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<p>Gestor do projeto: Valter Martins</p><p>Execução: Grupo de Estudos e Pesquisa em Serviço Social, Trabalho e Proteção Social</p><p>Departamento de Serviço Social de Campos Universidade Federal Fluminense.</p><p>Período de início: Dezembro de 2023.</p><p>Período de término: Julho de 2024.</p><p>Proposto: Diagnóstico do Programa Bolsa Família no município de Campos dos</p><p>Goytacazes</p><p>CONTEXTUALIZAÇÃO:</p><p>Os anos 1990, no Brasil, foram rodeados de conflitos de interesse que acabaram</p><p>por gerar contradições no campo do bem-estar social, no qual, de um lado, estava a</p><p>conquista da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e, do outro, a forte</p><p>onda do ideário neoliberal cuja proposta era uma menor intervenção estatal em todas as</p><p>dimensões. A década em tela descortinou um conjunto de transformações ligadas à nova</p><p>gestão estatal que estabeleceu a relação de prestação de serviços do Estado com a</p><p>população, associados aos processos de precarização do emprego e do mercado de</p><p>trabalho no cenário das crises econômica e política. O crescimento da pobreza e da</p><p>pauperização, sob a égide da nova gestão pública, sinaliza para a construção de políticas</p><p>e programas sociais focalizados e seletivos com o objetivo de destinar recursos aos mais</p><p>pobres, com complementação da filantropia privada, tendo como critério a pobreza de</p><p>renda per capita (SILVA et al., 2008).</p><p>As preocupações em torno da economia nos anos 90 esteve focada no objetivo de</p><p>os governantes promoverem o crescimento econômico e a política de exportação (SILVA</p><p>et al., 2008), esquecendo-se das expressões da questão social concebidas pelo combate à</p><p>inflação e ao endividamento externo. Ainda conforme Silva et al. (2008), essa conjuntura</p><p>começa a alterar-se a partir de 1992, quando o Movimento Ética na Política, dentre outras</p><p>reivindicações, coloca na agenda pública a temática da fome e da pobreza.</p><p>Esse processo já vinha ganhando pautas desde em 1991, quando inicia-se o</p><p>primeiro momento do processo de construção de uma Política Pública Nacional de</p><p>Transferência de Renda no Brasil a partir do projeto de lei 80/1991 de autoria de Eduardo</p><p>Suplicy PT, denominado Programa de Garantia de Renda Mínima (PGRM) (SILVA et</p><p>al., 2008).</p><p>Ainda em 1991, a proposta da política ganha maior ênfase, após o impeachment</p><p>do presidente Collor e a entrada da pau</p><p>isso, apresenta-se o segundo momento sobre a política de transferência direta de renda no</p><p>Brasil, a começar pelas críticas realizadas pelo político José Márcio Camargo (PDS</p><p>Partido Democrático Social) acerca do PGRM proposto pelo senador Eduardo Suplicy.</p><p>Nesse momento, o tema adentrou na agenda pública como um mecanismo possível</p><p>para o enfrentamento da pobreza e da extrema pobreza. Assim, os debates em torno dos</p><p>PTR começaram a construir novas formas de combate à pobreza e a aprimorar as já</p><p>existentes. Nesse segundo momento, a grande modificação foi quanto a articulação entre</p><p>uma política de transferência monetária com a política de educação (SILVA et al., 2008).</p><p>O processo de implantação dos programas de transferência de renda passa a receber maior</p><p>atenção, sendo importante esclarecer que, mesmo com o fortalecimento desse tipo de</p><p>programa, em 1993, os primeiros passos para a retomada do crescimento econômico</p><p>passam a ganhar fôlego. Em 1994, é instaurado o processo de estabilização da moeda</p><p>nacional, o Plano Real, para, logo na sequência, o projeto neoliberal consagrar-se de vez</p><p>com a vitória das eleições presidenciais de Fernando Henrique Cardoso (1995 2003),</p><p>afirmando a participação do Brasil na economia globalizada.</p><p>Nessa perspectiva neoliberal que se firma no Brasil, o debate sobre Renda Mínima</p><p>assume novo patamar, qualificado por duas inovações: introdução da unidade familiar no</p><p>lugar do indivíduo como beneficiário dos programas e vinculação da transferência</p><p>monetária com a educação, na perspectiva de romper com o caráter assistencial pela</p><p>incorporação de um componente estrutural. A centralidade no grupo familiar e a questão</p><p>da condicionalidade vai influenciar fortemente o estabelecimento dos programas</p><p>implantados a partir de 1995, que passam a ter a família como unidade beneficiária e a</p><p>obrigatoriedade de ingresso e frequência de crianças, em idade escolar, na rede de ensino</p><p>(SILVA et al., 2008, p. 96).</p><p>O terceiro momento do debate apresentou-se a partir das experiências pioneiras</p><p>municipais e nacionais, em 1995, com políticas focalizadas em territórios com a pobreza</p><p>acentuada. Como cita Silva, Yazbek e Di Giovanni (2008), a prioridade era a preservação</p><p>da economia, orientada pela compreensão de que a redução da pobreza e o tratamento das</p><p>expressões da questão social são pontos que dependem de seu bom funcionamento. Nessa</p><p>etapa, a política de renda mínima passa de utopia para uma alternativa concreta de política</p><p>social no Brasil (SILVA et al., 2008).</p><p>O desenvolvimento de propostas e experiências de programas de Renda Mínima</p><p>no país é sustentado pelos seguintes traços conjunturais: elevação do desemprego e</p><p>precarização das relações de trabalho, em consequência das políticas liberais e da</p><p>competitividade da economia globalizada, adotada nos anos 90; aumento da violência nas</p><p>grandes cidades; baixa qualificação do trabalhador frente às novas demandas do mundo</p><p>do trabalho; desemprego de trabalhadores qualificados; elevados índices de trabalho</p><p>infantil; elevação da pobreza, sendo as crianças e os jovens os mais atingidos. Ou seja,</p><p>consequências do modelo neoliberal (SILVA et al., 2008).