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<p>COACHING PARA CONCURSOS – ESTRATÉGIAS PARA SER APROVADO</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Ortografia</p><p>A Ortografia é o conjunto de regras estabelecidas pela gramática normativa para a grafia correta das</p><p>palavras e o uso de acentos, da crase e dos sinais de pontuação. A origem da palavra é grega e</p><p>significa -orthós = certo, correto, direito, exato; e -grafia = escrita, estabelecendo, portanto, padrões</p><p>para a forma escrita correta das palavras de uma língua.</p><p>A escrita correta das palavras de uma língua está relacionada tanto com critérios ligados à origem das</p><p>palavras (etimológicos) quanto aos ligados aos fonemas(fonológicos). A forma de grafar/escrever as</p><p>palavras é fruto de uma convenção social, ou seja, de acordos ortográficos que envolvem os diversos</p><p>países em que uma língua é reconhecida como sendo idioma oficial.</p><p>Acordos ortográficos da Língua Portuguesa</p><p>Quando falamos sobre ortografia, é preciso também refletirmos a respeito dos acordos</p><p>ortográficos envolvendo países cuja língua portuguesa representa o idioma oficial. O primeiro acordo</p><p>foi realizado em 1931 com o objetivo de promover a unificação dos dois sistemas ortográficos,</p><p>entretanto, não obteve êxito. No Brasil, houve reformas ortográficas nos anos de 1943, 1945, 1971 e</p><p>1973. Em 1986, no Rio de Janeiro, houve um encontro de todos os representantes dos países</p><p>lusófonos, ficando estabelecido o acordo ortográfico de 1986, mas também foi inviabilizado.</p><p>O último acordo ortográfico entre os países lusófonos entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2009.</p><p>Esse acordo legitimou outra reforma ortográfica, estabelecendo mudanças em diferentes aspectos,</p><p>como a inclusão das letras “K”, “W” e “Y” ao alfabeto português oficial.</p><p>Dicionário</p><p>Para que os falantes possam acessar a grafia correta das palavras de uma língua, basta recorrer</p><p>ao dicionário, um livro que reúne todas (ou quase todas) as palavras da língua, seus significados</p><p>e classificação gramatical. As palavras são apresentadas no dicionário em ordem alfabética. Alguns</p><p>dicionários também foram criados para a tradução de uma língua para outra.</p><p>A assimilação da ortografia de uma língua, independentemente se esta é materna ou não, ocorre de</p><p>maneira gradativa, constante e ininterrupta. É consenso de muitos estudiosos e profissionais da</p><p>linguagem que a aprendizagem da ortografia de qualquer língua depende de</p><p>muita leitura, escrita, observação e dedicação dos falantes, já que a língua é um sistema complexo e</p><p>de extrema relevância para a interação verbal entre os sujeitos.</p><p>Ortografia é a parte da gramática normativa que ensina a escrever corretamente as palavras de</p><p>uma língua. A ortografia deriva das palavras gregas ortho (ορθο no alfabeto grego) que significa</p><p>"correto" e graphos (γραφος) que significa "escrita".[1] Definindo, nomeadamente, o conjunto de</p><p>símbolos (letras e sinais diacríticos), a forma como devem ser usados, a pontuação, o uso de</p><p>maiúsculas, etc. É o conjunto de regras estabelecidas pela gramática normativa.</p><p>Apesar de oficialmente sancionada, a ortografia não é mais do que uma tentativa de transcrever os</p><p>sons de uma determinada língua em símbolos escritos. Esta transcrição costuma se dar sempre por</p><p>aproximação e raramente está isenta de ambiguidades.</p><p>Um dos sistemas ortográficos mais complexos é o da língua japonesa, que usa uma combinação de</p><p>várias centenas de caracteres ideográficos, o kanji, de origem chinesa, dois silabários, katakana e</p><p>hiragana, e ainda o alfabeto latino (não se trata de alfabeto latino, mas sim a forma fonética de</p><p>representar os silabários) , a que dão o nome romaji. Todas as palavras em japonês podem ser</p><p>escritas em katakana, hiragana ou romaji. E a maioria delas também pode ser identificada por</p><p>caracteres kanji. A escolha de um tipo de escrita depende de vários fatores, nomeadamente o uso mais</p><p>habitual, a facilidade de leitura ou até as opções estilísticas de quem escreve.</p><p>Analisando as línguas europeias podem identificar-se duas ortografias diferentes:</p><p>Ortografia fonética</p><p>Cada som corresponde a uma letra ou grupo de letras únicos e cada letra ou grupo de letras</p><p>corresponde a um único som.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Ortografia etimológica</p><p>Um mesmo som pode corresponder a diversas letras e cada letra ou grupo de letras pode corresponder</p><p>a diversos sons, dependendo da história, da gramática e dos usos tradicionais.</p><p>Exceto o Alfabeto Fonético Internacional, que consegue fazer a transcrição para caracteres alfabéticos</p><p>de todos os sons, não há sistemas ortográficos pura e exclusivamente fonéticos. No entanto, podemos</p><p>dizer que são eminentemente fonéticas as ortografias das línguas búlgara, finlandesa, italiana, russa,</p><p>turca, alemã e, até certo ponto, a da língua espanhola. No caso particular do espanhol, podemos</p><p>admitir que se trata de uma ortografia fonética em relação ao espanhol padrão falado na Espanha, mas</p><p>não tanto em relação aos falares latino-americanos, em especial aos da Argentina e Cuba, nos quais</p><p>nem sempre se verifica que cada som corresponde a uma letra ou grupo de letras.</p><p>A ortografia atual do português é, também, mais fonética do que etimológica. No entanto, antes</p><p>da Reforma Ortográfica de 1911 em Portugal, a escrita oficialmente usada era marcadamente</p><p>etimológica. Escrevia-se, por</p><p>exemplo, pharmacia, lyrio, orthographia, phleugma, diccionario, caravella, estylo e prompto em vez dos</p><p>actuais farmácia, lírio, ortografia, fleuma, dicionário, caravela, estilo e pronto. A ortografia tradicional</p><p>etimológica perdurou no Brasil até a década de 1930.</p><p>Um exemplo típico de ortografia etimológica é a escrita do inglês. Em inglês um grupo de letras (por</p><p>exemplo: ough) pode ter mais de quatro sons diferentes, dependendo da palavra onde está inserido. É</p><p>também a etimologia que rege a escrita da grande maioria das palavras no francês, onde um mesmo</p><p>som pode ter até nove formas de escrita diferentes, caso das palavras homófonas au, aux, haut, hauts,</p><p>os, aulx, oh, eau, eaux.</p><p>Erros ortográficos</p><p>Paragrama</p><p>Um paragrama é um erro ortográfico que resulta da troca de uma letra por outra,</p><p>como previlégio (privilégio), visinho (vizinho), vizita (visita), meza (mesa) e outras.</p><p>A Ortografia é a parte da gramática que se encarrega da forma correta de escrita das palavras da</p><p>Língua Portuguesa.</p><p>As orientações ortográficas levam em conta a etimologia (origem) das palavras, bem como a fonologia</p><p>(sons), de modo que a Ortografia se insere numa categoria ainda maior da gramática que é justamente</p><p>a Fonologia.</p><p>A Ortografia estuda a forma correta de escrita das palavras de uma língua. Do grego "ortho", que quer</p><p>dizer correto e "grafo", por sua vez, que significa escrita.</p><p>A ortografia se insere na Fonologia (estudo dos fonemas) e junto com a Morfologia e a Sintaxe são as</p><p>partes que compõem a gramática.</p><p>A ortografia é influenciada pela etimologia e fonologia das palavras. Além disso, são feitas convenções</p><p>entre os falantes de uma mesma língua que visam unificar a sua ortografia oficial. Trata-se dos acordos</p><p>ortográficos.</p><p>O Alfabeto</p><p>A escrita é possível graças aos sinais gráficos ordenados que transcrevem os sons da linguagem.</p><p>Na nossa cultura, esses sinais são as letras, cujo conjunto é chamado de alfabeto.</p><p>A língua portuguesa tem 26 letras, três das quais são usadas em casos especiais: K, W e Y.</p><p>Emprego das letras K, W e Y</p><p>• Siglas e símbolos: kg (quilograma), km (quilômetro), K (potássio).</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Antropônimos (e respetivas palavras derivadas) originários de línguas estrangeiras: Kelly, Darwin,</p><p>darwinismo.</p><p>• Topônimos (e respetivas palavras derivadas) originários de línguas estrangeiras: Kosovo, Kuwait,</p><p>kuwaitiano.</p><p>• Palavras estrangeiras não adaptadas para o português: feedback, hardware, hobby.</p><p>Regras Ortográficas</p><p>Uso do x/ch</p><p>O x é utilizado nas seguintes situações:</p><p>• Geralmente, depois dos ditongos: caixa, deixa, peixe.</p><p>•</p><p>Exemplos:</p><p>• Aquele pensamento vai ao encontro do que eu esperava.</p><p>• Aquelas posições vão ao encontro de nossas necessidades.</p><p>• Ela foi ao encontro de respostas.</p><p>• Foram ao encontro das pessoas.</p><p>De Encontro a</p><p>A expressão "de encontro" é utilizada para reger a preposição "a" e significa "contra alguma coisa".</p><p>Exemplos:</p><p>• Aqueles projetos vão de encontro ao que planejávamos.</p><p>• A palestra foi de encontro às minhas expectativas.</p><p>• Os eixos ficaram de encontro ao asfalto.</p><p>• As tuas opiniões vão de encontro às minhas.</p><p>Sessão ou Seção</p><p>As palavras sessão e seção (ou secção) estão escritas corretamente. Apesar das grafias diferentes,</p><p>apresentam a mesma pronúncia, com excepção da palavra secção, cujo c é pronunciado.</p><p>Pelo fato de serem pronunciadas da mesma forma, mas serem escritas de forma diferente, são</p><p>chamadas de palavras homófonas. Conforme a sua grafia, cada uma delas apresenta um significado</p><p>diferente.</p><p>Sessão: tempo de um encontro</p><p>É o tempo de uma reunião, um encontro, uma assembleia.</p><p>Exemplos:</p><p>1. Chegaremos atrasados à sessão do cinema.</p><p>2. Hoje, a sessão de fotos será no exterior.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>41 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>3. A sessão de terapia está atrasada.</p><p>4. Os senadores reuniram-se em sessão extraordinária.</p><p>5. O presidente está a caminho da sessão solene.</p><p>6. Estava ansiosa pela primeira sessão de tatuagem.</p><p>Seção e Secção: divisão</p><p>É uma subdivisão, um segmento, repartição, parte de um todo.</p><p>Seção e secção têm, portanto, o mesmo significado, mas apresentam formas gráficas diferentes. No</p><p>Brasil, a forma mais comum é seção, enquanto em Portugal, é secção.</p><p>Ambas as formas são admitidas no Novo Acordo Ortográfico.</p><p>Exemplos:</p><p>1. Vamos publicar a matéria na secção (ou seção) de política.</p><p>2. Aquela moça trabalha na minha seção.</p><p>3. Mudei de estado, por isso, preciso saber qual a minha seção eleitoral.</p><p>4. Por favor, poderia me dizer onde é a secção (ou seção) dos livros infantis?</p><p>5. Lê somente a seção de esportes.</p><p>6. Procure isso na seção dos laticínios.</p><p>E Cessão?</p><p>Essa é mais uma palavra homófona que se junta à sessão ou seção.</p><p>Cessão é o ato de ceder, dar, renunciar.</p><p>Exemplos:</p><p>1. O cantor fez a cessão de seus direitos autorais.</p><p>2. A cessão do salão reduziu os custos da festa.</p><p>3. A ata contemplava a cessão de quotas da sociedade.</p><p>4. Credor e devedor nada sabiam sobre a cessão de crédito.</p><p>5. Por fim, a cessão de exploração foi acordada entre os advogados.</p><p>6. A cessão do material solicitado será feita amanhã pela manhã.</p><p>Uso do Onde e Aonde</p><p>Onde e Aonde são palavras que indicam lugar, mas que são usados em situações diferentes. Assim,</p><p>há dúvidas quanto ao seu emprego, as quais você não terá mais depois de ler este artigo.</p><p>Diferença entre Onde e Aonde</p><p>Para começar, vamos lembrar de uma coisa:</p><p>• Onde = ideia de permanência</p><p>• Aonde = ideia de movimento</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>42 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Como Usar</p><p>A palavra "onde" indica o lugar onde está ou em que se passa um acontecimento. Está ligada a verbos</p><p>que expressam permanência.</p><p>Exemplos:</p><p>• Onde ela está?</p><p>• Não sei onde começar a caminhada.</p><p>• Onde está o dinheiro?</p><p>Já a palavra "aonde" indica movimento ou aproximação e está ligada a verbos que expressam essa</p><p>ideia.</p><p>Exemplo:</p><p>• Aonde você quer ir?</p><p>• Aonde vai com tamanha pressa?</p><p>• Vamos aonde ele quiser ir.</p><p>Dica!</p><p>Substitua as palavras "aonde" ou "onde" por "para onde". Se fizer sentido, você deve utilizar a palavra</p><p>aonde.</p><p>Exemplos:</p><p>1) Para onde vamos? Faz sentido. É como dizer:</p><p>Aonde vamos?</p><p>Mas,</p><p>2) Para onde vamos parar? Não é possível. Assim, o correto é dizer:</p><p>Onde vamos parar?</p><p>Uso do S e do Z</p><p>As palavras em português podem ter o mesmo som e serem grafadas com letras diferentes. Uma</p><p>mesma letra também pode apresentar mais de um som. Esse é o caso das letras S, Z, Ç, SS e SC cujo</p><p>emprego depende não só do fonema correspondente, mas também da tradição na grafia, na oralidade</p><p>e na etimologia das palavras.</p><p>Como usar o S</p><p>É usado nas palavras derivadas de uma primitiva grafada inicialmente com S.</p><p>Exemplos:</p><p>Análise = analisado</p><p>Pesquisa = pesquisado</p><p>Casa = casinha = casebre = casarão</p><p>Liso = alisado</p><p>Análise = analisar</p><p>Nos adjetivos terminados pelo sufixo –oso (a): quando indica abundância ou estado pleno.</p><p>Exemplos:</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>43 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Gasoso = gasosa</p><p>moroso = amorosa</p><p>Espalhafatoso = espalhafatosa</p><p>Cheiroso = cheirosa</p><p>Formoso = formosa</p><p>Dengoso = dengosa</p><p>Feioso = feiosa</p><p>Horroroso = horrorosa</p><p>Calamitoso = calamitosa</p><p>Exitoso = exitosa</p><p>No sufixo –ense, quando indica origem, procedência e relação</p><p>Exemplos:</p><p>Paranaense</p><p>Fluminense</p><p>Paraense</p><p>Catarinense</p><p>Nos sufixos -ês (a) e isa, quando indicam origem, título de nobreza e profissão</p><p>Exemplos:</p><p>Chinês = chinesa</p><p>Gaulês = gaulesa</p><p>Francês = francesa</p><p>Escocês = escocesa</p><p>Burguês = burguesa</p><p>Marquês = marquesa</p><p>Princesa</p><p>Baronesa</p><p>Duquesa</p><p>Poetisa</p><p>Profetisa</p><p>Depois de ditongo</p><p>Exemplos:</p><p>Coisa</p><p>Faisão</p><p>Mausoléu</p><p>Maisena</p><p>Lousa</p><p>Coisa</p><p>Ausência</p><p>Nas formas dos verbos pôr e querer</p><p>Exemplos:</p><p>Pus = pusera = pudesse = pudéssemos</p><p>Repus = repusera = repusesse = repuséssemos</p><p>Quis = quisera = quisesse = quiséssemos</p><p>Quando Usar a Letra Z</p><p>Nas palavras derivadas de uma primitiva que foi grafada com Z</p><p>Exemplos:</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>44 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Cruz = cruzeiro = cruzar = cruzada</p><p>Deslize = deslizante = deslizamento</p><p>Raiz = enraizar</p><p>Nos sufixos –ez, -eza, que são formados por substantivos abstratos a partir de adjetivos</p><p>Exemplos:</p><p>Adjetivo Substantivo abstrato</p><p>Macio = Maciez</p><p>Surdo = Surdez</p><p>Inválido = invalidez</p><p>Rígido = rigidez</p><p>Insensato = insensatez</p><p>Mesquinho = mesquinhez</p><p>Estúpido = estupidez</p><p>Magro = magreza</p><p>Belo = beleza</p><p>Grande = grandeza</p><p>Avarento = avareza</p><p>Singelo = singeleza</p><p>Nobre = nobreza</p><p>No sufixo –izar, quando forma verbo a partir do substantivo ou adjetivo</p><p>Adjetivo Verbo Substantivo</p><p>Global globalizar globalização</p><p>Hospital hospitalizar hospitalização</p><p>Atual atualizar atualização</p><p>Humano humanizar humanização</p><p>Colônia colonizar colonização</p><p>Civil civilizar civilização</p><p>Real realizar realização</p><p>Letras Maiúsculas e Minúsculas: Quando Usar?</p><p>O Uso das Letras Maiúsculas e Minúsculas, embora pareça um tema bastante simples - aprendido nos</p><p>primeiros anos da escola - requer alguns cuidados.</p><p>Assim, neste artigo, trataremos sobre as regras, especialmente após à adesão ao Novo Acordo</p><p>Ortográfico, que promoveu alterações também nessa área.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>45 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Uso das minúsculas</p><p>Ocorrências Exemplos</p><p>1. Dias, meses,</p><p>estações do ano</p><p>• Estas aulas são dadas aos sábados.</p><p>• Nosso trabalho fica reduzido no mês de julho.</p><p>• Costumam viajar na primavera.</p><p>2. Fulano, sicrano e</p><p>beltrano</p><p>• Ninguém quer dizer quem foi o fulano que fez isso.</p><p>• Uma vez que não haja voluntários serão indicados fulano, sicrano e</p><p>beltrano para colaborarem neste trabalho.</p><p>3. Formas de</p><p>Tratamento</p><p>• O doutor João não está atendendo neste momento.</p><p>• Perguntou se sua excelência precisava de algo.</p><p>4. Adjetivos Pátrios</p><p>• Como boa mineira, adoro comer queijo com goiabada.</p><p>• Os cabo-verdianos serão os últimos a adotar o novo acordo ortográfico.</p><p>Uso das maiúsculas</p><p>Ocorrências Exemplos</p><p>1. Início das frases</p><p>• Este é o tema da pauta.</p><p>• Trata-se da maior empresa petrolífera do Brasil.</p><p>2. Substantivos próprios</p><p>• Maria José foi escolhida a funcionária do mês.</p><p>• Zezé foi escolhida a funcionária do mês.</p><p>• A região com a maior bio diversidade do mundo é a Floresta</p><p>Amazônica.</p><p>• Estava linda com a sua fantasia de Chapeuzinho Vermelho.</p><p>• A deusa grega do amor é Afrodite.</p><p>3. Festas e datas</p><p>comemorativas</p><p>• A família se reúne sempre no Natal.</p><p>• Já planejaram o trabalho sobre a Independência do Brasil?</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>46 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Ocorrências Exemplos</p><p>4. Siglas, símbolos e</p><p>abreviaturas</p><p>• ABNT - Associação Brasileira de Normas</p><p>Técnicas</p><p>• Al - alumínio</p><p>• V.Sa. - Vossa Senhoria</p><p>5. Nomes de instituições e</p><p>repartições</p><p>• Os dados foram retirados do Instituto Brasileiro de Geografia e</p><p>Estatística.</p><p>• São sérios os problemas do Sistema Único de Saúde.</p><p>Opcional: minúsculas ou maiúsculas</p><p>Há situações em que o uso de iniciais minúsculas ou maiúsculas é facultativo:</p><p>Ocorrências Exemplos</p><p>1. Nomes dos livros</p><p>• Quem não leu O pequeno príncipe?</p><p>• Quem não leu O Pequeno Príncipe?</p><p>• Comprei O diário de Anne Frank.</p><p>• Comprei O Diário de Anne Frank.</p><p>2. Nomes de santos</p><p>• A padroeira do Brasil é Nossa Senhora Aparecida.</p><p>• A padroeira do Brasil é nossa senhora Aparecida.</p><p>3. Nomes de Disciplinas</p><p>• Temos de solucionar os problemas dos alunos com as aulas de</p><p>matemática.</p><p>• Temos de solucionar os problemas dos alunos com as aulas de</p><p>Matemática.</p><p>4. Nome de ruas e lugares</p><p>públicos</p><p>• O tal lugar fica nas proximidades da praça da Sé, na rua Anita</p><p>Garibaldi.</p><p>• O tal lugar fica nas proximidades da Praça da Sé, na Rua Anita</p><p>Garibaldi.</p><p>E os pontos cardeais?</p><p>Os pontos cardeais devem ser grafados com iniciais minúsculas, mas quando são usados de forma</p><p>independente, são grafadas obrigatoriamente com maiúsculas.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>47 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Exemplos:</p><p>• O sudeste do Brasil é a região mais rica do país.</p><p>• O Sudeste é a região mais rica do Brasil.</p><p>O que são Palavras Homófonas</p><p>As Palavras Homófonas são aquelas que têm pronúncia idêntica, mas grafias diferentes. Assim, a</p><p>palavra é composta pela junção dos termos homo, que significa “mesmo” e fonia, que significa “som”.</p><p>Homônimos</p><p>Homônimos são termos semelhantes, quer na pronúncia quer na grafia, mas que têm significados</p><p>distintos.</p><p>Os homônimos são classificados da seguinte forma:</p><p>Homófonos</p><p>Como vimos, as palavras homófonas têm a mesma pronúncia.</p><p>Exemplos:</p><p>• cela: cômodo pequeno / sela: assento usado para cavalgar</p><p>• senso: sensato / censo: recenseamento</p><p>• tachar: censurar / taxar: determinar o preço</p><p>Resulta que, muitas vezes, somente mediante o seu contexto nos certificamos se uma palavra está</p><p>grafada correta ou incorretamente.</p><p>Homógrafos</p><p>As palavras homógrafas, por sua vez, têm grafia idêntica (homo=mesmo e grafia=escrita).</p><p>Exemplos:</p><p>• apelo (com e fechado): pedido de auxílio / apelo (com e aberto): conjugação do verbo apelar</p><p>• começo (com e fechado): início / começo (com e aberto): conjugação do verbo começar</p><p>• sobre (com o fechado): em cima de / sobre (com o aberto): conjugação do verbo sobrar</p><p>Quando grafia e pronúncia são idênticas, temos homônimos perfeitos - o terceiro e último tipo de</p><p>classificação.</p><p>Homônimos Perfeitos</p><p>As palavras homônimas perfeitas têm a mesma grafia, bem como a mesma pronúncia.</p><p>Exemplos:</p><p>• manga: fruta; parte da roupa</p><p>• verão: estação do ano; conjugação do verbo ver</p><p>• são: conjugação do verbo ser; sadio; santo</p><p>Para saber mais sobre questões semânticas, veja também o artigo: Homônimos e Parônimos.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>48 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Relações Homófonas</p><p>Entre as letras C (com cedilha) e SS</p><p>• asso: conjugação do verbo assar / aço: ferro com liga de carbono</p><p>• apreçar: marcar preço / apressar: acelerar</p><p>• lasso: fatigado / laço: nó</p><p>• ruço: pardo claro / russo: natural ou habitante da Rússia</p><p>Entre as letras X e CH</p><p>• bucho: estômago / buxo: arbusto</p><p>• chá: infusão / xá: título de soberania</p><p>• taxa: imposto / tacha: prego</p><p>• cheque: ordem de pagamento / xeque: lance do jogo de xadrez</p><p>Entre as letras S e X</p><p>• estrato: camada / extrato: pequena parte</p><p>• esperto: inteligente / experto: entendido</p><p>• estático: imóvel / extático: em estado de êxtase</p><p>• expiar: reparar um erro / espiar: observar secretamente</p><p>Entre as letras S e C</p><p>• cento: centena / sento: conjugação do verbo sentar</p><p>• incerto: que não é certo / inserto: que se inseriu</p><p>• conserto: reparação / concerto: obra musical</p><p>• cegar: deixar de ver / segar: fazer cortes</p><p>Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa</p><p>O atual Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi aprovado em definitivo no dia 12 de outubro de</p><p>1990 e assinado em 16 de dezembro do mesmo ano.</p><p>O documento foi firmado pela Academia de Ciências de Lisboa, a Academia Brasileira de Letras e</p><p>representantes de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.</p><p>Também houve adesão da delegação de observadores da Galiza. Isso porque na Galiza, região</p><p>localizada no norte da Espanha, a língua falada é o galego, a língua-mãe do português.</p><p>Prazo para Implantação no Brasil</p><p>No Brasil, a implantação do novo acordo começou em 2008. O prazo final para a adesão é 31 de</p><p>dezembro de 2015, conforme o Decreto 7875/2012.</p><p>Este também é o prazo em Portugal, mas nem todos os países unificarão ao mesmo tempo. Cabo</p><p>Verde, por exemplo, só estará totalmente adaptado ao novo acordo em 2019.</p><p>Até lá, concursos públicos, provas escolares e publicações oficiais do governo estarão adaptadas às</p><p>regras. A implantação nos livros didáticos brasileiros começou em 2009.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>49 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>O objetivo do acordo é unificar a ortografia oficial e reduzir o peso cultural e político gerado pelas duas</p><p>formas de escrita oficial do mesmo idioma. A ideia é aumentar o prestígio internacional e a difusão do</p><p>Português.</p><p>Acordos Ortográficos Anteriores</p><p>As diferenças na grafia da língua utilizada por Brasil e Portugal começaram em 1911, quando o país</p><p>lusitano passou pela primeira reforma ortográfica. A reformulação não foi extensiva ao Brasil.</p><p>As primeiras tentativas para minimizar a questão ocorreram em 1931. Nesse momento, representantes</p><p>da Academia Brasileira de Letras e da Academia das Ciências de Lisboa passaram a discutir a</p><p>unificação dos dois sistemas ortográficos. Isso só ocorreu em 1943, mas sem sucesso.</p><p>Representantes dos dois países voltaram a discutir o assunto novamente em 1943, quando ocorreu a</p><p>Convenção Ortográfica Luso-brasileira.</p><p>Tal como o primeiro, este também não surtiu o efeito desejado e somente Portugal aderiu às novas</p><p>regras.</p><p>Uma nova tentativa reuniu novamente os representantes. Desta vez, em 1975, quando Portugal não</p><p>aceitou a imposição de novas regras ortográficas.</p><p>Somente em 1986, estudiosos dos dois países voltaram a tocar na reforma ortográfica tendo, pela</p><p>primeira vez, representantes de outros países da comunidade de língua portuguesa.</p><p>Na ocasião, foi identificado que entre as principais justificativas para o fracasso das tratativas</p><p>anteriores estava a drástica simplificação do idioma.</p><p>A crítica principal estava na supressão dos acentos diferenciais nas palavras proparoxítonas e</p><p>paroxítonas, ação rejeitada pela comunidade portuguesa.</p><p>Já os brasileiros discordaram da restauração de consoantes mudas, abolidas há tempo.</p><p>Outro ponto rejeitado pela opinião pública brasileira estava na acentuação de vogais tônicas "e" e "o"</p><p>quando seguidas das consoantes nasais "m" e "n". Essa regra era válida para as palavras</p><p>proparoxítonas com acento agudo e não o circunflexo.</p><p>Seriam assim no caso de Antônio (António), cômodo (cómodo) e gênero (género).</p><p>Assim, além da grafia, os estudiosos passaram a considerar também a pronúncia das palavras.</p><p>Considerando as especificidades dos países signatários do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa,</p><p>foi acordada a unificação em 98% dos vocábulos.</p><p>Principais Mudanças</p><p>As Consoantes C, P, B, G, M e T</p><p>Ficam consideradas neste caso as especificidades da pronúncia conforme o espaço geográfico. Ou</p><p>seja, a grafia é mantida quando há pronúncia é retirada quando não são pronunciadas.</p><p>A manutenção de consoantes não pronunciadas ocorria, principalmente, pelos falantes de Portugal,</p><p>que o Brasil há muito havia adaptado a grafia.</p><p>Também houve casos da manutenção da dupla grafia, também respeitando a pronúncia.</p><p>Ficou decidido que nesses casos, os dicionários da língua portuguesa passarão a registrar as duas</p><p>formas em todos os casos de dupla grafia. O fato será esclarecido para apontar</p><p>as diferenças</p><p>geográficas que impõem a oscilação da pronúncia.</p><p>Exemplos de consoantes pronunciadas:</p><p>Compacto, ficção, pacto, adepto, aptidão, núpcias, etc.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>50 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Exemplos de consoantes não pronunciadas:</p><p>Acção, afectivo, direcção, adopção, exacto, óptimo, etc.</p><p>Exemplos de dupla grafia:</p><p>Súbdito e súdito, subtil e sutil, amígdala e amídala, amnistia e anistia, etc.</p><p>Acentuação Gráfica</p><p>Os acentos gráficos deixam de existir em determinadas palavras oxítonas e paroxítonas.</p><p>Exemplos:</p><p>Para – na flexão de parar</p><p>Pelo – substantivo</p><p>Pera – substantivo</p><p>Também deixam de receber acento gráfico as paroxítonas com ditongos "ei" e "oi" na sílaba tônica.</p><p>Exemplos:</p><p>Assembleia, boleia, ideia.</p><p>Cai, ainda, o acento nas palavras paroxítonas com vogais dobradas. Isto ocorreu porque em palavras</p><p>paroxítonas ocorre a mesma pronúncia em todos os países de língua portuguesa.</p><p>Exemplos:</p><p>Abençoo – flexão de abençoar</p><p>Enjoo – flexão de enjoar</p><p>Povoo – flexão de povoar</p><p>Voo – flexão de voar</p><p>Uso do c cedilha – ç</p><p>O cedilha é um sinal gráfico usado debaixo da letra c. Tem o som de ss (dois s) e fica com a seguinte</p><p>aparência: “ç”. Nunca pode iniciar palavras e é usado sempre antes das vogais a, o e u.</p><p>A letra c, por sua vez, é usada sempre ante antes das vogais e e i. Por exemplo: centeio, peraltice,</p><p>tencionar, cinto.</p><p>Confira a lista de palavras com cedilha:</p><p>Palavras de origem árabe, indígena ou africana</p><p>1. açafrão</p><p>2. açaí</p><p>3. açougue</p><p>4. açúcar</p><p>5. açucena</p><p>6. açude</p><p>7. araçá</p><p>8. cachaça</p><p>9. caçula</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>51 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>10. Iguaçu</p><p>11. miçanga</p><p>12. muçulmano</p><p>13. paçoca</p><p>14. Paiçandu</p><p>15. Paraguaçu</p><p>Palavras formadas a partir dos sufixos -aça, -aço, -iça, -iço, -uça</p><p>1. carduça</p><p>2. cansaço</p><p>3. cobiça</p><p>4. copaço</p><p>5. dentuça</p><p>6. dentuço</p><p>7. esperança</p><p>8. espicaçar</p><p>9. fumaça</p><p>10. justiça</p><p>11. preguiça</p><p>12. quebradiço</p><p>13. rebuliço</p><p>14. sumiço</p><p>15. vidraça</p><p>Substantivos derivados de verbos que trocam o rpelo sufixo –ção</p><p>1. apreciação (apreciar)</p><p>2. atribuição (atribuir)</p><p>3. consideração (considerar)</p><p>4. continuação (continuar)</p><p>5. deliberação (deliberar)</p><p>6. designação (designar)</p><p>7. emulação (emular)</p><p>8. estagnação (estagnar)</p><p>9. exortação (exortar)</p><p>10. expedição (expedir)</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>52 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>11. exportação (exportar)</p><p>12. inspiração (inspirar)</p><p>13. interação (interar)</p><p>14. observação (observar)</p><p>15. resignação (resignar)</p><p>Substantivos derivados de verbos de ação terminados em –ar</p><p>1. alienação (alienar)</p><p>2. canção (cantar)</p><p>3. consolidação (consolidar)</p><p>4. degradação (degradar)</p><p>5. discriminação (discriminar)</p><p>6. disseminação (disseminar)</p><p>7. especulação (especular)</p><p>8. exceção (excetuar)</p><p>9. explanação (explanar)</p><p>10. indagação (indagar)</p><p>11. intenção (Intentar)</p><p>12. reeducação (reeducar)</p><p>13. relação (relacionar)</p><p>14. retaliação (retaliar)</p><p>15. retificação (retificar)</p><p>Substantivos derivados de substantivos terminados em -ter, -tivo e –tor</p><p>1. absolvição (absolver)</p><p>2. afirmação (afirmativo)</p><p>3. asserção (assertivo)</p><p>4. contenção (conter)</p><p>5. detenção (deter)</p><p>6. infração (infrator)</p><p>7. intuição (intuitivo)</p><p>8. manutenção (manter)</p><p>9. obtenção (obter)</p><p>10. proibição (proibitivo)</p><p>11. redação (redator)</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>53 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>12. relação (relativo)</p><p>13. retenção (reter)</p><p>14. seção (setor)</p><p>15. tração (trator)</p><p>Palavras com som de s depois de ditongo</p><p>1. afluição</p><p>2. arcabouço</p><p>3. beiço</p><p>4. bouça</p><p>5. calabouço</p><p>6. Conceição</p><p>7. eleição</p><p>8. feição</p><p>9. insurreição</p><p>10. louça</p><p>11. ouço</p><p>12. refeição</p><p>13. traição</p><p>Uso do Por que, Porquê, Por quê e Porque</p><p>Devemos aplicar o “por que” como instrumento para fazer perguntas; o “porque” para responder</p><p>perguntas; o “por quê” para finalizar as frases; e o “porquê” na função de substantivo, explicando os</p><p>motivos e razões dentro da frase.</p><p>A maneira de grafar depende da aplicabilidade na frase, como substantivo sinônimo de motivo,</p><p>conjunção causal ou explicativa ou, ainda, como advérbio explicativo.</p><p>Quando Usar Por que?</p><p>Separado e sem acento é usado no início das frases interrogativas diretas ou indiretas e pode ser</p><p>substituído por “o que” e por “qual”. Portanto, é um advérbio interrogativo formado da junção da</p><p>preposição “por” com o pronome relativo “pelo qual”.</p><p>Exemplo: Por que ele não voltou mais?</p><p>Quando Usar Porquê?</p><p>Grafado junto e com acento circunflexo é um substantivo. Na sentença o “porquê” significa “motivo” ou</p><p>“razão”. Aparece nas sentenças precedido de artigo, pronome, adjetivo ou numeral com objetivo de</p><p>explicar o motivo dentro da frase.</p><p>E em uma sentença, ele apresenta significado de “o motivo” ou “a razão”, acompanhado de artigos,</p><p>pronomes, adjetivos ou numerais para esclarecer seu motivo dentro da frase em questão. Um dos</p><p>maiores exemplos vem na frase “diga-me um porquê para não fazer isso”.</p><p>Exemplo: “Não foi explicado o porquê de tanto barulho na noite de ontem”.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>54 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Quando Usar Por quê?</p><p>Separado e com acento circunflexo. É usado no fim das frases interrogativas diretas ou de maneira</p><p>isolada. Antes de um ponto mantém o sentido interrogativo ou exclamativo.</p><p>O “por quê” vem antes de um ponto, considerando frases onde forma um sentido interrogativo ou</p><p>exclamativo. O “por quê” mantém o sentido de “por qual motivo”.</p><p>Exemplos: O almoço não foi servido por quê?</p><p>Andar a pé, por quê?</p><p>Quando usar Porque?</p><p>Grafado junto e sem acento é uma conjunção subordinativa causal ou coordenativa</p><p>explicativa que pode ser substituído por palavras como “pois” ou as expressões “para que” e “uma vez</p><p>que”. Assim, pode ser usado nas orações onde o motivo está diretamente relacionado.</p><p>Exemplo: Não fui à escola ontem porque fiquei doente.</p><p>Homônimos e Parônimos</p><p>Os Homônimos e os Parônimos são termos que fazem parte do estudo da semântica (significado das</p><p>palavras).</p><p>Assim, os homônimos são palavras que possuem a mesma pronúncia (às vezes, a mesma escrita) e</p><p>significados distintos.</p><p>Já as palavras parônimas são muito parecidas na pronúncia e na escrita, entretanto, possuem</p><p>significados diferentes.</p><p>Homônimos</p><p>As palavras homônimas são classificadas em:</p><p>• Homógrafas: são palavras iguais na grafia e diferentes na pronúncia, por exemplo: colher (verbo) e</p><p>colher (substantivo); jogo (substantivo) e jogo (verbo); denúncia (substantivo) e denuncia (verbo).</p><p>• Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e diferentes na grafia, por exemplo: concertar</p><p>(harmonizar) e consertar (reparar); censo (recenseamento) e senso (juízo); acender (atear) e ascender</p><p>(subir).</p><p>• Perfeitas: são palavras iguais na grafia e iguais na pronúncia, por exemplo: caminho (substantivo) e</p><p>caminho (verbo); cedo (verbo) e cedo (advérbio de tempo); livre (adjetivo) e livre (verbo).</p><p>Parônimos</p><p>Os parônimos são as palavras que se assemelham na grafia e na pronúncia, entretanto, diferem no</p><p>sentido.</p><p>Por isso, é muito importante tomar conhecimento desses termos para que não haja confusão.</p><p>A seguir, alguns exemplos de palavras parônimas:</p><p>• Absolver (perdoar) e absorver (aspirar)</p><p>• Apóstrofe (figura de linguagem) e apóstrofo (sinal gráfico)</p><p>• Aprender (tomar conhecimento) e apreender (capturar)</p><p>• Cavaleiro (que cavalga) e cavalheiro (homem gentil)</p><p>• Comprimento (extensão) e cumprimento (saudação)</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>55 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Coro (música) e couro (pele animal)</p><p>• Delatar (denunciar) e Dilatar (alargar)</p><p>• Descrição (ato de descrever) e discrição (prudência)</p><p>• Despensa (local onde se guardam alimentos) e dispensa (ato de dispensar)</p><p>• Docente (relativo a professores) e discente (relativo a alunos)</p><p>• Emigrar (deixar um país) e imigrar (entrar num país)</p><p>• Eminente (elevado) e iminente (prestes a ocorrer)</p><p>• Flagrante (evidente) e fragrante (perfumado)</p><p>• Fluir (transcorrer, decorrer) e fruir (desfrutar)</p><p>• Imergir (afundar)</p><p>e emergir (vir à tona)</p><p>• Inflação (alta dos preços) e infração (violação)</p><p>• Infligir (aplicar pena) e infringir (violar)</p><p>• Mandado (ordem judicial) e mandato (procuração)</p><p>• Osso (parte do corpo) e ouço (verbo ouvir)</p><p>• Peão (aquele que anda a pé, domador de cavalos) e pião (brinquedo)</p><p>• Precedente (que vem antes) e procedente (proveniente de; que possui fundamento)</p><p>• Ratificar (confirmar) e retificar (corrigir)</p><p>• Recrear (divertir) e recriar (criar novamente)</p><p>• Tráfego (trânsito) e tráfico (comércio ilegal)</p><p>• Soar (produzir som) e suar (transpirar)</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Sinônimos e Antônimos</p><p>Os sinônimos e os antônimos designam palavras (substantivos, adjetivos, verbos, complementos,</p><p>etc.), que segundo seu significado, ora se assemelham (sinônimos) e ora são opostas (antônimos).