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SISTEMA DE ENSINO
LEGISLAÇÃO 
PENAL ESPECIAL
Crimes Hediondos
Livro Eletrônico
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
Sumário
Crimes Hediondos ........................................................................................................................... 4
Lei dos Crimes Hediondos – Lei n. 8.072/1990 ......................................................................... 4
Conceito de Crime Hediondo ......................................................................................................... 4
Previsão Constitucional ................................................................................................................. 5
Tentativa e Consumação ............................................................................................................... 6
Natureza Hedionda do Crime de Homicídio ............................................................................... 7
Roubo ................................................................................................................................................ 11
Latrocínio ......................................................................................................................................... 11
Extorsão ...........................................................................................................................................13
Estupro ............................................................................................................................................. 17
Epidemia com Resultado Morte ..................................................................................................21
Falsificação .....................................................................................................................................21
Prostituição .................................................................................................................................... 22
Furto com Emprego de Explosivo .............................................................................................. 23
Genocídio ........................................................................................................................................ 23
Posse ou Porte Ilegal de Arma de Fogo de Uso Proibido ......................................................24
Crime de Organização Criminosa Direcionado à Prática de Crime Hediondo ou 
Equiparado ..................................................................................................................................... 25
Crimes Equiparados aos Hediondos ......................................................................................... 26
Efeitos Jurídicos da Aplicação dos Rigores da Lei n. 8.072/1990 ....................................... 27
Anistia .............................................................................................................................................. 27
Graça ................................................................................................................................................ 27
Indulto .............................................................................................................................................28
Liberdade Provisória .................................................................................................................... 29
Progressão de Regime de Cumprimento de Pena .................................................................. 32
Possibilidade de se Recorrer em Liberdade no Caso de Condenação por Crime 
Hediondo ou Equiparado .............................................................................................................34
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Livramento Condicional nos Crimes Hediondos e Equiparados .........................................34
Reincidência Específica em Crimes Hediondos e Equiparados ........................................... 35
A Prisão Temporária nos Crimes Hediondos e Equiparados ................................................ 35
Resumo ............................................................................................................................................42
Exercícios ........................................................................................................................................46
Gabarito ........................................................................................................................................... 63
Gabarito Comentado ....................................................................................................................64
Referências ................................................................................................................................... 100
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Crimes Hediondos
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Sérgio Bautzer
CRIMES HEDIONDOS
Olá, meu(minha) caro(a) aluno(a), eu sou o professor Sérgio Bautzer, Delegado de Polícia 
Civil do Distrito Federal e leciono as Leis Penais e Processuais Penais há 15 anos. Estou desde 
a fundação no Gran Online, que atualmente é o maior, melhor e mais completo curso virtual pre-
paratório para concursos públicos do país. A seguir, você terá a aula sobre os Crimes Hedion-
dos e Equiparados. É um tema importante para os concursos das carreiras jurídicas, ainda mais 
com o advento do Pacote Anticrime que tornou mais rigorosa a punição de tais delitos no país. 
Você verá o conceito de crime hediondo e o sistema adotado no Brasil para etiquetá-lo como 
tal. Coloquei um mapa mental com todos os crimes hediondos que estão previstos no rol ta-
xativo, e sugiro desde já que você o memorize. O outro mapa mental, faz com que você lembre 
os rigores que a norma impões aos delitos hediondos e equiparados. Eu já ia me esquecendo: 
os assemelhados aos hediondos são de fácil memorização, basta você se lembra da letra “T”. 
Você verá logo mais. Procurei propor questões de acordo com o Pacote Anticrime, para que 
você se familiarize com o assunto. Revisei a prisão temporária nas infrações em comento, uma 
vez que o assunto pode ser cobrado em uma prova subjetiva, em que o examinador exija do 
candidato a elaboração de uma peça prática. Em relação às questões de concursos públicos já 
realizados, com temas vinculados à Lei n. 8.072/1990, que você eventualmente resolva,, sugiro 
muito cuidado, uma vez que desde 2009, a norma passou por diversas alterações legislativas, 
tendo inclusive entendimentos jurisprudenciais dos mais diversos. Ao final da nossa aula, há 
um resumo e a “letra da lei”, que deve ser lida pelo menos uma vez a cada quinze dias. Ah, e 
não se esqueça, você também deverá ler o Pacote Anticrime pelo menos uma vez por semana.
Em caso de dúvida, você poderá participar da aula por meio do fórum de dúvidas do Gran 
Cursos Online, o maior, melhor e mais completo curso preparatório virtual para concursos pú-
blicos do país.
Lei dos Crimes Hediondos – Lei n. 8.072/1990
ConCeito de Crime Hediondo
O crime hediondo é aquele considerado repugnante, bárbaro, que causa asco na socieda-
de. Há no entanto três sistemas trabalhando na sua definição:
• Legal: competeconcursos para Juiz Federal ou 
Procurador da República. O julgado ressalta que a lesão à vida, à integridade física ou à liber-
dade de locomoção são apenas meios de ataque nos diversos meios de ação do criminoso. 
Afirmou-se que o crime de genocídio não visa proteger a vida ou a integridade física, mas sim a 
diversidade humana. Foi asseverado que um eventual homicídio seria mero instrumento para a 
execução do crime de genocídio, enfim, este NÃO é um crime doloso contra a vida, mas contra 
a existência de grupo racial, nacional, étnico e religioso.
Segue a ementa:
1. CRIME. Genocídio. Definição legal. Bem jurídico protegido. Tutela penal da existência 
do grupo racial, étnico, nacional ou religioso, a que pertence a pessoa ou pessoas ime-
diatamente lesionadas. Delito de caráter coletivo ou transindividual. Crime contra a diver-
sidade humana como tal. Consumação mediante ações que, lesivas à vida, integridade 
física, liberdade de locomoção e a outros bens jurídicos individuais, constituem moda-
lidade executórias. Inteligência do art. 1º da Lei n. 2.889/1956, e do art. 2º da Conven-
ção contra o Genocídio, ratificada pelo Decreto n. 30.822/1952. O tipo penal do delito de 
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genocídio protege, em todas as suas modalidades, bem jurídico coletivo ou transindivi-
dual, figurado na existência do grupo racial, étnico ou religioso, a qual é posta em risco 
por ações que podem também ser ofensivas a bens jurídicos individuais, como o direito 
à vida, a integridade física ou mental, a liberdade de locomoção etc. 2. CONCURSO DE 
CRIMES. Genocídio. Crime unitário. Delito praticado mediante execução de doze homicí-
dios como crime continuado. Concurso aparente de normas. Não caracterização. Caso 
de concurso formal. Penas cumulativas. Ações criminosas resultantes de desígnios autô-
nomos. Submissão teórica ao art. 70, caput, segunda parte, do Código Penal. Condena-
ção dos réus apenas pelo delito de genocídio. Recurso exclusivo da defesa. Impossibi-
lidade de reformatio in peius. Não podem os réus, que cometeram, em concurso formal, 
na execução do delito de genocídio, doze homicídios, receber a pena destes além da 
pena daquele, no âmbito de recurso exclusivo da defesa. 3. COMPETÊNCIA CRIMINAL. 
Ação penal. Conexão. Concurso formal entre genocídio e homicídios dolosos agravados. 
Feito da competência da Justiça Federal. Julgamento cometido, em tese, ao tribunal do 
júri. Inteligência do art. 5º, XXXVIII, da CF, e art. 78, I, c/c art. 74, § 1º, do Código de Pro-
cesso Penal. Condenação exclusiva pelo delito de genocídio, no juízo federal monocrá-
tico. Recurso exclusivo da defesa. Improvimento. Compete ao tribunal do júri da Justiça 
Federal julgar os delitos de genocídio e de homicídio ou homicídios dolosos que constitu-
íram modalidade de sua execução.
O crime de envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal era crime 
hediondo. Porém, tal delito continua no elenco dos crimes suscetíveis de decretação de prisão 
temporária, sendo que o prazo da detenção cautelar será de 5 dias, prorrogáveis em caso de 
extrema e comprovada necessidade.
Posse ou Porte iLegaL de arma de Fogo de uso Proibido
No final do ano de 2017, o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito 
foi incluído no rol dos crimes hediondos.
Ocorre que com a edição do “Pacote Anticrime”, o legislador substituiu a expressão “res-
trito” por “proibido”. Além disto, o legislador retirou a arma de fogo de uso proibido (o objeto 
material do delito, no caso) e criou o §2º do art. 16 do Estatuto do Desarmamento, inclusive au-
mentando substancialmente a pena, tratando-se de verdade “lei penal mais prejudicial ao réu”.
Mesmo tendo a oportunidade, o Legislador quando editou a Lei n. 13.964/2019 não re-
solveu a questão da aplicação ou não dos rigores da Lei dos Crimes Hediondos para com as 
figuras previstas nos incisos do §1º do art. 16, as chamadas condutas assemelhadas à posse 
ou porte ilegal de arma de fogo de uso permitido ou proibido.
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A Sexta Turma do tribunal denegou por unanimidade a ordem de habeas corpus impetrado 
com a mesma fundamentação. Para o os Ministros, a Lei n. 13.497/2017 não limitou ao caput 
a aplicação dos rigores da Lei dos Crimes Hediondos:
1. O art. 16 da Lei n. 10.826/2003 prevê gravosas condutas de contato com “arma de fogo, 
acessório ou munição de uso proibido ou restrito”, vindo seu parágrafo único a acrescer 
figuras equiparadas – em gravidade e resposta criminal. 2. Ainda que possam algumas 
das condutas equiparadas ser praticadas com armas de uso permitido, o legislador as 
considerou graves ao ponto de lhes fixar reprovação criminal equivalente às condutas do 
caput. 3. Equiparação é tratamento igual para todos os fins, considerando equivalente o 
dano social e equivalente também a necessária resposta penal, salvo ressalva expressa. 
4. Ao ser qualificado como hediondo o art. 16 da Lei n. 10.826/2003, também as condu-
tas equiparadas, e assim previstas no mesmo artigo, devem receber igual tratamento. 5. 
Praticado o crime equiparado do parágrafo único do art. 16 da Lei n. 10.826/2003 após 
a publicação da Lei n. 13.497/2017, que inseriu a qualificação de hediondez, incide esse 
tratamento mais gravoso ao fato do processo. 6. Habeas corpus denegado (HC 526.916/
SP, j. 01/10/2019).
Comércio Ilegal de Arma de Fogo
O “Pacote Anticrime” inseriu o delito de comércio ilegal de arma de fogo no rol dos deli-
tos, além de ter aumentado consideravelmente as penas mínima e máxima da infração penal 
em comento.
Tráfico Internacional de Arma de Fogo
No mesmo sentido, o “Pacote Anticrime” inseriu o crime previsto no art. 18 do Estatuto do 
Desarmamento no elenco taxativo de crimes hediondos e ainda aumentou consideravelmente 
as penas mínima e máxima da infração penal em comento.
Crime de organização Criminosa direCionado à PrátiCa de Crime 
Hediondo ou equiParado
No material próprio nós iremos estudar a Lei n. 12.850/2013 e voltaremos a falar no assun-
to em comento.
Mas desde já você deve ficar atento ao disposto no §2º do art. 310 do CPP, que trouxe de 
volta ao ordenamento jurídico pátrio, a liberdade provisória proibida ou vedada:
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Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) 
horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do 
acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério 
Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:
.................................................................................................................
(...).
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou 
milícia,ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou 
sem medidas cautelares. (Grifei)
Crimes equiParados aos Hediondos
Você deverá memorizar num primeiro momento quais são os crimes equiparados aos 
hediondos.
Crimes Hediondos Crimes Equiparados
aos Hediondos
Os previstos no art. 1º 
da Lei n. 8.072/1990, 
tanto na forma tentada 
quanto na forma 
consumada.
Tráfico de drogas
Terrorismo
Tortura
Para facilitar a memorização de quais são os crimes equiparados aos hediondos, você 
deve se lembrar que todos começam com a letra “T”.
Acredito que nas próximas provas, o examinador continue cobrando o fato de o crime de 
tráfico de drogas na modalidade privilegiada, ter deixado de ser considerado equiparado ao 
hediondo pelos Tribunais Superiores.
O “Pacote Anticrime” alterou o art. 112 da Lei de Execução Penal e de maneira expressa 
determinou aos operadores do Direito que o crime de tráfico de drogas, quando privilegiado, 
não deve ser considerado hediondo.
O Tráfico de Drogas na modalidade privilegiada está previsto no §4º do artigo 33 da Lei n. 
11.343/2006 e é aquele que o réu é primário e de bons antecedentes, não se dedica a ativida-
des criminosas e não pertence ao crime organizado.
Você deve ficar atento ao fato de que o privilégio na verdade é uma causa de redução de pena 
e não um delito que foi inserido no ordenamento jurídico pátrio com a edição da Lei n. 11.343/2006
Nos anos 2000, o Cespe e outras bancas cobraram dos candidatos muitas questões sobre 
o entendimento majoritário da doutrina e da jurisprudência que o crime de associação para o 
tráfico drogas, previsto no artigo 35 da Lei n. 11.343/2006, não ser equiparado ao hediondo.
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eFeitos JurídiCos da aPLiCação dos rigores da Lei n. 8.072/1990
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e 
o terrorismo são insuscetíveis de: (Vide Súmula Vinculaste)
I – anistia, graça e indulto;
II – fiança. (Redação dada pela Lei n. 11.464, de 2007)
§ 1º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado. (Reda-
ção dada pela Lei n. 11.464, de 2007)
§ 2º (Revogado pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 3º Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar 
em liberdade. (Redação dada pela Lei n. 11.464, de 2007)
§ 4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei n. 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos cri-
mes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso 
de extrema e comprovada necessidade. (Incluído pela Lei n. 11.464, de 2007)
Dispõe o art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal:
a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o trá-
fico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por 
eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
Eu recomendo que você leia a Constituição Federal “seca” todos os dias por uma hora.
O art. 2º desta Lei dispõe que os crimes hediondos e os equiparados são insuscetíveis de 
anistia, graça, indulto e de fiança.
anistia
É o “esquecimento” jurídico de uma ou mais infrações penais. Conforme o art. 48 da Cons-
tituição Federal, é atribuição do Congresso Nacional, por meio de lei federal, a concessão da 
anistia. Todos os efeitos de natureza penal deixam de existir.
É causa extintiva da punibilidade do agente, conforme se depreende pela leitura do art. 107 
do Estatuto Penal.
graça
É a concessão de “perdão” pelo Presidente da República, por meio de decreto. Trata-se de 
uma espécie de perdão estatal.
É causa extintiva da punibilidade, conforme se depreende pela leitura do art. 107 do Có-
digo Penal.
É correto afirmar que a graça é o indulto individual.
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http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.asp?sumula=1271
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11464.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11464.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11464.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art19
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11464.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7960.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11464.htm#art1
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induLto
Também é concedido pelo Presidente da República por meio de decreto. É coletivo, pois 
possui um caráter de generalidade, ou seja, abrange várias pessoas que atendam a determina-
das condições previstos no ato presidencial. Você também deve memorizar que é uma causa 
extintiva de punibilidade, também prevista no já mencionado art. 107 do Estatuto Penal.
A inclusão do indulto no art. 2º da Lei n. 8.072/1990 provocou discussões acerca da sua 
constitucionalidade, já que no art. 5º, XLIII, da Lei Fundamental, proíbe, tão somente, a conces-
são de graça, a anistia e a fiança.
Mas você há de concordar comigo que é uma questão de raciocínio: se não é possível a 
concessão da graça, que é individual, com mais razão não será possível a concessão do indul-
to, que é coletivo.
Entretanto, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, na ADI n. 2.795 MC/DF, declarou cons-
titucional o art. 2º, I, da Lei n. 8.072/1990.
O Guardião da Constituição entendeu que a concessão de indulto aos condenados a penas 
privativas de liberdade insere-se no exercício do poder discricionário do Presidente da Repúbli-
ca, limitado à vedação prevista no inciso XLIII do art. 5º da CF, de onde o artigo “supra” funda-
menta a sua validade. Foi arguido que o termo “graça”, previsto no dispositivo constitucional, 
abrange “indulto” e a “comutação de penas”.
Você deve memorizar que, por delegação do Presidente da República, podem conceder 
indulto ou comutar penas no caso de crimes não hediondos o Ministro de Estado, o Procura-
dor Geral da República e o Advogado Geral da União.
Aliás, memorize o § único do art. 84 da Constituição Federal.
Detalhe, os veículos midiáticos confundem a saída temporária com indulto, por conta da 
época em que o segundo é concedido: no natal. Daí vem a expressão “indulto natalino”, que 
é equivocadamente confundido com a “saída” do condenado (que tem direito) para passar as 
festas de final de ano com familiares.
O Pacote Anticrime alterou a Lei de Execução Penal e passou a vedar a saída temporária 
do condenado por crime hediondo com resultado morte. Vejamos:
Art. 122, § 2º Não terá direito à saída temporária a que se refere o caput deste artigo o condenado 
que cumpre pena por praticar crime hediondo com resultado morte. (NR)
Por fim, vou te lembrar que a comutação de pena significa indulto parcial e que também 
é vedada a concessão quando tratar de crimes hediondos e equiparados. A 6ª Turma do STJ 
decidiu o seguinte:
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COMUTAÇÃO. CRIME HEDIONDO. Não há como tachar de ilegal a decisão que indefere 
a comutação de pena (arts. 1º, III, e 2º do Dec. N. 6.294/2007) diante da hediondez do 
crime de latrocínio, visto que o STF reconheceu inconstitucionalidade apenas no tocante 
ao § 1º do art. 2º da Lei n. 8.072/1990 (progressão de regime), deixando incólume a 
vedação do indulto e da comutação. A negativa da comutação, conforme a jurisprudên-
cia, é discricionariedade conferida ao presidente da República. Precedentes citados: HC 
n. 147.982-MS, DJe 21/6/2010; HC n. 137.223-RS, DJe 29/3/2010; HC n. 142.779-RS, DJe 
1º/2/2010, e HC n. 141.211-RS, DJe 23/11/2009. HC n. 126.077-SP, Rel. Min. Maria The-
reza de Assis Moura, julgado em 5/10/2010.
Quem comete um crime hediondo ou equiparado não pode ser agraciado, anistiado e tam-
bém não pode receber indulto.
Liberdade Provisória
É um dos temas importantes relacionados aos editais dos concursos das carreiras policiais.
E vou te contar um segredo: eu tinha muita dificuldade nessa matéria.
A liberdade provisória pode ser concedida ao indiciado ou ao réu preso cautelosamente, 
para que ele responda ao inquérito ou ao processo provisoriamente em liberdade.
É uma garantia constitucional prevista no art. 5º, LXVI, da CF, assim redigido: “ninguém será 
levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança”.
A Constituição Federal, o Código de Processo Penal e a Lei n. 8.072/1990 dizem expres-
samente que os crimes hediondos e equiparados são inafiançáveis, ou seja, que é vedada a 
concessão de liberdade provisória com arbitramento de fiança para tais delitos.
A vedação à liberdade provisória, antes expressamente prevista na Lei n. 8.072/1990, não 
impedia o relaxamento do flagrante quando:
 ◦ ocorresse excesso de prazo da prisão durante o tramitar do processo crime;
 ◦ não confirmada a situação flagrancial;
 ◦ se reconhecida a nulidade na lavratura do auto de prisão.
Quanto ao tema, devemos nos lembrar da Súmula n. 697/STF, que diz:
A proibição da liberdade provisória nos processos por crimes hediondos não veda o relaxa-
mento da prisão processual por excesso de prazo.
A Lei n. 11.464/2007, que alterou a Lei dos Crimes Hediondos, possibilitou a concessão de 
liberdade provisória sem arbitramento de fiança, no caso de cometimento de crimes hedion-
dos ou equiparados.
Nas provas de concurso, você deve ficar atento à expressão “liberdade provisória”, que 
significa que o examinador quer testar os teus conhecimentos acerca da liberdade provisória 
sem fixação de fiança.
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Antigamente, existiam vozes que sustentavam, que mesmo com a alteração na Lei dos 
Crimes Hediondos, a proibição de liberdade provisória decorreria da inafiançabilidade prevista 
no art. 5º, XLIII, da CF, ou seja, entende-se que, se a liberdade provisória com fiança não é per-
mitida, com mais razão não seria a liberdade provisória sem fiança. Nesse sentido, vale citar o 
HC n. 93.229/SP, 1ª Turma, do STF e o HC n. 93.591/MS, 6ª Turma, do STJ.
No que concerne aos crimes de tráfico de drogas, o art. 44 da Lei n. 11.343/2006 também 
vedava de maneira expressa a concessão de liberdade provisória sem fixação de fiança (a cha-
mada “liberdade provisória”, memorize) aos delitos em comento.
O STF chegou a suscitar que a redação conferida ao art. 2º, II, da Lei n. 8.072/1990, pela 
Lei n. 11.464/2007 não preponderava sobre o disposto no art. 44 da Lei n. 11.343/2006, que 
proibia, expressamente, a concessão de liberdade provisória em se tratando de tráfico de dro-
gas – HC n. 92.495/PE, 2ª Turma: Informativo n. 508.
No HC n. 94.916/RS (2ª Turma): informativo n. 522, o Ministro Eros Grau enfatizou a excep-
cionalidade da liberdade provisória nos crimes de tráfico de drogas.
O mestre Alberto Silva Franco (2002, p. 1.298), antes da alteração promovida pela Lei n. 
11.464/2007, professava:
[...] sob a ótica do princípio fundamental da dignidade da pessoa humana e dos direitos 
fundamentais correlacionados do devido processo legal, da presunção da inocência e da liber-
dade provisória. Na medida em que o texto da lei ordinária obsta, sem prévia autorização cons-
titucional, a concessão do direito fundamental à liberdade provisória, nos crimes hediondos 
e a eles equiparados, e na medida em que o mesmo texto transforma o caráter instrumental 
das medidas cautelares em formas aflitivas de privação da liberdade para atingir objetivos de 
prevenção penal, a dignidade da pessoa humana, que serve de base a todos os direitos fun-
damentais, fica em xeque: a prisão cautelar transforma-se numa penalização desnecessária, 
sem observância do due process of law, passível de censura constitucional e, numa rotulagem 
inapropriada, o indiciado ou acusado ficam equiparados à condição de culpado, ofendendo-se 
claramente o princípio da presunção de inocência.
Em 2012, o Plenário do Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional a proibição de 
concessão de liberdade provisória para os que cometerem crimes de tráfico, prevista no artigo 
44 da Lei de Drogas. Era a última modalidade de liberdade provisória proibida ou vedada no 
sistema jurídico brasileiro, que retornou apenas com a edição do Pacote Anticrime, em 2020. 
Vejamos o que dispõe a nova redação do art. 310 do CPP:
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e 
quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a 
presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o mem-
bro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:
.................................................................................................................
(...)
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou 
milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou 
sem medidas cautelares. (Grifei)
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
A tabela abaixo deve ser memorizada, pois resume tudo o que estudamos agora sobre as 
questões jurídicas sobre os crimes Hediondos. Além disso, revisamos o concernente aos cri-
mes de Tráfico de Drogas, Tortura, Racismo e a Ação de Grupo Armado Civil ou Militar contra o 
Estado Democrático e a Ordem Constitucional:
Crimes
Hediondos e 
Terrorismo
Tráfico de 
Drogas Tortura
Racismo 
(crime de 
preconceito 
– Lei n. 
7.716/1989)
Ação de Grupo 
Armado Civil ou 
Militar contra Estado 
Democrático e a 
Ordem Constitucional
Inafiançáveis Inafiançáveis Inafiançável Inafiançável Inafiançável
------------- -------------------- --------------- Imprescritível Imprescritível
Insuscetíveis de
1) anistia;
2) graça;
3) indulto.
Insuscetíveis de
1) anistia;
2) graça;
3) indulto;
4) “sursis” 
(suspensão 
condicional da 
pena).
Insuscetível 
de
1) anistia;
2) graça
Punido com 
pena de 
reclusão
Obs.: � Para a prova, você deve memorizar que cabe liberdade provisória nos crimes hediondos 
e equiparados, desde que ausentes os requisitos e fundamentosda prisão preventiva.
Você deverá ficar atento à mudança feita pelo Pacote Anticrime em relação ao art. 
310 do CPP:
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) 
horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do 
acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério 
Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:
.................................................................................................................
(...)
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou 
milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou 
sem medidas cautelares. (Grifei)
Entendo que a redação dada ao §2º do art. 310 do CPP traz de volta ao ordenamento jurídi-
co nacional a liberdade provisória vedada ou proibida. Assim, não é possível que o juiz conceda 
a liberdade provisória com ou sem fixação de fiança ao agente é reincidente ou que integra 
organização criminosa armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá 
denegar a liberdade provisória
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
Progressão de regime de CumPrimento de Pena
A antiga redação do art. 2º da Lei n. 8.072/1990 afirmava que a pena privativa de liberdade 
por crime previsto na lei deveria ser cumprida em regime integralmente fechado.
Em 1997, a Lei de Tortura inovou no ordenamento jurídico dispondo que era possível que 
o condenado, por um dos crimes lá previstos (salvo a omissão) pudesse progredir de regime. 
Muitos sustentaram que tal possibilidade deveria ser dada aos demais crimes hediondos e 
equiparados. Porém o Supremo Tribunal Federal, por meio da Súmula n. 698, disse que não se 
estenderia aos demais crimes hediondos e equiparados a admissibilidade de progressão no 
regime de execução da pena aplicada ao crime de tortura.
A súmula n. 698 perdeu a razão de ser com a declaração de inconstitucionalidade da veda-
ção à progressão de regime prevista na Lei dos Crimes Hediondos e a consequente alteração 
realizada pela Lei n. 11.464, de 2007.
Vale indicar que a antiga redação do art. 2º não encontrava perfeita sintonia com o princí-
pio constitucional da individualização da pena. Assim, quase 16 anos depois da edição da Lei 
dos Crimes Hediondos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal entendeu, no julgamento do HC 
n. 82.959, que a vedação de progressão de regime ofendia, em sua essência, a regra constitu-
cional em estudo.
Pena – Regime de cumprimento. Progressão. Razão de ser. A progressão no regime de 
cumprimento da pena, nas espécies fechado, semiaberto e aberto, tem como razão maior a 
ressocialização do preso que, mais dia ou menos dia, voltará ao convívio social. Pena. Crimes 
hediondos. Regime de cumprimento. Progressão. Óbice. Art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.072/1990. 
Inconstitucionalidade. Evolução Jurisprudencial. Conflita com a garantia da individualização 
da pena – artigo 5º, inciso XLVI, da Constituição Federal – a imposição, mediante norma, do 
cumprimento da pena em regime integralmente fechado. Nova inteligência do princípio da in-
dividualização da pena, em evolução jurisprudencial, assentada a inconstitucionalidade do art. 
2º, § 1º, da Lei n. 8.072/1990. (STF – HC n. 82.959/SP, Pleno)
Com o advento da Lei n. 11.464/2007, o art. 2º, § 1º, a progressão do regime passou a ser 
expressamente admitida, sendo que o condenado deveria iniciar o cumprimento da pena obri-
gatoriamente em regime fechado.
Assim, se o apenado for primário, a progressão ocorrerá após o cumprimento de 2/5 (dois 
quintos) da pena; se reincidente, após o cumprimento de 3/5 (três quintos).
