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<p>FUNDAMENTOS TEÓRICOS E</p><p>METODOLÓGICOS DA</p><p>EDUCAÇÃO INFANTIL</p><p>Priscila Chupil</p><p>IESDE BRASIL S/A</p><p>Curitiba</p><p>2015</p><p>© 2014 – IESDE BRASIL S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização</p><p>por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.</p><p>Todos os direitos reservados.</p><p>IESDE BRASIL S/A.</p><p>Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200</p><p>Batel – Curitiba – PR</p><p>0800 708 88 88 – www.iesde.com.br</p><p>Produção</p><p>CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO</p><p>SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ</p><p>________________________________________________________________________</p><p>P489f</p><p>Chupil, Priscila</p><p>Fundamentos teóricos e metodológicos da educação infantil / Priscila Chupil. - 1. ed. -</p><p>Curitiba, PR : IESDE BRASIL S/A, 2015.</p><p>110 p. : il. ; 21 cm.</p><p>ISBN 978-85-387-4891-5</p><p>1. Educação de crianças. 2. Psicologia infantil. 3. Educadores. I. Título.</p><p>15-22902 CDD: 372.2</p><p>CDU: 372.2</p><p>________________________________________________________________________</p><p>20/05/2015 26/05/2015</p><p>Capa: IESDE BRASIL S/A.</p><p>Imagem da capa: Shutterstock</p><p>Apresentação</p><p>O Guia de Estudo da disciplina Fundamentos Teóricos e Metodológicos da</p><p>Educação Infantil tem como objetivo auxiliar o professor na sua práxis pedagó-</p><p>gica, disponibilizando informações sobre a importância e as diferentes possibili-</p><p>dades de trabalho na Educação Infantil.</p><p>Valorizar essa etapa de ensino, que é considerada como a base do desenvol-</p><p>vimento humano, é essencial. Por isso, este guia tem por objetivo colaborar com</p><p>os profissionais da Educação Infantil dando subsídios teóricos para a reflexão de</p><p>uma prática inovadora e significativa, contribuindo com a construção de uma</p><p>escola de qualidade.</p><p>Dentro desse contexto, a consciência política dos educadores deve convergir</p><p>para o trabalho que se faz dentro da escola, no coletivo, intencional e transfor-</p><p>mador da realidade. É na prática da reflexão que a escola de qualidade constrói/</p><p>reconstrói/socializa com competência e cumpre sua função social.</p><p>Os docentes são profissionais da educação essenciais para os processos de</p><p>mudança da sociedade, pois contribuem com seus saberes, seus valores e suas</p><p>experiências desde a base da Educação Infantil, para melhorar a qualidade da</p><p>educação.</p><p>Esperamos que o material suscite reflexões, auxiliando os docentes a criar</p><p>novas práticas modernas e contextualizadas que abriguem a diversidade de for-</p><p>ma democrática e garantam a todos o acesso a uma educação de qualidade.</p><p>Sobre a autora</p><p>Priscila Chupil</p><p>Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).</p><p>Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional pelo Instituto Brasileiro de</p><p>Pós-Graduação e Extensão (IBPEX) e em Organização do Trabalho Pedagógico</p><p>pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Graduada em Pedagogia pela UFPR.