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<p>LEGISLAÇÃO APLICADA À ATIVIDADE POLICIAL</p><p>LEI Nº 8.072/90</p><p>CRIMES HEDIONDOS</p><p>LEI DOS CRIMES HEDIONDOS</p><p>Os crimes hediondos são previstos inicialmente no art. 5, inciso XLIII da CF que</p><p>dispõe: “A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a</p><p>prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os</p><p>definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os</p><p>executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;”.</p><p>Crime hediondo é aquele rotulado como tal pelo legislador. Adotou-se no Brasil o</p><p>sistema/critério legal.</p><p>Vejamos os sistemas/critérios:</p><p>a) Legal: é o legislador que, taxativamente, irá definir os crimes hediondos.</p><p>b) Judicial: o juiz vai dizer no caso concreto se o crime é hediondo ou não.</p><p>c) Misto: o legislador fornece parâmetros mínimos para definição de um crime como hediondo. O juiz vai</p><p>definir, no caso concreto, se o crime se amolda ou não naqueles critérios fornecidos pelo legislador, em</p><p>outras palavras, há um rol exemplificativo de delitos hediondos, sendo possível ao juiz reconhecer, no</p><p>caso concreto, a hediondez de uma conduta.</p><p>O Brasil adota o critério legal. A crítica feita a esse critério é que ele engessa a atuação do</p><p>magistrado no caso concreto. Isso tira o poder de decisão do juiz. Entretanto, o critério judicial</p><p>poderia trazer uma insegurança jurídica.</p><p>Obs:</p><p>*A Lei de Crimes Hediondos não cria crime, apenas prevê tratamento diferenciado a tipos</p><p>penais já existentes. Todos os crimes hediondos estão previstos no CP, salvo o genocídio,</p><p>que encontra previsão na Lei nº 2.889/56 e os seguintes delitos: o crime de posse ou porte</p><p>ilegal de arma de fogo de uso proibido, o crime de comércio ilegal de armas de fogo, o crime</p><p>de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição e o crime de organização</p><p>criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou equiparado, que também se</p><p>encontram previstos na Legislação esparsa.</p><p>CRIMES CONSIDERADOS HEDIONDOS</p><p>Art. 1ᵒ São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei nᵒ 2.848, de 7 de dezembro de 1940 -</p><p>Código Penal, consumados ou tentados:</p><p>I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e</p><p>homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX) (Redação dada pela Lei nº 14.344, de 2022)</p><p>Vigência;</p><p>Homicídio</p><p>PERGUNTA: Homicídio simples é hediondo?</p><p>A depender do caso, pode ser hediondo. Será hediondo quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que</p><p>cometido por um só agente. Nesta hipótese o homicídio simples, excepcionalmente, é hediondo. Este homicídio simples</p><p>considerado hediondo é chamado de homicídio condicionado.</p><p>PERGUNTA: E o que vem a ser atividade típica de grupo extermínio?</p><p>O que caracteriza atividade típica de grupo de extermínio é a indeterminação do sujeito passivo: O agente mata a vítima não por</p><p>suas condições pessoais e individuais, mas sim em razão de pertencer a determinado grupo ou classe social, religião, raça,</p><p>etnia, orientação sexual etc. (ex.: Grupo de extermínio que assassina brutalmente pessoas que se identificam como “não</p><p>binários”).</p><p>Homicídio qualificado privilegiado é possível?</p><p>SIM, desde que as qualificadoras sejam de ordem objetiva, por exemplo o pai agindo por motivo de relevante valor</p><p>moral mata o estuprador da sua filha MEDIANTE TORTURA. É importante frisar que independente de ordem objetiva</p><p>e subjetiva NÃO é considerado crime hediondo.</p><p>*Apesar de a maioria da doutrina lecionar que o Feminicídio possui natureza subjetiva (já que o preconceito por</p><p>razões da condição do sexo feminino está ligada aos motivos do crime), o STJ vem decidindo reiteradamente se</p><p>tratar de qualificadora de ordem objetiva, por questões de política criminal, de modo a não tornar o Feminicídio um</p><p>mero substituto das qualificadoras dos motivos torpe e/ou fútil (STJ, HC no 430.222/MG, DJe 15/03/2018).