Em 2012, o Plenário do Supremo Tribunal Federal entendeu inconstitucional a obrigato-
riedade do início do cumprimento da pena em regime fechado, no caso de condenação por 
crimes hediondos ou equiparados.
O “Pacote Anticrime”, como já mencionado, alterou a Lei de Execução Penal em seu art. 
112, que traz regra sobre a progressão de regime de pena no Brasil:
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Crimes Hediondos
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Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência 
para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos:
I – 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem 
violência à pessoa ou grave ameaça;
II – 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à 
pessoa ou grave ameaça;
III – 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido 
com violência à pessoa ou grave ameaça;
IV – 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido com violência 
à pessoa ou grave ameaça;
V – 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo 
ou equiparado, se for primário;
VI – 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for:
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, 
vedado o livramento condicional;
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada 
para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada;
VII – 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo 
ou equiparado;
VIII – 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equipa-
rado com resultado morte, vedado o livramento condicional. (Grifei)
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa conduta 
carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a pro-
gressão.
§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre motivada e precedida de 
manifestação do Ministério Público e do defensor, procedimento que também será adotado na con-
cessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos 
nas normas vigentes
De agora em diante você deverá memorizar que com a edição do “Pacote Anticrime”, o con-
denado por crime hediondo ou equiparado deverá cumprir 40% (quarenta por cento) da pena, 
se for primário.
Cumprirá 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for primário e tiver sido con-
denado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, sendo vedado o 
livramento condicional.
Também cumprirá 50% (cinquenta por cento) da pena, o condenado por exercer o coman-
do, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática de crime hedion-
do ou equiparado.
Cumprirá 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de 
crime hediondo ou equiparado.
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Cumprirá 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo 
ou equiparado com resultado morte, sendo vedado o livramento condicional.
O Pacote Anticrime revogou o dispositivo que previa que no caso de condenação por cri-
me hediondo ou equiparado o condenado deveria cumprir 2/5 da pena, se primário, e 3/5 se 
reincidente.
PossibiLidade de se reCorrer em Liberdade no Caso de Condenação 
Por Crime Hediondo ou equiParado
Rege a Lei dos Crimes Hediondos:
§ 3º Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar 
em liberdade. (Redação dada pela Lei n. 11.464, de 2007).
O Superior Tribunal de Justiça (RHC n. 23.987/SP e HC n. 92.886/SP, 5ª Turma) e o Supre-
mo Tribunal Federal continuam se manifestando no sentido de que somente será negado ao 
condenado o direito de apelar em liberdade se estiverem presentes os requisitos e fundamen-
tos da prisão preventiva.
Se estiverem ausentes os requisitos da prisão preventiva, o condenado que permaneceu 
em liberdade durante a instrução criminal poderá apelar da sentença condenatória sem se 
recolher ao cárcere.
Você deve atentar-se para as mudanças promovidas pelo “Pacote Anticrime” no Código de 
Processo Penal no tocante às regras de apelação. Vejamos:
Art. 492.
(...)
e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se presentes os 
requisitos da prisão preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena igual ou superior a 15 (quinze) 
anos de reclusão, determinará a execução provisória das penas, com expedição do mandado de 
prisão, se for o caso, sem prejuízo do conhecimento de recursos que vierem a ser interpostos;
.................................................................................................................
§ 3º O presidente poderá, excepcionalmente, deixar de autorizar a execução provisória das penas de 
que trata a alínea e do inciso I do caput deste artigo, se houver questão substancial cuja resolução 
pelo tribunal ao qual competir o julgamento possa plausivelmente levar à revisão da condenação.
§ 4º A apelação interposta contra decisão condenatória do Tribunal do Júri a uma pena igual ou 
superior a 15 (quinze) anos de reclusão não terá efeito suspensivo. (Grifei).
Livramento CondiCionaL nos Crimes Hediondos e equiParados
É a concessão de liberdade antecipada, por meio de decisão judicial, ao condenado, me-
diante a existência de determinados requisitos e observadas algumas condições durante o 
restante da pena que deveria cumprir preso.
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
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O art. 83, V, do Código Penal, tem a seguinte redação:
V – cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da 
tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente 
específico em crimes dessa natureza.
Além dos requisitos já estabelecidos no CP, o condenado deve cumprir mais de 2/3 da repri-
menda imposta, desde que não seja reincidente específico em crimes hediondos ou equiparados.
Você deve ficar atento às alterações promovidas pelo “Pacote Anticrime” em relação ao 
instituto do Livramento Condicional no caso de condenação por crimes hediondos e equipara-
dos – artigo 112 da LEP, supracitado.
Você deverá memorizar que a partir do “Pacote Anticrime” o condenado por crime hedion-
do ou equiparado com resultado morte deverá cumprir 50% (cinquenta por cento) da pena, se 
o apenado for primário, vedado o livramento condicional. Se reincidente em crime hediondo 
ou equiparado com resultado morte, o condenado cumprirá 70% (setenta por cento) da pena, 
sendo vedado o livramento condicional.
Novamente, se o processo estiver em curso, a nova lei penal não vai retroagir para abarcar 
fatos passados, no caso de ser mais prejudicial ao réu.
reinCidênCia esPeCíFiCa em Crimes Hediondos e equiParados
A primeira corrente, denominada restritiva, diz que é considerado reincidente específico o 
criminoso já condenado por um crime hediondo em sentença transitada em julgado, que vem 
a cometer novamente o mesmo delito.
Ex.: o condenado comete crime de estupro no interior do presídio onde cumpre a pena, após 
ser condenado de maneira definitiva (por estupro).
A segunda corrente, denominada ampliativa, diz que é considerado reincidente específico 
o criminoso que, após ser condenado por um dos crimes hediondos ou equiparado, vem a co-
meter qualquer um destes.
Ex.: o condenado comete crime de homicídio qualificado no interior do presídio onde cum-
pre a pena, após ser condenado de maneira definitiva pela prática de tráfico de drogas.
a Prisão temPorária nos Crimes Hediondos e equiParados
Vamos revisar o que você já aprendeu sobre a Lei de Prisão Temporária.
A prisão temporária, espécie de prisão cautelar, tem por finalidade assegurar a eficiência 
da investigação criminal (Inquérito Policial) nos crimes graves, hediondos e equiparados.
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Você deve memorizar que a lei que versa a prisão temporária afastou de vez a possibili-
dade da decretação da prisão por averiguação, que não foi recepcionada pela Constituição 
Federal, conforme se depreende da leitura do art. 5º, LXI:
LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de auto-
ridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, 
definidos em lei;
Tomamos por base os ensinamentos de Ricardo Andreucci8: “O primeiro aduz que a prisão 
temporária é inconstitucional os aspectos formal e material”. Segundo esta corrente, a prisão 
temporária é formalmente inconstitucional por ser oriunda de medida provisória (MP n. 111, 
de 1989) e no aspecto material por afrontar o princípio da presunção de inocência (CF, art. 5º, 
LVII). Entretanto, para o Supremo Tribunal Federal, a Lei é constitucional por ter sido a medida 
provisória convertida em Lei, por não se confundir com prisão penal e por ser um “instrumento 
destinado a atuar em benefício da atividade desenvolvida no processo penal” (HC n. 80.719, 
Informativo STF n. 221, Rel. Min. Celso de Melo).
Requisitos da Prisão Temporária
Consoante a disposição do art. 1º da Lei n. 7.960/1989,
Art. 1º Caberá prisão temporária:
I – quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
II – quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclare-
cimento de sua identidade;
III – quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, 
de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2º);
b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1º e 2º);
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º);
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1º e 2º);
e) extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º);
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo 
único);
h) rapto violento (art. 219, e sua combinaçãocom o art. 223 caput, e parágrafo único);
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1º);
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte 
(art. 270, caput, combinado com art. 285);
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;
8 ANDREUCCI, Ricardo Antônio. Legislação Penal Especial, 6ª -São Paulo: Saraiva, 2009, página 500.
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m) genocídio (arts. 1º, 2º e 3º da Lei n. 2.889, de 1º de outubro de 1956), em qualquer de sua formas 
típicas;
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n. 6.368, de 21 de outubro de 1976);
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n. 7.492, de 16 de junho de 1986)
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. (Incluído pela Lei n. 13.260, de 2016).
Você deve atentar-se ao fato de que o crime de envenenamento de água potável ou subs-
tância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte ERA hediondo e deixou de ser na década 
de 1990, mas ainda está previsto no rol taxativo de delitos que admitem a prisão temporária.
Mesmo com o advento do Pacote Anticrime não houve a inclusão de novos delitos no rol 
taxativo de crimes que admitem a prisão temporária (Art. 1º da Lei n. 7.960/1989).
Capez nos ensina que:
Divergência: Sérgio de Oliveira Médici aponta a existência de quatro posições a respeito da 
aplicação da prisão temporária.
Para Tourinho Filho e Julio Mirabete, é cabível a prisão temporária em qualquer das três 
situações previstas em lei (os requisitos são alternativos: ou um, ou outro).
Para Antônio Scarance Fernandes, a prisão temporária só pode ser decretada se estiverem 
presentes as três situações (os requisitos são cumulativos).
Para Damásio de Jesus e Antônio Magalhães Gomes Filho, a prisão só poderá ser de-
cretada naqueles crimes apontados pela lei desde que concorra qualquer uma das primeiras 
situações. Assim, se a medida for imprescindível para as investigações ou se o endereço ou 
identificação do indiciado forem incertos, caberá prisão cautelar, e se o crime for um dos indi-
cados por lei.
A prisão temporária pode ser decretada em qualquer das situações legais, desde que, como 
ela, concorram os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva (art. 312 do CPP) 
É a posição de Vicente Greco Filho.9
Guilherme Nucci diz que devemos “consertar os equívocos legislativos e fixar como parâ-
metro a reunião do inciso III com o I ou com o inciso II” (NUCCI, Guilherme de Souza. Leis pe-
nais e processuais penais comentadas. 3ª edição. Ed. Revista dos Tribunais. 2008, pág. 1008). 
Nesse mesmo sentido está o Professor Maurício Zanoide de Moraes (Leis penais especiais 
e sua interpretação jurisprudencial, V. 2, pág. 2869). Assim como Capez, partilhamos da tese 
defendida por Damásio de Jesus.
Momento de Decretação da Prisão Temporária
A prisão temporária poderá ser decretada em qualquer fase do inquérito policial, não po-
dendo ser decretada no respectivo processo judicial.
9 CAPEZ, Fernando. Processo Penal/ Fernando Capez – 17ª ed. - Sâo Paulo: Ed. Damásio de Jesus, 2007. Página 188.
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O objetivo principal desta modalidade de prisão é garantir a efetividade das investigações 
criminais, assim, não é cabível a decretação da prisão temporária no curso do processo.
Legitimados para o Pedido de Prisão Temporária
A prisão temporária só será decretada com requerimento do Ministério Público ou repre-
sentação do Delegado de Polícia.
O art. 2º da lei supramencionada dispõe que,
Art. 2º A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade poli-
cial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual 
período em caso de extrema e comprovada necessidade.
É importante ressaltarmos que, se a representação for feita pela autoridade policial, o Juiz 
deverá ouvir o Órgão do MP antes de decidir o pedido.
Ocorrendo a prisão temporária, o despacho do Juiz deverá ser fundamentado e prolatado 
dentro do prazo de 24 horas, contadas a partir do recebimento da representação ou do re-
querimento.
A fundamentação é uma decorrência lógica de toda e qualquer decisão judicial, que deve 
ser fundamentada conforme dispõe o artigo 93, § 9º, da Constituição Federal de 1988. O prazo 
de 24 horas é um prazo impróprio, pois, se porventura o juiz extrapolá-lo, não há que se falar 
em nulidade.
O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público e do Advogado, determi-
nar que o preso lhe seja apresentado, solicitar informações e esclarecimentos da autoridade 
policial e submetê-lo a exame de corpo de delito.
Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias, uma das 
quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa.
A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado judicial.
Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos previstos no art. 5º 
da Constituição Federal.
Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos de-
mais detentos.
A libertação do preso temporário deverá ser realizada pela própria autoridade policial, sem 
que haja a necessidade do alvará de soltura.
Aquele que prolongar conscientemente a execução de prisão temporária deixando de ex-
pedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade responderá por 
crime de abuso de autoridade previsto no art. 12, inciso IV, da Nova Lei de Abuso de Autoridade; 
senão, vejamos:
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Prazos de Duração da Prisão Temporária
Para a prova do concurso, você deverá memorizar que o prazo da prisão temporária nos 
crimes hediondos será de 30 dias, prorrogável por igual período, em caso de extrema e com-
provada necessidade.
Você também deverá memorizar que, para os outros crimes previstos no rol taxativo do ar-
tigo 1º da Lei n. 7.960/1989, o prazo da prisão temporária é de cinco dias, também prorrogável 
por igual período, em caso de extrema e comprovada necessidade.
É cabível prisão temporária em todos os crimes hediondos e equiparados, mas nem todos 
os crimes previstos na Lei n. 7.960/1989 são hediondos ou equiparados.
Independência do Prazo da Prisão Temporária em Relação ao Inquérito 
Policial
O Código de Processo Penal diz que o inquérito policial deverá ser encerrado no prazo de 
10 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado 
o prazo. Nessa hipótese, a partir do dia em que executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 
dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
O prazo da prisão temporária não está contido dentro do prazo para a conclusão do Inqué-
rito Policial. Sendo o crime não hediondo, o prazo da prisão temporária é de cinco dias prorro-
gáveis por igual período. Após o decurso do prazo de dez dias, a autoridade policialainda terá 
outros dez dias para o encerramento do inquérito, pois os prazos são independentes e não 
são somados.
Crime Hediondo Crime não hediondo
Hipótese I
Prazo: 30 + 30 + 10 = 
70 dias para concluir o 
inquérito policial
Hipótese II
Prazo: 5 + 5 + 10 = 20 dias 
para concluir o inquérito 
policial.
Há quem sustente que o prazo de prisão temporária está contido no prazo para conclusão 
do inquérito policial. Para tal corrente, o prazo do inquérito policial, se o indiciado estiver preso 
em virtude de prisão temporária, será de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco dias, havendo 
exceção para determinados casos, a exemplo dos crimes de tráfico de drogas ou tortura, em 
que o prazo se estende para 30 dias, prorrogáveis por igual período, em caso de extrema e 
comprovada necessidade.
Encerrado o prazo da prisão temporária, mediante a representação do Delegado de Polícia 
ou do Órgão Ministerial, o Juiz pode decretar a prisão preventiva se estiverem presentes os 
requisitos previstos no Código de Processo Penal, de acordo com a nova redação dada ao as-
sunto pelo Pacote Anticrime.
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
O prazo da prisão temporária nos crimes hediondos será de 30 dias, prorrogável por igual 
período, em caso de extrema e comprovada necessidade. Para os outros crimes, o prazo da 
prisão temporária é de cinco dias, também prorrogável por igual período, em caso de extrema 
e comprovada necessidade.
É cabível prisão temporária em todos os crimes hediondos e equiparados, mas nem todos 
os crimes previstos no rol taxativo da Lei n. 7.960/1989 são hediondos ou equiparados.
Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de segurança máxima, destinados ao cumpri-
mento de penas impostas a condenados de alta periculosidade, cuja permanência em presídios 
estaduais ponha em risco a ordem ou incolumidade pública.
Art. 4º (Vetado).
Art. 5º Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o seguinte inciso:
“Art. 83...............................................................
........................................................................
V – cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática 
da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reinci-
dente específico em crimes dessa natureza.”
Art. 6º Os arts. 157, § 3º; 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º; 213; 214; 223, caput e seu parágrafo 
único; 267, caput e 270; caput, todos do Código Penal, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 157..............................................................
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de cinco a quinze anos, além 
da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
........................................................................
Art. 159. ...............................................................
Pena – reclusão, de oito a quinze anos.
§ 1º.................................................................
Pena – reclusão, de doze a vinte anos.
§ 2º.................................................................
Pena – reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos.
§ 3º.................................................................
Pena – reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.
........................................................................
Art. 213................................................................
Pena – reclusão, de seis a dez anos.
Art. 214................................................................
Pena – reclusão, de seis a dez anos.
........................................................................
Art. 223................................................................
Pena – reclusão, de oito a doze anos.
Parágrafo único. Pena - reclusão, de doze a vinte e cinco anos.
........................................................................
Art. 267................................................................
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Crimes Hediondos
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Pena – reclusão, de dez a quinze anos.
........................................................................
Art. 270................................................................
Pena – reclusão, de dez a quinze anos.
.......................................................................”
Art. 7º Ao art. 159 do Código Penal fica acrescido o seguinte parágrafo:
“Art. 159...............................................................
........................................................................
§ 4º Se o crime é cometido por quadrilha ou bando, o coautor que denunciá-lo à autoridade, facili-
tando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços.”
Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal, quando se tratar 
de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo.
Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, 
possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços.
Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 159, 
caput e seus §§ 1º, 2º e 3º, 213, caput e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo úni-
co, 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, todos do Código Penal, são 
acrescidas de metade, respeitado o limite superior de trinta anos de reclusão, estando a vítima em 
qualquer das hipóteses referidas no art. 224 também do Código Penal.
Art. 10. O art. 35 da Lei n. 6.368, de 21 de outubro de 1976, passa a vigorar acrescido de parágrafo 
único, com a seguinte redação:
“Art. 35.................................................................
Parágrafo único. Os prazos procedimentais deste capítulo serão contados em dobro quando se 
tratar dos crimes previstos nos arts. 12, 13 e 14.”
Art. 11. (Vetado).
Art. 12. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 13. Revogam-se as disposições em contrário.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art288
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art157%C2%A73
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art158%C2%A72http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art159
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223p
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223p
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art224
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6368.htm#art35
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
RESUMO
Equiparados a hediondos Hediondos
T– tráfico de drogas
T– Tortura
T – Terrorismo
Art. 1º da Lei n. 8.072/1990
Rol Taxativo
São considerados hediondos os crimes 
previstos no art. 1º da Lei n. 8.072/1990 
tanto na forma tentada quando na 
forma consumada.
Como define-se um crime como hediondo? O Critério adotado no Brasil é o legal, ou seja, 
quem define o crime como hediondo é o legislador.
O STF entende que associação para o tráfico de drogas não é crime equiparado ao hediondo.
Elenco Taxativo dos Crimes Hediondos
Homicídio Simples
Praticado em atividade de grupo de extermínio, ainda que por um só agente.
Homicídio qualificado
Obs.: � Controvérsia: o CESPE prevalece na doutrina e na jurisprudência de que o crime de 
homicídio privilegiado qualificado não é hediondo. Fundamento: o privilégio não pode 
existir com caráter hediondo de um crime.
Latrocínio
Extorsão qualificada pelo resultado morte
�a) O crime de extorsão na forma simples não é hediondo.
�b) Sequestro relâmpago é uma forma de extorsão com restrição de liberdade, que, na forma 
simples, não é considerado hediondo, apenas nas formas qualificadas.
Para o Professor Luiz Flávio Gomes, o crime de “sequestro relâmpago” com resultado de 
morte é hediondo (é um crime de extorsão com resultado morte).
Extorsão mediante sequestro
O crime de extorsão mediante sequestro é hediondo na forma simples como na forma 
qualificada.
Estupro
O crime de estupro é hediondo tanto na forma simples quanto na qualificada.
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Crimes Hediondos
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Estupro de vulnerável
Foi tema da dissertação de Agente PCDF/2009.
O crime de estupro de vulnerável é hediondo tanto na forma simples quanto na forma qua-
lificada. Os vulneráveis são:
 ◦ menor de 14 anos;
 ◦ vítima com doença ou enfermidade mental;
 ◦ vítima que não apresenta condições de se defender.
Epidemia com resultado morte
Epidemia: propagação de germes patogênicos num curto espaço de tempo. Temos aqui 
um crime preterdoloso.
Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins terapêu-
ticos ou medicinais
Genocídio
Posse ou porte de arma de fogo de uso proibido
Exploração sexual do vulnerável
Lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida de 
morte (art. 129, § 3º) quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 
144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Seguran-
ça Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companhei-
ro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição.
Feminicídio
Comércio ilegal de arma de fogo.
Tráfico internacional de arma de fogo.
Roubo com emprego de arma de fogo.
Roubo com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido.
Furto com emprego de explosivo.
Roubo com restrição de liberdade.
Roubo com resultado lesão grave.
Extorsão com restrição de liberdade, com ocorrência de lesão grave ou morte.
Organização criminosa voltada para a prática de crimes hediondos ou equiparados
Os crimes hediondos e equiparados são insuscetíveis de graça, anistia e indulto.
Fundamento: a Lei n. 11.464/2007 suprimiu do texto da Lei n. 8.072/1990 a proibição de 
concessão de liberdade provisória nos crimes hediondos e equiparados.
Anistia: é uma causa extintiva de punibilidade.
CP
Art. 107. É o esquecimento jurídico de uma ou mais infrações penais. É concedida pelo Congresso 
Nacional por meio de lei federal
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Crimes Hediondos
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Graça: é uma causa extintiva de punibilidade. É uma espécie de clemência estatal Conce-
dida pelo Presidente da República; ela é individual.
Indulto: é uma causa extintiva de punibilidade. É uma clemência estatal concedida pelo 
Presidente da República que é dada de maneira coletiva. O PR pode comutar pena, que é o 
indulto parcial, uma redução de pena.
CF/1988
Art. 84.
Parágrafo único. Por meio de delegação do Presidente da República o AGU, PGR e Ministro de Esta-
do podem conceder indulto.
Progressão de regime nos crimes hediondos e equiparados
Até a edição do Pacote Anticrime, o condenado por crime hediondo ou equiparado poderá 
começar a cumprir a pena no regime fechado, semiaberto ou aberto, a depender da pena im-
posta na sentença condenatória. Para obter a progressão, o condenado deveria cumprir 2/5 se 
primário e 3/5 se reincidente.
Agora, com a nova redação do art. 112 da LEP, novos índices deverão ser observados.
Prisão Temporária nos Crimes Hediondos
A prisão temporária é uma modalidade de prisão cautelar, prevista na Lei n. 7.960/1989.
A Prisão temporária é decretada pelo Juiz no curso das investigações criminais durante 
inquérito policial.
Legitimados a requerer a temporária
 ◦ Autoridade Policial.
 ◦ Membro do MP.
Obs.: � O Juiz não pode decretar de ofício (sem provocação) a prisão temporária.
Hipóteses de cabimento de prisão temporária
Rol taxativo de crimes previstos na Lei n. 7.960/1989.
Crimes hediondos e equiparados
O crime de envenenamento de água potável, produto alimentício e medicinal era hediondo, 
porém admite prisão temporária. Está previsto na Lei n. 7.960/1989.
Prazo de duração da prisão temporária nos crimes hediondos e equiparados é de 30 dias 
prorrogados por igual período em caso de extrema necessidade.
Para outros crimes previstos no rol taxativo previsto no art. 1º da Lei n. 7.960/1989 o prazo 
é de 5 dias prorrogáveis por igual período em caso de extrema necessidade.
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Crimes Hediondos
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Delação Premiada nos crimes hediondos e equiparados
Já falamos sobre o assunto anteriormente (formação de quadrilha ou bando para a prática 
de crimes hediondos ou equiparados). O participante ou associado que denunciar para auto-
ridades a quadrilha ou bando formado para a prática de crimes hediondose equiparados terá 
um benefício de redução de pena 1 a 2/3. Vale lembrar que não existe mais o crime de forma-
ção de quadrilha ou bando no ordenamento jurídico, uma vez que o art. 288 do CP recebeu uma 
nova roupagem em 2012, prevendo agora o crime de formação de associação criminosa. No 
tocante à delação premiada, a melhor norma que trata do assunto é a Lei n. 12.850/13, tam-
bém conhecida como Lei de Combate ao Crime Organizado.
No art. 159 do CP que trata do crime de extorsão mediante sequestro, há também a previsão 
da delação premiada com redução da pena de 1 a 2/3. O mesmo vale para a Lei de Drogas, em 
seu art. 41.
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EXERCÍCIOS
001. (CESPE/TJ-PA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2019) Conforme a Lei n. 8.072/1990, é 
considerado hediondo o crime de
a) favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de mulheres.
b) Infanticídio.
c) extorsão qualificada por qualquer resultado.
d) lavagem de dinheiro.
e) epidemia com resultado morte.
002. (FCC/TJ-MA/ANALISTA JUDICIÁRIO DIREITO/2019) Segundo o que dispõe a legisla-
ção nacional acerca dos crimes hediondos (Lei n. 8.072/1990),
a) o feminicídio não consta do rol dos crimes hediondos.
b) o crime de favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança 
ou adolescente ou de vulnerável é hediondo.
c) o crime de corrupção é definido como hediondo de acordo com o ordenamento jurídico.
d) o delito de exposição a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qual-
quer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea é hediondo, con-
forme o Código Penal.
e) o crime de lesão corporal dolosa, em nenhuma de suas modalidades, é, para efeito da lei 
brasileira, hediondo.
003. (TJ-SC/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS REMOÇÃO/2012) Assina-
le a alternativa correta:
a) Consoante a Lei n. 8.072/1990, os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de anistia, graça, indulto, fiança 
e liberdade provisória.
b) Nos casos de condenação por crime hediondo, a progressão de regime dar-se-á após o 
cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos) 
se reincidente.
c) Nos termos da Lei n. 11.343/2006, o indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente 
com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais coautores ou 
partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de conde-
nação terá pena reduzida de um sexto a dois terços.
d) Segundo a Lei n. 11.343/2006, constitui crime induzir, instigar ou auxiliar alguém a uso inde-
vido de droga, cuja pena será de reclusão de um a quatro anos, além de multa.
e) Em consonância com a Lei n. 11.343/2006, terá a pena reduzida à metade o agente que, em 
razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, 
era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, intei-
ramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento.
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
004. (UFPR/COREN-PR/ADVOGADO/2018) São crimes hediondos nos termos da Lei n. 8.072, 
de 1990, EXCETO:
a) provocar aborto sem o consentimento da gestante.
b) entregar a consumo produto cosmético adquirido de estabelecimento sem licença da auto-
ridade sanitária competente.
c) constranger pessoa maior de 18 (dezoito) anos a ter conjunção carnal mediante grave ame-
aça, sem resultar na morte da vítima.
d) atrair pessoa com 16 (dezesseis) anos à prostituição.
e) portar arma de fogo de uso restrito ao uso pelas forças armadas.
005. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL/2018) Em cada item 
que se segue, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada 
com relação a crime de tortura, crime hediondo, crime previdenciário e crime contra o idoso.
Paula, proprietária de uma casa de prostituição, induziu e passou a explorar sexualmente duas 
garotas de quinze anos de idade. Nessa situação, o crime praticado por Paula é hediondo e, por 
isso, insuscetível de anistia, graça e indulto.