</p><p>Sumário</p><p>Aula 01 A EDUCAÇÃO INFANTIL NO TEMPO E NA HISTÓRIA 9</p><p>PARTE 01 | TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL 11</p><p>PARTE 02 | PANORAMA SOBRE AS CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA E DE CRIANÇA 16</p><p>PARTE 03 | PRESSUPOSTOS DA APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA 19</p><p>Aula 02 A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 23</p><p>PARTE 01 | OS ESPAÇOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL 25</p><p>PARTE 02 | O TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 28</p><p>PARTE 03 | FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO 31</p><p>Aula 03 A ORGANIZAÇÃO DO TEMPO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 35</p><p>PARTE 01 | O TEMPO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 37</p><p>PARTE 02 | EDUCAÇÃO INFANTIL – ATO EDUCATIVO INTENCIONAL 40</p><p>PARTE 03 | CUIDAR E EDUCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL 43</p><p>Aula 04 GARANTIAS PARA EFETIVAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL 47</p><p>PARTE 01 | A EDUCAÇÃO INFANTIL EMBASADA PELA LEI 49</p><p>PARTE 02 | DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL 53</p><p>PARTE 03 | LDB/1996: EDUCAÇÃO INFANTIL COMO PARTE DA EDUCAÇÃO BÁSICA 57</p><p>Aula 05 REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL 61</p><p>PARTE 01 | INTRODUÇÃO AO RCNEI 63</p><p>PARTE 02 | RCNEI: EIXOS NORTEADORES 66</p><p>PARTE 03 | CONHECIMENTO E CONTEÚDOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL 69</p><p>Sumário</p><p>Aula 06 PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO E A ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES 73</p><p>PARTE 01 | A PRÁTICA PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 75</p><p>PARTE 02 | PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 78</p><p>PARTE 03 | PLANEJAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 84</p><p>Aula 07 A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL 87</p><p>PARTE 01 | ASPECTOS LEGAIS NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL 89</p><p>PARTE 02 | IMAGENS DO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO INFANTIL – EDUCADOR OU PROFESSOR 93</p><p>PARTE 03 | AÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL 96</p><p>Aula 08 FORMAÇÃO INTEGRAL DO ALUNO DE EDUCAÇÃO INFANTIL:</p><p>FAMÍLIA – ESCOLA – SOCIEDADE 99</p><p>PARTE 01 | TRÍADE: FAMÍLIA – ESCOLA – SOCIEDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL 101</p><p>PARTE 02 | RELAÇÕES DA INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL COM A COMUNIDADE 104</p><p>PARTE 03 | RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA NA FORMAÇÃO DO ALUNO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 107</p><p>Conhecer a trajetória, o desdobramento</p><p>histórico e os pressupostos da Educação</p><p>Infantil.</p><p>A EDUCAÇÃO INFANTIL</p><p>NO TEMPO E NA</p><p>HISTÓRIA</p><p>Aula 01</p><p>Objetivo:</p><p>Sh</p><p>ut</p><p>te</p><p>rs</p><p>to</p><p>ck</p><p>FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL 11</p><p>A EDUCAÇÃO INFANTIL NO TEMPO E NA HISTÓRIA</p><p>Pa r t e</p><p>01</p><p>Sh</p><p>ut</p><p>te</p><p>rs</p><p>to</p><p>ck</p><p>TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL</p><p>Na Idade Média, as crianças eram consideradas adultos em</p><p>miniatura, sem distinção ou respeito à fase. Os adultos as tra-</p><p>tavam de igual para igual e a aprendizagem acontecia por meio</p><p>dessas interações. Aos sete anos, elas eram colocadas em es-</p><p>colas para aprender costumes, valores humanos e trabalhos, o</p><p>que desfavorecia o vínculo afetivo com a família.</p><p>Com a ascensão do cristianismo, o modo de lidar com as</p><p>crianças mudou, mas em passos lentos. Somente após a Segunda</p><p>Guerra Mundial, o atendimento pré-escolar começou efetiva-</p><p>mente, pois as mães começaram a trabalhar na indústria. A</p><p>partir desse momento, começou a surgir a preocupação com</p><p>relação a métodos de ensino e desenvolvimento da linguagem.