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<p>Questão 1 - UEA - Geral 2023</p><p>Leia o texto de Austin Kleon, retirado do livro Roube como um artista, para responder à questão.</p><p>O escritor Jonathan Lethem disse que, quando as pessoas chamam algo de “original”, nove</p><p>entre dez vezes elas não conhecem as referências ou as fontes originais envolvidas.</p><p>O que um bom artista entende é que nada vem do nada. Todo trabalho criativo é construído</p><p>sobre o que veio antes. Nada é totalmente original.</p><p>Está lá na Bíblia: “Não há nada de novo debaixo do sol.” (Eclesiastes 1:9)</p><p>Alguns acham essa ideia deprimente, mas ela me enche de esperança. É como o escritor</p><p>francês André Gide assinalou: “Tudo que precisa ser dito já foi dito. Mas, já que ninguém estava</p><p>ouvindo, é preciso dizer outra vez.”</p><p>Se estivermos livres do fardo de ser completamente originais, podemos parar de tentar construir</p><p>algo do nada e abraçar a influência ao invés de fugirmos dela.</p><p>(Roube como um artista, 2013.)</p><p>Em “Tudo que precisa ser dito já foi dito.</p><p>Mas, já que ninguém estava ouvindo, é preciso dizer outra vez.” (4º parágrafo), a expressão</p><p>sublinhada pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido do texto, por:</p><p>a) ainda que. (conjunção subordinativa concessiva - mesmo que, ainda que, se bem</p><p>que, embora, por mais que…)</p><p>b) por mais que. (conjunção concessiva - ideia de contraste/oposição)</p><p>c) visto que. ( conjunção subordinativa causal - Porque, pois, por isso que, uma vez</p><p>que, já que, visto que, que, porquanto.)</p><p>d) à medida que. (conjunção subordinativa proporcional - À proporção que, ao passo</p><p>que, à medida que, à proporção que)</p><p>e) assim que. (conjunções subordinativas temporais são aquelas que exprimem</p><p>tempo. Exemplos: antes que, apenas, assim que, até que, depois que, logo</p><p>que, quando, tanto que. Assim que a vi, me emocionei.)</p><p>Questão 2 UEA - SIS 1° Etapa 2022</p><p>Para responder a questão, leia o trecho do “Sermão do bom ladrão”, de Antônio Vieira, proferido</p><p>em 1655.</p><p>E para que um discurso tão importante e tão grave vá assentado sobre fundamentos sólidos e</p><p>irrefragáveis¹, suponho primeiramente que sem restituição do alheio não pode haver salvação. [...]</p><p>Quer dizer: se o alheio que se tomou ou retém, se pode restituir e não se restitui, a penitência</p><p>deste e dos outros pecados não é verdadeira penitência, senão simulada e fingida, porque se não</p><p>perdoa o pecado sem se restituir o roubado, quando quem o roubou tem possibilidade de o restituir.</p><p>Esta única exceção da regra foi a felicidade do bom ladrão, e esta a razão por que ele se salvou, e</p><p>também o mau se pudera salvar sem restituírem. Como ambos saíram do naufrágio desta vida</p><p>despidos, e pegados a um pau, só esta sua extrema pobreza os podia absolver dos latrocínios que</p><p>tinham cometido, porque impossibilitados à restituição ficavam desobrigados dela. Porém se o bom</p><p>ladrão tivera bens com que restituir, ou em todo, ou em parte o que roubou, toda a sua fé e toda a</p><p>https://app.estuda.com/questoes/?cat=2&q=</p><p>sua penitência tão celebrada dos santos, não bastara a o salvar, se não restituísse. Duas coisas</p><p>lhe faltavam a este venturoso homem para se salvar: uma como ladrão que tinha sido, outra como</p><p>cristão que começava a ser. Como ladrão que tinha sido, faltava-lhe com que restituir: como cristão</p><p>que começava a ser, faltava-lhe o batismo, mas assim como o sangue que derramou na cruz, lhe</p><p>supriu o batismo, assim a sua desnudez, e a sua impossibilidade lhe supriu a restituição, e por isso</p><p>se salvou. Vejam agora, de caminho, os que roubaram na vida; e nem na vida, nem na morte</p><p>restituíram, antes na morte testaram de muitos bens, e deixaram grossas heranças a seus</p><p>sucessores; vejam aonde irão ou terão ido suas almas, e se se podiam salvar.</p><p>(Antônio Vieira. Essencial, 2011. Adaptado.)</p><p>Em “Porém se o bom ladrão tivera bens com que restituir, ou em todo, ou em parte o que roubou,</p><p>toda a sua fé e toda a sua penitência tão celebrada dos santos, não bastara a o salvar, se não</p><p>restituísse”, o termo sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido do texto, por:</p><p>a) Portanto. (conjunção coordenativa conclusiva - exprimir ideia de fechamento. Exemplos: por isso,</p><p>por isto, logo, portanto, assim, por conseguinte, pois (posposta ao verbo), por consequência, etc.</p><p>b) Assim. (conjunção coordenativa conclusiva)</p><p>c) Contudo. (conjunção coordenativa adversativa - exprimir uma oposição de fatos ou informação,</p><p>bem como a ideia de contraste. Exemplos: porém, contudo, entretanto, senão, todavia, no entanto,</p><p>não obstante, mas)</p><p>d) Porque. (conjunção coordenativa explicativa - e</p><p>e) Então. (CONCLUSIVA - Poliana não quis ficar na festa, então ela foi embora com Ítalo para casa.</p><p>Questão 3 UEA - SIS 2° Etapa 2021</p><p>Leia o capítulo “A inscrição” do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, para responder à</p><p>questão.