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<p>LEGISLAÇÃO APLICADA À ATIVIDADE POLICIAL</p><p>Lei 8.069/90</p><p>Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)</p><p>Lei nº 8.069/90</p><p>Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.</p><p>Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.</p><p>Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação</p><p>de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência,</p><p>condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região</p><p>e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que</p><p>vivem (art. 3º, parágrafo único)</p><p>Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade</p><p>incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade (também</p><p>incompletos).</p><p>NORMAS GERAIS</p><p>Informação, Cultura, Lazer, Esportes, Diversões e Espetáculos</p><p>O poder público, através do órgão competente, regulará as diversões e espetáculos públicos, informando</p><p>sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua</p><p>apresentação se mostre inadequada (art. 74).</p><p>Os responsáveis pelas diversões e espetáculos públicos deverão afixar, em lugar visível e de fácil acesso, à</p><p>entrada do local de exibição, informação destacada sobre a natureza do espetáculo e a faixa etária</p><p>especificada no certificado de classificação.</p><p>CERTIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO: O art. 220, § 3.º, I e II da CF/88, evidencia que lei federal deve regular</p><p>esse contexto, disciplinando as faixas etárias de acesso a cada programa, bem como locais e horários. Essa</p><p>regulamentação envolve as casas de espetáculo, os cinemas, os teatros, a TV, o rádio etc. Na realidade,</p><p>inexiste lei federal a respeito, mas portaria do Ministério da Justiça. Subtrair-se ao cumprimento dessa</p><p>regulamentação pode acarretar punições de ordem administrativa (previstas neste Estatuto).</p><p>As crianças menores de dez anos somente poderão ingressar e permanecer nos locais de apresentação ou</p><p>exibição quando acompanhadas dos pais ou responsável (mesmo para os espetáculos adequados a sua faixa</p><p>etária).</p><p>Art. 75. do ECA: Toda criança ou adolescente terá acesso às diversões e espetáculos públicos classificados</p><p>como adequados à sua faixa etária.</p><p>Parágrafo único. As crianças menores de dez anos somente poderão ingressar e permanecer nos locais de</p><p>apresentação ou exibição quando acompanhadas dos pais ou responsável.</p><p>Principais Vedações x Previsão de crime</p><p>É proibida a venda à criança ou ao adolescente de (art.81 ECA):</p><p>Armas, munições e explosivos (CRIME do art. 242 ECA)</p><p>Bebidas alcoólicas (CRIME do artigo 243 ECA)</p><p>Produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica ainda</p><p>que por utilização indevida (Ex: éter, acetona, tiner, cola de sapateiro) (CRIME do</p><p>artigo 243 ECA)</p><p>Fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo seu reduzido potencial</p><p>sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida</p><p>(CRIME do art. 244 ECA)</p><p>Revistas e publicações a que alude o art. 78 (conteúdo sexual) (INFRAÇÃO do art.</p><p>257 ECA)</p><p>Bilhetes lotéricos e equivalentes.</p><p>É proibida a hospedagem de criança ou adolescente em hotel, motel, pensão ou</p><p>estabelecimento congênere, salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou</p><p>responsável (INFRAÇÃO art. 250 ECA)</p><p>AUTORIZAÇÃO PARA VIAJAR</p><p>VIAGENS NACIONAIS</p><p>PRESSUPOSTO: menor de 16 anos</p><p>Regra Geral 1: acompanhado dos pais poderá viajar dentro de todo território nacional.</p><p>Regra Geral 2: desacompanhado dos pais, o MENOR de 16 anos, pode viajar livremente DENTRO da</p><p>Comarca em que reside.</p><p>Regra Geral 3: desacompanhado dos pais, é necessária AUTORIZAÇÃO JUDICIAL para viajar para FORA da</p><p>Comarca em que reside.</p><p>Exceções à REGRA GERAL 3:</p><p>1- Comarca contígua à da residência da criança ou do adolescente, se na mesma unidade da Federação, ou</p><p>incluída na mesma região metropolitana (se ultrapassa a fronteira do Estado, DEVERÁ HAVER AUTORIZAÇÃO</p><p>JUDICIAL).</p><p>2- Criança ou adolescente acompanhada por ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado</p><p>documentalmente o parentesco OU pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável</p><p>(não se exige, aqui, firma reconhecida).