</p><p>A semântica é o ramo da linguística encarregada de estudar as palavras e seus significados. Para</p><p>tanto, enfoca nos estudos dos seguintes conceitos: sinônimos, antônimos, parônimos e homônimos.</p><p>Sinônimos</p><p>Do grego, o termo sinônimo (synonymós) é formado pelas palavras “syn” (com); e “onymia” (nome), ou</p><p>seja, no modo literal significa aquele que está com o nome ou mesmo semelhante a ele. Não obstante,</p><p>a sinonímia é o ramo da semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que possuem</p><p>significado ou sentido semelhante, sendo muito utilizadas nas produções dos textos, uma vez que a</p><p>repetição das palavras empobrece o conteúdo.</p><p>Tipos de Sinônimos</p><p>Embora, muito estudiosos da área advogam sobre a inexistência de palavras sinônimas (com valor</p><p>semântico idêntico), posto que para eles, cada palavra possui um significado distinto; de acordo com a</p><p>aproximação semântica entre as palavras sinônimas, elas são classificadas de duas maneiras:</p><p>• Sinônimos Perfeitos: são as palavras que compartilham significados idênticos, por exemplo: léxico</p><p>e vocabulário; morrer e falecer; após e depois.</p><p>• Sinônimos Imperfeitos: são as palavras que compartilham significados semelhantes e não</p><p>idênticos, por exemplo: feliz e alegre; cidade e município; córrego e riacho.</p><p>Exemplos de Sinônimos</p><p>Segue abaixo alguns exemplos de palavras sinônimas:</p><p>• Adversário e antagonista</p><p>• Adversidade e problema</p><p>• Alegria e felicidade</p><p>• Alfabeto e abecedário</p><p>• Ancião e idoso</p><p>• Apresentar e expor</p><p>• Belo e bonito</p><p>• Brado e grito</p><p>• Bruxa e feiticeira</p><p>• Calmo e tranquilo</p><p>• Carinho e afeto</p><p>• Carro e automóvel</p><p>• Cão e cachorro</p><p>• Casa e lar</p><p>• Contraveneno e antídoto</p><p>• Diálogo e colóquio</p><p>SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS</p><p>2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Encontrar e achar</p><p>• Enxergar e ver</p><p>• Extinguir e abolir</p><p>• Gostar e estimar</p><p>• Importante e relevante</p><p>• Longe e distante</p><p>• Moral e ética</p><p>• Oposição e antítese</p><p>• Percurso e trajeto</p><p>• Perguntar e questionar</p><p>• Saboroso e delicioso</p><p>• Transformação e metamorfose</p><p>• Translúcido e diáfano</p><p>Antônimos</p><p>Do grego, o termo antônimo corresponde a união das palavras “anti” (algo contrário ou oposto) e</p><p>“onymia” (nome). A antonímia é o ramo da semântica que se debruça nos estudos sobre as palavras</p><p>antônimas. Do mesmo modo que os sinônimos, os antônimos são utilizados como recursos estilísticos</p><p>na produção dos textos.</p><p>Exemplos de Antônimos</p><p>Segue abaixo alguns exemplos de palavras antônimas:</p><p>• Aberto e fechado</p><p>• Alto e baixo</p><p>• Amor e ódio</p><p>• Ativo e inativo</p><p>• Bendizer e maldizer</p><p>• Bem e mal</p><p>• Bom e mau</p><p>• Bonito e feio</p><p>• Certo e errado</p><p>• Doce e salgado</p><p>• Duro e mole</p><p>• Escuro e claro</p><p>• Forte e fraco</p><p>SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS</p><p>3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Gordo e magro</p><p>• Grosso e fino</p><p>• Grande e pequeno</p><p>• Inadequada e adequada</p><p>• Ordem e anarquia</p><p>• Pesado e leve</p><p>• Presente e ausente</p><p>• Progredir e regredir</p><p>• Quente e frio</p><p>• Rápido e lento</p><p>• Rico e pobre</p><p>• Rir e chorar</p><p>• Sair e entrar</p><p>• Seco e molhado</p><p>• Simpático e antipático</p><p>• Soberba e humildade</p><p>• Sozinho e acompanhado</p><p>A Semântica é a parte da linguística que estuda o significado das palavras, a parte significativa do</p><p>discurso. Cada palavra tem seu significado específico, porém podemos estabelecer relações entre os</p><p>significados das palavras, assemelhando-as umas às outras ou diferenciando-as segundo seus</p><p>significados.</p><p>SINONÍMIA: Sinonímia é a divisão na Semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que</p><p>possuem significado ou sentido semelhante.</p><p>Algumas palavras mantêm relação de significado entre si e representam praticamente a mesma ideia.</p><p>Estas palavras são chamadas de sinônimos.</p><p>Ex: certo, correto, verdadeiro, exato.</p><p>Sendo assim, SINÔNIMOS são palavras que possuem significados semelhantes.</p><p>A contribuição greco-latina é responsável pela existência de numerosos pares de sinônimos:</p><p>• adversário e antagonista;</p><p>• translúcido e diáfano;</p><p>• semicírculo e hemiciclo;</p><p>• contraveneno e antídoto;</p><p>• moral e ética;</p><p>• colóquio e diálogo;</p><p>SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS</p><p>4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• transformação e metamorfose;</p><p>• oposição e antítese.</p><p>ANTONÍMIA: É a relação entre palavras de significado oposto</p><p>Outras palavras, ainda, possuem significados completamente divergentes, de forma que um se opõe</p><p>ao outro, ou nega-lhe o significado. Estas palavras são chamadas de antônimos.</p><p>Ex: direita / esquerda, preto / branco, alto / baixo, gordo / magro.</p><p>Desta forma, ANTÔNIMOS são palavras que opõem-se no seu significado.</p><p>Observação: A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido oposto ou negativo:</p><p>• bendizer e maldizer;</p><p>• simpático e antipático;</p><p>• progredir e regredir;</p><p>• concórdia e discórdia;</p><p>• ativo e inativo;</p><p>• esperar e desesperar;</p><p>• comunista e anticomunista;</p><p>• simétrico e assimétrico.</p><p>Quanto à significação, as palavras são divididas nas seguintes categorias:</p><p>Sinônimos</p><p>As palavras que possuem significados próximos são chamadas sinônimos. Veja alguns exemplos:</p><p>casa - lar - moradia – residência</p><p>longe – distante</p><p>delicioso – saboroso</p><p>carro - automóvel</p><p>Observe que os sentidos dessas palavras são próximos, mas não são exatamente equivalentes.</p><p>Dificilmente encontraremos um sinônimo perfeito, uma palavra que signifique exatamente a mesma</p><p>coisa que outra.</p><p>Há uma pequena diferença de significado entre palavras sinônimas. Veja que,</p><p>embora casa e lar sejam sinônimos, ficaria estranho se falássemos a seguinte frase: Comprei um novo</p><p>lar.</p><p>Obs.: o uso de palavras sinônimas pode ser de grande utilidade nos processos de retomada de</p><p>elementos que inter-relacionam as partes dos textos.</p><p>Antônimos</p><p>São palavras que possuem significados opostos, contrários. Exemplos:</p><p>mal / bem</p><p>ausência / presença</p><p>SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS</p><p>5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>fraco / forte</p><p>claro / escuro</p><p>subir / descer</p><p>cheio / vazio</p><p>possível / impossível</p><p>Sinônimos e antônimos resultam das relações de proximidade e contrariedade que as palavras</p><p>estabelecem umas com as outras. As relações de sinonímia e antonímia são estudadas pela</p><p>semântica.</p><p>São sinônimas as palavras que apresentam significados semelhantes.</p><p>São antônimas as palavras que apresentam significados opostos.</p><p>Sinônimos</p><p>Palavras sinônimas são palavras que apresentam um significado aproximado na representação de uma</p><p>ideia. Embora o sentido de palavras sinônimas seja próximo, não é exatamente equivalente, sendo rara</p><p>a existência de sinônimos perfeitos, ou seja, de palavras diferentes que signifiquem exatamente a</p><p>mesma coisa.</p><p>Isto ocorre porque, mesmo apresentando significados equivalentes, as palavras possuem conotações</p><p>diferentes. Os termos podem ser mais eruditos ou mais populares, apresentando uma carga cultural</p><p>diferente, podem ser mais concretos ou mais abstratos, podem transmitir intensidades diferentes,...</p><p>Além disso, a relação de sinonímia entre duas palavras não é recíproca, ou seja, a substituição de um</p><p>termo pelo outro não ocorre nos dois sentidos. É preciso ter em consideração o contexto em que se</p><p>insere a palavra. Assim, a escolha de um sinônimo deve ser feita de forma contextualizada, para que</p><p>não haja alteração semântica da mensagem.</p><p>O uso de sinônimos é essencial na diversificação vocabular, evitando a repetição. Na produção textual,</p><p>os sinônimos, além de serem usados como um recurso estilístico, são essenciais na retomada de</p><p>elementos que aparecem ao longo de todo o texto.</p><p>Exemplos de sinônimos</p><p>Sinônimos de importante:</p><p>• significativo;</p><p>• considerável;</p><p>• prestigiado;</p><p>• indispensável;</p><p>• fundamental;</p><p>• ...</p><p>Sinônimos de necessário:</p><p>• essencial;</p><p>• fundamental;</p><p>• forçoso;</p><p>• obrigatório;</p><p>SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS</p><p>6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• imprescindível;</p><p>• ...</p><p>Sinônimos de problema:</p><p>• dificuldade;</p><p>• adversidade;</p><p>• contratempo;</p><p>• defeito;</p><p>• dilema;</p><p>• enigma;</p><p>• ...</p><p>Sinônimos de conhecimento:</p><p>• sabedoria;</p><p>• estudo;</p><p>• compreensão;</p><p>• know-how;</p><p>• convívio;</p><p>• ...</p><p>Sinônimos de desenvolver:</p><p>• crescer;</p><p>• progredir;</p><p>• evoluir;</p><p>• melhorar;</p><p>• aprimorar;</p><p>• expor;</p><p>• ...</p><p>Sinônimos de realizar:</p><p>• fazer;</p><p>• efetuar;</p><p>• executar;</p><p>• acontecer;</p><p>• suceder;</p><p>• conseguir;</p><p>SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS</p><p>7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• ...</p><p>Sinônimos de mostrar:</p><p>• expor;</p><p>• apresentar;</p><p>• manifestar;</p><p>• indicar;</p><p>• demonstrar;</p><p>• exibir-se;</p><p>• ...</p><p>Sinônimos de portanto:</p><p>• logo;</p><p>• assim;</p><p>• isto posto;</p><p>• à vista disso;</p><p>• por conseguinte;</p><p>• ...</p><p>Sinônimos de porém:</p><p>• mas;</p><p>• contudo;</p><p>• todavia;</p><p>• falha;</p><p>• senão;</p><p>• ...</p><p>Antônimos</p><p>Palavras antônimas são palavras que apresentam um significado contrário na representação de uma</p><p>ideia. Além de contrariedade e oposição, os antônimos podem também estabelecer correlação e</p><p>complementaridade.</p><p>A antonímia é habitualmente estabelecida entre palavras diferentes, com radicais diferentes, mas os</p><p>antônimos podem ser formados também por prefixos de negação, como: in-, des-, a-. Os antônimos</p><p>podem ainda ser representados por palavras que já apresentam prefixos cujos significados são</p><p>contraditórios.</p><p>Antônimos com radicais diferentes:</p><p>• bom e mau;</p><p>• bonito e feio;</p><p>SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS</p><p>8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• alto e baixo.</p><p>Antônimos com prefixos de negação:</p><p>• feliz e infeliz;</p><p>• atento e desatento;</p><p>• típico e atípico.</p><p>Antônimos com prefixos contraditórios:</p><p>• exteriorizar e interiorizar;</p><p>• progressão e regressão;</p><p>• ascendente e descendente.</p><p>Tal como os sinônimos, os antônimos são também utilizados como recursos estilísticos na produção</p><p>textual, devendo também ser analisados em contexto.</p><p>Exemplos de antônimos</p><p>Antônimos de dedicado:</p><p>• desinteressado;</p><p>• desapegado;</p><p>• faltoso;</p><p>• desaplicado;</p><p>• relapso;</p><p>• ...</p><p>Antônimos de pontual:</p><p>• atrasado;</p><p>• retardado;</p><p>• durável;</p><p>• genérico;</p><p>• irresponsável;</p><p>• ...</p><p>Antônimos de supérfluo:</p><p>• necessário;</p><p>• preciso;</p><p>• útil;</p><p>• importante;</p><p>• indispensável;</p><p>SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS</p><p>9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• ...</p><p>Antônimos de progredir:</p><p>• regredir;</p><p>• retroceder;</p><p>• involuir;</p><p>• estagnar;</p><p>• permanecer;</p><p>• ...</p><p>Antônimos de essencial:</p><p>• desnecessário;</p><p>• supérfluo;</p><p>• inútil;</p><p>• secundário;</p><p>• acessório;</p><p>• ...</p><p>Antônimos de provisório:</p><p>• definitivo;</p><p>• permanente;</p><p>• duradouro;</p><p>• efetivo;</p><p>• estável;</p><p>• ...</p><p>Antônimos de acender:</p><p>• apagar;</p><p>• extinguir;</p><p>• desligar;</p><p>• esmorecer;</p><p>• acalmar;</p><p>• ...</p><p>Antônimos de mal:</p><p>• bem;</p><p>• corretamente;</p><p>SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS</p><p>10 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• adequadamente;</p><p>• benefício;</p><p>• favor;</p><p>• ...</p><p>Antônimos de subsequente:</p><p>• precedente;</p><p>• antecedente;</p><p>• anterior;</p><p>• prévio;</p><p>• primeiro;</p><p>• ...</p><p>É muito importante termos o hábito de ler bons livros, histórias em quadrinhos, jornais, e outros, para</p><p>que cada vez o nosso vocabulário se torne mais aperfeiçoado.</p><p>Porque como você sabe, não podemos escrever da mesma maneira como falamos, pois a escrita</p><p>precisa estar de acordo com as regras gramaticais da língua.</p><p>Então, quando falamos em sinônimos, lembramos de significado. E esse significado nos leva à ideia</p><p>do dicionário, porque ele deve ser nosso companheiro constante.</p><p>Qual é a palavra que tem o mesmo sentido de menino?</p><p>Podemos dizer garoto, assim como podemos também falar que caridade é o mesmo que bondade.</p><p>Apenas houve a mudança de palavra, mas o significado permaneceu o mesmo.</p><p>Por isso, dizemos que “sinônimo” significa semelhança de sentido.</p><p>Observe algumas palavras:</p><p>casa – residência</p><p>alegria – felicidade</p><p>percurso – trajeto</p><p>questionar – perguntar</p><p>brincadeira – diversão</p><p>carinho- afeto</p><p>calmo – tranquilo</p><p>Os antônimos significam palavras contrárias, inversas de sentido. Perceba:</p><p>claro – escuro</p><p>dia – noite</p><p>bondade – maldade</p><p>bonito – feio</p><p>limpo – sujo</p><p>correto – errado</p><p>largo – estreito</p><p>alto – baixo</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Figuras de Linguagem</p><p>As figuras de linguagem são recursos linguísticos a que os autores recorrem para tornar a linguagem</p><p>mais rica e expressiva. Esses recursos revelam a sensibilidade de quem os utiliza, traduzindo</p><p>particularidades estilísticas do emissor da linguagem. As figuras de linguagem exprimem também o</p><p>pensamento de modo original e criativo, exploram o sentido não literal das palavras, realçam</p><p>sonoridade de vocábulos e frases e até mesmo, organizam orações, afastando-a, de algum modo, de</p><p>uma estrutura gramatical padrão, a fim de dar destaque a algum de seus elementos. As figuras de</p><p>linguagem costumam ser classificadas em figuras de som, figuras de construção e figuras de palavras</p><p>ou semânticas.</p><p>Figuras de Linguagem</p><p>As figuras de linguagem são recursos estilísticos da linguagem utilizados para dar maior ênfase às</p><p>palavras ou expressões da língua, sendo classificadas de acordo com as características que querem</p><p>expressar, a saber:</p><p>• Figuras de Pensamento: estas figuras de linguagem estão relacionadas ao significado (campo</p><p>semântico) das palavras, por exemplo: ironia, antítese, paradoxo, eufemismo, litote, hipérbole,</p><p>gradação, prosopopeia e apóstrofe.</p><p>• Figuras de Palavras: semelhantes às figuras de pensamento, elas também alteram o nível</p><p>semântico (significado das palavras), por exemplo: metáfora, metonímia, comparação, catacrese,</p><p>sinestesia e antonomásia.</p><p>• Figuras de Som: nesse caso, as figuras estão intimamente relacionada com a sonoridade, por</p><p>exemplo: aliteração, assonância, onomatopeia e paranomásia.</p><p>• Figuras de Sintaxe: também chamadas de “Figuras de construção”, estão relacionadas com a</p><p>estrutura gramatical da frase, as quais modificam o período, por exemplo: elipse, zeugma, hipérbato,</p><p>anacoluto, anáfora, elipse, silepse, pleonasmo, assíndeto e polissíndeto.</p><p>Figuras de Linguagem são recursos estilísticos usados para dar maior ênfase à comunicação e torná-la</p><p>mais bonita.</p><p>Elas são classificadas em</p><p>• Figuras de palavras ou semânticas</p><p>• Figuras de pensamento</p><p>• Figuras de sintaxe ou construção</p><p>• Figuras de som ou harmonia</p><p>Figuras de Palavras</p><p>Metáfora</p><p>Comparação de palavras com significados diferentes e cujo termo comparativo fica subentendido na</p><p>frase.</p><p>Exemplo: A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem que voa.)</p><p>Na semântica, a metáfora representa uma das figuras de linguagem, ou seja, recursos linguísticos-</p><p>semânticos utilizados em diversos contextos a fim de dar mais ênfase aos enunciados.</p><p>Assim, a metáfora, considerada uma figura de palavra, utiliza os termos no sentido denotativo e os</p><p>transforma no modo figurado (conotativo), afim de estabelecer uma analogia (comparação metafórica),</p><p>tendo em vista a relação de semelhança entre eles.</p><p>Do grego, a palavra “metáfora” (metáfora) é formada pelos termos “metá” (entre), e “pherō” (carregar)</p><p>que significa transporte, transferência, mudança.</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Da língua latina a palavra metáfora, representa a união dos termos “meta” (algo) e “phora” (sem</p><p>sentido), no sentido literal é "algo sem sentido".</p><p>De acordo com estudos linguísticos, a metáfora é uma das figuras de linguagem mais utilizadas</p><p>cotidianamente.</p><p>Comparação</p><p>Comparação explícita. Ao contrário da metáfora, neste caso são utilizados conectivos de comparação</p><p>(como, assim, tal qual).</p><p>Exemplo: Seus olhos são como jabuticabas.</p><p>A comparação (ou símile) é uma figura de linguagem que está na categoria de figuras de palavras.</p><p>Ela é determinada por meio da relação de similaridade, ou seja, pela comparação de dois termos ou</p><p>ideias num enunciado.</p><p>Geralmente, é acompanhada de elementos comparativos (conectivos): com, como, tal qual, tal como,</p><p>assim, tão, quanto, parece, etc.</p><p>É muito comum o emprego da comparação na linguagem informal (coloquial) e nos textos artísticos,</p><p>por exemplo, na música, na literatura e no teatro.</p><p>Além da comparação, temos as figuras de palavras:</p><p>metáfora, metonímia, catacrese, perífrase (ou antonomásia) e sinestesia.</p><p>Exemplos</p><p>Para compreender melhor a figura de linguagem comparação, confira abaixo alguns exemplos na</p><p>literatura e na música:</p><p>• “É que teu riso penetra n'alma/Como a harmonia de uma orquestra santa.” (Castro Alves)</p><p>• “Meu amor me ensinou a ser simples como um largo de igreja.” (Oswald de Andrade)</p><p>• “Meu coração tombou na vida/tal qual uma estrela ferida/pela flecha de um caçador”. (Cecília</p><p>Meireles)</p><p>• “Eu faço versos como quem chora/De desalento... de desencanto...” (Manuel Bandeira)</p><p>• “A vida vem em ondas,/como um mar/Num indo e vindo/infinito.” (Música “Como uma onda” de Lulu</p><p>Santos)</p><p>• “Avião parece passarinho/Que não sabe bater asa/Passarinho voando longe/Pareceborboleta que</p><p>fugiu de casa.” (Música “Sonho de uma flauta” de Teatro Mágico)</p><p>Comparação e Metáfora</p><p>É muito comum haver confusão entre as figuras de palavras: comparação e metáfora. Apesar de</p><p>ambas utilizarem uma analogia entre termos, elas são diferentes.</p><p>Enquanto na metáfora ocorre uma comparação entre dois termos de forma implícita, na comparação</p><p>ela acontece de maneira explícita.</p><p>Importante ressaltar que a metáfora não utiliza um elemento comparativo, o qual surge na comparação.</p><p>Exemplos:</p><p>Nossa vida tem sido um mar de rosas. (metáfora ou comparação implícita)</p><p>Nossa vida tem sido como um mar de rosas. (comparação ou comparação explícita)</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Metonímia</p><p>Transposição de significados considerando parte pelo todo, autor pela obra.</p><p>Exemplo: Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras de Shakespeare.)</p><p>Na semântica, a metonímia é uma figura de linguagem, mais precisamente uma figura de palavra, as</p><p>quais são largamente utilizadas para dar ênfase aos discursos.</p><p>Dessa maneira, a metonímia é um recurso linguístico-semântico que substitui outro termo segundo a</p><p>relação de contiguidade e/ou afinidade estabelecida entre duas palavras, conceitos, ideias, por</p><p>exemplo:</p><p>Aquele homem é um sem-teto (nesse caso, a expressão “sem-teto”, representa a substituição de um</p><p>conceito referente às pessoas que não possuem casa.</p><p>Do grego, a palavra "metonímia" (metonymía) é constituída pelos termos “meta” (mudança) e “onoma”</p><p>(nome) que literalmente significa “mudança de nome”.</p><p>Exemplos de Metonímia</p><p>A metonímia pode ocorrer de inúmeras maneiras sendo as mais comum os casos abaixo:</p><p>• Parte pelo todo: Ele possuía inúmeras cabeças de gado. (bois)</p><p>• Causa pelo efeito: Consegui comprar a televisão com meu suor. (trabalho)</p><p>• Autor pela obra: Li muitas vezes Camões. (obra literária do autor)</p><p>• Inventor pelo Invento: Meu pai me presenteou com um Ford. (inventor da marca Ford: Henri Ford)</p><p>• Marca pelo produto: Meu pai adora tomar Nescau com leite. (chocolate em pó)</p><p>• Matéria pelo objeto: Passou a vida atrás do vil metal. (dinheiro)</p><p>• Singular pelo plural: O cidadão foi às ruas lutar pelos seus direitos. (vários cidadãos)</p><p>• Concreto pelo abstrato: Natália, a melhor aluna da classe, tem ótima cabeça. (inteligência)</p><p>• Continente pelo conteúdo: Quero um copo d’água. (copo com água)</p><p>• Gênero pela espécie: Os homens cometeram barbaridades. (humanidade)</p><p>Catacrese</p><p>Emprego impróprio de uma palavra por não existir outra mais específica.</p><p>Exemplo: Embarcou há pouco no avião.</p><p>Embarcar é colocar-se a bordo de um barco, mas como não há um termo específico para o avião,</p><p>embarcar é o utilizado.</p><p>A catacrese é uma figura de linguagem que representa um tipo de metáfora de uso comum que, com o</p><p>passar do tempo, foi desgastada e se cristalizou.</p><p>Isso porque ao utilizarmos tanto determinada palavra, não notamos mais o sentido figurado expresso</p><p>nela. Por exemplo: O pé da cadeiraestá quebrado.</p><p>O exemplo acima nos leva a pensar no sentido denotativo e conotativo das palavras. Ou seja, a cadeira</p><p>não possui um “pé”, que no sentido denotativo é uma extremidade do membro inferior encontrada nos</p><p>animais terrestres.</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Lembre-se que o sentido denotativo é aquele encontrado nos dicionários, o qual representa o conceito</p><p>“real” da palavra. No exemplo acima, o pé da cadeira está no sentido conotativo (ou figurado) da</p><p>palavra.</p><p>Sendo assim, a catacrese é um tipo especial de metáfora que já foi incorporada por todos os falantes</p><p>da língua.</p><p>Mas, por ser uma expressão muito utilizada e, portanto, desgastada, estereotipada, viciada e pouco</p><p>original, ela é considerada uma catacrese.</p><p>Nesse sentido, utilizamos essa figura de linguagem por meio da aproximação ou semelhança da forma</p><p>de tal objeto.</p><p>Assim, a catacrese faz uma comparação e usa um determinado termo por não ter outro que designe</p><p>algo específico. De tal modo, a palavra perde seu sentido original.</p><p>Entenda mais sobre os conceitos de:</p><p>• Conotação e Denotação</p><p>• Metáfora</p><p>A catacrese está na categoria de figuras de palavras, ao lado da metáfora, metonímia, comparação,</p><p>antonomásia e sinestesia.</p><p>Exemplos de Catacrese</p><p>A catacrese é muito utilizada na linguagem coloquial (informal) e também em textos poéticos e</p><p>músicas. Pode ser considerada uma gíria, uma vez que facilita o processo comunicativo pelo uso de</p><p>outras palavras.</p><p>Confira abaixo alguns exemplos muito comuns de catacrese:</p><p>• Árvore genealógica</p><p>• Fio de óleo</p><p>• Céu da boca</p><p>• Boca do túnel</p><p>• Boca da garrafa</p><p>• Pele do tomate</p><p>• Braço do sofá</p><p>• Braço da cadeira</p><p>• Braço de rio</p><p>• Corpo do texto</p><p>• Pé da página</p><p>• Pé da cama</p><p>• Pé da montanha</p><p>• Pé de limão</p><p>• Perna da mesa</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Maçã do rosto</p><p>• Coroa do abacaxi</p><p>• Asa da xícara</p><p>• Asa do avião</p><p>• Dentes do serrote</p><p>• Dentes de alho</p><p>• Cabeça do alho</p><p>• Cabeça do prego</p><p>• Cabeça do alfinete</p><p>• Batata da perna</p><p>Exemplo de Catacrese na Literatura</p><p>“Dobrando o cotovelo da estrada, Fabiano sentia distanciar-se um pouco dos lugares onde tinha vivido</p><p>alguns</p><p>anos.” (Graciliano Ramos em Vidas Secas.)</p><p>A expressão “cotovelo da estrada” é um tipo de catacrese, utilizada nos textos poéticos para oferecer</p><p>maior expressividade ao texto.</p><p>Exemplo de Catacrese na Música</p><p>“Usei a cara da lua/As asas do vento/Os braços do mar/O pé da montanha” (MPB-4 em “Composição</p><p>Estranha”)</p><p>As expressões “os braços do mar” e “o pé da montanha” são exemplos de catacrese.</p><p>Já as expressões “cara da lua” e “asas do vento” são exemplos de metáfora que ocorrem por meio de</p><p>uma relação de similaridade.</p><p>Curiosidades sobre Catacrese</p><p>Segundo a origem etimológica, a palavra catacrese vem do latim “catachresis” e do grego “katakhresis”</p><p>e significa “mau uso”.</p><p>Originalmente, o termo “embarcar” era utilizado para expressar a entrada num barco. Mas de tanto que</p><p>foi utilizada pelos falantes para entrar em outros meios de transporte, hoje a utilizamos sem notar seu</p><p>sentido original. Assim, a palavra “embarcar” trata-se de uma catacrese.</p><p>Da mesma forma, a palavra “azulejo” era utilizada para determinar ladrilhos azuis. Atualmente, a</p><p>utilizamos para determinar qualquer cor de ladrilho. E, portanto, também se trata de uma catacrese.</p><p>Ainda temos a palavra “encaixar” que no sentido original significava “colocar em caixas”. O termo foi</p><p>tão utilizado pelos falantes da língua que hoje determina a colocação de algo num local que cabe</p><p>perfeitamente.</p><p>Sinestesia</p><p>Associação de sensações por órgãos de sentidos diferentes.</p><p>Exemplo: Com aquele olhos frios, disse que não gostava mais da namorada.</p><p>A frieza está associada ao tato e não à visão.</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>A sinestesia é uma figura de linguagem que faz parte das figuras de palavras. Ela está associada com</p><p>a mistura de sensações relacionadas aos sentidos: tato, audição, olfato, paladar e visão.</p><p>Sendo assim, essa figura de linguagem estabelece uma relação entre planos sensoriais diferentes.</p><p>Ela é muito utilizada como recurso estilístico e, portanto, surge em diversos textos poéticos e musicais.</p><p>No movimento simbolista, a sinestesia foi muito empregada pelos escritores.</p><p>Além da sinestesia, outras figuras de palavras são: a metáfora, a metonímia, a comparação,</p><p>a catacrese e a perífrase (ou antonomásia).</p><p>Exemplos</p><p>Confira abaixo alguns exemplos de sinestesia na literatura:</p><p>• “E um doce vento, que se erguera, punha nas folhas alagadas e lustrosas um frêmito alegre e</p><p>doce.” (Eça De Queiros)</p><p>• “Por uma única janela envidraçada, (…) entravam claridades cinzentas e surdas, sem sombras.”</p><p>(Clarice Lispector)</p><p>• “Insônia roxa. A luz a virgular-se em medo. / O aroma endoideceu, upou-se em cor, quebrou /</p><p>Gritam-me sons de cor e de perfumes.” (Mário de Sá-Carneiro)</p><p>• “As falas sentidas, que os olhos falavam/ Não quero, não posso, não devo contar.” (Casimiro de</p><p>Abreu)</p><p>• “Esta chuvinha de água viva esperneando luz e ainda com gosto de mato longe, meio baunilha,</p><p>meio manacá, meio alfazema.” (Mário de Andrade)</p><p>• “O céu ia envolvendo-a até comunicar-lhe a sensação do azul, acariciando-a como um esposo,</p><p>deixando-lhe o odor e a delícia da tarde.” (Gabriel Miró)</p><p>• “Que tristeza de odor a jasmim!” (Juan Ramón Jiménez)</p><p>Sinestesia na Medicina</p><p>A sinestesia é um termo utilizado também na área da medicina. Trata-se de uma condição neurológica</p><p>(não é considerada doença), geralmente de causa genética (hereditária).</p><p>Ela faz com que um estímulo neurológico cognitivo ou sensorial provoque uma resposta numa outra via</p><p>cognitiva ou sensorial. Trata-se, portanto, de uma confusão mental.</p><p>Assim, um estímulo num determinado sentido provoca reações em outro, criando uma combinação</p><p>entre visão, audição, olfato, paladar e tato.</p><p>Pessoas que tem essa condição neurológica, por exemplo, ouvem cores e sentem sons.</p><p>Curiosidades</p><p>Do grego, o termo “synaísthesis” é formado pelos vocábulos “syn” (união) e “esthesia” (sensação).</p><p>Assim, a palavra está relacionada com a união de sensações.</p><p>O termo “cinestesia” (com c) está relacionado com a percepção corporal por meio da ação dos</p><p>músculos e da sustentação do corpo.</p><p>Perífrase</p><p>Substituição de uma ou mais palavras por outra que a identifique.</p><p>Exemplo: O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de 8 quilômetros. (O rugido do leão é</p><p>ouvido a uma distância de 8 quilômetros.)</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>A perífrase é uma figura de linguagem que está relacionada com as palavras. Por esse motivo, ela está</p><p>na categoria de figuras de palavras.</p><p>A perífrase ocorre pela substituição de uma ou mais palavras por outra expressão. Essa substituição é</p><p>feita mediante uma característica ou atributo marcante sobre determinado termo (ser, objeto ou lugar).</p><p>Além de ser usada na linguagem coloquial (informal), é comum a utilização da perífrase como recurso</p><p>estilístico em textos poéticos e musicais.</p><p>Ainda que a perífrase e a antonomásia sejam consideradas a mesma figura de linguagem, a</p><p>antonomásia trata-se de um tipo de perífrase. Assim, a antonomásia é quando se refere a uma pessoa</p><p>(nomes próprios).</p><p>Note que a perífrase é também chamada de circunlóquio uma vez que apresenta um pensamento de</p><p>modo indireto, com rodeios. Do grego, a palavra “períphrasis” significa o ato de falar em círculos.</p><p>Outras figuras de palavras são: metáfora, metonímia, comparação, catacrese e sinestesia.</p><p>Para saber mais sobre essa figura de linguagem, confira abaixo alguns exemplos.</p><p>Exemplos de Perífrase</p><p>• A cidade luz foi atingida por terroristas nessa tarde. (Paris)</p><p>• A terra da garoa está cada vez mais perigosa. (São Paulo)</p><p>• Sampa é o grande centro financeiro do país. (São Paulo)</p><p>• O país do futebol conquistou mais uma medalha nas olimpíadas. (Brasil)</p><p>• O país do carnaval celebrou mais uma conquista política. (Brasil)</p><p>• A cidade maravilhosa foi palco das olimpíadas 2016. (Rio de Janeiro)</p><p>• O Timão venceu mais um campeonato. (Corinthians)</p><p>• Mais ouro negro foi descoberto no Brasil. (Petróleo)</p><p>• O Velho Chico vem sofrendo com problemas ambientais. (Rio São Francisco)</p><p>• O pulmão do mundo está sofrendo com o desmatamento desenfreado. (Amazônia)</p><p>Exemplos de Antonomásia</p><p>• O poeta dos escravos escreveu diversos poemas abolicionistas. (Castro Alves)</p><p>• O rei do reggae recebeu em 1976 o prêmio de "Banda do Ano". (Bob Marley)</p><p>• A dama do teatro brasileiro foi indicada ao Oscar de melhor atriz. (Fernanda Montenegro)</p><p>• O divino mestre partilhou diversos ensinamentos. (Jesus)</p><p>• O pai da aviação foi um grande inventor brasileiro. (Santos Dumont)</p><p>• O poeta da vila é considerado um dos mais importantes músicos do Brasil. (Noel Rosa)</p><p>• O show do Rei estava lotado. (Roberto Carlos)</p><p>• O rei do pop faleceu em Los Angeles no ano de 2009. (Michael Jackson)</p><p>• A rainha dos baixinhos nasceu na cidade de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul. (Xuxa)</p><p>• O rei do futebol é considerado um dos maiores futebolistas da história mundial. (Pelé)</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Perífrase Verbal</p><p>No âmbito da gramática, a perífrase verbal é uma locução verbal que substitui um verbo simples, por</p><p>exemplo:</p><p>Ele deve trabalhar essa noite. (verbo auxiliar e verbo principal)</p><p>Hipérbole</p><p>Exagero intencional na expressão.</p><p>Exemplo: Quase morri de estudar.</p><p>Na língua portuguesa, a Hipérbole ou Auxese é uma figura de linguagem, mais precisamente uma</p><p>figura de pensamento, a qual indica o exagero intencional do enunciador.</p><p>Em outras palavras, a hipérbole é um recurso muito utilizado, inclusive na linguagem do dia-a-dia, a</p><p>qual expressa uma ideia exagerada ou intensificada de algo ou alguém, por exemplo:</p><p>"Estou morrendo de sede".</p><p>Note que o "contrário" da hipérbole, é a figura de pensamento denominada eufemismo, posto que ele</p><p>suaviza ou ameniza as expressões, enquanto a hipérbole as intensifica.</p><p>Figuras de Pensamento</p><p>Hipérbole</p><p>Exagero intencional na expressão.</p><p>Exemplo: Quase morri de estudar.</p><p>Na língua portuguesa, a Hipérbole ou Auxese é uma figura de linguagem, mais precisamente</p><p>uma</p><p>figura de pensamento, a qual indica o exagero intencional do enunciador.</p><p>Em outras palavras, a hipérbole é um recurso muito utilizado, inclusive na linguagem do dia-a-dia, a</p><p>qual expressa uma ideia exagerada ou intensificada de algo ou alguém, por exemplo:</p><p>"Estou morrendo de sede".</p><p>Note que o "contrário" da hipérbole, é a figura de pensamento denominada eufemismo, posto que ele</p><p>suaviza ou ameniza as expressões, enquanto a hipérbole as intensifica.</p><p>Eufemismo</p><p>Forma de suavizar o discurso.</p><p>Exemplo: Entregou a alma a Deus.</p><p>Acima, a frase informa a morte de alguém.</p><p>O Eufemismo é uma figura de pensamento, que corresponde a um dos subgrupos das figuras de</p><p>linguagem, a qual está intimamente relacionada ao significado das palavras. Do grego, a palavra</p><p>“euphémein” é formada pelo termo “pheme” (palavra) e o prefixo "eu-" (bom, agradável), que significa</p><p>“pronunciar palavras agradáveis”.</p><p>Sendo assim, o eufemismo é um recurso estilístico muito utilizado na linguagem coloquial bem como</p><p>nos textos literários com o intuito de atenuar ou suavizar o sentido das palavras, substituindo assim, os</p><p>termos contidos no discurso, embora o sentido essencial permanece, por exemplo: Ele deixou esse</p><p>mundo. (nesse caso, a expressão “deixou esse mundo”, ameniza o discurso real: ele morreu.)</p><p>Dessa forma, esse recurso é utilizado muitas vezes pelo emissor do discurso, para que o receptor não</p><p>se ofenda com a mensagem triste ou desagradável que será enunciada. No entanto, há expressões em</p><p>que notamos a presença do eufemismo, com um tom irônico, por exemplo: Ela vestiu o paletó de</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>madeira, frase indicando a morte da pessoa, de forma que a expressão “paletó de madeira” faz</p><p>referência ao objeto “caixão, ataúde, urna funerária”.</p><p>Note que o eufemismo se opõe a figura de pensamento denominada hipérbole, visto que ela é baseada</p><p>no exagero intencional do enunciador do discurso. Em outras palavras, enquanto o eufemismo suaviza</p><p>as expressões, a principal função da hipérbole é intensificar ou aumentar o sentido das palavras.</p><p>Litote</p><p>Forma de suavizar uma ideia. Neste sentido, assemelha-se ao eufemismo, bem como é a oposição da</p><p>hipérbole.