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Tarefa de estudos dirigidos a 
distância 
1. 
 
 
 
PRONOMES 
A classe gramatical dos pronomes tem duas funções básicas: ou eles ocupam o lugar de um 
substantivo (de acordo com a sua pessoa gramatical) ou eles dizem a que pessoa gramatical o 
substantivo está relacionado. 
 
Você deve estar perguntando: Mas quem são essas pessoas gramaticais? Elas têm 
endereço? Passam pela gente na rua? 
A sora Vivian responde: Chamamos de pessoa gramatical as únicas 3 posições possíveis e, 
qualquer situação de comunicação. Também podemos chama-las de pessoas do discurso, 
porque a Linguística e os Estudos de Gramática chamam qualquer comunicação com 
sentido de discurso. 
 
Funciona assim: imagine uma conversa ou um texto. 
A 1ª pessoa é aquela que está falando ou escrevendo. 
A 2ª pessoa é aquela com quem a 1ª está se comunicando. 
A 3ª pessoa é o assunto. 
 
Os nomes das pessoas gramaticais são os pronomes pessoais retos – aqueles que conjugam 
verbos: 
1ª pessoa: eu (uma pessoa) e nós (eu e mais alguém) 
2ª pessoa: tu (uma pessoa) e vós (quando a primeira pessoa se dirige a mais de uma pessoa ao 
mesmo tempo – mais de um tu) 
3ª pessoa – ele, ela (uma pessoa) e eles, elas. 
 
Importante: os pronomes pessoais são palavras vazias, ou seja, 
eles são ocupadas de acordo com a situação. Isso quer dizer 
que, em uma conversa, eu será quem está falando naquele 
momento, e tu será a pessoa com quem aquele eu fala; quando 
a outra pessoa, que era tu, passa a responder, ela se torna eu, e 
automaticamente a outra se torna tu. 
 
 
Mas e o VOCÊ? Ele não conjuga verbo também? Não é a mesma coisa que TU? 
Usamos a palavra você ao invés de tu em várias situações de comunicação, sim. 
Por exemplo, nas placas de trânsito e sinalizações. 
 
 A placa é PARE porque se dirige a você. Se fosse tu, teria de ser PARA. 
 
Em geral, você é considerado mais formal no Português Brasileiro. Antigamente algumas 
pessoas ficavam ofendidas quando alguém mais jovem lhes tratava como tu. Hoje em dia já não é assim. 
 
No entanto, há duas diferenças básicas entre tu e você: 
Diferença 1-Você não conjuga verbos no lugar de tu. A conjugação de você é a da 3ª pessoa. 
Assim: 
Tu percebeste o que está acontecendo? 
Você percebeu o que está acontecendo? 
Ele percebeu o que está acontecendo? 
 
Aluno(a): Turmas: 81 e 82 Data de entrega: 20/11/2020 (semanal) 
Professoras: Vivian Albertoni Componente curricular: Literatura e Língua Portuguesa 
Enviar para: soravivian@gmail.com 
 
Isso significa que o sentido de você é o mesmo de tu, 
mas a conjugação de você é a mesma de ele/ela. 
 Tarefa de estudos dirigidos a 
distância 
A razão disso (você ser conjugado como 3ª pessoa) está ligada à segunda diferença. 
 
Diferença 2-Você não é um pronome pessoal reto, e sim um pronome de tratamento. 
 
Os pronomes de tratamento são uma lista de formas de se dirigir a pessoas com algum 
cargo e/ou autoridade. São expressões como Vossa Majestade e Vossa Alteza (para reis e 
rainhas), Vossa Senhoria (para qualquer pessoa que ocupa posição superior) e Vossa Santidade (o 
Papa). 
A palavra Vossa Mercê com o tempo virou vosmecê e vossuncê e, depois, você. Em 
algumas regiões do Brasil, inclusive, temos ocê ou cê. 
Note que os pronomes de tratamento são uma forma de reforçar o poder de uma pessoa 
sobre a outra. Quando alguém diz Vossa Alteza (ou Sua Alteza), ela está dizendo que a outra 
pessoa está ‘nas alturas’, ou seja, é superior, em relação a ela – tanto que a 1ª pessoa nem está 
se dirigindo diretamente a ela, e sim falando da sua (dela) alteza, por exemplo. 
A expressão Vossa Mercê tem a ver com isso: estar à mercê é estar à disposição, estar 
submetido às vontades de alguém. É a mesma lógica do agradecimento, em Língua Portuguesa: 
dizer Obrigado e Obrigada é dizer que se deve um favor, originalmente – que se está ‘na 
obrigação’ com a outra pessoa. 
 
Pronomes Pessoais Oblíquos: Uhm? 
 
Os pronomes pessoais têm dois tipos - os retos e os oblíquos. Os retos são esses de que tratamos 
acima, que dão nome às pessoas e conjugam os verbos. Os oblíquos também dão nome às 
pessoas, só que eles são usados quando a pessoa não está conjugando o verbo, e sim sofrendo a 
ação/influência dele. 
 
Portanto, para conjugar verbo a 1ª pessoa usa eu, mas se a 1ª pessoa sofreu influência do verbo, 
ela precisa usar me, mim ou comigo. 
Exemplo errado: O gato encarou eu por um tempão. 
Exemplo certo: O gato encarou-me por um tempão ou O gato me encarou por um tempão. 
 