</p><p>Pode ser expedida autorização prévia pelo judiciário com validade de até 2 anos, caso seja solicitado</p><p>pelos pais.</p><p>PRESSUPOSTO: maior de 16 anos</p><p>O maior de 16 anos, mesmo desacompanhado, dentro do país, PODE viajar livremente.</p><p>AUTORIZAÇÃO PARA VIAJAR</p><p>Viagem para o Exterior</p><p>REGRA: Autorização Judicial para crianças e adolescentes (inclusive os maiores de</p><p>16 anos).</p><p>Autorização é dispensável, se:</p><p>I- Estiver acompanhado de AMBOS os pais ou responsável.</p><p>II- Viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro através</p><p>de documento com firma reconhecida.</p><p>Sem prévia e expressa autorização judicial, NENHUMA criança ou adolescente nascido</p><p>em território nacional poderá sair do País em companhia de estrangeiro residente ou</p><p>domiciliado no exterior.</p><p>ATO INFRACIONAL</p><p>Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal (art. 103,</p><p>ECA).</p><p>Toda conduta que a Lei (Penal) tipifica como crime ou contravenção, se praticada por criança ou</p><p>adolescente é tecnicamente denominada “ato infracional”. Em contrapartida, se a conduta não for</p><p>considerada crime ou contravenção, não será considerada “ato infracional” e, por via de</p><p>consequência, não dará margem à aplicação das “medidas socioeducativas” previstas no art. 112,</p><p>do ECA.</p><p>Atenção: Criança pratica ato infracional análogo a crime. Porém, a ela não são aplicadas as</p><p>chamadas medidas socioeducativas, mas apenas as medidas de proteção. A lei presume a</p><p>vulnerabilidade e risco a que está exposta uma criança que comete ato infracional (veremos no</p><p>slide a seguir tais conceitos).</p><p>“As medidas de proteção podem ser definidas como providências que visam salvaguardar qualquer</p><p>criança ou adolescente cujos direitos tenham sido violados ou estejam ameaçados de violação.</p><p>São, portanto, instrumentos colocados à disposição dos agentes responsáveis pela proteção das</p><p>crianças e dos adolescentes, em especial, dos conselheiros tutelares e da autoridade judiciária a</p><p>fim de garantir, no caso concreto, a efetividade dos direitos da população infanto-juvenil.” (Patrícia</p><p>Silveira Tavares).</p><p>MEDIDAS PROTETIVAS</p><p>As medidas protetivas, como o próprio nome legitima, têm cunho educativo e se propõem “a fazer</p><p>cumprir os direitos da CRIANÇA E DO ADOLESCENTE por aqueles que os estão violando, sejam</p><p>eles os pais ou responsáveis, a sociedade ou o Estado” (LIBERATI, 2012, p. 113/114).</p><p>As crianças que estão em situação de risco pessoal ou social ou cometem ato infracional estão</p><p>sujeitas a um rol de medidas protetivas, previstas no artigo 101 do Estatuto, sendo elas:</p><p>a) encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;</p><p>b) orientação, apoio e acompanhamento temporários;</p><p>c) matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental;</p><p>d) inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao adolescente;</p><p>e)  requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou</p><p>ambulatorial;</p><p>f)  inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e</p><p>toxicômanos.</p><p>As medidas específicas de proteção possuem como característica a desjudicialização, já que</p><p>poderão ser aplicadas pelo Conselho Tutelar devido ao seu caráter administrativo. Só figuram como</p><p>exceção a esta regra as medidas de inclusão em programa de acolhimento familiar e colocação em</p><p>família substituta, pois dependem de ordem ou processo judicial.</p><p>MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS</p><p>A medida socioeducativa, seja pena ou seja sanção, significa para seu destinatário, a</p><p>reprovação pela conduta ilícita, providência subsequente que carrega em si, seja a</p><p>consequência restritiva ou privativa de liberdade, ou até mesmo modalidade de simples</p><p>admoestação, o peso</p><p>da aflição, porque sinal de reprovação, sinônimo de sofrimento</p><p>porque segrega do indivíduo um de seus bens naturais mais valioso, a plena disposição e</p><p>exercício da liberdade.