</p><p>Com isso, o quarto momento no desenvolvimento da política de transferência de</p><p>renda encontrava-se entre a inserção do Brasil na economia globalizada, no governo de</p><p>Fernando Henrique Cardoso, e a expansão do neoliberalismo. Em 2001, as consequências</p><p>do sistema neoliberal no mercado de trabalho (desemprego, informalidade, precariedade),</p><p>na violência urbana e na elevação da pobreza (SILVA et al., 2008) influenciaram a</p><p>propagação de programas com iniciativa estatal e implementação descentralizada. Nesse</p><p>período, o PGRM vinculou-se à educação, tornando- -</p><p>criado o Bolsa-Alimentação e, com a expansão de programas instituídos em 1996, o</p><p>Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) e o Benefício de Prestação</p><p>Continuada (BPC), esse último regulamentando os dispositivos constitucionais.</p><p>A demarcação do quarto momento do desenvolvimento da política de</p><p>transferência de renda, no Brasil, introduz o debate em nível nacional ao tensionar a</p><p>instituição de uma renda de cidadania, devida a todos os brasileiros, sem restrição, com o</p><p>crescimento do debate e um novo patamar qualificador.</p><p>Vê-se, então, a concepção de que os programas de transferência de renda são uma</p><p>forma de proteção social, que apresenta, no seu rascunho inicial, a transferência monetária</p><p>como um incentivo ao acesso a políticas universais estruturantes - como as Políticas de</p><p>Saúde, Educação e do Trabalho - (SILVA et al., 2008). Contudo, alerta Silva et al. (2008),</p><p>que o pressuposto da universalidade não foi alcançado. Sendo assim, após críticas à</p><p>fragmentação dos programas, a proposta foi reformulada pelo governo do então</p><p>presidente Luiz Inácio Lula da Silva do Partido dos Trabalhadores (2003 2011), o que</p><p>acarretou a justificativa pela busca da unificação dos programas de transferência de renda.</p><p>Diante disso, é necessário expor a definição dos programas de transferência de renda a</p><p>fim de apreender o fenômeno, contextualizado em determinado período. Partindo desse</p><p>transferência monetária, independentemente de prévia contribuição, a famílias pobres,</p><p>assim consideradas a partir de um determinado corte de renda per capita familiar,</p><p>predominantemente, no caso dos programas federais, de meio salário mínimo (SILVA et</p><p>al., 2008, p. 130).</p><p>Em 2003, já com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o debate acerca da</p><p>construção dos Programas de Transferência de Renda no Brasil ganha o seu quinto</p><p>momento, marcado por mudanças significativas na direção de uma política pública de</p><p>transferência de</p><p>renda com alcance nacional. Dentre os aspectos propostos, destaca-se o</p><p>processo de unificação de programas nacionais de transferência de renda (Bolsa-Escola,</p><p>Bolsa-Alimentação, Vale-Gás e Cartão-Alimentação), a partir de julho de 2003,</p><p>- et al., 2008).</p><p>De acordo com a justificativa do governo, a unificação dos Programas de</p><p>Transferência de Renda, mediante à criação do Bolsa-Família, situa-se no âmbito da</p><p>prioridade de combate à fome e à pobreza, representando, no entendimento de seus</p><p>formuladores, uma evolução dos Programas de Transferência de Renda, ao incluir a</p><p>perspectiva da responsabilidade partilhada entre a União, estados e municípios num único</p><p>programa, representando um passo adiante e importante no campo das Políticas Sociais</p><p>(FONSECA, 2003 SILVA et al., 2008). O Programa Bolsa Família nasce incumbido de</p><p>enfrentar o crescimento da pobreza e da extrema pobreza, simplificando o acesso aos</p><p>benefícios.</p><p>No mesmo período (2003), as metas do unificado PTR denominado Bolsa-Família</p><p>foram fixadas no atendimento de 3,6 milhões de famílias, com aplicação de recursos no</p><p>valor de 4,3 bilhões de reais. Até dezembro de 2004, o Programa era implementado em</p><p>5.533 de 5.561 municípios brasileiros (99,50%), atendendo 6.571.842 famílias, com um</p><p>benefício médio de R$ 66,93 ao mês e recursos aplicados no valor de 5,3 bilhões de reais;</p><p>até dezembro de 2005, beneficiou 8,7 milhões de famílias, atingindo 100% dos</p><p>municípios brasileiros; 77% das famílias com renda per capita de até R$ 100,00, com</p><p>investimento na ordem de R$ 6,5 bilhões (BRASIL, 2008).</p><p>O Programa Bolsa Família, de 2003 e 2015, apresentou a melhoria de um conjunto</p><p>de indicadores sociais, demonstrando que a estratégia de transferência de renda</p><p>condicionada visava viabilizar a saída de milhões de pessoas da condição de miséria e de</p><p>pobreza, retirando o Brasil do Mapa da Fome. Um sexto momento foi desencadeado com</p><p>a crise institucional e política desencadeada em 2016, agravada com a crise econômica,</p><p>levou o Brasil a um período de instabilidade e de reformas estruturais que tensionaram e</p><p>cortaram recursos de investimento em políticas públicas e afetou profundamente o</p><p>Programa Bolsa Família.</p><p>Michel Temer, em 2017, às vésperas do Dia dos(as) Trabalhadores(as), concede</p><p>reajuste de 5,67% ao Programa Bolsa Família, repetindo o reajuste dos governos do</p><p>Partido dos Trabalhadores. Mas no mesmo mês, o governo de Temer golpeia a estratégia</p><p>de redução da fome e da pobreza no país ao cortar mais de 392 mil famílias do Programa,</p><p>totalizando até o mês de maio de 2018, um corte de mais de 1 milhão de famílias do Bolsa</p><p>Família, justamente em um cenário de crescimento do desemprego, retorno da fome e</p><p>crescimento da desigualdade (SILVA, 2017; CARVALHO, 2018).</p><p>A instituição da reforma da previdência, a reforma trabalhista e a instituição do</p><p>teto de gastos que levou a retenção dos gastos federais em proteção social e à redução do</p><p>investimento em políticas públicas fez com que a fome voltasse a assolar famílias</p><p>brasileiras, reinserindo o Brasil no Mapa da Fome.</p><p>O Programa Bolsa Família tornou-se um pilar da proteção social brasileira,</p><p>mesmo que atendendo aos interesses de manutenção do sistema econômico, o Programa</p><p>proporcionou redução da extrema pobreza e da fome. Contudo, em consequência da</p><p>ascensão de Michel Temer à presidência do Brasil, em processo complexo de interesses</p><p>corporativistas das elites tradicionais, associado aos ajustes macroeconômicos, o Bolsa</p><p>Família enfrenta uma drástica redução da sua capilaridade nacional e na atenção aos mais</p><p>pobres.