</p><p>Grandes pensadores como Montessori, Pestalozzi e Froebel co-</p><p>meçaram a dar sua contribuição para delinear o atendimento</p><p>voltado para a criança.</p><p>No Brasil, as primeiras escolas de educação infantil foram</p><p>baseadas na filosofia de Frederico Guilherme Froebel, que fun-</p><p>dou a primeira Kindergarten (instituição pré-escolar educativa)</p><p>em 1840 na Alemanha. Para ele, os jardins de infância deveriam</p><p>propiciar o desenvolvimento físico, social, emocional, intelec-</p><p>tual e moral, constituindo assim uma educação integral.</p><p>A educação é o processo pelo qual o indivíduo</p><p>desenvolve a condição humana, com todos seus</p><p>poderes funcionando em harmonia e de forma</p><p>integral em relação à natureza e à sociedade.</p><p>Além do mais, era o mesmo processo pelo qual a</p><p>FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL12</p><p>A EDUCAÇÃO INFANTIL NO TEMPO E NA HISTÓRIA</p><p>Pa r t e</p><p>01</p><p>Sh</p><p>ut</p><p>te</p><p>rs</p><p>to</p><p>ck</p><p>humanidade, como um todo, elevando-se do pla-</p><p>no animal, continuaria a desenvolver-se até sua</p><p>condição atual. Implica tanto a evolução indivi-</p><p>dual quanto a universal. Por meio da educação, a</p><p>criança vai-se reconhecer como membro vivo do</p><p>todo. (BASTOS, 2001, p. 317)</p><p>Com base nas ideias de Froebel, em 1875, o educador</p><p>Joaquim José de Menezes Vieira e sua esposa, Carlota, fun-</p><p>daram o Colégio Menezes Vieira, que funcionava no Centro do</p><p>Rio de Janeiro. Nele eram oferecidos os ensinos primário, se-</p><p>cundário e profissional, podendo ser no regime de internato,</p><p>semi-internato e externato. Essa escola foi o primeiro jardim</p><p>de infância do Brasil.</p><p>Nessa época, as primeiras iniciativas para formação de uma</p><p>ideia sobre a importância da escolaridade infantil rondavam a</p><p>sociedade e pensadores da época.</p><p>Ainda no final do século XIX, período da aboli-</p><p>ção da escravatura no país, quando se acentuou</p><p>a migração para grandes cidades e o início da</p><p>República, houve iniciativas isoladas de proteção</p><p>à infância, no sentido de combater os altos índi-</p><p>ces de mortalidade infantil. [...] As tendências</p><p>que acompanharam a implantação de creches e</p><p>jardins de infância, no final do século XIX e duran-</p><p>te as primeiras</p><p>décadas do século XX no Brasil,</p><p>foram: a jurídico-policial, que defendia a infância</p><p>moralmente abandonada, a médico-higienista e a</p><p>religiosa, ambas tinham a intenção de combater</p><p>o alto índice de mortalidade infantil tanto no in-</p><p>terior da família como nas instituições de aten-</p><p>dimento à infância. (KUHLMANN Jr., 1998, p. 88)</p><p>FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL 13</p><p>A EDUCAÇÃO INFANTIL NO TEMPO E NA HISTÓRIA</p><p>Pa r t e</p><p>01</p><p>Sh</p><p>ut</p><p>te</p><p>rs</p><p>to</p><p>ck</p><p>O surgimento da Educação Infantil no Brasil está ligado di-</p><p>retamente ao processo de industrialização nacional. As mães,</p><p>que iniciavam seu ingresso no mercado de trabalho, precisavam</p><p>de algum lugar para deixar seus filhos. Por isso, historicamente</p><p>pensa-se nesse surgimento relacionado a objetivos sociais, po-</p><p>líticos e educativos da época.