</p><p>Exemplo: — Não é que sejam más companhias… — disse o filho à mãe.</p><p>Pelo discurso, percebemos que apesar de as suas companhias não serem más, também não são boas.</p><p>Litote é uma figura de linguagem, mais precisamente uma figura de pensamento. Ele é usado para</p><p>abrandar uma expressão por meio da negação do contrário. Ele permite afirmar algo por meio da</p><p>negação, por exemplo:</p><p>Eu não estou feliz com a notícia da prefeitura. Nesse exemplo, a expressão “não estou feliz” atenua a</p><p>ideia de “ficar triste”.</p><p>Lembre-se que essas palavras de significados opostos são chamadas de antônimos, por exemplo: bom</p><p>e mau, feliz e triste, caro e barato, bonito e feio, rico e pobre, etc.</p><p>O litote é muito utilizado na linguagem coloquial (informal) e geralmente o locutor tem o intuito de não</p><p>dizer diretamente o que se pretende. Além disso, ele é empregado nos textos literários.</p><p>Isso porque algumas vezes a expressão pode soar desagradável ou mesmo ter um tom agressivo para</p><p>o ouvinte.</p><p>Exemplos</p><p>• Joana pode não ser das melhores alunas da classe. (é ruim, ou seja, não é boa)</p><p>• Luíza não é das mais bonitas. (é feia, ou seja, não é bonita)</p><p>• Essa camisa não é cara. (é barata, ou seja, não é cara)</p><p>• Seus conselhos não são maus. (são bons, ou seja, não são maus)</p><p>• Rafael não está certo sobre o crime. (está errado, ou seja, não está certo)</p><p>• Essa bebida não está quente. (está fria, ou seja, não está quente)</p><p>• Sofia não é nada boba. (é esperta, ou seja, não é boba)</p><p>• Samuel não é pobre pois tem uma grande casa na praia. (é rico, ou seja, não é pobre)</p><p>• Manuela não dançou bem na apresentação da escola. (dançou mal, ou seja, não dançou bem)</p><p>• O supervisor Marcos não está limpo. (está sujo, ou seja, não está limpo)</p><p>Litote e Eufemismo</p><p>O litote e o eufemismo são duas figuras que pensamento que podem causar confusão. Isso porque o</p><p>eufemismo também é usado para atenuar uma ideia, por exemplo: Salvador não está mais entre nós</p><p>(ele morreu).</p><p>Da mesma maneira, o litote suaviza um enunciado, mas lembre-se que ele ocorre mediante a negação</p><p>do contrário.</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>10 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Sendo assim, o litote se opõe à figura de pensamento chamada hipérbole, uma vez que ela marca um</p><p>exagero intencional do enunciador.</p><p>Ironia</p><p>Representação do contrário daquilo que se afirma.</p><p>Exemplo: É tão inteligente que não acerta nada.</p><p>Sarcasmo e Ironia</p><p>O sarcasmo e a ironia são recursos estilísticos empregados pelos emissores dos textos (sejam os</p><p>textos orais ou escritos) com o intuito de oferecer maior expressividade ao discurso enunciado.</p><p>Em outras palavras, o sarcasmo e a ironia são utilizadas quando o autor do texto pretende oferecer</p><p>uma maior dramaticidade ao discurso, utilizando, dessa maneira, as palavras em seu sentido</p><p>conotativo (figurado), em detrimento de seu sentido real, chamado de denotativo.</p><p>Diferença entre Sarcasmo e Ironia</p><p>Embora sejam termos que se aproximem e muitas vezes são empregados como sinônimos, o</p><p>sarcasmo e a ironia possuem suas peculiaridades. Destarte, o sarcasmo é um recurso expressivo</p><p>utilizado sobretudo, com um sentido provocativo, malicioso e de crítica, enquanto a ironia é a uma</p><p>figura de linguagem que expressa o oposto do que o autor pretende afirmar.</p><p>Sarcasmo e Ironia</p><p>O sarcasmo e a ironia são recursos estilísticos empregados pelos emissores dos textos (sejam os</p><p>textos orais ou escritos) com o intuito de oferecer maior expressividade ao discurso enunciado.</p><p>Em outras palavras, o sarcasmo e a ironia são utilizadas quando o autor do texto pretende oferecer</p><p>uma maior dramaticidade ao discurso, utilizando, dessa maneira, as palavras em seu sentido</p><p>conotativo (figurado), em detrimento de seu sentido real, chamado de denotativo.</p><p>Diferença entre Sarcasmo e Ironia</p><p>Embora sejam termos que se aproximem e muitas vezes são empregados como sinônimos, o</p><p>sarcasmo e a ironia possuem suas peculiaridades. Destarte, o sarcasmo é um recurso expressivo</p><p>utilizado sobretudo, com um sentido provocativo, malicioso e de crítica, enquanto a ironia é a uma</p><p>figura de linguagem que expressa o oposto do que o autor pretende afirmar.</p><p>Em resumo, o sarcasmo e a ironia estão intimamente ligados, entretanto, diferem na intenção</p><p>estabelecida pelo escritor, ou seja, o sarcasmo sempre apresenta um tom provocador, mordaz e de</p><p>zombaria, que apela ao humor ou ao riso, todavia, a ironia apresenta um tom menos áspero, de forma</p><p>que se trata de uma contradição do sentido literal das palavras, sendo utilizada de forma mais amena,</p><p>sutil.</p><p>Não obstante, para alguns estudiosos do tema, o sarcasmo corresponde a um tipo de ironia com um</p><p>teor provocativo, e por sua vez, a ironia pode ser classificada de três maneiras, a saber: a ironia oral,</p><p>que expressa a diferença entre o discurso e a intenção; a ironia dramática ou satírica, diferença entre a</p><p>expressão e a compreensão; e a ironia de situação que corresponde a diferença existente entre a</p><p>intenção e o resultado da ação.</p><p>Ambos termos são provenientes da língua grega: a palavra sarcasmo (sarkasmós) significa zombaria,</p><p>escárnio, enquanto a palavra ironia (euroneia) significa dissimular, fingir. Para o escritor</p><p>contemporâneo brasileiro Gabito Nunes: “Quando uso o humor como escudo, é ironia. Quando uso o</p><p>humor como arma, é sarcasmo”.</p><p>Exemplos</p><p>Para estabelecer melhor essa distinção entre o sarcasmo e a ironia, vejamos os exemplos abaixo:</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>11 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Ela é tão inteligente que errou todas as questões da prova. (Ironia)</p><p>• Sua maquiagem está linda, mas seu rosto é bem mais. (Sarcasmo)</p><p>Personificação</p><p>Atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais.</p><p>Exemplo: O jardim olhava as crianças sem dizer nada.</p><p>Na língua</p><p>portuguesa, a personificação (também chamada de prosopopeia ou animismo) é uma figura</p><p>de linguagem, mais precisamente, uma figura de pensamento muito utilizada nos textos literários.</p><p>Ela está diretamente relacionada com o significado (campo semântico) das palavras e corresponde ao</p><p>efeito de “personificar”, ou seja, dar vida aos seres inanimados.</p><p>Desse modo, a personificação é utilizada para atribuir sensações, sentimentos, comportamentos,</p><p>características e/ou qualidades essencialmente humanas (seres animados) aos objetos inanimados ou</p><p>seres irracionais, por exemplo: O dia acordou feliz.</p><p>Segundo o exemplo, a característica de “acordar feliz” é uma característica humana, que, nesse caso,</p><p>está atribuída ao dia (substantivo inanimado).</p><p>Note que a personificação pode também atribuir qualidades de seres animados a outros seres</p><p>animados, por exemplo, os animais: A cachorro sorriu para o dono.</p><p>A palavra personificação, derivada do verbo personificar, possui origem latina, sendo formada pelos</p><p>termos “persona” (pessoa, face, máscara) e o sufixo "–ção", que denota ação, ou seja, significa, ao pé</p><p>da letra, uma pessoa mascarada.</p><p>Da mesma maneira, a palavra prosopopeia, derivada do grego, é formada pelos termos “prosopon”</p><p>(pessoa, face, máscara) e “poeio” (finjo), ou seja, significa pessoa que finge.</p><p>Figuras de Linguagem</p><p>As figuras de linguagem são recursos estilísticos muito utilizadas nos textos literários, de modo que o</p><p>enunciador (emissor, autor) pretende dar mais ênfase ao seu discurso. Assim, ele emprega as palavras</p><p>no sentido conotativo, ou seja, no sentido figurado, em detrimento do sentido real atribuído à palavra, o</p><p>sentido denotativo.</p><p>As figuras de linguagem são classificadas em:</p><p>• Figuras de Palavras: metáfora, metonímia, comparação, catacrese, sinestesia e antonomásia.</p><p>• Figuras de Pensamento: ironia, antítese, paradoxo, eufemismo, litote, hipérbole, gradação,</p><p>personificação e apóstrofe.</p><p>• Figuras de Sintaxe: elipse, zeugma, silepse, assíndeto, polissíndeto, anáfora, pleonasmo, anacoluto</p><p>e hipérbato.</p><p>• Figuras de Som: aliteração, assonância, onomatopeia e paranomásia.</p><p>Exemplos de Personificação</p><p>Segue abaixo alguns exemplos em que a personificação é empregada:</p><p>O dia acordou feliz e o sol sorria para mim.</p><p>O vento assobiava esta manhã em que o céu chorava.</p><p>Naquela noite, a lua beijava o céu.</p><p>Após a erupção do vulcão, o fogo dançava por entre as casas.</p><p>Nos exemplos acima, nota-se a utilização da personificação, na medida em que características de</p><p>seres animados (que possuem alma, vida) são atribuídas aos seres inanimados (sem vida).</p><p>Note que os verbos ligados os substantivos inanimados (dia, sol, vento, fogo e lua) são características</p><p>dos seres humanos: acordar, sorrir, assobiar, chorar e beijar.</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>12 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Antítese</p><p>Uso de termos que têm sentidos opostos.</p><p>Exemplo: Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.</p><p>A Antítese representa uma figura de pensamento, pertencente a um dos subgrupos que compõem as</p><p>figuras de linguagem, que por sua vez, são recursos estilísticos que buscam proporcionar maior</p><p>ênfase, destaque ou expressividade ao discurso proferido.</p><p>De tal modo, a antítese corresponde a aproximação de palavras com sentidos opostos, por exemplo: o</p><p>ódio e a amor andam de mãos dadas. (nesse caso, o termo “ódio” está posicionada ao lado de seu</p><p>termo contrário, o "amor")</p><p>Na história literatura, a linguagem do período barroco (1580-1756), escola literária baseada nos</p><p>contrastes, conflitos, dualidades e excessos, utilizou a antítese como um dos principais recursos</p><p>estilísticos. Do grego, a palavra “antithèsis” é formada pelos termos “anti” (contra) e thèsis (ideia), que</p><p>significa literalmente ideia contra.</p><p>Diferença entre Antítese e Paradoxo</p><p>Muito comum haver confusão entre as figuras de pensamento denominadas antítese e paradoxo, uma</p><p>vez que ambas estão pautadas na oposição.</p><p>No entanto, a antítese apresenta palavras ou expressões que contenham significados contrários,</p><p>enquanto o paradoxo (também chamado de oximoro) emprega ideias opostas e absurdas entre o</p><p>mesmo referente no discurso.</p><p>Para entender melhor essa diferença, observe os exemplos abaixo:</p><p>• Durante a vida, acreditamos em muitas verdades e mentiras (antítese)</p><p>• Para mim, a melhor companhia é a solidão. (paradoxo)</p><p>Ambos exemplos estão pautados na oposição, no entanto, o primeiro buscou expor palavras contrárias,</p><p>ou seja, "verdade" e "mentira", enquanto no segundo, a oposição ocorre no mesmo referente, por meio</p><p>da ideia absurda de que a solidão é boa companhia, o que contraria o conceito ruim associado à</p><p>condição da solidão: não ter amigos ou companheiros, ser um dos principais motivos da depressão,</p><p>suicídios, dentre outros.</p><p>Exemplos de Antítese</p><p>Segue abaixo alguns exemplos em que a antítese é empregada. Note que os termos em destaque</p><p>apontam para seus opostos:</p><p>• A relação deles era de amor e ódio.</p><p>• O dia está frio e meu corpo está quente.</p><p>• A vida e a morte: duas figuras de uma mesma moeda.</p><p>• A tristeza e a felicidade fazem parte da vida.</p><p>• Bonito para alguns, feio para outros.</p><p>• Vivemos num paraíso ou num inferno?</p><p>• Faça sol ou faça chuva, estarei no teatro.</p><p>• O céu e a terra se fundem tal qual uma pintura.</p><p>• A luz e a escuridão estavam presentes em sua obra.</p><p>• Não sei dizer qual verdade reside na mentira.</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>13 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Paradoxo</p><p>Uso de ideias que têm sentidos opostos, não apenas de termos (tal como no caso da antítese).</p><p>Exemplo: Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom.</p><p>Como é possível alguém estar cego e ver?</p><p>Na literatura, o paradoxo (também chamado de oximoro) é uma figura de pensamento baseada na</p><p>contradição.</p><p>Muitas vezes pode apresentar uma expressão absurda e aparentemente sem nexo, entretanto, expõem</p><p>uma ideia fundamentada na verdade.</p><p>Esse conceito é também utilizado em outras áreas do conhecimento, tal qual a filosofia, psicologia,</p><p>retórica, matemática e física.</p><p>Do latim, o termo paradoxo (paradoxum) é formado pelo prefixo “para” (contrário ou oposto) e o sufixo</p><p>“doxa” (opinião), que literalmente significa opinião contrária.</p><p>Exemplo de Paradoxo</p><p>Para entender melhor o conceito de paradoxo, vejamos a seguir, o soneto do português Luís Vaz de</p><p>Camões (1524-1580).</p><p>O escritor utiliza o paradoxo como principal figura de linguagem, ao unir ideais contraditórias que, por</p><p>sua vez, apresentam uma coerência:</p><p>Amor é fogo que arde sem se ver,</p><p>é ferida que dói, e não se sente;</p><p>é um contentamento descontente,</p><p>é dor que desatina sem doer.</p><p>É um não querer mais que bem querer;</p><p>é um andar solitário entre a gente;</p><p>é nunca contentar-se de contente;</p><p>é um cuidar que ganha em se perder.</p><p>É querer estar preso por vontade;</p><p>é servir a quem vence, o vencedor;</p><p>é ter com quem nos mata, lealdade.</p><p>Mas como causar pode seu favor</p><p>nos corações humanos amizade,</p><p>se tão contrário a si é o mesmo Amor?</p><p>Gradação</p><p>Apresentação de ideias que progridem de forma crescente (clímax) ou decrescente (anticlímax).</p><p>Exemplo: Inicialmente calma, depois apenas controlada, até o ponto de total nervosismo.</p><p>No exemplo acima acompanhamos a progressão da tranquilidade até o nervosismo.</p><p>A gradação (ou clímax) é uma figura de linguagem que está na categoria de figura de pensamento. Ela</p><p>ocorre mediante uma hierarquia dos termos que compõem a frase.</p><p>A gradação é empregada por meio da enumeração de elementos frasais. Tem o intuito de enfatizar as</p><p>ideias numa sentença de ritmo crescente, até atingir o clímax (grau máximo).</p><p>Ou seja, ela oferece maior expressividade ao texto utilizando uma sequência de palavras que</p><p>intensificam uma ideia de maneira gradativa, e por isso recebe esse nome.</p><p>Essa figura de estilo é utilizada na linguagem artística, seja em textos poéticos ou musicais.</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>14 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Classificação</p><p>Na gradação, essa hierarquia pode ocorrer na forma crescente ou decrescente. Quando ela ocorre de</p><p>maneira crescente é chamada de clímax ou gradação ascendente.</p><p>Por sua vez, se ocorre de maneira decrescente é chamada de anticlímax ou gradação descendente.</p><p>Para compreender melhor, confira abaixo os exemplos:</p><p>• No restaurante, sentei, pedi, comi, paguei. (clímax)</p><p>• Ana estava pelo mundo e chegou no país, no estado, na cidade, no bairro. (anticlímax)</p><p>Exemplos de Gradação</p><p>Veja abaixo exemplos de gradação na literatura e na música:</p><p>• “Por mais que me procure, antes de tudo ser feito,/eu era amor. Só isso encontro./Caminho, navego,</p><p>voo,/- sempre amor.” (Cecília Meireles)</p><p>• “Mais dez, mais cem, mais mil e mais um bilião, uns cingidos de luz, outros ensangüentados (...).”</p><p>(Machado de Assis)</p><p>• “Em cada porta um freqüentado olheiro,/que a vida do vizinho, e da vizinha/pesquisa, escuta,</p><p>espreita, e esquadrinha,/para a levar à Praça, e ao Terreiro.” (Gregório de Matos)</p><p>• “Oh, não aguardes, que a madura idade/Te converta em flor, essa beleza/Em terra, em cinza, em</p><p>pó, em sobra, em nada.” (Gregório de Matos)</p><p>• “O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se.” (Padre Antônio Vieira)</p><p>• “Ninguém deve aproximar-se da jaula, o felino poderá enfurecer-se, quebrar as grades, despedaçar</p><p>meio mundo.” (Murilo Mendes)</p><p>• “Eu era pobre. Era subalterno. Era nada.” (Monteiro Lobato)</p><p>• “Carregando flores/E a se desmanchar/E foram virando peixes/Virando conchas/Virando</p><p>seixos/Virando areia.” (Música “Mar e Lua” de Chico Buarque)</p><p>• “E o meu jardim da vida/Ressecou, morreu/Do pé que brotou Maria/Nem margarida nasceu.”</p><p>(Música “Flor de Lis de Djavan)</p><p>Apóstrofe</p><p>Interpelação feita com ênfase.</p><p>Exemplo: Ó céus, é preciso chover mais?</p><p>Apóstrofe é uma figura de linguagem que está na categoria de figuras de pensamento.</p><p>É caracterizada pelas expressões que envolvem invocações, chamamentos e interpelações de um</p><p>interlocutor (seres reais ou não).</p><p>Por esse motivo, a apóstrofe exerce a função sintática de vocativo, sendo, portanto, uma característica</p><p>dos discursos diretos.</p><p>De tal maneira, ela interrompe a narração com o intuito de invocar alguém ou algo que esteja presente</p><p>ou ausente no momento da fala.</p><p>A apóstrofe é um recurso estilístico muito utilizado na linguagem informal (cotidiana), nos textos</p><p>religiosos, políticos e poéticos.</p><p>Além da apóstrofe, as figuras de pensamento são: gradação (ou clímax), personificação(ou</p><p>prosopopeia), eufemismo, hipérbole (ou auxese), litote, antítese, paradoxo (ou oxímoro) e ironia.</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>15 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Exemplos</p><p>• Ó Deus! Ó Céus! Porque não me ligou?</p><p>• Senhor, tende piedade de nós.</p><p>• Padre, posso me confessar?</p><p>• Povo de São Paulo! Vamos vencer juntos.</p><p>• Liberdade, Liberdade! É isso que pretendemos nessa luta.</p><p>• Nossa! Como você conseguiu?</p><p>• Minha Filha! Que linda você está!</p><p>Exemplos na Literatura</p><p>• “Ó mar salgado, quanto do teu sal/São lágrimas de Portugal.” (Fernando Pessoa)</p><p>• “Olha Marília, as flautas dos pastores,/Que bem que soam, como são cadentes!” (Bocage)</p><p>• “Criança! não verás país nenhum como este:/Imita na grandeza a terra em que nasceste!” (Olavo</p><p>Bilac)</p><p>• “Tende piedade de mim, Senhor, de todas as mulheres.” (Vinícius de Moraes)</p><p>• “Deus, ó Deus! Onde estás, que não me respondes?” (Castro Alves).</p><p>• “Supremo Senhor e Governador do universo, que às sagradas quinas de Portugal, e às armas e</p><p>chagas de Cristo, sucedam as heréticas listas de Holanda, rebeldes a seu rei e a Deus?...” (Padre</p><p>Antônio Vieira)</p><p>Atenção!</p><p>Não confunda apóstrofe com apóstrofo. Enquanto o primeiro é uma figura de pensamento, o segundo é</p><p>um sinal gráfico (’) que indica a supressão de letras e sons, por exemplo: copo d’água.</p><p>A apóstrofe e o apóstrofo são palavras parônimas. Ou seja, termos que se assemelham na grafia e na</p><p>pronúncia, mas diferem no sentido.</p><p>Figuras de Sintaxe</p><p>Elipse</p><p>Omissão de uma palavra que se identifica de forma fácil.</p><p>Exemplo: Tomara você me entenda (Tomara que você me entenda).</p><p>A elipse é uma figura de linguagem que está na categoria de figuras de sintaxe (ou de construção).</p><p>Isso porque ela está relacionada com a construção sintática dos enunciados.</p><p>Ela é utilizada para omitir termos numa sentença que não forem mencionados anteriormente. No</p><p>entanto, esses termos são facilmente identificáveis pelo interlocutor.</p><p>Exemplo: Comi no restaurante da minha avó na semana passada.</p><p>No exemplo acima, sabemos que pela conjugação do verbo (primeira pessoa do singular), o termo</p><p>omitido foi o pronome pessoal (eu). Esse caso é chamado de “elipse de sujeito”.</p><p>Além da omissão do sujeito, a elipse pode ocorrer com outros termos da frase: verbos, advérbios e</p><p>conjunções.</p><p>Utilizamos essa figura de linguagem (ou estilo) cotidianamente nos discursos informais (linguagem</p><p>oral).</p><p>Ela é também muito empregada nos textos de modo a oferecer maior fluidez textual, evitando, por</p><p>exemplo, a repetição de alguns termos nas frases. Importante notar que a ausência desses termos não</p><p>interfere na compreensão textual.</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>16 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Além da elipse, outras figuras de sintaxe são:</p><p>zeugma, hipérbato, silepse, assíndeto, polissíndeto, anáfora, anacoluto e pleonasmo.</p><p>Exemplos</p><p>Confira abaixo alguns exemplos de elipse na música e na literatura:</p><p>• “Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (Machado de Assis) – omissão do verbo “haver”. (Na</p><p>sala havia apenas quatro ou cinco convidados)</p><p>• “A tarde talvez fosse azul, não houvesse tantos desejos.” (Carlos Drummond de Andrade) –</p><p>omissão da conjunção “se”. (A tarde talvez fosse azul se não houvesse tantos desejos)</p><p>• “Onde se esconde a minha bem-amada?/Onde a minha namorada...” (música “Canto triste” Edu</p><p>Lobo) – omissão do verbo “está”. (Onde está a minha namorada...)</p><p>• “Quando olhaste bem nos olhos meus/E o teu olhar era de adeus, juro que não acreditei.” (música</p><p>“Atrás da porta”) –omissão dos pronomes “tu” e “eu” (Quando tu olhaste bem nos olhos meus/E o teu</p><p>olhar era de adeus, eu juro que não acreditei)</p><p>Elipse e Zeugma</p><p>A zeugma, tal qual a elipse, é figura de sintaxe. Ela é considerada um tipo de elipse.</p><p>A diferença entre elas consiste na identificação do termo na frase. Ou seja, na elipse, o termo pode ser</p><p>identificado pelo contexto, ou mesmo, pela gramática. Mas, na elipse esses termos não foram</p><p>mencionados anteriormente.</p><p>Já na zeugma, os termos que foram omitidos já foram mencionados. Para compreender melhor, veja</p><p>abaixo os exemplos:</p><p>• Elipse: Andei por todo o parque. (Eu)</p><p>• Zeugma: Anne comprou banana, eu, maçã. (Comprei)</p><p>Atenção!</p><p>Quando a zeugma é empregada, o uso da vírgula, do ponto e vírgula ou do ponto final é obrigatório.</p><p>Exemplos:</p><p>• Na casa de Alfredo tinha jacuzzi; na minha, uma piscina. (omissão de “tinha”)</p><p>• Na casa de Maria havia laranjeira. Na minha, limoeiro. (omissão de “havia”)</p><p>• Mariana prefere artes plásticas, eu, cinema. (omissão de “prefiro”)</p><p>Curiosidades</p><p>• Do grego, o termo “élleipsis” significa “omissão” ou “falta”.</p><p>• Na matemática, o termo elipse define um tipo de forma ou de gráfico.</p><p>• Na astronomia, as elipses designam órbitas planetárias.</p><p>Zeugma</p><p>Omissão de uma palavra pelo fato de ela já ter sido usada antes.</p><p>Exemplo: Fiz a introdução, ele a conclusão. (Fiz a introdução, ele fez a conclusão.)</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>17 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>A Zeugma é uma figura de linguagem que está na categoria de figuras de sintaxe ou de construção.</p><p>Isso porque ela interfere na construção sintática das frases.</p><p>Ela é usada para omitir termos na oração com o intuito de evitar a repetição desnecessária de alguns</p><p>termos, como o verbo ou o substantivo.</p><p>Sendo assim, ela torna a linguagem do texto mais fluida. Quando é utilizada, o uso da vírgula torna-se</p><p>necessário.</p><p>A zeugma é utilizada</p><p>Depois da sílaba -me: mexer, mexido, mexicano.</p><p>• Palavras com origem indígena ou africana: xará, xavante, xingar.</p><p>• Depois da sílaba inicial -en: enxofre, enxada, enxame.</p><p>Exceção: O verbo encher escreve-se com ch. O mesmo acontece com as palavras que dele derivem:</p><p>enchente, encharcar, enchido.</p><p>Escreve-se com x</p><p>Escreve-se com ch</p><p>bexiga bochecha</p><p>bruxa boliche</p><p>caxumba broche</p><p>elixir cachaça</p><p>faxina chuchu</p><p>graxa colcha</p><p>lagartixa fachada</p><p>mexerico mochila</p><p>xerife salsicha</p><p>xícara tocha</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Uso do h</p><p>O h é utilizado nas seguintes situações:</p><p>• No final de algumas interjeições: Ah!, Oh!, Uh!</p><p>• Por força da etimologia: habilidade, hoje, homem.</p><p>• Nos dígrafos ch, lh, nh: flecha, vermelho, manha.</p><p>• Nas palavras compostas: mini-hotel, sobre-humano, super-homem.</p><p>Exceção: A palavra Bahia quando se refere ao estado é uma exceção. O acidente geográfico baía é</p><p>grafado sem h.</p><p>Uso do s/z</p><p>O s é utilizado nas seguintes situações:</p><p>• Nos adjetivos terminados pelos sufixos -oso/-osa que indicam grande quantidade, estado ou</p><p>circunstância: bondoso, feiosa, oleoso.</p><p>• Nos sufixo -ês, -esa, -isa que indicam origem, título ou profissão: marquês, francesa, poetisa.</p><p>• Depois de ditongos: coisa, maisena, lousa.</p><p>• Na conjugação dos verbos pôr e querer: pôs, quis, quiseram.</p><p>O z, por sua vez, é utilizado nas seguintes situações:</p><p>• Nos sufixos -ez/-eza que formam substantivos a partir de adjetivos: magro - magreza, belo - beleza,</p><p>grande - grandeza.</p><p>• No sufixo - izar, que forma verbo: atualizar, batizar, hospitalizar.</p><p>Escreve-se com s</p><p>Escreve-se com z</p><p>alisar amizade</p><p>análise aprazível</p><p>atrás azar</p><p>através azia</p><p>aviso desprezo</p><p>gás giz</p><p>groselha prazer</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Escreve-se com s</p><p>Escreve-se com z</p><p>invés rodízio</p><p>jus talvez</p><p>uso verniz</p><p>Uso do g/j</p><p>O g é utilizado nas seguintes situações:</p><p>• Nas palavras que terminem em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: presságio, régio, litígio, relógio,</p><p>refúgio.</p><p>• Nos substantivos que terminem em -gem: alavancagem, vagem, viagem.</p><p>O j, por sua vez, é utilizado nas seguintes situações:</p><p>• Palavras com origem indígena: pajé, jerimum, canjica.</p><p>• Palavras com origem africana: jabá, jiló, jagunço.</p><p>Observações:</p><p>1. A conjugação do verbo viajar no Presente do Subjuntivo escreve-se com j: (Que ) eles/elas viajem.</p><p>2. Nos verbos que, no infinitivo, contenham g antes de e ou i, o g é substituído para jantes do a ou</p><p>do o, de forma a que seja mantido o mesmo som. Assim: afligir - aflija, aflijo; eleger - elejam, elejo; agir</p><p>- ajam, ajo.</p><p>Escreve-se com g</p><p>Escreve-se com j</p><p>angélico anjinho</p><p>estrangeiro berinjela</p><p>gengibre cafajeste</p><p>geringonça gorjeta</p><p>gim jeito</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Escreve-se com g</p><p>Escreve-se com j</p><p>gíria jiboia</p><p>ligeiro jiló</p><p>sargento laje</p><p>tangerina sarjeta</p><p>tigela traje</p><p>Parônimos e Homônimos</p><p>Há diferentes formas de escrita que existem, ou seja, são aceitas, mas cujo significado é diferente.</p><p>Assim, estamos diante de palavras parônimas quando as palavras são parecidas na grafia ou na</p><p>pronúncia, mas têm significados diferentes.</p><p>Exemplos:</p><p>cavaleiro (de cavalos) cavalheiro (educado)</p><p>comprimento (tamanho) cumprimento (de cumprir ou cumprimentar)</p><p>descrição (descrever) discrição (de discreto)</p><p>descriminar (absolver) discriminar (distinguir)</p><p>emigrar (deixar o país) imigrar (entrar no país)</p><p>Por outro lado, podemos estar diante de palavras homônimas quando as palavras têm a mesma</p><p>pronúncia, mas significados diferentes.</p><p>Exemplos:</p><p>cela (cômodo pequeno) sela (de cavalos)</p><p>cheque (meio de pagamento) xeque (do xadrez)</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>esperto (perspicaz) experto (experiente)</p><p>ruço (pardo claro) russo (da Rússia)</p><p>tachar (censurar) taxar (fixar taxa)</p><p>Palavras e Expressões que Oferecem Dificuldades</p><p>Além das situações mencionadas acima e os casos de acentuação e pontuação, há uma série de</p><p>palavras e expressões que oferecem dificuldades. São exemplos: A baixo / Abaixo, Onde / Aonde, Mas</p><p>/ Mais, entre tantas outras.</p><p>Veja toda a matéria de Ortografia:</p><p>Palavras difíceis e seus significados</p><p>Palavras difíceis são geralmente as que não são utilizadas com frequência, que surgem principalmente</p><p>em contexto formal. Por esse motivo, parecem diferentes, ou mesmo estranhas. A sua dificuldade</p><p>respeita ao seu significado, mas também ao ato de falar, ou seja, a forma correta de pronunciá-las.</p><p>Palavras difíceis de entender</p><p>1. Alvíssaras</p><p>Expressão de alegria por notícia recebida. Exemplo: Alvíssaras ao novo presidente!</p><p>2. Agnóstico</p><p>Aquele que não acredita em Deus e nem nega a sua existência. Exemplo: Ele dizia ser agnóstico, até</p><p>que, desesperado, se viu a pedir ajuda a Deus.</p><p>3. Beneplácito</p><p>Consentimento ou aprovação. Exemplo: Foram recebidos com o beneplácito da Assembleia.</p><p>4. Cuntatório</p><p>Em que há demora. Exemplo: Tenha paciência! Esse tipo de processo é cuntatório.</p><p>5. Desasnado</p><p>Que recebeu instrução, que desasnou. Exemplo: Depois de muita instrução, finalmente parece</p><p>desasnado.</p><p>6. Empedernido</p><p>Aquele que não se deixa persuadir ou não se comove. Exemplo: É a tal ponto empedernido que nem</p><p>uma notícia dessas o comove.</p><p>7. Filaucioso</p><p>Presunçoso. Exemplo: Com seu ar filaucioso, disse que já sabia tudo aquilo.</p><p>8. Graçolar</p><p>Dizer graçolas ou brincadeiras. Exemplo: Apesar da sua condição, passa os dias a graçolar.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>9. Horrípilo</p><p>Horripilante. Exemplo: O tom da sua voz é horrípilo!</p><p>10. Iconoclasta</p><p>Aquele que contesta a veneração de símbolos religiosos. Exemplo: Não faz sentido contar com um</p><p>iconoclasta para a restauração desse monumento religioso.</p><p>11. Inócuo</p><p>Inofensivo. Exemplo: Com a garantia de que qualquer reação seria inócua, aceitou experimentar.</p><p>12. Juvenelizante</p><p>Que rejuvenesce. Exemplo: Sinto-me muito melhor! O passeio foi realmente juvenelizante.</p><p>13. Kafkaesco</p><p>Que se assemelha às propostas de Kafka. Exemplo: A realidade transcendente presente nas obras</p><p>traduz o seu estilo kafkaesco.</p><p>14. Loquaz</p><p>Eloquente, aquele que fala muito. Exemplo: É admirável a maneira loquaz com que discursa à plateia.</p><p>15. Mendacioso</p><p>Aquele que mente. Exemplo: Ninguém seria capaz em acreditar num discurso tão mendacioso.</p><p>16. Nitidificar</p><p>Tornar nítido. Exemplo: Com mais esclarecimentos sobre o tema, conseguiremos nitidificar tudo o que</p><p>foi exposto.</p><p>17. Odiento</p><p>Que guarda ódio. Exemplo: Não chegará a lado nenhum com suas palavras odientas.</p><p>18. Prognóstico</p><p>Que indica previsão. Exemplo: O prognóstico do médico indicou sérias complicações no seu estado de</p><p>saúde.</p><p>19. Putrefato</p><p>Em estado de apodrecimento. Exemplo: Tempos depois da tragédia, foram encontrados vários animais</p><p>putrefatos.</p><p>20. Quimera</p><p>Sonho que não é possível realizar. Exemplo: Nesse momento, resolver esse problema seria uma</p><p>verdadeira quimera.</p><p>21. Recôndito</p><p>Oculto. Exemplo: Procurou um local recôndito e começou a chorar.</p><p>22. Sumidade</p><p>Aquele que se destaca pela erudição. Exemplo: O professor era uma sumidade em arte barroca.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>23. Tergiversar</p><p>Fazer rodeios. Exemplo: Não tentem tergiversar porque já entendi muito bem o que tais candidatos</p><p>querem.</p><p>24. Ufanismo</p><p>Aquele que se orgulha de algo de forma exagerada. Exemplo: O ufanismo o faz encarar os problemas</p><p>com muita seriedade.</p><p>25. Vicissitude</p><p>Sucessão de mudanças. Exemplo: Dependerá não só de nós, mas das vicissitudes da vida.</p><p>26. Vitupério</p><p>Comportamento ofensivo. Exemplo: Jamais imaginaria que ele respondesse com vitupério.</p><p>27. Warrantagem</p><p>Garantia pelo título de crédito conhecido como warrant. Exemplo: Sugeriu a warrantagem como</p><p>garantia.</p><p>28. Xaropear</p><p>Aborrecer. Exemplo: O que meu colega de turma mais sabe fazer é xaropear com conversas sem</p><p>sentido.</p><p>29. Yanomami</p><p>Denominação de povo indígena que</p><p>na linguagem informal, e também é empregada em diversos textos poéticos e</p><p>musicais.</p><p>Exemplos</p><p>Confira exemplos de frases literárias e musicais em que a zeugma foi utilizada:</p><p>• “O colégio compareceu fardado; a diretoria, de casaca.” (Raul Pompeia)</p><p>• “Um deles queria saber dos meus estudos; outro, se trazia coleção de selos.” (José Lins do Rego).</p><p>• “A vida é um grande jogo e o destino, um parceiro temível.” (Érico Veríssimo)</p><p>• “Pensaremos em cada menina/que vivia naquela janela;/uma que se chamava Arabela,/outra que se</p><p>chamou Carolina.” (Cecília Meireles)</p><p>• “O meu pai era paulista/Meu avô, pernambucano/O meu bisavô, mineiro/Meu tataravô, baiano.”</p><p>(Chico Buarque)</p><p>Zeugma e Elipse: Diferenças</p><p>É muito comum haver confusão entre as duas figuras de sintaxe: zeugma e elipse. No entanto, elas</p><p>apresentam diferenças.</p><p>Para muito estudiosos do tema, a zeugma é considerada um tipo de elipse, visto que também é</p><p>empregada por meio da omissão de um ou mais termos na oração.</p><p>A elipse é a omissão de um ou mais termos do discurso que não foram expressos anteriormente. Mas</p><p>estes são facilmente identificáveis pelo interlocutor (receptor). Já na zeugma, os termos já foram</p><p>mencionados antes no discurso.</p><p>Confira abaixo os exemplos:</p><p>• Ficamos ansiosos com o resultado. (pelo conjugação verbal podemos identificar a omissão do</p><p>pronome “nós”.) – elipse</p><p>• Joaquim comprou duas calças, eu uma. (omissão do verbo no segundo período: comprei). –</p><p>zeugma</p><p>Curiosidade</p><p>Do grego, o termo “zeygma” significa “ligação”.</p><p>Hipérbato</p><p>Alteração da ordem direta da oração.</p><p>Exemplo: São como uns anjos os seus alunos. (Os seus alunos são como uns anjos.)</p><p>O hipérbato ou inversão é uma figura de sintaxe que faz parte das figuras de linguagem. Ele é</p><p>caracterizado pela inversão brusca da ordem direta dos termos de uma oração ou período.</p><p>Na construção usual da língua, a ordem natural dos termos da oração vem posicionada dessa maneira:</p><p>sujeito + predicado + complemento.</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>18 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Sendo assim, o hipérbato interfere na estrutura gramatical, invertendo a ordem natural dos termos da</p><p>frase. Por exemplo: Feliz ele estava. Na ordem direta a frase ficaria: Ele estava feliz.</p><p>Note que o uso do hipérbato pode comprometer muitas vezes o entendimento, ou mesmo gerar</p><p>ambiguidade.</p><p>Anástrofe e Sínquise</p><p>Outras figuras de sintaxe que invertem os termos da frase são: a anástrofe e a sínquise.</p><p>A anástrofe é uma inversão suave dos termos frasais. Já a sínquise é uma inversão mais acentuada e</p><p>que pode prejudicar o entendimento do período.</p><p>Por esse motivo, a anástrofe e a sínquise são consideradas por diversos estudiosos como tipos de</p><p>hipérbato.</p><p>Hipérbato e Anacoluto</p><p>Muitas vezes o hipérbato é confundido com o anacoluto, no entanto eles são diferentes. O anacoluto</p><p>apresenta uma irregularidade gramatical na estrutura gramatical do período, mudando de maneira</p><p>repentina a estrutura da frase.</p><p>Exemplo: Ele, parece que está passando mal.</p><p>Dessa maneira, temos a impressão de que o pronome “ele” não exerce sua função sintática</p><p>corretamente visto a pausa do período. E de fato, ele não possui relação sintática com os outros</p><p>termos da frase.</p><p>O anacoluto altera, portanto, a sequência lógica do plano sintático dos termos da frase, o que não</p><p>ocorre no hipérbato.</p><p>Já o hipérbato não é marcado por uma pausa, e sim pela inversão sintática dos termos da frase.</p><p>Exemplos de Hipérbato</p><p>Tanto na literatura, como na música, o hipérbato é usado muitas vezes para auxiliar na rima e</p><p>sonoridade dos versos.