</p><p>Em 2019, ano anterior à pandemia da Covid-19, segundo as estimativas do IBGE</p><p>(2019) a população brasileira somava 210.697.885 pessoas. Em setembro de 2019,</p><p>existiam 27.796.543 famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais, o que</p><p>correspondia a 74.063.916 pessoas cadastradas. A distribuição das famílias cadastradas</p><p>conforme a renda per capita mensal declarada apontava que: 13.186.808 possuem renda</p><p>per capita familiar de até R$ 89,00; 2.805.743, entre R$ 89,01 e R$ 178,00; 5.718.434,</p><p>entre R$ 178,01 e meio salário mínimo; e 6.085.558, acima de meio salário mínimo. O</p><p>Programa Bolsa Família beneficiou, no mês de outubro de 2019, 13.505.758 famílias, que</p><p>receberam benefícios com valor médio de R$ 189,86. O valor total transferido pelo</p><p>governo federal em benefícios às famílias atendidas alcançou R$ 2.564.193.203,00 no</p><p>mês (MDS, 2019).</p><p>Diante disso, ressalta-se que, no decorrer do desenvolvimento dos programas de</p><p>transferência de renda, a conjuntura é de altos índices de pobreza e desigualdade social,</p><p>principalmente nos centros urbanos das grandes cidades.</p><p>Com base no panorama apresentado, percebe-se que os programas de</p><p>transferência de renda se apresentam de forma ambígua: seja como uma resposta às</p><p>mazelas trazidas pelo neoliberalismo; de forma compensatória, por meio de uma</p><p>transferência monetária (SILVA et al., 2008), seja no atendimento das necessidades de</p><p>sociais da população. Os programas de transferência de renda vieram para amenizar a</p><p>pobreza e a desigualdade tão presentes no Brasil, por mais que seja em caráter</p><p>compensatório, pois, com a conjuntura política do país até 2022, o programa havia</p><p>perdido recursos, agravando a situação das famílias.</p><p>O governo de Jair Bolsonaro, a partir de 2018, inaugura uma ampla disputa de</p><p>narrativas que perpassa desde os ataques do então deputado Bolsonaro ao Programa Bolsa</p><p>Família, com toda a carga de preconceito contra os mais pobres, até a campanha à</p><p>presidência com a bandeira de defesa do Programa, numa clara estratégia populista de</p><p>angariar votos dos estratos mais empobrecidos entre os eleitores.</p><p>tirar dinheiro de quem produz e dá-lo a quem se acomoda" (BOLSONARO, 2011 apud</p><p>DINIZ, 2020).</p><p>A estratégia discursiva da extrema direita torna-se bipolar nos ataques e defesas</p><p>do Bolsa Família, a depender do público e dos interesses em jogo. A fim de se legitimar</p><p>para a fração que o elegeu, Bolsonaro retira recursos do Programa de regiões como o</p><p>Nordeste brasileiro inaugurando um jogo dúbio, sem preocupação com a capacidade</p><p>protetiva do Programa e desconsiderando a população atendida.</p><p>Em 2021, o Programa Bolsa Família foi substituído pelo Auxílio Emergencial,</p><p>como benefício financeiro vinculado aos indivíduos considerados em situação de</p><p>vulnerabilidade em decorrência da pandemia gerada pela Covid-19. Contudo, o real</p><p>significado da proteção social aos mais pobres se perde entre as narrativas e o que se</p><p>constata, diariamente, é a fragilização das políticas de promoção e proteção aos</p><p>marginalizados de uma cidadania que nunca se consolida para frações da população</p><p>brasileira.</p><p>Diante de toda a trajetória dos programas de transferência de renda condicionada</p><p>no Brasil, a nova fase do Programa Bolsa Família, com a recriação do mesmo em 2023,</p><p>recomposição dos recursos e reestruturação da plataforma de dados e informações do</p><p>CadÚnico, a política de transferência de renda entre em uma nova fase, demandando</p><p>conhecê-la e analisá-la em âmbito municipal, por meio da caracterização do Programa</p><p>Bolsa Família; caracterização do público-alvo atendido pelo Programa Bolsa Família; e,</p><p>avaliação das condicionalidades do Programa.</p><p>OBJETIVO:</p><p>Analisar o Programa Bolsa Família, a partir da sua retomada em 2023, no</p><p>município de Campos dos Goytacazes.</p><p>OBJETIVOS ESPECÍFICOS:</p><p>a. Traçar o perfil do Programa Bolsa Família em Campos dos Goytacazes;</p><p>b. Conhecer as características do público-alvo atendido pelo Programa Bolsa</p><p>Família, a partir do contexto pandêmico, em Campos dos Goytacazes;</p><p>c. Discutir as condicionalidades do Programa Bolsa Família em Campos dos</p><p>Goytacazes;</p><p>d. Articular ensino, pesquisa e extensão no processo de produção de conhecimento</p><p>do Programa Bolsa Família e de formação em Serviço Social.</p><p>JUSTIFICATIVA DA PROPOSIÇÃO:</p><p>A base de dados para as políticas de transferência de renda brasileiras é o</p><p>Cadastro Único, organizado em sistema em nível nacional,</p><p>que é alimentado na</p><p>esfera municipal, no âmbito dos serviços e equipamentos públicos. Nesse sistema</p><p>estão registradas as informações socioeconômicas das famílias de baixa renda</p><p>domiciliadas no território brasileiro, que são aquelas que possuem renda mensal</p><p>de até ½ salário mínimo por pessoa.</p><p>O governo federal utiliza os dados do Cadastro Único para conceder</p><p>benefícios e serviços de programas sociais, como: Tarifa Social de Energia</p><p>Elétrica, Benefício de Prestação Continuada (BPC), Programa Bolsa Família, entre</p><p>outros. Os dados do Cadastro Único também podem ser utilizados para o</p><p>mapeamento das vulnerabilidades locais, o planejamento das ações e a seleção de</p><p>beneficiários. Conjunto de informações que possibilita ações de integração de</p><p>políticas públicas, fortalecendo o acesso das famílias a direitos básicos como</p><p>saúde, educação e assistência social.</p><p>Para receber os benefícios, a principal regra é ter a renda mensal por pessoa</p><p>de até R$ 218 (duzentos e dezoito reais). Isso significa que toda a renda gerada</p><p>pelas pessoas da família, por mês, dividida pelo número de pessoas da família, é</p><p>de, no máximo, R$ 218,00. Se a renda mensal por pessoa da família estiver neste</p><p>critério, a família é elegível ao programa.