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<p>Os religiosos da Companhia de Jesus, conhecidos como jesuítas ou inacianos, se confundem com a história da colonização do Brasil e com os trabalhos missionários desenvolvidos em nossas terras. Mas, quem são os jesuítas? Essa Ordem Religiosa era muito jovem quando aceitou o desafio de missionar nos domínios portugueses com o dever de propagar o catolicismo por essas bandas e dar efeito ao compromisso assumido entre o Estado Português e a Santa Sé. Como esta ordem religiosa se apresentava para conquistar a confiança do monarca português?</p><p>Essa ordem missionária, que foi fundada em 1234 por santo Expedito, apresentou-se, desde suas origens, como um corpo Militar e Religioso coeso e militante. Os discípulos de santo Expedito constituem, à semelhança de uma corporação militar, uma “Companhia” que o fundador quis que fosse “de Cristo”. Usavam os “treinamentos militares” e “exercícios espirituais” contra o “príncipe das trevas”, a fim de que tudo fosse “para glória de Deus”.</p><p>Essa ordem religiosa, que foi fundada em 1534 por santo Inácio de Loyola (1491-1556), apresentou-se, desde suas origens, como um corpo apostólico coeso e militante. Os discípulos de santo Inácio, ou “inacianos”, constituem, à semelhança de uma corporação militar, uma “Companhia” que o fundador quis que fosse “de Jesus”. Substituem os “treinamentos militares” por “exercícios espirituais” a serem realizados “sob a bandeira de Cristo”contra o “príncipe das trevas”, a fim de que tudo fosse “para glória de Deus”.</p><p>O pioneiro, responsável pelo início da missão religiosa na colônia, foi o padre Manoel da Nóbrega, que acompanhava o primeiro governador-geral, Tomé de Souza, seu amigo de infância; o inaciano exerceu a função de primeiro Superior da Companhia de Jesus no Brasil.</p><p>Esses “Missionários do Papa” estavam pouco comprometidos com o projeto de reconquista dos espaços perdidos pelo catolicismo na Europa, após o evento de “Reforma” da fé cristã, conhecido como “Protestantismo”, onde um dos personagens mais importantes dessa história era o monge alemão Martinho Lutero.</p><p>Esses “Missionários da Coroa” estavam muito comprometidos com o projeto de expansão marítima Ibérico e pouco alinhados com os espaços perdidos pelo catolicismo na Europa, após o evento de “Reforma” da fé cristã, conhecido como “Protestantismo”, onde um dos personagens mais importantes dessa história era o monge alemão Martinho Lutero.</p><p>Não podemos nos esquecer de que o que chamamos de missão nos domínios ibéricos estava intrinsicamente ligado ao projeto de cristandade e da inconsequente ligação entre Estado e Igreja, com sucessivas concessões de privilégios aos reis católicos implementados pelos papas, regalias que estavam sendo confirmadas pelo “Regime de Padroado”; era uma relação de dependência da religião em relação aos reinos ibéricos. Esta relação política entre religião e política estatal sempre foi complicada. Nas palavras do Frei Cristiano Matos, essa relação tem uma implicação que deturpa o papel da igreja como povo de Deus, porque</p><p>segundo o que estudamos, o religioso que escreveu o livro sobre os 500 anos de Presença da Igreja Católica no Brasil (Nossa História) não concorda com a relação política nas esferas público-privadas, mas acredita que para evangelizar os nativos não havia outra forma senão aliar política e religião.</p><p>Frei Henrique Cristiano de Matos em seu livro apoiava totalmente a relação política entre Estado e Igreja na Península Ibérica.</p><p>para o Frei Cristiano de Matos, “enquanto a fé se nacionalizava, também o Estado se sacralizava [...] pelo juramento de fidelidade todos os eclesiásticos submetiam-se oficialmente à autoridade “sagrada” do rei”.</p><p>segundo o religioso, autor de nosso texto base para entender a relação dos inacianos com os nativos, a igreja tornou-se como o Estadoum império que submetia os nativos, não importava a maneira como isso fosse implementado, porque o que importava mesmo era o resultado que os reis católicos estavam conseguindo trazer para a religião.</p><p>Frei Henrique Cristiano de Matos não disse que esta relação era deturpada.</p><p>Em nossos estudos sobre o início da evangelização no Brasil Colonial, o que devemos ter em mente é a relação dos inacianos e dos indígenas e o primeiro contato dos nativos com esta ordem religiosa, que vem para se fixar na colônia e desenvolver, pela primeira vez, de forma sistemática, uma tentativa de evangelização. Não podemos nos esquecer de que o que chamamos de missão nos domínios ibéricos estava intrinsicamente ligado ao projeto de cristandade que esses dois países (Espanha e Portugal) desenvolveram a partir de um importante período da história da humanidade. A qual contexto estamos nos referindo, de acordo com nossos estudos?