</p><p>Os ADOLESCENTES sujeitam-se, conforme prevê o artigo 112 do Estatuto, além das</p><p>medidas protetivas já arroladas previstas para as crianças, às seguintes medidas</p><p>socioeducativas:</p><p>a) advertência;</p><p>b) obrigação de reparar o dano;</p><p>c) prestação de serviços à comunidade;</p><p>d) liberdade assistida;</p><p>e) inserção em regime de semiliberdade;</p><p>f) internação em estabelecimento educacional.</p><p>INTERNAÇÃO</p><p>Requisitos para imposição:</p><p>Ato infracional praticado com violência ou grave ameaça a pessoa (Prazo máx:</p><p>03 anos). Art. 122 e 121, § 3º (Em nenhuma hipótese o período máximo de</p><p>internação excederá a três anos.)</p><p>OU por reiteração no cometimento de outras infrações graves (Prazo Máx: 03</p><p>anos)</p><p>OU por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente</p><p>imposta (Prazo Máx: 03 meses).</p><p>Prazo da internação anterior à Sentença (cautelar): 45 dias (máximo). Art. 108</p><p>A INTERNAÇÃO NÃO COMPORTA PRAZO DETERMINADO, DEVENDO SER</p><p>REAVALIADA A CADA 6 MESES, NO MÁXIMO. Art. 121, § 2º</p><p>DESTINATÁRIOS: SOMENTE</p><p>adolescentes (art. 112 ao 125)</p><p>CABIMENTO: Cometimento de Ato</p><p>Infracional</p><p>ROL: Taxativo (não podem ser</p><p>impostas medidas além daquelas</p><p>citadas na Lei)</p><p>AUTORIDADE para aplicação: JUIZ</p><p>MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO</p><p>DESTINATÁRIOS: CRIANÇAS OU</p><p>ADOLESCENTES (art. 98 ao 101)</p><p>CABIMENTO: Situação de</p><p>Vulnerabilidade/risco pessoal</p><p>ROL: Exemplificativo</p><p>AUTORIDADE para aplicação:</p><p>Conselho Tutelar (exceto medidas de</p><p>inclusão em programa de acolhimento</p><p>institucional e familiar e colocação em</p><p>família substituta) - JUIZ.</p><p>Sujeito ativo: Cuida-se de crime comum, ou seja, pode ser cometido por qualquer pessoa.</p><p>Sujeito passivo: É a criança e o adolescente.</p><p>Elemento objetivo: Privar a liberdade é suprimir o direito de locomoção sem estar amparado em ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente ou</p><p>em situação de apreensão em flagrante de ato infracional, tudo em conformidade com o art. 5º, LXI, da Constituição Federal4. No mesmo sentido é a redação do art.</p><p>106 do ECA: “nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária</p><p>competente. Parágrafo único. O adolescente tem direito à identificação dos responsáveis pela sua apreensão, devendo ser informado acerca de seus direitos.”</p><p>Resumindo, o adolescente somente pode ser privado da liberdade em 2 hipóteses: a) flagrante de ato infracional; b) ordem escrita da autoridade judiciária competente. A</p><p>autoridade judiciária competente é o Juízo da Vara da Infância e Juventude. Como já falamos, o crime em estudo é especial em relação ao crime do art. 9º, caput, da Lei nº</p><p>13.869/19, que preconiza ser abuso de autoridade decretar medida de privação da liberdade em manifesta desconformidade com as hipóteses legais. Logo, se a vítima for</p><p>criança ou adolescente, a conduta típica é aquela prevista no art. 230 do ECA.</p><p>Elemento subjetivo: O tipo penal contempla apenas a modalidade dolosa.</p><p>Pena: Detenção, de 6 a 2 anos. É compatível com os institutos despenalizadores da transação penal e da suspensão condicional do processo.</p><p>Figura equiparada: Também é responsabilizado criminalmente quem procede à apreensão sem observância das formalidades legais. Nessa situação a privação da</p><p>liberdade é lícita (em flagrante de ato infracional ou com ordem judicial da autoridade judicial competente), porém não há observância de outras regras legais</p><p>(exemplos: arts. 107, 108 e 109 do ECA). Essa figura típica é especial em relação ao crime de abuso de autoridade descrito no art. 9º, caput, da Lei 13.869/19 (constitui</p><p>abuso de autoridade decretar medida de privação de liberdade em manifesta desconformidade com as hipóteses legais).</p><p>Sujeito ativo: Cuida-se de crime próprio, pois o tipo penal exige uma</p><p>qualidade especial do sujeito ativo, qual seja, ser a autoridade policial</p><p>responsável pela apreensão da criança ou do adolescente, ou seja, o</p><p>Delegado responsável pela apreensão.</p><p>Policial Militar não faz apreensão de crianção ou adolescente, quando se</p><p>depara com este sem situação de flagrante de ato infracional, realiza a</p><p>captura econdução, ficando a cargo do Delegado o restante dos</p><p>procediemntos.