</p><p>Mas lembre-se que também utilizamos essa figura de linguagem no cotidiano, por exemplo:</p><p>• Está pronta a comida. (na ordem direta: a comida está pronta)</p><p>• Morreu meu vizinho (na ordem direta: meu vizinho morreu)</p><p>Hipérbato na Música</p><p>O hino nacional brasileiro é um exemplo notório em que o hipérbato foi utilizado muitas vezes. Analise</p><p>abaixo os trechos:</p><p>• “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante”</p><p>• “E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos, /Brilhou no céu da Pátria nesse instante.”</p><p>Ordem direta do primeiro trecho: As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um</p><p>povo heroico.</p><p>Ordem direta do segundo trecho: O sol da Liberdade brilhou em raios fúlgidos no céu da Pátria nesse</p><p>instante.</p><p>Hipérbato na Literatura</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>19 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>O hipérbato é utilizado com fins estilísticos para dar maior ênfase ou expressividade à linguagem</p><p>literária.</p><p>“Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada/E triste, e triste e fatigado eu vinha. /Tinhas a alma de sonhos</p><p>povoada, /E alma de sonhos povoada eu tinha...” (Olavo Bilac)</p><p>Na ordem direta, o poema de Olavo Bilac ficaria: E eu vinha triste, e triste e fatigado/ Tinhas a alma</p><p>povoada de sonhos/ E eu tinha a alma povoada de sonhos.</p><p>“Aquela triste e leda madrugada, /cheia toda de mágoa e de piedade, /enquanto houver no mundo</p><p>saudade, /quero que seja sempre celebrada.” (Luís de Camões)</p><p>Na ordem direta o primeiro verso do soneto de Camões ficaria: aquela madrugada triste e leda.</p><p>Polissíndeto</p><p>Uso repetido de conectivos.</p><p>Exemplo: As crianças falavam e cantavam e riam felizes.</p><p>O polissíndeto é uma figura de linguagem que está na categoria de figuras de sintaxe.</p><p>Ele é caracterizado pelo uso de síndetos, ou seja, de elementos conectivos (conjunções) nos períodos</p><p>compostos.</p><p>o polissíndeto forma as orações coordenadas sindéticas sendo que os elementos mais utilizados são:</p><p>e, ou, nem.</p><p>Essa figura de sintaxe é muito utilizada como recurso estilístico, sobretudo nos textos poéticos e</p><p>musicais.</p><p>Esse uso repetitivo das conjunções dá uma ideia de acréscimo, sucessão e continuidade, oferecendo</p><p>mais expressividade ao texto.</p><p>Exemplos</p><p>Confira abaixo alguns exemplos de frases com polissíndeto na música e na poesia:</p><p>• “As ondas vão e vem/ E vão e são como o tempo.” (Música “Sereia” de Lulu Santos)</p><p>• “Enquanto os homens exercem seus podres poderes/ índios e padres e bichas, negros e</p><p>mulheres/E adolescentes fazem o carnaval.” (Música “Podre Poderes” de Caetano veloso)</p><p>• “Canto, e canto o presente, e também o passado e o futuro,/Porque o presente é todo o passado e</p><p>todo o futuro.” (Ode Triunfal de Fernando Pessoa)</p><p>• “Do claustro, na paciência e no sossego,/Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!” (“A um poeta” de</p><p>Olavo Bilac)</p><p>Polissíndeto e Anáfora</p><p>A anáfora é uma figura de sintaxe que também está relacionada com a repetição.</p><p>O que a difere do polissíndeto é que essa repetição pode ser de palavras ou expressões, e não</p><p>somente de elementos conectivos. Geralmente, a anáfora aparece no início das frases.</p><p>Para compreender melhor, veja abaixo um exemplo de anáfora e polissíndeto:</p><p>"E o olhar estaria ansioso esperando</p><p>E a cabeça ao sabor da mágoa balançando</p><p>E o coração fugindo e o coração voltando</p><p>E os minutos passando e os minutos passando..."</p><p>("O olhar para trás", Vinícius de Moraes)</p><p>Acima, temos um exemplo em que as duas figuras de linguagem estão presentes por meio da</p><p>repetição da conjunção "e".</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>20 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Curiosidade: Você Sabia?</p><p>Do grego, o termo “polysýndeton” é formado pelo vocábulo “polýs” (muitos) e pelo verbo “syndéo” (unir,</p><p>ligar). Sendo assim, a palavra polissíndeto significa “muitas ligações”.</p><p>Assíndeto</p><p>Omissão de conectivos. É o contrário do polissíndeto.</p><p>Exemplo: Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios.</p><p>O assíndeto é uma figura de linguagem, mais precisamente umafigura de sintaxe. Ela é caracterizada</p><p>pela ausência de síndeto.</p><p>O síndeto, nesse caso, é uma conjunção coordenativa utilizada para unir termos nas orações</p><p>coordenadas.</p><p>Logo, o assíndeto corresponde a uma figura de sintaxe marcada pela omissão de conjunções</p><p>(conectivos) nos períodos compostos.</p><p>Geralmente, no lugar</p><p>dos conectivos são colocados vírgula ou ponto e vírgula, criando assim orações</p><p>coordenadas assindéticas.</p><p>Além de ser utilizada na linguagem oral, o assíndeto é empregado como recurso estilístico nos textos</p><p>poéticos e musicais com o intuito de aumentar a expressividade, bem como enfatizar alguns termos da</p><p>oração.</p><p>Exemplos de Assíndeto</p><p>• “Tem que ser selado, registrado, carimbado, avaliado, rotulado, se quiser voar. Pra lua, a taxa é</p><p>alta. Pro sol: identidade.” (música “Carimbador Maluco” de Raul Seixas)</p><p>• “Por você eu largo tudo. Vou mendigar, roubar, matar./ Que por você eu largo tudo. Carreira,</p><p>dinheiro, canudo.” (música “Exagerado” de Cazuza)</p><p>• “Nascendo, rompendo, rasgando, E tomando meu corpo e então...Eu... chorando, sofrendo,</p><p>gostando, adorando.” (música “Não Dá Mais Pra Segurar (Explode Coração)” de Gonzaguinha)</p><p>• “A tua raça de aventura quis ter a terra, o céu, o mar/A tua raça quer partir, guerrear, sofrer, vencer,</p><p>voltar.” (“Epigrama nº 7” de Cecília Meireles)</p><p>• “Tive ouro, tive gado, tive fazendas.” (“Confidência do Itabirano” de Carlos Drummond de Andrade)</p><p>• “Era impossível saber onde se fixava o olho de padre Inácio, duro, de vidro, imóvel na órbita escura.</p><p>Ninguém me viu. Fiquei num canto, roendo as unhas, olhando os pés do finado, compridos, chatos,</p><p>amarelos.” (“Angústia” de Graciliano Ramos)</p><p>Assíndeto e Polissíndeto: Diferenças</p><p>Enquanto o assíndeto é determinado pela omissão de uma conjunção (síndeto), o polissíndeto é</p><p>marcado pela repetição da conjunção coordenativa (conectivo).</p><p>Exemplos:</p><p>• Maria correu, pegou o ônibus, foi para o trabalho. (Assíndeto)</p><p>• Maria correu e pegou o ônibus e foi para o trabalho. (Polissíndeto)</p><p>Saiba mais sobre os Conectivos.</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>21 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Curiosidade: Você sabia?</p><p>Do grego, o vocábulo “asýndetos” é composto pelo “a”, que indica uma negação, e pelo verbo</p><p>“syndéo”, que significa “unir”, “ligar”. Portanto, o termo assíndeto significa a ausência de ligação.</p><p>Anacoluto</p><p>Mudança repentina na estrutura da frase.</p><p>Exemplo: Eu, parece que estou ficando zonzo. (Parece que eu estou ficando zonzo.)</p><p>O anacoluto é uma figura de linguagem que está relacionada com a sintaxe das frases. Por esse</p><p>motivo, é chamada de figura de sintaxe.</p><p>Ele é caracterizado por alterar a sequência lógica da estrutura da frase por meio de uma pausa no</p><p>discurso. Assim, o anacoluto realiza uma “interrupção” na estrutura sintática da frase.</p><p>Note que as figuras de linguagem são muito utilizadas nos textos poéticos. Isso porque elas oferecem</p><p>maior expressividade ao texto.</p><p>No caso do anacoluto, na maioria das vezes, ele enfatiza uma ideia ou mesmo uma pessoa do</p><p>discurso.</p><p>Normalmente, o termo inicial fica “solto” na frase sem apresentar uma relação sintática com os outros</p><p>termos. Por exemplo: Meu vizinho, soube que ele está no hospital.</p><p>A expressão "meu vizinho" parece ser o sujeito da oração, mas quando terminamos a frase podemos</p><p>constatar que ele não possui essa função sintática estabelecida.</p><p>Além de ser usado na linguagem literária e musical, o anacoluto é utilizado na linguagem coloquial</p><p>(informal). Na linguagem cotidiana ele é empregado pela espontaneidade típica desses tipos de</p><p>discursos.</p><p>Para compreender melhor essa figura de sintaxe, veja abaixo alguns exemplos:</p><p>Exemplos</p><p>Anacoluto na Linguagem Oral</p><p>• Eu, acho que estou passando mal.</p><p>• Nora, lembro dela sempre que chego aqui.</p><p>• A vida, não sei como será sem ele.</p><p>• Crianças, como são difíceis de lidar.</p><p>• Lúcia, ouvi dizer que está viajando.</p><p>• Portugal, quantas lembranças tenho.</p><p>Anacoluto na Literatura</p><p>• “Eu, que era branca e linda, eis-me medonha e escura.” (Manuel Bandeira)</p><p>• “Eu, porque sou mole, você fica abusando.” (Rubem Braga)</p><p>• “O relógio da parede eu estou acostumado com ele, mas você precisa mais de relógio do que eu”.</p><p>(Rubem Braga)</p><p>• “Umas carabinas que guardavam atrás do guarda-roupa, a gente brincava com elas, de tão</p><p>imprestáveis.” (José Lins do Rego)</p><p>• “A velha hipocrisia, recordo-me dela com vergonha.” (Camilo Castelo Branco)</p><p>• “E o desgraçado tremiam-lhe as pernas, sufocando-o a tosse.” (Almeida Garret)</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>22 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Figuras de Sintaxe</p><p>Além do anacoluto, outras figuras de sintaxe (ou de construção) que interferem na estrutura gramatical</p><p>das frases são:</p><p>• Elipse</p><p>• Zeugma</p><p>• Hipérbato</p><p>• Silepse</p><p>• Assíndeto</p><p>• Polissíndeto</p><p>• Anáfora</p><p>• Pleonasmo</p><p>Pleonasmo</p><p>Repetição da palavra ou da ideia contida nela para intensificar o significado.</p><p>Exemplo: A mim me parece que isso está errado. (Parece-me que isto está errado.)</p><p>O pleonasmo é uma figura ou um vício de linguagem que acrescenta uma informação desnecessária</p><p>ao discurso, seja de maneira intencional ou não.</p><p>Do Latim, o termo “pleonasmo” significa superabundância.</p><p>Classificação</p><p>O pleonasmo é classificado de duas maneiras segundo a intenção do enunciador do discurso:</p><p>Pleonasmo Vicioso</p><p>Também chamado de redundância, o pleonasmo vicioso é utilizado como vício de linguagem.</p><p>Nesse caso, ele é um erro sintático não intencional que a pessoa comete por desconhecimento das</p><p>normas gramaticais.</p><p>Trata-se de um desvio gramatical que passa despercebido pelos falantes da língua. Note que ele é</p><p>muito utilizado no cotidiano e na linguagem coloquial.</p><p>Exemplos:</p><p>• subir para cima: o verbo “subir” já indica ir para cima, elevar-se.</p><p>• descer para baixo: o verbo “descer” já denota mover de cima para baixo, declinar.</p><p>• entrar para dentro: o verbo “entrar” já indica passar para dentro.</p><p>• sair para fora: o verbo “sair” é sempre passar de dentro para fora, afastar-se.</p><p>• encarar de frente: o verbo “encarar” significa olhar de frente, de cara. Ou seja, quando encaramos,</p><p>já estamos posicionados de frente.</p><p>• ver com os olhos: o verbo “ver” (perceber pela vista) está intimamente relacionado com os olhos,</p><p>uma vez que enxergamos com esse órgão</p><p>• hemorragia de sangue: a “hemorragia” é um termo que indica derramamento de sangue. Quando</p><p>utilizamos essa palavra, não é necessário utilizar o vocábulo sangue.</p><p>• multidão de pessoas: a palavra “multidão” já determina um grande agrupamento de pessoas.</p><p>• surpresa inesperada: a palavra “surpresa” já indica algo inesperado.</p><p>• outra alternativa: a palavra “alternativa” denota outra escolha dentre duas ou mais opções.</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>23 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Pleonasmo Literário</p><p>Já o pleonasmo literário (ou intencional) é usado com intenção poética de oferecer maior</p><p>expressividade ao texto. Assim, nesse caso ele é considerado uma figura de linguagem.</p><p>Em outras palavras, o pleonasmo literário é utilizado intencionalmente como recurso estilístico e</p><p>semântico para reforçar o discurso de seu enunciador. Observe que nesse viés, o escritor tem 'licença</p><p>poética' para fazer essa ligação.</p><p>Exemplos:</p><p>• “E rir meu riso e derramar meu pranto” (Vinicius de Moraes)</p><p>• “E ali dançaram tanta dança” (Chico Buarque e Vinicius de Moraes)</p><p>• “Me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã” (Chico Buarque)</p><p>• “Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal” (Fernando Pessoa)</p><p>• “Morrerás morte vil na mão de um forte” (Gonçalves Dias)</p><p>• “Quando com os olhos eu quis ver de perto” (Alberto de Oliveira)</p><p>• “Chovia uma triste chuva de resignação” (Manuel Bandeira)</p><p>Vícios de Linguagem</p><p>Os Vícios de Linguagem são desvios das normas gramaticais que podem ocorrer por descuido do</p><p>falante ou por desconhecimento das regras da língua.</p><p>Tratam-se de irregularidades que ocorrem no dia-a-dia, das quais se destacam: pleonasmo,</p><p>barbarismo, ambiguidade, solecismo, estrangeirismo, plebeísmo, cacofonia, hiato, eco e colisão.</p><p>Silepse</p><p>Concordância com o que se entende e não com o que está implícito. Há silepse de gênero, de número</p><p>e de pessoa.</p><p>Exemplos:</p><p>Vivemos na bonita e agitada</p><p>São Paulo. (silepse de gênero: Vivemos na bonita e agitada cidade</p><p>de São Paulo.)</p><p>A maioria dos clientes ficaram insatisfeitas com o produto. (silepse de número: A maioriados</p><p>clientes ficou insatisfeita com o produto.)</p><p>Todos terminamos os exercícios. (silepse de pessoa: neste caso concordância com nós, em vez de</p><p>eles: Todos terminaram os exercícios)</p><p>A silepse é uma figura de linguagem que está na categoria de figura de sintaxe (ou de construção).</p><p>Isso porque ela está intimamente relacionada com a construção sintática das frases.</p><p>A silepse é empregada mediante a concordância da ideia e não do termo utilizado na frase. Dessa</p><p>forma, ela não obedece as regras de concordância gramatical e sim por meio de uma concordância</p><p>ideológica.</p><p>Classificação</p><p>Dependendo do campo gramatical que ela atua, a silepse é classificada em:</p><p>• Silepse de Gênero: quando há discordância entre os gêneros (feminino e masculino);</p><p>• Silepse de Número: quando há discordância entre o singular e o plural;</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>24 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Silepse de Pessoa: quando há discordância entre o sujeito, que aparece na terceira pessoa, e o</p><p>verbo, que surge na primeira pessoa do plural.</p><p>Exemplos</p><p>Para compreender melhor, confira abaixo exemplos de silepse:</p><p>• Silepse de Gênero: A velha São Paulo cresce a cada dia.</p><p>• Silepse de Número: O povo se uniu e gritavam muito alto nas ruas.</p><p>• Silepse de Pessoa: Todos os pesquisadores estamos ansiosos com o congresso.</p><p>No primeiro exemplo, notamos a união dos gêneros masculino (São Paulo) e feminino (velha).</p><p>No segundo exemplo, o uso do singular e plural denota o uso da silepse de número: povo (singular) e</p><p>gritavam (plural).</p><p>No terceiro exemplo, o verbo não concorda com o sujeito, e sim com a pessoa gramatical:</p><p>pesquisadores (terceira pessoa); estamos (primeira pessoa do plural)..</p><p>Anáfora</p><p>Repetição de uma ou mais palavras de forma regular.</p><p>Exemplo: Se você sair, se você ficar, se você quiser esperar. Se você “qualquer coisa”, eu estarei aqui</p><p>sempre para você.</p><p>A anáfora é uma figura de linguagem que está intimamente relacionada com a construção sintática do</p><p>texto. Por esse motivo, ela é chamada de figura de sintaxe.</p><p>A anáfora ocorre por meio da repetição de termos no começo das frases (ou dos versos). É um recurso</p><p>estilístico muito utilizado pelos escritores na construção dos versos com o intuito de intensificar uma</p><p>expressão.</p><p>Exemplos</p><p>A anáfora é muito utilizada na poesia, na música e nas propagandas publicitárias. Veja abaixo alguns</p><p>exemplos:</p><p>Anáfora na Música</p><p>"É o pau, é a pedra, é o fim do caminho</p><p>É um resto de toco, é um pouco sozinho</p><p>É um caco de vidro, é a vida, é o sol</p><p>É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol</p><p>É peroba no campo, é o nó da madeira"</p><p>(Trecho da música “Águas de Março” de Tom Jobim)</p><p>Anáfora na Literatura</p><p>"É preciso casar João,</p><p>é preciso suportar, Antônio,</p><p>é preciso odiar Melquíades</p><p>é preciso substituir nós todos.</p><p>É preciso salvar o país,</p><p>é preciso crer em Deus,</p><p>é preciso pagar as dívidas,</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>25 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>é preciso comprar um rádio,</p><p>é preciso esquecer fulana.</p><p>É preciso estudar volapuque,</p><p>é preciso estar sempre bêbado,</p><p>é preciso ler Baudelaire,</p><p>é preciso colher as flores</p><p>de que rezam velhos autores.</p><p>É preciso viver com os homens</p><p>é preciso não assassiná-los,</p><p>é preciso ter mãos pálidas</p><p>e anunciar O FIM DO MUNDO."</p><p>(“Poema da Necessidade” de Carlos Drummond de Andrade)</p><p>Anáfora na Publicidade</p><p>"Tá na moda. Tá na mão, tá na C&A." (Publicidade da C&A - loja de vestuário)</p><p>Anáfora e Catáfora: Diferenças</p><p>Além da figura de linguagem anáfora, temos também a anáfora como mecanismo de coesão textual.</p><p>Nesse caso, ela retoma um componente textual, ou seja, faz referência a uma informação que já fora</p><p>mencionada no texto. Ela pode ser chamada de elemento anafórico.</p><p>Por sua vez, a catáfora antecipa um componente textual, sendo chamada de elemento catafórico.</p><p>Figuras de Som</p><p>Aliteração</p><p>Repetição de sons consonantais.</p><p>Exemplo: O rato roeu a roupa do rei de Roma.</p><p>A aliteração é uma figura de linguagem, mais precisamente uma figura de som (ou de harmonia).</p><p>É definida pela repetição de fonemas consonantais num enunciado. Isso significa que esses sons</p><p>podem ser parecidos ou iguais e, geralmente, estão localizados no início ou no meio da palavra.</p><p>A aliteração produz um efeito sonoro interessante, marcando o ritmo e sugerindo alguns sons</p><p>semelhantes às palavras que compõem o texto.</p><p>Sendo assim, a aliteração é um recurso linguístico muito utilizado nos textos poéticos para enfatizar</p><p>determinado som oferecendo maior expressividade ao texto.</p><p>Exemplos de Aliteração</p><p>Confira abaixo alguns trechos que utilizam a aliteração.</p><p>• “Vozes veladas, veludosas vozes,/Volúpias dos violões, vozes veladas/Vagam</p><p>nos velhos vórtices velozes/Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.” (Cruz e Souza) – repetição da</p><p>consoante “v”.</p><p>• “Leva-lhe o vento a voz, que ao vento deita.” (Luís de Camões) – repetição da consoante “v”.</p><p>• “O rato roeu a roupa do rei de Roma.” (provérbio popular) – repetição da consoante “r”.</p><p>• “Quem com ferro fere com ferro será ferido.” (provérbio popular) – repetição da consoante “f”.</p><p>• “O sabiá não sabia que o sábio sabia que o sabiá não sabia assobiar.” (provérbio popular) –</p><p>repetição da consoante “s”.</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>26 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Paronomásia</p><p>Repetição de palavras cujos sons são parecidos.</p><p>Exemplo: O cavaleiro, muito cavalheiro, conquistou a donzela. (cavaleiro = homem que anda a cavalo,</p><p>cavalheiro = homem gentil)</p><p>A paronomásia é uma figura de linguagem que está definida na categoria de figuras de som.</p><p>Isso porque ela está relacionada com a sonoridade das palavras. Dessa forma, ela utiliza os parônimos</p><p>para enfatizar uma ideia e por isso recebe esse nome.</p><p>Lembre-se que as palavras parônimas apresentam sonoridade e são escritas de forma semelhante.</p><p>Mas o significado delas é muito diferente.</p><p>Geralmente a paronomásia é utilizada em textos literários, mas também pode ser usada na linguagem</p><p>oral e popular.</p><p>Palavras Parônimas</p><p>As palavras parônimas se assemelham no som e escrita. Mas fique atento, pois um erro pode</p><p>causar grande confusão. Veja abaixo algumas palavras parônimas:</p><p>• Absolver (perdoar) e absorver (aspirar)</p><p>• Apóstrofe (figura de linguagem) e apóstrofo (sinal gráfico)</p><p>• Aprender (tomar conhecimento) e apreender (capturar)</p><p>• Cavaleiro (que cavalga) e cavalheiro (homem gentil)</p><p>• Delatar (denunciar) e dilatar (alargar)</p><p>• Docente (relativo a professores) e discente (relativo a alunos)</p><p>• Peão (aquele que anda a pé, domador de cavalos) e pião (brinquedo)</p><p>Exemplos de Frases com Paronomásia</p><p>• Eu vou te delatar se você não dilatar a pupila.</p><p>• Aprendeu nas aulas por meio da apreensão dos conhecimentos.</p><p>• José é um cavaleiro da fazenda muito cavalheiro.</p><p>• O docente aplicou a prova essa tarde para os discentes.</p><p>• Durante seu descanso o peão jogava pião com seus colegas.</p><p>Obs: O trava-línguas é um tipo de parlenda que faz parte da literatura popular. Um dos recursos</p><p>estilístico utilizado para dificultar o falante na recitação da frase é a paronomásia, por exemplo: "Fia, fio</p><p>a fio, fino fio, frio a frio".</p><p>Nesse caso, além da aproximação de palavras semelhantes, temos também a repetição da consoante</p><p>"f" e da vogal "o". Portanto, o uso das figuras de som: aliteração e assonância.</p><p>Assonância</p><p>Repetição de sons vocálicos.</p><p>Exemplo:</p><p>"O que o vago e incógnito desejo</p><p>de ser eu mesmo de meu ser me deu." (Fernando Pessoa)</p><p>A assonância é um tipo de figura de linguagem, chamada de figura de som ou harmonia. Ela é</p><p>caracterizada pela repetição harmônica de sons vocálicos (vogais) numa frase.</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>27 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>É um recurso estilístico muito utilizado na literatura, na música</p><p>e nos provérbios populares. Ela oferece</p><p>maior expressividade ao texto por meio da intensificação da musicalidade e do ritmo.</p><p>Além da assonância, as figuras de som mais importantes são: aliteração, paronomásia, onomatopeia.</p><p>Exemplos</p><p>Confira abaixo dois exemplos de assonância na música:</p><p>“Juro que não acreditei, eu te estranhei/Me debrucei sobre teu corpo e duvidei/E me arrastei e te</p><p>arranhei/E me agarrei nos teus cabelos” (Atrás da Porta – Chico Buarque) – repetição das vogais “ei”.</p><p>“Meu amor/O que você faria/Se só te restasse esse dia?/Se o mundo fosse acabar/Me diz o que você</p><p>faria” (O que você faria – Lenine) – repetição das vogais “ia”.</p><p>Aliteração e Assonância</p><p>Quanto às figuras de som, há duas que geram maior confusão. São elas a aliteração e a assonância.</p><p>Enquanto a assonância é a repetição de vogais, a aliteração é a repetição de consoantes. Para</p><p>clarificar melhor, veja abaixo os exemplos:</p><p>• Aliteração: “O pato pateta pintou o caneco” (Vinícius de Moraes) – repetição das consoantes “p” e</p><p>“t”.</p><p>• Assonância: “Minha foz do Iguaçu/Pólo sul, meu azul/Luz do sentimento nu(Djavan) – repetição da</p><p>vogal “u”.</p><p>Há muitos casos em que elas são utilizadas num mesmo verso ou frase, por exemplo:</p><p>“Na messe, que enlourece, estremece a quermesse…/O sol, celestial girassol, esmorece…/E as</p><p>cantilenas de serenos sons amenos/Fogem fluidas, fluindo a fina flor dos fenos…” (Eugênio de Castro)</p><p>No exemplo acima notamos o uso de ambas figuras de som. A aliteração dos fonemas “ss” e “c”, além</p><p>da repetição das consoantes “f”. Já a assonância é marcada pela repetição das vogais tônicas “e”.</p><p>Onomatopeia</p><p>Inserção de palavras que imitam sons.</p><p>Exemplo: Não aguento o tic-tac desse relógio.</p><p>A Onomatopeia é uma figura de linguagem que reproduz fonemas ou palavras que imitam os sons</p><p>naturais, quer sejam de objetos, de pessoas ou de animais.</p><p>Esse recurso aumenta a expressividade do discurso, motivo pelo qual é muito utilizado na literatura e</p><p>nas histórias em quadrinhos.</p><p>Exemplo de onomatopeia nos quadrinhos</p><p>Também é muito empregada nos textos enviados pela internet. São exemplos os fonemas que</p><p>expressam, por exemplo, o som do riso: “hahahaha, kkkkkk, rsrsrs”.</p><p>Do grego o termo “onomatopeia” (onomatopoiía) é formado pelos vocábulos “onoma” (nome) e “poiein”</p><p>(fazer”) o qual significa “criar ou fazer um nome”.</p><p>Exemplos</p><p>Segue abaixo lista das principais onomatopeias:</p><p>• Ratimbum: som de instrumentos musicais (Ra = caixa, tim = pratos, bum = bombo)</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>28 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Tic-tac: som do relógio</p><p>• Toc-toc: som de bater na porta</p><p>• Sniff sniff: som de pessoa triste, chorando</p><p>• Buááá: ruído de choro</p><p>• Atchim: barulho de espirro</p><p>• Uhuuu: grito de felicidade ou adrenalina</p><p>• Aaai: grito de dor</p><p>• Cof-cof: som de tosse</p><p>• Urgh: referente ao nojo</p><p>• Nhac: ruído de mordida</p><p>• Aff: som que expressa tédio e raiva</p><p>• Grrr: som de raiva</p><p>• Zzzz: som de homem ou animal dormindo</p><p>• Tchibum: som de mergulho</p><p>• Tum-tum: batidas do coração</p><p>• Plaft: som de queda</p><p>• Bum: ruído de explosão</p><p>• Crash: som de batida</p><p>• Smack: som de beijo</p><p>• Au Au: som do cachorro</p><p>• Miau: som do gato</p><p>• Cocóricó: som do galo cantando</p><p>• Piu-piu: som do passarinho</p><p>• Vrum-vrum: som de motor (moto, carro, etc.)</p><p>• Bang-bang: som de tiro</p><p>• Bi-bi: som de buzina</p><p>• Din-don: som da campainha</p><p>• Blém-blém: badalar dos sinos</p><p>• Trrrim-trrrim: ruído de telefone tocando</p><p>Confira na tabela abaixo o que diferencia cada uma das figuras de linguagem, bem como cada um dos</p><p>seus tipos.</p><p>Figuras de</p><p>Palavras ou</p><p>semânticas</p><p>Figuras de Pensamento</p><p>Figuras de Sintaxe ou</p><p>construção</p><p>Figuras de Som ou</p><p>harmonia</p><p>Produzem maior</p><p>expressividade à</p><p>comunicação</p><p>através das</p><p>palavras.</p><p>Produzem maior</p><p>expressividade à</p><p>comunicação através da</p><p>combinação de ideias e</p><p>pensamentos.</p><p>Produzem maior</p><p>expressividade à</p><p>comunicação através da</p><p>inversão, repetição ou</p><p>omissão dos termos na</p><p>construção das frases.</p><p>Produzem maior</p><p>expressividade à</p><p>comunicação</p><p>através da</p><p>sonoridade.</p><p>• metáfora</p><p>• comparação</p><p>• metonímia</p><p>• hipérbole</p><p>• eufemismo</p><p>• litote</p><p>• elipse</p><p>• pleonasmo</p><p>• zeugma</p><p>• aliteração</p><p>• paronomásia</p><p>• assonância</p><p>FIGURAS DE LINGUAGEM</p><p>29 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Figuras de</p><p>Palavras ou</p><p>semânticas</p><p>Figuras de Pensamento</p><p>Figuras de Sintaxe ou</p><p>construção</p><p>Figuras de Som ou</p><p>harmonia</p><p>• catacrese</p><p>• sinestesia</p><p>• perífrase ou</p><p>antonomásia</p><p>• ironia</p><p>• personificação ou</p><p>prosopopeia</p><p>• antítese</p><p>• paradoxo ou oxímoro</p><p>• gradação ou clímax</p><p>• apóstrofe</p><p>• hipérbato</p><p>• silepse</p><p>• polissíndeto</p><p>• assíndeto</p><p>• anacoluto</p><p>• anáfora</p><p>• onomatopeia</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>PONTUAÇÃO</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Pontuação</p><p>Os sinais de pontuação são recursos de linguagem empregados na língua escrita e desempenham a</p><p>função de demarcadores de unidades e de sinalizadores de limites de estruturas sintáticas nos</p><p>textos escritos. Assim, os sinais de pontuação cumprem o papel dos recursos prosódicos, utilizados</p><p>na fala para darmos ritmo, entoação e pausas e indicarmos os limites sintáticos e unidades de sentido.</p><p>Como na fala temos o contato direto com nossos interlocutores, contamos também com nossos gestos</p><p>para tentar deixar claro aquilo que queremos dizer. Na escrita, porém, são os sinais de pontuação que</p><p>garantem a coesão e a coerência interna dos textos, bem como os efeitos de sentidos dos enunciados.</p><p>Vejamos, a seguir, quais são os sinais de pontuação que nos auxiliam nos processos de escrita:</p><p>Ponto ( . )</p><p>a) Indicar o final de uma frase declarativa:</p><p>• Gosto de sorvete de goiaba.</p><p>b) Separar períodos:</p><p>• Fica mais um tempo. Ainda é cedo.</p><p>c) Abreviar palavras:</p><p>• Av. (Avenida)</p><p>• V. Ex.ª (Vossa Excelência)</p><p>• p. (página)</p><p>• Dr. (doutor)</p><p>Dois-pontos ( : )</p><p>a) Iniciar fala de personagens:</p><p>• O aluno respondeu:</p><p>– Parta agora!</p><p>b) Antes de apostos ou orações apositivas, enumerações</p><p>ou sequência de palavras que explicam e/ou</p><p>resumem ideias anteriores.</p><p>• Esse é o problema dos caixas eletrônicos: não tem ninguém para auxiliar os mais idosos.</p><p>• Anote o número do protocolo: 4254654258.</p><p>c) Antes de citação direta:</p><p>• Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja</p><p>infinito enquanto dure.”</p><p>Reticências ( ... )</p><p>a) Indicar dúvidas ou hesitação:</p><p>• Sabe... andei pensando em uma coisa... mas não é nada demais.</p><p>b) Interromper uma frase incompleta sintaticamente:</p><p>• Quem sabe se tentar mais tarde...</p><p>PONTUAÇÃO</p><p>2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta com a intenção de estender a reflexão:</p><p>• “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...”</p><p>(Cecília - José de Alencar)</p><p>d) Suprimir palavras em uma transcrição:</p><p>• “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner)</p><p>Parênteses ( )</p><p>a) Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas e também podem substituir a vírgula</p><p>ou o travessão:</p><p>• Manuel Bandeira não pôde comparecer à Semana de Arte Moderna (1922).</p><p>• "Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma</p><p>grande tormenta no fim do verão.” (O milagre das chuvas no Nordeste- Graça Aranha)</p><p>Ponto de Exclamação ( ! )</p><p>a) Após vocativo</p><p>• Ana, boa tarde!</p><p>b) Final de frases imperativas:</p><p>• Cale-se!</p><p>c) Após interjeição:</p><p>• Ufa! Que alívio!</p><p>d) Após palavras ou frases de caráter emotivo, expressivo:</p><p>• Que pena!</p><p>Ponto de Interrogação ( ? )</p><p>a) Em perguntas diretas:</p><p>• Quantos anos você tem?</p><p>b) Às vezes, aparece com o ponto de exclamação para enfatizar o enunciado:</p><p>• Não brinca, é sério?!</p><p>Vírgula ( , )</p><p>De todos os sinais de pontuação, a vírgula é aquele que desempenha o maior número de</p><p>funções. Ela é utilizada para marcar uma pausa do enunciado e tem a finalidade de nos indicar que os</p><p>termos por ela separados, apesar de participarem da mesma fraseou oração, não formam uma unidade</p><p>sintática. Por outro lado, quando há uma relação sintática entre termos da oração, não se pode separá-</p><p>los por meio de vírgula.</p><p>Antes de explicarmos quais são os casos em que devemos utilizar a vírgula, vamos explicar primeiro os</p><p>casos em que NÃO devemos usar a vírgula para separar os seguintes termos:</p><p>a) Sujeito de Predicado;</p><p>b) Objeto de Verbo;</p><p>c) Adjunto adnominal de nome;</p><p>PONTUAÇÃO</p><p>3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>d) Complemento nominal de nome;</p><p>e) Predicativo do objeto do objeto;</p><p>f) Oração principal da Subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na</p><p>ordem inversa).</p><p>Casos em que devemos utilizar a vírgula:</p><p>A vírgula no interior da oração</p><p>a) Utilizada com o objetivo de separar o vocativo:</p><p>• Ana, traga os relatórios.</p><p>• O tempo, meus amigos, é o que nos confortará.</p><p>b) Utilizada com o objetivo de separar apostos:</p><p>• Valdirene, minha prima de Natal, ligou para mim ontem.</p><p>• Caio, o aluno do terceiro ano B, faltou à aula.</p><p>c) Utilizada com o objetivo de separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado:</p><p>• Quando chegar do trabalho, procurarei por você.</p><p>• Os políticos, muitas vezes, são mentirosos.</p><p>d) Utilizada com o objetivo de separar elementos de uma enumeração:</p><p>• Estamos contratando assistentes, analistas, estagiários.</p><p>• Traga picolé de uva, groselha, morango, coco.</p><p>e) Utilizada com o objetivo de isolar expressões explicativas:</p><p>• Quero o meu suco com gelo e açúcar, ou melhor, somente gelo.</p><p>f) Utilizada com o objetivo de separar conjunções intercaladas:</p><p>• Não explicaram, porém, o porquê de tantas faltas.</p><p>g) Utilizada com o objetivo de separar o complemento pleonástico antecipado:</p><p>• A ele, nada mais abala.</p><p>h) Utilizada com o objetivo de isolar o nome do lugar na indicação de datas:</p><p>• Goiânia, 01 de novembro de 2016.</p><p>i) Utilizada com o objetivo de separar termos coordenados assindéticos:</p><p>• É pau, é pedra, é o fim do caminho.</p><p>j) Utilizada com o objetivo de marcar a omissão de um termo:</p><p>• Ele gosta de fazer academia, e eu, de comer. (omissão do verbo gostar)</p><p>Casos em que se usa a vírgula antes da conjunção e:</p><p>1) Utilizamos a vírgula quando as orações coordenadas possuem sujeitos diferentes:</p><p>• Os banqueiros estão cada vez mais ricos, e o povo, cada vez mais pobre.</p><p>PONTUAÇÃO</p><p>4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>2) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizaralguma ideia</p><p>(polissíndeto):</p><p>• E eu canto, e eu danço, e bebo, e me jogo nos blocos de carnaval.</p><p>3) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não retratam sentido de</p><p>adição (adversidade, consequência, por exemplo):</p><p>• Chorou muito, e ainda não conseguiu superar a distância.</p><p>A vírgula entre orações</p><p>A vírgula é utilizada entre orações nas seguintes situações:</p><p>a) Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas:</p><p>• Meu filho, de quem só guardo boas lembranças, deixou-nos em fevereiro de 2000.</p><p>b) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações iniciadas</p><p>pela conjunção “e”:</p><p>• Cheguei em casa, tomei um banho, fiz um sanduíche e fui direto ao supermercado.</p><p>• Estudei muito, mas não consegui ser aprovada.</p><p>c) Para separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se</p><p>estiverem antepostas à oração principal:</p><p>• "No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o</p><p>gancho." (O selvagem - José de Alencar)</p><p>d) Para separar as orações intercaladas:</p><p>• "– Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...”</p><p>e) Para separar as orações substantivas antepostas à principal:</p><p>• Quando sai o resultado, ainda não sei.</p><p>Ponto e vírgula ( ; )</p><p>a) Utilizamos ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de outros itens:</p><p>• Antes de iniciar a escrita de um texto, o autor deve fazer-se as seguintes perguntas:</p><p>I- O que dizer;</p><p>II- A quem dizer;</p><p>III- Como dizer;</p><p>IV- Por que dizer;</p><p>V- Quais objetivos pretendo alcançar com este texto?</p><p>b) Utilizamos ponto e vírgula para separar orações coordenadas muito extensas ou orações</p><p>coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:</p><p>• “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente</p><p>vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde</p><p>moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso."</p><p>(O Visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)</p><p>PONTUAÇÃO</p><p>5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Travessão ( — )</p><p>a) Utilizamos o travessão para iniciar a fala de um personagem no discurso direto:</p><p>A mãe perguntou ao filho:</p><p>• — Já lavou o rosto e escovou os dentes?</p><p>b) Utilizamos o travessão para indicar mudança do interlocutor nos diálogos:</p><p>• — Filho, você já fez a sua lição de casa?</p><p>• — Não se preocupe, mãe, já está tudo pronto.</p><p>c) Utilizamos o travessão para unir grupos de palavras que indicam itinerários:</p><p>• Disseram-me que não existe mais asfalto na rodovia Belém—Brasília.