</p><p>• Objetivo social: associado à questão da mulher como</p><p>participante da vida social, econômica, cultural e</p><p>política;</p><p>• Objetivo educativo: organizado para promover a</p><p>construção de novos conhecimentos e habilidades da</p><p>criança;</p><p>• Objetivo político: associado à formação da cidadania</p><p>infantil, em que, por meio deste, a criança tem o di-</p><p>reito de falar e ouvir, de colaborar e respeitar e ser</p><p>respeitada pelos outros (DIDONET, 2001).</p><p>A partir dos anos 80, com a abertura política, as camadas</p><p>populares passaram a exigir ampliação do acesso à escola, in-</p><p>cluindo a oferta da Educação Infantil, que até então apresenta-</p><p>va ainda ideia de atendimento assistencialista.</p><p>Já nos anos 90, a concepção de criança toma outra forma.</p><p>Agora ela é vista como um ser sócio-histórico. Sua aprendiza-</p><p>gem ocorre pelas interações. Essa perspectiva sociointeracio-</p><p>nista tem como principal teórico Vygotsky, que enfatiza a crian-</p><p>ça como sujeito social. A partir daí inicia-se um movimento que</p><p>mobiliza a comunidade educacional em busca da identidade</p><p>pedagógica para a Educação Infantil.</p><p>A reestruturação da LDB 9.394/96, no artigo 21 coloca a</p><p>Educação Infantil como primeiro nível da Educação Básica, e</p><p>formaliza a municipalização dessa etapa de ensino.</p><p>FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL14</p><p>A EDUCAÇÃO INFANTIL NO TEMPO E NA HISTÓRIA</p><p>Pa r t e</p><p>01</p><p>Sh</p><p>ut</p><p>te</p><p>rs</p><p>to</p><p>ck</p><p>Em 1998, é criado o Referencial Curricular Nacional para</p><p>Educação Infantil (RCNEI) documento que tem o intuito de dire-</p><p>cionar o trabalho pedagógico realizado com crianças que se en-</p><p>contram na fase da Educação Infantil. As orientações nele con-</p><p>tidas trazem contribuições valiosas para o trabalho pedagógico</p><p>e explicita quem é o aluno da Educação Infantil. Dessa forma,</p><p>as instituições passam a contar com um documento norteador</p><p>que encaminhou o atendimento em nível nacional, a exemplo</p><p>dos demais níveis de ensino.</p><p>Extra</p><p>Assista ao vídeo A trajetória da Educação Infantil no Brasil,</p><p>que trata da implementação desse sistema de ensino em nosso país</p><p>e os desafios vivenciados. Disponível em: <www.youtube.com/</p><p>watch?v=StpeXn5lqio>. Acesso em: 8 abr. 2015.</p><p>Atividade</p><p>Em que contexto histórico surgiu a necessidade de existi-</p><p>rem as escolas de Educação Infantil?</p><p>Referências</p><p>BARRETO, Angela Maria Rabelo Ferreira. Situação atual da educação infantil</p><p>no Brasil. In: MEC/SEF. Subsídios para reconhecimento e funcionamento</p><p>de instituições de educação infantil v. 2. Brasília, 1998. Disponível em:</p><p><http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume_II.pdf>. Acesso em:</p><p>14 maio 2015.</p><p>BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e</p><p>bases da educação nacional. Publicada no Diário Oficial da União de 23 dez.</p><p>1996. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>.</p><p>Acesso em: 14 maio 2015.</p><p>FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL 15</p><p>A EDUCAÇÃO INFANTIL NO TEMPO E NA HISTÓRIA</p><p>Pa r t e</p><p>01</p><p>Sh</p><p>ut</p><p>te</p><p>rs</p><p>to</p><p>ck</p><p>BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação</p><p>Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.</p><p>v. 1. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/</p><p>arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf>. Acesso em: 14 maio 2015.