Da mesma forma, para conjugar verbo indicando 2ª pessoa usa-se tu, mas se a 2ª pessoa sofreu 
influência do verbo, precisa ser te, ti ou contigo. 
Exemplo errado: O gato encarou tu por um tempão. 
Exemplo certo: O gato encarou-te por um tempão ou O gato te encarou por um tempão. 
 
Agora, preste atenção no seguinte: 
Para conjugar verbo indicando 3ª pessoa, usa-se ele e ela, mas se foi a 3ª pessoa que sofreu 
influência do verbo, precisa ser o, a ou lhe. 
Exemplo errado: O gato encarou ele por um tempão. 
Exemplo certo: O gato encarou-o por um tempão ou O gato o encarou por um tempão. 
 
ALERTA: Estamos falando aqui de formas consideradas corretas na escrita formal. Na fala do dia 
a dia, usamos os pronomes retos de 3ª pessoa em qualquer lugar da frase, e não tem problema 
algum. O importante é que nos entendemos. 
 
PRONOMES: UM SACO DE GATOS? 
Existem vários tipos de pronomes (pessoal reto, pessoal oblíquo, de tratamento, possessivo, 
demonstrativo, relativo, interrogativo e indefinido), e por isso pode parecer que é uma classe de 
Portanto, como você vem de Vossa Mercê, que era uma forma respeitosa de não se 
dirigir diretamente à 2ª pessoa, ele é um pronome de 3ª pessoa, e por isso conjugado 
como 3ª pessoa. 
 Tarefa de estudos dirigidos a 
distância 
palavras meio sem critério. No entanto, para todos eles serve a regra que falamos lá no começo: 
eles estão sempre relacionados às 3 pessoas gramaticais. 
Vamos falar de apenas mais dois tipos de pronomes. 
 
PRONOMES POSSESSIVOS: informam a qual pessoa gramatical algo pertence (a posse). Toda 
vez que se usa meu, minha, teu, tua, dele, dela, nosso, nossa sabemos a quem algo pertence. 
Exemplos: 
Meu caderno estava embaixo das cobertas. >>>O caderno pertence à 1ª pessoa. 
Eu trouxe teu lanche. >>>O lanche pertence à 2ª pessoa. 
 
PRONOMES DEMONSTRATIVOS: indicam perto de qual pessoa algo está. 
Exemplos: 
De quem é esta caneta? >>>A caneta está próxima da 1ª pessoa. 
Eu nunca vi essa caneta antes. >>>A caneta está próxima da 2ª pessoa. 
Eu tinha visto aquela caneta sobre a mesa. >>>A caneta não está nem com a 1ª nem com a 2ª 
pessoa. 
 
UMA TABELA PARA VOCÊ VER, DE FORMA ORGANIZADA, UM POUCO DO SISTEMA 
PRONOMINAL DA LÍNGUA PORTUGUESA: 
PESSOA PESSOAL 
RETO 
PESSOAL 
OBLÍQUO 
POSSESSIVO DEMONSTRATIVO 
1ª pessoa do 
singular 
Eu me mim 
comigo 
meu minha 
meus minhas 
esta este 
isto 
2ª pessoa do 
singular 
Tu te ti 
contigo 
teu tua 
teus tuas 
essa esse 
isso 
3ª pessoa do 
singular 
Ela 
ele 
o a lhe 
se si consigo 
seu sua 
dele dela 
aquela aquele 
aquilo 
 
1ª pessoa do 
plural 
Nós nos 
conosco 
nossa 
nosso 
esta este 
isto 
2ª pessoa do 
plural 
Vós vos 
convosco 
vossa 
vosso 
essa esse 
isso 
3ª pessoa do 
plural 
Elas 
elas 
os as lhes 
se si consigo 
seu sua 
deles delas 
aquela aquele 
aquilo 
 
TAREFA 1: Nas frases abaixo estão sinalizados pronomes mal utilizados de 1ª e 2ª pessoa: eles 
são retos, mas estão ocupando lugar de pronomes oblíquos. Consulte a tabela para substituir o 
pronome marcado pelo pronome oblíquo correto (da mesma pessoa). 
 
a)Por favor, vem com eu no mercado! b)Uma encomenda chegou para tu. 
 
c)Eu tu falei que o plano iria dar certo. d)Venham e nós contem a história. 
 
 
TAREFA 2: Leia a história e complete com os pronomes demonstrativos corretos. 
O detetive parou na porta da sala, ao lado do advogado queali trabalha, e observou o ambiente 
atentamente. A seguir o detetive se abaixou e pegou um objeto do chão. 
-Você reconhece _____? – o detetive perguntou. 
-Eu nunca vi ______ tesoura n_____ sala - o advogado disse, já avançando para o meio do 
ambiente – Parece que o invasor deixou recados em forma de objetos que não me pertencem. 
-Interessante – o detetive entrou na sala, também, e apontou para o ventilador de teto – E 
_________ manchas vermelhas? O que são? 
-Eu não tinha visto ________ - ele empalideceu – Será outro recado? 
-É o que teremos de descobrir!

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