</p><p>d) Utilizamos o travessão também para substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas:</p><p>• Pelé — o rei do futebol — anunciou sua aposentadoria.</p><p>Aspas ( “ ” )</p><p>As aspas são utilizadas com as seguintes finalidades:</p><p>a) Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões,</p><p>neologismos, arcaísmos e expressões populares:</p><p>• A aula do professor foi “irada”.</p><p>• Ele me pediu um “feedback” da resposta do cliente.</p><p>b) Indicar uma citação direta:</p><p>• “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e</p><p>refiz a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós)</p><p>FIQUE ATENTO!</p><p>Caso haja necessidade de destacar um termo que já está inserido em uma sentença destacada por</p><p>aspas, esse termo deve ser destacado</p><p>com marcação simples ('), não dupla (").</p><p>VEJA AGORA ALGUMAS OBSERVAÇÕES RELEVANTES:</p><p>Dispensam o uso da vírgula os termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem.</p><p>Observe:</p><p>• Preferiram os sorvetes de creme, uva e morango.</p><p>• Não gosto nem desgosto.</p><p>• Não sei se prefiro Minas Gerais ou Goiás.</p><p>Caso os termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem aparecerem repetidos, com a</p><p>finalidade de enfatizar a expressão, o uso da vírgula é, nesse caso, obrigatório.</p><p>Observe:</p><p>• Não gosto nem do pai, nem do filho, nem do cachorro, nem do gato dele.</p><p>PONTUAÇÃO</p><p>6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Sinais de pontuação são recursos prosódicos que conferem às orações ritmo, entoação e pausa,</p><p>bem como indicam limites sintáticos e unidades de sentido. Na escrita, substituem, em parte, o papel</p><p>desempenhado pelos gestos na fala, garantindo coesão, coerência e boa compreensão da informação</p><p>transmitida.</p><p>• Confira abaixo os dez sinais de pontuação utilizados na nossa língua, assim como as situações em</p><p>que devem ser empregados, seguidas de exemplos.</p><p>1. Ponto (.)</p><p>O ponto pode ser utilizado para:</p><p>a) Indicar o final de uma frase declarativa:</p><p>• Acho que Pedro está gostando de você.</p><p>b) Separar períodos:</p><p>• Ela vai estudar mais tempo. Ainda é cedo.</p><p>c) Abreviar palavras:</p><p>• V. Ex.ª (Vossa excelência)</p><p>2. Dois-pontos (:)</p><p>Deve ser utilizado com as seguintes finalidades:</p><p>a) Iniciar fala de personagens:</p><p>• Ela gritou:</p><p>• – Vá embora!</p><p>b) Anteceder apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam</p><p>e/ou resumem ideias anteriores.</p><p>• Esse é o problema dessa geração: tem liberdade, mas não tem responsabilidade.</p><p>• Anote meu número de telefone: 863820847.</p><p>c) Anteceder citação direta:</p><p>• É como disse Platão: “De todos os animais selvagens, o homem jovem é o mais difícil de domar.”</p><p>3.Reticências (...)</p><p>Usa-se para:</p><p>a) Indicar dúvidas ou hesitação:</p><p>• Sabe... preciso confessar uma coisa: naquela viagem gastei todas as minhas economias.</p><p>b) Interromper uma frase incompleta sintaticamente:</p><p>• Talvez se você pedisse com jeitinho...</p><p>c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta com a intenção de estender a reflexão:</p><p>• Pedofilia, estupros, assassinatos, pessoas sem ter onde morar, escândalos ligados à corrupção...</p><p>assim caminha a humanidade.</p><p>d) Suprimir palavras em uma transcrição:</p><p>PONTUAÇÃO</p><p>7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• “O Cristo não pediu muita coisa. (...) Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros.” (Chico</p><p>Xavier)</p><p>4. Parênteses ( )</p><p>Os parênteses são usados para:</p><p>a) Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas e, também, podem substituir a</p><p>vírgula ou o travessão:</p><p>• Rosa Luxemburgo nasceu em Zamosc (1871).</p><p>• Numa linda tarde primaveril (meu caçula era um bebê nessa época), ele veio nos visitar pela última</p><p>vez.</p><p>5. Ponto de exclamação (!)</p><p>Em que situações utilizar:</p><p>a) Após vocativo:</p><p>• Juliana, bom dia!</p><p>b) Final de frases imperativas:</p><p>• Fuja!</p><p>c) Após interjeição:</p><p>• Ufa! Graças a Deus!</p><p>d) Após palavras ou frases de caráter emotivo, expressivo:</p><p>• Que lástima!</p><p>6. Ponto de interrogação (?)</p><p>Quando utilizar:</p><p>a) Em perguntas diretas:</p><p>• Quando você chegou?</p><p>b) Às vezes, pode ser utilizada junto com o ponto de exclamação para enfatizar o enunciado:</p><p>• Não acredito, é sério?!</p><p>7. Vírgula (,)</p><p>Esse é o sinal de pontuação que exerce o maior número de funções, por isso aparece em várias</p><p>situações. A vírgula marca pausas no enunciado, indicando que os termos por ela separados não</p><p>formam uma unidade sintática, apesar de estarem na mesma oração.</p><p>A seguir confira as situações em que se deve utilizar vírgula.</p><p>a) Separar o vocativo:</p><p>• Marília, vá à padaria comprar pães para o lanche.</p><p>b) Separar apostos:</p><p>• Camila, minha filha caçula, presenteou-me com este relógio.</p><p>c) Separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado:</p><p>PONTUAÇÃO</p><p>8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Os políticos, muitas vezes, visam somente os próprios interesses.</p><p>d) Separar elementos de uma enumeração:</p><p>• Meus bolos prediletos são os de chocolate, coco, doce de leite e nata com morangos.</p><p>e) Isolar expressões explicativas:</p><p>• Faça um bolo de chocolate, ou melhor, de chocolate e morangos.</p><p>f) Separar conjunções intercaladas:</p><p>• Os deputados não explicaram, porém, o porquê de tantas faltas.</p><p>g) Separar o complemento pleonástico antecipado:</p><p>• Havia no rosto dela ódio, uma ira, uma raiva que não possuía justificativa.</p><p>h) Isolar o nome do lugar na indicação de datas:</p><p>• São Paulo, 10 de Dezembro de 2016.</p><p>i) Separar termos coordenados assindéticos:</p><p>• Vim, vi, venci. (Júlio César)</p><p>j) Marcar a omissão de um termo:</p><p>• Maria gosta de praticar esportes, e eu, de comer. (omissão do verbo gostar)</p><p>Antes da conjunção, como nos casos abaixo:</p><p>k) Quando as orações coordenadas possuem sujeitos diferentes:</p><p>• Os políticos estão cada vez mais ricos, e seus eleitores, cada vez mais pobres.</p><p>l) Quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizar alguma ideia (polissíndeto):</p><p>• Eu alerto, e brigo, e repito, e faço de tudo para ela perceber que está errada, porém nunca me</p><p>escuta.</p><p>m) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não retratam sentido de</p><p>adição (adversidade, consequência, por):</p><p>• Teve febre a noite toda, e ainda está muito fraca.</p><p>Entre orações:</p><p>n) Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas:</p><p>• Amélia, que não se parece em nada com a Amélia da canção, não suportou seu jeito grosseiro e</p><p>mandão.</p><p>o) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações iniciadas</p><p>pela conjunção “e”:</p><p>• Pediu muito, mas não conseguiu convencer-lhe.</p><p>p) Para separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se</p><p>estiverem antepostas à oração principal:</p><p>• A casa, tão cara que ela desistiu da compra, hoje está entregue às baratas.</p><p>PONTUAÇÃO</p><p>9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>q) Para separar as orações intercaladas:</p><p>• Ficou doente, creio eu, por conta da chuva de ontem.</p><p>r) Para separar as orações substantivas antepostas à principal:</p><p>• Quando me formarei, ainda não sei.</p><p>8. Ponto e vírgula (;)</p><p>a) Utiliza-se ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de outros itens:</p><p>• Para preparar o bolo vamos precisar dos seguintes ingredientes:</p><p>• 1 xícara de trigo;</p><p>• 4 ovos;</p><p>• 1 xícara de leite;</p><p>• 1 xícara de açúcar;</p><p>• 1 colher de fermento.</p><p>b) Utilizamos ponto e vírgula, também, para separar orações coordenadas muito extensas ou orações</p><p>coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:</p><p>• “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente</p><p>vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde</p><p>moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso."</p><p>(O Visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)</p><p>9. Travessão (—)</p><p>O travessão deve ser utilizado para os seguintes fins:</p><p>a) Iniciar a fala de um personagem no discurso direto:</p><p>• Então ela disse:</p><p>• — Gostaria que fosse possível fazer a viagem antes de Outubro.</p><p>b) Indicar mudança do interlocutor nos diálogos:</p><p>• — Querido, você já lavou a louça?</p><p>• — Sim, já comecei a secar, inclusive.</p><p>c) Unir grupos de palavras que indicam itinerários:</p><p>• O descaso do poder público com relação à rodovia Belém—Brasília é decepcionante.</p><p>d) Substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas:</p><p>• Dizem que Elvis — o rei do rock — na verdade, detestava atuar.</p><p>10. Aspas (“”)</p><p>As aspas são utilizadas com os seguintes objetivos:</p><p>a) Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões,</p><p>neologismos, arcaísmos e expressões populares:</p><p>PONTUAÇÃO</p><p>10 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• A aula do professor foi “irada”.</p><p>• Ele me pediu um “feedback” da resposta do cliente.</p><p>b) Indicar uma citação</p><p>direta:</p><p>• “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e</p><p>refiz a mala.” (O prazer de viajar - Eça de Queirós)</p><p>Observação: Quando houver necessidade de utilizar aspas dentro de uma sentença onde ela já esteja</p><p>presente, usa-se a marcação simples ('), não dupla (").</p><p>Pontuação é um ramo ou recurso da ortografia, que permite expressar</p><p>exclusivamente na língua escrita um espectro de matizes rítmicas e melódicas características da</p><p>língua falada, pelo uso de um conjunto sistematizado de sinais sintáticos (sinais gráficos e não</p><p>gráficos).Ou seja, a pontuação têm por finalidade assinalar as pausas e as entonações da linguagem</p><p>falada na linguagem escrita, separando expressões e orações que precisam ser destacadas.</p><p>Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem para compor a coesão e a coerência</p><p>textual além de ressaltar a clareza e especificidades semânticas e pragmáticas.</p><p>Teóricos da linguagem, como o francês Henri Meschonnic, consideram que a pontuação como usada</p><p>atualmente, tende apenas a organizar logicamente o texto, não por seus elementos rítmicos e</p><p>melódicos, tendo tal uso origem no chamado Cartesianismo. Com base nesta deformação rítmica</p><p>produzida pelo uso lógico da pontuação, muitos poetas como Guillaume Apollinaire, Allen Ginsberg e o</p><p>próprio Meschonnic aboliram a pontuação em sua escrita poética.</p><p>Outro autor que faz um uso não tradicional de pontuações é o português José Saramago, que faz uso</p><p>incomum de pontuações em seus textos em formato não-poético, chegando a escrever frases que</p><p>"duram" mais de uma página.</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>SUJEITO</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Sujeito</p><p>O sujeito é alguém ou algo de quem ou do que se fala.</p><p>O sujeito é facilmente identificado na oração através da utilização do método de perguntas, por</p><p>exemplo: O ajudante da loja correu muito com o veículo.</p><p>Logo, ao responder a pergunta “quem correu muito com o veículo?” identificará o sujeito da oração</p><p>que, nesse caso, é “o ajudante da loja”.</p><p>Os sujeitos são classificados em:</p><p>Sujeito determinado - quando o sujeito é identificado na oração. Nesse caso, o sujeito pode</p><p>ser simples, composto, oculto.</p><p>Sujeito indeterminado - quando o sujeito não é identificado na oração.</p><p>Sujeito inexistente - quando as orações são construídas com verbos impessoais, os quais não</p><p>admitem agentes de ação.</p><p>Tipos de sujeito</p><p>Sujeito simples</p><p>O sujeito simples é formado por um núcleo, ou seja, um termo principal, por exemplo:</p><p>• O empregado da casa vendeu seu carro. (núcleo: empregado)</p><p>• Eles estão sempre omitindo a verdade. (núcleo: Eles)</p><p>• A folha caiu. (núcleo: folha)</p><p>Sujeito composto</p><p>O sujeito composto é aquele formado por dois ou mais núcleos, por exemplo:</p><p>• Ana Maria e Joaquim terminaram o namoro. (núcleos: Ana Maria, Joaquim)</p><p>• Eu, você e o nosso cão aqui, perdidos mais uma vez. (núcleos: Eu, você, cão)</p><p>• Livros e cinema são o meu passatempo preferido. (núcleos: Livros, cinema)</p><p>Sujeito oculto</p><p>O sujeito oculto, também chamado de elíptico, desinencial ou implícito, é aquele</p><p>que não está declarado na oração.</p><p>Apesar disso, ele é classificado como determinado porque pode ser identificado pelo contexto e pela</p><p>conjugação verbal presente na oração, por exemplo:</p><p>• No trajeto para casa, passei pelo parque da cidade. (Note que pela conjugação verbal “passei”</p><p>podemos identificar a primeira pessoa do singular “eu”. Logo, “No trajeto para casa, (eu) passei pelo</p><p>parque da cidade”.)</p><p>• Gostamos de pular Carnaval.</p><p>• Levou tudo para casa.</p><p>SUJEITO</p><p>2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Sujeito indeterminado</p><p>O sujeito indeterminado é aquele que não podemos identificar o agente da ação, nem pelo contexto,</p><p>nem pela terminação verbal do enunciado.</p><p>A despeito do sujeito ser um termo essencial na oração, o sujeito inexistente pode se manifestar pelo</p><p>desconhecimento ou desinteresse do agente que executa a ação.</p><p>Além disso, também acontece quando o verbo não se refere a uma pessoa determinada. Há três</p><p>maneiras de identificá-lo:</p><p>1) com verbo na 3.ª pessoa do plural</p><p>Quando o verbo está na terceira pessoa do plural e não se refere a nenhum substantivo citado</p><p>anteriormente na oração, por exemplo:</p><p>• Disseram que ele foi eleito.</p><p>• Capturaram o fugitivo.</p><p>• Falavam mal o tempo todo.</p><p>2) com pronome "se" e verbo intransitivo, transitivo indireto ou de ligação na 3.ª pessoa do singular (de</p><p>modo que não se consegue identificar quem pratica a ação), por exemplo:</p><p>• Acorda-se feliz (VI).</p><p>• Necessita-se de pessoas jovens (VTI).</p><p>• Nem sempre se é justo nesse mundo (VL).</p><p>3) com verbo no infinitivo pessoal, por exemplo:</p><p>• É difícil agradar a todos.</p><p>• Seria bom pesquisar mais sobre o assunto.</p><p>• Era bom viajar pelo mundo!</p><p>Sujeito inexistente</p><p>Nas orações sem sujeito, o sujeito é inexistente uma vez que são constituídas por verbos impessoais,</p><p>ou seja, que não admitem agentes da ação, como é o caso de:</p><p>1) verbos que indicam fenômenos da natureza (amanheceu, anoiteceu, choveu, nevou, ventou,</p><p>trovejou, etc.).</p><p>2) verbo haver, quando empregado com sentido de existir, acontecer e indicando tempo passado.</p><p>3) os verbos ser, fazer, haver, estar, ir e passar indicando tempo ou distância.</p><p>Exemplos:</p><p>• Trovejou durante a noite.</p><p>• Há boas palestras no congresso.</p><p>• Está na hora do intervalo.</p><p>Núcleo do sujeito</p><p>SUJEITO</p><p>3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>É importante identificar o núcleo do sujeito, ou seja, o seu termo mais importante. Quando o sujeito é</p><p>seguido de artigos, por exemplo, o núcleo é apenas o substantivo que vem depois dele.</p><p>Assim, embora artigo e substantivo sejam o sujeito, o seu núcleo é aquilo que semanticamente tem</p><p>mais importância, por exemplo:</p><p>1) As meninas cantaram lindamente.</p><p>sujeito: As meninas</p><p>núcleo do sujeito: meninas</p><p>2) Os avós, os pais e seus filhos viviam na quinta.</p><p>sujeito: Os avós, os pais, seus filhos</p><p>núcleo do sujeito: avós, pais, filhos</p><p>Predicado</p><p>O predicado é o que se fala acerca do sujeito. Sujeito e predicado são os termos essenciais da oração.</p><p>Isso quer dizer que eles são essenciais na construção de uma oração, ainda que haja orações em que</p><p>o sujeito seja inexistente.</p><p>Agora que você estudou sujeito, aprenda tudo sobre predicado, predicativo do sujeito e sobre a relação</p><p>entre sujeito e predicado.</p><p>Em análise sintática, o sujeito é um dos termos essenciais da oração, geralmente responsável por</p><p>realizar ou sofrer uma ação ou estado. Ele é o termo com qual o verbo concorda. Na língua</p><p>portuguesa, o sujeito rege a terminação</p><p>verbal em número e pessoa e é marcado pelo caso</p><p>reto quando são usados os pronomes pessoais. As regras de regência do sujeito sobre o verbo são</p><p>denominadas concordância verbal. Na frase, "Nós vamos ao teatro", "vamos" é uma forma do verbo "ir"</p><p>da primeira pessoa do plural que concorda com o sujeito "nós".</p><p>Para os verbos que denotam ação, frequentemente o sujeito da voz ativa é o constituinte da oração</p><p>que designa o ser que pratica a ação e o da voz passiva é o que sofre suas consequências. Sob outra</p><p>tradição, o sujeito (psicológico) é o constituinte do qual se diz alguma coisa. Segundo Bechara, "É o</p><p>termo da oração que indica a pessoa ou a coisa de que afirmamos ou negamos uma ação ou</p><p>qualidade".</p><p>Exemplos:</p><p>O pássaro voa.</p><p>Os pássaros voam.</p><p>O menino brinca.</p><p>Os meninos brincam.</p><p>Pedro saiu cedo.</p><p>Os jovens saíram.</p><p>Didaticamente, fazemos uma pergunta para o verbo: Quem é que? ou Que é que? ― e teremos a</p><p>resposta; esta resposta será o sujeito. O sujeito simples tem um núcleo.</p><p>O menino brinca.</p><p>Quem é que brinca? O menino. Logo, o menino é o sujeito da frase.</p><p>O livro é bom.</p><p>O que é que é bom? O livro. Logo, o livro é o sujeito da frase.</p><p>Classificação</p><p>O sujeito pode ser classificado</p><p>em simples, composto, indeterminado, desinencial ou oculto, oracional e inexistente. [2] Nesse</p><p>último caso, temos o que se convencionou chamar de oração sem sujeito.</p><p>SUJEITO</p><p>4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Sujeito simples</p><p>É o sujeito que apresenta apenas um elemento, substantivo ou pronome. [2] Aumentar o número de</p><p>características a ele atribuídas não o torna composto. Exemplos de sujeito simples (o sujeito está em</p><p>negrito):</p><p>Obs.: o verbo concorda com o sujeito, seja ele anteposto ou posposto.</p><p>Maria é uma garota bonita.</p><p>A pequena criança parecia feliz com seu novo brinquedo.</p><p>Sujeito composto</p><p>É aquele que apresenta mais de um núcleo substantivo.</p><p>Ana e Rute fizeram compras no sábado.</p><p>Mateus e o amigo Bruno saíram para almoçar.</p><p>O sujeito também pode vir depois do verbo:</p><p>Saíram Bruno e Mateus.</p><p>Saiu Bruno e Mateus</p><p>Obs.: Note que, no segundo caso, o verbo "saiu" concorda com o sujeito "Bruno", mais próximo a ele.</p><p>Isso é permitido apenas quando o sujeito composto está posposto ao verbo; chama-se concordância</p><p>atrativa.</p><p>Sujeito desinencial, implícito subentendido ou oculto</p><p>Sujeito desinencial é aquele que não vem expresso na oração, mas pode ser facilmente identificado</p><p>pela desinência do verbo.</p><p>Fechei a porta.</p><p>Quem fechou a porta?</p><p>Perguntaste mesmo isso à professora?</p><p>Obs.: não confundir vocativo (expressão de chamamento) com sujeito.</p><p>Querido aluno, leia sempre! (sujeito oculto: "você" — "você" leia sempre "eu" — "eu" fico feliz com seu</p><p>sucesso)</p><p>Obs.: As classificações do sujeito, em Língua Portuguesa, são apenas três: simples, composto e</p><p>indeterminado.</p><p>Dar o nome de Sujeito desinencial, elíptico ou implícito não equivale a classificar o sujeito, mas</p><p>somente determinar a forma como o sujeito simples se apresenta dentro da estrutura sintática. No</p><p>mais, a classificação Sujeito Oculto foi abolida, por questões técnico-formais e linguístico-gramaticais,</p><p>passando a denominar-se Sujeito Simples Desinencial, uma vez que se pode determiná-lo através</p><p>dos morfemas lexicais terminativos das formas verbais, situação na qual, para indicar que o sujeito se</p><p>encontra elíptico usa a forma pronominal reta equivalente à pessoa verbal entre parênteses. Assim, na</p><p>estrutura sintática: "Choramos todos os dias", para indicar o sujeito simples subentendido na forma</p><p>verbal, coloca-se entre parênteses da seguinte forma: (Nós)= sujeito simples desinencial.</p><p>Sujeito indeterminado</p><p>Sujeito indeterminado é a expressão que não identifica o agente. Podemos dizer que o sujeito é</p><p>indeterminado quando o verbo não se refere a uma pessoa determinada, ou por se desconhecer quem</p><p>executa a ação ou por não haver interesse no seu conhecimento. Aparecerá a ação, mas não há como</p><p>dizer quem a pratica ou praticou.</p><p>SUJEITO</p><p>5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Há quatro maneiras de identificar um sujeito indeterminado:</p><p>Verbo na 3ª pessoa do plural</p><p>O verbo se encontra na 3ª pessoa do plural, sem referência a qualquer agente já expresso em orações</p><p>anteriores.</p><p>Dizem que eles não vão bem.</p><p>Estão chamando o rapaz.</p><p>Falam de tudo e de todos.</p><p>Falaram por aí.</p><p>Disseram que ele morreu.</p><p>Verbo Transitivo Indireto</p><p>Com um Verbo Transitivo Indireto, somente na 3ª pessoa do singular, mais a partícula se.</p><p>Precisa-se de livros. (Quem precisa, precisa de alguma coisa → verbo transitivo indireto)</p><p>Necessita-se de amigos. (Quem necessita, necessita de alguma coisa → verbo transitivo indireto)</p><p>A palavra se é um índice de indeterminação do sujeito, pois não se pode dizer quem precisa ou quem</p><p>necessita.</p><p>Cuidado! Caso você encontre frases com Verbo Transitivo Direto:</p><p>Compram-se carros. (Quem compra, compra alguma coisa → verbo transitivo direto)</p><p>Vende-se casa. (Quem vende, vende alguma coisa → verbo transitivo direto)</p><p>Não se caracteriza sujeito indeterminado, pois nos casos de VTD, a partícula "se" exerce a função de</p><p>partícula apassivadora e a frase se encontra na voz passiva sintética. Transpondo as frases para a voz</p><p>passiva analítica, teremos:</p><p>Carros são comprados. (sujeito: "Carros");</p><p>Casa é vendida. (sujeito: "Casa").</p><p>Verbo Intransitivo</p><p>Com um Verbo Intransitivo, somente na terceira pessoa do singular, mais a palavra se, índice de</p><p>indeterminação do sujeito.</p><p>Vive-se feliz, aqui.</p><p>Aqui se dorme muito bem.</p><p>Brinca-se no carnaval de salão.</p><p>Verbo de ligação</p><p>Com um Verbo de ligação, na terceira pessoa do singular, mais a palavra "se" que se torna índice de</p><p>indeterminação do sujeito.</p><p>Nem sempre se é justo nesta profissão.</p><p>Observação:</p><p>É possível indeterminar o sujeito com verbos transitivos diretos. Para isso, deve ter um objeto direto</p><p>preposicionado.</p><p>Orações sem sujeito, sujeito inexistente</p><p>Há verbos que não têm sujeito, ou este é nulo. A língua desconhece a existência de sujeito de tais</p><p>verbos. Uma oração é sem sujeito quando o verbo está na terceira pessoa do singular, sobretudo os</p><p>seguintes:</p><p>Obs.: Note que fora do contexto "gramático", sempre há um agente, pois o verbo denota mudança, e</p><p>mudanças sempre são causadas por um agente. O que há nessa classificação na gramática é que não</p><p>há um termo na qual haja concordância com o verbo, esse termo, o sujeito.</p><p>SUJEITO</p><p>6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Fenômenos meteorológicos</p><p>Com os verbos que indicam fenômenos da natureza (meteorológicos), tais</p><p>como: anoitecer, trovejar, nevar, escurecer, chover, relampejar, ventar.</p><p>Trovejou muito.</p><p>Neva no sul do país.</p><p>Anoitece tarde no verão.</p><p>Chove muito no Amazonas.</p><p>Ventou bastante ontem em Vila Velha no Espirito Santo.</p><p>Verbo com sentido de existir</p><p>Com o verbo haver, significando existir ou acontecer.</p><p>Ainda há amigos.</p><p>Haverá aulas amanhã.</p><p>Há bons livros na livraria.</p><p>Há gente ali.</p><p>Há homens no mar.</p><p>Houve um grave incidente no meu apartamento.</p><p>Verbos que indicam tempo</p><p>Com os verbos ser, fazer, haver, estar, ir e passar indicando tempo.</p><p>Está quente esta noite.</p><p>Faz dez anos que não o vejo.</p><p>Faz calor terrível no verão.</p><p>Está na hora do recreio.</p><p>Faz dez anos as comemorações do bicampeonato brasileiro.</p><p>Era em Londres.</p><p>É tarde.</p><p>Era uma vez.</p><p>Foi em janeiro.</p><p>Já passa de um ano.</p><p>Já passa das cinco horas.</p><p>Obs.: existem advérbios que exercem claramente a função sintática de sujeito, a qual é própria de</p><p>substantivos.</p><p>Amanhã é feriado nacional. (O dia de amanhã...)</p><p>Aqui já é Vitória. (Este lugar...)</p><p>Hoje é dia de festa. (O dia de hoje...)</p><p>Agora já é noite avançada. (Esta hora...)</p><p>Obs.: Oração sem sujeito também pode ser chamada de OSS.</p><p>Sujeito oracional</p><p>Ocorre quando o sujeito é uma oração subordinada substantiva subjetiva.</p><p>1º caso: verbo de ligação + predicativo + QUE (é preciso...,</p><p>é bom..., é melhor..., é conveniente..., está</p><p>comprovado,..., parece certo..., fica evidente...)</p><p>2º caso: verbo na voz passiva sintética ou analítica + QUE / SE (sabe-se..., comenta-se..., dir-se-ia...,</p><p>foi anunciado..., foi dito...)</p><p>SUJEITO</p><p>7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>3º caso: verbo unipessoal + QUE / SE (convir, parecer, constar, acontecer, cumprir, importar, urgir,</p><p>ocorrer, suceder...)</p><p>O sujeito é a parte da oração sobre a qual a restante oração se refere, ou seja, de quem ou do que se</p><p>fala.</p><p>Exemplos de sujeito</p><p>• O pai foi trabalhar.</p><p>• Nós queremos dormir agora.</p><p>• Alice e Mariana viajaram para o Chile.</p><p>Como identificar o sujeito?</p><p>O sujeito aparece, habitualmente, antes do predicado, sendo esta a ordem direta da oração. As</p><p>perguntas quem? o quê? quê? feitas antes do verbo, facilitam a identificação do sujeito.</p><p>Filipe conseguiu o primeiro lugar na competição.</p><p>Quem?</p><p>Filipe = sujeito</p><p>O bolo de chocolate queimou no forno.</p><p>O quê?</p><p>O bolo de chocolate = sujeito</p><p>O sujeito pode ser representado por:</p><p>• substantivos;</p><p>• pronomes pessoais;</p><p>• pronomes demonstrativos;</p><p>• pronomes relativos;</p><p>• pronomes interrogativos;</p><p>• pronomes indefinidos;</p><p>• numerais;</p><p>• expressões substantivadas;</p><p>• orações subordinadas substantivas subjetivas.</p><p>Posição do sujeito na oração</p><p>Apesar do sujeito aparecer maioritariamente antes do predicado, pode também aparecer numa ordem</p><p>inversa, ou seja, depois do predicado, bem como no meio do predicado, de forma intercalada.</p><p>Antes do predicado:</p><p>Esta remodelação custará muito dinheiro à empresa.</p><p>Depois do predicado:</p><p>Custará muito dinheiro à empresa esta remodelação.</p><p>Entre o predicado:</p><p>Muito dinheiro à empresa, esta remodelação custará.</p><p>Tipos de sujeito</p><p>Existem dois tipos principais de sujeito: o sujeito determinado e o sujeito indeterminado.</p><p>SUJEITO</p><p>8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Sujeito determinado</p><p>O sujeito é determinado quando está precisamente identificado. Pode ser simples, composto ou</p><p>implícito.</p><p>Sujeito determinado simples</p><p>O sujeito é determinado simples quando apresenta apenas um núcleo relacionado com o verbo.</p><p>• A professora saiu da sala.</p><p>• Pedro esperou sua mãe na portaria.</p><p>• Os alunos estudaram para o teste.</p><p>• Elas gostam de sorvete de morango.</p><p>Sujeito determinado composto</p><p>O sujeito é determinado composto quando apresenta dois ou mais núcleos relacionados com o verbo.</p><p>• Eu e ela fomos ao cinema.</p><p>• Patrícia e Eduardo casaram-se ontem.</p><p>• Alimentação equilibrada e exercício físico são essenciais para uma vida saudável.</p><p>• Inglês e alemão são línguas que domino na perfeição.</p><p>Sujeito determinado implícito</p><p>O sujeito é determinado implícito quando pode ser facilmente identificado através da desinência verbal</p><p>ou por referência em outra oração, mesmo não aparecendo na oração de forma explícita.</p><p>• Fiz dieta durante três meses. (sujeito implícito: eu)</p><p>• Gostamos de acordar cedo e correr na praia. (sujeito implícito: nós)</p><p>• Meus irmãos vêm aí. Pediram para esperar. (sujeito implícito: meus irmãos)</p><p>Sujeito indeterminado</p><p>O sujeito é indeterminado quando não se consegue definir. Normalmente ocorre com:</p><p>Verbos na 3.ª pessoa do plural, sem qualquer referência anterior.</p><p>• Querem que eu mude de apartamento rapidamente.</p><p>• Pediram apoio financeiro para ajudar crianças órfãs.</p><p>Verbos na 3.ª pessoa do singular, com a partícula se, indeterminadora do sujeito.</p><p>• Gasta-se muito dinheiro nas festas de casamento.</p><p>• Precisa-se de ajuda!</p><p>Verbos conjugados no infinitivo impessoal.</p><p>• É essencial diminuir a desigualdade social.</p><p>• É insuportável estar na sua presença.</p><p>Oração sem sujeito ou sujeito inexistente</p><p>Orações sem sujeito são formadas com verbos impessoais, sempre conjugados na 3.ª pessoa do</p><p>singular, como:</p><p>SUJEITO</p><p>9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Verbos que indicam fenômenos atmosférico e da natureza, como os verbos chover, nevar, ventar,</p><p>anoitecer, escurecer,</p><p>• Todos os dias chove no fim da tarde.</p><p>• Nos dias frios neva muito.</p><p>• Já anoiteceu!</p><p>O verbo fazer indicando tempo decorrido.</p><p>• Vai fazer cinco anos que visitei o Canadá.</p><p>• Faz três meses desde a última vez que te vi.</p><p>• Faz duas horas que estou esperando você!</p><p>O verbo haver com sentido de existir ou indicando tempo decorrido.</p><p>• Há pastéis de carne e de queijo.</p><p>• Havia várias crianças correndo no parque.</p><p>• Há três minutos você ainda não tinha chegado.</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>CRASE</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Crase</p><p>Crase é um dos metaplasmos por supressão de fonemas a que as palavras podem estar sujeitas à</p><p>medida que uma língua evolui.</p><p>Neste caso, há a fusão de dois fonemas vocálicos idênticos e seguidos em um só.</p><p>O termo crase significa fusão, junção. Em português, a crase é o nome que se dá à contração da</p><p>preposição "a" com:</p><p>• artigo feminino "a" ou "as";</p><p>• o "a" dos pronomes "aquele"(s), "aquela"(s), "aquilo", "aqueloutro"(s) e "aqueloutra"(s);</p><p>• o "a" do pronome relativo "a qual" e "as quais";</p><p>• o "a" do pronome demonstrativo "a" ou "as".</p><p>• OBS.: Nunca haverá crase no termo a que, mesmo quando puder ser substituído por à qual. Ex.: A</p><p>questão a que me refiro é esta. = A questão à qual me refiro é esta.</p><p>O sinal que indica a fusão, que indica ter havido crase de dois aa é o acento grave.</p><p>• Acentua-se a preposição a quando, substituindo-se a palavra feminina por uma masculina,</p><p>o a torna-se ao.</p><p>• As palavras terra, casa e distância são casos especiais de crase. A preposição "a" antes da</p><p>palavra casa (lar) só recebe o acento grave quando vier acompanhada de um modificador, caso</p><p>contrário não ocorre a crase. Já com a palavra terra (chão firme, oposto de bordo) só ocorre crase</p><p>quando vier acompanhada de um modificador — da mesma maneira que existe a expressão "a bordo",</p><p>enquanto que com a palavra terra (terra natal ou planeta) sempre ocorre crase. Quanto à</p><p>palavra distância, só haverá crase se esta estiver especificada.</p><p>Exemplos:</p><p>Chegamos cedo a casa (coloquialmente, "em casa").</p><p>Chegamos cedo à casa de meu pai.</p><p>Os jangadeiros voltaram a terra.</p><p>Os jangadeiros chegaram à terra procurada.</p><p>Ele voltou à terra dos avós.</p><p>Farei um curso a distância.</p><p>Estamos à distância de 5 quilômetros da casa de meu pai.</p><p>• O pronome</p><p>aquele (e variações) e também aquilo e aqueloutro (e variações) podem receber acento</p><p>grave no a inicial, desde que haja um verbo ou um nome relativo que peça a preposição a.</p><p>• A contração "à" pode surgir também com a elipse de expressões como "à moda (de)", "à maneira</p><p>(de)", como em "arroz à grega" (à maneira grega), "filé à Chatô" (à moda de Chatô)", etc. É este o único</p><p>caso em que "à" se pode usar antes de um nome masculino.</p><p>Regras de Verificação</p><p>Para saber se a crase é aplicável, ou seja, se deve ser usada a contração à (com acento grave) em vez</p><p>da preposição a (sem acento), aplique-se uma das regras de verificação:</p><p>1) Substitui-se a preposição a por outra preposição, como em ou para; se, com a substituição, o artigo</p><p>definido a permanecer, então a crase é aplicável.</p><p>CRASE</p><p>2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Exemplos:</p><p>Pedro viajou à Região Nordeste.</p><p>Com crase, porque equivale a Pedro viajou para a Região Nordeste.</p><p>Pedro viajou a Uberaba.</p><p>Sem crase, porque equivale a Pedro viajou para Uberaba.</p><p>2) Troca-se o complemento nominal, após "a", de um substantivo feminino para um substantivo</p><p>masculino; se, com a troca, for necessário o uso da combinação ao, então a crase é aplicável.</p><p>Exemplos:</p><p>Prestou relevantes serviços à comunidade.</p><p>Com crase, porque ao se trocar o complemento — Prestou relevantes serviços ao povo — aparece a</p><p>combinação ao.</p><p>Chegarei daqui a uma hora</p><p>Sem crase, porque ao se trocar o complemento — Chegarei daqui a um minuto — não aparece a</p><p>combinação ao.</p><p>Obs.: a crase não ocorre antes de palavras masculinas; antes de verbos, de pronomes pessoais, de</p><p>nomes de cidade que não utilizam o artigo feminino, da palavra casa quando tem significado do próprio</p><p>lar, da palavra terra quando tem sentido de solo e de expressões com palavras repetidas (dia a dia).</p><p>Crase facultativa</p><p>A crase é facultativa nos seguintes casos:</p><p>Antes de nome próprio feminino:</p><p>Refiro-me à (a) Luciana.</p><p>Antes de pronome possessivo feminino:</p><p>Dirija-se à (a) sua fazenda.</p><p>Depois da preposição até:</p><p>Dirija-se até à (a) porta.</p><p>Refiro-me à (a) Janaina.</p><p>Casos Proibidos</p><p>Tendo por princípio basilar que a palavra "à" é o feminino de "ao", não existe crase onde também não</p><p>cabe o uso de "ao". Portanto, nas seguintes situações:</p><p>Antes de verbos:</p><p>Preços a combinar.</p><p>Antes de substantivos masculinos, salvo no já supracitado caso de estar subentendida a expressão "à</p><p>moda de":</p><p>Passear a Cavalo</p><p>Antes de numerais:</p><p>De 10 a 100</p><p>CRASE</p><p>3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Encontramos o produto numa faixa de preço que vai de R$120,00 a R$ 150,00.</p><p>Antes de plural sem o emprego do artigo definido "as":</p><p>a brilhantes psicólogas</p><p>a soluções</p><p>Após o uso de preposições:</p><p>Ante a descoberta o cientista gritou.</p><p>Após a voz de prisão o bandido entregou os comparsas.</p><p>Contra a ação do governo, João realizou um protesto.</p><p>Mas: Caminhamos até à (a) casa. (no caso específico de "até", a crase é facultativa)</p><p>Antes de pronomes pessoais, relativos cujo/s, cuja/s e quem, demonstrativos, indefinidos,</p><p>interrogativos e de tratamento (com exceção de senhora, senhorita, dona e madame):</p><p>Entregue o relatório a ela. (Pessoal)</p><p>Informei o novo horário a esse cliente. (Demonstrativo)</p><p>Ele é meu amigo, a quem sempre obedeço. (Relativo)</p><p>Jamais devi dinheiro a ninguém. (Indefinido)</p><p>A quem você será fiel? (Interrogativo)</p><p>Enviei dois ofícios a Vossa Senhoria. (Tratamento)</p><p>Obs.: (Pronomes demonstrativos de terceira pessoa, aquele, aquela, aqueles, aquelas, aqueloutro*,</p><p>aqueloutra*, aqueloutros*, aqueloutras* podem levar crase):</p><p>Os pronomes aqueloutro/s e aqueloutra/s não são muito usados, mas são encontrados em textos</p><p>literários.