</p><p>Sujeito passivo: É o adolescente e a criança.</p><p>Sujeito ativo: Cuida-se de crime próprio, pois o tipo penal exige uma qualidade especial do sujeito ativo, qual seja, o agente deve ter a</p><p>autoridade, a guarda ou a vigilância sobre a criança ou o adolescente.</p><p>Sujeito passivo: É o adolescente e a criança.</p><p>Elemento objetivo: Submeter a vexame ou a constrangimento significa colocar a criança ou o adolescente em situação humilhante, de forma a</p><p>ferir sua dignidade ou honra. Exemplo: Diretor de escola que expulsa o aluno da sala de aula em virtude de seus pais estar em débito com o</p><p>colégio. Autoridade diz respeito às relações privadas (ex: relação entre tutor e tutelado; entre pais e filhos). Guarda</p><p>quer dizer vigilância permanente. Vigilância significa proteger alguém. Esse delito consuma-se com a mera prática de qualquer ato que coloque a</p><p>criança ou adolescente em situação de vexame ou constrangimento. É crime plurissubsistente, isto é, aquele em que a conduta pode ser</p><p>fracionada em dois ou mais atos executórios. Logo, a tentativa é perfeitamente admissível.</p><p>O crime em estudo é especial em relação ao crime do art. 13º, II, da Lei nº 13.869/19, que preconiza ser abuso de autoridade constranger o</p><p>preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua capacidade, a submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento</p><p>não autorizado em lei.</p><p>Logo, se a vítima for criança ou adolescente, a conduta típica é aquela prevista no art. 232 do ECA.</p><p>Elemento subjetivo: O tipo penal contempla apenas a modalidade dolosa.</p><p>Pena: Detenção, de 6 a 2 anos. É compatível com os institutos despenalizadores da transação penal e da suspensão condicional do processo.</p><p>Sujeito ativo: Cuida-se de crime comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa.</p><p>Sujeito passivo: É o Estado que tem um de seus agentes impedidos de exercer função descrita no ECA.</p><p>Elemento objetivo: Impedir é obstar, não permitir a prática do ato. Embaraçar é criar dificuldade. É um tipo penal</p><p>misto alternativo (crimes de ação múltipla ou de conteúdo variado). Assim, se o agente praticar mais de uma</p><p>conduta descrita no tipo penal, no mesmo contexto fático, em homenagem ao princípio da alternatividade, incorrerá</p><p>num único delito.</p><p>Elemento subjetivo: O tipo penal contempla apenas a modalidade dolosa.</p><p>Pena: Detenção, de 6 a 2 anos. É compatível com os institutos despenalizadores da transação penal e da</p><p>suspensão condicional do processo.</p><p>Sujeito ativo: Cuida-se de crime comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa.</p><p>Sujeito passivo: É o adolescente e a criança.</p><p>Elemento objetivo: Subtrair é pegar, retirar, remover criança ou adolescente de quem tem a guarda mediante lei</p><p>ou ordem judicial.</p><p>Elemento subjetivo: O tipo penal contempla apenas a modalidade dolosa. Exige-se ainda o especial fim de</p><p>agir, qual seja, de colocar essa criança ou adolescente em um lar substituto.</p><p>O crime em estudo é especial em relação ao crime do art. 249 do Código Penal. Em resumo, se o agente</p><p>pratica com o dolo específico de colocar essa criança ou adolescente em lar substituto o crime será do art. 237</p><p>do ECA. Caso não exista esse especial fim de agir, o crime será o do art. 249 do Código Penal.</p><p>Pena: Reclusão, de 2 a 6 anos. É inadmissível a concessão de sursis processual (art. 89 da Lei nº 9099/95), pois</p><p>a pena mínima é superior a 1 ano.</p><p>Sujeito ativo: Cuida-se de crime comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa.</p><p>Sujeito passivo: É o adolescente e a criança.</p><p>Elemento objetivo: O tipo penal contempla 6 condutas relacionadas à pedofilia (Produzir, Reproduzir, dirigir,</p><p>fotografar, filmar ou registrar, por qualquer</p><p>meio, cena de sexo explícito ou pornográfico, envolvendo criança ou</p><p>adolescente). É um tipo penal misto alternativo (crimes de ação múltipla ou de conteúdo variado). Assim, se o</p><p>agente praticar mais de uma conduta descrita no tipo penal, no mesmo contexto fático, em homenagem ao</p><p>princípio da alternatividade, incorrerá num único delito. A mens legis é impedir pedofilia (desejo de um adulto de</p><p>realizar atos sexuais com criança e adolescente). Para a caracterização desse delito o tipo penal não fez</p><p>exigência de qualquer contato físico entre o adulto e a criança/adolescente.