</p><p>DIDONET, Vital. Creche: a que veio, para onde vai. In: Educação Infantil: a</p><p>creche, um bom começo. Revista Em Aberto. Instituto Nacional de Estudos e</p><p>Pesquisas Educacionais, Brasília, v. 18, n. 73, p. 11-28, 2001. Disponível em:</p><p><www.rbep.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/1107/1007>.</p><p>Acesso em: 14 maio 2015.</p><p>FARIA, Sonimar C. de. História e política da educação infantil. In: FAZOLO,</p><p>Eliene. et al. Educação infantil em curso. Rio de Janeiro: Ravil, 1997. (Coleção</p><p>da Escola de Professores).</p><p>FROEBEL, F. W. A. A educação do homem. Tradução de: Maria Helena Câmara</p><p>Bastos. Passo Fundo: UFP, 2001.</p><p>KUHLMANN JR., Moisés. Infância e educação infantil: uma abordagem</p><p>histórica. Porto Alegre: Mediação, 1998.</p><p>OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação infantil: Fundamentos e Metodologias.</p><p>São Paulo: Cortez, 2002. (Coleção Docência em Formação).</p><p>Resolução da atividade</p><p>A partir do início da era industrial, após a Segunda Guerra</p><p>Mundial, com a abertura do mercado de trabalho para as mulhe-</p><p>res. Dessa forma, surge a necessidade de existirem locais ade-</p><p>quados para as crianças ficarem enquanto as mães trabalham.</p><p>FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL16</p><p>A EDUCAÇÃO INFANTIL NO TEMPO E NA HISTÓRIA</p><p>Pa r t e</p><p>02</p><p>Sh</p><p>ut</p><p>te</p><p>rs</p><p>to</p><p>ck</p><p>PANORAMA SOBRE AS CONCEPÇÕES DE</p><p>INFÂNCIA E DE CRIANÇA</p><p>Ao tratarmos de concepção de infância, podemos nos ba-</p><p>sear inicialmente no RCNEI:</p><p>A concepção de criança é uma noção historica-</p><p>mente construída e consequentemente vem mu-</p><p>dando ao longo dos tempos, não se apresentando</p><p>de forma homogênea nem mesmo no interior de</p><p>uma mesma sociedade e época. Assim é possível</p><p>que, por exemplo, em uma mesma cidade exis-</p><p>tam diferentes maneiras de se considerar as crian-</p><p>ças pequenas dependendo da classe social a qual</p><p>pertencem, do grupo étnico do qual fazem parte.</p><p>(BRASIL, 1998, p. 21)</p><p>Assim, criança é um sujeito social, humano e histórico, que</p><p>faz parte da sociedade, com determinada cultura, em deter-</p><p>minado momento histórico. Dessa forma, ao buscarmos meios</p><p>para compreender a concepção de infância, muitos autores são</p><p>referência nesse contexto, entre eles Vygostsky e Piaget.</p><p>Por meio da psicologia genética de Piaget, a criança desen-</p><p>volve-se mediante a interação com ações cognitivas concretas.</p><p>Esse autor classifica o desenvolvimento intelectual/cognitivo</p><p>das crianças em etapas ou estágios. Para a idade de Educação</p><p>Infantil, cabem os dois estágios a seguir:</p><p>1. Sensório-motor (0 a 2 anos) — ocorre a exploração do</p><p>mundo pela criança por meio dos sentidos. Ela precisa</p><p>tocar, provar os objetos.</p><p>FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL 17</p><p>A EDUCAÇÃO INFANTIL NO TEMPO E NA HISTÓRIA</p><p>Pa r t e</p><p>02</p><p>Sh</p><p>ut</p><p>te</p><p>rs</p><p>to</p><p>ck</p><p>2. Período pré-operatório (2 a 7 anos) — essa fase apre-</p><p>senta dois estágios diferenciados: estágio egocêntrico</p><p>(2 a 4 anos) e estágio intuitivo (5 a 7 anos). É a fase</p><p>pré-escolar.</p><p>Para Vygotsky, a interação ocorre pelo contato com o outro</p><p>e a criança passa a aprender e agir conforme essas interações.</p><p>De qualquer forma, a cada fase de desenvolvimento infan-</p><p>til, cabe uma preocupação e necessidades específicas a serem</p><p>desenvolvidas. Hoje, a grande preocupação ao tratar da con-</p><p>cepção de criança é considerar suas fases do desenvolvimento</p><p>e adaptar ações adequadas a cada fase.