</p><p>Entreguei as chaves àquela mulher. (Demonstrativo)</p><p>Entre substantivos idênticos:</p><p>Dosava a medicação gota a gota</p><p>Os adversários estavam cara a cara.</p><p>À exceção de:</p><p>É preciso declarar guerra à guerra!</p><p>É preciso dar mais vida à vida!</p><p>Antes de topônimos de cidades que não admitem "a":</p><p>Vou a Salvador.</p><p>Vou a Lisboa.</p><p>Vou a Madri.</p><p>Obs.: substituir por "Fui à" ou "Vim da" (pode crasear) — "Fui a" ou "Vim de" (crasear pra quê?).</p><p>Vou a Brasília.</p><p>CRASE</p><p>4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Fui a Brasília. Vim de Brasília.(não vai crase)</p><p>Vou à Bahia.</p><p>Fui à Bahia. Vim da Bahia. (vai crase)</p><p>À exceção de: Quando o lugar está determinado com um adjunto adnominal, assim como ocorre com</p><p>"casa" e "terra", a crase é obrigatória em topônimos que não admitem artigo</p><p>Vou à Lisboa dos poetas.</p><p>Vou à Brasília de Oscar Niemeyer.</p><p>A crase é um fenômeno fonético ( ` ) que representa a junção da preposição “a” com o artigo feminino</p><p>“a”. Além disso, pode haver crase também na combinação da mesma preposição</p><p>com pronomes demonstrativos que se iniciem com a letra “a”.</p><p>Quando usar a crase?</p><p>1- Se o verbo da oração exigir a preposição a e, em seguida, houver um artigo e um substantivo</p><p>feminino.</p><p>Exemplo:</p><p>prep. + artigo + substantivo feminino</p><p>Júlia levou sua irmã (a + a = à) praça.</p><p>Eles desobedeceram às normas de segurança.</p><p>Preposição a (exigida pelo verbo) + artigo as + subs.feminino</p><p>Normas</p><p>Fica a dica – Em uma oração, se você puder substituir o substantivo feminino por um masculino e este</p><p>for antecedido por “ao”, haverá crase.</p><p>Exemplo:</p><p>Eles desobedeceram aos pais / Eles desobedeceram às normas</p><p>Júlia levou sua irmã ao teatro / Júlia levou sua irmã à praça</p><p>2- Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas.</p><p>• Locuções adverbiais: às vezes, à noite, à tarde, às claras, à meia noite, às três horas;</p><p>• Locuções prepositivas: à frente de, à beira de, à exceção de;</p><p>• Locuções conjuntivas: à proporção que, à medida que.</p><p>3- Ao indicar horas específicas.</p><p>Exemplo:</p><p>A reunião ocorrerá às duas horas da tarde de sexta-feira.</p><p>Horas específicas</p><p>Atenção: Quando a hora aparecer de forma genérica, não haverá crase.</p><p>Exemplo:</p><p>Passarei em sua casa a uma hora qualquer para conhecer o bebê.</p><p>CRASE</p><p>5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Hora genérica</p><p>4- Usa-se crase nas expressões à moda de / à maneira de.</p><p>Exemplo:</p><p>Prefiro comida à francesa.</p><p>A expressão à moda de está implícita em à francesa</p><p>Ela pinta à maneira de Picasso.</p><p>5- Antes dos substatnivos casa e terra, desde que não tenham o sentido de lar e terra firme,</p><p>respectivamente.</p><p>Exemplo:</p><p>Residência de outras pessoas</p><p>Ela voltou à casa dos avós após a viagem.</p><p>Mas</p><p>Ela voltou a casa após a viagem</p><p>Seu próprio lar – não há crase</p><p>Chegamos à terra natal de nossos antepassados.</p><p>Lugar específico</p><p>Mas</p><p>Voltei a terra firme após um mês velejando. (não há crase)</p><p>6- Usa-se crase com pronomes demonstrativos e relativos quando vierem precedidos da preposição a.</p><p>Exemplo:</p><p>Ele não obedeceu àquela norma de segurança.</p><p>Verbo transitivo indireto pede a presença da preposição a (a + aquela = àquela)</p><p>As perguntas às quais respondemos estavam difíceis.</p><p>Verbo transitivo indireto pede preposição a (a + as quais = as quais)</p><p>A crase é, na língua portuguesa, a contração de duas vogais iguais, sendo representada com acento</p><p>grave.</p><p>Quando não usar crase?</p><p>Não ocorre crase:</p><p>Antes de substantivos masculinos:</p><p>• Gosto de andar a pé.</p><p>• Este passeio será feito a cavalo.</p><p>• Será estipulado um tipo de pagamento a prazo.</p><p>• Escreve a lápis, assim podemos apagar o que for preciso.</p><p>CRASE</p><p>6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Antes de verbos:</p><p>• Não sei se ela chegou a falar sobre esse assunto.</p><p>• Meu filho está aprendendo a cantar essa música na escola.</p><p>• O arquiteto está começando a renovar essa casa.</p><p>• Meu irmão se dispôs a ajudar no que fosse necessário.</p><p>Antes da maior parte dos pronomes:</p><p>• Desejamos a todos um bom fim de semana.</p><p>• Você já pediu ajuda a alguém?</p><p>• Dei todos os meus carrinhos a ele.</p><p>• Refiro-me a quem nunca esteve presente nas reuniões.</p><p>Nota: Antes de alguns pronomes pode ocorrer crase.</p><p>• Não entregamos o trabalho à mesma professora.</p><p>• Eu pedi a fatura à própria gerente do estabelecimento.</p><p>habita o Brasil e a Venezuela. Exemplo: Faz parte da cultura dos</p><p>Yanomamis usar vários tipos de corantes nas pinturas corporais.</p><p>30. Zoomórfico</p><p>Que apresenta forma de animal. Exemplo: Seu aspecto zoomórfico assusta qualquer um.</p><p>As maiores palavras da língua portuguesa</p><p>Essa é a maior palavra da língua portuguesa:</p><p>Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico</p><p>Não precisa contar. Ela tem 46 letras!</p><p>Além dessas há várias palavras difíceis de falar especialmente em virtude de sua extensão. Muitas</p><p>delas estão ligadas às área de Biologia e Química:</p><p>• Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose, por exemplo, é uma doença. Tem 44 letras.</p><p>• Paraclorobenzilpirrolidinonetilbenzimidazol e Piperidinoetoxicarbometoxibenzofenona, com 43 e 37</p><p>letras, respectivamente, são nomes de substâncias.</p><p>• Hipopotomonstrosesquipedaliofobia também é o nome de uma doença e tem 33 letras.</p><p>• Anticonstitucionalissimamente é o maior de todos os advérbios. Tem 29 letras.</p><p>Perca ou Perda?</p><p>Perca é verbo, enquanto perda é substantivo. O uso incorreto de perca ou perda é um dos erros de</p><p>português mais frequentes. Isso acontece porque essas palavras são parônimas, o que quer dizer que</p><p>elas são parecidas tanto na grafia como na pronúncia, mas têm significados diferentes.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>10 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Se ambas as palavras existem, como sei quando usar cada uma delas? Pense no seu significado e</p><p>confira os exemplos:</p><p>1) Perca ou perda de tempo</p><p>• Não perca seu tempo com isso!</p><p>• Você vai ver como isso é uma perda de tempo.</p><p>2) Perca ou perda de peso</p><p>• Caso não perca peso, vamos ter que ser mais rigorosos com a tua alimentação.</p><p>• Pesquise sobre algo que possa te ajudar com a perda de peso.</p><p>3) Perca ou perda de memória</p><p>• Que eu perca minha memória, menos minha família.</p><p>• Há várias doenças que podem causar perda de memória.</p><p>4) Perca ou perda de um ente querido</p><p>• Que ele a perca quando não houver outra saída.</p><p>• A perda de alguém é muito dolorosa.</p><p>5) Sentimento de perca ou perda</p><p>• Perca esse sentimento que só faz mal a você.</p><p>• Ninguém sabe lidar bem com o sentimento de perda.</p><p>6) Perca ou perda de material</p><p>• Não perca os livros!</p><p>• A perda desse material seria irreparável.</p><p>7) Perda total ou perca total</p><p>• A seguradora considerou a perda total do veículo.</p><p>• É melhor que você perca o total interesse por esse rapaz.</p><p>8) Perca dos direitos ou perda dos direitos</p><p>• Espero que ela perca os direitos políticos.</p><p>• A perda dos direitos políticos é constitucional?</p><p>O mesmo acontece com as palavras perdas e percas:</p><p>• As perdas de alimentos são um desafio para a sociedade.</p><p>• Tomara que tu percas o jogo.</p><p>Erros de Português</p><p>Para você não errar mais, confira 40 dos maiores erros de português mais comuns que tiram a</p><p>credibilidade do seu texto. Se você prestar atenção, terá mais chance de gabaritar na prova de redação</p><p>no Enem e no Vestibular.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>11 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>1. Precisa-se ou Precisam-se</p><p>Precisa-se de pessoas que lembrem: quando o “se” indica índice de indeterminação de sujeito, o verbo</p><p>é sempre conjugado na 3ª pessoa do singular, nunca do plural.</p><p>Por isso, "precisam-se" está errado!</p><p>2. Anexo, Anexa ou Em anexo</p><p>A dúvida anexa é um dos erros anexos mais comuns.</p><p>"Anexo" é um adjetivo, tal como bonita. Assim, foto bonita, foto anexa, certo? Foto em bonita, foto em</p><p>anexa? Não, não pode ser.</p><p>Então, "em anexo" está errado!</p><p>3. Você ou Voçê</p><p>Você tem que deixar de cometer este erro! O ç somente é usado antes das letras “a”, “o” e “u”,</p><p>somente essas, nunca antes do “e” e do “i”.</p><p>Não esqueça, "voçê" não existe!</p><p>Leia Uso do Ç.</p><p>Além da dúvida quanto à ortografia, esse pronome de tratamento também confunde na hora da crase.</p><p>4. A você ou À você</p><p>A você que não quer errar mais, dedico este ponto. A crase só existe quando o artigo “a” se une à</p><p>preposição “a”, o que não acontece neste caso.</p><p>A senhora, a vossa alteza, por exemplo, pode ser antecedidas por artigo “a”, mas “a você” não dá, não</p><p>é? Então, esqueça a crase! "À você" também não existe!</p><p>5. A ou Há</p><p>Daqui a pouco você não terá mais dúvidas, pois isto é muito fácil. Quando estiver falando do futuro</p><p>deve usar “a”, mas se estiver falando do passado, você usa o “há”.</p><p>Há pouco eu disse que você não teria mais dúvidas, não disse?</p><p>Leia Há ou A: quando usar?</p><p>6. Em vez de ou Ao invés de</p><p>“Em vez de” significa uma coisa no lugar de outra. “Ao invés de” tem o sentido de contrário.</p><p>Em vez de explicar, vamos ao exemplo, ao invés de deixar que as pessoas fiquem mais confusas.</p><p>7. Ao encontro de ou De encontro a</p><p>“Ao encontro de” tem o sentido de mesma direção. “De encontro a” significa direção contrária.</p><p>Espero que essa explicação vá ao encontro das suas expectativas. Se for de encontro, ficarei muito</p><p>aborrecido!</p><p>Leia Ao encontro de ou De encontro a: quando usar?</p><p>8. Medeia ou Media</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>12 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Se você quer dizer que algo está no meio ou que é intermediário, ou seja, que ele "medeia", é assim</p><p>que deve falar.</p><p>Isso porque a conjugação do verbo mediar é: eu medeio, tu medeias, ele medeia, nós mediamos, vós</p><p>mediais, eles medeiam.</p><p>"Ele media" está errado!</p><p>9. Através de ou Por meio de</p><p>“Através de” carrega a ideia de atravessar. “Por meio de” indica o instrumento utilizado para</p><p>determinado fim.</p><p>Através da janela posso ver o que o professor escreveu no quadro. É por meio dele que eu consigo</p><p>aprender alguma coisa.</p><p>10. A princípio ou Em princípio</p><p>“A princípio” é usado para expressar tempo inicial. “Em princípio” é sinônimo de “em tese”.</p><p>A princípio estavam confusos, mas em princípio todos parecem ter aprendido.</p><p>11. Senão ou Se não</p><p>“Senão” tem o mesmo sentido de “caso contrário”. “Se não” é uma expressão que impõe condição.</p><p>Se não aprender agora, ficarei desapontado. Senão podemos tentar de outra forma.</p><p>Como se não soubesse quais são as suas dúvidas… Mais um exemplo, senão não passamos para o</p><p>ponto n.º 12.</p><p>Leia Senão ou Se não: quando usar?</p><p>12. Onde ou Aonde</p><p>“Onde” indica a localização de algo. “Aonde” tem o mesmo sentido de “para onde”.</p><p>Onde estamos mesmo? No ponto n.º 12. E aonde vamos a seguir? Para o ponto n.º 13.</p><p>Leia Uso do Onde e Aonde.</p><p>13. Onde ou Em que</p><p>“Onde” e “em que” são usados quando fazemos referência a um lugar.</p><p>Quando não há referência a lugar somente “em que” deve ser utilizado.</p><p>Onde acaba esta conversa? Vamos arejar um pouco e terminar a aula ao ar livre. Lá (naquele lugar, ao</p><p>ar livre) terminaremos a nossa conversa sobre erros de português.</p><p>Sem tempo para conversar mais, aquele livro que indiquei em que há vários problemas gerais com a</p><p>língua, ajudará você em dúvidas futuras.</p><p>14. Ratificar ou Retificar</p><p>“Ratificar” é o mesmo que confirmar. “Retificar” é o mesmo que corrigir.</p><p>Ratifico que compreendo as suas dúvidas, mas a partir de agora você já consegue retificar algumas.</p><p>Conheça outros parônimos.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>13 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>15. Entre mim e você ou Entre eu e você</p><p>Agora é entre mim e você: vamos acabar com essa dúvida de uma vez!</p><p>As preposições vem sempre seguidas de pronomes pessoais do caso oblíquo (mim, ti) e nunca de</p><p>pronomes pessoais do caso reto (eu, tu).</p><p>Isso quer dizer que "entre eu e você" está errado!</p><p>16. A fim ou Afim</p><p>“A fim” significa finalidade, enquanto “afim” indica semelhança.</p><p>A fim de você entender, leia isto com atenção. É este o nosso objetivo afim: esclarecer dúvidas e</p><p>eliminar erros de português.</p><p>Leia A fim ou Afim?</p><p>17. Tem ou Têm</p><p>A forma “tem” é a conjugação do verbo ter na 3.ª pessoa do singular. “Têm” é a conjugação do verbo</p><p>ter na 3.ª pessoa do plural.</p><p>Ele tem menos dúvidas agora. Eles têm mais chances de escrever melhor.</p><p>18. Assistir ao ou Assistir o</p><p>“Assistir ao” tem o sentido de ver. “Assistir o” significa dar assistência.</p><p>Assisto ao debate na sala de aula. De seguida, assisto os alunos com as dúvidas que discutiram.</p><p>19. A nível de ou Em nível de</p><p>• Solicitei à senhora que não fizesse mais reclamações.</p><p>• Esta é a reportagem à qual me referi.</p><p>Em expressões com palavras repetidas, mesmo que essas palavras sejam femininas:</p><p>• Estamos estudando as expressões mais usadas pelos falantes no dia a dia.</p><p>• Gota a gota, minha paciência foi enchendo!</p><p>• Preciso conversar com você face a face.</p><p>• Por favor, permaneçam lado a lado.</p><p>Antes de palavras femininas no plural antecedidas pela preposição a:</p><p>• Este artigo se refere a pessoas que estão desempregadas.</p><p>• A polêmica foi relativa a mulheres defensoras da emancipação feminina.</p><p>• As bolsas de estudo foram concedidas a alunas estrangeiras.</p><p>Nota: Caso se especifique os substantivos femininos através da utilização do artigo definido as, ocorre</p><p>crase, dada a contração desse artigo com a preposição a: a + as = às.</p><p>• Este artigo se refere às pessoas que estão desempregadas.</p><p>• A polêmica foi relativa às mulheres defensoras da emancipação feminina.</p><p>• As bolsas de estudo foram concedidas às alunas estrangeiras.</p><p>Antes de um numeral (exceto horas, conforme acima mencionado):</p><p>• O número de concorrentes chegou a quinhentos e vinte e sete.</p><p>• O hotel fica a dois quilômetros daqui.</p><p>CRASE</p><p>7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• O motorista conduzia a 180 km/h.</p><p>Quando usar crase?</p><p>Ocorre crase:</p><p>Antes de palavras femininas em construções frásicas com substantivos e adjetivos que pedem a</p><p>preposição a e com verbos cuja regência é feita com a preposição a, indicando a quem algo se refere,</p><p>como: agradecer a, pedir a, dedicar a,…</p><p>• Aquele aluno nunca está atento à aula.</p><p>• Suas atitudes são idênticas às de sua irmã.</p><p>• Não consigo ser indiferente à falta de respeito dessa menina!</p><p>• É importante obedecer às regras de funcionamento da escola.</p><p>• As testemunhas assistiram à cena impávidas e serenas.</p><p>Em diversas expressões adverbiais, locuções prepositivas e locuções conjuntivas: à noite, à direita, à</p><p>toa, às vezes, à deriva, às avessas, à parte, à luz, à vista, à moda de, à maneira de, à exceção de, à</p><p>frente de, à custa de, à semelhança de, à medida que, à proporção que,…</p><p>• Ligo-te hoje à noite.</p><p>• Ele está completamente à parte do grupo.</p><p>• A funcionária apenas conseguiu a promoção à custa de muito esforço.</p><p>• Meu filho mais velho está completamente à deriva: não estuda, não trabalha, não faz nada.</p><p>Nota: Pode ocorrer crase antes de um substantivo masculino desde que haja uma palavra feminina que</p><p>se encontre subentendida, como no caso das locuções à moda de e à maneira de.</p><p>• Decisões à Pedro Neves. (à maneira de Pedro Neves)</p><p>• Estilo à Paulo Sousa. (à moda de Paulo Sousa)</p><p>Antes da indicação exata e determinada de horas:</p><p>• Meu filho acorda todos os dias às seis da manhã.</p><p>• Chegaremos a Brasília às 22h.</p><p>• A missa começará à meia-noite.</p><p>Nota: Com as preposições para, desde, após e entre, não ocorre crase.</p><p>• Estou esperando você desde as seis horas.</p><p>• Marcaram o almoço para as duas horas da tarde.</p><p>Em diversas expressões de modo ou circunstância, atuando como fator de transmissão de clareza na</p><p>leitura:</p><p>• Vou lavar a mão na pia.</p><p>• Vou lavar à mão a roupa delicada.</p><p>• Ele pôs a venda nos olhos.</p><p>• Ele pôs à venda o carro.</p><p>CRASE</p><p>8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Ela trancou a chave na gaveta.</p><p>• Ela trancou à chave a porta.</p><p>• Estudei a distância.</p><p>• Estudei à distância.</p><p>Quando a crase é facultativa?</p><p>O uso acento grave indicativo de crase é facultativo:</p><p>Antes de pronomes possessivos:</p><p>• Na festa de Natal, fizeram referência a minha falecida mãe.</p><p>• Na festa de Natal, fizeram referência à minha falecida mãe.</p><p>Antes de nomes próprios femininos:</p><p>• Enviei cartas a Heloísa.</p><p>• Enviei cartas à Heloísa.</p><p>Nota: Não ocorre crase em contexto formal e na nomeação de personalidades ilustres porque nestes</p><p>casos, segundo a norma culta, não se usa artigo definido.</p><p>• Em seu discurso sobre poesia, fez referência a Cecília Meireles.</p><p>• A cerimônia foi em homenagem a Clarice Lispector.</p><p>Antes da preposição até antecedendo substantivos femininos:</p><p>• Não desistiremos, iremos até as últimas consequências.</p><p>• Não desistiremos, iremos até às últimas consequências.</p><p>Casos específicos para o uso da crase</p><p>Em algumas situações, o uso da crase fica sujeito a verificação:</p><p>Antes de nomes de localidades: Apenas ocorre crase antes de nomes de localidades que admitam a</p><p>anteposição do artigo a quando regidos pela preposição a. Uma forma fácil de verificar se há</p><p>anteposição do artigo a é substituir a preposição a pelas preposições de ou em.</p><p>Contração da preposição a com artigo definido feminino a: a + a = à</p><p>Contração da preposição de com artigo definido feminino a: de + a = da</p><p>Contração da preposição em com artigo definido feminino a: em + a = na</p><p>Havendo contração com as preposições de e em, ficando da e na, também haverá contração com a</p><p>preposição a, ficando à:</p><p>• Vim da Bahia.</p><p>• Estou na Bahia.</p><p>• Vou à Bahia no próximo mês.</p><p>Não havendo contração com as preposições de e em, permanecendo de e em, também não haverá</p><p>contração com a preposição a, permanecendo a:</p><p>• Vim de Brasília.</p><p>CRASE</p><p>9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Estou em Brasília.</p><p>• Vou a Brasília no próximo mês.</p><p>Nota: Se houver adjunto adnominal que determine a cidade, ocorre crase.</p><p>• Cheguei à Brasília dos políticos corruptos.</p><p>• Regressei à Curitiba de minha infância.</p><p>Antes da palavra terra: Ocorre crase apenas com o sentido de Planeta Terra e de localidade, se esta</p><p>estiver determinada. Com o sentido de chão, estando indeterminado, não ocorre crase.</p><p>• Fui à terra onde meu pai nasceu. (localidade identificada)</p><p>• O astronauta regressou à Terra trinta dias após sua partida. (Planeta Terra)</p><p>• Os marinheiros chegaram a terra de madrugada. (chão indeterminado)</p><p>Antes da palavra casa: Ocorre crase apenas quando a palavra casa está determinada com um adjunto</p><p>adnominal. Sem a determinação de um adjunto adnominal não há crase.</p><p>• Regresso a casa sempre que posso. (Sem adjunto adnominal)</p><p>• Regresso à casa de meus pais sempre que posso. (Com adjunto adnominal)</p><p>O que é a crase?</p><p>A crase é a contração de duas vogais iguais, sendo a contração mais comum a da preposição a com o</p><p>artigo definido feminino a (a + a = à).</p><p>• Dei a indicação à senhora mas ela não a entendeu. (a + a = à)</p><p>• Os alunos pediram um favor à professora. (a + a = à)</p><p>Existem outras contrações, embora menos utilizadas, como a contração da preposição a com os</p><p>pronomes demonstrativos a, aquele, aquela e aquilo:</p><p>a + aquele = àquele;</p><p>a + aquela = àquela;</p><p>a + aquilo = àquilo.</p><p>• Fui àquele serviço para resolver esse problema. (a + aquele = àquele)</p><p>• Apenas dou a encomenda àquela funcionária. (a + aquela = àquela)</p><p>• Refiro-me àquilo que aconteceu semana passada. (a + aquilo = àquilo)</p><p>Dica para o uso da crase</p><p>Uma forma fácil de verificar a existência ou não da crase em diversas situações é substituir o</p><p>substantivo feminino por um substantivo masculino e verificar se haverá ou não a presença da</p><p>preposição a contraindo com o artigo definido a.</p><p>Contração da preposição a com artigo definido feminino a: a + a = à</p><p>Contração da preposição a com artigo definido masculino o: a + o = ao</p><p>Dúvida no uso da crase: “Vou à praia” ou “Vou a praia”?</p><p>Substituição por um substantivo no masculino: Substituição de praia por parque.</p><p>Reconstrução da dúvida com o substantivo masculino: “Vou ao parque” ou “Vou o parque”?</p><p>Generalização da resposta correta: A forma correta é “Vou ao parque”, com a contração ao. Assim, a</p><p>forma correta também será “Vou à praia”, com a contração à.</p><p>CRASE</p><p>10 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Dúvida no uso da crase: “Vale à pena” ou “Vale a pena”?</p><p>Substituição por um substantivo no masculino: Substituição de pena por sacrifício.</p><p>Reconstrução da dúvida com o substantivo masculino: “Vale ao sacrifício” ou “Vale o sacrifício”?</p><p>Generalização da resposta correta: A forma correta é “Vale o sacrifício”, sem a contração ao. Assim, a</p><p>forma correta também será</p><p>“Vale a pena”, sem a contração à.</p><p>Atenção!</p><p>Mais importante do que decorar regras de quando usar ou não usar crase, o correto uso da crase</p><p>depende de um bom conhecimento estrutural da língua e de uma capacidade de análise do enunciado</p><p>frásico, sendo importante compreender que não acorre crase se houver apenas a preposição a, ou</p><p>apenas o artigo definido a ou apenas o pronome demonstrativo a. Para que haja crase, é preciso que</p><p>haja uma sequência de duas vogais iguais, que sofrem contração, formando crase.</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Concordância e Regência</p><p>Concordância Verbal</p><p>O verbo deve ser flexionado ("modificado") concordando com a pessoa do sujeito (eu, tu, ele/ela, nós,</p><p>vós/vocês, eles/elas) e o número (singular ou plural):</p><p>• Sujeito simples: o verbo concorda com o sujeito em número e pessoa, estando o sujeito antes ou</p><p>depois do verbo.</p><p>Ex: Foram embora, do nada, os meninos ("foram" concorda com "os meninos").</p><p>• Sujeito composto: o verbo flexiona para o plural.</p><p>Ex: Joana e Carlos insistiram em vir (Joana e Carlos são duas pessoas, e não pode-se usar "insistiu",</p><p>mas sim "insistiram").</p><p>• Sujeito composto de diferentes pessoas: O verbo vai para o plural na pessoa que prevalecer.</p><p>Ex: Atiramos a pedra você e eu ("atiramos" concorda com "você e eu").</p><p>• Sujeito constituído de pronomes de tratamento: verbo flexiona na 3ª.</p><p>Ex: Vossa Excelência necessita de algo?</p><p>• Sujeito constituído pelo pronome relativo QUE: verbo concordará em número e pessoa com o</p><p>antecedente.</p><p>Ex: Somos nós que precisamos de você.</p><p>• Núcleos do sujeito ligados por OU: O verbo ficará no singular sempre que houver ideia de exclusão.</p><p>Ex: Rosa ou azul será a cor do quarto.</p><p>• Verbo com o pronome apassivador SE: O verbo concorda com o sujeito.</p><p>Ex: Analisou-se o plano de reforma.</p><p>• Sujeito formado por expressões: UM E OUTRO – O verbo fica no plural; UM OU OUTRO – O verbo</p><p>fica no singular; NEM UM NEM OUTRO – O verbo fica no singular.</p><p>• Sujeito formado por número percentual: O verbo concordará com o numeral. Se a indicação de</p><p>porcentagem se seguir uma expressão com DE + SUBSTANTIVO, a concordância faz-se com esse</p><p>substantivo.</p><p>Ex: 50% dos camundongos morreram.</p><p>• Verbos impessoais (haver, fazer, chover, nevar, relampejar...): por não possuírem sujeito, ficam na</p><p>3ª pessoa do singular.</p><p>Ex: Não havia flores mais belas.</p><p>• Verbo SER: se um dos elementos referir-se a pessoa, o verbo concordará com ela.</p><p>Ex: Minha ambição são os meus sonhos.</p><p>Concordância Nominal</p><p>É a concordância, em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural), entre o substantivo</p><p>(nomes) e seus determinantes ("partes" que acompanham os nomes): o adjetivo, o pronome adjetivo, o</p><p>artigo, o numeral.</p><p>CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA</p><p>2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>O candidato talvez sinta dificuldade em assimilar o que sejam essas classes de palavras (adjetivo,</p><p>pronome adjetivo, numeral, artigo, etc), mas não se preocupe: concentre-se em entender os exemplos,</p><p>ou seja, concentre-se em entender o uso da língua.</p><p>• Opções de concordância: o adjetivo concorda com o adjetivo mais próximo (Eu dei de presente uma</p><p>bolsa e um tênis preto) ou o adjetivo refere-se a dois substantivos de gêneros diferentes – prevalece o</p><p>masculino e fica no plural (Eu dei de presente uma bolsa e um tênis pretos).</p><p>• As palavras BASTANTE, POUCO, MUITO, CARO e BARATO concordam com o substantivo quando</p><p>têm valor de adjetivo. Quando são advérbios, são invariáveis.</p><p>Ex: estas revistas são caras (adjetivo) e as revistas custaram caro (advérbio).</p><p>• ANEXO, MESMO, PRÓPRIO, INCLUSO: concordam com o substantivo a que se referem.</p><p>• As expressões “É PROIBIDO”, “É NECESSÁRIO”, “É PRECISO” ficam invariáveis quando</p><p>acompanhadas apenas de substantivo. Porém, se o substantivo estiver determinado pelo artigo, a</p><p>concordância é feita normalmente.</p><p>• Lembre-se que a palavra ‘meia’ é um adjetivo, enquanto ‘meio’ é um advérbio, significando ‘um</p><p>pouco’.</p><p>• Obrigado/obrigada – concordam com o substantivo a que se referem.</p><p>Colocação pronominal</p><p>É o modo como se dispõem os pronomes pessoais oblíquos átonos (me, te, se, lhe(s), o(s), a(s), nos e</p><p>vos) em relação ao verbo. Trata-se de um dos assuntos popularmente "espinhosos" da língua</p><p>portuguesa, os quais somos "forçados" a entender na escola. Mas basicamente, basta lembrar que as</p><p>posições dos pronomes pessoais oblíquos átonos em relação ao verbo ao qual se ligam denominam-</p><p>se:</p><p>• Ênclise (depois do verbo)</p><p>É a posposição do pronome átono ao vocábulo tônico ao que se liga. Ex: Empreste-meo livro de</p><p>matemática.</p><p>• Próclise (antes do verbo)</p><p>É a colocação do pronome quando antes do verbo há palavras que exercem atração sobre ele, como:</p><p>- Não, nunca, jamais, ninguém, nada.</p><p>Ex: Não o vi hoje.</p><p>- Advérbios, locuções adverbiais, pronomes interrogativos ou indefinidos. Ex: Sempre te amarei.</p><p>- Pronomes relativos.</p><p>Ex: Há filmes que nos fazem chorar.</p><p>- Orações optativas, aquelas que exprimem desejo.</p><p>Ex: Deus te ouça!</p><p>- Com gerúndio precedido da preposição ‘em’.</p><p>Ex: Em se tratando desse tema...</p><p>• Mesóclise (no meio do verbo)</p><p>É a colocação do pronome quando o verbo se encontra no futuro do presente ou no futuro do pretérito</p><p>desde que não haja palavras que exerçam atração.</p><p>CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA</p><p>3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Ex: Entregar-lhe-ei as informações. Na linguagem falada brasileira, o uso é quase inexistente.</p><p>Regência Verbal</p><p>Há verbos, na língua portuguesa, que exigem a presença de outros termos na oração a que pertencem.</p><p>Quando o verbo (termo regente) se relaciona com os seus complementos (termos regidos) acontece</p><p>um "fenômeno" ao qual damos o nome de regência verbal. Selecionamos a seguir alguns verbos em</p><p>que há diferença de contexto na hora de se "fazer" a regência:</p><p>• Agradecer</p><p>Alguma coisa (sem preposição): O palestrante agradeceu</p><p>suas intervenções.</p><p>A alguém (preposição A): O paciente agradeceu ao médico.</p><p>• Assistir</p><p>Dar assistência (sem preposição): O médico assistiu o doente.</p><p>Ver (preposição A): Assisti a um bom filme.</p><p>Morar (preposição EM): Aquele homem assiste em São Paulo.</p><p>• Obedecer (desobedecer)</p><p>Sujeitar-se (preposição A): Ele não obedeceu ao regulamento.</p><p>• Preferir</p><p>Ter preferência por (preposição A): Prefiro correr a nadar</p><p>• Visar</p><p>Visar (preposição A): O comerciante visa ao lucro.</p><p>Assinar (sem preposição): O gerente do banco visou o cheque.</p><p>Mirar (sem preposição): O atirador visou o alvo e errou.</p><p>Regência Nominal</p><p>Já a regência nominal é a relação de um nome (substantivo, adjetivo) com outro termo. E a relação</p><p>pode vir ou não acompanhada de preposições. Por exemplo:</p><p>• Horror a</p><p>• Impaciência com</p><p>• Atentado contra a</p><p>• Medo de</p><p>• Idêntico a</p><p>• Prestes a</p><p>• Longe de</p><p>• Benéfico a</p><p>CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA</p><p>4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Podemos arriscar a dizer que - apesar de todas as "pegadinhas" da língua e apesar de que na fala</p><p>praticamos uma coisa e na escrita outra - de certa forma, já estamos um pouquinho acostumados a</p><p>utilizar a regência correta (ou pelo menos a mais aceita). É por essa razão que determinadas pessoas -</p><p>principalmente aquelas que ao longo da vida escolar demonstraram um pouco mais de "afinidade" com</p><p>língua portuguesa - chegam a perceber mais facilmente se uma construção está correta ou não.</p><p>Vale lembrar, por fim, que "correto" ou "incorreto" para nós não possui a conotação de "certo" ou</p><p>"errado", mas apenas a de "ser mais aceito socialmente" ou "não ser bem aceito socialmente", do</p><p>ponto de vista do chamado "padrão culto da língua portuguesa", utilizado no Brasil (aquela língua</p><p>defendida pelos nossos melhores gramáticos).</p><p>Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus</p><p>complementos.</p><p>Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando frases não ambíguas, que expressem</p><p>efetivamente o sentido desejado, que sejam corretas e claras.</p><p>Regência verbal</p><p>Termo Regente: VERBO</p><p>A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os</p><p>complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).</p><p>O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva, pois oferece</p><p>oportunidade de conhecermos as diversas significações que um verbo pode assumir com a simples</p><p>mudança ou retirada de uma preposição. Observe:</p><p>A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar.</p><p>A mãe agrada ao filho. -> agradar significa "causar agrado ou prazer", satisfazer.</p><p>Logo, conclui-se que "agradar alguém" é diferente de "agradar a alguém".</p><p>Saiba que:</p><p>O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspectos fundamentais do estudo da</p><p>regência verbal (e também nominal). As preposições são capazes de modificar completamente o</p><p>sentido do que se está sendo dito. Veja os exemplos:</p><p>Cheguei ao metrô.</p><p>Cheguei no metrô.</p><p>No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo caso, é o meio de transporte por mim</p><p>utilizado. A oração "Cheguei no metrô", popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se vai,</p><p>possui, no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem divergências entre</p><p>a regência coloquial, cotidiana de alguns verbos, e a regência culta.</p><p>A língua portuguesa é considerada um idioma complexo por causa da grande quantidade de regras</p><p>existentes. Dentre essas regras, estão aregência verbal e a concordância verbal.</p><p>Regência é o ato de reger, que por sua vez significa governar, reinar, exercer a função de rei, regente,</p><p>governador, chefe, administrador.</p><p>Para memorizar isto, basta que você se lembre de uma orquestra ou de um concerto, em que o</p><p>maestro é quem rege (comanda todos os instrumentos musicais).</p><p>Neste mesmo sentido, podemos concluir que Regência Verbal é a relação de subordinação que ocorre</p><p>entre um verbo e seus complementos. O verbo “governa” os seus complementos.</p><p>Em outras palavras, o verbo somente aceita as palavras que ele quer. O verbo é o chefe! Ele é o</p><p>maestro que rege a orquestra.</p><p>CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA</p><p>5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Se um verbo não exigir complemento, então ele é chamado de verbo intransitivo.</p><p>Caso ele exija um complemento acompanhado de uma preposição, ele é chamado de verbo transitivo</p><p>indireto.</p><p>Mas se esse complemento não vier acompanhado de preposição, o verbo é chamado de transitivo</p><p>direto.</p><p>Verbo intransitivo.</p><p>Vejamos um exemplo:</p><p>▪ Mariana chorou.</p><p>Note que a frase não precisa de complementos. Podemos entender claramente o sentido dela.</p><p>A principal característica dos verbos intransitivos é que eles dispensam qualquer complemento verbal.</p><p>Verbo transitivo indireto.</p><p>Verbo transitivo indireto é aquele que exige um elo (preposição) entre ele e o seu complemento.</p><p>Observe a seguinte frase:</p><p>▪ Maria gosta de aprender português.</p><p>Veja que o verbo da frase é gostar. Após o verbo, aparece a preposição “de“.</p><p>Quem gosta, gosta de algo ou de alguma coisa.</p><p>Por isso, podemos concluir que a regência verbal do verbo gostar exige a preposição “de“.</p><p>Vejamos agora o verbo acreditar.</p><p>▪ Ana acredita em Deus.</p><p>Quem acredita, acredita em algo ou em alguém. Então, podemos concluir que a regência do</p><p>verbo acreditar exige a preposição “em“.</p><p>Em análise mais detalhada, podemos afirmar que o verbo gostar e overbo acreditar são transitivos</p><p>indiretos (pois exigem preposição). As expressões “de aprender português” e “em Deus“ são os objetos</p><p>indiretos (complementos dos verbos transitivos indiretos: gostar e acreditar).</p><p>Verbo transitivo direto.</p><p>Verbo transitivo direto é aquele que não exige um elo (preposição) entre ele e o seu complemento.</p><p>Vejamos um exemplo:</p><p>▪ Marta comprou frutas.</p><p>Note que não há nenhuma palavra entre “comprou” e “frutas”. O verbo comprar é transitivo direito.</p><p>Quem compra, compra alguma coisa.</p><p>Concordância Verbal.</p><p>Acabamos de ver que a regência verbal é a relação de subordinação em que o verbo é quem manda.</p><p>Agora veremos que a concordância verbal é a relação em que o verbo obedece!</p><p>Lembre-se do ditado:</p><p>Manda quem pode, obedece quem tem juízo.</p><p>CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA</p><p>6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Desta forma, o verbo deve concordar com o sujeito da oração, de acordo com a pessoa (eu, tu ele,</p><p>nós, vós, eles) e/ou com o número (singular ou plural).</p><p>Por exemplo…</p><p>▪ O aluno aprende português.</p><p>O sujeito é o aluno, que está no singular. Por isso, o verbo é conjugado na 3ª pessoa do singular -</p><p>> aprende.</p><p>Agora observe…</p><p>▪ Os alunos aprendem português.</p><p>O sujeito são os alunos (no plural). Por isso, o verbo é conjugado na 3ª pessoa do plural -> aprendem.</p><p>Resumindo…</p><p>Regência verbal -> o verbo “manda”.</p><p>Concordância verbal -> o verbo “obedece”.</p><p>O que é "regência"?