006. (FCC/DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO REAPLICAÇÃO/2018) À luz do que dispõe o direi-
to brasileiro sobre os crimes hediondos,
a) somente recebem essa classificação os crimes consumados em razão do princípio da re-
serva legal.
b) é obrigatória a fixação de regime inicial fechado para o cumprimento da pena.
c) todas as modalidades de tráfico de drogas são equiparadas a crime hediondo, o que não 
ocorre no crime de associação para o tráfico.
d) sua prática autoriza a majoração da pena-base acima do mínimo legal.
e) existe vedação legal expressa à concessão dos institutos da graça e do indulto
007. (NUCEPE/PC-PI/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2018) Acerca dos Crimes hediondos, 
marque a alternativa CORRETA.
a) São considerados hediondos o Infanticídio e o Estupro.
b) A tentativa de homicídio simples ou de homicídio qualificado constituem-se crimes 
hediondos.
c) É possível a liberdade provisória aos autores de crimes hediondos e equiparados.
d) Dependendo da gravidade do crime, é cabível ao juiz classificar o crime como hediondo.
e) Tratando-se de crime hediondo ou equiparado, o condenado por crime de tortura, em qual-
quer modalidade, deverá iniciar o cumprimento da pena em regime fechado.
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
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008. (CESPE/EBSERH/ADVOGADO/2018) Julgue o item seguinte, relativos aos tipos penais 
dispostos no Código Penal e nas leis penais extravagantes.
O ordenamento jurídico nacional adotou o critério legal para a tipificação dos crimes hedion-
dos, sendo vedado ao juiz, em caso concreto, fixar a hediondez de um delito ou excluí-la em 
razão de sua gravidade ou forma de execução.
009. (VUNESP/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) A Força Nacional está atuando legal-
mente em Salvador. O civil “X”, irmão de um Policial Militar do Estado de São Paulo que integra 
a Força Nacional, residente na referida cidade, se envolveu em acidente de trânsito sem víti-
mas, ao abalroar o veículo do condutor “Y”. Após se identificar como irmão do Militar do Estado 
integrante da Força Nacional,foi violentamente agredido por “Y”, que confessou ter assim agi-
do apenas por saber dessa condição. As agressões provocaram lesões corporais gravíssimas 
no civil “X”. Diante do exposto, é correto afirmar que o crime praticado por “Y”
a) não é considerado hediondo, pois a legislação contempla apenas o crime de homicídio do-
loso perpetrado contra o Militar do Estado.
b) é considerado hediondo, apenas por se tratar de uma lesão corporal dolosa de natureza 
gravíssima, independentemente da condição da eventual vítima.
c) não é considerado hediondo, pois a legislação não contempla lesão corporal dolosa de na-
tureza gravíssima como crime hediondo.
d) é considerado hediondo, pois o civil “X” foi vítima de lesão corporal dolosa de natureza gra-
víssima apenas por ser irmão de Militar do Estado em razão de sua função.
e) somente seria considerado hediondo se o crime de lesão corporal dolosa de natureza gra-
víssima fosse perpetrado contra o próprio Militar do Estado em razão de sua função.
010. (MPE-SP/MPE-SP/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2017) São considerados 
crimes hediondos, dentre outros:
a) o roubo qualificado, o homicídio qualificado, a lesão corporal grave e o estupro.
b) o estupro, o latrocínio, o homicídio qualificado e o estupro de vulnerável.
c) o peculato, o homicídio, o latrocínio e o tráfico de drogas.
d) o tráfico de drogas, o homicídio qualificado, o peculato e a extorsão mediante sequestro.
e) o sequestro, o roubo qualificado, o infanticídio e o peculato.
011. (FCC/DPE-SC/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO/2017) NÃO sofrem influência da 
reincidência e da hediondez do crime na execução penal os seguintes direitos:
a) Comutação e saída temporária.
b) Indulto e autorização de saída.
c) Progressão de regime e saída temporária.
d) Livramento condicional e remição.
e) Remição e permissão de saída.
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
012. (IBADE/PC-AC/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2017) No que concerne à Lei que trata 
dos crimes Hediondos (Lei n. 8.072/1990 e suas alterações), assinale a alternativa correta.
a) A progressão de regime, no caso dos condenados por crimes hediondos, dar-se-á após o 
cumprimento de 3/5 (três quintos) da pena, se o apenado for primário.
b) O crime de homicídio qualificado previsto no Código Penal Militar é considerado hediondo.
c) O fato de o crime ser considerado hediondo, por si só, não impede a concessão da liberdade 
provisória, de acordo com o entendimento dos Tribunais Superiores.
d) O sistema adotado pela legislação brasileira para rotular uma conduta como hediondo é o 
sistema misto.
e) Dentre os crimes equiparados aos hediondos estão: tortura, tráfico ilícito de drogas e racismo.
013. (CONSULPLAN/TRF-2/ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA/2017) “A progressão de 
regime, no caso dos condenados por crimes hediondos dar-se-á após o cumprimento de _____ 
da pena, se o apenado for primário; e de _____, se reincidente.” Assinale a alternativa que com-
pleta correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
a) 1/3 / 2/3
b) 1/4 / 2/5
c) 1/6 / 1/2
d) 2/5 / 3/5
014. (INÉDITA/2021) A respeito de crimes hediondos, assinale a opção errada.
a) A tortura, tráfico de drogas e terrorismo são crimes equiparados aos hediondos, bem como 
são insuscetíveis de fiança, anistia, graça e indulto.
b) Para que se considere o crime de homicídio hediondo, ele deve ser qualificado.
c) Considera-se hediondo o homicídio simples praticado em ação típica de grupo de extermínio 
ainda que praticado por um só agente.
d) O crime de roubo majorado pelo emprego de arma de fogo é tratado pela lei como hediondo.
e) O furto qualificado pelo emprego de explosivo foi inserido no rol taxativo de crimes hedion-
dos com o advento do pacote anticrime.
015. (IESES/TJ-PA/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS PROVIMEN-
TO/2016) De acordo com a Lei de Crimes Hediondos (8.072/90), é correto afirmar:
a) O crime de estupro (art. 213, do CP) somente é considerado hediondo caso praticado na sua 
forma qualificada.
b) Ao contrário do que ocorre com o crime de extorsão, que é considerado hediondo apenas se 
qualificado pelo resultado morte, o delito de extorsão mediante sequestro é etiquetado como 
hediondo independentemente da modalidade.
c) O crime de roubo, do qual resulta lesão corporal grave na vítima, é etiquetado como sendo 
crime hediondo.
d) O crime de Genocídio (Lei n. 2.889/56) é considerado equiparado a hediondo.
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
016. (CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS PROVI-
MENTO/2016) De acordo com a Lei n. 8.072/1990, é considerado crime hediondo:
a) Estupro de vulnerável tentado.
b) Epidemia com resultado lesão corporal de natureza grave.
c) Concussão.
d) Falsificação de selo público destinado a autenticar atos oficiais da União.
017. (CESPE/TJ-DFT/JUIZ/2016) Com fundamento na Lei n. 11.464/2007, que modificou a 
Lei n. 8.072/1990 (Lei dos Crimes Hediondos), assinale a opção correta acerca dos requisitos 
objetivos para fins de progressão de regime prisional.
a) O regime integral fechado poderá ser aplicado no caso de prática de crime de tráfico inter-
nacional de drogas, em que, devido à hediondez da conduta, que atinge população de mais de 
um país, o réu não poderá ser beneficiado com a progressão de regime prisional.
b) Como exceção à regra prevista na legislação de regência, a progressão de regime prisional 
é vedada ao condenado, que deve cumprir regime integral fechado, pela prática de crime de 
epidemia de que resulte morte de vítimas.
c) Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei 
n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no artigo 112 da Lei de Execução Penal para a progres-
são de regime, que estabelece o cumprimento de um sexto da pena no regime anterior.
d) A Lei dos Crimes Hediondos é especial e possui regra própria quanto aos requisitos objetivos 
para a progressão de regime prisional, devendo seus atuais parâmetros ser aplicados, indepen-
dentemente de o crime ter sido praticado antes ou depois da vigência da Lei n. 11.464/2007, 
com base no princípio da especialidade.
e) Os requisitos objetivos da Lei n. 11.464/2007 devem ser aplicados para fins de progressão 
de regime prisional, pelo fato de essa lei ser mais benéfica que a lei anterior, que vedava a pro-
gressão de regime.
018. (FGV/TJ-PI/ANALISTA JUDICIÁRIO OFICIAL DE JUSTIÇA E AVALIADOR/2015) Cons-
tituem crimes hediondos,ao legislador enumerar, num rol taxativo, quais os delitos considerados 
hediondos;
• Judicial: o juiz que, na apreciação do caso concreto, diante da gravidade do crime ou da 
forma como foi executado, decide se a infração praticada é ou não hedionda;
• Misto: num primeiro momento, o legislador apresenta um rol exemplificativo de delitos 
hediondos, permitindo ao juiz, na análise do caso concreto, encontrar outros fatos asse-
melhados (interpretação analógica)
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
O Brasil adotou o critério legal, conclusão que se extrai da simples leitura do artigo 5º, 
XLVIII, da CF.1 De modo a saber se uma infração penal é (ou não) hedionda, incumbe ao ope-
rador tão somente ficar atento ao teor do artigo 1º da Lei n. 8.072/90: se o delito constar no 
rol taxativo de crimes ali enumerados, a infração será considerada hedionda, sujeitando-se a 
todos os gravames inerentes a tais infrações penais, independentemente da aferição judicial 
de sua gravidade concreta.2
Previsão ConstituCionaL
Dispõe o art. 5º, inciso XLIII, da Lei Fundamental:
Art. 5º A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, 
o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, 
por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
O dispositivo “supra” é de suma importância, e ele deve ser memorizado tanto para as pro-
vas de Direito Constitucional como para as provas que versem sobre Leis Penais e Processuais 
Penais Especiais.
Ao dispor sobre os crimes hediondos e equiparados, o Constituinte Originário determinou 
que tais delitos tivessem um tratamento mais rigoroso que os demais.
Além do comando a ser seguido, a Lei Fundamental também determinou que os crimes de 
tráfico de drogas, terrorismo e tortura recebessem o mesmo tratamento rigoroso dado aos cri-
mes hediondos. Assim, tais infrações foram consideradas como equiparadas aos hediondos. 
Em algumas provas, ao invés de cair a expressão “equiparados”, o examinador pode usar no 
lugar “assemelhados”.
ROL DE CRIMES HEDIONDOS (TENTATOS OU CONSUMADOS):
É primordial que você memorize o rol dos crimes hediondos!
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei n. 2.848, 
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei n. 
8.930, de 1994) (Vide Lei n. 7.210, de 1984)
I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que 
cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e 
VIII); (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
I – A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida de 
morte (art. 129, § 3º), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 
da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Públi-
ca, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente 
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei n. 13.142, de 2015)
1 CUNHA, Rogério Sanches. Leis penais especiais comentadas. Op. Cit.
2 LIMA, Renato Brasileiro de. Legislação criminal especial comentada: volume único. Op. Cit.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210.htm#art9a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13142.htm#art3
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
II – roubo: (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V); (Incluído pela Lei 
n. 13.964, de 2019)
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de 
arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º); (Incluído pela Lei n. 
13.964, de 2019)
III – extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou 
morte (art. 158, § 3º); (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
IV – extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2º e 3º); (Inciso 
incluído pela Lei n. 8.930, de 1994)
V – estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º); (Redação dada pela Lei n. 12.015, de 2009)
VI – estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1º, 2º, 3º e 4º); (Redação dada pela Lei n. 12.015, 
de 2009)
VII – epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º). (Inciso incluído pela Lei n. 8.930, de 1994)
VII – A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei n. 9.695, de 1998)
VII – B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos 
ou medicinais (art. 273, caput e § 1º, § 1º-A e § 1º-B, com a redação dada pela Lei n. 9.677, de 2 
de julho de 1998). (Inciso incluído pela Lei n. 9.695, de 1998)
VIII – favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adoles-
cente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). (Incluído pela Lei n. 12.978, de 2014)
IX – furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum 
(art. 155, § 4º-A). (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados: (Redação dada 
pela Lei n. 13.964, de 2019)
I – o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei n. 2.889, de 1º de outubro de 1956; 
(Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
II – o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei n. 
10.826, de 22 de dezembro de 2003; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
III – o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei n. 10.826, de 22 de 
dezembro de 2003; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
IV – o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, previsto no art. 18 da 
Lei n. 10.826, de 22 de dezembro de 2003; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
V – o crime de organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou equipa-
rado. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
tentativa e Consumação
Como rege a cabeça do art. 1º da Lei n. 8.072/1990, consideram-se hediondos todos os 
crimes arrolados neste artigo, consumados ou tentados.
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no DecretoLei n. 2.848, 
de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, consumados ou tentados [...] (Grifo nosso).
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a sua reprodução,EXCETO:
a) homicídio em atividade típica de grupo de extermínio praticada por um agente só;
b) epidemia com resultado morte;
c) favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adoles-
cente ou de vulnerável;
d) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal;
e) lesão corporal seguida de morte, quando praticada contra integrante do sistema prisional.
019. (CESPE/TJ-DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDE-
RAL/2015) A respeito dos crimes hediondos, julgue o item que se segue.
O crime de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima é hediondo quando praticado contra 
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo de até terceiro grau, de agente da Polícia Ro-
doviária Federal e integrante do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, 
em razão dessa condição.
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
020. (VUNESP/MPE-SP/ANALISTA DE PROMOTORIA/2015) A Lei n. 8.072/90 (crimes 
hediondos)
a) define no seu artigo 1º os crimes considerados hediondos, todos previstos no Código Pe-
nal, sem prejuízo, contudo, de outros delitos considerados hediondos pela Legislação Pe-
nal Especial.
b) não permite a interposição de apelação antes do recolhimento do condenado à prisão, em 
razão do disposto no seu artigo 2º, § 1º (a pena será cumprida em regime inicial fechado).
c) prevê progressão de regime para os condenados pela prática de crime hediondo após o 
cumprimento de 1/6 da pena se o apenado for primário e 2/5 se for reincidente.
d) traz no rol do seu art. 1º o crime de roubo impróprio (art. 157, § 1º, CP), o roubo circunstan-
ciado (art. 157, § 2º, I, II, III, IV e V, CP) e o roubo qualificado pelo resultado (art. 157, § 3, CP).
e) estabelece o prazo de 30 (trinta) dias (podendo ser prorrogado por mais 30 dias) da prisão 
temporária decretada nas investigações pela prática de crime hediondo.
021. (CESPE/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO/2019) A respeito dos delitos tipificados na le-
gislação extravagante, julgue o item a seguir, considerando a jurisprudência dos tribunais 
superiores.
O crime de associação para o tráfico é de natureza hedionda e a progressão de regime prisio-
nal desse tipo de crime ocorre após o cumprimento de dois quintos da pena — se o condenado 
for primário — ou de três quintos da pena — se reincidente.
022. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL/2018) Com referência à 
interceptação de comunicação telefônica, ao crime de tráfico ilícito de entorpecentes, ao crime 
de lavagem de capitais e a crimes cibernéticos, julgue o seguinte item.
A interceptação da comunicação telefônica poderá ser realizada de ofício pela autoridade po-
licial desde que o IP tenha como objetivo investigar crime hediondo, organização criminosa ou 
tráfico ilícito de entorpecentes.
023. (CONSULPLAN/TRF-2/ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA/2017) “A progressão de 
regime, no caso dos condenados por crimes hediondos dar-se-á após o cumprimento de _____ 
da pena, se o apenado for primário; e de _____, se reincidente.” Assinale a alternativa que com-
pleta correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
a) 1/3 / 2/3
b) 1/4 / 2/5
c) 1/6 / 1/2
d) 2/5 / 3/5
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
024. (VUNESP/TJM-SP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2016) Nos termos da Lei n. 7.210, 
de 11 de julho de 1984, os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de 
natureza grave contra a pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1º da Lei n. 8.072, 
de 25 de julho de 1990
a) serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético mediante extra-
ção de DNA.
b) somente poderão ter a identificação de perfil genético verificada pelo Juiz do processo, ve-
dado o acesso às autoridades policiais mesmo mediante requerimento.
c) não terão a identificação de perfil genético incluído em banco de dados sigiloso, mas de livre 
acesso às autoridades policiais, independentemente de requerimento.
d) não terão extraído o DNA, se submetidos à Justiça Militar, em razão da excepcionalidade da 
lei de execução.
e) não poderão ser submetidos à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA, 
por falta de permissivo legal.
025. (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO DIREITO/2014) Lei n. 8.072/90: na ação penal 
por crime hediondo a que o acusado responde preso, em caso de sentença de primeiro grau
a) absolutória, o recurso da acusação impede que se lhe coloque imediatamente em liberdade.
b) condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se ele poderá apelar em liberdade.
c) absolutória, deve-se aguardar o trânsito em julgado para que se lhe coloque em liberdade.
d) condenatória, ele deve ser imediatamente recolhido à prisão, iniciando o cumprimento de 
pena em regime fechado.
e) condenatória, a lei veda que ele aguarde o julgamento de eventual apelação em liberdade.
026. (INÉDITA/2021) Os crimes hediondos e Equiparados são inafiançáveis, imprescritíveis e 
insuscetíveis de anistia, graça e indulto”
027. (INÉDITA/2021) A anistia será concedida:
a) Congresso Nacional por meio de Lei Federal.
b) Presidente da República por meio de Decreto.
c) Pelo AGU, pelo PGR ou pelo Min. de Estado a partir de delegação do Presidente da República.
d) Pelo Magistrado na sentença.
028. (VUNESP/MPE-ES/AGENTE DE PROMOTORIA ASSESSORIA/2013) A prisão temporá-
ria dos acusados por crime hediondo terá o prazo de 30 (trinta) dias,
a) improrrogável.
b) prorrogável por igual período em caso de extrema necessidade.
c) prorrogável por quantos outros tantos períodos de 30 (trinta) dias forem necessários, me-
diante decisão judicial fundamentada.
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d) podendo, contudo, desde o início, ser decretada por período superior, desde que mediante 
decisão judicial fundamentada.
e) automaticamente prorrogável por igual período se não houver revogação da determinação 
judicial que determinou o primeiro período.
029. (CESPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/2015) Gerson, com vinte e um anos de 
idade, e Gilson, com dezesseis anos de idade, foram presos em flagrante pela prática de cri-
me. Após regular tramitação de processo nos juízos competentes, Gerson foi condenado pela 
prática de extorsão mediante sequestro e Gilson, por cometimento de infração análoga a esse 
crime. Com relação a essa situação hipotética, julgue o próximo item.
Conforme entendimento dos tribunais superiores, tendo sido condenado pela prática de crime 
hediondo, Gerson deverá ser submetido ao exame criminológico para ter direito à progressão 
de regime.
030. (VUNESP/PC-CE/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL DE 1A CLASSE/2015) A Lei n. 8.078/90 
(Crimes Hediondos) tem como fundamento o artigo 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal e
a) impõe aos condenados por crimes hediondos regime integralmente fechado.
b) autoriza a progressão de regime ao condenado reincidente após o cumprimento de 2/5 
da sua pena.
c) impede em todos os casos a substituição da pena corporal por restritiva de direitos.
d) considera como hediondo o crime de epidemia, desde que com resultado morte.
e) tem no seu artigo 1º os crimes considerados hediondos pelo legislador, cujo rol é exem-
plificativo.
031. (FGV/SUSAM/ADVOGADO/2014) A doutrina classifica os crimes, quanto à sua gravida-
de, como sendo de menor potencial ofensivo, de médio potencial ofensivo, de grave potencial 
ofensivo e hediondos. No tocante a estes de maior gravidade, de acordo com a Lei n. 8.072/90 
e a Constituição Federal, atentando-se à jurisprudência majoritária dos Tribunais Superiores, 
assinale a afirmativa correta.
a) O crime de associação para o tráfico é equiparado aos hediondos.
b) O crime de homicídio híbrido (qualificado e privilegiado) ostenta a natureza de crime 
de hediondo.
c) O crime de homicídio simples, em hipótese alguma, é considerado hediondo.
d) O condenado pela prática de crime hediondo ou assemelhado pode iniciar o cumprimento 
da pena privativa de liberdade em regime mais brando do que o fechado.
e) O apenado reincidente específico em crime hediondo deverá cumprir 2/3 da pena para ter 
direito ao livramento condicional e 3/5 da pena para ter direito à progressão de regime.
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032. (NC-UFPR/DPE-PR/DEFENSOR PÚBLICO/2014) Em 26.06.2013, Paulo, primário, foi pre-
so em flagrante sob a acusação de venda de drogas, em estável associação com outros quatro 
indivíduos, estando incurso nos crimes de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei n. 11.343/06, 
sem a diminuição prevista no §4º do mesmo artigo) e associação para o tráfico (art. 35 da Lei 
n. 11.343/06). Na data de hoje, foi simultaneamente condenado, em decisão definitiva, por am-
bos os delitos. Você, Defensor Público em exercício junto à Vara de Execuções Penais, atuando 
na defesa dos interesses de Paulo, deverá requerer a concessão da progressão de regime após 
o cumprimento de:
a) 2/5 do total da pena aplicada.
b) 3/5 do total da pena aplicada.
c) 2/5 da pena pelo crime de associação para o tráfico de drogas (art. 35 da Lei n. 11.343/06), 
mais 1/6 da pena pelo crime de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei n. 11.343/06).
d) 1/4 do total da pena aplicada.
e) 2/5 da pena pelo crime de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei n. 11.343/06), mais 1/6 da 
pena pelo crime de associação para o tráfico de drogas (art. 35 da Lei n. 11.343/06).
033. (FGV/AL-MT/PROCURADOR/2013) Avalie os tipos de crimes listados a seguir.
I – Extorsão mediante sequestro;
II – Estupro;
III – Qualquer homicídio, simples ou qualificado, desde que doloso;
IV – Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos 
ou medicinais.
De acordo com a Lei n. 8.072/90, são considerados crimes hediondos:
a) I e II, somente.
b) I e III, somente.
c) I, II e IV, somente.
d) I, III e IV, somente.
e) II, III e IV, somente.
034. (CESPE/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2002) Indivíduo falsificou milhares de comprimi-
dos de um determinado medicamento, utilizando farinha de trigo para sua confecção e colo-
cando-os clandestina- mente no mercado para consumo. Nessa situação, o indivíduo praticou 
o crime de falsificação de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, que é hediondo.
035. (CESPE/MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO TOCANTINS/ANALISTA MINISTE-
RIAL/ CIÊNCIAS JURÍDICAS/NÍVEL SUPERIOR/2006) Os crimes hediondos, conforme a pre-
visão legal, somente podem ser considera dos como tal se ocorrerem em sua forma consuma-
da, não sendo conferido caráter hediondo às figuras delituosas tentadas.
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036. (INÉDITA/2021) Segundo a Lei de Drogas, o inquérito policial que investigue a prática do 
crime de tráfico de drogas, que é equiparado ao delito hediondo, será concluído no prazo de:
a) 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto, podendo 
os prazos serem duplicados pelo Juiz, a requerimento da Autoridade Policial.
b) 10 (dez) dias se o indiciado estiver preso, e de 30 (trinta) dias, quando solto.
c) 15 (quinze) dias se o indiciado estiver preso ou solto.
d) 60 (sessenta) dias se estiver preso ou solto.
e) 10 (dez) dias se preso ou solto.
037. (UEG/PMGO/OFICIAL) É crime hediondo:
a) o crime praticado em razão de preconceito de raça ou de cor (racismo).
b) o homicídio, em qualquer hipótese.
c) o roubo praticado com emprego de arma de fogo.
d) a tentativa de latrocínio e o latrocínio consumado.
038. (INÉDITA/2021) A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei n. 7.960, de 21 de dezem-
bro de 1989, nos crimes hediondos e equiparados:
a) terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e compro-
vada necessidade.
b) terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e compro-
vada necessidade.
c) não tem prazo a exemplo da prisão preventiva.
d) terá o prazo de 20 (vinte) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e compro-
vada necessidade.
e) terá o prazo de 40 (dias), prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada 
necessidade.
039. (INÉDITA/2021) Segundo a jurisprudência pacífica do STJ, a aplicação da causa de dimi-
nuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 não afasta a hediondez do crime 
de tráfico de drogas. Julgue certo ou errado.
040. (CESPE/PC-RN/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL SUBSTITUTO/2009) Em relação aos cri-
mes hediondos (Lei n. 8.072/1990) e aos crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor 
(Lei n. 7.716/1989), assinale a opção correta.
a) Os crimes hediondos e a prática de terrorismo são imprescritíveis e insuscetíveis de anistia, 
graça, indulto ou fiança.
b) A pena pela prática de crime hediondo deve ser cumprida em regime integralmente fechado.
c) O participante que denunciar à autoridade a quadrilha formada para prática de crime hedion-
do, possibilitando seu desmantelamento, ficará isento de pena.
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d) Não constitui crime de racismo a simples recusa de atendimento a uma pessoa, na mesa de 
um bar, em razão da cor de sua pele.
e) A Lei n. 7.716/1989 não considera crime de racismo o ato preconceituoso contra homosse-
xual praticado em razão da opção sexual da vítima.
041. (CESPE/PC-PB/DELEGADO DE POLÍCIA/2009) Os crimes hediondos ou a eles asseme-
lhados não incluem:
a) o atentado violento ao pudor.
b) a extorsão mediante sequestro.
c) a falsificação de produto destinado a fins terapêuticos.
d) a associação permanente para o tráfico ilícito de substância entorpecente.
e) a tentativa de genocídio.
042. (CESPE/PC-PB/AGENTE DE INVESTIGAÇÃO E ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2009) Mar-
cos foi condenado a 14 anos de reclusão pelo crime de homicídio qualificado, praticado em 
8/8/2006, e está cumprindo pena no regime fechado. Com referência a essa situação hipotéti-
ca, assinale a opção correta de acordo com a Lei de Execução Penal (LEP) e a Lei dos Crimes 
Hediondos.
a) Para receber o benefício da progressão de regime, o acusado deve preencher os requisitos 
de natureza objetiva (lapso temporal) e subjetiva (bom comportamento carcerário), sendo obri-
gatória a realização do exame criminológico antes do deferimento da progressão de regime.
b) A novel legislação dos crimes hediondos estabeleceu prazos mais rigorosos para a progres-
são prisional, porém pode ser aplicada aos casos ocorridos anteriormente à sua vigência, por 
se tratar de legislação especial em relação à LEP.
c) Marcos deve cumprir a pena integralmente em regime fechado, por se tratar de cri-
me hediondo.
d) Se Marcos for punido por falta grave, não pode perder o direito ao tempo remido, sob pena 
de ofensa ao direito adquirido.
e) Em caso de cometimento de falta grave pelo condenado, será interrompido o cômputo do 
interstício exigido para a concessão do benefício da progressão de regime prisional, qual seja, 
o cumprimento de um sexto da pena no regime anterior.
043. (CESPE/DELEGADO FEDERAL) Antenor foi condenado a 18 anos de reclusão pelo homi-
cídio qualificado de um delegado de Polícia Federal. Nessa situação, Antenor somente pode 
progredir para o regime semiaberto após cumprir 12 anos de pena em regime fechado.
044. (CESPE/MINISTÉRIO DA JUSTIÇA/AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL/2004) A prisão 
temporária não pode ser decretada de ofício pelo juiz.
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045. (CESPE/MINISTÉRIO DA JUSTIÇA/DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL/ESCRI-
VÃO DE POLÍCIA FEDERAL/2004) Considere a seguinte situação hipotética. Miguel teve sua 
prisão temporária decretada em razão de existirem fundadas razões de que praticara o crime 
de formação de quadrilha ou bando. Nessa situação, decorrido o prazo de 5 dias, Miguel de-
verá ser imediatamente posto em liberdade, somente sendo possível manter a restrição de 
liberdade se tiver havido a decretação de sua prisão preventiva.
