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<p>Unidade 3</p><p>Elaine Christine Pessoa Delgado</p><p>Milena Barbosa de Melo</p><p>LICITAÇÕES PÚBLICAS</p><p>Unidade 3| Introdução</p><p>Nesta unidade iremos entender que</p><p>a dispensa de licitação se subdivide</p><p>em licitação dispensada e</p><p>dispensável, que também alguns</p><p>instrumentos auxiliares utilizados no</p><p>procedimento licitatório e as</p><p>licitações podem ocorrer de forma</p><p>parcelada. Compreenderemos que</p><p>dos atos da Administração ainda</p><p>cabe recurso e pedido de</p><p>reconsideração e esses atos possuem</p><p>características e prazos específicos.</p><p>Figura 1 – Licitação</p><p>Unidade 3| Objetivos</p><p>1. Enunciar a contratação direta e a inexigibilidade de licitação.</p><p>2. Analisar a dispensa de licitação.</p><p>3. Identificar os instrumentos auxiliares da licitação e definir o</p><p>parcelamento da licitação.</p><p>4. Discutir a revogação e a anulação do procedimento licitatório e</p><p>explicar o recurso, a reconsideração, a impugnação e o controle das</p><p>contratações.</p><p>1. Contratação direta</p><p>Toda a administração pública,</p><p>em todos os níveis e poderes,</p><p>deverá realizar o procedimento</p><p>licitatório para a escolha da</p><p>proposta mais vantajosa antes</p><p>das futuras contratações.</p><p>Figura 2 – Contratação direta</p><p>Mas a essa regra cabe exceção, a própria Constituição Federal nos afirma</p><p>isso quando estabelece em seu art. 37, inciso XXI, que: “ressalvados os</p><p>casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações</p><p>serão contratados mediante processo de licitação que assegure igualdade</p><p>de condições a todos os concorrentes [...]” (BRASIL, 2021).</p><p>Inexigibilidade de licitação</p><p>Segundo Meirelles (2013),</p><p>a inexigibilidade de</p><p>licitação acontece quando</p><p>existe inviabilidade jurídica</p><p>de competição entre</p><p>contratantes, quer seja</p><p>pela natureza específica do</p><p>negócio, quer pelos</p><p>objetivos sociais visados</p><p>pela Administração.</p><p>Figura 3 – Inexigibilidade</p><p>Fonte: Elaborado pelas autoras com base</p><p>em Meirelles (2013) e na Lei 14.133/2021.</p><p>2. Dispensa de licitação</p><p>As possibilidades de dispensa de</p><p>licitação são taxativos/exaustivos, ou</p><p>seja, somente devem existir nas</p><p>situações previstas no art. 75 ou 76 da</p><p>Lei nº 14.133/2021. Dessa forma, não</p><p>é possível ao agente público ampliar</p><p>as hipóteses de dispensa fora dos</p><p>casos legais previstos, visto que são</p><p>estabelecidos previamente e não há</p><p>possibilidade de se dilatar as situações</p><p>positivadas, a não ser que a própria lei</p><p>estabeleça outras situações.</p><p>Figura 4 – Dispensa</p><p>Fonte: Elaborado pelas autoras com base em</p><p>Scatolino e Trindade (2016).</p><p>Consoante Di Pietro (2017), os casos de dispensa de licitação não devem</p><p>ser ampliados, pois estabelecem uma exceção à regra que exige licitação,</p><p>quando existir possibilidade de competição. Justamente por constituírem</p><p>exceção, sua interpretação deve ser feita de forma rigorosa.</p><p>Alexandrino e Paulo (2012) ainda explicam que nos casos de dispensa de</p><p>licitação é obrigatória a motivação do ato administrativo, e sempre que a</p><p>administração deixar de licitar alegando ser caso de dispensa e for</p><p>comprovado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano à</p><p>fazenda pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente</p><p>público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis.</p><p>Na licitação dispensada temos situações em que a lei estabelece que</p><p>haverá a contratação direta, não sendo possível o procedimento</p><p>licitatório. Na licitação dispensável a administração pode optar por fazer</p><p>ou não o procedimento licitatório, por tratar-se de uma atuação</p><p>discricionária.</p><p>3. Instrumentos auxiliares e o parcelamento da</p><p>licitação</p><p>Procedimentos auxiliares</p><p>Os instrumentos auxiliares também são</p><p>chamados de procedimentos auxiliares</p><p>pela lei de licitações, são eles:</p><p>• Credenciamento.</p><p>• Pré-qualificação.</p><p>• Procedimento de manifestação de</p><p>interesse.</p><p>• Sistema de registro de preços.</p><p>• Registro cadastral.</p><p>Figura 5 – Procedimentos auxiliares</p><p>Fonte: Elaborado pelas autoras com base</p><p>na Lei nº 14.133/2021.</p><p>Parcelamento de licitação</p><p>A Lei nº 14.133/2021 estabelece</p><p>que o parcelamento deve ser</p><p>adotado quando for tecnicamente</p><p>viável e economicamente</p><p>vantajoso para a administração.</p><p>Segundo o Tribunal de Contas da</p><p>União (2010), o parcelamento é a</p><p>divisão do objeto em partes</p><p>menores e independentes na qual</p><p>cada parte, item, etapa ou parcela</p><p>representa uma licitação avulsa</p><p>ou em separado.</p><p>Figura 6 – Parcelamento</p><p>Fonte: Elaborado pelas autoras com</p><p>base na Lei nº 14.133/2021.