</p><p>Tudo o que contei no fim do outro capítulo foi obra de um instante. O que se lhe seguiu foi ainda</p><p>mais rápido. Dei um pulo, e antes que ela raspasse o muro, li estes dous nomes, abertos ao prego,</p><p>e assim dispostos:</p><p>Bento</p><p>Capitolina</p><p>Voltei-me para ela; Capitu tinha os olhos no chão. Ergueu- -os logo, devagar, e ficamos a olhar</p><p>um para o outro... Confissão de crianças, tu valias bem duas ou três páginas, mas quero ser</p><p>poupado. Em verdade, não falamos nada; o muro falou por nós. Não nos movemos, as mãos é que</p><p>se estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se. Não marquei</p><p>a hora exata daquele gesto. Devia tê-la marcado; sinto a falta de uma nota escrita naquela mesma</p><p>noite, e que eu poria aqui com os erros de ortografia que trouxesse, mas não traria nenhum, tal era</p><p>a diferença entre o estudante e o adolescente. Conhecia as regras do escrever, sem suspeitar as</p><p>do amar; tinha orgias de latim e era virgem de mulheres.</p><p>Não soltamos as mãos, nem elas se deixaram cair de cansadas ou de esquecidas. Os olhos</p><p>fitavam-se e desfitavam-se, e depois de vagarem ao perto, tornavam a meter- -se uns pelos</p><p>outros... Padre futuro, estava assim diante dela como de um altar, sendo uma das faces a Epístola</p><p>e a outra o Evangelho. A boca podia ser o cálix1, os lábios a patena2. Faltava dizer a missa nova,</p><p>por um latim que ninguém aprende, e é a língua católica dos homens. Não me tenhas por</p><p>sacrílego, leitora minha devota; a limpeza da intenção lava o que puder haver menos curial3 no</p><p>estilo. Estávamos ali com o céu em nós. As mãos, unindo os nervos, faziam das duas criaturas</p><p>uma só, mas uma só criatura seráfica. Os olhos continuaram a dizer cousas infinitas, as palavras</p><p>de boca é que nem tentavam sair, tornavam ao coração caladas como vinham...</p><p>(Dom Casmurro, 2016.)</p><p>1 cálix: cálice (espécie de vaso cilíndrico que serve na missa para a consagração do vinho).</p><p>2 patena: disco metálico que serve para cobrir o cálice e sobre o qual se coloca a hóstia na missa.</p><p>3 curial: apropriado; compatível com as normas, regras.</p><p>Em “eu poria aqui com os erros de ortografia que trouxesse, mas não traria nenhum, tal era a</p><p>diferença entre o estudante e o adolescente” (4° parágrafo), o termo sublinhado pode ser</p><p>substituído, sem prejuízo para o sentido da frase, por:</p><p>a) assim. (conjunção coordenativa conclusiva)</p><p>b) como. (conjunção subordinativa comparativa)</p><p>c) contudo. (conjunção coordenativa adversativa)</p><p>d) embora. (conjunção subordinativa concessiva)</p><p>e) portanto. (conjunção coordenativa conclusiva)</p><p>Questão 4 UEA-Específico Biológicas 2020</p><p>Leia o poema de Álvares de Azevedo para responder a questão.</p><p>Adeus, meus sonhos!</p><p>Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!</p><p>Não levo da existência uma saudade!</p><p>E tanta vida que meu peito enchia</p><p>Morreu na minha triste mocidade!</p><p>Misérrimo! votei meus pobres dias</p><p>À sina doida de um amor sem fruto...</p><p>E minh’alma na treva agora dorme</p><p>Como um olhar que a morte envolve em luto.</p><p>Que me resta, meu Deus?!... morra comigo</p><p>A estrela de meus cândidos amores,</p><p>Já que não levo no meu peito morto</p><p>Um punhado sequer de murchas flores!</p><p>(Lira dos vinte anos, 2011.)</p><p>No último verso do poema, o adjetivo “murchas” equivale a</p><p>a) suaves, sensíveis.</p><p>b) isoladas, pouco numerosas.</p><p>c) plenas, intensas.</p><p>d) simples, comuns.</p><p>e) fracas,</p><p>sem vida.</p><p>Questão 5 UEA-Específico Biológicas 2020</p><p>Leia os parágrafos de E. H. Gombrich para responder a questão.</p><p>Nada existe realmente a que se possa dar o nome Arte. Existem somente artistas. Outrora, eram</p><p>homens que apanhavam um punhado de terra colorida e com ela modelavam toscamente as</p><p>formas de um bisão na parede de uma caverna; hoje, alguns compram suas tintas e desenham</p><p>cartazes para tapumes; eles faziam e fazem muitas outras coisas. Não prejudica ninguém dar o</p><p>nome de arte a todas essas atividades, desde que se conserve em mente que tal palavra pode</p><p>https://app.estuda.com/questoes/?cat=2&q=</p><p>significar coisas muito diferentes, em tempos e lugares diferentes, e que Arte com A maiúsculo não</p><p>existe. Na verdade, Arte com A maiúsculo passou a ser algo como um bicho-papão, como um</p><p>fetiche. Podemos esmagar um artista dizendo-lhe que o que ele acaba de fazer pode ser excelente</p><p>a seu modo, só que não é “Arte”. E podemos desconcertar qualquer pessoa que esteja</p><p>contemplando com deleite uma tela, declarando que aquilo que ela tanto aprecia não é Arte, mas</p><p>uma coisa muito diferente.</p><p>Na realidade, não penso que existam quaisquer razões erradas para se gostar de uma estátua</p><p>ou de uma tela. Alguém pode gostar de certa paisagem porque esta lhe recorda a terra natal ou de</p><p>um retrato porque lhe lembra um amigo. Nada há de errado nisso. Todos nós, quando vemos um</p><p>quadro, somos fatalmente levados a recordar mil e uma coisas que influenciam o nosso agrado ou</p><p>desagrado. Na medida em que essas lembranças nos ajudam a fruir do que vemos, não temos por</p><p>que nos preocupar. Só quando alguma recordação irrelevante nos torna preconceituosos, quando</p><p>instintivamente voltamos as costas a um quadro magnífico de uma cena alpina porque não</p><p>gostamos de praticar o alpinismo, é que devemos sondar o nosso íntimo para desvendar as razões</p><p>da aversão que estraga um prazer que, de outro modo, poderíamos ter tido. Existem razões</p><p>erradas para não se gostar de uma obra de arte.