046. (CESPE/PC-RR/PERITO PAPILOSCOPISTA/2003) A prisão temporária poderá ser decre-
tada em qualquer fase do inquérito policial ou do respectivo processo judicial.
047. (CESPE/MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE TOCANTINS/OFICIAL DE DILIGÊN-
CIAS/INSTITUCIONAL/NÍVEL MÉDIO) A prisão temporária é cabível em qualquer crime, po-
dendo o juiz ou o representante do Ministério Público decretá-la, desde que a custódia seja 
imprescindível para a investigação criminal.
048. (INÉDITA/2021) Dos crimes abaixo, qual não é hediondo ou assemelhado:
a) o crime de genocídio
b) o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido
c) o crime de comércio ilegal de armas de fogo
d) o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição
e) o crime de corrupção passiva
049. (INÉDITA/2021) Dos crimes abaixo, qual não é hediondo ou assemelhado:
a) roubo circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima.
b) roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo ou pelo emprego de arma de fogo de 
uso proibido ou restrito.
c) roubo qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte.
d) extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corpo-
ral ou morte.
e) roubo com emprego de arma branca.
050. (INÉDITA/2021) Julgue certo ou errado. O condenado por crime hediondo ou equiparado 
com resultado morte deverá cumprir 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for pri-
mário sendo vedado o livramento condicional.
051. (2021/CESPE/CEBRASPE/PC-AL/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Margarida foi indiciada pela 
prática de crime hediondo. Ao comparecer na delegacia de polícia, ela apresentou a certidão 
de nascimento, tendo alegado ter apenas esse documento. Durante a oitiva, espontaneamente 
confessou a autoria do fato. Com fundamento na confissão, o delegado determinou algumas 
diligências.
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Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item seguinte.
Por se tratar de crime hediondo, justifica-se a imediata decretação da prisão cautelar de 
Margarida.
052. (2021/FCC/TJ-GO/JUIZ SUBSTITUTO) Segundo tese fixada pelo Superior Tribunal de 
Justiça, os apenados que, embora tenham cometido crime hediondo ou equiparado sem resul-
tado morte, e que não sejam reincidentes em delito de natureza semelhante, poderão progredir 
de regime prisional quando tiverem cumprido ao menos
a) sessenta por cento da pena.
b) oitenta por cento da pena.
c) cinquenta por cento da pena.
d) quarenta por cento da pena.
e) setenta por cento da pena.
053. (2021/IDECAN/PC-CE/INSPETOR DE POLÍCIA CIVIL) De acordo com a legislação, 
consideram-se hediondos os delitos listados nas alternativas a seguir, À EXCEÇÃO DE UMA. 
Assinale-a.
a) roubo praticado mediante emprego de explosivo
b) furto praticado mediante emprego de explosivo
c) roubo circunstanciado pela restrição da liberdade da vítima
d) estupro
e) favorecimento da prostituição de adolescente
054. (2021/IDECAN/PC-CE/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) Alexandre praticou, em 30/10/2019, 
delito de furto com emprego de explosivo. E por tal crime foi denunciado no dia 10/11/2019, 
com recebimento da inicial acusatória ocorrida no mesmo dia. Após a instrução criminal, foi 
condenado. Na sentença, datada do dia 14/12/2020, o juiz apontou a hediondez do delito e le-
vou em consideração essa informação na fixação da pena.
Nessa hipótese, assinale a alternativa correta.
a) O juiz agiu corretamente ao ter considerado a hediondez do delito, pois, embora o caráter 
hediondo do delito tenha vindo após a conduta de Alexandre, não altera a tipificação do crime.
b) O juiz não poderia ter considerado a hediondez do delito, visto que a inserção do furto com 
emprego de explosivo na lei de crimes hediondos ocorreu após a conduta de Alexandre.
c) O furtocom emprego de explosivo não é crime hediondo, apenas o roubo com emprego de 
explosivo.
d) O juiz não agiu corretamente, mas o caráter hediondo do delito praticado por Alexandre po-
derá influenciar na execução da pena, para fins de progressão de regime, por exemplo.
e) O juiz agiu corretamente e, além disso, a hediondez do delito praticado por Alexandre tam-
bém poderá influenciar na execução da pena, para fins de progressão de regime, por exemplo.
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055. (2021/CESPE/CEBRASPE/PC-DF/AGENTE DE POLÍCIA DA CARREIRA DE POLÍCIA CI-
VIL DO DISTRITO FEDERAL) No que se refere aos crimes previstos na legislação penal, julgue 
o item a seguir.
Os crimes hediondos são inafiançáveis e imprescritíveis.
056. (2018/CESPE/CEBRASPE/PC-AL/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Conforme a legislação perti-
nente, considera-se crime hediondo
a) o favorecimento da exploração sexual de pessoas adultas.
b) o estupro de vulnerável tentado.
c) a lesão corporal dolosa de natureza grave.
d) o sequestro.
e) a extorsão simples.
057. (2021/FGV/DPE-RJ/RESIDÊNCIA JURÍDICA – ITEM IV) Carminha foi condenada por 
tráfico de drogas privilegiado, após ser surpreendida na rodoviária da cidade do Rio de Janei-
ro, embarcando em ônibus com destino a Caxambu/MG, trazendo consigo dois quilogramas 
da substância vulgarmente conhecida como maconha. A sentença condenatória fixou a pena 
base acima do mínimo legal, em 5 (cinco) anos e 10 (dez) meses, sob o fundamento de que a 
quantidade de substância entorpecente justificava o incremento. Na segunda fase da dosime-
tria penal, reduziu a pena para 5 (anos), eis que quando da prática do crime Carminha contava 
vinte anos de idade, o que configura circunstância atenuante. Na terceira fase, majorou a pena 
de 1/6 por entender que se caracterizou o tráfico entre Estados da Federação, fixando-a em 5 
(cinco) anos e 10 (meses). Ainda nesta terceira fase, reduziu esta mesma pena por reconhecer 
que Carminha era primária, possuidora de bons antecedentes, sem que tivessem sido produ-
zidas provas de que integrasse organização criminosa ou se dedicasse à atividade criminosa. 
Contudo, escolheu reduzir a pena somente da metade, nada obstante a lei prever redução de 
até 2/3, sob o fundamento de que a quantidade de droga justificava fosse descartada a re-
dução máxima. Assim, a pena definitiva restou fixada em 2 (dois) anos e 11 (onze) meses de 
reclusão. Por fim, a sentença fixou o regime fechado para o início do cumprimento da pena, 
aduzindo que a Lei dos Crimes Hediondos (Lei n.º 8.072/1990) impunha tal regime e deixou de 
substituir a pena privativa de liberdade por restritivas de direito em razão da expressa vedação 
consagrada na Lei de Drogas (Lei n.º 11.343/2006), justamente no dispositivo que trata da 
causa de diminuição de pena do chamado tráfico de drogas privilegiado. A Defensoria Pública 
foi intimada da sentença e o residente jurídico João Lucas foi incumbido de elaborar a minuta 
das razões de apelação, apresentando documento que continha as seguintes teses:
IV – O dispositivo da Lei dos Crimes Hediondos que determina a fixação do regime fechado 
para o início do cumprimento da pena privativa de liberdade imposta em razão da prática de 
crime hediondo ou equiparado é inconstitucional, o que já foi afirmado pelo STF, razão pela 
qual o regime deve ser fixado à luz das regras extraídas do Código Penal.
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058. (2021/CESPE/CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) A respeito da identi-
ficação criminal, do crime de tortura, do abuso de direito, da prevenção do uso indevido de dro-
gas, da comercialização de armas de fogo e dos crimes hediondos, julgue o item que se segue.
Caso três pessoas associadas, com divisão de tarefas, subtraiam substância explosiva, estará 
configurado crime hediondo.
059. (2020/CESPE/CEBRASPE/MPE-CE/TÉCNICO MINISTERIAL) Mário, após ingerir bebi-
da alcoólica em uma festa, agrediu um casal de namorados, o que resultou na morte do rapaz, 
devido à gravidade das lesões. A moça sofreu lesões leves.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Se, após a apuração dos fatos, a morte do rapaz caracterizar homicídio simples doloso, a con-
duta de Mário não será classificada como crime hediondo.
060. (2020/SELECON/PREFEITURA DE BOA VISTA - RR/GUARDA CIVIL MUNICIPAL) Ge-
romel é Delegado da Polícia Civil do Estado JJ e recebe da polícia repressiva dois indivíduos 
acusados por crime considerado hediondo, os quais recolhe para as instalações carcerárias. 
Posteriormente, recebe requerimento de advogado constituído para relaxar a prisão dos acu-
sados. Nos termos da Lei n. 8.072/90, não é possível arbitrar para os crimes nela tipificados:
a) caução
b) seguro
c) fiança
d) garantia
061. (2020/SELECON/PREFEITURA DE BOA VISTA - RR/GUARDA CIVIL MUNICIPAL) Daniel 
é Delegado da Polícia Civil e encabeça investigação sobre múltiplos assassinatos ocorridos 
na periferia do município HO. Como fruto dessas investigações, descobre que o autor de três 
crimes é VR, alcunha “Caolho”, pertencente a grupo de extermínio que atua em alguns bairros 
do município. Nos termos da Lei n. 8.072/90, pode ser afirmado que:
a) os homicídios praticados são caracterizados como crimes hediondos
b) os homicídios praticados pela ausência de qualificação não são hediondos
c) os homicídios praticados não são hediondos, pois praticados por um agente
d) os homicídios praticados são hediondos por serem praticados em comunidades pobres
062. (2020/SELECON/PREFEITURA DE BOA VISTA - RR/GUARDA CIVIL MUNICIPAL) Cami-
la é investigadora da Polícia Civil, sendo ferida gravemente em confronto com grupo de pes-
soas portando armas de grosso calibre. Nos termos da Lei n. 8.072/90, é considerado crime 
hediondo o praticado dolosamente contra agente de segurança que resulte em:
a) lesão corporal de natureza leve
b) lesão corporal de natureza média
c) lesão corporal de natureza gravíssima
d) lesão corporal de natureza grave
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
063. (2021/NC-UFPR/PC-PR/INVESTIGADOR DE POLÍCIA/PAPILOSCOPISTA) Conforme o 
disposto na Lei n. 8.072/1990, assinale a alternativa que reúne apenas crimes considerados 
hediondos.
a) epidemia com resultado morte, homicídio qualificado por motivo torpe e estupro.
b) homicídio culposo, estupro de vulnerável e furto qualificado pelo emprego de explosivo.
c) roubo qualificado pelo resultado morte, peculato e feminicídio.
d) homicídio praticado em atividade típica de grupo de extermínio, extorsão mediante seques-
tro e aborto.
e) favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adoles-
cente ou de vulnerável, infanticídio e genocídio.
064. (2019/CESPE/CEBRASPE/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO - DIREITO) Júnia, de quator-
ze anos de idade, acusa Pierre, de dezoito anos de idade, de ter praticado crime de natureza 
sexual consistente em conjunção carnal forçada no dia do último aniversário da jovem. Pierre, 
contudo, alega que o ato sexual foi consentido.
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item a seguir, tendo como referência aspectos 
legais e jurisprudenciais a ela relacionados.
Se Pierre for condenado por estupro, o regime de cumprimento de pena será integralmente 
fechado, por se tratar de crime hediondo.
065. (2018/FCC/IAPEN-AP/AGENTE PENITENCIÁRIO) São considerados crimes hediondos
a) estupro e epidemia com resultado morte.
b) sequestro e cárcere privado.
c) roubo e estupro de vulnerável.
d) extorsão qualificada pela morte e ameaça.
e) homicídio simples e corrupção ativa.
066. (2018/CESPE/CEBRASPE/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL) 
Acerca de execução penal, de crimes de abuso de autoridade, de crimes contra a criança e o 
adolescente e de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, julgue o item que se segue.
O crime de estupro praticado contra criança ou adolescente é insuscetível de fiança.
067. (2018/VUNESP/PC-BA/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) A Lei dos crimes hediondos (Lei 
n. 8.072/90), embora não forneça o conceito de crime hediondo, apresenta um rol dos crimes 
que se enquadram em seus dispositivos, entre os quais se pode destacar
a) instigação ao suicídio.
b) lesão corporal de natureza grave.
c) incêndio qualificado pela morte.
d) extorsão mediante sequestro.
e) violação sexual mediante fraude.
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
068. (2018/MPE-MS/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO (ALTERNATIVA IV) Analise as 
proposições a seguir.
IV – Tratando-se de crime hediondo ou equiparado (Lei n. 8.072/90), o condenado por crime 
de tortura (Lei n. 9.455/1997), em qualquer modalidade, deverá iniciar o cumprimento da pena 
em regime fechado.
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
GABARITO
1. c (desatualizada)
2. b
3. Desatualizada
4. a (desatualizada)
5. C
6. e
7. c
8. C
9. d
10. b
11. e
12. c
13. d
14. b
15. b (desatualizada)
16. a
17. c
18. d
19. C
20. e
21. E
22. E
23. d (desatualizada)
24. a
25. b (desatualizada)
26. E
27. a
28. b
29. E
30. Anulada
31. d
32. e
33. c
34. C
35. E
36. a
37. Desatualizada
38. a
39. E
40. e (desatualizada)
41. d
42. e
43. E (desatualizada)
44. C
45. E
46. E
47. E
48. e
49. e
50. C
51. e
52. d
53. a
54. b
55. e
56. b
57. d
58. e
59. c
60. c
61. a
62. c
63. a
64. e
65. a
66. c
67. d
68. d
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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/TJ-PA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2019) Conforme a Lei n. 8.072/1990, é 
considerado hediondo o crime de
a) favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de mulheres.
b) Infanticídio.
c) extorsão qualificada por qualquer resultado.
d) lavagem de dinheiro.
e) epidemia com resultado morte.
Com o advento do “Pacote Anticrime”, o popular “sequestro relâmpago” se tornou crime he-
diondo, o que tornaria a letra C como correta. O crime previsto na letra A será hediondo se as 
vítimas forem crianças, adolescente ou vulneráveis. Os crimes de lavagem de capitais e infanti-
cídio não são hediondos, apesar de o último ser um crime doloso contra a vida. Por fim, o crime 
de epidemia com resultado morte é hediondo pois está no rol taxativo de delitos considerados 
como hediondos.
Letra c – desatualizada.
002. (FCC/TJ-MA/ANALISTA JUDICIÁRIO DIREITO/2019) Segundo o que dispõe a legisla-
ção nacional acerca dos crimes hediondos (Lei n. 8.072/1990),
a) o feminicídio não consta do rol dos crimes hediondos.
b) o crime de favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança 
ou adolescente ou de vulnerável é hediondo.
c) o crime de corrupção é definido como hediondo de acordo com o ordenamento jurídico.
d)o delito de exposição a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qual-
quer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea é hediondo, con-
forme o Código Penal.
e) o crime de lesão corporal dolosa, em nenhuma de suas modalidades, é, para efeito da lei 
brasileira, hediondo.
Desde que o “feminicídio” surgiu no ordenamento jurídico pátrio, ele já é considerado hediondo, 
por estar no rol taxativo do art. 1º da Lei n. 8.072/1990. Já o crime de corrupção não é con-
siderado hediondo por não estar previsto no elenco “supra”, o que tornaa letra C incorreta. O 
mesmo vale para o delito mencionado na letra D. A letra E está equivocada, uma vez que na 
Lei dos Crimes Hediondos há duas modalidades de lesão que sofrem os efeitos da hediondez:
I – A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida 
de morte (art. 129, § 3º), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
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Crimes Hediondos
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Sérgio Bautzer
e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segu-
rança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, compa-
nheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei 
n. 13.142, de 2015) (Grifei).
Letra b.
003. (TJ-SC/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS REMOÇÃO/2012) Assina-
le a alternativa correta:
a) Consoante a Lei n. 8.072/1990, os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de anistia, graça, indulto, fiança 
e liberdade provisória.
b) Nos casos de condenação por crime hediondo, a progressão de regime dar-se-á após o 
cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos) 
se reincidente.
c) Nos termos da Lei n. 11.343/2006, o indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente 
com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais coautores ou 
partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de conde-
nação terá pena reduzida de um sexto a dois terços.
d) Segundo a Lei n. 11.343/2006, constitui crime induzir, instigar ou auxiliar alguém a uso inde-
vido de droga, cuja pena será de reclusão de um a quatro anos, além de multa.
e) Em consonância com a Lei n. 11.343/2006, terá a pena reduzida à metade o agente que, em 
razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, 
era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, intei-
ramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento.
�a) Errada. Desde o começo dos anos 2010, é admitida a concessão de liberdade provisória nos 
crimes hediondos e equiparados, porém o candidato deve ficar atento com a nova redação do 
art. 310 do CPP no que concerne à volta da liberdade provisória proibida ou vedada no ordena-
mento jurídico pátrio.
�b) A letra B seria a correta à época, porém o art.2º, §2º da Lei dos Crimes Hediondos foi revo-
gado pelo Pacote Anticrime.
�c) Errada, pois na delação premiada prevista no art. 41 da Lei de Drogas a redução de pena é 
de 1 a 2/3.
�d) Errada, pois a pena do crime de induzimento, auxílio ou instigação ao uso indevido de drogas 
é de detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
�e) Errada, pois o art. 45 da Lei de Drogas diz que o agente que for inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento será 
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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
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isento de pena. A pegadinha reside em seu misturar o que está disposto no art. 45 com o art. 
46 ambos da Lei de Drogas. Memorize que o art. 45 da Lei n. 11.343/06 tem várias palavras 
que começam com a letra “i”: isento, inteiramente e incapaz.
Desatualizada.
004. (UFPR/COREN-PR/ADVOGADO/2018) São crimes hediondos nos termos da Lei n. 8.072, 
de 1990, EXCETO:
a) provocar aborto sem o consentimento da gestante.
b) entregar a consumo produto cosmético adquirido de estabelecimento sem licença da auto-
ridade sanitária competente.
c) constranger pessoa maior de 18 (dezoito) anos a ter conjunção carnal mediante grave ame-
aça, sem resultar na morte da vítima.
d) atrair pessoa com 16 (dezesseis) anos à prostituição.
e) portar arma de fogo de uso restrito ao uso pelas forças armadas.
O delito que está disposto na letra não é hediondo, apesar de um crime doloso contra a vida.
O crime que está na letra B é hediondo e está previsto no art. 273 do CP.
A letra C traz o crime de estupro na forma qualificada, que é hediondo inclusive na forma simples.
A letra D traz o crime de exploração sexual de adolescente, que está no rol taxativo do art. 1º 
da Lei n. 8072/90. O porte de arma de fogo de uso restrito deixou de ser crime hediondo, com 
o advento do Pacote Anticrime.
Letra a - desatualizada.
005. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL/2018) Em cada item 
que se segue, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada 
com relação a crime de tortura, crime hediondo, crime previdenciário e crime contra o idoso.
Paula, proprietária de uma casa de prostituição, induziu e passou a explorar sexualmente duas 
garotas de quinze anos de idade. Nessa situação, o crime praticado por Paula é hediondo e, por 
isso, insuscetível de anistia, graça e indulto.
A exploração sexual de adolescente é um delito hediondo, e assim por expressa disposição 
legal é vedada a concessão de anistia, graça e indulto.
Certo.
006. (FCC/DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO REAPLICAÇÃO/2018) À luz do que dispõe o direi-
to brasileiro sobre os crimes hediondos,
a) somente recebem essa classificação os crimes consumados em razão do princípio da re-
serva legal.
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b) é obrigatória a fixação de regime inicial fechado para o cumprimento da pena.
c) todas as modalidades de tráfico de drogas são equiparadas a crime hediondo, o que não 
ocorre no crime de associação para o tráfico.
d) sua prática autoriza a majoração da pena-base acima do mínimo legal.
e) existe vedação legal expressa à concessão dos institutos da graça e do indulto
A letra E é a correta uma vez que por expressa disposição legal não é possível a concessão da 
graça e do indulto no caso de condenado por crimes hediondos ou equiparados.
�a) Errada, uma vez que o critério adotado para ser definir um crime como hediondo é o legal, ou 
seja, apenas o legislador pode defini-lo como tal.
�b) Errada, uma vez que o Plenário do STF declarou inconstitucional a obrigatoriedade de se 
iniciar o cumprimento da pena em regime fechado, no caso de condenação por crime hediondo 
ou equiparado.
�c) Errada, uma vez que segundo o art. 112 da LEP, com a nova redação dada pelo Pacote Anti-
crime, o tráfico de drogas na forma privilegiada não é equiparadoao hediondo.
�d) Errada, uma vez que não possui fundamento em lei.
Letra e.
007. (NUCEPE/PC-PI/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2018) Acerca dos Crimes hediondos, 
marque a alternativa CORRETA.
a) São considerados hediondos o Infanticídio e o Estupro.
b) A tentativa de homicídio simples ou de homicídio qualificado constituem-se crimes hediondos.
c) É possível a liberdade provisória aos autores de crimes hediondos e equiparados.
d) Dependendo da gravidade do crime, é cabível ao juiz classificar o crime como hediondo.
e) Tratando-se de crime hediondo ou equiparado, o condenado por crime de tortura, em qual-
quer modalidade, deverá iniciar o cumprimento da pena em regime fechado.
�a) Errada, pois o infanticídio não é crime hediondo.
�b) Errada, pois a tentativa de homicídio na forma simples não está no rol taxativo de crimes 
considerados hediondos.
�c) Certa, pois apesar de serem inafiançáveis os crimes hediondos e equiparados, eles admitem 
a liberdade provisória sem fixação de fiança (ou com a fixação de medidas cautelares ), desde 
que ausentes os requisitos e fundamentos para a decretação da prisão preventiva.
�d) Errada, uma vez que o critério para se definir um crime como hediondo é o legal, ou seja, 
quem o define é o legislador, e não o juiz. Por fim, a letra E está equivocada, pois o crime de 
omissão perante a tortura, a depender da pena, fará com que o condenado inicie o cumprimen-
to da pena em regime semiaberto ou aberto.
Letra c.
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008. (CESPE/EBSERH/ADVOGADO/2018) Julgue o item seguinte, relativos aos tipos penais 
dispostos no Código Penal e nas leis penais extravagantes.
O ordenamento jurídico nacional adotou o critério legal para a tipificação dos crimes hedion-
dos, sendo vedado ao juiz, em caso concreto, fixar a hediondez de um delito ou excluí-la em 
razão de sua gravidade ou forma de execução.
A assertiva está de acordo com a doutrina correlata ao assunto que diz que apenas serão 
considerados crimes hediondos aqueles que estão previstos no rol taxativo do art. 1º da Lei n. 
8072/90, tanto na forma tentada como na forma consumada.
Certo.
009. (VUNESP/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) A Força Nacional está atuando legal-
mente em Salvador. O civil “X”, irmão de um Policial Militar do Estado de São Paulo que integra 
a Força Nacional, residente na referida cidade, se envolveu em acidente de trânsito sem víti-
mas, ao abalroar o veículo do condutor “Y”. Após se identificar como irmão do Militar do Estado 
integrante da Força Nacional, foi violentamente agredido por “Y”, que confessou ter assim agi-
do apenas por saber dessa condição. As agressões provocaram lesões corporais gravíssimas 
no civil “X”. Diante do exposto, é correto afirmar que o crime praticado por “Y”
a) não é considerado hediondo, pois a legislação contempla apenas o crime de homicídio do-
loso perpetrado contra o Militar do Estado.
b) é considerado hediondo, apenas por se tratar de uma lesão corporal dolosa de natureza 
gravíssima, independentemente da condição da eventual vítima.
c) não é considerado hediondo, pois a legislação não contempla lesão corporal dolosa de na-
tureza gravíssima como crime hediondo.
d) é considerado hediondo, pois o civil “X” foi vítima de lesão corporal dolosa de natureza gra-
víssima apenas por ser irmão de Militar do Estado em razão de sua função.
e) somente seria considerado hediondo se o crime de lesão corporal dolosa de natureza gra-
víssima fosse perpetrado contra o próprio Militar do Estado em razão de sua função.
O gabarito está de acordo com o art. 1º da Lei dos Crimes Hediondos:
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei n. 2.848, 
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei n. 
8.930, de 1994) (Vide Lei n. 7.210, de 1984)
I – A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida de 
morte (art. 129, § 3º), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 
da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, 
no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente con-
sanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei n. 13.142, de 2015) (Grifei).
Letra d.
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010. (MPE-SP/MPE-SP/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2017) São considerados 
crimes hediondos, dentre outros:
a) o roubo qualificado, o homicídio qualificado, a lesão corporal grave e o estupro.
b) o estupro, o latrocínio, o homicídio qualificado e o estupro de vulnerável.
c) o peculato, o homicídio, o latrocínio e o tráfico de drogas.
d) o tráfico de drogas, o homicídio qualificado, o peculato e a extorsão mediante sequestro.
e) o sequestro, o roubo qualificado, o infanticídio e o peculato.
Os crimes de sequestro (ar.148), lesão corporal grave, peculato e infanticídio não são hedion-
dos. A questão foi feita em 2017, quando algumas modalidades de roubo ainda não constavam 
no rol taxativo do art. 1º da Lei n. 8.072/1990. Em dissertações e provas orais, evite o termo 
“qualificado” ao se referir ao roubo, e use “majorado” ou “circunstanciado”.
Letra b.
011. (FCC/DPE-SC/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO/2017) NÃO sofrem influência da 
reincidência e da hediondez do crime na execução penal os seguintes direitos:
a) Comutação e saída temporária.
b) Indulto e autorização de saída.
c) Progressão de regime e saída temporária.
d) Livramento condicional e remição.
e) Remição e permissão de saída.
A remição e a permissão de saída não sofrem os efeitos da hediondez do crime, porém você 
deverá ficar atento, pois o Pacote Anticrime veda a saída temporária de criminosos que come-
teram delitos hediondos e equiparados.
Letra e.
012. (IBADE/PC-AC/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2017) No que concerne à Lei que trata 
dos crimes Hediondos (Lei n. 8.072/1990 e suas alterações), assinale a alternativa correta.
a) A progressão de regime, no caso dos condenados por crimes hediondos, dar-se-á após o 
cumprimento de 3/5 (três quintos) da pena, se o apenado for primário.
b) O crime de homicídio qualificado previsto no Código Penal Militar é considerado hediondo.
c) O fato de o crime ser considerado hediondo, por si só, não impede a concessão da liberdade 
provisória, de acordo com o entendimento dos Tribunais Superiores.
d) O sistema adotado pela legislação brasileira para rotular uma conduta como hediondo é o 
sistema misto.
e) Dentre os crimes equiparados aos hediondos estão: tortura, tráfico ilícito de drogas e racismo.
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
a) Errada, pois antes da alteração do Pacote Anticrime, o condenado por crime hediondo ou 
equiparado deveria cumprir 2/5 da pena, se primário.
b) Errada. Por mais que haja correspondência no Código Penal Militar, para ser crime hediondo 
deve haver a previsão do delito no rol do art. 1º da Lei n. 8072/90.
