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<p>Literatura Brasileira</p><p>Simulado</p><p>1. Analise como a obra "Dom Casmurro", de Machado de Assis, utiliza a narrativa não</p><p>confiável para construir a ambiguidade em torno da personagem Capitu. Em sua resposta,</p><p>discorra sobre o impacto dessa técnica na interpretação da obra.</p><p>2. Discuta a influência do Modernismo na literatura brasileira, destacando como a Semana de</p><p>Arte Moderna de 1922 contribuiu para a ruptura com as tradições literárias anteriores. Cite</p><p>exemplos de obras e autores que exemplificam essas mudanças.</p><p>3. Explique de que maneira a literatura de cordel reflete a cultura e a sociedade nordestina do</p><p>Brasil. Considere aspectos como a linguagem, os temas abordados e o papel da oralidade na</p><p>disseminação desse gênero literário.</p><p>4. Compare o Romantismo e o Realismo na literatura brasileira, destacando as principais</p><p>diferenças em termos de temas, estilos e objetivos literários. Utilize exemplos de obras</p><p>representativas de cada período para embasar sua comparação.</p><p>5. O Simbolismo no Brasil se caracteriza por um forte uso de símbolos e um foco na</p><p>subjetividade. Escolha uma obra simbolista e analise como seu autor utiliza simbolismo para</p><p>explorar temas como o inconsciente e a espiritualidade.</p><p>Literatura Brasileira</p><p>Respostas</p><p>1. Em "Dom Casmurro", Machado de Assis utiliza a técnica da narrativa não confiável para</p><p>criar uma ambiguidade em relação à personagem Capitu, levantando dúvidas sobre sua</p><p>fidelidade ao protagonista Bentinho. A escolha do narrador, Bentinho, como alguém que tem</p><p>um caráter duvidoso e uma visão subjetiva, faz com que os leitores questionem a veracidade</p><p>dos eventos descritos. Bentinho, que conta a história de sua própria vida e suas desilusões,</p><p>pode distorcer os fatos ou interpretá-los de maneira tendenciosa, o que gera uma narrativa</p><p>carregada de incertezas. Essa técnica contribui para a riqueza da obra, permitindo diferentes</p><p>interpretações sobre o caráter de Capitu e o desfecho do romance. A ambiguidade criada por</p><p>Machado de Assis força os leitores a considerar a complexidade das relações humanas e a</p><p>dificuldade de se conhecer a verdade absoluta, refletindo a ironia e a crítica social presentes</p><p>na obra.</p><p>2. O Modernismo no Brasil foi marcado por uma busca por uma identidade nacional que</p><p>rompesse com as normas rígidas da literatura anterior. A Semana de Arte Moderna de 1922,</p><p>realizada em São Paulo, foi um evento crucial que simbolizou essa ruptura. Os modernistas,</p><p>como Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Manuel Bandeira, propuseram uma nova</p><p>estética que incorporava aspectos da cultura brasileira e desafiava as convenções europeias.</p><p>Mário de Andrade, em "Macunaíma", utiliza uma linguagem inovadora e mistura de estilos</p><p>para refletir a diversidade cultural brasileira, enquanto Oswald de Andrade, em "Manifesto</p><p>Antropofágico", defende a ideia de uma literatura que devora influências estrangeiras para</p><p>criar algo autenticamente nacional. Essas obras e a influência do Modernismo contribuíram</p><p>para uma literatura mais crítica e experimental, marcando uma nova fase na produção literária</p><p>brasileira.</p><p>3. A literatura de cordel é uma expressão cultural típica do Nordeste brasileiro, caracterizada</p><p>pela oralidade, rima e métrica popular. Esse gênero literário reflete a vida e as tradições da</p><p>região através de narrativas que abordam temas como histórias de heróis populares, eventos</p><p>históricos e lendas locais. A linguagem utilizada é simples e acessível, muitas vezes com um</p><p>tom humorístico ou didático, facilitando a comunicação com o público. A oralidade</p><p>desempenha um papel crucial, pois os cordéis são frequentemente recitados ou cantados em</p><p>eventos comunitários, reforçando a conexão entre o autor e a audiência. A literatura de cordel</p><p>serve como uma forma de preservação cultural e transmissão de valores e histórias locais,</p><p>Literatura Brasileira</p><p>além de oferecer uma visão sobre as questões sociais e econômicas enfrentadas pelos</p><p>habitantes da região.</p><p>4. O Romantismo e o Realismo apresentam diferenças significativas em termos de temas,</p><p>estilos e objetivos literários. O Romantismo, que predominou no século XIX, é caracterizado</p><p>pela exaltação do sentimento, da individualidade e da idealização da natureza. Obras como</p><p>"Iracema" de José de Alencar e "Senhora" de José de Alencar refletem a idealização do</p><p>indígena e da natureza, bem como a valorização dos sentimentos intensos e das paixões. Em</p><p>contraste, o Realismo, que surgiu como uma reação ao Romantismo, foca na representação</p><p>fiel da realidade e na crítica social. Obras como "Memórias Póstumas de Brás Cubas" de</p><p>Machado de Assis e "O Primo Basílio" de José de Alencar exploram a sociedade de forma</p><p>crítica e objetiva, utilizando uma linguagem mais precisa e detalhada para expor as</p><p>contradições e hipocrisias da época. Enquanto o Romantismo busca a subjetividade e o</p><p>idealismo, o Realismo prioriza a objetividade e a análise crítica da sociedade.</p><p>5. O Simbolismo no Brasil, liderado por autores como Cruz e Sousa e Alphonsus de</p><p>Guimaraens, se caracteriza pelo uso de símbolos para explorar o inconsciente e a</p><p>espiritualidade. Na obra "Broquéis" de Cruz e Sousa, o poeta utiliza uma linguagem</p><p>carregada de imagens e símbolos para expressar sentimentos profundos e experiências</p><p>místicas. O simbolismo busca ir além da superfície dos eventos e explorar as dimensões mais</p><p>sutis da existência humana, refletindo uma preocupação com o mundo interior e os estados</p><p>emocionais. Os simbolistas se afastam da objetividade do Realismo e do Parnasianismo, e</p><p>utilizam a subjetividade e a musicalidade da linguagem para criar atmosferas de mistério e</p><p>introspecção. Esse enfoque permite uma maior liberdade expressiva e a exploração de temas</p><p>como a angústia, a beleza e a transcendência, que são centrais na poesia simbolista.</p>

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