</p><p>Sujeito ativo: Cuida-se de crime comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa.</p><p>Sujeito passivo: É o adolescente e a criança.</p><p>Elemento objetivo: O tipo penal contempla 2 condutas relacionadas à pedofilia (Vender e expor à venda material com</p><p>conteúdo de pedofilia). É um tipo penal misto alternativo (crimes de ação múltipla ou de conteúdo variado). Assim, se o</p><p>agente praticar mais de uma conduta descrita no tipo penal, no mesmo contexto fático, em homenagem ao princípio da</p><p>alternatividade, incorrerá num único delito. A mens legis é impedir o indevido comércio de produtos com teor de pedofilia.</p><p>A expressão cena de sexo explícito ou pornográfica compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente</p><p>em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para</p><p>fins primordialmente sexuais (art. 241-E do ECA).</p><p>Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes consistentes em disponibilizar ou adquirir material pornográfico,</p><p>acessível transnacionalmente, envolvendo criança ou adolescente, quando praticados por meio da rede mundial de</p><p>computadores (arts. 241, 241-A e 241-B da Lei nº 8.069/1990). STF. Plenário. RE 628624 ED, Rel. Edson Fachin, julgado em</p><p>18/08/2020 (Repercussão Geral – Tema 393) (Info 990 do STF).</p><p>Elemento subjetivo: O tipo penal contempla apenas a modalidade dolosa.</p><p>Pena: Reclusão, de 4 a 8 anos, e multa. É inadmissível a concessão de sursis processual (art. 89 da Lei nº 9099/95), pois a</p><p>pena mínima é superior a 1 ano.</p><p>Sujeito ativo: Cuida-se de crime comum, ou seja, pode ser praticado</p><p>por qualquer pessoa.</p><p>Sujeito passivo: É o adolescente e a criança.</p><p>Elemento objetivo: O tipo penal contempla 7 condutas relacionadas à</p><p>pedofilia (Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou</p><p>divulgar por qualquer meio material com conteúdo de pedofilia). É um</p><p>tipo penal misto alternativo (crimes de ação múltipla ou de conteúdo</p><p>variado). Assim, se o agente praticar mais de uma conduta descrita no</p><p>tipo penal, no mesmo contexto fático, em homenagem ao princípio da</p><p>alternatividade, incorrerá num único delito. A mens legis é impedir a</p><p>indevida circulação de produtos com teor de pedofilia.</p><p>A circulação de material com conteúdo de pedofilia não se dá tão</p><p>somente por vídeos, fotografias, mas sim por qualquer outro meio que</p><p>contenha esse teor.</p><p>A expressão cena de sexo explícito ou pornográfica compreende</p><p>qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades</p><p>sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais</p><p>de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais</p><p>(art. 241-E do ECA).</p><p>Sujeito ativo: Cuida-se de crime comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa.</p><p>Sujeito passivo: É o adolescente e a criança.</p><p>Elemento objetivo: O tipo penal contempla 3 condutas relacionadas à pedofilia (Adquirir,</p><p>possuir e armazenar). Adquirir é obter o material com conteúdo de pedofilia. Possuir é ter</p><p>a posse de material com conteúdo de pedofilia. Armazenar é guardar material com</p><p>conteúdo de pedofilia. É um tipo penal misto alternativo (crimes de ação múltipla ou de</p><p>conteúdo variado). Assim, se o agente praticar mais de uma conduta descrita no tipo</p><p>penal, no mesmo contexto fático, em homenagem ao princípio da alternatividade, incorrerá</p><p>num único delito. A mens legis é impedir a indevida manutenção de material com teor</p><p>de pedofilia. Esse armazenamento de produto com teor de pedofilia pode se dar de</p><p>maneira física ou virtual.</p><p>A expressão cena de sexo explícito ou pornográfica compreende qualquer situação</p><p>que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou</p><p>simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins</p><p>primordialmente sexuais (art. 241-E do ECA).</p><p>Elemento subjetivo: O tipo penal contempla apenas a modalidade dolosa.</p><p>Pena: Reclusão, de 1 a 4 anos, e multa. É admissível a concessão de sursis processual</p><p>(art. 89 da Lei nº 9099/95), pois a pena mínima não é superior a 1 ano.