Apesar de serem inafiançáveis, os crimes hediondos e equiparados admitem a concessão 
de liberdade provisória, desde que estejam ausentes os requisitos e fundamentos da prisão 
preventiva.
d) Errada, uma vez que o critério adotado pelo Brasil é o legal, ou seja, o legislador é quem de-
fine qual crime é hediondo.
e) Errada, uma vez que o crime de racismo não é considerado equiparado ao hediondo pela 
Constituição Federal, mas sim o terrorismo.
Letra c.
013. (CONSULPLAN/TRF-2/ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA/2017) “A progressão de 
regime, no caso dos condenados por crimes hediondos dar-se-á após o cumprimento de _____ 
da pena, se o apenado for primário; e de _____, se reincidente.” Assinale a alternativa que com-
pleta correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
a) 1/3 / 2/3
b) 1/4 / 2/5
c) 1/6 / 1/2
d) 2/5 / 3/5
Antes da edição do Pacote anticrime, a alternativa D era a correta. Agora, com novos índices 
previstos no art. 112 da LEP, você deverá memorizá-los. Além disto, será necessário ficar aten-
to a jurisprudência dos Tribunais Superiores no tocante a incidência ou não do Pacote Anticri-
me nas execuções penais em curso, por conta irretroatividade da lei penal mais prejudicial.
Letra d.
014. (INÉDITA/2021) A respeito de crimes hediondos, assinale a opção errada.
a) A tortura, tráfico de drogas e terrorismo são crimes equiparados aos hediondos, bem como 
são insuscetíveis de fiança, anistia, graça e indulto.
b) Para que se considere o crime de homicídio hediondo, ele deve ser qualificado.
c) Considera-se hediondo o homicídio simples praticado em ação típica de grupo de extermínio 
ainda que praticado por um só agente.
d) O crime de roubo majorado pelo emprego de arma de fogo é tratado pela lei como hediondo.
e) O furto qualificado pelo emprego de explosivo foi inserido no rol taxativo de crimes hedion-
dos com o advento do pacote anticrime.
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
A Lei n. 8.072/1990 prevê que algumas formas simples de determinados crimes sofrem os 
efeitos da hediondez da norma tais como o estupro, o estupro de vulnerável e a extorsão me-
diante sequestro.
Letra b.
015. (IESES/TJ-PA/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS PROVIMEN-
TO/2016) De acordo com a Lei de Crimes Hediondos (8.072/90), é correto afirmar:
a) O crime de estupro (art. 213, do CP) somente é considerado hediondo caso praticado na sua 
forma qualificada.
b) Ao contrário do que ocorre com o crime de extorsão, que é considerado hediondo apenas se 
qualificado pelo resultado morte, o delito de extorsão mediante sequestro é etiquetado como 
hediondo independentemente da modalidade.
c) O crime de roubo, do qual resulta lesão corporal grave na vítima, é etiquetado como sendo 
crime hediondo.
d) O crime de Genocídio (Lei n. 2.889/56) é considerado equiparado a hediondo.
�a) Errada, uma vez que o estupro será considerado hediondo tanto na forma simples como na 
forma qualificada.
�b) O crime de extorsão mediante sequestro realmente é hediondo tanto na forma simples 
quanto na forma qualificada. Ocorre que o crime de sequestro relâmpago foi incluído na Lei n. 
8.072/1990, tanto quanto ocorre lesão grave como no caso de morte.
�c) Errada, pois o crime de roubo majorado pela lesão grave passou a ser hediondo com o ad-
vento do Pacote Anticrime. Por fim, a CF não equiparou o genocídio aos hediondos, que na 
verdade, está previsto no rol taxativo do art. 1º da Lei n. 8.072/1990.
Letra b – desatualizada.
016. (CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS PROVI-
MENTO/2016) De acordo com a Lei n. 8.072/1990, é considerado crime hediondo:
a) Estupro de vulnerável tentado.
b) Epidemia com resultado lesão corporal de natureza grave.
c) Concussão.
d) Falsificação de selo público destinado a autenticar atos oficiais da União.
Mesmo na forma tentada, o crime de estupro de vulnerável é hediondo.
Letra a.
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017. (CESPE/TJ-DFT/JUIZ/2016) Com fundamento na Lei n. 11.464/2007, que modificou a 
Lei n. 8.072/1990 (Lei dos Crimes Hediondos), assinale a opção correta acerca dos requisitos 
objetivos para fins de progressão de regime prisional.
a) O regime integral fechado poderá ser aplicado no caso de prática de crime de tráfico inter-
nacional de drogas, em que, devido à hediondez da conduta, que atinge população de mais de 
um país, o réu não poderá ser beneficiado com a progressão de regime prisional.
b) Como exceção à regra prevista na legislação de regência, a progressão de regime prisional 
é vedada ao condenado, que deve cumprir regime integral fechado, pela prática de crime de 
epidemia de que resulte morte de vítimas.
c) Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei 
n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no artigo 112 da Lei de Execução Penal para a progres-
são de regime, que estabelece o cumprimento de um sexto da pena no regime anterior.
d) A Lei dos Crimes Hediondos é especial e possui regra própria quanto aos requisitos objetivos 
para a progressão de regime prisional, devendo seus atuais parâmetros ser aplicados, indepen-
dentemente de o crime ter sido praticado antes ou depois da vigência da Lei n. 11.464/2007, 
com base no princípio da especialidade.
e) Os requisitos objetivos da Lei n. 11.464/2007 devem ser aplicados para fins de progressão 
de regime prisional, pelo fato de essa lei ser mais benéfica que a lei anterior, que vedava a pro-
gressão de regime.
�a) Errada, pois o Plenário do STF, em 2012, declarou inconstitucional a obrigatoriedade de se 
iniciar o cumprimento da pena em regime fechado, no caso de condenação por crimes hedion-
dos ou equiparados.
�b) Errada, pois o Plenário do STF, em 2006, declarou inconstitucional a proibição de progressão 
de regime no caso decondenação por crimes hediondos e equiparados.
�c) Certa. Inclusive está de acordo com matéria sumulada pelo STF. A Lei n. 11.464/2007 é mais 
prejudicial ao réu e não deve retroagir para atingir fatos pretéritos.
�d) Errada, pois diz que a Lei n. 11.464/2007 deve retroagir mesmo sendo mais prejudicial ao 
réu, por ser uma lei penal especial.
�e) Errada. desconsidera a já mencionada decisão do Plenário do STF, em 2006, que declarou 
inconstitucional a proibição de progressão de regime no caso de condenação por crimes he-
diondos e equiparados.
Letra c.
018. (FGV/TJ-PI/ANALISTA JUDICIÁRIO OFICIAL DE JUSTIÇA E AVALIADOR/2015) Cons-
tituem crimes hediondos, EXCETO:
a) homicídio em atividade típica de grupo de extermínio praticada por um agente só;
b) epidemia com resultado morte;
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c) favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adoles-
cente ou de vulnerável;
d) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal;
e) lesão corporal seguida de morte, quando praticada contra integrante do sistema prisional.
Apesar de ter sido excluído do rol taxativo de crimes hediondos, o delito hediondo o envene-
namento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal com resultado morte admite 
prisão temporária.
Letra d.
019. (CESPE/TJ-DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDE-
RAL/2015) A respeito dos crimes hediondos, julgue o item que se segue.
O crime de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima é hediondo quando praticado contra 
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo de até terceiro grau, de agente da Polícia Ro-
doviária Federal e integrante do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, 
em razão dessa condição.
O gabarito está de acordo com a letra da Lei dos Crimes Hediondos:
I – A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida 
de morte (art. 129, § 3º), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142
e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segu-
rança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, compa-
nheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei 
n. 13.142, de 2015) (Grifei).
Certo.
020. (VUNESP/MPE-SP/ANALISTA DE PROMOTORIA/2015) A Lei n. 8.072/90 (crimes 
hediondos)
a) define no seu artigo 1º os crimes considerados hediondos, todos previstos no Código Pe-
nal, sem prejuízo, contudo, de outros delitos considerados hediondos pela Legislação Pe-
nal Especial.
b) não permite a interposição de apelação antes do recolhimento do condenado à prisão, em 
razão do disposto no seu artigo 2º, § 1º (a pena será cumprida em regime inicial fechado).
c) prevê progressão de regime para os condenados pela prática de crime hediondo após o 
cumprimento de 1/6 da pena se o apenado for primário e 2/5 se for reincidente.
d) traz no rol do seu art. 1º o crime de roubo impróprio (art. 157, § 1º, CP), o roubo circunstan-
ciado (art. 157, § 2º, I, II, III, IV e V, CP) e o roubo qualificado pelo resultado (art. 157, § 3, CP).
e) estabelece o prazo de 30 (trinta) dias (podendo ser prorrogado por mais 30 dias) da prisão 
temporária decretada nas investigações pela prática de crime hediondo.
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�a) Errada, uma vez que o art. 1º da Lei n. 8.072/1990 não considera hediondos todos aqueles 
que estão no Código Penal, o mesmo valendo para as leis penais especiais.
�b) Errada, uma vez que o condenado por crime hediondo ou equiparado poderá apelar em liber-
dade desde que ausentes os requisitos e fundamentos da prisão preventiva, lembrando, con-
tudo, que o Pacote anticrime estabeleceu situações no CPP em que o condenado não poderá 
apelar em liberdade.
�c) À época, a letra C estava errada pois se condenado por crime hediondo ou equiparado fosse 
primário, ele deveria cumprir 2/5, se reincidente 3/5.
�d) Errada. Apesar de estar equivocada, faz com que eu te lembre que algumas modalidades de 
roubo se tornaram crimes hediondos com o advento do Pacote Anticrime.
�e) Certa, uma vez que o prazo de prisão temporária será de 30 dias prorrogáveis por igual perí-
odo em caso de extrema e comprovada responsabilidade.
Letra e.
021. (CESPE/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO/2019) A respeito dos delitos tipificados na legisla-
ção extravagante, julgue o item a seguir, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores.
O crime de associação para o tráfico é de natureza hedionda e a progressão de regime prisio-
nal desse tipo de crime ocorre após o cumprimento de dois quintos da pena — se o condenado 
for primário — ou de três quintos da pena — se reincidente.
O crime de associação para o tráfico de drogas, previsto no art. 35 da Lei n. 11.343/1993 não 
é equiparado ao hediondo. Vale lembrar que o art. 2º, §2º da Lei n. 8.072/1990 que previa 2/5 
de cumprimento da pena, para o primário, e 3/5 para o reincidente, foi revogado pelo Pacote 
Anticrime.
Errado.
022. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL/2018) Com referência à 
interceptação de comunicação telefônica, ao crime de tráfico ilícito de entorpecentes, ao crime 
de lavagem de capitais e a crimes cibernéticos, julgue o seguinte item.
A interceptação da comunicação telefônica poderá ser realizada de ofício pela autoridade po-
licial desde que o IP tenha como objetivo investigar crime hediondo, organização criminosa ou 
tráfico ilícito de entorpecentes.
A assertiva está equivocada uma vez eu um dos requisitos para se requerer a interceptação das 
comunicações telefônicas é que o crime seja punido com reclusão. O Delegado de Polícia não 
pode decretar de ofício, apenas o Magistrado é quem pode autorizar a interceptação telefônica.
Errado.
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023. (CONSULPLAN/TRF-2/ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA/2017) “A progressão de 
regime, no caso dos condenados por crimes hediondos dar-se-á após o cumprimento de _____ 
da pena, se o apenado for primário; e de _____, se reincidente.” Assinale a alternativaque com-
pleta correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
a) 1/3 / 2/3
b) 1/4 / 2/5
c) 1/6 / 1/2
d) 2/5 / 3/5
Até a edição do Pacote Anticrime tais índices deveriam ser observados. Ocorre que o art. 2º, § 
2º, da Lei dos Crimes Hediondos foi revogado. Somado a isto, o art. 112 da LEP ganhou uma 
nova roupagem, como já falei exaustivamente até o presente momento.
Letra d – desatualizada.
024. (VUNESP/TJM-SP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2016) Nos termos da Lei n. 7.210, 
de 11 de julho de 1984, os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de 
natureza grave contra a pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1º da Lei n. 8.072, 
de 25 de julho de 1990
a) serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético mediante extração de DNA.
b) somente poderão ter a identificação de perfil genético verificada pelo Juiz do processo, ve-
dado o acesso às autoridades policiais mesmo mediante requerimento.
c) não terão a identificação de perfil genético incluído em banco de dados sigiloso, mas de livre 
acesso às autoridades policiais, independentemente de requerimento.
d) não terão extraído o DNA, se submetidos à Justiça Militar, em razão da excepcionalidade da 
lei de execução.
e) não poderão ser submetidos à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA, 
por falta de permissivo legal.
O Pacote Anticrime alterou a Lei n. 12.037/2009 possibilitando a criação de um banco com 
dados biométricos, voz, íris e impressões digitais. Tal norma ainda trata da coleta de material 
genético. A alternativa A está de acordo com o art. 9º da Lei de Execução Penal, já com a reda-
ção dada pelo Pacote Anticrime:
Art. 9º-A. Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave contra 
pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1º da Lei n. 8.072, de 25 de julho de 1990, serão 
submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA - ácido 
desoxirribonucleico, por técnica adequada e indolor. (Incluído pela Lei n. 12.654, de 2012)
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§ 1º A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme regu-
lamento a ser expedido peloExecutivo. (Incluído pela Lei n. 12.654, de 2012)
§ 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar garantias mínimas de proteção de dados genéticos, 
observando as melhores práticas da genética forense. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 2º A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, no caso de inqué-
rito instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de perfil genético. (Incluído pela Lei n. 
12.654, de 2012)
§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o acesso aos seus dados constantes nos 
bancos de perfis genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de custódia que gerou 
esse dado, de maneira que possa ser contraditado pela defesa. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
§ 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste artigo que não tiver sido submetido à iden-
tificação do perfil genético por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional deverá ser subme-
tido ao procedimento durante o cumprimento da pena. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)(Grifei).
Letra a.
025. (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO DIREITO/2014) Lei n. 8.072/90: na ação penal 
por crime hediondo a que o acusado responde preso, em caso de sentença de primeiro grau
a) absolutória, o recurso da acusação impede que se lhe coloque imediatamente em liberdade.
b) condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se ele poderá apelar em liberdade.
c) absolutória, deve-se aguardar o trânsito em julgado para que se lhe coloque em liberdade.
d) condenatória, ele deve ser imediatamente recolhido à prisão, iniciando o cumprimento de 
pena em regime fechado.
e) condenatória, a lei veda que ele aguarde o julgamento de eventual apelação em liberdade.
Até a edição do Pacote Anticrime, o condenado por crime hediondo ou equiparado poderia 
apelar em liberdade, desde que o juiz competente vislumbrasse a ausência dos requisitos e 
fundamento da prisão preventiva. Ocorre que o CPP foi alterado e agora novas regras devem 
ser observadas no tocante à imposição de prisão no caso de condenação.
Letra b – desatualizada.
026. (INÉDITA/2021) Os crimes hediondos e Equiparados são inafiançáveis, imprescritíveis e 
insuscetíveis de anistia, graça e indulto”
Os crimes hediondos e equiparados não são imprescritíveis, pelo contrário, eles prescrevem. 
Detalhe interessante é uma posição do MPF já de mais de uma década, que considera a tortura 
imprescritível, uma vez que invoca os tratados de Direitos Humanos.
Errado.
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027. (INÉDITA/2021) A anistia será concedida:
a) Congresso Nacional por meio de Lei Federal.
b) Presidente da República por meio de Decreto.
c) Pelo AGU, pelo PGR ou pelo Min. de Estado a partir de delegação do Presidente da República.
d) Pelo Magistrado na sentença.
Eu mesmo errei questão semelhante na primeira fase do Concurso de Delegado de Polícia Civil 
do Estado de São Paulo, na primeira fase, no ano de 2003. Segundo o art. 48 da CF, quem con-
cede a anistia é o Congresso Nacional por meio de Lei Federal.
Letra a.
028. (VUNESP/MPE-ES/AGENTE DE PROMOTORIA ASSESSORIA/2013) A prisão temporá-
ria dos acusados por crime hediondo terá o prazo de 30 (trinta) dias,
a) improrrogável.
b) prorrogável por igual período em caso de extrema necessidade.
c) prorrogável por quantos outros tantos períodos de 30 (trinta) dias forem necessários, me-
diante decisão judicial fundamentada.
d) podendo, contudo, desde o início, ser decretada por período superior, desde que mediante 
decisão judicial fundamentada.
e) automaticamente prorrogável por igual período se não houver revogação da determinação 
judicial que determinou o primeiro período.
A prisão temporária no caso de crimes hediondos e equiparados terá o prazo de 30 dias, pror-
rogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
Letra b.
029. (CESPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/2015) Gerson, com vinte e um anos de 
idade, e Gilson, com dezesseis anos de idade, foram presos em flagrante pela prática de cri-
me. Após regular tramitação de processo nos juízos competentes, Gerson foi condenado pela 
prática de extorsão mediante sequestro e Gilson, por cometimento de infração análoga a esse 
crime. Com relação a essa situação hipotética, julgue o próximo item.
Conforme entendimento dos tribunais superiores, tendo sido condenado pela prática de crime 
hediondo, Gerson deverá ser submetido ao exame criminológico para ter direito à progressão 
de regime.
A assertiva contraria o disposto na Súmula Vinculante 26, uma vez que o exame em questão 
é facultativo:
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9695.htm
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
Exemplificando, se determinado agente der início à execução de um homicídio qualificado 
por motivo torpe, que não se consumar por circunstâncias alheias a sua vontade, deverá res-
ponder pelo crime de homicídio qualificado tentado, sujeitando-se a todos os gravames cons-
tantes na Lei n. 8.072/90, que incide sobre crimes consumados e tentados.
natureza Hedionda do Crime de HomiCídio
Quando a lei 8.072/90 entrou em vigor em 26 de julho de 1990, o crime de homicídio, mes-
mo que qualificado, não era etiquetado como hediondo. Ocorre que, em virtude das chacinas 
da Candelária e de Vigário Geral, e do assassinato da artista da Rede Globo, Daniela Perez, fato 
este ocorrido no final do ano de 1992, houve enorme clamor social provocado pela mídia para 
que o crime de homicídio fosse incluído no rol dos crimes hediondos.3 Então, a Lei n. 8.930/94, 
conferiu nova redação ao artigo 1º da LCH, passando a constar o delito como hediondo.
Homicídio Simples Praticado em Atividade Típica de Grupo de Extermínio
O homicídio simples somente é considerado delito hediondo quando praticado em ativida-
de típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só autor. A Lei n. 12.720, de 2012 
acrescentou o § 6º ao art. 121 do Código Penal:
§6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, 
sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.
Este crime é classificado pela doutrina como homicídio condicionado, pois depende da 
verificação de um requisito (ou condição) para que seja considerado hediondo.
Conceito de grupo de extermínio: o artigo 1º refere-se à “grupo”, sendo forçoso concluir 
que se trata de crime plurissubjetivo, ou seja, hipótese de concurso necessário de agentes. 
A LCH deixa claro que este delito será considerado hediondo ainda que cometido por um só 
agente. No entanto, é necessário comprovar que este executor faz parte de um grupo de ex-
termínio. Para Renato Brasileiro, com todas as mudanças provocadas pela Lei n. 12.850/13, o 
ideal é concluir que são necessárias pelo menos 3 pessoas pra que se possa atestar a presen-
ça de um grupo de extermínio, ainda que a execução direta da conduta de matar alguém seja 
delegada a apenas um de seus membros.
A palavra “extermínio” pode ser compreendida como a “chacina”, o “aniquilamento”, a “des-
truição com mortandade de pessoas”. Esse extermínio tem como característica principal a 
impessoalidade, isto é, mata-se uma pessoa sem que o executor do delito saiba seu nome. 
Na verdade, a vítima é assassinada em virtude de alguma característica especial de natureza 
política, social, religiosa, étnica, ou qualquer outro traço peculiar capaz de identificá-la como 
membro de um grupo a ser exterminado. Nada diz a lei a respeito do número de pessoas que 
3 LIMA, Renato Brasileiro de. Op. Cit.
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Crimes Hediondos
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Sérgio Bautzer
precisam ser mortas para que se possa reconhecer a existência de atividade típica de grupo 
de extermínio. Logo, se a lei não restringiu, não cabe ao intérprete fazê-lo. Por isso, é de todo 
irrelevante a unidade ou pluralidade de vítimas.4
Cumpre destacar que o homicídio simples praticado em atividade típica de milícia, apesar 
de também sofrer a majorante do § 6º do artigo 121 do CP, não está elencado entre os crimes 
hediondos. A lacuna não pode ser suprida pelo intérprete, sob pena de integração em prejuízo 
do réu, vedada pelo princípio da legalidade.5
Homicídio Qualificado
A Lei n. 8.930/94 acrescentou no rol de crimes hediondos o delito de homicídio qualificado, 
previsto no artigo 121, § 2º CP. De seu turno, a Lei n. 13.104/15 acrescentou a qualificadora 
do inciso VI ao § 2º do artigo 121 do CP, denominada de feminicídio. Por sua vez, a Lei n. 
13.142/15 acrescentou o inciso VII ao § 2º do artigo 121, CP, homicídio contra autoridades e 
agentes descritos nos artigos 142 e 144 da CF. Por força da lei n. 13.104/15 e do artigos 3º da 
Lei n. 13.142/15, essas duas novas qualificadoras do homicídio também passaram a funcionar 
como crimes hediondos, respeitado, obviamente, o princípio da irretroatividade da lei penal 
mais gravosa.6
A Lei n. 13.142/2015 incluiu também a lesão corporal gravíssima e lesão corporal segui-
da de morte, quando praticados contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da 
Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pú-
blica, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou 
parente consanguíneo até 3º grau, no elenco taxativo de crimes hediondos.
O art. 32 da Lei 14.344/2022 alterou o inciso I do “caput” do art. 1º da Lei de Crimes He-
diondos, para incluir a qualificadora do inciso IX do art. 121 (homicídio qualificado quando 
praticado contra menor de 14 anos).
Homicídio Privilegiado Qualificado
O homicídio privilegiado está descrito no artigo 121, § 1º do CP e pode se configurar quan-
do o agente o pratica impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob domínio 
de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima.cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equipa-
rado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei n. 8.072, de 25 de 
julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos 
e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realiza-
ção de exame criminológico
Errado.
030. (VUNESP/PC-CE/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL DE 1A CLASSE/2015) A Lei n. 8.078/90 
(Crimes Hediondos) tem como fundamento o artigo 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal e
a) impõe aos condenados por crimes hediondos regime integralmente fechado.
b) autoriza a progressão de regime ao condenado reincidente após o cumprimento de 2/5 
da sua pena.
c) impede em todos os casos a substituição da pena corporal por restritiva de direitos.
d) considera como hediondo o crime de epidemia, desde que com resultado morte.
e) tem no seu artigo 1º os crimes considerados hediondos pelo legislador, cujo rol é exem-
plificativo.
�b) Errada, pois à época o condenado por crime hediondo, se reincidente, deveria cumprir 3/5 
da pena para poder progredir. Com o advento do Pacote Anticrime, o art. 2º, § 2º da Lei dos 
Crimes Hediondos foi revogado.
�c) A letra C não está tão equivocada uma vez que é possível a aplicação do art. 44 do Código 
Penal, desde que a pena fique dentro dos requisitos, o que é difícil de ocorrer no caso concreto. 
O único crime que vislumbro como possível a conversão é o tráfico de drogas privilegiado, que 
deixou de ser equiparado ao hediondo em 2015.
�d) A letra d está correta, pois a epidemia com resultado morte é um crime hediondo.
�e) Errada, uma vez que o rol é taxativo, e não exemplificativo.
Anulada.
031. (FGV/SUSAM/ADVOGADO/2014) A doutrina classifica os crimes, quanto à sua gravida-
de, como sendo de menor potencial ofensivo, de médio potencial ofensivo, de grave potencial 
ofensivo e hediondos. No tocante a estes de maior gravidade, de acordo com a Lei n. 8.072/90 
e a Constituição Federal, atentando-se à jurisprudência majoritária dos Tribunais Superiores, 
assinale a afirmativa correta.
a) O crime de associação para o tráfico é equiparado aos hediondos.
b) O crime de homicídio híbrido (qualificado e privilegiado) ostenta a natureza de crime 
de hediondo.
c) O crime de homicídio simples, em hipótese alguma, é considerado hediondo.
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d) O condenado pela prática de crime hediondo ou assemelhado pode iniciar o cumprimento 
da pena privativa de liberdade em regime mais brando do que o fechado.
e) O apenado reincidente específico em crime hediondo deverá cumprir 2/3 da pena para ter 
direito ao livramento condicional e 3/5 da pena para ter direito à progressão de regime.
Em 2012, o Plenário do STF declarou inconstitucional a obrigatoriedade de se iniciar o cumprimento 
da pena no regime fechado, no caso de condenação por crimes hediondos ou equiparados.
A letra D estaria correta, se o examinador não tivesse errado o cabeçalho e colocado o Código 
de Defesa do Consumidor ao invés da Lei n. 8072/90.
Letra d.
032. (NC-UFPR/DPE-PR/DEFENSOR PÚBLICO/2014) Em 26.06.2013, Paulo, primário, foi pre-
so em flagrante sob a acusação de venda de drogas, em estável associação com outros quatro 
indivíduos, estando incurso nos crimes de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei n. 11.343/06, 
sem a diminuição prevista no §4º do mesmo artigo) e associação para o tráfico (art. 35 da Lei 
n. 11.343/06). Na data de hoje, foi simultaneamente condenado, em decisão definitiva, por am-
bos os delitos. Você, Defensor Público em exercício junto à Vara de Execuções Penais, atuando 
na defesa dos interesses de Paulo, deverá requerer a concessão da progressão de regime após 
o cumprimento de:
a) 2/5 do total da pena aplicada.
b) 3/5 do total da pena aplicada.
c) 2/5 da pena pelo crime de associação para o tráfico de drogas (art. 35 da Lei n. 11.343/06), 
mais 1/6 da pena pelo crime de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei n. 11.343/06).
d) 1/4 do total da pena aplicada.
e) 2/5 da pena pelo crime de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei n. 11.343/06), mais 1/6 da 
pena pelo crime de associação para o tráfico de drogas (art. 35 da Lei n. 11.343/06).
O crime de associação para o tráfico não é equiparado ao hediondo como exaustivamente 
colocamos no material. Assim, à época Paulo deveria cumprir 1/6 da pena por associação ao 
tráfico de drogas e 2/5 pelo crime de tráfico de drogas. Lembro a você que o Pacote Anticrime 
revogou o art. 2º, § 2º da Lei dos Crimes Hediondos.
Letra e.
033. (FGV/AL-MT/PROCURADOR/2013) Avalie os tipos de crimes listados a seguir.
I – Extorsão mediante sequestro;
II – Estupro;
III – Qualquer homicídio, simples ou qualificado, desde que doloso;
IV – Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos 
ou medicinais.
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De acordo com a Lei n. 8.072/90, são considerados crimes hediondos:
a) I e II, somente.
b) I e III, somente.
c) I, II e IV, somente.
d) I, III e IV, somente.
e) II, III e IV, somente.
O homicídio será considerado hediondo quando qualificado ou sendo simples, desde que pra-
ticado por grupo de extermínio, ainda que por um só agente.