</p><p>Homicídio qualificado (apenas qualificado) sempre será hediondo.</p><p>Homicídio privilegiado (e o privilegiado-qualificado) nunca será hediondo. Natureza subjetiva prepondera.</p><p>Ex: pai mata estuprador da filha por asfixia.</p><p>*Curiosidade ᵃʳᵗ 1º inc. I: Após o assassinato brutal da atriz Daniela Perez, filha da escritora de Novelas Gloria Perez, foi editada</p><p>a Lei 8.930/94, fruto da pressão popular causada pelo crime, que incluiu o homicídio qualificado no rol dos crimes hediondos.</p><p>I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2ᵒ) e lesão corporal seguida de morte (art.</p><p>129, § 3ᵒ), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição</p><p>Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da</p><p>função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até</p><p>terceiro grau, em razão dessa condição;</p><p>II - roubo:     (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)</p><p>a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V);     (Incluído pela Lei nº</p><p>13.964, de 2019)</p><p>b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de arma de</p><p>fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B);     (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)</p><p>c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º);     (Incluído pela Lei nº 13.964,</p><p>de 2019)</p><p>III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte (art.</p><p>158, § 3º);    (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)</p><p>IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lᵒ, 2ᵒ e 3ᵒ);</p><p>roubo:</p><p>a) circunstanciado pela restrição de</p><p>liberdade da vítima (art. 157, § 2º,</p><p>inciso V);</p><p>II - extorsão qualificada pela restrição da</p><p>liberdade da vítima, ocorrência de lesão</p><p>corporal ou morte (art. 158, § 3º);</p><p>IV - extorsão mediante seqüestro e</p><p>na forma qualificada (art.</p><p>159, caput, e §§ lᵒ, 2ᵒ e 3ᵒ);</p><p>consumar o crime ou garantir o</p><p>sucesso da fuga, mantém a vítima em</p><p>seu poder, restringindo a sua</p><p>liberdade de locomoção. Não se</p><p>confunde com a hipótese do agente</p><p>privar desnecessariamente a liberdade</p><p>de locomoção da vítima, por período</p><p>prolongado, caso em que teremos</p><p>roubo em concurso material com o</p><p>delito de sequestro.</p><p>Ex: Seria o caso do agente que após</p><p>cometer o roubo tranca as vítimas no</p><p>banheiro; Em roubo de veículo leva a</p><p>vítima e depois a abandona em um</p><p>Na extorsão qualificada pela restrição</p><p>da liberdade da vítima há apenas uma</p><p>vítima que será objeto da extorsão</p><p>propriamente dita (constrangimento por</p><p>violência ou grave ameaça) e também</p><p>da restrição da liberdade. É o chamado</p><p>"sequestro relâmpago’.</p><p>Ex: Seria o caso do agente que</p><p>restringe a liberdade da vítima para</p><p>levá-la até a agência bancária efetuar</p><p>saque de dinheiro.</p><p>Na extorsão mediante sequestro há</p><p>duas vítimas, uma que é objeto da</p><p>extorsão propriamente dita e outra</p><p>que é objeto da restrição da</p><p>liberdade.</p><p>EX: Seria o caso do agente que</p><p>sequestra o filho para exigir dinheiro</p><p>do pai, a título de resgate.</p><p>*O crime de extorsão não se confunde com o roubo . Neste, o agente emprega violência ou grave ameaça para</p><p>subtrair o bem, buscando imediata vantagem, dispensando, para tanto, a colaboração da vítima; já na extorão, o</p><p>sujeito ativo emprega violência ou grave ameaça para fazer com que a vítima lhe proporcione indevida vantagem</p><p>mediata (futura), sendo, portanto, de suma importância a participação do constrangido.</p><p>V - estupro (art. 213, caput e §§ 1ᵒ e 2ᵒ);             (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)</p><p>VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1ᵒ, 2ᵒ, 3ᵒ e 4ᵒ);                 (Redação dada pela Lei nº</p><p>12.015, de 2009)</p><p>VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1ᵒ).                   (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de</p><p>1994)</p><p>VII-A – (VETADO)                    (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998)</p><p>VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou</p><p>alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou</p><p>medicinais (art. 273, caput e § 1ᵒ, § 1ᵒ-A e § 1ᵒ-B, com a redação dada pela Lei nᵒ 9.677, de 2 de julho</p><p>de 1998).           (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998)</p><p>VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente</p><p>ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º).              (Incluído pela Lei nº 12.978, de 2014)</p><p>IX - furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum (art.</p><p>155, § 4º-A).    (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019).</p><p>*Obs: atentar para desproporcionalidade, roubo mediante emprego de explosivo não é crime hediondo.</p><p>X - induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação realizados por meio da rede de</p><p>computadores, de rede social ou transmitidos em tempo real (art. 122, caput e § 4º); (Incluído pela Lei</p><p>14.811, de 2024)</p><p>XI - sequestro e cárcere privado cometido contra menor de 18 (dezoito) anos (art. 148, § 1º, inciso IV);</p><p>(Incluído pela Lei 14.811, de 2024)</p><p>XII - tráfico de pessoas cometido contra criança ou adolescente (art. 149-A, caput, incisos I a V, e § 1º,</p><p>inciso II). (Incluído pela Lei 14.811, de 2024)</p><p>Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados:    (Redação dada pela</p><p>Lei nº 13.964, de 2019)</p><p>I - o crime de genocídio, previsto nos  arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de</p><p>1956;       (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)</p><p>II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei nº</p><p>10.826, de 22 de dezembro de 2003;       (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)</p><p>III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no  art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 de</p><p>dezembro de 2003;      (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)</p><p>IV - o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, previsto no art. 18 da Lei</p><p>nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;      (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)</p><p>V - o crime de organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou</p><p>equiparado.      (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)</p><p>CONSIDERAÇÕES:</p><p>- O ROL de crimes previsto neste artigo é TAXATIVO.</p><p>A tortura, o tráfico de drogas e o terrorismo, não são crimes hediondos, pois não</p><p>estão elencados no art. 1º, entretanto são equiparados, por força do art. 2º desta</p><p>Lei.</p><p>CRIMES MILITARES HEDIONDOS:</p><p>A Lei 14688/2023 alterou a lei dos crimes hediondos, equiparando as figuras</p><p>típicas que estavam no Código Penal Militar aos crimes correspondentes do</p><p>Código Penal comum que já eram hediondos, ficando a redação da seguinte forma:</p><p>VI – os crimes previstos no Decreto-Lei nº 1.001, de 21 de outubro de 1969</p><p>(Código Penal Militar), que apresentem identidade com os crimes previstos no art.</p><p>1º desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.688, de 2023)</p><p>Portanto que praticou o crime do CPM antes da entrada em vigor desta lei responderá sem a</p><p>forma hedionda, mas quando praticado após a alteração, responderá pelo crime de forma</p><p>hedionda. O CPM é especial em relação ao CP, devendo ser processado o réu na Justiça</p><p>Militar, salvo para os militares estaduais em relação ao Tribunal do juri.</p><p>CRIMES MILITARES HEDIONDOS:</p><p>Passaram a se hediondo os seguintes crimes militares:</p><p>homicídio qualificado,</p><p>estupro,</p><p>latrocínio,</p><p>extorsão qualificada por morte,</p><p>extorsão mediante sequestro,</p><p>epidemia com resultado morte e</p><p>envenenamento com perigo extensivo com morte.