</p><p>(A história da arte, 2012.)</p><p>“Podemos esmagar um artista dizendo-lhe que o que ele acaba de fazer pode ser excelente a seu</p><p>modo, só que não é ‘Arte’.” (1º parágrafo)</p><p>No contexto em que se encontra, o segmento sublinhado tem significado equivalente a:</p><p>a) se não for arte.</p><p>b) mas não é arte.</p><p>c) porque não é arte.</p><p>d) mesmo que não seja arte.</p><p>e) na medida em que não é arte.</p><p>Questão 6 UEA-Específico Humanas 2020</p><p>Leia o poema de Álvares de Azevedo para responder a questão.</p><p>Adeus, meus sonhos!</p><p>Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!</p><p>Não levo da existência uma saudade!</p><p>E tanta vida que meu peito enchia</p><p>Morreu na minha triste mocidade!</p><p>Misérrimo! votei meus pobres dias</p><p>À sina doida de um amor sem fruto...</p><p>E minh’alma na treva agora dorme</p><p>Como um olhar que a morte envolve em luto.</p><p>Que me resta, meu Deus?!... morra comigo</p><p>A estrela de meus cândidos amores,</p><p>Já que não levo no meu peito morto</p><p>Um punhado sequer de murchas flores!</p><p>(Lira dos vinte anos, 2011.)</p><p>“E minh’alma na treva agora dorme</p><p>Como um olhar que a morte envolve em luto.” (2a estrofe)</p><p>A palavra sublinhada divide o trecho em duas partes e</p><p>a) estabelece uma relação de causa e efeito entre duas ideias.</p><p>b) introduz um exemplo para uma ideia geral apresentada.</p><p>c) estabelece uma comparação entre duas ideias semelhantes.</p><p>d) introduz uma condição para que a primeira afirmação tenha validade.</p><p>e) introduz uma conclusão para uma premissa apresentada.</p><p>Questão 7 UEA-Específico Humanas 2020</p><p>Leia os parágrafos de E. H. Gombrich para responder a questão.</p><p>Nada existe realmente a que se possa dar o nome Arte. Existem somente artistas. Outrora, eram</p><p>homens que apanhavam um punhado de terra colorida e com ela modelavam toscamente as</p><p>formas de um bisão na parede de uma caverna; hoje, alguns compram suas tintas e desenham</p><p>cartazes para tapumes; eles faziam e fazem muitas outras coisas. Não prejudica ninguém dar o</p><p>nome de arte a todas essas atividades, desde que se conserve em mente que tal palavra pode</p><p>significar coisas muito diferentes, em tempos e lugares diferentes, e que Arte com A maiúsculo não</p><p>existe. Na verdade, Arte com A maiúsculo passou a ser algo como um bicho-papão, como um</p><p>fetiche. Podemos esmagar um artista dizendo-lhe que o que ele acaba de fazer pode ser excelente</p><p>a seu modo, só que não é “Arte”. E podemos desconcertar qualquer pessoa que esteja</p><p>contemplando com deleite uma tela, declarando que aquilo que ela tanto aprecia não é Arte, mas</p><p>uma coisa muito diferente</p><p>Na realidade, não penso que existam quaisquer razões erradas para se gostar de uma estátua</p><p>ou de uma tela. Alguém pode gostar de certa paisagem porque esta lhe recorda a terra natal ou de</p><p>um retrato porque lhe lembra um amigo. Nada há de errado nisso. Todos nós, quando vemos um</p><p>quadro, somos fatalmente levados a recordar mil e uma coisas que influenciam o nosso agrado ou</p><p>desagrado. Na medida em que essas lembranças nos ajudam a fruir do que vemos, não temos por</p><p>que nos preocupar. Só quando alguma recordação irrelevante nos torna preconceituosos, quando</p><p>instintivamente voltamos as costas a um quadro magnífico de uma cena alpina porque não</p><p>gostamos de praticar o alpinismo, é que devemos sondar o nosso íntimo para desvendar as razões</p><p>da aversão que estraga um prazer que, de outro modo, poderíamos ter tido. Existem razões</p><p>erradas para não se gostar de uma obra de arte.</p><p>(A história da arte, 2012.)</p><p>“Podemos esmagar um artista dizendo-lhe que o que ele acaba de fazer pode ser excelente a seu</p><p>modo, só que não é ‘Arte’.” (1º parágrafo)</p><p>No contexto em que se encontra, o segmento sublinhado tem significado equivalente a:</p><p>a) porque não é arte.</p><p>b) mas não é arte.</p><p>c) se não for arte.</p><p>d) na medida em que não é arte.</p><p>e) mesmo que não seja arte.</p><p>Questão 8 UEA - SIS 3° Etapa 2019</p><p>Leia o trecho do romance A hora da estrela, de Clarice Lispector, para responder à questão.</p><p>Nesta manhã de dia 7, o êxtase inesperado para o seu tamanho pequeno corpo. A luz aberta e</p><p>rebrilhante das ruas atravessava a sua opacidade. Maio, mês dos véus de noiva flutuando em</p><p>branco.</p><p>O que se segue é apenas uma tentativa de reproduzir três páginas que escrevi e que a minha</p><p>cozinheira, vendo-as soltas, jogou no lixo para o meu desespero – que os mortos me ajudem a</p><p>suportar o quase insuportável, já que de nada me valem os vivos. Nem de longe consegui igualar a</p><p>tentativa de repetição artificial do que originalmente eu escrevi sobre o encontro com o seu futuro</p><p>namorado. É com humildade que contarei agora a história da história. Portanto se me perguntarem</p><p>como foi direi: não sei, perdi o encontro.</p><p>[...]</p><p>O rapaz e ela se olharam por entre a chuva e se reconheceram como dois nordestinos, bichos</p><p>da mesma espécie que se farejam. Ele a olhara enxugando o rosto molhado com as mãos. E a</p><p>moça, bastou-lhe vê-lo para torná-lo imediatamente sua goiabada-com-queijo.