</p><p>As crianças possuem uma natureza singular, que</p><p>as caracteriza como seres que sentem e pensam o</p><p>mundo de um jeito muito próprio. Nas interações</p><p>que estabelecem desde cedo com as pessoas que</p><p>lhe são próximas e com o meio que as circunda,</p><p>as crianças revelam seu esforço para compreender</p><p>o mundo em que vivem, as relações contraditó-</p><p>rias que presenciam e, por meio das brincadei-</p><p>ras, explicitam as condições de vida a que estão</p><p>submetidas e seus anseios e desejos. No processo</p><p>de construção do conhecimento, as crianças se</p><p>utilizam das mais diferentes linguagens e exer-</p><p>cem a capacidade que possuem de terem ideias e</p><p>hipóteses originais</p><p>sobre aquilo que buscam des-</p><p>vendar. Nessa perspectiva as crianças constroem</p><p>o conhecimento a partir das interações que esta-</p><p>belecem com as outras pessoas e com o meio em</p><p>que vivem. (BRASIL, 1998, p. 21-22)</p><p>FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL18</p><p>A EDUCAÇÃO INFANTIL NO TEMPO E NA HISTÓRIA</p><p>Pa r t e</p><p>02</p><p>Sh</p><p>ut</p><p>te</p><p>rs</p><p>to</p><p>ck</p><p>Extra</p><p>Recomendamos palestra A criança em seu mundo, de Mário</p><p>Sergio Cortella. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=</p><p>-y1-o_kJ5Kk>. Acesso em: 8 abr. 2015.</p><p>Atividade</p><p>Quais as principais características das crianças que se en-</p><p>contram no estágio sensório-motor, que ocorre dos 2 aos 4 anos?</p><p>Referências</p><p>BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação</p><p>Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.</p><p>v. 1. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/</p><p>arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf>. Acesso em: 14 maio 2015.</p><p>SPENGLER, Fernanda. Fases do Desenvolvimento Infantil. Publicado em 11 jan.</p><p>2014. Disponível em: <http://psicoinfantil.net/fases-do-desenvolvimento/>.</p><p>Acesso em: 8 abr. 2015.</p><p>Resolução da atividade</p><p>Nessa idade, a criança explora o mundo por meio dos senti-</p><p>dos, ela precisa tocar, provar os objetos. Nesse estágio, as ações</p><p>geralmente não são intencionais, a aprendizagem ocorre “aci-</p><p>dentalmente”, por reflexos. O contato com objetos de diferen-</p><p>tes formas e tamanhos enriquece o desenvolvimento dessa fase.</p><p>FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL 19</p><p>A EDUCAÇÃO INFANTIL NO TEMPO E NA HISTÓRIA</p><p>Pa r t e</p><p>03</p><p>Sh</p><p>ut</p><p>te</p><p>rs</p><p>to</p><p>ck</p><p>PRESSUPOSTOS DA APRENDIZAGEM E</p><p>DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA</p><p>Inicialmente, faz-se necessário compreender que em cada</p><p>fase do desenvolvimento a criança apresenta necessidades e</p><p>capacidades específicas. Aprender é algo que faz parte do seu</p><p>dia a dia e deve estar voltado para práticas que tragam sentido</p><p>à realidade e à compreensão infantil.</p><p>Entre as diversas possibilidades de aprendizagem e desen-</p><p>volvimento, está o ato de brincar, que segundo o Referencial</p><p>Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI – MEC/SEC,</p><p>1998), é umas das principais atividades para o desenvolvimen-</p><p>to da identidade e da autonomia da criança. Brincando, ela</p><p>interage e se comunica, desenvolve a atenção, a imitação, a</p><p>imaginação e a memória.