</p><p>Sujeito ativo: Cuida-se de crime comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa.</p><p>Sujeito passivo: É o adolescente e a criança.</p><p>Elemento objetivo: Simular é fingir, encenar, imitar. De fato, a criança ou o adolescente não participa de cena de sexo explícito ou pornográfica,</p><p>porém o agente simula (imita) essa participação por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de</p><p>representação Visual.</p><p>A expressão cena de sexo explícito ou pornográfica compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais</p><p>explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais (art. 241-E do</p><p>ECA).</p><p>Elemento subjetivo: O tipo penal contempla apenas a modalidade dolosa.</p><p>Pena: Reclusão, de 1 a 3 anos, e multa. É admissível a concessão de sursis processual (art. 89 da Lei nº 9099/95), pois a pena mínima não é</p><p>superior a 1 ano.</p><p>Figura equiparada. A pena também será de reclusão de 1 a 3 anos, e multa para quem vende, expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica ou</p><p>divulga por qualquer meio, adquire, possui ou armazena o material produzido com teor de pedofilia.</p><p>Sujeito ativo: Cuida-se de crime comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa.</p><p>Sujeito passivo: É a criança. Repare que esse tipo penal não incluiu o adolescente como vítima.</p><p>Elemento objetivo: Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação. São condutas ilícitas que representam meios empregados</p><p>pelo agente para conseguir a prática de atos libidinosos com a criança. É um tipo penal misto alternativo (crimes de ação múltipla ou de conteúdo variado).</p><p>Assim, se o agente praticar mais de uma conduta descrita no tipo penal, no mesmo contexto fático, em homenagem ao princípio da alternatividade, incorrerá</p><p>num único delito. A mens legis é incriminar quem seduz, atrai criança a fim de que com ele pratique ato libidinoso.</p><p>Elemento subjetivo: O tipo penal contempla apenas a modalidade dolosa. Exige-se ainda o especial fim de agir, qual seja, o agente deve visar a prática de</p><p>ato libidinoso com criança.</p><p>Pena: Reclusão, de 1 a 3 anos, e multa. É admissível a concessão de sursis processual (art. 89 da Lei nº 9099/95), pois a pena mínima não é superior a 1</p><p>ano.</p><p>Figura equiparada. A pena também será de reclusão de 1 a 3 anos, e multa para: a) quem facilitar ou induzir o acesso à criança de material contendo cena</p><p>de sexo explícito ou pornográfica com o fim de com ela praticar ato libidinoso; b) quem praticar as condutas de aliciar, assediar, instigar ou constranger, por</p><p>qualquer meio, com o fim de induzi-la a exibir-se de forma pornográfica ou sexualmente explícita.</p><p>OBS: Esse tipo penal representa a incriminação da violação ao previsto no art. 81, I, do ECA.</p><p>Sujeito ativo: Cuida-se de crime comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa.</p><p>Sujeito passivo: É a criança ou o adolescente.</p><p>Elemento objetivo: Vender significa trocar arma, munição ou explosivo por dinheiro ou algo de valor econômico. Fornecer é abastecer. Entregar é passar às mãos. É um tipo</p><p>penal misto alternativo (crimes de ação múltipla ou de conteúdo variado). Assim, se o agente praticar mais de uma conduta descrita no tipo penal, no mesmo contexto fático,</p><p>em homenagem ao princípio da alternatividade, incorrerá num único</p><p>delito. A mens legis é impedir que criança ou adolescente tenham acesso a arma, munição ou explosivo.</p><p>Conflito aparente de norma com o crime descrito no art. 16, § único, do Estatuto do Desarmamento. Dispõe o art. 16, § único, da Lei 10826/03: Nas mesmas penas</p><p>incorre quem: V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente. Inicialmente, vale destacar</p><p>que o crime do Estatuto do Desarmamento, por ser posterior, derrogou o art. 242 do Estatuto da Criança e do Adolescente9, que continua aplicável a arma de outra natureza,</p><p>que não seja de fogo.</p><p>Exemplo: Armas brancas (espada, punhal, faca, martelo, etc.).</p><p>Em resumo, o delito do art. 242 do ECA continua em vigor apenas para a hipótese de o agente vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a</p><p>criança ou adolescente arma branca.