</p><p>Ele...</p><p>Ele se aproximou e com a voz cantante de nordestino que a emocionou, perguntou-lhe:</p><p>— E se me desculpe, senhorita, posso convidar a passear?</p><p>— Sim, respondeu atabalhoadamente com a pressa antes que ele mudasse de ideia.</p><p>— E, se me permite, qual é mesmo a sua graça?</p><p>— Macabéa.</p><p>— Maca, o quê?</p><p>— Béa, foi ela obrigada a completar.</p><p>— Me desculpe mas até parece doença, doença de pele.</p><p>— Eu também acho esquisito mas minha mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora da Boa</p><p>Morte se eu vingasse, até um ano de idade eu não era chamada não tinha nome, eu preferia</p><p>continuar a nunca ser chamada em vez de ter um nome que ninguém tem mas parece que deu</p><p>certo. — Parou um instante retomando o fôlego perdido e acrescentou desanimada e com pudor:</p><p>— Pois como o senhor vê eu vinguei... pois é...</p><p>— Também no sertão da Paraíba promessa é questão de grande dívida de honra.</p><p>Eles não sabiam como se passeia. Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da vitrine de</p><p>uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos, latas, parafusos grandes e</p><p>pregos. E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse uma ruptura, disse ao</p><p>recém-namorado:</p><p>— Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor?</p><p>(A hora da estrela,</p><p>1998.)</p><p>"Portanto se me perguntarem como foi direi: não sei, perdi o encontro.” (2º parágrafo)</p><p>Considerando o contexto, o termo sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido do</p><p>texto, por:</p><p>a) entretanto. (conjunção coordenada adversativa)</p><p>b) porém. (conjunção coordenada adversativa)</p><p>c) conforme (conjunção subordinada conformativa)</p><p>d) contudo. (conjunção coordenada adversativa)</p><p>e) logo. (conjunção coordenada conclusiva)</p><p>As conjunções coordenativas são elementos que usamos dentro de um determinado período para</p><p>unir duas orações coordenadas, formando assim uma nova. É importante lembrar que as orações</p><p>coordenadas são frases independentes que não precisam de outra para mostrar lógica, fazer</p><p>sentido ou passar uma informação completa.</p><p>Questão 9 UEA-Específico Biológicas 2018</p><p>Considere o trecho do romance O quinze, de Rachel de Queiroz, para responder à questão.</p><p>Armado com um cartãozinho do bispo e um bilhete particular de Conceição à senhora que</p><p>administrava o serviço, Chico Bento conseguiu obter o ambicionado lugar no açude do Tauape.</p><p>No bilhete, a moça fazia o possível para comover a destinatária; e a senhora, apesar de já se ter</p><p>habituado a esses pedidos que falavam sempre numa mesma pobreza extrema e em criancinhas</p><p>famintas, achou jeito de desentulhar uma pá, e ela mesma guiou o vaqueiro aturdido, com seu ferro</p><p>na mão, e o entregou ao feitor.</p><p>Duramente Chico Bento trabalhou todo o dia no serviço da barragem.</p><p>Só de longe em longe parava para tomar um fôlego, sentindo o pobre peito cansado e os</p><p>músculos vadios.</p><p>E o almoço, ao meio-dia, onde, junto do pirão, um naco de carne cheiroso emergia, mal o</p><p>soergueu e o animou.</p><p>Já era tão antiga, tão bem instalada a sua fome, para fugir assim, diante do primeiro prato de</p><p>feijão, da primeira lasca de carne!…</p><p>(O quinze, 2009.)</p><p>“E o almoço, ao meio-dia, onde, junto do pirão, um naco de carne cheiroso emergia, mal o</p><p>soergueu e o animou.” (5º parágrafo)</p><p>Os pronomes sublinhados retomam o sentido de:</p><p>a) “almoço”.</p><p>b) “naco de carne cheiroso”.</p><p>c) “serviço da barragem”.</p><p>d) “Chico Bento”.</p><p>e) “pirão”.</p><p>Questão 10 - UEA-Específico Humanas 2018</p><p>Considere o texto de Rodrigo Duarte para responder à questão.</p><p>Um dos aspectos mais óbvios de nossa realidade – amplamente difundido em todo o mundo</p><p>contemporâneo – é a divisão do tempo de cada um numa parte dedicada ao trabalho e noutra</p><p>dedicada ao lazer. Mas essa realidade atual, por mais evidente que seja para nós, não deveria nos</p><p>levar à crença enganosa de que terá sido sempre assim: a divisão entre tempo de trabalho e tempo</p><p>livre – inexistente na Idade Média e no período que a sucedeu imediatamente – se consolidou</p><p>apenas com o amadurecimento do modo de produção capitalista, isto é, após a chamada</p><p>Revolução Industrial, que eliminou o trabalho produtivo realizado nas próprias casas dos</p><p>trabalhadores (quase sempre com o auxílio de suas famílias), limitando as atividades à grande</p><p>indústria: um estabelecimento exclusivamente dedicado à produção por meio de maquinário</p><p>pesado, concentrando massas de operários em turnos de trabalhos previamente estabelecidos.</p><p>Na Idade Média, por um lado, a aristocracia, mesmo não tendo necessidade de se dedicar a</p><p>qualquer trabalho produtivo, reservava para si atividades que, não obstante seu caráter</p><p>socialmente obrigatório, eram também consideradas prazerosas. Os bailes e jantares, as festas e</p><p>os concertos, as caçadas e a frequência às óperas eram parte integrante da vida cortesã e nobre.