</p><p>"Regência" é a função subordinativa de um termo (regente) sobre outro (regido ou subordinado). Esta é</p><p>a base fundamental de qualquer frase, pois é o que define seu sentido. A regência é estabelecida</p><p>principalmente pela posição dos termos na frase ou oração, pelos conectivos (como as preposições "e",</p><p>"de", "com", etc.) e pelos pronomes relativos (aquele, aquela, que, se, lhe, etc.).</p><p>São de fundamental importância as regências por preposições. O termo (regido) subordinado por uma</p><p>preposição atua como complemento ou adjunto a uma palavra anterior (regente).</p><p>Exemplos:</p><p>- Deu um presente ao amigo.</p><p>• Neste caso, "ao" é a junção da preposição "a" com o artigo definido masculino, "o", e a palavra</p><p>"amigo" tem a função de complemento de destinação, sendo, portanto, um objeto indireto.</p><p>- Ele falou de você a mim.</p><p>• Neste exemplo, "ti" e "Maria" estão subordinados respectivamente às preposições "de" e "a". "Ti" é</p><p>um complemento de referência e "Maria" é um complemento de destinação.</p><p>Há também os complementos de lugar:</p><p>• Eu vim de Vitória.</p><p>• João foi à cidade.</p><p>• Pedro foi</p><p>à casa de Maria.</p><p>O que é "concordância"?</p><p>A concordância é um princípio pelo qual certos termos determinantes ou dependentes se adaptam às</p><p>categorias gramaticais de outros, determinados ou principais. Pode ser nominal ou verbal.</p><p>É uma concordância nominal quando o substantivo vem acompanhado por um adjetivo. Suponhamos</p><p>que o substantivo seja, por exemplo, "carro". À frente, acrescenta-se uma palavra complementar - por</p><p>exemplo, "vermelho". Temos aí a concordância nominal "carro vermelho", na qual "carro" é um</p><p>substantivo e "vermelho" é uma palavra que, em muitos casos, é um substantivo, mas neste se</p><p>transforma em adjetivo e tem a função de complemento nominal.</p><p>CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA</p><p>7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>A concordância é verbal quando a forma do verbo combina com o sujeito. Usemos como exemplo o</p><p>verbo "trabalhar": "eu trabalho", "tu trabalhas", "Joana trabalhou ontem", "eu trabalharei amanhã", etc.</p><p>A REGÊNCIA é o campo da língua portuguesa que estuda as relações de concordância entre os</p><p>verbos (ou nomes) e os termos que completam seu sentido. Ou seja, estuda a relação de subordinação</p><p>que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos.</p><p>A regência é necessário visto que algumas palavras da língua portuguesa (verbo ou nome) não</p><p>possuem seu sentido completo.</p><p>Observe o exemplo abaixo:</p><p>Muitas crianças têm medo. (medo de quê?)</p><p>Muitas crianças têm medo de fantasmas.</p><p>Obs.: perceba que o nome pede complemento antecedido de preposição (“de” = preposição e</p><p>“fantasmas” = complemento).</p><p>IMPORTANTE: A regência estabelece uma relação entre um termo principal (termo regente) e o termo</p><p>que lhe serve de complemento (termo regido) e possui dois tipos: REGÊNCIA NOMINAL e REGÊNCIA</p><p>VERBAL.</p><p>REGÊNCIA NOMINAL</p><p>Regência nominal é quando um nome (substantivo, adjetivo) regente determina para o nome regido a</p><p>necessidade do uso de uma preposição, ou seja, o vínculo entre o nome regente e o seu termo regido</p><p>se estabelece por meio de uma preposição.</p><p>DICA: A relação entre um nome regente e seu termo regido se estabelece sempre por meio de</p><p>uma preposição.</p><p>Exemplo:</p><p>- Os trabalhadores ficaram satisfeito com o acordo, que foi favorável a eles.</p><p>Veja: "satisfeito" é o termo regente e "com o acordo" é o termo regido, "favorável" é o termo regente e</p><p>"a eles" é o termo regido.</p><p>Obs.: Quando um pronome relativo (que, qual, cujo, etc.) é regido por um nome, deve-se introduzir,</p><p>antes do relativo, a preposição que o nome exige.</p><p>Exemplo:</p><p>- A proposta a que éramos favoráveis não foi discutida na reunião. (quem é favorável, é favorável a</p><p>alguma coisa/alguém)</p><p>Regência Nominal: Principais Casos (Mais Utilizados nas Provas)</p><p>Como vimos, quando o termo regente é um nome, temos a regência nominal.</p><p>Então pra facilitar segue abaixo uma lista dos principais nomes que exigem preposições, existem</p><p>nomes que pedem o uso de uma só preposição, mas também existem nomes que exigem os uso de</p><p>mais de uma preposição. veja:</p><p>Nomes que exigem o uso da preposição “a”:</p><p>Acessível, acostumado, adaptado, adequado, afeição, agradável, alheio, alusão, análogo, anterior,</p><p>apto, atento, atenção , avesso, benéfico, benefício, caro, compreensível, comum, contíguo, contrário,</p><p>desacostumado desagradável, desatento, desfavorável, desrespeito, devoto, equivalente, estranho,</p><p>favorável, fiel, grato, habituado, hostil, horror, idêntico, imune, inacessível, indiferente, inerente, inferior,</p><p>insensível, Junto , leal, necessário, nocivo, obediente, odioso, ódio, ojeriza, oneroso, paralelo, peculiar,</p><p>pernicioso, perpendicular, posterior, preferível, preferência, prejudicial, prestes, propenso, propício,</p><p>proveitoso, próximo, rebelde, rente, respeito, semelhante, sensível, simpático, superior, traidor, último,</p><p>útil, visível, vizinho...</p><p>CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA</p><p>8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Nomes que exigem o uso da preposição “de”:</p><p>Abrigado, amante, amigo ávido, capaz, certo, cheio, cheiro, comum, contemporâneo, convicto,</p><p>cúmplice, descendente, desejoso, despojado, destituído, devoto, diferente, difícil, doente, dotado, duro,</p><p>êmulo, escasso, fácil, feliz, fértil, forte, fraco, imbuído, impossível, incapaz, indigno, inimigo, inocente,</p><p>inseparável, isento, junto, livre, longe, louco, maior, medo, menor, natural, orgulhoso, passível,</p><p>piedade, possível, prodígio, próprio, querido, rico, seguro, sujo, suspeito, temeroso, vazio...</p><p>Nomes que exigem a preposição “sobre”:</p><p>Opinião, discurso, discussão, dúvida, insistência, influência, informação, preponderante, proeminência,</p><p>triunfo,</p><p>Nomes que exigem a preposição “com”:</p><p>Acostumado, afável, amoroso, analogia, aparentado, compatível, cuidadoso, descontente, generoso,</p><p>impaciente, impaciência, incompatível, ingrato, intolerante, mal, misericordioso, obsequioso, ocupado,</p><p>parecido, relacionado, satisfeito, severo, solícito, triste...</p><p>Nomes que exigem a preposição "em":</p><p>Abundante, atento, bacharel, constante, doutor, entendido, erudito, fecundo, firme, hábil, incansável,</p><p>incessante, inconstante, indeciso, infatigável, lento, morador, negligente, perito, pertinaz, prático,</p><p>residente, sábio, sito, versado...</p><p>Nomes que exigem a preposição "contra":</p><p>Atentado, Blasfêmia, combate, conspiração, declaração, luta, fúria, impotência, litígio, protesto,</p><p>reclamação, representação...</p><p>Nomes que exigem a preposição "para":</p><p>Mau, próprio, odioso, útil...</p><p>REGÊNCIA VERBAL</p><p>Dizemos que regência verbal é a maneira como o verbo (termo regente) se relaciona com seus</p><p>complementos (termo regido).</p><p>Nas relações de regência verbal, o vínculo entre o verbo e seu termo regido (complemento verbal)</p><p>pode ser dar com ou sem a presença de preposição.</p><p>Exemplo:</p><p>- Nós assistimos ao último jogo da Copa.</p><p>Veja: "assistimos" é o termo regente, "ao" é a preposição e "último jogo" é o termo regido.</p><p>No entanto estudar a regência verbal requer que tenhamos conhecimentos anteriores a respeito do</p><p>verbo e seus complementos, conhecer a transitividade verbal.</p><p>Basicamente precisamos saber que:</p><p>Um verbo pode ter sentido completo, sem necessitar de complementos. São os verbos intransitivos.</p><p>Há verbos que não possuem sentido completo, necessitam de complemento. São os verbos transitivos.</p><p>Exemplos:</p><p>- Transitivo direto: quando seu sentido se completa com o uso de um objeto direto (complemento sem</p><p>preposição).</p><p>Exemplo: A avó carinhosa agrada a netinha.</p><p>"Agrada" é verbo transitivo direto e "a netinha" e o objeto direto.</p><p>- Transitivo indireto: quando seu sentido se completa com o uso de um objeto indireto (complemento</p><p>com preposição).</p><p>CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA</p><p>9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Exemplo: Ninguém confia em estranhos.</p><p>"Confia" é verbo transitivo indireto, "em" é a preposição e "estranhos" é o objeto indireto.</p><p>- Transitivo direto e indireto: quando seu sentido e completa com os dois objetos (direto e indireto).</p><p>Exemplo: Devolvi o livro ao vendedor. "Devolvi" é verbo transitivo direto e indireto, "o livro" é objeto</p><p>direto e "vendedor" é objeto indireto.</p><p>A regência e o contexto (a situação de uso)</p><p>A regência de um verbo está ligada a situação de uso da língua. Determinada regência de um verbo</p><p>pode ser adequada em um contexto e ser inadequada em outro.</p><p>1. Quando um ser humano irá a Marte?</p><p>2. Quando um ser humano irá em Marte?</p><p>Em contextos formais, deve-se empregar a frase 1, porque a variedade padrão, o verbo “ir” rege</p><p>preposição a. Na linguagem coloquial (no cotidiano), é possível usar a frase 2.</p><p>Regência de Alguns Verbos</p><p>Para estudarmos a regência dos verbos, devemos dividi-los em dois grupos:</p><p>1- O primeiro, dos verbos que apresentam uma determinada regência na variedade padrão e outra</p><p>regência na variedade coloquial;</p><p>2- E o segundo dos verbos que, na variedade padrão, apresentam mais de uma regência.</p><p>PRIMEIRO GRUPO - Verbos que apresentam uma regência na variedade padrão e outra na</p><p>variedade coloquial:</p><p>VERBO ASSISTIR</p><p>• - SENTIDO: “Auxiliar”, “caber, pertencer” e “ver, presenciar,</p><p>atuar como expectador”. É nesse último</p><p>sentido que ele é usado.</p><p>• - VARIEDADE PADRÃO (Exemplos): Ele não assiste a filme de violência; Pela TV, assistimos à</p><p>premiação dos atletas olímpicos. Assistir com significado de ver, presenciar: É verbo transitivo indireto</p><p>(VTI), apresenta objeto indireto iniciado pela preposição a. Quem assiste, assiste a (alguma coisa).</p><p>• - VARIEDADE COLOQUIAL (Exemplos): Ela não assiste filmes de violência. Assistir com significado</p><p>de ver, presenciar: É verbo transitivo direto (VTD); apresenta objeto direto. Assistir (alguma coisa)</p><p>VERBO IR e CHEGAR</p><p>• - VARIEDADE PADRÃO (Exemplos): No domingo, nós iremos a uma festa; O prefeito foi à capital</p><p>falar com o governador; Os funcionários chegam bem cedo ao escritório. Apresentam a preposição a</p><p>iniciando o adjunto adverbial de lugar: Ir a (algum lugar), Chegar a (algum lugar)</p><p>• - VARIEDADE COLOQUIAL (Exemplos): No domingo, nós iremos em uma festa; Os funcionários</p><p>chegam bem cedo no escritório. Apresentam a preposição em iniciando o adjunto adverbial de lugar: Ir</p><p>em (algum lugar), Chegar em (algum lugar)</p><p>VERBO OBEDECER/DESOBEDECER</p><p>• - VARIEDADE PADRÃO (Exemplos): A maioria dos sócios do clube obedecem ao regulamento;</p><p>Quem desobedece às leis de trânsito deve ser punido. São VTI; exigem objeto indireto iniciado pela</p><p>preposição a. Obedecer a (alguém/alguma coisa), Desobedecer a (alguém/alguma coisa)</p><p>• - VARIEDADE COLOQUIAL (Exemplos): A maioria dos sócios do clube obedecem o regulamento;</p><p>Quem desobedece as leis de trânsito deve ser punido. São transitivos direto (VTD); apresentam objeto</p><p>sem preposição inicial. Obedecer (alguém/alguma coisa), Desobedecer (alguém/alguma coisa)</p><p>CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA</p><p>10 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>VERBO PAGAR e PERDOAR</p><p>• - SENTIDO: Obs.: Se o objeto for coisa (e não pessoa), ambos são transitivos direto, tanto na</p><p>variedade padrão, como na coloquial. Exemplo: Você não pagou o aluguel. O verbo pagar também é</p><p>empregado com transitivo direto e indireto. (Pagar alguma coisa para alguém) A empresa pagava</p><p>excelentes salários a seus funcionários.</p><p>• - VARIEDADE PADRÃO (Exemplos): A empresa não paga aos funcionários faz dois meses; É ato</p><p>de nobreza perdoar a um amigo. São VTI quando o objeto é gente; exigem preposição a iniciando o</p><p>objeto indireto. Pagar a (alguém), Perdoar a (alguém)</p><p>• - VARIEDADE COLOQUIAL (Exemplos): A empresa não paga os funcionários faz dois meses; É um</p><p>ato de nobreza perdoar um amigo. São VTD, apresentam objeto sem preposição (objeto direto): Pagar</p><p>(alguém), Perdoar (alguém)</p><p>VERBO PREFERIR</p><p>• - VARIEDADE PADRÃO (Exemplos): Os brasileiros preferem futebol ao vôlei; Você preferiu</p><p>trabalhar a estudar. Prefiro silêncio à agitação da cidade. É VTDI; exige dois objetos: um direto outro</p><p>indireto (iniciado pela preposição a. Preferir (alguma coisa) a (outra)</p><p>• - VARIEDADE COLOQUIAL (Exemplos): Os brasileiros preferem mais o futebol que o vôlei; Você</p><p>preferiu (mais) trabalhar que estudar; Prefiro (muito mais) silêncio do que a agitação da cidade. É</p><p>empregado com expressões comparativas (“mais...que”, “muito mais ...que”, “do que”, etc.). Preferir</p><p>(mais) (uma coisa) do que (outra).</p><p>VERBO VISAR</p><p>• - SENTIDO: O emprego mais usual do verbo “visar” é no sentido de “objetivar, ter como meta”.</p><p>• - VARIEDADE PADRÃO (Exemplos): Todo artista visa ao sucesso; Suas pesquisas visavam à</p><p>criação de novos remédios. É VTI, com preposição a iniciando o objeto indireto. Visar a (alguma coisa)</p><p>• - VARIEDADE COLOQUIAL (Exemplos): Todo artista visa o sucesso; Suas pesquisas visavam a</p><p>criação de novos remédios. É VTD, apresenta objeto sem preposição (objeto direto). Visar (alguma</p><p>coisa)</p><p>SEGUNDO GRUPO - Verbos que, na variedade padrão, apresentam mais de uma regência</p><p>(dependendo do sentido/significado em que são empregados:</p><p>VERBO ASPIRAR</p><p>- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto (sugar/respirar) Verbo transitivo indireto</p><p>(pretender)</p><p>• - EXEMPLOS: Sentiu fortes dores quando aspirou o gás. O Ex-governador aspirava ao cargo de</p><p>presidente.</p><p>VERBO ASSISTIR</p><p>- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto (ajudar); Verbo transitivo indireto (ver); Verbo</p><p>transitivo indireto (pertencer)</p><p>• - EXEMPLOS: Rapidamente os paramédicos assistiram os feridos. Você assistiu ao filme? O direito</p><p>de votar assisti a todo cidadão.</p><p>VERBO INFORMAR</p><p>- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto e indireto (passar informação)</p><p>• - EXEMPLOS: Algumas rádios informam as condições das estradas aos motoristas. Algumas rádios</p><p>informam os motoristas das condições das estradas</p><p>CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA</p><p>11 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>VERBO QUERER</p><p>- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto (desejar); Verbo transitivo indireto (amar/gostar)</p><p>• - EXEMPLOS: Todos queremos um Brasil menos desigual. Isabela queria muito aos avós.</p><p>VERBO VISAR</p><p>- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto (mirar); Verbo transitivo direto (pôr visto); Verbo</p><p>transitivo indireto (objetivar)</p><p>• - EXEMPLOS: O atacante, ao chutar a falta, visou o ângulo do gol. Por favor, vise todas as páginas</p><p>do documento. Esta fazenda visa à produção de alimentos orgânicos.</p><p>Observações:</p><p>O verbo aspirar, como outros transitivos indiretos, não admite os pronomes lhe/lhes como objeto.</p><p>Devem ser substituídos por a ele (s) /a ela (s). Ex.: O diploma universitário é importante; todo jovem</p><p>deve aspirar a ele.</p><p>No sentido de “ver presenciar”, o verbo assistir não admite lhe (s) como objeto, essas formas devem</p><p>ser substituídas por ele (s) ela (s). Ex.: o show de abertura das olimpíadas foi muito bonito; você</p><p>assistiu a ele?</p><p>No sentido de “objetivar, ter como meta”, o verbo visar (TD) não admite como objeto a forma lhe/lhes,</p><p>que devem ser substituídas por a ele (s) a ela (s). Ex: O título de campeão rende uma fortuna ao time</p><p>vencedor, por isso todos os clubes visam a ele persistentemente.</p><p>Existem outros verbos que, na variedade padrão, apresentam a mesma regência do verbo informar.</p><p>São eles: avisar, prevenir, notificar, cientificar.</p><p>DICAS GERAIS SOBRE REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL PARA FIXAÇÃO:</p><p>‣ Alguns nomes ou verbos da língua portuguesa não tem sentido completo.</p><p>‣ Na regência nominal, a relação entre um nome regente e seu termo regido se estabelece sempre por</p><p>meio de uma preposição.</p><p>‣ Na regência verbal, temos que conhecer a transitividade dos verbos, ou seja, se é direta (VTD-verbo</p><p>transitivo direto), se é indireta (VTI- verbo transitivo indireto) ou se é, ao mesmo tempo, direta e indireta</p><p>(VTDI- verbo transitivo direto e indireto).</p><p>‣ Observe sempre os verbos que mudam de regência ao mudar de sentido, como visar, assistir,</p><p>aspirar, agradar, implicar, proceder, querer, servir e outros.</p><p>‣ Não se pode atribuir um mesmo complemento a verbos de regências distintas. Por exemplo: o verbo</p><p>assistir no sentido de “ver”, requer a preposição a e o verbo gostar, requer a preposição de. Não</p><p>podemos, segundo a gramatica, construir frases como: “Assistimos e gostamos do jogo. ”, temos que</p><p>dar a cada verbo o complemento adequado, logo, a construção correta é “Assistimos ao jogo e</p><p>gostamos dele. ”</p><p>‣ O conhecimento das preposições e de seu uso é fator importante no estudo e emprego da regência</p><p>(nominal, verbal) correta, pois elas são capazes de mudar totalmente o sentido do que for dito. Ex.: As</p><p>novas medidas escolares vão de encontro aos anseios dos alunos. Os alunos da 3ª série foram ao</p><p>encontro da nova turma.</p><p>‣ Pronomes oblíquos, algumas vezes, funcionam como complemento verbal.</p><p>‣ Pronomes relativos, algumas vezes, funcionam como complemento verbal.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>Língua Portuguesa</p><p>1111 Língua Portuguesa</p><p>01 Ortografia</p><p>02 Sinônimos e Antônimos</p><p>03 Figuras de Linguagem</p><p>04 Pontuação</p><p>05 Sujeito</p><p>06 Crase</p><p>07 Concordância e Regência</p><p>“A nível de” tem o sentido de nivelar. “Em nível de” é o mesmo que “em termos de”.</p><p>Em nível de erros de português, prometo ajudar você a chegar a um nível que nunca tinha chegado</p><p>antes.</p><p>Leia Ao nível de ou Em nível de.</p><p>20. Chego ou Chegado</p><p>Se a dúvida é qual o particípio do verbo chegar, a resposta é "chegado": Como sempre, eu</p><p>tinha chegado atrasado.</p><p>É normal que você tenha essa dúvida, afinal há muitos verbos que têm mais do que uma forma</p><p>de particípio, a regular e a irregular. Por exemplo: aceitado e aceito, matado e morto, prendido e preso.</p><p>"Chego" é a conjugação do verbo chegar na 1.ª pessoa do singular do presente do indicativo: Eu</p><p>sempre chego atrasado.</p><p>21. Meio ou Meia</p><p>“Meio” significa um pouco. “Meia” é o mesmo que metade e como é um número fracionário, varia</p><p>conforme o termo a que se refere.</p><p>Parece meio difícil, mas em menos de meia hora você não terá mais dúvidas sobre isso.</p><p>E não esqueça, o certo é meio-dia e meia! Porque meio concorda com “dia”, enquanto meia concorda</p><p>com “hora”.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>14 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>22. Mal ou Mau</p><p>“Mal” é o contrário de bem. “Mau” é o contrário de bom.</p><p>Mal eu terminei de explicar e você já entendeu. Agora, vai ser muito mau se você voltar a cometer o</p><p>mesmo erro.</p><p>Leia Mal ou Mau?</p><p>23. À medida que ou Na medida em que</p><p>“À medida que” equivale à “à proporção que”. “Na medida em que” tem o sentido de “porque”.</p><p>À medida que o você aprende, fica mais descansado, na medida em que terá mais chances de passar</p><p>em qualquer concurso.</p><p>24. Mas ou Mais</p><p>"Mas" significa “porém”. "Mais" é o contrário de menos.</p><p>Vocês está ficando cada vez mais esperto, mas não pense que já sabe tudo. Ainda temos alguns</p><p>pontos pela frente.</p><p>Leia Mais ou Mas.</p><p>25. Perca ou perda</p><p>"Perca" é uma forma de conjugar o verbo perder. "Perda" é um substantivo, que é o contrário de</p><p>“ganho”.</p><p>Não perca tempo! Vamos a mais exemplos:</p><p>• Que eu perca tudo, menos a minha paciência. Afinal, essa seria uma grande perda.</p><p>• Perca o seu tempo como quiser. Estudar não é perda de tempo.</p><p>Leia Perca ou Perda?</p><p>26. Deu ou Deram tantas horas</p><p>"Deu" ou "deram" podem ser utilizados corretamente na indicação de horas. Tudo vai depender do</p><p>sujeito da oração.</p><p>Deu uma hora. (certo, porque o verbo concorda com o sujeito, que é “uma hora”).</p><p>Deram duas horas. (certo. Neste caso o sujeito é “duas horas”).</p><p>O relógio deu três horas. (certo, porque o verbo concorda com o sujeito, que é “o relógio”).</p><p>Deram quatro horas no meu relógio. (certo, “no meu relógio” indica lugar e não é o sujeito. Nesta</p><p>oração o sujeito é “quatro horas”, com o qual o verbo está concordando).</p><p>27. Trás ou Traz</p><p>"Trás" indica posição, enquanto "traz" é uma conjugação do verbo trazer.</p><p>Não vá para trás. Os próximos pontos trazem mais dúvidas.</p><p>28. Obrigado ou Obrigada</p><p>Se quem agradece é do sexo masculino, deve usar sempre “Obrigado”. Se quem agradece é do sexo</p><p>feminino, deve usar sempre “Obrigada”.</p><p>“Obrigado”, dirá o aluno. “Obrigada”, dirá a aluna.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>15 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>29. Descriminar ou Discriminar</p><p>“Descriminar” é sinônimo de descriminalizar, ou seja, absolver. “Discriminar” significa excluir ou</p><p>classificar conforme as características.</p><p>A partir de hoje, não vou mais descriminar os alunos do crime cometido contra a língua até agora. Eles</p><p>precisam entender que há muitas pessoas que discriminam as pessoas pelo fato de falarem errado.</p><p>30. Acerca de ou A cerca de</p><p>“Acerca de” significa “a respeito de”. “A cerca de” tem o sentido de “próximo”.</p><p>Nunca tínhamos falado acerca disto. Estamos a cerca de chegar dez pontos para terminar.</p><p>31. A meu ver ou Ao meu ver</p><p>É isso mesmo, tanto “a meu ver” como “ao meu ver” são expressões que podem usadas. No entanto,</p><p>“a meu ver” é mais aceita, por ser a mais clássica.</p><p>Ao meu ver isto ficou esclarecido. Mas, a meu ver, os gramáticos preferiam condenar uma das</p><p>expressões.</p><p>Então, "ao meu ver" não está errado, mas de preferência vamos usar "a meu ver".</p><p>32. Por hora ou Por ora</p><p>“Por hora” faz referência às horas. “Por ora” tem o mesmo sentido de que “por enquanto”.</p><p>Vamos nos dedicar a quatro erros de português por hora. Por ora, penso que conseguiremos nos</p><p>organizar assim.</p><p>33. Vem, Vêm ou Veem</p><p>"Vem" e "vêm" são formas de conjugação do verbo vir. "Veem" é uma forma de conjugação do verbo</p><p>ver.</p><p>Ele vem às aulas com frequência. (3.ª pessoa do singular do verbo vir no presente do indicativo)</p><p>Eles também vêm. (3.ª pessoa do plural do verbo vir no presente do indicativo)</p><p>Eles veem o horário antes das aulas começarem. (3.ª pessoa do plural do verbo ver no presente do</p><p>indicativo)</p><p>34. Eminente ou Iminente</p><p>“Eminente” significa excelente. “Iminente” é algo que está prestes a acontecer.</p><p>Vocês são eminentes alunos. É iminente o ingresso de cada um de vocês na universidade.</p><p>35. Seção, Sessão ou Cessão</p><p>“Seção” é uma parte, “sessão” é a duração de algo, “cessão” é o mesmo que cedência, de ceder.</p><p>Nesta seção, vamos aprender algumas palavras homófonas. Esta sessão terá a duração de 45</p><p>minutos. A cessão do material utilizado nas aulas será feita por e-mail.</p><p>Leia Sessão ou Seção.</p><p>36. Por que, Por quê, Porque ou Porquê</p><p>“Por que” e “Por quê” são usados quando se questiona algo. O que os diferencia é que com acento</p><p>vem sempre no fim das orações.</p><p>“Porque” é usado quando se responde ou explica o motivo de algo.</p><p>“Porquê” significa “motivo”.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>16 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Por que estamos falando sobre isso? Por quê?</p><p>Porque esta é uma dúvida frequente.</p><p>O porquê de estarmos falando sobre isso é que esta é a dúvida de muitos.</p><p>Leia Uso do Por que, Porquê, Por quê e Porque.</p><p>37. Embaixo ou Em baixo</p><p>“Embaixo” é um advérbio de lugar, tem o mesmo sentido que “debaixo” e é o antônimo de “em cima”.</p><p>“Em baixo” é um adjetivo, ou seja, é usado para indicar algo em altura inferior.</p><p>Embaixo há mais pontos que vão acabar de vez com as suas dúvidas. Se não estiver fácil de entender,</p><p>chame-me em baixo tom e eu vou até sua mesa.</p><p>Leia Embaixo ou Em Baixo?</p><p>38. Ainda assim ou Ainda sim</p><p>Isto é fácil, ainda assim vou explicar.</p><p>“Ainda assim” é uma conjunção adversativa, ou seja, ela indica oposição ou compensação. Por isso</p><p>que eu disse que era fácil, apesar disso iria explicar.</p><p>Isso quer dizer que "ainda sim" está errado!</p><p>39. Chegar a ou Chegar em</p><p>De acordo com a norma culta, quando você chega, chega a algum lugar.</p><p>É muito comum ouvirmos “chegar em”. Isso até pode indicar que a língua se transforma com o tempo,</p><p>mas na dúvida, use sempre “chegar a”.</p><p>40. Viagem ou Viajem</p><p>Viagem (com G) é substantivo. Viajem (com J) é a conjugação do verbo viajar na 3.ª pessoa do plural</p><p>do presente do subjuntivo (Que eles viajem) ou o seu imperativo (Viajem eles).</p><p>Aprender é uma viagem, mas não se distraía muito para que os alunos não viajem nos seus</p><p>pensamentos.</p><p>Acerca ou A Cerca</p><p>O “acerca” escrito junto, e o “a cerca” escrito separado, são termos utilizados em diferentes contextos.</p><p>Por isso, causam muita confusão na hora de escrever um texto. Para acabar com a dúvida, confira</p><p>abaixo as regras, os usos e alguns exemplos.</p><p>Acerca</p><p>Acerca, escrito junto, é um advérbio que significa que algo está próximo. É muito comum ser utilizado</p><p>com a preposição “de”, formando assim uma locução prepositiva: acerca de.</p><p>Nesse caso, é utilizado com o significado de sobre, a respeito de, com relação a, relativamente a, etc.</p><p>Exemplos:</p><p>Nossa opinião acerca do tema é que tais ações são de extrema importância.</p><p>Naquela noite, discutimos acerca da nossa relação.</p><p>Obs: O termo "acercar" é um verbo transitivo e pronominal que significa aproximação, por exemplo:</p><p>Estamos nos acercando da propriedade.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>17 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>A Cerca</p><p>A cerca, escrito separado, significa “aproximado” sendo sinônimo do advérbio “perto”. É formado pelo</p><p>artigo “a” e o substantivo “cerca”. Geralmente, esse termo vem acompanhado com a preposição “de”.</p><p>Exemplo:</p><p>Estamos a cerca de 15 km de São Paulo.</p><p>Obs: quando utilizamos a expressão “cerca de” significa “aproximadamente”, por exemplo:</p><p>Cerca de quinhentas pessoas morreram no acidente de avião.</p><p>Cerca de dez mil pessoas estavam na passeata.</p><p>A campanha forneceu cerca de dez quilos de alimentos.</p><p>E o Há Cerca?</p><p>Nesse caso, o “há”, forma conjugada do verbo haver, é utilizado com o significado de existir e indica</p><p>tempo decorrido. A expressão “há cerca de” significa, portanto, “faz aproximadamente”.</p><p>Exemplos:</p><p>Há cerca de um mês que estamos esperando a consulta.</p><p>Há cerca de duzentos livros para doar.</p><p>Conversei com Sabrina há cerca de dois meses.</p><p>Obs: Note que “a cerca de” faz referência à distância e “há cerca de” ao tempo.</p><p>Abaixo ou A Baixo?</p><p>Os termos "abaixo", escrito junto, e "a baixo", escrito separado, costumam confundir quando vamos</p><p>escrever um texto.No entanto, eles são usados em contextos diferentes. Para que você não erre mais,</p><p>confira abaixo as regras, os usos e alguns exemplos.</p><p>Abaixo</p><p>O termo "abaixo', escrito junto, faz referência a algo que esteja numa posição inferior. Portanto, essa</p><p>palavra é sinônima de "embaixo", "debaixo", "sob", "por baixo", etc.</p><p>Embora seja mais utilizada como advérbio de lugar, esse vocábulo também é utilizado em situações</p><p>que envolvem interjeições.</p><p>Exemplos:</p><p>Abaixo a Ditadura!</p><p>Veja abaixo um exercício sobre o tema da aula.</p><p>Na lista de convocados, seu nome está abaixo do meu.</p><p>Nesse semestre suas notas estão abaixo da média da classe.</p><p>Fizemos um abaixo-assinado para retirar o professor da disciplina.</p><p>Obs: Note que o termo “abaixo-assinado” leva hífen quando se trata da petição que reúne diversas</p><p>assinaturas.</p><p>Por outro lado, se ele está sendo usado para indicar a pessoa que assina o documento é escrito sem o</p><p>hífen:</p><p>Tomás Souza, abaixo assinado, foi o responsável por esse abaixo-assinado.</p><p>Atenção!</p><p>Há muitos casos em que o termo “abaixo” acompanha o verbo “seguir”. A dúvida é se o verbo é escrito</p><p>no singular ou plural.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>18 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Em todos os casos, o verbo concorda com o sujeito. Ou seja, se o sujeito estiver no plural, o verbo</p><p>também ficará no plural. Do contrário, se ele estiver no singular, o verbo também será escrito no</p><p>singular.</p><p>Exemplos:</p><p>Segue abaixo a foto do evento.</p><p>Segue abaixo a lista de formandos.</p><p>Seguem abaixo os documentos para matrícula.</p><p>Seguem abaixo os dados necessários para inscrição no curso.</p><p>A Baixo</p><p>Já a expressão “a baixo”, escrito separado, é sinônima de “de baixo”, “para baixo” ou “até embaixo” e</p><p>antônima de “do alto” ou “de cima”. Esse termo é formado pela preposição “a” mais o adjetivo “baixo”.</p><p>Quando utilizado em contraposição as expressões antônimas, ele desempenha o papel de locução</p><p>adverbial, por exemplo: “de alto a baixo” ou “de cima a baixo”.</p><p>Exemplos:</p><p>Quando entrei na loja, José me olhou de cima a baixo.</p><p>Naquela tarde, o gato rasgou a cortina de cima a baixo.</p><p>Temos que lavar as janelas do alto a baixo desse prédio.</p><p>Neusa observou o candidato de alto a baixo.</p><p>Roupas e calçados a baixo preço.</p><p>Obs: O termo “a baixo” não leva crase.</p><p>Enfim ou Em Fim?</p><p>O “enfim”, escrito junto, e o “em fim”, escrito separado, costumam confundir muito quando vamos</p><p>escrever um texto. Eles têm significados diferentes e, portanto, devem ser usados em contextos</p><p>distintos.</p><p>Saiba aqui como se escreve e quando você deve usar cada um deles. Confira abaixo as regras, usos e</p><p>exemplos.</p><p>Enfim</p><p>“Enfim”, escrito junto e com “n” depois do “e”, é um termo sinônimo de finalmente, por fim, afinal, etc.</p><p>Trata-se de um advérbio de tempo que é também utilizado com sentido de que algo está concluído: em</p><p>síntese, em conclusão, em suma, etc..</p><p>Exemplos:</p><p>Enfim sós!</p><p>Após tantas dificuldades, enfim poderemos comprar o carro.</p><p>Enfim poderei ver Maciel nesse final de semana.</p><p>Após tantas provas, podemos enfim viajar.</p><p>Atenção!</p><p>A expressão “En fim”, escrito separado e com “n” depois do “e”, não existe na língua portuguesa.</p><p>Exemplo: Até que enfim você chegou!</p><p>Em Fim</p><p>O “em fim”, escrito separado, é utilizado com o sentido de “no final de” ou “no fim de”. Portanto, essa</p><p>expressão indica o fim próximo ou mesmo o término de algo.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>19 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Trata-se de uma locução adverbial de tempo, ou seja, que desempenha o papel de advérbio na frase.</p><p>Ela é formada pela preposição “em” mais o substantivo “fim”.</p><p>Exemplos:</p><p>Roberto trabalhou 25 anos e está em fim de carreira.</p><p>Vitória está no hospital em fim de vida.</p><p>Quando estamos em fim de uma prova, queremos sair logo.</p><p>Juliana é uma grávida em fim de tempo.</p><p>Acima ou A Cima?</p><p>O termo “acima” e a locução “a cima” possuem o mesmo som, no entanto, são utilizadas em contextos</p><p>diferentes. Por isso, causam grande confusão quando temos que escrever um texto.Para que você</p><p>aprenda de uma vez por todas a usá-las corretamente, confira abaixo dicas com as regras, os usos e</p><p>alguns exemplos.</p><p>Acima</p><p>A palavra “acima”, escrito junta, é um advérbio de lugar e antônima de “abaixo”. Assim, ela é</p><p>empregada com o sentido de que algo está num local elevado, ou seja, localizado numa posição</p><p>superior.</p><p>Exemplos:</p><p>Hoje eu estacionei o carro mais acima.</p><p>Vi seu nome mais acima na lista de convocados.</p><p>Nosso apartamento está acima do seu.</p><p>Essa cidade está acima do nível do mar.</p><p>Para entender melhor a matéria, confira os exemplos acima.</p><p>Obs: Uma dica para saber se o termo está sendo utilizado corretamente é trocá-lo por seu antônimo:</p><p>Estacionei o carro mais abaixo.</p><p>Fique Atento!</p><p>A expressão “acima de” é uma locução prepositiva muito utilizada, por exemplo: Suas médias</p><p>estão acima de qualquer um da sala.</p><p>A Cima</p><p>O termo “a cima”, escrito separado, é sinônimo de “para cima” e antônimo de “de baixo” ou “para baixo”</p><p>e não leva crase.</p><p>Ele significa que algo está no alto ou no topo sendo formado pela preposição “a” mais o substantivo</p><p>“cima”.</p><p>Exemplo:</p><p>Fiquei muito nervosa pois quando entrei na sala ela me olhou de baixo a cima.</p><p>Antes de comprar a casa José verificou tudo de baixo a cima.</p><p>Levamos quatro horas para subir a montanha de baixo a cima.</p><p>Resolvemos correr na ladeira de baixo a cima.</p><p>O elevador subiu de baixo a cima em poucos segundos.</p><p>Obs: uma dica para saber se você está utilizando o termo corretamente é trocar pelo seu sinônimo</p><p>“para cima”: o elevador subiu de baixo para cima em poucos segundos.</p><p>Fique Atento!</p><p>A expressão “de cima” é uma locução adverbial. Já as expressões “para cima de”, “por cima de” ou “em</p><p>cima de” são locuções prepositivas.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>20 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Exemplos:</p><p>Mauro estava olhando de cima do prédio.</p><p>O gato pulou para cima da pia rapidamente.</p><p>Sua ambição passa por cima de qualquer pessoa.</p><p>Meu cachorro ficou em cima de mim a tarde toda.</p><p>Sob ou Sobre?</p><p>O “sob” e o “sobre” são duas preposições essenciais que causam muita confusão na hora de escrever</p><p>um texto.Isso porque elas são palavras parônimas, uma vez que são muito semelhantes na pronúncia</p><p>e na escrita, entretanto, possuem significados diferentes.</p><p>Sendo assim, o sob e o sobre são termos antônimos, ou seja, o significado de uma é o contrário da</p><p>outra.</p><p>Lembre-se que preposição é uma palavra invariável utilizada para ligar dois termos numa oração.</p><p>Confira aqui o significado, usos e exemplos de cada uma delas.</p><p>Sob</p><p>O sob é uma preposição utilizada com o sentido de “embaixo de”, “por baixo de” e “debaixo de”. Ou</p><p>seja, faz referência a algo que esteja numa posição inferior.</p><p>Além disso, ela pode ser usada com o sentido de “condição” ou “em estado de”.</p><p>Exemplos:</p><p>Passamos sob a ponte essa tarde.</p><p>Não consigo trabalhar sob pressão.</p><p>A loja de móveis está sob nova direção.</p><p>O garoto está sob minha responsabilidade.</p><p>A situação dela está sob controle.</p><p>Sobre</p><p>O “sobre” é uma preposição utilizada como sinônimo de “em cima de”, “por cima de” e “acima de”. Ou</p><p>seja, ela faz referência a algo que esteja numa posição superior.</p><p>Esse termo também</p><p>pode ser utilizado com o sentido de “acerca de”, “em relação à” e “a respeito de”.