</p><p>Elemento subjetivo: O tipo penal contempla apenas a modalidade dolosa.</p><p>Pena: Reclusão, de 3 a 6 anos. É inadmissível a concessão de sursis processual (art. 89 da Lei nº 9099/95), pois a pena mínima é superior a 1 ano.</p><p>Sujeito ativo: Cuida-se de crime comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa.</p><p>Sujeito passivo: É a criança ou o adolescente.</p><p>Elemento objetivo: Vender significa trocar bebida alcoólica ou outros produtos que possam causar dependência física ou psíquica por dinheiro ou algo</p><p>de valor econômico. Fornecer é abastecer. Servir é acolher o pedido. Ministrar é introduzir tal substância em organismo de outrem. Entregar é passar às</p><p>mãos.</p><p>É um tipo penal misto alternativo (crimes de ação múltipla ou de conteúdo variado). Assim, se o agente praticar mais de uma conduta descrita no tipo</p><p>penal, no mesmo contexto fático, em homenagem ao princípio da alternatividade, incorrerá num único delito. A mens legis é impedir que criança ou</p><p>adolescente tenham acesso a bebidas alcoólicas ou outros produtos que possam causar dependência física ou psíquica.</p><p>Conflito aparente de norma com o crime de tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11343/06): Se o objeto material for substância entorpecente descrita na</p><p>Portaria nº 344/98 da ANVISA, o crime será o de tráfico de drogas, nos termos do art. 33 da Lei de Drogas.</p><p>OBS: Esse tipo penal revogou expressamente a contravenção penal de servir bebidas alcoólicas a menor de 18 anos (art. 63, I, da Lei de</p><p>Contravenções Penais).</p><p>Elemento subjetivo: O tipo penal contempla apenas a modalidade dolosa.</p><p>Pena: Detenção, de 2 a 4 anos. É inadmissível a concessão de sursis processual (art. 89 da Lei nº 9099/95), pois a pena mínima é superior a 1 ano.</p><p>OBS: Esse tipo penal representa a incriminação da violação ao previsto no art. 81, IV, do ECA.</p><p>Sujeito ativo: Cuida-se de crime comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa.</p><p>Sujeito passivo: É a criança ou o adolescente.</p><p>Elemento objetivo: Vender significa trocar fogos de estampido ou de artifício por dinheiro ou algo de valor econômico.</p><p>Fornecer é abastecer. Entregar é passar às mãos. É um tipo penal misto alternativo (crimes de ação múltipla ou de</p><p>conteúdo variado). Assim, se o agente praticar mais de uma conduta descrita no tipo penal, no mesmo contexto fático, em</p><p>homenagem ao princípio da alternatividade, incorrerá num único delito. A mens legis é impedir que criança ou adolescente</p><p>tenham acesso a fogos de estampido ou de artifício (exemplos: foguetes, rojões, bombinhas, etc.).</p><p>Não há que se falar nesse delito se o objeto material (fogos de estampido ou de artifício) for de reduzido potencial</p><p>ofensivo, ou seja, se o objeto material for incapaz de provocar danos físicos em caso de utilização indevida.</p><p>Elemento subjetivo: O tipo penal contempla apenas a modalidade dolosa.</p><p>Pena: Detenção, de 6 meses a 2 anos. É compatível com os institutos despenalizadores da transação penal e do sursis</p><p>processual.</p><p>OBS: Esse tipo penal, que foi inserido pela Lei nº 12015/2009, revogou expressamente o delito de corrupção de menores descrito no art. 1º da Lei nº</p><p>2252/54, que possuía a mesma redação.</p><p>Sujeito ativo: Cuida-se de crime comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa.</p><p>Sujeito passivo: É a criança ou o adolescente.</p><p>Elemento objetivo: Corromper é alterar, perverter. Nessa situação, o agente comete a infração penal em concurso com o menor de 18 anos. Já facilitar a</p><p>corrupção significa prestar auxílio de forma a favorecer a corrupção de menor de 18 anos de idade. Nesse caso, o agente induz o menor a praticar a</p><p>infração penal. Estamos diante de um tipo penal misto alternativo (crimes de ação múltipla ou de conteúdo variado). Assim, se o agente praticar mais de</p><p>uma conduta descrita no tipo penal, no mesmo contexto fático, em homenagem ao princípio da alternatividade, incorrerá num único delito. A mens legis é</p><p>preservar a moralidade dos menores de 18 anos de idade.</p><p>Elemento subjetivo: O tipo penal contempla apenas a modalidade dolosa.</p><p>Pena: Reclusão, de 1 a 4 anos. É admissível a concessão de sursis processual (art. 89 da Lei nº 9099/95), pois a pena mínima não é superior a 1 ano.