</p><p>Por outro lado, o horizonte vital das classes servis – e possivelmente também da burguesia em</p><p>sua fase inicial – era dado pelo trabalho de sol a sol, com pouquíssimo tempo que extrapolasse a</p><p>produção material. Esse exíguo período antes do sono preparador para a próxima jornada de</p><p>trabalho, e mbora não deva ser entendido como tempo de lazer no sentido moderno do termo,</p><p>provavelmente constituía o momento coletivo de se cantar e narrar, tempo que servia, ao mesmo</p><p>tempo, como pretexto e elemento aglutinador para a comida e a bebida em comum.</p><p>(Indústria cultural: uma introdução, 2010.)</p><p>“um estabelecimento exclusivamente dedicado à produção por meio de maquinário pesado,</p><p>concentrando massas de operários em turnos de trabalhos previamente estabelecidos” (1º</p><p>parágrafo)</p><p>O termo sublinhado, no contexto em que está inserido, indica que se trata de</p><p>a) um estabelecimento autorizado e regulamentado por lei.</p><p>b) um estabelecimento com rígidas regras de conduta.</p><p>c) um estabelecimento isolado de seu exterior.</p><p>d) um estabelecimento voltado para uma única finalidade.</p><p>e) um estabelecimento preparado para exercer sua função.</p><p>Questão 11 UEA-Específico Biológicas 2017</p><p>Leia o poema de Thiago de Mello para responder à questão.</p><p>Milagre que dói</p><p>De que me vale a mordida</p><p>inútil da indignação</p><p>perante a fome que fere</p><p>a vida da multidão</p><p>de deserdados do mundo?</p><p>De que me vale a palavra</p><p>queimando no coração</p><p>que há tempo se ergue em clamor</p><p>contra o que mancha a beleza</p><p>e degrada a dignidade</p><p>de um homem que é meu irmão?</p><p>São oitocentos milhões,</p><p>estatística sinistra,</p><p>no mundo inteiro, que vivem</p><p>sem saber gosto de pão.</p><p>Porque mais perto de mim,</p><p>me queima o fogo da fome</p><p>das crianças barrigudinhas</p><p>de amebas, magras, banguelas</p><p>e contudo vivem, nadam</p><p>e brincam. Só de milagre</p><p>da verde mão da floresta.</p><p>Viajando o Amazonas, 96.</p><p>(Campo de milagres, 1998.)</p><p>Os conectivos “Porque” e “contudo”, em destaque na última estrofe, expressam, respectivamente,</p><p>a) conclusão e condição.</p><p>b) explicação e conclusão.</p><p>c) causa e conclusão.</p><p>d) explicação e contraste entre ideias.</p><p>e) condição e contraste entre ideias.</p><p>Questão 11 UEA - SIS 3ª Etapa 2017</p><p>Leia o trecho de Os sertões, de Euclides da Cunha (1866-1909), para responder à questão.</p><p>O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços</p><p>neurastênicos do litoral.</p><p>A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica</p><p>impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas.</p><p>É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a fealdade típica</p><p>dos fracos. O andar sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e sinuoso, aparenta a translação de</p><p>membros desarticulados. Agrava-o a postura normalmente abatida, num manifestar de displicência</p><p>que lhe dá um caráter de humildade deprimente. A pé, quando parado, recosta-se invariavelmente</p><p>ao primeiro umbral ou parede que encontra; a cavalo, se sofreia o animal para trocar duas palavras</p><p>com um conhecido, cai logo sobre um dos estribos, descansando sobre a espenda da sela.</p><p>Caminhando, mesmo a passo rápido, não traça trajetória retilínea e firme. Avança celeremente,</p><p>num bambolear característico, de que parecem ser o traço geométrico os meandros das trilhas</p><p>sertanejas. E se na marcha estaca pelo motivo mais vulgar, para enrolar um cigarro, bater o</p><p>isqueiro, ou travar ligeira conversa com um amigo, cai logo — cai é o termo — de cócoras,</p><p>atravessando largo tempo numa posição de equilíbrio instável, em que todo o seu corpo fica</p><p>suspenso pelos dedos grandes dos pés, sentado sobre os calcanhares, com uma simplicidade a</p><p>um tempo ridícula e adorável.</p><p>(Os sertões, 2001.)</p><p>Em “A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário.” (2° parágrafo), o</p><p>termo destacado pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido do texto, por:</p><p>a) portanto.</p><p>b) além disso.</p><p>c) assim.</p><p>d) todavia.</p><p>e) por isso.</p><p>Questão 12 UEA - SIS 1ª Etapa 2012</p><p>Instrução: Leia o poema para responder à questão.</p><p>Destes penhascos fez a natureza</p><p>O berço em que nasci: oh! quem cuidara</p><p>Que entre penhas tão duras se criara</p><p>Uma alma terna, um peito sem dureza!</p><p>Amor, que vence os tigres, por empresa</p><p>Tomou logo render-me; ele declara</p><p>Contra o meu coração guerra tão rara,</p><p>Que não me foi bastante a fortaleza.</p><p>Por mais que eu mesmo conhecesse o dano</p><p>A que dava ocasião minha brandura,</p><p>Nunca pude fugir ao cego engano:</p><p>Vós, que ostentais a condição mais dura,</p><p>Temei, penhas, temei; que Amor</p><p>tirano,</p><p>Onde há mais resistência, mais se apura.</p><p>(Cláudio Manuel da Costa. Soneto XCVIII. Obras, 1996.)</p><p>O pronome pessoal pode representar uma forma nominal anteriormente expressa. O pronome ele,</p><p>na segunda estrofe, representa</p><p>a) penhascos.</p><p>b) berço.</p><p>c) peito.</p><p>d) amor.</p><p>e) tigres.</p><p>Questão 13 UEA - SIS 1ª Etapa 2012</p><p>Instrução: Leia o texto para responder à questão.