</p><p>Com agravamento da questão social e o cenário pandêmico que</p><p>vivenciamos, o número de famílias em vulnerabilidade social aumentou,</p><p>ampliando por consequência o número de pessoas a serem atendidas diariamente</p><p>nos polos de atendimento, assim como a necessidade de realização de atividades</p><p>externas em localidades longínquos, e de difícil acesso.</p><p>Segundo a Instrução Normativa Conjunta</p><p>SAGICAD/SENARC/SNAS/MDS Nº 4, de 14 de junho de 2023, o número de</p><p>pessoas cadastradas sozinhas subiu significativamente em 2022 e isso tem feito</p><p>com que o Governo Federal não consiga avaliar exatamente as situações de</p><p>pessoas seguem se cadastrando como famílias unipessoais, embora residam com</p><p>outros familiares; isso faz com que pessoas de uma mesma família recebam mais</p><p>de um benefício, enquanto outras famílias fiquem sem a cobertura dos programas.</p><p>Com isso, os programas sociais não conseguem atender a quem mais precisa.</p><p>Diante desse cenário, o governo federal desenvolveu o Programa de</p><p>Fortalecimento Emergencial do Atendimento do Cadastro Único no Sistema Único</p><p>da Assistência Social (PROCAD-SUAS), que visa qualificar e fortalecer o</p><p>Cadastro Único como tecnologia social de identificação de famílias em situação</p><p>de vulnerabilidade a partir da correção das distorções na sua base de dados; com</p><p>linha de ações como: 1. atualização e regularização de cadastros unipessoais que</p><p>sejam públicos das Ações de Qualificação do Cadastro Único conforme listagens</p><p>enviadas pelo MDS aos municípios; e 2. Busca ativa de famílias pertencentes aos</p><p>Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos (GPTE), em especial população</p><p>em situação de rua e povos indígenas. Pessoas idosas, pessoas com deficiência; e</p><p>crianças em situação de trabalho infantil também são públicos prioritários do</p><p>Programa.</p><p>Diante do cenário e das estratégias, o município de Campos dos</p><p>Goytacazes juntamente com o Grupo de Estudos e Pesquisas em Serviço Social,</p><p>Trabalho e Proteção Social (Getraps), do Departamento de Serviço Social de</p><p>Campos\Universidade Federal Fluminense estabeleceram parceria para elaborar</p><p>ações de implementação do PROCAD-SUAS, considerando, o tamanho da</p><p>demanda de atendimento de famílias inseridas na Ação de Qualificação Cadastral</p><p>de 2023 no município de Campos, em especial os registros unipessoais, assim</p><p>como diagnóstico de público-alvo da busca ativa, Definição de ações, atividades,</p><p>metas, prazos e recursos necessários para implementação das supracitadas ações</p><p>busca ativas prevista no PROCAD-SUAS.</p><p>METODOLOGIA DE TRABALHO/ATIVIDADES (FASES) e</p><p>RESULTADOS ESPERADOS:</p><p>O campo de análise das políticas públicas e dos programas sociais demandam que</p><p>sejam pontuados os aspectos conceituais de referência para o desenvolvimento das</p><p>atividades de extensão. Nesse sentido, a estratégia de transferência de renda é concebida</p><p>como uma transferência monetária direta a indivíduos ou a famílias com renda mensal</p><p>per capita insuficiente para a manutenção das necessidades básicas. No Brasil, o</p><p>desenvolvimento dos programas de transferência de renda condicionada focalizada em</p><p>segmentos pobres da população, com prestação condicionada a determinadas exigências</p><p>que devem ser cumpridas pelos indivíduos e famílias, especialmente, na área da educação,</p><p>saúde e trabalho (SILVA; LIMA, 2010).</p><p>No campo das condicionalidades, na educação, a principal exigência é a matrícula</p><p>e frequência escolar de crianças e adolescentes. No campo da saúde, as condicionalidades</p><p>compreendem o cumprimento de medidas básicas, como a vacinação de crianças e pré-</p><p>natal de mulheres grávidas e no âmbito do trabalho, as condicionalidades são relativas à</p><p>capacitação profissional e à inserção no mercado de trabalho.</p><p>Os programas de focalização na pobreza e condicionados, segundo Silva e Lima</p><p>(2010, p. 22) apontam para o cumprimento de exigências, sendo orientadas por três</p><p>pressupostos: a) transferência monetária direcionada a famílias pobres possibilitam</p><p>complementação de renda e permitem a retirada de crianças e adolescentes do trabalho</p><p>precoce e da violação de seus direitos, supervisionando o vínculo com a escola como</p><p>medida para interromper ou mitigar a reprodução da pobreza geracional; b) articulação</p><p>de uma transferência monetária com políticas e programas acessórios (educação, saúde e</p><p>trabalho), direcionados a famílias pobres, como medida de enfrentamento à pobreza e das</p><p>desigualdades sociais e econômicas; c) as condicionalidades são consideradas</p><p>contrapartidas sociais que devem ser cumpridas pelo núcleo familiar, com o objetivo de</p><p>certificar o compromisso e a responsabilidade das famílias atendidas e para o exercício</p><p>dos direitos das famílias.</p><p>A pobreza, portanto, assume centralidade nos programas de transferência</p><p>condicionada de renda. De acordo com Martins (2022) a compreensão de pobreza se</p><p>tornou algo complexo. Ao longo do tempo, dos debates teóricos e de sua aplicabilidade,</p><p>tal conceito assume um conjunto explicativo amplo e diverso. Algumas abordagens</p><p>tratam-no apenas do ponto de vista econômico; outras compreendem aspectos não-</p><p>econômicos para a sua análise. Essa percepção conduz-</p><p>necessidades e o que é adequado, indicando, assim, que se trata de um fenômeno</p><p>complexo, composto por dimensões [...] que podem variar de acordo com as</p><p>BURLANDY 2010, 202). A pobreza como expressão da questão social é moralmente</p><p>condenável, custosa e georreferenciada em territórios excluídos da ação dos poderes</p><p>públicos. Ela não caracteriza apenas determinados indivíduos ou grupos sociais, pois</p><p>resulta de uma dinâmica conjuntural assinalada por desigualdades econômicas, sociais,</p><p>educacionais, entre tantas outras. Em determinadas análises, é categ</p><p>aproximando-se do que deveria ser um nível de satisfação de necessidades sociais básicas,</p><p>ou do que deveria ser um nível de privação suportável (CRESPO; GUROVITZ 2002).