</p><p>CRIMES DO ESTATUTO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE</p><p>Em 2024 a Lei 14811/2024, modificou a Lei Crimes Hediondos, passando a incluir</p><p>como hediondos novos tipos legais:</p><p>X - induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação realizados por meio da rede de</p><p>computadores, de rede social ou transmitidos em tempo real (art. 122, caput e § 4º); (Incluído pela Lei</p><p>14.811, de 2024)</p><p>XI - sequestro e cárcere privado cometido contra menor de 18 (dezoito) anos (art. 148, § 1º, inciso IV);</p><p>(Incluído pela Lei 14.811, de 2024)</p><p>XII - tráfico de pessoas cometido contra criança ou adolescente (art. 149-A, caput, incisos I a V, e § 1º,</p><p>inciso II). (Incluído pela Lei 14.811, de 2024).</p><p>Incluiu também no paragráfo unico:</p><p>VII - os crimes previstos no § 1º do art. 240 e no art. 241-B da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990</p><p>(Estatuto da Criança e do Adolescente)</p><p>CRIMES DO ESTATUTO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE</p><p>Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo</p><p>explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: (Redação dada pela Lei nº 11.829, de</p><p>2008)</p><p>§ 1º Incorre nas mesmas penas quem: (Redação dada pela Lei nº 14.811, de 2024)</p><p>I - agencia, facilita, recruta, coage ou de qualquer modo intermedeia a participação de criança ou</p><p>adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena;</p><p>(Incluído pela Lei nº 14.811, de 2024)</p><p>II - exibe, transmite, auxilia ou facilita a exibição ou transmissão, em tempo real, pela internet, por</p><p>aplicativos, por meio de dispositivo informático ou qualquer meio ou ambiente digital, de cena de sexo</p><p>explícito ou pornográfica com a participação de criança ou adolescente. (Incluído pela Lei nº 14.811,</p><p>de 2024)</p><p>Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de</p><p>registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:</p><p>(Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)</p><p>CRIMES EQUIPARADOS AOS HEDIONDOS E SUAS VEDAÇÕES</p><p>Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e</p><p>drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:</p><p>I - anistia, graça e indulto;</p><p>II - fiança.       (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)</p><p>A Lei dos Crimes Hediondos veda a concessão de: a) anistia, graça e indulto e b)</p><p>fiança. Embora a CF/88 não preveja a impossibilidade de indulto, a Lei 8072/90 vedou</p><p>a concessão do indulto. Entende-se que a vedação é constitucional, pois o indulto</p><p>nada mais é que uma graça coletiva. Em regra, também não se admite a comutação.</p><p>A Lei de Tortura (9455/97), posterior à Lei dos Crimes Hediondos, não vedou o indulto</p><p>em relação ao crime de tortura, por conta disso, a Doutrina se divide com relação à</p><p>possibilidade de indulto no crime de tortura. Contudo, parece prevalecer em provas o</p><p>posicionamento de que não é possível o indulto no crime de tortura.</p><p>Apesar da Lei 8072/90 vedar a fiança, não há vedação de concessão de liberdade</p><p>provisória sem fiança (a redação originária da Lei 8072/90 proibia, mas esta vedação</p><p>foi revogada pela Lei 11464/07). STF (HC 104339) declarou inconstitucional a Lei de</p><p>Drogas, no ponto que proibia liberdade provisória com fiança (art. 44).</p><p>Anistia: É lei penal de efeito retroativo que retira as conseqüências de alguns crimes já</p><p>praticados, promovendo o seu esquecimento jurídico e refere-se a fatos e não a</p><p>pessoas, privativa do Congresso Nacional (art. 48, VIII da CF), com sanção do</p><p>Presidente da República.</p><p>Graça é um benefício individual concedido mediante provocação da parte interessada,</p><p>enquanto o indulto é de caráter coletivo e concedido espontaneamente. Ambos os</p><p>institutos são concedidos pelo Presidente da República (art. 84, XII da CF), que</p><p>poderão ser delegados aos ministros de Estado ou ao Procurador-geral da República</p><p>e Advogado-Geral da União (Art. 84, par. único., CF). Só ocorrem na fase da execução</p><p>penal.</p><p>REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENA E PROGRESSÃO DE REGIME</p><p>§ 1ᵒ  A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime</p><p>fechado.      (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)</p><p>A redação originária da Lei 8072/90 previa o cumprimento de pena em regime integralmente fechado. O dispositivo</p><p>que previa regime integralmente fechado foi declarado inconstitucional pelo STF (HC 82.959/SP) por violar o</p><p>princípio da individualização da pena. Posteriormente, a Lei 11.464/07 previu que a pena, no caso de crime</p><p>hediondo, seria cumprida em regime inicialmente fechado. Essa norma também foi reconhecida inconstitucional</p><p>por</p><p>violar o princípio da individualização da pena (STF, HC 111840).</p><p>§ 2º Foi revogado pelo pacote anticrime, observar o art. 112 da LEP(Lei nº 7.210/84).</p><p>Ver tabela comparativa no próximo slide ...</p><p>22/08/16</p><p>CRIME COMETIDO ANTES DA LEI Nº 11.464/07 CRIME COMETIDO DEPOIS DA LEI Nº 11.464/07 *CRIME COMETIDO DEPOIS DA LEI Nº 13.964/2019</p><p>Cumprimento de 1/6 (art. 112 da LEP)</p><p>Cumprimento de 2/5 (primário)</p><p>Cumprimento de 3/5 (reincidente)</p><p>OBS: a Lei nova não pode retroagir.</p><p>40% Primário + Crime Hediondo/Equiparado</p><p>50% Primário + Crime Hediondo/Equiparado, com</p><p>resultado morte, VEDADO O LIVRAMENTO</p><p>CONDICIONAL.</p><p>50% Exercer o comando, individual ou coletivo, de</p><p>organização criminosa estruturada para a prática de</p><p>crime hediondo ou equiparado</p><p>50% Crime de constituição de milícia privada</p><p>60% Reincidente + crime hediondo/equiparado</p><p>70% Reincidente + crime hediondo/equiparado, com</p><p>resultado morte, VEDADO O LIVRAMENTO</p><p>CONDICIONAL.</p><p>RECURSO</p><p>§ 3ᵒ  Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o</p><p>réu poderá apelar em liberdade.       (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)</p><p>Obs: Falar genericamente sobre o art. 492, “e” do CPP(Pacote anticrime) e sua</p><p>compatibilidade com o art. 283 do CPP e com as ADC 43,44 e 54.</p><p>DA PRISÃO TEMPORÁRIA</p><p>§ 4ᵒ  A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei nᵒ 7.960, de 21 de dezembro</p><p>de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias,</p><p>prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada</p><p>necessidade.      (Incluído pela Lei nº 11.464, de 2007)</p><p>Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de segurança máxima, destinados</p><p>ao cumprimento de penas impostas a condenados de alta periculosidade, cuja</p><p>permanência em presídios estaduais ponha em risco a ordem ou incolumidade pública.</p><p>Presídios Federais de Segurança máxima(Geridos pelo sistema Penintenciário</p><p>Federal):</p><p>Porto Velho/RO;1.</p><p>Mossoró/RN;2.</p><p>Campo Grande/MS;3.</p><p>Catanduvas/PR;4.</p><p>Brasília/DF.5.</p><p>DO LIVRAMENTO CONDICIONAL</p><p>Art. 5º - Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o seguinte inciso:</p><p>Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade</p><p>igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)</p><p>V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da</p><p>tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente</p><p>específico em crimes dessa natureza."</p><p>Segundo o Professor Ivan Luís Marques da Silva e Vitor de Luca (2022)O livramento condicional é um benefício previsto em sede de execução penal consistente em uma</p><p>antecipação provisória da liberdade do acusado, após o cumprimento de determinada parcela da pena, mediante condições fixadas pelo Juiz da Vara de Execuções Penais.</p><p>Perceba que é um benefício que decorre do sistema progressivo de cumprimento de pena, mas não se exige a passagem por todos os regimes prisionais para a sua</p><p>concessão. Vale dizer, o reeducando não necessita passar por todos os regimes carcerários (fechado, semiaberto e aberto) para fazer jus ao livramento condicional. Com</p><p>isso, é possível o agente estar no regime semiaberto e já ter direito ao livramento condicional.</p><p>Associação Criminosa e Crime Hediondo</p><p>Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código</p><p>Penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de</p><p>entorpecentes e drogas afins ou terrorismo.</p><p>Delação Premiada</p><p>Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou</p><p>quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois</p><p>terços.</p><p>FIM!!</p>

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