</p><p>“Café de tucumã” é apresentado em mostra de ciência da SBPC</p><p>Produzido com a amêndoa do fruto do tucumã, o café da Amazônia faz sucesso na ExpoT&C,</p><p>mostra de ciência, tecnologia e inovação da 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o</p><p>Progresso da Ciência (SBPC). Segundo a professora de química Alessandra Lopes Guimarães, a</p><p>descoberta do café ocorreu por acaso, na busca de potencialidades do fruto bastante conhecido na</p><p>Amazônia Legal:</p><p>“Junto com meus alunos do ensino médio, ao pesquisar o fruto, começamos a sentir um cheiro</p><p>muito forte, semelhante ao do café. Depois de algumas análises, chegamos ao produto”, contou a</p><p>professora à Agência Brasil.</p><p>O pó de café de tucumã tem o mesmo aspecto e odor do tradicional, “com o benefício de ser</p><p>descafeinado”, relatou a professora. Além dele, a amêndoa do fruto produz óleo, manteiga e azeite.</p><p>O tucumã é ingrediente de várias receitas amazonenses. Com a polpa é possível fazer sorvete,</p><p>iogurte, bolo e o X-Caboclinho, sanduíche regional com presunto, queijo de coalho e o fruto. “É o</p><p>preferido da região”, disse ela.</p><p>O fruto do tucumanzeiro, palmeira espinhosa que chega a alcançar 15 metros de altura, é colhido</p><p>ao cair, quando maduro. A casca também é aproveitada para produção de adubo, e o caroço serve</p><p>para artesanato. “Nós que vivemos em comunidades rurais e ribeirinhas temos dificuldades de ir</p><p>até a cidade, muitas vezes por falta de acessibilidade. Para compensar, aproveitamos ao máximo</p><p>todas as possibilidades que a mata tem a nos oferecer. Ela não deixa nos faltar nada”, ressaltou.</p><p>De acordo com Alessandra Lopes, o café de tucumã está em fase experimental e ainda não é</p><p>produzido comercialmente.</p><p>(http://agenciabrasil.ebc.com.br. Adaptado.)</p><p>Assinale a alternativa em que a preposição em destaque expressa ideia de finalidade.</p><p>a) Café de tucumã é apresentado em mostra de ciência da SBPC.</p><p>b) O fruto do tucumanzeiro, palmeira espinhosa que chega a alcançar 15 metros de altura, é</p><p>colhido ao cair, quando maduro.</p><p>c) Nós que vivemos em comunidades rurais e ribeirinhas temos dificuldades de ir até a cidade.</p><p>d) Para compensar, aproveitamos ao máximo todas as possibilidades que a mata tem a nos</p><p>oferecer.</p><p>e) De acordo com Alessandra Lopes, o café de tucumã está em fase experimental.</p><p>Questão 14 UEA - SIS 2ª Etapa 2012</p><p>Instrução: Leia o texto para responder à questão.</p><p>O Amazonas das musas e dos poetas esquecidos</p><p>Sem sombra de dúvida, o Amazonas possui um dos mais talentosos grupos de poetas do Brasil.</p><p>Alguém já havia dito que, historicamente, sempre tivemos uma tendência à poesia, não</p><p>importando, num primeiro momento, se era boa ou ruim.</p><p>Os mais destacados poetas amazonenses são justamente os que romperam a fronteira do</p><p>regionalismo literário e construíram uma poesia afinada com o seu tempo, passando ao largo dos</p><p>adoradores de gramática. Aos novos pesquisadores, uma tarefa torna-se imprescindível: revisar</p><p>criticamente nossa historiografia, quase sempre regionalista e centrada na região Sudeste do país.</p><p>As outras regiões figuram em muitos estudos como nota de rodapé e, quando muito, em um</p><p>parágrafo à parte. Com as exceções de praxe, claro.</p><p>(Márcio Braz. www.emtempo.com.br. Adaptado.)</p><p>No primeiro parágrafo, os verbos apresentam-se no presente e no pretérito. Para substituir o tempo</p><p>composto havia dito por tempo simples, mantendo a adequada correlação dos tempos verbais, a</p><p>forma a ser empregada deve ser:</p><p>a) dirá.</p><p>b) disse.</p><p>c) diz.</p><p>d) diria.</p><p>e) diga.</p><p>Questão 15 UEA - SIS Conhecimentos Gerais 2011</p><p>Instrução: Leia o texto para responder à questão.</p><p>Vila amazônica vai ganhar exposição inédita pela internet</p><p>A comunidade de Tumbira, na Reserva Florestal do Rio Negro, fica a apenas duas horas de barco</p><p>de Manaus. É um trajeto bem curto para uma região em que são comuns as viagens por rio de</p><p>vários dias entre uma localidade e outra.</p><p>A localização de Tumbira é privilegiada não só pela pouca distância da capital amazonense, mas</p><p>também pela beleza do lugar, rodeado por florestas virgens e às margens de um igarapé no qual,</p><p>com um pouco de paciência, é possível ver de vez em quando um boto cor-de-rosa.</p><p>Apesar dos atrativos, os oito quartos da única pousada do local passam a maior parte do tempo</p><p>vazios. Só de vez em quando aparecem alguns pesquisadores, funcionários públicos ou jornalistas</p><p>interessados nas experiências de desenvolvimento sustentável da área. Turistas, mesmo, são bem</p><p>raros.</p><p>Mas agora Tumbira vai aparecer para o mundo: o Google começou na comunidade um projeto</p><p>piloto de fazer imagens do rio, da floresta e da vila, para disponibilizá-las online</p><p>Trata-se de uma versão fluvial do Google Street View, em que o usuário consegue simular, via</p><p>internet, uma caminhada pelas ruas de uma cidade.</p><p>(O Estado de S.Paulo, 19.08.2011. Adaptado.)</p><p>Em português, certos substantivos apresentam uma só forma para os dois gêneros, distinguindo o</p><p>masculino do feminino pelo gênero do artigo ou de outro determinativo acompanhante. No texto,</p><p>um exemplo de substantivo comum de dois gêneros é</p><p>a) funcionários.</p><p>b) pesquisadores.</p><p>c) boto cor-de-rosa.</p><p>d) jornalistas.</p><p>e) usuário.</p><p>Questão 16 - UEA - SIS 2° Etapa 2022</p><p>Leia o trecho do romance O cortiço, de Aluísio Azevedo, para responder à questão.