Letra c.
034. (CESPE/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2002) Indivíduo falsificou milhares de comprimi-
dos de um determinado medicamento, utilizando farinha de trigo para sua confecção e colo-
cando-os clandestina- mente no mercado para consumo. Nessa situação, o indivíduo praticou 
o crime de falsificação de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, que é hediondo.
O crime de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins te-
rapêuticos ou medicinais, previsto no art. 273 do Código Penal, é hediondo, pois está previsto 
no rol taxativo do art. 1º da Lei n. 8.072/1990.
Certo.
035. (CESPE/MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO TOCANTINS/ANALISTA MINISTE-
RIAL/ CIÊNCIAS JURÍDICAS/NÍVEL SUPERIOR/2006) Os crimes hediondos, conforme a pre-
visão legal, somente podem ser considera dos como tal se ocorrerem em sua forma consuma-
da, não sendo conferido caráter hediondo às figuras delituosas tentadas.
O caráter hediondo também é conferido às figuras delituosas que admitem a modalidade ten-
tada, conforme dispõe o art. 1º da Lei n. 8.072/1990:
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipifica- dos no Decreto-Lei n. 2.848, 
de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, consumados ou tentados:
(...)
Errado.
036. (INÉDITA/2021) Segundo a Lei de Drogas, o inquérito policial que investigue a prática do 
crime de tráfico de drogas, que é equiparado ao delito hediondo, será concluído no prazo de:
a) 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto, podendo 
os prazos serem duplicados pelo Juiz, a requerimento da Autoridade Policial.
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b) 10 (dez) dias se o indiciado estiver preso, e de 30 (trinta) dias, quando solto.
c) 15 (quinze) dias se o indiciado estiver preso ou solto.
d) 60 (sessenta) dias se estiver preso ou solto.
e) 10 (dez) dias se preso ou solto.
Um dos prazos que foge à regra do art. 10 do Código de Processo Penal, no quesito conclusão 
de inquérito policial é o previsto na Lei n. 11.343/06. Será de 30 (trinta) dias, se o indiciado 
estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto, podendo os prazos serem duplicados pelo 
Juiz, a requerimento da Autoridade Policial.
Letra a.
037. (UEG/PMGO/OFICIAL) É crime hediondo:
a) o crime praticado em razão de preconceito de raça ou de cor (racismo).
b) o homicídio, em qualquer hipótese.
c) o roubo praticado com emprego de arma de fogo.
d) a tentativa de latrocínio e o latrocínio consumado.
Atualmente o roubo com emprego de arma de fogo é crime hediondo.
À época, apenas os crimes previstos na letra “d” são hediondos, pois estão no rol taxativo de 
crimes previstos no art. 1º da Lei n. 8072/90.
Desatualizada.
038. (INÉDITA/2021) A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei n. 7.960, de 21 de dezem-
bro de 1989, nos crimes hediondos e equiparados:
a) terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e compro-
vada necessidade.
b) terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e compro-
vada necessidade.
c) não tem prazo a exemplo da prisão preventiva.
d) terá o prazo de 20 (vinte) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e compro-
vada necessidade.
e) terá o prazo de 40 (dias), prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada 
necessidade.
Segundo a letra da Lei dos Crimes Hediondos, a prisão temporária terá o prazo de 30 (trinta) 
dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
Letra a.
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039. (INÉDITA/2021) Segundo a jurisprudência pacífica do STJ, a aplicação da causa de dimi-
nuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 não afasta a hediondez do crime 
de tráfico de drogas. Julgue certo ou errado.
É pacífico na jurisprudência dos Tribunais Superiores que o crime de tráfico de drogas na mo-
dalidade privilegiada não é equiparado ao hediondo. Ademais, o Pacote Anticrime deixou claro 
tal posicionamento quando alterou a Lei de Execução Penal.
Errado.
040. (CESPE/PC-RN/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL SUBSTITUTO/2009) Em relação aos cri-
mes hediondos (Lei n. 8.072/1990) e aos crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor 
(Lei n. 7.716/1989), assinale a opção correta.
a) Os crimes hediondos e a prática de terrorismo são imprescritíveis e insuscetíveis de anistia, 
graça, indulto ou fiança.
b) A pena pela prática de crime hediondo deve ser cumprida em regime integralmente fechado.
c) O participante que denunciar à autoridade a quadrilha formada para prática de crime hedion-
do, possibilitando seu desmantelamento, ficará isento de pena.
d) Não constitui crime de racismo a simples recusa de atendimento a uma pessoa, na mesa de 
um bar, em razão da cor de sua pele.
e) A Lei n. 7.716/1989 não considera crime de racismo o ato preconceituoso contra homosse-
xual praticado em razão da opção sexual da vítima.
�a) Errada. Os crimes hediondos e equiparados são inafiançáveis e insuscetíveis de anistia, gra-
ça e indulto, mas não são imprescritíveis.
�b) Errada. À época da formulação da questão, o condenado por crime hediondo ou equiparado 
iniciava o cumprimento da pena em regime fechado e acabava por progredir se cumprisse os 
requisitos previstos na Lei n. 8.072/1990.
�c) Errada. O participante que denunciar à autoridade a quadrilha formada para a prática de cri-
me hediondo, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena diminuída de 1/3 a 2/3.
�d) Errada. É crime previsto no art. 8º da Lei n. 7.716/1989 a simples recusa de atendimento a 
uma pessoa, na mesa de um bar, em razão da cor de sua pele.
�e) À época era a letra a ser apontada pelo candidato, porém com a decisão do STF de se man-
dar aplicar a Lei n. 7716/89 no caso de crimes de preconceito por conta da orientação sexual, 
o gabarito restou desatualizado.
Letra e – desatualizada.
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041. (CESPE/PC-PB/DELEGADO DE POLÍCIA/2009) Os crimes hediondos ou a eles asseme-
lhados não incluem:
a) o atentado violento ao pudor.
b) a extorsão mediante sequestro.
c) a falsificação de produto destinado a fins terapêuticos.
d) a associação permanente para o tráfico ilícito de substância entorpecente.
e) a tentativa de genocídio.
A alternativa d traz um crime que não é hediondo nem assemelhado (equiparado).
Lembrando que o crime de atentado violento ao puder deixou o ordenamento jurídico por conta 
do advento da Lei n. 12.015/2019.
Por uma interpretação restritiva do inciso XLIII do art. 5º da CF, o crime de associação para 
o tráfico de drogas não pode ser equiparado ao hediondo. Na Lei Fundamental, na qual se lê 
tráfico de drogas, não deve ser lido associação para o tráfico, por se tratar de uma norma que 
restringe direitos, devendo ser interpretada de maneira restritiva.
Letra d.
042. (CESPE/PC-PB/AGENTE DE INVESTIGAÇÃO E ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2009) Marcos foi 
condenado a 14 anos de reclusão pelo crime de homicídio qualificado, praticado em 8/8/2006, e 
está cumprindo pena no regime fechado. Com referência a essa situação hipotética, assinale a 
opção correta de acordo com a Lei de Execução Penal (LEP) e a Lei dos Crimes Hediondos.
a) Para receber o benefício da progressão de regime, o acusado deve preencher os requisitos 
de natureza objetiva (lapso temporal) e subjetiva (bom comportamento carcerário), sendo obri-
gatória a realização do exame criminológico antes do deferimento da progressão de regime.
b) A novel legislação dos crimes hediondos estabeleceu prazos mais rigorosos para a progres-
são prisional, porém pode ser aplicada aos casos ocorridos anteriormente à sua vigência, por 
se tratar de legislação especial em relação à LEP.
c) Marcos deve cumprir a pena integralmente em regime fechado, por se tratar de crime hediondo.
d) Se Marcos for punido por falta grave, não pode perder o direito ao tempo remido, sob pena 
de ofensa ao direito adquirido.
e) Em caso de cometimento de falta grave pelo condenado, será interrompido o cômputo do 
interstício exigido para a concessão do benefício da progressão de regime prisional, qual seja, 
o cumprimento de um sexto da pena no regime anterior.
A alternativa e está correta, pois Marcos praticou o crime antes da entrada em vigor da Lei n. 
11.464/2007, que alterou a Lei dos Crimes Hediondos. Como a primeira é uma lei mais preju-
dicial ao condenado, Marcos progredirá de regime se cumprir ao menos 1/6 da pena, além do 
preenchimento dos demais requisitos.
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�a) Errada. O exame criminológico é facultativo conforme dispõe a Súmula n. 439 do STJ, que 
diz: “Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão 
motivada”.
�b) Errada. A Lei n. 11.464/2007, que alterou a Lei n. 8.072/1990, trouxe prazos rigorosos para 
progressão de regime no caso de condenação por crimes hediondos e equiparados. Assim, a 
Lei n. 11.464/2007 não retroage e não atinge fato ocorrido antes de sua entrada em vigor.
�c) Errada. À época, o condenado por crime hediondo ou equiparado iniciava o cumprimento 
da pena em regime fechado, podendo progredir se cumpridos os requisitos previstos na Lei n. 
8.072/1990. Vale lembrar que, em 2012, o Plenário do STF declarou inconstitucional a obriga-
toriedade de se iniciar o cumprimento da pena em regime fechado. Vejamos:
É inconstitucional o § 1º do art. 2º da Lei n. 8.072/1990 (“Art. 2º Os crimes hediondos, a 
prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insus-
cetíveis de:... § 1º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em 
regime fechado”). Com base nesse entendimento, o Plenário, por maioria, deferiu habeas 
corpus com a finalidade de alterar para semiaberto o regime inicial de pena do paciente, 
o qual fora condenado por tráfico de drogas com reprimenda inferior a 8 anos de reclusão 
e regime inicialmente fechado, por força da Lei n. 11.464/2007, que instituíra a obrigato-
riedade de imposição desse regime a crimes hediondos e assemelhados – v. Informativo 
670. Destacou-se que a fixação do regime inicial fechado se dera exclusivamente com 
fundamento na lei em vigor. Observou-se que não se teriam constatado requisitos subje-
tivos desfavoráveis ao paciente, considerado tecnicamente primário. Ressaltou-se que, 
assim como no caso da vedação legal à substituição de pena privativa de liberdade por 
restritiva de direitos em condenação pelo delito de tráfico– já declarada inconstitucional 
pelo STF —, a definição de regime de– veria sempre ser analisada independentemente 
da natureza da infração. Ademais, seria imperioso aferir os critérios, de forma concreta, 
por se tratar de direito subjetivo garantido constitucionalmente ao indivíduo. Consignou-
-se que a Constituição contemplaria as restrições a serem impostas aos incursos em 
dispositivos da Lei n. 8.072/1990, e den– tre elas não se encontraria a obrigatoriedade 
de imposição de regime extremo para início de cumprimento de pena. Salientou-se que 
o art. 5º, XLIII, da CF, afastaria somente a fiança, a graça e a anistia, para, no inciso XLVI, 
assegurar, de forma abrangente, a individualização da pena. Vencidos os Ministros Luiz 
Fux, Joaquim Barbosa e Marco Aurélio, que denegavam a ordem. HC n. 111.840/ES, rel. 
Min. Dias Toffoli, 27/6/2012. (HC n. 111.840)
d) Errada. À época, Marcos perderia os dias remidos se cometer falta grave e não haveria ofen-
sa ao direito adquirido. A alternativa estava de acordo com o que dispõe a Súmula Vinculante 
n. 9 do STF. Deve ser observado o que preconiza o art. 127 da Lei de Execução Penal:
Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observado o 
disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar.
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Ocorre que o art. 127 da LEP foi alterado no ano de 2011:
Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observa-
do o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar. (Redação 
dada pela Lei n. 12.433, de 2011)
Letra e.
043. (CESPE/DELEGADO FEDERAL) Antenor foi condenado a 18 anos de reclusão pelo homi-
cídio qualificado de um delegado de Polícia Federal. Nessa situação, Antenor somente pode 
progredir para o regime semiaberto após cumprir 12 anos de pena em regime fechado.
Sem entrar no mérito de quanto tempo de pena Antenor deveria cumprir para progredir de regi-
me, na época do concurso, a antiga redação do art. 2º da Lei n. 8.072/1990 afirmava que a pena 
privativa de liberdade por crime previsto na lei deveria ser cumprida em regime integralmente 
fechado. Em 1997, a Lei de Tortura inovou no ordenamento jurídico, dispondo que era possível 
que o condenado por tal delito pudesse progredir de regime. Muitos sustentaram que tal possi-
bilidade deveria ser dada aos demais crimes hediondos e equiparados. Porém, o STF, por meio 
da Súmula n. 698, disse que não se estenderia aos demais crimes hediondos e equiparados a 
admissibilidade de progressão no regime de execução da pena aplicada ao crime de tortura.
A súmula perdeu a razão de ser com a declaração de inconstitucionalidade da vedação à pro-
gressão de regime prevista na Lei dos Crimes Hediondos e a consequente alteração realizada 
pela Lei n. 11.464/2007.
Vale indicar que a antiga redação do art. 2º não encontrava perfeita sintonia com o princípio 
constitucional da individualização da pena. Assim, quase 16 anos depois da edição da Lei dos 
Crimes Hediondos, o Supremo Tribunal Federal entendeu, no julgamento do HC n. 82.959, que a 
vedação de progressão de regime ofendia, em sua essência, a regra constitucional em estudo.
STF – HC n. 82.959/SP – SÃO PAULO
Ementa
PENA – REGIME DE CUMPRIMENTO – PROGRESSÃO – RAZÃO
DE SER. A progressão no regime de cumprimento da pena, nas espécies fechado, semia-
berto e aberto, tem como razão maior a ressocialização do preso que, mais dia ou menos 
dia, voltará ao convívio social. PENA
– CRIMES HEDIONDOS – REGIME DE CUMPRIMENTO – PRO– GRESSÃO – ÓBICE – ARTIGO 2º, 
§ 1º, DA LEI N. 8.072/1990 – IN– CONSTITUCIONALIDADE – EVOLUÇÃO JURISPRUDENCIAL.
Conflita com a garantia da individualização da pena – artigo 5º, inciso XLVI, da Cons-
tituição Federal – a imposição, mediante norma, do cumprimento da pena em regime 
integralmente fechado. Nova inteligência do princípio da individualização da pena, em 
evolução juris– prudencial, assentada a inconstitucionalidade do artigo 2º, § 1º, da Lei n. 
8.072/1990. (Grifo nosso)
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Com o advento da Lei n. 11.464/2007, art. 2º, § 1º, a progressão do regime passou a ser ex-
pressamente admitida.
Assim, se o apenado fosse primário, a progressão ocorreria após o cumprimento de 2/5 (dois 
quintos) da pena, se reincidente após o cumprimento de 3/5 (três quintos). O art.2º, §2º, da 
Lei dos Crimes Hediondos, que dispunha sobre os índices acima foi revogado pelo Pacote 
Anticrime.
Vale lembrar que, em 2012, o Plenário do STF declarou inconstitucional a obrigatoriedade de 
se iniciar o cumprimento da pena em regime fechado. Vejamos:
É inconstitucional o § 1º do art. 2º da Lei n. 8.072/1990 (“Art. 2º Os crimes hediondos, a 
prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insus-
cetíveis de: § 1º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em 
regime fechado”). Com base nesse entendimento, oPlenário, por maioria, deferiu habeas 
corpus com a finalidade de alterar para semiaberto o regime inicial de pena do paciente, 
o qual fora condenado por tráfico de drogas com reprimenda inferior a 8 anos de reclusão 
e regime inicialmente fechado, por força da Lei n. 11.464/2007, que instituíra a obrigato-
riedade de imposição desse regime a crimes hediondos e assemelhados – v. Informativo 
670. Destacou-se que a fixação do regime inicial fechado se dera exclusivamente com 
fundamento na lei em vigor. Observou-se que não se teriam constatado requisitos subje-
tivos desfavoráveis ao paciente, considerado tecnicamente primário. Ressaltou-se que, 
assim como no caso da vedação legal à substituição de pena privativa de liberdade por 
restritiva de direitos em condenação pelo delito de tráfico – já declarada inconstitucional 
pelo STF –, a definição de regime deveria sempre ser analisada independentemente da 
natureza da infração. Ademais, seria imperioso aferir os critérios, de forma concreta, por 
se tratar de direito subjetivo garantido constitucionalmente ao indivíduo. Consignou-se 
que a Constituição contemplaria as restrições a serem impostas aos incursos em dis-
positivos da Lei n. 8.072/1990, e dentre elas não se encontra– ria a obrigatoriedade de 
imposição de regime extremo para início de cumprimento de pena. Salientou-se que o art. 
5º, XLIII, da CF, afastaria somente a fiança, a graça e a anistia, para, no inciso XLVI, asse-
gurar, de forma abrangente, a individualização da pena. Vencidos os Ministros Luiz Fux, 
Joaquim Barbosa e Marco Aurélio, que denegavam a ordem (HC-111840).
Como já frisado, sem se ater ao tempo de cumprimento de pena disposto na assertiva, hoje 
o gabarito deveria ser marcado como correto, pois é possível a progressão. Por fim, na época 
da elaboração da questão, era vedada a progressão de regime de cumprimento de pena nos 
crimes hediondos e equiparados.
Lembrando sempre que o Pacote Anticrime revogou o art.2,§ 2º, da Lei dos Crimes Hediondos.
Errado.
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044. (CESPE/MINISTÉRIO DA JUSTIÇA/AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL/2004) A prisão 
temporária não pode ser decretada de ofício pelo juiz.
Comentários: Como rege o art. 2º da Lei n. 7.960/1989, a prisão temporária será decretada pelo 
juiz, em face de representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público.
Art. 2º A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade poli-
cial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual 
período em caso de extrema e comprovada necessidade.
Observa-se, ainda, que o juiz não pode agir de ofício no que tange a decretação da prisão 
temporária, devendo necessariamente haver o impulso por parte do Ministério Público ou da 
autoridade policial.
Certo.
045. (CESPE/MINISTÉRIO DA JUSTIÇA/DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL/ESCRI-
VÃO DE POLÍCIA FEDERAL/2004) Considere a seguinte situação hipotética. Miguel teve sua 
prisão temporária decretada em razão de existirem fundadas razões de que praticara o crime 
de formação de quadrilha ou bando. Nessa situação, decorrido o prazo de 5 dias, Miguel de-
verá ser imediatamente posto em liberdade, somente sendo possível manter a restrição de 
liberdade se tiver havido a decretação de sua prisão preventiva.
O art. 2º da Lei n. 7.960/1989 dispõe que a prisão temporária será decretada pelo Juiz, em 
face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o 
prazo de cinco dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessi-
dade. Assim, é possível a prorrogação da prisão em estudo, sem a necessidade de se colocar 
Miguel em liberdade ou de se decretar a prisão preventiva.
Errado.
046. (CESPE/PC-RR/PERITO PAPILOSCOPISTA/2003) A prisão temporária poderá ser decre-
tada em qualquer fase do inquérito policial ou do respectivo processo judicial.
A prisão temporária somente poderá ser decretada em fase de inquérito policial, não podendo, 
em hipótese alguma, ser decretada no curso da ação penal.
Errado.
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047. (CESPE/MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE TOCANTINS/OFICIAL DE DILIGÊN-
CIAS/INSTITUCIONAL/NÍVEL MÉDIO) A prisão temporária é cabível em qualquer crime, po-
dendo o juiz ou o representante do Ministério Público decretá-la, desde que a custódia seja 
imprescindível para a investigação criminal.
Como rege o art. 2º da Lei n. 7.960/1989, a prisão temporária será decretada pelo juiz, em face 
de representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público. De acordo 
com a Lei em estudo, não pode o Órgão Ministerial decretar a prisão cautelar de que trata a as-
sertiva. Ainda, a prisão temporária é cabível apenas nos crimes previstos nas alíneas do inciso 
III do art. 1º da Lei n. 7.960/1989.
Errado.
048. (INÉDITA/2021) Dos crimes abaixo, qual não é hediondo ou assemelhado:
a) o crime de genocídio
b) o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido
c) o crime de comércio ilegal de armas de fogo
d) o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição
e) o crime de corrupção passiva
Mesmo com o advento do Pacote Anticrime, o delito de corrupção passiva não se tor-
nou hediondo.
Letra e.
049. (INÉDITA/2021) Dos crimes abaixo, qual não é hediondo ou assemelhado:
a) roubo circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima.
b) roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo ou pelo emprego de arma de fogo de 
uso proibido ou restrito.
c) roubo qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte.
d) extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corpo-
ral ou morte.
e) roubo com emprego de arma branca.
Mesmo com o advento do Pacote Anticrime, o delito de roubo com emprego de arma branca 
não se tornou hediondo.
Letra e.
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050. (INÉDITA/2021) Julgue certo ou errado. O condenado por crime hediondo ou equiparado 
com resultado morte deverá cumprir 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for pri-
mário sendo vedado o livramento condicional.
A assertiva está de acordo com a nova redação do art. 112 da Lei de Execução Penal. Vejamos:
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência 
para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos:
(...)
VI – 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for:
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, 
vedado o livramento condicional; (Grifei)
Certo.
051. (2021/CESPE/CEBRASPE/PC-AL/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Margarida foi indiciada pela 
prática de crime hediondo. Ao comparecer na delegacia de polícia, ela apresentou a certidão 
de nascimento, tendo alegado ter apenasesse documento. Durante a oitiva, espontaneamente 
confessou a autoria do fato. Com fundamento na confissão, o delegado determinou algumas 
diligências.
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item seguinte.
Por se tratar de crime hediondo, justifica-se a imediata decretação da prisão cautelar de 
Margarida.
A prisão cautelar somente pode ser decretada se preenchidos os seus requisitos, não bastan-
do que o crime seja hediondo. Veja:
Habeas corpus. 2. Evasão de divisas, corrupção, lavagem de dinheiro e organização cri-
minosa. Operação Câmbio Desligo. Prisão preventiva. 3. Impetração contra decisão que 
indeferiu liminarmente pedido formulado em anterior HC no STJ. 4. Supressão de instân-
cia. Ocorrência de constrangimento ilegal apto a afastar entendimento jurisprudencial 
firmado por esta Corte. 5. Perigo que a liberdade do paciente representa à ordem pública 
ou à aplicação da lei penal pode ser mitigado, no caso, por medidas cautelares menos 
gravosas do que a prisão. Precedentes da Segunda Turma: HCs 143.247/RJ, 146.666/RJ, 
147.192/RJ e 156.730/RJ (DJe 7.2.2018, 10.4.2018, 23.2.2018 e 13.8.2018, respectiva-
mente). 6. Concessão da ordem para substituir a prisão preventiva decretada em desfa-
vor do acusado por medidas cautelares diversas da prisão, na forma do art. 319 do CPP.
(HC 157604, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 04/09/2018, 
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-051 DIVULG 09-03-2020 PUBLIC 10-03-2020)
Errado.
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https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-cebraspe-2021-pc-al-escrivao-de-policia
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052. (2021/FCC/TJ-GO/JUIZ SUBSTITUTO) Segundo tese fixada pelo Superior Tribunal de 
Justiça, os apenados que, embora tenham cometido crime hediondo ou equiparado sem resul-
tado morte, e que não sejam reincidentes em delito de natureza semelhante, poderão progredir 
de regime prisional quando tiverem cumprido ao menos
a) sessenta por cento da pena.
b) oitenta por cento da pena.
c) cinquenta por cento da pena.
d) quarenta por cento da pena.
e) setenta por cento da pena.
Conforme o STJ:
PENAL E PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL CONTRA O DEFERIMENTO DE 
LIMINAR EM HABEAS CORPUS. LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME).
PROGRESSÃO DE REGIME. PACIENTE REINCIDENTE NÃO ESPECÍFICO EM CRIME 
HEDIONDO. HIPÓTESE NÃO ABARCADA PELA NOVATIO LEGIS. ANALOGIA IN BONAM 
PARTEM. CUMPRIMENTO DE 40% DA PENA. ORIENTAÇÃO REVISTA. AGRAVO IMPROVIDO.
1. A Terceira Seção desta Corte, em julgamento realizado em 26/5/2021, examinou os 
processos REsp 1.910.240 e REsp 1.918.338, sob o rito dos recursos repetitivos e definiu 
tese no sentido de que é reconhecida a retroatividade do patamar estabelecido no artigo 
112, inciso V da lei 13.964/2019 àqueles apenados que, embora tenham cometido crime 
hediondo ou equiparado sem resultado morte, não sejam reincidentes em delito de natu-
reza semelhante.
2. Agravo regimental improvido.
(AgRg no HC 675.497/MS, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado 
em 03/08/2021, DJe 06/08/2021)
Letra d.
053. (2021/IDECAN/PC-CE/INSPETORDE POLÍCIA CIVIL) De acordo com a legislação, 
consideram-se hediondos os delitos listados nas alternativas a seguir, À EXCEÇÃO DE UMA. 
Assinale-a.
a) roubo praticado mediante emprego de explosivo
b) furto praticado mediante emprego de explosivo
c) roubo circunstanciado pela restrição da liberdade da vítima
d) estupro
e) favorecimento da prostituição de adolescente
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O roubo praticado mediante emprego de explosivo não integra o rol de crimes hediondos. Já 
os demais estão no artigo 1º da Lei:
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei n. 2.848, 
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei n. 
8.930, de 1994) (Vide Lei n. 7.210, de 1984)
(...)
II – roubo: (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V); (Incluído pela Lei 
n. 13.964, de 2019)
(...)
V – estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º); (Redação dada pela Lei n. 12.015, de 2009)
(...)
VIII – favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adoles-
cente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). (Incluído pela Lei n. 12.978, de 2014)
(...)
IX – furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum 
(art. 155, § 4º-A). (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
Letra a.
054. (2021/IDECAN/PC-CE/ESCRIVÃODE POLÍCIA CIVIL) Alexandre praticou, em 30/10/2019, 
delito de furto com emprego de explosivo. E por tal crime foi denunciado no dia 10/11/2019, com 
recebimento da inicial acusatória ocorrida no mesmo dia. Após a instrução criminal, foi conde-
nado. Na sentença, datada do dia 14/12/2020, o juiz apontou a hediondez do delito e levou em 
consideração essa informação na fixação da pena.
Nessa hipótese, assinale a alternativa correta.
a) O juiz agiu corretamente ao ter considerado a hediondez do delito, pois, embora o caráter 
hediondo do delito tenha vindo após a conduta de Alexandre, não altera a tipificação do crime.
b) O juiz não poderia ter considerado a hediondez do delito, visto que a inserção do furto com 
emprego de explosivo na lei de crimes hediondos ocorreu após a conduta de Alexandre.
c) O furto com emprego de explosivo não é crime hediondo, apenas o roubo com emprego de 
explosivo.
d) O juiz não agiu corretamente, mas o caráter hediondo do delito praticado por Alexandre po-
derá influenciar na execução da pena, para fins de progressão de regime, por exemplo.
e) O juiz agiu corretamente e, além disso, a hediondez do delito praticado por Alexandre tam-
bém poderá influenciar na execução da pena, para fins de progressão de regime, por exemplo.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12978.htm#art2
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
A inserção do crime de furto com emprego de explosivo no rol do art. 1º da Lei n. 8.072/90 (lei 
de crimes hediondos) ocorreu com a entrada em vigor da Lei n. 13.964/19, em 23/01/2020 (em 
data posterior à prática do fato por Alexandre). Como se trata de lei penal mais gravosa, eis que 
anteriormente tal delito não era considerado hediondo, ela não se aplica ao caso.