</p><p>Figura equiparada. A pena também será de reclusão de 1 a 4 anos para quem praticar a corrupção de menores valendo-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive</p><p>sala de bate-papo da internet.</p><p>Causa de aumento de pena. A pena será aumentada em 1/3 no caso de infração penal cometida ou induzida estiver incluída no rol dos crimes hediondos (art. 1º da Lei</p><p>8072/90).</p><p>O menor capturado em pratica de ato infracional ou mediante mandado de</p><p>busca e apreensão poderá ser algemado?</p><p>SÚMULA VINCUTANTE 11 DO STF</p><p>Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de</p><p>fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso</p><p>ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de</p><p>responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de</p><p>nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da</p><p>responsabilidade civil do Estado.</p><p>Como será sua condução?</p><p>Dever ser conduzido diretamente a Delegacia resposável pelo recebimento.</p><p>PODERÁ SER CONDUZIDO EM COMPARTIMENTO FECHADO DE VIATURA?</p><p>Art. 178 do ECA "O adolescente a quem se atribua autoria de ato</p><p>infracional não poderá ser conduzido ou transportado em</p><p>compartimento fechado de veículo policial, em condições</p><p>atentatórias à sua dignidade, ou que impliquem risco à sua</p><p>integridade física ou mental, sob pena de responsabilidade."</p><p>O professor Pasquale Cipro Neto(3) explicando problemas da linguagem</p><p>escrita assevera: "um dia, aprendemos na escola que ‘vírgula é para</p><p>respirar’. Santa bobagem! A vírgula não é um bálsamo pulmonar; é um</p><p>instrumento sintático-estilístico [...] Não se colocam as vírgulas como quem</p><p>salpica orégano em uma pizza".</p><p>Já o professor Alfheu Tersariol(5) pontifica que a vírgula "serve para</p><p>indicar uma pausa breve", enquanto o ponto-e-vírgula indica uma "pausa</p><p>maior que a vírgula". O ponto final "é usado para fechar o período, isto é,</p><p>indicar o fim de um período, ou o término de um pensamento".</p><p>De outro lado, devemos analisar o conectivo "ou", relação lógico-semântica</p><p>do tipo disjuntiva, que pode ter dois valores: exclusivo, isto é, um ou outro,</p><p>mas não ambos; ou inclusivo , ou seja, um ou outro, possivelmente ambos.</p><p>Fica claro no texto que o legislador não proíbe a condução de adolescente</p><p>infrator em todo e qualquer compartimento fechado de viatura policial, mas</p><p>naquela com compartimento fechado que atente a dignidade ou integridade</p><p>física ou mental do adolescente infrator, ou seja, o compartimento fechado</p><p>que não atente é permitido.</p><p>“Vejamos como seria objetiva a redação do artigo 178 se a intenção do</p><p>legislador fosse a proibição pura e simples:</p><p>"Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional não</p><p>poderá ser conduzido ou transportado em compartimento fechado de</p><p>veículo policial."</p><p>(e ponto final). Assim, ao invés de finalizar o período e encerrar o</p><p>pensamento, o legislador preferiu dar uma "breve pausa", prosseguindo na</p><p>sua linha de raciocínio, explicitando</p><p>as ações que pretendeu coibir</p><p>(atentado à dignidade ou à integridade)”. (Wagner Adilson Tonini, Delegado</p><p>de Polícia. Professor da ACADEPOL em Bauru-SP).</p><p>Destarte, não existe norma dizendo o modelo de compartimento fechado</p><p>que não atente a dignidade ou integridade física ou mental do adolescente,</p><p>restando, assim, interpretações divergentes.</p><p>Certamente, poderia o Ministério Público acusa-lo por abuso de autoridade,</p><p>poderia gerar uma condenação, poderia ainda, ser confirmada pelo tribunal.</p><p>Porém, o STJ teria que absorve-lo, pois não existe norma regulando o tipo</p><p>de compartimento fechado apropriado a condução de adolescentes, como</p><p>por exemplo, o que aconteceu com a lei de drogas que não havia relação do</p><p>que era droga na lei, daí a ANVISA, baixou uma portaria que relacionou os</p><p>tipos de drogas. (https://www.jusbrasil.com.br/artigos/transporte-de-</p><p>adolescente-infrator-em-compartimento-fechado-de-viatura-</p><p>pode/1662846527) Côrte Mariani Advocacia</p>

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