</p><p>Exemplos:</p><p>Deixei meus óculos sobre a mesa da sala.</p><p>Nunca deixe o celular sobre a pia da cozinha.</p><p>Enquanto o cachorro ladrava, o gato permaneceu sobre o muro.</p><p>A aula de hoje é sobre animais peçonhentos.</p><p>Falamos a tarde toda sobre nossa infância.</p><p>Debaixo ou De Baixo?</p><p>"Debaixo" e "de baixo" são dois termos utilizados em situações diferentes. A grande confusão na hora</p><p>de escrever é porque essas palavras possuem o mesmo som. Portanto, confira aqui as principais</p><p>regras, usos e exemplos sobre cada um desses vocábulos.</p><p>Debaixo</p><p>A palavra “debaixo”, escrito junto, é um advérbio de lugar que significa que algo está localizado na</p><p>parte inferior em relação à outra coisa.</p><p>Assim, ela é sinônimo de embaixo, abaixo, sob, por dentro; e antônimo de em cima ou acima. Na maior</p><p>parte das vezes, esse advérbio vem acompanhado de uma proposição formando assim, uma locução</p><p>adverbial: debaixo de.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>21 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Exemplos:</p><p>João estava debaixo do viaduto esperando a chuva passar.</p><p>As chaves estavam debaixo da almofada.</p><p>Encontrei uma barata debaixo do tapete.</p><p>O mendigo mora debaixo da ponte.</p><p>Encontrei seu gorro debaixo da bolsa.</p><p>Obs: Geralmente o termo “debaixo” pode ser substituído pela preposição “sob”. Dessa forma, você</p><p>pode substituí-la na frase para confirmar se o termo que está usando é o correto. Assim, se a sentença</p><p>estiver coerente o termo utilizado está certo.</p><p>Exemplo: As chaves estavam sob a almofada. (debaixo da almofada)</p><p>De Baixo</p><p>Quando é escrito de maneira separada, esse termo exerce a função de adjetivo de modo que qualifica</p><p>o substantivo na frase. A palavra “de baixo” é formada pela preposição “de” mais o adjetivo “baixo”.</p><p>Exemplos:</p><p>Nossa conversa foi de baixo nível.</p><p>Eu acho que Tarcísio é um homem de baixo caráter.</p><p>Toda a entrevista esteve permeada por palavras de baixo calão.</p><p>Quando cheguei na reunião, Carolina olhou de baixo a cima.</p><p>Nosso apartamento fica no andar de baixo.</p><p>Obs: Uma dica é substituir a palavra por “sob” e se a sentença não fizer sentido, o termo correto é</p><p>“debaixo”.</p><p>Embaixo ou Em Baixo?</p><p>Os termos “embaixo”, escrito junto, e “em baixo”, escrito separado, são duas palavras que possuem o</p><p>mesmo som, porém grafias diferentes. Além disso, são utilizadas em situações distintas.</p><p>Ambas causam muita confusão quando temos que escrever uma redação. Portanto, aprenda de uma</p><p>vez por todas a usá-las corretamente conferindo abaixo seus significados, regras, usos e exemplos.</p><p>Embaixo</p><p>A palavra "embaixo", escrito junto, é um advérbio de lugar que significa que algo está numa posição</p><p>inferior em relação a outra coisa.</p><p>Ela é sinônimo de abaixo, debaixo, sob, por baixo e antônimo de em cima, acima e sobre.</p><p>Além disso, é comum esse termo vir acompanhado de uma preposição, formado assim, uma locução</p><p>adverbial, por exemplo: embaixo de.</p><p>Exemplos:</p><p>Eu deixei a bolsa embaixo da escada.</p><p>Os livros estão embaixo da escrivaninha.</p><p>Durante a brincadeira, as crianças se esconderam embaixo da mesa.</p><p>Vá até em casa e pegue as chaves que deixei embaixo do tapete.</p><p>Passei o dia todo embaixo dos cobertores.</p><p>Obs: uma maneira de saber se está utilizando o termo correto, é trocar na frase pelo seu antônimo.</p><p>Exemplo: Os livros estão em cima da mesa.</p><p>Em Baixo</p><p>Quando escrito de forma separada o termo “em baixo” desempenha a função de adjetivo na sentença.</p><p>Ou seja, nesse caso, ele qualifica um substantivo:</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>22 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Exemplos:</p><p>Durante a aula falem com a voz em baixo tom.</p><p>A pintura do artista é em baixo relevo.</p><p>Nesse trecho é melhor dirigir em baixa velocidade.</p><p>Nessa opção a câmera fica em baixo contraste.</p><p>Na entrevista a conversa foi em baixo calão.</p><p>Você sabia?</p><p>No português falado em Portugal o termo escrito separado “em baixo” é utilizado como advérbio de</p><p>lugar: "Estou em baixo do toldo te esperando".</p><p>Trás ou Traz?</p><p>O “trás” e o “traz” são dois termos homófonos, ou seja, que possuem o mesmo som, porém grafias</p><p>diferentes.</p><p>Por esse motivo, esses monossílabos tônicos causam muita confusão quando vamos escrever um</p><p>texto.</p><p>Portanto, confira aqui as principais regras, usos e exemplos dessas palavras.</p><p>Trás</p><p>O trás com “s” e acento agudo é uma palavra que significa na parte traseira, sendo utilizada como</p><p>sinônima de atrás, detrás, após, etc.</p><p>Esse termo sempre vem sempre precedido por uma preposição e, nesse caso, desempenha o papel de</p><p>um advérbio de lugar formando uma locução adverbial.</p><p>Exemplos:</p><p>Não olhe para trás enquanto dirige.</p><p>Depois da bronca, ele não saiu de trás da cortina.</p><p>Com certeza existe muita coisa por trás desse caso político.</p><p>Obs: A palavra “atrás” é grafada com “s” no final e, portanto, o termo “atraz” está incorreto.</p><p>Traz</p><p>O traz com “z” é uma forma verbal do verbo trazer que significa transportar, levar, conduzir,</p><p>encaminhar, ocasionar, oferecer, etc.</p><p>Essa forma é conjugada na terceira pessoa do singular do indicativo (ele/ela traz) e ainda, na segunda</p><p>pessoa do singular do imperativo (traz tu).</p><p>Exemplos:</p><p>Todos os dias Joana traz sua marmita.</p><p>Dinheiro não traz felicidade.</p><p>Traz o guarda-chuva pois está chovendo.</p><p>Obs: uma dica para verificar se o uso desse termo está correto é substituindo por verbos relacionados,</p><p>por exemplo, o levar:</p><p>Todos os dias Joana leva sua marmita.</p><p>Assim, se a sentença estiver coerente, você está usando o termo corretamente. Do contrário, você</p><p>deve utilizar o advérbio de lugar “trás”.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>23 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Encima ou Em Cima?</p><p>"Encima" junto e "em cima" separado são duas palavras homófonas que apresentam sonoridade igual,</p><p>porém grafias diferentes.</p><p>Confira aqui o significado de cada uma para você não ficar mais na dúvida de quando usar cada uma</p><p>delas.</p><p>Encima</p><p>O termo “encima”, escrito junto e com “n” representa uma forma verbal do verbo encimar. Esse verbo,</p><p>pouco utilizado pelos falantes da língua, significa colocar sobre algo, sendo sinônimo de elevar, coroar,</p><p>etc.</p><p>Ele é conjugado na terceira pessoa do singular (ele/ela encima) do indicativo ou na segunda pessoa do</p><p>singular do imperativo (encima tu).</p><p>Exemplos:</p><p>A estrela de Belém encima a árvore de natal.</p><p>Essa árvore encima o monte.</p><p>O chapéu encima a cabeça da presidente.</p><p>Em Cima</p><p>Já o termo “em cima” escrito separado é o antônimo de embaixo. Numa frase ela exerce a função de</p><p>locução adverbial de lugar.</p><p>Portanto, utilizamos essa palavra para nos referir a algo que está numa posição elevada em relação a</p><p>outra coisa.</p><p>Exemplos:</p><p>O bebê está em cima da cama.</p><p>Pegue o açúcar em cima da mesa.</p><p>Eu deixei as chaves em cima da cômoda.</p><p>Curiosidade</p><p>Utilizamos frequentemente na linguagem coloquial (informal) a expressão “dar em cima”. Ela faz</p><p>referência quando alguém está cortejando ou interessado numa pessoa.</p><p>Exemplo: Na festa de sábado vimos o Felipe dando em cima da Camila.</p><p>Acento Agudo</p><p>O acento agudo (´) é um sinal gráfico utilizado em todas as vogais da língua: a, e, i, o, u.</p><p>Eles marcam a sílaba tônica (mais forte) de uma palavra e, portanto, são utilizados nas vogais abertas</p><p>e semiabertas.</p><p>Além do acento agudo, o mais utilizado na nossa língua, há também o circunflexo (^) e o grave (`), esse</p><p>último chamado de crase.</p><p>Regras</p><p>O acento agudo é utilizado:</p><p>Nas vogais tônicas abertas e semiabertas “a”, “e” e “o”, por exemplo:</p><p>• sofá</p><p>• estádio</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>24 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• átomo</p><p>• réptil</p><p>• sintético</p><p>• parabéns</p><p>• sólido</p><p>• ótica</p><p>• dominó</p><p>Nas vogais tônicas “i” e “u”, por exemplo:</p><p>• íngreme</p><p>• almíscar</p><p>• líquen</p><p>• útil</p><p>• inútil</p><p>• úmido</p><p>Novo Acordo Ortográfico</p><p>Com a implementação do Novo Acordo Ortográfico (2009), algumas palavras paroxítonas perderam o</p><p>acento agudo.</p><p>Palavras homógrafas</p><p>• Para</p><p>• Polo</p><p>Antes do Acordo eram grafadas da seguinte maneira:</p><p>• Pára</p><p>• Pólo</p><p>Ditongos abertos “oi” e “ei”</p><p>• Heroico</p><p>• Jiboia</p><p>• Paranoia</p><p>• Assembleia</p><p>• Ideia</p><p>Antes do Acordo elas eram acentuadas:</p><p>• Heróico</p><p>• Jibóia</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>25 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Paranóia</p><p>• Assembléia</p><p>• Idéia</p><p>Obs: Segundo o Novo Acordo Ortográfico o acento agudo permanece nos monossílabos tônicos e nas</p><p>palavras oxítonas com ditongos abertos “éi”, “éu” ou “oi”:</p><p>Exemplos:</p><p>• anéis</p><p>• decibéis</p><p>• chapéu</p><p>• ilhéus</p><p>• herói</p><p>• remóis</p><p>Palavras com Acento Agudo</p><p>Confira abaixo algumas palavras que levam o acento agudo:</p><p>Palavras Oxítonas: última sílaba é a tônica.</p><p>• Sofá</p><p>• Olá</p><p>• Chalé</p><p>• Café</p><p>• Açaí</p><p>• Piauí</p><p>• Avó</p><p>• Paletó</p><p>• Baú</p><p>• Grajaú</p><p>Palavras Paroxítonas: a penúltima sílaba é a tônica.</p><p>• Cadáver</p><p>• Amável</p><p>• Réptil</p><p>• Éden</p><p>• Ímpar</p><p>• Vírus</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>26 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Dócil</p><p>• Fóssil</p><p>• Lúmen</p><p>• Túnel</p><p>Palavras Proparoxítonas: a antepenúltima sílaba é a tônica.</p><p>• Árabe</p><p>• Cálice</p><p>• Exército</p><p>• Espécie</p><p>• Líquido</p><p>• Míope</p><p>• Próximo</p><p>• Cleópatra</p><p>• Rústico</p><p>• Músico</p><p>Atenção!</p><p>Algumas palavras iguais escritas com e sem acento agudo, são utilizadas em contextos diferentes.</p><p>Exemplos:</p><p>Hoje foi o término do nosso namoro</p><p>Se continuar assim, eu termino com ele.</p><p>Recebo um auxílio moradia todos os meses.</p><p>Eu auxilio minha irmã caçula nas tarefas de casa.</p><p>Acento Circunflexo</p><p>O acento circunflexo (^) é um tipo de notação léxica utilizado nas vogais tônicas semifechadas: “a”, “e”</p><p>e “o”.</p><p>No português as semivogais “i” e “u” nunca levam esse tipo de acento. Além do circunflexo, temos o</p><p>acento agudo (´) e o grave (`)</p><p>Regras e Usos</p><p>O acento circunflexo é geralmente usado nas vogais fechadas /â/, /ê/ e /ô/ e nas vogais nasais que</p><p>aparecem nos dígrafos “âm”, “ân”, “êm”, “ên’, “ôm” e “ôn”.</p><p>Exemplos:</p><p>• Importância</p><p>• Êxito</p><p>• Metrô</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>27 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Âmbito</p><p>• Discrepância</p><p>• Efêmero</p><p>• Essência</p><p>• Nômade</p><p>• Antagônico</p><p>O Circunflexo e o Novo Acordo Ortográfico</p><p>No Novo Acordo Ortográfico (2009) algumas palavras que recebiam o acento circunflexo foram</p><p>alteradas. Portanto, fique atento às novas regras para não errar na hora da escrita.</p><p>Nas palavras paroxítonas que possuem o ditongo “ee” e “oo”, o circunflexo foi abolido:</p><p>• Leem</p><p>• Deem</p><p>• Creem</p><p>• Abençoo</p><p>• Enjoo</p><p>• Voo</p><p>Você deve lembrar que antes do acordo, a primeira vogal igual levava o acento circunflexo. Sendo</p><p>assim, elas eram escritas da seguinte maneira:</p><p>• Lêem</p><p>• Dêem</p><p>• Crêem</p><p>• Abençôo</p><p>• Enjôo</p><p>• Vôo</p><p>Nas palavras paroxítonas homógrafas (mesma grafia) o acento circunflexo era mantido para diferenciar</p><p>uma da outra, por exemplo:</p><p>Pêlo</p><p>Pêra</p><p>No entanto, depois do acordo essas palavras são grafadas da seguinte maneira:</p><p>Pelo: pode significar “por onde” ou “revestimento corporal”.</p><p>Exemplo:</p><p>Nádia sempre vai pelo mesmo caminho.</p><p>Zulmira tem muito pelo no braço.</p><p>Pera: pode ser o substantivo fruta ou pelo no queixo (barba ou barbicha).</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>28 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Exemplo:</p><p>Ontem comemos uma pera deliciosa.</p><p>Eu gostei da pera no queixo do Ismael.</p><p>• Por outro lado, alguns acentos circunflexos foram mantidos:</p><p>• Pôr</p><p>• Pôde</p><p>• Têm</p><p>• Vêm</p><p>Curiosidade: Você sabia?</p><p>O acento circunflexo é mais usado no português do Brasil do que no de Portugal.</p><p>Portanto, segundo o Novo Acordo Ortográfico, algumas palavras podem ser escritas de duas maneiras:</p><p>Português do Brasil Português de Portugal</p><p>Bebê Bebé</p><p>Purê Puré</p><p>Bônus Bónus</p><p>Fêmur Fémur</p><p>Patrimônio Património</p><p>Antônimo Antónimo</p><p>Sinônimo Sinónimo</p><p>Antônio António</p><p>Fenômeno Fenómeno</p><p>Gênero Género</p><p>Palavras com Acento Circunflexo</p><p>Confira abaixo alguns exemplos de palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas que levam acento</p><p>circunflexo:</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>29 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Palavras Oxítonas</p><p>Palavras terminadas com vogal “e”:</p><p>• Purê</p><p>• Bebê</p><p>• Nenê</p><p>• Caratê</p><p>Palavras terminadas com vogal “o”:</p><p>• Robô</p><p>• Avô</p><p>• Pôs</p><p>• Pôr</p><p>Palavras terminadas no ditongo nasal “em”:</p><p>• Advêm</p><p>• Convêm</p><p>• Detêm</p><p>• Retêm</p><p>Palavras Paroxítonas</p><p>Palavras terminadas com as consoantes “l”, “n”, “r”, “x”:</p><p>• Têxtil</p><p>• Plâncton</p><p>• Câncer</p><p>• Fênix</p><p>Palavras terminadas em “ão (s)”, “ei (s)” ou “us”:</p><p>• Zângão</p><p>• Escrevêsseis</p><p>• Tônus</p><p>Palavras Proparoxítonas</p><p>Palavras terminadas em vogais “a”, “e” e “o”, seguidas das consoantes nasais “m” ou “n”:</p><p>• Cânfora</p><p>• Lâmpada</p><p>• Amêndoa</p><p>• Amazônia</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>30 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Mântua</p><p>• Tênue</p><p>• Gêmeo</p><p>• Gênio</p><p>• Cômodo</p><p>• Acadêmico</p><p>Curiosidade</p><p>Algumas palavras escritas com e sem acento circunflexo são utilizadas em contextos diferentes.</p><p>Exemplo:</p><p>O Japão possui grande influência na economia mundial.</p><p>O Japão influencia muitos países do mundo.</p><p>E o Acento Agudo?</p><p>O acento agudo (´) é utilizado nas vogais abertas “a”, “e”, “o” e nas semivogais “i” e “u”. Além disso,</p><p>vogais nasais representadas por alguns dígrafos (ín, ím, ún, e úm) também levam o acento agudo.</p><p>Confira alguns exemplos abaixo:</p><p>• Sofá</p><p>• Café</p><p>• Jiló</p><p>• Ídolo</p><p>• Útil</p><p>• Índio</p><p>• Ímpio</p><p>• Único</p><p>• Úmero</p><p>Há ou A?</p><p>“Há” e “A” são dois termos que geram muita confusão para os utilizadores da língua. Isso porque</p><p>ambas possuem o mesmo som, porém apresentam grafias diferentes.</p><p>Aqui você vai encontrar explicações e exemplos de quando você deve usar cada uma delas.</p><p>Há</p><p>Com o “h” o “há” representa uma forma do verbo haver. Assim, podemos utilizar o “há” quando o verbo</p><p>haver é impessoal (sem sujeito) e possui o sentido de “existir”.</p><p>Essa forma verbal é conjugada na terceira pessoa do singular do presente do indicativo.</p><p>Há muitas pessoas no mundo.</p><p>Existem muitas pessoas no mundo.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>31 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Obs: Mesmo que a frase esteja no plural, o “há” permanece no singular.</p><p>Há muito erro nessa prova.</p><p>Há muitos erros nessa prova.</p><p>Também utilizamos o “há” em frases que expressam tempo passado e, nesse caso, pode ser</p><p>substituído pelo verbo “fazer” ou “ter”.</p><p>Há muitos anos que não vejo o Miguel.</p><p>Faz muitos anos que não vejo o Miguel.</p><p>Há muito tempo que não comia doces.</p><p>Tem muito tempo que não comia doces.</p><p>Fique Atento!</p><p>É muito comum usarmos esse termo com a palavra “atrás”, por exemplo:</p><p>Estive nos Estados Unidos há um ano atrás.</p><p>Como o “há” pode ser utilizado para fazer referência a algo que ocorreu no passado, fica redundante</p><p>colocar esse vocábulo na mesma sentença.</p><p>Portanto, o correto seria:</p><p>Estive nos Estados Unidos há um ano.</p><p>Curiosidade</p><p>Existe também outra forma que tem o mesmo som do “há”: ah!</p><p>Nesse caso, ele é usado como interjeição, ou seja, quando expressa emoção ou sentimento.</p><p>Ah! Que bom te ver por aqui!</p><p>A</p><p>O “a” é um artigo definido utilizado antes de substantivos e diferente do “há” que indica um tempo</p><p>passado, esse é utilizado para falar de uma ação futura.</p><p>Além disso, ele é empregado quando estamos nos referindo a distância.</p><p>Daqui a três anos irei para a Inglaterra.</p><p>Estamos morando a cinco quilômetros do metrô.</p><p>E o “À” e o “Á”?</p><p>Além do “a” sem acento, temos mais duas formas acentuadas que surgem dúvidas quando utilizadas.</p><p>O “à” representa a união e contração de duas vogais: o artigo definido “a” e a preposição “a” marcada</p><p>pelo acento grave: à (a+a). Nesse caso, é chamada de “crase”.</p><p>Veja abaixo algumas regras para o uso da crase.</p><p>1. Empregada antes de alguns verbos que indiquem destino: ir, vir, voltar, etc.</p><p>Semana que vem vou à Europa.</p><p>2. Utilizada antes de palavras femininas. Por sua vez, antes de palavras masculinas não se utiliza a</p><p>crase.</p><p>Fomos à praia esse final de semana.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>32 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>3. Empregada nos pronomes demonstrativos: àquele, àquilo e àquela.</p><p>Não devemos voltar àquele lugar no verão.</p><p>4. Usada em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas tais como: à medida que, às pressas, às</p><p>vezes, à tarde, à noite, etc.</p><p>Saímos à tarde para comprar roupas.</p><p>Já o “á” com acento</p><p>agudo não é utilizado isoladamente, ou seja, sozinho esse termo não existe. Ele é</p><p>empregado na sílaba tônica (mais forte) de uma palavra.</p><p>No entanto, existem diversas regras de acentuação que você deve conhecer para utilizá-la</p><p>corretamente. Veja alguns exemplos de palavras com “á”.</p><p>Sofá</p><p>Água</p><p>Fácil</p><p>Árvore</p><p>Lápis</p><p>Mais ou Mas?</p><p>O “mais” e o “mas” são duas palavras que tem um som parecido, no entanto, são utilizadas em</p><p>contextos distintos. Aprenda aqui a diferença entre elas.</p><p>Mais</p><p>A palavra “mais” possui como antônimo o “menos”. Nesse caso, ela indica a soma ou o aumento da</p><p>quantidade de algo.</p><p>Embora seja mais utilizada como advérbio de intensidade, dependendo da função que exerce na frase,</p><p>o “mais” pode ser substantivo, preposição, pronome indefinido ou conjunção.</p><p>Exemplos:</p><p>Quero ir mais vezes para a Europa.</p><p>Hoje vivemos num mundo melhor e mais justo.</p><p>Jonatas foi à festa com seu amigo mais sua namorada.</p><p>Uma maneira de saber se você está usando a palavra corretamente é trocar pelo seu antônimo</p><p>“menos”.</p><p>Mas</p><p>A palavra “mas” pode desempenhar o papel de substantivo, conjunção ou advérbio.</p><p>Como substantivo, o “mas” está associado a algum defeito, por exemplo:</p><p>Nem mas, nem meio mas, faça já seus deveres de casa.</p><p>Como conjunção adversativa, o “mas” é utilizado quando o locutor quer expor uma ideia contrária a que</p><p>foi dita anteriormente:</p><p>Sou muito calmo, mas estou muito nervoso agora.</p><p>Nesse caso, ela possui o mesmo sentido de: porém, todavia, contudo, entretanto, contanto que, etc.</p><p>Como advérbio, o “mas” é empregado para enfatizar alguma informação, por exemplo:</p><p>Ela é muito dedicada, mas tão dedicada, que trabalhou anos vendendo doces.</p><p>Obs: a palavra "más" com acento é o plural de "mal", ou seja, é um adjetivo sinônimo de ruim, por</p><p>exemplo: Nesse semetre suas notas estão muito más.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>33 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Senão ou Se não?</p><p>"Senão" ou "se não" são dois termos que possuem o mesmo som, no entanto, são utilizados em</p><p>situações diferentes. Aprenda de uma vez por todas a usá-los corretamente.</p><p>Senão</p><p>Quando esse termo é escrito junto, ele geralmente significa “do contrário”, “caso contrário”, “a não ser”.</p><p>Exemplo:</p><p>Tenho que ir à aula, senão perderei os comentários do professor.</p><p>Tenho que ir à aula, caso contrário perderei os comentários do professor.</p><p>No entanto, dependendo de sua função na frase, essa palavra pode desempenhar o papel de</p><p>substantivo, conjunção ou preposição.</p><p>Quando é substantivo significa um problema, falha ou algo com defeito.</p><p>Talita tem apenas um senão, é muito impulsiva.</p><p>Talita tem apenas um defeito, é muito impulsiva</p><p>Quando é conjunção significa algo negativo, e pode ser substituído por “do contrário”, “caso contrário”,</p><p>“de outro modo (maneira)”, etc.</p><p>Nesse caso, o termo pode desempenhar o papel de uma conjunção alternativa ou conjunção</p><p>adversativa.</p><p>Conjunção Alternativa</p><p>Não podemos sair, senão perdemos a apresentação.</p><p>Não podemos sair, caso contrário perdemos a apresentação.</p><p>Conjunção Adversativa</p><p>Júlio não ganhou um presente pelo aniversário, senão pelas bodas de casamento.</p><p>Júlio não ganhou um presente pelo aniversário, mas pelas bodas de casamento</p><p>Quando é preposição significa uma exceção, e pode ser substituído por: “exceto”, “com exceção de”,</p><p>“salvo”, “a menos que”.</p><p>Luana não comprou nada na feira, senão uma camiseta.</p><p>Luana não comprou nada na feira, exceto uma camiseta.</p><p>Se não</p><p>Já quando o termo é escrito separadamente ele dá a ideia de “caso não”. Portanto, para saber qual</p><p>palavra usar você deve substituir na frase e analisar se continua coerente.</p><p>Essa expressão é formada pela conjunção "se" e o advérbio "não".</p><p>Exemplo:</p><p>Se não chegar a tempo da aula, perderei a prova</p><p>Caso não chegue a tempo da aula, perderei a prova</p><p>A fim ou Afim?</p><p>A fim ou afim são dois termos que causam muita confusão nos usuários da língua. Usar esse termo</p><p>junto ou separado pode afetar o entendimento do texto.</p><p>Enquanto o primeiro é parte de uma locução, o segundo é um adjetivo. Portanto, vale saber qual o</p><p>proposito para que você não erre mais.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>34 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>A fim</p><p>O termo quando usado separado faz parte de uma locução prepositiva “a fim de”. Nesse caso, ela tem</p><p>o significado de finalidade. Ou seja, apresenta uma intenção, um objetivo, um intuito ou um propósito.</p><p>Exemplo: A fim de discutir temas da atualidade, a professora chamou um especialista.</p><p>Para visualizar melhor, podemos perceber que no exemplo acima se trocarmos o “a fim de” por outros</p><p>termos, a frase tem o mesmo significado:</p><p>Com o propósito de discutir temas da atualidade, a professora chamou um especialista.</p><p>Com o intuito de discutir temas da atualidade, a professora chamou um especialista.</p><p>Com o objetivo de discutir temas da atualidade, a professora chamou um especialista.</p><p>Com a finalidade de discutir temas da atualidade, a professora chamou um especialista.</p><p>Com a intenção de discutir temas da atualidade, a professora chamou um especialista.</p><p>Obs: É comum usarmos esse termo para nos referirmos a algo que nos agrade, que temos vontade ou</p><p>mesmo quando estamos interessados em alguém.</p><p>Nesse caso, ele acompanha o verbo "estar": estar afim de alguém; estar afim de algo, etc.</p><p>O Joel está a fim da Ana.</p><p>Eu estou a fim de ir à praia esse final de semana.</p><p>Importante destacar que esse termo é utilizado numa linguagem informal ou coloquial. Ou seja, não</p><p>devemos utilizá-la num texto formal, a não ser que seja esse mesmo o enfoque, por exemplo, na fala</p><p>de personagens.</p><p>Afim</p><p>Quando usamos esse termo junto ele pertence as classes gramaticais de substantivos e adjetivos.</p><p>Note que se usado no plural, o termo fica “afins” e não “afims”.</p><p>Como substantivo, o termo é sinônimo de afinidade, parentesco, aliado.</p><p>Irei convidar todos os familiares e afins.</p><p>Quando desempenha o papel de adjetivo na frase, ele significa igual, semelhante, próximo.</p><p>O espanhol é uma língua afim com o italiano. (semelhante)</p><p>São Paulo e Campinas são cidades afins. (próxima)</p><p>Mal ou Mau?</p><p>“Mal” e “mau” são duas palavras homófonas. Ou seja, elas são pronunciadas da mesma maneira, mas</p><p>escritas de maneiras diferentes.</p><p>Uma vez que possuem o mesmo som, elas costumam gerar muitas dúvidas para os utilizadores da</p><p>língua.</p><p>Diferenças e Exemplos</p><p>Mal</p><p>A palavra mal com “l” é antônima de bem. Portanto, para usá-la da forma correta basta lembrar qual</p><p>termo é seu contrário.</p><p>Exemplos:</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>35 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Estou me sentindo mal essa manhã. (Estou me sentido bem essa manhã)</p><p>• Fui muito mal no exame final. (Fui muito bem no exame final)</p><p>• Felipe nasceu para fazer o mal. (Felipe nasceu para fazer o bem)</p><p>Fique Atento!</p><p>Esse vocábulo pode ser um advérbio de modo, um substantivo e ainda, uma conjunção subordinativa</p><p>temporal.</p><p>Quando é advérbio, mal significa que algo foi realizado de maneira errada, por exemplo: Sofia se</p><p>comportou mal na palestra.</p><p>Quando é substantivo, esse termo é sinônimo de doença, problema, angústia, tristeza ou sofrimento,</p><p>por exemplo: Todo o mal deve ser evitado.</p><p>Nesse caso, o artigo “o” colocado na frente do termo determina esse substantivo.</p><p>Quando é conjunção, mal significa “assim que; logo que; quando”, por exemplo: Malcheguei ao colégio,</p><p>os portões fecharam.</p><p>Mau</p><p>A palavra mau com “u” é antônimo de bom. Da mesma maneira que sua homófona, para usá-la da</p><p>forma correta basta lembrar a palavra que é contrária dela.</p><p>Em relação à classe gramatical, esse vocábulo é um adjetivo que qualifica seres e objetos.</p><p>Exemplos:</p><p>• João é mau aluno. (João é bom aluno)</p><p>• Ele foi muito mau comigo. (Ele foi muito bom comigo)</p><p>• O chefe sempre estava de mau humor (O chefe sempre estava de bom humor)</p><p>Obs: Quando nos referimos à má disposição de alguém, o termo correto é mau humor.</p><p>Nesse caso, ele não é escrito com o hífen. Portanto, as palavras mau-humor, mal humor e mal-humor</p><p>estão escritas de maneira errada.</p><p>Por outro lado, devemos</p><p>lembrar que quem tem mau humor é uma pessoa mal-humorada. Nesse caso,</p><p>utilizamos o mal com “l” visto que o contrário seria “bem-humorado”.</p><p>Além disso, de acordo com as regras de ortografia esses termos são separados por hífen.</p><p>Saiba mais sobre o Emprego do Hífen.</p><p>Demais ou De Mais</p><p>Demais é, na maior parte das vezes, advérbio de intensidade, mas também pode ser substantivo ou</p><p>adjetivo.</p><p>De mais também existe. É uma expressão que tem o sentido equivalente a “de menos”. E ademais,</p><p>existe ou não?</p><p>Demais</p><p>1. A palavra demais é empregada como advérbio de intensidade com o sentido de muito.</p><p>Exemplos:</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>36 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>• Ele serviu demais.</p><p>• Levantaram-se tarde demais.</p><p>• Molhou-se demais.</p><p>• Éramos crianças demais.</p><p>2. Demais também pode ser empregada como substantivo.</p><p>Exemplos:</p><p>• Coube aos demais absorver aquele acontecimento.</p><p>• Quanto aos demais, que se acostumem às novas regras.</p><p>• Os demais lavam o quintal.</p><p>• Servirei peixe aos demais.</p><p>3. Demais, finalmente, pode ser adjetivo ou pronome indefinido no sentido de "osoutros".</p><p>Exemplos:</p><p>• Os demais membros da família ainda não foram comunicados sobre o ocorrido.</p><p>• Por que eu tenho que ir com os demais alunos?</p><p>• Não quero ficar os demais livros.</p><p>• Os demais funcionários decidiram não fazer greve.</p><p>De Mais</p><p>A expressão "de mais" refere-se a um substantivo ou a um pronome e tem o sentido contrário de</p><p>"de menos".</p><p>Exemplos:</p><p>• Não vejo nada de mais nessa gravura.</p><p>• Aquele vestido não tinha nada de mais.</p><p>• Uns falam de mais, outros de menos.</p><p>• Acham que falei de mais?</p><p>Ademais</p><p>Ademais é um advérbio que tem o mesmo sentido de “além disso”.</p><p>Exemplos:</p><p>• Acho que você deveria aproveitar porque não está chovendo. Ademais, pode não ter tempo para</p><p>sair amanhã.</p><p>• Fazemos as compras hoje, ademais estamos perto do supermercado.</p><p>• Não tem com o que se preocupar, ademais, eu estou aqui para o que precisar.</p><p>• Fui mal atendida! Ademais, estava cheia de dores de cabeça.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>37 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Não erre mais!</p><p>• Demais = muito, os outros.</p><p>• De mais = “de menos”.</p><p>• Ademais = além disso.</p><p>Fonema e Letra</p><p>Fonema e Letra representam respetivamente sons (fala) e sinais gráficos (escrita).</p><p>Os fonemas são as unidades sonoras que compõem o discurso ou a fala e são representados entre</p><p>barras oblíquas.</p><p>As letras, por sua vez, são os sinais gráficos que tornam possível a escrita. Juntas de forma ordenada,</p><p>as letras constituem o alfabeto.</p><p>Exemplos:</p><p>coçar = 5 letras</p><p>/k/ /o/ /s/ /a/ /r/ = 5 fonemas</p><p>máximo = 6 letras</p><p>/m/ /á/ /s/ /i/ /m/ /o/ = 6 fonemas</p><p>acesso = 6 letras</p><p>/a/ /c/ /e/ /s/ /o/ = 5 fonemas</p><p>chute = 5 letras</p><p>/x/ /u/ /t/ /e/ = 4 fonemas</p><p>Classificação dos Fonemas</p><p>Os fonemas classificam-se em vogais, consoantes e semivogais.</p><p>Vogais</p><p>São sons que são emitidos sem obstáculos, somente pela boca (a, e, i , o, u), ou pela boca e pelas</p><p>fossas nasais (ã, ẽ, ĩ, õ, ũ).</p><p>Exemplos: pia, ando, cesto,quero, lente, li, lindo, sonho, avó, som, susto, untar.</p><p>Consoantes</p><p>As consoantes encontram obstáculos na sua passagem pela boca, por isso, precisam sempre do</p><p>acompanhamento das vogais.</p><p>Exemplos: base, deduzir, falar, pedaço, redigir, sintetizar.</p><p>Semivogais</p><p>As semivogais são os fonemas /i/ e /u/ que aparecem juntos com uma vogal formando uma sílaba. É</p><p>importante dizer que enquanto as vogais são essenciais na formação de sílabas, as semivogais não.</p><p>Exemplos: cárie, mau, rei, quatro, seita, venceu.</p><p>Diferença entre Fonema e Letra</p><p>Embora o número de fonemas e letras coincidam em muitas palavras, nem sempre essa equivalência</p><p>existe.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>38 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Letra G (fonemas /g/ e /j/).</p><p>Exemplos:</p><p>gole = 4 letras</p><p>/g/ /o/ /l/ /e/ = 4 fonemas</p><p>singelo = 7 letras</p><p>/s/ /ĩ/ /j/ /e/ /l/ /o/ = 6 fonemas</p><p>Letra H.</p><p>No início de palavras, a letra H não é fonema.</p><p>Exemplos:</p><p>harpa = 5 letras</p><p>/a/ /r/ /p/ /a/ = 4 fonemas</p><p>hoje = 4 letras</p><p>/o/ /j/ /e/ = 3 fonemas</p><p>Letras M e N</p><p>Quando tem função de nasalização, as letras M e N não são fonemas.</p><p>Exemplos:</p><p>campo = 5 letras</p><p>/k/ /ã/ /p/ /o/ = 4 fonemas</p><p>atento = 6 letras</p><p>/a/ /t/ /ẽ/ /t/ /o/ = 5 fonemas</p><p>navio = 5 letras</p><p>/n/ /a/ /v/ /i/ /o/ = 5 fonemas</p><p>Letra X (fonemas /s/, /z/, /ks/).</p><p>Exemplos:</p><p>sexto = 5 letras</p><p>/s/ /e/ s/ /t/ /o/ = 5 fonemas</p><p>exalar = 6 letras</p><p>/e/ /z/ /a/ /l/ /a/ /r/ = 6 fonemas</p><p>fixo = 4 letras</p><p>/f/ /i/ /k/ /s/ /o/ = 5 fonemas</p><p>Dígrafos</p><p>Além das letras acima, há ainda os dígrafos, por exemplo:</p><p>• ch chuva /x/ /u/ /v/ /a/</p><p>• nh arranhar /a/ /rr/ /a/ /nh/ /a/ /r/</p><p>• qu quindim /k/ /ĩ/ /d/ /ĩ/</p><p>• rr aborrecer /a/ /b/ /o/ /rr/ /e/ /c/ /e/ /r/</p><p>• sc nascer /n/ /a/ /c/ /e/ /r/</p><p>Emprego do Hífen</p><p>Aqui, de forma simples, você vai percorrer todas as regras para aprender de vez o Emprego do Hífen.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>39 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Esse é um dos temas contemplados no novo acordo ortográfico, onde é abordado em três das 21</p><p>bases que compõem esse documento.</p><p>Para começar, lembre-se que o hífen é usado para:</p><p>• Formar palavras compostas;</p><p>• Ligar pronomes oblíquos ao verbo;</p><p>• Separar sílabas, bem como na translineação das palavras.</p><p>Todas as Regras</p><p>Palavras compostas</p><p>1) Palavras compostas por justaposição (radicais que se juntam sem que haja alteração fonética).</p><p>Exemplos: couve-flor, ano-luz, arco-íris.</p><p>2) Nomes de lugares que se iniciam com grã, grão ou que sejam ligados por artigos.</p><p>Exemplos: Grã-Bretanha, Grão-Pará, Baía de Todos-os-Santos.</p><p>Outros nomes de lugares não levam hífen. Exceção: Guiné-Bissau.</p><p>3) Espécies Botânicas e Zoológicas. Exemplos: amor-perfeito, tamanduá-bandeira, pimenta-do-reino.</p><p>4) Bem e Mal. Palavras compostas cujo primeiro elemento são as palavras bem ou mal e os elementos</p><p>que se seguem se iniciam com a letra h ou com vogal. Exemplos: bem-humorado, bem-amado, mal-</p><p>assombrado.</p><p>Contudo, no caso do advérbio bem, há palavras cujos elementos se iniciam com consoante em que o</p><p>hífen é empregado, embora com o advérbio mal não sejam. Exemplos: bem-criado, mas malcriado.</p><p>5) Além, Aquém, Recém e Sem. Exemplos: além-fronteira, aquém-mar, recém-casado, sem-teto.</p><p>6) Encadeamentos Vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, rodovia Rio-Santo, austro-húngaro.</p><p>Hífen com Prefixos</p><p>1) Segundo elemento começa com a letra h. Exemplos: pré-história, super-homem, sobre-humano.</p><p>2) Segundo elemento começa com a vogal igual a que termina o primeiro elemento, ou prefixo.</p><p>Exemplos: micro-ondas, auto-observação, semi-interno.</p><p>Exceção: com o prefixo co o hífen é dispensado, tal como em cooperante.</p><p>3) Circum e Pan. Quando o segundo elemento começa com vogal ou com as letras h, m ou n.</p><p>Exemplos: circum-ambiente, pan-americano, pan-africanismo.</p><p>4) Hiper-, Inter- e Super-. Quando o segundo elemento começa com a letra r. Exemplos: hiper-</p><p>resistente, inter-relação, super-revista.</p><p>5) Ex-, Vice-. Exemplos: ex-mulher, vice-presidente, vice-prefeito.</p><p>6) Pós-, Pré- e Pró-. Quando são acentuados. Exemplos: pós-moderno, pré-escola, pró-europeu.</p><p>7) Sufixos de origem tupi-guarani. Exemplos: capim-açu, cajá-mirim, Embu-guaçu.</p><p>Pronomes Oblíquos</p><p>Ênclise e Mesóclise. Exemplos: amo-lhe, orgulho-me, orgulhar-me-ei.</p><p>O hífen é um sinal gráfico. Quer saber quais são os outros? Leia Notações Léxicas.</p><p>ORTOGRAFIA</p><p>40 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Ao Encontro de e De Encontro a</p><p>Ao Encontro de e De Encontro a são expressões opostas. Enquanto uma significa "a favor de" a outra</p><p>é justamente "contra alguma coisa".</p><p>Usadas no cotidiano, essas expressões podem confundir na hora da elaboração de um texto e, mesmo</p><p>em uma conversa informal.</p><p>Seu emprego incorreto pode não oferecer a ideia do que, de fato, o emissor gostaria de transmitir.</p><p>Não confunda!</p><p>• Ao encontro de = a favor de.</p><p>• De encontro a = contra alguma coisa.</p><p>Ao Encontro de</p><p>A expressão "ao encontro" é usada para reger a preposição "de" e significa "a favor de", "em direção</p><p>a", "de acordo com".</p>