</p><p>E [Jerônimo] viu a Rita Baiana, que fora trocar o vestido por uma saia, surgir de ombros e braços</p><p>nus, para dançar. A lua destoldara-se nesse momento, envolvendo-a na sua coma1 de prata, a</p><p>cujo refulgir os meneios da mestiça melhor se acentuavam, cheios de uma graça irresistível,</p><p>simples, primitiva, feita toda de pecado, toda de paraíso, com muito de serpente e muito de mulher.</p><p>Ela saltou em meio da roda, com os braços na cintura, rebolando as ilhargas2 e bamboleando a</p><p>cabeça, ora para a esquerda, ora para a direita, como numa sofreguidão de gozo carnal, num</p><p>requebrado luxurioso que a punha ofegante; já correndo de barriga empinada; já recuando de</p><p>braços estendidos, a tremer toda, como se se fosse afundando num prazer grosso que nem azeite,</p><p>em que se não toma pé e nunca se encontra fundo. [...]</p><p>E, arrastado por ela, pulou à arena o Firmo, ágil, de borracha, a fazer coisas fantásticas com as</p><p>pernas, a derreter-se todo, a sumir-se no chão, a ressurgir inteiro com um pulo, os pés no espaço,</p><p>batendo os calcanhares; os braços a querer fugirem-lhe dos ombros, a cabeça a querer saltar-lhe.</p><p>E depois, surgiu também a Florinda, e logo o Albino e até, quem diria! o grave e circunspecto</p><p>Alexandre.</p><p>O chorado arrastava-os a todos, despoticamente, desesperando aos que não sabiam dançar.</p><p>Mas, ninguém como a Rita; só ela, só aquele demônio, tinha o mágico segredo daqueles</p><p>movimentos de cobra amaldiçoada; aqueles requebros que não podiam ser sem o cheiro que a</p><p>mulata soltava de si e sem aquela voz doce, quebrada, harmoniosa, arrogante, meiga e suplicante.</p><p>E Jerônimo via e escutava, sentindo ir-se-lhe toda a alma pelos olhos enamorados.</p><p>Naquela mulata estava o grande mistério, a síntese das impressões que ele recebeu chegando</p><p>aqui: ela era a luz ardente do meio-dia; ela era o calor vermelho das sestas da fazenda; era o</p><p>aroma quente dos trevos e das baunilhas, que o atordoara nas matas brasileiras; [...] ela era a</p><p>cobra verde e traiçoeira, a lagarta viscosa, a muriçoca doida, que esvoaçava havia muito tempo em</p><p>torno do corpo dele, assanhando-lhe os desejos, acordando-lhe as fibras embambecidas pela</p><p>saudade da terra, picando-lhe as artérias, para lhe cuspir dentro do sangue uma centelha daquele</p><p>amor setentrional, uma nota daquela música feita de gemidos de prazer, uma larva daquela nuvem</p><p>de cantáridas3 que zumbiam em torno da Rita Baiana e espalhavam-se pelo ar numa</p><p>fosforescência</p><p>afrodisíaca.</p><p>(O cortiço, 2016.)</p><p>1 coma: cabeleira.</p><p>2 ilharga: anca, quadril.</p><p>3 cantárida: besouro.</p><p>Em “O chorado arrastava-os a todos, despoticamente, desesperando aos que não sabiam dançar”</p><p>(4º parágrafo), o advérbio “despoticamente” personifica a música atribuindo - lhe um traço</p><p>a) impositivo.</p><p>b) nostálgico.</p><p>c) cômico.</p><p>d) melancólico.</p><p>e) enigmático.</p><p>Questão 17 - UEA-Específico Biológicas 2019</p><p>Leia o texto de Jonathan Culler para responder à questão.</p><p>Era uma vez um tempo em que literatura significava sobretudo poesia. O romance era um</p><p>recém-chegado, próximo demais da biografia ou da crônica para ser genuinamente literário, uma</p><p>forma popular que não poderia aspirar às altas vocações da poesia lírica e épica. Mas no século</p><p>XX o romance eclipsou a poesia, tanto como o que os escritores escrevem quanto como o que os</p><p>leitores leem e, desde os anos 60, a narrativa passou a dominar também a educação literária. As</p><p>pessoas ainda estudam poesia — muitas vezes isso é exigido — mas os romances e os contos</p><p>tornaram-se o núcleo do currículo.</p><p>Isso não é apenas um resultado das preferências de um público leitor de massa, que</p><p>alegremente escolhe histórias mas raramente lê poemas. As teorias literária e cultural têm afirmado</p><p>cada vez mais a centralidade cultural da narrativa. As histórias, diz o argumento, são a principal</p><p>maneira pela qual entendemos as coisas, quer ao pensar em nossas vidas como uma progressão</p><p>que conduz a algum lugar, quer ao dizer a nós mesmos o que está acontecendo no mundo. A</p><p>explicação científica busca o sentido das coisas colocando-as sob leis — sempre que a e b</p><p>prevalecerem, ocorrerá c — mas a vida geralmente não é assim. Ela segue não uma lógica</p><p>científica de causa e efeito mas a lógica da história, em que entender significa conceber como uma</p><p>coisa leva a outra, como algo poderia ter sucedido: como Maggie acabou vendendo software em</p><p>Cingapura, como o pai de Jorge veio a lhe dar um carro.</p><p>(Teoria literária: uma introdução, 1999.)</p><p>Advérbio é uma palavra invariável que pode modificar o sentido de um verbo, de um adjetivo, de</p><p>outro advérbio ou de uma oração inteira.</p><p>Um advérbio que modifica o sentido de um adjetivo ocorre em:</p><p>a) “sempre que a e b prevalecerem, ocorrerá c” (2º parágrafo)</p><p>b) “próximo demais da biografia ou da crônica para ser genuinamente literário” (1º parágrafo)</p><p>c) “literatura significava sobretudo poesia” (1º parágrafo)</p><p>d) “um público leitor de massa, que alegremente escolhe histórias” (2º parágrafo)</p><p>e) “As teorias literária e cultural têm afirmado cada vez mais a centralidade cultural da narrativa” (2º</p><p>parágrafo)</p><p>Questão 18 UEA-Específico Biológicas 2019</p><p>Leia o trecho do romance A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, para responder às</p><p>questão.