Letra b.
055. (2021/CESPE/CEBRASPE/PC-DF/AGENTEDE POLÍCIA DA CARREIRA DE POLÍCIA CI-
VIL DO DISTRITO FEDERAL) No que se refere aos crimes previstos na legislação penal, julgue 
o item a seguir.
Os crimes hediondos são inafiançáveis e imprescritíveis.
Conforme o artigo 5º, XLII e XLIV da CF, são imprescritíveis apenas:
XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, 
nos termos da lei;
XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, 
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
Errado.
056. (2018/CESPE/CEBRASPE/PC-AL/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Conforme a legislação perti-
nente, considera-se crime hediondo
a) o favorecimento da exploração sexual de pessoas adultas.
b) o estupro de vulnerável tentado.
c) a lesão corporal dolosa de natureza grave.
d) o sequestro.
e) a extorsão simples.
Conforme a Lei de Crimes Hediondos:
Art. 1º da Lei de Crimes Hediondos - São considerados hediondos os seguintes crimes, consuma-
dos ou tentados:
(...)
VI – estupro de vulnerável;
Letra b.
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
057. (2021/FGV/DPE-RJ/RESIDÊNCIAJURÍDICA – ITEM IV) Carminha foi condenada por 
tráfico de drogas privilegiado, após ser surpreendida na rodoviária da cidade do Rio de Janei-
ro, embarcando em ônibus com destino a Caxambu/MG, trazendo consigo dois quilogramas 
da substância vulgarmente conhecida como maconha. A sentença condenatória fixou a pena 
base acima do mínimo legal, em 5 (cinco) anos e 10 (dez) meses, sob o fundamento de que a 
quantidade de substância entorpecente justificava o incremento. Na segunda fase da dosime-
tria penal, reduziu a pena para 5 (anos), eis que quando da prática do crime Carminha contava 
vinte anos de idade, o que configura circunstância atenuante. Na terceira fase, majorou a pena 
de 1/6 por entender que se caracterizou o tráfico entre Estados da Federação, fixando-a em 5 
(cinco) anos e 10 (meses). Ainda nesta terceira fase, reduziu esta mesma pena por reconhecer 
que Carminha era primária, possuidora de bons antecedentes, sem que tivessem sido produ-
zidas provas de que integrasse organização criminosa ou se dedicasse à atividade criminosa. 
Contudo, escolheu reduzir a pena somente da metade, nada obstante a lei prever redução de 
até 2/3, sob o fundamento de que a quantidade de droga justificava fosse descartada a re-
dução máxima. Assim, a pena definitiva restou fixada em 2 (dois) anos e 11 (onze) meses de 
reclusão. Por fim, a sentença fixou o regime fechado para o início do cumprimento da pena, 
aduzindo que a Lei dos Crimes Hediondos (Lei n.º 8.072/1990) impunha tal regime e deixou de 
substituir a pena privativa de liberdade por restritivas de direito em razão da expressa vedação 
consagrada na Lei de Drogas (Lei n.º 11.343/2006), justamente no dispositivo que trata da 
causa de diminuição de pena do chamado tráfico de drogas privilegiado. A Defensoria Pública 
foi intimada da sentença e o residente jurídico João Lucas foi incumbido de elaborar a minuta 
das razões de apelação, apresentando documento que continha as seguintes teses:
IV – O dispositivo da Lei dos Crimes Hediondos que determina a fixação do regime fechado 
para o início do cumprimento da pena privativa de liberdade imposta em razão da prática de 
crime hediondo ou equiparado é inconstitucional, o que já foi afirmado pelo STF, razão pela 
qual o regime deve ser fixado à luz das regras extraídas do Código Penal.
O STF, no julgamento do HC 82.959/SP, da relatoria do Ministro Marco Aurélio, entendeu que a 
regra contida no § 1º, do artigo 2º, da Lei n. 8.072/1990, que determina o regime inicial fechado 
é inconstitucional, uma vez que a Constituição, em seu artigo 5º, inciso XLIII, apenas afastou, 
em relação aos crimes hediondos, a aplicação da fiança, da graça e da anistia, não vedando a 
progressão de regime aos condenados por essa categoria delitiva. Desta forma, a fixação do 
regime inicialmente fechado pelo fato de o delito praticado ser hediondo ofenderia o princípio 
da individualização da pena. A assertiva contida neste item está, portanto, correta.
Certo.
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058. (2021/CESPE/CEBRASPE/PRF/POLICIALRODOVIÁRIO FEDERAL) A respeito da identi-
ficação criminal, do crime de tortura, do abuso de direito, da prevenção do uso indevido de dro-
gas, da comercialização de armas de fogo e dos crimes hediondos, julgue o item que se segue.
Caso três pessoas associadas, com divisão de tarefas, subtraiam substância explosiva, estará 
configurado crime hediondo.
É crime hediondo o furto qualificado pelo emprego de explosivo, previsto no artigo 155, 
§ 4º do CP:
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
(...)
§ 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se houver emprego de explosivo 
ou de artefato análogo que cause perigo comum. (Incluído pela Lei n. 13.654, de 2018)
Subtrair substância explosiva é delito diverso, previsto no artigo 155, § 7º do CP:
§ 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se a subtração for de substâncias 
explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem 
ou emprego. (Incluído pela Lei n. 13.654, de 2018)
Errado.
059. (2020/CESPE/CEBRASPE/MPE-CE/TÉCNICO MINISTERIAL) Mário, após ingerir bebi-
da alcoólica em uma festa, agrediu um casal de namorados, o que resultou na morte do rapaz, 
devido à gravidade das lesões. A moça sofreu lesões leves.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Se, após a apuração dos fatos, a morte do rapaz caracterizar homicídio simples doloso, a con-
duta de Mário não será classificada como crime hediondo.
Conforme a Lei dos Crimes Hediondos, o homicídio simples somente é hediondo quando pra-
ticado em atividade típica de grupo de extermínio:
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei n. 2.848, 
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei n. 
8.930, de 1994) (Vide Lei n. 7.210, de 1984)(...)
de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 
2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII); (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
Certo.
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060. (2020/SELECON/PREFEITURADE BOA VISTA - RR/GUARDA CIVIL MUNICIPAL) Gero-
mel é Delegado da Polícia Civil do Estado JJ e recebe da polícia repressiva dois indivíduos 
acusados por crime considerado hediondo, os quais recolhe para as instalações carcerárias. 
Posteriormente, recebe requerimento de advogado constituído para relaxar a prisão dos acu-
sados. Nos termos da Lei n. 8.072/90, não é possível arbitrar para os crimes nela tipificados:
a) caução
b) seguro
c) fiança
d) garantia
Conforme o artigo 2º da LCH:
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o 
terrorismo são insuscetíveis de: (Vide Súmula Vinculaste)
I – anistia, graça e indulto;
II – fiança. (Redação dada pela Lei n. 11.464, de 2007)
Letra c.
061. (2020/SELECON/PREFEITURADE BOA VISTA - RR/GUARDA CIVIL MUNICIPAL) Daniel 
é Delegado da Polícia Civil e encabeça investigação sobre múltiplos assassinatos ocorridos 
na periferia do município HO. Como fruto dessas investigações, descobre que o autor de três 
crimes é VR, alcunha “Caolho”, pertencente a grupo de extermínio que atua em alguns bairros 
do município. Nos termos da Lei n. 8.072/90, pode ser afirmado que:
A) os homicídios praticados são caracterizados como crimes hediondos
B) os homicídios praticados pela ausência de qualificação não são hediondos
C) os homicídios praticados não são hediondos, pois praticados por um agente
D) os homicídios praticados são hediondos por serem praticados em comunidades pobres
Conforme o artigo 1º, inciso I da LCH:
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei n. 2.848, 
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei n. 
8.930, de 1994)
(Vide Lei n. 7.210, de 1984)
(...)
I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que 
cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII); 
(Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
Letra a.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
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062. (2020/SELECON/PREFEITURADE BOA VISTA - RR/GUARDA CIVIL MUNICIPAL) Cami-
la é investigadora da Polícia Civil, sendo ferida gravemente em confronto com grupo de pes-
soas portando armas de grosso calibre. Nos termos da Lei n. 8.072/90, é considerado crime 
hediondo o praticado dolosamente contra agente de segurança que resulte em:
A) lesão corporal de natureza leve
B) lesão corporal de natureza média
C) lesão corporal de natureza gravíssima
D) lesão corporal de natureza grave
Conforme o artigo 1º, inciso I-A, da LCH:
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei n. 2.848, 
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei n. 
8.930, de 1994) (Vide Lei n. 7.210, de 1984)
(...)
I – A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida de 
morte (art. 129, § 3º), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 
da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, 
no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente con-
sanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei n. 13.142, de 2015)
Letra c.
063. (2021/NC-UFPR/PC-PR/INVESTIGADOR DE POLÍCIA/PAPILOSCOPISTA) Conforme o 
disposto na Lei n. 8.072/1990, assinale a alternativa que reúne apenas crimes considerados 
hediondos.
a) Epidemia com resultado morte, homicídio qualificado por motivo torpe e estupro.
b) Homicídio culposo, estupro de vulnerável e furto qualificado pelo emprego de explosivo.
c) Roubo qualificado pelo resultado morte, peculato e feminicídio.
d) Homicídio praticado em atividade típica de grupo de extermínio, extorsão mediante seques-
tro e aborto.
e) Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adoles-
cente ou de vulnerável, infanticídio e genocídio.
É o que dispõe o artigo 1º, incisos I, V e VII da lei dos crimes hediondos.
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei n. 2.848, 
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei n. 
8.930, de 1994) (Vide Lei n. 7.210, de 1984)
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210.htm#art9a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
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I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que 
cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII); 
(Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
(...)
V – estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º); (Redação dada pela Lei n. 12.015, de 2009)
(...)
VII – epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º). (Inciso incluído pela Lei n. 8.930, de 1994)
Letra a.
064. (2019/CESPE/CEBRASPE/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO - DIREITO) Júnia, de quator-
ze anos de idade, acusa Pierre, de dezoito anos de idade, de ter praticado crime de natureza 
sexual consistente em conjunção carnal forçada no dia do último aniversário da jovem. Pierre, 
contudo, alega que o ato sexual foi consentido.
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item a seguir, tendo como referência aspectos 
legais e jurisprudenciais a ela relacionados.
Se Pierre for condenado por estupro, o regime de cumprimento de pena será integralmente 
fechado, por se tratar de crime hediondo.
Em sua redação original, a Lei de Crimes Hediondos (Lei n. 8.072/90) vedava a progressão de 
regime aos condenados pela prática de crimes hediondos, como se depreende da leitura do § 
1º, do artigo 2º, do referido diploma legal em sua primeiríssima versão, senão vejamos: “A pena 
por crime previsto neste artigo será cumprida integralmente em regime fechado”.
Sucede que o STF, no julgamento do HC 82.959/SP, da relatoria do Ministro Marco Aurélio, 
entendeu que o dispositivo originário era inconstitucional, uma vez que a Constituição apenas 
afastou, em relação aos crimes hediondos, a aplicação da fiança, da graça e da anistia, não 
vedando a progressão de regime aos condenados por crimes hediondos. Sendo assim, o co-
mando contido na redação original ofenderia o princípio da individualização da pena, conforme 
se depreende da leitura da ementa do julgamento ora mencionado, senão vejamos:
PENA — REGIME DE CUMPRIMENTO — PROGRESSÃO — RAZÃO DE SER. A progressão no 
regime de cumprimento da pena, nas espécies fechado, semiaberto e aberto, tem como 
razão maior a ressocialização do preso, que, mais dia ou menos dia, voltará ao convívio 
social. PENA — CRIMES HEDIONDOS — REGIME DE CUMPRIMENTO — PROGRESSÃO — 
ÓBICE — ART. 2º, § 1º, DA LEI 8.072/1990 — INCONSTITUCIONALIDADE — EVOLUÇÃO 
JURISPRUDENCIAL. Conflita com a garantia da individualização da pena — art. 5º, inciso 
XLVI, da Constituição Federal — a imposição, mediante norma, do cumprimento da pena 
em regime integralmente fechado. Nova inteligência do princípio da individualização da 
pena, em evolução jurisprudencial, assentada a inconstitucionalidade do art. 2º, § 1º, da 
Lei n. 8.072/1990. (HC 82.959, rel. min. Marco Aurélio, P, j. 23-2-2006, DJ de 1º-9-2006)
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Com efeito, a assertiva constante do enunciado da questão de que, em caso de condenação 
de Pierre, o regime de cumprimento de pena será integralmente fechado, por se tratar de crime 
hediondo, está equivocada.
Errado.
065. (2018/FCC/IAPEN-AP/AGENTE PENITENCIÁRIO) São considerados crimes hediondos
a) estupro e epidemia com resultado morte.
b) sequestro e cárcere privado.
c) roubo e estupro de vulnerável.
d) extorsão qualificada pela morte e ameaça.
e) homicídio simples e corrupção ativa.
Conforme o artigo 1º, incisos VI e VII da Lei dos Crimes Hediondos:
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei n. 2.848, 
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei n. 
8.930, de 1994) (Vide Lei n. 7.210, de 1984)
(...)
V – estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º); (Redação dada pela Lei n. 12.015, de 2009)
(...)
VII – epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º). (Inciso incluído pela Lei n. 8.930, de 1994)
Letra a.
066. (2018/CESPE/CEBRASPE/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL) 
Acerca de execução penal, de crimes de abuso de autoridade, de crimes contra a criança e o 
adolescente e de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, julgue o item que se segue.
O crime de estupro praticado contra criança ou adolescente é insuscetível de fiança.
A própria Constituição, indica hipóteses em que a fiança não é permitida, fazendo no mesmo 
artigo, nos incisos XLII (racismo), XLIII (hediondos) e XLIV (ação de grupos armados contra a 
ordem constitucional e o Estado Democrático).
O crime de estupro, em todas as suas modalidades, é hediondo, pois figura na relação indicada 
pelo artigo 1º da Lei n. 8.072/1990 (incisos V e VI). Em sendo assim, é CORRETA a assertiva 
de ser o crime de estupro praticado contra criança ou adolescente insuscetível de fiança, haja 
vista que o artigo 2º, inciso II, da referida lei, repete a determinação constitucional quando à 
vedação do instituto aos crimes hediondos.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210.htm#art9a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12015.htm#art4
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
067. (2018/VUNESP/PC-BA/INVESTIGADOR DE POLÍCIA) A Lei dos crimes hediondos (Lei 
n. 8.072/90), embora não forneça o conceito de crime hediondo, apresenta um rol dos crimes 
que se enquadram em seus dispositivos, entre os quais se pode destacar
a) instigação ao suicídio.
b) lesão corporal de natureza grave.
c) incêndio qualificado pela morte.
d) extorsão mediante sequestro.
e) violação sexual mediante fraude.
Conforme o artigo 1º, IV da LCH:
Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei n. 2.848, 
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei n. 
8.930, de 1994) (Vide Lei n. 7.210, de 1984)
(...)
IV – extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159,caput, e §§ lo, 2º e 3º); (Inciso 
incluído pela Lei n. 8.930, de 1994)
Letra d.
068. (2018/MPE-MS/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO (ALTERNATIVA IV) Analise as 
proposições a seguir.
IV – Tratando-se de crime hediondo ou equiparado (Lei n. 8.072/90), o condenado por crime 
de tortura (Lei n. 9.455/1997), em qualquer modalidade, deverá iniciar o cumprimento da pena 
em regime fechado.
O Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou sua jurisprudência dominante no sentido da in-
constitucionalidade da fixação de regime inicial fechado para cumprimento de pena com base 
exclusivamente no artigo 2º, parágrafo 1º, da Lei n. 8.072/1990 (Lei de Crimes Hediondos). A 
decisão ocorreu no Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 1052700, de relatoria do ministro 
Edson Fachin, que teve repercussão geral reconhecida e mérito julgado pelo Plenário Virtual.
Errado.
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
REFERÊNCIAS
CUNHA, Rogério Sanches. Leis penais especiais comentadas. Coordenação: Rogério Sanches 
Cunha, Ronaldo Batista Pinto, Renee do Ó Souza. 3. ed., rev., atual., e ampl. – Salvador: Juspo-
divm, 2020.
LIMA, Renato Brasileiro de. Legislação criminal especial comentada: volume único. 9. ed., rev., 
atual. e ampl. – Salvador: Juspodivm, 2021.
Sérgio Bautzer
Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal. Bacharel em Direito, Professor de Legislação Especial e Direito 
Processual Penal, Professor de cursos preparatórios, graduação e pós-graduação.
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	Crimes Hediondos
	Lei dos Crimes Hediondos – Lei n. 8.072/1990
	Conceito de Crime Hediondo
	Previsão Constitucional
	Tentativa e Consumação
	Natureza Hedionda do Crime de Homicídio
	Roubo
	Latrocínio
	Extorsão
	Estupro
	Epidemia com Resultado Morte
	Falsificação
	Prostituição
	Furto com Emprego de Explosivo
	Genocídio
	Posse ou Porte Ilegal de Arma de Fogo de Uso Proibido
	Crime de Organização Criminosa Direcionado à Prática de Crime Hediondo ou Equiparado
	Crimes Equiparados aos Hediondos
	Efeitos Jurídicos da Aplicação dos Rigores da Lei n. 8.072/1990
	Anistia
	Graça
	Indulto
	Liberdade Provisória
	Progressão de Regime de Cumprimento de Pena
	Possibilidade de se Recorrer em Liberdade no Caso de Condenação por Crime Hediondo ou Equiparado
	Livramento Condicional nos Crimes Hediondos e Equiparados
	Reincidência Específica em Crimes Hediondos e Equiparados
	A Prisão Temporária nos Crimes Hediondos e Equiparados
	Resumo
	Exercícios
	Gabarito
	Gabarito Comentado
	Referências
	AVALIAR 5: 
	Página 101:As qualificadoras do 
homicídio, estão no § 2º do artigo 121.
Apesar de sua posição topográfica, é perfeitamente possível a coexistência das circuns-
tâncias privilegiadoras ( § 1º), todas de natureza subjetiva, com as qualificadoras de natureza 
objetiva. A jurisprudência do STF admite a possibilidade de homicídio privilegiado-qualificado, 
desde que não haja incompatibilidade entre as circunstâncias do caso.
4 LIMA, Renato Brasileiro de. Op. Cit.
5 CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit.
6 LIMA, Renato Brasileiro de. Op. Cit.
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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
No entanto, para as provas de concurso, você deve seguir o entendimento majoritário da dou-
trina e da jurisprudência de que o homicídio privilegiado qualificado não é hediondo. Vejamos:
Penal. Habeas corpus. Art. 121, §§ 1º e 2º, incisos III e IV, do Código Penal. Progressão de 
regime. Crime hediondo. Por incompatibilidade axiológica e por falta de previsão legal, o homi-
cídio qualificado privilegiado não integra o rol dos denominados crimes hediondos (Preceden-
tes). Writ concedido. (STJ – HC n.36.317/RJ, 5ª Turma)
Habeas corpus. Homicídio qualificado privilegiado. Tentativa. Crime não elencado como 
hediondo. Regime prisional. Adequação. Possibilidade de progressão.
1. O homicídio qualificado privilegiado não figura no rol dos crimes hediondos. Preceden-
tes do STJ.
2. Afastada a incidência da Lei n. 8.072/1990, o regime prisional deve ser fixado nos ter-
mos do disposto no art. 33, § 3º, c/c o art. 59, ambos do Código Penal.
3. In casu, a pena aplicada ao réu foi de seis anos, dois meses e vinte dias de reclusão, e 
as instâncias ordinárias consideraram as circunstâncias judiciais favoráveis ao réu. Logo, deve 
ser estabelecido o regime prisional intermediário, consoante dispõe a alínea b do § 2º do art. 
33 do Código Penal.
4. Ordem concedida para, afastada a hediondez do crime em tela, fixar o regime inicial 
semiaberto para o cumprimento da pena infligida ao ora paciente, garantindo-se lhe a pro-
gressão, nas condições estabelecidas em lei, a serem oportunamente aferidas pelo Juízo das 
Execuções Penais. (STJ – HC n.41.579/SP, 5ª Turma)
Habeas corpus. Direito Penal. Homicídio qualificado privilegiado. Progressão de regime. 
Possibilidade.
1. O homicídio qualificado privilegiado não é crime hediondo, não se lhe aplicando norma 
que estabelece o regime fechado para o integral cumprimento da pena privativa de liberdade 
(Lei n. 8.072/1990, arts. 1º e 2º, § 1º).
2. Ordem concedida. (STJ – HC n.43.043/MG, 6ª Turma)
Homicídio Qualificado Pelo Emprego de Arma de Fogo de Uso Restrito ou 
Proibido
Com o Pacote Anticrime, foi incluído no rol dos crimes do artigo 121, §2º, o inciso VII. Po-
rém, o Presidente da República havia vetado este dispositivo. No entanto, em abril de 2021 o 
Congresso Nacional derrubou o veto, sendo que agora o inciso VIII está em vigor como espécie 
de crime hediondo, conforme artigo 1º, inciso I, da Lei n. 8.072/90. O aluno deve ficar atento, 
pois concursos costumam exigir o conhecimento de novidades legislativas. Vejamos o que 
dispõe este inciso:
Art. 121...
§2º Se o homicídio é cometido:
(...)
VIII – com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido.
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
Lesão Corporal Gravíssima Funcional e Lesão Corporal Seguida de Morte 
Funcional
O artigo 3º da Lei n. 13.142/15 acrescentou ao rol taxativo dos crimes hediondos o inciso 
I-A, que assim dispõe: lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão 
corporal seguida de morte (art. 129, § 3º), quando praticadas contra autoridade ou agente des-
crito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força 
Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu 
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição.
Trata-se de norma penal em branco, pois deve ser complementada pelos artigos 142 e 144 
da CF, que nos indicam alguns dos agentes de segurança pública contra os quais a lesão cor-
poral gravíssima ou seguida de morte é hedionda. Veja:
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são insti-
tuições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob 
a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos 
poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
§ 1º Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no preparo 
e no emprego das Forças Armadas.
§ 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que 
vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 18, 
de 1998)
I – as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Presi-
dente da República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, 
sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos 
uniformes das Forças Armadas; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 18, de 1998)
II – o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente, ressal-
vada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea “c”, será transferido para a reserva, nos termos 
da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 77, de 2014)
III – o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública 
civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista 
no art. 37, inciso XVI, alínea “c”, ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto 
permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço 
apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afasta-
mento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional n. 77, de 2014)
IV – ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 18, 
de 1998)
V – o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos; (Incluído pela 
Emenda Constitucional n. 18, de 1998)
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VI – o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompa-
tível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, 
em tempo de guerra; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 18, de 1998)
VII – o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois 
anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior; 
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 18, de 1998)
VIII – aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, 
incisos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 37, 
inciso XVI, alínea “c”; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 77, de 2014)
IX – (Revogado pela Emenda Constitucional n. 41, de 19.12.2003)
X – a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e outras 
condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as 
prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas 
atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra. (In-
cluído pela Emenda Constitucional n. 18, de 1998)
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para 
a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos se-
guintes órgãos:
I – polícia federal;
II – polícia rodoviária federal;
III – polícia ferroviária federal;
IV – polícias civis;
V – polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI – polícias penais federal, estaduais e distrital. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 104, 
de 2019)
(...)
Para Rogério Sanches, o crime cometido contra guardas civis (municipais ou metropolita-
nos) se insere na hediondez. O mesmo pode ser dito a respeito dos agentes de segurança viária.
roubo
O Pacote Anticrime ampliou sobremaneira mas hipóteses de hediondez relativas ao crime 
de roubo. Pelo menos até a entrada em vigor da Lei n. 13.964/19, tínhamos como hediondo 
apenas o latrocínio, ou seja, quando da violência empregada e em razão da prática do crime de 
roubo ocorrer a produção do resultado morte. Veja:
LatroCínio
O crime de latrocínio está tipificado no art. 157, § 3º, do Código Penal. O latrocínio é crime 
contra o patrimônio, pois a finalidade do agente é a apropriação de bem alheio móvel, embora 
seja a vítima atingida diretamente, ou seja, o roubo é o crime-fim, enquanto o homicídio carac-
teriza-se como crime-meio.
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A doutrina considera o latrocínio um crime complexo, pois contém dois tipos penais na sua 
descrição, o que faz gerar as seguintes hipóteses:
SUBTRAÇÃO MORTE Artigo 157, § 3º, do Código Penal (latrocínio)
Consumada Consumada Consumado
Tentada Tentada Tentado
Consumada Tentada Tentado
Tentada Consumada Consumado (STF – súmula 610)
Você deve memorizar a tabela “supra”, por conta da grande importância do assunto em 
provas de concursos públicos.
Para que você entenda a tabela acima, trago a primorosa lição de Guilherme de Souza Nuc-
ci (2009, p. 713):
Neste último caso, dever se ia falar em latrocínio tentado, pois o crime patrimonial não atingiu a 
concretização, embora da violência tenha resultado a morte. Entretanto, como a vida humana está 
acima dos interesses patrimoniais, soa mais justa a punição do agente por latrocínio consumado, 
até mesmo porque o tipo penal menciona “se da violência resulta morte”, seja ela exercida numa 
tentativa ou num delito consumado anterior. É a posição esposada pela Súmula n.610 do Supremo 
Tribunal Federal (“Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o 
agente a subtração de bens da vítima”) e da maioria da jurisprudência.
Na preocupação de possibilitar para você o conhecimento da jurisprudência do STF, é in-
dispensável à leitura do Informativo n.520, em que restou firmada posição diversa da anterior-
mente explanada.
Com o advento do Pacote Anticrime, outras modalidades de roubo passaram a sofrer os 
rigores da Lei dos Crimes Hediondos:
 ◦ Roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou 
pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B);
 ◦ Roubo circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V);
 ◦ Roubo qualificado pelo resultado lesão corporal;
Apesar de não ser crime hediondo, você deverá guardar para as provas dos concursos que 
o “Pacote Anticrime” fez com que o delito de roubo com emprego “branca” deixasse de ser 
considerado simples e voltasse a ser considerado a forma majorada do crime. Assim, roubo se 
tornou MAJORADO quando há o emprego de arma branca (faca, adaga, punhal), porém conti-
nua não sendo hediondo. Veja:
Roubo circunstanciado pela restrição da liberdade da vítima:
Consoante disposto no artigo 157, § 2º, inciso V do CP, com redação dada pela Lei n. 
13.654/18. Aumenta-se a pena do crime de roubo de 1/3 até metade se o agente mantém 
a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. Levando-se em consideração o fato de o 
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legislador fazer uso do verbo “manter, entende-se que a restrição da liberdade da vítima deve 
perdurar por tempo juridicamente relevante, ou seja, o autor do delito deve permanecer com a 
vítima em seu poder por tempo superior àquele estritamente necessário para a execução do 
roubo, que para assegurar o produto do crime, quer para não ser localizado pela polícia.7
Roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo:
De acordo com o artigo 157, § 2º-A, inciso I, CP, incluído pela Lei n. 13.654/18, a pena do 
crime de roubo aumenta-se de 2/3 se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma 
de fogo. Note-se que não basta a existência de arma de fogo. Para além disso, há de ficar 
comprovado seu efetivo emprego, que pode restar caracterizado tanto pelo uso efetivo para 
concretizar a grave ameaça ou violência à pessoa, quando, por exempli, o revólver é apontado 
na direção da vítima, como também pelochamado porte ostensivo, ou seja, a vítima é cons-
trangida com a exibição da arma sob as vestes do criminoso.
