tornou-se insuportável e que precisa continuar com</p><p>a aspirina para conseguir se concentrar no trabalho. O Dr. Smith responde que ele pode até</p><p>continuar com a aspirina, contanto que sua medicação antiulcerosa seja modificada, substituindo</p><p>o antagonista H2 por um inibidor de bomba de prótons.</p><p>QUESTÕES</p><p>■ 1. Quais os fatores de risco apresentados por Tom para o desenvolvimento de</p><p>doença ulcerosa péptica? Qual o papel do H. pylori e do uso de AINE nesta doença?</p><p>2. Identifique os fármacos prescritos o controle da doença ulcerosa péptica de Tom</p><p>e cite brevemente seus mecanismos de ação. 3. Porque Tom recebeu um inibidor</p><p>da bomba de prótons para o tratamento de seu primeiro episódio de doença</p><p>ulcerosa péptica? 4. Por que foi prescrito um antagonista H2 no segundo episódio</p><p>e, a seguir, um inibidor da bomba de prótons quando insistiu em utilizar a aspirina</p><p>como analgésico?</p><p>■ Exercício. Montar uma tabela com os dados abaixo:</p><p>Classe terapêutica – mecanismo de ação – colaterais</p><p>Bromoprida 10 mg.</p><p>Domperidona 10 mg</p><p>Esomeprazol 20 mg</p><p>Hioscina 10 mg.</p><p>Lanzoprazol</p><p>Metoclopramida 10 mg.</p><p>Omeprazol 10, 20 mg.</p><p>Pantoprazol 20 mg</p><p>Slide 1: FARMACOLOGIA DO S. DIGESTóRIO</p><p>Slide 2</p><p>Slide 3: FARMACOLOGIA DO S. DIGESTORIO</p><p>Slide 4: FARMACOTERAPIA</p><p>Slide 5: Antiacidos</p><p>Slide 6: Antiacidos</p><p>Slide 7: DROGAS ANTI-SECRETORAS DE ÁCIDO GÁSTRICO:</p><p>Slide 8: DROGAS ANTI-SECRETORAS DE ÁCIDO GÁSTRICO:</p><p>Slide 9: DROGAS ANTI-SECRETORAS DE ÁCIDO GÁSTRICO:</p><p>Slide 10</p><p>Slide 11: Biotransformação hepática</p><p>Slide 12: Moore et al. mostraram, em 30 lactentes de 3 a 10 meses com diagnóstico comprovado de DRGE, que o omeprazol (dose de 1,0 a 2,0 mg/kg/dia) diminui a irritabilidade e o choro sem relação com a seqüência de tratamento. Os autores concluíram que</p><p>Slide 13: Reações adversas dos IBPs</p><p>Slide 14: AGENTES PROTETORES DA MUCOSA</p><p>Slide 15: CASO CLÍNICO</p><p>Slide 16: CASO CLÍNICO</p><p>Slide 17: QUESTÕES</p><p>Slide 18</p>