</p><p>Chegou o sábado. O nosso Augusto, depois de muitos rodeios e cerimônias, pediu finalmente</p><p>licença para ir passar o dia de domingo na ilha de… e obteve em resposta um não redondo; jurou</p><p>que tinha dado sua palavra de honra de lá se achar nesse dia e o pai, para que o filho não</p><p>cumprisse a palavra, nem faltasse à honra, julgou muito conveniente trancá-lo em seu quarto.</p><p>Mania antiga é essa de querer triunfar das paixões com fortes meios; erro palmar, principalmente</p><p>no caso em que se acha o nosso estudante; amor é um menino doidinho e malcriado que, quando</p><p>alguém intenta refreá-lo, chora, escarapela, esperneia, escabuja, morde, belisca e incomoda mais</p><p>que solto e livre; prudente é facilitar-lhe o que deseja, para que ele disso se desgoste; soltá-lo no</p><p>prado, para que não corra; limpar-lhe o caminho, para que não passe; acabar com as dificuldades</p><p>e oposições, para que ele durma e muitas vezes morra. O amor é um anzol que, quando se engole,</p><p>agadanha-se logo no coração da gente, donde, se não é com jeito, o maldito rasga, esburaca e se</p><p>aprofunda.</p><p>(A moreninha, 1997.)</p><p>A forma verbal no pretérito mais-que-perfeito, indicando uma ação, anterior a outra, ambas</p><p>ocorridas no passado, encontra-se em:</p><p>a) “Chegou o sábado.” (1º parágrafo) Explicação (o verbo “chegou” está conjugado no pretérito</p><p>perfeito do modo indicativo)</p><p>b) “para que o filho não cumprisse a palavra” (1º parágrafo) Explicação (o verbo “cumprisse” está</p><p>conjugado no pretérito imperfeito do modo subjuntivo)</p><p>c) “Mania antiga é essa de querer triunfar das paixões com fortes meios” (2º parágrafo) Explicação</p><p>( o verbo “é” está conjugado na 3ª pessoa do singular, tempo presente, modo indicativo - já o verbo</p><p>“querer triunfar” é uma locução verbal. Com ideia de ação futura. Locuções verbais são</p><p>expressões constituídas por dois verbos, um auxiliar e outro principal, este</p><p>último em forma nominal (infinitivo, gerúndio ou particípio). Cabe lembrar que</p><p>os verbos auxiliares são total ou parcialmente desprovidos de sentido próprio.</p><p>d) “O nosso Augusto, depois de muitos rodeios e cerimônias, pediu finalmente licença” (1º</p><p>parágrafo) Explicação (O verbo “pediu” está conjugado no pretérito perfeito do modo indicativo)</p><p>e) “jurou que tinha dado sua palavra de honra de lá se achar nesse dia” (1º parágrafo)</p><p>Explicação O pretérito mais-que-perfeito do INDICATIVO é um tempo verbal</p><p>empregado para indicar uma ação passada que ocorreu antes de outra,</p><p>também no passado. Ele é geralmente utilizado em situações formais ou em</p><p>textos literários. Exemplos de frases no pretérito mais-que-perfeito do</p><p>indicativo: Diogo falara de seus pais.</p><p>Questão 19 UEA-Específico Exatas 2019</p><p>Leia o texto de Jonathan Culler para responder a questão.</p><p>Era uma vez um tempo em que literatura significava sobretudo poesia. O romance era um</p><p>recém-chegado, próximo demais da biografia ou da crônica para ser genuinamente literário, uma</p><p>forma popular que não poderia aspirar às altas vocações da poesia lírica e épica. Mas no século</p><p>XX o romance eclipsou a poesia, tanto como o que os escritores escrevem quanto como o que os</p><p>leitores leem e, desde os anos 60, a narrativa passou a dominar também a educação literária. As</p><p>pessoas ainda estudam poesia — muitas vezes isso é exigido — mas os romances e os contos</p><p>tornaram-se o núcleo do currículo.</p><p>Isso não é apenas um resultado das preferências de um público leitor de massa, que</p><p>alegremente escolhe histórias mas raramente lê poemas. As teorias literária e cultural têm afirmado</p><p>cada vez mais a centralidade cultural da narrativa. As histórias, diz o argumento, são a principal</p><p>maneira pela qual entendemos as coisas, quer ao pensar em nossas vidas como uma progressão</p><p>que conduz a algum lugar, quer ao dizer a nós mesmos o que está acontecendo no mundo. A</p><p>explicação científica busca o sentido das coisas colocando-as sob leis — sempre que a e b</p><p>prevalecerem, ocorrerá c — mas a vida geralmente não é assim. Ela segue não uma lógica</p><p>científica de causa e efeito mas a lógica da história, em que entender significa conceber como uma</p><p>coisa leva a outra, como algo poderia ter sucedido: como Maggie acabou vendendo software em</p><p>Cingapura, como o pai de Jorge veio a lhe dar um carro</p><p>(Teoria literária: uma introdução, 1999.)</p><p>Advérbio é uma palavra invariável que pode modificar o sentido de um verbo, de um adjetivo, de</p><p>outro advérbio ou de uma oração inteira.</p><p>Um advérbio que modifica o sentido de um adjetivo ocorre em:</p><p>a) “próximo demais da biografia ou da crônica para ser genuinamente literário” (1º parágrafo)</p><p>b) “As teorias literária e cultural têm afirmado cada vez mais a centralidade cultural da narrativa” (2º</p><p>parágrafo)</p><p>c) “literatura significava sobretudo poesia” (1º parágrafo)</p><p>d) “sempre que a e b prevalecerem, ocorrerá c” (2º parágrafo)</p><p>e) “um público leitor de massa, que alegremente escolhe histórias” (2º parágrafo)</p>

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