Subsiste, pois, como não hediondo, tanto o crime de roubo circunstanciado pelo emprego 
de arma branca, como também o crime de roubo majorado pela destruição ou rompimento de 
obstáculo mediante emprego de explosivo ou artefato análogo que cause perigo comum, tam-
bém previsto no § 2º-A do artigo 157 do CP, porém, no seu inciso II.I
Roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou uso restrito:
Se a violência for exercida com uso de arma de fogo de uso restrito ou proibido, aplica-se 
em dobro a pena prevista no caput do artigo 157 do CP. Acrescentada pelo Pacote Anticrime, 
esta causa de aumento da pena funciona como verdadeira norma penal em branco heterogê-
nea, cuja complementação está inserida no ato administrativo, qual seja, o Decreto 9.847/19, 
que define arma de fogo de uso restrito e de uso proibido.
Roubo qualificado pelo resultado lesão corporal grave (Lei n. 8.072, art. 1º, II, alínea “c”, 
primeira parte, incluído pela Lei n. 13.964/19):
Por força do artigo 157, § 3º, inciso I do CP, com redação dada pela Lei n. 13.654/18, se da 
violência resultada lesão corporal grave, a pena será de reclusão de 7 a 18 anos, e multa.
Roubo qualificado pelo resultado morte – incluído pelo Pacote Anticrime:
Está previsto no artigo 157, § 3º, II do CP, incluído pela Lei n. 13.654/18, restando caracteri-
zado quando, da violência empregada durante e em razão da prática de crime de roubo, ocorrer 
a produção do resultado morte, hipótese em que a pena a ser aplicada será de reclusão de 20 
a 30 anos, sem prejuízo da multa.
extorsão
Extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corpo-
ral ou morte
A antiga redação da Lei dos Crimes Hediondos dizia que era apenas hediondo a extorsão 
qualificada pela morte.
7 LIMA, Renato Brasileiro de. Op. Cit.
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
Em primeiro lugar, você deve memorizar que o crime de extorsão na forma simples não é 
crime hediondo. Exemplo: gerente do banco é constrangido com emprego de violência para 
entregar a senha que dá acesso ao cofre. Até então, estamos diante de um crime de extorsão 
na forma simples. Se houver um resultado morte no contexto daí poderemos falar da hedion-
dez do crime.
A extorsão também constitui crime contra o patrimônio, pois tutela, sobretudo, a inviolabi-
lidade patrimonial e, de forma secundária, a vida, tratando-se de crime complexo. A violação à 
vida da pessoa é meio executório para o ganho da vantagem patrimonial.
Como diferenciar o roubo da extorsão?
ROUBO EXTORSÃO
Despojamento dos 
bens da vítima.
Há uma mínima contribuição da vítima. 
Exemplo: para acessar o numerário do 
caixa de autoatendimento, o extorsionário 
constrange a vítima, com emprego de grave 
ameaça, para que ela lhe entregue a senha.
A conduta da vítima é 
dispensável. A conduta da vítima é indispensável.
A vantagem almejada 
é imediata. A vantagem mediata é mediata.
Há previsão da forma 
circunstanciada pela 
restrição de liberdade.
Há previsão da forma qualificada pela 
restrição de liberdade.
O resultado morte 
faz com que haja a 
incidência da Lei n. 
8072/90.
O resultado morte faz com que haja a 
incidência da Lei n. 8072/90
O crime de “sequestro-relâmpago”, que é uma forma de extorsão com restrição de liberda-
de, introduzido no Código Penal em 2009, está previsto no § 3º do artigo em estudo:
§ 3º Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessá-
ria para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além 
da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2º 
e 3º, respectivamente. (Incluído pela Lei n. 11.923, de 2009)
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Crimes Hediondos
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Sérgio Bautzer
Ainda sobre o parágrafo em estudo, cumpre ressaltar que o crime de sequestro-relâmpago 
tornou-se hediondo, pois o “Pacote Anticrime” o incluiu no rol taxativo do artigo 1º da Lei n. 
8072/1990.
O crime de extorsão com restrição de liberdade (“sequestro-relâmpago”) também será con-
siderado hediondo quando for qualificada pelo resultado morte.
Antes das alterações promovidas pelo “Pacote Anticrime” já havia quem sustentasse na 
doutrina que a extorsão com restrição de liberdade com resultado morte seria um crime he-
diondo. Nesse sentido Luiz Flávio Gomes e Rogério Sanches:
Concluindo: o crime de extorsão previsto no § 3º do art. 158 do CP, quando resulta morte, 
é crime hediondo, por força de uma interpretação extensiva do § 2º. Mas nem todas as dispo-
sições da lei dos crimes hediondos são aplicáveis, ou seja, somente as constitucionalmente 
legítimas é que podem ser sustentadas no Estado humanista de Direito, que é a síntese do 
Estado legal, constitucional e internacional de Direito.
Em síntese, entendo que as seguintes modalidades do crime de extorsão são consideradas 
hediondas:
 ◦ Extorsão com restrição de liberdade com resultado lesão grave;
 ◦ Extorsão com restrição de liberdade com resultado morte.
Extorsão mediante sequestro na forma simples e na forma qualificada
O crime de extorsão mediante sequestro é considerado hediondo tanto na forma simples 
como na forma qualificada.
A forma simples está expressa na cabeça do artigo 159 do Estatuto Penal:
Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como 
condição ou preço do resgate:
Pena – reclusão, de oito a quinze anos. (Redação dada pela Lei n. 8.072, de 25.7.1990)
Trata-se de um crime permanente, que é aquele em que a conduta se prolonga no tempo. 
Enquanto não cessar a permanência, é cabível a prisão em flagrante dos criminosos. Tal tema 
já foi cobrado nos certames que envolvem as carreiras da Polícia Federal.
Nos parágrafos 1º, 2º e 3º do crime em estudo estão dispostas as formas qualificadas do 
crime em estudo:
“§ 1º Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o sequestrado é menor de 18 (de-
zoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha. Vide Lei n. 
8.072, de 25.7.90 (Redação dada pela Lei n. 10.741, de 2003)
Pena – reclusão, de doze a vinte anos. (Redação dada pela Lei n. 8.072, de 25.7.1990)
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Vide Lei n. 8.072, de 25.7.90
Pena – reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. (Redação dada pela Lei n. 8.072, de 25.7.1990)
§ 3º - Se resulta a morte: Vide Lei n. 8.072, de 25.7.90
Pena – reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. (Redação dada pela Lei n. 8.072, de 25.7.1990)”
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Haverá a forma simples do crime de extorsão mediante sequestro quando não estiverem 
presentes nenhuma das hipóteses previstas nos parágrafos mencionados.
No § 4º do artigo 159 do CódigoPenal há a previsão de uma forma de delação premiada:
§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando 
a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços. (Redação dada pela Lei n. 
9.269, de 1996)
Voltarei a falar sobre a delação premiada nas próximas aulas.
Resumindo:
A forma simples do crime em comento está no caput do art. 159 do Código Penal que dis-
põe: “Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como 
condição ou preço do resgate”.
Já as formas qualificadas estão previstas nos parágrafos do dispositivo ora em estudo: 1) 
se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, 2) se o sequestrado é menor de 18 (de-
zoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, 3) se o crime é cometido por bando ou quadrilha, 4) se 
do fato resulta lesão corporal de natureza grave ou 5) se resulta a morte da vítima.
A grande celeuma que eu não vi ainda manifestação da jurisprudência é o fato de o crime 
de quadrilha ou bando ter dado lugar para o de associação criminosa. Quando o legislador 
alterou a redação do art. 288 do Código Penal, ele não o fez em relação a outros artigos que 
mencionavam a formação de quadrilha ou bando.
Uma menção importante que eu devo fazer é em relação à previsão na Lei dos Crimes He-
diondos do delito de formação de quadrilha para a prática de crimes hediondo ou equiparados. 
Mesmo com alteração da redação do art. 288 do CP, houve silenciamento em relação ao crime 
previsto no art. 8º da Lei n. 8.072/1990:
Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal, quando 
se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou 
terrorismo.
Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, 
possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços.
Mesmo sendo antiga a redação do tipo, levando em conta as alterações legislativas, no 
ano de 2019, o STJ publicou onze teses (não confunda com Súmulas) sobre a Lei de Drogas e 
dentre elas, há uma que fala sobre a aplicação do art. 8º “supra”, no caso concreto, por conta 
de conflito aparente de normas:
Tratando-se de condenado pelo delito previsto no artigo 14 da Lei n. 6.368/1976, deve-se 
observar as reprimendas mínima e máxima estabelecidas pelo artigo 8º da Lei n. 8.072/1990 
(3 a 6 anos de reclusão), por ser norma penal mais benéfica ao réu, impondo-se, inclusive, se 
for o caso, a exclusão da pena de multa.
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estuPro
O crime de estupro está descrito no art. 213 do Código Penal, que dispõe:
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a 
praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:
Pena – reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
§ 1º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) 
ou maior de 14 (catorze) anos:
Pena – reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.
§ 2º Se da conduta resulta morte:
Pena – reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
São considerados hediondos tanto o estupro na forma simples (quando resulta lesão leve 
na vítima ou há o emprego de grave ameaça) como na qualificada (quando resulta lesão grave 
ou morte da vítima).
O crime de estupro previsto no Código Penal Militar não é hediondo.
No passado, por conta da antiga redação da Lei n. 8072/1990, havia quem entendesse não 
ser hediondo o estupro cometido na forma simples, no entanto, não era a posição que prevale-
cia no Supremo Tribunal Federal, senão vejamos:
Ementa: Habeas corpus. Estupro. Atentado violento ao pudor. Tipo penal básico ou forma 
simples. Inocorrência de lesões corporais graves ou do evento morte. Caracterização, 
ainda assim, da natureza hedionda de tais ilícitos penais (Lei n. 8.072/1990). Pedido inde-
ferido. Os delitos de estupro e de atentado violento ao pudor, ainda que em sua forma 
simples, configuram modalidades de crime hediondo, sendo irrelevante que a prática de 
qualquer desses ilícitos penais tenha causado, ou não, lesões corporais de natureza grave 
ou morte, que traduzem, nesse contexto, resultados qualificadores do tipo penal, não 
constituindo, por isso mesmo, elementos essenciais e necessários ao reconhecimento 
do caráter hediondo de tais infrações delituosas. Precedentes. Doutrina. (HC n.89.554/
DF, 2ª Turma).
Ementa: Habeas corpus. Processual penal. Atentado violento ao pudor. Forma simples. 
Crime hediondo. Livramento condicional. Requisito objetivo não satisfeito. Exigência. 
Cumprimento de 2/3 da pena. Ausência de plausibilidade jurídica incontestável. Habeas 
corpus denegado. 1. A decisão do Superior Tribunal de Justiça, questionada neste 
habeas corpus, está em perfeita consonância com o entendimento deste Supremo sobre 
a hediondez dos crimes de estupro e atentado violento ao pudor, mesmo que praticados 
na sua forma simples. Precedentes. 2. Não há sustentação jurídica nos argumentos apre-
sentados pelo Impetrante para assegurar a concessão do benefício de livramento con-
dicional ao Paciente, pois não satisfeito o requisito objetivo de cumprimento de 2/3 da 
pena imposta. 3. Habeas corpus denegado. (HC n.90.706/BA, 1ª Turma)
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Sobre a hediondez da forma simples do revogado atentado violento ao pudor decidiu a 5ª 
Turma do Superior Tribunal de Justiça:
O delito de atentado violento ao pudor praticado antes da vigência da Lei n. 12.015/2009, 
ainda que na sua forma simples e com violência presumida, configura crime hediondo. Pre-
cedentes citados: do STJ, AgRg no REsp 1.201.806-MG, Quinta Turma, DJe 20/9/2012, e 
HC 232.337-ES, Quinta Turma, DJe 3/4/2012; e do STF: HC 99.406-RS, Segunda Turma, DJe 
9/9/2010, e HC 101.860-RS, Primeira Turma, DJe 17/5/2011. AgRg no HC 250.451-MG, Rel. 
Min. Jorge Mussi, julgado em 19/3/2013.
Vale destacar que, com a nova redação dada ao crime de estupro, restou revogado o crime 
de atentado violento ao pudor (antigo art. 214 do CP), pois o tipo penal do art. 213, caput, abar-
ca tanto uma quanto outra conduta. Senão vejamos:
Quando a lei fala em conjunção carnal, está referindo-se ao sexo convencional e quando 
se fala em ato libidinoso diverso de conjunção carnal, está referindo-se aos atos sexuais não 
convencionais tais como os sexos anal, oral, toque etc.
Assim, não há mais que falar da existência do crime de atentado violento ao pudor no or-
denamento jurídico nacional.
É de suma importância que você leia os julgados do STF e do STJ sobre as Leis Penais e 
Processuais Penais Especiais, que estão previstas no edital, uma vez que o Cespe, em algu-
mas provas, cobrou o entendimento de tais tribunais sobre a matéria. Além de ler a jurispru-
dência sobre o assunto, o candidato deverá memorizar as súmulas do STF e do STJ sobre o 
conteúdo estudado.
 ◦ Estupro de Vulnerável
Tanto o crime de estupro de vulnerável na forma simples como na forma qualificada são 
considerados hediondos.
Por vulnerável entende se o menor de 14 (catorze) anos, aquele que, por enfermidade ou 
deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qual-
quer outra causa,não pode oferecer resistência.
São as antigas hipóteses da violência presumida previstas no art. 224 do Código Penal.
Além disso, cumpre ressaltar que a Suprema Corte também considerava hediondo o crime 
de estupro cometido com violência presumida, cabendo citar algumas decisões:
Ementa: Habeas corpus. Crimes descritos nos arts. 240 e 241 do Estatuto da Criança e 
do Adolescente e no art. 214, c/c o art. 224 do Código Penal. Continuidade delitiva. Ino-
corrência: espaço de tempo igual a seis meses entre as séries delitivas. Atentado vio-
lento ao pudor com violência presumida: crime hediondo. Progressão de regime. Ordem 
concedida de ofício. 1. A continuidade delitiva deve ser reconhecida “quando o agente, 
mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie 
e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os 
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subsequentes ser havidos como continuação do primeiro” (CP, art. 71). Evidenciado que 
as séries delituosas estão separadas por espaço temporal igual a seis meses, não se há 
de falar em crime continuado, mas em reiteração criminosa, incidindo a regra do concurso 
material. 2. O atentado violento ao pudor é considerado hediondo em quaisquer de suas 
formas (precedente do Pleno). 3. O Pleno do Supremo Tribunal Federal, em Sessão reali-
zada em 23/2/2006, declarou inconstitucional o § 1º do art. 2º da Lei n. 8.072/1990 (HC 
n. 82.959, Pleno). Ordem concedida, de ofício, para possibilitar a progressão do regime de 
cumprimento da pena do paciente, quanto ao crime de atentado violento ao pudor. (HC n. 
87.495/SP, 1ª Turma)
Ementa: Penal. Processual Penal. Habeas corpus. Crime hediondo. Estupro simples com 
violência presumida. Falta de fundamentação: constrangimento ilegal. Inocorrência. Pro-
gressão de regime prisional. Possibilidade. I – Não há falar em falta de fundamentação 
do acórdão impugnado quanto ao regime de cumprimento da pena, se há referência 
expressa à Lei n. 8.072/1990. II – A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no sen-
tido de que “os crimes de estupro e de atentado violento ao pudor, tanto nas suas formas 
simples, Código Penal, arts. 213 e 214, como nas qualificadas (Código Penal, art. 223, 
caput e parágrafo único), são crimes hediondos. Leis n. 8.072/1990, redação da Lei n. 
8.930/1994, art. 1º, V e VI.” HC n. 81.288/SC, Plenário, Rel. p/ acórdão Min. Carlos Velloso, 
DJU 25/4/2003. III – Após o julgamento do HC n. 82.929/SP pelo Plenário do STF, não 
mais é vedada a progressão de regime prisional aos condenados pela prática de crimes 
hediondos. IV – Ordem parcialmente concedida. (HC n. 87.281/MG, 1ª Turma)’.
Cumpre ressaltar que a Lei n. 12.015/2009 revogou o art. 224 do Código Penal, não ha-
vendo que falar mais em violência presumida. Senão vejamos recente julgado do Supremo 
Tribunal Federal:
O eventual consentimento da ofendida – menor de 14 anos – e mesmo sua experiência an-
terior não elidem a presunção de violência para a caracterização do delito de atentado violento 
ao pudor. Com base nesse entendimento, a Turma indeferiu habeas corpus em que condenado 
pela prática do crime de atentado violento ao pudor alegava que o fato de a ofendida já ter 
mantido relações anteriores e haver consentido com a prática dos atos imputados ao paciente 
impediria a configuração do mencionado crime, dado que a presunção de violência prevista na 
alínea a do art. 224 do CP seria relativa. Inicialmente, enfatizou-se que a Lei n. 12.015/2009, 
dentre outras alterações, criou o delito de estupro de vulnerável, que se caracteriza pela práti-
ca de qualquer ato libidinoso com menor de 14 anos ou com pessoa que, por enfermidade ou 
deficiência mental, não tenha o necessário discernimento ou não possa oferecer resistência. 
Frisou-se que o novel diploma também revogara o art. 224 do CP, que cuidava das hipóteses 
de violência presumida, as quais passaram a constituir elementos do estupro de vulnerável, 
com pena mais severa, abandonando-se, desse modo, o sistema da presunção, sendo inserido 
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tipo penal específico para tais situações. Em seguida, esclareceu-se, contudo, que a situação 
do paciente não fora alcançada pelas mudanças promovidas pelo novo diploma, já que a con-
duta passara a ser tratada com mais rigor, sendo incabível a retroatividade da lei penal mais 
gravosa. Considerou-se, por fim, que o acórdão impugnado estaria em consonância com a ju-
risprudência desta Corte. HC n. 99.993/SP, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, 24/11/2009. 
(HC n. 99.993).
Sobre a modalidade tentada do estupro de vulnerável (que é hedionda, diga-se de passa-
gem), a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu:
Na hipótese em que tenha havido a prática de ato libidinoso diverso da conjunção carnal 
contra vulnerável, não é possível ao magistrado – sob o fundamento de aplicação do 
princípio da proporcionalidade – desclassificar o delito para a forma tentada em razão 
de eventual menor gravidade da conduta. De fato, conforme o art. 217-A do CP, a prática 
de atos libidinosos diversos da conjunção carnal contra vulnerável constitui a consuma-
ção do delito de estupro de vulnerável. Entende o STJ ser inadmissível que o julgador, de 
forma manifestamente contrária à lei e utilizando-se dos princípios da razoabilidade e da 
proporcionalidade, reconheça a forma tentada do delito, em razão da alegada menor gra-
vidade da conduta (REsp 1.313.369-RS, Sexta Turma, DJe 5/8/2013). Nesse contexto, o 
magistrado, ao aplicar a pena, deve sopesar os fatos ante os limites mínimo e máximo da 
reprimenda penal abstratamente prevista, o que já é suficiente para garantir que a pena 
aplicada seja proporcional à gravidade concreta do comportamento do criminoso. REsp 
1.353.575-PR, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 5/12/2013.
Para que você tenha facilidade na hora de ler os julgados do STJ, sugiro que leia com mais 
atenção a parte do julgado, cuja marcação em “negrito” foi realizada pelo responsável em 
divulgar o conteúdo. Jurisprudência – Crimes Hediondos e Equiparados. O STJ possui várias 
Turmas, sendo que a Quinta e a Sexta julgam matérias criminais. Já a 3ª Seção julga matéria 
referente à competência. O CESPE, por exemplo, tem cobrado, até nas provas de nível médio, 
pasmem, a jurisprudência dos Tribunais Superiores. Logo abaixo, dois julgados, da 5ª e 6ª 
Turma do STJ, respectivamente, sobre os assuntos que estamos estudando na aula de hoje.
DIREITO PENAL. CARÁTER HEDIONDO DO CRIME DE ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR 
PRATICADO ANTES DA LEI N. 12.015/2009.
O delito de atentado violento ao pudor praticado antes da vigência da Lei n. 12.015/2009, 
ainda que na sua forma simples e com violência presumida, configura crime hediondo. Pre-
cedentes citados: do STJ, AgRg n. REsp 1.201.806-MG, Quinta Turma, DJe 20/9/2012, e HC 
n. 232.337-ES, Quinta Turma, DJe 3/4/2012; e do STF: HC n. 99.406-RS, Segunda Turma, DJe 
9/9/2010, e HC n. 101.860-RS, Primeira Turma, DJe 17/5/2011. AgRg n. HC n. 250.451-MG, Rel. 
Min. Jorge Mussi, julgado em 19/3/2013.
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DIREITO PENAL. ATOS LIBIDINOSOS DIVERSOS DA CONJUNÇÃO CARNAL CONTRA 
VULNERÁVEL.
Na hipótese em que tenha havido a prática de ato libidinoso diverso da conjunção carnal 
contra vulnerável, não é possível ao magistrado – sob o fundamento de aplicação do princípio 
da proporcionalidade – desclassificar o delito para a forma tentada em razão de eventual me-
nor gravidade da conduta. De fato, conforme o art. 217-A do CP, a prática de atos libidinosos 
diversos da conjunção carnal contra vulnerável constitui a consumação do delito de estupro de 
vulnerável. Entende o STJ ser inadmissível que o julgador, de forma manifestamente contrária 
à lei e utilizando-se dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, reconheça a forma 
tentada do delito, em razão da alegada menor gravidade da conduta (REsp n. 1.313.369-RS, 
Sexta Turma, DJe 5/8/2013). Nesse contexto, o magistrado, ao aplicar a pena, deve sopesar 
os fatos ante os limites mínimo e máximo da reprimenda penal abstratamente prevista, o que 
já é suficiente para garantir que a pena aplicada seja proporcional à gravidade concreta do 
comportamento do criminoso. REsp n. 1.353.575-PR, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado 
em 5/12/2013.
ePidemia Com resuLtado morte
Entende-se por epidemia a propagação de germes patogênicos. Ressalta-se que basta a 
morte de uma só pessoa para a configuração do crime. A transmissão dolosa do vírus HIV não 
configura o crime ora em comento, mas sim crime de lesão corporal.
Cuidado: O crime de epidemia com resultado lesão grave não é hediondo.
FaLsiFiCação
 ◦ Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins te-
rapêuticos ou medicinais
O presente inciso foi inserido em 1998, após o escândalo nacional dos contraceptivos de 
“farinha”, que foram colocados no mercado consumidor. Cumpre ressaltar que o estudo da 
letra do art. 273 do Código Penal deve ser feito de maneira integral.
O candidato deve ficar atento aos possíveis questionamentos acerca dos incisos. Por 
exemplo: a falsificação de cosméticos, de saneantes ou de produtos usados em diagnóstico 
são crimes hediondos, por incrível que pareça.
Em 2013, a atribuição para investigar tal delito passou a ser da Polícia Federal, conforme 
se depreende da leitura do inciso V do artigo 1º da Lei n. 10.446/2002:
Art. 1º Na forma do inciso I do § 1º do art. 144 da Constituição, quando houver repercussão interes-
tadual ou internacional que exija repressão uniforme, poderá o Departamento de Polícia Federal do 
Ministério da Justiça, sem prejuízo da responsabilidade dos órgãos de segurança pública arrolados 
no art. 144 da Constituição Federal, em especial das Polícias Militares e Civis dos Estados, proceder 
à investigação, dentre outras, das seguintes infrações penais:
(...)
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medi-
cinais e venda, inclusive pela internet, depósito ou distribuição do produto falsificado, corrompido, 
adulterado ou alterado (art. 273 do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal). 
(Incluído pela Lei n. 12.894, de 2013).
Era questionada a inconstitucionalidade da pena prevista para o crime previsto no 
inciso V, do § 1º-B do art. 273 do CP, por conta de ofensa ao princípio da proporcionali-
dade, quando comparada com outras penas de outros delitos previstos no ordenamento 
jurídico nacional.
Conforme se depreende da leitura do informativo n.559, o STJ decidiu que é inconstitu-
cional a pena do art. 273, § 1º-B, V, do CP (reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa). 
Em substituição a ela, deve-se aplicar ao condenado a pena prevista para o tráfico de drogas 
na modalidade privilegiada, se for o caso. (Corte especial. AI no HC 239.363-PR, Rel. Min. Se-
bastião Reis Júnior, julgado em 26/2/2015).
O STF, em sessão plenária ocorrida em 24/03/2021, julgou inconstitucional a pena comina-
da à conduta de importar medicamento sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitá-
ria. A maioria dos ministros considerou desproporcional a pena, maior do que a cominada para 
crimes mais graves, e decidiu repristinar, para o inciso I do § 1º-B, a pena cominada ao art. 273 
antes da Lei 9.677/98 (que também incluiu no tipo penal o dispositivo sob julgamento). Sendo 
assim, firmou a seguinte tese em repercussão geral:
“É inconstitucional a aplicação do preceito secundário do artigo 273 do Código Penal, 
com a redação dada pela Lei 9.677/1998 – reclusão de 10 a 15 anos – à hipótese pre-
vista no seu parágrafo 1º-B, inciso I, que versa sobre a importação de medicamento sem 
registro no órgão de vigilância sanitária. Para esta situação específica, fica repristinado o 
preceito secundário do artigo 273, na redação originária – reclusão de um a três anos e 
multa” (RE 979.962/RS, j. 24/03/21).
Prostituição
 ◦ Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança 
ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º)
A Lei n. 12.978/2014 incluiu no rol dos crimes hediondos o delito em comento.
Vale ressaltar que o crime em estudo revogou tacitamente o crime previsto no art. 244-A 
do Estatuto da Criança e do Adolescente.
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Crimes Hediondos
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Sérgio Bautzer
Furto Com emPrego de exPLosivo
Interessante que o roubo com emprego de explosivo ou roubo de substâncias explosivas 
ou de acessórios não foram inseridos no rol de crimes hediondos. Vejamos a redação do tipo 
penal (siga sempre a dica do Tio Sérgio Bautzer, leia letra da lei):
Art. 157 Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a 
pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena – reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
(...)
§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: (Redação dada pela Lei n. 13.654, de 2018)
(...)
VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, 
possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei n. 13.654, de 2018)
§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços): (Incluído pela Lei n. 13.654, de 2018)
(...)
II – se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato 
análogo que cause perigo comum. (Incluído pela Lei n. 13.654, de 2018). (Grifei)
genoCídio
Cuidado: o crime de genocídio não é equiparado ao hediondo por estar única e simplesmen-
te no parágrafo único do art. 1º da Lei n. 8.072/1992. Lembrando você inclusive que com o Pa-
cote Anticrime ganhou alguns “companheiros”, que com ele estão no mencionado dispositivo.
O Plenário Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE n. 351.487/RR, cujo acórdão 
vale a pena ser lido na íntegra caso você esteja prestando

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