</p><p>Entendendo-a como fenômeno relativo, a pobreza tem sido conceituada numa abordagem</p><p>macroeconômica. Nesse sentido, algumas políticas desenvolvidas para enfrentá-la em sua</p><p>abordagem relativa têm relação direta com a desigualdade na distribuição de renda,</p><p>circunscrita em determinado padrão de vida que define como pobres as pessoas e famílias</p><p>situadas na camada inferior da distribuição de renda comparadas com as pessoas melhor</p><p>posicionadas na estratificação de renda de um país. A pobreza relativa, por sua vez, é</p><p>outros, têm menos de algum atributo desejado, seja renda, sejam condições favoráveis de</p><p>mento</p><p>à pobreza via programas de transferência de renda, por exemplo, majoritariamente</p><p>assumem uma linha de pobreza relativa, definida pelo cálculo de renda per capita de parte</p><p>da população, considerado abaixo de um padrão mínimo para atender as necessidades,</p><p>majoritariamente calóricas da população. As</p><p>abordagens que conceituam a pobreza</p><p>quanto à fixação de padrões para um nível mínimo ou satisfatório para o atendimento de</p><p>determinadas necessidades, conhecido como linha de pobreza, determinando um</p><p>percentual da população que se encontra abaixo desse nível, apresentam diferentes</p><p>aspectos, alguns focando mais elementos nutricionais que, embasado no valor da cesta</p><p>básica, definem o cálculo de renda necessária para custeá-la. A definição dos limites de</p><p>pobreza tem avançado e despertado debates e novas metodologias para a sua apreensão.</p><p>Nesse sentido, compreendem diferentes perspectivas, desde aspectos biológicos,</p><p>necessidades básicas, privação de capacidades, até mesmo a pobreza como fenômeno</p><p>multidimensional. A abordagem, que assume o biológico como matriz, determina a linha</p><p>de pobreza com base em requisitos nutricionais mínimos, assim, define-se o valor</p><p>aproximado de renda a ser gasta para atendimento desses requisitos. Além disso, enfoca</p><p>a sobrevivência, imperativa na orientação de políticas de combate à pobreza ao longo do</p><p>século XX.</p><p>Estabelecido os marcos conceituais que iluminam o desenvolvimento do projeto,</p><p>os objetivos são: Analisar o Programa Bolsa Família, a partir da sua retomada em 2023,</p><p>no município de Campos dos Goytacazes. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Traçar o perfil</p><p>do Programa Bolsa Família em Campos dos Goytacazes; Conhecer as características do</p><p>público-alvo atendido pelo Programa Bolsa Família, a partir do contexto pandêmico, em</p><p>Campos dos Goytacazes; Discutir as condicionalidades do Programa Bolsa Família em</p><p>Campos dos Goytacazes; Articular ensino, pesquisa e extensão no processo de produção</p><p>de conhecimento do Programa Bolsa Família e de formação em Serviço Social.</p><p>O estudo figura como se natureza essencialmente qualitativo, tendo como base as</p><p>informações do CadÚnico e complementado por levantamento de informações</p><p>bibliográficas e documentais. Segundo as seguintes ações e atividades:</p><p>n. Ações Metas Prazo Responsável atividades Resultados</p><p>esperados</p><p>1</p><p>Preparação do</p><p>Edital de seleção de</p><p>22 bolsistas e</p><p>divulgação</p><p>Construir edital</p><p>de seleção de</p><p>bolsistas e</p><p>divulgar o</p><p>período de</p><p>inscrições</p><p>Dezemb ro</p><p>2023 a</p><p>janeiro de</p><p>2024</p><p>Valter</p><p>Martins</p><p>Preparar</p><p>Edital de seleção</p><p>de bolsistas e</p><p>promover a</p><p>divulgação</p><p>Construção de edital</p><p>e ampla divulgação</p><p>entre estudantes do</p><p>curso de Serviço</p><p>Social da UFF</p><p>Campos</p><p>2</p><p>Lançamento do</p><p>edital de seleção</p><p>Publicar edital de</p><p>seleção de alunas</p><p>Janeiro de</p><p>2024</p><p>Valter</p><p>Martins</p><p>Publicar edital</p><p>Recepcionar</p><p>inscrições e validar</p><p>de acordo com os</p><p>critérios de</p><p>elegibilidade</p><p>3</p><p>Edital de seleção e</p><p>processo seletivo</p><p>para bolsistas</p><p>entrevistadores</p><p>(extensão)</p><p>Pré seleção de 32</p><p>alunas</p><p>Fevereir</p><p>o 2024</p><p>Ketnen</p><p>Barreto</p><p>Marilene</p><p>Gonçalves</p><p>Neusa Lima</p><p>Valter</p><p>Martins</p><p>Criar e publicizar</p><p>sistema de</p><p>Inscrições;</p><p>Pré-seleção;</p><p>Entrevista</p><p>Seleção de 32 alunas</p><p>para realização do</p><p>curso de capacitação</p><p>4</p><p>Capacitação equipe</p><p>bolsistas</p><p>entrevistadores</p><p>(extensão)</p><p>Capacitação de</p><p>32 alunas</p><p>Fevereir</p><p>o 2024</p><p>Kamila</p><p>Oliveira</p><p>Aplicar curso de</p><p>capacitação para</p><p>bolsistas</p><p>entrevistadores</p><p>(extensão)</p><p>Capacitar 32 alunas</p><p>para exercerem</p><p>atividades de</p><p>visitação e entrevista</p><p>as famílias</p><p>unipessoais inscritas</p><p>no Cadastro Único.</p><p>5</p><p>Seleção de 22</p><p>bolsistas e 10</p><p>cadastros de reserva</p><p>Selecionar 22</p><p>bolsistas de</p><p>extensão</p><p>Mês 1 Kamila</p><p>Oliveira</p><p>Selecionar 22</p><p>bolsistas e 10</p><p>cadastros de</p><p>reserva</p><p>Selecionar 22 alunas</p><p>para exercerem as</p><p>atividades de</p><p>visitação e entrevista</p><p>as famílias</p><p>unipessoais inscritas</p><p>no Cadastro Único</p><p>6</p><p>Seleção de 3</p><p>bolsistas de</p><p>iniciação científica</p><p>Selecionar 3</p><p>bolsistas de</p><p>iniciação</p><p>científica</p><p>Mês 1</p><p>Ketnen</p><p>Barreto</p><p>Marilene</p><p>Gonçalves</p><p>Neusa Lima</p><p>Selecionar 4</p><p>bolsistas de</p><p>iniciação</p><p>científica</p><p>Selecionar 4 bolsistas</p><p>de iniciação científica</p><p>Valter</p><p>Martins</p><p>7</p><p>Visitação às</p><p>famílias inscritas</p><p>como unipessoais,</p><p>no Cadúnico, em</p><p>Campos dos</p><p>Goytacazes</p><p>(orientação e</p><p>atualização do</p><p>CadÚnico).</p><p>Identificação do</p><p>quantitativo das</p><p>famílias que</p><p>serão priorizadas</p><p>para o</p><p>atendimento</p><p>domiciliar;</p><p>Mês 1 ao</p><p>mês 6</p><p>Kamila</p><p>Oliveira</p><p>Planejar</p><p>estratégias e</p><p>metas para</p><p>visitação e</p><p>entrevistas</p><p>Construção de</p><p>estratégias para</p><p>mapear o município</p><p>de Campos e geração</p><p>de planilha com a</p><p>relação e endereço</p><p>das famílias com</p><p>cadastro unipessoal.