</p><p>O Tribunal de Contas da União (2010) destaca que o parcelamento é</p><p>imposto quando existir parcela de natureza específica que possa ser</p><p>executada por empresas com especialidades próprias ou diversas e for</p><p>viável técnica e economicamente, devendo em qualquer caso se</p><p>apresentar vantajoso para a Administração.</p><p>4. Revogação e anulação do procedimento licitatório, recurso,</p><p>reconsideração, impugnação e controle das contratações</p><p>Revogação e anulação do</p><p>procedimento licitatório</p><p>De acordo com Alexandrino e</p><p>Paulo (2012), se acontecer</p><p>ilegalidade insanável na prática de</p><p>algum ato do procedimento, esse</p><p>ato deverá ser anulado e a sua</p><p>anulação implica nulidade de</p><p>todas as etapas posteriores do</p><p>procedimento, dependentes ou</p><p>consequentes daquele ato.</p><p>Figura 7 – Agentes públicos da licitação</p><p>Fonte: Elaborado pelas autoras com</p><p>base na Lei nº 14.133/2021.</p><p>A Lei nº 14.133/2021 determina que a licitação deverá ser anulada, de</p><p>ofício ou através de provocação de terceiros, sempre que existir</p><p>ilegalidade insanável. E deverá ser revogada por motivo de conveniência e</p><p>oportunidade, devendo os motivos serem decorrentes de fato</p><p>superveniente devidamente comprovado. Nos dois casos deverá ser</p><p>assegurada a prévia manifestação dos interessados.</p><p>Segundo o Tribunal de Contas da União (2010), a anulação é ato que</p><p>atinge toda licitação e determina que seja encerrada de forma total. A</p><p>nulidade do procedimento licitatório torna nulo o contrato e não exonera</p><p>a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver</p><p>executado até a data em que for declarada e por outros prejuízos</p><p>regularmente comprovados.</p><p>Os atos com vícios insanáveis deverão ser indicados pela autoridade no</p><p>momento do pronunciamento da nulidade, tornando sem efeitos todos os</p><p>subsequentes que deles dependam, no qual serão apuradas as</p><p>responsabilidades de quem lhe deu causa (BRASIL, 2021).</p><p>Recurso, reconsideração e impugnação</p><p>Segundo Oliveira (2012), a</p><p>Constituição Federal garante o</p><p>direito de recorrer das decisões,</p><p>compreendendo os processos</p><p>administrativos e mais</p><p>precisamente as licitações e os</p><p>contratos. As decisões</p><p>administrativas em um</p><p>procedimento licitatório podem</p><p>ser reexaminadas através dos</p><p>pedidos de reconsideração, das</p><p>representações ou dos recursos.</p><p>Figura 8 – Recurso</p><p>Fonte: Elaborado pelas autoras com base na</p><p>Lei nº 14.133/2021.</p><p>O Tribunal de Contas da União (2010) cita que o recurso se interpõe por</p><p>meio de requerimento onde o recorrente apresenta fundamentos para o</p><p>pedido de reexame e junta os documentos julgados convenientes,</p><p>conforme dispõe o art. 60 da Lei nº 9.784/1999.</p><p>Para Oliveira (2012), o direito de recorrer das decisões administrativas</p><p>depende da observação de alguns requisitos, como prazo, interesse e</p><p>legitimidade. O licitante é parte legítima para interpor recurso, mas os</p><p>que forem inabilitados ou desclassificados perdem a legitimidade para</p><p>recorrer de atos posteriores à sua inabilitação ou desclassificação, assim</p><p>como perdem os que não interpuseram o recurso no prazo legal.</p><p>Controle das contratações</p><p>A Lei nº 14.133/2021 determina que as contratações públicas deverão se</p><p>sujeitar a práticas contínuas e permanentes de gestão de risco e de</p><p>controle preventivo, assim como as linhas de defesa:</p><p>Primeira linha – servidores e empregados públicos, agentes de licitação e</p><p>autoridades de governança.</p><p>Segunda linha – unidades de assessoramento jurídico e unidades de</p><p>controle interno.</p><p>Terceira linha – órgão central de controle interno e tribunal de contas.</p><p>Os órgãos de controle deverão possuir acesso a todos os documentos e</p><p>informações necessárias</p><p>à realização dos trabalhos de forma irrestrita,</p><p>bem como os documentos considerados como sigilosos tornando-se</p><p>corresponsáveis pelo sigilo constante neles.</p><p>Neste capítulo você compreendeu como funciona o controle das</p><p>contratações, quais as linhas de defesa, as atividades dos órgãos de</p><p>controle e os procedimentos a serem adotados em caso de suspensão</p><p>cautelar do procedimento.</p><p>Número do slide 1</p><p>Unidade 3| Introdução</p><p>Unidade 3| Objetivos</p><p>1. Contratação direta</p><p>Número do slide 5</p><p>Inexigibilidade de licitação</p><p>2. Dispensa de licitação</p><p>Número do slide 8</p><p>Número do slide 9</p><p>3. Instrumentos auxiliares e o parcelamento da licitação</p><p>Parcelamento de licitação</p><p>Número do slide 12</p><p>4. Revogação e anulação do procedimento licitatório, recurso, reconsideração, impugnação e controle das contratações</p><p>Número do slide 14</p><p>Número do slide 15</p><p>Recurso, reconsideração e impugnação</p><p>Número do slide 17</p><p>Controle das contratações</p><p>Número do slide 19</p>