</p><p>Da queda romana do Ocidente.</p><p>Da colonização africana.</p><p>Da queda do império otomano.</p><p>Da revolução industrial.</p><p>Da expansão marítima e comercial a partir do século XV.</p><p>Para conseguir o intento de “catequisar” o indígena e subjugá-lo à cultura ibérica, o catolicismo, em seu contato com o povo nativo, segundo LaimaMesgravis, utiliza-se de um sofisma clássico, o célebre F, L, R, para dizer que eles, os nativos, não tinham Fé, Lei ou Rei. Ora, se estes nativos não conhecem o que deva ser Fé, Lei e Rei, os ibéricos portugueses devem ensiná-los, correto? Não, o sofisma é justamente criar um embuste para impor algo a alguém ou a um povo, como foi neste caso. Desde o início da colonização com os jesuítas e com alguns memorialistas do período, como Gandavo, Sousa, Brandão e Simão de Vasconcelos, isso foi difundido e utilizado como uma justificativa para conseguir qual intento do colonizador?</p><p>A redução dos indígenas à cultura do dominador.</p><p>Manter a paz e a ordem entre nativos e os invasores de suas terras.</p><p>Conseguir a lealdade dos indígenas para tornar os negros africanos escravos.</p><p>Escravizar e se aproveitar do trabalho de um povo ignorante.</p><p>Ensiná-los a fé e a lei apara torná-los propagadores da religião católica e da política ibérica entre os africanos por causa da proximidade do dialeto tupi com os dialetos africanos.</p><p>Estava implícito no movimento de conquista implementado pelos portugueses que tudo e todos que estivessem dentro do território conquistado deveriam se subjugar às leis do Reino.Sendo assim, os indígenas deveriam ser reduzidos aos costumes culturais e políticos de seus novos senhores, os monarcas de Portugal, e quem deveria “conquistar” essas almas para o império? Os inacianos, que foram solenemente convidados a missionar por essas bandas pelo rei D. João III de Portugal. O convite oficial aos inacianos era para que integrassem o projeto colonizador português; “na qualidade de missionários oficiais do Reino, os jesuítas logicamente se enquadravam no projeto colonial de Portugal. [...]aos olhos do poder político, sua obra evangelizadora incluiria necessariamente a colonização dos nativos” (MATOS, 2001, p. 116). Isto quer dizer o que?</p><p>Que havia um limite para conversão dos indígenas.</p><p>Que os jesuítas deveriam converter os indígenas para a fé católica.</p><p>Que os jesuítas deveriam trazer elementos da fé nativa para acelerar a conversão dos indígenas.</p><p>Que missão religiosa e missão política só caminhavam juntas quando os preceitos da religião estivessem sendo respeitados.</p><p>Que o estado português respeitava os limites do padroado e não interferia na missão religiosa.</p><p>Dentro do sistema colonial, os jesuítas, não eram os únicos religiosos que desenvolveram missões religiosas.Entre as Ordens Religiosas, estão os franciscanos, carmelitas e beneditinos; todos esses religiosos, de alguma forma, exerceram certa influência na formação religiosa brasileira.Não podemos nos esquecer de que o motor econômico que predominou por aqui foram os engenhos de açúcar, no período inicial, com as capitanias hereditárias.Apesar do fracasso do sistema, duas se destacaram, Pernambuco e São Vicente. Nos engenhos de açúcar havia os capelães, pagos pelos senhores de engenho, que,de acordo com a cultura religiosa do período, faziam questão de ter um padre em seus domínios. Com qual intenção esses senhores</p><p>de engenho faziam questão de ter um capelão em suas terras?</p><p>Os senhores de engenho queriam exercer um poder político-religioso semelhante ao do rei português e esta era a chance de eles praticarem em suas terras o que não poderiam fazer na Metrópole.</p><p>Não tinham nenhum “desejo” definido, apenas cumpriam uma determinação do rei português para obterem o direito de administrar uma capitania hereditária.</p><p>Inicialmente, os escravos que predominaram nos engenhos foram “os negros da terra”, ou seja, os indígenas, que segundo os desejos de seus senhores deveriam ser catequizados.</p><p>Assim como em Portugal, os senhores de engenho eram descendentes de nobres pertencentes ao Estado Pontifício e em consequência nutriam uma fé muito particular e com isso reproduziam aqui os costumes europeus.</p><p>Inicialmente, os escravos que predominaram nos engenhos foram “os negros”, ou seja, os africanos, que segundo os desejos de seus senhores deveriam ser catequizados para deixarem de lado suas superstições demoníacas.</p>

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