</p><p>Definição da</p><p>equipe para</p><p>visitação</p><p>domiciliar</p><p>Mês 1 ao</p><p>mês 6</p><p>Kamila</p><p>Oliveira</p><p>Planejar com</p><p>equipe as</p><p>estratégias de</p><p>visitação e</p><p>entrevista</p><p>Planejamento</p><p>modalidade</p><p>operacional da equipe</p><p>de visitação</p><p>Visitar e atualizar</p><p>cadastro das</p><p>famílias inscritas</p><p>no Cadastro</p><p>Único como</p><p>família</p><p>unipessoal</p><p>Mês 1 ao</p><p>mês 6</p><p>Kamila</p><p>Oliveira</p><p>Realizar visitas e</p><p>entrevistas às</p><p>famílias inscritas</p><p>no Cadastro</p><p>Único como</p><p>família unipessoal</p><p>Entrevistar e atualizar</p><p>cadastro das famílias</p><p>unipessoais inscritas</p><p>no Cadastro Único</p><p>8</p><p>Levantamento de</p><p>informações sobre o</p><p>Programa e o</p><p>CadÚnico</p><p>Identificar</p><p>produção</p><p>bibliográfica.</p><p>Mês 1 ao</p><p>mês 3 Ketnen</p><p>Barreto</p><p>Marilene</p><p>Gonçalves</p><p>Neusa Lima</p><p>Valter</p><p>Martins</p><p>Formar grupos de</p><p>discussão e</p><p>sistematização</p><p>dos dados e</p><p>informações.</p><p>Produção de quadro</p><p>conceitual das</p><p>publicações teóricas</p><p>utilizadas para a base</p><p>de análise.</p><p>Levantar</p><p>documentação</p><p>regulatória do</p><p>Programa Bolsa</p><p>Família e do</p><p>CadÚnico.</p><p>Mês 1 ao</p><p>mês 3</p><p>Produção de quadro</p><p>com a legislação</p><p>recente sobre o</p><p>Auxílio Brasil e o</p><p>Programa Bolsa</p><p>Família.</p><p>9</p><p>Composição de</p><p>subgrupos para</p><p>estudo aprofundado</p><p>das categorias de</p><p>análise e produção</p><p>textual</p><p>Composição de 4</p><p>grupos temáticos</p><p>Mês 1 ao</p><p>mês 2</p><p>Ketnen</p><p>Barreto</p><p>Marilene</p><p>Gonçalves</p><p>Neusa Lima</p><p>Valter</p><p>Martins</p><p>Processar e</p><p>análise e produção</p><p>de textos de</p><p>referência.</p><p>Produção de textos</p><p>analíticos sobre os</p><p>eixos\categorias</p><p>elencadas no decorrer</p><p>do projeto.</p><p>10</p><p>Seminários de</p><p>alinhamento sobre</p><p>metodologia e</p><p>conceitos</p><p>orientadores para a</p><p>produção do</p><p>diagnóstico por</p><p>categorias analíticas</p><p>Realizar 4</p><p>seminários de</p><p>alinhamento</p><p>Mês 1 ao</p><p>mês 4</p><p>Ketnen</p><p>Barreto</p><p>Marilene</p><p>Gonçalves</p><p>Neusa Lima</p><p>Valter</p><p>Martins</p><p>Junto com</p><p>equipe da</p><p>SMDHS</p><p>Alinhamento e</p><p>planejamento das</p><p>atividades</p><p>Realizar 4 seminários</p><p>de alinhamento e</p><p>planejamento das</p><p>atividades de</p><p>extensão e pesquisa</p><p>Encontros</p><p>coletivos da</p><p>equipe.</p><p>sistematizar a</p><p>metodologia,</p><p>conceitos e orientar</p><p>as produções</p><p>11</p><p>Coleta e</p><p>sistematização das</p><p>informações e</p><p>dados Cadastro</p><p>Único</p><p>Extrair dados</p><p>cadastro Único</p><p>referente a</p><p>Campos dos</p><p>Goytacazes</p><p>Mês 1 ao</p><p>mês 4</p><p>Ketnen</p><p>Barreto</p><p>Marilene</p><p>Gonçalves</p><p>Neusa Lima</p><p>Valter</p><p>Martins</p><p>Sistematizar</p><p>dados e</p><p>informações para</p><p>o diagnóstico</p><p>Construir cartografia</p><p>das informações</p><p>12</p><p>Encontros</p><p>subgrupos de</p><p>trabalho</p><p>Discussão eixos</p><p>do diagnóstico</p><p>Mês 3 ao</p><p>mês 6</p><p>Ketnen</p><p>Barreto</p><p>Marilene</p><p>Gonçalves</p><p>Neusa Lima</p><p>Grupos de</p><p>discussão e</p><p>sistematização das</p><p>categorias</p><p>norteadores para</p><p>análise dos dados</p><p>Discussão e</p><p>sistematização dos</p><p>dados</p><p>Valter</p><p>Martins</p><p>13</p><p>Diagnóstico do</p><p>Programa Bolsa</p><p>Família em Campos</p><p>dos Goytacazes</p><p>Construção do</p><p>Diagnóstico do</p><p>Programa Bolsa</p><p>Família em</p><p>Campos dos</p><p>Goytacazes</p><p>Mês 1 ao</p><p>mês 6</p><p>Ketnen</p><p>Barreto</p><p>Marilene</p><p>Gonçalves</p><p>Neusa Lima</p><p>Valter</p><p>Martins</p><p>Compor e discutir</p><p>o diagnóstico do</p><p>Programa Bolsa</p><p>Família em</p><p>Campos dos</p><p>Goytacazes</p><p>Diagnóstico do</p><p>Programa Bolsa</p><p>Família em Campos</p><p>dos Goytacazes</p><p>14 Seminário</p><p>Apresentação do</p><p>resultado do</p><p>diagnóstico do</p><p>PBF</p><p>Mês 6</p><p>Ketnen</p><p>Barreto</p><p>Marilene</p><p>Gonçalves</p><p>Neusa Lima</p><p>Valter</p><p>Martins</p><p>Seminário local</p><p>para apresentação</p><p>e discussão dos</p><p>dados</p><p>Realizar seminário</p><p>DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA E CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE</p><p>BOLSISTAS:</p><p>O projeto tem como finalidade despertar a vocação científica e incentivar práticas</p><p>extensionistas entre estudantes do curso de serviço social, mediante sua participação no</p><p>referido projeto de pesquisa e extensão, a ação visa ainda proporcionar</p><p>ao bolsista a</p><p>aprendizagem de técnicas e métodos científicos, bem como estimular sua inserção no</p><p>processo de ensino, pesquisa e extensão.</p><p>Os requisitos para inscrição:</p><p>1) Ser maior de 18 anos;</p><p>2) Residir no município de Campos dos Goytacazes;</p><p>3) Estar regularmente matriculado no curso de graduação de Serviço Social do</p><p>Departamento de Serviço Social de Campos;</p><p>4) Estar inscrito em disciplinas do terceiro ao oitavo período do curso de Serviço</p><p>Social;</p><p>5) Ter disponibilidade de horário compatível ao desenvolvimento das atividades,</p><p>especificamente 30 horas de trabalho semanais, de segunda a sexta-feira;</p><p>6) Possuir currículo Lattes atualizado.</p><p>Dos impedimentos para inscrição:</p><p>1) Possuir vínculo empregatício;</p><p>2) Receber qualquer outra modalidade de bolsa, seja do CNPq, de outra agência de</p><p>fomento ou da própria instituição, incluindo monitoria, extensão, estágio remunerado,</p><p>excetuando-se apenas as bolsas de permanência, manutenção e assistência.</p><p>3) Estar inscrito na disciplina de Monografia III.