</p><p>Dentre as teorias que buscam a compreensão do desen-</p><p>volvimento infantil, há três que oferecem grandes subsídios:</p><p>sócio-histórica (Vygotsky), cognitiva (Piaget) e psicanalítica</p><p>(Winnicott). Vamos compreender um pouco mais de cada uma.</p><p>Teoria cognitiva — os estudos de Piaget estão voltados ao</p><p>desenvolvimento cognitivo. Para ele, quando a criança brinca,</p><p>ela assimila o mundo da sua maneira, não havendo compromis-</p><p>so com a realidade. Ela vive um mundo seu, expressando senti-</p><p>mentos e fatos do cotidiano.</p><p>FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL20</p><p>A EDUCAÇÃO INFANTIL NO TEMPO E NA HISTÓRIA</p><p>Pa r t e</p><p>03</p><p>Sh</p><p>ut</p><p>te</p><p>rs</p><p>to</p><p>ck</p><p>Teoria sócio-histórica — Vygotsky, principal autor dessa</p><p>corrente, refere-se ao fato de que o pensamento, a memória,</p><p>a atenção, a linguagem etc., devem ser desenvolvidos nas rela-</p><p>ções sociais. A criança deve ser ativa em suas relações sociais, e</p><p>uma forma disso acontecer é por meio do ato de brincar.</p><p>Teoria psicanalítica — para a psicanálise, segundo</p><p>Winnicott, o brincar é entendido como forma de expressão,</p><p>de fala, onde a criança consegue manifestar seu inconsciente.</p><p>Freud, o pai da psicanálise, já dizia que a criança brinca com</p><p>aquilo que ela vivencia. Por isso, a interpretação do brincar da</p><p>criança é importante.</p><p>Extra</p><p>Sobre a aprendizagem e o desenvolvimento humano, leia a</p><p>reportagem A neurociência já pode predizer o comportamen-</p><p>to. Mas deve fazê-lo?, de Javier Sampedro, publicado em 19</p><p>de janeiro de 2015. Disponível em: <http://brasil.elpais.com/</p><p>brasil/2015/01/12/ciencia/1421053581_532953.html>. Acesso</p><p>em: 8 abr. 2015.</p><p>Atividade</p><p>Escreva um pequeno resumo sobre a concepção de cada</p><p>uma das teorias do desenvolvimento humano.</p><p>FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL 21</p><p>A EDUCAÇÃO INFANTIL NO TEMPO E NA HISTÓRIA</p><p>Pa r t e</p><p>03</p><p>Sh</p><p>ut</p><p>te</p><p>rs</p><p>to</p><p>ck</p><p>Referências</p><p>BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação</p><p>Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.</p><p>v. 1. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/</p><p>arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf>. Acesso em: 14 maio 2015.</p><p>VYGOTSKY, Lev. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.</p><p>POLETTO, Raquel Conte. A ludicidade da criança e sua relação com o contexto</p><p>familiar. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 10, n. 1, p. 67-75, jan./abr. 2005.</p><p>Disponível em: <www.scielo.br/pdf/pe/v10n1/v10n1a08.pdf>. Acesso em: 14</p><p>maio 2015.</p><p>Resolução da atividade</p><p>Na teoria sócio-histórica, o desenvolvimento ocorre nas</p><p>relações sociais que o homem mantém. Para a teoria cognitiva,</p><p>quando a criança brinca, ela assimila o mundo da sua maneira,</p><p>não havendo compromisso com a realidade. Na teoria psica-</p><p>nalítica, a ludicidade da criança e sua relação com o contexto</p><p>familiar, o brincar, é entendido como forma de expressão, de</p><p>fala da criança, que consegue manifestar questões inconscien-</p><p>tes que ainda não podem ser expressas em palavras.</p><p>FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL22</p><p>A EDUCAÇÃO INFANTIL NO TEMPO E NA HISTÓRIA</p><p>Pa r t e</p><p>03</p><p>Sh</p><p>ut</p><p>te</p><p>rs</p><p>to</p><p>ck</p>

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