</p><p>Os bolsistas serão selecionados para dar apoio às atividades do projeto executado pela</p><p>UFF em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social de Campos</p><p>dos Goytacazes. em todas as atividades relacionadas ao Projeto</p><p>Em atenção ao determinado no art. 5ª, XI da Resolução 26/2017, informa-se que os</p><p>docentes foram selecionados com base no acúmulo de conhecimentos base do referido</p><p>projeto, sendo docentes do Departamento de Serviço Social de Campos e membros do</p><p>Grupo de Estudos e Pesquisas em Serviço Social, Trabalho e Proteção Social (Getraps).</p><p>EQUIPE DE TRABALHO</p><p>Cargo Quantidade Nome Origem Currículo</p><p>Coordenador</p><p>1</p><p>Dr. Valter</p><p>Martins</p><p>Professor</p><p>UFF</p><p>Assistente social. Graduado e Mestre em Serviço Social pela</p><p>Universidade Federal de Santa Catarina. Doutor e pós-doutorado</p><p>pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Serviço Social da</p><p>Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Estágio doutoral</p><p>no Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade</p><p>Autônoma de Barcelona. Professor do Departamento de Serviço</p><p>Social de Campos e do Programa de Estudos Pós-Graduados em</p><p>Política Social da Universidade Federal Fluminense. Coordenador</p><p>do Grupo de Estudos e Pesquisas em Serviço Social, Trabalho e</p><p>Proteção Social (Getraps).</p><p>Produção no tema:</p><p>MARTINS, Valter. O processo de implementação e gestão do</p><p>Programa Bolsa Família em Florianópolis. Dissertação de</p><p>mestrado em Serviço Social. Universidade Federal de Santa</p><p>Catarina: Florianópolis, 2008.</p><p>MARTINS, Valter. Políticas de enfrentamento à pobreza no</p><p>Brasil. Trabajo Social, v. 24, p. 71-89, 2022.</p><p>RODRIGUES, L. B.; MARTINS, Valter. Respostas institucionais</p><p>do Programa Bolsa Família às expressões de Pobreza em Campos</p><p>dos Goytacazes. O SOCIAL EM QUESTÃO (ONLINE), v. 47, p.</p><p>297-318, 2020.</p><p>MARTINS, Valter. O modelo de proteção social brasileiro: notas</p><p>para a compreensão do desenvolvimento da seguridade social.</p><p>Revista Brasileira de Políticas Públicas, v. 1, p. 137-158, 2011.</p><p>MARTINS, Valter. SIMIONATTO, I. . Las contradicciones de</p><p>los programas de transferencia: un análisis de la realidad brasileña</p><p>y los desafíos para los trabajadores sociales. Contradictions in</p><p>Transfer Programs: An Analysis of the Brazilian Reality and the</p><p>Challenges for Social Workers. Portularia (Huelva), v. 10, p. 99-</p><p>109, 2010.</p><p>MARTINS, Valter. Brazilian social policy in the 21st century: the</p><p>prevalence of income-transfer programs. Revista Katálysis</p><p>(Impresso), v. 10, p. 123-125, 2007.</p><p>MARTINS, Valter. Social protection and the fight against poverty.</p><p>In: Julie L. Drolet. (Org.). Social Development and Social Work</p><p>Perspectives on Social Protection. 1ed.London and New York:</p><p>Routledge - Taylor & Francis, 2016, v. , p. 120-144.</p><p>MARTINS, Valter; PINTO, C. Q. N. . Tendências dos Programas</p><p>de Transferência de Renda no Brasil. In: XVII Congresso</p><p>Brasileiro de Assistentes Sociais, 2022, Brasília. Anais. Brasília:</p><p>CFESS, 2022. v. un. p. 1.</p><p>SANTOS, A. M.; MARTINS, Valter. As expressões da questão</p><p>social no acolhimento institucional. In: XVII Congresso Brasileiro</p><p>de Assistentes Sociais, 2022, Brasília. Anais. Brasília: CFESS,</p><p>2022. v. 1. p. 1.</p><p>RODRIGUES, L. B.; MARTINS, Valter. Expressões da questão</p><p>social em Campos dos Goytacazes e as respostas institucionais do</p><p>Programa Bolsa Família. In: II SENPINF- Seminário Nacional de</p><p>Políticas Públicas, Intersetorialidade e Família: Marcas históricas</p><p>e movimentos contemporâneos. Resistir é preciso! 2018, Porto</p><p>Alegre. Anais. Porto Alegre: EDPUCRS, 2018. v. un. p. 1-15.</p><p>MARTINS, Valter. Proteção Social no Brasil: entre a proteção e a</p><p>focalização na pobreza. In: Congresso Catarinense de Assistentes</p><p>Sociais, 2013, Florianópolis. Anais do Congresso Catarinense de</p><p>Assistentes Sociais. Florianópolis: UFSC, 2013. v. un. p. 1-10.</p><p>MARTINS, Valter. O debate atual sobre os programas de renda</p><p>mínima nos países de capitalismo desenvolvido. In: V Jornada</p><p>Internacional de Políticas Públicas, 2011, São Luís. Anais da</p><p>Jornada Internacional de Políticas Públicas, 2011. v. 1.</p><p>MARTINS, Valter; SIMIONATTO, I. O processo de</p><p>implementação e gestão do Programa Bolsa Família em</p><p>Florianópolis. In: DIPROSUL - O direito à saúde e a proteção</p><p>social em faixas de fronteiras: Um balanço do debate acadêmico</p><p>no sul da América do Sul, 2011, Pelotas. Anais DIPROSUL, 2011.</p><p>Pesquisadora</p><p>1</p><p>Dra. Neusa</p><p>Cavalcante</p><p>Lima</p><p>Professora</p><p>UFF</p><p>Assistente Social pela Pontifícia Universidade Católica de São</p><p>Paulo, mestrado em Administração Pública pela Fundação Getúlio</p><p>Vargas\SP, doutorado e pós-doutorado em Serviço Social pela</p><p>Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É Professora do</p><p>Departamento de Serviço Social de Campos do Instituto de</p><p>Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional -</p><p>Universidade Federal Fluminense. É pesquisadora do Grupo de</p><p>Estudos e Pesquisas em Serviço Social, Trabalho e Proteção</p><p>Social (GETRAPS) do SSC da UFF e do Núcleo de Estudos e</p><p>Pesquisa sobre Identidade (Nepi) da PUC/SP, coordenado pela</p><p>Profa. Dra. Maria Lúcia Martinelli. Tem experiência na área de</p><p>Serviço Social, com ênfase em Serviço Social, atuando</p><p>principalmente nos seguintes temas: serviço social, história oral,</p><p>pesquisa qualitativa, habitação de interesse social.</p><p>Pesquisadora</p><p>1</p><p>Dra. Ketnen</p><p>Rose</p><p>Medeiros</p><p>Barreto</p><p>Professora</p><p>UFF</p><p>Graduação em Serviço Social pela Universidade Federal</p><p>Fluminense e mestrado em Serviço Social pela Pontifícia</p><p>Universidade Católica de São Paulo (1998). Doutora pela</p><p>Universidade do Estado do Rio de Janeiro, foi Conselheira do</p><p>Conselho Municipal de Assistência Social entre 2010-2020. Líder</p><p>do grupo de Estudo e Pesquisa em Serviço Social, Políticas</p><p>Públicas e Controle Social. Tem experiência na área de Serviço</p><p>Social, com ênfase em Serviço Social e Formação Profissional,</p><p>atuando principalmente nos seguintes temas: Controle social,</p><p>Seguridade social (Previdência e Assistência social) e formação</p><p>profissional.</p><p>Pesquisadora</p><p>1</p><p>Dra.</p><p>Marilene</p><p>Parente</p><p>Gonçalves</p><p>Professora</p><p>UFF</p><p>Professora do Magistério Superior, Adjunta, da Universidade</p><p>Federal Fluminense - UFF, no Departamento de Serviço Social de</p><p>Campos. Pós-Doutoranda no Programa de Pós-graduação em</p><p>Políticas Sociais da Universidade Estadual do Norte Fluminense</p><p>Darcy Ribeiro - UENF. Doutora em Sociologia Política, pela</p><p>Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF. Pós-</p><p>Graduada lato sensu em Auditoria em Saúde Pública e Privada,</p><p>pela Faculdade de Medicina de Campos. Mestre em Política Social</p><p>pela Universidade Federal Fluminense - UFF e Graduada em</p><p>Serviço Social pela Universidade Federal Fluminense.</p><p>Produção no tema:</p><p>Gonçalves, Marilene P. BOLSA FAMÍLIA EM CAMPOS DOS</p><p>GOYTACAZES: uma análise sociopolítica das condições de sua</p><p>efetivação na Proteção Social Básica. Tese de doutorado.</p><p>Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro.</p><p>Campos dos Goytacazes,</p><p>2015.</p><p>CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO:</p><p>Demonstrar, em planilha, as fases de execução x meses de execução. É interessante</p><p>Meses</p><p>Ações mês</p><p>1</p><p>mês</p><p>2</p><p>mês</p><p>3</p><p>mês</p><p>4</p><p>mês</p><p>5</p><p>mês</p><p>6</p><p>mês</p><p>7</p><p>mês</p><p>8</p><p>Preparação do Edital de seleção de 22 bolsistas e divulgação</p><p>X</p><p>Edital de seleção e processo seletivo para bolsistas entrevistadores</p><p>(extensão)</p><p>X</p><p>X</p><p>Capacitação equipe bolsistas entrevistadores (extensão) X</p><p>Seleção de 22 bolsistas e 10 cadastros de reserva X</p><p>Seleção de 3 bolsistas de iniciação científica X</p><p>Visitação às famílias inscritas como unipessoais, no Cadúnico, em</p><p>Campos dos Goytacazes, para orientar o\a cidadão\ã sobre o Programa</p><p>Bolsa Família e proceder com a atualização dos cadastros, quando</p><p>necessário, de responsabilidade da PMCG.</p><p>X X X X X X</p><p>Levantamento de informações sobre o Programa e o CadÚnico X X X X X X</p><p>Composição de subgrupos para estudo aprofundado das categorias de</p><p>análise e produção textual</p><p>X X</p><p>Seminários de alinhamento sobre metodologia e conceitos</p><p>orientadores para a produção do diagnóstico por categorias</p><p>analíticas.</p><p>X X X X X</p><p>Coleta e sistematização das informações e dados Cadastro Único X</p><p>Encontros subgrupos de trabalho X X X X X</p><p>Diagnóstico do Programa Bolsa Família em Campos dos Goytacazes X X X X X</p><p>Seminário e livro X</p><p>Referências</p><p>AZEVEDO, Darana Carvalho; BURLANDY, Luciene. Política de Combate à Pobreza no</p><p>Brasil. Concepções e estratégias. Revista Katálysis, 13 (2). Florianópolis: Universidade</p><p>Federal de Santa Catarina, 2010</p><p>CARVALHO, P. L. Temer anuncia reajuste do Bolsa Família, mas esconde novo</p><p>corte de beneficiários. São Paulo, Sul 21, maio de 2018.</p><p>Rae-eletrônica 1 (2): 1-12. São Paulo: Fundação Getulio Vargas</p><p>Escola de Administração de Empresas de São Paulo. 2022.</p><p>https://rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/ artigos/10.1590_S1676-56482002000200003.pdf.</p><p>(08 de abril de 2020).</p><p>CUNHA, Rosani. Concepção e gestão da proteção social não contributiva:</p><p>transferência de renda com condicionalidade: a experiência do Programa Bolsa Família.</p><p>Brasília: Unesco, 2009. Disponível em:</p><p><http://unesdoc.unesco.org/images/0018/001830/183075por.pdf>. Acesso em: 24 set.</p><p>2019.</p><p>DI GIOVANNI, Geraldo et al. Sistemas de proteção social: uma introdução conceitual.</p><p>In: OLIVEIRA, Marco Antônio de et al. Reforma do Estado e Políticas de emprego</p><p>no Brasil. São Paulo: Unicamp, 1998. p. 9-29.</p><p>DINIZ. I. De crítico a defensor do Bolsa Família: veja frases de Bolsonaro. São</p><p>Paulo, GAZETA Política, agosto de 2020.</p><p>IBGE. Estudos e pesquisas: informação demográfica e socioeconômica. Síntese de</p><p>indicadores sociais - uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de</p><p>Janeiro: IBGE, 2018. Disponível em: < https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-</p><p>noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/25223-mercado-de-trabalho-reflete-</p><p>desigualdades-de-genero>. Acesso em: 20 jan. 2020.</p><p>INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa</p><p>Nacional por Amostra de Domicílios. Brasília: Instituto Brasileiro de Geografia e</p><p>Estatística, 2019. Disponível em: < https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-</p><p>de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/25814-pnad-continua-taxa-de-</p><p>desocupacao-e-de-11-8-e-taxa-de-subutilizacao-e-24-0-no-trimestre-encerrado-em-</p><p>setembro-de-2019>. Acesso em: 18 dez. 2019.</p><p>IPEA. Retrato das desigualdades de gênero e raça BRASIL. Brasília: IPEA, 2009.</p><p>Disponível em:<www.ipea.gov.br/portal>. Acesso em: 28 fev. 2020.</p><p>MARTINS, Valter. Políticas de enfrentamento à pobreza no Brasil. Trabajo Social, [S.</p><p>l.], v. 24, n. 1, p. 71 89, 2022. DOI: 10.15446/ts.v24n1.94324. Disponível em:</p><p>https://revistas.unal.edu.co/index.php/tsocial/article/view/94324. Acesso em: 10 jul.</p><p>2023.</p><p>SILVA, Maria O. da S; YAZBEK, Maria C.; DI GIOVANNI, Geraldo. A política</p><p>social brasileira no século XXI: a prevalência dos programas de transferência de</p><p>renda. São Paulo: Cortez, 2008.</p><p>SILVA, Maria Ozanira da Silva; LIMA, Valéria Ferreira Santos de Almeida. Avaliando</p><p>o Bolsa Família: unificação, focalização e impactos. São Paulo: Cortez, 2010.</p><p>SILVA. C. R. Bolsa Família: Governo Temer promove o maior corte da história.</p><p>São Paulo: Brasil de Fato, agosto de 2017.</p>

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